Carlos Maia (Staples) Manuel Santos Carneiro (Randstad)

Transcrição

Carlos Maia (Staples) Manuel Santos Carneiro (Randstad)
Carlos
Maia
(Staples)
Manuel
Santos
Carneiro
(Randstad)
“A capacidade de
assumir o risco de uma
forma calculada, sem ter
a veleidade de querer
dominar todas as
variáveis, é sem dúvida a
grande qualidade deste
desafio porque replica o
mundo real” P4
“A parceria com
o Global Management
Challenge surge
com naturalidade
porque consideramos
que este projeto
valoriza as capacidades
dos seus
participantes” P4
Expresso
Este caderno faz parte integrante do Expresso nº 2145
de 7 de dezembro de 2013, não podendo ser vendido separadamente
Os cinco jovens
vencedores
da edição de
2013 e António
Pita de Abreu,
administrador
da EDP, exibem
o 1º prémio
FOTO LUÍS FAUSTINO
EDP/GMLP vence final
nacional de gestão
A final nacional do Global Management Challenge 2013 realizou-se no dia 27 de novembro, em
Lisboa e das oito equipas em prova, a EDP/GMLP, formada por
cinco engenheiros civis, foi a vencedora. Durante um dia os participantes tiveram de tomar cinco
decisões de gestão de uma empresa que enfrentava alguns problemas.
A equipa vencedora vai representar
Portugal na final internacional
da edição de 2013, onde irá lutar
pelo título mundial com mais
de 30 países
Esta edição do Global Management Challenge contou com
uma nova versão do simulador o
que introduziu novas decisões
na prova, como por exemplo, a
possibilidade de emitir ações e
uma maior preocupação ambiental. A equipa vencedora irá representar Portugal na final internacional de 2013 que se realiza
em abril do próximo ano, na ci-
dade de Sochi, na Rússia. Nessa
etapa irá enfrentar mais de 30
países, oriundos dos cinco continentes, na luta pelo título mundial.
No dia 28 de novembro realizou-se, no Hotel Ritz, em Lisboa, a cerimónia de entrega de
prémios aos vencedores. No
evento estiveram presentes diversas personalidades, entre
As oito formações que disputaram a final nacional desta competição de estratégia e gestão tiveram apenas um dia para tomar cinco decisões e mostrar o seu valor
elas Nuno Crato, ministro da
educação e ciência, que salientou o carácter educativo desta
iniciativa criada há mais de 30
anos pelo Expresso e a SDG.
A organização da competição
aproveitou ainda o momento para atribuir à Portugal Telecom e
a ao IAPMEI, respetivamente, o
galardão de patrocinador e
apoiante do ano.
FOTOS ALBERTO FRIAS
II
Expresso, 7 de de
ECONOMIA
COMPETIÇÃO
Henrique Monteiro, Nuno Crato e Francisco Pinto Balsemão
em pleno convívio no jantar de gala do Global Management Challenge
Henrique Medina Carreira à conversa com João Duque durante
a entrega de prémios aos vencedores desta competição de gestão
Teresa Moreira, Manuela Silva Marques e Jorge Santiago Neves
trocaram impressões durante a festa realizada no Hotel Ritz, em Lisboa
Final nacional Quatro equipas formadas por estudantes universitários e quatro de quadros disputaram a 34ª edição
do Global Management Challenge e ao fim de um intenso dia de trabalho venceu a experiência laboral perante o saber académico
Quadros na liderança
Cinco engenheiros civis foram os melhores desta prova de gestão
Textos Maribela Freitas
Fotos Luís faustino
equipa EDP/GMLP,
formada por cinco jovens engenheiros civis, foi a vencedora da
final nacional do Global Management Challenge 2013 que decorreu no dia 27 de novembro, nas instalações da TMN, em Lisboa. Pelo segundo
ano consecutivo a EDP viu uma das suas
equipas, desta vez de quadros, subir ao
pódio e irá representar Portugal na final
internacional agendada para abril do próximo ano, em Sochi, na Rússia.
“Foram cinco decisões muito rápidas
em que não havia tempo para pensar. Foi
um esforço de equipa em que todos trabalhámos para o mesmo e conseguimos alcançar o primeiro lugar logo na primeira
decisão, posição que mantivemos e chegámos até aqui”, revelou Fernando Pinto, líder da equipa vencedora, após terem
recebido o primeiro prémio. Engenheiros civis de formação, estes quadros da
EDP são estreantes na competição. Os
cinco jovens explicaram que o “que nos
A
distingue é talvez a não especialização.
Não temos conceitos das finanças nem
da economia e fizemos basicamente aquilo que sabemos fazer e que são contas,
olhar para as coisas com isenção, sem
ideias preconcebidas, políticas ou ideologias e foi esse o segredo para a nossa caminhada até este lugar”. A equipa, tal como os seus concorrentes, teve de gerir
uma empresa que apresentava um cenário de crise. “Não podemos gastar mais
do que temos e foi com base nisso e em
contas básicas de gestão, como por exemplo saber a matéria-prima que vamos precisar, se temos pessoas a mais ou se necessitamos de contratar, que trabalhamos”, explicou Fernando Pinto.
Paula Carneiro, diretora de recursos humanos da EDP, referiu que “estamos muito satisfeitos com o desempenho de todas
as equipas. Têm demonstrado motivação
e empenho e conseguem resultados cada
vez melhores”. Acredita que os seus colaboradores ao participarem neste evento
de estratégia e gestão “têm reforçado
competências fundamentais que estão
bem patentes nesta competição, como o
trabalho em equipa, a orientação para resultados, visão estratégia, entre outras”.
A empresa contou com duas equipas na
final nacional, uma de quadros que foi a
vencedora e outra a ISTMC-EDP/Não_Digo, formada por estudantes e que alcançou a quarta posição.
A prova contou nesta edição com uma
nova versão do seu simulador que introduziu novas decisões, como uma maior
aposta na formação dos recursos humanos, a possibilidade de emitir ações, uma
maior preocupação ambiental, entre outras. Para a maioria dos participantes e
com estas alterações, este desafio ficou
mais realista. A forma de avaliar as equipas também foi alterada e agora o objetivo é obter o melhor desempenho do investimento. Este critério reflete o valor
da empresa para os respetivos investidores. Isto não é apenas o valor de mercado
da empresa, mas inclui o valor de quaisquer dividendos pagos ou de quaisquer
ações recompradas aos investidores menos o custo de quaisquer ações que lhes
tenham sido atribuídas.
Na tabela classificativa e em segundo lugar, pelo segundo ano consecutivo, ficou
a equipa Zon OPorto. Logo a seguir e em
terceiro, ficou a formação Alumnigmc/Tlbmel. Das oito equipas em prova, estas foram as únicas que tinham experiência do que era disputar uma final
nacional. Em quinto lugar ficou a formação Univ.Évora/Equipa Lean, em sexto a
A EDIÇÃO DE 2013
CONTOU COM
UMA NOVA
VERSÃO DO
SIMULADOR QUE
INTRODUZIU
NOVAS DECISÕES
E TROUXE MAIS
REALISMO
A ESTE DESAFIO
PT-Coreteam, em sétimo a Univ.Évora/Alfa e na oitava posição a Euronext/5G Univ. Évora.
A final nacional decorreu no dia 27,
mas a cerimónia de entrega de prémio
foi feita um dia depois, no Hotel Ritz, em
Lisboa. No evento estiveram presentes diversas personalidades, entre elas Nuno
Crato, ministro da educação e ciência.
“Esta competição é educativa e os jovens
competem como menos jovens e aperfeiçoam instrumentos que são matemáticos, de gestão e estão a mobilizar conhecimentos”, referiu. O ministro não quis ainda deixar de salientar que “temos em
muitos aspetos, tanto jovens como menos jovens, com uma qualidade extraordinária e que se revela muito mais quando
é feita e colocada em contacto e confronto com o espaço de outros países”.
E falando de internacionalização, Francisco Pinto Balsemão relembrou na gala
de entrega de prémios que o Global Management Challenge já está presente em
mais de 30 países e entrou recentemente
no Médio Oriente. O crescimento desta
prova tem sido apoiado por todas as entidades que ao longo dos anos a têm patrocinado. O Millennium BCP é a mais recente entidade a entrar para a comunidade de patrocinadores deste desafio.
ezembro de 2013
ECONOMIA
III
Portugal Telecom e IAPMEI distinguidos
como patrocinador e apoiante do ano
As duas entidades foram
premiadas pelo contributo
que têm dado ao
desenvolvimento do Global
Management Challenge
Os estudantes e quadros que
disputaram a final nacional da
competição juntaram-se numa foto de
grupo que fica para a posteridade
Na cerimónia de entrega de prémios aos vencedores da final nacional do Global Management Challenge 2013, a organização da competição entregou também à Portugal Telecom (PT) o galardão de patrocinador do ano. “É o reconhecimento do envolvimento da PT nesta competição e reforça um compromisso que tem sido constante
desde 1987. Encaramos o apoio ao
Global Management Challenge como uma forma de promover e proporcionar aos nossos colaboradores uma experiência de equipa,
que lhes permita desenvolver competências que fomentem o seu
crescimento pessoal e profissional”, explicou Francisco Nunes,
administrador da PT, na entrega
da distinção. O gestor espera que
depois desta experiência os seus
colaboradores importem para o
trabalho diário pequenas coisas
que se transformem em grandes
resultados.
Tal como em anos anteriores a
PT esteve representada na final
nacional e apesar de não ter vencido esta etapa, tendo ficado apenas em sexto lugar, Francisco Nunes reconheceu que “mais uma
vez os colaboradores PT aceitaram o desafio e voltaram a dar
provas das suas fortes competências nas áreas de estratégia e gestão, bem como do seu empenho e
vontade de ir mais longe”. Ao integrarem este desafio “os participantes têm a oportunidade de de-
Francisco Nunes, administrador da Portugal Telecom, e Francisco Maria Balsemão (Expresso)
senvolver competências diretamente relacionadas com o trabalho em equipa, princípios de gestão global, capacidade de design
estratégico, construção de uma visão alargada, tomada de decisão
em stresse e capacidade de previsão de risco”, salientou o administrador da PT. Na sua visão esta iniciativa portuguesa tem a capacidade de expor as equipas a situações
realistas e competitivas, sem perda do bom ambiente e espírito de
diversão.
Além da Portugal Telecom, também o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao
Investimento (IAPMEI) foi premiado, desta vez com o galardão
de apoiante do ano. Luís Filipe
Costa, presidente deste organismo, referiu que “é longa a parceria com o Global Management
Challenge e esta competição tornou-se um sucesso a nível de internacionalização no que respeita à
exportação de serviços pelo lado
português e é com muito orgulho
que o IAPMEI recebe este prémio”. Salientou ainda que esta
prova é liderada por uma PME de
sucesso, a SDG, em parceria com
o Expresso. E numa altura em
que tanto se fala da necessidade
de melhorar os níveis de gestão
nas PME, Luís Filipe Costa considera que este desafio “aumenta a
formação nas PME e vemos nesta
competição um ótimo instrumento de formação dos nossos jovens,
de sensibilização para a problemática da gestão que é um aspeto onde muitas das nossas PME precisam ainda de progredir”.
E com o intuito de motivar ainda mais as PME a integrar este
evento o IAPMEI apoia a inscrição de equipas e dá um prémio à
PME que consegue os melhores
resultados na prova e que desta
vez foi entregue à CH Consulting.
Prova testa conhecimentos dos participantes
Empresas que contaram
com equipas na final revelam
a importância de terem
atingido esta etapa
e a aprendizagem retirada
desta experiência
Mais importante do que vencer a
final nacional é a aprendizagem
que as equipas retiram da prova e
que podem transpor para a vida
laboral e académica. Durante vários meses os participantes testaram conhecimentos e aprenderam a gerir uma empresa.
Para Luís Moura, diretor de recursos humanos da Zon/Optimus,
“o facto de termos tido uma equipa na final nacional é o reconhecimento do talento que existe entre
os nossos colaboradores”. A equipa da Zon esteve a competir pela
segunda vez e voltou a ficar em segundo lugar. Luís Moura refere
que mesmo nos momentos em que
a classificação não espelhou o esforço, a capacidade de resiliência
sobressaiu e mantiveram a motivação. Agora espera que os seus quadros tenham aprendido a “compreender melhor todas as ‘forças’
existentes numa organização e o
seu impacto. Assim será mais fácil
a identificação de oportunidades
de crescimento e melhoria”.
Com três equipas na final nacional, embora uma apoiada pela Euronext, a Universidade de Évora
(UE) entra para a história como a
entidade mais representada neste
evento. Cesaltina Pires, docente
do departamento de gestão da
UE conta que o “facto de este ser
um jogo que integra as várias
componentes da gestão torna-o
particularmente atrativo para alunos, pois é uma oportunidade de
porem em prática muitos dos conhecimentos adquiridos e desenvolve capacidades importantes,
tais como trabalhar em equipa e
tomar decisões”. Para quem começou o Global Management
Challenge com quatro formações
e terminou com três na final, o balanço da participação não poderia
ser mais positivo.
A NYSE Euronext Lisboa partilhou o feito da Universidade de
Évora ao ter apoiado uma equipa
de alunos desta instituição que
chegou à final nacional. “É uma
alegria que a nossa marca tenha
chegado tão longe”, revela Luís
Laginha, presidente da bolsa nacional. Acrescenta que “esta com-
petição permite aos estudantes terem uma perceção da implicação
das suas decisões, num contexto
em que o risco de fazer uma asneira é mitigado e reflete-se apenas
no resultado da equipa”. É um
processo de aprendizagem útil
tanto para quem está a terminar
uma licenciatura, como para
quem já está a trabalhar.
Estiveram oito equipas na final
nacional, divididas entre estudantes e quadros. Destas últimas uma
era Alumnigmc, ou seja, liderada
por um antigo participante da prova. Bárbara Marques, chefe da
equipa Alumnigmc, salienta que
“estar na final abriu mais uma vez
a possibilidade de testar as nossas
estratégias e tentar alcançar um
resultado que glorificasse o nosso
esforço”.
Rússia acolhe final internacional de 2013
Em abril do próximo ano
a cidade de Sochi, na Rússia,
vai acolher 30 países que vão
disputar o título de campeão
mundial da competição
Luís Filipe Costa (IAPMEI) recebeu o prémio de apoiante do ano
das mãos de Luís Mira Amaral (Internacional Supervisory Board),
na foto em cima. Em baixo, a equipa da Zon fez-se acompanhar
pelo seu diretor de recursos humanos, Luís Moura
A equipa portuguesa que irá representar Portugal na final internacional no próximo ano, vai estar a competir pelo título de campeão mundial do Global Management Challenge 2013 com mais
de 30 países oriundos dos cinco
continentes. Em África a competição desenrola-se em Angola, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Moçambique e Camarões. Já
na América conta com os EUA,
Brasil, Canadá, México, e Venezuela. No continente europeu está presente na Bélgica, Bielorrússia, República Checa, Dinamarca,
Estónia, França, Alemanha, Grécia, Letónia, Polónia, Roménia,
Rússia, Eslováquia, Espanha, Turquia e Ucrânia e na Ásia, onde
existe há quase 20 anos, esta prova marca realiza-se em Hong
Kong, Índia, Kuwait, Macau, China, Qatar, Singapura e Emirados
Árabes Unidos. Na Oceânia figura na Austrália. Espera-se que todos estes países integrem a final
internacional de 2013.
Slava Schoptenko, organizador
do Global Management Challen-
ge na Rússia, conta que Sochi vai
acolher os jogos olímpicos de inverno em fevereiro de 2014 e dois
meses depois, em abril, “recebe a
competição das mentes e estamos
a pensar realizar a final e todas as
cerimónias na Universidade Olímpica da Rússia, inaugurada recentemente”. Outra das ideias de Slava Schoptenko é que cada país leve na sua comitiva um representante de negócios ou empresas
que estejam interessadas em encetar relações com a Rússia em
áreas como o vinho, desporto ou
agricultura. “O nosso país está a
atrair investimento e vamos receber a competição numa das nos-
sas regiões mais desenvolvidas”,
comenta o organizador local.
Situada no sudoeste da Rússia,
na proximidade das montanhas
nevadas do Cáucaso e do Mar Negro, Sochi tinha nos censos de
2002 um total de pouco mais de
300 mil habitantes. É uma das cidades com clima mais ameno de
toda a Federação Russa e no inverno as temperaturas não ficam
frequentemente abaixo de zero.
No verão as temperaturas oscilam entre os 26 e os 32 graus centígrados, o que faz com que Sochi,
pelas suas montanhas e praias, seja o destino de férias predileto de
milhares de russos.
IV
Expresso, 7 de dezembro de 2013
ECONOMIA
PROTAGONISTAS
Carlos Maia Vice-presidente da Staples fala desta prova
“Partilhamos valores de
inovação e excelência”
Uma prova de estratégia pura
como é o Global Management
Challenge, que abre horizontes,
testa limites e estimula a competência, é algo com que a Staples
se identifica e crê ser fundamental no mundo profissional e empresarial. Carlos Maia, atualmente vice-presidente do retalho e online da Staples em Portugal e Reino Unido, cargo que
mantém em simultâneo com a
direção da multinacional em território nacional, revela que a
parceria com esta prova continua tão forte como no seu início, há 11 anos. E acredita que
esta iniciativa, mais do que um
campo de aprendizagem e experimentação, é também um ótimo terreno para se descobrirem
novos talentos.
“A Staples partilha os mesmos
valores que o Global Management Challenge, valores de excelência, inovação e diferenciação
que são parte integrante do
DNA desta multinacional”, comenta Carlos Maia. Salienta que
o sucesso desta iniciativa nascida há mais de 30 anos em Portugal se reverte no país, na medida em que “é um projeto luso
que se propaga e impulsiona
noutros países, sendo um espelho daquilo que de melhor de
faz cá e é algo que muito nos orgulha e com o qual nos identificamos. Acreditamos que tanto
executivos como universitários
saem a ganhar deste desafio e
competir pela distinção de melhor equipa nacional e depois pelo título mundial só traz benefícios a Portugal, às equipas e também aos patrocinadores, e é portanto uma parceria com benefícios mútuos”.
Ao longo dos anos e além do
patrocínio à competição a Sta-
“
Esta competição irá abrir
horizontes aos estudantes
e desafiá-los para
a complexidade e exigência
de que se reveste o mundo
empresarial
ples Portugal tem vindo a apoiar
a inscrição de equipas de estudantes, pois considera fundamental que os universitários tenham oportunidades de se confrontarem com os desafios e riscos que envolvem a gestão. “Esta competição irá abrir horizontes aos estudantes e desafiá-los
para a complexidade e exigência de que se reveste o mundo
empresarial”, frisa. Acrescenta
que para os universitários esta é
também uma oportunidade de
ultrapassarem a teoria e aplicá-la na prática, de aprender a lidar com as dificuldades e problemas inerentes à gestão, desenvolverem um sentido de responsabilidade e orientação vincada
para objetivos. Todos estes fatores contribuem para algo de extrema importância que é a capacidade de pensar de forma crítica, analítica, estratégica e empreendedora. É também uma
oportunidade ímpar para os jovens darem visibilidade às suas
competências, podendo aqui garantir contactos que poderão
ser determinantes no seu futuro. Já para os quadros o grande
desafio presente na competição
é garantir que a cadeia de valor
é eficiente e eficaz, o que implica uma gestão e coordenação
contínua de equipas.
Este ano a competição conta
com uma nova versão do simulador o que para o gestor apela
ainda mais à capacidade da tomada de decisões nos participantes, em circunstâncias mais complexas e em que as variáveis se
inter-relacionam de uma forma
profunda e com isto, aproxima-se mais da realidade fluida das
empresas de hoje. “A capacidade de assumir o risco de uma forma calculada, sem ter a veleidade de querer dominar todas as
variáveis, é sem dúvida a grande
qualidade deste desafio porque
replica o mundo real”, refere.
Carlos Maia teve recentemente uma mudança na sua carreira
e além de Portugal dirige também uma unidade da Staples no
Reino Unido. “É mais um desafio, divido-me entre Londres e
Lisboa e procuro levar para o
mercado do Reino Unido os princípios e os fundamentos da história de sucesso em Portugal”, ex-
Para Carlos Maia este desafio auxilia na formação de estudantes e quadros
plica. Está agora com mais responsabilidades e numa altura difícil para Portugal, revela que
uma empresa em tempos de crise gere-se da mesma forma de
quando a economia está bem.
Ou seja, sempre a pensar na viabilidade e consolidação do presente, abrindo ao mesmo tempo
portas para o futuro, tratando
as pessoas com respeito e dignidade, cimentando o espírito de
união e de solidariedade de todos. E como lema de trabalho a
Staples tem tentado ao longo
dos anos antecipar-se às crises.
“Reorganizamo-nos, e concentrámo-nos naquilo que é core para nós: a satisfação dos nossos
clientes”, conta Carlos Maia. Explica ainda que a Staples tem
um modelo de negócio e uma
proposta de valor única no mercado português, com a capacidade de chegar aos consumidores
e empresas através de três canais de negócios distintos, mas
complementares: o retalho, onli-
FOTO LUÍS FAUSTINO
ne e corporate.
Em 2014 e no que respeita ao
online “migraremos para uma
plataforma de e-commerce como
não existe nenhuma em Portugal e o país por si é uma excelente unidade de negócio para a Staples, como é também a única
porta de entrada da multinacional nos países lusófonos incluindo o Brasil”, intensifica. Ainda
em Portugal a Staples abrirá
mais uma loja já no próximo
ano.
Manuel Santos Carneiro Consultor da Randstad, analisa as mais-valias do Global Management Challenge
“Participar na competição enriquece um currículo”
A Randstad Portugal pertence
ao grupo de 11 entidades que patrocinam o Global Management
Challenge. Manuel Santos Carneiro, consultor desta multinacional que atua na área dos recursos humanos, explica a razão
de ser desta parceria. Acredita
que ao contribuir para a formação de estudantes e profissionais, esta iniciativa pode funcionar para muitos universitários
como uma porta de entrada para o mercado de trabalho.
“A Randstad atuando na área
de recursos humanos procura
não só ser um fornecedor permanentemente ativo na procura
de pessoas com as qualificações
que os nossos clientes pretendem, mas também intervém
com várias ações que valorizam
as capacidades dos profissionais
existentes no mercado”, explica
Manuel Santos Carneiro. Acrescenta que “a parceria com o Gobal Managment Challenge surge com naturalidade porque
consideramos que este projeto
valoriza capacidades dos seus
participantes”. Uma união que
dura já há três anos.
Para o consultor da Randstad “os jogos de gestão desenvolvem capacidades importantes nos profissionais, requeri-
Manuel Santos Carneiro, consultor da Randstad,
é um entusiasta desta iniciativa portuguesa de gestão
das pelo mercado. O gosto por
desafios, o trabalho em equipa, a capacidade de análise, a
orientação e motivação para
atingir resultados, o competir, ganhar, aprender com os
erros e atuar debaixo duma estratégia são exemplos de capacidades aqui presentes e mais
do que suficientes para o enriquecimento do curriculum vi-
tae de qualquer profissional”.
E numa altura em que o mercado de trabalho sofre as consequências da crise, quanto mais
os candidatos a um emprego se
poderem destacar, melhor. “O
Global Management Challenge
é uma experiência que enriquece a flexibilidade, a oportunidade de ouvir outras maneiras de
pensar e pessoas com diferentes
conhecimentos. Nós promovemos uma forte representatividade dos jovens saídos, ou no final
dos cursos, das universidades,
porque consideramos ser para
eles uma boa oportunidade de
se aperceberem de capacidades
que devem possuir para entrarem com sucesso no mercado
do emprego e poderem mostrar-se a profissionais de empresas”,
conta o consultor da Randstad.
Salienta ainda que esta competição não assegura por si só a entrada no mercado de trabalho,
mas é uma ajuda, essencialmente, pelo alcance que pode ter ao
mostrar o caminho para desenvolver capacidades e juntar
hard skills aos conhecimentos
que as universidades proporcionam. Já os quadros encontram
aqui uma oportunidade de desenvolverem soft skills.
À equipa portuguesa que venceu a final nacional e vai representar Portugal na final internacional, Manuel Santos Carneiro
recomenda que “procurem ganhar, acreditem nas vossas capacidades, saibam usá-las e, sobretudo, reflitam sobre o vosso desempenho e retenham os bons
ensinamentos que este exercício
vos proporciona”. E sendo que
esta iniciativa portuguesa está
“
Os jogos de gestão
desenvolvem capacidades
importantes nos
profissionais, requeridas
pelo mercado
presente em mais de 30 países espalhados pelo mundo, o consultor da Randstad reconhece que é
bom exemplo da aposta internacional na valorização das pessoas. “Se os resultados da competição valorizam os conhecimentos dos participantes, é natural
que, perante as dificuldades que
o mercado de trabalho nos apresenta, haja um crescimento pro-
veniente do maior interesse das
pessoas e das empresas no enriquecimento dos profissionais. As
dificuldades vencem-se com a
melhoria do conhecimento de cada um e o investimento em conhecimento tem de ser hoje uma
prioridade”, frisa.
Sendo que o negócio da Randstad são os recursos humanos,
Manuel Santos Carneiro reconhece que também a sua empresa tem sentido o impacto da crise. “Hoje não acreditamos que
as empresas possam ter sucesso
se mantiverem os mesmos profissionais com os mesmos conhecimentos por longos períodos
de tempo. As mudanças impostas pelo mercado, essencialmente originadas pela globalização e
novas tecnologias, obrigam as
pessoas a ter formação contínua
e a desenvolver novos perfis. E
hoje há novas profissões e o futuro aponta para que esta dinâmica se acentue”, revela.
A multinacional continua interessada no mercado nacional e
a analisar todas as oportunidades que este possa oferecer. Está ainda a implementar soluções
e a criar projetos para responder e antecipar soluções que ajudem ao êxito das empresas e da
economia nacional.

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