Gaby Saboia e Marcello Sampaio em MUSAS

Transcrição

Gaby Saboia e Marcello Sampaio em MUSAS
''(E o que mais dói) é viver num corpo
que é um sepulcro que nos aprisiona
(segundo Platão) do mesmo modo como
a concha aprisiona a ostra.''
Frida Kahlo
M
eu nome é Magdalena Carmen Frida Khalo y Calderon, sou mais conhecida
como Frida Kahlo. Nasci em 1907 na cidade de Coyoacán no México na “Casa Azul”
muito visitada até hoje e tem o nome de “Museu Frida Kahlo”.Tive uma vida intensa
e engajada. Aos seis anos contrai poliomelite que
deixou uma lesão no meu pé
direito, um apelido de infância “Frida perna de pau” e me levou a usar calças e
depois longas saias. Comecei a pintar cedo, mas como passatempo. Aos 18 anos sofri
um grave acidente quando o bonde em que viajava colidiu com um trem. Tive
múltiplas fraturas. Uma barra de ferro atravessou meu corpo entrando pela bacia e
saindo pela vagina. Esse acidente me deixou de cama por muito tempo e com grandes
dificuldades de mobilidade.Nesse período me dediquei à pintura utilizando uma
caixa de tintas que pertencia ao meu pai e um cavalete adaptado à cama. Minha mãe
pendurou um espelho em cima da minha cama e comecei a retratar minha própria
pessoa. Pinto minha própria figura porque estou muitas vezes sozinha e porque sou
o assunto que conheço melhor.
Três anos depois me filiei ao Partido Comunista mexicano e conheci o homem que
iria se tornar o meu marido, um grande influenciador do meu trabalho e o meu
segundo acidente trágico: Diego Rivera. Viajamos muito e moramos nos Estados
Unidos por um período. Sempre explorei as cores nas minhas obras, muitos me
julgaram uma pintora surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a
minha própria realidade.
Meu casamento com Diego foi muito tumultuado, marcado por casos extraconjugais.
Nos dois tínhamos temperamento forte. Quando me separei de Diego, foi uma
separação muito dolorosa, pois descobri que ele mantinha um relacionamento com
minha irmã Cristina, que sempre tive uma relação doentia de inveja. Tive um caso
com o revolucionário Leon Trotski que passou um período hospedado na minha casa.
Fui interrogada e presa depois do assassinato do revolucionário. Tive gangrena na
cadeia e fui obrigada a amputar os dedos dos pés.
Em 1940 eu e Diego nos unimos novamente, nunca conseguimos lidar direito com a
nossa separação. Diego sempre aceitou meus casos extraconjugais com mulheres, mas
nunca com homens. Uma das minhas maiores dores é nunca ter tido filhos, apesar de
ter engravidado mais de uma vez. As seqüelas do acidente que sofri não me deixavam
levar a gestação até o fim. Tive uma perna amputada e fui viciada em morfina, mas
Diego esteve sempre ao meu lado, mesmo com suas amantes.
Esses anos foram muito produtivos na minha carreira. Tive a primeira exposição das
minhas obras no meu próprio país. Na abertura da exposição Diego falou que eu era
“o maior acontecimento da sua vida”. Como sempre fui muito intensa tentei o
suicídio algumas vezes com facas e martelos, mas o que me matou foi uma pneumonia
que contrai. Quando percebi que estava próxima da morte chamei meu “Panzón” era
assim que chamava Diego e ele me chamava de “Friducha” e o presenteei com um anel
pelos nossos 25 anos de casados, entre idas e vindas. Diego não entendeu, pois
faltavam duas semanas para comemorarmos nossa “Boda de Prata”. Faleci nessa mesma
noite no dia 13 de julho de 1954. Muitos acham que morri de overdose ou envenenada
por uma das amantes de Diego, mas em meu atestado de óbito está registrado
“embolia pulmonar”. Minha última frase foi: Espero que minha partida seja feliz, e
espero nunca mais regressar.
Frida Kahlo
(Escrito por Gaby de Saboya)
“Como é frágil o coração humano
espelhado poço de
pensamentos.
Tão profundo e trêmulo
instrumento
de vidro, que canta ou
chora.”
Sylvia Plath
M
eu nome é Sylvia Plath nasci em Massachusetts no Estados Unidos em
1932,mas passei uma parte da minha vida em Londres. Sou filha de Aurelia Schober
Plath, da primeira geração norte-americana de uma família austríaca, e de Otto
Emile Plath, um imigrante alemão que era professor e um notável especialista em
abelhas.
Meu gosto pela literatura começou cedo, aos 8 anos publiquei meu primeiro poema na
sessão infantil do Boston Herald. Essa idade foi marcante para mim, pois uma
semana e meia após o meu aniversário, perdi meu pai devido a complicações seguidas
à amputação de uma das pernas em decorrência da diabete.No período da faculdade
fui me firmando como escritora, sempre gostei de escrever diários . Fui convidada
a ser editora da “Mademoiselle” e morar um mês em Nova York. Foi uma experiência
conturbada que inspirou meu único romance “A Redoma de Vidro” e a minha primeira
tentativa de suicídio , quando tomei uma overdose de narcóticos. Estive em
tratamento psiquiátrico , quando recebi eletrochoques como terapia. Me recuperei
e consegui me formar na Smith College em 1955. Como sempre fui uma ótima aluna ,
obtive uma bolsa integral fullbright na Universidade de Cambridge na Inglaterra,
onde continuei a escrever poesias e publiquei algumas no jornal Varsity que era
organizado por estudantes. Em uma festa de lançamento de uma nova revista
literária conheci o poeta britânico Ted Hughes,e foi uma paixão imediata, eu já
conhecia e admirava seu trabalho literário. Nos casamos em 16 de junho de 1955.Nos
primeiros anos nos dedicamos a promover a carreira literária de Ted. Moramos um
período nos Estados Unidos, onde eu lecionava inglês. Voltamos para Inglaterra
quando eu descobri que estava grávida de Frieda . Nessa época foi publicada minha
primeira coletânea de poemas entitulada “The Colossus”. Depois sofri um aborto e
retratei a dor dessa perda em vários poemas que escrevi. Nos mudamos novamente
para os Estados Unidos
e nasceu meu segundo filho , Nicholas. Resolvi dedicar
mais tempo a minha vida como mãe e mulher do que como poetisa. Ted pareceu
desapontado com o nascimento de um menino e não de uma menina, tornando-se frio e
distante comigo. Nosso casamento começou a desmoronar de vez. A razão definitiva
para o término foi o envolvimento de Ted Hughes com Assia Wevill, então casada com
o poeta David Wevill. Em outubro de 1962, Ted saiu definitivamente de casa. Minha
dor serviu para escrever o que consideram meus melhores poemas. Voltei para
Londres e fui morar no prédio onde W.B Yeats também havia morado, isso me soou
como um bom presságio. Foi nesse apartamento que escrevi “A Redoma de Vidro”.
Tentei levar minha vida, mas nunca consegui superar a minha separação do Ted e a
gravidez de Assia , que acabou perdendo o bebê. Foi um período muito solitário, um
inverno perverso sem sol ,filhos pequenos, um apartamento sem telefone e com
aquecimento deficiente.
No dia 11 de fevereiro de 1963 vedei completamente o quarto das crianças com
toalhas molhadas e roupas, deixei leite e pão perto de suas camas e tive o cuidado
de abrir as janelas do quarto, mesmo no meio de uma forte nevasca. Tomei uma
grande quantidade de narcóticos e deitei minha cabeça sobre uma toalha no interior
do forno com o gás ligado. Me tornei um mito da literatura norte-americana dois
anos após minha morte com a publicação de “Ariel “. Impressionante como um poeta
fica mais vivo depois de morto.
Sylvia Plath
(Escrito por Gaby de Saboya)
Musas
Musas
O espetáculo teatral “Musas”,
com direção de
Marcelo Morato e no elenco Gaby de Saboya e
Marcelle Sampaio, é um encontro ficcional de duas
grandes artistas, a pintora ,
Frida Kahlo e a
poeta Sylvia Plath que nunca se encontraram em
vida.
“Musas”
é concebido em linguagens variadas,
apoiadas numa pesquisa estética contemporânea –
palavra, música, corpo e cor, além de uma ficha
técnica de excelência, despertando o interesse de
diferentes públicos, principalmente os jovens.
O projeto foi um dos quatro espetáculos de todo o
Brasil vencedor do edital do Sesi- SP de
Circulação, abrindo esse projeto inédito do SESI
de Formação de Platéia em diversos lugares pela
capital.
O espetáculo esteve durante o mês de outubro de
2011 em cartaz no Teatro Poeira, no Rio de
Janeiro.
As atrizes do espetáculo foram selecionadas para
uma residência na Dinamarca com o diretor Eugenio
Barba e a Odin Teatret durante o mês de agosto de
2012 e apresentaram o espetáculo lá .
Junto com a apresentação do espetáculo nas
cidades de São Paulo e Salvador realizaremos o
seminário
“Fragmentos
de
um
teatro
latinoamericano
que
consiste
nas
leituras
dramatizadas de 4 textos contemporâneos latino
americanos traduzidos e lançados recentemente
pela UFBA com atores e diretores convidados e a
realização de um ciclo de debates após as
leituras com debatedores convidados.
Sinopse
Inédita no Brasil, a peça Musas, de Nestor Caballero promove um
encontro ficcional entre a pintora Frida Kahlo e a poetisa
Sylvia Plath
Donas de uma existência vertiginosa, a pintora mexicana Frida Kahlo (19071954) e a poetisa norte-americana Sylvia Plath (1932-1963) nunca se
esbarraram. Suas vidas sim. Dores, amores, homens célebres e infiéis, obras
consagradas legadas à posteridade, de um tudo elas tiveram em comum numa
rotina de deixar em carne viva qualquer mortal. Imaginando como teria sido
um encontro entre as duas, o premiado dramaturgo venezuelano Nestor
Caballero escreveu em 1983 a peça Musas, que já ganhou palcos da América
Latina e agora chega ao Brasil pela primeira vez.
Ao chegar no teatro, o público já começa a entrar na atmosfera do
espetáculo. No foyer do teatro acontece uma intervenção visual da artista
Carolina Ivancevic que é formada por dois vestidos, peças que simbolizam uma
espécie de inventário das personagens Frida Kahlo e Sylvia Plath, com
elementos que remontam à vida de ambas. “A opção de montar esse texto inclui
a paixão que nutrimos pelas histórias das personagens, mas vai além. É de
fundamental importância montar um texto latinoamericano que, afinal, poucas
vezes temos contato na cena teatral brasileira.
Inclusive, durante a
pesquisa para o trabalho nos deparamos com grande dificuldade de acesso a
dramaturgia produzida pelos nosso vizinhos. Esta montagem também almeja
colaborar para que este distanciamento diminua”, destaca a atriz e produtora
Gaby de Saboya.
A cenografia elaborada por Desirée Bastos é apoiada em 12 caixões em cena,
que servem para guardar os objetos manipulados pelas atrizes e como metáfora
da morte, que permeia a vida das artistas e o texto de Nestor Caballero. Na
peça a morte tem a conotação do dia dos mortos no México, que é um evento de
celebração. Colocar a vida dessas duas mulheres no palco é trazer a tona
questões políticas femininas e universais, pois o pessoal é político e a
questão do “sujeito” é crucial para uma política feminista, acredita o
diretor Marcelo Morato. “Nosso objetivo é trazer à cena o exemplo de duas
mulheres que, mesmo diante de vários obstáculos e inseridas em uma sociedade
patriarcal , tornaram-se referências e possuem um lugar legitimado e
reconhecido na ordem pública. Através de suas obras, inventaram a si
próprias como personagens, fizeram-se ‘atrizes’ na cena social, conquistando
um lugar não somente no mundo das artes e da cultura, mas na memória
coletiva da sociedade contemporânea. Teatralizaram a existência, enfim”,
define Morato.
“A peça trata do encontro ficcional entre estas duas grandes personalidades
da História, com trajetórias de vida marcantes e que não conseguiram separar
vida pessoal e arte. Suas dúvidas, inquietações e questionamentos ao longo
da vida transbordaram para as suas obras. Frida e Sylvia atingiram o pódio
da consagração nacional em seus países de origem e internacionalmente pelo
mérito excepcional de suas obras, mas também pela singularidade de suas
personalidades exóticas e pelas histórias de vida incomuns. É isso que
queremos mostrar com a encenação”, destaca a atriz Marcelle Sampaio.
Descrição
Musas aborda o universo de duas mulheres que tiveram uma vida curta
mas intensa, e trava um diálogo entre elas, um debate filosófico que
só reafirma a reflexão do dramaturgo Heiner Muller “É preciso aceitar
a presença dos mortos como parceiros de diálogo [...] somente o
diálogo com os mortos engendra o futuro”.
Musas é um espetáculo que propõem um diálogo sobre a busca da
identidade,
e sobre o processo de construção da cidadania. A
estrutura dramatúrgica parte das experiências pessoais de duas figuras
emblemáticas do século XX, Frida Kahlo e Sylvia Plath e das próprias
atrizes. O cruzamentos dessas identidades é a matéria prima para a
discussão e reflexão sobre o desdobramento da nossa identidade
pessoal, para uma identidade cultural, nacional , latino-americana e
mundial. O que há em comum entre essas mulheres? O que nos move? Como
encaramos a vida e a morte ?
O que essas mulheres romperam para
buscar novos desafios? O que é romper comportamentos atualmente?Como
elas nos influenciam hoje?
Belas, fortes e brilhantes, na vida real elas jamais se encontraram.
Na ficção, porém, esse encontro acontece pela vontade do dramaturgo
Nestor Caballero que coloca Sylvia e Frida lado a lado. Elas falam de
momentos esparsos de suas vidas, da relação com a arte, com os homens,
com o futuro e,
com a vida e
com a morte. Suas protagonistas se
revelam personagens ricos, contraditórios, repletos de nuances e que
muitas vezes são o contrário daquilo que gostariam de aparentar.
Descrição
"Tenho medo da autobiografia em público"
Virgínia Woolf
Virgínia Woolf sempre lutou contra a exposição de sua vida privada
em público, mas como muitas mulheres marcantes na história mundial,
foi impossível manter essa distância. Frida Kahlo e Sylvia Plath
foram duas mulheres marcantes que não conseguiram separar a vida da
arte, partes de si mesmas transbordaram para as suas obras. No
espetáculo Musas - Frida Kahlo e Sylvia Plath, o autor venezuelano
Nestor Caballero coloca as duas personalidades frente a frente em um
diálogo. Ele ficcionaliza o que seria o encontro de duas “musas” da
história mundial . As artistas construíram o que o filósofo Foucault
chama de “estética da vida” . Obras que traduzem os processos de
construção da subjetividade e seu auto-reconhecimento. E é por esse
mesmo processo que se passa a construção do espetáculo.
Frida e Sylvia construíram uma identidade plenamente reconhecida e
legitimada socialmente. Atingiram o pódio da consagração nacional em
seus países de origem e internacionalmente pelo mérito excepcional
de suas obras, mas também pela singularidade da personalidade rara,
com marcas de exotismo, de ambigüidades e excentricidade, pelas
histórias de vida incomuns e, por que não, pela capacidade que
tiveram de serem elas próprias artífices da imagem que queriam
perpetuar de si mesmas. Construíram obras calcadas na subjetividade
, no mundo privado e no feminino.
Não foram contemporâneas, quando Sylvia nasceu Frida já tinha 25
anos, mas viveram situações parecidas como se relacionar com um
artista, as dificuldades no relacionamento, a traição, o aborto, a
dificuldade em ser mulher e artista , as tentativas de suicídio e a
morte
precoce.
As
duas
escreveram
diários
de
suas
vidas.
Frida,reconhecida em sua terra e no exterior pela força de sua
pintura, sentindo-se cada vez mais fragilizada pela seqüência de
sofrimentos físicos que marcaram sua existência, começa a escrever
um diário íntimo (O Diário Íntimo de Frida Kahlo). Deixou nas
páginas desse diário o produto do diálogo solitário que mantinha
consigo mesma, seus gritos de dor, suas confissões amorosas a Diego
Rivera, o amor permanente em meio a tantas outras experiências
amorosas que não deixou de ter, as mutilações físicas que sofreu,
junto às aspirações
políticas de uma revolução comunista nas
Américas. O
que faz dessa escrita íntima um território político,
compondo a teia em que o privado e o público se permeiam. Em seus
registro, aparece também o humor e a alegria, que tanto marcaram sua
vida penosa.
Descrição
Sylvia começou a escrever os diários ainda em criança. Eles
funcionavam como o repositório das suas experiências , como
exercícios de escrita e o lugar privilegiado onde ela registrava as
idéias para os poemas. É notória a sua ânsia de perfeição, o seu
desejo urgente, intenso, absorvente, em relação à poesia. O seu
rigor, a exigência em relação a si própria. O Diário mostra o
caráter obsessivo de Sylvia , a sua sexualidade exacerbada, o seu
ciúme, a paixão pela escrita, as dificuldades de relacionamento com
a própria mãe por quem sentia uma antipatia profunda, o desgosto
pela morte do pai, o seu esgotamento, em 1953, que a levou a uma
primeira tentativa de suicídio.
A sua história, intimamente ligada a uma obra genial, aparece-nos
como uma verdadeira tragédia, cheia de golpes, de teatro, de
violência, de sangue e de muitas lágrimas. A sua morte continua a
ser um mistério e conferiu-lhe a glória que tanto procurou em vida.
O seu sofrimento foi o motor que transformou a sua arte em algo
sublime. Ela foi capaz de descrever, como ninguém, os meandros da
solidão, da angustia, da raiva e da fúria. Mas não podemos ver a
obra de Sylvia apenas pelo viés da morte , apesar de ser depressiva
e ter escrito frases como : “Morrer é uma arte, como tudo o mais.
Nisso sou excepcional”. Ela ousou sem ser melodramática, com uma
linguagem enxuta e sem floreios e acessórios. Ao mesmo tempo sua
obra tem um misto de morte, prazer e alegria. Colocar a vida dessas
duas mulheres no palco é trazer a tona questões políticas femininas
e universais, pois o pessoal é político e a questão do “sujeito” é
crucial para uma política feminista. O exemplo de duas mulheres que
mesmo diante de vários obstáculos , inseridas em uma sociedade
patriarcal , tornaram-se referências e possuem um lugar legitimado e
reconhecido na ordem pública. Através de suas obras, inventaram a si
próprias como personagens, fizeram-se “atrizes”na cena social,
conquistando um lugar não somente no mundo das artes e da cultura,
mas na memória coletiva da sociedade contemporânea. Teatralizaram a
existência. Viveram na primeira metade do século XX e atravessaram
tensões culturais que hoje explodidas, obrigam o pensamento crítico
e os artistas a buscar novos parâmetros. Esse é o nosso objetivo.
Trazer à cena a busca desses novos parâmetros através dessas duas
personagens. Não queremos transformá-las em ícones, pois isso seria
congelar o que nelas é potência transformadora, mas abordá-las como
dispositivo.
Objetivo
Objetivo Geral
Resgatar e reestabelecer uma relação da produção dramatúrgica
brasileira com autores latino americanos, pois a dramaturgia
brasileira, que sempre teve como referência a dramaturgia norteamericana e européia, a partir dos anos 90, se distanciou ainda
mais da produção latino americana.
Apresentar o espetáculo “Musas”, do venezuelano Nestor
Caballero e um panorama da dramaturgia latino americana através
de um debate ao final da peça.
Realização do seminário “ Fragmentos de um teatro latino
americano “ que tem como objetivo apresentar um panorama da
dramaturgia latino americana, com leitura de textos de cinco
países e debates. Serão lidos textos de dramaturgos de países
como Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Venezuela. Pretendemos
discutir a dramaturgia e a produção teatral latino americana,
dada a proximidade física e social do Brasil com estes países.
Objetivo
Objetivos Específicos
• Apresentar ao publico a história de duas grandes mulheres da
História Mundial: Frida Kahlo e Sylvia Plath .
•Oferecer a oportunidade de dialogar com essas histórias
buscando as contradições e semelhanças com outras mulheres .
•Refletir sobre quais são as fronteiras histórico culturais
além das geográficas , que separam o México , de Londres, dos
EUA e do Rio de Janeiro,tendo como pano de fundo a vida de duas
grandes musas da história da arte. Ou seja, o centro está em
toda a parte.
•Estimular o público a uma reflexão sobre o funcionamento das
sociedades latino-americanas e mundiais, convidando-o a uma
conscientização de que os problemas , medos e anseios das
mulheres são semelhantes, independente da diferença de língua e
da época.
•A vida e obra dessas
qualquer público:
mulheres
podem
interessar
a
todo
e
1.Poderá ser de interesse para a juventude atual, pois os
personagens
são
figuras
desde
a
infância,inquietas
e
curiosas,criativas e sempre inesperadas, surpreendendo os
adultos
com
sua
imaginação
e
discussões
que
levantam
questionamentos importantes para sua época e se mantém atuais
nos dias de hoje. Além de uma linguagem inovadora tem todas as
características da linguagem jovem atual.
2.Desperta especial curiosidade no público feminino de qualquer
idade, com sua indignada crítica à “redução do universo da
mulher ao etéreo, frágil e delicado”, e suas indagações a
respeito de “o que é o feminino?”
3.Permite refletirmos sobre
os desafios com que hoje nos
confrontamos neste mundo contemporâneo.
Justificativa
Levar o espetáculos à cena , é uma oportunidade de reconhecer a riqueza e
diversidade da cultura e dramaturgia latinoamericana.
Trazer ao público brasileiro a primeira montagem nacional de uma peça
internacional que estreou em 1983 e já percorreu várias cidades do mundo
como Buenos Aires Argentina, Santiago do Chile , Caracas, Venezuela, Lima
, Cidade do México e Guadalajara ,Santa Cruz de La Serra , Havana
e no
Brasil já foi apresentada no FILO – Festival Internacional de Londrina e na
mostra internacional de Língua espanhola e nos corredores culturais do
MERCOSUL.
A discussão e reflexão acerca dos valores e problemáticas apresentadas no
texto, amplamente pertinentes ao cotidiano de todas as classes sociais e
faixas etárias, é capaz de dialogar com um público em qualquer região e
cidade do país: A encenação da história de duas mulheres ícones da história
mundial.
Parceria com a UFBA para a realização do evento “Fragmentos de uma
dramaturgia latinoamericana” em Salvador e São Paulo , junto com a temporada
da peça.
O tema e seus desdobramentos podem ter alcance principalmente entre o
público jovem ,
feminino e ligados as artes cênicas, nos debates que
promoveremos.
Os artistas que estão vinculados ao projeto vêm se destacando por montar
espetáculos e projetos com pouco investimento
mas com resultados
comprovados no campo da linguagem, com reconhecimento de mídia,intelectuais
e público.
É preciso valorizar e estimular projetos com foco na juventude, faixa que
mais cresce no país , e no universo feminino, pois a peça é um retrato
poético
da
vida
e
obra
de
mulheres
instigantes,
divertidas,depressivas,irônicas,
contraditória
e
por
vezes
desconcertantes,mas sempre sensíveis, corajosas e inteligentes. Mulheres que
romperam com comportamentos, valores e atitudes de uma época, impondo
transgressões,
contrastes e confrontos, novas buscas e desafios - que
perduram até hoje, para todos nós.
O espetáculo é de fácil circulação, devido ao elenco de duas pessoas e uma
cenografia móvel , possibilitando o deslocamento para diferentes Estados e
Cidades, aumentando a capilaridade da peça . O que amplia ainda mais as
possibilidades de atingirmos os objetivos do Projeto.
O diálogo com a dramaturgia latino americana nos permite sempre ampliar e
aprofundar a visão sobre o que está acontecendo em outros países,
contribuindo para situarmos a nossa produção cênica em relação a aspectos
formais e temáticos que estão sendo desenvolvidos em outras regiões. Porém,
mais especificamente, ao conhecer espetáculos de países do continente
latino-americano, permite que possamos reconhecer traços comuns e distintos.
Público Alvo e duração
O espetáculo tem como publico alvo, jovens , adultos e idosos das classes A,
B, C e D.
O espetáculo têm 1 hora de duração .
A faixa Etária recomendada é 16 anos.
Proposta de Dramaturgia e Encenação
Concepção de cenário, figurino, iluminação e música
A construção cênico- dramatúrgica foi desenhada reforçando o diálogo com o
público . Os elementos que atuam como dispositivos geradores são: a
biografia de Frida e Sylvia, suas obras, depoimentos pessoais da atriz e o
diálogo proposto pelo autor Nestor Caballero em sua peça. A pesquisa do
trabalho propõem um processo colaborativo, que possa gerar um diálogo
permanente , onde as investigações individuais e coletivas de toda a equipe
envolvida atuem em parceria de criação para a realização do espetáculo. Pois
como afirma Jean Pierre Sarrazac em seu livro intitulado O Futuro do Drama “
No teatro contemporâneo o espectador já não se contenta em reconhecer um
estilo ou apreender uma história , ele entra também no universo da montagem
do espetáculo.”
A cenografia elaborada por Desiree Bastos é apoiada em 12 caixões em cena ,
que servem para guardar os objetos de cena e como metáfora da morte que
permeia a vida das artistas e o texto de Nestor Caballero. Na peça a morte
tem a conotação do dia dos mortos no México que é um evento de celebração.
O figurino é apoiado na Verossimilhança com o utilizado pelas personagens em
vida através de uma pesquisa sobre cada personagem e o vestuário da época e
local em que viveram. A personagem Frida Kahlo tem predominância do clima
quente do México e Sylvia Plath do inverno de Londres dentro das cores
vermelho e verde .
A iluminação de Renato Machado delimita o espaço de cada uma das personagens
e suas tonalidades quentes e frias e uma área comum que é a área do
encontro.
A música é feita de ruídos, sonoridades do universo de cada personagem e
trilha sonora original composta especialmente para a peça pelo Diretor
Musical Fabiano Krieger.
Junto com o espetáculo realizamos no
foyer do teatro uma intervenção visual da
artista
Carolina
Ivancevic
.
Uma
exposição de dois vestidos inventários
das personagens Frida Kahlo e Sylvia
Plath. Com o objetivo de aproximar o
espectador da obra dessas duas grandes
artistas.
o
vestido
inventário
trabalha
em cima das histórias e obras
dessas duas mulheres
fascinantes
da
história mundial
e suas expectativas,
imaginações, esperanças e destinos.
Ficha Técnica
Autor: Nestor Caballero
Atrizes: Gaby de Saboya e Marcelle Sampaio
Direção: Marcelo Morato
Tradução: Carolina Virguez
Cenografia e Figurino: Desirée Bastos
Direção Musical e Trilha Sonora: Fabiano Krieger
Iluminação:Renato Machado
Direção de Movimento:Duda Maia
Intervenção Visual:Carolina Ivancevic
Coach: Suzana Saldanha
Mixagem e assistente de produção musical: Antonio de Pádua
Operador de Som: Carlos Conceição
Operador de Luz: Neck
Cenógrafos Assistentes: Carlos Augusto Campos e Leandro
Ribeiro
Assistente de cenografia: Erik Costa
Contra-regra: Carlos Conceição e Lucas Sobrinho
Costureira: Teresa Cristina Severo
Assistente de Produção: Mariana Saboya
Programação Visual : Ciel Alcântara
Fotografia:Paula Kossatz
Assessoria de Imprensa: Mônica Riani
Idealização: Gaby de Saboya
Direção Artística do projeto: Gaby de Saboya e Marcelle
Sampaio
Direção de Produção : Gaby de Saboya
Produção Executiva: Luciana Arantes
Administração: EAV Produções
Plano estratégico e Cronograma
ETAPAS
ATIVIDADES
préproduçào
fechar agenda com as cidades
selecionadas
préproduçào
Convocação equipe artistica
préproduçào
Contratação de assessoria de imprensa
préproduçào
Liberação e autorizações junto aos
órgãos competentes
préproduçào
Contratação de design gráfico
préprodução
preprodução
produçào
Confecção das peças promocionais e
publicitárias
Ensaio
Apresentação Espetáculo
divulgaç
ão
Divulgação local
divulgaç
ào
Divulgação através de peças
promocionais
divulgaç
ão
Divulgação
imprensa
pósproduçào
através da assessoria de
Desmontagem, carta de agradecimento e
prestação de contas
1°mês
2°mês
3°mês
4°mês
Plano estratégico e Cronograma
Durante os meses de setembro, outubro e novembro de 2010 foram
realizadas leituras dramatizadas do espetáculo na ABL (Academia
Brasileira de Letras) para jovens do ensino fundamental de
escolas da rede publica e de projetos sociais . Ganhamos um
patrocínio do SESI- SP e montamos o espetáculo e ficamos em
cartaz durante 3 meses em São Paulo, com apresentações gratuitas
pelo Estado. Trouxemos o espetáculo para o Rio e ficamos em
cartaz no Teatro Poeira, através de financiamento coletivo. Com
o patrocínio do Premio Myrian Muniz iremos circular com a peça
pela país nas regiões :
1- Centro Oeste ( Brasília e Goiânia)
2- Nordeste ( Salvador)
3- Sudeste ( São Paulo- capital)
Sugestão de Locais para a realização do projeto
Brasília- 3 apresentações
Teatro Funarte Plinio Marcos
Goiânia- 2 apresentações
Centro Cultural Municipal de cultura Goiania Ouro
São Paulo- 6 apresentações +
4 leitura dramatizada e debates
Espaço Parlapatões
Salvador- 3 apresentações + leitura dramatizada
Teatro Sesc-Senac Pelourinho
Plano estratégico de comunicação e de divulgação
A estratégia de divulgação pretende uma abordagem ao mesmo tempo ampla e
com diversos recortes destinados a um público específico. O esforço de
nossa estratégia será para atingir com público (entre pagantes e
gratuidades)
a
lotação
dos
teatros
onde
serão
apresentados
os
espetáculos. Nosso objetivo é tanto a visibilidade do espetáculo como a
formação de platéia, por isso teremos um cota de convites em todas as
apresentações para estudantes de artes cênicas e projetos sociais. Assim
nossa estratégia não abdicará de meios já clássicos para a divulgação das
atividades realizadas no Teatro e abordagem do público da área, mas se
empenhará, também, em propor inovações a partir do uso criativo da
comunicação virtual e seus espaços em rede:
•Divulgação em Jornais impressos de cada capital
•Criação do site sobre o espetáculo e manutenção de blog e atualização
de notícias e mensagens nas redes sociais (facebook, twitter, etc)
•Impressão e Distribuição de Folders, Cartazes e Filipetas – em pontos
estratégicos de cada cidade.
•Inserção das Atividades da Ocupação nos Roteiros Culturais de jornais,
revistas, rádios e Tvs
•Inserção das Atividades da Ocupação em mídias especializadas das Artes
Cênicas (Revista Off, etc)
•Envio da programação para grupos, rádios e jornais de cada cidade.
•Convites gratuitos para programação mediante jogos realizados pela
internet e para projetos sociais e educacionais.
O projeto vai circular em diferentes regiões como Sudeste, Nordeste e
Centro-oeste o que amplia a comunicação direta , uma marketing
espontâneo, a capilaridade das ações e
o fomento da
diversidade
cultural brasileira.
No que diz respeito às estratégias de marketing convencionais, estaremos
realizando ações em todos os meios de comunicação em cada cidade que o
projeto acontecer , como: televisão, rádios, jornais, revistas , internet
e redes sociais; que serão trabalhados por uma assessoria, que alimentará
a imprensa de informação, além de agendar entrevistas.
Em relação ao material grafico, produziremos os itens abaixo para serem
distribuidos e expostos.
Programa :
Banner :
formato 20 X40 cm ( aberto) 20X20 (fechado)
2 X 3 m ; Cor 4/0
Filipetas : 10 X 15 couchê 90g ; Cor 4/0
Cartazes : A3
Atividade Paralela
Sempre após as apresentações as atrizes do espetáculo
realizarão um debate com o público. Os debates terão
como foco a juventude e os novos dramaturgos que
surgem a partir de projetos sociais. Como uma situação
de conflito pode interferir em uma poética? Como fazer
arte confessional em diferentes localidades do País,
assim como fizeram as personagens de locais tão
distantes? O Foco do debate são os jovens, pois
pretendemos destacar a importância da juventude na
criação de uma nova dramaturgia. em geral. Vamos
levantar a discussão da relação da dramaturgia e da
produção teatral brasileira com os demais países da
América Latina, dada a proximidade física e social.
Observamos que a dramaturgia brasileira, que sempre
teve como referência a dramaturgia norte-americana e
européia, a partir dos anos 90, se distanciou ainda
mais da produção latino americana.
Nas cidades de São Paulo e Salvador iremos promover o
seminário
“Fragmento
de
uma
dramaturgia
latino
americana” que consiste em uma série de leituras
dramatizadas e debates. ( segue a descrição)
Acreditamos que o projeto vem de encontro a política
da Funarte que é promover e debater a cultura
FRAGMENTOS de um Teatro Latino AmericanoLeituras Dramatizadas + Seminário
o projeto de fazer um ciclo de leitura e de debates sobre a dramaturgia
latino americana nasceu durante o processo de pesquisa para a construção do
espetáculo MUSAS. Buscamos outros textos latinos americanos como forma de
compreensão da construção dramatúrgica do autor. Durante a pesquisa nos
deparamos com a dificuldade de acesso a dramaturgia produzida pelos nossos
vizinhos em nossa língua. Encontramos uma coleção da UFBA (Universidade
Federal da Bahia) , que traduziu quatro textos de autores contemporâneos. A
coleção “Dramaturgia Latino-Americana” que é organizada por LUIS ALBERTO
ALLONSO, HÉCTOR BRIONES e CACILDA POVOAS e tem como objetivo ampliar as
fronteiras e criar diálogos com autores cuja prática cênica, no âmbito
teatral de nosso continente, é ativa e recente. Todos os textos publicados
são inéditos no Brasil, assim como o texto do espetáculo MUSAS . A coleção
vem preencher uma lacuna nas publicações de textos dramáticos no Brasil, que
pouca
atenção
tem
dado
ao
teatro
latino-americano
contemporâneo,
principalmente dos anos 90 em diante, sendo pouquíssimas as publicações aqui
existentes sobre esse tipo de dramaturgia. Muitas dessas publicações são
esporádicas e pouco divulgadas.
Grande parte do teatro latino americano, dos anos 60 até os 80, era formada
por grupos que pretendiam promover um projeto utópico socialista, acionando
um teatro político de esquerda. Estes, principalmente nos países que nessas
décadas passaram por ditaduras, contestaram o poder problematizando-o nas
suas bases econômicas, culturais e humanas. Nesse terreno surgiram
dramaturgias que, em sua maioria, aspiravam revelar objetivamente a situação
social que se estava vivendo, em um tom sociológico e, também, em uma ousada
denúncia do descalabro econômico e humano existente na época. Dos anos 90
até hoje estão surgindo textos que operam por desconexões, com situações
ambíguas, com personagens que não podem ser vistos como bons ou maus. Emerge
uma dramaturgia que não pretende dar respostas e nem propor projetos macros
sociais, senão fazer flutuar em suas escritas alguns fantasmas que se tornam
presentes nas letras desses autores. A peça MUSAS se encaixa nesse perfil,
são dramaturgias que exigem do espectador reflexões próprias e não mais uma
adesão ou repulsão, já que não pretendem convencer ninguém, senão mostrar,
por diversos ângulos. Daí a sua riqueza de experimentação formal, a partir
da qual se inauguram outras formas de resistência política. São textos que
propositalmente deixam lacunas, que são provocações para a cena, ou seja,
exigem ser articulados com os demais elementos cênicos: luz, som, espaço,
corpo e voz do ator, entre outros. É justamente este tipo de dramaturgia que
pretendemos abordar no ciclo de debates , nas leituras dramatizadas e na
apresentação do espetáculo MUSAS. Neste sentido, o objetivo do projeto é
juntar a apresentação de MUSAS com a realização de um ciclo de debates e
leituras dramatizadas intitulado “FRAGMENTOS DE UM TEATRO LATINO AMERICAN”.
O projeto tem como objetivo discutir sobre essa dramaturgia latino
americana. A discussão se dará através de um ciclo de debate formada por
autores, diretores e intelectuais, além da presença do autor do espetáculo
MUSAS que discutirão sobre a história do teatro latino americano, o estágio
atual da produção teatral e as relações do teatro com a realidade social do
continente.Esse projeto conta com a parceria da UFBA para acontecer em
Salvador.
FRAGMENTOS
De um Teatro Latino Americano
Textos
Neva, de Guillermo Calderón, do Chile.
Baseada em fatos reais, é uma reflexão auto-crítica e sarcástica
sobre a arte teatral, onde três atores aguardam a trupe para
ensaiar durante o Domingo Sangrento de São Petersburgo, em 1905.
Os Mansos, de Alejandro Tantanian, da Argentina.
Mistura de dados autobiográficos do autor com os personagens de O
Idiota, de Dostoiévski. Apesar das dificuldades de se viver em um
mundo de violência , os personagens lutam para permanecerem
mansos.
Adeus Ayacucho, de Miguel Rubio, do Peru.
Uma indagação poética sobre os possíveis papéis do teatro em
tempos de violência política através da autonarrativa da
trajetória de dirigente camponês morto e esquartejado no Peru.

Em um Sol Amarelo, de César Brie, da Bolívia.
Peça política que aborda o terremoto que ocorreu em 1998 na
Bolívia através de depoimentos reais dos sobreviventes . A obra
tem um tom documental e ao mesmo tempo intimista, pela
singularidade dolorosa dos depoimentos expostos.
Ciclo de debates
Ciclo de debates formado por autores, diretores e intelectuais,
com o objetivo de discutir sobre a história do teatro latino
americano, o estágio atual da produção teatral e as relações do
teatro com a realidade social do continente.
Temas inicialmente propostos:
“Os caminhos da dramaturgia latino americana”;;
“O Brasil como fragmento da cena latino americana”;;
“Teatro, Performance e Política - como uma situação de conflito
interefere em uma poética”;;
“Teatro e Memória”.
Gaby de Saboya
, atriz , cineasta e jornalista com formação
acadêmica multidisciplinar e reconhecida experiência em arte, cultura,
práticas comunitárias de cunho sócio-cultural, e gestão cultural em
equipamentos públicos. É Mestre em teatro pela Universidade Federal do
Rio de janeiro; pós graduada em Telejornalismo pela Universidade Estácio
de Sá; graduada em Comunicação Social / jornalismo. Tem curso técnico
de Direção Cinematográfica pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro; Formação
de Atores pela UniverCidade; e Técnico em Dança pela Escola Angel
Vianna.
Como atriz participou de diversas montagens teatrais entre
elas:
A to B com a diretora holandesa Ria Marks; Musas do autor
venezuelano Nestor Caballero ;Um Inimigo do Povo de Henrik Ibsen; Fences
de August Wilson, A hora da Estrela de Clarice Lispector , Roberto Zucco
de Bernard Marie Koltez entre outros. Participou da intervenção urbana
com grupo Py nas Barcas- Rio-Niterói e apresentou a performance “Madame
Bovary é culpada pelo consumo”no Forum Mundial Social. No cinema
participou de curtas metragens como Universos Paralelos, o média
metragem As noves musas da memória dirigida por Edson Erdmann, e longas
metragens, Maré nossa história de amor e Quase dois irmãos de Lucia
Murat. Foi diretora Artística do Espaço Cultural Sergio Porto entre 2003
e 2009, um dos principais centros culturais de arte contemporânea da
cidade do Rio de Janeiro. Coordenou o projeto de Artes Visuais Centro
Espacial Vik Muniz na ONG Galpão Aplauso, com destaque para a produção
de filmes para celular.
Realizou também, em parceria com o artista
plástico Ducha, a Produção da Mostra de Intervenção Urbana De olho na
Rua com jovens de 300 comunidades do Rio de Janeiro do projeto Galpão
Aplauso
.
Atualmente
produz
a
mostra
de
intervenção
urbana
“UltraPPasse”que é realizado com jovens das comunidades pacificadas do
Rio de Janeiro e participou programação oficial da Rio+20. Produziu o
espetáculo “sobrancelha é o bigode do olho “ em circulação nacional pela
Caixa Cultural e Sesc e o evento “2008 conta 68”na Caixa Cultural do Rio
de Janeiro . Produziu durante 6 anos um festival nacional de cenas
curtas de teatro, Mercadão Cultural. Trabalha como repórter e
apresentadora na TV Câmara . Trabalhou também como apresentadora do
Telejornal CJC Notícia na RIT TV
e repórter da Multi-Rio.
Foi
apresentadora do programa Terceiro Sinal no Canal Brasil.
Realizou o
documentário de curta duração Teatro em locais de guerra em Hanói no
Vietnã e Vila Cruzeiro (2008), e uma série de minidocumentários para o
evento 2008- 40 anos de 68. Foi assistente de direção do Longa
Documentário Carnaval, bexiga, funk e sombrinha (2006) que ficou em
cartaz no Unibanco Arteplex ( RJ e SP), cine-santa, festival
cineesquemanovo, mostra do filme etnográfico e festival de Milão (
Itália). Foi selecionada para Odin Week , do Odin Theater de Eugenio
Barba na Dinamarca .
Marcelle Sampaio
é graduada em Licenciatura em Dança pela Faculdade Angel
Vianna em 2006 e formada no Curso Profissinalizante em Dança Contemporânea pela
Escola Angel Vianna em 1997, onde leciona Dança Contemporânea desde 1998.
Como intérprete-criadora desenvolveu trabalhos com coreógrafos tais como: Alexandre
Franco, Luciana Bicalho, Duda Maia (também como assistente de coreografia) ,
Frederico Paredes e Lia Rodrigues. Ao longo de sua permanência na Lia Rodrigues
Companhia de Danças de 1999 à 2005, Marcelle participou da criação dos espetáculos
“Aquilo de que somos feitos”, Formas Breves” e “Contra Aqueles Difíceis de Agradar”,
apresentando-se em importantes festivais em turnês pela Europa, América do Norte e
América do Sul, e de performances como a realizada para a obra “Resgate” do artista
plástico Tunga –CCBB- SP e outra para o Projeto Anos 70: Trajetórias”- Itaú Cultural
Como artista independente, Marcelle passou a trabalhar em colaboração com outros
artistas, intensificando seu interesse por criações que confrontem o corpo com o
tempo presente, a dança contemporânea com a arte da performance. Em 2005, criou a
performance “Corpo Sensorial”, dirigida por Angel Vianna – CCBB – Rj, as fotos
“Corpo Desenho” – FotoRio – Rj e Scope – NY e o vídeoarte “Cômodo (2006), com a
artista plástica Gabriela Maciel. Com o coreógrafo e diretor Frederico Paredes,
desenvolveu sua parceria nas coreografias “Quase Praia” e “Passagens margeadas pelo
Rio ao fundo” para o Festival Dança em Trânsito 2005 – Rj e o espetáculo “Cada Um”
- Kunsten Festival Des Arts 2006 – Be e Teatro Sérgio Porto- RJ. Criou e dirigiu,em
parceria com Patrícia Niedermeier, o espetáculo “7 Propostas Monocromáticas”,
híbrido de dança contemporânea e performance inspirado na obra do artista plástico
francês Yves Klein - Espaço Sesc- RJ.Em 2008, participou da performance ”Maiakóvsky
o Mosaico”, dirigida por Fábio Ferreira no Espaço Sesc- RJ .
Como diretora de movimento e preparadora corporal, Marcelle trabalhou em espetáculos
como “Tem um psicanalista na nossa cama”, com direção de Rogério Fabiano, 2003;
“Toalete”- 2007 ; O nosso amor agente inventa” - 2008 e “A mulher do candidato” 2008 dirigidos por Cininha de Paula; ‘Sofá Virado”, dirigido por Andrea Zeni e os
espetáculos da Companhia Aplauso, resultado artístico do projeto social Galpão
Aplauso,“Nossa Odisséia”, 2008 dirigido por Thierry Tremouroux e “Todo Mundo é
Mundo”, 2008 dirigido por Gilberto Gawronky, Em televisão fez a direção de movimento
do episódio “Império sem sentidos”, no programa “Toma lá dá cá”, da Rede Globo de
Televisão, ainda em 2008. Neste ano de 2009 fez a direção de movimento do espetáculo
”Don Juan [DJ]”, dirigido por Thierry Tremouroux, Espaço Sesc- RJ. Atualmente assina
a direção de movimento do projeto “Valentina”, monólogo com Simone Spoladore,
dirigido por Filipe Vidal, com estréia em janeiro
de 2010, no Espaço Sesc-RJ e
integra o elenco da Companhia de teatro Bufomecânica dirigida por Cláudio Baltar e
Fábio Ferreira,estreando em setembro o espetáculo “Mistério Bufo”, no Centro
Cultural Banco do Brasil – DF e em 2010, no Oi Futuro, Rio de Janeiro.
Esta desde 2010 em cartaz como atriz e diretora artística do espetáculo “Musas”de
Nestor caballero, que esteve em cartaz em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.
Ainda em 2011, atuou em “Ensaio- Penso Ver o que Escuto “ Projeto Shakespeare/RSC,
processo de montagem de
Ricardo III” ,espetáculo da Companhia Bufomecânica, “Two
roses for Richard “ que estreou no Festival Mundial de Shakespeare, Statfford Upon–Avon e Londres, , a convite da Royal Shakespeare Company.
Em 2012 foi selecionada para oficina com Roberta Carreri, Odin Teatret, assim como
para a residê.ncia artística Odin Week, que acontecerá na sede da Companhia entre
agosto/setembro, Holstebro, Dinamarca.
Clipping
MOSTRA: A CENA DA CIDADE
Apresentação de uma cena da montagem
ACADEMIA BRASILEIRA DE
LETRAS- Leituras
Dramatizadas
FESTIVAL DE TEATRO DE
CURITIBAApresentação do processo
SESI MOGI DAS CRUZES- SP
Estréia nacional
SESI MOGI DAS CRUZES- SP
Estréia nacional
SESI MOGI DAS CRUZES- SP
Estréia nacional
TEATRO POEIRATemporada RJ
31/10/2011 - 21:49
Marieta Severo prestigia a
despedida da peças Musas
Atriz aplaudiu de pé a atuação de Marcelle Sampaio como Frida Kahlo
Divulgação
Marieta Severo prestigia a despedida da peças Musas
Nesse final de semana, Marieta Severo prestigiou despedida da
peça Musas, que aconteceu no Teatro Poeira, no Centro do Rio de
Janeiro. Além de Marieta, a atriz Elizangela prestigiou a performance da
filha Marcelle Sampaio, que interpreta Frida Kahlo no palco com Gaby
de Saboya como Sylvia Plath. (JÁ)
TEATRO POEIRATemporada RJ
TEATRO POEIRATemporada RJ
TEATRO POEIRATemporada RJ
TEATRO POEIRATemporada RJ
TEATRO POEIRATemporada RJ