especialperspectivas 2013
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especialperspectivas 2013
Análise de Mercado ESPECIALPERSPECTIVAS 2013 Análise realizada pela equipe Coinvalores Análise de Mercado Especial PERSPECTIVAS2013 SUMÁRIO CONJUNTURA ECONÔMICA 6 CARTEIRA SUGERIDA “COMO FAZEMOS” 9 CONCESSÕES DE INFRAESTRUTURA ARTERIS CCR ECORODOVIAS 37 38 39 40 CONSTRUÇÃO CIVIL BROOKFIELD CYRELA REALTY EVEN EZTEC MRV ROSSI 41 42 43 44 45 46 47 EDUCACIONAL ANHANGUERA ESTÁCIO PART KROTON 48 49 50 51 ENERGIA AES ELETROPAULO AES TIETÊ TRACTEBEL COPEL 52 53 54 55 56 FUMO SOUZA CRUZ 57 58 HARDWARE / SOFTWARE BEMATECH TOTVS 59 60 61 DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS 10 ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO ANO DE 2012 11 HISTÓRICO DE DESEMPENHO 12 SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JAN/2013 14 CARTEIRA DIVIDENDOS COINVALORES 15 AÇÚCAR E ÁLCOOL SÃO MARTINHO 16 17 ALIMENTOS / ABATEDOUROS JBS MINERVA 18 19 20 ALIMENTOS / MASSAS / FARINÁCEOS M. DIAS BRANCO 21 22 AUTOPEÇAS / MATERIAL DE TRANSPORTE AUTOMETAL IOCHPE-MAXION MARCOPOLO METAL LEVE 23 24 25 26 27 HIGIÊNE / FARMA / LIMPEZA CREMER 62 63 IMOBILIÁRIO LOPES BRASIL 64 65 BEBIDAS AMBEV 28 29 INDUSTRIA AERONÁUTICA EMBRAER 66 67 INFORMÁTICA / LINHA MARROM POSITIVO 68 69 BENS DE CAPITAL / INFRA ESTRUTURA 30 INDS ROMI 31 WEG 32 CALL CENTER CONTAX 33 34 LOCAÇÃO COMERCIAL BR PROPERTIES SÃO CARLOS 70 71 72 COMÉRCIO FARMACÊUTICO RAIADROGASIL 35 36 LOGÍSTICA / TRANSPORTES JSL 73 74 Especial PERSPECTIVAS2013 MATERIAL DE CONSTRUÇÃO DURATEX ETERNIT EUCATEX 75 76 77 78 SHOPPING CENTERS BR MALLS IGUATEMI SONAE SIERRA 109 110 111 112 MEDICINA DIAGNÓSTICA DASA FLEURY 79 80 81 SIDERURGIA GERDAU USIMINAS 113 114 115 MEIOS DE PAGAMENTOS CIELO 82 83 METALURGIA FORJAS TAURUS 84 85 VAREJO DE VESTUÁRIO CIA HERING LOJAS RENNER 116 117 118 MINERAÇÃO VALE 86 87 VAREJO GERAL B2W LOJAS AMERICANAS MAGAZINE LUIZA 119 120 121 122 PAPEL E CELULOSE FIBRIA KLABIN SUZANO 88 89 90 91 INDICADORES 123 NOSSOS PARCEIROS 124 EQUIPE COINVALORES 125 PETRÓLEO PETROBRAS 92 93 EQUIPE COINVALORES – ANÁLISE 126 PETROQUÍMICO BRASKEM PROVIDÊNCIA 94 95 96 PLANOS DE SAÚDE / ODONTO ODONTOPREV QUALICORP 97 98 99 PROGRAMA DE FIDELIDADE MULTIPLUS 100 101 SANEAMENTO BÁSICO COPASA 102 103 SERVIÇOS DE ENGENHARIA MILLS 104 105 SERVIÇOS FINANCEIROS BM&FBOVESPA VALID 106 107 108 Conjuntura Econômica RISCOS CONTINUAM PRESENTES, MAS PERSPECTIVAS PARECEM MELHORES PARA 2013 2012 foi um ano marcado pela presença de diversos focos de incerteza no cenário internacional que fizeram com que o desempenho econômico frustrasse as expectativas relativamente otimistas do réveillon passado. 2013 deverá começar com os ânimos um pouco mais contidos e atenção redobrada aos focos de riscos existentes. Ainda assim, há sinais que autorizam esperar melhora de desempenho. Dentre as preocupações que comprometeram o desempenho em 2012, a crise europeia foi o destaque – diga-se, este era o fator de risco que temperava o otimismo na virada de 2011 para 2012. A indefinição sobre o pacote de ajuda para manter a Grécia no bloco e a deterioração do quadro econômico de Itália e Espanha mantiveram os termômetros de aversão ao risco em zona de perigo ao longo de praticamente a totalidade de 2012. No final do ano, a sinalização do BCE de que a instituição não toleraria especulações que sugerissem a fragmentação do bloco, o sucesso do programa de recompra da dívida grega e os resultados obtidos nas últimas reuniões de cúpula permitiram melhora moderada de humor e algum apetite a tomada de risco. Apesar disso, é preciso ter em mente que os desdobramentos da crise europeia ainda representam o principal fator de risco para 2013. De fato, há desafios importantes a serem superados, sobretudo na definição de um modelo de união bancária. Ademais, não há sinal de reversão no quadro de baixo crescimento. Nos EUA, o cenário econômico sofreu com a polarização entre os partidos Democrata e Republicano. A campanha para as eleições presidenciais impediu a concretização de negociações que suavizassem os efeitos esperados do que se conhece por “penhasco fiscal” – uma série de medidas programadas para o início de 2013 com o objetivo de diminuir o déficit público e, portanto, com impacto fortemente recessivo. A desconfiança de empresários com relação à forma de ajuste impactou negativamente as decisões de investimentos. Em função dessa incerteza, a economia americana apresentou crescimento abaixo do potencial em 2012, a despeito da preservação de fundamentos relativamente favoráveis (elevados lucros corporativos, estabilidade financeira e condições de crédito). É de se esperar que Democratas e Republicanos cheguem a um acordo de última hora para suavizar os efeitos do “penhasco fiscal”, garantindo expansão moderada para a economia americana em 2013. As dificuldades da economia global não se circunscreveram aos problemas com os países mais desenvolvidos. A forte desaceleração do crescimento chinês também foi um fator importante de 6 Especial PERSPECTIVAS2013 preocupação. A produção industrial cresceu a taxas bastante inferiores à média, chegando a gerar o diagnóstico de que a perda de ímpeto da atividade econômica poderia estar refletindo aspectos de natureza estrutural. Estes cenários piores não se mostraram corretos. Passada a transição política, a economia chinesa tem mostrado desempenho condizente com ritmo anual de crescimento da ordem de 8%. A perda de vigor da economia global teve impacto naturalmente deletério sobre a economia brasileira. Na verdade, o Brasil sofreu também com a forte desaceleração da economia Argentina que, há algum tempo, tem sido prejudicada pelas opções pouco amigáveis aos negócios do governo e também por contratempos de natureza climática. O cenário externo adverso teve contribuição importante, mas não exclusiva, para o desempenho decepcionante da economia brasileira em 2012. As perspectivas de que o país cresceria mais do que 3% foram paulatinamente frustradas e, com dados conhecidos até o terceiro trimestre, é praticamente certo que o PIB não crescerá nem ao menos 2,0%. A forte contração dos investimentos foi o principal entrave à expansão do PIB em 2012, apesar dos esforços do governo em estimular o ânimo dos empresários. A produção industrial parou e a contínua penetração de produtos importados tem atendido a demanda interna por bens industrializados. O arsenal de medidas que tem sido usado pelo governo para reverter o ciclo é amplo. Primeiro, redução agressiva da taxa básica de juro – a taxa Selic recuou de 12,5% em julho de 2011 para 7,25% em outubro de 2012. Segundo, iniciativas para estimular o mercado de crédito, sobretudo intervenções para reduzir o spread bancário nas concessões. Terceiro, concessões de uma série de incentivos fiscais (reduções de IPI, crédito facilitado para aquisição de máquinas e equipamentos, desoneração da folha de pagamentos, alterações nas alíquotas de importações) para uma gama grande de segmentos. Quarto, uma estratégia polêmica para reduzir o custo da energia elétrica, através da antecipação do prazo para a renovação de concessões. Quinto, uma série de intervenções no mercado cambial para alavancar a competitividade da indústria local. Sem dúvida são medidas que tendem a ter impacto sobre a demanda, estimulando o crescimento (ao menos para ocupar ociosidades). No entanto, o número elevado de intervenções pontuais e a comunicação às vezes desastrada deixaram o empresariado relativamente inseguro. Por outro lado, o governo seguiu angariando apoio popular, devido à manutenção do bom fôlego do consumo. O reajuste real do salário mínimo e o mercado de trabalho fortalecido seguiram impulsionando a renda das famílias. Aqui é importante notar que a taxa de desemprego, em patamar já historicamente muito baixo, seguiu caindo em 2012. A despeito do fraco crescimento econômico, as empresas praticamente não ajustaram seus quadros de funcionários, em razão dos elevados custos de demissão, da dificuldade em conseguir mão-de-obra qualificada e da incerteza sobre a duração e profundidade da desaceleração da atividade. 7 Conjuntura Econômica As expectativas para 2013, no entanto, são moderadamente positivas. Em ambiente de melhora gradual do quadro externo, os estímulos deverão surtir efeito e fazer com que a economia brasileira apresente retomada cíclica suficientemente robusta para trazer crescimento de algo próximo a 4,0%. As obras em infraestrutura, paralisadas em 2012 pela dificuldade execução pelo governo e entraves relacionados com a concessão de licenças ambientais, suspeitas de irregularidades nos empreendimentos e greves, tendem a ocorrer com mais vigor no próximo ano, influenciadas positivamente pela autorização para que 23 estados aumentem o endividamento para investimentos (a soma pode chegar a R$ 61,1 bilhões). A ociosidade existente permite que a inflação se mantenha controlada ao longo de toda a primeira metade do ano. Importante notar que o IPCA recuou de 6,5% em 2011 para 5,54% no acumulado em 12 meses até novembro/12. É resultado ainda distante do centro da meta (4,5%), mas muito influenciado pelo choque nas cotações internacionais de commodities agrícolas, impulsionadas pelas condições climáticas adversas nos EUA. Na medida em que o ano avançar, porém, pressões inflacionárias deverão surgir, exigindo reação do governo. Qualquer choque poderá elevar a inflação acumulada para patamar superior ao teto da meta em 2014. A preferência revelada pela autoridade monetária sugere que as políticas de controle poderão se concentrar no uso de medidas macroprudenciais. Mas não está descartada elevação moderada do juro e/ou menor propensão a manter o câmbio depreciado. Ao longo da maior parte do ano, o dólar deverá oscilar acima, mas próximo de R$ 2,00 e a taxa Selic permanecer constante. Se algum ajuste vier, provavelmente ocorrerá apenas em algum momento do último trimestre ou início de 2014. Luís Suzigan Associado à LCA desde sua fundação em 1995. Atuou como economista-chefe para a Área de Macroeconomia de 1997 a 2007. Economista pela FEA/ USP e na FGV, foi pesquisador do CEBRAP e atuou em bancos de investimento. Foi professor-convidado da Turma Especial de Graduação em Direito da UFG. Atualmente é responsável pelo acompanhamento de economia internacional e mercado financeiro na LCA. Texto produzido em Dez/12 8 Carteira Sugerida CARTEIRA SUGERIDA “COMO FAZEMOS” A carteira sugerida foi criada em Setembro de 2001, com o objetivo de agregar valor às atividades do departamento e aumentar o leque de produtos oferecidos aos nossos clientes. Atravessávamos um período conturbado, marcado pelo estouro da bolha da Internet, por um processo de recessão nos EUA e em diversos países no mundo, inclusive o Brasil. Aliás, começávamos a sofrer os nefastos efeitos da crise energética que teve impacto direto no mau desempenho da economia no período (o país cresceu pífios 1,3% em 2001 contra 4,3% em 2000). Nossos “hermanos” estavam às voltas com a maior crise econômica desde a implantação da estabilização monetária dos anos 90. E para testar ainda mais a nossa compreensão e aprendizado, passamos por mais uma crise, a de 2008 que seus efeitos vem se estendendo ao longo dos últimos 5 anos. Entre os abalos das crises e as recuperações econômicas, completamos 11 anos de carteira sugerida. Comemorando a rentabilidade acumulada em dez/12 de 44,6% contra 7,4% do IBOVESPA no período. Aliás, cabe utilizar este espaço para esclarecer como é feito o processo de escolha desta carteira sugerida. Primeiramente, discutimos o desempenho da carteira sugerida do mês que se encerra, o cenário traçado, os papeis sugeridos, enfim, a estratégia que foi adotada. Importante sempre, independentemente dos acertos, aprender com os erros para tentar ao menos evitá-los. Não custa lembrar que a carteira sugerida faz parte da Análise de Mercado Mensal, compondo o corpo deste trabalho que é divulgado até o 3º dia útil do mês. Só podemos fazer as alterações na carteira durante este período. Lembrem-se, a carteira sugerida é apenas um portfólio de referência para o investimento em ações, não se trata de uma carteira real administrada pelos analistas da corretora e nem poderia ser diferente. Mensalmente, realizamos teleconferências com economistas de consultorias contratadas e posteriormente, com base nos cenários abordados, realizamos um comitê no último dia útil para discutir sobre o cenário para o mês subsequente. Debatemos sobre a agenda macroeconômica e sobre a agenda corporativa para o mês e avaliamos os principais itens da pauta macro e microeconômica de forma a traçarmos um cenário base para o período. Definido o cenário base, enquadramos os setores que devem ser beneficiados pela conjuntura econômica projetada. Posteriormente, fazemos a escolha das companhias que tendem a se destacarem setorialmente frente às seus pares diante de determinada conjuntura. Esta é a chamada análise top down (de cima para baixo). No caso da carteira sugerida, eventualmente, praticamos a chamada análise bottom-up (de baixo para cima), utilizando projeções recentes que elaboramos. Nós decidimos os pesos dos papéis na carteira pelo risco que estes representam em maior medida que o retorno projetado para estas ações. A experiência da equipe é de fato o maior trunfo para a boa performance ao longo dos anos. 9 Desempenho Histórico DESEMPENHO HISTÓRICO E ESTRATÉGIAS ADOTADAS Ao longo destes onze anos, grandes adversidades afetaram a trajetória da economia mundial, sobretudo as crises nos países desenvolvidos. Dessa maneira, a volatilidade tem marcado presença e o mercado de capitais brasileiro passou por oscilações que, em alguns meses foram de expressiva alta e em outros de abruptas quedas. No intuito de incorporar os aspectos conjunturais, nossa estratégia amparada no cenário macroeconômico para suportar as escolhas de papéis para a carteira (análise Top Down) se mostrou adequada na maioria das vezes. Principalmente em tempos de crise, nossa carteira apresentou desempenho bastante satisfatório ante o Ibovespa, como podemos observar no gráfico abaixo. Coinvalores 1,5 1,3 Ibovespa Julho 2004 Coin + 12,30% Ibov + 5,62% Outubro 2008 Coin - 20,68% Ibov - 24,80% Novembro 2010 Coin - 0,46% Ibov - 4,20% Siderurgia 12% Petróleo 10% Energia 10 % Mineração 10% Telecom 8% Bancos 5% Outros 45% Petróleo 18% Mineração 16% Bancos 15% Energia 15% Siderurgia 5% Telecom 4% Outros 27% Consumo 17% Bancos 16% Mineração 12% Construção 10% Energia 10% Petróleo 7% Outros 28% 1,1 0,9 0,7 0,5 0,3 0,1 -0,1 -0,3 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1,30% 2,70% 1,20% 5,70% 3,20% 3,80% 5,40% 5,10% 0,20% 7,50% 2,70% 3,50%* Inflação Americana Tsunami Tailândia Início de aumento da tx de juros americana Colapso do Bear Steams S&P e Fitch eleva Brasil a grau de investimento Agravamento da crise financeira 1ª Mulher Presidente no Brasil Olimpíadas 2016 no RJ Copa do Mundo Brasil 2014 PIB: 7,55%* Dezembro Setembro 2002 Novembro Maio Julho Março Setembro Novembro Janeiro (12) Maio Julho Março Novembro Janeiro (11) Maio Julho Setembro Março Janeiro (10) Setembro Novembro Maio Julho Março Setembro Novembro Janeiro (09) Maio Julho Março Novembro Janeiro (08) Maio Julho Setembro Março Janeiro (07) Setembro Novembro Maio Julho Março Setembro Novembro Janeiro (06) Maio Julho Março Novembro Janeiro (05) Maio Julho Setembro Março Janeiro (04) Setembro Novembro Maio Julho Março 2001 Risco Lula Risco Brasil 2515p Dólar a R$ 4,00 Eleição Presidencial 10 Janeiro (03) Setembro Novembro Maio Julho Março Janeiro (02) Setembro PIB Novembro -0,5 Especial PERSPECTIVAS2013 ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO ANO DE 2012 Depois de um ano em que a curva de crescimento global descendeu com a profundidade das crises nos países desenvolvidos e pelo contágio nas economias emergentes, esperava-se de 2012 a retomada na atividade econômica em reflexo aos estímulos promovidos. No entanto, tais expectativas otimistas foram se diluindo ao passo que a reação se mostrava lenta e outras preocupações começaram a integrar o ambiente econômico, já bastante permeado de incertezas. Na Zona do Euro, as divergências entre os líderes políticos alimentou o risco de ruptura do bloco econômico e realçou as dúvidas quanto a real capacidade dos países fragilizados em cumprir as reformas de austeridade. A situação da economia norte americana se mostrou ambígua, já que ao mesmo tempo em que os indicadores referentes ao mercado imobiliário (estopim da crise financeira internacional) acusavam melhora substancial, as ações de afrouxamento monetário que entraram em vigor não surtiram o efeito desejado sobre a recuperação da atividade. O cenário se tornava cada vez mais anuviado pela iminente ameaça imposta pelo “abismo fiscal”, inibindo os investimentos corporativos e abalando os mercados bursáteis. Do lado emergente, a “máquina” chinesa perdia velocidade em função da recessiva demanda externa, freando as atividades industriais e de serviço e instigando para baixo as expectativas de crescimento do país. Contudo, a ampla margem de manobra do novo colegiado chinês dispunha de vetores para retomar o crescimento. A economia verde-amarela contou com uma série de renúncias fiscais do governo e com uma política monetária expansionista promovida pelo Banco Central, ambas visando fomentar o consumo interno, manter o mercado de trabalho aquecido e estimular os investimentos no setor privado. Porém, o protagonismo do governo brasileiro sobre a economia, em certas circunstâncias, traduziu-se em receio aos investidores de renda variável (sobretudo os estrangeiros). Dessa forma, nossa estratégia para o ano priorizou, áreas promissoras da economia interna e relativa cautela ao apostar em empresas com exposição ao mercado externo. O resultado dessa leitura pode ser observado em nossa carteira recomendada, que encerrou o ano com expressiva valorização de 37,2% acima do IBOVESPA. Coinvalores Ibovespa 15,00% 11,13% 10,80% 10,00% 8,80% 5,53% 6,05% 5,67% 4,34% 5,00% 3,73% 2,86% 4,16% 3,70% 3,21% 2,87% 1,72% 0,74% 0,71% 0,00% -0,25% -0,89% -0,25% -1,98% - 5,00% -3,52% -4,17% -5,52% - 10,00% -11,86% - 15,00% Janeiro (12) Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 11 Histórico de Desempenho DESEMPENHO DO PORTFÓLIO DE DEZEMBRO E ÚLTIMOS 12 MESES Oscilação Mensal Período Ibovespa 11,13% 4,34% -1,98% -4,17% -11,86% -0,25% 3,21% 1,72% 3,70% -3,56% 0,71% 6,05% Coinvalores 8,80% 10,80% 2,86% -0,89% -5,52% 3,73% 4,16% 2,87% 5,67% -0,25% 0,74% 5,53% Janeiro (12) Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Ganho Acumulado 12 meses Performance Portfólio Coinvalores x Ibovespa Coinvalores 3000,00% 50,00% Ibovespa 11,13% 15,96% 13,67% 8,93% -3,99% -4,23% -1,16% 0,54% 4,27% 0,55% 1,27% 7,40% Coinvalores 8,80% 20,55% 24,00% 22,89% 16,10% 20,43% 25,45% 29,05% 36,36% 36,02% 37,02% 44,60% Dif. -2,33% 6,46% 4,84% 3,28% 6,33% 3,98% 0,95% 1,15% 1,96% 3,31% 0,02% -0,52% Ibovespa 2728,98% 44,60% 2500,00% 2000,00% 30,00% 1500,00% 1000,00% 10,00% 5,53% 7,40% 6,05% 342,96% 500,00% 0,00% 0,00% Dez / 2012 2001* - 2012 No ano *Setembro de 2001 Performance Acumulada - Portfólio Coinvalores x Ibovespa Coinvalores Ibovespa 3700,0% 3500,0% 3300,0% 3100,0% 2900,0% 2728,98% 2700,0% 2500,0% 2300,0% 2100,0% 1900,0% 1700,0% 1500,0% 1300,0% 1100,0% 900,0% 700,0% 500,0% 132,06% 97,35% 300,0% 100,0% 0,00% - 100,0% 22,83% 8,55% -1,34% 2001 12 342,96% 94,17% 63,14% 17,81% 26,88% 27,72% 50,49% 32,93% 51,97% 43,65% -17,03% 2002 -41,79% 2003 2004 2005 2006 2007 82,65% 20,87% 44,6% 1,04% 7,4% -2,06% -41,22% 2008 -18,11% 2009 2010 2011 2012 2001-2012 Especial PERSPECTIVAS2013 DESEMPENHO EM DEZEMBRO Empresa Código Peso ANHANGUERA ON NM BRADESCO PN EJ N1 DURATEX ON NM ECORODOVIAS ON NM EZTEC ON NM GERDAU PN N1 MILLS ON NM MRV ON NM P. ACUCAR-CBDPN N1 PETROBRAS PN PROVIDENCIA ON NM QUALICORP ON NM RANDON PART PN N1 ULTRAPAR ON NM VALE PNA N1 VALID ON NM Total Ibovespa AEDU3 BBDC4 DTEX3 ECOR3 EZTC3 GGBR4 MILS3 MRVE3 PCAR4 PETR4 PRVI3 QUAL3 RAPT4 UGPA3 VALE5 VLID3 6% 6% 6% 6% 5% 6% 6% 6% 6% 10% 5% 6% 5% 5% 10% 6% 100% COTAÇÃO COTAÇÃO % 30/11/2012 28/12/2012 Período 32,27 34,93 14,59 17,06 25,82 17,72 31,45 11,31 91,00 18,66 8,20 20,75 11,40 44,00 36,70 39,00 34,57 35,17 14,85 17,3 25,7 17,93 34 11,98 90,5 19,52 8,95 21,21 12,69 46,29 40,87 45,5 7,13% 0,69% 1,81% 1,41% -0,46% 1,19% 8,11% 5,92% -0,55% 4,61% 9,15% 2,22% 11,32% 5,20% 11,36% 16,67% 5,53% 6,05% IBOV Portfólio Coinvalores Performance Dez/2012 Portfolio Coin 5,53% Ibovespa 6,05% 110 105 100 95 /11 30 2 2/1 2 4/1 2 6/1 2 8/1 /12 10 /12 12 /12 14 /12 16 /12 18 /12 20 /12 22 /12 24 /12 26 /12 28 Desempenho dos papéis Dez/2012 20,00% 16,67% 15,00% 11,36% 11,32% 10,00% 9,15% 8,11% 7,13% 5,92% 0,69% 0,00% 5,20% 4,61% 5,00% Anhanguera Bradesco 1,81% 1,41% Duratex Ecorodovias 2,22% 1,19% Eztec -0,46% Gerdau Mills MRV P. Açúcar Petrobras Providencia Qualicorp Randon Ultrapar Vale Valid -0,55% - 5,00% 13 Histórico de Desempenho SUGESTÃO DE ALOCAÇÃO PARA JANEIRO DE 2013 Empresa Código MINERAÇÃO VALE PETRÓLEO PETROBRAS SIDERURGIA GERDAU MAT. DE CONSTRUÇÃO DURATEX ON AUTOPEÇAS RANDON PART. PN BANCOS DE VAREJO BRADESCO CONCESSÕES DE INFRA ARTERIS ON CONSTRUÇÃO CIVIL EZTEC EDUCAÇÃO KROTON PAPEL E CELULOSE SUZANO PAPEL PNA PETROQUÍMICO PROVIDENCIA PLANOS DE SAÚDE ODONTOPREV ON SERVIÇOS ENGENHARIA MILLS ON SHOPPING CENTER BRMALLS ON TOTAL VALE5 PETR4 GGBR4 DTEX3 RAPT4 BBDC4 ARTR3 EZTC3 KROT3 SUZB5 PRVI3 ODPV3 MILS3 BRML3 PESO Portfólio 15% 15% 10% 10% 8% 8% 7% 7% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% 100% Ibovespa 13,23 9,13 15,87 8,22 6,78 2,59 0,48 0,48 11,90 3,29 1,31 10,64 2,07 0,68 1,27 0,68 1,09 1,09 IBrX 100 10,98 6,38 15,86 8,77 3,57 1,63 0,28 0,28 0,64 0,13 19,01 6,36 1,9 2,05 0,12 0,45 0,94 0,15 2,18 0,36 0,53 0,29 1,52 1,14 Cot./ L.Liq.’12 (*) VPA R$ Milhões 1,30 20.864,1 0,70 P/L ’12(*) Cotação Preço Alvo Potencial 28/12/2012 dez/13 Valorização 10,3 40,87 47,50 16,2 17.748,2 14,4 19,52 25,00 28,1 1,10 1.796,1 16,2 17,93 22,30 24,4 2,10 414,3 19,7 14,85 18,00 21,2 2,30 273,0 10,3 12,69 16,00 26,1 2,00 12.167,0 10,8 35,17 - - 3,90 395,6 16,5 18,95 26,00 37,2 2,30 350,6 10,8 25,70 33,00 28,4 2,40 227,5 27,3 43,25 48,00 10,9 0,70 (181,9) - 7,02 9,20 31,1 1,00 45,9 15,6 8,95 11,00 22,9 8,10 159,1 35,8 10,73 12,80 19,3 5,10 141,4 30,4 34,00 40,00 17,6 1,70 933,7 13,1 27,02 37,00 36,9 (*) Projetado para 2012 DIVISÃO DA CARTEIRA POR SETORES: Siderurgia, 8% Shoppings Centers, 6% Autopeças, 6% Bancos Varejo, 6% Serv. Engenharia, 6% Concessões Infra., 6% Construção Civil, 6% Planos de Saúde, 6% Educacional, 6% Petroquímico, 6% Material de Construção, 7% Petróleo, 10% Papel e Celulose, 6% 14 Mineração, 15% Especial PERSPECTIVAS2013 CARTEIRA DIVIDENDOS COINVALORES O Portfólio Dividendos Coinvalores consiste na indicação de cinco papéis de companhias com elevada projeção de dividend yield, satisfatória liquidez, presença mínima de 80,0% de mercado e histórico de boa pagadora de dividendos. Nosso objetivo é proporcionar aos nossos clientes um portfólio que garanta a distribuição dos dividendos, juros sobre capital próprio e bonificações sem, contudo, referenciar seu desempenho aos principais benchmarks do mercado. O Portfólio será avaliado e sofrerá alterações mensalmente quando for o caso, entretanto, destacamos que as indicações podem não coincidir com as recomendações da Equipe de Análise de Investimentos da Coinvalores. É importante ressaltar que sua performance poderá ser abaixo dos principais benchmarks, quando é analisada através da evolução dos preços das ações sugeridas, pois o foco é alcançar rentabilidade através de dividendos e/ou distribuição de juros sobre capital próprio. Porém, o Portfólio Dividendos Coinvalores apresenta perfil com menor risco, tendo em vista sua composição caracterizada por companhias mais maduras e com elevada geração de caixa. Em 2012, o Portfólio Dividendos Coinvalores apresentou desempenho bem acima do IBOVESPA, com expressiva alta de 38,48%, contra a performance também positiva de 7,40% do Índice da Bolsa de São Paulo. Já em dezembro, o Portfólio performou abaixo do IBOVESPA, mas ainda assim com considerável alta de 3,90%. Esse desempenho foi influenciado principalmente pela alta das ações da Valid (+16,67%) e da Ultrapar (+5,20%). Para o Portfólio Dividendos Coinvalores do mês de janeiro, optamos por trocar os papéis da Ecorodovias e da Valid por papéis da Arteris e da Odontoprev, tendo em vista o cenário favorável para essa companhia e a perspectiva de distribuição de proventos. Sugestão de Alocação para Janeiro de 2013 Empresa Exposição Cotação PORTFÓLIO 28/12/12 Código Preço Alvo Yield Projetado Presença Arteris ARTR3 20% 18,95 26,00 3,0% 100% Souza Cruz CRUZ3 20% 30,81 33,30 3,8% 100% Ultrapar UGPA3 20% 46,29 Em Revisão 2,5% 100% Odontoprev ODPV3 20% 10,73 12,80 3,4% 100% Metal Leve LEVE3 20% 25,00 32,00 4,9% 100% Desempenho do Portfolio em Dezembro de 2012 Empresa Código Exposição Cotação Cotação PORTFÓLIO 30/11/12 28/12/12 Valorização % Ecorodovias ECOR3 20% 17,06 17,30 1,41% Souza Cruz CRUZ3 20% 31,05 30,81 -0,78% Ultrapar UGPA3 20% 44,00 46,29 5,20% Valid VLID3 20% 39,00 45,50 16,67% Metal Leve LEVE3 20% 25,77 25,00 -3,00% 3,90% Total Histórico de desempenho da Carteira Dividendos PORTFÓLIO DIVIDENDOS COINVALORES IBOVESPA Dezembro/12 3,90% 6,05% 0,53% Acumulado no Ano 38,48% 7,40% 8,41% Performance Portfólio Dividendos Coinvalores - Dezembro/12 CDI 8% 6% 6,05% 3,90% 4% 0,53% 2% 0% Coinvalores Ibovespa CDI 15 Açúcar e Álcool O cenário não é dos mais favoráveis para os produtores de açúcar nessa virada de ano. O preço do produto, em 2013, deve ficar bem abaixo da média dos últimos quatro anos, tanto no mercado brasileiro quanto no mercado internacional. A expectativa é de queda superior a 10% no mercado externo e um pouco inferior a isso no mercado doméstico. Ao longo das últimas safras, quando se viu elevação substancial no preço da commodity, o nível de estoque foi se normalizando, e mesmo com expectativa de elevação marginalmente superior da demanda em relação à oferta, os preços devem mostrar arrefecimento, ainda que continuem em um patamar muito superior ao observado no decorrer da última década, até 2008. Isso porque até esse ano, o que se via era um boom de ampliação da capacidade, sendo que essa animação só foi contida na época da crise. Para se ter uma ideia, na safra 2007/08, o número de plantas produtoras de açúcar e álcool era de 426. Hoje em dia são 394. Além disso, alterouse também o perfil dos investimentos. Quando em meados da última década tínhamos uma maior concentração de aportes em destilarias de etanol, “surfando a onda” dos carros flex, hoje já temos quase a totalidade dos investimentos em plantas mistas. Três grandes discussões mexem com o mercado de etanol atualmente. Nos Estados Unidos, ainda há muita discussão sobre a aprovação do E15, mistura de 15% de etanol na gasolina (antes era de 10%), pela EPA (agência de proteção ambiental americana). Lá a legislação é um pouco mais complexa que aqui. Com essa aprovação, não é obrigatória essa mistura, é apenas permitida. A mistura antiga também continua valendo. Além disso, o E15 só é permitido para os carros mais novos, pois nos carros antigos poderia causar mau funcionamento. Calcula-se que 62% da frota está apta a utilizar a nova mistura, o que adicionaria uma demanda de cerca de 1 bilhão de litros. No Brasil, a discussão atual é sobre a elevação do percentual de álcool anidro para 25% na gasolina, voltando ao patamar que valia até setembro de 2011. Com essa mudança, que já circula com força nos altos círculos de Brasília, estima-se uma adição de mais de 1,5 bilhão de litros. A última grande questão para o setor diz respeito ao preço da gasolina na bomba, no mercado doméstico. O preço é mantido estável artificialmente, e com a forte alta vista no preço do petróleo nos últimos anos no mercado internacional, verifica-se hoje uma distorção, que tem impacto significativo na demanda por etanol. Diferente das duas discussões relativas à mistura do álcool na gasolina, tanto aqui como nos EUA em níveis bem mais avançados, um possível reajuste no preço da gasolina ainda é cercado de incertezas. 16 EMPRESAS ACOMPANHADAS São Martinho (SMTO3)...............................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 30,00 I Up Side: 8,7% I SMTO3 R$ 27,60 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A São Martinho é uma das grandes produtoras de açúcar e álcool do Brasil. Ela é responsável por cerca de 2,2% da cana produzida no Brasil, e utilizando também cana de parceiros, por 3,0% do etanol e 2,4% do açúcar produzido no país. São três usinas em operação: São Martinho, em Pradópolis (SP), Iracema, em Iracemápolis (SP), e Boa Vista, em Quirinópolis (GO), além de 32,18% da Santa Cruz, adquirida em 2011. A Usina São Martinho, de Pradópolis (SP), é a maior processadora de cana do mundo, com moagem de 8,4 milhões de toneladas na safra 2010/11. Já a Usina Boa Vista é da Nova Fronteira Bioenergia, resultante de joint venture com a Petrobras Biocombustível. Projeções de MM Ljn Participações (*) Outros Com Voto 30/agosto/2012 Sem Voto Todos tipos 56,1% 42,1% - 56,1% 42,1% (*) Ljn Participações S.A. é resultado da união dos três controladores, Luiz Ometto Participações S.A., Joao Ometto Participações S.A. e Nelson Ometto Participações Ltda. Mar/12 Mar/13e Mar/14e Mar/15e Mar/16e Mar/17e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido R$ 1.367,0 R$ 569,9 R$ 126,6 R$ 1.454,7 R$ 532,8 R$ 146,5 R$ 1.570,6 R$ 599,4 R$ 205,6 R$ 1.636,5 R$ 620,7 R$ 117,3 R$ 1.752,6 R$ 689,0 R$ 167,2 R$ 1.796,2 R$ 715,0 R$ 166,6 Indicadores Mar/12 Mar/13e Mar/14e Mar/15e Mar/16e Mar/17e COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 1,5 6,2 24,5 821,6 20,1% 57,7% 6,3% 41,7% 9,3% 1,5 8,1 21,1 1,2% 25,0% 1.233,0 17,0% 64,1% 6,9% 36,6% 10,1% 1,4 7,6 15,1 1,7% 25,0% 1.441,6 20,6% 64,6% 9,0% 38,2% 13,1% 1,3 7,7 26,4 0,9% 25,0% 1.654,0 11,2% 64,0% 4,9% 37,9% 7,2% 1,2 7,0 18,5 1,3% 25,0% 1.696,6 26,9% 64,8% 6,7% 39,3% 9,5% 1,2 6,7 18,6 1,3% 25,0% 1.667,9 7,2% 62,9% 6,3% 39,8% 9,3% Histórico Conclusão Um dos destaques de crescimento na São Martinho, ainda que deva continuar respondendo pela menor fatia da receita é o segmento de energia, com bom potencial para trazer melhora nas margens nos próximos anos. O cenário para etanol no Brasil (destino de cerca de 90% do etanol produzido pela São Martinho) continua desfavorável, mas vemos potencial upside, que ainda não consideramos em nossa projeção, após a forte redução anunciada para as tarifas elétricas e da desoneração de mais setores industriais. Essas reduções devem se traduzir em inflação bem mais suave que o previsto no início de 2013, abrindo espaço para possíveis reajustes de fato no preço da gasolina na bomba. Como o preço do etanol hidratado tem grande correlação com o preço da gasolina, esse fator poderia aumentar a atratividade do álcool para os produtores, com impactos positivos para os papéis das companhias do setor. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 17 Alimentos / Abatedouros Em suma, o ano de 2012 frustrou um pouco as expectativas traçadas inicialmente ao setor de alimentos processados. Com alta exposição ao mercado externo, as companhias sofreram diversos impactos tanto pelo lado da oferta quanto do ponto de vista da demanda. O milho, a soja e o trigo são importantes insumos no processo produtivo dos frigoríficos e foram afetados pelas sucessivas quebras de safraclimáticas nos principais países produtores, sobretudo pelas estiagens nos EUA. Desta forma, os preços das proteínas destinadas aos animais se elevaram, pressionando os custos das empresas. No que tange a demanda, vale relembrar que, nos últimos cinco anos, as carnes bovinas e suínas brasileiras vêm enfrentando barreiras protecionistas por parte de alguns países, tendo destaque a Rússia que figura entre os maiores consumidores. Certamente, veremos em 2013 o desdobramento do caso ocorrido no fim de novembro, que confirmou a presença da proteína do agente causador da doença da “vaca louca” (BSE) em uma fêmea que morreu em dezembro de 2010 no Paraná. Apesar da Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) ter classificado o Brasil entre os países que já reportaram a doença, como pode ser visto no mapa a seguir, o status do país permanece de risco insignificante de contágio. O exame laboratorial apontou que o animal não desenvolveu a doença e morreu por outras causas. Ainda assim, alguns países suspenderam ou reduziram as importações de carnes bovinas brasileira, são esses: África do Sul, Arábia Saudita, China, Coréia do Sul, Japão e Taiwan. Juntos, eles representam em torno de 4% das exportações brasileiras de carnes bovinas. Entretanto, acreditamos que o cenário para o setor em 2013 será melhor, mas com muita volatilidade. No entanto, se excluímos os eventos que não podemos mensurar, tais como barreiras a exportação e riscos climáticos, visando somente à recuperação da demanda, a inversão do ciclo do gado (Os abatedouros se beneficiarão pela inversão do ciclo do gado em nosso país que deve sustentar o baixo preço da arroba do boi para abate), além da melhor safra e preço para os grãos (especialmente milho e soja), teremos melhores resultados para as empresas que fazem parte deste setor. EMPRESAS ACOMPANHADAS JBS (JBSS3)...............................................................................................................................................Manter MINERVA (BEEF3)......................................................................................................................Comprar Fonte: World Organisation for Animal Health (OIE) 18 Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 6,90 I Up Side: 14,2% I JBSS3 / R$ 6,04 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A JBS atua nas áreas de alimentos, couro, produtos para animais domésticos, biodiesel, colágeno, latas e produtos de limpeza. A companhia está presente em cinco continentes, com plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países. Com acesso a 100% dos mercados consumidores, a JBS possui 301 unidades de produção no mundo e mais de 135 mil colaboradores. Projeções de MM Fb Participações S.A. (*) Bndespar - BNDES Part. SA Outros Com Voto 19/out/12 Sem Voto Todos tipos 42,7% 29,9% 19,3% - 42,7% 29,9% 19,3% (*) a Fb Participações S.A. é controlada pelas famílias Batista e Bertin. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 61.796,8 3.072,0 (75,7) 71.066,3 3.308,9 738,2 81.502,9 3.072,0 848,5 89.653,2 3.446,7 805,1 98.618,5 3.732,9 830,3 108.480,4 4.107,0 1.159,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,8 8,5 (236,5) 13.585,3 28,3% 54,4% -0,4% 5,0% -0,1% 0,8 9,4 24,3 1,0% 25,0% 13.348,8 33,7% 53,9% 3,3% 4,7% 1,0% 0,8 9,8 21,1 1,2% 25,0% 12.164,3 55,8% 53,8% 3,7% 3,8% 1,0% 0,8 8,5 22,2 1,1% 25,0% 11.562,2 48,2% 49,6% 3,4% 3,8% 0,9% 0,7 8,0 21,6 1,2% 25,0% 11.863,3 62,3% 50,0% 3,5% 3,8% 0,8% 0,7 7,0 15,4 1,6% 25,0% 11.011,2 60,0% 48,5% 4,7% 3,8% 1,1% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Apesar do cenário conjuntural para a companhia ainda ser desafiador, estamos mais otimistas nos próximos anos. Acreditamos que a melhora virá principalmente, devido à maior demanda dos países por carne in natura, além disso, o clima mais favorável no hemisfério sul e a inversão do ciclo do gado em nosso país colaboraram para a melhor gestão operacional em todas as unidades industriais como também a queda dos custos da arroba no mercado nacional. Desta forma, esperamos maiores faturamentos boas perspectiva no EBITDA e margem EBITDA sejam maiores ao longo dos anos. No entanto, a nossa preocupação continua sendo a alta alavancagem da companhia e principalmente, riscos que são difíceis de ser mensurados, tais como barreiras sanitárias a exportação. Contudo, resumimos que o cenário para o setor e de fortalecimento, entretanto, os riscos embutido nesses papéis continuam sendo o elevado endividamento. Sandra Peres (CNPI) 19 Alimentos / Abatedouros COMPRAR Preço Alvo: R$ 15,00 I Up Side: 36,4% I BEEF3 / R$ 11,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas O Minerva produz e comercializa carne in natura, industrializados e subprodutos de origem bovina, com capacidade diária de abate de 10.480 cabeças de gado e de desossa de 2.040 toneladas de carne bovina, equivalente a aproximadamente 12.911 cabeças. A companhia atua também no segmento de Food Services através da joint venture Minerva Dawn Farms (MDF), atualmente com capacidade de 120 toneladas de carne processada/dia, produzindo alimentos a base de carne bovina, suína e de aves. O Minerva também é exportador de couro wet blue e gado vivo. A companhia encerrou o ano de 2010 com aproximadamente 1.300 clientes localizados em cerca de 100 países. Projeções de MM Vdq Holdings S/A (*) Outros Com Voto 19/out/12 Sem Voto Todos tipos 53,9% 43,1% - 53,9% 43,1% (*) a Vdq Holdings S/A é integralmente detida por integrantes da Família Vilela de Queiroz. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 3.977,0 327,7 45,4 4.454,2 360,1 (126,7) 4.975,1 412,2 62,5 5.621,9 501,5 33,6 6.127,8 584,9 36,3 6.697,6 703,6 80,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,5 5,2 25,7 1.223,1 26,6% 77,2% 5,7% 8,2% 1,1% 1,7 7,8 0,0% 0,0% 1.580,9 18,3% 82,0% -18,9% 8,1% -2,8% 1,6 6,8 18,6 1,3% 25,0% 1.562,8 17,1% 81,4% 8,7% 8,3% 1,3% 1,6 5,7 34,7 0,7% 25,0% 1.641,7 17,6% 80,8% 4,5% 8,9% 0,6% 1,5 5,0 32,1 0,8% 25,0% 1.689,1 16,4% 80,0% 4,7% 9,5% 0,6% 1,4 4,1 14,5 1,7% 25,0% 1.674,9 14,4% 78,9% 9,7% 10,5% 1,2% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Acreditamos que os próximos desempenhos do Minerva devem ser melhores principalmente do lado operacional, devido à maior demanda dos países por carne in natura. Além disso, o clima mais favorável no hemisfério sul e a inversão do ciclo do gado em nosso país colaboraram para a melhor gestão operacional em todas as unidades industriais (Brasil, Paraguai e Uruguai) como também a queda dos custos da arroba no mercado nacional. Com faturamento maior e custos e despesas mais controlados, a perspectiva é de que o EBITDA e margem EBITDA sejam maiores ao longo dos anos. A empresa ainda continua alavancada, sendo esta uma das nossas preocupações. No entanto, a intenção da empresa é de reduzir seu endividamento. O panorama para o setor é de fortalecimento, em virtude dos baixos estoques externos que devem garantir um bom volume de exportações. Além do cenário mais atraente, alteramos nosso parecer de manutenção para compra diante da forte queda ocorrida nos últimos pregões, abrindo um interessante potencial de valorização. Todavia, reiteramos aqui o elemento risco embutido nesses papéis, diante do elevado endividamento apresentado. Sandra Peres (CNPI) 20 Alimentos / Massas / Farináceos Ao fim de 2012, o Brasil deve se manter como o terceiro maior produtor de massas alimentícias do mundo e consumir cerca de 6 kg por habitante, patamar mais alto entre o grupo de países emergentes BRIC's, segundo as estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias, Pão & Bolo Industrializado (ABIMA). A principal matéria-prima utilizada na fabricação é o trigo e, conforme os dados da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO), a produção nacional não é suficiente para atender o consumo no país que, para complementar, importa grandes volumes do mercado internacional, sobretudo da Argentina. Como forma de sintetizar as informações do mercado de trigo brasileiro, elaboramos o gráfico abaixo referente aos últimos três anos safra. através de crescimento orgânico das marcas e nas demais regiões do país vem conquistando market share por meio de aquisições no mercado. Vale destacar que a companhia produz em torno de 70% do trigo utilizado no processo produtivo e tem realizado investimentos na capacidade de seus moinhos, da mesma forma que fica atenta às oportunidades de adquirir novas unidades de moagem de trigo no país. Esperamos para 2013 que a redução no nível de endividamento das famílias combinada às melhores condições macroeconômicas do país, impulsione o consumo nacional como um todo, mas, em especial, por derivados do trigo. A demanda por produtos alimentícios tem forte relação com a renda da população, que, quando se eleva, proporciona às famílias aumentarem tanto em quantidades quanto qualitativamente a cesta básica de consumo. Classificada nesse setor, a M. Dias Branco é voltada exclusivamente para o mercado interno, onde possui vasta presença na região nordeste Brasil - Estatísticas do Mercado de Trigo 12,0 10,1 10,2 10,2 10,0 Em milhões de toneladas 8,0 6,0 5,7 5,0 6,3 5,6 5,7 5,0 4,0 1,7 2,0 2,3 2,1 1,3 1,3 1,9 0,0 Produção Consumo 2009-2010 Estoque 2010-2011 Importação Exportação 2011-2012 Fonte: ABIMA/ABITRIGO/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). EMPRESAS ACOMPANHADAS M. Dias Branco (MDIA3)...............................................................................................................Manter 21 Alimentos / Massas / Farináceos MANTER Preço Alvo: R$ 79,00 I Up Side: 2,6% I MDIA3 / R$ 77,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo A M.Dias Branco fundada há mais de 60 anos, atua na fabricação, comercialização e distribuição de produtos alimentícios derivados do trigo, especificamente: (i) biscoitos e massas, (ii) farinha e farelo de trigo, bem como de (iii) margarinas e gorduras vegetais. A companhia é líder nacional nos mercados de biscoitos e de massas no Brasil, em termos de volume de vendas (em toneladas) e em faturamento (em R$), segundo dados da AC Nielsen. A M. Dias Branco também possui uma participação relevante no mercado brasileiro de farinha e farelo de trigo, uma das suas principais matérias-primas, no qual acredita estarem entre os três maiores participantes, em termos de volume de consumo, medidos em toneladas. Projeções de MM Com Voto 13/mar/12 Sem Voto Todos tipos Dibra Fundo de Inv. em Participações (*) 63,1% - 63,1% Outros 36,9% - 36,9% Principais Acionistas (*) a Dibra é controlada pelo Sr. Francisco Ivens de Sá Dias Branco. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.911,0 481,3 366,5 3.520,1 683,6 414,3 3.799,3 746,9 448,6 4.121,5 821,9 495,4 4.484,0 922,7 559,0 4.890,1 1.042,6 644,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,4 18,9 23,8 480,2 39,5% 34,4% 18,3% 16,5% 12,6% 3,8 13,3 21,1 1,2% 25,0% 324,6 13,4% 32,8% 17,9% 19,4% 11,8% 3,4 11,9 19,5 2,6% 50,0% 155,0 14,0% 33,2% 17,7% 19,7% 11,8% 3,1 10,7 17,6 2,8% 50,0% 59,9 15,3% 32,0% 17,8% 19,9% 12,0% 2,8 9,3 15,6 3,2% 50,0% 18,7% 30,8% 18,2% 20,6% 12,5% 2,6 8,0 13,6 3,7% 50,0% 8,4% 29,3% 19,0% 21,3% 13,2% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A M. Dias Branco mantém seu foco nas vendas para as regiões Sudeste e Nordeste, tanto em volume quanto em preço, com destaque para a região que compreende os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo que corresponde por aproximadamente metade do total de suas vendas com produtos de maior valor agregado. Destacamos também que todas as linhas de produtos da companhia vêm apresentando crescimento, incluindo produtos novos (snacks e bolos). Além disso, os repasses de preços realizados, em razão do aumento de custos e do crescimento dos volumes (especialmente de biscoitos e massas) permitiram maior eficiência operacional, além da expansão em suas margens. Vale ressaltar que a M.Dias continua com boa participação no mercado nacional, alcançando 26,3% em biscoitos e 25,1% em massas (em volume de vendas). A companhia segue firme com seu plano de expansão, paralelamente às reduções de custos e despesas. Além disso, a consolidação das aquisições e a busca pela sinergia poderão proporcionar melhores resultados no futuro. Sandra Peres (CNPI) 22 Autopeças / Material de Transporte A indústria automotiva foi uma das mais afetadas pela crise financeira americana de 2008. Consequentemente, as vendas de automóveis decresceram fortemente ocasionando a falência de diversas montadoras ao redor do mundo. Somente a partir de 2010, a economia mundial entrou, ainda que muito lentamente, em fase de recuperação, registrando naquele ano 4,6% de crescimento industrial, impulsionado pelos países emergentes, entre eles o Brasil que se tornou o quarto maior mercado automobilístico do mundo, superando a Alemanha. De acordo com projeções do BNDES, o país deverá atingir o terceiro lugar nos próximos anos. Já para o segmento de caminhões em 2012, foi um ano atípico e bastante desafiador, onde somente no mês de agosto os emplacamentos de novos caminhos caíram 30,89% diante do mesmo período de 2011. Tal fato se deve a conjuntura nacional bastante volátil neste último ano que levou a um fraco resultado do PIB no período. O comércio de caminhões pode ser considerado uma espécie de índice da produção do país, já que a maior parte das compras de caminhões é voltada para o transporte de mercadorias de fábricas, em especial da produção agrícola e construção civil. Como destaque do segmento, vale citar os investimentos em torno de R$ 35 bilhões, anunciados em 2011 por parte das principais montadoras, que irão até 2015. Investimentos estes que estão voltados não somente para a expansão da capacidade produtiva, mas sim para o desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. 251.380 209.559 233.519 232.623 279.927 2012 340.911 253.966 294.187 238.863 281.745 235.036 243.786 223.755 225.129 199.506 229.688 2011 243.827 188.321 212.173 300.000 187.274 400.000 200.352 Vendas de Veículos 238.896 O setor deverá apresentar um prejuizo em 2012 de cerca de US$ 5,27 bilhões e segundo previsões do próprio BNDES, em 2013 esse prejuizo avançará 14,5%. Apesar do resultado comercial negativo esperado, o faturamento do setor deverá crescer 3% totalizando US$ 200.000 100.000 0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio 56,9 bilhões, ante US$ 55,2 bilhões estimados para 2012. Dentro deste resultado as montadoras irão contribuir em 71%, o setor de reposição 15% e as exportações 8%. Um dos principais drivers do setor de autopeças são as vendas de automóveis e neste quesito 2011 foi positivo, com cerca de 3,7 milhões de veículos produzidos em território nacional e com um total de 5,7 milhões de veículos vendidos. As projeções do BNDES indicam que até 2015 o país atinja a marca de 5 milhões de veículos produzidos. As fortes elevações nas vendas nos últimos anos são resultado da conjuntura econômica brasileira, refletido no aumento da renda média da população, resultando em ascensão social, o que possibilitou a aquisição do primeiro carro para muitos indivíduos na classe C. Em 2012, as vendas de carros foram impulsionadas pela redução, e em alguns casos, isenção do IPI (imposto sobre produtos industrializados). Somente no mês de novembro, as vendas de veículos registraram alta de 19% se comparado ao mesmo período de 2011. Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Acreditamos que os princípios do setor continuem fortes no próximo ano. A recuperação da economia interna deverá se refletir em elevação da produção industrial. Além disso, os primeiros resultados práticos dos altos investimentos citados no setor deverão começar a aparecer e, com isso, espera-se aumento nas vendas. EMPRESAS ACOMPANHADAS Autometal (AUTM3)......................................................................................................................Comprar Iochpe-Maxion (MYPK3).......................................................................................................Comprar Marcopolo (POMO4).........................................................................................................................Manter Metal Leve (LEVE3)......................................................................................................................Comprar 23 Autopeças / Material de Transportes COMPRAR Preço Alvo: R$ 23,50 I Up Side: 15,0% I AUTM3 / R$ 20,43 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Autometal é um grande fornecedor de autopeças (componentes e subconjuntos) do setor automotivo brasileiro. Atua no Brasil e NAFTA, com dez plantas em nosso país e sete no México. Os processos de fabricação ou tecnologias básicas dos cerca de 6.000 produtos abrangem: plástico, metalmecânica, pintura e estamparia. A CIE Automotive (Espanha) detém 77,15% da companhia, com o restante de free float. Projeções de MM Cie Autometal S.A.(*) Outros Com Voto 31/mai/12 Sem Voto Todos tipos 77,1% 22,9% - 77,1% 22,9% (*) a Cie Autometal S.A. é controlada pelas espanholas CIE Bèrriz S.L. e CIE Inversiones e Immuebles S.L. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.562,7 292,9 184,0 1.578,3 246,0 169,5 1.810,1 312,4 213,5 2.027,3 358,4 221,5 2.169,2 388,3 248,8 2.327,4 423,2 275,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,2 4,7 14,0 (266,5) 61,5% 48,9% 15,6% 18,7% 11,8% 2,0 10,7 15,2 3,3% 50,0% 53,9 42,6% 55,0% 13,4% 15,6% 10,7% 1,9 8,3 12,1 4,1% 50,0% 24,5 34,8% 49,7% 15,6% 17,3% 11,8% 1,7 7,2 11,6 4,3% 50,0% 18,5 37,8% 47,1% 14,9% 17,7% 10,9% 1,6 6,5 10,3 4,8% 50,0% 43,5% 45,1% 15,5% 17,9% 11,5% 1,5 5,8 9,3 5,4% 50,0% 57,4% 42,8% 15,8% 18,2% 11,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Os mercados de atuação da companhia apresentam elevado potencial de crescimento, sendo que o Brasil já é o 5º maior mercado mundial de veículos, com expectativa de chegar a produzir cerca de 5 milhões de carros em 2015, vide os expressivos investimentos que estão sendo realizados pelas montadoras. Mas o grande impulsionador de receitas desta companhia serão as aquisições. Em nossa projeção, trabalhamos com aumento de faturamento da ordem de R$ 800 milhões a cada dois anos, ou seja, a companhia deverá no mínimo duplicar as suas atividades nos próximos 5 anos. O comportamento de margens tende a ser bastante estável, já que no setor atuam grandes players, não abrindo muitas possibilidades para aumento de preços que não seja repasse de custos. Mesmo com preços de matérias-primas um tanto quanto imprevisíveis, a margem bruta tende a ser estável, podendo apresentar oscilações nas comparações inter-trimestrais. Acreditamos que a manutenção de redução do IPI e a expectativa da continuação de fortes vendas no mercado NAFTA criam boas perspectivas para a companhia. Vale lembrar que a Autometal realizou duas importantes aquisições, sendo uma na China e outra nos EUA, porém não as incorporamos em nossos números. Em suma, encontramos uma empresa com elevado potencial de valorização, apresentando diversas variáveis que poderão impulsionar os papéis. Sandra Peres (CNPI) 24 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 33,00 I Up Side: 23,7% I Breve Descritivo MYPK3 / R$ 26,68 em 28/dez/12 Principais Acionistas A Iochpe-Maxion foi fundada em 1918, no estado do Rio Grande do Sul atuando inicialmente no ramo madeireiro. Atualmente as atividades da companhia desenvolvem-se majoritariamente em torno do mercado de autopeças, pela Divisão Rodas e Chassis, Divisão Fumagalli e Divisão Componentes automotivos, além da atuação no mercado de equipamentos ferroviários através da Amsted-Maxion. Possui plantas no Brasil, China e México bem como depósitos e escritórios espalhados pelo mundo. Bndespar - BNDES Participações SA HSBC Bank Brasil AS Isi Participações Ltda. (*) Schroder Investment Manag. Limited Itaú-Unibanco S.A. Outros Com Voto 6,8% 5,6% 5,5% 5,2% 5,0% 50,5% 20/ago/12 Sem Voto - Todos tipos 6,8% 5,6% 5,5% 5,2% 5,0% 50,5% (*) a Isi Participações Ltda. é uma holding de outros membros da família Ioschpe, assim como a Degus Participações Ltda e a Ibi Participações e Negócios Ltda. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.905,1 411,2 223,4 5.650,8 342,9 47,8 5.989,8 543,6 187,8 6.349,2 710,4 357,1 6.730,1 837,3 398,8 7.133,9 904,8 471,0 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,8 6,6 11,3 519,4 63,0% 63,1% 24,3% 14,2% 7,7% 2,7 16,6 52,9 1,4% 75,0% 3.165,9 80,9% 82,3% 5,1% 6,1% 0,8% 2,5 10,2 13,5 5,6% 75,0% 3.027,3 77,5% 82,0% 18,9% 9,1% 3,1% 2,3 7,5 7,1 10,6% 75,0% 2.807,2 72,4% 80,5% 33,0% 11,2% 5,6% 2,3 6,3 6,3 15,8% 100,0% 2.739,2 68,8% 81,0% 36,8% 12,4% 5,9% 2,3 5,7 5,4 18,6% 100,0% 2.637,8 64,7% 81,3% 43,5% 12,7% 6,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Apesar da perspectiva de acomodação da demanda interna por veículos pesados no curto prazo, a Iochpe apresenta exposição no segmento de rodas e componentes automotivos, além de relevante atuação no segmento de vagões e fundidos ferroviários. Destacamos que as perspectivas tanto para o setor automotivo, como para o setor de equipamentos ferroviários continuam positivas no médio/longo prazo. Desta maneira, entendemos que num cenário de retração das vendas de caminhões, a atuação da companhia em outros segmentos deve mitigar parcialmente os resultados negativos. Tais perspectivas baseiam-se, sobretudo nos ótimos condicionantes de consumo da economia doméstica, destacadamente o alto patamar de confiança do consumidor, aumento da renda da população e menor taxa de desemprego nos últimos meses. Destacamos que após aquisições realizadas no final de 2011, a dívida líquida da Iochpe saltou e boa parte com vencimento de curto prazo. Entretanto, no âmbito operacional, os pacotes governamentais de concessão de rodovias e ferrovias podem se traduzir em impacto positivo para a Iochpe-Maxion, nesse sentido, vemos oportunidades de ganhos a médio e longo prazo. Sandra Peres (CNPI) 25 Autopeças / Material de Transportes MANTER Preço Alvo: R$ 13,50 I Up Side: 4,9% I Breve Descritivo Principais Acionistas A Marcopolo S.A. foi fundada em 1949 e é líder no mercado brasileiro no segmento ônibus, detendo mais de 40% da comercialização de carrocerias de ônibus. A companhia produz carrocerias para ônibus rodoviários, urbanos, midi, micro e miniônibus e possui 4 unidades produtivas no Brasil e 7 no exterior. Os negócios da Marcopolo S.A. dividem-se em: Marcopolo (uma das maiores fabricantes mundiais de ônibus); Volare (unidade de negócio independente que produz veículos completos – chassi e carroceria com foco no mercado de miniônibus); Ciferal (focada na produção de veículos para transporte coletivo de passageiros em centros urbanos) e Banco Moneo. Projeções de MM POMO4 / R$ 11,91 em 28/dez/12 Paulo Pedro Bellini Petros - Fund. Petrobras de Seg. Social Fund. Bco.Central Prev.Priv. - Centrus Outros Com Voto 13/set/12 Sem Voto Todos tipos 43,7% 0,0% 15,2% 18,2% 0,5% 16,1% 0,0% 58,9% 16,9% 10,0% 5,8% 43,4% (*) a Davos Participações S.A. pertence a membros da família Bellini e Pinto. Já a Vate – Participações e Administração Ltda. pertence a membros da família Pinto. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 3.368,9 455,7 343,1 3.638,1 468,3 280,8 3.847,5 559,1 316,9 4.023,0 599,1 385,0 4.197,3 703,1 490,6 4.389,6 779,2 435,0 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,9 11,9 16,8 580,3 41,5% 65,4% 29,3% 13,5% 10,2% 4,5 13,5 20,6 2,9% 59,8% 544,5 57,4% 67,1% 21,9% 12,9% 7,7% 4,1 11,1 18,2 3,1% 56,5% 437,5 71,7% 67,7% 22,3% 14,5% 8,2% 3,6 10,4 15,0 3,7% 55,0% 469,5 80,4% 69,1% 24,1% 14,9% 9,6% 3,2 8,9 11,8 4,5% 53,2% 489,7 87,2% 71,3% 26,9% 16,8% 11,7% 2,9 8,3 13,3 4,3% 57,0% 704,4 82,9% 62,6% 21,6% 17,8% 9,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Atualizamos nossa projeção de Marcopolo, assumindo premissas de uma nova conjuntura com perspectivas de menor crescimento econômico mundial. Ainda assim, vislumbramos grande potencial para o desenvolvimento do segmento de ônibus, tanto no Brasil como nos países em que a companhia atua. Destacamos drivers como: (I) obras de infraestrutura para a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas; (II) Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade Urbana; (III) novo modelo de concessão das linhas interestaduais, que deverá gerar encomendas adicionais nos próximos 15 anos (tempo de duração das concessões) em virtude das novas exigências relacionadas à idade máxima dos veículos e da frota. Estamos diante de uma companhia que tem bom posicionamento no mercado em que atua e que consegue manter margens relativamente elevadas em relação a seus pares, principalmente porque tem uma política interna de preços Premium. Acreditamos que além do bom momento econômico interno, a recuperação e maturação de unidades em outros mercados bem como o modelo de negócios da companhia deve se traduzir em resultados muito satisfatórios. Sandra Peres (CNPI) 26 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 32,00 I Up Side: 28,0% I LEVE3 / R$ 25,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Mahle é uma empresa do setor de autopeças que atua na fabricação e comercialização de componentes de motores a combustão interna e filtros automotivos. A companhia está presente no mercado OEM (Original Equipament Manufactures), cujos clientes são as montadoras de automóveis, e no segmento de peças para reposição, denominado “Aftermarket”, cujos clientes são os grandes distribuidores de autopeças e retíficas de motores. A Metal Leve faz parte do grupo alemão MAHLE (“Grupo MAHLE”), um dos mais tradicionais grupos do setor de autopeças do mundo e que teve sua origem na Alemanha em 1920. A Mahle Metal Leve possui sete plantas industriais, sendo seis instaladas no Brasil e uma na Argentina, na cidade de Rafaela. A companhia possui ainda, dois centros de distribuição bem como um Centro de Tecnologia. Projeções de MM Mahle Industria e Comercio Ltda (*) Mahle Gmbh Outros Com Voto 19/abr/12 Sem Voto Todos tipos 60,8% 5,2% 24,8% - 60,8% 5,2% 24,8% (*) a Mahle Indústria e Comércio Ltda. é 100% controlada pela MAHLE Industriebeteiligungen GmbH da Alemanha. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.236,8 372,2 188,7 2.292,7 389,5 159,1 2.366,4 443,7 198,8 2.449,3 460,5 207,4 2.547,2 482,5 221,4 2.669,1 516,5 243,8 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,4 8,6 17,0 303,0 70,6% 49,3% 14,1% 16,6% 8,4% 2,4 8,6 20,2 4,9% 98,3% 104,4 52,2% 46,9% 11,8% 17,0% 6,9% 2,3 7,4 16,1 5,5% 89,2% 14,1 2,5% 43,5% 14,6% 18,7% 8,4% 2,3 6,9 15,5 5,9% 91,0% 14,9% 43,9% 15,0% 18,8% 8,5% 2,3 6,5 14,5 6,4% 92,7% 14,6% 44,0% 15,8% 18,9% 8,7% 2,3 5,9 13,2 7,1% 93,0% 12,2% 44,5% 17,2% 19,4% 9,1% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A despeito do momento mais conturbado para a indústria automotiva no curto prazo, entendemos que a grande diversificação de clientes e produtos, além do relevante market share nos mercados em que atua conferem resiliência às operações da Mahle Metal Leve. Em nossa projeção, trabalhamos com aumento de margens a partir de 2013, em vista do melhor mix produtivo, valorização do dólar, bem como estímulos governamentais anunciados, que devem se traduzir em diminuição dos custos produtivos. Não incorporamos aquisições na projeção e destacamos que a Mahle pauta sua estratégia de aquisições em dois pilares: (i) a atividade da companhia a ser adquirida tem que estar relacionada ao core business da Mahle Metal Leve; e (ii) para se tornar um potencial alvo de aquisição, o negócio deve ser estratégico para o grupo Mahle. Vislumbramos melhoras mais consistentes para o setor, assim que as políticas econômicas internas atingirem maior nível de maturação bem como a demanda externa retomar vigor. Acreditamos que a companhia é uma boa opção para investidores que vislumbrem ganhos através de proventos, em função do pay out elevado. Sandra Peres (CNPI) 27 Bebidas No decorrer de 2012 observamos a sustentação da demanda por bebidas, ainda que o cenário de consumo tenha se mostrado bastante adverso. As vendas de cervejas, isotônicos, refrigerantes e produtos similares são altamente correlacionados com a evolução da propensão a consumir da população, no entanto, esta ficou contida pelo elevado grau de endividamento das famílias e balizada pela modesta trajetória de crescimento econômico. De fato, melhores condições macroeconômicas em 2013 além de revigorarem o consumo permitirão maior confiança para fazer investimentos. Da mesma forma que a Copa das Confederações, a ser realizada em junho no Brasil, trará incremento ao volume de bebidas. Podemos dizer que o grande “vilão” nesse setor são os impostos sobre as bebidas, especificamente sobre a cerveja. A Ambev compõe isoladamente esse setor em nosso Stock Guide. Suas operações em países da América Latina e no Canadá estão inseridas em um cenário caracterizado pela ampla concorrência, sobretudo na Argentina. Neste contexto, o que vimos foram receitas elevando-se na medida em que seus produtos conquistavam posição Crescimento Real do PIB 8,9% 4,5% 4,0% 2,7% 2,6% 2,4% 1,5% Brasil Argentina 2011 3,9% 3,2% 3,1% 1,9% 2,0% Canadá 2012e América Latina e Caribe 2013e Fonte: Banco Mundial no mercado. Em contrapartida, o desempenho no Brasil seguiu em rota de ascensão e com ganhos de rentabilidade. A decisão do governo em adiar o aumento do IPI sobre a cerveja (de outubro deste ano para abril de 2013) proporcionará forte crescimento de vendas, visto que não haverá aumento de preço ao consumidor final logo na época de maior consumo de bebidas. Mesmo que os riscos externos continuem contendo o crescimento, vislumbramos para o próximo ano recuperação da atividade doméstica e em todo o continente americano. As estimativas do Banco Mundial reforçam essa visão e, por isso, elaboramos o gráfico abaixo com os principais países que a Ambev direciona seus negócios e com os números que abrangem a região. 28 EMPRESAS ACOMPANHADAS Ambev (AMBV4)..................................................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 95,00 I Up Side: 10,9% I AMBV4 / R$ 85,64 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Ambev é a sucessora da Companhia Cervejaria Brahma e da Companhia Antarctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos, duas das cervejarias mais antigas do Brasil. A Ambev está presente em 14 países das Américas, liderando o mercado em que atua no Brasil, Argentina, Canadá, Uruguai, Bolívia e Paraguai. A companhia atua em operações que envolvem a produção e comercialização de cervejas, refrigerantes e outras bebidas nãocarbonatadas, malte e subprodutos. Interbrew International B.V. (*) Fund Antonio e Helena Zerrenner Inb Ambrew S/A Previ Cx Prev Funcs Bco Brasil Outros Com Voto 10/ago/12 Sem Voto Todos tipos 65,3% 17,1% 8,7% 1,0% 7,8% 37,9% 0,0% 7,3% 5,7% 49,1% 53,3% 9,6% 8,1% 3,1% 26,1% (*) a Internrew International BV possui, indiretamente, como controladores, os antigos sócios da AmBev, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto da Veiga Sicupira e Marcel Hermann Telles. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 27.126,7 13.164,2 8.641,0 29.410,2 13.881,6 10.493,8 31.998,8 15.318,5 10.725,8 36.798,7 17.905,0 11.233,9 39.742,6 19.816,4 12.469,7 45.703,9 22.935,6 14.501,6 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 10,3 19,3 30,9 53,9% 44,0% 33,5% 48,5% 31,9% 9,4 18,6 25,5 3,0% 76,0% 33,5% 48,2% 37,0% 47,2% 35,7% 8,6 16,8 24,9 3,0% 75,7% 38,7% 46,5% 34,7% 47,9% 33,5% 8,2 14,1 23,8 3,6% 86,2% 7,8% 48,5% 34,6% 48,7% 30,5% 7,8 12,6 21,4 4,0% 85,6% 57,5% 48,1% 36,4% 49,9% 31,4% 7,3 10,7 18,4 4,6% 84,6% 20,0% 48,9% 39,7% 50,2% 31,7% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A tônica este ano deve ser os volumes em recuperação. A expansão da renda será uma variável decisiva para a inclusão de novos consumidores de bebidas das classes C e D. Corroborando com esta visão, vale destacar que a receita líquida apresentará elevações, em virtude do crescimento no volume consolidado, tanto em bebidas não-alcoólicas, quanto em cerveja, principalmente no mercado Brasileiro. Os investimentos que vêm sendo realizados, tanto nas marcas premium como em inovações em produtos e embalagens, além da otimização de custo e despesas, deverão seguir beneficiando a companhia. A Ambev segue se preparando para atender a crescente demanda esperada nos próximos anos no País, que sediará dois grandes eventos esportivos, com destaque para a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e, em menor escala, os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. O ponto negativo continua sendo o reajuste do IPI no mercado de cerveja. Todavia, a característica defensiva da ação deverá seguir despertando o interesse dos investidores, uma vez que persistem os temores com a situação financeira global, principalmente com os países da Zona do Euro, além da lenta recuperação da economia norteamericana, trazendo momentos de maior aversão ao risco. Continuamos com nossa recomendação de manutenção para as ações da companhia, dado que tais perspectivas já se encontram incorporadas nos preços de seus papéis (AMBV4) negociados em bolsa. Sandra Peres (CNPI) 29 Bens de Capital / Infraestrutura Se 2011 foi um ano pra ser esquecido, 2012 não foi diferente para o setor de bens de capital. Perspectivas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que já não eram tão boas no início do ano foram ratificadas pelo cenário externo, relativamente incólume. Efetivamente, ao longo do ano, os desdobramentos da crise européia, a eclosão de incertezas tanto nos EUA quanto na China, e manutenção de elevados estoques no mercado interno, afetaram sobremaneira os investimentos e o dinamismo da indústria. Após constantes revisões para baixo do PIB, espera-se que em 2013 a economia doméstica volte a crescer, mas será que em 2013 o Produto Interno Bruto vai reagir guinado pelo setor industrial? Nessa tônica, acreditamos que em razão da continuidade da flexibilização monetária (barateando o custo de capital), aceleração de obras do PAC e concessões de serviços públicos, o contexto de 2013 pode representar um ponto de inflexão para o setor de bens de capital. Trabalhamos com significativa expansão da Formação Bruta de Capital Fixo, bem como, expansão da taxa de investimento em relação ao PIB, aproximando-se de 20%, além do aumento de 3,9% da produção física industrial em 2013, fatores esses que devem consubstanciar um ano melhor tanto para a indústria quanto para a atividade econômica interna. Antes de tratar das nossas expectativas para o ano que antecede a realização da Copa do Mundo, é importante abordar brevemente como foi o “ano do fim do mundo”. Podemos dizer que, pelo menos para o setor, essa metáfora tem certa relação com a realidade. Apesar dos esforços governamentais em estimular o consumo via redução das taxas de juros e impostos sobre produtos, a produção industrial não reagiu. As projeções que outrora apontavam para evolução nula da atividade industrial registravam, no final de 2012, retração do setor secundário. Ficou claro que, medidas calcadas essencialmente em “ajustes” setoriais não são o bastante para resgatar (ou conferir) a competitividade da indústria doméstica. Aspectos como a deformada estrutura tributária, precariedade infraestrutural e elevados custos atrelados à atividade produtiva (investimento, insumos básicos, energia, regulamentação e etc) traduzem-se (e traduziram-se) em ineficiência sistêmica, impossibilitando a expansão do potencial econômico interno, comprometendo a competitividade das companhias de bens de capital que sofreram com a expansão da presença dos importados. Depois dessa fotografia de 2012, vamos tratar da questão norteadora deste trabalho. As perspectivas para 2013 sugerem expansão da economia interna e bom desempenho da indústria. O principal indutor da esperada boa performance industrial, advém do melhor ambiente macroeconômico, em que câmbio e juros, além dos efeitos da redução de custos (desoneração da folha de pagamentos e redução das tarifas de energia) tenham efeitos multiplicadores sobre toda a economia. Efetivamente tanto o contexto interno (com a “maturação” das pontuais reformas) quanto o externo (com significativa diminuição do risco de ruptura na Zona do Euro e maior otimismo com relação à China e EUA) conferem plausibilidade à perspectiva de que o PIB industrial contribuirá sensivelmente com o crescimento econômico em 2013. 30 EMPRESAS ACOMPANHADAS Indústrias Romi (ROMI3)........................................................................................................Manter Weg (WEGE3)....................................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 5,00 I Up Side: 9,2% I ROMI3 / R$ 4,58 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Romi foi fundada em 1930 no interior do Estado de São Paulo, e hoje é uma empresa com presença internacional, possuindo plantas em Santa Bárbara D'Oeste e Turim, na Itália, que totalizam 11 unidades fabris. Os principais produtos comercializados pela empresa são: (i) Máquinas-Ferramenta (máquinas e equipamentos para trabalhar metal por arranque de cavaco), (ii) Máquinas para Plásticos (máquinas e equipamentos para moldar plástico por injeção e por sopro), e peças de ferro fundido. Dentre os setores econômicos nos quais a Romi tem forte presença, destacamos: automotivo, máquinas agrícolas, bens de capital e de consumo, distribuídos principalmente no Brasil e em países europeus como Itália, Espanha e França. Fenix Empreendimentos S/A (*) Petros - Fund. Petrobras de Seg. Social Genesis Asset Managers, Llp Bndespar - BNDES Participacoes SA Fundação Romi Outros Com Voto 07/nov/12 Sem Voto Todos tipos 36,3% 9,4% 7,4% 7,1% 1,5% 24,1% - 36,3% 9,4% 7,4% 7,1% 1,5% 24,1% (*) a Fenix Empreendimentos S.A. pertence às famílias controladoras Guimarães Chiti e Romi. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 631,1 17,7 3,6 567,9 (13,7) (36,8) 623,0 29,2 13,0 654,2 51,8 3,7 686,9 73,5 23,4 723,2 100,3 36,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,5 56,9 96,0 828,8 42,4% 62,5% 0,5% 2,8% 0,6% 0,6 9,4% 823,9 43,5% 63,5% -6,0% -2,4% -6,5% 0,6 34,4 26,4 8,2% 216,0% 661,3 34,1% 61,0% 2,2% 4,7% 2,1% 0,6 18,7 92,9 7,3% 681,0% 625,5 29,7% 60,0% 0,6% 7,9% 0,6% 0,6 12,6 14,6 8,5% 124,6% 585,5 27,4% 59,4% 4,1% 10,7% 3,4% 0,6 9,3 9,4 9,4% 88,2% 590,4 26,1% 58,9% 6,4% 13,9% 5,0% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Nossa recomendação para a Romi continua sendo de manutenção, principalmente em vista das dificuldades que se apresentam para a indústria. Não enxergamos grande potencial de valorização das ações ao analisarmos as perspectivas acerca do desempenho da companhia tanto no curto quanto no longo prazo. Após intensa piora nos resultados da empresa ao longo dos últimos anos, entendemos que a evolução negativa da receita chegou a um ponto de inflexão, contudo, vislumbramos um longo e difícil processo de recuperação em um cenário pouco amigável, apesar da perspectiva de crescimento econômico doméstico. Esse processo se refletirá no EBITDA e na margem EBITDA, que, por sua vez, só voltarão aos patamares anteriores após 2014. Entretanto, acreditamos que a paulatina melhoria já está precificada nas ações, assim como a otimização nos prazos de recebimento e giro de estoques, corroborando nosso parecer para os papéis da Romi. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Bruno Piagentini 31 Bens de Capital / Infraestrutura COMPRAR Preço Alvo: R$ 31,90 I Up Side: 15,0% I WEGE3 / R$ 27,73 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Weg é uma companhia especializada na produção de bens de capital e atua através de um diversificado modelo de negócios e produtos, que inclui: (i) equipamentos eletro-eletrônicos industriais, que representam 60% das receitas da Weg, (ii) geração, transmissão e distribuição de energia, com 22,8% das receitas, (iii) motores para eletrodomésticos (10,7%) e tintas e vernizes (6,4%). Além da importante abrangência dos negócios da empresa, destacamos a forte atuação da Weg no mercado externo, que já representa 38% das suas receitas, e a presença da companhia nos cinco continentes. A Weg é controlada, majoritariamente, por três grupos familiares e possui um free float em bolsa de 35,0%. Projeções de MM WPA Participações e Serviços S.A. (*) Outros Com Voto 19/abr/12 Sem Voto Todos tipos 51,0% 34,4% - 51,0% 34,4% (*) a WPA Participações e Serviços pertence indiretamente às famílias controladoras Zimmermann, Bartsch, Petry,Geffert, Werninghaus, Behnke e Voigt. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 5.189,4 851,2 586,9 6.123,5 1.174,2 601,7 7.144,9 1.445,5 823,8 8.288,1 1.793,9 982,7 9.614,2 2.206,1 1.152,6 11.183,0 2.702,5 1.308,1 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,4 17,4 29,3 526,1 49,2% 57,1% 15,0% 16,4% 11,3% 4,1 14,1 28,6 2,0% 55,8% 45,8% 51,8% 14,3% 19,2% 9,8% 3,7 11,1 20,9 2,2% 45,7% 34,0% 45,7% 17,6% 20,2% 11,5% 3,3 8,7 17,5 2,5% 44,3% 43,1% 44,5% 18,7% 21,6% 11,9% 3,0 6,8 14,9 4,6% 68,5% 57,7% 47,0% 20,4% 22,9% 12,0% 2,8 5,4 13,2 5,1% 67,6% 45,2% 44,5% 21,3% 24,2% 11,7% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A Weg pode ser uma boa opção de investimento, mas tudo depende do prazo para o qual se olha. A empresa apresenta sólidos fundamentos operacionais, e conseguiu crescer de forma admirável, apesar de todas as adversidades do setor. Grande parte do avanço observado no último período foi fruto de ganhos de market share, em especial no mercado externo, no qual o desempenho da empresa chega a impressionar, enquanto a grande gama de setores industriais atendidos pela Weg é importante fator de mitigação de risco. No mercado externo, as perspectivas de menor crescimento das economias desenvolvidas, que sofrem para se recuperar, e a desaceleração na China, também preocupam. Mas, acreditamos que os bons fundamentos da Weg devem prevalecer, com sua sólida posição de caixa, baixo endividamento, racionalidade nos investimentos e boa força de vendas. Além da expectativa de crescimento para a empresa, vislumbramos como positivo o fato de a Weg apresentar diversificação de clientes, atendendo diversos setores da economia, corroborando nosso parecer de compra para as ações da companhia. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Bruno Piagentini 32 Call Center O setor de Call Center apresenta um grande potencial de expansão, devido ao baixo volume de empresas que terceirizam serviços de atendimento ao consumidor, e a baixa taxa de penetração de alguns serviços, como financeiros, TV por assinatura e Banda Larga, o que corrobora um cenário positivo para o setor. Penetração da população (em %) 20,00% 8,40% 8,70% TV por assinatura Banda Larga uma das mais antigas estratégias do mercado: a realocação de seus centros de operações para regiões onde a mão de obra é mais barata e os índices de rotatividade de funcionários são menores, como por exemplo o Nordeste. A busca por mão-de-obra qualificada no setor vem se intensificando nos últimos anos, devido aos altos índices de rotatividade dos funcionários e reclamações por parte dos clientes das companhias do setor. Uma das principais causas para a escassez de mão-de-obra é o precário sistema educacional do país que distanciou por demasiado a formação escolar pública da realidade do mercado de trabalho, que desqualifica a maioria dos jovens por falta de conhecimentos básicos, como a língua portuguesa e informática. A alta rotatividade dos funcionários ocasiona custos maiores devido aos gastos com treinamentos para desenvolver os funcionários. Concluímos que o setor segue uma tendência positiva para médio e longo prazo, e que as empresas que nele atuam irão gradativamente se adequar a nova realidade do mercado brasileiro. Mesmo com pressão de custos, em especial com mão de obra, o crescimento nos próximos anos continuará na casa de dois dígitos. 10,00% 0,0% Fonte: Teleco Segundo o Sintelmark (Sindicato Paulista das Empresas de Telemarketing, Marketing Direto e Conexos), em 2012, o setor deverá crescer 11%, devido a gama expressiva de potenciais clientes. O crescimento da economia brasileira nos últimos anos vem possibilitando o surgimento de novos segmentos de atuação para o mercado corporativo, e conseqüentemente vem demandando atendimento dos clientes destes novos nichos de atuação, expandindo ainda mais o potencial do setor de Call Center. Em 2012, entrou em vigor a Lei 12.546 (Plano Brasil Maior) que modificou a forma de recolhimento da alíquota da contribuição social, que resultou em uma economia fiscal significativa para as empresas do setor, fruto dos incentivos por parte do governo, direcionados a setores com uso intensivo de mão de obra. Os custos com mão de obra chegam a representar 70% dos custos totais das companhias de Call Center, logo a redução de custos e a capacitação de funcionários são prioridades para que existam ganhos de margens. Os baixos índices de desemprego do país pressionam o valor dos salários ofertados pelas empresas do setor, que atualmente emprega 1,4 milhão de funcionários, fato que vem apertando as margens de lucro das companhias, que estão seguindo EMPRESAS ACOMPANHADAS Contax (CTAX4).................................................................................................................................Comprar 33 Call Center COMPRAR Preço Alvo: R$ 33,00 I Up Side: 33,6% I Breve Descritivo Principais Acionistas A empresa surgiu em 2000 e atua na área de contactcenter, na qual é líder, e é especializada em recuperação de crédito, televendas, retenção, serviços de tecnologia e trademarketing. A Contax atualmente conta com um portfóllio de 214 clientes corporativos, entre empresas de telecomunicações, serviços financeiros, saúde, varejo e o governo. A companhia detém operações no Brasil, Argentina, Colômbia e no Peru, além de presença comercial nos EUA e na Espanha, com um quadro de 107 mil colaboradores. Projeções de MM 2011 Ctx Participações S.A. (*) Credit Suisse Hedging-Griffo C. V. S/A Skopos Admin. de Recursos Ltda Outros Com Voto 14/nov/12 Sem Voto Todos tipos 71,6% 13,9% 2,1% 11,0% 10,4% 26,6% 25,0% 30,9% 34,0% 21,7% 16,2% 23,2% (*) a Ctx Participações S.A. que possui como controladores o Grupo Andrade Gutierrez, o Grupo Jereissati e a Portugal Telecom. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3.695,2 321,6 54,4 3.929,6 381,8 111,4 4.171,0 423,3 121,5 4.483,0 447,6 134,1 4.796,8 491,7 155,3 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3,2 6,8 76,4 701,8 39,8% 81,2% 4,2% 8,9% 0,7% 3,0 6,9 29,4 0,9% 25,0% 628,7 12,3% 79,4% 10,1% 8,7% 1,5% 2,6 5,6 14,3 1,7% 25,0% 543,4 42,7% 76,5% 17,9% 9,7% 2,8% 2,2 4,9 13,2 1,9% 25,0% 466,1 14,7% 69,9% 17,0% 10,1% 2,9% 2,0 4,4 11,9 2,1% 25,0% 377,6 9,5% 66,8% 16,5% 10,0% 3,0% 1,7 3,8 10,3 2,4% 25,0% 280,4 3,8% 64,1% 16,7% 10,3% 3,2% Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.956,2 262,5 20,9 Indicadores COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida CTAX4 / R$ 24,70 em 28/dez/12 Histórico Conclusão Como resultado de sua reestruturação interna, os fortes cortes de custos, as aquisições efetuadas na América Latina (Dedic e Allus) e as perspectivas positivas do setor de telecomunicações, esperamos resultados promissores a curto prazo. Porém em um período mais amplo a empresa enfrentará dificuldades, em especial em suas operações no Brasil devido aos custos progressivos de mão-de-obra, ocasionado pelo baixo índice de desemprego e o aumento previsto do salário mínimo. Além disso, o agravamento da crise européia pode impactar profundamente na economia brasileira, e comprometer o avanço da base de clientes da companhia. Empresas estrangeiras do setor já sondam o mercado brasileiro, que é especialmente atrativo pela baixa penetração de alguns serviços, e esperamos o adentramento de players internacionais no cenário nacional, fato que irá acirrar ainda mais a concorrência. Vale destacar também como possível desafio as renegociações de seus contratos na Argentina, em função das pressões inflacionarias daquele país e sua delicada situação econômica. Sandra Peres (CNPI) 34 Comércio Farmacêutico A indústria de comércio farmacêutico brasileiro em 2012 continuou aquecida no que tange a fusões e aquisições, porém em menor intensidade, diferente do que foi visto em 2011 que resultou nas gigantes Raiadrogasil e Drogaria São Paulo Pacheco. De acordo com o IMS Health (consultoria especializada no setor de saúde), as grandes redes correspondem a cerca de 50% das vendas do país, e a previsão é que atinjam cerca de 60%, em até 5 anos. Nesse sentido, o movimento de consolidação deverá continuar forte, visto que a parcela de empresas consideradas independentes (até 7 lojas) ainda é relativamente grande e estas serão os principais alvos das grandes redes que deverão buscar principalmente por oportunidades em regiões que ainda não estão presentes. Além disso, outro fator que favorece as grandes redes é o poder de barganha para com os fornecedores em função do volume comprado. Em relação aos estímulos por parte do governo, direcionados através do Programa Farmácia Popular, podemos observar um impulso de 1,8% nas vendas totais do varejo farmacêutico, segundo o IMS. Nesse sentido, espera-se que o governo aumente o orçamento direcionado ao programa, assim como a quantidade de estabelecimentos credenciados. Já se é possível observar que o mercado brasileiro tem atraído à atenção de grandes players internacionais, fato que deverá aumentar a concorrência no setor. Entretanto, acreditamos que o comércio farmacêutico está traçando o caminho para um crescimento pujante e centralizado, e que a acentuada curva de vendas de medicamentos continuará crescente, porém em menor intensidade do que vínhamos observando nos últimos anos. Ainda de acordo com a IMS Health, com altas taxas de crescimento anual do setor, as projeções são de que nos próximos anos o mercado farmacêutico brasileiro se enquadre entre os seis maiores mercados mundiais. Este crescimento se baseia nas condições favoráveis esperadas para a economia brasileira, tal como o progressivo aumento da classe média e elevação do poder aquisitivo da população, tendo em vista que somente no primeiro semestre de 2012 as vendas de medicamentos cresceram 17,59%. O aumento do poder aquisitivo da população reflete também nas vendas de produtos de higiene pessoal e perfumaria que ganham cada vez mais representatividade no faturamento das varejistas, sendo que o Brasil já está entre os três maiores mercados de beleza do mundo. Outro fator favorável para o setor é a queda da taxa de natalidade da população, e o aumento da expectativa de vida, que progressivamente aumentará a parcela idosa da população, o que caracteriza um ótimo catalisador de vendas, visto que a população idosa, que deverá triplicar nos próximos anos, consome mais medicamentos. Além disso, a representatividade cada vez maior de medicamentos genéricos nas vendas tem beneficiado as empresas do setor, por estes possuírem maiores margens de lucro. Segundo relatórios da IMS, de 2008 a 2012, a representatividade média deste tipo de medicamento em relação ao total de vendas saltou de 8% para 13%, muito em função da grande quantidade de patentes vencidas, fato que deverá continuar ocorrendo nos próximos anos, abrindo espaço para ampla fabricação de medicamentos que outrora eram restritos a apenas um fabricante. EMPRESAS ACOMPANHADAS Raia Drogasil (RADL3)..................................................................................................................Vender 35 Comércio Farmacêutico $ VENDER Preço Alvo: R$ 22,00 I Up Side: -4,6% I RADL3 / R$ 23,07 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A RaiaDrogasil nasceu da fusão de duas antigas redes de farmácias, a Drogaria Raia fundada em 1905 no interior de São Paulo e a Drogasil fundada em 1935. Juntas elas possuem 807 lojas e 180 anos de experiência de mercado. Entre os produtos ofertados pela companhia estão: medicamentos de marca, medicamentos genéricos, medicamentos isentos de prescrição médica e itens de higiene pessoal e beleza. A RaiaDrogasil é, segundo a ABRAFARMA (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), a maior rede de comércio farmacêutico do país, tanto em número de lojas quanto em faturamento. Projeções de MM Carlos Pires Oliveira Dias Tantra Participações Ltda. Social Regimar Comercial S/A T. Rowe Price Associates, Inc. Antonio Carlos Pipponzi Outros Com Voto 27/set/12 Sem Voto Todos tipos 11,9% 5,6% 5,4% 5,0% 5,0% 48,2% - 11,9% 5,6% 5,4% 5,0% 5,0% 48,2% (*) a Tantra Participações Ltda. pertence à família Galvão. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.729,4 135,2 68,7 5.232,2 286,3 138,2 6.000,6 416,2 202,6 6.780,7 504,7 256,3 7.628,2 577,9 301,3 8.543,6 618,8 324,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3,5 52,5 111,0 31,0% 30,5% 3,1% 5,0% 2,5% 3,4 26,3 55,2 1,5% 80,8% 42,7% 31,3% 6,2% 5,5% 2,6% 3,2 18,0 37,6 1,2% 44,7% 56,5% 31,7% 8,6% 6,9% 3,4% 3,0 14,6 29,7 1,2% 37,1% 76,7% 31,7% 10,2% 7,4% 3,8% 2,8 12,4 25,3 1,3% 33,7% 100,0% 31,7% 11,1% 7,6% 3,9% 2,6 11,2 23,5 1,4% 33,8% 50,0% 31,8% 11,1% 7,2% 3,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Acreditamos que a sombra da concorrência poderá diminuir (mas não limitar) a acentuada curva de crescimento da companhia. Entretanto, esta seguirá em posição de liderança no setor e irá se manter como uma das principais consolidadoras em um segmento ainda bastante fragmentado. Em nossa projeção consideramos crescimento acima da média projetada para o setor (8,5%) nos próximos anos, de acordo com a ABRAFARMA. Tal crescimento deverá ser positivamente influenciado devido as fortes vendas de medicamentos genéricos e produtos de higiene pessoal e beleza. Já para a linha de medicamentos isentos de prescrição médica e medicamentos de marca, esperamos evolução modesta nas vendas e menor participação na composição da receita total. Através do valor presente dos fluxos de caixa por nós projetados, e, devido à expressiva evolução dos papéis em bolsa neste ano, acreditamos que a companhia está muito próxima de seu valor de mercado “justo”. Portanto, vemos espaço extremamente limitado para evolução das ações RADL3 e, desta forma, não recomendamos exposição aos papéis da companhia. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) 36 Concessões de Infraestrutura Em meados de 2012, o governo federal divulgou um plano contemplando investimentos de R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos, o chamado “Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias”. No programa federal, estão incluídos mais de 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias. Serão R$ 79,5 bilhões investidos nos próximos 5 anos e mais R$ 53,5 bilhões estimados para os outros 20 anos. Já no apagar das luzes do ano, o governo ainda anunciou a parte do programa que trata dos investimentos em portos e a segunda rodada de leilão de aeroportos. Nos portos, serão R$ 54,2 bilhões aplicados, sendo R$ 31 bilhões até 2015 e R$ 23,2 bilhões entre 2016/2017. Na nova rodada de leilão de aeroportos, serão concessionados para a iniciativa privada os terminais de Galeão e Confins, mas a previsão é que isso ocorra apenas no 3º trim/13. Além disso, foram divulgados investimentos de R$ 7,3 bilhões para melhorar a infraestrutura de 270 aeroportos regionais do país. Porém, investimentos dessa monta não se viabilizam apenas com a participação do Estado. Assim, esses milhares de quilômetros de rodovias e ferrovias devem, em algum momento dos próximos anos, ser leiloados e concessionados a iniciativa privada. Esse assunto ganha ainda mais importância quando vemos que logística é um importante gargalo, que eleva o custo dos produtos nacionais. anos, taxa de remuneração vinculada a TR (taxa referencial) ou a índice de preços, proibição de recompra dos títulos nos 2 primeiros anos pós-emissão, e os títulos devem ser negociados em mercados regulamentados de valores mobiliários. Mas, a maior atratividade dessa modalidade de debênture está mesmo do lado do investidor, com alíquotas de impostos reduzidas. Simplificadamente, para pessoas físicas, a alíquota de imposto de renda é de 0%, e para pessoas jurídicas é de 15%. A grande discussão deve mesmo ser acerca das taxas de retorno de todos esses projetos. Hoje, temos duas realidades no Brasil. As concessões mais antigas, com retornos mais robustos, sempre na casa dos dois dígitos, e as mais novas, com retornos bem menores. A realidade brasileira mudou radicalmente de lá pra cá, hoje podemos dizer que temos um marco regulatório no setor e vivemos numa democracia muito mais consolidada. Porém, em nossa visão, nos últimos anos, o retorno estimado de alguns projetos não tem compensado o custo de oportunidade. Além disso, algumas decisões do governo, com destaque para a MP 579, acabaram elevando o temor dos investidores. Então, em 2013, todos de olho nas TIRs (taxa interna de retorno), que é a rentabilidade do capital investido durante todo o período de concessão. A principal fonte de financiamento desses investimentos segue sendo o BNDES, porém, cada vez mais, mercado, empresas e governo têm trabalhado de modo a criar alternativas de financiamento de longo prazo. Foi nesse contexto que com a lei 12.431, criou-se a figura da debênture de infraestrutura. Voltado para projetos principalmente nas áreas de logística e transportes, mobilidade urbana, energia, Telecom e saneamento básico, tem algumas características especiais, tais como: prazo mínimo de 4 EMPRESAS ACOMPANHADAS Arteris (ARTR3)...................................................................................................................................Comprar CCR (CCRO3)......................................................................................................................................Comprar Ecorodovias (ECOR3)..............................................................................................................Comprar 37 Concessões de Infraestrutura COMPRAR Preço Alvo: R$ 26,00 I Up Side: 37,2% I ARTR3 / R$ 18,95 em 28/dez/12 Breve Descritivo A Arteris (antiga OHL) opera mais de 3 mil Km de rodovias nas regiões Sul e Sudeste, com presença em SP, RJ, MG, PR e SC. São quatro concessões estaduais, em São Paulo, adquiridas entre 2001 e 2006, já no mercado secundário, e cinco concessões federais, arrematadas no leilão da 2ª Fase do Programa de Concessões de Rodovias Federais promovido pela ANTT. Das estradas estaduais, três vencem no final dessa década e uma em 2028, já as federais vencem todas juntas, em 2033. Apesar de, em seu portfólio atual, contar apenas com rodovias, a Arteris tem mostrado interesse em outros ativos de infraestrutura, participando do primeiro leilão de aeroportos. Projeções de MM Com Voto 12/jul/12 Sem Voto Todos tipos Participes En Brasil S.A., Unipersonal (*) 60,0% - 60,0% Credit Suisse Hedging-Griffo C. V. S/A 8,7% - 8,7% Outros 31,3% - 31,3% Principais Acionistas (*) Participes En Brasil S.A., Unipersonal é controlada pela espanhola Abertis e indiretamente pela canadense Brookfield Asset Management. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.712,1 1.012,1 587,5 3.175,4 1.178,4 395,6 3.106,0 1.295,2 420,4 3.070,4 1.425,7 428,6 3.069,4 1.518,7 445,4 3.129,8 1.617,5 489,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,7 7,0 16,1 1.851,9 13,8% 74,8% 28,9% 37,3% 14,9% 4,1 7,5 16,5 3,0% 50,0% 2.295,8 17,9% 77,6% 24,7% 37,1% 12,5% 3,6 7,2 15,5 3,2% 50,0% 2.815,8 22,8% 77,2% 23,1% 41,7% 13,5% 3,2 6,8 15,2 3,3% 50,0% 3.114,1 23,2% 75,4% 21,1% 46,4% 4,0% 2,9 6,5 14,7 3,4% 50,0% 3.274,7 22,2% 73,4% 19,7% 49,5% 14,5% 2,6 6,1 13,3 3,7% 50,0% 3.314,6 24,8% 71,5% 19,5% 51,7% 15,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A OHL entra 2013 com novo nome, porém, nossa visão para a companhia continua a mesma. Um dos vetores de crescimento da Arteris é a otimização do seu portfólio atual. Isso deve vir de obras de ampliação e melhorias visando incremento do tráfego. Por isso, no primeiro triênio de nossa projeção, consideramos investimentos robustos, trazendo também incremento no tráfego pedagiado. Não consideramos, contudo, em nossa análise, aditivos contratuais ou novas adições ao portfólio, mas ressaltamos que esses também devem ser fatores importantes para as companhias do setor. Para essas novas oportunidades, agrada-nos a disciplina de capital propagada pela companhia, de só entrar em projetos que garantam ao acionista, ao menos, uma TIR real (corrigida por inflação) de 12%. A TIR do acionista é a rentabilidade que a companhia quer conseguir para seus acionistas em um determinado projeto, já considerando que parte dele será financiado com dívida, ou seja, é a remuneração do capital próprio investido no projeto. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 38 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 25,00 I Up Side: 28,5% I CCRO3 / R$ 19,45 em 28/dez/12 Breve Descritivo A companhia foi criada em 1998, incorporando as concessões que seus sócios originais - Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, SVE e Serveng – detinham em diferentes proporções e estruturas. Em 2001, ainda fora da Bolsa, a CCR teve a entrada da portuguesa Brisa em seu capital, empresa com expertise em administração de rodovias, em seu país de origem. No início de 2002, as ações da CCR estrearam na Bovespa, listadas no Novo Mercado. Na última década a CCR ampliou sua área de atuação para negócios correlatos e hoje, além de 9 concessões rodoviárias, entre elas o Sistema Anhangüera Bandeirantes e a Via Dutra, a CCR participa do capital da STP (38,25% de participação), operadora do sistema Sem Parar, da Controlar (45%), responsável pela inspeção veicular obrigatória na cidade de São Paulo, e da ViaQuatro (58%), que explora os serviços de transporte de passageiros da Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo. Projeções de MM Com Voto 03/ago/12 Sem Voto Todos tipos Andrade Gutierrez Concessões S.A. 16,6% - 16,6% Camargo Correa Invest. em Infra Estrutura 15,2% - 15,2% Soares Penido Concessões S.A. 11,9% - 11,9% Soares Penido Obras, Const. e Inv. Ltda. 5,3% - 5,3% Outros 48,8% - 48,8% Principais Acionistas 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 5.134,3 2.490,0 1.121,2 5.948,7 3.339,4 1.007,5 6.253,7 3.705,0 1.274,1 6.916,1 4.346,0 1.556,0 7.239,9 4.860,5 1.845,7 7.934,6 5.417,2 2.254,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 10,7 16,0 38,2 6.057,7 27,1% 75,0% 28,0% 48,5% 17,5% 10,0 12,0 34,1 2,3% 80,0% 5.752,2 29,1% 76,9% 29,3% 56,1% 16,9% 9,9 10,8 27,0 3,7% 100,0% 5.535,6 25,5% 78,1% 36,9% 59,2% 20,4% 9,9 9,1 22,1 4,5% 100,0% 5.075,0 26,4% 79,2% 44,6% 62,8% 22,5% 9,8 8,0 18,6 5,4% 100,0% 4.373,2 26,2% 79,5% 52,4% 67,1% 25,5% 9,6 7,0 15,2 6,6% 100,0% 3.584,2 26,2% 79,8% 63,3% 68,3% 28,4% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Mantemos recomendação de compra para a CCR, consideramos para os próximos anos a maturação dos projetos que atualmente estão em processo de ramp up, mas não investimentos em novos projetos ou aquisições no mercado secundário, que podem acontecer e serão incorporadas à nossa projeção à medida que forem sendo realizados. A STP e a ViaQuatro devem ganhar importância na receita líquida consolidada nos próximos anos, mas as rodovias seguem como a principal fonte de receita da companhia. Destacamos a forte geração de caixa, com previsibilidade e a proteção em períodos de pressão inflacionária. Quanto às recentes sinalizações do governo federal sobre a renovação das concessões mais antigas, além de acreditarmos que muito vai ser discutido antes de uma decisão final, as oportunidades que se apresentam no setor devem sobrepujar esse efeito. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 39 Concessões de Infraestrutura COMPRAR Preço Alvo: R$ 24,50 I Up Side: 41,6% I ECOR3 / R$ 17,30 em 28/dez/12 Breve Descritivo A EcoRodovias é uma companhia de infraestrutura logística, que nasceu como uma concessionária de rodovias e expandiu seu escopo de atuação no decorrer dos anos 2000. Hoje, a companhia opera concessões rodoviárias e serviços de logística, esses últimos sustentados pelos EcoPátios. A participação dos serviços logísticos nos resultados da companhia deve crescer nos próximos exercícios, com a maturação dos já mencionados EcoPátios, que são negócios com menor margem, porém também são menos intensivos em capital. Consideramos que esse modelo de negócios trará benefícios a companhia, trazendo sinergias entre os diferentes segmentos. Projeções de MM Com Voto 03/ago/12 Sem Voto Todos tipos Primav Construções e Comercio S/A (*) 45,0% - 45,0% Impregilo International Infrastructures 25,5% - 25,5% Outros 29,5% - 29,5% Principais Acionistas A Primav Construções e Comercio S/A é controlada pela CR Almeida S.A. - Engenharia de Obras, ao passo que a Impregilo International Infrastructures é uma companhia holandesa controlada pelo grupo italiano Impregilo SpA. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.827,4 956,7 463,3 2.406,8 1.043,4 436,1 2.444,2 1.213,5 453,2 2.559,8 1.336,3 480,3 2.701,1 1.483,9 542,1 2.920,1 1.650,8 631,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5,1 10,5 25,3 1.039,7 32,3% 54,6% 20,3% 52,4% 21,0% 5,0 10,4 22,2 4,5% 100,0% 1.193,4 33,5% 61,5% 22,4% 43,4% 18,1% 5,0 9,1 21,4 4,7% 100,0% 1.383,6 31,7% 63,3% 23,2% 49,6% 18,5% 4,9 8,4 20,2 5,0% 100,0% 1.478,0 30,3% 64,5% 24,5% 52,2% 18,8% 4,9 7,5 17,9 5,6% 100,0% 1.483,1 29,4% 65,2% 27,6% 54,9% 20,1% 4,9 6,7 15,3 6,5% 100,0% 1.447,3 28,3% 65,8% 32,0% 56,5% 21,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A Ecorodovias tem um bom portfólio de rodovias com boa geração de caixa e também aposta em outros projetos dentro do setor de logística que apresentam bom potencial, tendo em vista o cenário que vislumbramos para a economia brasileira nesta década. No futuro próximo, devemos continuar a ver movimentação da companhia no sentido de expandir seu portfólio, apesar disso, consideramos em nossa projeção apenas o portfólio atual. Tivemos, no início do ano anterior, a vitória do consórcio Rodovia da Vitória, do qual a companhia detém 80%, no leilão do trecho da BR-101 no Espírito Santo, que margeia importantes portos da região, e já foi considerada em nossa projeção. O projeto deve aumentar consideravelmente os investimentos da companhia, que devem se “normalizar” próximo do final do período projetado. Para projetarmos a evolução do tráfego nas rodovias empregamos crescimento indexado ao PIB, entre 1,0x e 2,0x, dependendo do mix entre veículos leves e pesados. O próximo “grande alvo” da companhia deve vir na 2ª rodada de leilão dos aeroportos brasileiros, marcada, inicialmente, para setembro de 2013. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 40 Construção Civil Chegamos ao final de 2012 e não é que o Mundo não acabou! Mas quem acompanha o setor de construção civil sabe que algumas empresas passarem bem próximas de um cenário quase apocalíptico. Isso porque no último forte ciclo de crescimento, algumas incorporadoras “trocaram os pés pelas mãos” em busca de rápida expansão. Muitas escolheram o caminho das aquisições ou então a parceria com empresas locais. Porém, como podemos constatar agora, muitas não tinham capacidade de controlar e executar tantos canteiros simultaneamente. Isso trouxe diversos problemas, desde atrasos e não conformidades nas obras até fortes estouros no orçamento (sim, a alta nos insumos e, principalmente, na mão de obra também contribuiu para intensificar os problemas enfrentados). melhorando a execução das obras. Uma retomada forte dos lançamentos pode colocar em risco esses esforços, dessa forma, os lançamentos devem continuar comedidos e concentrados nos grandes centros. Reiteramos aos investidores que é importante ficar de olho na rentabilidade apresentada pelas incorporadoras e em sua situação financeira, pois há sim boas oportunidades, mas também algumas “cascas de banana”. Temos também que destacar o programa Minha Casa, Minha Vida. O efeito anticíclico do programa governamental foi muito importante no pós-crise, porém, o afã de “não perder o bonde” do MCMV levou muitas construtoras a entrar nesse segmento sem a expertise necessária. Só para citar um exemplo, uma métrica usada na valoração de terrenos é pela porcentagem do VGV (valor geral de vendas) potencial. Porém, em projetos de baixa renda, para o empreendimento se mostrar rentável, esse percentual deve ser menor que nos projetos de média/alta renda. Acontece que, algumas incorporadoras, usavam métricas de média renda nos projetos populares, “comendo” boa parte da rentabilidade. Então 2012 já seria mesmo um ano de pisar no freio e colocar a casa em ordem para muita gente. Junte a isso uma forte desaceleração econômica e temos o cenário que perdurou por todo ano. Porém, a cadeia produtiva da construção civil é importante geradora de empregos, e especialmente em um momento de fraco crescimento do PIB é importante dar novo fôlego ao setor. Pensando dessa maneira, o governo anunciou no fim de 2012 algumas medidas de estímulos. Os destaques foram a mudança na contribuição social, que passa a ser de 2% sobre o faturamento e não mais 20% sobre o total da folha, e na alíquota para quem se enquadra no Regime Especial de Tributação (RET) que passa de 6% para 4%. Segundo contas da União, o impacto dessas medidas será de cerca de R$ 2,8 bilhões já no primeiro ano e deve alavancar os lançamentos no curto prazo. Em nossa opinião, essas medidas, claro, são positivas para o setor, até por tocar em um ponto que foi o calcanhar de Aquiles das construtoras nos últimos anos, os custos relacionados à mão de obra. Porém, não vemos os mesmos impactos (de retomada dos lançamentos) esperados pelo governo. Nossa visão é que a retomada deve ser mais lenta, pois, como dissemos anteriormente, muitas construtoras agora estão concentradas em colocar a casa em ordem, EMPRESAS ACOMPANHADAS Brookfiel (BISA3)....................................................................................................................................Manter Cyrela Realty (CYRE3).................................................................................................................Manter Even (EVEN3).......................................................................................................................................Comprar Eztec (EZTC3)......................................................................................................................................Comprar MRV (MRVE3)......................................................................................................................................Comprar Rossi (RSID3).............................................................................................................................................Manter 41 Construção Civil MANTER Preço Alvo: R$ 3,70 I Up Side: 8,2% I BISA3 / R$ 3,42 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Brookfield surgiu em 2008, a partir da combinação de negócios de três incorporadoras , Brascan, Company e MB Engenharia. Atualmente, opera em oito regiões metropolitanas no Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba e Campinas. Em 2011, os lançamentos da companhia totalizaram pouco menos de R$ 4 bilhões, disribuidos por todos os segmetnos residenciais, corporativo e de salas comerciais. Podemos destacar o projeto do edifício Pátio Victor Malzoni, marco nos empreendimentos corporativos triple A na região da Faria Lima, vendido pela Brookfield a mais de R$ 17 mil/m². Projeções de MM 2011 Alliance Bernstein L.P. Brkb Re Opp Fund Llc Outros 12/jul/12 Sem Voto Todos tipos 38,5% 6,8% 5,1% 41,1% - 38,5% 6,8% 5,1% 41,1% (*) a Brookfield Brasil Ltda é indiretamente controlada pela canadense Brookfield Asset management. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3.168,2 97,2 (180,0) 3.633,5 574,7 168,8 3.560,8 575,4 173,5 3.714,8 710,5 275,3 3.886,9 743,1 305,0 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,7 5,8 6,0 2.523,8 21,9% 66,7% 10,8% 17,5% 8,8% 0,7 47,8 0,0% 0,0% 2.675,8 40,6% 68,4% -6,3% 3,1% -5,7% 0,7 7,8 11,7 2,1% 25,0% 2.503,4 39,6% 68,2% 5,7% 15,8% 4,6% 0,6 7,6 11,4 2,2% 25,0% 2.388,2 49,0% 66,3% 5,6% 16,2% 4,9% 0,6 5,9 7,2 3,5% 25,0% 2.256,7 29,9% 65,2% 8,3% 19,1% 7,4% 0,6 5,5 6,5 3,9% 25,0% 2.119,2 13,9% 63,3% 8,6% 19,1% 7,8% Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 3.727,3 652,7 326,8 Indicadores COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Brookfield Brasil Ltda. (*) Com Voto Histórico Conclusão Como para o mercado imobiliário como um todo, 2012 foi um ano de desaquecimento para a Brookfield. O volume lançado foi substancialmente menor, por conta do maior nível de estoque inicial no ano, e redução da oferta de crédito (ex-CEF). Esperamos uma recuperação gradual nos lançamentos, que devem impactar positivamente os resultados nos próximos anos, porém, como o ciclo de construção é bastante longo, vemos impacto dessa desaceleração nos próximos exercícios. Além disso, mesmo com as recentes medidas de incentivo ao setor, como a desoneração da folha de pagamento, não acreditamos em uma recuperação tão forte em 2013. Ressaltamos a expertise da companhia na realização de empreendimentos comerciais de alto padrão, como destacado no caso do Pátio Victor Malzoni, porém, a oferta de terrenos nas princiais regiões do eixo Rio-SP é bastante escassa, aumentando o valor desses terrenos. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 42 Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 19,50 I Up Side: 9,0% I CYRE3 / R$ 17,89 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Cyrela completou 50 anos em 2012 e hoje é uma das maiores incoporadoras do Brasil. Atende os segmentos de média e alta renda e através de subsidiária Living, desde 2006, chega também ao econômico e super-econômico. Entre projetos próprios e parcerias, a Cyrela lançou em 2011, um total de R$ 7,9 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões relativos a participação da companhia nesses lançamentos. Atualmente, são 200 canteiros de obras em andamento em 67 cidades de 16 estados brasileiros, no Distrito Federal. Elie Horn Grupo Tarpon Carmignac Inv Bco Santander S.A. Blackrock, Inc Eirenor S/A Outros Projeções de MM Com Voto 26/abr/12 Sem Voto Todos tipos 23,2% 10,0% 7,8% 5,3% 5,2% 41,3% - 23,2% 10,0% 7,8% 5,3% 5,2% 41,3% 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 6.126,8 762,4 498,2 6.433,1 947,5 558,5 6.736,3 1.050,6 566,9 7.073,1 1.117,4 604,2 7.426,8 1.188,1 657,8 7.819,5 1.269,2 740,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,5 13,5 15,0 3.598,0 24,9% 63,3% 10,1% 12,4% 8,1% 1,4 11,9 13,3 1,9% 25,0% 3.833,4 26,8% 63,8% 10,5% 14,7% 8,7% 1,3 10,3 13,1 1,9% 25,0% 3.362,1 17,5% 60,1% 9,8% 15,6% 8,4% 1,2 9,4 12,3 2,0% 25,0% 3.035,6 16,3% 57,2% 9,7% 15,8% 8,5% 1,1 8,5 11,3 2,2% 25,0% 2.655,3 12,8% 55,0% 9,8% 16,0% 8,9% 1,0 7,6 10,1 2,5% 25,0% 2.169,2 11,9% 53,2% 10,2% 16,2% 9,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Além do desaquecimento do mercado imobiliário brasileiro, os números recentes da Cyrela foram bastante afetados por dois fatores: alta relevante do INCC, o índice de inflação do setor, puxada principalmente pelo custo crescente com mão de obra; e problemas de controle sobre a execução das obras, decorrente da diversificação geográfica dos canteiros e da grande quantidade de projetos com parceiros ou terceirizados. Dessa forma, acreditamos que os esforços da companhia devem seguir no sentido de trazer as obras "pra dentro de casa", concentrando os lançamentos nos grandes centros, praças mais tradicionais para a companhia. As margens devem seguir pressionadas no curto/médio-prazo, e o crescimento após esse período deve ser mais conservador, para evitar os problemas desse último ciclo de crescimento. Recomendamos apenas a manutenção dos papéis da companhia em carteiras diversificadas, com foco em ganhos de longo prazo. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 43 Construção Civil COMPRAR Preço Alvo: R$ 11,00 I Up Side: 17,0% I EVEN3 / R$ 9,40 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Even é uma das maiores construtoras do Brasil, ocupando uma posição ainda mais destacada quando consideramos apenas a região metropolitana de São Paulo. Além da forte presença no principal estado da Federação, a incorporadora atua, de forma verticalizada, em regiões metropolitanas dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. São duas marcas: a Open que atua no segmento residencial até médio-baixo padrão; e Even que abrange os segmentos médio, médio-alto e alto, assim como empreendimentos comerciais. Projeções de MM 12/dez/12 Sem Voto Carlos Luis Terepins Com Voto 5,2% BNY Mellon ARX Investimentos Ltda 5,1% -- Outros 89,7% - Todos tipos 5,2% 5,1% 89,7% 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.908,3 286,2 228,9 2.136,0 411,0 207,9 2.098,3 404,9 203,2 2.224,2 430,6 223,8 2.320,4 471,4 256,4 2.422,6 515,8 296,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,4 9,6 9,7 977,5 43,7% 54,3% 14,2% 15,0% 11,8% 1,3 7,8 10,5 2,4% 25,0% 996,3 29,0% 54,0% 11,9% 19,2% 9,7% 1,2 7,6 10,8 2,3% 25,0% 884,2 21,6% 49,5% 10,7% 19,3% 9,7% 1,1 6,9 9,8 2,6% 25,0% 772,0 24,2% 47,6% 10,8% 19,4% 10,1% 1,0 6,0 8,6 2,9% 25,0% 646,8 23,5% 43,6% 11,3% 20,3% 11,0% 0,9 5,2 7,4 3,4% 25,0% 482,6 12,6% 39,4% 11,9% 21,3% 12,2% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A Even é uma das incorporadoras que tem condições de se recuperar mais rapidamente do arrefecimento mostrado pelo mercado imoibiliário nos útimos dois anos. Não vemos problemas estruturais, financeiros ou de execução na companhia, o que em nossa visão a deixa em uma posição privilegiada nos mercados onde atua. Por isso, em nossas projeções, consideramos queda na receita em 2013, fruto da desaceleração observada em 2011/12 (lembrando que o ciclo da construção civil é um ciclo longo). Porém, o cenário macroeconomico deve ser mais favorável em 2013, com maior oferta de crédito, assim para a Even a recuperação nos grandes números não deve demorar a aparecer. Claro que não devemos observar daqui para frente, crescimento nas mesmas taxas apresentadas em 2010. Em nossa opinião, isso não seria nem sustentável. Porém, a evolução daqui para frente deve se mostrar mais consistente no médio/longo prazo. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 44 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 33,00 I Up Side: 28,4% I EZTC3 /R$ 25,70 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A EZTec, fundada em 1979, atua na região metropolitana de São Paulo, notadamente na construção e incorporação de edifícios de alto padrão. A opção da companhia nos últimos anos foi manter o seu posicionamento histórico, enquanto a tendência no setor era de expansão geográfica e aumento da oferta de empreendimentos para baixa renda. Essa decisão se mostrou acertada, com a incorporadora mantendo níveis de rentabilidade bem acima do setor, fruto da expertise no mercado de atuação. Além disso, a companhia conta com uma força interna de vendas, que junto a imobiliárias parceiras tem mantido a velocidade de vendas bastante robusta. Ez Participações Ltda. (*) Smm Participações Ltda. (*) Gar Participações Ltda. Hpc Participações Ltda. Outros Com Voto 31,6% 6,5% 5,6% 5,3% 34,8% 31/mai/12 Sem Voto - Todos tipos 31,6% 6,5% 5,6% 5,3% 34,8% (*) A Ez Participações Ltda. pertence quase que totalmente ao Sr. Ernesto Zarzur. A Smm Participações Ltda. pertence quase que totalmente ao Sr. Samir Zakkhour El Tayar. A Gar Participações Ltda. pertence quase que totalmente ao Sr. Flávio Ernesto Zarzur. A Hpc Participações Ltda. pertence quase que totalmente ao Sr. Silvio Ernesto Zarzur. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 744,2 291,0 331,5 942,0 351,5 350,6 1.084,0 413,9 411,9 1.211,0 474,5 485,2 1.469,8 587,6 607,2 1.621,2 651,6 685,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,7 11,1 11,5 0,0% 20,1% 23,2% 39,1% 44,2% 2,2 10,1 10,8 2,3% 25,0% 20,0% 19,5% 20,9% 37,3% 37,2% 1,9 8,1 9,2 2,7% 25,0% 20,0% 17,0% 20,7% 38,2% 38,0% 1,6 6,6 7,8 3,2% 25,0% 0,0% 15,3% 20,6% 39,2% 40,1% 1,3 5,0 6,2 4,0% 25,0% 1,7% 14,2% 21,6% 40,0% 41,3% 1,1 4,0 5,5 4,5% 25,0% 22,1% 12,8% 20,6% 40,2% 42,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Consideramos que a companhia ainda tem um bom potencial de valorização, aliando crescimento e rentabilidade. A decisão de manter-se focada, quase exclusivamente, na região metropolitana de SP continua se mostrando um fator determinante para esse sucesso, e em um futuro próximo, leiam-se 2 ou 3 anos, expertise na compra de terrenos, excelência de execução e uma equipe de vendas interna com conhecimento nos mercados de atuação devem continuar a garantir à companhia as margens que a transformou em um “porto seguro” em tempos de IMOB (índice setorial da Bolsa de Valores) bastante volátil. Com o aumento do preço dos terrenos, estimamos aumento da participação do custo do mesmo no custo total da obra, ainda assim, as margens (bruta, EBITDA e líquida) devem se manter próximas aos patamares atuais. Para os próximos anos, consideramos um volume de lançamento crescendo em um patamar abaixo do que vimos nos últimos anos, por conta de uma maior cautela que todo o mercado imobiliário passou a ter, já a partir de 2011. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 45 Construção Civil COMPRAR Preço Alvo: R$ 16,50 I Up Side: 37,7% I MRVE3/ R$ 11,98 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A MRV é uma incorporadora e construtora que atua, majoritariamente, em empreendimentos do chamado segmento econômico. Hoje, a companhia fundada em 1979, em Belo Horizonte, está presente em 107 cidades, de 18 estados da federação, mais o DF. Podemos dividir todo o portfólio de produtos da incorporadora mineira em duas linhas: Parque e Spazio. Na linha Parque, os apartamentos têm área útil de 40 a 55 m² e preço máximo de venda de aproximadamente R$ 100,0 mil, na linha Spazio a área útil sobe para entre 42 a 70 m² e preço de venda entre R$70,0 mil e R$140,0 mil. Essa padronização confere a companhia ganhos de escala, com maior especialização e custo reduzido, fatores preponderantes para o sucesso no segmento de atuação. Projeções de MM 2011 Rubens Menin Teixeira de Souza Blackrock, Inc Janus Capital Management Llc Outros Com Voto 33,1% 5,1% 5,1% 55,6% 30/jul/12 Sem Voto - Todos tipos 33,1% 5,1% 5,1% 55,6% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4.403,2 957,4 596,0 4.615,8 1.092,5 741,9 4.919,0 1.167,8 812,2 5.272,7 1.256,9 872,4 5.670,1 1.358,4 955,9 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 4.015,1 911,9 760,1 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,6 7,2 7,6 1.746,5 19,9% 59,9% 20,7% 22,7% 18,9% 1,5 7,6 9,7 5,6% 54,2% 1.510,7 11,1% 59,1% 14,9% 21,7% 13,5% 1,4 6,3 7,8 13,1% 101,8% 1.126,0 4,5% 61,3% 18,4% 23,7% 16,1% 1,4 6,0 7,1 14,1% 100,1% 1.180,3 16,8% 62,4% 19,9% 23,7% 16,5% 1,4 5,7 6,6 14,9% 99,0% 1.320,2 8,1% 63,1% 21,0% 23,8% 16,5% 1,4 5,3 6,0 16,1% 97,7% 1.373,1 4,1% 63,8% 22,5% 24,0% 16,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Em nossa projeção consideramos crescimento estável para a companhia nos próximos anos, acima do PIB e até mesmo da média do setor, por conta do segmento de atuação, que deve continuar sendo um dos focos de crescimento da construção civil no Brasil, junto com as obras de infraestrutura. Consideramos que o custo médio dos terrenos deve apresentar apreciação nos próximos anos, compensado por ganhos de escala adicionais, que devem manter as margens da companhia em patamar bastante saudável. Para 2013, projetamos geração de caixa crescente, assim como nos anos seguintes. Revisamos nossos números para a companhia e chegamos a um preço-alvo de R$ 16,50, com recomendação de compra para os papéis ordinários da MRV. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 46 Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 4,80 I Up Side: 5,5% I RSID3 /R$ 4,55 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Rossi está, hoje, presente em mais de 90 cidades de 18 estados mais o distrito federal. Criada em 1980, a incorporadora possui um portfólio de produtos diversificado que atende a todos os segmentos de renda. Para chegar ao número atual de cidades, a Rossi se utilizou de crescimento orgânico e também de joint ventures com parceiros locais em sua expansão geográfica, como no caso do Toctao, e Goiãnia e região, e da Norcon, que opera em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Aumentando o foco na produção de larga escala, a Rossi conta com fábricas de prémoldados em Brasília (DF), Campinas (SP), Campo Grande (MT), Hortolândia (SP), Manaus (AM), Serra (ES) e Porto Alegre (RS). Projeções de MM 2011 Oficinalis Adm. e Participações Ltda. (*) Jopar Administração Ltda. (*) Carmignac Inv Bco Santander S.A. Outros Com Voto 13/set/12 Sem Voto Todos tipos 16,5% 16,4% 6,4% 54,5% - 16,5% 16,4% 6,4% 54,5% (*) A Oficinalis Adm. e Participações Ltda. pertence quase que integralmente ao Sr. Edmundo Rossi Cuppoloni. A Jopar Administração Ltda. pertence quase que integralmente ao Sr. João Rossi Cuppoloni. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3.120,9 419,8 199,2 3.443,4 475,0 212,7 3.668,6 509,9 217,9 3.914,6 560,2 255,3 4.159,2 607,4 281,1 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.837,1 175,1 78,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,6 16,8 16,0 2.685,8 36,7% 72,2% 4,0% 6,2% 2,8% 0,6 8,4 6,3 4,0% 25,0% 2.248,4 36,9% 70,5% 9,3% 13,5% 6,4% 0,5 7,5 5,9 4,2% 25,0% 2.285,6 8,0% 69,3% 9,3% 13,8% 6,2% 0,5 7,0 5,8 4,3% 25,0% 2.311,8 41,7% 68,2% 8,9% 13,9% 5,9% 0,5 6,4 4,9 5,1% 25,0% 2.339,2 31,4% 67,0% 9,6% 14,3% 6,5% 0,4 5,9 4,5 5,6% 25,0% 2.320,7 20,2% 64,5% 9,8% 14,6% 6,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Assim como outras incorporadoras que optaram por uma estratégia de diversificação geográfica nos últimos anos, a Rossi acabou vendo essa escolha, aliada a uma alta considerável no INCC, se mostrar um fator negativo para seus negócios. Com os canteiros mais dispersos, e cada vez mais nas mãos de parceiros e terceirizados, o controle obra a obra se mostrou inviável e isso se traduziu em redução grande da rentabilidade. A estratégia atual da Rossi é segurar o ritmo de lançamentos, localizadas em poucas regiões, assim, o foco da companhia se volta principalmente para entrega de unidades e repasse para financeiras, melhorando o fluxo de caixa. Ainda consideramos que o curto/médio prazo ainda se mostra cheio de incertezas para a companhia, assim recomendamos a manutenção dos papéis da companhia para investidores com foco em retorno de longo prazo. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 47 Educacional A atual conjuntura de crescimento econômico brasileiro vem propiciando a forte ascensão social e melhoria de renda da população, em especial nas classes média e baixa. Estes fatores, somados a falta de mão de obra qualificada, vêm favorecendo o setor de educação (principalmente de educação superior), que vivenciou recentemente um “boom” com expressivo aumento na demanda pelos serviços educacionais. Em ação desde 1999, o FIES começou a ganhar notoriedade em 2011, quando o governo modificou algumas regras do programa e facilitou a adesão aos alunos, com taxas de juros mais baixas e maior período de carência. Entretanto, foi no ano de 2012 que o programa “bombou”, visto que a quantidade de novos vínculos ao programa ao final do 1°sem/12 já era maior que o ano inteiro de 2011. A tendência é que as instituições de ensino superior direcionem seus investimentos, principalmente em marketing, para a captação de alunos através do FIES, pela vantagem que este oferece no que tange a redução de inadimplência e a evasão, sendo que no Brasil, a cada 10 alunos que entram em um cursos de graduação, apenas 5 concluem, e somente metade dos alunos graduados trabalham na área de sua graduação. Além de programas de financiamento públicos, se adentra no áreas ou mesmo em outras áreas, até alunos sem graduações que pretendem se inserir no mercado de trabalho como tecnólogos. Visando suprir o atraso na educação superior brasileira o governo criou o PNE (Plano Nacional de Educação), que tem como um dos objetivos atingir 10 milhões de alunos matriculados em cursos superiores até 2020. Para tal o governo vem ampliando o PROUNI e disponibilizando novos pacotes de crédito para o FIES, que já resultam em avanço. No período de 2010/2011 houve aumento de 7,9% nas novas matriculas em instituições de ensino superior, sendo 73,7% destas em instituições privadas. Avaliamos que as empresas listadas em bolsa e por nós acompanhadas não deverão realizar aquisições relevantes, mantendo a estratégia de geração de caixa operacional positivo. Ainda assim, o foco será em regiões em que as empresas ainda não atuam e que possuem perspectivas de forte crescimento. Em suma, mantemos nosso otimismo com o setor educacional, ainda que a curva de crescimento possa ser menos intensa que em 2012. Esperamos que o governo eleve o limite de crédito do FIES, além de criar novas formas para estimular o ensino. O lado negativo se enquadra nas possíveis sanções que o MEC (Ministério da Educação) possa inferir as Instituições em termos de qualidade de ensino. População entre 21 a 64 anos de idade com formação superior 54% 24% Rússia Chile 11% Brasil Fonte: Banco Mundial mercado programas de financiamento privado, que servem como mais um incentivo para alunos de classes B e C, que muitas vezes não se enquadram no FIES. Outra aposta promissora e que já vem apresentando resultados positivos é o ensino a distância (EAD). A possibilidade de estudar sem sair de casa e com mensalidades mais acessíveis ainda é pouco explorada no Brasil, mas já é reconhecida mundialmente a mais de um século. Para a Instituição de Ensino Superior, o segmento é uma forma “barata” e rentável de oferecer ensino, pois os custos relacionados ao EAD são bastante inferiores ao ensino presencial. O EAD apresenta idade média de alunos matriculados de 33 anos, contra 26 anos de alunos de cursos presenciais, logo o público alvo é diferenciado, que vai desde alunos já graduados que fazem especializações em suas 48 EMPRESAS ACOMPANHADAS Anhanguera (AEDU3)..............................................................................................................Comprar Estácio Participações (ESTC3)....................................................................................Manter Kroton (KRTO3)................................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 42,00 I Up Side: 21,5% I AEDU3 /R$ 34,57 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Anhanguera Educacional iniciou suas atividades em 1994, na cidade de Leme, interior de São Paulo, com o nome de Faculdades Integradas Anhanguera. Em 2003, foi constituída a Anhanguera Educacional S.A. (AESA) mediante a incorporação das quatro instituições que formavam o grupo Anhanguera na época. Atualmente, a companhia é a maior instituição privada de ensino superior do país com 400 mil alunos matriculados em cursos de graduação, pós-graduação e educação continuada por meio presencial e à distância. Projeções de MM 2011 Fundo de Educação Para O Brasil FIP (*) Fmr Llc(Fidelity) Outros Com Voto 22/nov/12 Sem Voto Todos tipos 17,2% 5,4% 77,4% - 17,2% 5,4% 77,4% (*) O Fundo de Educação Para O Brasil FIP pertence majoritariamente à família Rodrigues e 12,1% pertence ao inglês Educational Investments LLP. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1.652,6 401,0 154,2 1.988,1 438,5 208,4 2.393,8 550,7 316,7 2.860,0 653,6 423,9 3.364,8 783,5 565,2 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.232,2 162,3 42,1 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,5 31,1 119,5 292,4 6,7% 45,0% 2,1% 13,2% 3,4% 2,3 12,7 32,7 0,0% 1,5% 66,5 0,9% 40,4% 7,1% 24,3% 9,3% 2,1 11,1 24,2 0,2% 4,0% 6,7% 36,6% 8,8% 22,1% 10,5% 1,9 8,3 15,9 0,3% 5,0% 26,4% 33,9% 11,9% 23,0% 13,2% 1,6 6,3 11,9 0,4% 5,0% 35,5% 29,4% 13,8% 22,9% 14,8% 1,4 4,6 8,9 0,6% 5,0% 48,6% 24,7% 15,7% 23,3% 16,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Com a demanda pelos serviços educacionais seguindo uma tendência crescente aliada ao bom momento econômico do país, acreditamos que as Instituições de ensino superior aumentarão significativamente sua base de alunos bem como seu faturamento. A Anhanguera por sua vez, deverá continuar apresentando altas taxas de crescimento e diversificando seu mix de serviços ofertados. Apesar de ser uma das principais consolidadoras do setor, a companhia aproveitou o ano de 2012 para integrar e absorver as aquisições realizadas em 2011, sendo assim, entendemos que as fusões e aquisições possam ser retomadas em 2013. Desta forma, ainda que lentamente, devemos observar melhora nas margens bruta e EBITDA. A base de alunos vinculados ao FIES continua crescendo, refletindo em melhora no que tange à inadimplência e diminuindo também a evasão, em prol do “contas a receber”. Sandra Peres (CNPI) 49 Educacional MANTER Preço Alvo: R$ 44,00 I Up Side: 5,5% I ESTC3 /R$ 41,72 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Estácio Participações foi fundada em 1970 no Rio de Janeiro como Faculdade de Direito Estácio de Sá. Ao final dos anos 90 a companhia deu início a sua expansão nacional, entre crescimento orgânico e aquisições, entrando nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Pará e Ceará. A companhia atua no setor Educacional oferecendo cursos de graduação presencial e no modelo EAD (Ensino a Distância), além de Pós Graduação também nas modalidades presencial e a distância. Entre Universidades, Faculdades e Centros de Ensino a Distância, a Estácio está presente hoje em 17 estados brasileiros. Private Equity Partners C, Llc (*) Oppenheimer Funds Inc. Findllay Park Partners Llp Alliance Bernstein L.P. Pollux Ações FI de Ações Outros Com Voto 03/dez/12 Sem Voto Todos tipos 18,5% 11,7% 5,2% 5,1% 5,1% 52,7% - 18,5% 11,7% 5,2% 5,1% 5,1% 52,7% (*) A Private Equity Partners C, Llc possui entre outros sócios a GP Capital Partners IV, L.P. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1.303,5 222,2 109,4 1.463,0 318,5 156,7 1.623,9 415,3 212,8 1.786,3 512,7 273,2 1.970,3 629,9 349,1 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.148,4 123,0 70,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5,5 27,2 48,9 85,0 1,3% 42,1% 11,3% 10,7% 6,1% 4,9 15,8 31,4 0,8% 25,0% 75,3 2,3% 41,0% 15,6% 17,0% 8,4% 4,2 10,9 21,9 1,1% 25,0% 32,7 11,5% 39,0% 19,1% 21,8% 10,7% 3,5 8,1 16,1 1,6% 25,0% 29,1% 35,8% 21,8% 25,6% 13,1% 2,9 6,2 12,6 2,0% 25,0% 45,2% 31,2% 23,1% 28,7% 15,3% 2,4 4,7 9,8 2,5% 25,0% 99,0% 27,2% 24,2% 32,0% 17,7% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Nosso otimismo em relação ao desempenho da Estácio ao longo dos próximos anos está fundamentado no momento pelo qual o setor vempassando. O que devemos ver nos próximos anos é uma forte onda de consolidação. Ainda que os grandes players do setor e principais concorrentes da Estácio (leia-se Anhanguera e Kroton) já tenham feito grandes aquisições nos últimos anos, acreditamos que existe espaço eprincipalmente oportunidades para novas fusões e incorporações neste e nos próximos anos. Entretanto, por ter sido menos "agressiva" em períodos anteriores, entendemos que a companhia poderá ser destaque em fusões e aquisições nos próximos anos. Além disso, em nossa visão, a companhia deverá criar novas estratégias para aumentar a base de alunos vinculados ao FIES, por este ser uma ótima "ferramenta" a fim de reduzir a inadimplência e a evasão de alunos. Destacamos também o forte crescimento que é esperado para o segmento de Ensino a Distância (EAD) e que deve melhorar os resultados das empresas que atuam no segmento, por possuir ticket médio mais baixo, que facilita a captação de alunos, e margens melhores em função do baixo custo docente. A curto prazo vemos espaço limitado para as ações em bolsa devido a expressiva elevação em 2012. Sandra Peres (CNPI) 50 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 48,00 I Up Side: 20,00% I KROT3 / R$ 40,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A companhia foi fundada no ano de 1966 em Belo Horizonte através de cursinhos pré-vestibulares, desde então nomeado de Pitágoras. Alguns anos depois, foi criado o colégio Pitágoras, voltado para alunos do 1º e 2° graus. Já em 2000 veio a Faculdade Pitágoras com parceria da Apollo International que durou ate 2005 quando os americanos venderam sua participação. Em 2009, já com o nome Kroton, a companhia recebeu aporte do fundo Advent International, que desde então, divide o controle junto aos seus fundadores. Atualmente, a rede é formada por 39 Instituições de ensino superior, em nove estados do país, incluindo as recentes aquisições e 770 escolas de educação básica associadas no Brasil, cinco no Japão e uma no Canadá. Além disso, a companhia atua no segmento de Ensino a Distância com a oferta de 18 cursos de pós-graduação. Projeções de MM Com Voto Pitagoras Adm. e Participações S.A. (*) Advent Educação Básica Participações S.A Marco Antonio Laffranchi Elisabeth Bueno Laffranchi Constellation Invest. e Participações Ltda. Outros 53,9% 17,4% 1,9% 1,9% 1,8% 15,9% 23/out/12 Sem Voto 0,5% 2,5% 7,2% 7,2% 7,0% 59,7% Todos tipos 21,2% 8,3% 5,2% 5,2% 5,0% 42,7% (*) O Pitagoras Adm. e Participações S.A. tem entre seus acionistas os ex-ministro Walfrido Mares Guia. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 734,6 82,2 37,4 1.352,2 348,9 227,5 1.552,1 434,3 233,3 1.783,7 519,0 298,5 2.042,5 603,9 370,5 2.368,9 711,1 462,8 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3,3 61,8 128,9 413,9 1,9% 50,3% 2,5% 11,2% 5,1% 2,1 14,8 21,2 1,2% 25,0% 354,6 0,5% 40,5% 10,0% 25,8% 16,8% 2,0 11,8 20,7 1,2% 25,0% 288,5 21,8% 38,9% 9,6% 28,0% 15,0% 1,8 9,6 16,1 1,5% 25,0% 181,6 7,3% 33,8% 11,2% 29,1% 16,7% 1,6 8,0 13,0 1,9% 25,0% 35,6 13,2% 30,4% 12,6% 29,6% 18,1% 1,5 6,5 10,4 2,4% 25,0% 31,6% 27,4% 14,1% 30,0% 19,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão As mudanças ocorridas no setor e a conjuntura mais favorável foram importantes para o crescimento acentuado na base de alunos das instituições de ensino superior. A Kroton, por sua vez, conseguiu mudar de patamar se utilizando de uma estratégia mais agressiva (no melhor sentido da palavra) de aquisições de grandes Instituições, fator que também colaborou para que a companhia fosse colocada em evidência no mercado. Tal estratégia se mostrou acertada, visto que as aquisições realizadas tinham como objetivo expandir a atuação da Kroton no segmento de EAD. Esse segmento é uma das grandes apostas do setor educacional, em função da facilidade, comodidade e mensalidades mais acessíveis por parte dos alunos, se tornando sinônimo de rentabilidade para as Instituições que nele atuam, principalmente pelo baixo custo docente. Acreditamos que o outro pilar de crescimento para a companhia deve ser o crescimento da base de alunos vinculados ao FIES. A mudança ocorrida em 2010 começou a ter reflexo positivo em 2011, mas foi em 2012 que podemos dizer que o FIES “bombou”, visto que até o fim do primeiro semestre daquele ano a quantidade de vínculos ao programa já era maior que o ano inteiro de 2011. A Kroton, mais uma vez, saiu na frente da concorrência é já possui mais de 30% da sua base de alunos presencial vinculados ao programa. Em suma, continuamos otimistas com a companhia e acreditamos que os próximos anos serão positivos no que tange a elevação de margens e geração de caixa que devem se traduzir em maior retorno para o acionista. Sandra Peres (CNPI) 51 Energia Não é de hoje que economistas e formadores de políticas apontam uma série de problemas estruturais que “sabotam” a capacidade de crescimento do Brasil. Dentre os “vilões” mais comumente apontados, certamente o elevado custo de energia, merece destaque. Além de abocanhar parte da renda familiar (que poderia se traduzir em consumo), a elevada conta de luz também onera sobremaneira o setor produtivo e mina a competitividade da indústria doméstica. Foi exatamente nesse contexto, que em Setembro, o governo anunciou a Medida Provisória 579, contendo termos para a prorrogação antecipada das concessões, que venceriam entre 2013 e 2017. A princípio, a redução da tarifa de energia alardeada era da ordem de 20%, sendo que a maior parte de tal redução viria de condições da renovação e não de diminuição de impostos por parte do governo. Contudo, após a divulgação dos valores das novas tarifas e das somas a serem pagas para indenizar as concessionárias por investimentos ainda não amortizados, surgiram algumas disparidades entre o cálculo das companhias e do governo. A grande questão é que, a MP 579 virou sinônimo de incerteza, justamente no setor que há muito é conhecido por seu aspecto defensivo, derivado da (relativa) previsibilidade de resultados, constante geração de caixa e farta distribuição de dividendos. Tal desconfiança surge da iminente possibilidade de intervenção estatal. Nesse contexto, fica a pergunta: O que esperar das empresas de energia daqui pra frente? De acordo com os dados mais recentes do Banco de Informações de Geração – BIG/ANEEL, o Brasil possui 2.728 empreendimentos em operação, com capacidade instalada total do sistema elétrico brasileiro em 17/12/2012 de cerca de 120.000 MW. Para os próximos anos, a adição prevista é de algo em torno de 46.000 MW na capacidade de geração do país, proveniente dos 182 empreendimentos atualmente em construção. Informações do Plano Decenal de Expansão de Energia de 2021 dão conta de que em termos de investimentos, a expansão em geração, no período de 2012 a 2021, requer investimentos da ordem de R$ 213 bilhões. Tal montante vem de encontro com as perspectivas de evolução da demanda. Ainda de acordo com o relatório do Ministério de Minas e Energia, do início de 2012 ao fim de 2021, a taxa média de crescimento do consumo na rede (excluindo autoprodução) é de 4,2% ao ano sendo guinada preponderantemente pela classe comercial seguida pela classe residencial. Entendemos que, embora a possibilidade de presença do Estado possa tomar novos contornos nos próximos anos, as companhias geradoras e transmissoras não afetadas pela MP 579 continuam num cenário bastante favorável, tanto no que tange às perspectivas de demanda, quanto no que diz respeito às tarifas, que por ora, continuam a remunerar tanto custos de operação e manutenção como o capital investido. Efetivamente, apenas cerca de 20% de toda energia gerada no país foi afetada pela Medida, contudo, é factível que as novas regras de renovação de concessões pressionem os preços de longo prazo da energia, podendo impactar indiretamente as companhias que possuem concessões não abrangidas pela MP. Por ora, os ativos não afetados pela Medida continuam a operar com as mesmas taxas, até seu vencimento, ou até o governo anunciar novas condições para renovação de concessões. O risco de intervenção governamental no setor de energia, sobretudo no segmento de geração, é algo que certamente deve ser considerado, nesse sentido, as atenções voltam-se para a eficiência de todo o sistema, por uma simples razão: doravante as companhias trabalharão com menores taxas, fato que certamente implica em maior disciplina na alocação de capital, podendo eventualmente se traduzir em redução dos investimentos. Por falar em novas inversões, mesmo com as novas condições vigentes, estão previstos (por enquanto) significativos investimentos para ampliação de capacidade de geração de energia elétrica. 52 EMPRESAS ACOMPANHADAS AES Eletropaulo (ELPL4)......................................................................................................Manter AES Tietê (GETI4).............................................................................................................................Manter Tractebel Energia (TBLE3)...............................................................................................Comprar Copel (CPLE6)...................................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 18,50 I Up Side: 10,1% I ELPL4 / R$ 16,80 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A AES Eletropaulo distribui energia elétrica em 24 municípios da Grande São Paulo, incluindo a capital. A empresa atende mais de 16 milhões de pessoas, concentradas em 6,1 milhões de unidades consumidoras. Sua área de concessão equivale a 4.526 quilômetros quadrados. O atendimento ao cliente é feito pelas Lojas da Eletropaulo e Agentes Credenciados. Com Voto AES Elpa (*) União Federal (Tesouro Nacional) Geração Futuro Corretora de Valores S/A Outros 77,8% 20,0% 2,2% 23/out/12 Sem Voto 0,5% 10,2% 77,2% Todos tipos 31,0% 8,0% 6,1% 47,3% (*) AES Elpa tem como controladores a AES Holdings Brasil e BNDES Participações. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 9.235,6 1.108,3 199,4 9.511,3 1.062,3 241,0 9.622,5 1.154,7 245,8 9.340,8 1.307,7 275,7 9.488,3 1.498,3 338,9 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 9.835,6 2.847,9 1.572,1 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,7 0,9 1,8 1.105,5 13,6% 62,8% 39,2% 29,0% 16,0% 0,7 3,4 14,1 6,8% 95,5% 936,6 17,3% 62,8% 5,0% 12,0% 2,2% 0,7 3,6 11,7 5,8% 67,7% 1.045,7 31,6% 62,1% 5,9% 11,2% 2,5% 0,7 3,4 11,4 5,9% 67,7% 1.129,0 15,3% 62,5% 5,9% 12,0% 2,6% 0,7 3,1 10,2 6,0% 61,5% 1.236,2 21,0% 62,3% 6,4% 14,0% 3,0% 0,6 2,8 8,3 6,2% 51,3% 1.322,5 15,0% 62,3% 7,6% 15,8% 3,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico 686,7 110,2 56,6 13,7 Conclusão Refizemos as projeções para os resultados da companhia incorporando novas premissas, principalmente após o 3º Ciclo de Revisão Tarifária (CRT) e incorporando uma substancial piora no ambiente setorial, com consequente redução do fluxo de dividendos. Vale mencionar que em relação aos efeitos do 3º CRT (Fato Relevante divulgado em 02 de julho de 2012), a Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou índice final de revisão tarifária periódica de 9,33% (efeito médio a ser percebido pelo consumidor) e de -5,60% (efeito econômico), referente a 04/jul/11. destaca-se que esse último é o número efetivo da aplicação das regras do 3º CRT, ou seja, a diferença referente a componentes financeiros. Adicionalmente, em 03 de julho de 2012, em Reunião Pública da Diretoria da Aneel, foi autorizado um reajuste tarifário médio de +5,51% (efeito médio a ser percebido pelo consumidor) e de +4,45% (efeito econômico). Desta forma, as tarifas aplicadas a partir de 04/jul/12 tiveram efeito médio percebido pelo consumidor de -2,26%. Esse é o número que irá afetar o faturamento e as margens da companhia, mais a devolução tarifária: efeito de -5,6% aplicados retroativamente a 04/jul/11, a serem devolvidos aos consumidores em dois ciclos tarifários a partir de 2013. No mais, o fluxo de dividendos deve cair substancialmente, baseado na própria queda da geração de caixa que está sendo contemplada nas projeções. Acreditamos que o retorno esperado para suas ações, ainda é relativamente baixo diante do risco de como o mercado vai interpretar a forte queda da geração de caixa (ainda que o yield médio superior a 6% nos pareça bem interessante), deste modo, nosso parecer ainda é de manutenção para seus papéis. Sandra Peres (CNPI) / Bruno Piagentini 53 Energia MANTER Preço Alvo: R$ 25,00 I Up Side: 6,0% I GETI4 /R$ 23,59 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A AES Tietê é uma das principais geradoras de energia elétrica do país, e possui um parque gerador de 17 usinas hidrelétricas em São Paulo e Minas Gerais. A empresa detém 2,3% da capacidade instalada do Brasil, e é a segunda maior geradora privada de energia. A companhia é controlada pela Companhia Brasiliana de Energia, holding formada pela AES Corp., grande player global do setor, e pelo BNDES. A quase totalidade da energia gerada pela AES Tietê tem concessão até 2029, com previsão de renovação por mais 30 anos e está contratada para venda à AES Eletropaulo até 2015, a preços bastante superiores ao observado em leilões de energia recentes, e reajustados anualmente pelo IGP-M. Projeções de MM 2011 Companhia Brasiliana de Energia (*) Eletrobrás S.A. Outros Com Voto 71,3% 0,1% 28,6% 30/mai/12 Sem Voto 32,3% 16,4% 51,3% Todos tipos 52,5% 7,9% 39,5% (*) A Companhia Brasiliana de Energia tem como controladora a AES Holdings Brasil. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2.027,4 1.491,2 905,6 2.127,0 1.563,1 955,3 2.238,0 1.645,8 1.005,6 2.343,3 1.721,9 1.056,0 1.879,8 1.276,6 780,0 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.886,0 1.466,4 844,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,6 6,2 10,6 482,2 2,8% 52,7% 43,2% 77,8% 44,8% 4,4 6,3 9,9 8,9% 88,4% 461,4 0,8% 53,3% 44,0% 73,6% 44,7% 4,2 6,0 9,4 9,5% 89,5% 397,5 33,4% 52,3% 44,2% 73,5% 44,9% 4,0 5,7 8,9 10,1% 90,2% 326,9 49,7% 48,1% 44,5% 73,5% 44,9% 3,4 5,2 8,5 7,7% 65,5% 99,1% 41,1% 40,3% 73,5% 45,1% 3,0 6,9 11,5 4,5% 52,1% 136,0% 31,3% 26,0% 67,9% 41,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A energia gerada pela AES Tietê está quase integralmente contratada em acordo bilateral com a AES Eletropaulo, a preços bastante favoráveis, e reajustados anualmente pelo IGP-M, provendo estabilidade de receita pouco comum no mercado. O grande trunfo da empresa é também seu principal risco, já que após 2015, quando vence o acordo com a AES Eletropaulo (não sujeito à renovação), prevemos substancial queda nas receitas da empresa, que terá de procurar o mercado regulado e o mercado livre para venda de sua energia, a preços bem menos atrativos. Até lá (2015), há uma empresa cujos resultados são extremamente previsíveis, com margens que devem melhorar, pouco, mas constantemente, além de baixo endividamento, nenhuma exposição cambial, e uma política de distribuição integral do lucro líquido em forma de dividendos. No que diz respeito ao fluxo de dividendos, é importante destacar a eventual possibilidade de redução do pay out, em razão das dificuldades que se colocam no médio/longo prazo. Nesse sentido, reforçamos nosso parecer de manutenção para os papeis da companhia. Sandra Peres (CNPI) / Bruno Piagentini 54 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 42,00 I Up Side: 25,9% I TBLE3 /R$ 33,35 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Tractebel é a maior geradora privada de energia elétrica no Brasil, possui parque gerador de 22 usinas, sendo nove hidrelétricas, seis termelétricas e sete complementares (biomassa, PCHs e eólicas). A capacidade instalada da empresa deve alcançar 6.907,60 MWs, após a total entrada em operação da Usina Hidrelétrica de Estreito. O controle acionário da companhia é exercido pela GDF Suez, que possui 68,71% das ações ordinárias da companhia. O free float é de 21,29%. Projeções de MM 2011 Gdf Suez Energy Latin America Part. Ltda (*) Banco Classico S/A Outros Com Voto 31/mai/12 Sem Voto Todos tipos 68,7% 10,0% 21,3% - 68,7% 10,0% 21,3% (*) Gdf Suez Energy Latin America Part. Ltda é controlada indiretamente pela belga de mesmo nome. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4.732,2 2.892,3 1.477,8 5.044,8 3.141,9 1.797,5 5.352,0 3.357,6 1.919,0 5.678,0 3.561,8 2.082,4 6.023,7 3.773,5 2.211,4 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 4.327,0 3.257,5 1.447,6 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,0 7,3 15,0 2.867,4 11,4% 55,9% 26,6% 75,3% 33,5% 3,7 8,2 14,7 7,9% 72,5% 1.926,3 7,5% 57,4% 25,2% 61,1% 31,2% 3,4 7,6 12,1 5,6% 68,2% 2.019,6 2,3% 54,7% 28,0% 62,3% 35,6% 3,1 6,9 11,3 6,0% 68,6% 1.534,4 6,8% 52,7% 27,3% 62,7% 35,9% 2,8 6,6 10,5 6,6% 68,7% 1.592,5 4,0% 50,0% 27,1% 62,7% 36,7% 2,6 6,2 9,8 7,0% 69,1% 1.696,2 6,4% 47,9% 26,4% 62,6% 36,7% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A Tractebel tem perfil mais defensivo com previsibilidade de geração de caixa, boa distribuição de dividendos e ótima governança corporativa, mas também pelas suas perspectivas de sólido crescimento e pelo seu conservadorismo na comercialização de energia, com baixa exposição as oscilações do preço spot. Não consideramos, no entanto, o potencial de geração da hidrelétrica de Jirau. Em nossas projeções, já que ainda há uma incógnita em relação à venda do ativo da controladora para a Tractebel, em relação a prazos e preços. Em nosso modelo, trabalhamos com expectativa de crescimento da demanda e aumento de custos dos projetos, bem como um avanço razoável na capacidade de geração, após total operacionalização de Estreito e de novos parques eólicos no Nordeste. Por outro lado, a crescente concorrência nos leilões e as pressões políticas pela redução das tarifas que se configuravam como ameaças, deixaram de representar ameaças e tornaram-se realidade em Setembro. O governo condicionou a renovação das concessões à redução das tarifas cobradas pelas companhias. Além disso, a Medida Provisória que trata do assunto (MP 579) estabelece que as novas condições aplicam-se às renovações que venceriam entre 2015 e 2017. Lembramos que a Tractebel não é afetada por tal medida, já que sua primeira concessão tem vencimento previsto somente para 2027. Nesse sentido, continuamos avaliando positivamente a companhia e recomendamos compra de seus papéis. Sandra Peres (CNPI) / Bruno Piagentini 55 Energia COMPRAR Preço Alvo: R$ 36,50 I Up Side: 15,1% I CPLE6 / R$ 31,70 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Copel é a maior empresa do Paraná e atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, além de telecomunicações. A companhia também opera um sistema elétrico com parque gerador próprio de usinas, linhas de transmissão, subestações, linhas e redes elétricas do sistema de distribuição, além de um sistema óptico de telecomunicações que integra as principais cidades do Estado. A Copel efetua em média, mais de 70 mil novas ligações a cada ano, atendendo praticamente 100% dos domicílios nas áreas urbanas e passa de 90% nas regiões rurais. Projeções de MM 2011 Estado do Paraná Bndespar - BNDES Participações SA Outros Com Voto 58,6% 15,0% 30/out/12 Sem Voto 5,2% 68,5% Todos tipos 31,1% 2,4% 40,1% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 7.931,7 1.823,6 1.015,1 8.090,3 1.919,9 1.108,8 8.252,1 2.035,9 1.189,9 8.417,2 2.113,5 1.158,4 8.585,5 2.279,3 1.192,5 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 7.776,2 1.856,7 1.157,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,7 4,1 7,5 540,7 5,4% 36,9% 9,6% 23,9% 14,9% 0,7 5,4 8,5 9,5% 81,5% 1.186,2 10,0% 40,3% 8,3% 23,0% 12,8% 0,7 5,7 7,8 8,9% 69,9% 2.236,4 21,8% 43,1% 8,8% 23,7% 13,7% 0,7 5,4 7,3 9,3% 68,0% 2.284,0 17,6% 42,1% 9,2% 24,7% 14,4% 0,7 5,2 7,5 9,4% 70,5% 2.311,3 7,9% 41,6% 8,7% 25,1% 13,8% 0,6 4,9 7,3 9,7% 70,4% 2.480,6 1,0% 41,9% 8,7% 26,5% 13,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Apesar de a companhia atuar em diversos segmentos do setor de energia, a Copel ainda é preponderantemente um player de distribuição de energia elétrica, sendo que o segmento representa cerca de 75% de seu faturamento consolidado. Destaca-se também que a Copel atua numa área de concessão caracterizada por alto poder aquisitivo, boa densidade demográfica e grande concentração industrial. Nos últimos cinco anos, a Copel Distribuidora apresentou crescimento médio de 4,8% (acima do crescimento de outras distribuidoras). Para os próximos anos, embasamos nossas projeções de crescimento da companhia na nova realidade de expansão econômica, além da elasticidade-renda e sazonalidade históricas, resultando num crescimento de algo em torno de 5% para o mercado cativo e cerca de 4% para o mercado livre. Nesse sentido, lembramos que apesar dos riscos atrelados ao 3º Ciclo de Revisão Tarifária e renovação das concessões (no segmento de geração), destacamos que a revisão tarifária definida pela ANEEL (-0,65%) situa-se num patamar muito melhor do que várias outras distribuidoras de energia elétrica do país. No que tange a renovação de concessões, é importante lembrar que apenas 5,9% da capacidade de geração da Copel está sujeita à nova dinâmica imposta pela MP 579. Lembramos que em razão das grandes inversões programadas para os próximos anos, não esperamos uma grande distribuição de lucros, contudo, em vista das boas perspectivas para a companhia nos próximos anos, recomendamos a compra de seus papeis em bolsa. 56 Sandra Peres (CNPI) / Bruno Piagentini Fumo Como em todos os anos, 2012 não foi diferente para o setor de fumo e cigarros no Brasil, no que se referem os empecilhos para o crescimento, mesmo assim, a empresa do setor que faz parte de nosso Stock Guide apresentou bom desempenho. O grande entrave continua sendo o aumento das campanhas antitabagistas, com proibição de fumantes nos bares e restaurantes, medidas de inibição ao consumo e a maior taxação com aumento médio em torno de 41% do IPI sobre cigarros, vale lembrar que já foram divulgados novos aumentos para início de 2013. Além disso, controles mais rígidos sobre cigarros produzidos para exportação já estão sendo implantados. Outro ponto que causa desconforto e a preocupação para as empresas são os cigarros ilegais que já representam cerca de 20% das vendas brasileiras de cigarros. As empresas legais de cigarro têm perdido vendas para o “mercado negro” por conta da pouca fiscalização e dos aumentos na carga tributária sobre o produto. E para inibir este crescimento as companhias vêm se unindo para forçar uma fiscalização mais rígida. Neste sentido foi criada a “Lei do Preço Mínimo”, para viabilizar maior fiscalização sobre players do segmento que atuam à margem da legislação. Esta lei visa um preço mínimo de venda no varejo por maço de cigarros. Em 2013, o valor sobe para R$ 3,50 e chega a R$ 4,00 em 2014. A partir de 1º de janeiro de 2015, o preço mínimo do maço no varejo será R$ 4,50. Destacamos também que existem outros fatores positivos para o setor, que ajudaram as empresas em 2012 é irão permanecer reforçando seus números em 2013, sendo: o crescimento da renda do consumidor e o aumento nas vendas de produtos Premium. As elevações dos preços nos produtos finais também contribuíram para melhorar o desempenho das companhias, principalmente para a Souza Cruz que faz parte da nossa cobertura de análise. Outro fator positivo é a venda de fumo, sendo grande parte voltada a exportação, principalmente por conta da elevação do dólar. Vislumbramos um cenário para 2013 ainda muito desafiador, por conta das altas tributações, mas levando em consideração cenário macroeconômico melhor, acreditamos que as companhias continuarão performando positivamente. Vale comentar que a Souza Cruz demanda apenas investimentos marginais, e sua robusta geração de caixa é convertida, quase em sua totalidade, em proventos a seus acionistas. EMPRESAS ACOMPANHADAS Souza Cruz (CRUZ3)........................................................................................................................Manter 57 Fumo MANTER Preço Alvo: R$ 33,30 I Up Side: 8,1% I CRUZ3 /R$ 30,81 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Souza Cruz foi fundada em 1903, se transformando em S.A em 1914 e a partir desta data, passa a ser controlada pela British American Tabacco. A companhia é sediada no Rio de Janeiro e tem duas fábricas de cigarros (Minas Gerais e Rio Grande do Sul); com três plantas de processamento de folhas; 6 centros de distribuição integrada, um centro de I&D e; uma planta de impressão e suprimentos que atende 260 mil pontos de vendas. A Souza Cruz é a maior empresa de tabaco no Brasil, com aproximadamente 60% do mercado de cigarros e em torno de 16% da exportação de fumo, produzindo anualmente cerca de 72,8 bilhões de cigarros por ano e exportando +/- 120.000 toneladas de folha de fumo. A companhia também possui uma joint venture desde 1996, com a Brascuba cigarrilhas, sendo 50% da Souza Cruz e os outros 50% do governo cubano para a produção e exportação de cigarros. A companhia se destaca pela elevada distribuição de proventos, com histórico de distribuição de cerca de 90% do seu lucro líquido semestralmente e pagamento trimestralmente os juros sobre capital próprio. Projeções de MM 2011 British American Tobacco Outros Com Voto 30/out/12 Sem Voto Todos tipos 75,3% 24,7% - 75,3% 24,7% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5.846,9 2.443,7 1.673,0 6.292,2 2.725,9 1.902,3 6.691,7 2.915,4 2.026,4 7.131,9 3.114,7 2.167,7 7.630,7 3.345,6 2.323,9 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 5.550,2 2.349,8 1.602,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 22,6 19,1 29,4 100,0% 42,8% 77,1% 42,3% 28,9% 23,8 17,9 28,1 3,8% 105,9% 100,0% 62,7% 84,5% 41,8% 28,6% 24,8 16,0 24,8 4,2% 104,2% 100,0% 66,6% 100,1% 43,3% 30,2% 25,8 14,9 23,2 4,5% 103,8% 100,0% 68,5% 111,2% 43,6% 30,3% 26,9 13,9 21,7 4,8% 103,4% 100,0% 70,5% 123,9% 43,7% 30,4% 28,1 13,0 20,3 5,1% 103,1% 100,0% 72,3% 138,5% 43,8% 30,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A Souza Cruz continua apresentando sólidos desempenhos, a despeito do aumento médio de 41% do IPI sobre cigarros, que passou a vigorar no segundo semestre de 2011. Porém, vale destacar, que o fator regulatório, tido pelo mercado como vilão em nossa visão não tem sido tão ruim. E nesse sentido, vemos com muito bons olhos a atuação da Souza Cruz, que soube utilizar a chamada “Lei do Preço Mínimo”, para junto a outras entidades ligadas ao setor, viabilizar maior fiscalização sobre players do segmento que atuam à margem da legislação. O resultado foi aumento das vendas de cigarro, com ampliação do market share, que já beira os 75%. Além disso, a companhia demanda apenas investimentos marginais, e sua robusta geração de caixa é convertida, quase em sua totalidade, em proventos a seus acionistas. Vemos a Souza Cruz como opção interessante para quem visa retornos através de dividendos e JCP e assim recomendamos manter os papéis da companhia para clientes com esse perfil. Sandra Peres (CNPI) 58 Hardware / Software Em 2011, o setor, em especial o segmento de hardware, foi duramente afetado pelo impacto das enchentes na Tailândia e pelo terremoto no Japão que prejudicaram o fornecimento de matériasprimas vindas daquela região. Nesse sentido, as empresas do setor não puderam repassar os custos mais elevados, contraindo assim as margens de lucro. Já em 2012, o que vimos foi um movimento, ainda que lentamente, de recuperação de margens em função da estabilidade dos preços dos produtos comprados dos países asíaticos. Em termos concorrenciais, segundo pesquisa anual do uso de TI divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) a principal empresa nacional do setor é a Totvs que possui 38% de market-share do mercado de ERP (Sistema Integrado de Gestão) e tem enfrentado forte concorrência de empresas estrangeiras, como a alemã SAP, que possui 28% de market-share, e a americana Oracle, que possui 16%. Juntas as três empresas dominam 82% de todo o mercado de ERP. As perspectivas para evolução do setor são positivas, na medida em que se aproximam os eventos esportivos a serem realizados, visto que se espera aumento da automatização dos negócios, além de maior quantidade (física) de estabelecimentos comerciais no país. Em que pese uma conjuntura mais favorável, os baixos investimentos privados em pesquisas e desenvolvimento (P&D) ainda representam um ponto negativo para as empresas brasileiras que buscam maior status internacional. Vale lembrar que grandes empresas, mundialmente reconhecidas, já ocupam relevante espaço no mercado brasileiro, em alguns segmentos, acarretando maior concorrência setorial, conforme comentado acima. Entretanto, os benefícios e incentivos promovidos pelo governo e o mercado local aquecido deverão trazer “bons ventos” para o mercado de TI e consequentemente para as empresas que nele atuam. Nos últimos anos, o setor tecnológico vem passando por forte e rápida transformação, muito em função de novas tecnologias e da chamada inclusão digital. O aumento da demanda por serviços de TI está relacionado à mudança no perfil dos empresários que estão, hoje, muito mais preocupados em se desenvolver e automatizar seu negócio, não enxergando tal automatização como custo, mas sim como investimento. No segmento de software, temos acompanhado elevação na demanda e alteração nos tipos de produtos/serviços oferecidos pelas empresas que atuam no ramo, em função da necessidade de 60% 40% 20% 48% 0% 22% -20% 12 12 20 12 20 1/ 20 2/ 2/ / 3/ 2 2/ TOTS3 2 01 2/ 2 4/ 5% 12 2/ 5 0 /2 2 6/ 2/ 2 01 20 7/ 2/ 12 12 20 8/ 2/ BEMA3 segmentação por parte de seus clientes. Dentro destes parâmetros temos uma perspectiva positiva para 2013, devido principalmente a ainda baixa penetração de softwares em empresas de pequeno e médio porte, fato que abre um potencial de expansão considerável. A demanda do setor é promissora e ''renovável'' devido ao fato de que as licenças de utilização de software são temporárias, logo a rotatividade de venda de usufruto de softwares é constante, além de up-dates em sistemas, que também geram receitas periódicas. 2 01 /2 9 2/ 2 01 /2 10 2/ 2 01 /2 11 2/ 2 01 /2 2 /1 2 IBOV EMPRESAS ACOMPANHADAS Bematech (BEMA3)......................................................................................................................Comprar TOTVS (TOTS3)......................................................................................................................................Manter 59 Hardware / Software COMPRAR Preço Alvo: R$ 7,30 I Up Side: 25,9% I Breve Descritivo BEMA3 /R$ 5,80 em 28/dez/12 Principais Acionistas A companhia iniciou oficialmente suas atividades em 1990 dentro da INTEC (Incubadora Tecnológica de Curitiba). Desde então, a companhia focou sua atuação nos segmentos de Hardware, Software, aplicativos e prestação de serviços técnicos. Seu IPO ocorreu em 2007, e foi feito com o intuito de mudar o portfólio da companhia que vem sendo feito até hoje. Com diversos produtos lançados nos últimos anos, além das aquisições, a Bematech está posicionada entre as lideres do setor de automação comercial. Com Voto Mcap Investimentos Ltda. (*) Wolney Edirley Goncalves Betiol Bndespar - BNDES Participações AS Marcel Martins Malczewscki Credit Suisse Hedging-Griffo C. V. S/A Sul America Investimentos Dtvm S/A Outros 10,4% 10,1% 8,6% 8,2% 5,3% 5,1% 24,7% 30/out/12 Sem Voto - Todos tipos 10,4% 10,1% 8,6% 8,2% 5,3% 5,1% 24,7% (*) a Mcap Investimentos Ltda. pertence à MCAP POLAND FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 305,7 49,9 27,2 320,0 55,1 25,8 338,5 60,4 28,0 357,3 66,2 29,9 378,3 69,8 30,2 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 295,0 (46,8) (42,4) Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,9 (3,5) (7,0) (52,2) 29,6% 26,3% -12,4% -15,9% -14,4% 0,8 4,4 11,0 2,3% 25,0% 2,3% 26,6% 7,5% 16,3% 8,9% 0,8 3,6 11,6 2,2% 25,0% 20,0% 26,1% 6,7% 17,2% 8,1% 0,7 2,9 10,7 2,3% 25,0% 50,0% 25,5% 6,9% 17,8% 8,3% 0,7 2,4 10,0 2,5% 25,0% 85,0% 24,3% 7,0% 18,5% 8,4% 0,7 1,7 9,9 2,5% 25,0% 100,0% 23,1% 6,7% 18,5% 8,0% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Assumimos em nossa projeção que o segmento de Hardware, ainda que com boa evolução nas vendas de impressoras fiscais (carro-chefe da companhia) deverá crescer (em volume) ainda na casa de um digito, devido à redução nos preços praticados no mercado. Já a linha de Software terá forte crescimento, principalmente pela estratégia da Bematech em dar maior foco para as redes de franquias. Não trabalhamos com a hipótese de novas aquisições, porém não as descartamos. Vemos a divisão de serviços em recuperação e acreditamos que ao longo dos próximos anos essa divisão possa crescer fortemente, principalmente após a parceria com a Elavon para realizar transações nos TEF's da companhia. Com relação à margem bruta, estamos esperando que esta fique bem próxima à apresentada em 2011, em função da reestruturação iniciada em 2010 com mudança na gestão comercial, mudanças no portfólio, etc. Os últimos resultados e as perspectivas positivas em relação à reestruturação da divisão de serviços, além de um cenário mais ameno, nos deixam confiantes de que os próximos anos serão de grandes performances para a companhia. 60 Sandra Peres (CNPI) Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 43,70 I Up Side: 8,2% I TOTS3 / R$ 40,39 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas Atuando na elaboração de software para computadores pessoais, a companhia foi fundada em 1983 com a denominação de Microsiga. Posteriormente, passou a atuar também no mercado de software de gestão empresarial integrada, acessíveis às pequenas e médias empresas. Desde então, a companhia cresceu, diversificou suas operações, inovou-se e se tornou uma das maiores empresas de software para pequenas e médias empresas do país. O objetivo principal da TOTVS é o desenvolvimento de software de gestão empresarial integrada, de tecnologia e de serviços com valor agregado, tais como: consultoria, infraestrutura, terceirização de processos e educação corporativa. Projeções de MM 2011 Lc Eh Part. e Empreendimentos S/A (*) Petros - Fund. Petrobras de Seg. Social Outros Com Voto 30/out/12 Sem Voto Todos tipos 16,6% 9,9% 72,4% - 16,6% 9,9% 72,4% (*) a Lc Eh Part. e Empreendimentos S/A. pertence a Laércio José de Lucena Cosentino e Ernesto Mário Haberkorn. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1.407,1 323,5 190,7 1.536,5 414,6 252,7 1.693,3 476,5 298,6 1.829,1 534,6 334,7 1.972,8 593,3 363,0 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.279,2 308,7 168,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 8,6 20,0 38,3 18,2 29,5% 43,9% 22,5% 24,1% 13,2% 7,8 19,3 33,9 2,3% 78,7% 23,0% 44,7% 23,1% 23,0% 13,6% 7,2 14,8 25,6 2,9% 73,3% 41,8% 43,2% 28,3% 27,0% 16,4% 6,6 12,6 21,7 3,3% 72,2% 86,1% 40,4% 30,6% 28,1% 17,6% 6,0 11,0 19,3 3,7% 71,9% 50,0% 36,9% 31,2% 29,2% 18,3% 5,5 9,8 17,8 4,0% 72,0% 100,0% 36,3% 30,9% 30,1% 18,4% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Acreditamos estar diante de uma companhia promissora em relação às oportunidades que o mercado lhe oferece e com uma característica ímpar que consegue aliar crescimento e rentabilidade, traduzido em expansão de margens. Em nossa projeção, optamos por manter certo conservadorismo, com crescimento médio de receita ao redor de 10% e entendemos que a concorrência com grandes empresas internacionais que se instalaram no país pode ser o principal inibidor do crescimento mais consistente. Ainda assim, vemos um cenário bastante favorável tendo em vista os eventos esportivos que estão por acontecer em nosso país, fazendo com que os estabelecimentos busquem se automatizar e se preparar para o forte aumento de demanda que é esperado. Com forte geração de caixa e histórico positivo na distribuição de proventos, a TOTVS pode ser vista como uma empresa de perfil defensivo. Sandra Peres (CNPI) 61 Higiêne / Farma / Limpeza Nos últimos anos, as classes C e D apresentaram uma ascensão, com isso, esses novos consumidores adicionaram produtos à sua cesta básica e mudaram o perfil da economia brasileira. Dentre os novos itens inseridos, conquistaram importantes participações às linhas de higiene pessoal, produtos farmacêuticos e de limpeza. De uma forma geral, as companhias que compõem esse setor têm suas atividades voltadas ao mercado interno e crescimento amparado no consumo das famílias que nesse ano arrefeceu. Considerando as projeções da LCA Consultores, a taxa que veremos ao fim deste ano será de uma expansão em torno de 3% frente aos 4,1% apurados em 2011. Entre os segmentos de atuação, a divisão de higiene ganha cada vez mais destaque por conta de um elemento principal: a inovação. A acirrada disputa concorrencial torna os investimentos das empresas em P&D, tecnologia de produção e campanhas de mídia mais do que necessários para lançar novos produtos que atendam e conquistem clientes. Na composição dessa clientela, predomina-se a presença da mulher que aumenta sua participação no mercado de trabalho brasileiro e busca, ainda mais, por produtos que lhe satisfaça. Cabe registrar que pelas estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o faturamento do setor deverá atingir 2% do PIB em 2012. As perspectivas setoriais são favoráveis diante da expectativa de crescimento para a economia brasileira em 2013. São importantes drivers o aumento do poder aquisitivo da população, principalmente das classes C e D, assim como a manutenção do nível de emprego, pois ambos colaboram para o ingresso de novos consumidores. Em um olhar mais amplo, o crescimento da expectativa de vida gera um maior cuidado com o bem-estar e a saúde corporal e contribui para as vendas em diversas categorias desse setor. Para o próximo ano, esperamos os retornos dos altos investimentos realizados pelas empresas, além da captura das sinergias dada as aquisições feitas no mercado. Pressupomos, que com o cenário macroeconômico mais favorável, com a atividade doméstica ganhando velocidade, a performance operacional das companhias apresente melhora. Entretanto, devemos ressaltar nossa preocupação com o elevado patamar de endividamento das empresas, ocasionado pelos fatores mencionados acima, que podem comprometer seus resultados finais. 62 EMPRESAS ACOMPANHADAS Cremer (CREM3)..........................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 17,50 I Up Side: 35,3% I CREM3 / R$ 12,93 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas Fundada em 1935 em Blumenau a Cremer é uma fornecedora de produtos de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene. Atualmente, a companhia conta com três unidades fabris (uma de produtos têxteis, uma de adesivos e uma de plásticos) e nove Centros de Distribuição (CDs) em diferentes estados do Brasil. Tais CDs estão estrategicamente localizados próximos aos grandes mercados consumidores do País, com destaque para o Centro-Sul, devido à alta demanda daquela região. Os principais produtos fabricados pela Cremer são gazes, esparadrapos, compressas cirúrgicas, algodão, ataduras, fraldas de pano, fitas crepe, adesivos dupla face, entre outros. Dentre os produtos fabricados por terceiros e revendidos pela Cremer estão as luvas cirúrgicas, equipo de soro, agulhas, seringas, cateteres, sondas, lâminas de bisturi e termômetros. Projeções de MM 2011 Tarpon Investimentos S.A. Aberdeen Asset Management Plc Mcap Poland Fundo de Invest. em Ações M&G Investment Management Limited Outros Com Voto 12/nov/12 Sem Voto Todos tipos 49,5% 10,3% 7,9% 7,6% 20,2% - 49,5% 10,3% 7,9% 7,6% 20,2% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 526,5 64,6 24,1 543,5 74,8 30,1 569,0 79,3 31,4 593,6 83,7 34,2 619,4 87,1 37,3 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 457,8 66,2 18,6 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,4 6,6 22,7 176,4 22,1% 62,8% 6,2% 14,5% 4,1% 1,4 9,3 17,5 5,1% 88,6% 176,0 22,7% 62,0% 7,9% 12,3% 4,6% 1,3 7,9 14,0 5,4% 76,3% 166,0 26,3% 60,8% 9,6% 13,8% 5,5% 1,3 7,3 13,4 5,6% 75,6% 158,1 30,9% 59,4% 9,8% 13,9% 5,5% 1,3 6,7 12,4 5,9% 73,2% 140,6 36,3% 58,0% 10,3% 14,1% 5,8% 1,2 6,3 11,3 6,3% 71,0% 125,2 23,6% 54,5% 10,9% 14,1% 6,0% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Destacamos que o setor de atuação da companhia continua muito positivo, em função da relevante participação do setor de Saúde (88%) na composição da receita líquida e elevada representatividade no mercado interno (96%). Além disso, a criação de novos postos de trabalho e o crescimento do poder aquisitivo da população possibilita o aumento da demanda por produtos descartáveis de saúde, impactando no aumento do volume vendido da companhia. Vale comentar, que a Cremer ainda terá ganhos de sinergias dada todas as aquisições. Adicionalmente a companhia se mantém firme e focada em sua consolidação e a integração das aquisições juntamente com suas parcerias, fortalecendo a sua plataforma operacional, além de focar a desalavancar. Sendo assim, seja quais forem as iniciativas adotadas pela Cremer para cumprir os objetivos, elas só deverão se mostrar eficientes no médio e longo prazo. Desta forma, recomendamos o posicionamento no papel para investidores de longo prazo. Sandra Peres (CNPI) 63 Imobiliário Com uma alta correlação com o setor de construção civil, as imobiliárias experimentaram uma forte desaceleração em 2012. Isso porque boa parte da intermediação imobiliária, especialmente as companhias listadas, é feita no mercado primário, ou seja, imóveis novos vendidos ao primeiro dono. E a capacidade de lançamento das construtoras nesse último ano diminuiu substancialmente. Problemas de execução e falta de um controle mais presente, resultados da rápida expansão geográfica das companhias, se somaram a um desaquecimento na demanda, por conta do cenário macroeconômico deteriorado. gráfico, o ICC – índice de confiança do consumidor, medido pela FGV, mesmo que não tenha apresentado uma piora destacada nos últimos dois anos, mostrou-se muito volátil, e essa instabilidade acaba prejudicando o setor. Nesse fim de ano, o indicador apresentou deterioração, o que já é um mau sinal para 2013. Além disso, consideramos que a melhora na situação das construtoras ainda não é suficiente para trabalharmos com um cenário de forte reaceleração dos lançamentos. Assim, acreditamos em uma alta moderada para o setor. Além disso, até 2011, o setor de intermediação imobiliária passou por um processo forte de consolidação, novamente com destaque para as companhias de capital aberto. Em 2012, o mercado assentouse um pouco, dando a impressão que as aquisições dos outros anos ainda estavam sendo digeridas. Esse processo foi importante, já que muitas dessas adquiridas, imobiliárias menores, eram focadas no mercado secundário local. O mercado secundário apresentou desempenho um pouco melhor que o primário. Isso porque, apesar de também ser atingido pelo cenário econômico adverso, esse não depende da capacidade de execução das incorporadoras. Um fator que sempre destacamos como primordial para o setor é a confiança do consumidor. Comprar um imóvel é um investimento de longo prazo e uma pessoa dificilmente toma uma decisão dessas se não está confortável com a situação atual da economia, especialmente no tocante a manutenção do emprego. E como podemos observar no 64 dez/12 set/12 jun/12 dez/11 set/11 jun/11 mar/12 mar/11 dez/10 Confiança do Consumidor - FGV (base 100) Fonte: Fundação Getulio Vargas EMPRESAS ACOMPANHADAS Lopes Brasil (LPSB3)..............................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 45,00 I Up Side: 19,0% I LPSB3 /R$ 37,80 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A companhia foi fundada em 1935, e hoje é uma das maiores empresas de intermediação, consultoria e promoção de financiamentos de imóveis no Brasil. Ela atua em todos os segmentos, com destaque para médio alto e alto padrão. O mercado primário, de imóveis novos, vendidos no lançamento, corresponde, hoje, a cerca de 3/4 do total intermediado pela LPS Brasil. A companhia apostou nos últimos anos em uma estrátegia agressiva de aquisições, tendo sido essa estratégia a principal responsável pela expansão geográfica apresentada pela empresa. Projeções de MM 2011 Rosediamond Llp Marcos Bulle Lopes F.I.M. Credito Privado Mocastland Mfs Investment Management Outros Com Voto 12/nov/12 Sem Voto Todos tipos 32,1% 12,0% 7,9% 5,1% 37,5% - 32,1% 12,0% 7,9% 5,1% 37,5% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 442,7 170,3 107,9 508,7 210,3 122,9 565,0 243,4 134,3 589,4 253,5 146,5 615,1 263,8 155,6 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 432,4 138,5 142,6 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4,1 12,2 15,1 53,1% 26,9% 32,0% 33,0% 3,7 12,0 20,0 2,5% 50,0% 0,7% 18,5% 38,5% 24,4% 3,3 9,2 17,6 2,8% 50,0% 48,6% 19,0% 41,3% 24,2% 3,3 7,5 16,1 6,2% 100,0% 1,6% 20,8% 43,1% 23,8% 3,3 7,0 14,7 6,8% 100,0% 52,2% 22,7% 43,0% 24,9% 3,3 6,5 13,9 7,2% 100,0% 52,8% 24,1% 42,9% 25,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A LPS Brasil foi uma das principais consolidadoras do setor nos últimos anos, assim, mesmo com a forte desaceleraçao dos lançamentos apresentada em 2012, a companhia tem conseguido crescer na comparação anual, especialmente em decorrência da maior diversificação da sua atuação e consolidação dos números das diversas adquiridas. O crescimento tem sido, e deve continuar sendo, maior no mercado secundário, que ainda responde por um percentual menor da receita. Nossa perspectiva para o setor não é das melhores, pois consideramos que muitas construtoras ainda têm um longo caminho pela frente até retomarem lançamentos mais robustos, porém, o cenário para LPS Brasil é menos tortuoso, pelos mesmos motivos que tem beneficiado os resultados desse ano, com a adição de um maior dinamismo da economia interna. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Silveira Martins 65 Indústria Aeronáutica O setor de indústria aeronáutica brasileira em 2012 foi marcado pelo progressivo reaquecimento de demanda e produção, e marca um período conturbado em especial para a aviação comercial, que após a crise de 2008 tenta se reerguer nos mesmos patamares produtivos. Nesse sentido, podemos citar como exemplo a Embraer, principal empresa do setor, que só retomou cerca de 60% da capacidade produtiva que possuía antes de 2008 e a produção de aviões comerciais em 2012 foi de 45 aeronaves contra 162 fabricadas naquele ano. A Europa estremeceu o mundo com a forte crise financeira de 2012 e impactou o setor, sendo que deste continente vem 25% das receitas da Indústria aeronáutica brasileira, participação esta que vem sendo reduzida pela fraca demanda, visto que em 2010 a Europa representava 33% das receitas. O segmento que mais expressou a crise foi a Aviação Executiva que retraiu 14% em volume de vendas para uma produção de 31 jatos. No período de abril a maio a curva de vendas foi de praticamente zero. Em 2012, a inovação na indústria aeronáutica nacional ficou a cargo da tecnologia militar, impulsionados pela Embraer, em seu segmento de Defesa e Segurança, que vem se expandindo progressivamente, firmando contratos com países asiáticos e africanos para a entrega dos Super Tucanos. Além disso, em novembro a Embraer assinou importante contrato com o exército brasileiro para monitoramento de fronteiras nacionais através do SISFRON (Sistema Integrado de Fronteiras), com tecnologia de radares e aeronaves de monitoramento. No que tange a demanda de passageiros e expansão da movimentação aérea em países de primeiro mundo, que ainda se recuperam da forte crise econômica de 2008 e a recente crise europeia, as projeções de crescimento são positivas. Na Europa o crescimento estimado na demanda de passageiros é de 4,1%, com o PIB da zona do Euro crescendo por volta de 1% a 2%. Os EUA, que possuem relevante representatividade das vendas da Indústria Aeronáutica brasileira também seguem com perspectivas positivas nas projeções de demanda por aeronaves, ainda que em escala reduzida, em especial para jatos executivos e militares. Os Tucanos preenchem uma lacuna de aviões militares leves e relativamente baratos que atraem as forças armadas de países emergentes, sendo que já se concretizaram aproximadamente 150 unidades vendidas de seu último modelo para as forças aéreas de países como a Indonésia, Azerbaijão, Chile e Colômbia, e ainda um contrato que foi cancelado de entrega de 20 aeronaves para os EUA. O panorama para a aviação militar brasileira nunca foi tão promissor, preenchendo parcialmente a demanda mundial, e as previsões são de que essa parcela se desenvolva progressivamente nos próximos anos. Temos como perspectiva de futuro uma economia mundial multipolar, descentralizando a Europa e a América do Norte, abrindo espaço para os mercados emergentes, em especial elevando as taxas de crescimento de cidades de médio porte, criando a demanda de novas pontes aéreas e conseqüentemente inflando a demanda de aeronaves, em especial em regiões da Ásia e América do Sul. Em termos de precificação do petróleo as prospecções são de que os preços permaneçam altos perante as médias históricas, e a alternativa estaria em investimentos que maximizem a eficiência de combustíveis para aeronaves, trançando assim uma forte necessidade tecnológica que, diga-se de passagem, a indústria aeronáutica brasileira demonstra estar em patamares competitivos. Uma das soluções que viabilizam a redução do impacto ambiental de aeronaves e a eficiência do combustível é o desenvolvimento do carbono neutro, que ainda está em fase de desenvolvimento, mas que se pode esperar entrar em funcionalidade em grande escala nos próximos anos. 66 EMPRESAS ACOMPANHADAS Embraer (EMBR3)..........................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 17,00 I Up Side: 17,6% I EMBR3 /R$ 14,45 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Embraer está entre as maiores companhias aeroespaciais do mundo. A companhia se consolidou em mais de 40 anos de existência fabricando aeronaves para mais de 92 países. Focada na aviação comercial, a Embraer também atua em tecnologia de ponta para segurança militar e aviação executiva. A empresa conta com 16 instalações em 6 países distribuídas na Ásia, Europa, América do Norte e do Sul, e cerca de 17 mil funcionários. Projeções de MM 2011 Previ Cx Prev Funcs Bco Brasil Oppenheimer Funds Inc. Thornburg Investment Management'S Bndespar - BNDES Participacoes SA Blackrock, Inc Outros Com Voto 12/nov/12 Sem Voto Todos tipos 9,0% 8,3% 7,3% 5,4% 5,1% 62,9% - 9,0% 8,3% 7,3% 5,4% 5,1% 62,9% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 11.536,1 1.543,0 550,9 12.395,1 1.643,7 704,2 14.174,8 1.924,2 944,6 15.507,5 2.127,1 1.137,4 17.005,5 2.357,0 1.305,4 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 9.858,1 923,5 156,3 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,8 6,4 68,5 15,2% 63,9% 2,7% 9,4% 1,6% 1,8 6,4 19,4 3,9% 75,4% 19,7% 64,4% 9,2% 13,4% 4,8% 1,7 5,8 15,2 3,9% 59,5% 3,4% 63,0% 11,2% 13,3% 5,7% 1,6 4,8 11,3 4,6% 52,0% 3,5% 62,4% 14,1% 13,6% 6,7% 1,5 4,1 9,4 5,2% 49,0% 3,5% 61,3% 15,6% 13,7% 7,3% 1,3 3,4 8,2 5,8% 47,7% 9,5% 60,1% 16,3% 13,9% 7,7% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Ainda que o cenário esteja um tanto quanto desafiador para os negócios da companhia, acreditamos que ao longo dos próximos anos a demanda por novos aviões (executivos, comerciais ou de defesa) deverá apresentar aumento. Ainda assim, a dificuldade em se encontrar soluções para a crise europeia pelos governantes da região e a ainda cambaleante economia americana poderão limitar possíveis novos pedidos para a Embraer. Vemos boas perspectivas para o mercado asiático e para a América do Sul, que já possuem diversos pedidos e contratos firmados com a companhia brasileira. Acreditamos que o segmento de aviação comercial continuará sendo o mais relevante, porém entendemos que o segmento de Defesa terá forte evolução, aumentando sua participação na receita total da companhia. Em nossa visão, a boa evolução de receita será acompanhada na mesma intensidade pelos custos e despesas, não havendo relevantes ganhos de margem EBITDA nos próximos anos. Em suma, acreditamos que a companhia manterá a posição de liderança no que tange a aviação comercial e deverá apresentar bom crescimento em Defesa e Segurança. Sandra Peres (CNPI) 67 Informática / Linha Marrom O setor de informática no país permanece aquecido em termos de volume de vendas, muito em função do forte crescimento de vendas de tablets no mercado nacional, acirrando a concorrência de plataformas de acesso à internet, fato que comprometeu o avanço de vendas de Desktops e Notebooks. Segundo projeções da consultoria IDC (International Data Company), em 2013 o país venderá 5,4 milhões de unidades, contra aproximadamente 2,6 milhões de unidades vendidas em 2012. O Brasil ocupa atualmente o 17° lugar mundial na venda de tablets, e o 3° se inserido nos BRIC's (Brasil, Rússia, Índia, China). Se comparado a 2011, espera-se certa estagnação no faturamento no mercado de informática, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE) resultado da conjuntura econômica mais volátil e da produção da indústria eletroeletrônica que, segundo o IBGE, apresentou queda de 8%. A diferença entre a estagnação do faturamento e a queda da produção industrial do segmento pode ser explicada pela forte importação de eletroeletrônicos. Acreditamos que a concorrência do setor continuará acirrada para vendas de Desktops e Notebooks, e com preços cada vez mais competitivos. Entretanto, o volume de vendas deverá continuar crescendo, juntamente com o desenvolvimento da economia nacional projetada para o próximo ano. Vemos bom espaço para avanços nas vendas de tablets, porém com mais empresas adentrando a este pujante segmento. Acreditamos ainda que o mercado brasileiro começa a despontar como pólo de desenvolvimento tecnológico de ponta com o aumento dos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) impulsionados pela Lei da Informática, que foi revisada, fornecendo incentivos fiscais a companhias que utilizam 4% de seu faturamento em P&D. No que tange ao mercado de Desktops, somente no primeiro semestre de 2012 foram vendidos 7,8 milhões de PC's, com pequeno crescimento de 2% em relação ao mesmo período de 2011. Já no terceiro trimestre houve retração, em função da entrada de novos tablets e smartphones no mercado. Tal fato sugere que a projeção inicial de crescimento de 7,5% no ano nas vendas de Desktops não deverá ser alcançada. Segundo a consultoria NPD (núcleo de processamento de dados da Universidade Federal de Santa Catarina) até 2016 o volume de tablets comercializados será maior que o de PC's no Brasil, tendo em vista a tendência de transição da população brasileira de computadores fixos para computadores móveis e portáteis. Já o mercado de notebooks no Brasil vinha passando por um excelente momento onde de 2006 a 2010 as vendas cresceram mais de 10 vezes, e desde 2011 o volume de vendas já superou a venda de PC's. O rumo pujante de vendas de notebooks foi freado pela entrada agressiva de tablets no mercado, que juntamente com a forte concorrência do setor vem ocasionando na redução de preços médios praticados pelos fabricantes. A ainda baixa penetração de computadores nos lares brasileiros (cerca de 50% das residências) desponta o Brasil como um dos principais mercados para fabricantes internacionais. O crescimento do mercado nacional irá projetar o Brasil nos próximos anos como o terceiro maior mercado mundial de notebooks, atrás somente dos EUA e da China, visto que a presença de notebook nos domicílios é ainda menor, o que mostra uma boa oportunidade de crescimento no futuro. 68 EMPRESAS ACOMPANHADAS Positivo (POSI3)......................................................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 5,20 I Up Side: 3,2% I POSI3/ R$ 5,04 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Positivo Informática foi criada em maio de 1989 com o objetivo inicial de fabricar e vender computadores para escolas clientes do Grupo Positivo em todo Brasil. Alguns anos depois, a companhia passou a atuar com o poder público e posteriormente no mercado de varejo. Sua atuação está pautada na fabricação e venda de computadores, com grande parcela da produção vendida através de grandes redes de varejo. A Positivo Informática oferece uma linha de PCs, incluindo desktops, notebooks e tablets, que são produzidos em suas plantas industriais, localizadas no Brasil, nas cidades de Curitiba (PR), Manaus (AM) e Ilhéus (BA), e na Argentina, na província da Terra do Fogo. Projeções de MM 2011 Ruben Tadeu Coninck Formighieri Helio Bruck Rotenberg Cixares Libero Vargas Outros 13/fev/12 Com Voto 14,1% 14,1% 14,1% 27,3% Sem Voto - Todos tipos 14,1% 14,1% 14,1% 27,3% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2.132,0 100,4 28,4 2.349,4 109,8 31,3 2.569,8 130,5 32,9 2.792,1 158,7 36,0 3.034,9 192,0 53,6 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.081,3 (22,2) (67,9) Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,7 (24,0) (6,5) 248,0 71,2% 60,5% -11,0% -1,1% -3,3% 0,7 7,9 15,6 1,6% 25,0% 349,0 7,1% 63,6% 4,4% 4,7% 1,3% 0,7 7,6 14,1 1,8% 25,0% 391,7 7,1% 64,0% 4,7% 4,7% 1,3% 0,6 6,6 13,5 1,9% 25,0% 422,5 7,0% 64,4% 4,8% 5,1% 1,3% 0,6 5,6 12,3 2,0% 25,0% 439,3 1,2% 64,8% 5,0% 5,7% 1,3% 0,6 4,5 8,3 3,0% 25,0% 427,4 0,0% 65,5% 7,1% 6,3% 1,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Mesmo prospectando uma conjuntura mais favorável para os próximos anos, acreditamos que a Positivo ainda terá grandes desafios e, com isso, os resultados não serão nada expressivos. Ainda que a tendência não seja de queda nos preços praticados, a companhia poderá levar alguns anos para recuperação e gradativa elevação de margens. Além disso, a concorrência com empresas mundialmente conhecidas também deve ser outra barreira para um crescimento mais acelerado. Entretanto, temos visto boa movimentação para o lançamento de novos produtos, aumentando o mix ofertado. Em geral, temos uma companhia em recuperação, que deverá apresentar performance positiva ao longo dos próximos anos, porém com um curto prazo ainda permeado de incertezas e dificuldades. Sendo assim, não recomendamos elevar posição aos papéis ordinários da Positivo (POSI3). Sandra Peres (CNPI) 69 Locação Comercial Em que pese o desaquecimento apresentado pela economia nos últimos dois anos, as empresas que exploram propriedades comerciais têm mostrado resiliência. Um fator que tem contribuído para isso é o segmento principal de atuação dessas empresas, empreendimentos comerciais de alto padrão. A absorção líquida, diferença entre os novos contratos fechados no período e a desocupação de espaços, tem crescido trimestre a trimestre nos mercados classe A e AA paulista, e no mercado carioca, mesmo com absorção cadente, a taxa de vacância segue baixíssima. Dados da capital paulista, no terceiro trimestre do ano, mostram absorção superior a 100 mil m², muito superior ao número do trimestre anterior, com destaque para as regiões de Berrini, Alphaville e Vila Trabalhamos com relativa estabilização de preços nesses principais centros, já que existe uma nova oferta relativamente grande a ser entregue, porém a demanda, especificamente nesse segmento A e AA deve continuar aquecida. Ademais, essa nova oferta compreende muitos empreendimentos build to suit. Ressaltamos também que o setor, em nossa visão, tem totais condições de se tornar um novo porto seguro, em Bolsa, àqueles investidores que procuram ações mais seguras e que possam garantir retorno através de dividendos, que pese o fato das empresas de properties, especialmente as listadas, ainda estarem em um ciclo forte de investimentos e os dividend yields devem permanecer baixos no curto prazo. Preço dos aluguéis / m² R$ 300,00 R$ 250,00 R$ 200,00 R$ 150,00 R$ 100,00 R$ 50,00 R$ SP Paulista SP Faria Lima SP Marginal SP Vila Olímpia SP Outros Rio Centro Rio Zona Sul Rio Barra da Tijuca Rio Outros Fonte: Jones Lang LaSalle Olímpia. Em Alphaville e na Berrini, o crescimento se deu principalmente por conta de novos imóveis entregues. Já na Vila Olímpia, responsável por quase 10% de toda absorção líquida, a ocupação de espaços já existentes acabou alavancando os números do trimestre. No Rio, a oferta continua extremamente restrita na Zona Sul, com a nova oferta no Centro sendo absorvida, com queda na taxa de vacância da região. A vacância segue em alta na Barra, sendo responsável por manter a taxa geral ainda estável. Além disso, destacamos que diversos espaços vagos na Cidade Maravilhosa estão com contratos de pré-locação, em especial na região central da cidade, assim, se considerarmos a taxa de vacância ajustada ela é menor ainda. 70 EMPRESAS ACOMPANHADAS BR Properties (BRPR3)...........................................................................................................Comprar São Carlos (SCAR3)....................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 32,50 I Up Side: 27,5% I BRPR3 / R$ 25,50 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A BR Properties é um companhia de investimento em imóveis comerciais para renda, com pouco menos de 10 anos. Os principais escopos de atuação são escritórios, galpões industriais e lojas, concentrados nas maiores regiões metropolitanas do Brasil. Em 2012, a BR Properties incorporou a One Properties, empresa que tem atuação bastante parecida, mas que adiciona ao portfólio imóveis construídos no modelo built to suit. Nesse modelo, o imóvel já é construído de acordo com a necessidade de um determinado locatário, mas, ao invés desse imóvel ser vendido, ele continua com a empresa e é feito um contrato de locação com prazo bem maior que o usual, com multas altíssimas de cancelamento. Projeções de MM Banco BTG Pactual Schroder Investment Management Limited Outros Com Voto 12/nov/12 Sem Voto Todos tipos 28,1% 8,4% 5,0% 53,3% - 28,1% 8,4% 5,0% 53,3% 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 343,5 290,7 335,4 606,6 526,5 1.793,0 1.028,4 924,3 1.096,4 1.155,7 1.041,1 1.258,3 1.260,1 1.134,0 1.310,9 1.364,5 1.226,4 1.368,8 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,1 10,8 23,6 1.051,0 7,0% 42,7% 9,1% 213,5% 97,7% 0,9 22,3 4,4 1,3% 5,6% 3.810,7 24,8% 46,6% 21,4% 86,8% 295,6% 0,8 13,0 7,2 1,4% 10,0% 4.059,3 1,9% 43,9% 11,7% 89,9% 106,6% 0,8 11,6 6,3 1,6% 10,0% 4.149,1 1,9% 41,5% 12,0% 90,1% 108,9% 0,7 10,7 6,0 1,7% 10,0% 4.192,6 1,9% 39,1% 11,2% 90,0% 104,0% 0,6 9,9 5,8 1,7% 10,0% 4.180,4 3,2% 37,0% 10,6% 89,9% 100,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Como dissemos no segmento setorial desse relatório, nossa visão para as companhias de properties continua positiva. Ainda assim, consideramos, em nossa projeção, reajustes nos preços dos aluguéis sem ganhos reais. Além disso, para a projeção de receitas vindas de novos empreendimentos, utilizamos um cap rate bem conservador, lembrando que cap rate é quanto um ano de geração de caixa plena de uma aquisição representa do valor total do negócio, assim, para as empresas compradoras, quanto maior esse número, melhor. Dessa forma, os nossos números para a companhia foram concebidos no cenário mais pessimista. Dito isso, recomendamos com assertividade os papéis da companhia, ressaltando que o setor, em nossa visão, tem totais condições de se tornar um novo porto seguro, em Bolsa, àqueles investidores que procuram ações mais seguras e que possam garantir retorno através de dividendos, que pese o fato das empresas de properties, especialmente as listadas, ainda estarem em um ciclo forte de investimentos e os dividend yields devem permanecer baixos no curto prazo. Destacamos também que, após a incorporação da One Porperties, os contratos derivados de projetos build to suit garantem maior previsibilidade à receita. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 71 Locação Comercial COMPRAR Preço Alvo: R$ 62,00 I Up Side: 37,8% I SCAR3 / R$ 45,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo A São Carlos foi constituída em 1985, como controlada das Lojas Americanas e em 1998, a companhia recebeu a totalidade dos ativos imobiliários das Lojas Americanas, entre lojas de rua, centros de distribuição, edifícios de escritório, imóveis vagos e terrenos. Em 1999, aconteceu a cisão da São Carlos, que passou a ter suas ações negociadas na Bovespa. Atualmente, o portfólio da companhia está mais concentrado em edifícios de escritórios (mais de 90% do valor de mercado dos imóveis), e seu modelo de negócios consiste em comprar o controle de edifícios comerciais, que muitas vezes necessitam de uma remodelagem (retrofit), e administrar esses edifícios, buscando retorno com o aumento do aluguel cobrado e com a possível venda desses edifícios. Projeções de MM Com Voto 31/mai/12 Sem Voto Todos tipos Cia Global de Imoveis, Llc Credit Suisse (Brasil) S/A Ctvm 18,6% - 18,6% Ac0 Fundo de Investimento Multimercado 16,9% - 16,9% Cedar Trade Llc 12,9% 10,5% 10,5% 24,0% - 12,9% 10,5% 10,5% 24,0% Principais Acionistas 2011 Marcel Herrmann Telles Carlos Alberto da Veiga Sicupira Outros 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 575,1 373,5 198,5 379,8 320,4 127,2 454,6 388,9 160,1 505,4 434,9 199,2 571,5 494,8 262,4 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 344,2 202,0 96,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3,5 14,4 27,0 615,1 15,0% 57,7% 13,1% 58,7% 28,0% 2,9 9,1 13,1 1,9% 25,0% 789,5 5,5% 58,2% 22,4% 64,9% 34,5% 2,7 11,3 20,4 1,2% 25,0% 1.022,2 11,0% 59,0% 13,0% 84,4% 33,5% 2,4 9,1 16,2 1,5% 25,0% 949,9 14,4% 56,1% 14,6% 85,5% 35,2% 2,1 7,9 13,0 1,9% 25,0% 839,6 14,8% 52,3% 15,9% 86,0% 39,4% 1,8 6,6 9,9 2,5% 25,0% 681,8 16,9% 48,4% 18,1% 86,6% 45,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Além dos reajustes e aumentos nos contratos atuais (ajustes por IGP-M e aumentos por histórico recente), contamos com o término dos retrofits de alguns projetos em andamento, e com novas aquisições. Com o caixa atual e a geração de caixa futura, considerando um nível de alavancagem de mais ou menos 70% nas compras de empreendimentos, chegamos a um buying power de R$ 1,0 bilhão que distribuímos nos três primeiros anos de nossa projeção. Para projetar a receita desses investimentos consideramos o cap rate (geração de caixa plena contra preço da aquisição) de 13% atualmente, com pequena queda nos próximos anos. Consideramos a receita com vendas de imóveis como extraordinária e assim elas não entraram em nosso modelo. Recomendamos a compra das ações da companhia, com preço-alvo de R$ 62,00. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 72 Logística / Transportes O setor de logística de modo geral no Brasil é deficitário, mas ao longo dos últimos anos vem recebendo atenção especial em função dos investimentos em infraestrutura. De acordo com estudos do Banco Mundial, relacionados ao setor, o país que em 2008 estava em 61° em capacidade de escoamento de produção interna e externa, em 2010 saltou para 41°, e em 2012 voltou a cair, mas agora para a 45° posição. Ranking de Performance Logística - 2012 1º Singapura 4º 9º 45º Alemanha EUA Brasil Em se tratando de ferrovias o Brasil conta com 30 mil km de trilhos, que se comparados á outros países emergentes, expressa a fraca capacidade de transporte ferroviário (Índia conta com 63 mil km de trilhos e China com 77 mil km). Os investimentos previstos para esse segmento estão ao redor de R$ 91 bilhões, com previsão de expansão em 10 mil km de ferrovias pelo país. Em 2012 foi criada pelo governo federal a Empresa de Planejamento de Logística (EPL), que será responsável pela estruturação de projetos em todos os modais logísticos no país. Através da EPL serão traçados planos de médio e longo prazo e direcionados os investimentos necessários. O governo prevê um total de investimentos para rodovias e ferrovias na ordem de R$ 133 bilhões, sendo que aproximadamente 60% deste valor será investido nos próximos 5 anos. Assim a deficiência crônica infraestrutural ainda existente no país deverá ser melhorada gradativamente e, desta forma a perspectiva para o setor é positiva, visto que através dos investimentos citados, a criação da EPL e aumento da prática de logística intermodal corroboram para um quadro promissor ao futuro da infraestrutura logística nacional. Fonte: Banco Mundial A deficiência crônica da infraestrutura logística no Brasil influencia diretamente na precificação de mercadorias, sendo que para os fabricantes os altos custos com transporte, armazenamento e distribuição encarecem os preços dos produtos brasileiros se comparados com outros países. Como exemplo podemos citar o preço de transportar grãos da região Sul do Brasil para o Nordeste que acarreta em mais custos do que enviar grãos para a China. Para solucionar os problemas relacionados a esse setor, as companhias apostam em logística intermodal, que maximizam conexões entre as malhas ferroviárias, rodoviária e aquaviária, porém estas ainda dependem de investimentos em estradas, portos e aeroportos que atendam a demanda de um país continental como o Brasil. Em termos de malha rodoviária, houve em 2011 uma expansão da rede de 278 km de novas pavimentações, e atualmente conta com 1,6 milhão de km de vias, sendo somente 13% pavimentadas, números estes que estão aquém das principais economias do globo. A criação de uma legislação especifica para a classe de motoristas, ocorrida em 2012, permite ao profissional possuir comprovação de renda e direitos trabalhistas, sendo que tal medida sugere aumento na oferta de mão de obra, que é escassa para o setor. EMPRESAS ACOMPANHADAS JSL (JSLG3)..................................................................................................................................................Manter 73 Logística / Transportes MANTER Preço Alvo: R$ 15,00 I Up Side: 7,1% I JSLG3 /R$ 14,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A companhia (antiga Julio Simões) iniciou suas atividades, na década de 50, como transportadora “pura” de cargas, mas hoje a JSL atua em quatro segmentos: o “bom e velho” transporte de cargas, que hoje representa apenas 10% da receita de serviços; transporte de passageiros, atuando tanto no serviço público como no fretamento, que representa 15% dessa receita; gestão e terceirização de frota, em alguns casos com serviços agregados, responsável por 20% do faturamento com serviços; e serviços dedicados à cadeia de suprimentos, hoje responsável por mais da metade desse montante. O crescimento da JSL está sustentado no aumento da terceirização dos processos logísticos dentro das empresas e que pode manter altas taxas de crescimento para a companhia nos próximos anos. Projeções de MM 2011 Simpar S.A. (*) Fernando Antonio Simões Templeton Asset Management, Ltd Outros 30/mai/12 Sem Voto - Com Voto 51,2% 13,3% 6,8% 21,3% Todos tipos 51,2% 13,3% 6,8% 21,3% (*) a Simpar S.A. é uma empresa totalmente controlada pelo Sr. Fernando Simões e outros membros da família. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4.096,0 547,6 73,5 4.659,8 685,8 88,5 5.313,5 852,7 109,3 6.067,8 993,7 149,6 6.852,2 1.140,6 200,5 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.408,2 431,1 56,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3,6 10,5 53,4 1.923,7 18,4% 78,1% 6,7% 17,9% 2,4% 3,4 10,1 41,3 0,6% 25,0% 2.521,1 9,6% 80,1% 8,2% 13,4% 1,8% 3,1 8,8 34,3 0,7% 25,0% 2.992,1 15,1% 81,5% 9,2% 14,7% 1,9% 2,9 7,2 27,8 0,9% 25,0% 3.113,6 15,3% 80,5% 10,4% 16,0% 2,1% 2,6 6,3 20,3 1,2% 25,0% 3.175,0 13,4% 79,4% 12,9% 16,4% 2,5% 2,3 5,4 15,1 1,7% 25,0% 3.125,7 11,6% 78,1% 15,3% 16,6% 2,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão De acordo com nossa projeção, as aquisições de Schio e Simpar adicionaram valor aos acionistas da companhia. A Schio permite à JSL entrar no mercado de logística de produtos com temperatura controlada já como líder de mercado, com anos de expertise, além do relacionamento que a adquirida já tem com os principais clientes desse setor. Já no caso da Simpar, vemos como principal up side a otimização do giro dos ativos, especificamente carros e caminhões, adicionando capilaridade à rede de concessionárias anterior da JSL, a Seminovos JSL. Há ainda outro benefício, na hora da compra desses ativos, incrementando ainda mais o volume comprado pela companhia, que já é a maior compradora de veículos pesados do Brasil. Acreditamos também que as recentes medidas e investimentos anunciados pelo setor deverão beneficiar a companhia assim como toda a cadeia logística do país. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) 74 Material de Construção O ano de 2012 foi marcado por ações de estímulo à economia brasileira e podemos afirmar que o setor de materiais de construção despontou como um dos mais beneficiados. O extenso plano de iniciativas para puxar as vendas dos bens de construção teve como principal alavanca a redução do IPI, ficando em grande parte a alíquota zero e em mais de 30 categorias que incluíram itens como: pisos laminados, louças sanitárias e tintas. No entanto, observamos claros indícios de arrefecimento das vendas no varejo através dos dados apurados pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO) que no começo de 2012 esperava crescimento de 8%, porém em razão do ritmo mais vagaroso do comércio devemos ver uma tímida expansão (em torno de 2%). Como forma de reduzir o custo na produção nacional, o governo promoveu a desoneração na folha de pagamentos nos segmentos industriais de tintas, vernizes e materiais de cerâmica. Essa medida “caiu como uma luva” para o setor, pois, considerando as projeções da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) era esperado crescimento de 4,5% para este ano, mas atualmente as expectativas rondam no patamar de 2%, apenas. Para 2013, o contexto econômico do Brasil torna promissora a perspectiva para o ramo de materiais de construção. As medidas promovidas pelo governo contribuem, em muito, para a atividade setorial, tendo a redução do IPI unida ao aumento do imposto de importação como catalisadores das vendas no mercado brasileiro. Vale destacar que a alíquota reduzida na linha de materiais de construção será ampliada para 46 itens e terá duração até dezembro do próximo ano, assim como a elevação da tributação aos importados incidirá sobre itens como metais sanitários e materiais elétricos. O consumo das famílias será assegurado pela expansão da renda, levando em conta o baixo nível de desemprego aliado ao crescimento no salário nominal do trabalhador, bem como a linha de crédito imobiliário que segue em ascensão, viabilizando a tomada de financiamentos por bens de construção. Além das renúncias fiscais e dos incentivos que entrarão em vigor, a atividade por toda a cadeia produtiva da construção, onde o setor está inserido, ganhará cada vez mais força através das obras do programa Minha Casa, Minha Vida e pela proximidade dos mega eventos esportivos a serem realizados no país. Apesar dos vários elementos de incerteza que permanecem sobre as perspectivas macroeconomias globais, pressupomos que haverá melhora no ambiente externo e reaquecimento na economia brasileira. Esse cenário sustenta nossa expectativa de que o próximo ano será mais vigoroso que 2012 e de consistente retomada no crescimento das companhias de materiais de construção. EMPRESAS ACOMPANHADAS Duratex (DTEX3)..............................................................................................................................Comprar Eternit (ETER3)...................................................................................................................................Comprar Eucatex (EUCA3).............................................................................................................................Comprar 75 Material de Construção COMPRAR Preço Alvo: R$ 18,00 I Up Side: 21,2% I DTEX3 / R$ 14,85 em 28/dez/12 Breve Descritivo Projeções de MM Com Voto 35,4% 07/nov/12 Sem Voto - Todos tipos 35,4% Cia Ligna de Investimentos 14,7% - 14,7% Outros 39,8% - 39,8% Principais Acionistas A Duratex atua no mercado de varejo e distribuição de insumos para construção civil e marcenaria. Com atuação em duas áreas de negócios nos segmentos Deca e Painéis, comercializando linhas diversificadas de produtos voltados principalmente aos segmentos de acabamento para a construção civil (metais e louças sanitárias com as marcas Deca e Hydra, e piso laminado Durafloor) e para fabricantes de móveis (painéis de MDF – Medium Density Fiber Board, MDP – Medium Density Particle Board e Chapa de Fibra, além dos componentes Multiform). As vendas se dão, predominantemente, no mercado doméstico e, ainda, em mais de 35 países. A empresa atua em 14 unidades industriais estrategicamente localizadas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro, e na Argentina. A empresa adquiriu também importante participação na Tablemac, maior empresa do setor de painéis da Colômbia. A Duratex possui 230 mil hectares com florestas cultivadas e áreas de conservação nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. 2011 Itausa Invest Itau S.A. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3.267,4 956,6 414,3 3.812,4 1.229,9 516,6 4.003,0 1.248,9 512,2 4.203,2 1.311,4 561,9 4.413,3 1.418,8 631,3 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.970,4 1.006,7 374,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,2 8,6 21,8 1.189,3 35,9% 45,8% 10,1% 33,9% 12,6% 2,1 9,6 19,7 2,1% 41,3% 977,1 34,7% 45,8% 10,5% 29,3% 12,7% 1,9 7,6 15,8 1,9% 30,2% 1.159,8 35,3% 40,9% 12,0% 32,3% 13,5% 1,8 7,3 15,9 3,7% 58,4% 918,6 27,9% 39,0% 11,4% 31,2% 12,8% 1,7 6,8 14,5 3,9% 57,0% 734,1 18,2% 36,9% 11,8% 31,2% 13,4% 1,6 6,2 12,9 4,3% 55,0% 592,2 5,0% 35,4% 12,5% 32,1% 14,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A perspectiva para a Duratex continua positiva para os próximos anos, refletindo o aumento do nível de emprego, massa salarial, disponibilidade de crédito e expansão da construção civil. Especialmente no caso da empresa será beneficiada com as linhas de metais, louças sanitárias e painéis de madeira dada a redução do IPI até dezembro de 2013. Adicionalmente, vale mencionar que a indústria moveleira recentemente foi desonerada na folha de pagamento. Além disso, a Duratex implantou fortes investimentos para aumentar a capacidade de produção de louças sanitárias e na capacidade efetiva de produção de MDF. Acreditamos que o atual momento represente uma boa oportunidade de compra das ações da Duratex, em especial por parte dos investidores com perfil de investimento de longo prazo. Vale comentar, que a empresas possui vantagens competitivas, tais como liderança de mercado, força das marcas, localização das plantas, produção verticalizada, custos competitivos e boa disciplina financeira. 76 Sandra Peres (CNPI) Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 11,00 I Up Side: 35,8% I ETER3 / R$ 8,10 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas Atuando a mais de 70 anos no mercado de materiais de construção, a Eternit é atualmente líder nacional no segmento de fibrocimento com 32% de market share e possui 11 fábricas próprias, todas com centro de distribuição, instaladas no país. Em 1997, adquiriu 100% da SAMA, única mineradora de amianto em operação na América Latina. No ano de 2004, um novo ciclo de gestão deu início ao processo de diversificação da marca que, em 2010, incorporou integralmente a Tégula detentora de 35% das vendas de telhas de concreto e louças sanitárias no mercado brasileiro segundo dados recentes. Projeções de MM 2011 Geração Futuro L Par FIA Luiz Barsi Filho Victor Adler Outros 2012e 2013e 888,9 176,6 114,8 948,0 189,9 117,3 Com Voto 14/abr/12 Sem Voto Todos tipos 15,3% 13,5% 6,7% 64,5% - 15,3% 13,5% 6,7% 64,5% 2014e 2015e 2016e 1.017,3 206,6 122,3 1.089,3 220,2 132,9 1.168,9 236,9 143,5 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 820,2 140,1 97,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,7 4,5 7,5 (20,5) 83,7% 36,7% 22,2% 17,1% 11,8% 1,5 3,8 6,3 10,8% 68,1% 90,5% 43,6% 24,2% 19,9% 12,9% 1,4 3,8 6,2 10,8% 66,4% 93,9% 42,5% 22,8% 20,0% 12,4% 1,3 3,5 5,9 11,3% 67,1% 100,0% 41,7% 22,1% 20,3% 12,0% 1,2 3,2 5,5 12,3% 66,9% 100,0% 41,0% 22,2% 20,2% 12,2% 1,1 2,9 5,1 13,2% 66,9% 100,0% 40,7% 22,2% 20,3% 12,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Estamos trabalhando com cenário macroeconômico positivo, com impacto favorável para o setor de construção civil. A expectativa fica por conta do efetivo ganho de renda das populações de baixa renda, se tornando um fator decisivo para a alavancagem das vendas da Eternit. Em nossas projeções, trabalhamos com uma curva cadente para as vendas de amianto crisotila como matéria-prima, tanto para exportação como, mais especificamente, no mercado interno. Em contrapartida, visualizamos o crescimento das demais linhas de produtos, que por sua vez apresentam maior valor agregado. Todavia, adotamos uma postura mais conservadora, na qual as margens da Eternit não são tão beneficiadas, apesar do crescimento da participação dos produtos de maior valor agregado. No que tange à situação financeira, nossas projeções apontam para a melhora contínua da mesma, uma vez que ao adotarmos a premissa de não banimento do uso do amianto, consideramos que grande parte dos investimentos da Eternit serão de expansão para a fábrica de telhas, louças e outros produtos de maior valor agregado. Desta forma, a tendência é que haja incremento na política de distribuição de dividendos. Importante salientar que não realizamos uma projeção alternativa, em caso de banimento do uso do amianto. Desta forma, havendo o banimento, nossa projeção tornase “fora de contexto”, perdendo sua validade. Sandra Peres (CNPI) 77 Material de Construção COMPRAR Preço Alvo: R$ 11,50 I Up Side: 45,6% I EUCA4 / R$ 7,90 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Eucatex foi fundada em 1951 produzindo forros e isolantes a partir de fibras de madeira de eucalipto. Hoje, a companhia detém 41% do mercado nacional de chapas de fibra de madeira, sendo a segunda maior produtora do Brasil. A companhia também produz tintas, resinas, produtos minerais a base de vermiculita expandida, turfa, telhas e perfis de aço. Os principais segmentos de atuação da Eucatex são: a indústria moveleira e a construção civil, sendo que cada segmento representa 48% e 35% da receita da companhia, respectivamente. Pasama Participações S.A. (*) Brascorp Participações Ltda. Granfood Ind e Comercio Ltda Flavio Maluf Otavio Maluf Outros Com Voto 31/mai/12 Sem Voto Todos tipos 34,3% 6,1% 7,4% 6,5% 4,5% 40,2% 2,2% 0,3% 0,1% 0,1% 95,6% 11,6% 3,5% 2,7% 2,3% 1,6% 76,9% (*) a Pasama Participações S.A. a Brascorp e a Granfood pertencem a diferentes membros da família Maluf. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 931,2 241,8 73,6 971,3 252,9 115,6 2014e 2015e 2016e 1.018,2 265,7 107,1 1.063,6 276,7 115,4 1.114,5 289,3 120,4 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 899,1 252,0 88,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,7 3,7 8,3 215,5 63,1% 41,8% 8,8% 28,0% 9,8% 0,7 3,9 9,9 9,0% 88,6% 220,0 66,1% 44,8% 7,2% 26,0% 7,9% 0,7 3,9 6,3 12,4% 78,3% 264,7 66,7% 44,8% 11,0% 26,0% 11,9% 0,7 3,7 6,8 12,0% 81,5% 259,8 63,5% 44,7% 10,0% 26,1% 10,5% 0,7 3,5 6,3 12,7% 79,9% 240,5 60,2% 44,7% 10,6% 26,0% 10,8% 0,7 3,3 6,0 13,1% 79,5% 222,2 57,2% 44,7% 10,8% 26,0% 10,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão As perspectivas para a Eucatex continuam favoráveis. Vemos certa estabilidade no crescimento das vendas de chapas de fibra e painéis de MDP. Crescimento mais acelerado de tintas, respeitando o histórico recente, com a companhia buscando avançar em mercados como o nordestino. O mesmo acontecendo com a linha de pisos. O crescimento da receita deve vir principalmente da linha de T-HDF/MDF, e consideramos geração de caixa plena para o ano de 2012. A companhia conta com baixo endividamento líquido, por isso não consideramos grandes investimentos até o final de nossa projeção. A desoneração da folha de pagamento anunciada pelo governo beneficiará o segmento de tintas que representa, aproximadamente, 20% do faturamento total da companhia. O panorama para o setor é favorável, em função dos benefícios fiscais concedidos pelo governo brasileiro e, ainda, da aceleração da atividade econômica doméstica e fortalecimento das transações comerciais externas da companhia. Também destacamos a intenção da companhia em entrar no Novo Mercado do Bovespa, a partir de 2013. Sandra Peres (CNPI) 78 Medicina Diagnóstica O setor de medicina diagnóstica ficou marcado, nos últimos anos, por importantes aquisições, tais como do Labs D'or e do Grupo Papaiz pelo Grupo Fleury, e da MD1 pela Dasa, sendo que esta última ainda não foi aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As aquisições foram frutos da boa taxa de crescimento do setor (cerca de 8,3% em 2011), impulsionado pela atual conjuntura econômica do país, com destaque para o gradativo aumento da classe média e do poder aquisitivo da população, alargando a porcentagem dos brasileiros cobertos por planos de saúde, que já atinge 48,6 milhões, ou 26% da população, de acordo com o Caderno de Informação de Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde (ANS) com dados consolidados até o primeiro semestre de 2012. Em suma, tendo em vista que o segmento está amplamente relacionado com o mercado de trabalho, notamos que as perspectivas para o setor, apesar da desaceleração da taxa de crescimento, são otimistas devido à melhora esperada para o cenário conjuntural a médio e longo prazo. Logo a melhora da economia brasileira e o reaquecimento da atividade interna prospectam o ano de 2013 como favorável para o setor. Entretanto, a redução do crescimento de empregos formais que observamos em 2012, em relação a 2011 tem diminuído a curva de aumento do setor, tendo em vista que a maioria dos planos de saúde privados é empresarial e estes constituem a principal fonte pagadora para as empresas do segmento de diagnósticos. Além disso, o setor industrial vem apresentando baixo crescimento, sendo o foco de incentivos por parte do governo federal. Consequentemente, o impacto negativo também se dá no setor de medicina diagnóstica, pois o setor industrial é responsável por 29,6% dos beneficiários de planos de saúde coletivos empresariais. Outro ponto que merece destaque é o acirramento da concorrência com a entrada de novos e importantes players neste mercado. A tendência da população de migrar para a rede privada de saúde resultou no aumento expressivo no volume de exames laboratoriais, que totalizou 1,4 bilhões em 2011, sendo que cerca de 50% destes foram realizados através de planos de saúde privados. O aumento do volume de exames laboratoriais resultou em dispêndios extras para as empresas do setor, pois estudos mostram que indivíduos que migram para a rede privada de saúde demandam mais exames laboratoriais do que a parcela da população que já possui o benefício, fato que tem estreitado as margens de rentabilidade das companhias, tornando a pressão por reduções de custos de exames laboratoriais uma tendência no setor. Vemos boas oportunidades relacionadas ao envelhecimento populacional, pois na medida em que as pessoas envelhecem elas passam a demandar mais serviços de saúde. Além disso, acreditamos que as empresas poderão aumentar sua capilaridade, buscando regiões em que ainda não possuem atuação, seja através de crescimento orgânico ou de aquisições seletivas, visto que este é um mercado bastante fragmentado e com boas oportunidades. EMPRESAS ACOMPANHADAS Dasa (DASA3)......................................................................................................................................Comprar Fleury (FLRY3).....................................................................................................................................Comprar 79 Medicina Diagnóstica COMPRAR Preço Alvo: R$ 16,50 I Up Side: 25,1% I DASA3 / R$ 13,19 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A DASA é uma das maiores empresas prestadoras de serviços de medicina diagnóstica da América Latina, oferecendo mais de 3 mil tipos de exames de análises clínicas e diagnósticos por imagem. A companhia detém atualmente 26 marcas distintas, presentes em 12 estados brasileiros e no Distrito Federal. Além das unidades próprias, a DASA presta serviços de apoio para cerca de cinco mil laboratórios em todo o Brasil, por meio da marca Álvaro, e opera para o Setor Público, por intermédio da marca CientíficaLab. Projeções de MM 2011 Edson de Godoy Bueno Dulce Pugliese de Godoy Bueno Petros - Fund. Petrobras de Seg. Social Outros Com Voto 26/nov/12 Sem Voto Todos tipos 12,0% 11,6% 10,0% 62,7% - 12,0% 11,6% 10,0% 62,7% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2.252,4 414,4 108,4 2.470,5 476,6 154,4 2.781,4 551,1 196,1 3.099,8 630,2 250,1 3.443,9 721,2 336,8 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.179,9 500,3 145,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,6 9,3 28,3 793,9 28,1% 40,6% 5,7% 23,0% 6,7% 1,6 11,9 38,0 0,7% 25,0% 794,5 6,6% 40,1% 4,1% 18,4% 4,8% 1,5 10,2 26,6 0,9% 25,0% 723,5 32,1% 39,1% 5,6% 9,3% 6,2% 1,4 8,6 21,0 1,2% 25,0% 589,7 42,8% 35,8% 6,8% 19,8% 7,1% 1,3 7,2 16,4 1,5% 25,0% 406,6 70,2% 32,4% 8,1% 20,3% 8,1% 1,2 5,9 12,2 2,0% 25,0% 122,0 39,3% 28,3% 10,1% 20,9% 9,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Diante das oportunidades que o mercado de medicina diagnóstica poderá proporcionar à Dasa, temos uma expectativa bastante positiva quanto ao crescimento da companhia ao longo dos próximos anos. Entretanto, temos observado que a profunda reestruturação pela qual a empresa tem passado, está causando reflexos negativos em seus demonstrativos financeiros e assim será, em nossa opinião, por mais alguns anos. Atuando com diversas marcas e sem a intenção de unificá-las, a companhia optou por integrar e substituir todos os sistemas das redes por apenas um, o INOVA. Além disso, os fortes investimentos para abertura de novas unidades e a compra de novas máquinas e equipamentos ainda deverão impactar negativamente, inclusive nos fluxos de caixa. Em suma, vemos bom potencial de crescimento para a companhia e nossas conservadoras premissas incorporam tal situação. Sendo assim, recomendamos elevar posição para suas ações, principalmente para investidores que buscam retorno a médio e longo prazo. Sandra Peres (CNPI) 80 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 31,00 I Up Side: 34,5% I FLRY3 / R$ 23,05 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas O Grupo Fleury iniciou suas atividades em 1926 na cidade de São Paulo por meio de laboratórios de análises clínicas. Desde então, a companhia introduziu e foi pioneira em diversas inovações no mercado de medicina diagnóstica. Além disso, a empresa fez diversas aquisições, o que a tornou uma das referências entre médicos e pacientes no segmento de medicina diagnóstica e por imagem. O controle acionário é de uma holding chamada Integritas Participações que detém 62,82% do capital social do Fleury. Por sua vez a Integritas é controlada pela Core Participações Ltda com 77,7% do capital, contra 22,3% da Bradseg (controlada pelo Bradesco). Segundo informação obtida junto ao formulário de referência 2010, a Core Participações Ltda. possui 26 sócios, pessoas físicas, que isoladamente não possuem quotas representativas de mais de 7% de seu capital social. Projeções de MM 2011 Integritas Participações S.A. (*) Delta Fm&B FIP Capital Research & Mngmt Co T. Rowe Price Associates, Inc. Outros Com Voto 28/mai/12 Sem Voto Todos tipos 52,7% 11,2% 6,1% 5,2% 24,8% - 52,7% 11,2% 6,1% 5,2% 24,8% (*) a Integritas Participações S.A. é controlada pela Core Participações Ltda. que por sua vez pertence a mais de 20 sócios (todos pessoas físicas, com diferentes percentuais de participação) 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1.597,3 319,5 125,0 1.831,9 388,4 169,0 2.106,7 474,0 210,2 2.401,7 569,1 259,5 2.745,4 669,6 312,6 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.125,7 199,6 100,6 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,2 16,1 35,8 103,5 6,1% 42,4% 6,2% 17,7% 8,9% 2,2 12,0 28,8 3,0% 86,9% 3,7 20,4% 45,9% 7,6% 20,0% 7,8% 2,2 9,8 21,3 5,4% 114,6% 19,7% 47,0% 10,4% 21,2% 9,2% 2,2 8,1 17,1 6,2% 106,3% 19,9% 47,3% 13,1% 22,5% 10,0% 2,2 6,7 13,9 7,2% 100,2% 48,3% 47,9% 16,1% 23,7% 10,8% 2,2 5,7 11,5 8,3% 95,9% 50,7% 46,7% 19,3% 24,4% 11,4% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Nosso otimismo deve-se ao fato de que os serviços de saúde estão cada vez mais requisitados, inclusive o envelhecimento da população. Com isso, estamos extremamente confiantes que o setor de saúde deverá apresentar forte crescimento e o Grupo Fleury, deverá se favorecer desse bom momento. As aquisições de Labs Cardiolab e Diagnoson já trazem impactos positivos, principalmente em relação ao fortalecimento da companhia no segmento de operações hospitalares. Por conta dos fortes investimentos esperados para os próximos dois anos, assumimos em nossas projeções possíveis elevações nos custos e despesas que conseqüentemente derrubam as margens bruta e EBITDA, entretanto, após esses dois anos, acreditamos que os números voltem a crescer de forma significativa e com certa estabilidade nas margens. Acreditamos que a aquisição do Grupo Papaiz deverá agregar valor ao Fleury, visto que o setor de diagnósticos odontológicos ainda é bastante incipiente e pouco explorado. Sandra Peres (CNPI) 81 Meios de Pagamentos Em 2012 o impacto da desaceleração da economia brasileira no setor foi “neutralizado” pela manutenção do nível de emprego e o gradativo aumento da renda média dos brasileiros. A indústria de Meios de Pagamentos, por sua vez, vem se reconfigurando nos últimos dois anos de modo a se adaptar a nova realidade concorrencial existente, devido a alguns fatos recentes, como: (I) a exclusividade em credenciamento de bandeiras que foi banida; (II) a unificação de tecnologias de POS (“maquininhas”); (III) a proibição da cobrança de taxas de serviços e; (IV) o aumento do limite mínimo de pagamento da fatura de cartão de credito. As medidas citadas estimularam a inovação tecnológica e comercial, que promoveu maior conveniência e praticidade tanto para consumidores como para os empresários. Como driver positivo para o setor podemos citar os eventos esportivos que irão ocorrer nos próximos anos e que devem impulsionar o comércio em geral e aumentar o número de estabelecimentos comerciais físicos, aumentando assim a base de clientes e o volume de transações. Sendo assim, embora a concorrência tenha aumentado e espera-se que as “grandes” percam participação de mercado, o alto potencial de expansão do setor e as condições favoráveis projetadas para a economia em 2013 corroboram um cenário que permite uma expansão sustentável das empresas do segmento de Meios de Pagamento. A nova configuração legislativa do setor ocasionou o acirramento concorrencial, principalmente depois da entrada de empresas estrangeiras no cenário nacional como Global Payments, First Data e Elavon. Já as principais empresas nacionais do setor (Cielo e Redecard) fecharam parcerias estratégicas com os principais bancos, afim de se “proteger” e garantir a relevante participação de mercado que ambas possuem. De sete anos para cá, o volume de cartões de crédito e débito emitidos aumentaram consideravelmente, ultrapassando mercados como o Reino Unido. Porém, segundo a ABECS (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) somente 72% dos brasileiros possui algum tipo de meio de pagamento eletrônico e, 70% dos pagamentos no Brasil são feitos com dinheiro (em espécie), o que demonstra o gigantesco potencial de crescimento do segmento. Outro ponto que vem apresentando resultados promissores é o aumento considerável de pagamentos eletrônicos de serviços que outrora eram quase inexistentes, com destaque para os chamados serviços de profissionais liberais, como: médicos, advogados, serviços de TV, taxistas, chaveiros e tantos outros. Segundo a ABECS, este foi o segmento que mais apresentou evolução, em especial no uso de cartões de crédito. Tendo em vista que a palavra do momento é mobilidade, a novidade do setor é a modalidade de pagamento por celular, que já é corriqueira em vários países pelo mundo, e somente agora começa a se adentrar no mercado nacional. Na modalidade, que ainda não foi implantada em grande escala, não será necessário que o usuário possua conta bancaria, o que tende a ser positivo, tendo em vista que 40% da população não possui conta corrente. Vale lembrar que este tipo de serviço ainda está em fase de testes e aperfeiçoamento. 82 EMPRESAS ACOMPANHADAS Cielo (CIEL3)................................................................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 62,00 I Up Side: 8,8% I CIEL3 / R$ 56,99 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A então VisaNet foi criada em 1995 para administrar as relações com toda a rede de estabelecimentos comerciais afiliados ao sistema da bandeira Visa no Brasil, unificando e desenvolvendo soluções de captura e realizando a liquidação financeira das transações. Seu IPO foi realizado em junho de 2009 e levantou R$ 8,4 bilhões de reais. A companhia tem como controladores o Banco do Brasil e o Bradesco. Entre os produtos e serviço oferecidos atualmente, os principais são as atividades de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, o aluguel de POS (point of sale ou “maquininhas”) e a antecipação de recebíveis relativos a transações efetuadas com cartões de crédito. Projeções de MM Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido Indicadores COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 2011 BB Banco de Investimento S/A Columbus Holdings S.A. (*) Lazard Asset Management Llc Outros Com Voto 28,6% 28,6% 10,0% 32,5% 28/mai/12 Sem Voto Todos tipos 28,6% 28,6% 10,0% 32,5% - (*) a Columbus Holdings S.A. é integralmente controlada pelo Banco Bradesco S.A. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5.955,7 3.543,6 2.255,8 6.730,8 3.982,4 2.440,5 7.545,9 4.442,5 2.644,3 8.454,2 4.952,9 2.913,9 9.258,9 5.385,4 3.097,3 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 26,2 15,4 20,6 13,0% 72,0% 127,1% 56,8% 43,0% 18,2 10,6 16,5 7,0% 116,1% 107,3 82,8% 75,7% 110,4% 59,5% 37,9% 15,2 9,4 15,3 8,1% 123,8% 173,0 63,6% 70,7% 99,6% 59,2% 36,3% 13,0 8,4 14,1 8,6% 121,1% 4,7 87,2% 67,9% 91,9% 58,9% 35,0% 11,2 7,5 12,8 9,3% 119,5% 90,3% 65,6% 87,1% 58,6% 34,5% 9,7 6,9 12,0 10,0% 120,9% 100,0% 63,3% 80,9% 58,2% 33,5% 4.208,7 2.388,5 1.810,3 Histórico Conclusão Revisamos nossa projeção de Cielo e assumimos premissas mais conservadoras visto que o cenário se mostra diferente dos últimos anos. A concorrência tem aumentado e se tornado agressiva, na medida em que alguns players “abrem mão” de rentabilidade para ganhar mercado. Além disso, nos últimos meses os papéis da companhia tem sofrido negativamente com diversas notícias relacionadas a possíveis intervenções, seja do Banco Central, relacionadas à abertura do mercado, seja do Governo Federal, a fim de reduzir as taxas cobradas dos lojistas. Fato é que o que se viu nos últimos anos em termos de evolução de rentabilidade e margens, não deverá ser visto mais. Pelo menos não na mesma intensidade. Assim, recomendamos a manutenção das ações da Cielo em carteiras de investidores que buscam por retorno a médio e longo prazo e, principalmente, através de proventos. A companhia tem como característica a forte geração de caixa e a baixa necessidade de investimentos, portanto, mesmo com menor crescimento de receita, margem e lucro, acreditamos que o pay out continuará elevado. Sandra Peres (CNPI) 83 Metalurgia Em linha com o contexto mais promissor para a economia brasileira, que deve apresentar avanço de 3,5% do PIB em 2013, entendemos que o setor de metalurgia também deve registrar bom desempenho. As recentes medidas anunciadas pelo governo, destacadamente os cortes na taxa de juros (SELIC), a redução na tarifa de energia elétrica a partir do próximo ano, as desonerações nos encargos trabalhistas e o nível atual do câmbio deverão contribuir para o avanço da indústria de transformação nos próximos anos, principal driver de crescimento do setor. Nosso otimismo com relação à metalurgia deriva principalmente das perspectivas traçadas para os principais setores demandantes de seus produtos. Um deles é o setor automobilístico, que não teve um 2012 tão ruim, devido à redução e em alguns casos até mesmo a isenção do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado). Nos primeiros meses do ano as vendas de veículos foram tímidas, apresentando resultados levemente menores do que 2011, porém com a isenção proposta pelo governo, as vendas deslancharam, e, somente em novembro, as vendas de veículos registraram alta de 19% se comparado ao mesmo período de 2011. Entretanto, com o fim dos benefícios, 2013 deve ser um ano sem grandes novidades nas vendas de automóveis, onde de acordo com o anúncio do governo, as medidas de estímulo devem durar até o fim do primeiro semestre. Nesse sentido, as perspectivas apontam para um 2013 marginalmente positivo. É importante lembrar que a elevada agenda de investimentos prevista para o segmento automotivo nos próximos anos, ratifica a perspectiva de uma demanda consistente de produtos metalúrgicos. A percepção de um ano bom, mas nada espetacular, também se verifica quando se trata de construção civil, que apesar de ter passado por um 2012 não tão proveitoso quanto inicialmente fora esperado, se beneficiou de condições mais favoráveis para 2013, através das recentes desonerações, somadas aos incentivos para a infraestrutura. Amparados na manutenção de um quadro favorável para os condicionantes econômicos, como baixa taxa de desemprego, expansão da renda e oferta de crédito, acreditamos que a construção civil também contribuirá positivamente para a evolução da demanda por produtos metalúrgicos. Com relação ao segmento de bens de consumo, acreditamos que o cenário em 2013 será um tanto quanto melhor do que 2012. A frágil competitividade da indústria interna, que foi determinante para o progressivo aumento da entrada de produtos importados e consideravelmente responsável pelo parco desempenho da evolução do produto interno, foi alvo de diversas medidas que devem surtir efeito ao longo de 2013, reforçando nosso otimismo para com o segmento de metalurgia que de certa forma deve amparar a retomada industrial. 84 EMPRESAS ACOMPANHADAS Forjas Taurus (FJTA4)................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 3,80 I Up Side: 31,0% I FJTA4 / R$ 2,90 Breve Descritivo em 28/dez/12 09/ago/12 Principais Acionistas Na atividade de armamento, a Taurus está posicionada como uma das três maiores fabricantes mundiais de armas curtas. A companhia desenvolve, fabrica e comercializa mais de 50 tipos de produtos entre revólveres, pistolas, carabinas, armas de pressão e armas policiais, fornecendo para o mercado brasileiro e exportando para mais de 70 países, em especial os Estados Unidos. Além disso, também atua no mercado de capacetes (detém metade do mercado interno) e possui uma divisão voltada para a fabricação de máquinas e acessórios (coletes balísticos e produtos plásticos). Previ Cx Prev Funcs Bco Brasil Ações em Tesouraria Ger. Futuro Corret. de Val. S/A Luis Fernando Costa Estima Invespar Invest. e Part. Ltda. Outros Com Voto Sem Voto Todos tipos 14,4% 6,0% 7,2% 22,7% 21,1% 20,4% 29,4% 10,2% 9,0% 0,1% 45,8% 24,4% 8,8% 8,4% 7,6% 7,0% 37,3% Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 618,0 126,7 37,3 685,5 141,9 42,6 752,0 166,3 55,7 827,1 171,5 55,5 909,9 182,2 64,3 1.003,6 196,8 73,0 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,3 4,3 11,0 294,6 38,3% 71,1% 11,5% 20,5% 6,0% 1,2 5,2 9,6 7,4% 71,2% 320,7 43,5% 71,4% 12,6% 20,7% 6,2% 1,1 4,4 7,4 8,1% 59,6% 322,5 54,3% 68,8% 15,5% 22,1% 7,4% 1,1 4,2 7,4 8,3% 61,3% 317,6 47,8% 66,1% 14,6% 20,7% 6,7% 1,0 3,9 6,4 9,3% 59,1% 303,7 44,5% 64,4% 15,8% 20,0% 7,1% 0,9 3,5 5,6 10,3% 57,7% 284,6 34,7% 63,5% 16,6% 19,6% 7,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Nosso cenário base estabelece uma contínua e gradual melhora dos fundamentos macroeconômicos norte americanos, que associada à renovada perspectiva de maior dinamismo interno ao longo dos próximos anos configura um cenário prospectivo para os negócios da companhia. O potencial de expansão dos negócios da Taurus em âmbito doméstico deverá desenvolver-se em duas principais vertentes: (i) armas não letais (em razão da realização de megaeventos esportivos com grande aglomeração de pessoas); e (ii) capacetes (segmento com potencial atrelado à taxa de crescimento da frota brasileira de motocicletas, que por seu turno, depende das condições do mercado de trabalho e crédito). Incorporamos em nossa projeção premissas de crescimento mais acentuado no contexto interno (cerca de 40% da receita consolidada), quando da proximidade dos megaeventos esportivos e relativa manutenção de margens. Com relação aos mercados internacionais, nos agrada a estratégia de crescimento da companhia pautada por aquisições de companhias menores e não vislumbramos significativas modificações no que tange à legislação norte-americana de porte de armas. Estamos diante de uma companhia que atua num setor que internamente apresenta significativas barreiras legais e econômicas à entrada de concorrentes além de significativo potencial de expansão e em âmbito externo tem um grande mercado consumidor em vias de recuperação. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Bruno Piagentini 85 Mineração Em 2012, muitos acreditaram que seria o fim do mundo, mas poucos acreditaram que mesmo em meio a uma das maiores e mais agudas crises do capitalismo, a produção mineral brasileira fechasse o ano com expressivo crescimento ante a década passada. Pois é exatamente nesse atribulado contexto que isso deve acontecer. Perspectivas do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) sugerem que o valor da produção mineral brasileira atinja US$ 55 bilhões em 2012 (expressivo avanço em relação à marca de US$ 5,5 bilhões de 2002). Ainda que o contexto de médio/longo prazo continue positivo, é importante mencionar que fatores de risco como a débil infraestrutura e elevada carga tributária continuam sendo obstáculos à serem superados. O cenário do setor de mineração em 2012 foi marcado pelo contínuo, porém moderado aumento da demanda por aço e, por conseguinte, por minério de ferro no mundo, alavancado em especial pela China enquanto que a demanda nos EUA e Europa seguiu fragilizada em razão da debilitada situação econômica que ainda se verifica nessas regiões. Em termos de perspectivas, não podemos deixar de destacar a importância da China para o setor. Apesar da tendência de redução dos investimentos em infraestrutura que se desenha no gigante asiático (que, diga-se de passagem, demanda aproximadamente metade do minério de ferro brasileiro), a migração nos próximos 20 anos de 300 milhões de camponeses – quase a população dos Estados Unidos – para as cidades vai manter o fôlego da construção civil. Estima-se que em 2030 mais de 200 cidades terão mais de 1 milhão de habitantes (atualmente são 146). Efetivamente, o contexto em termos de países que possuem grandes reservas de minério de ferro, continua o mesmo: Apenas o Brasil apresenta minas de grande porte com produto de elevada qualidade disponível, sem problemas atrelados à instabilidade política (caso da África) ou com poucas minas ainda não exploradas (Austrália). Nesse contexto, a expansão da última década, bem como o elevado potencial mineral e a segurança institucional colocou o Brasil em posição destacada no mercado mundial. Os aportes previstos para o país até 2016 correspondem a 20% de todo investimento setorial no período. Segundo o Plano Nacional de Mineração do Ministério de Minas e Energia, a mineração representava 0,8% do PIB na década de 1970 passando para 1,1% em 2008, ainda segundo o documento a participação da mineração no PIB apenas não se expandiu por conta da expansão de outros setores da economia. Contudo, notoriamente em razão do fornecimento de insumos para outras indústrias, bem como por sua representatividade na balança comercial do país e crescimento de importância para o mercado externo, a mineração continuará sendo uma das principais atividades produtivas do Brasil. 86 EMPRESAS ACOMPANHADAS Vale (VALE5)...........................................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 47,50 I Up Side: 16,2% I VALE5 / R$ 40,87 Breve Descritivo Principais Acionistas A Vale é a segunda maior mineradora do mundo, sendo a maior produtora mundial de minério de ferro e segunda maior de níquel. A companhia está presente nos cinco continentes e produz minério de ferro e pelotas, minério de manganês e ferro ligas, níquel, cobre, carvão térmico e metalúrgico, fosfatos, potássio, cobalto e metais do grupo da platina. Além disso, participa ativamente da exploração mineral em 27 países. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Valepar S.A. Bndespar - BNDES Part. AS Ações em Tesouraria Outros 2012e 2013e 90.336,9 42.844,9 20.864,1 109.909,9 55.505,6 26.841,2 2014e 52,7% 6,7% 2,7% 37,9% 2015e 130.573,0 71.625,2 39.340,8 Sem Voto 1,0% 3,3% 8,6% 82,15 Todos tipos 32,4% 5,4% 5,0% 55,3% 2016e 136.448,7 76.159,1 43.525,3 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 103.195,4 60.071,4 46.878,4 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,5 4,2 4,7 38.904,8 8,3% 39,3% 32,0% 58,2% 45,4% 1,4 6,2 10,5 3,6% 38,3% 45.220,0 28,2% 40,0% 12,9% 47,4% 23,1% 1,2 4,6 8,2 4,6% 37,5% 36.215,5 11,9% 36,0% 14,7% 50,5% 24,4% 1,1 3,9 6,2 7,2% 45,0% 35.449,4 12,0% 33,8% 17,0% 53,7% 29,1% 0,9 3,5 5,6 8,1% 45,0% 29.940,3 10,4% 30,6% 16,8% 54,9% 30,1% 0,9 3,2 5,0 14,9% 75,0% 25.819,3 6,3% 28,9% 17,0% 55,8% 31,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 120.900,9 64.976,7 35.208,4 30/mai/12 Com Voto Histórico Conclusão Quem compra as ações da Vale está, de certa forma, comprando a ideia de crescimento chinês (destacadamente porque somente a China representa quase um terço do total de receita da mineradora). Nesse sentido, apesar do atual momento de menor crescimento chinês, entendemos que negócios no setor de mineração continuam promissores. A discussão setorial que permeia os mercados no curto prazo, diz respeito à cotação do minério de ferro nos próximos anos. Tendo em vista que continuamos trabalhando com um cenário de pouso suave (soft landing) para o gigante asiático, vislumbramos leve recuperação nas cotações do minério (ainda este ano), contudo, entendemos que o patamar médio de preços tanto neste ano quanto nos próximos, será menor do que aquele observado ao longo do ano anterior, principalmente porque os recentes desdobramentos macroeconômicos sugerem menores taxas de crescimento econômico para as principais economias. À luz do cenário que se apresenta para a Vale, avaliamos como acertada a estratégia da companhia de focar-se nas atividades relacionadas à exploração comercial de bulk materials. Já trabalhamos com uma retração das cotações do minério de ferro a traduzir-se em redução da receita operacional ante ano anterior, contudo, para os próximos anos assumimos paulatina evolução da receita e alguns desinvestimentos em áreas pouco estratégicas no momento para a companhia. Nesse sentido, ratificamos nosso parecer de compra para as ações da empresa, destacando que as recentes quedas representam interessante oportunidade para posicionamento. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Bruno Piagentini 87 Papel e Celulose Junte a desaceleração econômica à situação ainda periclitante das economias desenvolvidas e temos um cenário nada favorável às companhias de papel e celulose brasileiras. Apesar disso, os papéis do setor não apresentaram desempenho ruim em Bolsa. Como explicar? impactando positivamente o resultado já do início do ano. E como comentado anteriormente, com a cotação do dólar variando quase sempre um pouco acima da casa dos R$ 2,00, o cenário, em que pese a morosidade da recuperação econômica internacional, favorece o desempenho dos papéis das companhias em bolsa. Desempenho das ações no ano Fibria Suzano Klabin 0,7 0,5 0,3 0,1 -0,1 bro zem de bro vem no -12 -12 12 rotub ou -12 bro em set ag ost o-1 2 2 o-1 julh -12 ho jun 12 ioma 12 rilab -12 rço ma iro ere fev jan eir o-1 2 -0,5 -12 -0,3 Fonte: Economática Nosso mercado funciona à base de expectativas. E as expectativas para o setor são, sim, favoráveis. O atual nível de câmbio, apesar dos efeitos negativos nos resultados financeiros das empresas no 1º semestre de 2012, é muito benéfico aos exportadores. E não vemos grandes alterações nesse cenário para 2013. Além disso, já em 2012, a retomada da produção industrial, ainda que tímida e “aos 45 do segundo tempo”, fez as vendas de papelão ondulado avançarem bem no segundo semestre. Em 2013, as medidas de estímulo adotadas pelo governo no fim de 2012 devem impactar positivamente exatamente o setor industrial. Esse maior dinamismo é importante driver para a performance do setor. Além disso, ainda vemos benefícios nas duas pontas, pois a redução nas tarifas de energia e a desoneração da folha também melhoram sua estrutura de custos. A situação dos países desenvolvidos continua bastante delicada, isso não mudou (e pode não mudar tão cedo). Porém, o preço da celulose de mercado tem mostrado crescimento e as produtoras já sinalizaram para seus clientes que janeiro será mês de reajustes, 88 EMPRESAS ACOMPANHADAS Fibria (FIBR3)..............................................................................................................................................Manter Klabin (KLBN4)....................................................................................................................................Comprar Suzano (SUZB5)...............................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 23,50 I Up Side: 4,1% I FIBR3 / R$ 22,57 Breve Descritivo Principais Acionistas A Fibria é o resultado da fusão entre Votorantim Celulose e Papel (VCP) e Aracruz. A companhia opera 4 plantas que, em conjunto, têm capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano. Boa parte dessa produção é exportada, especialmente para mercados como Europa e China. Para suportar essas plantas, a companhia conta com uma base florestal de 958 mil hectares, sendo 336 mil dedicados à conservação de ecossistemas nativos. As florestas da companhias estão nos estados de: ES, BA, MG, SP, MS e RJ. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Bndespar - BNDES Part.S.A. Votorantim Invest. Industriais S.A Jupiter Global Strategy Fund Ltd Gavea Investimentos Ltda. Outros 23/nov/12 Com Voto Sem Voto Todos tipos 30,4% 29,4% 5,2% 5,0% 29,9% - 30,4% 29,4% 5,2% 5,0% 29,9% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5.912,8 2.502,9 (1.055,6) 6.073,6 2.522,0 (183,8) 6.377,3 2.627,9 (192,9) 6.696,1 2.812,9 (622,3) 7.030,9 3.081,1 200,9 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 5.854,3 2.262,3 (872,6) Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,9 8,7 (14,3) 9.264,6 9,6% 47,8% -6,0% 38,6% -14,9% 0,9 8,9 0,0% 0,0% 9.883,2 4,8% 52,2% -7,8% 42,3% -17,9% 0,9 8,9 0,0% 0,0% 9.851,8 7,4% 52,1% -1,4% 41,5% -3,0% 1,0 8,4 0,0% 0,0% 9.539,7 5,9% 52,0% -1,5% 41,2% -3,0% 1,0 7,8 0,0% 0,0% 9.568,1 6,4% 52,2% -5,0% 42,0% -9,3% 1,0 6,9 62,2 0,4% 25,0% 8.835,0 8,5% 50,8% 1,6% 43,8% 2,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Um ponto importante, que tem atrapalhado a Fibria é a sua alta alavancagem. A companhia tem tomado medidas para melhorar os seus índices de endividamento, como a venda de ativos florestais e terras de Losango no valor total de R$ 615 milhões. Porém, em nossa opinião, o grande evento que traria maior conforto para a companhia seria uma recuperação mais consistente do mercado consumidor, e como dissemos anteriormente, um dos principais mercados para a companhia é a Europa e recuperação ainda não é uma palavra que se enxerga facilmente no horizonte de curto prazo do velho mundo. Assim, com esses dois fatores pesando sobre os papéis da companhia, recomendamos sua manutenção em carteiras diversificadas. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) /Felipe Martins Silveira 89 Papel e Celulose COMPRAR Preço Alvo: R$ 15,30 I Up Side: 19,6% I KLBN4 / R$ 12,79 Breve Descritivo Principais Acionistas A Klabin é a maior produtora, exportadora e recicladora de papéis do Brasil e líder nos mercados de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras para serrarias e laminadoras. A companhia atualmente estrutura-se em três unidades de negócio: Florestal, Papéis (papel cartão e papeis Kraft) e Conversão (caixas de papelão ondulado e sacos industriais) e opera 17 fábricas em oito estados do Brasil e uma na Argentina. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Klabin Irmaos & Cia Monteiro Aranha S.A. Bndespar - BNDES Part. SA The Bank Of New York – Adr Outros 11/mai/12 Com Voto Sem Voto 51,7% 20,0% 20,5% 5,5% 14,6% 9,3% 65,5% Todos tipos 17,8% 10,5% 9,6% 6,1% 50,0% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 4.278,1 1.583,8 786,0 4.540,2 1.636,5 1.001,6 4.830,8 1.623,8 845,9 5.139,9 1.802,9 1.012,3 5.489,0 1.969,5 1.124,4 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 3.889,2 1.344,9 182,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,4 8,9 64,2 2.469,4 17,2% 61,1% 3,7% 34,6% 4,7% 2,1 8,9 14,9 2,0% 30,0% 2.127,1 24,8% 57,9% 14,3% 37,0% 18,4% 1,9 8,2 11,7 2,6% 30,0% 1.480,3 18,6% 51,1% 16,1% 36,0% 22,1% 1,7 8,2 13,9 2,2% 30,0% 1.266,2 25,1% 45,5% 12,4% 33,6% 17,5% 1,6 7,0 11,6 2,6% 30,0% 662,8 7,1% 39,9% 13,5% 35,1% 19,7% 1,4 6,1 10,4 2,9% 30,0% 0,6% 36,6% 13,6% 35,9% 20,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Adequamos nossas projeções de Klabin ao novo cenário macroeconômico que apresenta maior dificuldade de recuperação das economias maduras e perspectivas de menor crescimento econômico mundial. Entendemos que tais condições conjunturais, ainda devem pressionar os preços de papel e celulose, todavia, a Klabin vem direcionando esforços no sentido de aperfeiçoar seu desempenho operacional e vem apresentando maior volume de vendas de papéis para embalagens nesse final de ano (período sazonalmente mais dinâmico da economia). É importante lembrar que a volatilidade cambial impacta diretamente os níveis de endividamento da companhia (maior parte em moeda estrangeira). Quanto aos investimentos, além da perspectiva de uma nova planta de celulose (ainda sem previsão), a Klabin também investe na instalação de novas onduladeiras (segmento de papelão ondulado), na implantação de uma nova máquina para fabricação de papéis reciclados e pretende investir na instalação de uma nova máquina de cartão revestido. De tal forma, recomendamos compra para as ações da companhia. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) /Felipe Martins Silveira 90 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 9,20 I Up Side: 31,1% I SUZB5 / R$ 7,02 Breve Descritivo Principais Acionistas A Suzano, hoje, atua em dois segmentos: celulose de mercado e papel. A celulose da Suzano é comercializada em 13 países. A empresa é a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo. Já no segmento de papel, a companhia tem em seu portfólio papel revestido, papel não revestido, cutsize e papel-cartão, atuando em 80 países, com cerca de 30 marcas. A Suzano é a líder em papel branco na América do Sul. Atualmente, ela tem cinco unidades produtivas: Suzano, Rio Verde, Embu e Limeira em SP e Mucuri na Bahia. E entre 2013 e 2016 serão inauguradas duas novas fábricas, uma no Maranhão e uma no Piauí. Projeções de MM em 28/dez/12 Suzano Holding S/A Bndespar - BNDES Part. SA Outros Integrantes do Controle Outros 17/ago/12 Com Voto 95,5% 2,7% - Sem Voto 0,4% 26,9% 10,5% 37,2% Todos tipos 32,3% 17,9% 7,9% 24,7% 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 4.848,0 1.306,2 29,9 5.187,3 1.273,1 (181,9) 5.431,8 1.556,0 165,1 6.789,8 1.913,9 122,6 7.468,8 2.155,4 494,5 7.842,2 2.184,7 516,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,8 7,6 260,1 5.469,8 25,8% 55,3% 0,3% 26,9% 0,6% 0,7 11,5 5,9% -252,6% 6.878,5 17,3% 55,4% -1,7% 24,5% -3,5% 0,8 9,8 47,1 5,5% 258,5% 7.405,0 21,0% 57,3% 1,6% 28,6% 3,0% 0,8 8,2 63,4 5,4% 339,2% 7.924,6 22,1% 56,7% 1,2% 28,2% 1,8% 0,8 7,2 15,7 5,2% 81,7% 7.665,4 27,6% 56,4% 4,9% 28,9% 6,6% 0,8 7,0 15,0 5,2% 78,9% 7.568,5 24,5% 55,3% 5,1% 27,9% 6,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico 60 Dia Conclusão O principal senão da Suzano atualmente é o alto nível de alavancagem da companhia. Os investimentos nas novas unidades produtivas, em um período em que o mercado internacional tem patinado, acabaram comprometendo sua geração de caixa, trazendo a necessidade de se acessar o mercado de dívida mais fortemente, e, agora em 2012, a realizar uma nova oferta de ações, o que ainda não trouxe o nível de endividamento a patamares saudáveis. Nossa visão é que a alavancagem deve voltar a níveis mais palatáveis a partir de 2014, após a entrada em operação da próxima unidade da Suzano. Com essa perspectiva, e considerando ser esse o principal fator para o “descasamento” forte entre os papéis de Suzano e das outras empresas do setor, vemos um interessante upside para os papéis da companhia, especialmente para investidores com foco de médio/longo prazo. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) /Felipe Martins Silveira 91 Petróleo A superação dos preços do petróleo Brent do patamar de US$ 100/barril, que havia sido o grande destaque para o setor em 2011, parece ter se convertido em tendência de médio/longo prazo. Em 2012, as boas novas foram o anúncio da 11ª Rodada de Concessão (pré-agendada para maio de 2013) e a primeira rodada de licitação no pré-sal sob o regime de partilha (novembro do mesmo ano), mesmo que em meio a inúmeras controvérsias, sobretudo no que tange à distribuição de royalties. A falta de licitações de blocos exploratórios desde 2008 tem afastado os investimentos das principais empresas do setor, prejudicando as companhias privadas nacionais que ficam impedidas de diversificar e aumentar seu portfólio. Outro desdobramento negativo acarretado pela ausência de leilões é o redirecionamento dos investimentos de grandes empresas estrangeiras para os EUA e África. Estimativas apontam que somente em 2012 o montante investido pelas gigantes do setor tenha chegado a US$ 100 bilhões, sendo que praticamente nada no Brasil. Embora a perspectiva de diminuição do nível de atividade econômica global sustente a expectativa de uma demanda pouco aquecida por petróleo em 2013, vislumbramos um cenário de expansão da oferta, com destaque para os EUA e seu desenvolvimento de exploração do petróleo de xisto. No mesmo sentido, números da IEA (Agência Internacional de Energia – na sigla em inglês) sugerem que a produção brasileira pode atingir 5,7 milhões de barris diários em 2035, evidenciando que o petróleo não deixará (pelo menos nos próximos 20 anos) de ser uma das principais commodities transacionadas mundialmente. Ainda segundo a mesma entidade, para atingir tal produção, a necessidade de investimentos anuais é da ordem de US$ 50 bilhões de dólares ao ano. Estimativas da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) retratam que os gastos e investimentos no setor de Exploração e Produção (E&P) são de algo em torno de US$ 400 bilhões até 2020, montante esse suficiente para desenvolver sólida cadeia produtiva de bens e serviços. A combinação dessa demanda com a política de conteúdo local do governo - se bem conduzida e flexibilizada – pode significar a criação de mais de 2 milhões de empregos do Brasil, contudo, caso a competitividade da cadeia de fornecimento não apresente evolução, apenas parte deste potencial deve ser atingido, simplesmente pela expansão de demanda esperada para os próximos anos. É, portanto de suma importância que o governo revise a atual política de conteúdo local, além do congelamento de preços da gasolina e diesel para que o Brasil retorne para a rota de investimentos petrolíferos. 92 EMPRESAS ACOMPANHADAS Petrobras (PETR4)........................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 25,00 I Up Side: 28,1% I PETR4 /R$ 19,52 Breve Descritivo 04/mai/12 Principais Acionistas A Petrobras é a maior companhia do Brasil e atua de forma integrada nas atividades de exploração e produção, refino, comercialização, transporte e petroquímica, distribuição de derivados, gás natural, biocombustíveis e energia elétrica. É uma companhia de capital misto, com controle estatal, que possui mais de 100 plataformas de produção e reservas provadas em torno de 14 bilhões de barris de petróleo, além de estar presente em 27 países. Projeções de MM em 28/dez/12 Com Voto Sem Voto Todos tipos União Federal (Tesouro Nacional) 50,2% - 28,7% Bndespar - BNDES Participações SA 2,3% 23,9% 11,6% 6,0% 41,4% 76,0% 3,5% 56,3% FPS Fundo de Participação Social Outros 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 244.176,1 61.582,3 33.313,1 274.046,0 60.243,5 17.748,2 278.763,2 74.932,2 29.549,4 284.338,4 79.556,9 21.685,2 301.398,7 88.047,2 27.439,5 320.357,9 95.428,2 29.241,0 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 0,8 5,0 7,6 101.977,5 12,2% 44,6% 10,0% 25,2% 13,6% 0,8 6,6 14,3 7,9% 113,9% 142.270,0 2,7% 49,0% 5,4% 22,0% 6,5% 0,8 5,8 8,6 8,2% 70,3% 181.890,2 4,0% 51,6% 8,7% 26,9% 10,6% 0,7 6,2 11,7 7,5% 88,4% 237.025,9 4,2% 53,6% 6,4% 28,0% 7,6% 0,7 5,9 9,3 8,1% 75,5% 265.194,0 9,4% 55,0% 7,9% 29,2% 9,1% 0,7 5,6 8,7 8,4% 73,3% 276.095,4 6,6% 56,0% 8,2% 29,8% 9,1% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico 115 80 Dez12 Dia Conclusão Embora o curto prazo seja incerto, suscitando cautela, o sentimento de otimismo com relação ao futuro da Petrobras parece unânime. Aspectos como a adoção de métricas mais próximas da realidade (em termos produtivos) que ampliam o poder de gestão dos mais de 900 projetos, bem como o know how e a capacidade de investimentos da companhia conferem diferenciais de grande relevância para a Petrobras nesse mercado. Em termos macro, a condição de democracia estável e regras claras e transparentes do Brasil também favorecem seus negócios. Obviamente não podemos desconsiderar os desafios subjacentes à exploração de uma das maiores fronteiras petrolíferas do mundo, como a urgente necessidade de capacitação de mão de obra, inclusão de empresas instaladas no território nacional na cadeia produtiva, bem como o aumento da produção. Incorporamos os novos parâmetros adotados pela companhia, e em vista da perspectiva de tímido crescimento produtivo neste e no próximo ano, além da continuidade dos efeitos adversos no segmento de abastecimento, recomendamos compra das ações da Petrobras para carteiras diversificadas e investidores com foco no médio/longo prazo. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) /Bruno Piagentini 93 Petroquímico O diagnóstico do setor petroquímico em 2012 foi bem similar àquele de 2011. Mesmo com o esforço das economias desenvolvidas em promover reformas e medidas para minimizar os percalços advindos da crise, o dinamismo econômico mundial continuou amuado. O tímido crescimento da economia global tem invariavelmente impactado o ritmo de atividade econômica no Brasil, realçando problemas estruturais que assolam nossa indústria. Efetivamente a volatilidade de preços de matérias primas é componente implícito da indústria petroquímica, sobretudo em plantas que utilizam a nafta como insumo produtivo. Em função da multiplicidade de fatores envolvidos nos conflitos na região do oriente médio, que afetam sobremaneira as cotações de petróleo e, por conseguinte da nafta, nossa expectativa é de continuidade da pressão sobre os spreads da indústria petroquímica em 2013. demanda (ou a falta de) possa parecer preocupante, acreditamos que as medidas de desoneração da folha de pagamentos, redução das tarifas de energia, perspectivas do fim da guerra dos portos e sobretaxação de produtos importados, devam conferir algum alento para a petroquímica em 2013. Além das benesses do contexto doméstico, não vislumbramos grandes problemas relacionados à entrada de novas capacidades, principalmente na Ásia e Oriente Médio, já que o cenário que se desenha para o médio/longo prazo continua sendo de crescimento da demanda preponderantemente maior do que o da oferta. O aumento dos preços do petróleo e derivados nos últimos anos traduziu-se em vantagem de custo às petroquímicas que se utilizam do gás natural como matéria-prima, que em sua maioria localizam-se na América do Norte e Oriente Médio, enquanto que na Ásia, Europa e América do Sul grande parte das indústrias petroquímicas utiliza a nafta como insumo básico. Contudo, questões como a maior flexibilidade quanto aos produtos finais e concentração dos investimentos do setor em regiões com grande disponibilidade de gás natural (intensificando a escassez de produtos intermediários), nos levam a crer que as petroquímicas baseadas em nafta deverão se manter competitivas mesmo neste contexto. Grosso modo, quase tudo que está ao seu redor neste momento, tem algum componente que passou por um beneficiamento petroquímico, mas para facilitar o entendimento e melhor dimensionar as perspectivas para a indústria petroquímica, vamos trabalhar com outros setores demandantes. Entre os setores demandantes, destacam-se a construção civil, que vem apresentando robusto crescimento nos últimos anos, estimulada pelo crescimento da massa de renda e do crédito, além das inversões realizadas em grandes projetos de infraestrutura. Além deste, o setor automobilístico (peças da parte interna de veículos) e o varejo em geral (produtos de plástico, PVC, acrílico ou qualquer outra resina termoplástica) são outros setores que ajudam a entender a abrangência do setor petroquímico. Para 2013, trabalhamos com evolução da demanda por resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno e PVC) relativamente em linha com a evolução da atividade econômica interna, à qual esperamos crescimento de algo em torno de 3%. Embora o vigor da 94 EMPRESAS ACOMPANHADAS Braskem (BRKM5)...............................................................................................................................Manter Providência (PRVI3).....................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 14,50 I Up Side: 13,3% I BRKM5 /R$ 12,80 Breve Descritivo Principais Acionistas A Braskem é líder no mercado de resinas termoplásticas das Américas e maior produtora de polipropileno dos Estados Unidos, com foco em polietileno, polipropileno e PVC. Ocupa posição destacada entre as grandes produtoras globais e atua com a perspectiva de estar entre as maiores organizações do setor no mundo. Hoje, é uma das principais empresas exportadoras brasileiras, com presença em cerca de 60 países e em todos os continentes. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Odebrecht Serv. e Part. SA Petróleo Bras. S/A Petrobras Bndespar - BNDES Part. SA Outros 10/jul/12 Com Voto Sem Voto 50,1% 47,0% 2,9% 22,6% 21,7% 12,7% 42,3% Todos tipos 38,1% 36,0% 5,5% 20,1% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 36.193,9 3.170,4 (1.099,3) 38.618,9 3.187,4 10,9 42.156,0 3.518,7 (73,7) 44.023,0 3.668,8 480,6 46.081,1 3.837,0 550,7 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 33.176,2 3.652,8 (525,1) Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,0 5,2 (19,5) 11.962,0 9,2% 73,4% -5,3% 11,0% -1,6% 1,2 7,6 0,0% 0,0% 13.709,8 7,4% 76,7% -12,4% 8,8% -3,0% 1,2 7,2 936,9 0,0% 25,0% 12.608,1 11,4% 76,6% 0,1% 8,3% 0,0% 1,2 6,3 0,0% 0,0% 12.084,3 8,1% 76,2% -0,8% 8,3% -0,2% 1,1 5,8 21,3 1,2% 25,0% 10.889,3 9,5% 75,2% 5,3% 8,3% 1,1% 1,1 5,3 18,6 1,3% 25,0% 9.919,7 4,9% 73,9% 5,8% 8,3% 1,2% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Seguimos cautelosos em relação à Braskem, especialmente no curto e médio prazo, tendo em vista a desaceleração da demanda (principalmente nos países desenvolvidos) em função da continuidade da crise global, trazendo pressão sobre os spreads resina-nafta. Por outro lado, entendemos que a companhia seguirá com foco na captura de sinergias das plantas adquiridas da Quattor, Sunoco e DowChemical, o que juntamente com o programa de redução de custos, iniciado no 2º sem/11, poderá beneficiar as margens operacionais.Ainda devem contribuir positivamente os aumentos de capacidade de PVC e butadieno, com reflexos nos resultados. Um dos aspectos de atenção, reside na valorização do dólar, podendo impactar negativamente o resultado e alavancagem da companhia, em razão de que 66% de sua dívida estão atreladas à moeda, muito embora tal parcela tenha prazo médio de pagamento bastante longo. É importante destacar que a Braskem tem mostrado histórico positivo na gestão da elevada dívida, buscando reduzir seus custos e alongar vencimentos. Para o longo prazo, nossas perspectivas apontam para um cenário favorável para a Braskem, destacadamente no mercado interno, que deverá ter a demanda por petroquímicos estimulada nos próximos anos pelos investimentos previstos para a realização da Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas 2016. Contudo, entendemos que as ações da companhia devem seguir pressionadas pelas incertezas emanadas pela crise financeira para o setor, corroborando nosso parecer de manutenção para seus papeis. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) /Bruno Piagentini 95 Petroquímico COMPRAR Preço Alvo: R$ 11,00 I Up Side: 22,9% Breve Descritivo I PRVI3 / R$ 8,95 em 28/dez/12 31/mai/12 Principais Acionistas A Providência é a empresa líder na fabricação e comercialização de nãotecidos no Brasil, além de presença nas Américas e atuação global. Foi fundada em 1963 para produzir embalagens plásticas para a indústria de alimentos, mas em 1988 iniciou sua participação no atual segmento de atuação (marca Kami – nãotecidos). A companhia possui hoje (ago/11) onze linhas de produção, com capacidade instalada total de 100 mil toneladas por ano, sendo 70 mil em São José dos Pinhais – PR, 10 mil em Pouso Alegre – MG e 20 mil nos EUA (Statesville). Fundo de Invest. em Participações Volluto (*) FIP Governança e Gestão (*) FIP Bssf II FIP. AIG Brasil Equity II Banco Espirito Santo S/A Boreal Fundo de Invest.em Participacoes Outros Com Voto 17,4% 12,6% 11,8% 7,8% 7,3% 5,8% 2,9% Sem Voto 42,3% Todos tipos 17,4% 12,6% 11,8% 7,8% 7,3% 5,8% 20,1% (*)Fundo de Investimento em Participações Volluto pertence à família Constantino. Já o FIP Governança e Gestão têm como cotistas o BNDES Participações e diversos fundos de pensão, dentre os quais FUNCEF e PETROS. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 526,6 89,6 29,5 674,1 110,0 45,9 786,5 108,7 54,9 802,2 107,0 29,4 815,9 110,2 36,8 832,0 115,2 38,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,1 11,1 25,1 337,8 17,4% 45,6% 4,3% 17,0% 5,6% 1,0 8,3 16,1 2,3% 37,0% 177,5 38,4% 44,4% 6,4% 16,3% 6,8% 1,0 9,4 13,5 3,7% 50,0% 288,7 49,8% 7,4% 13,8% 7,0% 1,0 11,1 25,1 2,0% 50,0% 446,4 27,0% 56,5% 3,9% 13,3% 3,7% 0,9 10,8 20,1 2,5% 50,0% 449,5 27,4% 55,3% 4,7% 13,5% 4,5% 0,9 10,4 19,1 2,6% 50,0% 465,3 35,4% 56,0% 4,8% 13,8% 4,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico jun/12 Conclusão Mesmo a empresa estando classificada no setor Petroquímico, acreditamos que os principais fatores impulsionadores de demanda vêm do consumo das famílias. Não precisamos reforçar nosso otimismo em relação a economia brasileira, com taxa de desemprego cadente e expressiva abertura de postos de trabalho formal. Ou seja, todo o cenário macroeconômico local sustenta nosso otimismo e nossa projeção de expansão das receitas da Providência nos próximos anos. Trabalhamos em nossa projeção com recomposição das margens em direção às médias históricas da companhia, impulsionada pelo aumento das vendas, melhor utilização da capacidade instalada e adequação dos preços. Os principais riscos ficam por conta da volatilidade dos preços de insumos e possibilidade das perspectivas econômicas não se concretizarem. Mesmo que o nível de endividamento da Providência pareça superior em relação à média das companhias acompanhadas, está bastante adequado a sua estrutura de ativos, não trazendo preocupação adicional para a programação de investimentos e expansão operacional. Outro fator que destacamos é a política de dividendos que, informalmente, tem distribuído 50% do lucro líquido ajustado, com isso, o retorno através de dividendos (dividend yield) também merece destaque em nossa recomendação. Reforçamos nosso parecer de compra para as ações da Providência, sobretudo para investidores que vislumbrem bons retornos a médio e longo prazo. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) /Bruno Piagentini 96 Planos de Saúde / Odonto Os principais drivers de crescimento do setor de planos de saúde continuam sendo a elevação da renda da população e a baixa taxa de desemprego. Nesse sentido 2012 foi favorável, tendo em vista que a taxa de desemprego permaneceu baixa, o poder aquisitivo da população cresceu 4,8%, segundo a Pesquisa Mensal do Emprego somente no primeiro trimestre de 2012 e, consequentemente, o número de beneficiários de planos de saúde privado se elevou, já alcançando 48,3 milhões de pessoas ou 26% da população, de acordo com o último caderno da ANS (Agência Nacional de Saúde). Ainda como driver positivo ao setor podemos citar o previsto aumento da população idosa para os próximos anos, onde, segundo projeções do Banco Mundial, o Brasil deverá ter quase metade da sua população em 2050 com idade acima dos 60 anos. saúde e 1,7 milhão em planos exclusivamente odontológicos. Importante mencionar que este último tem apresentado uma curva de crescimento mais acentuado em função da baixíssima penetração por este tipo de serviço. No geral, podemos observar que o setor apresenta boas perspectivas, visto que este é um segmento ainda subpenetrado com grande parte da população ainda dependente dos fracos serviços públicos de saúde. Os investimentos neste setor, em percentual do PIB, deverão manter-se pífios, sendo algo próximo a 10% e não mais que isso. Sendo assim, a tendência é de aumento no número de beneficiários em planos particulares, principalmente os exclusivamente odontológicos, pois o gap neste segmento é ainda maior. Além disso, acreditamos que haverá novas fusões e aquisições, dando continuidade ao movimento de consolidação do setor. Quantidade de beneficiários (em MM) 60 40 31,2 20 48,7 2,6 0 Planos de Saúde 17,6 Exclusivamente Odontológicos Fonte: ANS (Agência Nacional de Saúde) A ascensão do setor de planos de saúde, aliado aos positivos drivers de crescimento, mencionado acima, chamaram a atenção de importantes players ao redor do mundo. A porta de entrada para as gigantes mundo afora foi aberta pela United Health (maior empresa de planos de saúde privado do mundo) que em outubro de 2012 anunciou a aquisição de aproximadamente 90% da Amil, por US$ 4,9 bilhões. Tal fato sugere que novas fusões e aquisições poderão ocorrer ao longo dos próximos anos, visto que existem diversas operadoras de pequeno e médio porte que estão passando por dificuldade financeira e seriam potenciais alvos das grandes operadoras. Segundo o relatório da ANS, somente no período de junho de 2011 até junho de 2012 houve a incorporação de quase 3 milhões de novos beneficiários de planos de saúde no país, sendo 1,3 milhão em planos de Em suma, apesar de potenciais riscos (leia-se: riscos regulatórios, pressão dos médicos por aumento no valor das consultas e etc) vemos que os drivers que alavancaram o setor nos últimos anos, ainda continuarão positivos, tendo em vista o contínuo ganho real de renda da população, ascensão social e manutenção da taxa de desemprego em patamares baixos. EMPRESAS ACOMPANHADAS Odontoprev (ODPV3).................................................................................................................Comprar Qualicorp (QUAL3)........................................................................................................................Comprar 97 Planos de Saúde / Odonto COMPRAR Preço Alvo: R$ 12,80 I Up Side: 19,3% I ODPV3 /R$ 10,73 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A companhia foi fundada em 1987 por profissionais de odontologia e seu IPO ocorreu em dezembro de 2006. De acordo com a ANS, a Odontoprev é a maior operadora de planos odontológicos do Brasil com 5,0 milhões de beneficiários em diversas categorias. Desde seu IPO, a companhia já realizou diversas fusões e aquisições dentre elas destacamos as operações com a Bradesco Dental, com o parceiro Banco do Brasil, além de uma joint venture com o grupo mexicano Iké. Bradesco Saúde S/A Znt Emp. Com. e Particip. Ltda. Outros Com Voto 31/mai/12 Sem Voto Todos tipos 43,5% 7,5% 43,9% - 43,5% 7,5% 43,9% Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 835,3 186,3 145,3 1.002,3 248,2 159,1 1.199,5 307,6 177,2 1.415,4 370,9 216,7 1.656,0 454,0 268,1 1.942,9 537,5 318,6 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 7,5 28,4 39,2 23,1% 19,0% 22,3% 17,4% 7,8 21,1 35,8 3,4% 122,8% 40,5% 21,8% 24,8% 15,9% 8,1 17,0 32,2 3,6% 116,7% 42,9% 25,3% 25,6% 14,8% 8,5 14,0 26,3 4,3% 113,1% 46,7% 32,3% 26,2% 15,3% 8,8 11,3 21,3 5,2% 110,2% 51,0% 41,5% 27,4% 16,2% 9,2 9,4 17,9 6,0% 108,2% 54,9% 51,3% 27,7% 16,4% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Acreditamos que a expertise da companhia, somada ao bom momento do setor deve trazer grande crescimento no médio-longo prazo. Para os próximos 5 anos a companhia deverá continuar liderando o mercado e acrescentando grande número de beneficiários devido principalmente ao novo canal de vendas com o Bradesco. Vale lembrar que em nossas projeções não consideramos a joint venture com o Banco do Brasil, que tem potencial para acrescentar milhares de novos beneficiários. Possíveis fusões e aquisições também não foram consideradas no modelo. Destacamos que além do crescimento a Odontoprev terá aumento em suas margens. A margem bruta permanecerá crescente, assumindo que os custos se reduzirão em função das sinergias, ainda a serem capturadas em relação à fusão com a Bradesco Dental. Desta forma, a sinistralidade também deverá cair, chegando em 2015 ao redor de 45%. Na margem EBITDA, estamos projetando forte crescimento, basicamente em função da redução de despesas de comercialização impactada por menor taxa de corretagem paga aos corretores. Mesmo sem considerar a aquisição de 49% do Grupo Papaiz (51% foi adquirido pelo Grupo Fleury) acreditamos haver espaço para alta nos papéis. Sandra Peres (CNPI) 98 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço R$ 26,50 I Up Side: 24,9% I QUAL3 / R$ 21,21 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas Desde a sua fundação, em 1997, a Qualicorp S.A. atua como uma administradora de benefícios, prestando serviços de contratação, comercialização e administração de benefícios, consultoria de gestão de benefícios em saúde, serviços de administração terceirizada e de tecnologia aplicada à assistência a saúde. Tais serviços são divididos entre os segmentos: (i) Afinidade, onde atua com planos coletivos por adesão, atendendo a entidades de classe e/ou Associações Profissionais e (ii) Corporativo e outros, onde atua em planos coletivos empresariais oferecendo serviços de consultoria na gestão de benefícios, tecnologia de informação aplicada a saúde e serviços de administração terceirizada. L2 Participações FIP (*) Bhcs Fundo de Investimentos em Participações (*) Fmr Llc(Fidelity) Morgan Stanley Investment Management Outros Com Voto 31/mai/12 Sem Voto Todos tipos 25,7% - 25,7% 23,4% - 23,4% 10,4% - 10,4% 7,4% - 7,4% 33,1% - 33,1% (*) o L2 Participações FIP pertence ao Citi 831 Fundo de Investimento Multimercado. O Bhcs Fundo de Investimentos em Participações pertence a diversos fundos de privaty norte americanos. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1.231,3 347,3 157,6 1.451,4 428,5 220,7 1.707,6 524,6 267,1 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,9 36,8 (164,6) 0,4% 31,9% -1,7% 20,9% -5,0% 2,9 25,3 110,5 1,0% 107,5% 27,1% 32,4% 2,6% 25,3% 5,9% 2,9 19,2 58,0 1,9% 107,5% 6,4% 32,7% 5,0% 26,7% 9,3% 2,9 14,6 35,4 2,8% 99,7% 100,0% 32,8% 8,2% 28,2% 12,8% 2,8 11,3 25,3 3,4% 85,5% 0,0% 31,6% 11,3% 29,5% 15,2% 2,8 8,7 20,9 3,8% 79,8% 0,0% 33,6% 13,3% 30,7% 15,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 851,8 215,8 50,5 1.030,7 275,6 96,2 676,1 141,1 (33,9) Histórico Conclusão De acordo com estudos da própria companhia, a base de elegíveis (pessoas vinculadas a alguma entidade de classe) e potenciais clientes chegam a 32 milhões de vidas. Tal fato, aliado a atuação em um segmento em que a concorrência, no curto prazo, não trás grandes problemas, mostra que a companhia poderá aumentar significativamente sua base de beneficiários, assim como seu faturamento. Em nossa projeção, consideramos evolução média de receita para os próximos 5 anos de 20%, com destaque para este ano, onde projetamos crescimento de 26%, já considerando as aquisições das empresas Padrão e Aliança, que trarão como principal benefício maior capilaridade para as vendas da Qualicorp. Os (baixos) investimentos foram projetados de acordo com o guidance fornecido pela companhia. Consideramos forte elevação de margem EBITDA, em função, entre outros, do ganho de eficiência esperado. Estamos otimistas com o desempenho futuro da Qualicorp e, assim, nossa recomendação é de compra. Sandra Peres (CNPI) 99 Programas de Fidelidade A “indústria da fidelização” ainda é bastante incipiente no Brasil, e bastante ligada às companhias aéreas. Os dois maiores operadores de programas de fidelidade (Multiplus e Smiles), não por coincidência, estão ligados às duas maiores companhias aéreas do país. A diferença entre os dois, por enquanto, é que a estrutura da Multiplus já está completamente desassociada à da Tam (que continua controladora da Multiplus), enquanto a Smiles, a partir de 1º de janeiro de 2013, é uma S.A. controlada pela Gol, mas sua estrutura ainda não está completamente separada da aérea, inclusive fisicamente. No Brasil, ainda existe a Dotz, empresas de programas de fidelidade por coalizão que não é ligada a nenhuma companhia aérea. A atuação dessa companhia está bastante ligada ao varejo on-line. Existem dois tipos de programa de fidelidade. Os programas individuais, onde os consumidores acumulam pontos, através da compra de produtos e contratação de serviços de determinada companhia, e podem resgatar esses pontos em produtos ou serviços dessa mesma empresa. Esse tipo de programa deu origem ao segundo tipo, os programas de coalizão. Nesse tipo, o consumidor pode acumular pontos em uma rede de empresas, ligadas através de operadores de programas de fidelidade, e também resgatar esses pontos em diversos estabelecimentos. Esse último é o que nos interessa. Os programas de coalizão têm algumas características interessantes. Começarei com um exemplo, desde a compra de um produto até o seu resgate (ou não), e os impactos de cada passo para operadora de planos de fidelidade. O primeiro passo é comprar um produto de um parceiro, como por exemplo, abastecer seu carro em um posto Ipiranga, parceiro Multiplus. Nesse momento, você já recebe pontos do programa de fidelidade da Ipiranga, sem qualquer impacto para a Multiplus. Após um tempo, você pede para a Ipiranga transferir seus pontos para a sua conta Multiplus. Nesse momento, a Multiplus recebe da Ipiranga um valor pré-determinado pelo número de pontos que são transferidos pelo usuário. Essa compra de pontos pelo parceiro é a primeira fonte de receita das companhias de fidelidade. Esses pontos levam um tempo até serem utilizados, e daí vem a segunda fonte de receita das companhias, a receita financeira em cima desse valor já pago. E a partir daí existem duas possibilidades: (i) os pontos são resgatados, digamos em outro parceiro da Multiplus, a Livraria Cultura ou (ii) os pontos vencem e não são resgatados. No primeiro caso, a Multiplus tem o desembolso correspondente aos produtos adquiridos na livraria, que será o custo daquele ponto emitido lá atrás. No segundo caso, a receita gerada pelos pontos não terá a contraparte em resgate de produtos e, logo, não terá custo. 100 O setor está passando por um período de forte expansão, mas os investimentos necessários para essa expansão não são exorbitantes, e vemos boa oportunidade no setor para investidores que busquem drivers de crescimento, sem dispensar o pagamento de proventos, pois elas são boas geradoras de caixa. EMPRESAS ACOMPANHADAS Multiplus (MPLU3)................................................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 52,00 I Up Side: 9,0% I MPLU3 / R$ 47,72 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas Em 1993, a Tam criou o programa Tam Fidelidade, que emitia e vendia pontos e controlava o resgate pelos clientes Tam. Em janeiro de 2010, à partir desse programa, foi criada a Multiplus. A companhia foi separada, até fisicamente, da Tam Linhas Aéreas e a partir daí expandiu consideravelmente o leque de possibilidades para os clientes do programa acumularem e resgatarem pontos. Hoje são mais de 200 parceiros onde os participantes podem acumular pontos e mais de 20 onde podem acumular e resgatar, com destaque para a própria Tam, além de Ipiranga, Oi, Sky, Wizard e PontoFrio.com. Ao final de junho desse ano, a Multiplus contava com 10,1 milhões de participantes que emitiram 20,6 bilhões de pontos e resgataram outros 14,5 bilhões. Ao final de 2011, a Multiplus assinou com a Aimia, referência no mercado global de fidelidade, acordo para a criação de uma companhia de serviços de marketing de fidelização no Brasil, projeto ainda não operacional. Projeções de MM Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido Indicadores COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 2011 Tam S/A Squadra Investimentos Gestão de Recursos Ltda Outros Com Voto Sem Voto Todos tipos 72,9% - 72,9% 5,0% - 5,0% 22,1% - 22,1% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1.665,9 303,0 251,1 1.777,6 378,5 312,2 1.944,3 439,1 363,0 2.112,6 503,1 411,8 2.296,2 575,3 465,3 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 29,7 18,8 28,1 -80,2% 105,8% 25,3% 22,0% 29,7 20,8 30,7 3,3% 100,0% 86,1% 96,9% 18,2% 15,1% 29,7 16,1 24,7 4,1% 100,0% 87,9% 120,5% 21,3% 17,6% 29,7 13,5 21,2 4,7% 100,0% 88,8% 140,1% 22,6% 18,7% 29,7 11,5 18,7 5,3% 100,0% 89,7% 158,9% 23,8% 19,5% 29,7 9,8 16,5 6,0% 100,0% 90,5% 179,6% 25,1% 20,3% 1.246,8 315,3 274,2 Histórico Conclusão Consideramos em nossa projeção crescimento acelerado para a companhia, com boa expansão no total de associados e maior acúmulo de pontos per capita. Além disso, consideramos que o aumento de resgate fora das passagens aéreas deva ajudar as margens da companhia nos próximos anos, já que o resgate com a Tam é o mais “desvantajoso” para a empresa. Porém, acreditamos que esse aumento de margens pode ser compensado por uma diminuição mais forte do total de pontos que expiram e trazem receita, sem custos de resgate à companhia. A necessidade de investimentos da Multiplus é muito baixa e sua geração de caixa bastante robusta, o que a faz uma opção excelente para investidores que busquem retorno através de dividendos. Após forte valorização nesses mais de dois anos pós-IPO, consideramos que as ações da companhia estão próximas de seu valor justo, assim, recomendamos manutenção desses ativos em carteiras defensivas que visem retornos por proventos. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Silveira 101 Saneamento Básico O ano de 2012 marcou-se por inúmeras mudanças no cenário macroeconômico e a incerteza, foi indubitavelmente um componente determinante para o tímido desempenho de diversas companhias em bolsa. Não foi o caso das companhias de saneamento, que apresentaram significativa valorização, mesmo em meio à considerável instabilidade nos mercados. Os últimos meses de 2012 conferiram uma descomunal emoção para o setor de saneamento, em vista da intervenção do governo no setor de energia. Embora o setor apresente similaridades com o setor de energia elétrica, lembramos que o risco regulatório envolvido é consideravelmente menor em razão da diferenciada dinâmica de concessões. Desta forma, acalmem-se porque o setor de saneamento continua sendo “defensivo”. Defensivo inclusive quando se analisa o risco operacional, que é praticamente inexistente, tendo em vista que a demanda por um serviço essencial como o de água e esgoto não é afetada pelos ciclos econômicos. Fundamentalmente o setor não apresenta forte crescimento em momentos favoráveis da economia, contudo, também não se retrai fortemente em momentos de desaceleração da atividade. Com vistas a minimizar tais problemas, a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, já estuda a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para empresas do setor, em troca do aumento de investimentos. Adicionalmente, espera-se que o governo reveja metas e prazos estabelecidos para o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) - com investimentos previstos em R$ 420 bilhões para a universalização dos serviços de água e esgoto – afinal, o programa deveria ter começado em 2011 e ainda continua no papel. Entendemos que a nova avaliação (e atualização) do Plansab pode se traduzir em expansão dos investimentos, expansão do tratamento de esgoto e conseqüente expansão do faturamento das companhias atuantes no setor. Fato que, associado à constante perspectiva de ganhos de eficiência buscados pelas companhias deve se converter em mais um ano de geração de valor para seus acionistas. O que efetivamente continua a ser o grande potencial de expansão do setor, é o segmento de esgoto, em virtude da precária situação sanitária de diversas regiões. Números de 2010 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) do Ministério das Cidades mostram que 81,1% da população é atendida pelo fornecimento de água e 46,2% tem esgoto coletado, sendo que apenas 37,9% de todo esgoto produzido no país é tratado. Entidades como Instituto Trata Brasil, Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que para a universalização dos serviços até 2030 seriam necessários R$ 17 bilhões ao ano. No ritmo atual, em que os investimentos em saneamento variam entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões ao ano, a universalização seria adiada em 30 anos. A lenta expansão da infraestrutura de água e esgoto, a baixa qualidade na prestação de serviços e projetos e as dificuldades no licenciamento ambiental constituem-se como os principais entraves para a expansão dos níveis de investimentos e traduzem-se em efeitos perversos sobre a saúde da população, meio ambiente e setor produtivo. 102 EMPRESAS ACOMPANHADAS Copasa (CSMG3)............................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 61,50 I Up Side: 40,6% I CSMG3 / R$ 43,75 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Copasa é a segunda maior prestadora de serviços públicos de saneamento básico do país, e suas principais atividades são o fornecimento de água e a coleta e tratamento de esgoto sanitário. Entre as principais atividades da Companhia estão também a elaboração dos projetos, planejamento, execução e exploração dos serviços nas localidades após a concessão do direito de prestação de serviços pela prefeitura. A atuação da Copasa se dá em todo o estado de Minas Gerais, o segundo mais populoso do país. Projeções de MM 2011 Estado de Minas Gerais UBS AG London Branch Veritas Asset Management (Uk) Ltd BNY Mellon ARX Investimentos Ltda Outros Com Voto Sem Voto Todos tipos 46,1% 5,1% 5,0% 4,8% 38,7% - 46,1% 5,1% 5,0% 4,8% 38,7% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3.515,2 1.158,3 406,2 3.821,1 1.279,8 464,4 4.165,0 1.406,8 461,6 4.539,8 1.544,9 529,4 4.962,0 1.703,2 601,0 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 3.224,9 1.051,5 464,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,1 7,0 10,9 2.567,6 19,3% 45,2% 10,2% 32,6% 14,4% 1,1 6,6 12,4 7,1% 88,0% 2.604,1 22,3% 48,3% 8,9% 33,0% 11,6% 1,1 6,1 10,9 6,9% 75,1% 2.712,2 34,6% 50,5% 9,9% 33,5% 12,2% 1,0 5,6 10,9 7,0% 76,3% 2.773,7 33,5% 50,1% 9,6% 33,8% 11,1% 1,0 5,0 9,5 7,5% 71,9% 2.753,0 34,0% 49,9% 10,7% 34,0% 11,7% 1,0 4,6 8,4 8,2% 68,5% 2.713,7 31,2% 49,0% 11,7% 34,3% 12,1% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Analisamos a Copasa com perspectivas favoráveis para seu desempenho, especialmente se mirarmos o médio e longo prazo. As receitas da empresa devem crescer de forma constante, porém moderada, de acordo com a natureza do setor de saneamento básico. Os investimentos da empresa são bastante expressivos, e devemos observar expansão especialmente no segmento de coleta e tratamento de esgotos, serviço para o qual ainda há considerável parte da população não atendida em Minas Gerais, e permeado por importante significado social. As políticas de redução de custos e ganhos de eficiência favorecerão os custos, e no longo prazo enxergamos satisfatório crescimento no lucro da empresa. Com perspectivas sólidas, perfil defensivo e política de dividendos interessante, recomendamos a compra das ações CSMG3. Sandra Peres (CNPI) / Bruno Piagentini 103 Serviço de Engenharia Quando olhamos para construção pesada, o principal vetor de crescimento será a grande necessidade de investimento em infraestrutura no Brasil. Apenas para ficarmos em um segmento em que estamos muito defasados, nossa falta de eficiência logística é um importante gargalo, que eleva o custo dos produtos nacionais. No estudo “Uma avaliação do 'Custo Brasil' e seu impacto na competitividade da indústria brasileira”, da ABIMAQ, estima-se um custo adicional de 1,9% decorrente desse atraso da infraestrutura logística do país. E esse é apenas um exemplo. E vale mencionar que, críticas sobre algumas ações à parte, é inegável que estamos diante de um governo que vê infraestrutura como prioridade, e tem agido em diversas frentes para incentivar investimentos no setor. Podemos citar a expansão do PAC, o Plano Brasil Maior e os planos setoriais, como o Plano Nacional de Logística. Adicionalmente, o Brasil passa por um momento ímpar, pois podemos somar a isso alguns eventos extraordinários, como a realização dos dois maiores eventos esportivos do mundo, com a Copa de 2014, a segunda a ser disputada em terras tupiniquins e as Olimpíadas de 2016 na cidade maravilhosa, além do início da exploração do Pré-sal. Esses eventos são importantes, pois além dos estádios, eles puxam investimentos por toda cidade e eles já veem com prazo definido. Por exemplo, no PAC2 estão contemplados aportes em 26 aeroportos, sendo que desses, 13 são de cidades-sede da Copa, e têm prioridade na execução. São mais 5 portos inclusos no programa, nas cidades de Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Natal e Fortaleza, que são consideradas como obras para a Copa. Só para termos uma ideia da importância do setor de óleo e gás, as três maiores obras no PAC2 são refinarias. A maior é a Refinaria Premium I, no Maranhão. Com investimentos na ordem de R$ 40 bilhões, terá capacidade de processar cerca de 600 mil barris/dia e continua em obras até 2016. No segundo e terceiro lugar, respectivamente, estão a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, COMPERJ. E como uma mostra da magnitude dessas obras, as três ficaram a frente da Usina Hidrelétrica Belo Monte, que quando concluída será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo. Energia também tem espaço destacado no plano governamental, que além de Belo Monte, conta com as hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau e a termelétrica nuclear Angra 3. Em suma, nossa visão sobre o setor é bastante positiva, além disso, destacamos que as empresas “surfam a onda” de grandes investimentos no Brasil, sem carregarem o chamado Risco Regulatório. Isso porque todos os contratos de prestação de serviços nessas obras são fechados com a construtora que a executa. 104 EMPRESAS ACOMPANHADAS Mills (MILS3)............................................................................................................................................Comprar Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 40,00 I Up Side: 17,6% I MILS3 / R$ 34,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Mills iniciou suas atividades em 1952, fornecendo andaimes e escoramento ao setor de construção civil. As décadas de 1970 e 1980 foram importantes para a companhia, em decorrência da expansão significativa dos setores de construção civil e industrial no Brasil, que alavancaram o crescimento da empresa. Dentre os projetos de destaque com a participação da Mills estão: construção da Ponte Rio-Niterói, da Usina Hidrelétrica de Itaipu e da Arena Corinthians. Em abril de 2010, foi realizado o IPO da Mills, movimentando um total de R$ 685 milhões. Hoje, a companhia é dividida em quatro grandes divisões: Construção, com foco na construção pesada, como projetos de infraestrutura complexos e de grande porte; Jahu, voltada para construções residenciais e comerciais; Serviços Industriais, que atua tanto na construção quanto na manutenção de plantas industriais; e Rental, focada no aluguel e na venda de equipamentos motorizados de acesso. Projeções de MM 2011 2012e Snow Petrel S.L. (*) HSBC Bank Brasil SA Administradores Outros 29/nov/12 Sem Voto Todos tipos 21,7% 14,0% 5,0% 2,9% 56,3% - 21,7% 14,0% 5,0% 2,9% 56,3% (*)Nacht Participações SA pretence majoriatriamente à Andres Cristian Nacht que possui 56,9% do capital total. A Snow Petrel S.L. é indiretamente controlada por Nicolas Nacht e Helen Anne Margaret Ahrens. 2013e 2014e 2015e 2016e 1.030,1 436,4 173,6 1.189,5 504,3 200,5 1.362,5 575,2 241,2 1.570,0 662,3 303,2 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 677,6 238,2 92,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5,8 19,4 46,4 375,8 17,4% 42,9% 12,5% 35,1% 13,6% 5,3 12,5 30,2 1,6% 49,7% 372,0 11,2% 47,8% 17,5% 42,1% 16,0% 4,7 10,7 24,6 1,8% 43,9% 404,1 9,9% 45,1% 19,2% 42,4% 16,9% 4,4 9,2 21,3 3,2% 68,3% 343,6 10,1% 45,7% 20,7% 42,4% 16,9% 4,3 7,7 17,7 5,2% 91,3% 180,1 10,8% 48,2% 24,4% 42,2% 17,7% 4,2 6,5 14,1 6,3% 88,3% 23,6 11,1% 49,4% 29,6% 42,2% 19,3% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 881,5 371,1 141,4 Nacht Participações SA (*) Com Voto Histórico Conclusão Consideramos que a companhia está bem posicionada para aproveitar as oportunidades que estão aparecendo no Brasil e que não há, no mercado bursátil brasileiro, empresa que consiga aproveitar drivers de setores tão distintos como a Mills. Em nossa projeção, consideramos estabilidade na receita vinda do segmento de Serviços Industriais e crescimento forte, especialmente em 2012 e 2013, para os demais segmentos, sendo Jahu impactado principalmente pela expansão geográfica realizada pela companhia nos últimos períodos. Construção apresentando forte correlação com o avanço das grandes obras de infraestrutura sendo tocadas no país e Rental sendo favorecida pela baixa penetração dos equipamentos desse segmento nos canteiros brasileiros. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) / Felipe Martins Silveira 105 Serviços Financeiros Dentro daquele que consideramos como o setor de Serviços Financeiros, acompanhamos empresas distintas, mas que tem em comum o fato de atuarem em atividades diretamente relacionadas ao mercado financeiro como um todo. Durante todo o ciclo de redução da taxa de juros (SELIC), esperavase aumento no volume de negociações em renda variável, mais especificamente em ações, fato que não se confirmou. Entretanto, vimos que o volume de emissão de títulos de dívida privada cresceu consideravelmente e já vem ganhando espaço dentro das carteiras de investimentos. Segundo a ANBIMA, as captações com debêntures por parte das empresas somaram, até o final de novembro de 2012, R$ 71,8 bilhões, 66,6% a mais que no mesmo período do ano de 2011 e 41,6% acima do total emitido em 2011. O ano de 2012 para o setor financeiro foi bastante desafiador, com a volatilidade sempre presente. A bolsa paulista, por sua vez, como não poderia deixar de ser, também operou com intensa volatilidade, refletindo o cenário conjuntural. O imbróglio envolvendo a crise bancária na Zona do Euro, a lenta recuperação da economia americana e o esperado “pouso suave” da China foram os principais assuntos comentados ao longo do ano. Sem nenhuma definição e com muitas incertezas rondando o noticiário, o jeito era tentar olhar pra dentro de casa e procurar por oportunidades de investimentos que não tivessem Ofertas Registradas Acreditamos que a melhora esperada para a economia doméstica, bem como a recuperação dos mercados nos Estados Unidos e na Europa possa trazer melhoras para o mercado financeiro nacional. Contudo, devemos observar intenso nervosismo à espera de soluções Follow On IPO 19 13 11 12 11 7 5 4 2008 11 2009 3 2010 2011 2012 Fonte: ANBIMA e CVM nenhuma correlação com o mercado externo. Entretanto, nem mesmo as empresas que antes eram consideradas “portos seguros” foram o bastante para trazer ganhos aos investidores. Muitos setores sofreram com as intervenções governamentais e o mercado permaneceu nervoso até os 45 minutos do segundo tempo, como se diz no meio futebolístico. Até as ações da própria Bolsa sofreram, entre outros, com a possibilidade de que esta estaria com o monopólio em risco, em função da possibilidade da entrada de novos concorrentes. Em se tratando de registros, até aqueles que estavam mais otimistas se surpreenderam com a desaceleração que ocorreu em 2012 em relação a 2011. O número de IPO's (Oferta Pública Inicial) e Follow On's (Oferta primária e secundária de uma empresa que já possui capital aberto) segundo a ANBIMA, foi o menor dos últimos 5 anos, sendo 3 IPO's e 7 Follow On's. 106 para os problemas nas economias das regiões mencionadas acima e, com isso, ainda haverá volatilidade. Acreditamos ainda que o ativismo do governo continuará presente e com grandes chances de maiores intervenções na busca pelo “spread ideal”. EMPRESAS ACOMPANHADAS BM&FBovespa (BVMF3).......................................................................................................Comprar Valid (VLID3).................................................................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 16,70 I Up Side: 19,3% I BVMF3 / R$ 14,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A Bolsa de Valores de São Paulo iniciou sua história em 1890, e de lá pra cá sofreu alterações e modificações que acompanharam a história da cidade de São Paulo e a economia brasileira. Em 2008 a bolsa se fundiu com o BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) criando assim a atual BM&F Bovespa, que atualmente é a segunda maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado. A companhia que tem como principais objetivos administrar mercados organizados de títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, além de prestar o serviço de registro, compensação e liquidação, atuando, principalmente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira das operações realizadas em seus ambientes. Projeções de MM 2011 Blackrock, Inc) Oppenheimer Funds Inc. Cmeg Brazil 1 Participacoes Ltda. Outros Com Voto 01/mar/12 Sem Voto Todos tipos 5,3% 5,2% 5,1% 81,9% - 5,3% 5,2% 5,1% 81,9% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2.171,0 1.476,3 1.221,0 2.316,6 1.575,3 1.365,5 2.425,2 1.649,2 1.421,1 2.530,2 1.720,5 1.488,9 2.640,2 1.795,3 1.558,2 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 2.116,0 1.163,2 1.048,0 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,4 21,1 26,5 2,9% 18,4% 5,4% 55,0% 49,5% 1,4 17,2 22,7 3,5% 80,0% 20,0% 23,1% 6,3% 68,0% 56,2% 1,4 15,9 20,3 3,9% 80,0% 20,0% 23,2% 6,9% 68,0% 58,9% 1,4 15,1 19,5 4,1% 80,0% 20,0% 23,1% 7,1% 68,0% 58,6% 1,4 14,4 18,6 4,3% 80,0% 20,0% 23,2% 7,3% 68,0% 58,8% 1,3 13,7 17,8 4,5% 79,9% 20,0% 23,3% 7,5% 68,0% 59,0% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Nem sempre as incertezas relacionadas ao cenário macroeconômico trazem impactos negativos para as bolsas de valores ao redor do mundo. Pelo menos não para os acionistas desse tipo de empresa! Com o cenário mais volátil, o que temos visto é um bom aumento no volume de negociações que, para a bolsa, soa como música. Nos últimos trimestres temos visto melhores resultados basicamente em função de melhora no volume. Além disso, o fator concorrencial que vinha pesando e impactando os papeis da bolsa paulista nos últimos períodos deixou de ser a pedra no caminho da empresa. Com dificuldades em realizar parcerias e a com a resistência da BOVESPA em ceder sua clearing para novos entrantes, o que temos visto é o adiamento nos planos de players internacionais que estavam dispostos a entrar no país e concorrer com a bolsa local. Em se tratando de projeção, acreditamos que não haverá elevação expressiva de receita, bem como de despesas. Com isso, as margens permanecerão estáveis. Em suma, consideramos a BM&FBovespa uma boa opção de investimentos para quem esteja procurando por retornos através de proventos. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) 107 Serviços Financeiros MANTER Preço Alvo: R$ 48,00 I Up Side: 5,5% I VLID3 /R$ 45,50 em 28/dez/12 Breve Descritivo Atuando na venda de papel de alta-segurança e tecnologias de impressão, a Valid, inicialmente chamada de Thomas de La Rue, iniciou suas atividades em 1957. Nos anos 90, a companhia passou a atuar no desenvolvimento de produtos, serviços e soluções para o setor de cartões, sistema de identificação e impressão de segurança. A alteração de nome para Valid ocorreu em 2010 após uma mudança na participação acionária. A companhia tem suas ações (VLID3) listadas no Novo Mercado. Projeções de MM Com Voto 28/mai/12 Sem Voto Todos tipos Aberdeen Global - Emsc Fund Citibank Dtvm SA 8,4% - 8,4% Rio Bravo S.A 6,9% 5,6% 5,3% 70,2% - 6,9% 5,6% 5,3% 70,2% Principais Acionistas 2011 2012e Vinci Partners Outros 2013e 2014e 2015e 2016e 1.095,1 230,8 149,7 1.196,7 255,7 165,9 1.303,4 279,1 180,2 1.437,7 320,5 207,3 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 873,9 179,1 111,8 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 5,0 13,4 22,7 41,9 36,4% 45,0% 22,2% 20,5% 12,8% 4,7 12,4 20,3 3,4% 69,1% 100,0% 48,2% 23,1% 20,9% 13,1% 4,3 10,7 16,9 3,8% 64,7% 33,9% 47,4% 25,2% 21,1% 13,7% 3,9 9,6 15,3 4,2% 64,6% 18,7% 46,3% 25,4% 21,4% 13,9% 3,5 8,8 14,1 4,6% 4,7% 40,1% 45,4% 25,1% 21,4% 13,8% 3,2 7,7 12,2 5,2% 64,1% 26,8% 42,4% 26,2% 22,3% 14,4% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 952,6 198,7 125,0 Credit Suisse Hedging-Griffo C. V. S/A Histórico Conclusão Esperamos para os próximos anos, crescimento em todos os seus segmentos de atuação. Em meios de pagamento, projetamos elevação nas receitas, em meio à tendência de transição de cartões magnéticos para cartões com chip, sendo que a Valid tem presença relevante na quantidade de cartões emitidos no Brasil, assim como na Argentina. Incorporamos no segmento de Sistemas de Identificação os resultados esperados para a linha de certificação digital, através da Valid Certificadora que já iniciou as atividades neste ano. E no segmento de Telecom esperamos elevação na quantidade de Sim Cards vendidos. Utilizamos como premissa de investimentos, o guidance fornecido pela companhia de R$ 42 milhões para este ano e crescimento de aproximadamente 10% nos próximos anos. Estimamos ainda, que a Valid continuará se destacando no pagamento de dividendos, com pay out bastante elevado. Vale lembrar que não consideramos a recente aquisição da Vmarx que tem potencial para agregar valor aos negócios da Valid. Marco Aurélio Barbosa (CNPI) 108 Shoppings Centers O setor de shopping centers vem galgando rápido crescimento e apresentando fortes números. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o setor fechará o ano de 2012 com faturamento de R$ 124 bilhões, elevação de 15% se comparado ao ano de 2011. Destacamos também que as taxas de ocupação continuarão elevadas (média de 98%). Além disso, a forte demanda por espaço para locação em shopping centers elevou, em termos reais, os alugueis (aumentos chamados leasing spreads) e aumentou os investimentos em expansões, aquisições e novos empreendimentos. Para 2013 mantemos o otimismo, dado alguns fatores macroeconômicos, tais como, a renda da população em alta, o baixo índice de desemprego, a taxa de juros mais baixa se comparada aos anos anteriores, a maior oferta de crédito com prazos mais longos e por fim a confiança do consumidor. Levando em consideração estes fatores, 48 novos centros de compras já foram anunciados segundo a Abrasce. Já as perspectivas da Associação Brasileira de lojistas de Shopping (Alshop) de 2012 a 2014 serão acrescidos 113 shoppings. Vale ressaltar que os investimentos das empresas, aliado ao crescimento do consumo, continuará impulsionando os lançamentos. Baixa penetração no mercado de shopping centers ABL/1.000 habitantes (2011) 2.500 2.000 1.500 1.000 Brasil média: 58 500 MG GO AM PR SP DF Brazil Peru Colombia Mexico Chile Europe Canada USA 0 Fonte: ABRASCE, IBGE Só para se ter uma ideia, o setor deverá encerrar o ano de 2012 com 28 novos shoppings. A questão é se realmente o Brasil consegue absorver este forte crescimento no número de shoppings. Entretanto, se levarmos em consideração a baixa penetração do mercado brasileiro em comparação com outros países, verificamos que o Brasil está longe de estar saturado de centros comerciais, conforme podemos observar no gráfico abaixo. Além disso, a migração das classes sociais nos últimos anos vem com esta crescente frequência de pessoas nos shoppings garantindo fluxos cada vez maiores. EMPRESAS ACOMPANHADAS Br Malls (BRML3)..............................................................................................................................Comprar Iguatemi (IGTA3)...............................................................................................................................Comprar Sonae Sierra (SSBR3)..............................................................................................................Comprar 109 Shoppings Centers COMPRAR Preço Alvo: R$ 37,00 I Up Side: 36,9% I BRML3 / R$ 27,02 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas A BRMALLS é a maior empresa de shopping centers do Brasil, com participação em 48 shopping centers. A companhia possui atualmente 1.513,3 mil m² de Área Bruta Locável (ABL) Total e 855,8 mil m² de ABL próprio, com percentual médio de participação de 56,5%. Os shoppings estão espalhados por todas as regiões do país. Além disso, o portfólio é estrategicamente diversificado por segmento de renda, atendendo consumidores de todas as classes sociais. A empresa também é especializada na administração e comercialização de espaços nos shopping centers e na gestão de empreendimentos comerciais, aproveitando sua rede de relacionamentos com as principais varejistas do país, facilitando assim a comercialização de seus espaços. Atualmente, é responsável pela administração e pela comercialização de 41 shoppings centers, dos quais somente um não possui participação, o Recreio Shopping. Projeções de MM Fmr Llc(Fidelity) Schroder (Fundos) Outros Com Voto 03/dez/12 Sem Voto Todos tipos 7,8% 5,0% 87,1% - 7,8% 5,0% 87,1% 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 861,5 664,8 470,9 1.038,5 810,2 933,7 1.264,2 995,3 1.072,2 1.547,9 1.229,7 1.163,8 1.828,7 1.455,2 1.353,6 2.166,8 1.731,1 1.425,5 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,7 21,6 26,0 2.673,0 11,9% 48,6% 6,5% 77,2% 54,7% 1,5 18,2 13,1 1,9% 25,0% 2.514,0 13,6% 49,1% 11,8% 78,0% 89,9% 1,4 15,2 11,4 2,2% 25,0% 2.845,6 11,8% 46,4% 12,3% 78,7% 84,8% 1,3 12,6 10,5 2,4% 25,0% 3.207,8 16,6% 43,9% 12,1% 79,4% 75,2% 1,2 10,7 9,0 2,8% 25,0% 3.278,7 13,9% 41,4% 12,7% 79,6% 74,0% 1,0 9,0 8,6 2,9% 25,0% 3.347,4 20,5% 38,4% 12,2% 79,9% 65,8% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão O setor varejista no país continuará tendo um bom momento e, desta forma, o crescimento das vendas abre a possibilidade para ajustes dos aluguéis. A companhia continua com seu plano forte de expansão via novos empreendimentos projetando investimento de R$ 1,3 bilhão para os anos de 2012 a 2014. Vale lembrar que a intenção é inaugurar 3 shoppings por ano. Adicionalmente, o projeto de construção do Outlet, como consequência da joint venture com a Simon Property Group, elevará fortemente o seu ABL (área bruta locável). Em nossa projeção, consideramos apenas as aberturas de shoppings não incluindo possíveis aquisições. Desta forma, estimamos leve queda do caixa nos três primeiros anos, todavia, os ganhos aparecerão a médio e longo prazo, dado a viabilidade dos investimentos. Entretanto, mantemos nossas estimativas de elevações graduais em suas margens, visto a tendência de maturação dos empreendimentos e pelo aumento na receita. Vale comentar que, em decorrência dos investimentos em novos shoppings e a precificação dos atuais (via reavaliação das propriedades para investimentos), a companhia apresentará forte crescimento em seu resultado final nos próximos anos. Sandra Peres (CNPI) 110 Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 33,00 I Up Side: 21,1% I IGTA3 / R$ 27,24 Breve Descritivo Principais Acionistas A Iguatemi é uma empresa de shopping centers no Brasil. Suas atividades englobam a concepção, o planejamento, o desenvolvimento e a administração de shopping centers regionais e complexos imobiliários de uso misto como torres comerciais e projetos residenciais em áreas urbanas. A Iguatemi detém participação em 14 shopping centers, que totalizam mais de 473 mil m² de ABL (área bruta locável), sendo a sua ABL própria correspondente a 277 mil m². A empresa conta com empreendimentos nas regiões Sul e Sudeste, além de possuir um projeto em Brasília. Sua estratégia visa regiões onde há maior concentração do PIB nacional e também apresente o maior PIB per capita, tendo como público alvo as classes A e B. O principal shopping center da Iguatemi – Iguatemi São Paulo – foi o primeiro shopping center construído no Brasil. A empresa é do Grupo Jereissati. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Jereissati Participações S/A (*) Petros - Fund. Petrobras de Seg. Social Aberdeen Asset Management Plc Outros Com Voto 10/dez/12 Sem Voto Todos tipos 56,0% 10,3% 5,0% 27,6% - 56,0% 10,3% 5,0% 27,6% (*) a Jereissati Participações S/A é controlada indiretamente pelo Sr. Carlos Francisco Ribeiro Jereissati. 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 415,3 293,4 307,3 532,8 377,4 236,9 664,6 472,5 301,7 758,1 542,9 369,5 867,5 633,1 502,4 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 329,5 235,0 151,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,7 16,8 28,3 362,4 12,9% 43,4% 9,6% 71,3% 46,1% 2,4 15,7 14,0 1,7% 24,4% 309,9 0,7% 46,0% 17,0% 70,6% 74,0% 2,2 12,9 18,2 1,7% 31,1% 564,4 12,6% 44,5% 12,0% 70,8% 44,5% 2,0 10,5 14,3 1,9% 26,6% 649,8 7,8% 39,3% 13,7% 71,1% 45,4% 1,8 9,2 11,6 4,2% 49,1% 675,8 2,2% 41,3% 15,5% 71,6% 48,7% 1,6 7,6 8,6 5,8% 49,3% 496,8 11,5% 38,8% 19,0% 73,0% 57,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Revisamos nossa projeção para a Iguatemi incorporando as mudanças nas premissas macroeconômicas, a revisão dos investimentos e a emissão das debêntures, além da venda do Shopping Boulevard Rio (que acabou influenciando na elevação do lucro líquido em 2012). Acreditamos que o momento continua positivo, mesmo com a desaceleração verificada. O setor varejista no país continuará tendo bom crescimento nas vendas abrindo possibilidade para ajustes dos aluguéis. Vale comentar que incorporamos os quatro projetos em expansão que estarão prontos até 2014 mais quatro novos shoppings para o mesmo período. E para os próximos anos, partindo de 2015, a expectativa é a abertura de um shopping por ano. A projeção é de investir cerca de R$ 1,0 bilhão entre 2012 a 2014, sendo este valor incorporado por nós. Dada a representatividade dos investimentos, atribuímos forte crescimento (entre 20% e 30%) na receita e EBITDA (situando-se na casa de 70%). Ainda na toada das fortes inversões nos próximos dois exercícios, estimamos leve queda dos saldos de caixa, todavia, os ganhos aparecerão a médio e longo prazo. Além disso, não projetamos forte alavancagem, se mantendo na relação dívida líq/EBITDA de 2x. Entretanto, mantemos nossas estimativas de elevações graduais em suas margens, visto a tendência da maturação dos empreendimentos mais novos e pelo aumento na receita. Sandra Peres (CNPI) 111 Shoppings Centers COMPRAR Preço Alvo: R$ 44,00 I Up Side: 36,4% I SSBR3 / R$ 32,25 Breve Descritivo Principais Acionistas A Sonae Sierra Brasil é uma incorporadora, proprietária e operadora de shopping center do Brasil. Atua em todas as fases do processo de construção e reforma de shopping center, incluindo realização de estudos de viabilidade e pesquisas, aquisição de terrenos, planejamento, design arquitetônico, administração da construção, administração de propriedades e gestão de ativos e serviços de comercialização de lojas. A companhia detém participação majoritária na maior parte dos shopping centers de seu portfólio e administra todos eles. A Sonae Sierra Brasil foi constituída em 17 de julho de 2003, na Cidade de São Paulo e em fevereiro de 2011 abriu capital e iniciou sua negociação das ações pelo código (SSBR3). A companhia tem controladores internacionais, sendo estes o grupo europeu Sonae Sierra e o REIT norte-americano DDR Corp. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Sierra Brazil 1 B.V. BNY Mellon ARX Investimentos Ltda Outros Com Voto 30/mai/12 Sem Voto Todos tipos 66,6% 5,5% 27,9% - 66,6% 5,5% 27,9% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 254,3 193,3 242,2 301,7 230,0 265,9 357,3 273,4 300,0 423,7 325,8 350,0 500,4 388,4 413,5 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 219,2 167,2 231,1 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,0 12,2 10,7 5,0% 25,7% 9,5% 76,3% 105,4% 0,9 13,5 10,2 2,5% 25,0% 147,7 6,5% 33,7% 9,3% 76,0% 95,2% 0,9 12,1 9,3 2,7% 25,0% 310,3 11,9% 32,3% 9,5% 76,2% 88,1% 0,8 10,4 8,2 3,0% 25,0% 372,3 11,7% 30,5% 9,9% 76,5% 84,0% 0,7 8,8 7,0 3,6% 25,0% 398,1 8,7% 28,9% 10,6% 76,9% 82,6% 0,7 7,3 6,0 4,2% 25,0% 371,5 8,7% 27,8% 11,5% 77,6% 82,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Destacamos que o cenário para o consumo no segundo semestre será melhor, tanto que a Sonae Sierra mantém seu plano de crescimento. Desta forma, reiteramos nosso parecer de comprar para as ações da companhia. Destacamos que em nossa projeção já consideramos a desaceleração do setor varejista brasileiro bem como os projetos greenfield para o ano de 2012 e 2013, sendo estes o Shopping Uberlândia (já inaugurado no primeiro trimestre de 2012) e os dois projetos em Londrina e Goiânia que estão no pipeline. Vale comentar que a companhia mantém sua intenção de abrir dois shopping centers por ano, e para assegurar e dar prosseguimento a estratégia de crescimento captou R$ 300 milhões com emissão de debêntures. Em nossa projeção, consideramos apenas as aberturas de shoppings não incluindo possíveis aquisições. Desta forma, estimamos leve queda do caixa nos três primeiros anos e posteriormente os ganhos aparecerão dada a viabilidade dos investimentos. Entretanto, a margem EBITDA tende a ficar pressionada em 2012, voltando a apresentar elevações graduais, tendo em vista a maturação de alguns empreendimentos. Sandra Peres (CNPI) 112 Siderurgia Os últimos anos têm sido uma prova de fogo para o setor siderúrgico. O aumento dos custos (matérias-primas e mão de obra), associado à sobreoferta mundial de aço e “invasão” dos importados, sob o guarda-chuva da crise internacional configura um cenário deveras complicado para as companhias, que assistem a compressão de suas margens operacionais e enfrentam grandes dificuldades para anunciar reajustes de preço. Em 2012, a história não foi diferente e, em 2013, o cenário deve continuar desafiador, ainda assim, algumas mudanças devem conferir “fôlego” às companhias perfazendo um contexto mais ameno. Perspectivas do Instituto Aço Brasil apontam para continuidade do excedente de oferta de aço no mercado interno. A capacidade instalada das usinas em 2012 foi de aproximadamente 48 milhões de toneladas, ante demanda doméstica prevista da ordem de 28 milhões de toneladas. Ainda segundo o Instituto, no acumulado do ano até novembro as importações expandiram-se 2,7% ante o mesmo período de 2011. Projeções da Associação Mundial do Aço (WSA na sigla em inglês) ratificam tal cenário, apontando excesso de capacidade de 553 milhões de toneladas em 2013 (expansão de 4% ante 2012), em virtude da manutenção da frágil demanda das economias desenvolvidas. Embora as perspectivas sinalizem um ano igualmente nebuloso para a siderurgia, entendemos que tanto o cenário macroeconômico global como o doméstico apresentam-se menos “carregados” em 2013, fato que associado a uma série de medidas que vem sendo tomadas em prol da competitividade da indústria interna (desoneração da folha de pagamentos, fim de incentivos fiscais, redução das tarifas de energia) devem se traduzir em impactos positivos para a siderurgia. Adicionalmente, não podemos desconsiderar o iminente impacto positivo para a cadeia siderúrgica, advindo das inerentes reformas infraestruturais atreladas aos mega eventos esportivos, bem como continuidade da exploração da camada do pré-sal. Com relação aos preços, trabalhamos num contexto de preços mais comportados para insumos produtivos, destacadamente para o minério de ferro, que deve apresentar gradual queda ao longo de 2013, em razão da maturação de novos projetos, principalmente no Brasil e Austrália. Além disso, esperamos retração da entrada de importados, em reflexo ao aumento da alíquota do imposto de importação do aço, que subiu para 25% (anteriormente variava de 10% a 18%). EMPRESAS ACOMPANHADAS Gerdau (GGBR4)..............................................................................................................................Comprar Usiminas (USIM5).................................................................................................................................Manter 113 Siderurgia COMPRAR Preço Alvo: R$ 22,30 I Up Side: 24,4% I GGBR4 / R$ 17,93 Breve Descritivo Principais Acionistas A Gerdau é líder na produção de aços longos (para os setores de construção civil, indústria e agropecuária) nas Américas e uma das maiores fornecedoras de aços longos especiais do mundo. Possui presença industrial em 14 países, com operações nas Américas, na Europa e na Ásia, as quais somam capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas de aço. É a maior recicladora da América Latina. Destacamos também os ativos de minério de ferro da Gerdau, os quais há intenção de monetizá-los, que somam cerca de 2,9 bilhões de toneladas. Projeções de MM em 28/dez/12 2011 Metalúrgica Gerdau S/A Bndespar - BNDES Participações AS Outros Com Voto 30/mai/12 Sem Voto Todos tipos 76,6% 6,6% 16,5% 22,1% 1,9% 69,7% 40,3% 3,4% 51,9% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 38.603,3 3.402,5 1.796,1 42.540,1 4.888,5 3.004,0 43.816,4 5.396,7 2.647,0 45.525,2 6.055,7 3.581,4 47.430,3 7.285,7 4.493,0 Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 35.406,8 9.562,7 2.005,7 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 1,2 3,7 15,4 9.105,3 12,8% 46,9% 7,6% 27,0% 5,7% 1,1 12,3 17,2 1,7% 30,0% 11.094,8 18,1% 47,3% 6,5% 8,8% 4,7% 1,0 8,3 10,3 2,9% 30,0% 9.777,7 17,8% 46,3% 10,1% 11,5% 7,1% 1,0 7,4 11,6 2,6% 30,0% 9.226,3 1,8% 42,8% 8,3% 12,3% 6,0% 0,9 6,4 8,6 3,5% 30,0% 7.856,9 18,5% 42,2% 10,5% 13,3% 7,9% 0,8 5,0 6,9 4,4% 30,0% 5.779,1 0,8% 38,8% 12,0% 15,4% 9,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Revisamos nossas projeções para a Gerdau incorporando as desafiadoras condições conjunturais que afetam o setor de siderurgia no curto prazo. Entendemos que neste novo cenário, a Gerdau deve reduzir o ritmo de seus investimentos e direcionar esforços na verticalização de suas atividades. Nesse sentido, a companhia pode anunciar nos próximos meses o resultado da monetização de seus ativos de minério de ferro, que em nossa avaliação, deve agregar algo próximo a R$ 4 bilhões de valor à Gerdau. Vislumbramos boas perspectivas para a companhia no médio/longo prazo sob a perspectiva de sinais mais consistentes de recuperação norte americana (já que cerca de 50% do faturamento total é proveniente da UN América do Norte), bem como da crescente e cada vez mais urgente necessidade de reformas infraestruturais no Brasil. Em termos de preços, não acreditamos em súbita recuperação, tampouco que a companhia inicie um amplo e generalizado processo de reajustes, sobretudo pelas atuais condições setoriais que impedem tal dinâmica. De toda forma, acreditamos que no curto prazo, as ações da companhia ainda refletirão as condições adversas do cenário, mas num horizonte de tempo maior, recomendamos compra das ações da Gerdau, sobretudo para investidores que buscam diversificação em carteira. Marco A. Barbosa (CNPI) / Bruno Piagentini 114 Especial PERSPECTIVAS2013 MANTER Preço Alvo: R$ 13,50 I Up Side: 5,5% I USIM5 /R$ 12,80 Breve Descritivo em 28/dez/12 Principais Acionistas A Usiminas é uma empresa do setor siderúrgico líder na produção e comercialização de aços planos laminados a frio e a quente, bobinas, placas e revestidos, destinados principalmente aos setores de bens de capital e de bens de consumo da linha branca, além da indústria automotiva. A Usiminas é a maior produtora de aços planos da América Latina, além de possuir atualmente uma capacidade anual de produção de aço bruto de 9,5 milhões de toneladas. Cia Siderúrgica Nacional Nippon Usiminas Co Ltd Ternium Investiments S.Ar.L Previ Cx Prev Funcs Bco Brasil Caixa Dos Empregados da Usiminas Dimensional Fund Advisors LP Nippon Steel Corporation Geração Futuro Corretora de Valores S/A Outros Projeções de MM 2011 Com Voto 11,7% 23,7% 16,8% 10,5% 6,8% 0,9% 5,4% 11,3% 30/mai/12 Sem Voto 20,1% 0,6% 1,3% 5,0% 0,1% 5,4% 57,8% Todos tipos 15,9% 12,1% 8,4% 5,9% 3,4% 2,9% 2,7% 2,7% 34,6% 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 11.902,0 1.482,7 233,1 12.706,0 681,8 (393,7) 13.800,2 1.548,6 367,6 15.042,3 2.169,1 541,1 16.396,1 2.689,4 930,6 17.871,7 3.160,6 1.229,6 Indicadores 2011 2012e 0,7 25,7 0,0% 0,0% 4.544,7 16,1% 42,9% -2,1% 5,4% -3,1% 2013e 2014e 2015e 2016e 0,7 10,7 35,3 0,7% 25,0% 3.565,8 21,7% 42,0% 1,9% 11,2% 2,7% 0,7 7,3 24,0 1,0% 25,0% 2.952,2 23,5% 40,2% 2,8% 14,4% 3,6% 0,6 5,5 13,9 1,8% 25,0% 1.745,2 31,9% 38,4% 4,7% 16,4% 5,7% 0,6 4,2 10,6 2,4% 25,0% 235,5 19,0% 36,2% 5,9% 17,7% 6,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida 0,7 7,7 55,7 3.472,4 13,0% 43,0% 1,2% 12,5% 2,0% Histórico Conclusão O recente movimento de reajuste no preço do aço (anunciado pela Usiminas), associado às medidas governamentais de redução do preço da energia para a indústria e elevação das taxas de importação de uma série de produtos importados, são inegavelmente fatores benéficos para a Usiminas. Contudo, para que a momentânea sensação positiva tome proporções de mais longo prazo, entendemos ser determinante a disciplina na dinâmica de otimização operacional em virtude do permanente contexto desafiador que envolve a produção siderúrgica doméstica. Avaliamos que os aspectos exógenos supracitados representam benesses limitadas para a companhia, já que a principal vertente de desenvolvimento de seus negócios continua sendo a necessidade de verticalização operacional. Nesse sentido, incorporamos as dificuldades de curto prazo que permeiam o segmento de aços planos e vislumbramos continuidade de pressão sobre margens em 2012. Para os anos posteriores, avaliamos que a receita da companhia tende a evoluir paulatinamente em função de setores como o automotivo, construção civil e linha branca, bem como projetos infraestruturais. No que tange aos preços do aço no mercado interno, não trabalhamos com expansão no curto prazo, principalmente porque possíveis reajustes tendem a estimular importações, já que as cotações do aço no mercado internacional seguem pressionadas. Destacamos que a companhia segue com a estratégia de verticalização da cadeia produtiva, devendo alcançar autossuficiencia em minério de ferro até 2015. Desta forma, reforçamos nosso parecer de manutenção para as ações da companhia, que ainda devem sofrer no curto prazo. Marco A. Barbosa (CNPI) / Bruno Piagentini 115 Varejo de Vestuário Efeitos climáticos adversos, desaceleração do consumo interno e serviços financeiros das companhias “em xeque” compõem o enredo do que foi o ano de 2012 para o setor de varejo de vestuário. Podemos dizer que a coleção outono/inverno fracassou, ou ao menos ficou bem abaixo do esperado, em razão das temperaturas mais altas entre estas estações. As mudanças climáticas afugentaram os consumidores das lojas e fizeram com que as companhias adotassem duas estratégias: (i) queimar os estoques com altos descontos e (ii) antecipar o lançamento da coleção primavera/verão. A primeira ação provocou expressivos impactos sobre as margens operacionais, já a segunda impulsionou as vendas no varejo brasileiro. Neste contexto, o próprio consumo interno se manteve retraído ao longo do ano por conta do comprometimento da renda da população com pagamento de dívidas. O elevado grau de endividamento também foi o responsável por conter a oferta de crédito das instituições financeiras aos consumidores. Seguindo essa linha, as varejistas de vestuário que há tempos vinham aumentando a prestação de serviços financeiros, com emissões de cartões de crédito próprio (private label) ou em parceria com instituições financeiras (co-branded), bem como avançavam suas operações de empréstimo pessoal, começaram a se defrontar com a ofensiva dos bancos públicos na queda dos juros que pressionam as taxas aplicadas pelas companhias, sendo que algumas já anunciaram a redução. Para 2013, acreditamos que o cenário é mais favorável. Ao passo que a atividade doméstica ganhará velocidade puxada pelo consumo, o ramo de vestuário deverá ter relevante crescimento. Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra 2012/2013 do algodão deverá ser inferior a atual em função da migração dos produtores para mercados de commodities concorrentes (milho e soja). Desta forma, o custo de fabricação das empresas tende a ser maior no próximo ano. A crescente escala de faturamento das companhias se sustentará pelo intenso cronograma de inaugurações de lojas, além das expansões e remodelações que incrementarão o volume de vendas. Diante do exposto, pressupomos que as companhias terão uma boa performance do lado operacional, entretanto, tendo como pano de fundo a redução dos juros bancários, acreditamos que as operações financeiras devem sofrer profundos impactos. 116 EMPRESAS ACOMPANHADAS Cia Hering (HGTX3).....................................................................................................................Comprar Lojas Renner (LREN3)...................................................................................................................Manter Especial PERSPECTIVAS2013 COMPRAR Preço Alvo: R$ 52,80 I Up Side: 25,7% I HGTX3 / R$ 41,99 em 28/dez/12 Breve Descritivo Principais Acionistas Com uma história de mais de 130 anos, a Cia. Hering é uma empresa de varejo e design de vestuário. A companhia atua no varejo sob quatro marcas: ¨Hering¨, Hering Kids,¨PUC¨ e ¨dzarm¨. A marca ¨Hering¨, a principal da empresa, foi responsável por aproximadamente 85% de seu faturamento, ao passo que a PUC detém 10% e a dzarm com 5%. A marca "PUC", reconhecida como marca de alta qualidade de vestuário infantil para ocasiões especiais, é a 4ª maior marca na Classe A, em termos de receita bruta. Por sua vez, a marca “dzarm” é uma marca voltada ao público jovem, “com atitude de vestir e em sintonia com as tendências mundiais da moda”, como diz a empresa. Projeções de MM Invest Particip Inpasa S/A (*) Ivo Hering Blackrock, Inc Schroder Investment Manag. Limited Outros Com Voto 7,3% 7,2% 5,4% 5,1% 75,0% 30/out/12 Sem Voto - Todos tipos 7,3% 7,2% 5,4% 5,1% 75,0% (*)Invest Particip Inpasa S/A é majoritariamente de propriedade do Sr. Ivo Hering e de membros da família. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 1.353,2 394,5 297,3 1.556,2 420,4 310,5 1.784,8 491,3 376,1 2.052,5 596,0 459,7 2.360,3 717,3 554,9 2.721,8 846,1 658,9 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 9,6 16,4 23,0 33,8% 35,8% 41,8% 29,1% 22,0% 7,5 15,1 22,0 1,6% 35,9% 21,3% 38,8% 34,1% 27,0% 20,0% 6,4 12,6 18,2 3,3% 59,8% 33,0% 40,9% 35,4% 27,5% 21,1% 5,5 10,1 14,9 4,0% 59,4% 15,3% 40,0% 36,8% 29,0% 22,4% 4,6 8,1 12,3 4,8% 59,1% 51,2% 39,2% 37,6% 30,4% 23,5% 3,9 6,5 10,4 5,7% 59,1% 0,0% 38,4% 37,8% 31,1% 24,2% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão A desaceleração do consumo de vestuário, o clima adverso e o menor nível de acerto na composição dos itens das coleções foram os principais fatores que reduziram o percentual de crescimento de suas vendas no início deste ano. Já no início do 2º semestre a companhia conseguiu liquidar seus estoques, proporcionando significativos descontos sobre o faturamento da companhia. Entretanto, a Cia Hering mantém boa geração de caixa e margens ainda elevadas. Outro ponto a destacar é que mesmo com um cenário mais “nebuloso” em termos de crescimento da economia doméstica, a companhia não alterou sua projeção de abertura de lojas. Contudo, não somos tão pessimistas no que tange ao médio e longo prazo, pois trabalhamos com retomada da atividade econômica em 2013, desta forma, recomendamos a compra para as ações da companhia. Em nossa avaliação, a combinação de expansão (leiase: plano de abertura de lojas), num cenário macro menos “tenso” em 2013, com a saúde financeira apresentada pela Cia Hering, tende a incrementar os fluxos de caixas vindouros. Sandra Peres (CNPI) 117 Varejo de Vestuário MANTER Preço Alvo: R$ 83,00 I Up Side: 4,1% I LREN3 / R$ 79,75 Breve Descritivo Principais Acionistas O ano de 1965 marca o início da história de Lojas Renner como uma empresa verdadeiramente independente. Até então, a companhia existia como parte do grupo A. J. Renner, indústria fabril instalada em Porto Alegre (RS). Foi como parte integrante do grupo que a marca inaugurou em 1922, na capital gaúcha, seu primeiro ponto de venda para a comercialização de artigos têxteis. Atualmente, a Lojas Renner é a segunda maior rede de lojas de departamentos de vestuário no Brasil atuando no comércio varejista com um mix de produtos compreendido em vestuário, calçados e acessórios para mulheres, homens e crianças. Possui 171 lojas Renner voltadas para o ramo de vestuário, 33 lojas Camicado especializadas no segmento de Casa & Decoração e 3 lojas-piloto Blue Steel, além de ofertar serviços financeiros através do Cartão Renner. Projeções de MM em 28/dez/12 Aberdeen Asset Management Plc (*) Blackrock, Inc T. Rowe Price Associates, Inc. Schroder Invest. Manag. Limited Outros 30/nov/12 Com Voto Sem Voto Todos tipos 14,4% 7,2% 5,5% 5,0% 67,9% - 14,4% 7,2% 5,5% 5,0% 67,9% 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 3.238,5 570,3 336,9 3.453,3 579,6 311,4 4.141,2 708,7 376,0 5.058,7 906,9 481,2 6.121,0 1.114,8 599,2 7.365,3 1.403,9 774,8 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 8,5 16,6 29,1 259,9 20,5% 61,3% 29,2% 17,6% 10,4% 8,3 17,1 31,5 3,0% 93,4% 117,4 2,4% 63,6% 26,5% 16,8% 9,0% 8,1 14,0 26,0 3,5% 90,2% 157,9 2,2% 64,8% 31,0% 17,1% 9,1% 7,7 11,0 20,4 4,3% 86,8% 149,7 11,5% 66,2% 37,7% 17,9% 9,5% 7,2 8,8 16,3 5,2% 84,5% 34,4 10,7% 66,6% 43,8% 18,2% 9,8% 6,5 6,9 12,6 6,6% 82,9% 11,9% 67,2% 51,6% 19,1% 10,5% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão O cenário para as empresas de varejo de vestuário não foi fácil no início desse ano. No entanto, no terceiro trimestre esse cenário começou a mudar e a Lojas Renner vem apresentando bom desempenho operacional. A companhia continua com sua perspectiva de abertura de lojas para os próximos anos (2013 a 2015), com 255 lojas Renner e de 100 a 120 lojas Camicado, cabe registrar o início da operação do novo Centro de Distribuição (CD) no 3º trimestre de 2012. Destacamos que em 2012, as margens da companhia tem se mostrado parecidas com as apresentadas em 2011, dado a forte abertura de lojas e remodelagens que estão elevando custos e despesas nos últimos anos. Contudo, não estamos tão pessimistas no que tange ao médio e longo prazo para o setor de varejo, e além de trabalharmos com retomada da atividade econômica em 2013, a combinação de expansão e remodelagem das lojas deve favorecer o desempenho futuro da companhia. Sandra Peres (CNPI) 118 Varejo Geral De uma forma geral, o ano de 2012 se mostrou “perverso” ao ramo varejista. As expectativas depositadas sobre o crescimento econômico brasileiro foram se reduzindo ao passo que a atividade econômica perdia velocidade. Essa rota descendente seguida pelo baixo consumo interno no país, que apresentou claros vestígios de arrefecimento sobre o ano de 2011, ocorre principalmente pelo elevado nível de endividamento das famílias. Apesar dessa conjuntura negativa sobre a demanda por bens de consumo, as estimativas para o setor são melhores para esse final de ano, e, ainda mais, para 2013. Levando em conta alguns fundamentos pontuais, tais como: os baixos indicadores de desemprego; o aumento do salário mínimo e a disponibilidade de crédito a juros menores. Devemos acrescentar também, as projeções para o produto interno bruto (PIB) no próximo ano, prevendo uma taxa de crescimento maior do que veremos em 2012. Considerando esses elementos, podemos sustentar as perspectivas favoráveis ao consumo doméstico como um todo, bem como o melhor desempenho do varejo brasileiro. mínimo do trabalhador e o maior número de pessoas que ascenderam à classe C nos dois últimos anos, esses três fatos contribuem com volume da atividade. Outro aspecto que colabora com o panorama setorial é a queda na taxa básica de juros anual, como forma de estimular o crescimento econômico do país via consumo doméstico. No que se refere ao e-commerce no Brasil, o setor tem apresentado crescimento firme no volume de vendas, bem acima do registrado pelo varejo físico. Além dos aspectos macroeconômicos, como a expansão da massa salarial e concessão de crédito, a demanda nesse segmento reflete o aumento de internautas e do número de sites de vendas. Entretanto, esse último fato implica em maiores campanhas promocionais e descontos por conta da forte disputa concorrencial, pressionando as margens de comercialização das empresas. Contudo, vemos um bom panorama para o setor devido ao fato da segurança digital estar cada vez mais sofisticada e eficaz, aliado ao conforto e praticidade das compras online. A alavanca desse mercado é a evolução tecnológica que gera dinâmica ao comércio, ultrapassando o varejo físico e conquistando novos consumidores. Desta forma, o grande desafio do varejo virtual continuará sendo a forte competitividade. A perspectiva para o setor de varejo no Brasil, em linhas gerais, é favorável. Para 2013 a projeção ainda é de crescimento destacado para o segmento de bens duráveis de 6,3%, comparativamente ao comércio geral de 5,2% e a renda total das famílias de 4,7%. Entretanto, o cenário conjuntural se demonstra mais desafiador no curto prazo, dada a elevação no índice nacional de inadimplência e uma redução no consumo de bens duráveis pelo término dos incentivos fiscais do governo. Todavia, esses elementos minimizamse parcialmente quando inserimos alguns fundamentos relevantes no Brasil, como as baixas taxas de desemprego, o aumento no salário EMPRESAS ACOMPANHADAS B2W (BTOW3)...........................................................................................................................................Manter Lojas Americanas (LAME4)....................................................................................................Vender Magazine Luiza (MGLU3).........................................................................................................Manter 119 Varejo Geral MANTER Preço Alvo: R$ 18,00 I Up Side: 5,9% I BTOW3 / R$ 17,00 em 28/dez/12 Breve Descritivo A B2W é o resultado da fusão entre Americanas.com e Submarino. A companhia atua no varejo em múltiplos canais de distribuição: televendas, televisão, catálogos, quiosques e Internet. O modelo de negócio da B2W apresenta vantagens de custo em relação aos varejistas tradicionais, uma vez que centralizam a operação em apenas um local e investem em infraestrutura, logística e outras tecnologias utilizadas no comércio eletrônico. Projeções de MM Com Voto 05/out/12 Sem Voto Todos tipos Lojas Americanas S.A. 59,6% - 59,6% Massachusetts Mutual Life Insurance Company 7,3% - 7,3% Outros 33,1% - 33,1% Principais Acionistas 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 4.232,1 309,3 (89,2) 4.168,7 198,1 (187,1) 4.573,0 279,5 61,0 5.030,3 425,8 135,4 5.533,3 542,9 259,5 6.086,7 678,8 303,3 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 2,3 9,4 (29,8) -x-x1.172,5 30,5% 72,2% -7,8% 7,3% -2,1% 2,8 21,8 -x0,0% 0,0% 1.656,3 18,0% 78,3% -19,7% 4,8% -4,5% 2,7 15,7 43,6 0,6% 25,0% 1.739,5 27,2% 78,2% 6,1% 6,1% 1,3% 2,4 10,5 19,7 1,3% 25,0% 1.793,7 40,2% 77,8% 12,3% 8,5% 2,7% 2,1 8,0 10,3 2,4% 25,0% 1.703,6 54,9% 76,0% 20,1% 9,8% 4,7% 1,7 6,3 8,8 2,8% 25,0% 1.594,1 41,9% 70,9% 19,9% 11,2% 5,0% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Erros operacionais, somados ao acirramento "feroz" da concorrência explicam grande parte da frustração em relação ao desempenho da B2W. Infelizmente quem pagou por isso, além dos clientes, foram os acionistas. Hoje a empresa vale uma mera fração do que valia a poucos anos atrás. A empresa está tão depreciada em bolsa, que mesmo sendo bastante conservadores na projeção de seu fluxo de caixa, facilmente chegamos a um valor econômico superior ao atual valor de mercado. Pasmem, mesmo diante dessa extraordinária alta dos últimos meses, motivada por especulações em relação a uma possível oferta de compra da companhia. O nome do jogo aqui é risco. Tal constatação baseia-se no fato da empresa apresentar uma enorme alavancagem financeira, acima do recomendado, paralelamente a um desempenho operacional pífio. Acreditamos que pesando o risco embutido na B2W, juntamente com as possibilidades existentes em seu segmento de atuação, chegamos a um valor econômico muito próximo ao atual valor de mercado, o que nos parece pouco, mas o suficiente para alterarmos nossa recomendação de venda para manutenção. Sandra Peres (CNPI) 120 Especial PERSPECTIVAS2013 $ VENDER Preço Alvo: R$ 16,50 I Up Side: -10,0% I LAME4 / R$ 18,33 em 28/dez/12 Breve Descritivo Com Voto 04/dez/12 Sem Voto Todos tipos 51,9% - 19,2% Companhia Preferencial de Varejo, Llc Credit Suisse (Brasil) S/A CtvmCompany - 18,6% 11,7% Massachusetts Mutual Life Insurance Company - 8,3% 5,2% 18,7% 51,8% 39,6% Principais Acionistas A Lojas Americanas S.A. é uma das mais tradicionais redes de varejo do país. Com mais de 80 anos de vida, a empresa conta com 567 lojas nas principais cidades do país. São três centros de distribuição, em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, com o objetivo de aumentar a capacidade e melhorar a operação logística. A empresa também atua no comércio eletrônico, representada pela B2W - Companhia Global do Varejo. S-Velame Adm. de Rec. e Part. S/A Outros (*) no controle da S-Velame Adm. de Rec. e Part. S/A há diversas holdings que no final encontramos, majoritariamente, o SR CARLOS ALBERTO DA VEIGA SICUPIRA, no papel de principal controlador, mas com relevante participação de MARCEL HERRMANN TELLES e JORGE PAULO LEMANN. Projeções de MM 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 6.047,6 1.003,3 319,4 6.470,9 1.060,0 231,2 7.765,1 1.286,2 516,9 8.541,6 1.418,4 653,3 9.395,8 1.564,1 855,4 10.335,4 1.724,5 1.021,8 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 25,3 18,5 56,9 1.488,3 20,6% 87,5% 44,5% 16,6% 5,3% 21,7 18,7 78,7 0,6% 48,8% 1.630,6 24,1% 85,5% 27,6% 16,4% 3,6% 15,9 15,3 35,2 1,2% 40,6% 1.444,6 12,5% 80,7% 45,2% 16,6% 6,7% 11,9 13,7 27,8 1,5% 41,1% 1.202,5 23,5% 76,4% 42,7% 16,6% 7,6% 9,0 12,0 21,3 1,9% 41,3% 636,1 33,1% 71,8% 42,1% 16,6% 9,1% 6,9 10,5 17,8 2,4% 42,1% 14,2% 66,8% 39,0% 16,7% 9,9% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão É muito frustrante quando nós analistas nos defrontamos com empresas com ótimos fundamentos e boas perspectivas setoriais e mesmo assim chegamos a conclusão que o parecer é de venda. É bem verdade que o cenário de curto prazo da Lojas Americanas apresenta diversos fatores de risco, como aumento de concorrência e o mau momento vivido pela controlada B2W, por exemplo. Todavia, existe fatores muito positivos à frente, como recuperação da atividade econômica e, principalmente, a construção de um novo Centro de Distribuição, cuja previsão de inauguração é mai/13. Já incorporamos esses dados em nossas projeções e acreditamos que o mercado também. Desta forma, alteramos nosso parecer de manutenção para venda no atual patamar de preços que suas ações se encontram em bolsa. Sandra Peres (CNPI) 121 Varejo Geral MANTER Preço Alvo: R$ 13,60 I Up Side: 11,9% I MGLU3 / R$ 12,15 em 28/dez/12 Breve Descritivo A Magazine Luiza é uma rede varejista focada na comercialização de bens duráveis, tendo grande presença nas classes populares do Brasil. A companhia possui 736 lojas em operação, sendo 629 convencionais (ponto fixo), 106 virtuais e seu canal e-commerce, além do sistema logístico composto por nove centros de distribuição. Atualmente, a empresa atravessa a fase final de suas integrações com as Lojas do Baú da Felicidade adquiridas em junho de 2011 e da remodelação na rede de varejo Lojas Maia incorporada em dezembro de 2010. Projeções de MM Com Voto 04/dez/12 Sem Voto Todos tipos Ltd Administração e Participações S.A. 60,6% - 60,6% Outros 32,1% - 32,1% Principais Acionistas (*) a Ltd Administração e Participações S.A. pertence a membros da família Trajano, mais especificamente, a Sra. Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues e o Sr. Onofre de Paula Trajano. 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e Receita Líquida EBITDA Lucro Líquido 6.419,4 300,6 11,7 6.419,4 300,6 11,7 8.527,3 462,8 78,5 10.194,6 612,0 122,0 12.796,1 806,7 233,3 15.689,1 1.056,6 404,2 Indicadores 2011 2012e 2013e 2014e 2015e 2016e 3,6 8,3 194,2 -x-x437,8 18,2% 87,3% 1,9% 4,7% 0,2% 3,6 9,1 149,7 0,1% 15,0% 573,3 11,0% 88,2% 2,4% 4,3% 0,2% 3,2 6,4 28,9 0,5% 15,0% 696,9 11,9% 88,3% 11,2% 5,4% 0,9% 2,8 4,9 18,6 0,8% 15,0% 737,4 15,6% 87,6% 15,2% 6,0% 1,2% 2,3 3,7 9,7 1,5% 15,0% 705,3 20,5% 86,3% 23,3% 6,3% 1,8% 1,7 2,6 5,6 2,7% 15,0% 515,4 26,8% 83,9% 30,0% 6,7% 2,6% COT/VPA Projetado EV/EBITDA Preço/Lucro Dividend Yield Pay Out Dívida Líquida (R$ MM) % de Curto Prazo Part. de Capital de 3ºs ROE (%) Margem EBITDA Margem Líquida Histórico Conclusão Mesmo enfrentando um ambiente mais desafiador em 2013, acreditamos que o varejo continuará sendo um dos principais impulsionadores do crescimento no Brasil. O que reforça esta visão são alguns fundamentos macroeconômicos que vão estimular o consumo tanto na ascensão da classe social como nas baixas taxas de desemprego, além do aumento do salário e pela continuidade de alguns incentivos governamentais. Estes fatores irão refletir positivamente nas vendas da companhia, onde projetamos alta em torno de 19% nos CAGR para os cincos anos. A elevação no faturamento também reflete a abertura de lojas e melhora na receita com serviços financeiros. Vale comentar que já incluímos possíveis perdas com a queda das taxas de parcelamentos e reduções no rotativo de seus cartões. Inicialmente, para suportar a forte abertura de lojas, estamos projetando investimentos da ordem de R$ 140 milhões para o final de 2012, ao passo que para os próximos anos projetamos R$ 130 milhões. Estes investimentos visam a abertura de mais 20 lojas no último trimestre de 2012. Em 2013, devem ser inauguradas 30 unidades, 35 em 2014 e 50 lojas para 2015. As margens continuarão pressionadas no ano de 2012, por conta das despesas com a integração das lojas do Baú e Maia, melhorando a partir de 2013. Em nossa opinião, tais perspectivas já se encontram precificadas no atual valor da empresa em bolsa, desta forma, nossa recomendação é de manutenção para estes papéis. Sandra Peres (CNPI) 122 Indicadores Indicadores 123 2009 2010 2011 2012 Acum. Acum. Acum. Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Acum. CDI 9,88% 9,75% 11,60% 0,89% 0,74% 0,81% 0,70% 0,73% 0,64% 0,68% 0,69% 0,54% 0,61% 0,54% 0,53% 8,40% TR 0,66% 0,68% 1,20% 0,08% 0,00% 0,10% 0,02% 0,04% 0,00% 0,01% 0,01% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,28% Poupança 7,05% 6,90% 7,45% 0,59% 0,50% 0,61% 0,52% 0,55% 0,50% 0,51% 0,51% 0,50% 0,50% 0,50% 0,50% 6,48% US$ Comercial -25,49% 0,48% 12,18% -6,53% -1,55% 6,16% 4,44% 5,82% -0,40% 1,99% -0,93% -0,15% 0,10% 4,98% -4,04% 9,42% US$ Paralelo -27,04% - - -8,37% -1,61% 6,56% 3,59% 7,43% -0,46% 0,93% -0,92% 1,39% -0,91% 4,15% -3,03% 8,94% Ouro -3,05% 32,26% 15,85% 0,63% 0,42% -0,31% 5,33% 0,20% 2,33% 2,56% 4,67% 4,46% -2,76% 3,82% -6,41% 15,26% IGPM -1,72% 11,32% 5,10% 0,25% -0,06% 0,43% 0,85% 1,02% 0,66% 1,34% 1,43% 0,97% 0,02% -0,03% 0,68% 7,82% Global Brasil 40 2,69% 0,74% -1,49% 0,42% -0,05% -0,56% -0,09%- -2,13% -0,14% -0,24% -0,24% -0,10% -0,81% -1,09% -0,24% -5,17% T-Bonds 10 Y 69,79% -13,25% -42,51% -3,80% 10,0% 11,62% 12,67% -18,13% 0,00% -5,70% 4,70% 5,13% 3,05% -4,73% 8,70% -6,42% T-Bonds 30 Y 74,17% -6,98% -33,26% 1,38% 5,46% 8,09% -6,92% -14,12% -2,62% -1,15% 4,28% 13,06% 0,71% -2,11% 5,73% 2,08% Dow Jones 18,82% 11,02% 5,53% 3,40% 2,53% 2,01% 0,01% -6,21% 3,93% 1,00% 0,63% 2,65% -2,54% -0,54% 0,60% 7,26% Nasdaq 43,89% 16,91% -1,80%- 8,01% 5,44% 4,20% -1,46% -7,19% 3,81% 0,15% 4,34% 1,61% -4,46% 1,11% 0,31% 15,91% S&P 500 23,45% 12,78% 0,00% 4,36% 4,06% 3,13% -0,75% -6,27% 3,96% 1,26% 1,98% 2,42% -1,98% 0,28% 0,71% 13,41% IEE 59,09% 11,98% 19,72% -0,61% 5,90% 2,78% 1,54% -5,84% 4,99% -1,91% -5,57% -8,27% -4,57% -4,54% 5,03% -11,72% Ind Des Imobiliário 204,88% 10,45% -23,70% 11,75% 7,89% -1,11% -7,17% -9,05% 1,99% 3,25% 9,95% 5,96% -4,11% 0,11% 3,27% 22,43% Ind Set Industrial 88,84% 9,23% -12,12% 6,40% 6,46% 3,15% 0,44% -11,97% 1,46% 1,09% 3,73% 6,49% 0,41% 3,72% 3,62% 26,29% Ind Set Consumo 92,22% 25,50% 0,59% 4,73% 8,69% 3,94% 2,60% -7,79% 2,06% 2,12% 3,29% 5,44% 4,56% 2,71% 2,90% 40,40% Ind Carb Eficiente - - -7,32% 5,85% 5,53% 0,52% -2,17% -7,99% 1,93% 3,13% -1,01% 0,74% -0,28% 4,99% 4,93% 16,39% Midlarge Cap 69,43% 2,09% -10,42% 7,87% 3,59% -0,20% -2,35% -8,06% 0,91% 3,27% -0,77% 2,64% -0,86% 1,52% 4,80% 12,09% Índice Sust Empr 66,41% 5,83% -3,31% 5,95% 5,99% 1,41% 1,22% -7,74% 4,75% 2,36% -2,48% 1,20% -0,53% 1,90% 5,65% 20,52% IGC 83,36% 12,54% -12,45% 7,35% 6,09% 0,07% -1,77% -7,86% 1,50% 2,73% 0,88% 2,30% -0,32% 1,98% 5,51% 19,03% ITAG 84,93% 11,72% -11,55% 6,36% 6,54% -0,34% -3,25% -6,77% 0,94% 4,66% 1,88% 1,99% -1,02% 3,09% 4,51% 19,24% FGV 100 87,65% 10,21% -10,57% 7,08% 5,22% 2,40% 1,41% -12,57% 3,81% 0,32% -1,13% 6,34% 0,49% 1,83% 6,22% 21,77% IBRX – Índice Brasil 72,84% 2,62% -11,39% 7,92% 3,85% -0,23% -2,48% -8,60% 0,88% 3,10% -0,15% 2,78% -1,07% 1,15% 4,78% 11,55% Ibovespa Médio 79,23% -3,63% -18,25% 11,23% 4,90% -2,16% -4,94% -12,52% 0,49% 4,71% 1,12% 3,73% -3,53% 0,22% 5,85% 7,24% Ibovespa 82,66% 1,04% -18,11% 11,13% 4,34% -1,98% -4,17% -11,86% -0,25% 3,21% 1,72% 3,70% -3,56% 0,71% 6,05% 7,40% 2012 (%) Nossos Parceiros CEP CIDADE ESTADO TELEFONE R. Ceara, 295 - Sobre loja Praia da Costa 29101-290 Vila Velha ES (27) 3299-3539 FINACAP Av. Gov. Agamenon Magalhães, 2656 Empresarial Amagenon Magalhães Loja 02 - Espinheiro 52020-000 Recife PE (81) 3241-2939 OPEN Av. Dr. Nilo Peçanha, 1221 Sala 1602 - Boa Vista 91330-000 Porto Alegre RS (51) 3378-8700 SAGAINVEST Av. Nicomedes Alves Santos, 387 General Osório 38400-170 Uberlândia MG (34) 3292-9900 ARNOLDO JUVÊNCIO TORANZO R. Xavier de Toledo, 183 - Sala 61 09010-130 Santo André SP (11) 4990-8188 EDUARDO VIEIRA DE CARVALHO FILHO R. Altino Arantes, 945 - Sala 4 14025-030 Riberão Preto SP (16) 36322999 FABIO STRANG CIASCA R. Manoel Inácio de Souza, 290 Jardim Estados Unidos 79020-220 Campo Grande MS (67) 8122-8132 TRINCA R. Manduri, 278 01457-020 São Paulo SP (11) 3811-8000 REGIA CONSULTORIA R. Boa Vista, 63 - Cj. 601 - Centro 01014-001 São Paulo SP (11) 3105-2171 MGO Av. Luiz Carlos Berrini, 828 - Cj. 21 Sala 02 - Brooklin Novo 05861-260 São Paulo SP (11) 3097-9771 ATIVO FUTURO R. Martins, 10 - Sala 213 Jd. Renascença - Edificio Atrium Plaza 65075-770 São Luis MA (98) 3133-0976 DIREÇÃO Av. Moema, 87 - 13º andar - Cj. 133 Planalto Paulista 04077-020 São Paulo SP (11) 5052-2169 NOME ENDEREÇO PERILO 124 Equipe Coinvalores Mesa de Operações / Bovespa Diretoria Gestão de Investimentos tel: 11 3035-4151 tel: 11 3035-4160 Fernando Ferreira da Silva Telles [email protected] Denis Botini Batista [email protected] 11 3035-4165 Anderson dos Santos [email protected] Antonio Cláudio Bonagura [email protected] Carlos Alberto de Oliveira Ribeiro [email protected] Gênesis Rodrigues [email protected] João Domingos Inaimo [email protected] João Paulo de Souza Angeli Dias [email protected] João Pinto Braga Filho [email protected] Francisco Candido de Almeida Leite [email protected] Tatiane C.C. Pereira [email protected] 11 3035-4164 Henrique Freihofer Molinari [email protected] José Ataliba Ferraz Sampaio [email protected] Paulino Botelho de Abreu Sampaio [email protected] Fundos de Investimento / Clubes / Carteiras Administradas tel: 11 3035-4163 Jussara Pacheco [email protected] Atendimento Home Broker tel: 11 3035-4162 Marcelo Rizzo [email protected] Paulo Botelho A. Sampaio Neto [email protected] José Antonio Penna [email protected] Marcio Espigares [email protected] Leonardo Antonio Sampaio Campos [email protected] Deborah Bloise [email protected] Luiz Carlos Camasmie Gabriel [email protected] Paula Centola Zoratti de Abreu [email protected] Mario Ruy de Barros [email protected] Karoline Andrade [email protected] Fundos Imobiliários William Celso Scarparo [email protected] Francisco José Sidani Nogueira [email protected] tel: 11 3035-4163 Cristiano Batista Ribeiro [email protected] Maria de Fátima Carvalheiro Russo [email protected] Aluguel de Ações - BTC Thais Raposo [email protected] tel: 11 3035-4154 Bruno Mondini [email protected] Marcelo Milani [email protected] Thaynara Carolina Rebouças Saporito [email protected] Wagner Soares de Andrade [email protected] Rafael Oliveira da Silva [email protected] Carlos Eduardo Campos de Abreu Sodré [email protected] Fabio Katayama [email protected] Mesa de BM&F tel: 11 3035-4161 Fora de São Paulo DDG 0800 170 340 IMPORTANTE Este material foi elaborado em nome da Coinvalores CCVM Ltda., para uso exclusivo no mercado brasileiro, sendo destinado a pessoas físicas e jurídicas residentes no país, e está sujeito às regras e supervisão da Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil, estando em conformidade aos aspectos regulatórios contidos na Instrução da CVM n° 483/10. Destaca-se que os Comentários, Análises e Projeções contidas neste trabalho foram elaboradas de forma absolutamente independente das posições detidas por esta instituição, refletindo a opinião pessoal dos analistas que as avaliam. Este trabalho é fornecido a seu destinatário com a finalidade exclusiva de apresentar informações e os valores mobiliários de que trata, não se constituindo numa oferta de venda ou uma solicitação para compra de ações. As informações utilizadas para sua elaboração foram obtidas de fontes públicas e/ou diretamente junto à(s) companhias(s), objeto da análise. Consideramos tais fontes confiáveis e de boa fé, porém não há nenhuma garantia, expressa ou implícita, sobre sua exatidão. As informações, opiniões, estimativas e projeções contidas neste documento referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças, não implicando necessariamente na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. As opiniões aqui contidas a respeito da 125 compra, venda ou manutenção dos papéis das companhias em análise ou a ponderação de tais valores mobiliários numa carteira teórica expressam o melhor julgamento dos analistas responsáveis por sua elaboração, porém não devem ser tomados por investidores como recomendação para uma efetiva tomada de decisão ou realização de negócios de qualquer natureza. Desta forma, a Coinvalores e os analistas envolvidos em sua elaboração não aceitam responsabilidade por qualquer perda direta ou indireta decorrente da utilização do conteúdo deste documento. De acordo com a Instrução CVM 483/10 é declarado que os analistas da Coinvalores CCVM Ltda possuem posições de investimento em cotas de Fundos e Clubes de Investimento administrados e geridos ou não, por esta instituição, os quais poderão sofrer influência indireta das análises e opiniões dos mesmos. A analista Sandra Peres, cônjuge ou companheiro, detêm (na data de publicação deste relatório), direta ou indiretamente, em nome próprio ou de terceiros, ações de emissão das companhias BM&FBovespa (BVMF3), Bradesco (BBDC4), Brasil Ecodiesel (ECOD3) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3). Equipe Coinvalores - Análise Analista Chefe Assistente de Análise Marco Aurélio Barbosa (CNPI) [email protected] tel: 3094-7871 - r. 441 Felipe Martins Silveira [email protected] tel: 3094-7872 - r. 443 Analista de Investimentos Bruno Piagentini Caloni [email protected] tel: 3094-7870 - r. 484 Sandra Peres (CNPI) [email protected] tel: 3094-7873 - r. 442 SETORES ACOMPANHADOS: Açúcar e Álcool Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Concessões em Infraestrutura Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Agrícola Sandra Peres (CNPI) Construção Civil Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Alimentos / Abatedouros Sandra Peres (CNPI) Educacional Sandra Peres (CNPI) Informática / Linha Marrom Sandra Peres (CNPI) Refrigeração / Linha Branca Sandra Peres (CNPI) Locação Comercial Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Saneamento Básico Sandra Peres (CNPI) Logística / Transportes Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Seguros Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Material de Construção Sandra Peres (CNPI) Semi-Duráveis Sandra Peres (CNPI) Serviços de Engenharia Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Alimentos / Massas e Farináceos Sandra Peres (CNPI) Energia / Distribuição Sandra Peres (CNPI) Aluguel de Frota Sandra Peres (CNPI) Energia / Geração Sandra Peres (CNPI) Medicina Diagnóstica Sandra Peres (CNPI) Autopeças / Transportes Sandra Peres (CNPI) Energia / Integradas Sandra Peres (CNPI) Meios de Pagamentos Sandra Peres (CNPI) Bancos de Nicho Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Energia / Transmissão Sandra Peres (CNPI) Metalurgia Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Bancos de Varejo Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Fertilizantes Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Bebidas Sandra Peres (CNPI) Fumo Sandra Peres (CNPI) Bens de Capital / InfraEstrutura Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Hardware / Software Sandra Peres (CNPI) Mineração Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Papel e Celulose Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Martins Silveira Serviços Financeiros Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Shopping Center Sandra Peres (CNPI) Siderurgia Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Telecom e Banda Larga Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Higiene / Farma / Limpeza Sandra Peres (CNPI) Petróleo Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Holding Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Petroquímico Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Bruno Piagentini Caloni Turismo / Entretenimento Sandra Peres (CNPI) Cias Aéreas Marco Aurélio Barbosa (CNPI) Imobiliárias Marco Aurélio Barbosa (CNPI) e Felipe Silveira Planos de Saúde Sandra Peres (CNPI) Varejo de Vestuário Sandra Peres (CNPI) Comércio Farmacêutico Sandra Peres (CNPI) Ind. 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