Dia do Professor Dia do Professor

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Dia do Professor Dia do Professor
Ano I - nº 6 - Outubro/Novembro/2007 - Distribuição Gratuita e Dirigida
ANPAC
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROTEÇÃO E APOIO AOS CONCURSOS
PEC 54/99
Seja contra o
TREM DA ALEGRIA
Informe-se no seu
curso preparatório
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Notícias
Editorial
Rapidinhas da ANPAC
Pág. 2 - Profª. Maria Thereza Sombra
Dia do
Professor
Concurso Público e
a Preterição dos
Candidatos
Aprovados por
Terceirizados - Pág. 3
Dr. Leonardo de Carvalho
A nação, hoje mais do que no passado, deseja e precisa
receber educação em maior volume e de melhor qualidade.
A educação é um direito de todos, que deve ser assegurado
ao longo da vida para atender às exigências de um mercado
cada vez mais sofisticado e de uma sociedade cada vez mais
competitiva.
O Brasil não pode aspirar posição de grande nação sem fazer
da educação uma prioridade. A educação tem importância
vital para as pessoas, para a economia e para a democracia.
Nela está a chave para o desenvolvimento econômico, o
instrumento para a redução das desigualdades e a
consolidação da democracia.
Impõe-se, portanto, como inadiável a reformulação dos
cursos de formação pedagógica, bem como a reciclagem do
profissional que atua em constrangedor estado de
precariedade financeira, e de desassistente mediocridade
cultural, de vez que o professor deve ser um provocador ativo e
um animador dinâmico que aguce mais o raciocínio do que a
memória, ensinando sempre com emoção.
Assim, investir no professor será sempre o investimento dos
mais rentáveis e de maior efeito multiplicador em qualquer
sociedade. Neste mês de outubro em que se comemorou o Dia
do Professor, consagro a ele minhas reflexões.
Prof. Guerrinha
Presidente da ANPAC
Carlos Eduardo Guerra
(Guerrinha) é Presidente da
ANPAC, professor da
Faculdade de Direito da
Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, expositor
convidado da Escola da
Magistratura do Estado do
Rio de Janeiro e diretor do
Centro de Estudos Guerra de
Moraes (CEGM). E-mail:
[email protected]
Selo de
Qualidade
Padronização e
legalização do
ensino de Língua
Portuguesa - Pág. 4
Prof. Ernani Pimentel
Português para
Concursos
Pág. 4
Prof. Marcio Coelho
A Década dos
Concursos
Pág. 6
Prof. Orville Carneiro
Seu Temperamento
Pág. 6
Prof. William Douglas
ANPAC
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
PROTEÇÃO E APOIO AOS CONCURSOS
Contatos com a ANPAC
Tel.: (21) 2262-9562
[email protected]
Concentração e
tranquilidade na
hora da prova
Pág. 7
Fábio Gonçalves
Jornal da ANPAC
2
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Moraes Ltda.
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Horizonte – MG
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DF - Tel: (61)3031-7712.
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Rapidinhas
Maria Thereza Sombra
Diretora Executiva da ANPAC
Neste número nossa coluna inovará, fornecendo aos
leitores/concursandos dados compilados sobre o segmento
concurso. Que tal!
O setor público, pela primeira vez, em décadas, tornou-se
mais desejado do que o privado e elencamos como principais
vantagens: ter certeza de poder contar com o salário todo fim do
mês; adquirir melhor qualidade de vida; fazer planos a longo
prazo e ascenção profissional e social.
* 2007 teve início com a abertura de inúmeros concursos nas
esferas federal, estadual e municipal, com previsão de 100 mil
vagas;
* o calendário de substituição de terceirizados na
Administração Federal Direta, segundo o TCU, é de 6542 em
2007, 7480 em 2008, 6857 em 2009 e 5883 em 2010.
Perfil dos Candidatos a Cargos Públicos:
- Faixa etária de 25 a 40 anos
- Sexo (70% homens e 30% mulheres), exceto nas carreiras
jurídicas (50% mulheres e 50% homens)
- Formação (60% com nível superior)
* o número de inscrições anuais está acima de 6 milhões
* concursandos preparando-se em cursos e /ou adquirindo
material didático em editoras especializadas é de cerca de 5 a
10%, dependendo do concurso
* nos concursos mais disputados (áreas jurídicas e fiscal),
80% dos aprovados freqüentaram cursos preparatórios e/ou
adquiriram material didático em editoras especializadas
* segundo o PNAD/2006, o acesso à internet no Brasil, é da
ordem de 16,9%, enquanto que no Chile é de 42,2%. No Brasil,
22.4% dos lares possuem computador, sendo 29,2% no Sudeste
e 10% no Norte
* número de inscrições em alguns concursos de 2006 e 2007
TSE/TRE - 189.402, MPU - 397.984, TRT/RJ/ES - 202.768,
MP/RJ - 117.000, AGU - 54.734, MAPA - 651.223 (33 mil no
RJ), PM/RJ - 39.368, Câmara dos Deputados - 110.000,
Petrobrás 171.215, PM/Maranhão - 28.612, ANATEL 53.345, Pref. Araruama - 132.742, Pref. RJ (aux. Creche) 109.939
* últimas visitas ao site da ANPAC:
de 07 /07 a 06/08 foram 1712 e 3779 páginas exibidas
de 06/08 a 05/09 foram 3430 e 7477 páginas exibidas
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Av. Rio Branco, 277, sala 604, Centro –
RJ - Tel: 2210-5182.
Continua no próximo número...
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Jornal da ANPAC
3
Concurso Público e a Preterição
dos Candidatos Aprovados por
Terceirizados
Dr. Leonardo de
Carvalho (*)
POR E-MAIL
Caro Candidato,
A doutrina é uníssona em informar que o momento de nomeação e posse de candidato
aprovado em concurso público é ato discricionário, portanto, é questão de mérito
administrativo, não cabendo intervenção do Poder Judiciário, em respeito ao princípio
constitucional da independência dos poderes (art. 2º CF/88).
A Administração Pública não está vinculada (obrigada) a contratar candidato aprovado
em concurso público, pois o candidato aprovado no certame não tem direito à nomeação e
posse, tão somente, uma mera expectativa de direito.
Nessa esteira de raciocínio, muito embora, o momento de nomeação e posse seja
discricionário (questão de mérito administrativo), pode acontecer de ocorrer um mau uso
dessa discricionariedade por parte do Poder Executivo, passando essa da esfera do
legítimo para o ilegítimo e, por conseguinte, deixando de ser discricionariedade para ser
tão somente arbitrariedade. Então para evitar isso, é que a doutrina, à frente das leis,
começa a traçar teorias e princípios para um maior controle dessa discricionariedade.
Pois, devemos ter sempre em mente que o princípio básico que deve seguir a
Administração Pública é tão simplesmente atender o interesse coletivo.
Neste diapasão, não podemos esquecer que o concurso público foi criado com vistas a
combater o nepotismo, o favorecimento pessoal e, é por isso que deve ser exigido. O que
não se admite é que, de forma transversa, tais princípios sejam burlados com a contratação
terceirizada, ou como no caso em tela, pela existência de servidores requisitados, quando
há candidatos aprovados em concurso destinado ao preenchimento da mesma função.
Assim, como já dito, o melhor caminho é questionar a arbitrariedade da Administração
Pública em manter terceirizados. Pois, o desrespeito à carta maior deve ser imediatamente
combatido junto ao Poder Judiciário. O Professor Diogo de Figueiredo Moreira Neto
ensina que “Quando a lei faz uma previsão específica incompleta do interesse público
caberá ao Judiciário examinar se a Administração a completou corretamente com o
sistema, utilizando os princípios instrumentais da realidade e da razoabilidade. A
integração deve ter a mesma natureza axiológica do ato integrado”.
Temos então o binômio realidade/razoabilidade. A realidade será analisada a luz da
carência de pessoal e a razoabilidade será confrontada com a contratação irregular em
detrimento dos candidatos regularmentes aprovados em concurso público. A tutela
jurisdicional, que é a provocação e posterior decisão dos Tribunais, pode ser coletiva ou
individual, ou seja, pode conceder o direito pleiteado a cada um concursando
individualmente como pode ser concedido a todos os aprovados no certame. O Ministério
COMPANHIA DOS MÓDULOS
www.companhiadosmodulos.com.br
Coordenação: Prof. Sylvio Motta
Av. Pres. Vargas 529, 2º andar - Centro - Rio
(próximo ao Metrô Uruguaiana)
( (21) 2220-3266 / 2242-3452
“Prezado Doutor,
Eu realizei o concurso da INFRAERO em 2004 e fui aprovado em 1º
(primeiro) lugar, como técnico de eletrônica aqui para o AEROPORTO DE
PELOTAS.
Mas passado algum tempo eu entrei em contato com o ADMINISTRADOR
daqui do aeroporto, que me informou que aqui no aeroporto de PELOTAS já
tem 2 (dois) técnicos de eletrônica trabalhando há mais de 20 (vinte) anos.
Sendo que um deles era funcionário do AEROCLUBE DE PELOTAS, que
ingressou na INFRAERO em 1985 (esse técnico não entra na regra da
constituição de 1988). Fica a seguinte pergunta: Por que a INFRAERO fez a
propaganda de existir 1 (uma) suposta vaga para técnico de eletrônica, se já
existe 2 (dois) trabalhando há um bom tempo?
Muito obrigado pela atenção,
Edemir Vellozo”
Público com o ajuizamento de uma Ação Civil Pública procura tutelar o direito de todos os
concursandos. Entretanto, os que se sentirem lesados podem se socorrer ao Poder
Judiciário de forma individual em busca de seus direitos.
Isto posto, a melhor forma, inicialmente, para buscar compelir a Administração a
convocá-los, seria REPRESENTAR junto ao MPT, a fim de dar um basta a essa burla ao
concurso público e, posteriormente ingressar com uma ação judicial.
Atenciosamente,
Dr. Leonardo
(*) Advogado Especializado em Concursos Públicos e Servidor Público; Diretor Jurídico da
Associação Nacional de Proteção e Apoio ao Concurso (ANPAC); Pós-Graduando em
Direito Público; Idealizador do site www.alutapelodireito.com.br
@
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ANPAC
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ÁREA FISCAL
TJ-RJ
Turmas Básicas Fiscais
Teoria e Exercícios
Tribunal de Justiça
Teoria e Exercícios
TRT-RJ
ICMS-RJ
Tribunal do Trabalho
Teoria e Exercícios
Módulos Especiais
BNDES
NÍVEL MÉDIO
Cargos Específicos e
Cargos Técnicos
Magistério - Bombeiros
Polícia Civil - PRF
Jornal da ANPAC
4
Padronização e
legalização do
ensino de Língua
Portuguesa
por Ernani Pimentel (*)
Há muito, vimos observando um problema sério na educação brasileira
concernente ao ensino e avaliação dos conhecimentos de Língua Portuguesa.
Vamos pensar nos concursandos que viajam de uma cidade a outra, de uma
região a outra, para participarem de concursos públicos submetendo-se a provas
que lhes cobram o conhecimento de nossa Língua.
Na maioria, ou melhor, na quase totalidade das escolas, faculdades e
universidades brasileiras, os professores e os livros didáticos seguem a NGB Nomenclatura Gramatical Brasileira. A conhecida e sempre citada NGB é
responsável pela terminologia mais conhecida de todos os estudantes do Brasil:
sujeito, predicado, objeto, adjuntos adverbiais e adnominais... substantivo,
preposição, conjunção...
Alguns órgãos elaboradores de concursos públicos nacionais testam os
conhecimentos de seus concursandos usando termos como actante (em vez de
sujeito), elemento coesivo e conector (em vez de preposição, conjunção,
conectivo)... e uma vária nomenclatura, que, apesar de pretender contribuir com
nova visão do fenômeno lingüístico aplicável ao nosso idioma, conquistou apenas
um pequeníssimo, um diminutíssimo número de professores do nosso Vernáculo.
Esses pouquíssimos órgãos elaboradores de concursos estão cometendo um
crime com os concursandos que se deslocam de lugares distantes para se
submeterem a provas que não respeitam a terminologia a eles passada por seus
longínquos mestres.
Alguns professores privilegiados, por proximidade física ou relacionamento
pessoal, costumam saber em que manual se baseia esta ou aquela comissão
organizadora e orienta seus alunos nesse ou naquele sentido, obviamente...
Porém, todos os demais professores, espalhados por nosso vastíssimo território,
sequer ficam sabendo por que seus alunos são prejudicados e desclassificados.
* Ernani Pimentel é professor, escritor e presidente da Vestcon Editora.
Prof. Arenildo - Curso PLA
Muitíssimo honrados ficamos - nós
professores do Curso PLA - quando
convidados para participar, de alguma
forma, desta edição da ANPAC.
Dado o público-alvo, aproveitaremos
o ensejo para ressaltar a importância do
trabalho de Língua Portuguesa - idioma
extraordinariamente rico, no que diz
respeito a uma variedade de regras e
exceções - na preparação para concursos
públicos.
Vivemos uma época curiosa, traduzida
por clichês do tipo: "a Informática
encurta o tempo e a distância." E não há
dúvida, pois é inegável a velocidade com
que hoje uma mensagem pode chegar ao
destinatário, independentemente dos
quilômetros que separam o emissor do
receptor. Mas nem tudo são flores. Em se
tratanto do idioma, o Português cotidiano
está cada vez mais distante do Português
normativo.
A concisão e a informalidade são
alegadas pelos usuários dos chamados
correios eletrônicos, para justificarem
uma linguagem enxuta e, por vezes,
exageradamente inapropriada. O lema
"O importante é haver comunicação."
vem ao encontro dessa alegação. Não é
difícil encontrarmos em e-mails (WEB)
ou em torpedos (mensagens via
celulares) expressões como "pq" (que
tem a função de "curinga", pois substitui,
indistintamente, "por que", "por quê",
"porque", "porquê"). "mt" (muito), "tb"
(também ou tudo bem), "vc" (você),
"koeh" (qual é), "naum" (não), "t" (ter),
"q" (que) "aki" (aqui), "eh" (é), "s carru"
(sem carro), "bjinhux" (beijinho), "tamu"
(estamos) e tantas outras. Os exemplos
arrolados mostram como é difícil aceitar
as tradicionais alegações. Nem sempre a
grafia praticada pelo usuário é mais
concisa do que a grafia oficial; além
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PORTUGUÊS
PARA
PARA CONCURSOS
CONCURSOS
A Grafia Certa
de Certas Palavras
Prof. Marcio Coelho
MGConcursos.com.br
A princípio / Em Princípio
Afim / A fim de
A princípio = no início; inicialmente
A princípio lecionava inglês; agora
leciona francês.
Afim = semelhante; parentesco;
afinidade
Chegou o seu afim. (= parente)
A fim de = com a finalidade de
Estudei a fim de passar em concursos.
Em princípio = em tese; em geral
Em princípio concordo com a sua
ideologia.
Porventura / Por ventura
Ao nível de / Em nível de
Ao nível de = à mesma altura
A cadeira está ao nível do tablado.
Em nível de = significa “no âmbito
de”, mas só quando houver
hierarquia.
Tudo foi resolvido em nível de governo
estadual.
Nota: “A nível de” não existe na língua
portuguesa.
Ao invés de / Em vez de
Ao invés de = ao contrário de
Ao invés de o aluno entrar na sala, saía
dela.
Em vez de = em lugar de
Em vez de comprar um sítio, comprei
três.
disso, nem sempre as abreviações são
padronizadas, isto é, fica mais ou menos
assim: escrevo como achar melhor na
hora. Espécie de carnaval lingüístico.
Se você é candidato a algum concurso
público, mantenha-se vigilante. Essa
linguagem enxuta tem contaminado um
número cada vez maior de pessoas, pois
mascara o desconhecimento, criando
uma enorme rede de cumplicidade. Não
se iluda, candidato, pois a realidade é
esta: o português das provas é o oficial, é
o normativo, e não o praticado no
cotidiano da WEB. Para as bancas,
pouco importa que você use o "pq", por
exemplo. A elas interessa que você saiba
grafar, devidamente, "por que", "por
quê", "porquê" ou "porque". E isso
exige o reconhecimento de
classes gramaticais e de
função contextual.
Tudo isso, aliado a inúmeros
outros fatos sociais que nos separam
do português oficial, deixa óbvio o
Porventura = por acaso
Avise-me se, porventura, sair cedo.
Por ventura = por sorte
Não estudei; passei por ventura feliz!
A / Há
A = idéia de futuro ou de “distância”
O Rio fica a poucos quilômetros de
Niterói.
Sairei daqui a duas horas.
Há = idéia de passado ou de “existir”
Concedemos a chance há algum tempo.
Prof. Marcio Coelho é 2º VicePresidente da ANPAC, co-autor de
livros e diretor do MG Concursos. Visite
o Site: www.mgconcursos.com.br
seguinte: se você quer de fato ter um bom
desempenho na prova de Língua
Portuguesa, em qualquer concurso
público, é preciso que não pare de treinar.
Noutras palavras, não basta a você
decorar regras ou mesmo entendê-las. É
preciso que as treine, para que não caiam
no esquecimento. Nesse contexto, é
extremamente importante a sala de aula,
a feitura de exercícios, a resolução de
provas anteriores e recentes, o diálogo
com os professores. Até breve.
Prof. Arenildo dos Santos
Prof. de Língua Portuguesa do Curso Pla
Site: http://www.cursopla.com.br
www.anpac.org.br
Jornal da ANPAC
5
6
Jornal da ANPAC
A Década dos
Concursos
Por Orvile Carneiro (*)
Venho repetindo que estamos na década dos concursos. Há muita
indagação e mesmo curiosidade frente à explosão de vagas no serviço
público. No passado, havia um número imenso de vagas que eram
disputadas não por candidatos a concursos, mas por políticos em geral,
acobertando e favorecendo os seus eleitores, tornando-os cativos.
Havia concursos, mas a força dos políticos, ou seja, o seu prestígio se
media pela quantidade de nomeações que conquistava. Era “normal”
para uma época, mas inteiramente anormal para um estado
democrático. Sem transparência. Sem moralidade. Quem confiaria seu
investimento num concurso público? Não valeria a pena arriscar-se.
Mas, justiça seja feita pelas exceções de muitos concursos sérios e
pelos candidatos estudiosos que deles participaram; aprovados e
admitidos se constituíram em servidores dedicados e competentes.
Minha tia, uma concursada valente da década de 40, dos Correios e
Telégrafos, exemplar funcionária pública, abominava aquela prática
alcunhada de “pistolão político” que considerava indecorosa,
vergonhosa, entre outros predicados negativos. Ficava revoltada com a
incompetência dos apadrinhados, somada a uma protegida arrogância.
Apesar disso, fazia o seu trabalho séria e dedicadamente. Obstinada.
Serviu-me de inspiração nos diversos concursos públicos em que fui
aprovado entre os primeiros colocados. Pena não estar vivendo para ser
testemunha de uma mudança radical, consolidada no artigo 37 da
Constituição de 88, que determina a entrada no serviço público somente
através de concurso público.
Trabalho magnífico tem sido feito pelo Ministério Público para que a
lei seja cumprida. Um sucesso. Implacável. Daí as milhares de vagas
disponíveis. Editais como instrumentos soberanos sendo constituídos e
divulgados rigorosamente dentro da lei.
Podem os candidatos confiar. Mas, devem preparar-se, estudando de
forma gradual e permanente. Adotando nossas constantes orientações.
É assim que conquistará um emprego permanente, segurança a que
todos estão aspirando para equilibrar a vida profissional, com liberdade,
sem apadrinhamentos.
Ouço de centenas de nossos alunos aprovados algo que assim
traduzo: “valeu a pena o sacrifício, pois foi temporário, mas meu
emprego é permanente, estável, independente”. Portanto, invista em si
mesmo, em seu futuro.
Escolha o curso preparatório moderno, com inovações constantes,
bons professores, infraestrutura e pessoal de qualidade, material
atualizado.
* Orvile Carneiro é Engenheiro Civil pela UFMG, responsável técnico de dezenas de obras
públicas. Foi aluno e professor do CEFET/MG. Diretor da Associação Comercial de Minas
Gerais. Fundador e Presidente do Curso Orvile Carneiro, preparatório para escolas
técnicas, concursos públicos presenciais e telepresenciais..
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Seu
Temperamento
Por William Douglas (*)
Cada pessoa tem sua individualidade: uns são mais ativos,
outros menos; uns mais alegres, outros mais calados. A nossa
individualidade é um tesouro pessoal e a diversidade entre as
pessoas um dos grandes patrimônios da humanidade. Existe lugar
e necessidade de todos os tipos de pessoas, de suas várias
inteligências, capacidades, dons, preferências.
A necessidade de estudar e ter sucesso nas provas, concursos e
vida profissional vai, contudo, exigir cuidados. Uma pessoa mais
quieta, introspectiva, meditativa, calma certamente terá mais
facilidade de passar horas e horas numa biblioteca estudando.
Pessoas conversadoras, comunicativas, agitadas, amantes dos
esportes, da dança, talvez tenham alguma dificuldade de se
disciplinar para o estudo.
Mas, então, o que fazer?
Entender que, qualquer que seja seu temperamento, os
benefícios que o estudo de qualidade traz devem fazer com que
você aprenda a controlar seus impulsos e os desafios da sua
individualidade para conseguir estudar bem, com qualidade e na
quantidade suficiente para aprender a matéria.
O melhor incentivo para você fazer isto é que, ao estudar com a
qualidade e na quantidade certas, você ganhará tempo, segurança
(e mesmo dinheiro) para aproveitar todos os demais prazeres que
a vida tem.
Assim, não vai importar se você é assim ou assado, mas sua
capacidade de transformar sua energia pessoal em progressos
para sua vida. Uma pessoa agitada deve treinar sua mente e corpo
para os momentos de estudo. Outra, mais parada, deve usar esta
característica para estudar mais e nunca para se acomodar sem
estudo. Alguém que tenda à melancolia, depressão ou desânimo,
deve lembrar que o estudo vai lhe trazer ganhos pessoais que
ajudarão a combater estas dificuldades. E assim por diante.
Acesse: http://www.williamdouglas.com.br
* William Douglas é Juiz Federal, Professor Universitário e autor de vários livros sobre o
tema Concurso Público.
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Jornal da ANPAC
7
Concentração e tranqüilidade na
hora da prova são fundamentais
Por Fábio Gonçalves (*)
A hora da prova é crucial para qualquer candidato. É
nesse momento que ele será testado, entretanto ter
aprendido o conteúdo exigido pelo edital não basta. O aluno
precisa estar tranqüilo e concentrado para realizar uma boa
prova.
A tranqüilidade está baseada na confiança do
candidato. Se o aluno estudou bastante e realizou
exercícios, ele estará confiante e conseqüentemente
tranqüilo. A concentração está ligada aos fatores
psicológicos (conhecimento da matéria), mas também aos
fatores físicos.
A concentração precisa ser exercitada, principalmente
através da realização de simulados, quando o candidato vai
treinar seu corpo e sua mente para ficarem quatro horas ou
mais focados na prova.
O descanso também faz parte da preparação para uma
prova. O candidato precisa dormir bem na noite anterior,
além de manter uma alimentação saudável, para evitar
imprevistos.
Seguindo estes princípios e as dicas dadas por
professores, como ler o enunciado das questões com
atenção, ter correção gramatical (nas provas discursivas),
entre outros, o candidato já estará muito próximo da
aprovação.
* Fábio Gonçalves é 1º Vice-Presidente da ANPAC e Diretor da
Academia do Concurso.
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Jornal da ANPAC
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