Parabéns a você - Mundo Português

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Parabéns a você - Mundo Português
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DESTAQUE
30 DE OUTUBRO DE 2015
ELEITOS PELA EMIGRAÇÃO CRITICAM VOTO POR CORRESPONDÊNCIA
Deputados culpam sistema pela falta de
participação eleitoral da emigração
A taxa de abstenção nunca esteve tão perto dos 90 por cento como para as legislativas de 2015, no que respeita
ao voto dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro. A soma dos boletins nulos foi, por sua vez, a “terceira
força política” (10,83%) – a seguir à coligação de direita (43,95%) e ao Partido Socialista (20,01%) – do mesmo
escrutínio, ultrapassando a marca dos três milhares de votos (3.071). Os quatro deputados eleitos apontam o sistema
de voto vigente como principal justificação para este cenário.
Durante a temporada que antecedeu a eleição em si – período no qual os cidadãos residentes
no estrangeiro se submetiam aos
procedimentos inerentes ao regime de voto por via postal – foram detetados alguns percalços
que derivaram daquilo que, para
muitos, é um processo complexo
e moroso: votar por Portugal no
estrangeiro.
Um dos problemas denunciados pelos emigrantes passou, em
primeira instância, pela não-receção do boletim de voto. No início
de outubro, o porta-voz do grupo
Migrantes Unidos, Paulo Costa,
incorporou estas queixas e pediu
soluções ao departamento da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna (SG-MAI) que
gere o sistema vigente: a Administração Eleitoral. “O voto foi enviado, mas para uma morada antiga”, referiu esta entidade.
O grupo alertou, neste contexto, para cenários como os do
Reino Unido e do Brasil, onde a
mudança anual de residência é
uma realidade. “Neste caso, não
há qualquer processo para alertar a necessidade de atualizar a
morada nos cadernos eleitorais”,
acrescentou.
O segundo incidente foi fruto de um erro de impressão: no
endereço da correspondência recebida não constava o nome do
país de destino (Portugal). O erro
foi assumido pela tutela (SG-MAI)
que informou “de imediato” a rede
consular através do Ministério dos
Negócios Estrangeiros (MNE), por
forma a adotar “todas as medidas necessárias” junto dos serviços postais dos países onde viviam portugueses. Com efeito, os
envelopes “começaram a ser recebidos”, apesar da lacuna no
endereço.
Em países específicos, como
é o caso do Brasil, Timor-Leste
e Macau, condicionantes locais
puseram em causa a eficácia do
sistema.
No Brasil, por exemplo, a greve dos correios afetou a distribuição dos boletins, situação que
comprometeu a chegada e envio do material afeto ao direito de
voto dos portugueses residentes
naquele país.
Em Timor-Leste – país que
viu, em 2011, os seus votos chegarem a Portugal via mala diplomática (solução não contemplada
na lei) e anulados por esse motivo – a inexistência de distribuição,
por parte dos serviços postais,
abriu a possibilidade de os votos
não chegarem a tempo de serem
contabilizados. Esta situação re-
LEGISLATIVAS 2015
Resultados globais no estrangeiro
Coligação Portugal à Frente (PàF) – 43,95%
Partido Socialista (PS) – 20,01%
Nós, Cidadãos! (NC) – 9,58%
Coligação Democrática Unitária (CDU) – 3,62%
Bloco de Esquerda (BE) – 3,28%
Votos em branco – 0,65% (185)
Votos nulos – 10,83% (3.071)
Taxa de abstenção – 88,32%
(+5,26% em relação a 2011)
Primeira coluna: deputados eleitos pelo círculo da Europa [Carlos Gonçalves (PàF) e Paulo Pisco (PS)].
Segunda coluna: os que representam os portugueses fora da Europa [José Cesário e Carlos Páscoa (PàF)].
plicou-se na Região Administrativa Especial chinesa de Macau.
ELEITOS CRITICAM VOTO POR
CORRESPONDÊNCIA
Apesar dos cenários ocorridos
e da pouca participação, os quatro deputados representativos da
emigração portuguesa foram eleitos. Aliás, foram reeleitos. Da coligação Portugal à Frente, foram
atribuídos, novamente, mandatos a Carlos Gonçalves (no círculo da Europa), José Cesário e
Carlos Páscoa (fora da Europa). O
quarto elemento deste plantel foi
Paulo Pisco, candidato pelo Partido Socialista (PS) ao círculo da
Europa. As duas cores partidárias
às quais se atribuíram os mandatos da emigração convergem, pelo
menos, numa opinião: o sistema
de voto justifica e contribui para a
baixa participação política dos cidadãos portugueses residentes no
estrangeiro. O Mundo Português
falou com os quatro deputados, à
margem do escrutínio ocorrido no
dia 14 de outubro, relativo à votação da comunidade emigrante.
Carlos Gonçalves – primeiro
nome eleito na Europa, pela coligação – confessou que “a metodologia do exercício do direito de
voto [via postal] não é fácil”, visto que os “serviços postais, nalguns países, não funciona da melhor forma”.
“Como é evidente, [o sistema] não favorece a participação”,
concluiu o deputado, apontando
a atualização dos cadernos de recenseamento eleitoral como aspeto “preponderante” no processo,
nomeadamente a atualização dos
endereços dos portugueses que
residem no estrangeiro.
Carlos Gonçalves e Carlos
Páscoa Gonçalves – eleito no círculo fora da Europa, também pela
coligação Portugal à Frente (PàF)
– partilham o partido, o apelido
e a opinião de que o sistema de
voto compromete a participação
eleitoral. O segundo acrescentou, no entanto, a “obrigatorieda-
de do recenseamento” como segundo “problema básico”. “[No
estrangeiro], tem que haver uma
declaração de vontade de que se
quer ser eleitor”, ao contrário do
que acontece em Portugal, onde a
posse de um documento de identificação leva a um recenseamento
automático na idade consagrada
na lei. Apontou o caso das duas
maiores cidades brasileiras como
exemplo: “o Rio de Janeiro tem
uma comunidade muito maior
do que São Paulo”, porém, “São
Paulo tem muito mais eleitores do
que o Rio de Janeiro, porque o seu
consulado funciona muito melhor
em termos de incentivo às pessoas se recensearem”.
No que toca ao voto via postal,
nenhum dos deputados se absteve de uma descrição exaustiva do
sistema que consideram, igualmente, exaustivo. Carlos Páscoa
alertou para a “grande questão”
inerente ao processo: “quando os
correios funcionam mal, os votos
nem chegam e, quando chegam,
DESTAQUE
30 DE OUTUBRO DE 2015
a maioria não retorna e, quando
retornam sem a certidão de eleitor, por exemplo, são anulados”.
Na mesa que escrutinou votos de
portugueses residentes no Canadá, contabilizaram-se 400 votos
nulos, num universo de 1.200,
por não terem, em anexo, a documentação exigida. O deputado não poderia deixar de falar do
caso brasileiro, onde a greve dos
correios afetou as três semanas
correspondentes à chegada e envio dos votos. Dá “graças à direção dos correios, que deu prioridade total” a este assunto. Ainda
assim, revelou a probabilidade de
“40 ou 50 por cento dos votos não
ter chegado” devido ao incidente.
O deputado eleito pelo Partido
Socialista na Europa, Paulo Pisco,
alertou para “dificuldades e distorções da verdade eleitoral que
o atual sistema por correspondência tem suscitado”. Atribuiu
responsabilidade por este “aborto eleitoral” aos consulados, por
“nem sempre fazerem o seu trabalho como deve ser, no que respeita à atualização dos cadernos eleitorais”, aos correios, que admitiu
“funcionarem pior do que há quatro anos atrás”. A questão da elevada taxa de votos nulos também
foi relevada pelo socialista, que
referiu que esta realidade “distorce o resultado eleitoral”.
Jorge Miguéis, representante
da Direção Geral da Administração Interna (DGAI) na Comissão
Nacional de Eleições (CNE) falou
também ao Mundo Português, à
margem do escrutínio, e apontou
o processo de inscrição e atualização de morada de recenseamento
como principais obstáculos. “Podia ser automático”, sugeriu, mas
referiu, também, que “isso tem de
ficar muito bem frisado” junto do
MNE. Não descurou, no entanto,
no seu discurso, a falta de vontade
de uma maioria dos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro. “Temos cinco milhões de pessoas na diáspora e em condições
de se inscreverem no recenseamento eleitoral”, afirmou Jorge
Miguéis, questionando o porquê
de só estarem inscritos 242 mil.
Não pôs em causa o interesse que
nutrem pelo país. Evocou, antes
“uma questão de oportunidade”:
em alguns países, o facto de decidirem participar na vida política do local de residência atual,
no estrangeiro, pode impedi-los
de votar nos círculos do parlamento português.
Falou, ainda, de emigrantes –
sobretudo de um faixa etária mais
jovem – que ainda não se recensearam nos países onde, agora,
residem, por não terem “a sua
situação definida naquele país”.
Admitiu, apesar destas condicionantes, que “um sistema eleitoral mais amigável” favoreceria a
participação dos portugueses residentes no estrangeiro nas eleições legislativas portuguesas.
A SOLUÇÃO DEVE SER
CONSENSUAL
Elencados os problemas, os
deputados mais sensíveis aos
problemas relacionados com a
questão do voto dos emigrantes
apresentaram possíveis cenários,
possíveis soluções.
José Cesário – reeleito no círculo fora da Europa pela PàF e
secretário de Estado das Comunidades Portuguesas no último governo – defende o voto eletrónico
como solução, “desde que garantam que, tecnicamente, não há
riscos”.
“Em urna, assembleia eletró-
nica e, se possível, assembleia
eletrónica itinerante”: são estas
as modalidades que o deputado apresentou, na expectativa de
que “os futuros legisladores sejam
capazes de se entender” acerca
de um método que “permita uma
maior facilidade de participação
das pessoas”.
Carlos Gonçalves, enquanto
secretário de Estado das Comunidades Portuguesas do décimo
sexto governo, experimentou novas tecnologias de voto e defende, também, a solução eletrónica, apesar de ter conhecimento de
que ainda “existem dúvidas sobre
a fidelidade deste método”. Neste
sentido, respondeu com “fórmulas mistas” e evocou como urgente a “procura de consensos que
permitam alargar a participação”,
apesar de, a título pessoal, se ter
mostrado “aberto a uma metodologia onde se poderia votar na Internet, como já se faz noutros países como a França ou a Suíça”.
O deputado acredita que, neste sentido, a solução passsa por
“encontrar metodologias de voto
mistas – presenciais, por correspondência, voto eletrónico com
urna itinerante – por forma a encontrar uma solução que impeça
o país de se submeter a este interregno de dez dias na expectativa
de um resultado eleitoral”. Utilizou a sua experiência em França – onde o voto já é eletrónico
– para consubstanciar a sua posição e revelou que estava “disposto a trabalhar, com quem quiser,
no sentido de encontrar soluções
para este problema”.
O social-democrata Carlos
Páscoa vê também urgência na
mudança do sistema vigente.
Acredita no voto eletrónico que,
“segundo a experiência brasilei-
ra, já demostrou ser eficiente”. O
deputado salientou, no entanto,
que deve prevalecer “um sistema
misto”, onde as pessoas teriam a
possibilidade de escolher entre ter
uma senha para votar onde quisessem ou ir ao consulado e votar eletronicamente.
O deputado socialista, Paulo Pisco, pôs duas hipóteses na
mesa: “o voto presencial tão alargado quanto possível, utilizado
toda a rede consular”, ou a implementação do sistema eletrónico, solução da qual se afastou por
“não estar, de todo, assegurada a
segurança no exercício do direito
de voto”. As questões de permeabilidade dos sistemas informáticos e “a possibilidade de existirem intromissões nos resultados”
são as preocupações do socialista, que se revelou interessado na
definição de uma solução “consensualizada pelos partidos”, que
permita “acabar, de uma vez por
todas, com esta balbúrdia que é o
voto por correspondência”.
O representante do DGAI na
CNE, Jorge Miguéis, é a favor
do voto eletrónico, “até pela Internet”, e mesmo apesar de todos os riscos. “Pergunto-me se os
emigrantes merecem ou não merecem este risco”, afirmou, recordando uma experiência conduzida
por Diogo Vasconcelos, no universo da emigração. “Votaram online
3.000 pessoas: no fim, fez-se um
inquérito e todos ficaram encantados com o sistema”. Ciente de que
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“todos os sistemas convencionais
são sujeitos a manipulação”, Jorge Miguéis focou-se na ideia de
que “quem pratica estas fraudes
é sempre uma minoria”.
O representante alertou, ainda, para o caso dos “infoexcluídos”, isto é, de quem não é um
utilizador frequente da Internet,
admitindo que “não se pode negar a essas pessoas o voto pela
via postal”. Delega a responsabilidade da mudança de sistema à
Assembleia da República e a de
uma “maior divulgação dos direitos” aos funcionários dos consulados que, na sua opinião, “podem
ser fatores indutores da inscrição
no recenseamento”.
O Mundo Português abordou,
ainda, um diplomata com assento nas mesas de voto há 41 anos,
Henrique Almeida, que elencou
uma nova solução: “induzir, por
escrito, que os funcionários consulares deveriam ser obrigados a
recensear o cidadão que vai ao
consulado para pedir seja o que
for”.
A próxima legislatura, a iniciar-se, pode marcar uma viragem
no que concerne a estas situações. Saliente-se que uma alteração na lei eleitoral obriga a que
pelo menos dois terços do Parlamento estejam de acordo, o que
baseia o “consenso” que todos os
deputados eleitos pelos portugueses residentes no estrangeiro falavam, aquando do último escrutínio destas eleições legislativas.
41 ANOS NAS MESAS DE VOTO
“Os votantes são sempre
os mesmos”
A afirmação é de Henrique Almeida, diplomata que acompanha a
dinâmica das mesas de voto há 41
anos e que participou, também, no
último escrutínio, numa mesa afeta
à cidade do Rio de Janeiro.
“Há uma emigração, quer na Europa, quer fora da Europa, onde a
maioria dos votantes são sempre os
mesmos”, afirmou, explicando que,
a partir do momento em que o voto
foi estendido à emigração, o eleitorado assentava na faixa etária que se
inicia nos 45 anos. Em 2015, essas
pessoas têm mais de 70.
“Constata-se, hoje, que os jovens
não votaram”, salientou o diplomata, apresentando uma justificação
para esse fenómeno: “sentem-se
bem lá fora, porque têm trabalho e
já sabem que têm trabalho”.
Fruto da sua experiência na
mesa do Rio de Janeiro, Henrique
Almeida concluiu que, “pelo número
de recenseamentos que estavam nos
cadernos, a maioria das pessoas que
votaram recensearam-se até 2010 e
que poucos votaram dos que se recensearam de 2010 para cá, ainda
que tenha havido um aumento do
recenseamento”.
O diplomata referiu, ainda, que
“muitos deles, [que têm o cartão de
cidadão], foram para lá mas não mudaram a residência, logo, estão recenseados cá e acabam por nem votar cá, nem votar lá”.
Henrique Almeida traçou também um retrato do eleitorado europeu em contraste com o de fora
do Velho Continente. “Se, na Europa, o cidadão está mais politizado, já
não está tão politizado fora da Europa”, o que, na prática, significa que
“se a pessoa tiver de ir ao consulado na Europa, só vai se estiver aberto ao domingo para não perder um
dia de trabalho, enquanto no resto
do mundo “as distâncias são muito grandes”.
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PRODUÇÃO AGRÍCOLA
30 DE OUTUBRO DE 2015
OUTONO É ÉPOCA DA APANHA DA COLHEITA DA CASTANHA EM PORTUGAL
A produção e comercialização
da castanha em Portugal
Outono é tempo da colheita da castanha em Portugal. A castanha foi, durante muito tempo, o principal alimento das populações
rurais. O fruto, considerado na época de inferior qualidade, era um alimento de eleição para os animais domésticos, com reconhecido sucesso na qualidade da carne, particularmente nos suínos. Hoje, a castanha, a nível alimentar, está mais reconhecida e,
em Portugal Continental, assistiu-se, desde a década de oitenta, a um aumento significativo na área de castanheiros, com especial destaque para a região de Trás-os-Montes. Para esta situação foram decisivos alguns fatores, de entre os quais se destacam:
a valorização da castanha nos mercados internacionais, consequência da diminuição da produção europeia baseada na cultura
de montanha, os incentivos ao plantio no âmbito de programas comunitários, as condições climáticas favoráveis à sua expansão
e ao seu desenvolvimento e a existência de material vegetativo de qualidade.
Hoje, a fileira da castanha tem elevado
valor e capacidade de exportação e na região de Trás-os-Montes, a principal região
produtora, cerca de 70% a 80% da castanha destina-se ao mercado externo (em
fresco e transformada), quer para países da
União Europeia (65%), quer para países perceiros (15%) e apenas 20% a 30% da produção regional tem como destino o mercado
interno. É tempo de os produtores apostarem
mais na exportação, pela valorização que o
produto tem no seu preço, nos mercados internacionais, se bem que nesta região, os
intermediários (ajuntadores) e as unidades
agro-industriais têm grande representatividade na comercialização da castanha. No primeiro caso, a castanha é adquirida à porta da
exploração dos pequenos produtores. A castanha de calibre pequeno (inferior a 30 mm)
é normalmente canalizada para a indústria
de congelação. A castanha de calibre médio
e grado destina-se ao consumo em fresco ou
à indústria de confeitaria.
Com a apanha do fruto, várias regiões e
concelhos produtores divulgam as suas produções em feiras locais, algumas que já fazem parte do calendário dos eventos concelhios, quando os produtores deveriam
apostar em divulgar e mostrar o que produzem em eventos que potencializassem uma
maior internacionalização do produto e subsequente valorização.
Se bem que os destinos da castanha são
as grandes e médias superfícies de venda e
os mercados abastecedores de Lisboa , Porto
e Coimbra, o mercado externo poderia absorver muito mais a produção nacional. Assiste-se que, os intermediários continuam a ter
igualmente um papel importante na comercialização da castanha, juntando o produto
dos pequenos produtores e entregando-o a unidades industriais que se
encarregam da preparação e comercialização deste produto. A venda de
castanha directamente ao consumidor, à porta da exploração, ainda é
uma prática frequente nas várias regiões de Portugal.
Portugal pode vir a ser líder europeu na produção de castanha, fruto que já rende anualmente cerca de
50 a 60 milhões de euros aos produtores, como defende José Gomes Laranjo, professor na Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD),
que afirmou num Congresso da Universidade que a castanha “é o petróleo” da região transmontana.
A castanha portuguesa impõe-se há décadas no mercado externo pela sua qualidade, sendo um produto que nos permite manter, com larga vantagem, um saldo positivo
na balança comercial. Os principais importadores são a Espanha e os mercados tradicionais de emigração portuguesa, nomeadamente o Brasil, a França e a Suíça, entre
outros.
PRINCIPAIS VARIEDADES DE CASTANHA
EM PORTUGAL
A produção nacional de castanha assenta nas cultivares Longal, Martaínha e Judia
em Trás-osMontes, Martaínha na Beira Interior e Bária e Colarinha no Alto Alentejo.
Para além destas, podemos encontrar, principalmente em Trás-os-Montes, mais variedades. Registe-se que a nível nacional existem
quatro “Denominações de Origem Protegida”
(DOP) para a castanha: Castanha da Terra
Fria; Castanha dos Soutos da Lapa, Casta-
souto plantada.
nha da Padrela e Castanha de Marvão e o
controlo e a certificação são feitos por entidades privadas
A propriedade média destes agricultore
produtores de castanha é de um a um hectare e meio. O souto em Portugal faz-se da
pequena propriedade porém a excelente qualidade das variedades de castanha portuguesa levam a que, seja elevada a sua procura
a nível internacional, tanto para a sua industrialização como para o consumo em fresco.
E, numa altura, em que começou a apanhar este fruto, perspectiva-se um ano de
boa produção.
Hoje em dia, em Portugal, a área ocupada com castanheiros é cerca de 30.500 hectares e após uma fase de evidente decréscimo, que se fez sentir desde os anos 50 do
século XX, assiste-se, a um período de evidente ressurgimento da importância da castanha, visível tanto nos maiores níveis de produção atingidos como no aumento da área de
VALOR ALIMENTAR DA CASTANHA
A castanha que comemos é, de facto,
uma semente que surge no interior de um
ouriço - o fruto do castanheiro. Mas, embora seja uma semente como as nozes, tem
muito menos gordura e muito mais amido,
o que lhe dá outras possibilidades de uso
na alimentação. As castanhas têm mesmo
cerca do dobro da percentagem de amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte potássio.
As suas características organolépticas
e tecnológicas são adequadas, quer para
consumo em fresco, quer para a indústria
transformadora, onde se produz castanha
congelada, pilada, confitada ou em calda.
Trata-se de um fruto rico em hidratos de
carbono, isento de colesterol, que contém
elementos minerais como o potássio, fósforo, cálcio e magnésio e valores importantes de oligoelementos como o cobre e
manganês. Também os aminoácidos e as
fibras são componentes relevantes. A procura crescente deste fruto está associada
à sua recente inclusão na gastronomia urbana, sendo utilizadas de maneiras muito
diversas: cruas,assadas, cozidas, fritas, na
sopa, com carne, para sobremesas, etc., e
inclusivamente começa a ser mais explorada pela indústria alimentar - congelada,
pilada, confitada, em calda, em puré, em
flocos, etc..
Em Portugal, o outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados a
11 de novembro, dia de São Martinho, em
que, um pouco por todo o país, por tradição, se comem castanhas assadas e se
bebe vinho novo e água-pé.
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ATUALIDADE
30 DE OUTUBRO DE 2015
Portugal pode receber três mil refugiados
Portugal já está em condições
de receber 3 mil refugiados, garantiu hoje o Alto-comissário para as
Migrações, segundo o qual há 63
municípios, dos 18 distritos e ilhas,
disponíveis e preparados para os
acolher.
Em declarações à agência
Lusa, Pedro Calado adiantou que
durante o último mês foi feito um
levantamento nacional das ofertas
e das necessidades, em matéria de
alojamento, alimentação, inserção
no mercado de trabalho e formação profissional, pelo Grupo de Trabalho da Agenda Europeia para as
Migrações.
“Se chegassem a curto prazo
3 mil indivíduos, acreditamos que,
com estas respostas que recebemos, tínhamos capacidade para os
acolher”, disse o Alto-comissário
para as Migrações.
Um número calculado depois
de na terça-feira terem terminado
o levantamento e contado as respostas oferecidas que chegaram
através do preenchimento do respetivo formulário no site criado es-
pecificamente para o efeito (www.
refugiados.acm.gov.pt).
Segundo Pedro Calado, houve
já 63 municípios que mostraram
disponibilidade para acolher os refugiados que vão chegar a Portugal.
“Isto num primeiro levantamento porque a Associação Nacional
de Municípios já disse que há mais
municípios, mas que não se inscreveram em tempo útil”, adiantou.
Da parte da Plataforma para os
Refugiados (PAR) e das instituições
de solidariedade social, nomeadamente a União das Mutualidades,
a União das Misericórdias Portuguesas e a Confederação Nacional
das Instituições de Solidariedade
(CNIS), chegaram mais respostas.
Aliás, num levantamento recente, a PAR dava conta de ter 115 instituições e 135 famílias com interesse em receber, o que representa
660 pessoas refugiadas a acolher.
No imediato, existem 68 instituições e 85 famílias preparadas, com
uma capacidade para dar resposta
a 420 refugiados.
Números que, segundo o Alto-
-comissário, deixam o grupo de trabalho animado, já que o mapeamento foi feito num curto espaço
de tempo. Porém, continuam a ser
insuficientes para o número total
que Portugal vai receber: 4.574
pessoas.
“Se há entidades que continuam a ter disponibilidade, não
deixem de continuar a submeter as
propostas porque ainda não será
suficiente”, pediu.
Pedro Calado aproveitou para
esclarecer que, ao contrário do que
tem sido divulgado em alguma imprensa, a maior parte das respostas não são em casas particulares,
mas sim respostas institucionais,
que vão desde alojamentos e habitações municipais até alojamentos
em pensões ou hotéis.
De acordo com o responsável, o
objetivo é descentralizar e não deixar que as pessoas refugiadas se
concentrem todas nos grandes centros urbanos, sublinhando que as
respostas dos municípios vieram
dos 18 distritos e das ilhas.
“Portugal em peso respondeu a
este desafio e temos todos os distritos fortemente mobilizados para
esta integração”, frisou.
Garantiu igualmente que as soluções previstas estão pensadas não
só para famílias, mas também para
pessoas que cheguem sozinhas ou
crianças desacompanhadas.
Sobre o perfil dos refugiados
que veem para Portugal, Pedro Calado explicou que “só virão pessoas
de nacionalidades que têm tido taxas de atribuição [de proteção internacional] superior a 75%”, definidas pela Comissão Europeia.
“Neste caso limitamos a sírios,
iraquianos e eritreus, que comprovadamente estão numa situação de
risco acrescido e a única coisa que
sabemos é isso, que tenderão a vir
dessas três origens, em trânsito de
Itália e Grécia”, adiantou.
ATUALIDADE
30 DE OUTUBRO DE 2015
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CAVACO SILVA NOMEIA O LÍDER DO PSD PARA PRIMEIRO-MINISTRO
Pedro Passos Coelho é indigitado chefe do
governo pelo Presidente da República
“Neste contexto, e tendo ouvido os partidos representados na
Assembleia da República, indigitei
hoje, como primeiro-ministro, o Dr.
Pedro Passos Coelho, líder do maior
partido da coligação que venceu as
eleições do passado dia 4 de outubro”, anunciou o Presidente da República esta quinta-feira, 22 de Outubro, ao país.
Cavaco Silva seguiu “a regra
que sempre vigorou” e esclareceu
a sua tomada de decisão explicando que “teve presente que, nos 40
anos de democracia portuguesa, a
responsabilidade de formar governo
foi sempre atribuída a quem ganhou
as eleições”. “Assim ocorreu em todos os atos eleitorais em que a força politica vencedora não obteve a
maioria dos deputados na Assembleia da República”, acrescentou.
Cavaco Silva mostrou-se crítico
no que diz respeito à falta de entendimento entre a coligação Portugal
à Frente (PàF) e o Partido Socialista (PS). “Lamento profundamente
que, num tempo em que importa
consolidar a trajetória de crescimento e criação de emprego e que o diálogo e o compromisso são mais necessários que nunca, interesses
conjunturais se tenham sobreposto
à salvaguarda do interesse nacional”, disse o Presidente criticando
implicitamente a negociação à esquerda conduzida pelo PS.
O Presidente da República explicou, contudo, que “o governo formado pela coligação vencedora pode
não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o país precisa”, mas afirmou que são “muito
mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de
uma alternativa claramente inconsistente sugerida pelas outras forças políticas”.
Cavaco lembrou que, “em 40
anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do
apoio de forças políticas anti-europeistas, isto é, de forças políticas
que defendem a revogação do Tratado de Lisboa, do tratado orçamental, da união bancária e do Pacto de
Estabilidade e Crescimento”, sublinhando ainda que “este é o pior momento para alterar radicalmente os
fundamentos do nosso regime democrático, de uma forma que não
corresponde sequer à vontade democrática expressa pelos portugueses”. Para Cavaco Silva, o facto de a
grande maioria dos portugueses ter
votado no PS, no Partido Social-Democrata (PSD) e no Centro Democrático Social (CDS) mostra a preferência dos eleitores, deixando de
parte os restantes partidos.
Os compromissos europeus foram fatores que pesaram na es-
soluções “sufragadas no país e no
parlamento”.
Nas declarações à TVI, a porta-voz do BE reafirmou que a coligação Portugal à Frente não terá “condições de estabilidade”, porque o
seu programa e o orçamento do Estado não vão passar no parlamento.
colha do Presidente da República,
uma vez que, “os compromissos assumidos na zona euro são decisivos
e absolutamente cruciais para o financiamento da nossa economia,
para o crescimento da economia e
criação de emprego”. “Fora da Zona
Euro, o futuro de Portugal seria catastrófico”, acrescentou.
No final do discurso, Cavaco
Silva assume as suas responsabilidades e pede aos deputados da
Assembleia da República que façam o mesmo. “Como Presidente
da República, assumo as minhas
responsabilidades constitucionais.
Compete agora aos deputados assumir as suas”.
PS PREPARA MOÇÃO DE
REJEIÇÃO
A Comissão Política do PS prepara-se para apresentar uma moção de rejeição ao programa de
governo da coligação PSD/CDS,
segundo a agência Lusa.
Após a comunicação ao país,
João Soares já tinha sinalizado a
possibilidade de o PS avançar com
uma moção de rejeição: “penso
muito sinceramente que esta decisão do Presidente da República faz
o país perder tempo, porque, inevitavelmente, aquele que foi indigitado como futuro primeiro-ministro
vai cair nesta Assembleia da República. Não tenho, sobre isso, qual-
quer espécie de dúvidas”, afirmou
João Soares aos jornalistas no parlamento, após a comunicação do
Presidente.
BLOCO CONSIDERA CAVACO
UM “LÍDER DE SEITA”
Segundo a entrevista dada esta
quinta-feira, 22 de outubro, à TVI,
a porta-voz do Bloco de Esquerda,
Catarina Martins, acusou o Presidente da República de fazer chantagem com os deputados, de criar
instabilidade e de se comportar
como um “líder de seita”.
Para Catarina Martins, Cavaco não pode dizer que não aceita
PCP ACUSA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA DE DESRESPEITO
PELA CONSTITUIÇÃO
O Partido Comunista Português
(PCP) afirmou que a decisão de Cavaco Silva “traduz uma postura de
confronto e desrespeito pela Constituição da República Portuguesa”.
“Esta decisão é inaceitável, revela absoluto desprezo pela vontade expressa pelo povo português
nas eleições de 04 de outubro e
total ausência de imparcialidade”,
declarou João Oliveira, porta-voz
do partido, reiterando a intenção
de o seu grupo parlamentar apresentar uma moção de rejeição ao
futuro governo.
Heloísa Apolónia, do Partido
Ecológico ‘Os Verdes’ (PEV), referiu que o Presidente da República
“optou pela solução mais instável
para o país”.
Quanto às negociações que têm
decorrido entre a esquerda para
uma solução de Governo alternativa a um executivo PSD/CDS-PP,
sublinhou que Cavaco Silva sabe,
porque ouviu os partidos, “que poderia ter sido criada uma alternativa com garantias de durabilidade e
de sustentabilidade”.
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p.8
GASTRONOMIA
23 DE OUTUBRO DE 2015
PELOS SABORES DE PORTUGAL
Açores na rota dos sabores portugueses
O arquipélago dos Açores traz para os seus pratos o exotismo, imagem de marca de toda e cada ilha que o constitui. O cozido
das Furnas, as sopas do Espírito Santo, a massa sovada do Faial e o bolo lêvedo são iguarias incontornáveis da gastronomia típica desta região autónoma portuguesa.
Na região dos Açores, estamos
perante um clima tropical e terrenos férteis, o que lhe permite ser
possuidora dos melhores produtos
hortícolas, e de uma boa produção
de pecuária, sendo também reconhecida pela sua produção de chá,
que é única na Europa.
Embora entre as nove ilhas do
arquipélago existam traços comuns
em relação à gastronomia, cada
ilha tem traços típicos e produção
regional, onde as antigas receitas
tradicionais suculentas aquecem o
estômago e o espírito.
A produção de peixe e marisco
é abundante na região: atum, chicharro, polvo, cavala, abrótea, pargo e espadarte, são exemplos do
peixe mais produzido e consumido entre as ilhas, em caldeiradas
ou caldos de peixe, assado, guisado ou frito.
A escolha é variada e a frescura
do peixe é o principal fator da sua
qualidade, o polvo guisado à moda
do Faial é um exemplo de qualidade gastronómica e uma referência
do Natal gastronómico, a par do típico bacalhau.
A nível do marisco, é na ilha
São Jorge que crescem as únicas amêijoas de todo o arquipélago, sendo as lapas na grelha com
molho Afonso as protagonistas comuns entre as nove ilhas, tal como
as lagostas, santolas, cavacos e os
caranguejos a quem se juntam os
crustáceos, como as cracas.
A carne mais produzida nos
Açores é a carne de vaca, criada à
base do saber-fazer ascendente e
tradicional onde se destaca a alcatra da ilha Terceira e o simples bife
à regional.
Os enchidos como a morcela, geralmente servida com ananás como entrada, a linguiça com
inhame, servida como prato principal, e os torresmos de molho de
fígado fazem também parte das
iguarias famosas entre os pratos
de carne açorianos, preenchendo
as cozinhas com aromas nostálgicos que nos remetem para a terra
e antepassados.
Os produtos hortícolas de qualidade excecional são usados em
sopas sendo as mais populares as
sopas do Espírito Santo, também
popularmente conhecidas como
Sopas do Império, que são características da Ilha Terceira e do Faial
embora a sua confeção seja comum
entre todas as ilhas, variando consoante a região, onde se acompanha o pão seco num ato tipicamente português de absorver os
melhores sabores que se concentram nos caldos.
O queijo faz parte da vasta tradição de produção de lacticínios,
bastante populares no mercado.
Um dos mais populares é o
queijo de São Jorge, com uma produção com quase 500 anos, também o queijo fresco que pode ser
utilizado como entrada, servido
com pimenta da região, e também
pode ser servido como sobremesa,
acompanhado por banana ou doce
de capucho, uma espécie de tomate regional com um sabor exótico.
O clima tropical é propício para
frutas exóticas como o araçá ou a
anona, sendo o ananás e o maracujá os frutos mais célebres entre os
populares, e muito usados na doçaria regional suportado apenas pelo
habitat singular dos Açores.
A doçaria açoriana, de tradição
conventual, é bastante rica e variada entre as ilhas do arquipélago,
os protagonistas que constituem
o quadro da doçaria são o célebre
bolo lêvedo, originário das Furnas,
que pode ser servido com doce ou
queijo, as cavacas de Santa Maria,
as espécies de São Jorge, fofas do
Faial, queijadas de Vila Franca do
Campo, queijadas da Graciosa, camafeus da Terceira, entre outras.
Com uma gastronomia diversificada e possuidores de uma vasta herança milenar, os Açores têm
uma riqueza excecional entre todas as suas ilhas. Com essa mesma
vastidão destacam-se as especialidades mais populares do arquipélago como o Cozido das Furnas,
onde carne e legumes cozem numa
panela que está enterrada em solo
geotérmico. Com as festas do Espírito Santo, há a tradição das Sopas do Espírito Santo, a Massa Sovada típica do Faial e o delicioso
Bolo Lêvedo, que é servido durante todo o ano.
REGIONAL
30 DE OUTUBRO DE 2015
p.9
ELEVADOR LISBOETA LIGA RESTAURADORES AO BAIRRO ALTO
Elevador da Glória celebra 130 anos de existência
O elevador da Glória que há 130 anos
sobe e desce entre os Restauradores e o Bairro Alto, e ao qual na década de 1980 os
Rádio Macau dedicaram uma canção, serve
hoje maioritariamente turistas.
Segundo a guarda-freio Celeste Grencho,
há 21 anos na Carris, o elevador da Glória, que no sábado assinala os 130 anos de
funcionamento, “essencialmente, é para os
turistas”.
“Na parte da manhã há moradores ou
quem trabalha no Bairro Alto. Andam também muitas crianças, que sobem porque há
um infantário. A partir das 10:00 está praticamente entregue aos turistas”, contou à
agência Lusa.
São 275 metros de calçada, com uma
inclinação de cerca de 18%, que o ascensor
demora cerca de um minuto e meio a dois
minutos a subir, ou a descer. Ou, como cantavam os Rádio Macau: “Desde este lugar sem
história/Até um lugar na história/ Vão apenas
dois minutos/No elevador da glória”.
A viagem é curta, “mas é uma viagem
histórica”.
Aos turistas que ficam desiludidos –
“aquele turista que é apanhado, vê o elevador acha graça e entra e nem sabe muito
bem para onde vai” – Celeste Grencho aconselha visitas ao Miradouro de São Pedro de
Alcântara ou à Igreja de São Roque. Alguns
voltam ao elevador só para lhe agradecer as
dicas, contou.
Mas, há também os outros turistas, “informados, que sabem o que é a viagem e admiram no todo o elevador, reparam em tudo,
é uma viagem histórica para eles”. Certo dia,
recordou Celeste Grencho, um turista “até
chamou ao elevador um museu andante”.
O ascensor que atualmente sobe e desce a Calçada da Glória “é semelhante ao de
1914, altura da eletrificação”, explicou o diretor de Operações do modo elétrico da Carris, Martins Marques.
O responsável recordou que, “há 130
anos, o elevador começou a funcionar com
contrapeso de água”. “E nessa altura, as cabines eram completamente diferentes do que
são hoje. Tinham dois pisos, havia um piso
inferior onde também havia bancos longitudinais em que as pessoas iam de costas para
os prédios, viradas para o interior do carro.
E no primeiro piso, designado imperial, que
não tinha cobertura e os bancos estavam costas com costas”, contou.
Entretanto, o ascensor passou “a ter um
motor a vapor e em 1914 foi eletrificado”.
A antiguidade do elevador é um dos pontos que atrai os turistas.
“É encantador e gosto muito do facto de
ser muito antigo”, disse a inglesa Anne, ao
sair do ascensor nos Restauradores.
Já o francês Jean-Baptiste achou “muito
típico” e destacou “a bela vista”.
Martine, também francesa, achou que
a viagem teve um senão: “demasiados
turistas”.
“Eu sou uma turista, mas reparei que não
há pessoas de Lisboa. Tem apenas turistas
e é uma pena ter tantos graffiti. Eu gosto de
arte, mas...”, lamentou.
O elevador da Glória funciona de segunda
a quinta-feira, entre as 07:00 e as 23:55, às
sextas entre as 07:00 e as 00:25, aos sábados entre as 08:30 e as 00:25 e aos domingos entre as 09:00 e as 23:55.
Para subir ou descer pode usar-se qualquer título de transporte da Carris, o passe
mensal ou pré-comprados (7Colinas). Além
disso, para quem não tiver estes títulos, é
possível comprar um bilhete dentro do elevador, custa 3,60 euros e dá para duas viagens.
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TURISMO
30 DE OUTUBRO DE 2015
ACEITE A NOSSA SUGESTÃO
Os encantos da “Veneza portuguesa”
Deambular pelo distrito de Aveiro é captar a essência de um destino que esperaríamos ver num livro de viagens e, ao mesmo tempo, mergulhar nas águas do centro de Portugal com os seus moliceiros, semelhantes a gôndolas, e numa elegante arquitetura do
século XIX.
Embarque nesta viagem e comece o dia bem cedo, aventurando-se ao volante de uma BUGA,
as bicicletas gratuitas disponibilizadas pelo município, que têm um
design muito próprio e que são tudo
o que precisa para se deslocar em
Aveiro. Por isso, vamos aproveitar
a topografia plana desta região e
recriar os hábitos antigos dos aveirenses que, noutros tempos, chegavam a qualquer lugar utilizando
a bicicleta.
De seguida, pedalando, seguimos viagem até ao Campus Universitário de Aveiro, um autêntico
museu de arquitetura contemporânea portuguesa ao ar livre, onde se
fundaram obras assinadas por Siza
Vieira, Souto Moura, entre outros.
Continuando no centro da cidade, recordamos a nossa história visitando o Museu da cidade.
O Museu de Aveiro está instalado no antigo Convento de Jesus da
Ordem Dominicana feminina. Este
convento, um dos mais antigos de
Aveiro, ergueu-se na segunda metade do séc. XV e foi fundado por D.
Brites Leitão e por D. Mécia Pereira.
Do séc. XVI ao séc. XVIII, o
edifício sofreu inúmeras obras de
ampliação, melhoramentos e enriquecimento artístico. O século XIX
é marcado pelos ideais liberais e
pelas suas amplas repercussões
na vida religiosa. Por decreto de
1834, o ministro Joaquim António de Aguiar determina a extinção
de ordens religiosas no reino. A sua
aplicação é imediata nos conventos
masculinos, permitindo, porém, a
vida de clausura nos conventos femininos até à data da morte da úl-
tima freira.
Em 1882, o edifício é entregue
à Ordem Terceira Dominicana, que
o transforma em Colégio de Santa
Joana. Com a implantação da República, em 1910, e o agravamento da intolerância religiosa, a comunidade do Colégio de Santa Joana
é dissolvida. Nesse mesmo ano,
o mosteiro é fechado e a igreja é
classificada como monumento nacional. O Museu de Aveiro é instalado no Convento de Jesus em 1911.
E depois de sabermos a história
deste convento começamos a nossa visita pelo piso térreo onde se
pode ver o coro baixo, com o túmulo da Princesa Santa Joana; a Igreja de Jesus, que é decorada com
uma luxuosa talha dourada e azulejos portugueses; o claustro, com
as suas capelas, sala do capítulo e
o refeitório que ostenta a sua graciosa tribuna de leitura e paredes
revestidas de azulejos. No piso superior, o claustro dá acesso ao coro
alto e às capelas devocionais.
O Museu de Aveiro percorre o
silêncio deste espaço dominicano,
dispondo de um serviço educativo,
biblioteca, loja, livraria, auditório e,
ainda, uma cafetaria. Está aberto
de terça-feira a domingo das 10:00
às 17:30, tendo um custo de entrada no valor de 4€. Nos domingos e feriados a entrada é livre, bem
como – todos os dias – para jovens
até aos 14 anos.
Deixando-nos conquistar pela
cor do litoral português descemos
até à Costa Nova, que fica a 15
minutos do centro da cidade (11,7
quilómetros), onde a praia é característica graças às casas em madei-
ra com riscas brancas e riscas de
cores garridas, derivadas das originais habitações de madeira dos
pescadores. Estas casas de madeira são cada vez mais raras de se ver.
Aproveitando o cheiro a maresia, visitamos também o areal do
lado, a praia da Barra, onde se ergue o imponente Farol da Barra,
considerado o mais alto de Portugal. E é neste ambiente colorido,
com vista para o mar, que aproveitamos para almoçar. Arrisque numa
caldeirada de enguias ou num carneiro à lampantana, os pratos principais desta região.
De volta ao centro da cidade,
vamos ao encontro dos estabelecimentos onde pode provar os deliciosos ovos-moles, que despertam
o nosso paladar como se fossem
pedaços de ouro doce. Este doce
é típico da região e é herdado das
tradições dos conventos femininos
aveirenses. Além de um sabor inconfundível, é a sua aparência que
torna os ovos moles de Aveiro um
doce peculiar. Os elementos do mar
inspiraram as doceiras, que criam
finas camadas de hóstia em forma de conchas, búzios, peixes ou
amêijoas para envolver a massa da
cor do ouro. Cada caixa com 250
gramas tem o preço médio de sete
euros.
É em torno destas casas e do
Rossio que se reúne um conjunto
de interessantes edifícios de Arte
Nova, onde as fachadas que têm
os elementos em ferro forjado e
a pedra lavrada, estendem-se em
arcadas.
Já no fim de tarde, iluminado
pelos últimos raios de sol, embar-
que num moliceiro e percorra os canais da ria que, como estradas de
água prateada nos conduzem pela
cidade, proporcionando um bucólico e inesquecível passeio.
Conhecida como a
“Veneza Portuguesa”, a
Ria de Aveiro oferece
quatro canais para que
conheça esta cidade de
uma forma única, e para
que explore pormenores
que de nenhuma outra
forma será possível.
O Canal Central, o emblemático
canal em que vai conhecer as belas
casas de arte nova e o centro histórico da cidade; o Canal da Pirâmide, onde poderá apreciar a paisagem verde do parque do Rossio
e as salinas aveirenses; o Canal de
São Roque, que lhe permite visitar o antigo bairro dos pescadores
e apreciar os antigos palheiros de
armazenamento de sal; e, por fim,
o Canal do Cojo, onde poderá apreciar o edifício da Assembleia Municipal que, assente na água, tem
vista para o centro comercial Fórum
Aveiro e a Cerâmica Campos. Cada
viagem tem a duração de 45 minutos e tem um custo de nove euros.
Desde a Idade Média que Aveiro esteve sempre ligada ao comércio do mar, à pesca e à produção
de sal. Nos séculos seguintes, a vila
conheceu momentos de crescimento, quando os Descobrimentos abriram Portugal ao mar e trouxeram
até às margens da Ria mercadores
e navegadores de vários pontos da
Europa.
A Ria, que atualmente tem um
comprimento de 41 quilómetros e
uma largura de 11, é o resultado
do recuo do mar, com a formação
de cordões litorais que, a partir do
século XVI, formaram uma laguna
que constitui um dos mais importantes e belos acidentes geográficos
da costa portuguesa.
Rica em peixes e aves aquáticas, apresenta grandes planos de
água, locais de eleição para a prática de todos os desportos náuticos
e é ainda bastante utilizada para
fins turísticos, nomeadamente através dos seus barcos característicos,
os moliceiros: barcos que circulam
na Ria de Aveiro, região lagunar do
Rio Vouga.
Esta embarcação era originalmente utilizada para a apanha
do moliço (planta aquática), mas
atualmente é mais usada para fins
turísticos.
Aveiro conquistou e continua
a conquistar pessoas pelo mundo
fora, fascinando pela ligação que
existe entre o mar e a terra. Como
dizia José Saramago: “A ria, hoje,
tem um nome que bem lhe quadra:
chama-se solidão, fala com o viajante, ininterruptamente fala, conversas de água e limosas algas, peixes que param entre duas águas,
sob a reverberação da superfície.
O viajante sabe que está a querer
exprimir o inexprimível, que nenhumas palavras serão capazes de
dizer o que uma gota de água é,
quanto menos este corpo vivo que
liga a terra e o mar como um enorme coração”.
REGIONAL
30 DE OUTUBRO DE 2015
p.11
CERCI Braga lança
campanha “azulejo mágico”
Nélson Brito recebe Prémio
de Inovação VINCI
A CERCI-Braga lançou uma campanha
de apelo à responsabilidade social de empresas e cidadãos com o nome “Azulejo Mágico”.
O objetivo da campanha é o de colocar
um azulejo num mural do novo Centro de Atividades Ocupacionais, por cada 1000 euros
doados à instituição, que pretende efetuar
obras no centro, que ficará instalado na antiga EB1/JI de Navarra, em Braga.
Este investimento de 250 mil euros conta agora com a ajuda da campanha “Azulejo Mágico” que é “É claramente um apelo à
responsabilidade social das empresas. Com
esta ajuda as empresas podem ter uma expressão da sua responsabilidade social e com
isso também têm as vantagens como benefícios ficais e estar mais perto da comunidade”, explicou o representante da CERCI-Braga, Rui Dória.
A campanha “Azulejo Mágico” pretende
“construir no novo centro um mural de azu-
Nélson Brito foi premiado recentemente nos Prémios de Inovação VINCI, pelo seu
projeto sobre eficiência energética para centros históricos, que se quer transpor para a
Baixa de Coimbra.
O projeto consiste na aplicação de um
sistema de eficiência energética, através da
produção de energia por painéis solares, a
aplicar na Baixa de Coimbra, permitindo um
combate da pobreza energética que se regista nos centros históricos europeus, através do
uso de energia limpa, revelou o responsável
pelo projeto, que fora desenvolvido no âmbito do programa Energia para a Sustentabilidade da Universidade de Coimbra.
“Em vez de se aplicarem dois painéis solares térmicos por cada família, o que, na
área estudada [zona da Encosta da Sofia Baixa da cidade], corresponderia a cerca
de 100 painéis para 47 edifícios com uma
centena de habitantes”, o investigador propõe a instalação de 50 a 70 painéis solares num edifício público que conseguem produzir energia suficiente para todos os fogos
habitacionais.
A água quente produzida com recurso a
painéis solares seria transportada “através de
tubagens isoladas a cada uma das habitações da área piloto”, permitindo “um aumento da eficiência do conjunto, redução dos custos de instalação e manutenção, para além
da contenção localizada dos riscos e aspetos estéticos na paisagem do centro histórico”, sublinhou.
Para além do sistema de abastecimento
de água quente, para banho e aquecimento,
“a colocação de isolamento nas envolventes
horizontais dos edifícios e a manutenção de
portas e janelas, a realizar por uma empresa
de serviços energéticos, permitiria ainda reduzir perdas e aumentar o conforto dos utilizadores”, acrescentou.
Segundo Nélson Brito, “através de uma
tarifa fixa de cerca de dez euros por mês e
lejos” para isso, “por cada mil euros doados
será colocado um azulejo da empresa que fizer a doação”.
A CERCI-Braga, que apoia diariamente 22 pessoas com deficiência intelectual e
multideficiência, em situação de emergência
“apenas com a ajuda da comunidade”, quer
concluir o CAO até fevereiro sendo que as
obras arrancarão num futuro próximo.
Quanto ao financiamento do projeto, Rui
Dória adiantou que está a ser “sustentado
num empréstimo bancário” mas, realçou, “é
preciso pagá-lo”.
“Temos um conjunto de fundos próprios
que fomos guardando de várias campanhas.
Para este primeiro sonho temos já cerca de
70 mil euros angariados também junto de
empresas”, adiantou.
Os donativos podem ser feitos através do
contato com a CERCI-Braga ou através da
página de internet da associação.
por pessoa, que seria sempre inferior aos
custos atuais destes serviços combinados,
o projeto prevê um sistema rentável para
quem o explorasse, interessante para arrendatários, proprietários, municípios e de mais
instituições”.
Esta proposta ganha ainda mais relevância devido aos problemas presentes nas intervenções individuais, como a falta de capacidade económica por parte dos proprietários
ou a ausência de escala para a negociação de
preços de “investimento e manutenção aceitáveis”, apontou.
O projeto foi premiado em setembro nos
Prémios de Inovação VINCI, na área de “serviços urbanos e cidade conectada”.
Agora, Nélson Brito quer implementar o
conceito em Coimbra, contando já com o interesse da Direção Regional da Cultura do
Centro e da Associação para a Promoção da
Baixa de Coimbra, projeto esse que depois
poderia ser aplicado a qualquer zona residencial de centros históricos europeus.
De acordo com o investigador, esta proposta poderia também levar ao “aumento
da atratividade dessas áreas, ao empoderamento das coletividades e à valorização dos
edifícios”.
p.12
INOVAÇÃO
30 DE OUTUBRO DE 2015
DESTE PROCESSO DE VINIFICAÇÃO NASCERÁ O CONDE D’ERVIDEIRA VINHA DA ÁGUA RESERVA TINTO 2014
Vinho topo de gama da Ervideira está a estagiar
nas águas do Alqueva
A Ervideira submergiu nas águas da
Albufeira de Alqueva, mais de 30
mil garrafas do seu topo de gama,
o Conde D’Ervideira Reserva Tinto
2014. Distribuídas por 100 caixas,
vão estagiar a uma profundidade
entre 20 e 30 metros, durante pelo
menos oito meses, nas imediações
da Amieira Marina. Deste processo
pioneiro, o produtor vitivinícola
do Alentejo fará ‘nascer’ o Conde
D’Ervideira Vinha da Água Reserva
Tinto 2014, um vinho que Duarte
Leal da Costa, diretor executivo da
empresa, prevê que seja “um sucesso
no mercado”
A Ervideira foi buscar a inspiração para
este processo pioneiro, aos vinhos transportados em barcos e naus que naufragaram,
deixando as garrafas ‘perdidas’ em repouso no fundo do mar até serem resgatadas e
descobrir-se que “apresentavam melhorias
consideráveis ao nível da consistência, estrutura e potencial de envelhecimento, sendo vinhos verdadeiramente únicos”, explicou Duarte Leal da Costa, diretor executivo
da empresa.
A técnica inovadora foi agora aplicada a mais de 30 mil garrafas do Conde
D’Ervideira Reserva Tinto 2014, o vinho
topo de gama daquela empresa vitivinícola
do Alentejo, que no dia 20 deste mês foram
Seladas, lacradas e
acondicionadas dentro das
100 caixas, as mais de 30 mil
garrafas, vão estagiar nas águas
do Alqueva a uma profundidade
entre 20 e 30 metros, com
ausência total de luz solar,
uma pressão constante de três
a quatro quilos e uma
temperatura de 17ºC
submersas nas águas calmas da albufeira
do Alqueva, na zona da Amieira Marina.
Um ambiente que Duarte Leal da Costa acredita ter as características certas para
dar a este vinho “uma capacidade brutal
de envelhecimento”, como afirmou aos jornalistas que acompanharam o processo de
imersão de algumas das 50 caixas - cada
uma com 328 garrafas - depositadas no Alqueva naquele dia (um primeiro lote tinha
já sido submerso no mesmo local).
Seladas, lacradas e acondicionadas
dentro desses compartimentos de grande
dimensão, as mais de 30 mil garrafas, que
são mais largas na parte superior, vão estagiar a uma profundidade entre 20 e 30
metros.
Duarte Leal da Costa assegura que este
processo inovador dará ao vinho, características que apenas o envelhecimento em
cave não fornece. Isto porque o ambiente
do fundo do Alqueva “tem ausência total de
luz solar, uma pressão constante de três a
quatro quilos (não há movimento de água)
e uma temperatura de 17ºC em qualquer
altura do dia ou do ano”. As garrafas vão
agora permanecer entre oito e dez meses no
fundo da albufeira para depois de retiradas
darem origem a uma nova marca da Ervideira: a Conde D’Ervideira Vinha da Água
Reserva Tinto 2014.
as mais de 30 mil garrafas. “Colocamos várias caixas a 20 metros de profundidade e
fomos retirando caixa a caixa para testarmos a qualidade do vinho. Retiramos uma
ao final de três meses, outra depois de seis
meses e outra ao fim de um ano”, explicou
Duarte Leal da Costa.
Este teste realizou-se com um Conde
D’Ervideira Reserva Tinto de 2008. O vinho
esteve seis anos em cave antes de passar o
último ano nas águas do Alqueva.
Aberto e servido pouco depois da submersão das 100 caixas, foi apresentado
como vinho cheio de “força e garra”. “Seis
anos depois, este vinho ganhou vida”, sublinhou Duarte Leal da Costa, que espera
agora repetir o sucesso da operação com
as mais de 30 mil garrafas do seu topo de
gama de 2014.
“Dada a experiência efetuada durante o
ultimo ano, com algumas garrafas, prevemos que este vinho esteja destinado a ser
um verdadeiro sucesso no mercado, pois os
consumidores irão querer provar a sua irreverência e inovação e a sua qualidade fará
com que o consumidor o volte a comprar,
bem como escolhê-lo para oferecer aos seus
amigos”, afirmou Duarte Leal da Costa.
A empresa pretende colocar todas as
30 mil garrafas no mercado, tanto no nacional, como nos 20 países para onde exporta. Em Portugal, o objetivo é vender o
Conde D’Ervideira Vinha da Água Reserva
Tinto 2014 a um preço inferior a 20 euros.
A Ervideira é uma das empresas vitivinícolas seculares em Portugal, produzindo
vinho desde 1880.
Atualmente possui um total de 160 hectares de vinha, distribuídos pelas sub-regiões da Vidigueira (110 ha) e Reguengos
(50 ha). Entre os seus vinhos, estão marcas
como Conde D’Ervideira, Invisível, Vinha
D’Ervideira, Lusitano, Terras D’Ervideira e
S de Sol.
TESTE COM GARRAFAS
SUBMERSAS POR UM ANO
A decisão de avançar com o processo realizado na passada semana, foi tomada depois do bem-sucedido teste feito
anteriormente.
Durante um ano, pequenas caixas com
algumas garrafas estagiaram no fundo da
albufeira do Alqueva, num local muito próximo daquele onde agora foram depositadas
Durante um ano, a empresa testou a técnica com pequenas caixas com algumas garrafas do Conde
D’Ervideira Reserva Tinto de 2008 que estagiaram no fundo da albufeira do Alqueva
p.14 PELO MUNDO
30 DE OUTUBRO DE 2015
RELATÓRIO ALERTA QUE UM QUINTO GANHA MENOS QUE O LIMIAR DE POBREZA
Há trabalhadores portugueses no
Luxemburgo em risco de pobreza
O último relatório ‘Coesão
Social e Emprego’, do
instituto de estatísticas do
Luxemburgo alerta que Os
trabalhadores portugueses
no Luxemburgo são os mais
expostos ao risco de cair na
miséria, com um quinto a
ganhar menos que o limiar
de pobreza.
Em 2014, 20,7% dos trabalhadores
portugueses viviam com menos de 1.716
euros por mês, considerado o limiar da
pobreza, num país onde as rendas podem
ultrapassar os mil euros. São números do
instituto de estatísticas do Luxemburgo
(Statec), que calculou a taxa de risco de
pobreza dos portugueses, tendo como base
os dados de 2014. Concluiu que esse risco
diminuiu ligeiramente em relação ao ano
anterior, quando era de 22,1%, mas continua
a ser superior ao risco da população em geral
(16,4%). Esta ligeira diminuição “não tem
relevância a nível estatístico, continuando
a representar um valor elevado”, explicou à
Lusa um dos responsáveis do relatório, Paul
Zahlen, recordando que desde 2012 a taxa
de risco de pobreza dos portugueses tem
sido superior a 20%.
MÃO-DE-OBRA NÃO QUALIFICADA
O relatório indica que a maioria dos
portugueses trabalham em sectores em que
a mão-de-obra não é qualificada, auferindo
por isso salários mais baixos e estando mais
expostos ao risco de pobreza.
Com rendimentos médios de 1.989
euros por mês (contra 3.280 no caso dos
luxemburgueses), os portugueses têm mais
dificuldades para chegar ao fim do mês do
que os imigrantes alemães no país (3.232
euros/mês), franceses (3.031 euros), belgas
(2.926 euros) e italianos (2.823 euros),
segundo dados do relatório.
Para o responsável do estudo, o risco de cair
em situação de pobreza depende “em grande
parte” do custo da habitação no Luxemburgo,
um dos mais elevados da Europa. “Sem
resolver este problema, as pessoas com
baixos rendimentos correm o risco de cair na
pobreza”, disse.
Em abril deste ano, o caso de uma família
portuguesa a viver em condições insalubres
na capital luxemburguesa, denunciado pela
televisão alemã ZDF, levou dois deputados
socialistas a questionar o Governo sobre a
escassez de habitação social no país.
A reportagem mostrava uma mãe portuguesa
com três filhos, a viver num apartamento
com infiltrações e bolores e apenas um
quarto para os quatro, pelo qual a imigrante
pagava 850 euros por mês, um caso que os
deputados consideraram um exemplo “do
problema de alojamento” no país.
Na altura, o deputado Franz Fayot disse
à Lusa que a reportagem se limitava a
mostrar “uma realidade que as estatísticas
confirmam”. “A situação de pobreza em
que vive parte da população estrangeira,
sobretudo portuguesa e maioritariamente em
famílias monoparentais, é real, mas às vezes
passa ao lado dos políticos, porque afeta mais
os estrangeiros do que os luxemburgueses”,
lamentou então o deputado do partido
socialista luxemburguês.
ALERTA DP BASTONÁRIO DA ORDEM DOS MÉDICOS
Médicos estão a emigrar “às centenas”
O bastonário da Ordem dos Médicos afirma
que o país não tem um problema de falta
de médicos, estando mesmo a “exportar
cérebros” por falta de condições para os
fixar. “Neste momento, já estamos a formar
médicos acima das necessidades do país e
o que é preciso é ter a capacidade de os
fixar em Portugal.
Os médicos estão a emigrar às centenas
por ano e se não fizermos o que for
necessário para os fixar, é uma grande
perda, tanto em termos de investimento
como de conhecimento científico. Estamos
a exportar cérebros”, disse José Manuel
Silva à agência Lusa.
O bastonário da Ordem dos Médicos falava
em Avanca na assinatura do protocolo
de atribuição do ‘Prémio Egas Moniz
em Neurorradiologia’, o único português
laureado com um Prémio Nobel na área
científica.
José Manuel Silva salientou que o país
“investiu na formação de técnicos altamente
diferenciados, que demoram 12 anos a
formar-se e que depois continuam a subir no
seu conhecimento científico e experiência”,
os quais estão a sair, sobretudo para países
europeus, pela dificuldade de os fixar, em
particular no Sistema Nacional de Saúde.
“Neste momento o investimento público
em saúde no nosso país é apenas de 6%
do produto interno bruto (PIB), enquanto a
média da OCDE é de 6,5%, pelo que temos
um défice de investimento anual no mínimo
de 10 milhões de euros no Serviço Nacional
de Saúde e isso tem consequências”, disse
Sobre o prémio instituído, o bastonário
afirmou que “a Ordem não podia deixar de
dar o seu patrocínio científico ao prémio,
porque Egas Moniz merece o conhecimento
e reconhecimento nacionais, sendo uma
figura excecional de que o país se deve
orgulhar e recordar o ecletismo da sua
personalidade”.
“Egas Moniz fez flores sem terra. Se
recuarmos no tempo percebemos que
Portugal não tinha nem meios, nem cultura
de investigação científica e, mesmo assim,
foi o nosso único Nobel da área científica”,
finalizou.
O prémio será atribuído de dois em dois
anos a individualidades ou instituições
que se destaquem por trabalho científico
relevante na área da neurorradiologia.
REINO UNIDO
Estudantes em Cambridge
têm agora site de
informações em português
Os recém-chegados à cidade universitária de Cambridge, no Reino Unido, têm a partir de agora uma nova página de Internet em
português onde encontrar informação para
facilitar a instalação, anunciou a Cambridge University Portuguese Speakers Society
(CUPortSS).
A página (http://www.portuguesesemcambridge.org.uk) possui informação sobre
a história da cidade e da universidade, alojamento, emprego, questões administrativas,
transporte, compras, desporto e lazer.
“Todos os anos chegam mais portugueses
e muitos queixam-se da falta de informação.
Esta é uma forma de ajudar”, disse Leonor
Natário, membro da CUPortSS e do projeto.
O site destina-se não só a estudantes,
mas também a investigadores, professores académicos e profissionais portugueses
recém-chegados.
Segundo a CUPortSS, a comunidade portuguesa em Cambridge tem crescido nos últimos anos, sendo constituída por “pessoas
com um altíssimo nível de formação que trabalham em instituições de topo mundial”.
Muitos não são académicos, como é o
caso de Leonor Natário, que é técnica de farmácia e chegou há cerca de ano e meio para
se juntar ao namorado.
Criada há cerca de 10 anos no âmbito
da universidade, tem cerca de 500 membros, embora se estime que só metade sejam ativos e os restantes tenham deixado
Cambridge.
Além de portugueses, está aberta a lusófilos e organiza regularmente encontros e
atividades como noites de cinema em língua
portuguesa.
ALEMANHA
Transmontanos e
Altodurienses reunem-se
em Osnabruck
A 7 de novembro vai realizar-se o XXVIII
Convívio de Transmontanos e Altodurienses
residentes em Osnabrück e arredores, que
decorrerá nas instalações do Centro Português (Bunder Str 6). A animação ficará por
conta do rancho folclórico Arco Íris e o baile
estará a cargo do ‘Estrela da Noite’.
Este encontro, que se realiza há 28 anos,
foi idealizado por António Custoias, natural
de S. João da Pesqueira e residente em Osnabrück há mais de 40 anos. A intenção foi
dar a oportunidade, a todos os transmontanos e altodurienses daquela cidade e arredores, de conviverem e degustarem produtos
regionais de Trás os Montes. “Atualmente temos quase sempre uma participação de perto
de 150 pessoas na maioria delas transmontanos dos vários concelhos do Distrito”, referiu a este jornal, por altura do encontro de
2014, Manuel Cardoso, natural de Carrazeda de Ansiães e há 25 anos de Alemanha.
PELO MUNDO p.15
30 DE OUTUBRO DE 2015
CANADÁ PARTIDO LIBERAL ELEGE DOIS DEPUTADOS LUSODESCENDENTES
Alexandra Mendes e Peter Fonseca
eleitos em Montreal e Toronto
O Partido Liberal ganhou com
maioria absoluta as eleições federais do dia 19 de outubro no Canadá e elegeu dois deputados lusodescendentes: Alexandra Mendes e
Peter Fonseca. Peter Fonseca, candidato do Partido Liberal, venceu o
distrito eleitoral de Mississauga East
- Cooksville, na área de Toronto, com
28.105 mil votos (54,2 %), contra os 18.370 mil (35,4%) obtidos
pelo conservador Wladyslaw Lizon.
Naquele círculo votaram 51.875
eleitores.
A Sul de Montreal, no distrito
eleitoral de Brossard - Saint Lambert, a liberal Alexandra Mendes
também foi eleita, com 28.819 mil
votos (50,3 %), batendo Hoang Mai,
do NDP (sociais-democratas), com
14.066 mil votos (24,6%), quando
votaram 57.263 mil eleitores naquele círculo.
Peter Fonseca candidatou-se
pela segunda vez em eleições federais, após em 2011 ter sido derrotado pela diferença de 670 votos (um
por cento). Com 49 anos de idade,
o luso-eleito está no Canadá desde
1969. É natural de Alcanena, distri-
to de Santarém, foi antigo deputado
em Ontário e ministro provincial do
Trabalho (2007 - 2008) e do Turismo e Lazer (2008 - 2010). Foi também atleta olímpico, tendo representado o Canadá nos Jogos Olímpicos
de Atlanta, nos Estados Unidos, em
1996. Natural de Lisboa, Alexandra Mendes, de 51 anos, foi a primeira mulher de origem portuguesa
a desempenhar funções como deputada federal no parlamento canadiano, entre 2008 a 2011. Foi
ainda presidente do Partido Liberal
do Canadá no Quebeque e dirigen-
te numa Organização Não Governamental (ONG). Os luso-canadianos
Mário Silva (2004 a 2011), Alexandra Mendes (2008 a 2011) e Keith
Martin (1993 a 2011) já exerceram
funções como deputados no parlamento de Otava, pelo Partido Liberal. No Canadá estima-se que existam mais de 550 mil portugueses e
luso-descendentes.
Açoriana foi nomeada conselheira da Reserva Federal dos EUA
A presidente e diretora executiva do East Cambridge Savings Bank,
a luso-americana Gilda Nogueira, foi
nomeada este mês conselheira da
Reserva Federal (Fed) dos Estados
Unidos. Entre 2016 e 2018, Gilda
Nogueira vai integrar o grupo de 12
especialistas que aconselha a Fed
em assuntos de bancos comunitários
e uniões de crédito, num organismo
chamado Conselho Consultivo sobre
Instituições Depositárias Comunitárias nacional (CDIAC, na sigla em
inglês). “Sentámo-nos à mesa com
banqueiros de todo o país. É muito
interessante, porque obtemos a perspectiva de Estados tão diferentes e de
tantos tipos de operações bancárias.
É uma oportunidade incrível”, explicou a portuguesa a ‘O Jornal’ de Fall
River. Gilda Nogueira nasceu na Ribeira Grande, em São Miguel, e partiu com os pais para os Estados Unidos da América quando tinha oito
anos. O banco que dirige tem ligações fortes à comunidade lusófona
da Nova Inglaterra, disponibilizando mesmo informação no seu site
em português e estando entre os patrocinadores das celebrações do Dia
de Portugal ou da Aliança de Falantes de Português de Massachusetts
(MAPS). Na entrevista a ‘O Jornal’,
disse que o seu percurso no país esteve sempre ligado ao East Cambridge Savings Bank. Começou ainda criança, acompanhando o pai nas
visitas ao banco, continuou quando
foi trabalhar na instituição em ‘part-time’ durante o ensino secundário
e foi-se desenvolvendo, depois de licenciada em Gestão na Universidade de Lesley, até se tornar presidente e diretora-executiva em 2012. Vai
representar instituições depositárias
comunitárias de Connecticut, Massachusetts, Maine, New Hampshire,
Rhode Island e Vermont. É ainda vice-presidente da Associação de Banqueiros de Massachusetts.
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p.16 PELO MUNDO
30 DE OUTUBRO DE 2015
Crónica da Argentina
A 7 de outubro de 1923, juntaram-se 41 lusitanos, motivados por dom José Guerreiro, para formar uma instituição que desse
amparo e proteção aos conterrâneos que chegassem a Comodoro Rivadavia e não tivessem família nem condições para atender
às suas necessidades vitais. Nascia assim, a Associação Portuguesa de Comodoro Rivadavia...
A associação portuguesa mais austral do mundo
celebrou 92 anos de vida
A Associação Portuguesa de
Comodoro Rivadavia, recordou o
dia da proclamação da República, na Praça de Portugal, onde se
ergue o monumento ao imigrante
português. Participaram autoridades da cidade em um público diverso. Os hinos argentino e portugués foram executados pela Banda
Exército e cantados tenor lusodescencente Luis Viegas, acompanhado pelo coro Les Miserables’.
O Presidente da Associação,
engenheiro Daniel Amado, referiu-se ao acontecimento histórico e
honrou a memória de Amália Rodrigues no 16º aniversario do seu
falecimento. Finalmente, recordou
o 92º aniversário da Associação
Portuguesa mais austral do mundo, fundada a 23 de outubro de
1923. No fim do discurso, fez-se
um minuto de silêncio acompanhado pelo toque de um clarim,
em memoria de Amália Rodrigues e dois membros da Associação já falecidos. O diretor de Cultura da municipalidade agradeceu
aos imigrantes o trabalho realizado em prol de Comodoro Rivadavia e entregou uma lembrança à
Associação. De seguida foram distinguidos com a Medalha de Mérito, três grandes colaboradores da
Associação Portuguesa: Alejandra
Allo Mendonça, Rodolfo Amado e
Sérgio Guerreiro.
A presença das bandeiras argentina e portuguesa, acompanhadas pelas bandeiras das 21 comunidades estrangeiras desta cidade,
der à atribuição das condecora-
ções, um enquadramento emotivo
e colorido. A homenagem foi concluída com a plantação de duas
giestas na Praça Portugal.
Comodoro Rivadavia é a cidade mais populosa da Patagónia Argentina. Caracteriza-se pela diversidade de imigrantes desde a sua
fundação, em 1901. O primeiro imigrante português chegou cá
naquele ano e na década de 1930
os portugueses eram a comunidade mais numerosa.
A 7 de outubro de 1923, juntaram-se 41 lusitanos, motivados
por dom José Guerreiro, para formar uma instituição que desse amparo e proteção aos conterrâneos
que chegassem a Comodoro Rivadavia e não tivessem família nem
condições para atender à saúde e a
outras necessidades vitais. Assim,
criou-se uma das primeiras associações mutuais da região. Hoje,
92 anos depois, continua a ser um
centro de assistência social e cultural para os portugueses e os seus
descendentes e uma referência importante na vida social da nossa
cidade.
As celebrações encerraram
com um jantar de aniversário que
foi muito concorrido. Destacou-se a presença de Violante Men-
des Martins, recentemente eleita
conselheira no Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), em
representação da Argentina. A senhora conselheira esteve acompanhada pelo conselheiro suplente,
José Joaquim Sampaio, e a representante da juventude, Ayelen de
Jesús Correia. Foram agradecer o
apoio que os votantes de Comodoro lhe deram de forma significativa.
O aspeto mais brilhante do jantar foi a atuação dos seis grupos
de dança portuguesa que constituem o Rancho Folclórico da Associação, desde os mais pequenos até aos adultos. Foram mais
de 70 dançarinos, que emocionaram o público com os bailes folclóricos lusitanos interpretados com
muita dedicação e amor e com o
colorido dos trajes típicos digno da
exaltação das raízes portuguesas.
De ano para ano vão-se transmitindo com muito anseio e vocação estas raízes e tradições, cumprindo
a vontade dos primeiros imigrantes que nunca esqueceram a longínqua Pátria que deixaram sem
querer.
VISITA DOS CONSELHEIROS
Maria Violante Mendes Martins, conselheira eleita, teve a gen-
MARTIN FABIAN D’OLIVEIRA
BUENOS AIRES
tileza de viajar desde Buenos Aires até Comodoro Rivadavia (dois
mil quilómetros de distância) para
assistir aos festejos do 92” aniversário da Associação Portuguesa daquela cidade. Chegou acompanhada por Joaquim Sampaio,
conselheiro suplente, e pela jovem
Ayelen de Jesús Correia.
Foram agradecer pessoalmente a quem lhes deu o seu apoio
por altura da eleição para o CCP.
Foram ainda convidados a participar no programa de rádio ‘Música
de Portugal’ que seemite pelo rádio
LU4 Patagónia Argentina.
O programa destina-se a divulgar a cultura, música e notícias
de Portugal, e fora criado por José
Maria Amado, a 10 de junho de
1982, sendo mantido no ar com
a colaboração de Maria Amado e
Raúl Martín.
Maria Violante Martins, Joaquim Sampaio e Ayelen de Jesús
Correia explicaram o programa que
a conselheira pretende cumprir no
CCP.
No domingo ao meio-dia realizou-se um almoço tertúlia, durante o qual falaram detalhadamente
sobre os objectivos a que se propõem cumprir, no período do exercício de seus cargos.
AUTOR PORTUGUÊS FARÁ A RESIDÊNCIA DURANTE ESTE OUTONO NOS EUA
Valter Hugo Mãe é escritor residente naUniversidade de Massachusetts Lowell
Valter Hugo Mãe será o escritor
residente do programa de português
da Universidade de Massachusetts
de Lowell, nos Estados Unidos, este
outono.
O autor de «A máquina de fazer espanhóis» e vencedor do prémio José Saramago estará ligado
ao Centro Pedroso-Saab para Estudos Portugueses e Culturais, da
Universidade de Massachusetts de
Lowell, numa residência feita com
o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. “Valter
Hugo Mãe fará palestras em parceria com o Centro Jack e Stella Ke-
rouac Center para as Humanidades,
o Departamento de Inglês, e o Departamento de Línguas do Mundo”,
e irá “visitar outras universidades da
Nova Inglaterra, incluindo a Universidade de Massachusetts de Boston”, explicou a instituição de ensino, em comunicado.
A universidade apresenta o autor português dizendo que “a sua
multifacetada carreira inclui muitos
livros e, além de ser o autor das letras para quatro álbuns da banda
pop portuguesa ‘Governo’, é ainda
um artista com trabalhos exibidos
em importantes galerias portugue-
sas, um crítico cultural, um colunista para dois grandes jornais portugueses e o apresentador de um
programa de televisão dedicado à
literatura e à cultura”.
Valter Hugo Mãe, 44 anos, é um
dos mais destacados autores portugueses da atualidade, com mais de
três dezenas de títulos publicados,
entre poesia, romance, literatura
para crianças e outras publicações.
Segundo a editora do escritor, a sua
obra está traduzida em várias línguas e tem particular acolhimento
em países como o Brasil, a Alemanha, Espanha, França ou Croácia.
Hugo Mãe sucede assim à escritora e jornalista Filipa Melo, que, no
ano passado, foi a primeira autora
escolhida para este programa. Entre
as atividades desenvolvidas por Filipa Melo, esteve, por exemplo, uma
palestra com o tema ‘Whitman e
Pessoa, Irmãos no Universo’.
A universidade de Massachusetts de Lowell está também a convidar uma série de professores,
durante três anos, para ajudar a
construir uma licenciatura em português. O programa teve início na
primavera de 2015, com Ana Valdez, investigadora do Centro de
História da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa, que está a
realizar um pós-doutoramento na
Universidade de Yale.
O novo programa de estudos
portugueses é apoiado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e o Centro Saab-Pedroso para os Estudos Portugueses
e Culturais, dirigido pelo professor
Frank F. Sousa. Foi estabelecido no
ano passado graças aos contributos
de Luís Pedroso e do casal Mark e
Elisia Saab, empresários de origem
portuguesa, que doaram cerca de
850 mil dólares para o projeto.
CULTURA
30 DE OUTUBRO DE 2015
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EDIÇÃO TERÁ 1500 EXEMPLARES
Nova aventura de Astérix lançada
também em mirandês
Apresentada a 22 de outubro em todo o mundo, a nova aventura de Astérix, tem edição de
1.500 exemplares traduzidos para língua mirandesa. Para o tradutor, José Pedro Ferreira,
esta edição especial “é uma coisa fantástica para uma língua de pequena abrangência social e confinada a uma região como é o mirandês”.
Tem por título «O Papiro de César» e tem
uma edição de 1.500 exemplares traduzidos
para língua mirandesa. A tradução das novas
aventuras do pequeno herói gaulês, esteve a
cargo do linguista José Pedro Ferreira e do
investigador e escritor Carlos Ferreira, disse
à Lusa fonte das edições Asa.
Para os tradutores, houve alguma liberdade na tradução, apenas não foi autorizado
a tradução do nome de algumas personagens
como, por exemplo, o próprio Astérix e o seu
leal amigo Obélix. “Há um aspeto muito importante neste trabalho que é tradução dos
nomes das personagens.
Do ponto de vista contratual, não foi permitido a tradução de alguns nomes de personagens (emblemáticas), mas, de outros temos a liberdade para a tradução, de forma
a tornar os nomes o mais fiel possível à língua (mirandesa)”, explicou Carlos Ferreira.
A Lusa, no entanto, teve acesso às traduções de algumas das novas personagens da
história: ‘Doublepolemix – Polemicaldrobix’,
‘L’écho de Condate - Boç de Cundate’, ‘Rézowifix – Redesinfilix’, ‘Ultradetentus – Haiportolhadus’, ‘Bonus Promoplus – Propagandus’, ‘Colporteur sans frontière - Almocrebe
sien frunteiras’.
No entanto, já havia algum trabalho feito
até porque os mesmos autores já tinham colaborado na tradução de outros dois álbuns.
“Esta edição é uma coisa fantástica para uma
língua de pequena abrangência social e confinada a uma região como é o mirandês”, frisou o tradutor à Lusa.
Por seu lado, o presidente da Câmara de
Maria Leal da Costa lança livro em Évora
Maria Leal da Costa lança no
dia 31 de outubro, em Évora, o livro «Maria Leal da Costa - Escultura». Depois de ter sido apresentado
no Porto, o livro é agora lançado no
Fórum Fundação Eugénio de Almeida, com apresentação a partir das
16 horas. A artista plástica refere-se
à criação das suas obras como “uma
procura constante de beleza, uma
ferida que me empurra para a busca
do infinito e do eterno que está dentro de mim. Percorrendo um caminho de felicidade”. Maria Ana Leal
da Costa, estudou na Escola de Belas Artes de Lisboa e expõe os seus
trabalhos desde 1994. Tem atelier
em Marvão, na Quinta do Barrieiro, Alentejo, onde vive e trabalha desde
1999 e onde está a desenvolver o seu projecto, ‘Alentejo sculpture park’.
As suas obras fazem parte de numerosas colecções públicas e privadas, em
Portugal, Bélgica, Espanha, China, Estados Unidos, Lituânia, Itália.
Gulbenkian de Paris distingue tradução
francesa de obra de António Lobo Antunes
A tradução francesa de «Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra
No Mar?», de António Lobo Antunes, foi distinguida, em Paris, com o Prix
Gulbenkian Books, da delegação francesa da Fundação Calouste Gulbenkian.
O júri decidiu distinguir Dominique Nedellec, o autor da tradução ‘Quels sont
ces chevaux qui jettent leur ombre sur la mer’, editada em 2014 pela Christian Bourgois éditeur, pelo “brio com que recriou em francês a prosa tão
densa e sinuosa de Lobo Antunes, a sobreposição de vozes, as palavras e os
pensamentos das suas personagens torturadas”, declarou Suzi Vieira, membro do júri. Dominique Nedellec, que acaba de entregar a sua quinta tradução de um livro de Lobo Antunes à sua editora, disse à Lusa que “traduzir
Lobo Antunes exige da parte do tradutor esquecer as referências de leitura
que cada um de nós tem para se introduzir no universo e na língua dele, porque ele está a escrever numa língua que não é a língua canónica, que não é
a língua normal”. Dominique Nedellec também já traduziu para francês várias obras de Gonçalo M. Tavares e de outros autores de língua portuguesa
como Alice Vieira, José Jorge Letria ou Ondjaki.
Miranda do Douro, Artur Nunes, disse que,
apesar de não ser reconhecida como língua
minoritária na Europa, por “irresponsabilidade” que atribui sobretudo ao poder central,
à política de diferentes governos, a publicação que agora foi apresentada reflete o reconhecimento cultural e riqueza linguística do
mirandês à escala mundial.
No passado, publicaram-se outros dois
títulos do Astérix em mirandês, designadamente, ‘Astérix, L Goulés’, com uma primeira edição datada de setembro de 2005, e
‘Astérix, L Galaton’, também como uma primeira edição de novembro de 2006. No total, venderam-se cerca de 13.000 exemplares destes dois títulos até à data. Segundo
indicou o editor de banda desenhada das edições Asa, Vítor Silva Mota, o Astérix é um ver-
dadeiro fenómeno editorial à escala planetária, e a editora quis “prestigiar” esta nova
aventura do herói gaulês com a edição nas
duas línguas oficiais de Portugal, o mirandês
e o português.
A ASA, editora oficial e exclusiva do Astérix em Portugal, disponibilizará uma edição
em português com 60 mil exemplares e outra
em mirandês com 1.500. O álbum foi lançado simultaneamente em todo o mundo, em
20 línguas, com uma tiragem total de quatro
milhões de exemplares.
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PAÍS - PAÍS
CARREGAL DO SAL
NORTE
Casa do Passal vai finalmente criar
museu Aristides Sousa Mendes
PORTO: Cerca de metade das casas vendidas
situam-se no centro histórico
O presidente da Câmara de
Carregal do Sal está a pedir às pessoas que sejam depositárias de peças que tenham pertencido ao cônsul Aristides de Sousa Mendes ou
que façam alusão à sua vida que
informem a autarquia.
Rogério Abrantes pede a essas
pessoas que informem a Câmara
“com a máxima brevidade possível”, para que essas peças “possam ser disponibilizadas e possam
contribuir para o enriquecimento”
do espaço museológico a criar na
Casa do Passal, em Cabanas de
Viriato.
Segundo o autarca, “a primeira fase da recuperação da Casa do
Passal traduziu um marco significativamente importante na homenagem ao cônsul Aristides de Sousa Mendes e ao seu ato heroico”
de, na sua ação diplomática, ter
salvado milhares de pessoas do
Holocausto.
Neste âmbito, Rogério Abrantes considera ser obrigação de todos “contribuir para que o ato do
cônsul Aristides de Sousa MenPUB
30 DE OUTUBRO DE 2015
des esteja sempre presente, seja
lembrado e se constitua num legado indelével para as gerações
vindouras”.
O autarca explica que, depois
da primeira fase das obras de recuperação da Casa do Passal, se
encontra a ser planeada a segunda fase do projeto, estando prevista a existência de um espaço museológico que abordará “a vida do
herói do concelho, de Portugal e do
mundo”.
A Casa do Passal pertenceu ao
cônsul Aristides de Sousa Mendes,
que, ao exercer o cargo diplomático
em Bordéus (França), passou vistos a milhares de refugiados que,
durante a II Guerra Mundial, tentavam escapar às perseguições nazis.
Depois de concluída uma primeira fase das obras, orçadas em
400 mil euros, há a garantia de
verbas do quadro comunitário até
2020 para a recuperação do seu
interior e a sua musealização.
Jorge Barreto Xavier explicou
que “o Governo decidiu, em articulação com o município de Carregal
Quase metade dos fogos vendidos no Porto entre abril de 2014 e março de 2015 localizavam-se no centro histórico, que é já a segunda zona
mais cara da cidade, segundo uma análise de mercado recentemente divulgada. No total, entre o segundo trimestre de 2014 e o primeiro trimestre de 2015 foram transacionados na Área Metropolitana do Porto um
total de 721 imóveis a um preço médio de 1.064 euros/metro quadrado, com o concelho do Porto a destacar-se com o preço médio de venda
mais alto da zona) e Matosinhos e Gaia a registarem preços médios de
venda de respetivamente.
MAIA: Programa de saúde escolar 2015/2016
erstá a chegar a mais de 10.000 jovens
do Sal”, deixar 800 mil euros alocados para o prosseguimento das
obras.
“Agora, o que é preciso é que a
Fundação Aristides de Sousa Mendes, que é privada, e as entidades
envolvidas se juntem e garantam
que a memória e o exemplo de Aristides de Sousa Mendes se projete a
nível local, regional, nacional e internacional”, frisou na altura.
Construída no século XIX e ampliada e remodelada nos anos 20
do século passado, a Casa do Passal foi classificada como Monumento Nacional em 2011, pelo
seu simbolismo.
A Câmara da Maia já assinou os protocolos que permitem a implementação do Programa Municipal de Saúde Escolar neste ano letivo, que
abrangerá cerca de 10 mil crianças e adolescentes.
Em comunicado, a autarquia salienta que este programa, que vai já
na 11.ª edição, “com sete projetos distintos” que abrangem várias áreas
da saúde, como a psicologia, a segurança alimentar, a educação ambiental e a cidadania. Este ano, o projeto aposta também na prevenção rodoviária, cujo objetivo é “consciencializar as crianças para a importância de
circular com cautela nas estradas, alertando-as para os inúmeros perigos
que por vezes passam desapercebidos”.
CENTRO
COIMBRA: Faculdade de Letras pode certificar
“Português como língua estrangeira”
A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) acaba de
ser classificada como “Local para a Aplicação e Promoção de Exames de
Português Língua Estrangeira” (LAPE), passando, assim, a integrar a rede
internacional de instituições que colaboram com o Centro de Avaliação e
de Certificação do Português Língua Estrangeira (CAPLE), Unidade Orgânica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).
“Dotada de autonomia científica, a CAPLE desenvolve a sua atividade nos domínios da avaliação e da certificação da proficiência linguística
de falantes que não têm o português como língua materna, bem como ao
nível da formação e da investigação relevante para estes domínios”, refere uma nota da FLUC.
NELAS: GNR deteve suspeitos de plantarem
canábis
A GNR anunciou em comunicado a detenção de um homem e uma
mulher, de 38 e 44 anos, respetivamente, por cultivo de plantas canábis,
em Nelas, onde residem.
Segundo a GNR, foram apreendidas 12 plantas e 92 sementes de canábis e um frasco de gás de defesa pessoal.
A detenção foi feita por militares do posto de Nelas, em colaboração
com o Núcleo de Investigação Criminal do destacamento de Mangualde.
SUL
BEJA: Hospital comemora 45 anos
A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) vai comemorar os 45 anos do Hospital José Joaquim Fernandes, de Beja, com várias
iniciativas, como uma homenagem aos trabalhadores. O Hospital José
Joaquim Fernandes, “um dos primeiros de uma nova geração de hospitais distritais”, foi criado por um decreto-lei de 1963 e inaugurado a 25
de outubro de 1970 pelo então presidente da República, Américo Thomaz. Para a construção e o equipamento do hospital, que custaram 80
mil euros (16 mil contos na moeda antiga), D. Carolina Almodôvar Fernandes doou ao Estado “bens avaliados em cerca de 14.000 contos” (70
mil euros), com a condição de a unidade de saúde ficar com o nome do
falecido marido, José Joaquim Fernandes, e de a obra ficar concluída em
três anos e meio.
MÉRTOLA: Encontro juntou 700 idosos
Cerca de 700 idosos de todas as localidades de Mértola participaram,
na passada semana na edição deste ano do Encontro de Reformados, Pensionistas e Idosos do concelho, promovido pelo município. Segundo a Câmara de Mértola, o encontro decorreu no pavilhão desportivo municipal
e incluiu um almoço, que será servido aos idosos por 40 colaboradores
da autarquia e 10 do Núcleo de Voluntariado de Mértola.
O almoço contou ainda com a animação musical do acordeonista José
Gonçalves e dos grupos Espigas do Alentejo e +2.
30 DE OUTUBRO DE 2015
Nº 05 - Outubro de 2015
Suplemento da edição de
30 de outubro de 2015 do
semanário «O Emigrante/
Mundo Português», com a
colaboração do Camões, I.P.
FILIPA SOARES COORDENADORA DO EPE EM ESPANHA E ANDORRA
RAINER SOUSA COORDENADOR DO EPE NA VENEZUELA
P. 20-21
Está a aumentar o interesse pelo
ensino e aprendizagem da Língua
Portuguesa
COM A PALAVRA, AS LEITORAS
P. 21
Aumentou o interesse em
aprender Português nestes
três países
ARGENTINA
URUGUAI
MÉXICO
Irma Gonzalez
Leitora em
Buenos Aires
Raquel Carinhas
Leitora em
Montevideu
Maribel Paradinha
Leitora na Cidade
do México
BOLSAS ATRIBUÍDA PELO CAMÕES, I.P.
P. 22
Alunas da Namíbia estão
em Portugal a estudar
Português
O Camões, I.P.
atribuiu bolsas
de estudo a três
estudantes da
Namíbia para
frequentarem
aulas de
português na
Faculdade de
Letras de Lisboa.
As bolsas têm
a duração de
quatro meses,
terminando em
janeiro de 2016.
UM LIVRO DE FIDELINO DE FIGUEIREDO
Filipa Soares está à frente do EPE em Espanha e Andorra, desde 2010, coordena uma rede de 10.612 alunos
e assegura que há um cada vez maior interesse na aprendizagem da Língua Portuguesa como segunda língua/
língua estrangeira. Rainer Sousa é, desde maio de 2013, o coordenador do EPE na Venezuela, onde há cerca
de 4500 estudantes de Português. Sublinha que o ensino, iniciado há várias décadas, tem um “enorme
potencial” para chegar a mais alunos e acredita que cada vez mais escolas vão querer ter professores que
ensinem o idioma.
JERÓNIMO PIZZARRO E ANA FILIPA PRATA: TEM CRESCIDO O NÚMERO DE ALUNOS NA UNIVERSIDADE DE LOS ANDES
Cátedra Fernando Pessoa
e Leitorado dinamizam
estudo do Português na
Colômbia
A Cátedra Fernando Pessoa desenvolve inúmeros projetos
e a coordená-la está Jerónimo Pizarro que defende
uma constante dinamização do Português. Algo que
o Leitorado de Língua Portuguesa também tem feito
desde a sua inauguração, em fevereiro desde ano, como
assegurou a leitora Ana Filipa Prata.
P. 20
Camões acolheu o
lançamento da reedição
de ‘Pyrene’
P. 22
Agenda de atividades do
Camões I.P.
P. 22
Polónia: Marco Ferreira
apresenta ‘Hu(r)mano em Lublin
República Checa: Mário
de Carvalho e Pedro Costa
participam no Festival do Filme
Documentário
Japão: Júlio Resende dá três
recitais em novembro
p.20
30 DE OUTUBRO DE 2015
FILIPA SOARES COORDENADORA DO EPE EM ESPANHA E ANDORRA
“Está a aumentar o interesse pelo ensino e aprendizagem do Po
Filipa Soares está à frente do EPE em Espanha e Andorra desde 2010 e coordena uma rede de 10.612 alunos - 5.467 no ensino básico e secundário e 5.145 no ensino s
1 leitor e 14 docentes ao abrigo de Protocolos de Cooperação. A estes alunos da rede EPE, juntam-se os que se inserem nas redes educativas autonómicas espanholas, e
universo de 25.895 alunos, divididos pelos vários níveis de ensino. “Há um maior interesse na aprendizagem da língua portuguesa como segunda língua/língua estrange
Tem crescido o interesse na aprendizagem do Português como língua segunda/língua estrangeira?
Em Espanha, 97% dos alunos que
frequentam o ensino da língua portuguesa são de origem espanhola. Em
Andorra, o programa de ensino destina-se fundamentalmente a alunos
portugueses ou de origem portuguesa, embora tenhamos vindo a implementar o ensino do Português como
língua estrangeira a nível universitário. Nestes últimos anos, temos constatado um maior interesse na aprendizagem do Português como segunda
língua/língua estrangeira.
Deixe-me fazer uma referência à importância que tem vindo a adquirir o
ensino do português como língua estrangeira para fins específicos e que
deu origem a Protocolos de Cooperação com empresas estatais espanholas. Convém salientar a importância
que o português tem vindo a assumir na esfera educativa e empresarial
espanhola como potencial língua de
trabalho num contexto internacional.
O que mudou no ensino do Português em Espanha e em Andorra?
Quando cheguei à Coordenação de
Ensino, o Português em Espanha
estava inserido no Departamento
de Apoio à Integração e Diversidade do Ministério de Educação, Cultura e Desporto espanhol. Hoje em
dia está integrado no departamento
de línguas estrangeiras e equiparado estatutariamente a outras línguas
como o inglês, o alemão, o francês
ou o italiano. É importante não esquecermos, nomeadamente no caso
espanhol onde a educação está na
esfera das comunidades autónomas,
compreender que os Memorandos de
Entendimento têm como objetivo pri-
mordial implementar e ou consolidar
políticas linguísticas que permitam o
ensino do Português como língua estrangeira de opção curricular, mas os
Memorandos são também uma forma, mediante uma ação política, de
enaltecermos e reconhecermos o valor da língua portuguesa.
No caso andorrano, deparamo-nos
com outro cenário. No Principado de
Andorra coexistem três sistemas educativos - o andorrano, o espanhol e o
francês - e o Português é ministrado
nos três sistemas, mas em regimes
de ensino distintos, integrado e paralelo. A nossa prioridade é a integração do ensino nos três sistemas, mas
reconhecemos que é um trabalho árduo. Ao longo destes anos, conseguimos integrar o ensino do Português
no sistema educativo francês, designadamente no Lycée Comte Foix. Por
outro lado, o Ministério de Educação
andorrano já integrou o português no
ensino secundário, no liceu La Margineda, sendo a docência assegurada pelo próprio Estado andorrano.
Assinámos um Protocolo de Cooperação com a Universidade de Andorra para fomentar o ensino da língua
portuguesa como língua estrangeira
e estamos gratamente surpreendidos
com os resultados obtidos.
Queremos ministrar um ensino de
qualidade e apostamos na certificação das aprendizagens como uma
mais-valia para a formação dos nossos alunos. Eles são o nosso futuro e
acreditamos que a projeção da imagem Portugal, passa primordialmente pela Educação. Falar com orgulho
da nossa língua, é falarmos da nossa
identidade enquanto indivíduos, mas
também enquanto Nação. (Queremos) continuar a trabalhar por um
ensino de qualidade, como há pou-
co referi. Estabelecer novas parcerias,
novos Memorandos de Entendimento com outras comunidades autónomas espanholas. Apostar ainda mais
na certificação e formação docente.
Têm sido desenvolvidos programas
que complementam o ensino?
Os professores têm participado ativamente em programas de fomento à
leitura, na organização de ações no
âmbito do Plano Nacional de Leitura
e participado em concusos de leitura. Na rede EPE Andorra temos vindo
a desenvolver projetos de intercâmbio
escolar e a organizar viagens de estudo com o intuito de promover a língua
e a cultura portuguesas e fomentar a
interculturalidade. No EPE Espanha
os nossos professores organizam clubes de leitura, visitas de estudos e
criam blogues interativos entre alunos espanhóis e portugueses.
RAINER SOUSA COORDENADOR DO EPE NA VENEZUELA
“Cada vez mais (na Venezuela) vão querer professores que ens
Rainer Sousa é, desde maio de 2013, o coordenador do EPE na Venezuela, país onde há cerca de 4500 estudantes de Português, entre as variantes europeia e brasileira, e 95 pro
ensino de Português, iniciado há várias décadas, tem um “enorme potencial” para chegar a mais alunos e defende que cada vez mais escolas vão querer ter professores que ensine
Onde é ensinado o Português?
O português ainda não está inserido nos programas oficiais do Ministério de Educação venezuelano embora as autoridades venezuelanas já
tenham assomado a possibilidade de
o vir a fazer. Todos os que aprendem
Português, fazem-no em instituições
relacionadas com a comunidade portuguesa ou em escolas que disponibilizaram a aprendizagem em cursos
“extracurriculares”. Há também universidades envolvidas nesta tarefa. O
Camões, I.P. possui um Protocolo de
Cooperação com a Universidade Central da Venezuela (UCV), a mais antiga do país e uma das mais prestigiosas. Ali funciona um Departamento
de Língua Portuguesa, encarregue de
formar jovens venezuelanos na área
da tradução e da investigação. Contamos também com a Dra. Sofia Saraiva, responsável pelo funcionamento
de um Centro de Língua. Alguns dos
professores venezuelanos que ensinam na UCV foram bolseiros em uni-
versidades portuguesas.
Gostava ainda de mencionar a
existência de outra universidade pública venezuelana, responsável por
formar professores em variadíssimas
áreas, que já comunicou à Embaixada de Portugal aqui em Caracas e à
Coordenação de Ensino toda a disponibilidade em abrir no próximo ano
letivo (2016/2017) um curso exclusivamente para a formação de professores de Português. O Camões, I.P.
mostrou-se receptivo a este projeto,
que terá um impacto na difusão da
nossa língua neste país.
Tem crescido o interesse na aprendizagem como língua estrangeira?
Cada vez há mais venezuelanos
interessados em aprender Português.
A proximidade do Brasil, a entrada da
Venezuela no Mercosul e as oportunidades que daí advêm, em termos de
oportunidades de emprego, fazem da
Língua Portuguesa uma mais valia.
O facto de existirem portugueses
na Venezuela, faz com que muitos venezuelanos sintam atração pela cultura portuguesa. Prova disso são as
festas portuguesas, sobretudo as de
cariz religioso, que têm na Venezuela
muitos fervorosos seguidores.
O que mudou no ensino do Português na Venezuela nos últimos anos?
O ensino iniciou-se há várias décadas desde que começaram a chegar imigrantes. Tudo começou nos
anos 60 quando surgiram alguns colégios portugueses, destinados à educação dos luso-venezuelanos. Logo
com a entrada de Portugal na outrora
CEE, o nosso país tornou-se atrativo
quer para os antigos imigrantes quer
para os seus descendentes. Conhecer e falar Português torna-se assim
numa obrigação se existe a intenção
de continuar estudos ou de arranjar
um emprego em Portugal.
Quando cheguei à Coordenação,
e com a ajuda do Instituto Camões,
foi organizada a primeira tempora-
da de certificação de conhecimentos
de Língua Portuguesa e isso motivou
bastante os alunos mais jovens. Também fortalecemos os mecanismos de
certificação. Assim, na atualidade, os
estudantes de Português sabem que
contam com exames oficiais, reconhecidos fora da Venezuela.
Houve também a necessidade de
começar a conferir uma espécie de
“identidade” a todos aqueles que ensinam Português neste país. Decidi
contatar os professores, indagar onde
trabalhavam, quem eram e como faziam para ensinar e quais eram os
seus maiores desafios. Logo veio a
ideia de organizar encontros anuais
de professores de Português. Neste ponto, a editora LIDEL disponibilizou-se a ajudar a Cepe-Venezuela. Surgiu assim o Primeiro Encontro
(em 2014) onde esteve presente o
Dr. Paulo Feytor Pinto (especialista
em Ensino de Português a falantes
de Espanhol) e neste ano realizámos
o Segundo Encontro com a visita do
Dr. Ricardo Salomão (especialista em
Política de Língua). No entanto, metas há muitas. A prioridade é estarmos cada vez mais organizados para
que algum dia possamos ver o Português como parte do Currículo Oficial de Ensino do Estado Venezuelano. Mais cedo ou mais tarde, isso será
uma realidade.
Têm sido desenvolvidos programas
que complementam o ensino?
Um dos projetos que temos
apoiado foi a recente criação da Associação Venezuelana para o Ensino da Língua Portuguesa. Foi preciso criar uma entidade venezuelana
que tivesse como objetivo primordial
ajudar a difundir o nosso idioma e a
coordenar esforços junto da Cepe-Venezuela. Para além deste aspecto,
existe a urgência de continuar a dar
formação aos professores que já temos. Ao longo do ano passado e deste
ano também temos tido outras iniciativas mais dirigidas aos estudantes. É
JERÓNIMO PIZZARRO E ANA FILIPA PRATA REVELAM QUE TEM CRESCIDO O NÚMERO DE ALUNOS NA UNIVERSIDADE DE LOS ANDES
Cátedra Fernando Pessoa e leitorado dinamizam estudo do Português na Colômbia
Criada em 2011, na Universidade de Los Andes, Bogotá, a Cátedra
Fernando Pessoa dinamiza inúmeros
projetos. “Estamos, por exemplo, a
apoiar - com o apoio do Camões e da
DGLAB - a tradução de diversos autores lusófonos para o espanhol, estamos a convidar, em parceria com alguns festivais literários, alguns desses
autores a visitar a Colômbia, e estamos a impulsionar linhas de investigação interdisciplinárias, como a que
este ano possibilita a realização de
uma importante conferência internacional, junto da Faculdade de Arquitectura, sobre «Paisagens Urbanas na
Literatura Portuguesa»”, revela Jerónimo Pizarro, responsável pela cátedra. Um desses projectos tem como
parceiro o Centro de Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa e centra-se no teatro modernista. Jerónimo Pizarro revela ainda ter “o sonho”
de realizar residências artísticas que
permitam leccionar seminários sobre
autores lusófonos, os quais “passariam algumas semanas em Bogotá a
escrever e participariam de um número pré-estabelecido de aulas sobre as suas obras”. Jerónimo Pizzaro, para quem assumir o ‘comando’
da Cátedra “foi uma resolução de
coerência” porque até “já sonhava
em português”, defende uma constante dinamização do Português que
passará, entre outros aspectos, pelo
aumento dos intercâmbios universitários e profissionais. “Quando um
leitor em Medellín disse, num auditório, que tinha comprado 20 livros
de Afonso Cruz para oferecer aos seus
amigos e outro, em Bogota, (disse)
que tinha comprado 20 livros de Valter Hugo Mãe para oferecer aos seus,
eu fico a pensar porque Portugal não
pensa em grande e procura ter, para
além de grandes centros comerciais,
grandes centros culturais aquém e
além-fronteiras”, interroga o responsável, defendendo que o ensino do
Português a nível universitário “depende de termos alunos motivados já há muitos e serão muitos mais e de multiplicarmos os intercâmbios
universitários e profissionais”.
Chegar a cada vez mais estudantes interessados no Português é também a missão do Leitorado de Língua e Cultura Portuguesa inaugurado
na mesma universidade em feverei-
p.21
30 DE OUTUBRO DE 2015
COM A PALAVRA...
ortuguês”
superior - assegurada por 25 professores no ensino básico e secundário,
e ao todo, em Espanha e Andorra, a Língua Portuguesa é ensinada a um
eira”, congratula-se Filipa Soares.
Que caminho há ainda a percorrer?
Em Andorra, queremos alargar a
rede, chegar a mais alunos. Estamos muito felizes com os resultados no último exame de certificação
das aprendizagens, com 100% de
aprovados.
Em Espanha, queremos alargar
ainda mais o ensino a outras comunidades autónomas, iniciar o
processo de certificação das aprendizagens, desenvolver mais programas de formação docente em
parceria com os organismos autonómicos e fomentar o intercâmbio
escolar a outras regiões espanholas
não fronteiriças.
Que alcance poderá ter o ensino do
Português nestes países?
Comunidades autónomas como a
andaluza, a extremenha ou galega
estão a investir no ensino do Por-
ofessores. Sublinha que o
em este idioma.
ro deste ano, e coordenado por Ana
Filipa Prata. “O objetivo principal foi
o de responder a uma necessidade
cada vez maior de chegar a mais estudantes interessados no português e
em aprender mais sobre as literaturas e culturas lusófonas. O interesse
por Portugal e pela cultura portuguesa tem sido cada vez maior”, explica
a leitora, que leciona Língua e Literatura Portuguesa no Departamento
de Humanidades e Literatura da Universidade de los Andes. esta universidade, o Português é ministrado por
seis professores de Língua e três de
Literatura, a cerca de 300 estudan-
ARGENTINA
Leitora do
Camões I.P. em
Buenos Aires
sinem Português”
o caso do Concurso ‘10 de
junho’, o Concurso ‘Postal
de Natal’, ambos direcionados aos jovens. Este ano, no
mês de novembro, vamos
lançar o concurso ‘Conto de
Natal’ para os mais crescidos. Em 2015 a Cepe-Venezuela tem tido uma aproximação muito proveitosa com a parte
brasileira, representada basicamente
através do Instituto Cultural Brasil-Venezuela em Caracas. Em conjunto temos organizado ações de formação e
eles têm participado nos nossos eventos com entusiasmo. O apoio da LIDEl e da Porto Editora foram fundamentais para outros projetos. A nossa
participação na Feira Internacional do
Livro da Venezuela no mês de março é prova disso. A recente doação,
por parte do Camões, de livros escolares a instituições luso-venezuelanas,
assim como de bibliotecas atualizadas, foi uma grande ajuda para muitos estudantes.
Tem aumentado consideravelmente o interesse em
aprender Português
Irma Gonzalez
tuguês. Existe também interesse no
ensino no âmbito empresarial, potenciando-se o valor económico do
Português como ferramenta de trabalho imprescindível num mundo
global, na senda da economia do
conhecimento, da competitividade
e inovação.
Que caminho há ainda a percorrer?
A formação académica de futuros professores é essencial para a promoção do Português e isso só poderá
ser alcançado a médio e longo prazo.
Que alcance poderá ter o Português?
Cada vez mais escolas vão querer ter professores que ensinem o idioma. A população venezuelana é muito jovem, o potencial é sem dúvida
enorme. Haverá duas línguas de vital importância: o Inglês, por razões
óbvias, e o Português, por pertencer
ao Mercosul e pelos laços de amizade e cooperação que unem este país
com Portugal.
tes, um número que “tem crescido,
efetivamente, nos últimos anos” e integra alunos “dos mais variados cursos da universidade, desde administração a engenharia química”, como
revela Ana Prata. Para este crescimento, muito contribuem projetos
como o curso de Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa implementado este semestre, e o colóquio
‘Paisagens urbanas na literatura portuguesa’, organizado este mês em colaboração com a Cátedra Fernando
Pessoa, o Departamento de Humanidades e Literatura e o Departamento
de Arquitetura da universidade.
As Leitoras
Desde muito cedo, Irma Gonzalez sabia que queria falar e escrever Português, fruto de um “fascínio
irreflectido pela língua e literatura”.
Licenciou-se em língua Portuguesa,
veio para Portugal como bolseira do
Camões, IP e começou a leccionar.
Mas acabou por desafiar os seus limites e concorreu a um lugar de Leitor do Camões, o que a fez regressar
a Buenos Aires.
É leitora de Língua Portuguesa
no IES em Línguas Vivas Juan Ramón Fernández, instituto que disponibiliza dois cursos superiores que
formam ‘Professores em Português’
(com 141 alunos) e ‘Tradutores em
Português’ (94 alunos), para além
de cursos livres à comunidade, divididos por quatro níveis (actualmente com 94 alunos). Há 68 professores no curso de ‘Professor’ e 23 no
de ‘Tradutor’.
Irma Gonzalez assume como
maior desafia na Argentina, conseguir avançar “para uma visão da
Língua Portuguesa como sendo um
poderoso laço entre os povos dos
vários países que a falam e que a
sentem como sua”. Para tal, o Leitorado alargou a sua área de ação a
outras instituições e aos vários níveis
de ensino de Português na Argentina - básico, secundário, superior e
formação para adultos. O Leitorado integra o Instituto Los Ángeles,
que forma crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais e tem o Português como Língua Estrangeira 1. Trabalha com o
Centro de Formação Profissional nº
23 da Asociación del Magisterio de
Enseñanza Técnica, oferecendo três
níveis de PLE (Português Língua Estrangeira) e com a Escuela Normal
Superior en Lenguas Vivas “Sofía E.
B. de Spangenberg”, com a mesma
oferta formativa ‘Professor e Tradutor em Português’. E ainda com a
UNER-Universidade de Entre Rios,
que possui uma ‘Licenciatura em
Português’ e mais de 50 alunos a
frequentar o curso.
“Criámos uma página web www.
clpcamoes.com.ar para divulgação e
apresentação do nosso projeto e estamos a preparar um curso de apoio
aos exames do CAPLE, para os candidatos que pretendem certificação
de conhecimentos e obtenção de
nacionalidade portuguesa”, revela a
Leitora que acredita num gradual aumento do interesse pela aprendizagem do Português a nível universitário. Um crescimento natural, tendo
em conta que a partir de 2009 “com
a progressiva recuperação da economia, a importância da Língua Portuguesa foi de tal ordem que o poder
político produziu legislação destinada a promover o ensino da LP nas
escolas básicas e secundárias”, explica Irma Gonzalez.
URUGUAI
Raquel Carinhas
Leitora do
Camões I.P. em
Montevideu
Há quase nove anos no Uruguai,
Raquel Carinhas é a leitora de Língua
Portuguesa na Universidade da República, em Montevidéu, cargo a que
concorreu porque sempre se sentiu
motivada a aulas de português para
estrangeiros. Coordena um leitorado
que, só na Faculdade de Humanidades e Ciências da Educação (FHCE),
conta com 567 alunos a estudarem
português e inscritos noutras disciplinas de estudos portugueses. Número que não inclui os alunos de português da Faculdade de Psicologia, da
Faculdade de Comunicação e do Traductorado que depende da Faculdade de Direito. Quando chegou, uma
das prioridades foram os cursos de
atualização de professores de PLE, já
que o Português, “só no ensino público, é a primeira língua estrangeira de
opção lecionada nos Centro de Línguas Estrangeiras, onde os alunos,
em regime extracurricular, frequentam aulas de alemão, francês, italiano e português”, revelou.
Têm sido muitos os projetos dinamizados pelo Leitorado. “Durante
três anos consecutivos, foram organizados mais de dez cursos de capacitação de professores em diferentes
ramos dos estudos portugueses” e a
partir de 2012, começou a formação
contínua de professores, diretamente com a Administração Nacional
da Educação Pública e, especificamente, com o programa de Centro
de Línguas Estrangeiras que coordena o ensino do português no básico
e secundário.
No plano cultural, entre outras
acções, co-organizou em 2010 as
‘Jornadas de Homenagem a José
Saramago’, que incluíram um congresso na faculdade, cursos abertos
ao público em geral, sessões de cinema, mesas redondas e recitais
de música. Este ano, tem colaborado com vários projetos. Em novembro será exposta no Centro de Formação da Cooperação Espanhola a
mostra de João Vilhena, ‘Lanzarote a Janela de Saramago’ e, para finalizar o ano, Mário Laginha regressará
pela terceira vez ao Uruguai encerrando a edição do Festival de Jazz de
Montevideu. Em 2016, as atividades
culturais iniciam-se com uma intervenção do artista plástico Alexandre
Farto (Vhils) num edifício do porto da
estância balnear de Punta del Este.
São iniciativas que se destinam
a um leque cada vez maior de estudantes de Português. “Todos os anos,
há muitos alunos que querem aprender português e as aulas encontram-se sobrelotadas. Vários estudantes da Universidade, sejam de que
licenciatura forem, procuram ampliar os seus conhecimentos em relação à língua portuguesa e ao mundo lusófono”, congratula-se Raquel
Carinhas.
MÉXICO
Maribel
Paradinha
Leitora do Camões
I.P. na Cidade
do México
Maribel Paradinha é luso-venezuelana e desde Setembro de 2006
está responsável pelo Leitora de Português na Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), país que
a nível pessoal a fascinava desde a
infância e a nível profissional era um
desafio ambicioso, por ter uma “grande repercussão no resto da América
Latina” e porque “a Universidade Nacional Autónoma do México é uma
das maiores e mais prestigiadas destas latitudes”, esclareceu. O Leitorado coordena no actual semestre,
2.264 alunos inscritos em Português e 45 docentes, repartidos pelos
seis polos da UNAM. Quando chegou
“tudo parecia por fazer”. “Não havia
programas de estudo, nem ideias
concertadas sobre o ensino da Língua Portuguesa. Por iniciativa do Embaixador Francisco Falcão Machado,
o Ministro da Educação disse em reunião que o Português poderia fazer
parte de um projeto-piloto de ensino
de outras línguas a nível secundário
em 13 escolas da capital, se pudéssemos indicar-lhe professores com o
grau de licenciatura em Português”,
recordou. Tornou-se-lhe evidente que
a primeira coisa a fazer seria criar a licenciatura, um desafio o Camões, I.P.
e o Embaixador Francisco Falcão Machado acolheram com entusiasmo”.
Os primeiros projetos que o leitorado criou foram de encontro das
necessidades educativas da altura.
Os professores conceberam um jogo
de mesa com 3200 perguntas sobre os países de língua portuguesa
a que chamaram ‘Argonautas’ - com
perguntas sobre a língua, a artes e
letras, a história e geografia, usos e
costumes e desporto, tecnologia e lazer, que foi desenvolvido com o apoio
da LIDEL e já publicado. Criaram um
jogo para a apresentação, que espera
publicação, e estão em curso uma enciclopédia virtual sobre a cultura portuguesa, um dicionário de expressões
idiomáticas e uma antologia de contos africanos de língua portuguesa.
Foram oferecidos cursos sobre literatura portuguesa ministrados no
âmbito da Cátedra Extraordinária
José Saramago e cursos de atualização de professores. Mas o grande projeto foi a Licenciatura em Línguas e
Literaturas Modernas (Letras Portuguesas), na Faculdade de Filosofia e
Letras, que teve início em agosto de
2010, e vai permitir formar investigadores, tradutores e professores “e ter
pessoas academicamente capacitadas para se desenvolverem profissionalmente nestas três áreas”. E se em
2007 havia 1414 alunos na UNAM,
em 2015 já eram 2.264, havendo
ainda outras instituições que oferecem aulas de Português. “Estima-se
que há cerca de 5000 alunos de Português no ensino superior e escolas
privadas em todo o país”, revela.
p.22
30 DE OUTUBRO DE 2015
COM BOLSAS ATRIBUÍDAS PELO ICAMÕES, I.P.
AGENDA
DE ATIVIDADES
POLÓNIA
Marco Ferreira apresenta
‘Hu(r)mano em Lublin
Marco da Silva Ferreira participa no 19.º
Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lublin, Polónia. O bailarino e coreógrafo leva àquele festival, entre 17 e 21 de
novembro, o espetáculo ‘Hu(r)mano’.
Mais informações sobre o espetáculo estão disponíveis em http://pensamento-avulso.jimdo.com/marco-da-silva-ferreira/cria%C3%A7%C3%B5es-works/
hu-r-mano-2014/
REPÚBLICA CHECA
Mário de Carvalho e Pedro
Costa participam no Festival
do Filme Documentário
A XIX edição do Festival do Filme Documentário de Jihlava, República Checa, contará com a participação do produtor português Mário Gajo de Carvalho, que irá receber
o prestigiado prémio ‘Emerging producer
Award’, e com a presença do realizador Pedro Costa, que dirigirá uma masterclass na
cidade de Jihlava.
O Festival terá lugar entre 27 de outubro
e 1 de novembro, naquela cidade da República Checa, sendo um evento incontornável
na indústria cinematográfica internacional do
documentário. Este ano apresenta ao público 18 novos produtores de entre os quais
se destacam Antra Gaile, da Letónia, Caroline Kirberg, da Alemanha, Erik Flodstrand,
da Suécia ou Madeline Robert, de França.
Manoel de Oliveira, que em 2006 recebeu
o Prémio Carreira do Festival, descreveu o
certame de Jihlava como a “Meca do Filme
Documentário”.
O Festival do Filme Documentário de Jihlava reúne anualmente mais de 250 filmes,
37000 espectadores, 3500 convidados
acreditados e 700 profissionais do cinema.
O Camões, I.P. apoia a presença do cinema português neste festival de referência.
JAPÃO
Júlio Resende dá três
recitais em novembro
Júlio Resende vai deslocar-se ao Japão
no próximo mês de Novembro, para três recitais que darão a conhecer ao público japonês o seu original trabalho.
O músico, pianista e compositor português tem formação em música clássica, fez
uma incursão pelo Jazz e chegou mais recentemente ao Fado. Este percurso permite-lhe
protagonizar uma interessante fusão de géneros musicais, que proporciona, através do
piano, uma nova abordagem a esta música
tradicional portuguesa.
O seu trabalho ‘Amália por Júlio Resende’ foi unanimemente aclamado pela crítica
e enaltecido pela CLASSICA, prestigiada revista francesa que classifica os melhores músicos e instrumentistas do mundo. A deslocação de Júlio Resende ao Japão conta com
o apoio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal no Japão.
Três universitárias da Namíbia estão
em Portugal a estudar português
O Camões, I.P. atribuiu bolsas de estudo
a três estudantes da Namíbia para frequentarem aulas de português na Faculdade de
Letras de Lisboa. As bolsas têm a duração
de quatro meses, terminando em janeiro de
2016. Angelina Costa, coordenadora do ensino de português na Namíbia falou sobre a
natureza das bolsas atribuídas.
O que são estas bolsas?
As bolsas de língua portuguesa são cursos
de português de língua estrangeira em Portugal que permitem uma consolidação dos conhecimentos previamente adquiridos em situação de imersão na língua. Têm a duração
de 4 ou 8 meses (conforme os anos e as necessidades) e destinam-se aos alunos da Faculdade de educação da universidade da Namíbia, que escolham ser futuros professores
de português naquele país.
Os potenciais bolseiros são identificados
pelos leitores da secção de língua portuguesa
no primeiro ano da universidade e durante 4
anos estes alunos frequentam aulas de língua
e cultura portuguesas. No final do curso, dependendo das bolsas disponíveis (3, 4 ou 5)
os alunos são selecionados tendo em conta
uma série de critérios, nomeadamente avaliação, perfil adequado e motivação para ensinar
a língua, entre outros. Estas bolsas existem
desde 2012, ano em que a língua portuguesa
foi introduzida no currículo namibiano como
disciplina de opção curricular”.
Qual é o objetivo?
O objetivo destas bolsas é formar futuros
professores de português. Esta necessidade
surge no âmbito do Memorando de Entendimento assinado em novembro de 2011 entre
o governo namibiano e português. Com a assinatura deste Memorando a língua portuguesa
é considerada uma língua de opção curricular
no currículo escolar namibiano. Desde a sua
implementação em 2012 até à data, temos
22 escolas por todo o país que oferecem português como disciplina de opção curricular.
Que apoios tem a coordenação do ensino
para a sua atribuição?
Para a atribuição destas bolsas contamos
com o apoio do Camões, IP. Instituto da Cooperação e da Língua.
de de compreender também a cultura de Portugal, perceber o país de onde é originária”,
acrescenta, enfatizando que esta bolsa “é na
verdade um curso intensivo de Português”.
JUSTINA SHEEKELENI
O INTERESSE PELO PORTUGUÊS
NASCEU NO SECUNDÁRIO
Aos 25 anos, Justina está no terceiro ano
de Língua Portuguesa na Faculdade de Educação da Universidade da Namíbia. O Português
foi uma das línguas estrangeiras que estudou
na escola secundária e o interesse que lhe
despertou levou-a a querer ser professora de
Português no ensino secundário, no seu país
natal. Mas era preciso “estudar mais, saber
mais, para poder dar aulas”, e por isso decidiu
estudar a língua de Camões na universidade.
“O Português é muito diferente do inglês,
e um pouco mais difícil, porque a gramática
é mais complexa. Mas é uma língua bonita
e muito interessante. E queremos introduzir
cada vez mais essa língua no país”, revelou
a estudante. Justina Sheekeleni revela que a
atrai mais o português falado em Portugal,
que tem “uma fonética mais fácil de se perceber” e confessa que há palavras e expressões
de que gosta particularmente. “Por exemplo,
acho muita graça a dizerem ‘bocadinho’, ‘obrigadinho’, expressões bem típicas de Portugal.
Sobre a bolsa de estudo que está a frequentar, diz que é uma grande oportunidade de aprender Português fora da Namíbia e
de poder vir estudá-la no seu país de origem.
Algo que eu não teria condições financeiras
para fazer.
“Além disso, está a dar-me a oportunida-
PERPERTUAL SEVERUS
O DESEJO DE ENSINAR PORTUGUÊS
Tem 30 anos e é professora de inglês já
há cinco anos tendo-se formado em educação na UNAM da Namíbia. Para esta bolseira, aprender línguas é quase uma necessidade pessoal. “Sou muito social e gosto muito de
falar línguas e aprender sobre diferentes culturas, usos e costumes”, confessa.
O Português entrou na sua vida porque deseja ensinar esta que é uma língua cada vez
mais importante na Namíbia, devido à proximidade com Angola.
“Já estive em Portugal há dois anos atrás
e gostei muito. Agora vou estar apenas mais
uma semana o que é pouco tempo, mas também vou fazer apenas umas revisões”, diz com
um sorriso de quem considera que a Língua
Portuguesa vai ser muito importante no futuro na Namíbia a par do alemão e do francês
MERCIA KANDUKIRA
SONORIDADE DA LÍNGUA SEDUZIU-A
Vive na Namíbia em Walvis Bay, tem 26
anos e é professora de inglês. Conta que foi a
sonoridade da língua de Camões que a motivou para a aprendizagem. “Formei-me em Inglês e Biologia e estou a dar aulas. O desejo de aprender Português surgiu por causa do
som da língua. Já na Escola Secundária tinha
colegas angolanos que falavam entre si, e o
som encantava-me. Fiquei sempre com muita curiosidade”, revela.
Também ela acha que o Português como
língua tem bastante futuro na região, muito
por causa dos angolanos que vivem e trabalham na Namíbia. Daí ter decidido aprender
o idioma de Camões.
“Foi no terceiro ano da universidade, tirei
o curso básico de Português ao longo de seis
meses e foi um professor de lá que me falou
das bolsas do Instituto Camões, em 2010.
Quando cá cheguei não me limitava apenas
às aulas, andava sempre na rua comunicando com as pessoas e isso ajudou-me muito,
porque apenas a escola nunca é suficiente”,
conclui.
AUTOR FOI O INTRODUTOR DOS ESTUDOS DE LITERATURA COMPARADA EM PORTUGAL E NO BRASIL
Camões, IP acolheu o lançamento da reedição da obra ‘Pyrene’ de Fidelino de Figueiredo
O Camões, IP acolheu no dia 14 deste mês,
a apresentação da reedição do livro ‘Pyrene, de
Fidelino de Figueiredo. Reúne as anotações de
um curso ministrado por Fidelino de Figueiredo em 1931, nos Estados Unidos da América,
e que foram quatro anos depois, compiladas
nesta obra, que traz na sua génese, uma comparação da literatura portuguesa com a literatura espanhola. “Nele estão as bases de literatura comparada que Fidelino de Figueiredo levou
para Portugal e para o Brasil. Todos os especialistas o reconhecem como o introdutor dos estudos da literatura comparada nos dois países, e
isso justifica a reedição da obra ‘Pyrene’, explica
Rita Aparecida Santos, responsável pela Cátedra Fidelino Figueiredo do Camões, I.P. na Universidade do Estado da Bahia, Brasil, à margem
da apresentação do livro. Esgotada nas livrarias
desde há muitos anos, a obra foi agora reeditada pela Cátedra Fidelino Figueiredo.
Tendo-se afastado do ambiente intelectual
português por razões políticas, Fidelino de Figueiredo (1888-1967) leccionou em Espanha,
Estados Unidos e Brasil. “Foi o primeiro professor de Literatura Portuguesa no Brasil, formou
muitas gerações de estudiosos e criou aquilo
que ex-alunos e discípulos consideram uma
‘geração fideliniana’, lembra Rita Santos, sublinhando que as sucessivas gerações que estudaram a literatura comparada no Brasil, “estão
de alguma maneira, ligadas a tudo o que Fidelino de Figueiredo implementou no Brasil no que
toca à literatura e à cultura portuguesa”.
“Se considerarmos que o trabalho que ele
implementou no Brasil no início dos anos 40 (do
século XX) e que frutificou nas várias gerações
de professores de Literatura Portuguesa que se
foram formando, então sim, estamos todos ligados a essa ‘raiz’”, assegura.
CAMÕES, I.P.
Avenida da Liberdade, nº 270
1250-149 Lisboa
Tel. 351 213 109 100
Fax 351 213 143 987
www.instituto-camões.pt
Presidente: Ana Paula Laborinho
ENTREVISTA
30 DE OUTUBRO DE 2015
p.23
MARIA ROSA GRANADO DE ALMEIDA
Assinante centenária com 107 anos renova a
assinatura do jornal por mais 5 anos
Maria Rosa Granado de Almeida nasceu em 1908 e tem atualmente 107 anos. Filha de Ricardo Augusto Granado e Laura de Oliveira
Granado, Maria Rosa é a assinante com mais idade do jornal Mundo Português e espera continuar a sê-lo pelo menos até 2020, altura
em que terá de renovar novamente a assinatura do seu semanário favorito.
Maria Rosa ainda consegue ler
muito bem todas as páginas do jornal, escreve, assina e usa o telemóvel diariamente sem o auxílio de óculos. Anda livremente sem qualquer
apoio, mas claro, sem pressas, nem
correrias.
A nossa assinante é uma autêntica máquina de calcular que ainda
consegue fazer contas de multiplicar
sem qualquer apoio, bem como dizer
a tabuada de cima a baixo sem errar
e, como se não bastasse, tem uma
notável capacidade para o cálculo e
faz contas de cabeça, conseguindo
fácil e rapidamente dizer quanto são
5x7, 9x4 ou 8x6 como muitos jovens
não conseguiriam, com um raciocínio
rápido e assertivo.
Ao jornal Mundo Português, Maria Rosa falou um pouco do seu passado e daqueles que a acompanharam ao longo da sua vida. Fizemos
uma viagem no tempo, onde nos explicou como o seu pai, Ricardo Augusto Granado, deixou a sua terra, Almendra, em Vila Nova de Foz Côa,
com apenas 11 anos de idade para vir
trabalhar para Lisboa, mais concretamente na antiga Afonso Viana, onde
ajudou a implantar as manteigas da
empresa no mercado. Mais tarde,
veio a formar a Sociedade Vilarinho
& Ricardo sediada na Rua da Prata,
a mesma rua onde guarda na recordação o número 227, onde habitava.
A sociedade tinha vários armazéns, fábricas e uma torrefação, perto
de Campo de Ourique. Infelizmente,
mais tarde, o seu pai viria a adoecer durante dois anos e acabaria por
morrer. Deixou a sociedade ao seu sócio, Sr. Vilarinho, que criou juntamente com novos associados aquele que
seria um dos cafés mais conhecidos
e populares de Lisboa na sua altura, o Café Chave D’Ouro, inaugurado em 1916, no local de uma antiga casa de ferragens com o mesmo
Maria Rosa tem 107 anos e não perde uma página do “Mundo Português”
nome, no Rossio. Ocupava um edifício inteiro onde funcionavam restaurante, café, salão de chá, tabacaria,
barbearia e era o café com mais mesas de bilhar da capital. A entrada
principal apresentava, sobre a porta,
uma escultura de pedra de lioz, representando um anjo de asas abertas, imagem de marca do café que
mais tarde seria substituída por uma
mais modernista.
Maria Rosa Granado de Almeida orgulha-se em dizer que lê semanalmente o jornal Mundo Português,
sem saltar uma página. É caso para
dizer: ler e assinar o Mundo Português dá saúde e faz viver. Com assinantes assim, este jornal terá uma
vida muito longa e como sempre na
defesa dos valores familiares, geracionais e da Língua Portuguesa.
Maria Rosa com os seus seis bisnetos, Madalena, Carlota, Maria, Duarte, Mafalda e Manuel no dia do seu 107º aniversário
Ao longo dos seus 107 anos, Maria Rosa Granado de Almeida assistiu a profundas mudanças no plano económico, social e político em Portugal e no Mundo. Relembramos aqui alguns desses momentos.
p.24
EMPRESAS
30 DE OUTUBRO DE 2015
DIOGO CARDOSO APOSTA NUMA ENERGIA RENOVADA PARA A EMPRESA
“Fumeiros Terras do Demo”
aumenta faturação para três milhões
É uma das empresas mais dinâmicas do setor, no nosso país, e está neste
momento a apostar fortemente na exportação. Diogo Cardoso, gerente da empresa
afirmou ao Mundo Português que, fruto de um dinamismo maior, a empresa cresceu em
faturação e postos de trabalho criados. A exportação tem também subido bastante
e, neste momento representa, já vinte por cento da facturação total.
Para Diogo Cardoso, este sucesso tem
sido conseguido com o apoio do SISAB PORTUGAL porque, segundo diz, “é aí que mostramos todos os anos as nossas novidades e
potencialidades, dando a conhecer os produtos em ações de degustação, centralizando
toda a nossa oferta junto dos muitos compradores que visitam aquela feira” e acrescentou ainda que “em apenas três dias fazemos
ali o que num mês a viajar pelo mundo não
conseguiríamos fazer, com tanto rigor e sobretudo tanta eficácia”. Estas as grandes razões para apontar o SISAB PORTUGAL como
a grande mais valia para este desenvolvimento da empresa.
entanto face à situação económica de angola
trata-se de um projecto que está em “stanb
by”.
Temos também outros produtos criados
para o SISAB PORTUGAL que apresentaremos na próxima edição, nomeadamente uma
O dinamismo da empresa criou recentemente uma mão cheia de novidades para o
mercado. Fale-me das principais…
Temos os enlatados que era já um lançamento do último SISAB PORTUGAL especialmente dirigido ao mercado angolano, no
alheira e uma morcela com maçã, e uma
chouriça e um salpicão de espumante. Foi
um projecto desenvolvido em parceria com
a Cooperativa Agrícola do Távora, sediada
em Moimenta da Beira. Vamos ter também
um enchido com cogumelos “shiitake” (cria-
(...) No SISAB PORTUGAL,
em apenas três dias, fazemos
o que num mês a viajar pelo
mundo não conseguiríamos
fazer, com tanto rigor e,
sobretudo, tanta eficácia (...)
Diogo Cardoso com a sua equipa do fumeiro TERRAS DO DEMO na última edição do SISAB PORTUGAL
do nos troncos das árvores), e fizemos também uma alheira de cogumelos em parceria
com a “Casa Tapada da Carvalha” sediada
em Vila Nova de Paiva e uma alheira com
queijo. O grande objetivo é criar com as cooperativas e empresas da região uma maior sinergia para se poderem criar mais postos de
trabalho. Internacionalmente ainda não sentimos o efeito destas novas transformações
e produtos, mas o mercado nacional já nos
vai dando algumas respostas e mais valias.
Já estão a distribuir os vossos produtos
na totalidade do mercado nacional?
Estamos já em todo o território nacional,
estamos também na grande distribuição com
mais de uma marca de cadeias e o objetivo é
agora também ir a “grande distribuição” no
mercado da saudade…
E não têm razão de queixa da grande
distribuição?
A grande distribuição é um mal necessário. Se vamos só para o comércio tradicional
temos outros problemas de logística também
bastante complicados em fazer o chamado
“porta-a-porta”, o que logo à partida nos eleva os custos ou então temos de nos transformar numa espécie de um “cash and carry”.
Entretanto a empresa já está também a
rejuvenescer internamente…
Sim há um certo rejuvenescimento da
empresa na área dos fumeiros, eu pessoalmente assumi toda a parte de direção comercial e estamos a ter algum sucesso com
o nosso trabalho, porque na parte comercial
temos mais quatro colaboradores, sendo eu
que faço a ligação com a área a produção, à
frente da qual está o meu pai.
Toda esta expansão acontece na altura
de uma certa contração da economia. Qual
é o vosso segredo?
Eu desde que entrei para a empresa sempre ouvi falar que estávamos em crise. Entrei em 2007, por isso vivi sempre com a crise. Por isso nem sei se há segredo, sei que
há uma luta constante para aproveitamento das oportunidades que vão surgindo e sei
que tínhamos de expandir as nossas próprias
oportunidades. O problema é que hoje estas
empresas já não podem apenas limitar-se a
vender “um chouriço”, é preciso perceber o
(...) Hoje em dia as empresas
já não podem apenas limitarse a querer vender “um
chouriço”, é preciso perceber
o mercado e saber um pouco
de marketing, ir às lojas e
saber gerir o ponto de venda
em termos de posicionamento
do produto (...)
mercado e saber um pouco de marketing, ir
às lojas e saber gerir o ponto de venda em termos de posicionamento do produto. Por outro
lado implementamos na empresa um princípio fundamental em que se dá mais impor-
EMPRESAS
30 DE OUTUBRO DE 2015
soas nesses lugares a consumir mais produtos portugueses. Eu como sou de uma zona
de muita emigração, tenho uma opinião de
que a minha geração tem emigrado muito, e
cada vez mais vejo que isso é uma realidade. Uns porque cá também não querem fazer determinadas coisas, e outros por imitação de amigos e familiares que já emigraram
e estão melhor.
Novidades a apresentar no próximo certame do SISAB PORTUGAL?
As novidades que queremos lançar a partir de 2016 é tentar a começar a fazer um
pouco diferente, começando a fazer enchidos
à base de aves, nomeadamente chouriço de
frango, chouriça de perú, fabricado com menos teor de sal e menos gorduras abordando
uma área mais saudável. Mais tarde tentaremos chegar à certificação Halal.
Também para o SISAB PORTUGAL queremos inovar com a nossa presença, levando o nosso habitual parceiro, - o Chef Paulo
Cardoso, no sentido de ele fazer de imediato
a confecção, para que na hora o cliente possa ter a verdadeira percepção do produto que
está a consumir e assim melhor perceber as
especificidades da nossa marca.
tância a uma reclamação do que a um elogio
ao nosso produto.
E toda esta dinâmica é seguida também
no mercado externo?
A nossa posição externamente é bastante diferente do mercado nacional. Estamos
no mercado dos revendedores e supermercados portugueses onde a nossa comunidade vai comprar. Também já estamos em redes de supermercados um pouco maiores e
que foram contactos conseguidos no SISAB
PORTUGAL, e por isso estamos em França,
Suíça, Inglaterra, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Alemanha. Este ano, também graças
ao SISAB PORTUGAL abrimos em Timor e
em Moçambique. Também estamos em Angola e nos EUA estamos com a nossa gama
de compotas.
Nos últimos cinco anos têm saído mais
de cem mil pessoas/ano para o estrangeiro. O
mercado “sente” essa falta de compradores?
Na minha estrutura também estamos a
crescer no mercado nacional e por isso não
posso dar uma resposta tão concreta. O que
me apercebo é que no estrangeiro, principalmente nos países de maior destino de portugueses, as nossas vendas têm vindo a
aumentar o que faz pensar que há mais pes-
Por vezes os empresários do estrangeiro
queixam-se de que é difícil trabalhar com as
empesas portuguesas. Concorda?
Concordo totalmente. Nós como empresa
podíamos estar a vender para o Brasil e para
o Canadá, mas devido a questões burocráticas e não protocoladas, tal não é possível.
Aqui na empresa temos uma situação que já
vai em dois anos com o Brasil e que ainda
não está devidamente autorizada. Temos importadores que querem comprar, nós queremos vender, mas o alinhamento não está ainda a funcionar e isso torna tudo impossível.
Quem tem competência para ultrapassar isto?
A nível nacional é o Ministério da Agricultura que tem de desbloquear estas situações
com os parceiros internacionais, porque se
está a perder negócio importante
Alterações previsíveis no mercado
internacional?
Vamos ter mais uma pessoa especialmente dedicada ao mercado internacional a
partir de janeiro, porque temos de sair cada
vez mais para o mercado externo. Vamos
também trabalhar no sentido de conseguir
a certificação IFFS necessária para a área
alimentar.
p.25
p.26
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
LIGA PORTUGUESA
Sporting isolado na frente depois de triunfo
histórico no Estádio da Luz
O Sporting segue isolado na frente do campeonato após um resultado histórico na Luz: há 67 anos que o Sporting não
vencia as águias por três como visitante. O colombiano Teo Gutiérrez, o argelino Islam Slimani e o costarriquenho Bryan
Ruiz marcaram pelos ‘leões’, impondo a primeira derrota caseira aos ‘encarnados’ desde março de 2012.
O Sporting igualou a maior vitória para o campeonato no estádio do Benfica, ao vencer por 3-0
numa casa onde o treinador Jorge
Jesus viveu nova jornada de glória, mas como visitante.
Perto de 65.000 espetadores
assistiram sem reação à eficácia
da equipa ‘leonina’, que em pouco mais de meia hora marcou três
golos: através de Teo Gutiérrez,
aos nove minutos, Islam Slimani, aos 21 minutos, e Bryan Ruiz,
aos 36 minutos, sentenciando o
dérbi da oitava jornada ainda antes do intervalo.
O Benfica sofreu a terceira
derrota no campeonato, em sete
jogos - uma vez que tem o encontro com o União da Madeira ainda
em atraso - e está a oito pontos do
invicto Sporting, que se isolou na
liderança da prova, aproveitando
também o tropeção do FC Porto
em casa com o Sporting de Braga.
O Sporting, que não vencia
no Estádio da Luz há nove anos
- desde 2006, quando se impôs
por 3-1 - igualou o seu melhor
resultado no recinto benfiquista
(4-1 em 1938/39 e 1947/48),
impondo aos ‘encarnados’ a primeira derrota desde 2 de março
de 2012, dia em que o FC Porto
venceu por 3-2 em Lisboa.
Depois de já se ter imposto na
Supertaça Cândido Oliveira, por
1-0, Jorge Jesus venceu o se-
Foi uma vitória inquestionável de um Sporting como há muito não se via no Estádio da Luz
gundo ‘round’ frente à sua antiga
equipa, pela qual conquistou três
títulos nacionais em seis épocas,
num jogo que foi menos inflamado do que seria previsível, depois
da guerra de palavras e processos
P
J
V
E
D
GOLOS
1º
SPORTING
20
8
6
2
0
17-5
2º
3º
FC PORTO
RIO AVE
18
15
8
8
5
4
3
3
0
1
16-4
14-9
4º
SP. BRAGA
14
8
4
2
2
12-4
5º
P. FERREIRA
14
8
4
2
2
9-9
6º
V. SETÚBAL
13
8
3
4
1
16-12
7º
ESTORIL
13
8
4
1
3
8-10
8º
BENFICA
12
7
4
0
3
16-7
9º
AROUCA
11
8
2
5
1
8-7
10º
BOAVISTA
9
8
2
3
3
5-8
11º
NACIONAL
8
8
2
2
4
6-8
12º
MARÍTIMO
8
8
2
2
4
10-14
13º
14º
V. GUIMARÃES
7
7
8
1
1
4
4
3
2
6-13
9-17
6
6
8
8
8
1
3
2
3-4
1
1
2
1
5
6
4-9
3-14
0
3
5
5-14
15º
BELENENSES
U. MADEIRA
16º
17º
TONDELA
ACADÉMICA
5
4
18º
MOREIRENSE
3
7
judiciais que o antecedeu.
O Benfica apresentou o mesmo ‘onze’ que perdeu por 2-1 na
quarta-feira com o Galatasaray,
para a Champions, mantendo-se
o avançado mexicano Raúl Jiménez ao lado do goleador Jonas,
em detrimento do grego Mitroglou, e Sílvio na posição de lateral direito, em substituição do lesionado Nélson Semedo.
No Sporting assistiu-se ao regresso à normalidade depois de
várias poupanças na partida da
Liga Europa frente ao Skender-
beu, com o costa-riquenho Bryan
Ruiz a regressar ao ‘onze’ após
dois jogos de ausência devido a
lesão e João Pereira a recuperar
o lugar de lateral direito, que pa9ª JORNADA
NACIONAL – BOAVISTA, 0-0
MARÍTIMO – P. FERREIRA, 0-2
ESTORIL-PRAIA – RIO AVE, 2-2
V. GUIMARÃES – ACADÉMICA, 1-1
AROUCA – TONDELA, 1-1
SEXTA-FEIRA, 30 OUTUBRO
TONDELA – BENFICA,
20:30 (SPORT TV)
SÁBADO, 31 OUTUBRO
SP. BRAGA – BELENENSES,
16:15 (SPORT TV)
U. MADEIRA – FC PORTO,
18:30 (SPORT TV)
SPORTING – ESTORIL-PRAIA,
20:45 (SPORT TV)
DOMINGO, 1 NOVEMBRO
ACADÉMICA – MOREIRENSE, 16:00
V. SETÚBAL – AROUCA, 16:00
RIO AVE – NACIONAL, 16:00
BOAVISTA – MARÍTIMO,
MOREIRENSE – V. SETÚBAL, 0-2
BENFICA – SPORTING, 0-3
FC PORTO – SP. BRAGA, 0-0
BELENENSES – U. MADEIRA
19:15 (SPORT TV)
SEGUNDA-FEIRA, 2 NOVEMBRO
P. FERREIRA – V. GUIMARÃES,
20:00 (SPORT TV)
8ª JORNADA
recia ameaçado por Esgaio.
Com os extremos ‘trocados’
- Gonçalo Guedes no esquerdo e
Gaitán no direito - o Benfica pareceu querer apoderar-se do jogo
nos minutos iniciais, mas a primeira investida ‘leonina’ resultou
no golo inaugural, logo aos nove
minutos, por intermédio de Teo
Gutiérrez.
O avançado colombiano, que
tinha apenas um golo marcado no
campeonato, beneficiou da assistência perfeita de Adrien e da infelicidade do guarda-redes Júlio
César - que afastou a bola contra os pés de Gutiérrez e a encaminhou, lentamente, para a
baliza deserta -, num lance nascido de um passe errado de André Almeida.
O avançadp Jonas errou o alvo
pouco depois, numa rara ocasião
em que dispôs de tempo e espaço
para rematar no interior da área
visitante, mas foi o Sporting que
aumentou a vantagem, aos 21
minutos, por intermédio de Slimani, já depois de nova ameaça de Bryan Ruiz, que concluiu
de cabeça ligeiramente sobre a
barra.
O brasileiro Jefferson descobriu Slimani em plena área benfiquista e o avançado argelino, segundo melhor marcador da I Liga,
com seis golos, nem sequer necessitou de saltar para desviar
de cabeça para o fundo da baliza anfitriã.
O Benfica, que ainda procurava recompor-se do primeiro golo
sofrido e ficou à beira do ‘KO’ ainda antes do intervalo, quando Bryan Ruiz aumentou para 3-0, aos
36 minutos, na recarga a um remate de Slimani, que percorreu,
sem oposição, todo o meio-campo ‘encarnado’.
O treinador do Benfica, Rui Vitória, procurou recuperar o equilíbrio do meio-campo mas o Sporting acabou por gerir o resto do
jogo a seu favor, sendo inclusive a
equipa a gerar mais perigo.
Não voltou a marcar mas conquistou um triunfo como não se
via há 68 anos na casa do seu rival encarnado.
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
p.27
LIGA PORTUGUESA
FC Porto empata no Dragão e vê o Sporting “fugir”
Foi uma jornada em cheio para o Sporting: quando o FC Porto-Sporting de Braga terminou no Estádio do Dragão, com
um 0-0 no marcador, os leões festejaram a liderança isolada no campeonato. O empate a zero atrasou os ‘dragões’ na
luta pelo 1º lugar, deixando o Sporting na frente com 20 pontos, mais dois do que o FC Porto, que é segundo à frente do
Rio Ave, que tem 15, e do Sporting de Braga, que soma 14.
No Estádio do Dragão, no Porto, ‘azuis e brancos’ e ‘arsenalistas’ não
foram além de um nulo, permitindo que o Sporting assuma o primeiro
lugar do campeonato com 20 pontos
Depois da vitória histórica na
Luz, o Sporting acabou por sorrir ainda mais quando o FC Porto
empatou sem golos com o Sporting de Braga e permitiu que os
leões se isolassem na liderança
do campeonato.
O empate a zero atrasou os
‘dragões’ na luta pelo primeiro lugar, deixando o Sporting isolado
na liderança com 20 pontos, mais
dois do que o FC Porto, que é segundo à frente do Rio Ave, que
tem 15, e do Sporting de Braga,
que soma 14 pontos.
O Benfica, que tem um jogo
em atraso (com o União da Madeira), é apenas oitavo, com 12
pontos.
Também nesta jornada, o Ton-
Tomané do Vitória de Guimarães disputa a bola durante o jogo a
contar para a 8ª jornada, disputado no Estádio Dom Afonso Henriques
em Guimarães
dela, que conquistou o primeiro
ponto como visitante no empate
1-1 com o Arouca, e Moreirense, que prolongou o seu descalabrado ao perder 2-0 em casa
com o Vitória de Setúbal, foram
protagonistas.
Na estreia do treinador Rui
Bento, os tondelenses ‘entregaram’ uma prenda ao seu novo
técnico, empatando em Arouca e
permanecendo à tona da linha de
água, na 16ª posição, com cinco pontos, apesar da expulsão
de Dolly Menga já em período de
compensação.
Romário Baldé, aos 48 minutos, deu vantagem ao Tondela,
mas Ivo Rodrigues fixou o empate, aos 60, deixando o Arouca no
nono lugar da classificação, com
11 pontos.
Protagonista pela negativa
continua a ser o Moreirense que,
em casa, mostrou novamente por
que lidera ‘liga dos últimos’, ao
ser derrotado por 2-0 pelo Vitória de Setúbal.
André Claro, aos 43 minutos,
e Fábio Pacheco, aos 85, marcaram os golos dos setubalenses
e afundaram ainda mais a equipa de Moreira de Cónegos que, à
oitava jornada, continua a ser a
única equipa sem triunfos e soma
apenas três pontos, menos um do
que a Académica. Com este triunfo, o Vitória de Setúbal subiu ao
sexto lugar, com os mesmos 13
pontos do Estoril-Praia.
Ainda nesta jornada, o Vitória
de Guimarães e Académica empataram 1-1, em Guimarães, em
que os anfitriões ficaram reduzi-
dos a nove jogadores.
Tomané, aos 16 minutos,
inaugurou o marcador para o Vitória de Guimarães, que ficou reduzido a nove jogadores com as
expulsões de Alex, aos 49 minutos, e de Moreno, dez minutos depois, antes de Rafael Lopes assegurar o primeiro ponto
como visitante para a formação
de Coimbra, aos 66 minutos.
Dolly Menga do Tondela luta pela bola com Zequinha do Arouca
durante o jogo entre as duas equipas, disputado no Estádio Municipal
de Arouca
PUB
p.28
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
II LIGA
FC Porto B segue na frente
O FC Porto B lidera a II Liga com mais três pontos que Portimonense.
Apesar de não poder subir de divisão, a equipa secundária dos ‘dragões’
mantém a liderança da II Liga, embora tenha empatado em casa a dois
com a lanterna-vermelha Oliveirense.
O Portimonense isolou-se no 2º
lugar da II Liga, sendo líder entre as
equipas que podem subir de divisão, ao vencer o Oriental e beneficiar do desaire do Atlético na 12.ª
jornada.
Na zona oriental de Lisboa, o
Portimonense bateu fora o Orien12ª JORNADA
LEIXÕES – SP. BRAGA B, 2-3
FC PORTO B – OLIVEIRENSE, 2-2
ATLÉTICO – D. AVES, 0-1
OLHANENSE – A. VISEU, 2-2
ORIENTAL – PORTIMONENSE, 1-2
FAMALICÃO – FARENSE, 2-1
FREAMUNDE – MAFRA, 1-0
VARZIM – D. CHAVES, 3-0
PENAFIEL – SP.A COVILHÃ, 2-2
V. GUIMARÃES B – G. VICENTE, 1-0
SANTA CLARA – SPORTING B, 2-3B
BENFICA B – FEIRENSE
tal por 2-1, num encontro em que
Pires (32 minutos) e Fabrício (48
minutos) deram justiça ao domínio algarvio, com Peter Caraballo (58 minutos) a reduzir para os
lisboetas.
O Portimonense está a três pontos do líder, o FC Porto B, que não
pode subir de divisão, e tem dois
de vantagem sobre o Sporting B e
três sobre o Atlético, que perdeu em
casa com o Desportivo das Aves,
por 1-0, resultado que permitiu aos
avenses ficarem no sétimo posto, a
um ponto dos alcantarenses, que
podem ser apanhados pelo Benfica
B, que joga na segunda-feira com
o Feirense.
Apesar de não poder subir de
divisão, a equipa secundária dos
‘dragões’ mantém a liderança da II
Liga, embora tenha empatado em
casa a dois com a lanterna-verme-
lha Oliveirense.
O Sporting B subiu ao terceiro
lugar, depois de vencer por 3-2 em
casa do Santa Clara, num encontro
com cinco golos marcados nos primeiros 45 minutos.
No grupo de quatro equipas
que segue com 19 pontos – Aves,
Sporting de Braga B e Académico
de Viseu – apenas o Desportivo de
Chaves perdeu, na deslocação ao
terreno do Varzim, que com o novo
treinador, Nuno Capucho, ainda na
bancada, se mostrou tremendamente eficaz e venceu por 3-0.
Sem vencerem há cinco encontros, os poveiros adiantaram-se no
marcador logo aos três minutos,
por Rodrigo Dantas, com Stanley
(54) e Nelsinho (73) a confirmarem
o triunfo do Varzim, que subiu ao
13.º posto, com 16 pontos.
Deste lote, também o Acadé-
P
J
V
E
D
GOLOS
1º
FC PORTO B
26
12
8
2
2
25-14
2º
3º
PORTIMONENSE
SPORTING CP B
23
21
12
12
6
6
5
3
1
3
20-14
17-12
4º
ATLÉTICO CP
20
12
6
2
4
14-11
5º
GD CHAVES
19
12
5
4
3
14-10
6º
SC BRAGA B
19
12
5
4
3
15-13
7º
CD AVES
19
12
5
4
3
13-11
8º
AC. VISEU
19
12
5
4
3
12-11
9º
SL BENFICA B
17
11
5
2
4
15-12
10º
SC OLHANENSE
16
12
4
4
4
12-12
11º
FC FAMALICÃO
16
12
3
7
2
15-15
12º
FC PENAFIEL
16
12
4
4
4
13-14
13º
14º
VARZIM SC
16
15
12
5
4
1
3
6
5
15-18
13-12
15
4
3
5
11-10
2
4
8
2
1
6
14-14
14-15
15º
GIL VICENTE FC
SC FREAMUNDE
16º
17º
CD FEIRENSE
SC FARENSE
14
14
18º
STA. CLARA
14
12
11
12
12
4
2
6
13-14
19º
VITÓRIA SC B
14
12
3
5
4
13-16
20º
SC COVILHÃ
14
12
3
5
4
11-16
21º
CD MAFRA
13
12
3
4
5
10-11
22º
ORIENTAL LISBOA
9
12
2
3
7
15-22
23º
LEIXÕES SC
9
12
2
3
7
10-17
24º
OLIVEIRENSE
0
5
0
0
5
8-18
mico de Viseu perdeu pontos, ao
empatar a duas bolas na visita ao
Olhanense, que segue no 11.º posto, com 16 pontos.
O Sporting de Braga B, que esteve duas vezes em desvantagem,
também passou a somar 19 pontos, após vencer em casa do Leixões, por 3-2, com os matosinhen-
12
ses a manterem-se na penúltima
posição, com nove pontos.
Nos restantes jogos da jornada
dia, Famalicão, Freamunde e Vitória de Guimarães B venceram em
casa Farense (2-1), Mafra (1-0) e
Gil Vicente (1-0), respetivamente,
enquanto Penafiel e Sporting da Covilhã empataram a dois.
LIGA DOS CAMPEÕES
LIGA EUROPA
FC Porto vence, Benfica perde
Belenenses faz história
na Suíça
Sortes diferentes para as equipas portuguesas na Liga dos Campões: o
FC Porto venceu o Maccabi Telavive e lidera o Grupo G, enquanto que
o Benfica perdeu com o Galatasaray e divide a liderança do seu grupo Correu tudo bem às equipas portuguesas na
Liga Europa: o Belenenses bateu o Basileia
com o Atlético de Madrid.
na Suíça, o Sporting goleou o Skënderbeu em
O FC Porto isolou-se no comancasa e o Sp. Braga bateu o Marselha por 3-2
do do Grupo G da Liga dos Camtambém em casa.
peões, ao vencer em casa o Maccabi Telavive, por 2-0, em jogo da
3ª jornada.
Num dia em que Ruben Neves
se tornou no mais jovem capitão
da história da Champions, o camaronês Aboubakar (37 minutos) e o
argelino Brahimi (41) marcaram os
golos do 20.º triunfo consecutivo
dos ‘dragões’ em casa.
Com este triunfo, o FC Porto
passou a somar sete pontos, mais
dois do que o Dínamo de Kiev e três
do que o Chelsea, equipas que empataram a zero na Ucrânia, enquanto o Maccabi ainda não pontuou.
Já o Benfica sofreu a sua primeira derrota no Grupo C, ao perder com os turcos do Galatasaray,
em Istambul, por 2-1.
No Estádio Ali Sami Yen, o bicampeão português inaugurou o
marcador aos dois minutos, por
Nico Gaitán, mas o Galatasaray
deu a volta antes do intervalo, com
golos de Selçuk İnan, aos 19 minutos, de grande penalidade, e Podolski, aos 33.
Depois de ter arrancado com
duas vitórias, o Benfica manteve
seis pontos e foi igualado na liderança do grupo pelo Atlético de Madrid, que goleou em casa o Astana, por 4-0. O Galatasaray segue
em quarto, com quatro pontos, e a
equipa cazaque é última, com um.
Na Suíça, o Belenenses venceu
o líder Basileia, por 2-1, conquistado o seu primeiro triunfo na Europa, o que lhe permite subir ao segundo lugar do Grupo I, após três
jornadas.
O defesa Michael Lang (15 minutos) ainda colocou os helvéticos
em vantagem no St. Jakob-Park,
em Basileia, mas Luís Leal (27) e
Kuca (45+1) consumaram a reviravolta do conjunto de Sá Pinto, na
sua primeira vitória na ‘poule’.
Com este triunfo sobre os ainda
líderes do grupo, com seis pontos, o
Belenenses subiu ao segundo lugar,
com os mesmos quatro pontos dos
polacos do Lech Poznan, que surpreenderam com triunfo por 2-1 so-
bre a Fiorentina. O líder do campeonato italiano, comandado por Paulo
Sousa, é último, com três pontos
O Sporting conseguiu a sua primeira vitória no Grupo H da Liga
Europa, ao golear em casa o Skënderbeu, por 5-1, em jogo da terceira jornada, disputado no Estádio
José Alvalade, em Lisboa.
Depois da expulsão de Salhi,
que deixou a equipa albanesa reduzida a 10 unidades a partir do
minuto 23, o Sporting inaugurou o
marcador numa grande penalidade transformada por Aquilani (38)
e ampliou a diferença antes no intervalo, novamente de penálti, por
Montero (41).
No segundo tempo, Matheus
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
p.29
SELEÇÃO PORTUGUESA NO EURO2016
Seleção portuguesa fica na “casa” do râguebi francês
durante o Euro
O Domaine de Bellejame, complexo de treinos
da Federação Francesa de Râguebi, foi o local
escolhido para acolher a nossa seleção durante
a fase final do euro Europa 2016, que se disputa entre 10 de junho e 10 de julho, em França.
O complexo situa-se em Linas/Marcoussis, em
Essonne, a cerca de 30 quilómetros da capital
francesa, Paris.
A Federação Portuguesa de Futebol escolheu Marcoussis, a cerca
de 30 quilómetros de Paris, para
local de estágio para a seleção durante Euro2016, optando pelo Domaine de Bellejame, complexo de
treinos da Federação Francesa de
Râguebi.
A infraestrutura situa-se a cerca de 30 quilómetros de Paris e
vai albergar a seleção comandanda por Fernando Santos, que disputa o Europeu de 10 de junho a
10 de julho.
A federação considera que
este complexo é “dinâmico e ajustável às necessidades específicas
de cada grupo (desportivo ou não)
que o visita”, estando devidamente preparado para receber equipas
de outras modalidades desportivas, eventos sociais, congressos e
seminários de grandes dimensões.
Sob o lema “Ganhar, Formar e
Acolher”, e em comunhão com a
tranquilidade oferecida pela natureza, o centro de treinos dispõe de
todo o tipo de infraestruturas necessárias à preparação de uma
equipa de alta competição.
“A orquestra esteve afinada, foi tudo extraordinário”, disse o treinador
do Belenenses Sá Pinto em conferência de imprensa, após a vitória
por 2-1 no S. Jacob Park
Pereira, com um ‘bis’ (64 e 77), e
Tobias Figueiredo (69) deram corpo ao resultado, antes de Jashnica
fazer o golo de honra do Skënderbeu (89).
Com este triunfo, o Sporting
passou a somar quatro pontos, continuando no terceiro lugar no Grupo H, atrás do Lokomotiv de Moscovo e do Besiktas, que empataram
1-1 na capital russa e seguem nas
duas primeiras posições, com sete
e cinco pontos, respetivamente, enquanto o Skënderbeu é o último,
ainda sem pontuar.
. O SC Braga venceu o Marselha por 3-2 no encontro da terceira
jornada do Grupo F.
Depois do ‘nulo’ registado ao
intervalo no Estádio Municipal de
Braga, Hassan (61 minutos) e Wilson Eduardo (77) marcaram para
os locais, mas Alessandrini (84)
e Batsuhayi (87) deram o empate
aos franceses, um minuto antes de
Alan assegurar o triunfo (88).
Com três vitórias em outros tantos jogos, o Sporting de Braga comanda o grupo com nove pontos,
mais cinco do que os checos do Slovan Liberec, que empataram 1-1
em casa com o Groningen, da Holanda, e pode qualificar-se com um
triunfo em Marselha dentro de duas
semanas.
Os franceses seguem em terceiro, com três, e o Groningen é o último, com 1.
O centro de treinos será, contudo, partilhado com as seleções
francesas de râguebi que estiverem em atividade durante o período do Euro2016, o que, segun-
do a federação, “não obsta a que
os eleitos por Fernando Santos tenham à disposição as condições
de treino, descanso e preparação
adequadas”.
A escolha da federação foi feita depois de analisadas as opções
indicadas pela UEFA e após visitas
de trabalho ao Centro de Treinos da
Federação Francesa de Râguebi.
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p.30
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
NA SUÉCIA
Cláudia Neto nomeada para o
prémio de Melhor Médio do Ano
A internacional portuguesa Cláudia Neto é uma das três candidatas a
Melhor Médio do Ano na Suécia.
O prémio será entregue na Gala
de Futebol anual da federação sueca, marcada para 9 de novembro,
em Estocolmo.
Cláudia Neto, habitual detentora da braçadeira da seleção portuguesa, foi escolhida por um júri
de elite sueco, que inclui capitães de equipa, treinadores olímpicos, como a selecionadora da Suécia Pia Sundhage e 32 jornalistas
desportivos.
Além das médios em atividade nos campeonatos femininos da
Suécia, foram avaliadas as jogadoras suecas que atuam em campeonatos estrangeiros.
Esta é a primeira nomeação
de Cláudia Neto, que conquistou
duas Taças da Suécia ao serviço do
Linköpings e lutou quase até à última jornada pelo título sueco.
A jogadora, de 27 anos, soube
da nomeação quando estava em
Guimarães a preparar o primeiro
encontro de qualificação de Portugal para o Campeonato da Europa
Holanda 2017.
Cláudia Neto nasceu a 18 Abril
de 1988 e veste a camisola do
Linköpings, sendo uma das principais figuras da seleção portuguesa.
Antes de jogar na Suécia, a número 7 portuguesa jogou em Espanha: no Prainsa Saragoça e depois
no Espanhol de Barcelona.
Entretanto, a jogadora de Portimão foi a primeira portuguesa a
marcar presença nos quartos-de-final da Liga dos Campeões feminina, ao serviço do Linkoping (Suécia), onde se encontra desde 2014,
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A internacional portuguesa Cláudia Neto é uma das três candidatas a
Melhor Médio do Ano na Suécia
disputando assim a liga profissional sueca.
Curiosamente nunca jogou futebol no campeonato português: jogou futsal no União de Lagos, clube
da sua cidade, porque na sua zona
não havia futebol de 11.
Cláudia dividia a sua carreira
entre os jogos de futsal e as chamadas à Seleção sub-19.
O seu talento foi reconhecido
e recebeu uma proposta para jogar no país vizinho: esteve cinco
anos no Prainsa. Em Espanha vestiu ainda a camisola do Espanhol
de Barcelona.
No Linköpings disputa a liga
professional feminina, num país
onde o futebol feminino é muito
forte.
Cláudia conta com 81 internacionalizações por Portugal.
FUTEBOL
Capucho é o novo treinador
do Varzim
Nuno Capucho, de 43 anos, é
o novo treinador do Varzim, no seu
primeiro desafio como treinador
principal nos campeonatos profissionais de futebol.
Capucho, que como ex-jogador
se notabilizou ao serviço do FC Porto, Sporting e Vitória de Guimarães,
tem feito o seu percurso como treinador nas equipas jovens dos ‘dragões’, orientando todos os escalões
até na época passada ter sido técnico adjunto da equipa B.
O treinador rende Quim Berto no comando da equipa poveira,
que não resistiu a uma série de cinco derrotas consecutivas - três para
o campeonato, uma para Taça de
Portugal e outra para a Taça da Liga
- e chegou a acordo para rescisão
do contrato.
O Varzim ocupa o 18.º lugar do
campeonato, com 18 pontos, apenas dois acima da linha de descida,
somando quatro vitórias, um empate e seis derrotas.
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
FUTEBOL
p.31
FUTEBOL DE PRAIA
FPF lança Campeonato Madjer e Mário Narciso nomeados
de Portugal Prio
O presidente da FPF,
Fernando Gomes,
apresentou a ‘nova
cara’ do Campeonato
de Portugal: o
Campeonato de
Portugal vai substituir
o Campeonato
Nacional de Seniores.
O Campeonato de Portugal vai
substituir o Campeonato Nacional
de Seniores, terceiro escalão futebolístico nacional, ainda que mantenha o mesmo molde competitivo,
anunciou a Federação Portuguesa de Futebol, em conferência de
imprensa.
O presidente da FPF apresentou
a ‘nova cara’ do Campeonato de Portugal como o cumprimento de mais
uma promessa eleitoral, assinalando que a prova tem “uma base popular ímpar”, assumindo-se, em
simultâneo, como “formativa e competitiva, democrática e popular, regional e nacional”.
“Um dos nossos compromissos
eleitorais, de um programa eleitoral
já cumprido em mais de 90%, era
o do lançamento e desenvolvimento
das principais competições não profissionais sob a égide da federação,
as antigas II e III Divisões. Hoje, esse
desígnio entra num novo patamar”,
observou Fernando Gomes.
O líder lembrou que mais de
30.000 pessoas assistiram à final
do ano passado entre o Mafra e o Famalicão, através da CMTV, canal em
que vários jogos da competição que
substitui o Campeonato Nacional de
Seniores passarão a ser transmitidos
em direto, nas tardes de domingo.
“O Campeonato Nacional de Seniores de que hoje nos despedimos
deixou a sua impressão digital no
novo Campeonato de Portugal, uma
prova em que estão representados
todos os distritos e regiões autónomas, teve perto de um milhão de espetadores ao longo da última época
e tem 87% de jogadores portugueses”, notou Fernando Gomes.
O presidente da FPF lembrou
que alinham 1.515 jogadores no
Campeonato de Portugal – 10% dos
federados – e que mais de 200 futebolistas das I e II ligas disputaram
a prova, que integra hoje um total
de 112 internacionais pelas várias
seleções nacionais. No total, os 80
clubes do Campeonato de Portugal
contam com mais de 10.000 atletas federados, incluíndo-se os vários
escalões.
O Campeonato Nacional de Seniores é composto por oito séries de
10 clubes, qualificando-se os dois
primeiros de cada uma para a segunda fase, composta por duas séries de oito equipas – norte e sul -,
das quais sairão os três promovidos
à II Liga.
FUTEBOL
Venda da antiga sede da
FPF vai ajudar formação
A Federação Portuguesa de Futebol vai investir os 4,2 milhões de
euros (ME) acordados para a venda
da antiga sede federativa, na Praça
da Alegria, num programa de desenvolvimento de instalações para
o futebol de formação.
“Todo o montante resultante da
venda da antiga sede vai ser distribuído por clubes e associações que
apresentem projetos ligados à formação, naturalmente que não vai
chegar para tudo e para todos, vai
ter de ser feito algum rateio, mas
vai servir para ajudar no desenvolvimento do futebol de base”, explicou o presidente da FPF, Fernando
Gomes, num encontro com jornalistas na sede do organismo.
A venda do imóvel na Praça da
Alegria, que acolheu a FPF durante
36 anos, entre 1968 e 2004, por
4,2 ME, foi aprovada em maio pela
Assembleia-Geral federativa.
Madjer, capitão da seleção de
futebol de praia, e Mário Narciso,
o selecionador nacional, que levou
este ano Portugal à conquista do título mundial e do europeu, é candidato a melhor treinador de 2015
na votação anual da Beach Soccer
World Wide.
Madjer é um dos três nomeados para o Melhor Jogador do Ano.
Bruno Xavier (Brasil) e de Taiarui
(Taiti) são os outros futebolistas na
corrida a este título que resulta da
votação de treinadores e jogadores
de todo o mundo.
Mário Narciso concorre na categoria de melhor treinador, juntamente com Mikhail Likhachev
(Rússia), terceiro classificado no
Mundial, e Tehina Rota (Taiti), finalista vencido do Mundial deste ano.
No Mundial, disputado em Espinho, Portugal venceu na final o
Taiti por 5-3.
Na lista há mais um jogador da
seleção nacional mas para o prémio de guarda-redes do ano: Elinton Andrade.
O resultado das votações dos
capitães e dos selecionadores de
todo o mundo será revelado a 7 de
novembro, na Gala das Estrelas do
Futebol de Praia, no Dubai.
PUB
p.32
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
SURF
Surf português faz história em Peniche
Surfistas portugueses fazem história em Peniche frente aos melhores do mundo: Frederico Morais e Vasco Ribeiro eliminaram os dois principais candidatos ao título mundial, Mick Fanning e Adriano de Souza, na terceira ronda do Moche
Rip Curl Pro Portugal, em Peniche.
Frederico Morais e Vasco Ribeiro fizeram história no surf
português ao eliminarem os dois
principais candidatos ao título
mundial, Mick Fanning e Adriano de Souza, na terceira ronda
do Moche Rip Curl Pro Portugal,
em Peniche.
Ambos a participar na etapa
portuguesa do circuito a convite da organização, Vasco e ‘Kikas’ surpreenderam tudo e todos
ao eliminarem os dois favoritos e
a seguirem em frente na prova,
na primeira vez que conseguem
ir tão longe.
Com a praia cheia e ao rubro
pelas vitórias portuguesas, Vasco Ribeiro e Frederico Morais não
disfarçaram a felicidade, apesar
de deixarem pelo caminho os
seus favoritos.
‘Kikas’ e Mick Fanning, número 1 do ‘ranking’, protagonizaram
um dos momentos mais marcantes da etapa: ainda antes de o
‘heat’ terminar, o australiano re-
conheceu a derrota e abraçou o
português, que pediu desculpa ao
seu surfista preferido e manifes-
tou-lhe o desejo de ser ele a ganhar o título mundial.
Também Vasco Ribeiro dis-
se ser um admirador do ‘mineirinho’, número 2 do mundo, quem
considera ser o merecedor do tro-
As estrelas portuguesas
38.º do ‘ranking’ de qualificação,
estreou-se no circuito, enquanto
Tiago Pires, de 35 e 89.º da mesma hierarquia, regressou a Peniche, depois de ter sido despromovido da elite em 2014. ‘Saca’
esteve sete anos no circuito e apenas falhou por lesão a etapa lusa
em 2013, contando cinco presenças, nas quais foi eliminado por
quatro vezes na segunda ronda e
Vasco Ribeiro, Tiago Pires e
Frederico Morais são os três surfistas portugueses a participar na
etapa portuguesa do Campeonato Mundial de Surf da World Surf
League, na Praia dos Supertubos,
em Peniche, que pela primeira vez
vai ter três lusos em prova.
Vasco Ribeiro, de 20 anos e
TODO-O-TERRENO
Miguel Barbosa
e António Maio
campeões
Miguel Barbosa (Mitsubishi) e
o ‘motard’ António Maio (Yamaha)
sagraram-se campeões nacionais
de todo-o-terreno, na Baja Portalegre 500, que foi ganha por Ricardo Porém (Toyota) nos carros e Luís
Oliveira (Yamaha) nas motos. Nuno
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Matos, que liderava o campeonato, foi forçado a abandonar a prova alentejana devido a problemas no
seu Opel Mokka, enquanto Hélder
Oliveira (Nissan), que necessitava
de vencer para aspirar ao título nacional, não foi além do quarto lugar,
a 17.54 minutos de Porém. O 3º lugar foi conquistado por João Ramos
(Toyota), a 16.10 do vencedor.
Miguel Barbosa conquistou o
título nacional pela sétima vez, ao
terminar na segunda posição a 29.ª
edição da prova portalegrense pontuável para a Taça do Mundo, a
10.54 minutos de Porém. Ao longo da temporada de 2015, a dupla Miguel Barbosa e Miguel Ramalho venceu quatro das seis jornadas
que integram o calendário nacional.
féu este ano.
No entanto, a decisão só será
conhecida na última etapa do circuito, em Pipeline, no Havai.
Além de Fanning e Adriano
de Souza, também o norte-americano Kelly Slater se despediu do
campeonato penicheiro.
O 11 vezes campeão do mundo não conseguiu levar a melhor
frente ao compatriota Brett Simpson. Saiu da água ainda antes de
o ‘heat’ terminar, visivelmente irritado, mas minutos depois regressou à areia e dispôs-se a cerca de 30 minutos de autógrafos
e fotografias com os fãs.
John John Florence, Matt Wilkinson, Mason Ho, Bede Durbidge, Sebastian Zietz, CJ Hobgood,
Ricardo Christie, Josh Kerr e Caio
Belli ficaram também pelo caminho na terceira ronda.
O período de espera do Moche
Rip Curl Pro Portugal prolonga-se
até 31 de outubro, na praia de Supertubos, em Peniche.
uma na primeira, em 2009.
Já Frederico Morais, de 27
anos, e 54º do ‘ranking’ de qualificação, protagonizou até agora
o melhor resultado de um português nas etapas de Peniche
do circuito mundial: em 2013,
‘Kikas’ chegou à terceira eliminatória, depois de ter afastado o
norte-americano Kelly Slater na
repescagem.
MOTO3
Miguel Oliveira faz a festa no
Grande Prémio da Malásia
Miguel Oliveira (KTM) venceu a
corrida de Moto3 do Grande Prémio
da Malásia, 17.ª prova do Mundial
de velocidade. O piloto de Almada
terminou a corrida em 40.33,277
minutos, à frente do sul-africano
Brad Binder (KTM) e do espanhol
Jorge Navarro (Honda).
Com este triunfo, na penúltima
prova do Mundial de velocidade, o
piloto português, de 20 anos, manteve-se no segundo lugar da classificação, estando a 24 pontos do britâ-
nico Danny Kent (Honda), atual líder
do campeonato.
Único português que já conseguiu subir ao pódio no Campeonato
do Mundo de motociclismo de velocidade, Miguel Oliveira somou a
quinta vitória na atual temporada,
depois das conquistas em Itália, Holanda, Espanha (Grande Prémio de
Aragão) e Austrália.
Em 2016, será ‘promovido’ à categoria de Moto2, escalão intermédio, ao serviço da Leopard Racing.
DESPORTO
30 DE OUTUBRO DE 2015
p.33
TAÇA DE PORTUGAL - 4ª ELIMINATÓRIA - 22 DE NOVEMBRO
Sorteio dita um novo embate entre Benfica e
Sporting mas desta vez em Alvalade
Dos outros jogos, o FC PORTO vai até aos Açores que já estão em festa para receber os azuis e brancos em Angra do Heroísmo.
Entre clubes da primeira liga só o Paços de Ferreira que se encontra com o Vitória de Setúbal.
O Sporting-Benfica, o segundo
confronto entre os rivais lisboetas
no espaço de um mês, monopoliza a quarta eliminatória da Taça de
Portugal em futebol, que proporciona apenas mais um embate entre
primo divisionários.
A equipa ‘leonina’, detentora do
troféu, voltará a medir forças com
o bicampeão nacional a 22 de novembro, nessa altura, no Estádio
José Alvalade.
A receção do Paços de Ferreira
ao Rio Ave foi o outro único confronto entre clubes da I Liga ditado pelo
sorteio realizado na sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF),
em Lisboa, que colocou os açorianos do Angrense, do Campeonato
Nacional de Seniores, no caminho
do FC Porto.
O HISTÓRICO DOS DERBI
Sporting e Benfica defrontaram-se 34 vezes na Taça de Portugal, com 17 vitórias para os ‘leões’,
15 para o Benfica e dois empates,
mas o equilíbrio é completamente desfeito quando se consideram
apenas os jogos realizados no reduto ‘leonino’.
Em 16 jogos realizados no Estádio José Alvalade, o Sporting venceu 14 e perdeu apenas dois, o último dos quais no longínquo ano de
1963, tendo conquistado em casa
os únicos dois títulos na prova, em
oito finais frente ao rival lisboeta.
Os ‘encarnados’, em contrapartida, venceram as outras seis finais,
mas, a nível de eliminatórias, num
total de 27, o Sporting volta a liderar, tendo levado a melhor em 14
ocasiões, contra 13 do Benfica.
O FC Porto, foi bastante mais
afortunado do que os outros dois
‘grandes’, preparando-se para uma
deslocação à Terceira para defrontar o Angrense, quarto classificado
da Série E do Campeonato Nacional de Seniores.
Além dos ‘dragões’, o sorteio
colocou adversários do terceiro escalão a mais seis primodivisionários: Académica (frente ao Trofense), Nacional (Cova da Piedade),
Vitória de Setúbal (Casa Pia), Boavista (Operário), Estoril-Praia (Caldas) e Marítimo (Amarante).
O Sporting de Braga, finalista
vencido da competição na época
passada, visita o Farense, 15.º posicionado na II Liga, um dos quatro
embates entre equipas das duas divisões profissionais, a par do Des-
portivo das Aves-União da Madeira,
Portimonense-Belenenses e Arouca-Desportivo de Chaves.
SPORTING E BENFICA DE
ACORDO: VAI SER UM
GRANDE JOGO
Depois do sorteio, Benfica e
Sporting assumiram que o ‘dérbi’
da quarta eliminatória da Taça de
Portugal de futebol, no Estádio José
Alvalade, deverá proporcionar um
bom espetáculo entre os dois rivais
lisboetas.
“Sorteio é sorteio. As perspetivas
de um Sporting-Benfica são sempre
de poder ser um bom espetáculo.
Até lá ainda há muitos jogos para
acontecer. Por enquanto, vamos
trabalhar para nos apresentarmos
nas melhores condições no
domingo”, afirmou o diretor-geral
da SAD do Sporting, Octávio
Machado, após o sorteio realizado
na sede da Federação Portuguesa
de Futebol, em Lisboa.
Por seu lado, o diretor-geral da
SAD do Benfica, Lourenço Coelho,
antecipou uma “festa da Taça” e
considerou que o encontro “poderia
ser uma final”. “É um grande jogo,
é mesmo a festa da Taça. Os
nossos objetivos são os mesmos,
independentemente do resultado
do sorteio. Ditou um SportingBenfica, um grande jogo de futebol.
Queremos ganhar para estar no
Jamor. Poderia ser uma final e é
muito bom que isto aconteça”,
referiu.
ANGRA DO HEROÍSMO JÁ ESTÁ
EM FESTA PARA RECEBER FC
PORTO
O Angrense, clube do Campeonato
Nacional de Seniores (CNS), espera
uma festa na receção ao FC Porto,
na quarta eliminatória da Taça de
Portugal de futebol, considerando
o encontro com os ‘dragões’ uma
“dádiva”.
Após o sorteio da quarta
eliminatória da Taça de Portugal,
que decorreu na sede da Federação
Portuguesa de Futebol ( FPF) e que
ditou um confronto entre açorianos
e portistas, Avelino Luís Gonçalves,
antigo presidente do clube de Angra
do Heroísmo, atualmente a cumprir
funções de delegado, assumiu que
é “uma grande alegria receber o FC
Porto”. “Isto foi para a ilha e para
o Angrense uma dádiva. Não há
dúvida que receber o FC Porto numa
ilha tão distante do continente vai
ser uma festa. O Angrense milita no
Campeonato Nacional de Seniores,
é um clube totalmente amador”,
afirmou, emocionado.
O dirigente assumiu que “em
virtude da legislação” o jogo será
disputado no estádio João Paulo
II porque o municipal de Angra do
Heroísmo, onde joga o Angrense “não
tem as condições” desejadas.
O Angrense, que é o atual quarto
classificado da série E do CNS,
eliminou a Académica-SF, Moura e
Torre Moncorvo nas rondas anteriores
da prova ‘rainha’, enquanto o FC
Porto ultrapassou o Varzim, na
terceira eliminatória.
JOGOS DA 4ª ELIMINATÓRIA
Farense (II) – Sporting Braga (L).
Sporting (L) – Benfica (L).
Trofense (CNS) - Académica (L).
Nacional (L) - C. Piedade (CNS).
A. da Malveira (CNS) - Feirense (II).
Benfica e CB (CNS) - G.Vicente (II).
D. Aves (II) - União da Madeira (L).
Fafe (CNS) - Penafiel (II).
Portimonense (II) - Belenenses (L).
Paços de Ferreira (L) - Rio Ave (L).
Casa Pia (CNS) - V. de Setúbal (L).
Boavista (L) - Operário (CNS).
Arouca (L) - Chaves (II).
Caldas (CNS) - Estoril-Praia (L).
Angrense (CNS) - FC Porto (L).
p.34
PAÍS
30 DE OUTUBRO DE 2015
ENCONTRO INTERNACIONAL NA LOUSÃ
MOITA DO RIBATEJO
Valorizar o papel dos jogos tradicionais
Especialistas de diferentes países participaram num Encontro Internacional de Jogos Tradicionais,
que decorreu na Lousã e que incluíu um colóquio em Coimbra.
Os oradores eram oriundos de
Espanha, França, Bélgica, Itália,
Irão, Tunísia, Turquemenistão, Tunísia, Tailândia, Etiópia, México e
Portugal.
O diretor técnico do encontro,
Mário Maia, valorizou o papel dos
jogos nas sociedades, especialmente os jogos cooperativos - como
o “pucarito”, uma dança popular da
Serra da Lousã, no distrito de Coimbra - que “implicam o compromisso
de cada um com os outros”.
“A vitória ou a derrota depende daquilo que somos capazes de
fazer para o bem do grupo”, disse
aquele investigador à agência Lusa.
JOGO TRADICIONAL
FOI ESTIGMATIZADO
Segundo Mário Maia, “a sociedade foi criando estigmas ao jogo
tradicional”, dando a primazia, ao
longo do século XX, aos desportos
de alta competição, que valorizam
o sucesso individual em detrimento do trabalho de equipa.
No entanto, a sociedade “não
é feita de derrotados e vencedores
e precisa de toda a gente para as
grandes batalhas”.
Realçando a “visão integradora” das atividades lúdicas cooperativas, Mário Maia transpõe os ensinamentos dos jogos tradicionais,
atualmente estudados e reconhecidos em universidades de todo o
mundo, para a economia, a política e a sociedade em geral.
“As empresas já se fazem mais
do produto coletivo dos vários
membros envolvidos”, numa perspetiva de “compromisso com os
outros”, acrescentou, salientando
que, em Portugal, os jogos coope-
Câmara cria parque hortícola no Vale da Amoreira
O projeto está orçado em cerca de 95 mil euros e vai criar 81 parcelas de terreno estinado ao cultivo de hortícolas. Prevê-se a atribuição das
parcelas até ao final de 2015. Três destas parcelas de 100 metros quadrados, destinam-se a associações locais com as quais foram estabelecidas parcerias para garantir a dinamização de atividades complementares à
atividade de cultivo”, disse Miguel Canudo, vereador na Câmara da Moita.
O projeto contempla uma área ampla de cerca de 23.000 metros quadrados, localizada entre o Cemitério e o Campo Municipal de Futebol do
Vale da Amoreira, dispondo de 81 parcelas com áreas de 50, 100, 150
e 200 metros quadrados.
DOURO INTERNACIONAL
Entidades Ibéricas defendem populações de aves
rativos “são essencialmente jogos
dançados”.
Dança de roda que o Rancho
Típico Serra da Lousã reconstituiu
e divulgou a partir dos anos 60 do
século passado, o “pucarito” é um
dos exemplos.
“Isto é um jogo, tem é música”,
acentuou o investigador, que é também professor de Educação Física e
integrou atividades locais nas áreas
do folclore e da etnografia.
ORGANIZAÇÃO DA FREGUESIA
DE LOUSÃ E VILARINHO
O Encontro Internacional foi
uma organização conjunta da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho
e do Laboratório de Jogos, Recreação, Lutas Tradicionais e Capoeira (LUDUS) da Faculdade de Ciências do Desporto e da Educação
Física da Universidade de Coimbra, com apoio da Câmara da Lousã, entre outras entidades públicas
e privadas.
O presidente da Junta, António Marçal, disse que o encontro
visa assinalar o décimo aniversário
dos Jogos da Freguesia (no início,
apenas Lousã), que nasceram em
2006 com a coordenação de Mário Maia, para “transmitir a alma da
comunidade” aos milhares de novos habitantes que se instalaram no
concelho nas últimas décadas, promovendo a cooperação, as atividades ao ar livre e na natureza, especialmente entre crianças e jovens.
O programa começa na terça-feira, às 18:00, com a inauguração da exposição Jogos Tradicionais do Mundo, que pode ser
visitada na Biblioteca Municipal,
até dia 30.
A organização destaca a presença, de “um dos mais reconhecidos teóricos na matéria”, o francês
Pierre Parlebas, da Universidade de
Sorbonne, “autor da teoria da praxiologia motriz, que revolucionou a
forma de encarar cientificamente a
educação física”.
Parlebas, de 81 anos, profere riu a conferência intitulada “Os
Jogos Tradicionais Património da
Humanidade”.
O encontro incluiu ainda uma
mostra prática de jogos, com alunos de escolas locais, e uma reunião da Traditional Sports & Games
Association (ITSGA).
PUB
Nove entidades ibéricas ligadas à conservação da natureza revelaram
que estão a implantar um projeto para reforçar as populações de aves
rupícolas no Douro Internacional como a águia-perdigueira e o britango.
Com uma duração de quatro anos, o projeto pretende implementar
ações que visam reforçar as populações de águia-perdigueira e britango
na área transfronteiriça do rio Douro, através da redução da mortalidade
destas aves e do aumento do seu sucesso reprodutor.
Os oito parceiros neste projeto são a Associação Transumância e Natureza, Palombar, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Junta de Castilla y León, Fundación Patrimonio Natural de Castilla y León,
Vulture Conservation Foundation, EDP Distribuição e GNR.
CAMINHA
Apicultores portugueses e espanhóis debatem os
malefícios da vespa asiática
Mais de 400 apicultores de todo o país e de Espanha vão analisar,
em novembro, em Vila Nova de Cerveira, as causas da redução, em cerca de 50%, da produção de mel afetada pela expansão da vespa asiática.
O presidente da Associação Apícola Entre Minho e Lima (APIMIL),
Alberto Dias explicou que a expansão daquela espécie veio “sobrecarregar as preocupações” dos apicultores a braços com outros problemas que
ameaçam a produção de mel.
“Além da vespa asiática, temos as condições climatéricas, com uma
seca intensa, os fogos florestais que destruíram muitas colmeias e conduziram à diminuição da alimentação das abelhas, bem como a proliferação
de espécies invasoras na floresta”, explicou o responsável.
Em julho passado, a Câmara de Vila Nova de Cerveira apelou à colaboração da população no combate à vespa asiática, sendo que no concelho, desde o início do ano, tinham sido destruídos mais 21 ninhos daquela espécie.
CARRAZEDA DE ANSIÃES
Município apresenta nova rota turística pelos
saberes e sabores da região
A “Rota Saberes e Sabores da Memória”, surge integrada no conjunto
de iniciativas municipais, e vem complementar os circuitos turísticos já
criados neste concelho ribeirinho do Douro, nomeadamente o do Castelo
e dos Moinhos e o do Castelo e do Douro.
O itinerário tem início no Moinho de Vento de Carrazeda de Ansiães
onde os visitantes serão brindados com o tradicional “Mata-bicho” composto por figos secos e económicos (doce típico da região).
Os convidados serão depois conduzidos à aldeia da Lavandeira, onde
se localiza o Núcleo Museológico do Azeite com todo o conhecimento inerente à apanha da azeitona e ao tradicional fabrico do azeite.
Neste espaço, surge a oportunidade de provar a azeitona quartilhada, o pão de centeio, o mel e as famosas torradas de azeite, “tão características dos tempos de outrora, onde o duro trabalho nos lagares era intercalado com o aconchego de uma fatia de pão de centeio barrada com
o azeite acabado de fazer”, como descrevem os promotores do projeto.
Nova paragem nos moinhos de água do Ribeiro do Coito, seguida de
um percurso a pé para conhecer os onze moinhos que moíam o centeio
que alimentava grande parte população das aldeias.
Num dos moinhos recuperados será servido um almoço de alheiras,
milhos de bacalhau, pão de centeio e maçã.
EFEMÉRIDES
23 DE OUTUBRO DE 2015
p.35
Mosteiro dos Jerónimos é “jóia” da arquitetura
manuelina portuguesa
O Mosteiro dos Jerónimos é um
Monumento Nacional que remonta
a meados do século XV, quando o
Infante D. Henrique mandou construir uma igreja em devoção a Santa Maria de Belém.
A fachada do Mosteiro dos Jerónimos tem mais de trezentos metros e segue um princípio de horizontalidade, com uma fisionomia
calma e repousante. O edifício foi
construído em calcário de lioz que
se recolhia perto do local de construção, na Ajuda, no Vale de Al-
cântara, em Laveiras, Rio Seco e
Tercena.
Devido à imponência do projeto em si e à riqueza de execução, foram várias as empreitadas
de construção e os respetivos mestres responsáveis por elas. Diogo de
Boicata, João de Castilho, Diogo de
Torralva e Jerónimo de Ruão são
alguns dos nomes mais importantes na conceção deste monumento.
O Mosteiro dos Jerónimos é considerado uma das joias da arquitetura manuelina. É composto por
elementos arquitetónicos do gótico
final e do renascimento. É-lhe associada, neste sentido, uma simbologia régia, cristológica e naturalista.
D. Manuel I escolheu os monges da Ordem de S. Jerónimo para
ocupar o Mosteiro. Estes monges tinham como funções, entre outras,
rezar pela alma do rei e prestar assistência espiritual aos mareantes e
navegadores que partiam da praia
do Restelo à descoberta de novos
mundos.
Em 1907, é consagrado Monumento Nacional, mas os destaques
não pararam por aqui. Em 1983,
é a UNESCO que classifica o Mosteiro dos Jerónimos como Património Mundial. O claustro do Mosteiro
tornou-se, ainda, palco da assinatura do tratado de adesão de Portugal à CEE, em 1985. Foi colocado
no centro do claustro um lago vindo do Palácio de Queluz.
Os anos noventa marcaram o
Mosteiro com duas grandes exposições, “4 séculos de pintura” em
1992 e a exposição “Leonardo da
Vinci – um homem à escala do
mundo, um Mundo à escala do homem” em 1998.
No fim do século decorram importantes obras de conservação e
restauro, na capela-mor (1999) e
claustro (1998-2002).
ACESSIBILIDADE
Autocarros: 727, 729, 714, 751.
Elétrico: 15.
Comboio: Estação de Belém.
Barco: Estação fluvial de Belém.
BILHETES
Bilhete individual: 10€
Bilhetes conjuntos:
- Descobertas: Mosteiro dos Jerónimos / Torre de Belém: 12€
- Praça do Império: Mosteiro dos Jerónimos + Torre de Belém + Museu
Nacional de Arqueologia: 16€
- Jerónimos: Mosteiros dos Jerónimos + Museu Nacional de Arqueologia: 12€
- Cais da História: Mosteiro dos Jerónimos + Torre de Belém + Museu
Nacional de Arqueologia + Museu de
Arte Popular + Museu Nacional de
Etnologia + Museu dos Coches: 25€
Bilhetes de Grupo: Mediante marcação prévia para grupos superiores a
50 pessoas (pode ser adquirido com
um ano de antecedência, não é permitida a devolução de bilhetes)
> 250 bilhetes com antecipação minima de 48h: 7,5% desconto
> 500 bilhetes com antecipação minima de 48h: 10% desconto
> 1000 bilhetes com antecipação
minima de 48h: 15% desconto
Bilhetes especiais, a metade do preço, para famílias, famílias numerosas, idosos, jovens e/ou estudantes.
MARCOS HISTÓRICOS ASSINALADOS NA PRÓXIMA SEMANA
Eventos que marcaram a História da Humanidade
Sexta
30 out
NASCIMENTOS
1821: Fiodor Dostoievsky,
escritor russo.
1871: Paul Valéry, escritor
francês.
1885: Ezra Pound, escritor
norte-americano.
FALECIMENTOS
1910: Jean Henry Dunant,
fundador da Cruz Vermelha
e Prémio Nobel da Paz.
2009:
Claude
LéviStrauss, antropólogo.
OUTROS
Dia Nacional da Prevenção
Contra o Cancro da Mama
1925: Emissão das primeiras
imagens em movimento na
televisão.
1928: Mussolini apresenta o
governo fascista em Itália.
1928: No Reino Unido, são
apresentadas as primeiras
transmissões experimentais
de televisão.
1938:
Transmissão
da
adaptação para a rádio do
livro “A Guerra dos Mundos”,
sob direção de Orson Wells,
que aflige os americanos.
Sábado
31 out
Domingo
01 nov
NASCIMENTOS
1835: Adolf von Bayer,
químico alemão.
1902: Carlos Drummond
de
Andrade,
poeta
brasileiro.
1961: Peter Jackson,
cineasta neozelandês.
NASCIMENTOS
1815:
George
Boole,
matemático
inglês
que esteve na base do
desenvolvimento
das
bases algébricas.
1957:
Carlos
Paião,
músico português.
FALECIMENTOS
1926: Harry Houdini,
ilusionista russo.
1928:
Paul-Albert
Bartholomé,
escultor
francês.
1984: Indira Gandhi,
primeira-ministra indiana.
FALECIMENTOS
1431: D. Nuno Álvares
Pereira, nobre e general
português.
2001: Manuel da Palma
Carlos,
opositor
da
ditadura do Estado Novo.
OUTROS
Dia das Bruxas
1887: Inauguração do novo
porto de Lisboa.
1896: Inauguração da Ponte
D. Luís I, no Porto.
1992: O Vaticano reconhece,
por fim, as razões de Galileu,
admitindo que a Terra gira, de
facto, em torno do Sol.
1995: O socialista António
Almeida Santos é eleito
Presidente da Assembleia da
República.
OUTROS
Dia de Todos os Santos
1755: Ocorrência de um
terramoto em Lisboa, que
destrói a cidade e obriga à sua
reconstrução.
1946: O polaco Karol
Woktyla, futuro João Paulo II,
é ordenado padre.
1960: John F. Kennedy vence
as eleições presidenciais
norte-americanas.
1962: A U.R.S.S. lança a
primeira nave espacial com
destino a Marte.
Segunda
02 nov
NASCIMENTOS
1755: Maria Antonieta,
arquiduquesa da Áustria e
posterior rainha de França.
1919: Jorge de Sena,
escritor português.
FALECIMENTOS
1950: George Bernard
Shaw,
escritor
e
dramaturgo irlandês.
1954: Henri Matisse,
pintor francês.
OUTROS
1895:
Organização
da primeira corrida de
automóveis, na América.
1930: Empresa Du Pont
anuncia o fabrico da primeira
borracha sintética.
1956: Hungria renuncia ao
Pacto de Varsóvia e apela à
ONU para enfrente a invasão
soviética. U.R.S.S. veta
o pedido no Conselho de
Segurança.
2004: George W. Bush é
reeleito para a presidência
dos Estados Unidos.
2004: NASA anuncia a
descoberta de luas de Plutão.
Terça
03 nov
NASCIMENTOS
1801: Vincenzo Bellini,
compositor italiano.
1901: André Malraux,
escritor e político francês.
FALECIMENTOS
361:
Constantino
II,
imperador romano.
1864: António Gonçalves
Dias, poeta brasileiro.
1998:
Bob
Kane,
cartonista
norteamericano, criador do
herói ‘Batman’.
OUTROS
1493: Cristóvão Colombo
avista, pela primeira vez, a
ilha de Dominica, situada
no Mar das Caraíbas.
1887:
Fundação
da
Associação Académica de
Coimbra.
1903: O Panamá tornase
independente
da
Colômbia.
1994:
A
Comissão
Europeia
aprova
o
financiamento
da
construção da ponte Vasco
da Gama, em Lisboa.
Quarta
04 nov
NASCIMENTOS
1809: Felix Mendelssohn,
compositor alemão, ícone
do Romantismo.
1946: Laura Bush, exprimeira dama dos Estados
Unidos.
1972:
Luís
Figo,
futebolista português.
FALECIMENTOS
1847: Felix Mendelssohn,
compositor alemão, ícone
do Romantismo.
2001: Luís Pinto Coelho,
pintor português.
OUTROS
1877: Inauguração da ponte
ferroviária D. Maria Pia.
1946:
Constituição
da
UNESCO, organização da
ONU para a ciência e a
cultura.
1992: O político e democrata
Bill Clinton é eleito presidente
dos Estados Unidos da
América.
1997: Apresentação do
romance “Todos os Nomes”
pelo escritor português José
Saramago.
Quinta
05 nov
NASCIMENTOS
1846: Joaquim Pimenta
de Castro, oficial militar e
político português.
1854:
Paul
Sabatier,
químico francês.
FALECIMENTOS
1879: Jacob Maxwell,
físico
e
matemático
escocês.
1977: René Goscinny,
jornalista
e
escritor
francês, criador de Astérix,
Obélix e Lucky Luke.
OUTROS
1970: Publicação da reforma
da missa católica.
1991: Prémio Literário União
Latina entregue ao escritor
José Cardoso Pires.
1996: Egito Gonçalves recebe
o Grande Prémio de Poesia da
Associação Portuguesa de
Escritores.
2005:
“Novas
Oportunidades”, jovens e
trabalhadores em cursos
profissionais até 2010.
2008: Barack Obana é eleito
presidente dos E.U.A.
p.36
BOA MESA
30 DE OUTUBRO DE 2015
Culinária
PEIXE
Salmão com sabor a Lima
PORQUE SABE SEMPRE BEM...
Banacinno Gelado
INGREDIENTES
Banana, café frio, gelo, cacau magro em pó.
PREPARAÇÃO
Colocar os ingredientes todos numa liquidificadora e misturar
até obter uma mistura cremosa e homogénea.
CARNE
Bife com molho de Café
INGREDIENTES
4 bife(s) do lombo de vaca
3 colheres sopa café forte
4 dente(s) de alho
2 dl de natas
2 folha(s) de louro
margarina q.b.
1 colher de café de açúcar
sal e pimenta q.b.
INGREDIENTES
1 lombo de salmão
1 batata doce média
1 courgete média
1 cenoura média ralada
1 dente de alho
1 fio de azeite
1 lima (sumo e raspa)
sal e pimenta q.b.
PREPARAÇÃO
Colocar o lombo de salmão
fresco dentro de um quadrado de
papel de alumínio ou vegetal, tem-
perar com sal, pimenta, raspa e
sumo de 1 lima e um fio de azeite. Embrulhar o lombo e levar ao
forno a 180º por 20 min (aprox).
Cozer a batata doce, saltear a
courgete com azeite e alho e ralar
a cenoura.
Para dar aquele toque num jantar com convidados: Com a ajuda
de um aro metálico montar a batata doce, seguida da courgete e terminar com a cenoura ralada! Enfeitar com azeite e hortelã.
PREPARAÇÃO
1. Tempere os bifes com os dentes de alho laminados ou esmagados e a folha de louro em pedaços.
2. Coloque uma frideira ao lume
com a margarina para aquecer.
3. Frite os bifes na margarina
quente e em lume forte.
4. Retire os bifes ainda mal
passados (caso goste deles mal
passados).
5. Tempere com sal e pimenta
moída na altura.
6. Junte as natas à margarina
mexendo até começar a borbulhar.
7. De seguida misture o café,
vá mexendo até apurar.
8. Junte novamente os bifes e
o suco que largaram para aquecer.
9. Retire do lume.
10. Sirva acompanhados de
puré de batata, arroz branco ou
uma salada e batatas fritas.
SOBREMESA
Creme de Manga com Suspiros
PUB
INGREDIENTES
1 manga grande
3 xícaras de suspiros
1 caixinha de creme de leite
200 ml de leite de coco
3 colheres de sopa de açúcar
1 colher de chá de gengibre
picado
PREPARAÇÃO
Lave, descasque e pique a manga. No liquidificador bata a manga,
o creme de leite, o leite de coco, o
gengibre e o açúcar.
Coloque no fundo de um recipiente ou em 6 taças individuais,
os suspiros picados e cubra com
o creme de manga. Sirva gelado.
Se decidir fazer os suspiros em
casa, no microondas:
Precisa de um ovo e 300 gramas de açúcar em pó. Comece por
separar a clara da gema. Misture,
de seguida, com a mão, a clara com
o açúcar, até virar uma massa. Faça
bolinhas com a massa e coloque
num prato com papel vegetal. Leve
ao microondas por dois minutos.
PARABÉNS
30 DE OUTUBRO DE 2015
Parabéns a você
OUT
OUT
21
Jose Maia
Salvador
Jose Moreira
Cheseaux-noreaz
Jose Primeiro
Niderhaslach
Fernandes Manuel
Aulnay-sous-bois
Manuel Vitoria
Porto Alegre
Manuel Vivas
Longages
Maria Barbosa
Rio De Janeiro
Simone Lopes-gilbert
Paradise Valley
Venancio Silva
Goussainville
Vitor Neves
Illertissen
23
Brasil
Suíça
França
França
Brasil
França
Brasil
U.S.A.
França
Alemanha
OUT
22
Americo Fernandes
Neugut Bei
Dubendorf
Ana Ferreira
Grantham
Antonio Alves
Dortmund
Antonio Ferreira
Joinville-lepont
Antonio Filho
Recife
Antonio Lopes
London
Antonio Silva
Persan
Berta Morais
Bamberg
Eliseu Sousa
Leverkusen
Joao Carvalho
Osnabruck
Joaquim Lavado
Donostia-san
Sebastian
Jorge Matafome
Singen
Jose Santos
Sao Bernardo Do
Campo
Lage Orlando
Arnsberg
Manuel Rodrigues
Toulouse
Marcio Costa
Delemont
Marguerite Olivier
Clermont
Ferrand
Maria Freitas
Abbotsford
Maria Macedo
Vaulx-en-velin
Nelson Valente
Santo Andre
Oliveira Umbelina
Vitry Sur Seine
Pablo Sa
Aixirivall
Paulo Martins
Bernina Suot
Suíça
Inglaterra
Alemanha
França
Brasil
Inglaterra
França
Alemanha
Alemanha
Alemanha
Espanha
Alemanha
Brasil
Alemanha
França
Suíça
França
Austrália
França
Brasil
França
Andorra
Suíça
Alves Maria
Marseille
Antonio Quinta
Winterberg
Antonio Ventura
Santos
Batista Santos
Biel
Caldas Maria
Encamp
Candido Rodrigues
Villeneuve-le-roi
Carlos Tinoco
Rio De Janeiro
Carvalho Manuel
Andorra La Vella
De Jose
Ordino
Fernando Cruz
Manaus
Fernando Freitas
Medernach
Ferreira Cristina
Courrendlin
Jorge Antunes
Escaldaesengordany
Jose Nova
Sao Paulo
Jose Pires
Neuchatel
Maria Cabo
Decinescharpieu
Martins Americo
Toulouse
Miguel Silva
Rio De Janeiro
Moyra Pepe
Les Pontins
Pinto Irene
Andorra La Vella
Vitor Pereira
Andorra La Vella
França
Alemanha
Brasil
Suíça
Andorra
França
Brasil
Andorra
Andorra
Brasil
Luxemburgo
Suíça
Andorra
Brasil
Suíça
França
França
Brasil
Suíça
Andorra
Andorra
OUT
24
Albano Couto
Schiltigheim
Almeida Isabel
Pas De La Casa
Alves Conceicao
Ordino
Alves Luis
Aachen
Antonio Medeiros
Vaucresson
Antonio Santos
S.T Mars La Jaille
Antonio Tavares
Cery-fleur-de-lys
Armindo Azevedo
Paris
Artur Fernandes
Bern
Avelino Marques
Sao Paulo
Carlos Cerqueira
Geneve
Casimiro Silva
Elsene
Celestino Ferreira
Bezons
Fabio Monteiro
Zurich
França
Andorra
Andorra
“O Emigrante/ Mundo Português” dá os parabéns a todos os seus leitores que festejam nesta data o seu aniversário. Para que fique para a história e para que esta continue a ser a página de sucesso que tem sido até aqui, envie-nos
a sua data de nascimento e passará a fazer parte desta grande família que é “O Emigrante/Mundo Português”.
Fernando Flamengo
Guine-bissau
Bissau
Almeida Isabel
Pas De La Casa
Andorra
Fernando Goncalves
Paris 11
França
Henrique Ribeiro
Villeneuve La Garenne
França
Hildebrando Silva
Mississauga
Canadá
Jessica Correia
Coeuve
Suíça
Joaquim Fernandes
Paris
França
Joaquim Matos
Strasbourg
França
Jose Lemos
Villemomble
França
Jose Vieira
Champigny Sur Marne
França
Julia Lima
Niteroi
Brasil
Lucia Pereira
Sao Paulo
Brasil
Madalena Tavares
Brooksville
U.S.A.
Manuel Alcobia
Bulle
Suíça
Manuel Braga
Recife
Brasil
Manuel Camelo
França
Bischeim
Manuel Mamede
Windisch
Suíça
Manuel Soares
Grillon
França
Marcio Ribeiro
Rio De Janeiro
Brasil
Olimpio Jesus
Alterschwil
Suíça
Paulo Varanda
Sao Paulo
Brasil
Rui Gualdino
Chavanoz
França
Silva Joaquim
Escaldaes-engordany
Andorra
Silverio Silva
Kensington B
África Do Sul
Silvia Correia
Griesheim
Alemanha
Sueli Silva
Santos
Brasil
Thiago Luz
Sao Paulo
Brasil
Valdemar Almeida
Jarnac
França
Valeria Andrade
Recife
Brasil
Vitorino Luis
Recife
Brasil
Alemanha
França
França
Suíça
França
Suíça
Brasil
Suíça
Bélgica
França
Suíça
p.37
OUT
25
Adail Bica
Trappes
Antonio Caetano
Argenteuil
Antonio Cardoso
Vincennes
Antonio Costa
Sao Paulo
Antonio Silva
Hagen
Antunes Joao
Andorra La Vella
Armando Pinto
Strasbourg
Armando Reis
Sao Paulo
França
França
França
Brasil
Alemanha
Andorra
França
Brasil
Carlos Simao
Garges Les Gonesse
Dias Augusto
La Massana
Dias Jacques
Deuil-la-barre
Dr Matos
Rio De Janeiro
Fernando Matos
Mettmann
Ferreira Amelia
Alfter
Joao Cruz
Guayaquil
Joaquim Paulo
Ludwigsburg
Jose Azevedo
Filderstadt
Jose Cruz
Marly
Jose Figueiredo
Marly Le Roi
Jose Jorge
Petit Quevilly
Jose Morgado
Clamart
Julio Rodrigues
Kearny
Laurindo Faria
St Maur Des Fosses
Lucia Beatrice
Recife
Manuel Macedo
Eaubonne
Maria Pinto
St. Etienne Du Rouvray
Mario Melo
Flamatt
Pascal Faria
Paris
Pedro Hilario
Soultz
Ramos Augusto
Bonn
Rui Chaves
Sao Paio De Gramacos
França
Andorra
França
Brasil
Alemanha
Alemanha
Equador
Suíça
Alemanha
Alemanha
França
França
França
Brasil
Alemanha
Alemanha
Suíça
França
França
França
U.S.A.
França
Brasil
França
França
Suíça
França
França
Alemanha
Portugal
OUT
26
Alberto Brandao
Daillettes
Alex Pereira
Nierstein
Alvaro Santos
Namibe
Alves Domingos
Blanc Mesnil
Antonio Lopes
Valreas
Arnaldo Brandao
Drancy
Augusto Goncalves
Maisons Alfort
Dos Carlos
La Tessoualle
Edgar Fernandes
Aulnay-sous-bois
Esteves Joaquim
Arnsberg
Francisco Mendes
Buhl Bei Frauenfeld
Joaquim Esteves
Arnsberg
Jose Oliva
Bagneres De Luchon
Luis Martins
Curitiba
Manuel Galrito
Lubeck
Manuel Lima
Zurich
Manuel Silva
Freiburg
Mariano Felix
Monchengladbach
Nunes Manuel
Clermont-ferrand
Quintas Alberto
Paris
Raul Moleiro
Reims
Silvino Lopes
Santos
Suíça
Alemanha
Angola
França
França
França
França
França
OUT
27
Alberto Barbosa
Ocean Beach
Antonio Ferreira
Rio De Janeiro
Antonio Garcia
Rio De Janeiro
Armando Martins
Fortaleza
Armando Silva
Villeurbanne
Carlos Ferreira
Villeneuve-le-roi
David Gomes
Rio De Janeiro
Eliseu Almeida
Osasco
Emidio Menoita
Schiltigheim
Joao Goncalves
La Massana
Joaquim Silva
Pedrogao
Grande
Jose Couto
Rio De Janeiro
Julio Lima
Paris
Laurentino Carvalho
Lausanne
Liberio Lopes
Orleans
Lidia Mendes
Monchengladbach
Luis Sa
Anyos
Maria Marrucho
Monte Grande
Maria Pires
Maua
Mendonca Manuel
Penticton
Moreira Jorge
La Massana
Palmira Fernandes
Villejuis
Rodrigo Barros
Hockenheim
Vasco Dias
Cery-fleur-de-lys
U.S.A.
Brasil
Brasil
Brasil
França
França
Brasil
Brasil
França
Andorra
Portugal
Brasil
França
Suíça
França
Alemanha
Andorra
Argentina
Brasil
Canadá
Andorra
França
Alemanha
Suíça
França
Alemanha
Suíça
OUT
28
Alemanha
França
Brasil
Alemanha
Amandio Goncalves
Plan-les-ouates
Amilcar Pereira
London
Antonio Duarte
Betsytown
Suíça
Inglaterra
U.S.A.
p.38
HORÓSCOPO E PASSATEMPOS
SIGNO DA ÉPOCA
ESCORPIÃO
23 out. a 20 nov.
30 DE OUTUBRO DE 2015
Os nativos do signo de Escorpião são pessoas emotivas, decididas, poderosas e apaixonadas, mas o seu lado negro é dominado pelo ciúme, compulsividade e impulsos
de vingança. Escorpião é um signo com muito magnetismo: os seus nativos gostam de se envolver em causas e convencer os demais. Apaixonado, mas também torturado pela sua capacidade de sentir todos os momentos da vida, é atraído pelo mistério, pelo inacessível, pelo oculto.
CARNEIRO
TOURO
GÉMEOS
CARANGUEJO
21 mar. a 20 abr.
21 abr. a 21 mai.
22 mai. a 21 jun.
21 jun. a 23 jul.
Neste período desenvolverá melhor a sua relação
com os outros. Poderá ser mais compreendido e
aumentará assim a sua imagem pessoal criando
desta forma mais auto-estima pois o seu poder de
sedução e sua afetividade estarão em alta. Deixe
de lado tudo aquilo que pede ação e agressividade e vire-se para os afetos.
A energia e entusiasmo que agora sente poderão
ser canalizados para os desportos de competição
ou, noutro plano, para o mero divertimento. O
que quer que faça agora será com empenho e
entusiasmo. A nível amoroso nada será morno.
A agitação que sente irá exigir de volta a mesma
intensidade e paixão.
Neste período vai ter uma grande criatividade ao
nível mental e intelectual. É uma excelente altura
para transmitir os seus conhecimentos aos outros.
Aproveite portanto o momento para ler, escrever
e para exercitar a sua agilidade mental. Verá que
se sentirá bastante melhor consigo próprio e terá
maior prazer naquilo que fizer.
Nesta semana o seu intelecto estará particularmente ativo. É um período de grande capacidade
de trabalho pelo que o deverá utilizar por forma
a obter resultados em algum plano mais ousado,
anteriormente concebido por si. A argúcia que
demonstra levará os outros a apoiar os seus projetos, contribuindo para a sua realização.
LEÃO
VIRGEM
24 jul. a 23 ago.
BALANÇA
ESCORPIÃO
24 ago. a 23 set.
24 set. a 23 out.
24 out. a 22 nov.
Nesta altura a sua mente está mais ativa e a sua
capacidade de expressão favorecida. As suas atividades diárias estão intensas e quer fazer várias
coisas ao mesmo tempo. Pode estar um pouco
distraído, disperso e com falta de concentração.
Aproveite esta fase da sua vida para estreitar a
sua relação com irmãos ou vizinhos.
Nesta altura sentirá uma grande força e energia
para levar a cabo aqueles projetos que se arrastavam há já algum tempo e dos quais poderá
obter o reconhecimento dos seus colegas e superiores. Por outro lado, poderá organizar atividades
físicas onde terá oportunidade não só de participar como de liderar.
Este é um momento em que está mais facilitada
a sua capacidade de transmitir aos outros o que
pensa e sente tanto através da palavra como da
escrita. Devido à forma original, autêntica e forte
como se expressa, consegue defender melhor as
suas ideias. Esta é uma boa altura para pôr em
marcha um plano.
Neste momento o mais importante para si são
as relações com os seus amigos. Poderá mesmo
através deles conseguir desenvolver projetos que
lhe trarão benefícios. Tente perceber se o que
quer hoje é o que quer amanhã, para assim aprofundar os seus objetivos.
CAPRICÓRNIO
AQUÁRIO
PEIXES
23 nov. a 21 dez.
22 dez. a 20 jan.
21 jan. a 19 fev.
20 fev. a 20 mar.
Saia de casa, divirta-se! Neste momento a solidão
não é boa conselheira. Procure a companhia dos
seus amigos, integre-se em grupos ou participe
em actividades coletivas. Prepare-se, pois é possível que durante o atual trânsito de Mercúrio lhe
aconteçam coisas imprevistas e excitantes, que
afastem a rotina.
É uma altura propícia a organizar os aspetos legais da sua vida familiar e profissional. Através de
uma viagem, poderá mesmo ter oportunidade de
expandir os seus negócios fazendo acordos com o
estrangeiro Esta é uma altura de sucesso e sorte
nas especulações e até em jogos de azar mas não
exceda o razoável.
Pode ter, nesta semana, contactos interessantes
com pessoas diferentes e poderá descobrir nelas
muitas coisas em comum, tanto a nível ideológico
como prático. Gostará de expor as suas opiniões
e terá uma maior abertura às opiniões dos outros,
o que lhe dará uma confortável sensação de troca
de experiências.
Durante este período o seu lado mais combativo
e contundente terá os seus efeitos nas suas relações conjugais ou de negócios o que, se não tiver
atenção e procurar ser mais flexível, poderá trazer
alguns conflitos nestas áreas da sua vida. Porém
é uma boa altura para novos projetos pois a sua
iniciativa estará mais acentuada.
SAGITÁRIO
PALAVRAS CRUZADAS SUDOKU
DESCUBRA AS DIFERENÇAS
VERTICAIS:
1. Fita aderente usada para proteger pequenas feridas;
2. Produto próprio para a limpeza dos dentes; 3. Produto usado para tornar o cabelo mais sedoso; 6. Pedaço de tecido ou de papel usado para as pessoas se
assoarem, limparem o suor, etc; 7. Substância líquida usada para desinfectar pequenas feridas; 8. Produto usado na limpeza do cabelo; 10. Cosmético usado
para dar ao cabelo um aspecto brilhante e sedoso; 12.
Produto líquido usado para tonificar a pele;
HORIZONTAIS:
2. Produto utilizado para evitar o cheiro da
transpiração; 4. Pequeno adesivo pronto a usar que
se aplica sobre um ferimento ligeiro; 5. Pedaço de
sabão fino e perfumado para a higiene do corpo; 8. É
usado para limpar os ouvidos; 9. Produto usado para
fixar o penteado; 11. Objecto com dentes, usado
para dar aos cabelos um aspecto cuidado;
Dependendo do nível de
dificuldade, o objetivo é
completar os quadrados
em falta com números de
1 a 9. Há, no entanto,
três regras a respeitar: o
mesmo número não se
pode repetir nem na linha
horizontal, nem na linha
vertical, nem no mesmo
quadrado.
SOLUÇÕES
Na região da Beira Litoral não há um traje típico, visto se tratar de uma zona híbrida e repleta
de particularidades. Ainda assim, há um figurino
comum. O desenho mais antigo da indumentária
desta província passava pelo colete exterior, mantilha, lenço e calça ou saia rodeada por uma faixa. Nas zonas altas, destaca-se o capucho de burel para as mulheres e a jaqueta do mesmo tecido
para os homens.
Encontre as seis diferenças entre as duas imagens
seguintes.
SOLUÇÕES
SEX, 30 OUT
BOM FIM DE SEMANA
30 DE OUTUBRO DE 2015
O TEMPO QUE FAZ EM PORTUGAL
SOL SÓ A SUL. PARA DOMINGO TUDO PIORA E O SOL SÓ VOLTARÁ
A BRILHAR LÁ PARA TERÇA FEIRA
TER 3 NOV
DOM 1 NOV
Foto da semana fora de contexto
O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, preside à reunião da Comissão Política Nacional do partido,
em Lisboa. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
AÇORES
MADEIRA
E agora só falta convencer o PC,
dar a volta ao Bloco, fazer cair o
Passos e pronto temos governo...
O bolo de ANOS de José SÓCRATES
Já no “recesso do seu lar”, José Sócrates comemorou o aniversário e as televisões afadigaram-se a mostrar o “carinho popular” para com o ex-primeiro ministro. Chegou a ser tocante e bonito de ver, dois jovens que irromperam pela multidão, levando na mão um enorme bolo que fizeram questão
de entregar ao aniversariante. Teria sido tudo muito bonito que afinal não
fosse apenas uma grande piada familiar de dois irmãos engraçadotes, que
apostaram com o pai que tinham a lata suficiente de ir dar a Sócrates um
bolo que tinha sido feito em casa e que por, deficiência de confecção ou
gosto familiar, ninguém comeu e para ali andava sem eira nem destino. O
bolo deve ter chegado “durinho” à Abade Faria, nem sabemos se o destinatário lhe “meteu dente”, mas o que interessa isso quando todos ganharam.
Sócrates teve o seu quinhão de carinho popular, as televisões tiveram o seu
“vivo” em direto e a cores e até os dois arrojados jovens ganharam a aposta
familiar pela “lata que tiveram”. à hora do fecho da edição ainda andamos
a tentar saber o valor da aposta, mas parece mais difícil do que descobrir o
“segredo de justiça”...
«Devia ser mais ambiciosa, porque
teria dado outros saltos. Depois penso:
“Esses saltos far-me-iam feliz?
Acho que não»...
CATARINA FURTADO, apresentadora
Gostava de lhe dar uma opinião pessoal,
mas isso depende dos saltos e aqueles
que usa já são grandes o suficiente...
«Política de
esquerda esta? Isto
não é política de
esquerda! Isto é
tudo um putedo»...
ARNALDO MATOS, líder do PCTP/MRPP
O que será que ele quis dizer? Graças a Deus que não percebo nada de
política
E se o governo prometo que
vou a Fátima a pé a com
passagem pela lua...
«Sinto-me um modelo
todos os dias»...
JORGE JESUS, treinador do
Sporting
E já agora, modelo de
quê???
«Esta crise criou uma avalancha de idiotice e
fragmentação. Os irlandeses dizem que não
são como os portugueses, os portugueses
dizem que não são como os gregos... A dívida
portuguesa é insustentável. Portugal está tão
falido como a Grécia»...
YANIS VAROUFAKIS, ex-ministro das finanças grego
De facto assim parece, apenas com uma pequena diferença. Nós
vamos pagando e dando conta do recado.
«Às vezes grito com as pessoas, exalto-me e
grito para os meus colaboradores. Digo: és uma
besta, é a minha forma de liderar»...
EDUARDO BARROSO, médico e sportinguista
Pois eu acho uma pena que a sua forma
de “liderar” não seja com educação
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