Jovens defendem basquete de rua como fator de inclusão social

Transcrição

Jovens defendem basquete de rua como fator de inclusão social
Portal da Criança e da Juventude
Jovens defendem basquete de rua como fator de inclusão social
A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) revela que a participação social do
jovem nessas atividades é maior do que por meio dos partidos polÃ-ticos.
Â
Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Â
Â
Elza Fiuza/ABr
BrasÃ-lia- O estudante Bruno de Assis, jogador do grupo de basquete P Norte Peacears achou boa a iniciativa da
Central Única de Favelas (Cufa) organizar a seletiva estadual de basquete de rua no Distrito Federal
Â
Â
BrasÃ-lia - Na seletiva estadual da Liga Brasileira de Basquete de Rua (Libbar), promovida pela Central Única de Favelas
(Cufa), jovens brasilienses defenderam ontem (12) o esporte como fator de inclusão social.
A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) revela que a participação
social do jovem nessas atividades é maior do que por meio dos partidos polÃ-ticos.
http://cristovam.org.br/jovem
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 30 September, 2016, 04:40
Portal da Criança e da Juventude
O basquete de rua começou nos Estados Unidos há mais de 50 anos e vem se popularizando no Brasil porque
pode ser jogado em qualquer lugar.
É possÃ-vel transformar a cesta de lixo em cesta de basquete. As regras são poucas: a habilidade é mais
importante do que a altura, as equipes são desde um contra um a cinco contra cinco, e o rap sempre embala os jogos.
Defendendo a equipe P Norte Peacers, Brunno de Assis, 20 anos, morador de Ceilândia (DF), disse que sua
equipe nasceu com o intuito de brincar nas ruas há dois anos.
Com o crescimento do projeto, uma rede de farmácias patrocinou as camisetas. Para ele, o esporte ajuda o
jovem a se afirmar na sociedade.
“Todo esporte é uma idéia válida para você representar o seu valor. E é muito importante para que os jovens
fujam do caminho das drogas, que é tão ruim―, disse. O P Norte, bairro de Ceilândia em que o operador de
telemarketing vive, fica na periferia da cidade.
Pedro Henrique, 15 anos, defendeu uma equipe de Taguatinga, também no Distrito Federal. Ele jogava basquete
de quadra há quatro anos na escola e, depois que descobriu o basquete de rua, se “encantou―.
“Você pode ver que aqui tem gente de todo lugar. De Planaltina, Ceilândia, e tem casos, meus amigos mesmo,
que são de baixa renda e, quando encontram esse tipo de esporte, encontram uma oportunidade―.
Para a Cufa, que organiza o evento, o objetivo é afastar os jovens da criminalidade e torná-los protagonistas
juvenis.
Â
Participação social de jovens com esporte e cultura é maior do que em partidos, diz ativista
Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Â
Â
http://cristovam.org.br/jovem
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 30 September, 2016, 04:40
Portal da Criança e da Juventude
BrasÃ-lia - Criada há 10 anos na favela carioca da Cidade de Deus, a Central Única de Favelas (Cufa) é formada
essencialmente por jovens. A ONG, hoje presente em todo o Brasil, é uma mostra do que revela a última pesquisa do
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase): grupos religiosos, culturais e esportivos são a segunda
forma de participação social da juventude.
No relatório, dos 8 mil entrevistados, 28% faz parte de algum desses grupos, enquanto apenas 1%
participam de partidos polÃ-ticos. Para o coordenador-geral da Cufa-DF, Max Maciel, o resultado demonstra que o
interesse pelas organizações não-governamentais é uma forma mais eficaz de expressão dos jovens.
“Eles não buscam essas organizações para se tornar grandes músicos ou grandes atletas, mas para
serem vistos, serem ouvidos, terem sua forma de se expressar compreendida, coisa que hoje pouca gente faz―.
A falta de propostas novas para a sociedade é, para Maciel, o principal argumento para que o jovem não
se sinta representado e busque outras formas de participação na sociedade.
“A Cufa tem um leque amplo de atuação – esporte, cinema, musicalidade, seminários, prêmios. Os
jovens procuram isso porque os partidos polÃ-ticos não têm mais o que dizer para a sociedade. Eles têm um histórico
de enfraquecimento porque realizam coisas que não são boas e a gente sabe disso. O jovem entende que aquilo não
o representa como representava há três décadas―, afirma.
Iasser Magalhães, ou Codó, tem 18 anos e faz parte do grupo de rap Voz Ativa, ligado à Cufa. Morador
da Estrutural, comunidade de baixa renda do Distrito Federal, o jovem conheceu a ONG por meio de um site de
relacionamento e gostou dos projetos. Ele conta que amigos da sua comunidade deixaram as drogas com ajuda do rap
religioso.
“Tenho vários colegas que deixaram a criminalidade e as drogas ao verem a atitude de artistas de rap
gospel. Eles já gostavam do rap nacional, mas quando viram a atitude deles, de não usar drogas e transmitirem uma
mensagem legal, isso serviu de estÃ-mulo e eles saÃ-ram―, ilustra.
No entanto, ele explica que o uso de drogas independe do gosto pelo rap. “Eles já usavam e gostavam de
rap, mas quando conheceram o gospel, pararam de usar―.
http://cristovam.org.br/jovem
Fornecido por Joomla!
Produzido em: 30 September, 2016, 04:40