الجماهيرية العربية الليبية الشعبية الإشتراكية العظمى Jamahiriya
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الجماهيرية العربية الليبية الشعبية الإشتراكية العظمى Jamahiriya
Jamahiriya Árabe Líbia do Povo Socialista Ghadames Líbia – entre o Mediterrâneo e o Sahara (data sob consulta) A Líbia é um vasto país, o quarto maior do continente africano, com cerca de 2.000 km de costa mediterrânica, uma topografia e clima variados, e uma rica herança cultural, fruto da sua longa e complexa história e das características geográficas do país. Esta diversidade reflecte-se na cultura das três grandes regiões constituintes do país: a Tripolitana, que sempre esteve direccionada para o ocidente, para o Magrebe, terra do sol-posto; a Cyrenaica, a leste, virada para o Egipto e o Levante; e a região de Fezzan, no sul, encarando o Sahara ou, mais além, o mundo africano do Sahel. Embora cerca de 90% do país seja constituído por desertos, ao longo da costa mediterrânica sempre existiram condições para o estabelecimento de comunidades humanas, e a riqueza agrícola desta zona desde cedo constituiu um pólo de atracção para gentes provenientes de outras partes do Mediterrâneo. A Cyrenaica, situada entre a costa mediterrânica e a grande cordilheira do Jebel Akhdar (Montanha Verde), que transforma toda esta região, entre o mar e o Sahara, numa autêntica ‚ilha‛ verde e fértil, atraiu na antiguidade colonos do mundo Grego. Vindos da ilha de Thera (Santorini), e obedecendo a um oráculo do deus Apollo, de Delfos, fundaram a cidade de Cyrene por volta de 630 a.C., num vale verde situado entre as montanhas do Jebel Akhdar, acima da planície costeira, dedicando-a a Apollo. As suas extensas ruínas ainda preservam um magnífico complexo religioso e a nascente sagrada dedicados àquele deus, bem como um impressionante templo em ordem dórica dedicado a Zeus, o maior templo Grego construído em solo africano. Mais tarde outros colonos seguiram nos seus passos estabelecendo outras cidades, como Apollonia e Ptolemais, ao longo da costa. A ocidente, a costa da Tripolitana atraiu mercadores e colonos Fenícios, a partir das cidades da costa Sírio-Libanesa, como Tiro, ou da cidade Púnica de Cartago, na Tunísia, fundando três grandes cidades (Oea, Sabratha e Leptis Magna), dando o nome à região, e tornando-se grandes empórios comerciais. Mais tarde estes territórios seriam incorporados no Império Romano, mantendo os seus costumes e a sua língua. Dos seus portos saíram os animais selvagens (leões, leopardos, rinocerontes, avestruzes, etc.) para integrarem os grandes espectáculos de arena tão apreciados pelos Romanos. Tripoli, a antiga Oea púnica e a capital actual, estende-se ao longo das águas azuis do Mediterrâneo. Aí veremos a parte antiga da cidade, cujas ruas e edifícios datam dos séculos XVI-XVII quando Tripoli era um grande porto de corsários e a porta de acesso ao interior africano, com o seu magnífico suq (bazar) que se prolonga por ruas estreitas e edifícios de paredes brancas e portas verdes, a cor do Paraíso islâmico; ou as ruas da Tripoli do século XX, com as suas fachadas em Neoclássico Italiano, testemunho da presença daquele país na Líbia, entre 1912 e a Segunda Guerra Mundial. Wadi Matkhendous Que dizer das antigas cidades Púnico-Romanas de Sabratha e Leptis Magna? A última foi cidade natal do Imperador Romano Septimio Severo, que a adornou com magníficos monumentos extremamente bem preservados, onde o calcário cor de mel dos seus edifícios contrasta com a beleza do intenso azul do mar, ao longe, como se de um cenário de fundo se tratasse. Daqui saíram centenas de colunas para a construção do palácio de Versailles, enquanto muitas outras foram deixadas abandonadas ao longo da praia. Durante a primavera flores coloridas cobrem todo o campo de ruínas contribuindo para a beleza natural do lugar. Ghadames No interior do país, a sul da Tripolitana, fica situada a região de Fezzan, com as suas vilas berberes situadas no topo de planaltos, protegidas por escarpas íngremes, como Nalut, com as suas antigas casas (hoje desertas) de calcário e adobe, e os antigos celeiros para os produtos agrícolas protegidos no centro fortificado da vila. A caminho do sul, em direcção ao grande mar de areia do Sahara, encontramos Ghadames. Conhecida como a ‚Pérola do Deserto‛, a sua antiga medina é agora Património da Unesco, com as suas casas de adobe caiadas de branco, num labirinto de ruas estreitas, cobertas a fim de proteger da luz e calor intenso do sol, e muros protegendo palmeirais, jardins e hortas. Em Ghadames, as habitações, de paredes coladas formando terraços contínuos, permitiam aos seus habitantes, sobretudo as mulheres, passar de casa em casa sem saírem à rua. Grande centro do comércio de longa distância, por aqui passavam caravanas transportando do sul ouro, marfim e escravos em direcção às cidades da costa mediterrânica, trazendo depois de volta os produtos do Mediterrâneo. Este percurso convida também a explorar de perto a beleza mística do Sahara, com a sua variada geologia, desde as montanhas e wadis do Jebel Acacus ao grande mar de areia do sul. Jebel Acacus, Património da Unesco, preserva nas suas pinturas e gravuras rupestres de animais há muito extintos na área, a memória de um tempo longínquo em que o Sahara foi fértil, enquanto em Wadi Matkhandous, também em pleno território Tuaregue, um grande wadi transforma-se num verdadeiro museu a céu aberto, com inúmeras gravuras de animais (felinos, elefantes, rinocerontes, girafas, crocodilos, macacos) extintos na área há milhares de anos atrás, ou humanos com os seus rebanhos de gado bovino e cavalos, testemunho de um passado mais recente. Anos de isolamento, na história recente da Líbia, traduzem-se no facto de este país ter sido pouco afectado pelo turismo, conservando a enorme beleza e diversidade do seu vasto território, que só agora começam a ser redescobertos pela comunidade internacional. Itinerário Ghadames Dia 1. Voo Lisboa – Tripoli. Estadia de 2 noites. Dia 2. A cidade de Tripoli: Arco de Marco Aurélio, Museu Arqueológico e Medina de Tripoli. Dia 3. Voo para Benghazi, capital da Cyrenaica, a fim de visitarmos os restos arqueológicos da antiga colonização grega no norte de África. Começamos a nossa visita em Ptolemais, depois continuamos para Apollonia para estadia de 1 noite no Hotel al-Manara (3*). estado Dia 4. Visita ao sítio arqueológico de Apollonia, antigo porto marítimo da cidade-estado de Cyrene. Continuação para Cyrene a fim de visitar as escavações e o museu arqueológico. Regresso a Benghazi para voo de regresso a Tripoli para estadia de 1 noite. Dia 5. Visita ao sítio arqueológico da antiga cidade Púnico-Romana de Sabratha. Continuação para Ghadames, via Nalut,, para estadia de 2 noites no Hotel Dar Ghadames (5*). Dia 6. Visita à antiga Medina de Ghadames,, desde a antiguidade um grande centro do comércio trans-Sahariano; final de tarde no deserto. Dia 7. Partida para Sebha, capital da região de Fezzan para estadia de 1 noite no Hotel alQalaa (3*). Dia 8. Visita a Germa, antiga capital dos Garamantes, um dos povos indígenas contemporâneo dos Romanos. Continuamos depois para a região montanhosa do Jebel Acacus onde acampamos por duas noites. Dia 9. Visita à arte rupestre do Acacus, recentemente classificado como Património Mundial da Unesco. Dia 10. Continuamos para Wadi Matkhandous onde visitamos a arte rupestre do sítio. Regresso a Germa para estadia de 1 noite num campo permanente. Dia 11. Visita aos lagos Ubari. Continuação para Sebha para o voo de regresso a Tripoli para estadia de 2 noites. Dia 12. Visita ao extenso sítio arqueológico de Leptis Magna,, cidade natal do imperador romano Septimio Severo. Regresso a Tripoli e final de tarde livre. Dia 13. Voo Tripoli – Lisboa. O Arqueólogo Álvaro Figueiredo estudou arqueologia em Londres no Institute of Archaeology, University College London, onde se especializou em Arqueologia do Próximo e Médio Oriente Antigo, e língua Árabe na School of Oriental & African Studies, University of London. Participou em vários projectos de investigação arqueológica no próximo Oriente, nomeadamente em ‘Azraq e na fortaleza RomanoBizantina de Qasr Burqu’, na Jordânia; no tell arqueológico de Kadesh (Tell Nebi Mend), local da famosa batalha entre Ramsés II e os Hititas, na Síria; e nas necrópoles do sítio Predinástico de Hierakonpolis (Kom el-Ahmar), no Alto Egipto. Desenvolveu também vários trabalhos em Portugal, como por exemplo em Tróia ou no povoado calcolítico dos Perdigões. Encontra-se de momento a colaborar num projecto de investigação radiológica, com a I.M.I. (Lisboa), das múmias egípcias na colecção do Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa. Professor convidado de várias instituições de âmbito cultural e científico no Reino Unido, em Portugal e nos E.U.A., e com interesses específicos nas áreas da Egiptologia, Império Romano no Mediterrâneo Oriental e na Península Ibérica, origens e desenvolvimento do Islão, e histórica contemporânea do Mundo Árabe. Trabalha e vive entre as cidades de Londres, Lisboa e o Cairo. Tem vindo também ao longo dos anos a acompanhar viagens de âmbito cultural a vários países do Próximo e Médio Oriente, e do Norte de África. . Sahara