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São Paulo R u a Ve r g u e i r o , 2.087 – Cj. 101 V.Mariana CEP 04.101-000 Tel: 55 11 5087-8910 Fax: 55 11 5087-8810 BRASIL No 255 Jan-Fev / 2009 Foto da capa: Ricardo Zerrenner (Riotur) Ano XXIV 04 EDITORIAL 06 EM FOCO 14 FROM THE USA 16 BRASIL URGENTE BRASIL URGENTE 16 Crise financeira? Faça mais do que cortar custos Sérgio Carvalho LIFE STYLE 20 Ventos favoráveis no lazer e na profissão 43 PELO MERCADO REPORTAGEM 44 OPINIÃO 22 Bill Sweet: uma vida bem vivida CAPA 28 Bom para o carioca, bom para o turista Paulo Senise 30 Uma proposta de parceria Orlando Diniz COLUNAS 18 Tecnologia da Informação Projeto de nota fiscal eletrônica 28 CAPA 32 NEWS 40 DE OLHO NO RIO ENTREVISTA 10 Eduardo Nakao O presidente do IRB-Brasil Re traça um perfil do mercado ressegurador brasileiro depois de um ano do fim do monopólio. Ele fala, também, dos 70 anos da instituição, que considera forte, competente e promissora. Fabiano César Tafarelo 26 Legal Alert A contratação de seguros em moeda estrangeira OPINIÃO André Gondinho 44 Resolução de disputas na Internet Luíz Virgílio Manente e Marlio de Almeida Nóbrega Martins Divulgação A tiragem desta edição de 10 mil exemplares é comprovada pela BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES Expediente: Publicação mensal da Câmara de Comércio Americana para o Brasil - RJ Diretor: Ricardo de Albuquerque Mayer Editor-chefe e Jornalista Responsável: Ana Redig (MTB 16.553 RJ) Repórter e Redator: Renato Santos Editora de Arte: Ana Cristina Secco Designer e ilustrador: Lui Pereira Impressão: Ediouro Gráfica e Editora Fotógrafos: Cinthia Aquino, Luciana Areas e Ricardo Costa Os pontos de vista expressos em artigos assinados não refletem, necessariamente, a opinião da Câmara de Comércio Americana. Câmara de Comércio Americana para o Brasil - Rio de Janeiro Praça Pio X, 15/5º andar 20040-020 Rio de Janeiro RJ Tel.: (21) 3213 9200 Fax: (21) 3213 9201 E-mail: [email protected] E-mail redação: [email protected] www.amchamrio.com editorial Otimismo com os pés no chão Todo início de ano nos imbuímos de otimismo e nos esmeramos em estabelecer metas e fazer um bom planejamento. Neste 2009, no entanto, muitos se entregaram ao pessimismo, avaliando a possibilidade de interromper ou adiar planos e projetos, com receio de serem pegos pela crise financeira internacional. Mas afinal, será que há reais motivos para tanta preocupação? Se olharmos o passado recente do país veremos que não. O Brasil já passou por tantas crises, sem planejamento, sem metas e às vezes até sem esperança. Já estamos quase acostumados a dias nebulosos: planos Collor, Bresser e Verão; crise do petróleo; moratória externa; dificuldades e proibição de importação, os exemplos são muitos. Com isso, empresas, executivos e cidadãos aprenderam a lidar com crises e se tornaram experts em criatividade, agilidade e controles. O que certamente é uma vantagem competitiva em um momento de crise mundial. É claro que ninguém deseja conviver novamente com inflação e recessão, mas deixar de investir e de caminhar para onde pretendemos chegar não é a solução. O desemprego e a inflação não são bons para ninguém, mas impactam de forma mais agressiva os países desenvolvidos, que não estão acostumados com este tipo de realidade. O Brasil, além de ser experiente na matéria, tem se mostrado maduro para encarar mais esta prova. As ações do governo para conter o impacto da crise no país têm sido bem absorvidas pelo mercado, mantendo a estabilidade econômica. O que se pode esperar para o ano que se inicia é um crescimento um pouco menor do que o desejado, algo em torno de 3%, mas nada que se aproxime das fases difíceis pelas quais o país já passou. É claro que alguns setores foram mais afetados. A diferença é que, ao contrário dos períodos de inflação, empresários e trabalhadores vêm estabelecendo acordos para evitar cortes de postos de trabalho e demissões. Redução de carga horária e de salário para garantir os empregos tem sido a saída para garantir a saúde financeira de muitas empresas. O governo federal tem incentivado este tipo de ação, através de medidas como a determinação de que os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estejam condicionados à manutenção do emprego nos projetos beneficiados pelo banco público. Excetuando-se um ou outro segmento, os investimentos no setor produtivo têm dado mostras de sucesso. A Firjan publicou recentemente nota técnica sobre as Perspectivas Macroeconômicas da Indústria Fluminense para 2009, indicando um amento no PIB estadual entre 2,2% e 3,5%. A pesquisa concluiu que este deverá ser um ano de otimismo com moderação. Temos, portanto, muito a fazer neste ano que se inicia. Na Amcham, os comitês setoriais estão se tornando cada vez mais fortes e influentes. Com isso, esperamos levar propostas para a melhoria da sociedade e dos negócios, nos âmbitos local, estadual e federal. Acreditamos fortemente que a união das empresas em torno de objetivos comuns e a aproximação cada vez maior com as autoridades darão bons frutos para todos. Ricardo de Albuquerque Mayer 4 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Não existe acaso no mundo dos negócios. Existe Excelência, Liderança e Trabalho em Equipe. PwC. Pelo 7º- ano consecutivo, a Empresa Mais Admirada no Brasil no segmento Auditoria, segundo o ranking Carta Capital / TNS InterScience. Pela 3-a vez consecutiva vencedora do prêmio “Tax Firm of the Year” no Brasil, concedido pela revista “International Tax Review”. pwc.com/br © 2 0 0 8 P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s . To d o s o s d i r e i t o s r e s e r v a d o s . P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s r e f e r e - s e a o n e t w o r k d e f i r m a s m e m b r o s d a P r i c e w a t e r h o u s e C o o p e r s I n t e r n a t i o n a l L i m i t e d , c a d a u m a d a s q u a i s c o n s t i t u i n d o u m a p e s s o a j u r í d i c a s e p a r a d a e i n d e p e n d e n t e. Correios distribuem livros a 37 milhões de alunos Os Correios vão garantir que até o início das aulas, os livros didáticos cheguem a 37 milhões de alunos em 142 mil escolas públicas de todo o país. Para distribuir os 103 milhões de exemplares (70 mil toneladas de carga) em locais que vão de centros urbanos a comunidades ribeirinhas, serão necessárias 3,5 mil viagens de carreta, além de outros tipos de transporte, como aviões, balsas e até carros com tração 4x4. Funcionários dos Correios começam a atuar no processo logístico já Chairman’s Award reconhece melhores da Continental na gráfica, quando as editoras iniciam A gerente de vendas para o Rio de Janeiro e Norte da Continental Airlines, a impressão. Enquanto isso, é feita Isabel Bartholomeu, e o vice-presidente para América Latina da empresa, uma distribuição virtual: um sistema John Slater, receberam em 2008 o Chairman’s Award. O prêmio, entregue em organiza a logística no computador, Houston, é um reconhecimento aos 50 melhores profissionais da empresa que se para depois ser realizada fisicamente. destacaram mundialmente na área de vendas e no cumprimento de suas metas. Comunicação mais eficiente no Siqueira Castro O escritório Siqueira Castro Advogados investiu US$ 200 mil para modernizar o sistema de comunicação de sua nova sede administrativa, em São Paulo. O servidor de telefonia IP implantado tem capacidade para atender até mil ramais, além de 350 telefones IP fixos, que permitem ao usuário atender ligações de qualquer ramal em todos os andares. Os 12 sócios do escritório poderão atender a ligações dos ramais em celulares e outros dispositivos móveis. A tecnologia deverá ser estendida para os 14 escritórios do país. 6 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Outback: novidades que dão água na boca O Outback Steakhouse lançou opções inéditas em seu cardápio: para quem não dispensa uma boa salada, a Peppered Salmon Salad e a El Ranchito Salad. Já para os amantes da carne, uma boa pedida é o Chargrilled Ribeye. A Peppered Salmon Salad traz filé de salmão coberto por exclusivo mix de pimentas pretas, servido sobre a salada escolhida pelo cliente. Já a El Ranchito Salad combina alface, cenoura, repolho roxo, bacon e tiras de nachos. Com cortes nobres, o Chargrilled Ribeye leva um tempero exclusivo da rede Outback. A carne, grelhada em chama aberta, é uma Wall Mart abre loja ecoeficiente A Wall Mart Brasil inaugurou, no final de dezembro, o primeiro hipermecado ecoeficiente da rede, em Campinho (RJ). A empresa já vinha se destacando por seu programa de sustentabilidade, dividido em 10 frentes de trabalho. Criado em 2005, ele abrange diversas áreas, de construções sustentáveis a clientes conscientes, passando por produtos e embalagens mais eficientes e conscientização de funcionários. homenagem ao ritual de celebração dos aborígenes australianos. United Airlines: top em atendimento ao cliente A United Airlines recebeu o prêmio Global Six Sigma and Business Improvement, pelo melhor projeto de Realização, Marketing ou Experiência do Consumidor. Concedido por uma comissão independente de consultoria formada por seis especialistas, a conquista é um reconhecimento pelos esforços feitos pela companhia quando a viagem não transcorre como o planejado. JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 7 Edi Pereira Personal Service sem sinal de crise Com um faturamento anual de R$ 300 milhões, a Personal Service, empresa de gestão de infraestrutura e Recursos Humanos começa o ano com novos clientes, entre eles Coca-cola, Golden Cross, Brascan, Rodobens, All Nations e os condomínios residenciais FrontLake, Tratamento de resíduos é bom negócio Aquarius e Macaé Palace. Prestes a completar 15 anos, a empresa é hoje uma das maiores do país em prestação de serviços, com cerca de 160 clientes distribuídos em 11 estados do Brasil. Além disso, pretende expandir sua atuação no Sul e no Nordeste e prevê um crescimento de 28% no faturamento em relação ao ano passado. A PricewaterhouseCoopers preparou um estudo para a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre) que mostra um crescimento de 41,4% do faturamento do setor privado de tratamento de resíduos no período 2007-2008. A quantidade de resíduos de indústrias e empresas dos setores de comércio e serviços tratados, processados e dispostos de forma ambientalmente correta aumentou 33,6%. O setor faturou R$ 1,7 bilhão em 2007, o dobro da receita verificada em 2004. O estudo abrangeu 87% das empresas do mercado e é o mais representativo no Brasil. Sheraton Barra lança Virtual Planner O Sheraton Barra, único hotel cinco estrelas de padrão internacional da Barra da Tijuca, vai lançar o Virtual Planner, ferramenta virtual desenvolvida pela Starwood América Latina. Com o programa, disponível em www. sheraton-barra.com.br, será possível escolher o salão que melhor se adequar às necessidades de cada cliente com base na localização e capacidade. Também será possível montar orçamentos virtuais, ver vídeos e fotos dos espaços, selecionar a montagem do salão, personalizar a decoração e trocar a mobília. Divulgação 8 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Divulgação Fevereiro 2009 Para se inscrever em cursos e eventos, acesse www.amchamrio.com.br 12 - Avaliação do valor da empresa e negócios Sérgio Carvalho 9h às 18h American Business Center CURSOS DE MARÇO 5 - O Líder financeiro Sérgio Carvalho 9h às 18h American Business Center 09 - Café da manhã Comitê de Marketing “Movimento É do Rio - o desenvolvimento da marca Rio de Janeiro” Hans Donner 9h às 10h30 American Business Center 10 - Café da manhã “O papel da Petrobras no fortalecimento da cidadania” Luiz Fernando Nery 9h às 10h30 American Business Center 16 - Custos e orçamentos em instituições financeiras Sérgio Carvalho 9h às 18h American Business Center 12 - Workshop Comitê de Turismo “A adequação dos voos nacionais nos aeroportos do Rio de Janeiro” 9h às 12h American Business Center 17 - Desenvolvimento de relacionamentos na advocacia empresarial Marco Antônio P. Gonçalves 9h às 18h30 American Business Center 24 - Seleção por competências Daniela Coelho e Patricia Guimarães 9h às 18h American Business Center 13 - Café da manhã Comitê de Meio Ambiente “INEA - a reestruturação dos órgãos ambientais estaduais” 12h30 às 14h30 Clube Comercial - ACRJ EVENTOS DE MARÇO 31 - Seminário “Competitividade e ética nas organizações” Laura Nash 9h às 10h30 Auditório - Firjan JANEIRO-FEVEREIRO/2009 FEVEREIRO/2008 BRAZILIAN BUSINESS 9 entrevista EDUARDO NAKAO Resseguros: o Brasil em uma nova fase P aulista e nissei, o economista Eduardo Hitiro Nakao é funcionário de carreira do Banco Central. Comandou a mesa de mercado aberto do BC na época do open market, no biênio 2001/2002. Em seguida, foi diretor presidente do BB DTVM. Em 2005, chegou ao IRB-Brasil Re como diretor financeiro, assumindo a presidência em abril de 2006 – período em que as discussões sobre a abertura do mercado brasileiro de resseguros estavam em alta. Eduardo Nakao conta, nesta entrevista à editora da Brazilian Business, Ana Redig, o que pensa do mercado brasileiro de resseguros, como a crise financeira internacional afeta o setor e quais são os próximos planos da empresa, que completa 70 anos em abril. 10 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Divu lgaç ã o “Tendo em vista a emergência dos efeitos da crise financeira internacional, o comportamento defensivo e seletivo dos resseguradores instalados no país fica confirmado” Em abril faz um ano que o mercado de resseguros brasileiro foi aberto. Como o senhor avalia este período? Na realidade, desde a edição da Lei Complementar 126, de 15.01.2007, o mercado de resseguros está aberto. Antes de janeiro de 2007, o próprio IRB-Brasil Re já autorizara a colocação direta de riscos no exterior, sempre que a sua assunção fosse contraindicada tecnicamente e a legislação facultasse. Nessas condições, sob a ótica do IRBBrasil Re, a abertura do mercado de resseguros deixou de ser considerada uma situação inédita e, antes de tudo, refletiu inicialmente um período de ajustamento para a aceitação apenas de parte do resseguro e não da íntegra, como fazia parte da história. Refletiu também a transferência de riscos para um painel de resseguradores limitado a aqueles cadastrados; e, por fim, a possibilidade de assumir ou não toda a operação de intermediação do resseguro. O senhor poderia fazer um perfil do mercado ressegurador brasileiro gência dos efeitos da crise financeira internacional, que reduz a capacidade de absorção de riscos dos resseguradores com atuação no mercado externo, o comportamento defensivo e seletivo dos resseguradores instalados no país fica confirmado. Os segurados, portanto, também devem demandar por políticas de segurança para que não sofram aumento nos prêmios a serem pagos nem sejam destinatários de cláusulas de seguro muito severas. res termos e condições de resseguro, principalmente na redução de custos de colocação dos riscos. Como a operação de resseguro, no entanto, detém as características de uma commodity, os custos de colocação de risco ou prêmios estabelecidos pelos resseguradores apresentam diferença insignificante e, se assim não for, devem ser confrontados sempre com as condições de cobertura e franquias decorrentes do clausulado negociado. O senhor considera que os brokers O que ocorre com o mercado brasi- que atuam no país são bem prepa- leiro em um momento de crise como rados? este? Expansão ou retração? Por quê? Sim. A maior parte das corretoras de resseguros cadastradas está vinculada a grupos econômicos internacionais, com atuação em diversos países com tradição no mercado de resseguro que sempre trabalharam com o IRB-Brasil Re. Portanto, são detentoras de experiência na colocação de riscos, desde a sua subscrição até a identificação do melhor painel de resseguradores com capacidade. Ocorre uma pequena retração. A duração da fragilidade da economia de cada país é diretamente proporcional à importância do sistema financeiro, no sentido lato, em sua renda nacional. O impacto sobre a economia brasileira, portanto, está sendo menor se confrontado com aquele incidente sobre os demais países. Não resta dúvida que o Brasil passa por uma diminuição no ritmo dos investimentos privados. O resultado líquido do confronto entre a redução da capacidade de absorção dos riscos excedentes do país e a menor solicitação por resseguro é uma elevação dos prêmios, pela sua característica de commodity. A situação externa, definida atualmente? Neste momento, com base na história do IRB-Brasil Re, os resseguradores cadastrados devem realizar operações de resseguro sob condições conservadoras. Tendo em vista a emer- Como o mercado brasileiro está convivendo com os novos players internacionais? As seguradoras, em nome de seus clientes segurados, procuram melho- JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 11 entrevista “O pólo internacional de resseguros será uma conquista importante para o fortalecimento do mercado ressegurador brasileiro” na recessão por que passam algumas economias consideradas desenvolvidas e no aumento do grau de incerteza no produto dos investimentos, deve prevalecer na fixação dos prêmios de resseguro, dentre outras variáveis. Como está a proposta de transformar o estado do Rio de Janeiro em um pólo internacional de resseguros? O assunto está sendo discutido pelas autoridades competentes. O pólo internacional de resseguros será uma conquista importante para o fortalecimento do mercado ressegurador brasileiro e, independente da localização, o IRB-Brasil Re estará presente com sua força e tradição. O IRB-Brasil Re faz 70 anos em abril. O que essa marca significa? Estamos muito satisfeitos. Sem nunca recorrer a qualquer auxílio financeiro do Tesouro Nacional, os empregados do IRB-Brasil Re têm – e em meu entendimento estão corretos – orgulho do patrimônio acumulado. A evolução da indústria nacional de 12 BRAZILIAN BUSINESS seguros evidencia a importância do IRB-Brasil Re na construção de um mercado forte e preparado para a entrada no ambiente concorrencial. Por último, a observação dos resultados, nos dez últimos exercícios, demonstra que há muito houve retorno integral aos investimentos realizados pelos acionistas e renova a nossa expectativa, inclusive, em relação aos desafios dos próximos 70 anos. Quais são os projetos para os próximos anos? O IRB-Brasil Re deseja se manter como empresa competitiva, respaldada no acúmulo de sua experiência. Diante de resseguradores de grupos econômicos internacionais, com capitalização expressiva e atuação em diversos países, a realização de parceria estratégica, com ou sem participação acionária, não é uma meta a ser descartada, em particular neste período em que o banco de dados das operações de resseguros e o relacionamento tradicional com as seguradoras e os grandes segurados têm um valor econômico maior. BB JANEIRO-FEVEREIRO/2009 VEIRANO ADVOGADOS Consultoria Jurídica nas Áreas de: Administrativo l Aeronáutico l Antitruste e Concorrência l Ambiental l Arbitragem e Mediação l Bancário e Financeiro Comércio Exterior l Consumidor l Contencioso l Contratos l Energia Elétrica l Entretenimento l Fusões e Aquisições Imigração Empresarial l Imobiliário l Infra-estrutura l Mercado de Capitais l Mineração l Naval l Petróleo e Gás Propriedade Intelectual l Recuperação de Créditos e de Empresas l Seguro e Resseguro l Societário l Tecnologia da Informação l Telecomunicações l Trabalhista e Previdenciário l Tributário e Aduaneiro Business Law Consultancy in the Areas of: Administrative Law l Antitrust and Competition Law l Arbitration and Mediation l Aviation Law l Banking and Finance Capital Markets l Consumer Law l Contracts l Corporate l Corporate Immigration l Credit Recovery & Corporate Reorganization l Energy l Entertainment l Environmental l Information Technology l Infrastructure l Insurance & Reinsurance l Intellectual Property l International Trade l Labor and Social Security l Litigation l Mergers & Acquisitions Mining l Oil & Gas l Real Estate Law l Shipping l Taxation and Customs l Telecommunications WWW.VEIRANO.COM.BR [email protected] RIO DE JANEIRO SÃO PAULO PORTO ALEGRE BRASÍLIA RIBEIRÃO PRETO from the usa Obama e as novas oportunidades para parcerias nas Américas Clifford Sobel C om a posse de Barack Obama, 44º presidente dos Estados Unidos da América, devemos considerar as extraordinárias oportunidades que nossas nações têm de construir parcerias mais profundas e duradouras. Este é o começo de uma nova era de cooperação regional. Como disse o presidente Obama: “hoje começamos para valer o trabalho de assegurar que o mundo que deixaremos para nossos filhos seja um pouco melhor do que o que habitamos hoje”. 14 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 “Precisamos ter em mente que nossos destinos como povos das Américas são inseparáveis. Se os Estados Unidos e o Brasil concordarem em liderar, certamente os outros seguirão” Os Estados Unidos compartilham um hemisfério com muitas nações que adotaram uma visão partilhada para seus povos. Uma visão que permite aos cidadãos a liberdade de moldar seu destino político e buscar oportunidades econômicas ilimitadas. Compartilhamos desafios que são transnacionais, que não conhecem fronteiras, e temos a responsabilidade de enfrentá-los com nossos parceiros. Isso exige uma liderança regional capaz de inspirar, energizar e mobilizar os povos das Américas. Os dois meses após a eleição presidencial americana oferecem novas evidências dos desafios que temos à frente − não apenas em nossa região, mas também no mundo: um novo conflito em Gaza; a crise financeira; atentados terroristas em Mumbai; cólera na África Austral; relatórios do rápido derretimento de geleiras; e até mesmo o ressurgimento da pirataria. Tudo isso, além das questões que enfrentamos regionalmente e que afetam nosso cotidiano: crime organizado, gangues, drogas, desastres naturais, imigração, bem como questões de saúde pública e de prosperidade econômica. Estamos em uma encruzilhada. Não há nenhum país com os recursos ou o capital intelectual para tratar sozinho das questões que afetam nossas sociedades. Nenhum país tem monopólio sobre a sabedoria. Juntas, as nações devem se valer das extraordinárias oportunidades para transformar nossa comunidade global no século 21. Juntos, devemos liderar, construindo e fortalecendo as parcerias e alianças necessárias para vencermos nossos desafios comuns. Que países estão mais estreitamente afinados para trabalhar em parceria e liderar os esforços do que a dupla EUA- Brasil? São democracias vibrantes, economias de mercado aberto e sociedades diversas, arraigadas em tradições européias, latinas e africanas, convivendo lado a lado. Os presidentes Lula e Bush trabalharam em estreita cooperação para estabelecer uma parceria baseada na amizade, no respeito mútuo e nos interesses comuns dos nossos cidadãos. Devemos fortalecer essa parceria. O presidente Obama está preparado para fazê-lo. Sua eleição foi um divisor de águas que trouxe esperança não somente aos americanos, mas também aos brasileiros. O presidente Obama reconhece que os Estados Unidos devem continuar a ser uma força positiva no hemisfério. O presidente Lula também reconhece que o Brasil é uma força positiva para as Américas. Durante a campanha eleitoral, Obama ressaltou que “o que é bom para os povos das Américas é bom para os Estados Unidos”. Ele observou que devemos mensurar o sucesso “não apenas com base nos acordos entre os governos, mas também com base na esperança das crianças das favelas do Rio”, e nos sonhos que temos para elas. Em todo o nosso hemisfério temos oportunidades para melhorar a cooperação e alcançar objetivos compartilhados nas áreas econômica, de segurança e ambiental que afetam a todos. Os EUA buscam uma compreensão mais profunda e um engajamento mais amplo com nações do Caribe e das Américas Central e do Sul. A secretária de Estado, senadora Hillary Clinton, em sua sabatina de confirmação disse que “estamos na expectativa de tratar de muitas questões durante a Cúpula das Américas, em abril, e de usar o chamado do presidente eleito para uma nova parceria energética das Américas, trabalhando em torno de tecnologias que já compartilhamos e de novos investimentos em energia renovável.” Este é o momento de reforçar antigas parcerias e construir novas para enfrentar os desafios do século 21 – terrorismo e profliferação nuclear; reforma do sistema financeiro e revitalização da economia; energias alternativas e mudanças climáticas; pobreza e doenças. O ano de 2009 deverá representar uma oportunidade de renovação do nosso sentimento de que temos objetivos comuns e cidadania compartilhada. Precisamos ter em mente que nossos destinos como povos das Américas são inseparáveis. Se os Estados Unidos e o Brasil concordarem em liderar, certamente os outros seguirão. O futuro parece promissor, e tenho muita confiança no que as duas maiores democracias do hemisfério ocidental – Brasil e Estados Unidos – podem conquistar. Vamos continuar a trabalhar juntos para fazer do nosso hemisfério e do mundo lugares melhores para todos vivermos. BB Embaixador dos EUA no Brasil JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 15 brasil urgente Crise financeira? Faça mais do que cortar custos Sérgio Carvalho A boa gestão de custos é fator crítico de sucesso para organizações de todos os setores, seja industrial, serviços, comercial, financeiro, no segmento privado ou público, com e sem fins lucrativos. É vital para diversas áreas funcionais, como vendas, marketing, produção, qualidade, recursos humanos, engenharia, finanças. Sabemos que as informações de custos são úteis para preparar relatórios contábeis, formar o preço de venda e racionalizar custos. Mas, relatórios contábeis servem apenas para informar a posição econômico-financeira, e o preço de venda cada vez mais é função das forças do próprio mercado. 16 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 “A empresa equilibrada promove um ambiente melhor, pois seu pessoal se sente mais seguro, passando a criar novos produtos e processos, arriscando mais e, assim, vencendo no mercado” Isto quer dizer que somente racionalizar custos torna a organização competitiva no mercado. Mas, infelizmente, alguns profissionais não percebem a lógica corporativa e imaginam que racionalizar custos significa defender o chamado capitalismo selvagem. Pelo contrário, custos controlados aumentam a poupança e o investimento, o que gera crescimento, e com ele, o emprego. Contudo, a maioria das organizações oscila entre dois extremos na gestão de seus níveis de custos. Em períodos de crescimento econômico e empresarial tendem a ser extremamente liberais com os gastos. Em períodos de queda de vendas e lucro vão para o lado oposto, implementando cortes radicais de custos. São as organizações bipolares. Esse exagerado e repetitivo expande e corta cria indisciplina e gastos desnecessários. Certamente corta custos, mas corta também lucros, participação de mercado, criatividade e motivação. É claro que há empresas que planejam adequadamente seus níveis de gastos. Elas são empresas equilibradas. Não deixam de ter oscilação de expansão e contração, de acordo com os ciclos da economia, mas num nível menor do que as empresas bipolares. As equilibradas estão sempre operando programas de racionalização de custos, por isso oscilam menos. E oscilar menos faz com que, no médio prazo, a empresa ganhe mais do que aquela que vai no ritmo “montanha-russa”. Além de ganhar mais financeiramente, a empresa equilibrada promove um ambiente melhor, pois seu pessoal sente-se mais seguro, passando a criar novos produtos e processos, arriscando mais e, assim, vencendo no mercado. Ou seja, a empresa que parece mais conservadora e estável com seus gastos, é, na realidade, mais consistente na agressividade comercial. A crise financeira, o declínio econômico ou mesmo a recessão não deveriam ser o momento ideal para se iniciar um programa estruturado de racionalização de custos, porque há o risco do programa nascer com o carimbo negativo de ter vindo só para promover o quase inevitável corte de pessoal que ocorre nestas situações. Mas, antes começar tarde, na crise, do que nunca dar partida no programa. Para ser implementado com sucesso, o programa precisa superar a resistência de muitos funcionários que se sentirão ameaçados. E como obter o apoio necessário? Os gestores devem demonstrar que o programa promoverá a melhoria da competitividade, sustentabilidade e, portanto, também do crescimento dos funcionários. Ou seja, o programa deverá estar associado à gestão estratégica da organização. Ninguém vai se opor à empresa cumprir com sua missão e visão estratégicas. Portanto, seja nos períodos de bonança ou nos de restrição, o planejamento estratégico da organização deverá sempre contemplar objetivos e planos de ação associados à racionalização de custos, via capacitação do pessoal e melhoria de processos. Esta é parte fundamental para maior e melhor nível de vendas, participação de mercado, retorno financeiro com liquidez e segurança. Bingo! Racionalizar custos é estratégico e traz benefícios a acionistas e funcionários. Implementar um programa estruturado de racionalização de custos é por em prática algumas destas metodologias: Perguntas dos 4 P´s; Círculos de Controle da Qualidade; 5 S´s; 6 Sigma; Programa de Sugestões; Orçamento Empresarial Matricial; Custeio e Gestão Baseados em Atividades; Just in Time; Kanban; Gestão da Manutenção Produtiva; e Troca Rápida de Ferramentas. A cada empresa cabe escolher as metodologias que melhor se adaptem à sua realidade. E por último, mas não menos importante, a eficácia e retorno destes programas será maior se forem apoiados por sistemas de Business Intelligence. Então, mãos à obra e “xô” crise financeira. BB Diretor executivo da Profit Tecnologia em Finanças JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 17 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Projeto de nota fiscal eletrônica: conformidade e redução de custos Por Fabiano César Tafarelo D esde seu lançamento oficial no primeiro trimestre de 2008, o projeto nacional de nota fiscal eletrônica (NF-e) tem sido um grande sucesso do governo brasileiro: até janeiro de 2009, mais de 1,5 trilhões de reais trafegaram pelos sistemas de NF-e do fisco. Em setembro deste ano teremos a 4ª onda, com mais 50 setores da economia integrando este importante projeto nacional, o que totalizará, desde sua criação, aproximadamente 100 setores da economia operando com nota fiscal eletrônica. Com a nota fiscal em formato eletrônico, o fisco sabe, em tempo real, todo o volume de notas que estão circulando no país e passa a ter o controle das operações de compra e venda de mercadorias. O governo cria, assim, uma barreira natural para atuações fraudulentas, tais como: viagens de mercadorias com uma única nota ou escrituração de entradas fictícias, com notas “frias”, com o objetivo de creditamento falso de ICMS. Além disso, espera-se também a redução de custos administrativos com fiscalização e, de quebra, aumento na arrecadação de impostos, permitindo ao governo rever e otimizar a legislação tributária sem perda de receita. Os projetos de nota fiscal eletrônica demandam planejamento, mudança cultural, dispêndio de recursos e tempo de profissionais de diversas áreas, adaptação e testes nos sistemas de informação da empresa, integração com a Secretaria da Fazenda, saneamento de dados cadastrais, em resumo, investimento. Para o governo e para o país com um todo, os benefícios da nota fiscal eletrônica estão evidentes, mas, e para as empresas? Em época de crise global e pouco crédito disponível a implementação da nota fiscal eletrônica é uma boa opção de investimento? A resposta é sim. Além da obrigatoriedade legal para muitos setores da economia, o investimento se paga ao longo do tempo. Para a alta gestão das em- 18 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 presas, a nova nota fiscal dá maior confiança e credibilidade no processo de emissão deste documento, por saber que o governo está controlando e liberando toda operação de compra e venda de mercadorias. Com isso, a concorrência tende a ser mais justa para empresas que pagam seus tributos corretamente. Além disso, espera-se uma redução nos custos administrativos com as auditorias fiscais, que serão mais focadas em divergências encontradas e pré-analisadas por profissionais do governo. Há ganhos também no processo logístico, haja visto a redução de tempo de parada de caminhões em postos fiscais de fronteira, que estarão equipados com sistemas on-line e integrados para capturar e checar os dados da Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica). Os ganhos tangíveis e diretos também são possíveis. Com o novo formato eletrônico da nota fiscal, as empresas terão ganhos oriundos de redução de gastos com papel, gastos com impressão da nota fiscal, armazenamento físico de documentos, que hoje é obrigatório por um prazo de cinco anos, além da maior velocidade nas transações e a garantia de inviolabilidade de dados. A implantação da solução da nota fiscal eletrônica também traz benefícios à proteção ambiental, por meio da economia de impressões e, consequentemente, diminuição na utilização do papel. A nota fiscal eletrônica, além de melhorar o controle das operações, age também como uma ferramenta antifraude e, acima de tudo, como solução sustentável, valor atualmente importante às empresas. Consultor de portfólio e desenvolvimento de novos serviços e soluções da Siemens IT Solutions and Services © 2009 KPMG Auditores Independentes, the Brazilian entity and member firm of the KPMG network of independent member firms affi liated with KPMG International, a Swiss cooperative. All rights reserved. Transparência e Integridade. Transparency and integrity. Qualidade e Independência. Quality and independence. Em todo o mundo, auxiliamos as corporações a atuarem We assist companies worldwide on how to face the constant diante das constantes mudanças na economia global. changes in a global economy environment. Buscamos intensamente o fortalecimento da confiança We strive to strengthen the trust in the capital markets and in nos mercados de capitais e em nossa profissão, realizando our profession through a continuous implementation of melhorias e mantendo nosso alto padrão de integridade. improvements and maintenance of high integrity standards. Valorizamos nossos profissionais e reconhecemos sua real We praise our professionals and believe in meritocracy, wich atuação, inclusive no que se refere à sua contribuição para also takes into consideration their actions towards a more um mundo sustentável. sustainable world. No Brasil, somos aproximadamente 2.400 profissionais, In Brazil, we have approximately 2.400 professionals distribuídos em 11 Estados e Distrito Federal, atuando working from 16 offices in 14 cities, located in 11 States em 14 cidades e 16 escritórios. and the Federal District. kpmg.com.br life style Ventos favoráveis no lazer e na profissão CHEFE DA DELEGAÇÃO BRASILEIRA DE VELA NOS JOGOS PAN-AMERICANOS EM 2007, ADVOGADO CONQUISTOU TÍTULOS NO PAÍS E NO EXTERIOR COM O IATISMO Renato Santos M odalidade olímpica que mais angariou medalhas para o Brasil, o iatismo é a grande paixão de Peter Dirk Siemsen, sócio sênior do Dannemann Siemsen, Bigler e Ipanema Moreira, escritório especializado em propriedade industrial. 20 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2008 “Falta ao Brasil uma estrutura administrativa mais profissional, que incentive a realização de encontros entre velejadores e dirigentes, permitindo a troca de idéias para o aperfeiçoamento do esporte” A admiração do advogado pelo esporte surgiu há 60 anos, quando o Iate Clube do Rio de Janeiro criou a categoria de sócio-veleiro. A intensa atividade de Siemsen dentro e fora do país ajudou-o a entrosar a agenda profissional com o hobby. Em sua vida, os dois sempre estiveram entrelaçados: “O fato de exigirem intensa atuação no Brasil e no exterior facilitou a prática dos dois, sem que um fosse praticado em detrimento do outro. Minhas atividades internacionais permitiram, em diversas ocasiões, combinar eventos esportivos com profissionais”, explica. Um dos ícones do advogado no iatismo é o já falecido Walter von Hütschler, primeiro brasileiro bicampeão mundial na classe Star, a quem a modalidade deve muito do seu progresso. Outro atleta admirado por Siemsen é seu amigo Torben Grael, ex-tripulante e, atualmente, o mais completo velejador do Brasil. Ele acredita que bons advogados e adeptos desse esporte tenham características comuns: “Ambos devem ter espírito competitivo, tendo como meta atingir o sucesso no que fazem. Nas duas atividades, a ética e o respeito ao adversário são características fundamentais”. Chefe da Delegação Brasileira de Vela nos Jogos Pan-americanos em 2007, Siemsen veleja atualmente com menos freqüência do que gostaria, devido aos compromissos profissionais mais numerosos, mas sempre que pode não abre mão de apreciar as condições de navegação e a bela paisagem do Rio de Janeiro. “É sem dúvida um estado privilegiado, pois permite a prática do iatismo nas mais diversas condições de mar e tempo, em locais extremamente aprazíveis como o próprio Rio de Janeiro, a região de Búzios e a baía de Angra dos Reis”. Durante 50 anos Siemsen competiu na classe Star, barco mais antigo da vela olímpica, lançado nos Jogos de Los Angeles em 1932. Atualmente seus desafios são em um Beneteau 47.7, mas não poupa elogios à classe anterior, testemunha de tantas competições e viagens. “De todas as classes em que competi, sem dúvida a que mais se destaca e sempre teve minha preferência foi a Star. É um barco que exige a sensibilidade de um violinista, a capacidade tática de um enxadrista e o preparo físico de um atleta. Não é à toa que os mais famosos velejadores do mundo, incluindo os campeões da Copa América, competiram nela”, avalia. O advogado diz que o iatismo brasileiro figura hoje entre os melhores do mundo, o que não deixa de ser uma proeza, dado o pequeno número de praticantes. Para Siemsen, falta mais investimentos e uma estrutura melhor para o desenvolvimento da modalidade olímpica no país. “Tecnicamente o iatismo brasileiro está entre os melhores do mundo, o que surpreende a muitos no exterior, considerando que, frente a outros países, nosso número de regatistas é relativamente pequeno. Falta ao Brasil uma estrutura administrativa mais profissional, que incentive a realização de encontros anuais entre velejadores e dirigentes, permitindo a troca de idéias para o aperfeiçoamento do esporte. Essas reuniões são muito comuns no exterior, entre nações que alcançaram destaque nessa atividade”. Um tratamento fiscal mais favorável para os barcos construídos no Brasil ou importados, também permitiria o aumento da quantidade de embarcações em regatas. Da experiência acumulada em competições nas Américas do Sul e do Norte, Caribe, Europa e Austrália, Siemsen guarda com carinho lembranças dos títulos conquistados como campeão brasileiro, sul-americano e mundial de veteranos. “A regata mais longa da qual participei foi a Recife-Fernando de Noronha, com percurso de 300 milhas marítimas. Mas todos esses títulos aqui e no exterior representaram momentos de orgulho e satisfação para mim. Dificilmente poderia destacar apenas um”, conclui. BB JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 21 reportagem “Temos muita sorte de ser filhos, netos e bisnetos desse homem maravilhoso, que foi Bill Sweet.” Carl Sweet, filho 22 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Bill Sweet: uma vida bem vivida Ana Redig, do Rio de Janeiro N o dia 7 de janeiro faleceu o ex-presidente e associado mais antigo da Câmara de Comércio Americana, William Beck Sweet. Bill, como era chamado por todos, completaria 100 anos no dia 26 do mesmo mês. Reza a lenda que este americano, nascido em Oklahoma, só teria se registrado adulto e, para não parecer tão “velho”, declarou ter dois anos menos. Ele teria, portanto, quase 102 anos. No alto: Bill Sweet, aos 16 meses, no colo de sua mãe À esquerda: recebendo homenagem da Amcham Doce, gentil, afetuoso e cavalheiro são adjetivos usados por quase todos ao tentar definir o amigo ou parente. “Fui colega do Sr. Bill Sweet e o que posso dizer é que era um homem com ‘H’ maiúsculo, um idealista. Sua vida foi sempre a prova disso,” disse Juan Llerena, ex-presidente da Amcham. João Cesar Lima, atual presidente da instituição, destacou: “Muito do que somos e fazemos hoje na Câmara foi aprendido com o Bill Sweet. Até poucos meses, tivemos a felicidade e oportunidade de contar com ele em nossas reuniões de diretoria, sempre com participação ativa e compartilhando sua experiência e conhecimento conosco.” Sua vitalidade era uma característica forte. Bill praticou esportes desde muito jovem e tinha uma saúde invejável. Criou-se em Seattle, onde escalar era o programa de fim de semana. Tornou-se tão habilidoso que, com quase 80 anos, subiu o Himalaia e chegou próximo ao Campo Base do Everest, tarefa bastante árdua, mesmo para jovens. “Aos 98 anos malhava em uma academia perto de casa para onde ia todo uniformizado”, diverte-se a filha Astri. Este homem alegre e inteligente cursou Administração de Empresas em uma das primeiras turmas de Harvard. Trabalhava no Exército americano quando decidiu que queria vir para o Brasil. Começou a estudar português até conseguir uma missão: fazer um levantamento do parque industrial brasileiro na época. Rapidamente o trabalho foi JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 23 Arquivo pessoal Da esquerda para a direita: o jovem Bill nos tempos de colégio, estudante de Harvard em 1932 e em expedição no Nepal em 1965 “Bill Sweet foi um exemplo de dedicação e, acima de tudo, de vontade de viver.” Gílson Freitas de Souza, diretor da Amcham 24 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 realizado e ele logo se apaixonou pelo país e pela primeira mulher, Astri Annemari Sjöstedt, uma sueca de apelido Lila, que lhe deu os filhos Eric, Astri e Carl. Mais tarde toda a família, inclusive Bill, optou pela nacionalidade brasileira. Bill casou-se ainda com Maria Mellin Milek, com quem viveu por 30 anos. Empreendedor, realizou vários negócios, foi executivo de algumas multinacionais, como a Alcoa – de onde foi conselheiro por 22 anos – e da Liquid Carbonic, que ajudou a fundar no Brasil, Argentina e Paraguai. Com 50 anos, deixou a vice-presidência de uma multinacional na Espanha e voltou para o Brasil com a família. “Com aquela idade, sem emprego, a vida dele recomeçou”, conta a filha. Comprou terras no Mato Grosso, montou engarrafadoras de Coca-Cola e passou a trabalhar para si. “Não havia absolutamente nada no Mato Grosso naquela época, era completamente selvagem. Às vezes tínhamos de cortar o mato para continuar a viagem. Dormíamos em uma casa de madeira. Graças ao meu pai tive a oportunidade de conhecer o mundo, de visitar vários países e frequentar lugares que me deram a percepção global que tenho hoje”, lembra o filho Carl. Obrigado a se aposentar pela Alcoa, foi convidado a continuar a fazer os relatórios sobre a economia americana, que elaborava há anos. Apesar da aridez dos temas tratados, e ao contrário da maior parte dos relatórios econômicos, os elaborados por Sweet eram de agradável leitura. Seu texto tinha rara fluidez e era recheado de análises bem fundamentadas. Foi um grande crítico do ex-presidente do Federal “Fui grande amigo do Bill Sweet e fica uma lembrança muito gostosa da vida dele, porque era um homem de princípios, muitos valores, e que deixa um exemplo muito bonito para todos nós.” Roberto Veirano, ex-presidente da Amcham homem que deflagrou a mais selvagem farra de crédito da história do mundo (....). Não vejo como uma aterrissagem forçada da economia americana possa ser evitada, mas espero estar errado (....)”. Infelizmente, William Sweet estava certo. “A capacidade de antecipar fenômenos dessa magnitude é uma virtude ou talento compartilhado por poucas pessoas. Um desses raros homens é William Sweet”, disse o amigo e economista Paulo Rabello de Castro ao lançar o livro “A Grande Bolha de Wall St.”, no qual Bill é citado várias vezes . Ele, aliás, esteve presente ao lançamento, onde deu sua última declaração à imprensa. Disse: “Toda crise acaba. Coragem! A de 1929 foi pior, durou 8 anos”. “Ele dizia o que pensava, mas sempre tinha uma palavra, algo agradável a dizer”, conta a filha Astri, que há dez anos deixou o trabalho em São Paulo para ficar com o pai. “Foi maravilhoso poder conviver mais de perto com ele esses últimos tempos. Ele ajudou muita gente, pois tinha a capacidade de mudar a vida das pessoas.” A Amcham agradece a oportunidade de tê-lo entre nós por tanto tempo. BB www.gaiasilvagaede.com.br Reserve, Alan Greenspan, que considerou um dos grandes responsáveis pela formação da “bolha” de crédito que deflagrou a atual crise financeira. Pode-se dizer que Bill Sweet era um visionário na arte de avaliar e analisar a economia. No dia seguinte ao 11 de setembro de 2001 Sweet previu a crise atual. Ele escreveu: “(...) não estou muito otimista quanto ao futuro de nossa economia. Não consigo entender porque Greenspan e a maioria dos economistas americanos pensam que está tudo ótimo quando a coisa se apoia numa base inflada de crédito (...). Acho que a história irá classificá-lo como o ADVOCACIA PARA EMPRESAS Tributário Societário Financeiro Energia - Oil & Gas Econômico Telecomunicações Off Shore ESCRITÓRIOS SÃO PAULO, SP Rua da Quitanda, nº 126 - Centro CEP: 01.012-010 Fone: +55 11 3797-7400 Fax: +55 11 3101-2226 e-mail: [email protected] RIO DE JANEIRO, RJ Av. Rio Branco, 116 - 9º E 10º andares - Centro CEP: 20.040-001 Fone: +55 21 2506-0900 Fax: +55 21 2242-9101 e-mail: [email protected] BELO HORIZONTE, MG SÃO PAULO RIO DE JANEIRO ESCRITÓRIOS CORRESPONDENTES: BUENO AIRES CURITIBA, PR Rua Mal. Deodoro, 344 - 14º andar CEP: 80.010-909 Fone: +55 41 3304-8800 Fax: +55 41 3304-8812 e-mail: [email protected] BRASÍLIA, DF CURITIBA LOS BELO HORIZONTE BRASILIA JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS ANGELES SALT LAKE CITY MIAMI 25 NEW YORK LEGAL ALERT A contratação de seguros em moeda estrangeira ou diretamente no exterior Por André Gondinho E stá encerrado o prazo da consulta pública editada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para sugestões e críticas em relação às minutas de Circular (Susep) e Resolução (CNPS – Conselho Nacional de Seguros Privados) para o estabelecimento de procedimentos operacionais e regras para a contratação de seguro em moeda estrangeira e de seguros no exterior. Embora não haja prazo para a edição das novas normas, é de se esperar que as mesmas sejam editadas ainda no início de 2009. Isso porque a atual Resolução CNSP n.º 165/2007, que trata do mesmo assunto, está em vigor há mais de um ano e, apesar de suas qualidades, é falha em alguns pontos, já identificados e reclamados pelo mercado. Os impactos das novas regras serão diversos, embora não seja tão simples identificar o que é intrinsecamente positivo ou negativo, pois muitas vezes esse tipo de qualificação dependerá de situações e variáveis que não podem ser examinadas a priori. Por exemplo, a nova regulamentação criaria novas hipóteses para a contratação de seguros em moeda estrangeira, a exemplo do seguro de bens cuja reposição ou reparação dependam de importação, ou do caso de seguro garantia quando o tomador ou o segurado forem domiciliados no exterior. No entanto, ao mesmo tempo, as novas regras restringiriam situações de contratação de seguros em moeda estrangeira que cubram simultaneamente outros riscos, além de bens importados, nas hipóteses em que o valor destes bens fique aquém da metade do valor do risco declarado ou da importância segurada contratada. Obviamente, o que aqui tenta se evitar é que seja contratado em moeda estrangeira, por exemplo, um seguro de riscos operacionais com diversas coberturas sob a alegação de existência de máquinas importadas no pátio industrial, sendo tais 26 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 equipamentos não representativos no valor do risco. Entre todas as modificações propostas, uma parece particularmente interessante e potencialmente impactante: a contratação de seguro no exterior por pessoas residentes no exterior somente pode ser custeada por pessoa física residente ou pessoa jurídica domiciliada no Brasil por força de contrato de prestação de serviço. Isso porque reside dúvida sobre a permissão para a contratação do seguro de transporte de mercadoria importada no exterior, mediante a celebração de contratos de importação com a utilização dos incoterms CIF (Cost, Insurance and Freight) ou CIP (Carriage and Insurance Paid to), pois nestes termos comerciais o exportador é responsável pela contratação do seguro. A nova regulamentação, a nosso ver, deixa mais evidente a liberação de importações sob as modalidades CIF e CIP, pela possibilidade de contratação do seguro de transporte da mercadoria no exterior, diretamente pelo exportador estrangeiro, o que poderá gerar grande impacto nas operações de comércio exterior. Também é relevante registrar que os corretores passam a ter maiores responsabilidades na nova regulamentação. Atualmente, quem praticar qualquer infração às normas afetas às atividades de seguro, cosseguro e capitalização está sujeito às sanções administrativas impostas pela Susep. Com a nova redação, o profissional poderá sofrer inabilitação, pelo prazo de dois a dez anos, para o exercício de cargo ou função no serviço público, instituições financeiras, sociedades seguradoras e resseguradoras; além de multa de R$ 10 mil a R$ 1 milhão. Sócio de Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados Francisco Müssnich, Aloisio Santos, Max Fontes, Clifford Sobel, Murta Ribeiro, Carlos Velloso, Antonio Amaral e Marcus Fontes Luis F. Francisco, Max Fontes, Carlos Velloso, Murta Ribeiro, Maximino Fontes, Gilberto Rego e Marcus Fontes Harvard Law ScHooL aSSociation of BraziL No final de 2008 (15/dez/08), a Universidade de Harvard realizou, na sede do Jockey/RJ, evento sobre as relações internacionais entre Brasil e Estados Unidos. A palestra foi proferida pelo embaixador americano Clifford Sobel, que registrou a evolução das parcerias no campo acadêmico nos últimos anos e a importância da cooperação mútua entre os dois países, especialmente na área da advocacia. Na ocasião, o advogado carioca Max Fontes, Presidente da Harvard Law School Association no Brasil, recebeu condecoração do governo americano em reconhecimento aos relevantes serviços prestados para o fortalecimento dos laços entre o meio jurídico americano e o Poder Judiciário Brasileiro. A cerimônia contou com a presença de inúmeros advogados e magistrados, como o Ministro Carlos Velloso e os presidentes do Tribunal de Justiça/RJ, Des. Murta Ribeiro e do Tribunal Regional do Trabalho/RJ, Des. Aloísio Santos. Participaram também da solenidade o Dr. Joaquim Falcão, do Conselho Nacional de Justiça e o Procurador de Justiça, Dr. Claúdio Lopes. Em março, a Associação harvardiana fará evento no Rio de Janeiro com o Ministro da Suprema Corte Americana, Antonin Scalia. JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Embaixador Clifford Sobel e Max Fontes Max Fontes, Carlos Velloso, Francisco Müssnich e Marcus Fontes BRAZILIAN BUSINESS 27 capa Bom para o carioca, bom para o turista J á é lugar comum afirmar que o Rio de Janeiro tem vocação para o turismo. Hotéis com ocupação esgotada, praias abarrotadas de estrangeiros e bares e restaurantes funcionando a todo vapor. Esse é o cenário mais conhecido da cidade por meio dos cartões postais. 28 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Wigder Frota / Riotur Paulo Senise “Não podemos esquecer que, para o turismo, tão importante quanto manter a cidade ordenada, é o desenvolvimento de ações do poder público em relação a investimentos na promoção e marketing, tanto no mercado nacional quanto no internacional” O que pouca gente sabe é que, para que o turismo carioca cresça em profissionalismo, ganhando cada vez mais visibilidade no exterior, uma série de instituições, entre elas o Rio Convention & Visitors Bureau - fundação que reúne entes privados e públicos - se dedicam diariamente a temas relacionados ao assunto. O mais recente deles entrou de maneira decisiva na agenda do novo prefeito do Rio. Em um ato de profunda sensibilidade aos anseios da cidade, Eduardo Paes declarou à imprensa que o antigo Hotel Méridien, no Leme, fechado há um ano e meio, só poderá ser usado para receber hóspedes. Uma das preocupações do trade turístico carioca era de que o espaço, hoje pertencente ao Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), tivesse outro destino diferente de seu projeto original. Além de ser coerente com o que determina a lei, já que o prédio foi construído com recursos de um fundo voltado para o setor, a posição de Eduardo Paes tranquiliza todos os empresários que vivem do turismo na Cidade Maravilhosa. Isso porque a rede hoteleira precisa manter seu ritmo de crescimento e não pode ter seus ativos desviados para outros usos. Estimativa feita pelo Rio Convention & Visitors Bureau revelou que as portas fechadas do Méridien, responsável pela primeira queima de fogos vista no Réveillon de Copacabana, representaram um prejuízo de pelo menos R$ 13 milhões em diárias nos seus 500 apartamentos e 50 suítes. O valor, baseado em pacotes de fim de ano de hotéis similares da orla, também levou em conta a perda de 550 empregos diretos e outros 3.500 indiretos. Antes mesmo desse posicionamento de Paes, o Rio Convention & Visitors Bureau já previa que o relacionamento do poder público municipal com as instituições ligadas ao turismo nos próximos quatro anos será proveitoso não só para os empresários do setor como principalmente para os turistas, que demandam, cada vez mais, uma infraestrutura adequada da cidade em que estão visitando. Nesse sentido, os cariocas já acompanham outras ações do novo prefeito como a operação Choque de Ordem – com a retirada de mendigos das ruas e a derrubada de imóveis construídos irregularmente. Nós acreditamos que o que é bom para o cidadão carioca é bom para o turista. Mas, não podemos esquecer que, para o turismo, tão importante quanto manter a cidade ordenada, é o desenvolvimento de ações do poder público em relação a investimentos na promoção e marketing, tanto no mercado nacional quanto no internacional. É urgente, ainda, a reestruturação da malha aérea no Rio de Janeiro de forma a conectar, com coerência de horários e destinos, os vôos partindo do exterior direto para a cidade. Esse conjunto de ações é considerado fundamental para uma maior captação de eventos. Outras atenções se voltam para o revigoramento do Réveillon e do Carnaval de rua com novas atrações, que ancorem a desejada construção de um calendário anual, fundamental para que agentes e a rede hoteleira possam trabalhar as datas temáticas com antecedência. Essas medidas são urgentes, levando em conta os desafios que enfrentaremos pela frente como a preparação da cidade para sediar a Copa de 2014 e para ser candidata às Olimpíadas de 2016. Porém, há outras demandas imediatas. Um dos esforços feitos pelo trade turístico é fazer com que o Rio continue a ser palco das principais feiras e eventos do país, fomentando o turismo de negócios. Nos últimos dois anos, quase 60 mil pessoas passaram pela cidade para participar do chamado turismo de negócios ou eventos, como resultado de ações desenvolvidas pelo Rio Convention & Visitors Bureau, que vem, desde sua criação em 1984, contribuindo para a expansão do negócio turístico. Durante esse período, nós apoiamos a captação de mais de 300 eventos com atração de 550 mil participantes, que deixaram na cidade uma receita estimada da ordem de US$ 590 milhões. E esses números tendem a crescer nos próximos anos, levando em conta as medidas que estão sendo colocadas em prática por Eduardo Paes. Temos certeza de que em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro consolidaremos a vocação da cidade como grande receptora de visitantes nacionais e internacionais, gerando emprego e renda para os brasileiros moradores de uma das metrópoles com maior potencial de crescimento do mundo. BB Superintendente do Rio Convention & Visitors Bureau JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 29 capa Uma proposta de parceria Orlando Diniz O Riotur Sistema Fecomércio-RJ acredita em uma parceria atuante entre o poder público e a iniciativa privada. Praticando esta crença, iremos oferecer ao novo Executivo do município do Rio de Janeiro subsídios e informações que visam o desenvolvimento social e econômico da cidade, e que, também, sejam ferramentas eficientes e adequadas para enfrentar com êxito esse período de incerteza, que se anuncia internacionalmente. 30 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 “Dados estatísticos mostram que nos 17 feriados estaduais o comércio de bens e serviços fluminense deixa de faturar em torno de R$ 8,5 bilhões” Defendemos, ainda, a implementação de um plano diretor de políticas públicas capaz de criar as condições para um ambiente favorável aos negócios e ao incentivo do empreendedorismo, valorizando a vocação do Rio para o setor do comércio de bens, serviços e turismo. Alguns dos principais pontos e temas a serem apresentados para o novo prefeito são: Impostos - A redução ou a isenção do ISS, de acordo com a especificidade do caso, como medida para estancar a migração de empresários para outros municípios, além de atrair novos investimentos e mais empregos. Cultura - Em 2008, realizamos uma pesquisa nacional sobre os hábitos culturais dos brasileiros. O resultado demonstrou que a maioria absoluta dos pesquisados, não tinha ido uma vez sequer ao teatro ou cinema, não tinha visto um show, nem lido um livro. A razão desta inércia cultural é a falta de hábito e o desinteresse. É preciso um esforço para interromper este quadro de inércia, incentivando os hábitos culturais desde o ensino fundamental. Dengue - Os empresários do estado do Rio de Janeiro sofreram os impactos da dengue no dia-a-dia dos negócios. Uma pesquisa do Sistema Fecomércio-RJ aferiu que 23,4% dos estabelecimentos tiveram funcionários afastados por terem contraído dengue. Em média, os empregados infectados pela doença ficaram seis dias ausentes. Dentre as principais demandas dos empresários do comércio que sofreram prejuízo com o surto de dengue estão: funcionários sobrecarregados, vendas reduzidas, pagamentos de horas-extras, trabalho atrasado, deficiência no atendimento e contratação de funcionários-extras. Neste verão de 2009, o Sistema Fecomércio –RJ, com o apoio do governo do estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Saúde e Defesa Civil, está realizando sua Campanha de Prevenção contra a Dengue. Bilhete Único - O sistema de Bilhete Único, já implantado com sucesso em algumas capitais brasileiras, tem como característica principal a redução do custo da passagem, beneficiando a grande maioria da população, que é usuária do transporte público. Ele permite que o usuário utilize diferentes modos de transportes integrados em um período determinado, oferecendo, inclusive, a opção pelo trecho mais curto do trajeto. Além do benefício de efeito direto, redução do custo total do bilhete e eficiência no sistema de transporte, podemos citar como valores agregados: a diminuição do gasto no custo do transporte traz um consequente aumento da renda disponível. Em geral, a população usuária de ônibus é a que tem o maior percentual da renda comprometida com gastos de transportes. Além disto, com uma menor intensidade do tráfego dentro da cidade, ocorre uma diminuição no consumo de combustível e, consequentemente, uma redução nos índices de poluição. Feriados - O Sistema Fecomércio-RJ defende o livre funcionamento do comércio, impedido por determinadas leis restritivas, que não favorecem nem a iniciativa privada, nem o emprego pleno. Dados estatísticos recentes sobre o faturamento do comércio de bens e serviços do estado do Rio de Janeiro mostram que nos 17 feriados estaduais, o comércio de bens e serviços fluminense deixa de faturar em torno de R$ 8,5 bilhões. Para cada dia de feriado no estado, são menos cerca de R$ 500 milhões vendidos. Ordenamento Urbano - Implementar ações para inibir a ação de camelôs, frequentemente associados a pirataria, retirar a população das ruas e garantir uma iluminação que permita o funcionamento noturno do comércio. Segurança - Desde 2002, realizamos estudos sobre o valor que o comércio do estado do Rio de Janeiro gasta com segurança. As estimativas demonstram que os prejuízos com a falta de segurança vão além da violência: são perdas de oportunidades de desenvolvimento, com alto custo financeiro. Nossos estudos provam que se o investimento gasto, hoje, em segurança fosse aplicado em pessoal, seriam gerados milhares de novos empregos formais. O Sistema Fecomércio-RJ, comprometido com o desenvolvimento econômico e social do Rio de Janeiro, estará à disposição do prefeito Eduardo Paes e de sua equipe para apresentar seus projetos e alternativas. Romper paradigmas é o que pode fazer a diferença! BB Presidente do Sistema Fecomércio-RJ JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 31 news Impactos da crise para empresas Tributaristas analisam reflexos da turbulência econômica na saúde financeira das companhias Andreia Abreu P Gerson Stocco ara que o país tolere melhor os efeitos da crise financeira internacional é importante dar seguimento à Reforma Tributária. Hoje o Brasil tem 112 tipos diferentes de tributos e uma legislação burocrática que encarece custos de produção e inibe a entrada de capital. Mais do que nunca é preciso reduzir os impactos sobre as empresas. Por isso, a Amcham reuniu os tributaristas Gerson Stocco, sócio-fundador do escritório Gaia, Silva, Rolim e Associados; Andréia Abreu, diretora-presidente da Antec; e Roberto Haddad, sócio em tributação internacional da KPMG para falar sobre o tema. Andréia fez um histórico da crise, iniciada em março de 2007, quando a quebra imobiliária chegou à bolsa de valores dos EUA e as 32 BRAZILIAN BUSINESS Roberto Haddad prestações dos imóveis pressionaram o orçamento, reduzindo o consumo. Ela disse que o Brasil é um dos países mais taxados do mundo: “Além da alta carga tributária, temos o problema da burocracia: a quantidade de declarações e obrigações acessórias impostas às empresas é imensa. No Brasil são editadas, em média, 37 normas tributárias por dia. Nesse cenário, considerando a crise, acredito que o lucro das companhias será menor, receitas tributárias expressivas não se repetirão, a exemplo do IOF. As importações também vão cair, reduzindo a receita do Imposto de Importação. A receita do IPI sobre veículos também poderá diminuir”. Stocco comparou previsões sobre a crise a uma partida de futebol: tal qual um comentarista, é difícil analisar JANEIRO-FEVEREIRO/2009 o jogo antes do término. O advogado disse que as medidas tomadas pelo governo até agora têm sido paliativas. “O que pode acontecer é o alongamento do prazo de recolhimento dos tributos, redução momentânea da carga do INSS, para evitar demissões, e eventual diminuição do IOF em operações de crédito. Mas parece que o governo está na contramão da crise. Exemplo: um dos itens da Medida Provisória 449 diz que prestações de leasing, cuja soma seja maior do que 75% do custo do bem, serão classificadas como operação de crédito, ou seja, com incidência de IOF”. Haddad lembrou que, antes da crise, muitas empresas apostaram na tendência de desvalorização do dólar frente ao real, ultrapassando o limite de investimentos no hedge, que visa proteger operações financeiras do risco de grandes variações de preço em determinado ativo. A estratégia trouxe prejuízos. “Quando esse limite é superado, atinge-se o ponto de hedge especulativo, onde não há cobertura. Grande parte das empresas teve perdas substanciais porque apostou em um real forte e superou o nível de hedge estabelecido pelos conselhos de administração”. news Cidadania fiscal para todos Projeto que prevê repatriação de capital incentiva regularização de contribuintes R ecursos ilegais de brasileiros no exterior somam cerca de US$ 70 bilhões. O projeto de lei 443/2008, em tramitação no Congresso, concede incentivos fiscais para regularizar esses ativos. Pela nova lei, pessoas físicas com quantias não declaradas no Brasil estão sujeitas a IR com alíquota de 8%. Já as alocadas em outros países submetem-se a um percentual de 15%, podendo cair para 8%, se repatriadas. A proposta também prevê que empresas com bens no exterior não comunicados à Receita paguem 10% de IR mais 8% de Con- tribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os advogados Rubens Branco, Leonardo Braune e Fabiana Fabiana Oliveira, Rubens Branco e Leonardo Braune Oliveira analisaram a proposta de anistia fiscal durante pode cair mais (8% para 4%), se os encontro promovido pelo escritório recursos forem aplicados em fundos de investimento voltados à infraestrutura, Branco Consultores na Amcham. Para Rubens Branco, é preciso caso o investimento se mantenha por considerar custos fiscais, como as va- cinco anos. A anistia é uma boa ideia, o Brasil ainda não tem uma moeda riações do câmbio, por exemplo: “O percentual para pessoas confiável.Esse aspecto deve ser consifísicas repatriarem bens no exterior derado”, advertiu. JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 33 news Amcham dá boas-vindas a novos associados Diretor enfatiza que o engajamento nas atividades da Câmara é fundamental para que empresas obtenham retorno brou, também, que a Amcham integra o Fó r u m Pe r m a n e n t e de Desenvolvimento Estratégico da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), formado por 12 entidades de alta representatividade. Ele citou a Lei do Petróleo como exemplo de causa defendida atualmente pela Câmara. “O objetivo do Fórum é ajudar legisladores e a própria Alerj a fazer o melhor trabalho pelo estado. Temos de dois a três representantes em As equipes da Amcham e do Consulado Americano receberam representantes das novas associadas cada um de seus nove streitar laços comerciais gajamento dos associados às atividades comitês. Depois que se determinam com os Estados Unidos, da entidade. Outro aspecto abordado objetivos, corremos atrás de sua execudesenvolver os estados do pelo executivo foi à possibilidade de ção. Temos associados muito ativos na Rio de Janeiro e do Espírito Santo, lutar obtenção de vistos para negócios nos área de energia e defendemos a atual pela propriedade intelectual, pelo direi- Estados Unidos, graças ao apoio do Lei do Petróleo, não queremos que ela mude”, afirmou. to ao livre comércio e colaborar com os Consulado Americano. As empresas e entidades que “Quero que vocês nos vejam associados, desenhando estratégias que defendam seus interesses e ofereçam como parceiros. Hoje, no mundo participaram do evento, apoiado pelo melhores condições de negócios. Esta globalizado, é preciso ter contatos e Consulado dos Estados Unidos, foram: foi a mensagem do diretor superinten- relacionamentos, e podemos ajudá-los CVC; Funperj; Engenet Informática; dente da Câmara de Comércio America- nisso, seja através da relação direta com Oi; Instituto de Aritmética Forense; na (Amcham), Ricardo de Albuquerque outros associados ou nos eventos que LIDE-Rio; Fesa Consultores em RecurMayer, para os novos associados em café organizamos. Temos uma atuação forte sos; WTI Viagens e Turismo; UBX Ennas três esferas de governo, inclusive terprises; CRG Rio Viagens e Turismo; da manhã na sede da entidade. Mayer detalhou a estrutura e nos Estados Unidos, através da US Alerj; Som Livre; Guinle Comunicação funcionamento da Amcham, uma das Chamber of Commerce, da qual somos e Eventos; Hotel Sofitel; BearingPoint; instituições empresariais mais antigas afiliados. Lutamos pela derrubada das Multi Benefit Services Rio; SGE - Prizdo país, fundada em 1916. Ele ressaltou barreiras comerciais e pela proteção ma Participações; Continental Airlines; Log Trading & Supply Chain e JW a missão de cada um dos 15 comitês que dos direitos autorais”. O diretor superintendente lem- Marriot do Rio de Janeiro. a integram e falou da necessidade de en- E 34 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 35 news Mercado conectado Marketing viral é elemento-chave para negócios na era da internet A mal sucedidos de empresas que reagiram ao conteúdo gerado pelo usuário da internet, insatisfeito com serviços ou produtos. As que assumiram falhas no processo e responderam de forma transparente, recuperaram parte do território perdido: “Há casos como o de um cidadão que compra uma TV de determinada marca e ela não funciona. Ele leva para a assistência técnica, recebe uma carta e nada acontece. Revoltado, a única coisa que pode fazer é um vídeo relatando o que aconteceu. Só que uma multidão de pessoas vai acessar esse material na rede. Imaginem o estrago para a imagem dessa Nino Carvalho Vanessa Nunes Carlos Nepomuceno empresa. Mais do que nunca, o con“Com a disputa de preços em sumidor usa o conteúdo gerado pelo atendimento ao consumidor agora se reproduzem em blogs com milhares telecom, principalmente celulares e usuário na internet a seu favor”. Carlos Nepomuceno disse que de acessos e potencial para causar fuga TVs por assinatura, o público ficou em massa de clientes insatisfeitos. mais inclinado a negociar. A internet ainda é cedo para compreender as Para saber como lidar com essa nova tem um certo agravante: o consumi- mudanças trazidas pela internet na realidade, a Amcham e a Simplesmente dor não só reclama como põe a sua sociedade. “No tempo em que só existia Comunicação e Marketing reuniram os queixa em tempo real no blog ou no especialistas Nino Carvalho, e-creative Twitter. Os clientes ganham uma voz rádio e televisão havia veículos de director para América Latina e Caribe e influência nas decisões das empre- comunicação de massa que não comno British Council; Vanessa Nunes, sas que nem as mais avançadas estão preendiam as micro necessidades das gerente de contas e supervisora de Pro- preparadas para lidar. As pessoas não pessoas. Fundamental neste momento é jetos de Marketing da Simplesmente; querem mais apenas comprar um saber o que vai mudar e o que vai contie Carlos Nepomuceno, professor de serviço ou produto, elas querem se nuar. O ambiente de conhecimento que MBA em Gestão do Conhecimento engajar de uma forma mais profunda”. estamos criando ainda está vivendo o Vanessa listou exemplos bem e começo de um ciclo”, explicou. da Coppe/UFRJ e presidente do Web 2.0, segunda geração da World Wide Web, reforçou ainda mais a participação dos internautas no conteúdo dos sites corporativos. Queixas que antes seguiam para serviços de 36 BRAZILIAN BUSINESS Instituto de Inteligência Coletiva. Para Nino, o consumidor de hoje é mais cético, inclinado a reclamar e ávido por novas experiências, e a maior parte das corporações ainda não está preparada para isso: JANEIRO-FEVEREIRO/2009 news As novas regras da MP 449/2008 Seminário detalha as mudanças na legislação tributária e esclarece dúvidas de advogados e contadores A equipe de tributaristas da Branco Consultores estudou as mudanças trazidas pela Medida Provisória 449/2008 e realizou um seminário na sede da Amcham para esclarecer as dúvidas de quem lida com o tema. Rubens Branco esmiuçou toda MP, enquanto Julio Espólito e Luciano França teceram os comentários. A MP tem muitos detalhes e trata de alterações referentes a parcelamentos de débitos; remissão de débitos tributários; operações de crédito realizadas com instituições financeiras públicas; mudanças na estrutura do conselho de contribuintes e na definição jurídica do leasing e suas repercussões fiscais; PIS e COFINS de empresas construtoras; regime tributário de transição (RTT) e modificações na lei das sociedades anônimas. O parcelamento de débitos foi o tema mais comentado. As empresas têm até 31 de março para optar pelo parcelamento, podendo se beneficiar de bons descontos. Os tributaristas alertaram que é preciso analisar caso a caso, para escolher a melhor forma de quitar os débitos. Para Julio Espólito, o maior ganho da MP foi a possibilidade de as empresas oferecerem A equipe da Branco Consultores o faturamento como garantia. Até hoje só patrimônio era aceito. O comércio, por exemplo, será intensamente beneficiado”, argumentou. Passo 1: Prepare-se para o evento. Passo 2: Descanse. Relaxe. aproveite nossas tarifas especiais para o Brasil off Shore a partir de r$ 710,00 (tarifa comissionada em 10% para as agências de viagens.) Inclui café da manhã em estilo Buffet. reserva mínima de 4 noites. Mais informações os preços deverão ser acrescidos de 5% ISS . Validade da tarifa: 16 a 20/06/2009; Four Points by Sheraton Macaé Conforto não é complicado. (22) 2106-2700 www.fourpoints-macae.com.br Rua Dolores de Carvalho Vasconcelos 110,Bairro Glória, Macaé Starwood Preferred GueSt. JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 37 news Transparência eleitoral Publicitário explica como Fernando Gabeira conseguiu chegar ao segundo turno na disputa pela Prefeitura do Rio Lula Vieira compartilha sua experiência em encontro na Amcham F enômeno de popularidade nas últimas eleições, Fernando Gabeira contou com uma equipe pequena e experiente, que soube usufruir ao máximo daquela que foi a maior exigência do candidato: clareza e transparência. Comandante de uma campanha com poucos recursos financeiros, o publicitário Lula Vieira falou, na Amcham, dos bastidores da segunda corrida eleitoral mais acompanhada de 2008, e que pode ter inaugurado uma nova forma de se fazer propaganda política no país. Chairman da Câmara Americana e diretor de Marketing da Ediouro, Lula Vieira lembra que Gabeira não era sequer cogitado como candidato com chances de chegar à Prefeitura quando o primeiro turno começou. “Graças a um acordo com o PSDB ganhamos quase cinco minutos de tempo na televisão. Uma das exigências feitas por Gabeira foi que a campanha levasse a transparência às últimas consequências. Toda movimentação financeira estava acessível 38 BRAZILIAN BUSINESS na internet, havia critérios para receber esses recursos. Outro ponto é que ficaríamos apenas na proposição de ideias, sem ofensas pessoais. Também adotamos por princípio não sujar a cidade nem maquiar o candidato, incluindo aí discursos, atitudes e pensamentos”. O publicitário esclareceu que a estratégia utilizada na televisão foi a de produzir programas leves, que o povo gostasse de ver, com informação, música, beleza e entretenimento, para que as pessoas não tivessem vontade de desligar a TV ou mudar de canal. “Quando não colocávamos o próprio Gabeira falando, e ele já é uma pessoa interessante, tínhamos coisas deslumbrantes, como o Caetano Veloso cantando Cidade Maravilhosa, além de outros artistas. Coisas que o dinheiro não compra, até porque havia muita sinceridade no que as pessoas diziam. Com uma espontaneidade que nem um grande ator consegue passar. Foi aí que começou uma coisa extraordinária, a chamada Onda Gabeira”, explica. Lula lembrou que sua equipe foi a que soube usar melhor a internet em termos de mobilização. “O blog era atualizado diariamente. Sabíamos que era preciso detalhar nossa filosofia, mas também dar argumentos aos que nos defendiam. Nisso a internet ajudou bastante”. Para o publicitário, o modus operandi da campanha pode influenciar nas próximas eleições para governador no Rio. “Vão dizer: por que não fazer como o Gabeira? Uma vez o Paulo Betti disse que a vantagem de não ensaiar é deixar a emoção fluir, porque há nuances que, quando são ouvidas e não vistas, aparecem mais”, concluiu. O auditório lotou para ouvir o chairman de Marketing da Câmara Americana JANEIRO-FEVEREIRO/2009 news JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 39 de olho no Rio Choque de Ordem O Rio de Janeiro amanheceu com uma nova secretaria em 2009: a de Ordem Pública, chefiada pelo economista Rodrigo Bethlem. Chamado de “xerife” pelo prefeito Eduardo Paes, Bethlem sabe que ele e sua equipe terão uma tarefa para lá de árdua pela frente. As primeiras medidas, batizadas de Choque de Ordem, chamaram atenção e geraram discussões por mexerem com irregularidades que há tanto tempo eram tratadas com o famoso jeitinho brasileiro, e todos já estavam acostumados. Carros estacionados em local proibido, comércio irregular, buracos em ruas e calçadas, bueiros entupidos, população dormindo na rua... a lista é imensa. Por isso, o secretário vai precisar mais do que sua experiência como subprefeito da Lagoa e como prefeitinho do Méier e da Barra para devolver à cidade a alcunha de Maravilhosa. A Secretaria de Ordem Pública terá que ganhar a confiança do carioca que, se quiser viver em uma cidade melhor, vai precisar “comprar essa briga” e colaborar. Afinal, muitas das irregularidades que a secretaria vem combatendo são fruto do comportamento dos próprios moradores do Rio. A partir desta edição, a Brazilian Business vai publicar denúncias de irregularidades encontradas na cidade. Desta forma, a Câmara de Comércio Americana espera dar sua contribuição. Esperamos que logo esta página possa trazer resultados positivos, frutos da ação conjunta entre população e poder público. Se você quiser, também pode participar. É só fotografar a denúncia em alta resolução e uma descrição da irregularidade e mandar para [email protected]. A auto-escola Rio de Janeiro faz as esquinas das ruas da Alfândega com Candelária de estacionamento particular. E depois das 18 horas, ainda estacionam com as quatro rodas sobre a calçada. Com autorização da prefeitura, as motos estacionam de um lado ao outro da rua da Candelária, impedindo a passagem de pedestres. Na rua da Alfândega, mesmo sem autorização, as motos estacionam livremente sobre a calçada. O pedestre não consegue acessar as calçadas. 40 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Gestão contábil e empresarial baseada em transparência e confiança mútua. solidity partnership parceria confiança reliability transparência solidez Accounting and business management based on transparency and mutual trust. transparency Resultado: parcerias sólidas e excelência em produtividade. Result: solid partnerships and excellence in productivity. www.dpc.com.br 42 BRAZILIAN BUSINESS | [email protected] Rio de Janeiro São Paulo Macaé Av. Rio Branco, 311, 4º andar - Centro Rio de Janeiro - RJ - CEP 20040-903 Tel. 5521 3231 3700 JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Rua Sampaio Viana, 277, conjunto 11 - Paraíso São Paulo - SP - CEP 04004-000 Tel. 5511 3884 1116 Rua Lindolfo Collor, 22 - Cavaleiros Macaé - RJ - CEP 27920-220 Tel. 5522 2773 3318 PELO Divulgação Divulgação Mercado Tecendo o Amanhã Dias antes da abertura do novo resort do Grupo Iberostar na Bahia, em novembro passado, foi inaugurado o Centro de Referência em Educação Infantil e Atenção Familiar Dom Miguel Fluxa Roselló, que faz parte do projeto “Tecendo o Amanhã”. O projeto tem patrocínio de US$ 500 mil da Fundação Iberostar, parceria da Unicef e apoio da prefeitura de Mata de São João e da ONG Avante. O trabalho visa desenvolver as áreas da educação e saúde infantil junto às famílias mais carentes do município e tem capacidade para atender 98 crianças. Mas como é colocado em prática através de agentes comunitários de saúde e dos professores da rede municipal, o projeto acaba abrangendo um número de crianças muito superior àquele atendido diretamente no local. Os critérios usados pela prefeitura de Mata de São João para a escolha das famílias atendidas pelo Centro são: baixa renda per capita das famílias e mães com empregos de dois turnos. Já trabalham no Centro de Referência uma diretora, uma coordenadora pedagógica, oito auxiliares, quatro professoras, uma cozinheira e três agentes de serviços gerais. Além de influenciar no município com ações sociais diretas, “o valor anual de impostos pagos pelo Iberostar permite à Prefeitura de Mata de São João construir uma escola com seis salas de aula para quatrocentos alunos, ou manter o funcionamento completo do hospital geral do município por dois meses. Ou ainda construir 80 casas populares”, informou o prefeito João Gualberto, no discurso de inauguração do Iberostar Praia do Forte Premium. A SulAmérica Investimentos contratou Leopoldo Barreto como chief operations officer (COO). Formado em Administração, ele será responsável pelo controle da execução das ações e gestão de risco das operações da gestora de recursos. Entre 1996 e 2005 Barreto foi gestor de fundos de renda variável e multimercados da companhia. A IBM Brasil anunciou duas novas posições em seu quadro de executivos: José Carlos Duarte assumiu o novo cargo de CTO (chief technologist officer) e Fábio Gandour foi nomeado cientista chefe. O vice-presidente sênior de Marketing da United Airlines, Dennis Cary, agora responde, também, pelos assuntos de Clientes. Já Graham Atkinson assumiu o cargo de presidente do Mileage Plus, o programa de fidelidade da empresa. Ana Paula Silva Jardim é a nova sócia do escritório Daniel Advogados e atuará na área de patentes. Ana Paula trabalha com Propriedade Intelectual desde 2000. O escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados admitiu novos sócios: Álvaro Palma de Jorge, especialista em Direito Administrativo e Concessões, Daniella Maria Neves Reali Fragoso e Fabiana Fagundes, da área de Direito Societário, e Sergio Kehdi Fagundes, com foco em Contencioso Cível. Os advogados Alexandre Montoni e Gustavo Paixão tornaram-se sócios do escritório Villemor Amaral. A banca completa um século este ano. José Luis de la Rosa tornou-se diretor da unidade de Transformadores do Setor Energy da Siemens no Brasil (TUSA). O executivo é engenheiro eletricista, graduado pela Universidade de São Paulo (USP), com MBA em Finanças e Marketing pela Duke University. JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 43 opinião Resolução de disputas na internet Luíz Virgílio Manente e *Marlio de Almeida Nóbrega Martins R ecentes mudanças promovidas pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) devem gerar mais disputas envolvendo nomes de domínio registrados no país e explicitam a necessidade de adoção de um procedimento administrativo para resolução desses conflitos. Especificamente, o CGI liberou o registro de domínios terminados em .com.br também para pessoas físicas e autorizou o registro de domínios terminados em .am.br, .fm.br e .tv.br para qualquer pessoa jurídica, independente de atuação nos ramos de rádio e tv e de regulamentação junto à Anatel. 44 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 “Não são raras as vezes em que empresas optam por negociar com os infratores e pagar verdadeiros resgates para poderem controlar sítios que sempre deveriam ter sido seus” Com isso, os cybergrileiros passaram a ter mais opções, podendo registrar ainda mais domínios idênticos ou com grafia extremamente semelhante a marcas já existentes. Na prática, o infrator se aproveita do renome da marca x, por exemplo, e registra domínios como www.marcax.com.br ou www.marcasx.com.br. Normalmente, o cybergrileiro registra o domínio em questão com o fim de vendê-lo para o proprietário da marca violada ou redireciona o website para o sítio de um concorrente do titular da marca violada. Práticas comuns também são a divulgação de links para sítios de diversas empresas ou a venda de espaços de publicidade no website criado. A consequência comum a todas essas práticas é impedir que o titular de uma marca utilize a poderosa ferramenta que é a internet para divulgar ou vender seus produtos ou serviços. Infelizmente, a única via existente no Brasil para resolver disputas dessa natureza é o Poder Judiciário, que, por diferentes motivos, ainda não soluciona as questões na velocidade desejada. Por essa razão, não são raras as vezes em que empresas optam por negociar com os infratores e pagar verdadeiros resgates para poderem controlar sítios que sempre deveriam ter sido seus. A expectativa de anos de litígio até um pronunciamento definitivo do Poder Judiciário é normalmente determinante nessa decisão. Resta como consolo saber que a solução para esse problema é simples e pode ser adotada em um curto prazo, estabelecendo-se no país um método de resolução de disputas similar ao existente em grande parte do mundo e que foi desenvolvido pela International Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), entidade que administra os domínios no plano internacional. Desde 1999, a ICANN adotou a política uniforme de resolução de disputas sobre nomes de domínio (UDRP, na sigla em inglês). Trata-se de um conjunto de normas que regulam disputas envolvendo a titularidade de domínios genéricos (.com, .biz, .info, .mobi, .name, .net, .org) e domínios dos países que aderiram à UDRP. Em sua cláusula quarta, a UDRP estabelece que o detentor do registro de um domínio fica obrigado a se submeter a um procedimento administrativo caso um terceiro alegue (i) que o domínio registrado é idêntico ou confusamente similar a uma marca sobre a qual o terceiro tem direitos, (ii) que o solicitante do registro do domínio não tem direitos ou interesses legítimos sobre o domínio, ou (iii) que o domínio foi registrado e vem sendo usado com má-fé. Ao requerer o registro de um domínio sujeito à UDRP, o requerente declara sua concordância expressa com todos os termos da UDRP e fica vinculado ao procedimento em questão. Não há alternativa para os interessados em registrar domínios. A sujeição ao procedimento administrativo nessas hipóteses é inafastável. As disputas em si são conduzidas e resolvidas por meio de centros de resolução de disputas conveniados, como o centro da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e o National Arbitration Forum. Como todo o procedimento é eletrônico e os árbitros são especialistas em propriedade intelectual, as disputas são resolvidas, em média, em três meses, período bem inferior aos anos que um processo similar leva para ser julgado pelo Poder Judiciário. Para que o Brasil passe a contar com essa estrutura, basta o CGI aderir à UDRP. Note-se que o CGI tem competência legal para tanto. O Decreto que o regulamenta estabelece dentre suas atribuições a adoção de procedimentos administrativos e operacionais necessários para que a gestão da internet no Brasil se dê segundo os padrões internacionais aceitos pelos órgãos de cúpula da internet, podendo, para tanto, celebrar acordo, convênio, ajuste ou instrumento congênere. Com a adoção desse novo mecanismo, o Brasil pode reverter o quadro atual em que é mais rápido e simples para empresas brasileiras retomarem domínios que violam suas marcas mas foram registrados fora do país do que domínios que também violam suas marcas mas foram registrados no Brasil. BB Sócio responsável pela área contenciosa de Propriedade Intelectual de TozziniFreire Advogados e *Advogado na área contenciosa de Propriedade Intelectual deTozziniFreire Advogados JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 45 novos associados AVAYA BRASIL LTDA. André Rodrigues Ceciliano - Executivo de Desenvolvimento de Negócios Alexandre de Salles Coelho - Gerente de Serviços Rua Lauro Müller, 116, s/1201 - Botafogo 22290-160 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2125-7400 Fax: (21) 2125-7411 www.avaya.com.br AZEVEDO SETTE ADVOGADOS Eduardo Coluccini Cordeiro - Sócio Paloma Mendonça Rocha - Advogada Rua do Ouvidor, 88/ 7º - Centro 20040-030 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2221-8484 Fax: (21) 2221-7353 [email protected] www.azevedosette.com.br AZEVEDO SETTE ADVOGADOS Ricardo Azevedo Sette - Sócio Diretor Leonardo P. Brasil Teixeira - Advogado Av. N. Sra. da Penha, 1495, s/ BT 909 Santa Lúcia 29056-905 Vitória, ES Tel: (27) 3225-3235 Fax: (27) 3227-6863 [email protected] www.azevedosette.com.br CAMPOS MELLO, PONTES, VINCI & SCHILLER ADVOGADOS Fábio Perrone Campos Mello - Sócio Laercio Pellegrino Filho - Sócio Av. Alm. Barroso, 52/ 12º, s/ 1202 - Centro 20031-000 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 3262-3000 Fax: (21) 3262-3011 [email protected] www.camposmelloadv.com.br 46 BRAZILIAN BUSINESS CGGVERITAS (CGG DO BRASIL PARTICIPAÇÕES LTDA.) Cosme Francisco Peruzzolo - Diretor Magelo dos Reis Rocha - Diretor Administrativo Financeiro Av. Pres. Wilson, 231, s/1703/ 1704 - Centro 20030-905 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2136-1650 Fax: (21) 2136-1651 www.cggveritas.com COMERCIAL FONOGRÁFICA RGE LTDA. Leonardo Guimarães Ganem - Diretor Geral João Francisco Hruza Alquéres - Gerente Rua Assunção, 443 - parte - Botafogo 22251-030 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2323-3396 Fax: (21) 2537-3624 [email protected] www.somlivre.com.br CROWLEY BROADCAST ANALYSIS DO BRASIL LTDA. Paul Leslie Prado de Brito Smith Diretor Geral Marcello Silva Barreto - Gerente Financeiro Praia de Botafogo, 518/ 4º - Botafogo 22250-040 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2244-8800 Fax: (21) 2244-8820 [email protected] www.crowley.com.br JANEIRO-FEVEREIRO/2009 DANTAS LEE BROCK E CAMARGO ADVOGADOS Guilherme Justino Dantas - Sócio Tae Cho - Sócia Rachel Serodio de Menezes - Gerente, Filial Rio Rua Tenente Negrão, 90/ 9º/10º/12º/13º Itaim Bibi 04530-910 São Paulo, SP Tel: (11) 2149-5400 Fax: (11) 3167-3805 www.dlbca.com.br DENTSPLY INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Ary Rodrigues Junior - Presidente Márcia Thome da Silva Coimbra Diretora de RH América Latina Rua Alice Hervê, 86 - Bingen 25665-010 Petrópolis, RJ Tel: (24) 2233-1800/ (21)3237-9800 Fax: (24) 2231-1127/ (21)3237-9834 www.dentsply.com.br EMPREFOUR INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Michel Levy Neto - Sócio Gerente Fábio Levy - Sócio Diretor Rua Sacadura Cabral, 148 - Saúde 20081-262 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2253-5353 Fax: (21) 2253-2043 [email protected] www.emprefour.com.br EMPRESA DE MINERAÇÃO SANTA CLARA LTDA. (Mineração Santa Clara) Ernesto Costa - Sócio Gerente Morvan Costa - Sócio Gerente Rodovia do Marmore Casemiro Costa, s/ nº, Km 07 - Gironda 29326-000 Cachoeiro de Itapemirim, ES Tel: (28) 2102-1999 Fax: (28) 2102-1959 [email protected] www.msclara.com.br HAZTEC TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO AMBIENTAL S/A Alexandre Anaia - Diretor Corporativo Fernando Oliveira - Diretor Corporativo Rua São José, 70/ 7° (parte)/ 17º/ 18º Centro 20010-020 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 3974-6199 Fax: (21) 3974-6705 E-mail: [email protected] Home Page: www.haztec.com.br METAL FÊNIX COMÉRCIO DE ARTIGOS INDUSTRIAIS E SERVIÇOS NAVAIS Rui Jardim - Diretor Administrativo Priscila de Oliveira Cardozo - Gerente Comercial Av. Gomes Freire, 176, gr. 905/906 Centro 20231-013 Rio de Janeiro, RJ Tel/Fax: (21) 2242-9958 [email protected] www.metalfenix.com ALTERAÇÃO NO QUADRO DE ASSOCIADOS FÓRUM PERMANENTE DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DO ESTADO JORNALISTA ROBERTO MARINHO Geiza Rocha - Secretária-Geral Rua 1º de Março, s/nº, s/127 - Palácio Tiradentes - Praça XV 20010-090 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2588-1352 Fax: (21) 2588-1145 GRAVAMES.COM PROCESSAMENTO DE DADOS S/A. Fabricio Bossle - Presidente Roberto Dagnoni - Diretor Financeiro Rua Calçada Antares, 264/ 2º - Alphaville 06500-000 Santana do Parnaíba, SP Tel: (11) 4153-5519/ (21)2159-9533 [email protected] LIBRA TERMINAL RIO S.A. José Eduardo Bechara - Diretor Presidente Ronaldo Borges - Diretor Rua General Gurjão, 105 - Cajú 20931-340 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2585-8585 www.terminal1rio.com.br HORÁCIO ARAGONÉS FORJAZ Vice-Presidente Executivo de Assuntos Corporativos EMBRAER - Empresa Brasileira de Aeronáutica S. A. PEDRO AGUIAR DE FREITAS Advogado AGOSTINHO GONÇALVES BARREIRA Diretor Presidente Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. ESCELSA MAILSENDER TECNOLOGIA LTDA. João Teodoro Arthou - Diretor Priscila Pereira Gonçalves - Diretora de Marketing Av. Graça Aranha, 226, gr. 707 - Centro 20030-001 Rio de Janeiro, RJ Tel: (21) 2215-2968 Fax: (21) 2210-7457 [email protected] www.mailsender.com.br CARLOS YOSHIO MOTOKI Diretor Operacional Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. ESCELSA ARTHUR BALLARD Diretor Varco International do Brasil Equipamentos e Serviços Ltda. JANEIRO-FEVEREIRO/2009 BRAZILIAN BUSINESS 47 Representantes comerciais da Brazilian Business: Brasília NS&A Planalto Central Telefax: (61) 3447-4400 [email protected] São Paulo (Grande São Paulo) NS&A São Paulo PABX: (11) 3255-2522 [email protected] [email protected] Vale do Paraíba, Alto Tietê, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e Sul Nogueira & Fonseca Serv. de Publicidade Ltda. Tels.: (12) 3943-6021/3923-8402 [email protected] Paraná NS&A Paraná Telefax: (41) 3306-1659 [email protected] Santa Catarina NS&A Santa Catarina Telefax: (48) 3025-2930 [email protected] Rio Grande do Sul NS&A Cone Sul Telefax: (51) 3366-0400 [email protected] Minas Gerais NS&A Minas Gerais Telefax: (31) 2535-7333 [email protected] AMERICAN BUSINESS CENTER O ABC é um bem equipado complexo de auditórios e escritórios para locação no Rio de Janeiro. Próximo à Igreja da Candelária, de fácil acesso, com segurança e toda infra-estrutura para realização de reuniões, videoconferências, workshops, cursos e todo tipo de evento. Agende uma visita. Tel.: (21) 3213-9215 [email protected] COMITÊ EXECUTIVO Presidente: João César Lima, Sócio, PricewaterhouseCoopers; 1º Vice-Presidente: William Yates, Presidente, Prudential do Brasil Seguros de Vida; 2º Vice-Presidente: Robson Barreto, Sócio, Veirano Advogados; 3º VicePresidente: Eduardo Karrer, Presidente, MPX Mineração e Energia; Diretor Secretário: Murilo Marroquim, Presidente, Devon Energy do Brasil; Diretor Tesoureiro: Patrícia Pradal, Diretora de Desenvolvimento e Relações Governamentais, Chevron Brasil Petróleo; Conselheiro Jurídico: Sergio Tostes, Sócio Gerente, Tostes e Associados Advogados. Ex-Presidentes: Sidney Levy, Joel Korn e Gabriella Icaza PRESIDENTES DE HONRA Antônio Patriota, Embaixador do Brasil nos EUA Clifford Sobel, Embaixador dos EUA no Brasil DIRETORES Carlos Henrique Moreira, Presidente, Embratel; Dílson Verçosa Jr., Diretor de Marketing e Vendas, American Airlines; Hervé Tessler, Presidente, Xerox; Humberto Mota, Presidente, Dufry do Brasil; Ivan Luiz Gontijo, Diretor, Bradesco Seguros; José Carlos Monteiro, Sócio, Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes; José Luiz Alquéres, Presidente, Light; José Renato Ponte, Presidente, Consórcio Estreito Energia; Katia Alecrim, Superintendente Regional de Vendas, Citibank; Márcio Fortes, Diretor Presidente, João Fortes Engenharia; Marcos Menezes, Gerente Executivo de Contabilidade, Petrobras; Maurício Bähr, Presidente, Suez Energy Brasil; Mauro Viegas Filho, Diretor Presidente, Concremat Engenharia e Tecnologia; Pedro Aguiar de Freitas, Consultor Geral Jurídico, Vale; Plínio Simões Barbosa, Sócio, Barbosa, Mussnich & Aragão Advogados; Ricardo Esteves, Tesoureiro, IBM Brasil; Roberto Furian Ardenghy, Diretor de Assuntos Corporativos, BG do Brasil; Rodrigo Caracas, Vice-Presidente Jurídico e de Assuntos Corporativos, Coca-Cola Indústrias. Diretora honorária: Elizabeth Lee Martinez, Cônsul Geral dos EUA. DIRETORES EX-OFÍCIO Andres Cristian Nacht, Carlos Augusto Salles, Carlos Henrique Fróes, Gabriella Icaza, Gilberto Duarte Prado, Gilson Freitas de Souza, Gunnar Birger Vikberg, Ivan Ferreira Garcia, Joel Korn, José Luiz Miranda, Juan C. Llerena, Luiz Teixeira Pinto, Omar Carneiro da Cunha, Peter Dirk Siemsen, Raoul Henri Grossman, Ronaldo Veirano, Rubens Branco da Silva, Sidney Levy e William B. Sweet PRESIDENTES DE COMITÊS Associados: a definir; Assuntos Jurídicos: Julian Chediak; Comércio e Indústria: a definir; Energia: Roberto Furian Ardenghy; Finanças: Frederico da Silva Neves; Logística e InfraEstrutura: Ricardo Mota da Costa; Marketing: Lula Vieira; Meio Ambiente: Oscar Graça Couto; Propriedade Intelectual: Steve Solot; Recursos Humanos Estratégicos: Claudia Danienne Marchi; Relações Governamentais: João César Lima; Responsabilidade Social Empresarial: Celina Borges Carpi; Seguros, Resseguros e Previdência: Maria Helena Monteiro; Telecomunicações e Tecnologia: Maurício Vianna; Turismo e Entretenimento: Orlando Giglio ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM RJ Diretor-Superintendente: Ricardo de Albuquerque Mayer; Gerente Administrativo: Ednei Medeiros; Gerente de Comunicação: Ana Redig; Gerente Comercial e Marketing: Jorge Maurício dos Santos; Gerente de Comitês e Eventos: João Marcelo Oliveira DIRETORIA AMCHAM ESPÍRITO SANTO Presidente: Carlos Augusto Aguiar, Diretor Presidente, Aracruz Celulose S.A.; VicePresidente: José Tadeu de Moraes, Diretor Presidente, Samarco Mineração; Diretores: Carlos Fernando Lindenberg Neto, Diretor Geral, Rede Gazeta; João Carlos da Fonseca, Superintendente, Rede Tribuna; Lucas Izoton Vieira, Presidente, FINDES; Marcelo Silveira Netto, Diretor Superintendente, Tristão Comércio Exterior; Marconi Tarbes Vianna, Diretor de Pelotização e Metálicos, CVRD; Otacílio Coser Filho, Vice-Presidente de Relações Internacionais, Coimex Empreendimentos e Participações Ltda; Simone Chieppe Moura, Diretora Administrativa e Financeira, Unimar Transportes Ltda; Walter Lidio Nunes, Diretor de Operações, Aracruz Celulose; DiretorSecretário: Roberto Pacca do Amaral Jr., Presidente, Agra Produção e Exportação Ltda; Conselheiro Jurídico: Rodrigo Loureiro Martins, Advogado – Sócio Principal, Advocacia Rodrigo Loureiro Martins ADMINISTRAÇÃO DA AMCHAM ES Secretário Executivo: Clóvis Vieira; Coordenadora de Associados: Keyla Corrêa LINHA DIRETA COM A CÂMARA DE COMÉRCIO AMERICANA Administração e contabilidade: Ednei Medeiros - Tel.: (21) 3213-9208 [email protected] Associação, mailing, patrocínios e Executive Platinum Card: Felipe Levi - Tel.: (21) 3213-9226 [email protected] Camarj: Regina Helena Aramis - Tel.: (21) 3213-9207 [email protected] Comercial e marketing: Jorge Maurício dos Santos - Tel.: (21) 3213-9215 [email protected] 50 BRAZILIAN BUSINESS JANEIRO-FEVEREIRO/2009 Comitês e eventos: João Marcelo Oliveira - Tel.: (21) 3213-9230 [email protected] Publicações: Ana Redig - Tel.: (21) 3213-9240 [email protected] Publicidade: Osvaldo Requião - Tel.: (21) 3213-9221 [email protected] Espírito Santo: Keyla Corrêa - Tel.: (27) 3324-8681 [email protected] Macaé: Antônio Gomes - Tel.: (22) 7834-2781 [email protected] resolvemos impressionar nosso cliente mais importante. o planeta terra. ConsCiente de que o papel utilizado no dia-a-dia em suas máquinas está diretamente ligado ao papel que representa junto à soCiedade, a ediouro gráfiCa obteve o selo fsC (forest stewardship CounCil – Conselho de manejo florestal), uma garantia de que a matéria-prima que utiliza foi obtida de forma ambientalmente Correta, soCialmente justa e eConomiCamente viável. Com esta atitude, a ediouro gráfiCa reitera o seu Compromisso Com o meio ambiente e inCentiva outras empresas a fazerem parte da Cadeia de Custódia. Faça como a gente, não deixe o seu papel em branco. ajude a garantir um Futuro melhor para todo o planeta. maiores informações: rua nova jerusalém, 345 – bonsucesso – rio de janeiro/rj – tel.: (21) 3882-8200 www.Fsc.org.br | www.ediouro.com.br SW-COC-003402
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