Programa - Companhia Nacional de Bailado
Transcrição
CNB DANÇAR EM CASA SERENADE GEORGE BALANCHINE ADAGIO HAMMERKLAVIER HANS VAN MANEN 5 TANGOS HANS VAN MANEN Lisboa, Teatro Camões Fevereiro 2010 25, 26 e 27 às 21h / 28 às 16h Março 2010 4 e 5 às 21h Tarde Família 6 de Março às 16h Companhia Nacional de Bailado Numa época em que se discute internacionalmente o papel das companhias e dos teatros nacionais, é importante que a Companhia Nacional de Bailado (CNB) se situe dinamicamente no tecido artístico português. Este posicionamento é também fundamental para a projecção internacional, que tem vindo a ser conquistada graças a uma estratégia de circulação que se pretende cada vez mais alargada. Artistas CNB Serenade, 2009 04 05 CNB DANÇAR EM CASA À semelhança das suas congéneres noutros países, a CNB foi criada por iniciativa governamental – em Portugal, em 1977, por despacho de David Mourão Ferreira, então Secretário de Estado da Cultura. Marca de um país que se queria moderno e democrático, desejando uma estética diferente (e em parte oposta) à estética do Estado Novo, a CNB pode ser incluída nas conquistas culturais da ‘Revolução dos Cravos’. Tal como aconteceria noutras áreas (da economia à política de negócios estrangeiros e à política nacional), também a CNB revelaria as flutuações de uma época em busca do seu próprio sentido. Qual o quadro institucional de enquadramento da CNB? Como realizar a complexa Que fazer também para o desenvolvimento dos públicos de dança? missão de combinar o repertório internacional com a edificação de um repertório nacional? Como identificar a qualidade estética e técnica dos programas e sobretudo o que fazer para qualificar intérpretes e criadores? Que fazer também para o desenvolvimento dos públicos de dança? Entre 1978 e 1993, a direcção artística da CNB esteve a cargo de Armando Jorge, a que se seguiu Isabel Santa Rosa nos dois anos seguintes. Genericamente, este período foi marcado pela montagem de grandes obras de repertório internacional. A CNB apresentou então a primeira realização nacional de produções integrais de bailados como La Sylphide, Raymonda, O Lago dos Cisnes, Coppélia, Dom Quixote e Romeu e Julieta; produziu clássicos como Grand Pas-de-Quatre, Giselle, Les Sylphides, Petruchka, La Bayadère, O Pássaro de Fogo, O Quebra-Nozes, A Sagração da Primavera, As Bodas e La Fille Mal Gardée, entre outros. Apresentou também obras de Balanchine, Lifar, Lichine, Joos, Limón, van Dantzig, Nebrada, Oscar Araiz, Kenneth MacMillan, Lubovitch, Michael Corder, Robert North e Heinz Spöerli. Os Concursos Coreográficos, iniciados por Armando Jorge, articular-se-iam então com a apresentação de obras do próprio Armando Jorge, Fernando Lima, Carlos Trincheiras e Olga Roriz. Em Junho de 1996, Jorge Salavisa foi convidado para reestruturar a CNB, tendo assumido, em Setembro desse ano, o cargo de Presidente do Instituto Português do Bailado e da Dança, associação cultural que então tutelava a Companhia. A opção pelo repertório contemporâneo foi sublinhada, através de uma estratégia de convites a novos coreógrafos de dimensão internacional e da organização dos Concursos Coreográficos. A partir de 1996, sob a sucessiva direcção artística de Salavisa (1996-1999), de Luisa Taveira (1999-2000) e de Marc Jonker (2001-2002), a CNB apresentou obras de criadores como Michael Corder, William Forsythe, Anne Teresa De Keersmaeker (em estreia absoluta), Hans van Manen, Pierre Wyss, Behyan Murphy, Marco Cantalupo, David Fielding, e dos coreógrafos portugueses Rui Lopes Graça, Olga Roriz e Vasco Wellenkamp. Em Maio de 2001, Ana Pereira Caldas foi nomeada Directora da CNB e em Setembro de 2002 Mehmet Balkan assumiu a sua Direcção Artística. Um ano mais tarde, com a associação do Teatro Camões como a ‘Casa da Dança’, a CNB passou a contar com um espaço de exibição altamente qualificado, acolhendo criações, entre outros, de Nacho Duato e Renato Zanella. Combinar a remontagem das grandes peças clássicas com a criação nacional, não excluindo criações mais experimentalistas – estas programadas por Mark Deputter – passaria a ser o seu desafio. Simultaneamente, a CNB desenvolveu relações com outras estruturas de criação, trabalhando nomeadamente com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra das Beiras, Quarteto de Pianos de Amesterdão e ainda com diversos músicos e maestros portugueses. Em Outubro de 2007, Vasco Wellenkamp foi nomeado Director Artístico, assumindo aquele que é o desafio nuclear desta estrutura: a conjugação do repertório clássico com a criação contemporânea, incluindo a criação nacional. Daniel Tércio Director Artístico Vasco Wellenkamp Vasco Wellenkamp iniciou os estudos de bailado em 1961 com Margarida de Abreu e Fernando Lima, no Grupo Verde Gaio. Em 1968, ingressou no Ballet Gulbenkian. De 1973 a 1975 foi bolseiro do Ministério da Educação em Nova Iorque, na Escola de Dança Contemporânea de Martha Graham, onde se formou em Dança Moderna. Ainda em Nova Iorque, frequentou o curso de composição coreográfica de Merce Cunningham e trabalhou com Valentina Pereyslavec no American Ballet Theatre. Em 1978, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, frequentou o curso para coreógrafos e compositores da Universidade de Surrey em Inglaterra. De 1977 a 1996 desempenhou as funções de coreógrafo residente, professor de Dança Moderna e ensaiador do Ballet Gulbenkian. Em 1975 foi nomeado professor de Dança Moderna da Escola de Dança do Conservatório Nacional, e em 1983, professor coordenador da Escola Superior de Dança de Lisboa. Vasco Wellenkamp tem sido convidado por várias companhias estrangeiras a criar novas obras coreográficas: no Brasil coreografou para o Ballet do Teatro Municipal de São Paulo, o Ballet de Niterói, a CIA Cisne Negro e o Ballet Guaíra, na 06 07 CNB DANÇAR EM CASA Argentina coreografou para o Ballet Contemporâneo do Teatro San Martin, na Inglaterra, para o Extemporary Dance Theater, o Dance Theater Comune e a Companhia Focus On, na Suiça para o Ballet du Grand Theatre de Gèneve, em Itália para o Balletto di Toscana e na Croácia para a Companhia de Bailado do Teatro de Zagreb, entre outras. Em Janeiro de 1999 criou a Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo que dirigiu até Outubro de 2007. Foi nomeado Director Artístico do Festival de Sintra, em Setembro de 2003. Vasco Wellenkamp recebeu por duas vezes o Prémio de Imprensa (1974 e 1981). Foram-lhe ainda atribuídos os Prémios do Semanário Sete (1982), da Revista Nova Gente (1985 e 1987) e da Rádio Antena 1 (1982). Em 1996, foi galardoado com a medalha de ouro e o prémio para o melhor coreógrafo, no II Concurso Internacional de Dança do Japão, com a obra A Voz e a Paixão. Em 1994, a 10 de Junho, dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares. Cria em 2005 a sua primeira coreografia para a Companhia Nacional de Bailado e é seu Director Artístico desde Outubro de 2007. Barbora Hruskova, Maxim Clefos Adagio Hammkerklavier Ensaios de estúdio, 2010 SERENADE “(...) é um Bailado abstracto, sem ideia ou ponto de partida literário, unicamente dança pela dança. As sugestões das linhas plásticas – mais apetece chamar melodias plásticas – cujo sentido apenas aflora vagas “abstrações românticas” são de uma real e superior beleza (...)” Coreografia George Balanchine Música Piotr Ilitch Tchaikovsky Remontagem Coreográfica Maria Palmeirim Estreia Absoluta Nova Iorque, Adelphi Theater, Frederico de Freitas (Novidades, 25/5/1955) In Dançaram em Lisboa 1900 - 1994 American Ballet, 01 de Março 1935 Estreia CNB Lisboa, São Luiz Teatro Municipal, 10 de Junho 1982 A apresentação de Serenade, um Ballet Balanchine®, é feita com o acordo do The George Balanchine Trust (SM) e foi produzido em conformidade com o Estilo Balanchine® e com a Técnica Balanchine®, estipulados e garantidos pelo Trust. Artistas CNB 08 09 CNB DANÇAR EM CASA A primeira assinatura americana de Balanchine A chegada de Georges Balanchine à América está indelevelmente ligada à ambição de Kirstein que pretendia levar a dança clássica para os Estados Unidos e criar uma arte indígena, que não se reduzisse à Modern Dance. Num artigo publicado em Theatre Arts, em 1958, Kirstein explicaria que a sua escolha recaíra em Balanchine não apenas pelo encanto que os bailados La Chatte (1927) e Apollon Musagète (1928) lhe tinham provocado, mas também porque Balanchine dera um sentido renovado ao bailado clássico, sublinhando a musicalidade da dança em detrimento da plasticidade da pantomima. Balanchine, formado na rigorosa tradição clássica russa, progredira como coreógrafo nos Ballets Russes (1909-29) de Sergei Diaghilev e contava já com uma sólida carreira quando Kirstein o procurou. O encontro decisivo entre os dois homens ter-se-ia dado no foyer de um pequeno hotel. Ambos partilharam então uma ideia decisiva, de resto comum à grande emigração europeia para o Novo Mundo: a Europa tornara-se um museu e a América, por contraponto, a terra prometida. Balanchine chegou aos Estados Unidos em 1933, ano em que este país vivia ainda a Grande Depressão, a terrível recessão de efeitos devastadores na economia e 10 11 CNB DANÇAR EM CASA de tremendas consequências sociais. O momento não parecia pois adequado para o desenvolvimento de uma arte tão dispendiosa e aristocrática como a dança. Em 1952, no seu livro Modern Ballet, John Martin, crítico de dança no New York Times, escreveria que a chegada do coreógrafo russo aos Estados Unidos constituíra um momento único de que ninguém, para além de Kirstein, tinha antevisto o impacto. No entanto, o trabalho de Balanchine não foi imediatamente entusiasmante para a crítica norte-americana a começar pelo próprio John Martin, que nesses anos inaugurais acolheu com muitas reservas a generalidade dos bailados do coreógrafo russo. Sobre Serenade escreveu então que era um trabalho mais funcional do que inspirado, já que fora concebido como um exercício coreográfico para uma companhia inexperiente; quaisquer que sejam as razões, escrevia Martin, falta-lhe espontaneidade. Durante os primeiros anos na América, Balanchine foi criticado como não sendo suficientemente americano; mesmo os apreciadores do seu trabalho – incluindo Kirstein – pressionavam-no a produzir bailados com temas autóctones mais claros. Na verdade, se Balanchine recusava coreografar libretos como o de Uncle Tom’s Cabin, escrito por E. E. Cummings, tal não correspondia a qualquer espécie de desinteresse pela América e pelos seus mitos fundadores, mas antes a uma opção estilística de que não abria mão. Efectivamente, o coreógrafo admirava a América, o modo como as pessoas se moviam, o atleticismo e a liberdade dos gestos, a beleza dos corpos. Esta admiração pela musicalidade dos corpos, combinada com uma opção estética simultaneamente clássica e A abertura com 17 bailarinas paradas, com os pés rigorosamente alinhados, os braços direitos virados para fora e as palmas voltadas para cima, constitui uma imagem inesquecível (...) depurada, impregnou certamente a criação de Serenade. É verdade que o bailado foi concebido com um desígnio funcional, como um exercício de graduação para os primeiros alunos da School of American Ballet – e é importante lembrar a insistência que Balanchine colocou na criação de uma escola de dança clássica nos Estados Unidos, mesmo “antes” da criação de uma companhia; com efeito, a criação dessa escola estivera desde o início na agenda de Balanchine quando aceitou o convite-desafio de Kirstein. Serenade foi pois a primeira obra que Balanchine montou com bailarinos americanos, tendo tido uma primeira apresentação em 10 de Junho de 1934 e uma estreia profissional cerca de um ano mais tarde. Nas produções iniciais o coreógrafo usou apenas os primeiros 3 movimentos da composição Serenade em C Maior para orquestra de cordas de Tchaikovsky: sonatina, valsa e elegia. O bailado apresenta uma estrutura que parece uma adição de fragmentos ou de episódios incorporados na acção sem aparente razão dramatúrgica. Pode dizer-se em consequência que a exploração do espaço pelo conjunto de bailarinos constitui o verdadeiro tema. A partir de 1936, Serenade começou a ser montado sem cenários, sobre fundo azul, e em consequência o ambiente romântico passaria a ser sublinhado pelo guarda-roupa e pelas luzes. Na produção de 1941 para o American Ballet Caravan, o guarda-roupa foi desenhado por Cândido Portinari. Nas produções subsequentes para o New York City Ballet, os desenho de luzes ficou a cargo de Jean Rosenthal e Ronald Bates. A transformação mais importante aconteceu em 1952, quando as túnicas usadas pelas bailarinas foram substituídas por vestidos longos e flutuantes em tule, desenhados por Barbara Karinska. Serenade tornar-se-ia a assinatura do New York City Ballet, sendo raramente dispensado do repertório desta companhia. A abertura com 17 bailarinas paradas, com os pés rigorosamente alinhados, os braços direitos virados para fora e as palmas voltadas para cima, constitui uma imagem inesquecível – o momento em que inesperada e simultaneamente passam para primeira posição provoca no público um sentimento de suspensão de grande intensidade estética. Ainda hoje certamente impressiva. Daniel Tércio Coreografia George Balanchine Ana Lacerda, Roberta Martins, Frederico Gameiro George Balanchine (Georgii Melitonovich Balanchivadze) nasceu em São Petersburgo a 22 de Janeiro de 1904. Formou-se e integrou o elenco artístico do Teatro Mariinsky. Como bailarino dançou aí obras de Marius Petipa, Lev Ivanov, Aleksandr Gorsky, Nicolai Legat e Mikhail Fokine. Em 1924, com um grupo de bailarinos e de cantores do Teatro Mariinsky, iniciou uma digressão pela Alemanha, tendo-se apresentado em audição a Sergei Diaghilev, que os contrata, em Paris, para os Ballets Russes. Balanchine (assim rebaptizado por Diaghilev) permanece nos Ballets Russes até 1929, ano da morte do empresário. Para esta companhia coreografou os memoráveis Apollo (1928) e O Filho Pródigo (1929), entre outros. Após a morte de Diaghilev, Balanchine foi Mestre de Bailado da Ópera de Paris e do Real Ballet da Dinamarca e colaborou também com os Ballets de Monte Carlo. Em 1933, George Balanchine funda os Ballets 1933, companhia que após uma série de 12 espectáculos se dissolve. Decide então viajar para os EUA. 12 13 CNB DANÇAR EM CASA Funda aí a School of American Ballet, que foi a base para a criação do futuro New York City Ballet. Foi para esta companhia que Balanchine criou a maioria das suas peças, construindo um corpo inigualável de obras-primas: Divertimento nº15 (1956), Agon (1957), Stars and Stripes (1958), Liebeslieder Walzer (1960), Jewels (1967), Who Cares? (1970), Concerto para violino (1972), Le Tombeau de Couperin (1975), Vienna Waltzes (1977), Davidsbündlertänze (1980) e Mozartiana (1981). Estas obras vieram juntar-se ao grupo de coreografias criadas para os antecessores do New York City Ballet: Mozartiana (1933), Serenade (1934), Concerto Barroco (1941), Os Quatro Temperamentos, Tema e Variações e Sinfonia Concertante (1947), para formarem um opus gigante e absolutamente único, marcado por uma perfeita simbiose com a música, numa invenção inesgotável e inovadora em todos os registos da dança clássica. George Balanchine faleceu em 30 de Abril de 1983 em Nova Iorque. (Fonte: International Encyclopedia of Dance) ADAGIO HAMMERKLAVIER 14 15 CNB DANÇAR EM CASA Este bailado para três casais começa por expor a desarmonia nos relacionamentos, causada por desejos não satisfeitos. O primeiro dueto mostra a constante oscilação entre atracção e repulsa, acentuando horizontalidade de movimento e ligação ao solo. O dueto seguinte é mais intenso e apaixonado, dominado por movimentos verticais e ascensionais. Esta ondulação negativista, instigada por um sentimento de atracção não correspondida, é libertada no dueto final, que é de pura harmonia, dando assim a nota dominante. Resultando esta criação coreográfica de um processo gradual de rendição do coreógrafo ao percurso sentimental de Beethoven, van Manen decidiu que o bailado seria unicamente apresentado com música gravada. Esta decisão faria preservar a contínua fluidez de movimento, tão própria desta coreografia, para a qual convergem de igual modo os movimentos suspensos e a dança. Coreografia Hans van Manen Remontagem Coreográfica Mea Venema Música Ludwig van Beethoven Hammerklavier, Piano Sonata No. 29 em Si Bemol Maior, Opus 106 – III. Adagio Sostenuto Cenário Jean-Paul Vroom produção de Bayerisches Staatsballett Figurinos Jean-Paul Vroom Desenho de Luz Jan Hofstra Ensaiadores Cristina Maciel, Jan Linkens Estreia Absoluta Amesterdão, Ballet Nacional da Holanda, 4 de Outubro 1973 Estreia CNB Lisboa, Teatro Camões, 25 de Fevereiro 2010 Luk Utrecht crítico holandês de dança Roberta Martins, Filipe Portugal Ensaios de estúdio Claro, sucinto, eficaz Hans van Manen é um coreógrafo cujas criações suscitam grandes entusiasmos e algumas desilusões que têm vindo a ser registados em diferentes contextos. Mas a verdade é que ambos os estados de alma resultam da observação, ao longo de várias décadas, de um dos corpos coreográficos mais persistentes, resistentes e capazes de se inovar os reportórios da maioria das companhias que constantemente actualizam o património da dança contemporânea como o Ballet Nacional da Holanda e o Netherlands Dans Theater, e, internacionalmente, o Ballet de Estugarda, o Bayerisches Staatsballett de Munique, a Ópera de Berlim, o Houston Ballet, o Ballet Nacional do Canadá, o Royal Ballet, o Ballet Real da Dinamarca, a Ópera de Viena, o extinto Ballet Gulbenkian e a Companhia Nacional de Bailado, entre outros. Filipa de Castro, Fernando Duarte Ensaios de estúdio 16 17 CNB DANÇAR EM CASA A Companhia Nacional de Bailado apresenta neste programa, uma estreia no seu reportório de Adagio Hammerklavier, uma peça criada em 1973 por Hans van Manen para música de Ludwig von Beethoven (o andamento Adagio Sostenuto da sonata Hammerklavier Opus 106), que tem sido remontada em várias companhias de renome e repetidamente classificada pela crítica especializada internacional como uma coreografia «tão fresca» como o era na altura da sua estreia absoluta. A coreografia desenvolve-se num profundo diálogo entre os pares que é tornada visível na relação que estabelecem os corpos dos bailarinos (...) Para o que nos interessa no contexto deste espectáculo da Companhia Nacional de Bailado no ano de 2010 é a possibilidade de analisar em sequência duas qualidades de vitalidade que têm, na sua origem, o mesmo tipo de material coreográfico simplificado e a mesma estrutura, o dueto, ou conjuntos de duetos. É conhecido que sempre que Hans van Manen junta dois bailarinos a dançar é capaz de contar imenso sobre eles e sobre a natureza humana. Há quem defenda que o tema obsessivo de van Manen é a atracção polar e a repulsa dos sexos e que não há melhor situação para o estudar que um dueto. Não é, por isso, indiferente que Adagio Hammerklavier, usando as técnicas clássica e moderna, seja uma dança estruturada para seis bailarinos, que formam três pares, aos quais o coreógrafo atribui temperamentos diferentes. Os conflitos entre os dois elementos de cada par são aqui talvez menos explícitos do que noutros bailados seus, mas não deixa de ser clara a função de cada um na sua relação com a estrutura musical. Dito de outra maneira, sendo a peça mais lírica e tecnicamente mais académica do coreógrafo holandês, os movimentos evidenciam as características que definem o classicismo, seja uma grandeza serena ou os raptos emocionais que constituem a vida interior dos mortais. A desarmonia das relações, atracção-repulsa, os desejos inalcançados, a zanga contida ou a melancolia são qualidades expressas através da linguagem assumida pelos corpos, ora expressa na sua ligação à terra ou no movimento projectado na altura da verticalidade. A coreografia desenvolve-se num profundo diálogo entre os pares que é tornada visível na relação que estabelecem os corpos dos bailarinos nas acomodações precisas, e de grande beleza, dos seus movimentos. Ainda assim, é de esperar que Adagio Hammerklavier não fuja à regra que é apontada a van Manen e que é confirmada pelos seus epítetos de «Mondriaan da dança» e «mestre da simplicidade»: a leveza, a robustez atlética ou o glamour que decorre da intensidade relacional entre os pares não estão nunca carregados de sentimentalismo nem submersos em ilustração. Pelo contrário, são claros e simples, disponibilizando-se, do ponto de vista da interpretação, à personalidade dos bailarinos e realizando aquilo que é identificado como o maior desafio do coreógrafo: criar o maior impacto com o mínimo material. Cristina Peres 5 TANGOS A CNB dedica este bailado à memória de Isabel Queiróz (1948-2007) Presta-se hoje aqui a homenagem a esta Grande Senhora da Dança, através de 5 Tangos, bailado que ela dançou e com tanta graciosidade e paixão o interpretou! Paixão esta pela qual sempre pautou toda a sua vida profissional, com a sua generosidade, classe e distinção inigualáveis. João Mouro companheiro e bailarino do Ballet Gulbenkian Isabel Queiróz a beautiful girl a beautiful dancer a beautiful colleague a beautiful woman My best friend! How much do I miss that beautiful person. V. Buenos Aires hora O Cenário e Figurinos Jean-Paul Vroom Desenho de Luz Jan Hofstra Ensaiadores Junko Hikasa, Cristina Maciel Estreia em Portugal Lisboa, Ballet Gulbenkian, 23 de Abril 1982 Estreia CNB Lisboa, Teatro Camões, 16 de Maio 2003 Ger Thomas CNB DANÇAR EM CASA I. Todo Buenos Aires; II. Mort; III. Vayamos al diablo; IV. Resurreccion del angel; Estreia Absoluta Amesterdão, Ballet Nacional da Holanda, 3 de Novembro 1977 1º bailarino do Ballet Gulbenkian 18 19 Coreografia Hans van Manen Remontagem Coreográfica Mea Venema Música Astor Piazzolla Ana Lacerda, Carlos Pinillhos “Sou muito mau a contar histórias, e essa é a razão pela qual nunca faço bailados longos. Prefiro fazê-los muito curtos e ser tão preciso quanto possível.” 1 Uma estrutura clara e uma simplicidade refinada são os dois aspectos mais distintivos dos bailados de Hans van Manen. Com uma linha narrativa ténue (por vezes, mesmo inexistente), van Manen apoia-se quase exclusivamente na expressividade da dança para transmitir as várias subtilezas do seu tema de eleição – a complexa relação entre homem e mulher. As coreografias assentam num intenso trabalho de técnica clássica, embora com uma leitura moderna. Em palco, sobressaem a execução rigorosa e a fisicalidade do movimento. Hans van Manen nasceu na Holanda, em 1932. Iniciou a carreira profissional em 1951, como membro do Ballet Recital de Sonia Gaskell, com quem começou a aprender dança, e, um ano depois, entrou para o Ballet da Ópera da Holanda, onde viria a criar o seu primeiro bailado, Feestgericht, em 1957. Após uma passagem pelos Ballets de Paris, de Roland Petit, van Manen regressou à Holanda para colaborar na criação do Nederlands Dans 20 21 CNB DANÇAR EM CASA Como é comum nos trabalhos de van Manen, não há um enredo, embora os títulos das cinco composições pareçam sugeri-lo. 1 2 Hans van Manen numa entervista. Theatre (NDT), onde trabalhou como bailarino, coreógrafo e, de 1961 a 1971, como Director Artístico. Um dos objectivos fundadores da companhia era representar um espaço alternativo às instituições de orientação mais tradicional, onde fosse possível a exploração de formas contemporâneas de dança, com novas técnicas e com abertura a novos projectos de experimentação. Foi para o NDT que Hans van Manen produziu quase metade do seu repertório (de um total de mais de 100 bailados). Após um período de colaboração com outras companhias, como o Ballet Nacional da Holanda, regressou ao NDT para ocupar a posição de coreógrafo residente, durante os anos 1988 e 2003. Fora da Holanda, Hans van Manen montou os seus bailados em várias companhias, como o Stuttgart Ballet, o Houston Ballet, o Royal Ballet, o Royal Danish Ballet e o Alvin Ailey American Dance Theater. Hans van Manen veio pela primeira vez a Portugal em 1970 apresentar cinco coreografias, numa passagem do NDT por Lisboa. Em 1977, inicia uma série de colaborações pontuais com o Ballet Gulbenkian, a convite de Jorge Salavisa, então Director Artístico do grupo. A Companhia Nacional de Bailado (CNB) trabalha pela primeira vez com Hans van Manen em 2003, apresentando 5 Tangos (1977) e Solo (1997). E em 2005, decide organizar um programa em sua homenagem – Dançar Hans van Manen, repondo as coreografias anteriores e acrescentando Sarcasm (1981) e Kammerballet (1995). Hans van Manen no discurso de agrade- cimento por ocasião da entrega do Prémio Erasmus, no Palácio Real em Amesterdão, a 3 de Novembro de 2000. Com o programa desta noite, será a terceira vez que a CNB dança 5 Tangos. É considerado um dos bailados mais belos do repertório do coreógrafo holandês, muito devido à combinação surpreendente de uma certa abstracção da dança clássica e da imposição da própria técnica (as bailarinas dançam em pontas) com a sensualidade do tango, aqui transmitida pelos 5 Tangos para Bandoneón de Astor Piazzolla. Como é comum nos trabalhos de van Manen, não há um enredo, embora os títulos das cinco composições pareçam sugeri-lo. A música de tango, que por natureza se inspira nas paixões humanas, marca aqui o ritmo e a intensidade das emoções com que os bailarinos se relacionam entre si. Ao contrário de um baile milonga, os tangos de Hans van Manen deixam transparecer uma estrutura hierárquica entre os vários pares. Se no primeiro e último tangos estão os 7 pares em palco, no segundo, Mort (visto como um dos mais líricos), uma bailarina – mulher sozinha em cena – chama a atenção de todos os homens, que vão dançando com ela à vez, e, no terceiro, Vayamos al diablo (por vezes apresentado isoladamente em galas), um bailarino expressa toda a virilidade exuberante do tango num solo virtuoso. “[...] Penso que tem de ser feito um esforço para perpetuar o repertório. Sem repertório, não há tradição. E, sem tradição, não há ligação com tudo o que foi feito anteriormente. A tradição não é uma coisa do passado. Tradição é o que fazemos hoje com o passado. O futuro passa por descobrir as coisas boas do passado e construir a partir delas.” 2 Alexandra Campos Miguel Ramalho, Isabel Galriça, Freek Damen, Marta Sobreira Coreografia Hans van Manen Hans van Manen, natural de Amstelveen, Holanda, nasceu em Julho de 1932. Estudou dança com Sonia Gaskell, Françoise Adret e Nora Kiss. A sua carreira profissional iniciou-se em 1951, no Ballet Recital de Sonia Gaskell, e em 1952 no Ballet da Ópera da Holanda, onde coreografou o seu primeiro bailado, Feestgericht, em 1957. Após uma passagem pelos Ballets de Paris, de Roland Petit, van Manen ingressou na companhia Netherlands Dans Theater, onde trabalhou como bailarino, coreógrafo e, de 1961 a 1971, como Director Artístico. Seguiram‑se dois anos como coreógrafo freelancer e em 1973, Hans van Manen ocupou a posição de Coreógrafo Residente e Mestre de Bailado no Ballet Nacional da Holanda. As coreografias têm sido apresentadas em companhias como o Ballet de Estugarda, a Ópera de Berlim, o Ballet de Houston, o Ballet Nacional do Canadá, Ballet da Pensilvânia, The Royal Ballet, o Ballet Real da Dinamarca, o Ballet Scapino, a Ópera de Viena, o Tanzforum de Colónia e a Companhia de Alvin Ailey. Para a Netherlands Dans Theater, à qual regressou em 1988, van Manen criou mais de 60 bailados, sendo alguns deles: Sinfonia em 3 Andamentos (1963), Metaphors (1965), Five Sketches (1966), Squares ( 1969), Mutations, Grosse Fugue (1970), Opus Lemaître (1972), Songs Without Words (1975), Andante (1991) e Fantasia (1993). Para o Ballet Nacional da Holanda criou, entre outros, Twilight (1972), Adagio Hammerklavier (1973), Sagração da Primavera (1974), Five Tangos (1977), Bits and Pieces (1984) e Three Pieces for Het (1997). Para o Royal Ballet, van Manen criou Four Schumann Pieces (1975). Ao completar 35 anos de carreira como coreógrafo, Hans van Manen foi armado Cavaleiro da Ordem de Orange Nassau pela Rainha da Holanda. Em 1993 foi-lhe também atribuído o Prémio Alemão da Dança, pela sua influência na dança na Alemanha, durante mais de 20 anos. Hans van Manen é também um reconhecido fotógrafo. Em Portugal, o Ballet Gulbenkian dançou sete coreografias de Hans van Manen, entre 1992 e 1998, das quais se destacam Canções Sem Palavras, Five Tangos e Grosse Fugue. Em 2003, a Companhia Nacional de Bailado estreou Five Tangos e Solo, e nos dois anos subsequentes respectivamente Kammerballet e Sarcasm. Artistas CNB 22 23 CNB DANÇAR EM CASA 24 25 CNB DANÇAR EM CASA desenvolve na CNB, tem sido convidada, por outras companhias como Mestra de Bailado e Remontadora. Com o Ballet de Zaragoza, além de várias prestações como mestra convidada, remontou, ensaiou e encenou O Quebra-Nozes (A. Jorge), Raymonda - III Acto (Petipa). Contactada pela Fundação Balanchine para remontar Serenade e Concerto Barroco para o Ballet Nacional da Eslovénia em 2003, tem vindo a acompanhar a repetição do programa Balanchine nas temporadas seguintes, acumulando as funções de Mestra Convidada com a mesma companhia. A convite da Fundação Nijinska, e como sua representante, remontou, ensaiou e encenou As Bodas para a Companhia de Bailado do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e para a São Paulo Companhia de Dança. Elenco Artístico Serenade Remontagem Coreográfica Natural de Lisboa, foi aluna de Anna Mascolo. Estudou em Londres e, mais tarde em Monte Carlo com Marika Besobrasova, onde iniciou a sua carreira profissional. Ainda durante a sua estadia no estrangeiro, integrou a Companhia da Ópera de Marselha e o Ballet de Marselha, sob a direcção de Roland Petit. Ao regressar a Portugal fez parte do Grupo de Bailados Verde Gaio entre 1974 e 1977. Ingressou na Companhia Nacional de Bailado desde a data de criação da companhia, fazendo parte do elenco desde então. Dançou grande parte do repertório da companhia e participou em várias criações. A sua carreira adquiriu uma nova projecção ao ser chamada pelo Director Artístico, Armando Jorge, para ensaiadora e mestra de bailado. Trabalhou e assistiu a variadíssimos coreógrafos e mestres, entre os quais Patricia Neary, Oscar Arraiz, Terry Westmoreland, Jonh Auld, Armando Jorge, Georges Garcia, Lynn Wallis, Michel Renault, Francesca Zumbo, Eric Volodine, Maya Volodina, Monica Parker, Hans Brenna, Glenn Tuggle, Victoria Simon, Michael Corder, Howard Sayette. Acumulou o cargo de Assistente da Direcção Artística, entre 1990 e 1996. É da sua responsabilidade a remontagem de grande parte dos bailados do repertório clássico, neo-clássico e contemporâneo da CNB. A par das funções de Mestra de Bailado que Maria Palmeirim 5 Tangos / Adagio Hammerklavier Remontagem Coreográfica Mea Venema Mea Venema iniciou os seus estudos de dança no Estúdio de Bailado Kennemer, em Haarlem, na Holanda, sua cidade natal. Aos 17 anos de idade ingressou no Netherlads Dans Theater (NDT), dirigido por Benjamin Harkarvy e Hans van Manen, e dançou muitas das obras destes coreógrafos, nomeadamente Recitel e Grand-Pas Espagnol, de Harkarvy, e Metaforen, Grosse Fugue, Septet Extra e, mais tarde, com o Ballet Nacional da Holanda, Dumbarton Oaks, Four Schumann Pieces and Grand Trio, de van Manen. Enquanto bailarina do NDT, foi inspiração para várias obras. Foi também durante esta fase da sua carreira que Mea trabalhou com John Buttler (Carmina Burana e After Eden), Jerome Robins (Moves), e Glen Tetley ( Rivercare e Mythical Hunters). Em 1971, Mea ingressou na Companhia de Bailado de Genebra, dirigida por Alfonso Cata onde dançou vários bailados de Balanchine e trabalhou com Anthony Tudor e Todd Bolender. De regresso à Holanda, dançou ainda os papéis de Julieta e Giselle em produções de Peter Wright, enquanto trabalhava sob direcção artística de Rudi van Dantzig. Foi também partenaire de Rudolf Nureyev e trabalhou com Kurt Joos nos bailados A Mesa Verde e Big City. No ano de 1992, Mea Venema começou a remontar os bailados de Hans van Manen, e em 1994 tornou-se sua assistente. 49 Iva Vitic 48 Isabel Frederico 47 Henriette Ventura 46 Helena Marques 45 Florencia Siciliano 44 Filipa Pinhão 43 Elsa Madeira 42 Charmaine Du Mont 41 Charlotte Ingleson 40 Catarina Grilo 39 Carla Pereira 38 Anabel Segura 37 Ana Baigorri 36 África Sobrino CORPO DE BAILE 35 Xavier Carmo 34 Tom Colin 33 Pedro Mascarenhas 32 Freek Damen 31 Armando Maciel 30 Marta Sobreira 29 Maria João Pinto 28 Irina de Oliveira 27 Catarina Lourenço 26 Annabel Barnes 25 Andreia Pinho CORIFEUS 24 Rui Alexandre 23 Luis d'Albergaria 22 Brent Williamson 21 Solange Melo 20 Roberta Martins 19 Paulina Santos * 18 Mariana Paz 17 Isabel Galriça 16 Fátima Brito 15 Alba Tapia SOLISTAS 14 Tomislav Petranovic 13 Mário Franco 12 Filipe Portugal 11 Fernando Duarte 10 Didier Chazeau 09 Carlos Pinillos 08 Alexandre Fernandes 07 Peggy Konik 06 Inês Amaral 05 Filomena Pinto 04 Filipa de Castro 03 Barbora Hruskova 02 Ana Lacerda 01 Adeline Charpentier PRINCIPAIS 01 02 03 15 16 17 25 26 27 36 37 38 04 05 06 18 19 20 28 29 30 39 40 41 07 08 09 10 21 22 31 32 33 42 43 44 45 11 12 13 14 23 24 34 35 46 47 48 49 73 74 75 76 F ** Prestador de serviços 72 E Pianistas Convidados 71 D João Soares ** Sérgio Cruz ** Viviena Tupikova ** 70 Professores Convidados 69 Jan Linkens Arkady Nikolaev 68 C Coordenadora Musical 67 B G Ana Paula Ferreira 66 Maria Luisa Carles 65 temporariamente substituída por 64 A Coordenadora Artística Executiva 63 F Filipa Rola 62 Coreógrafo Residente 61 E Rui Lopes Graça 60 Ensaiadora 59 D Isabel Fernandes 58 Mestra de Bailado 57 C Cristina Maciel 56 Mestra de Bailado 55 B Maria Palmeirim 54 Assistente do Director Artístico 53 A Junko Hikasa 52 * Licença sem vencimento 51 78 Marta Vasconcelos 77 Ana Moreno 76 Yuhi Yonekura 75 Gonçalo Andrade 74 Reina Sawai 73 Inês Moura ESTAGIÁRIOS 72 Samuel Retortillo 71 Ricardo Limão 70 Nuno Fernandes 69 Miguel Ramalho 68 Maxim Clefos 67 José Carlos Oliveira 66 João Carlos Petrucci 65 Frederico Gameiro 64 Filipe Macedo 63 Christian Schwarm 62 Can Arslan * 61 Andrus Laur 60 Alvaro Dule 59 Alfonso Palencia 58 Yurina Miura 57 Victoria Monge 56 Vera Alves 55 Susana Matos 54 Sílvia Santos 53 Mónica Garcia 52 Marina Figueiredo 51 Maria Santos 50 Margarida Pimenta 50 52 G Ficha Técnica CNB OPART E.P.E. – CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE Pedro Moreira VOGAL Carlos Vargas VOGAL Henrique Ferreira DIRECÇÃO DE ESPECTÁCULOS DIRECTORA Margarida Mendes Carla Almeida, Lurdes Almeida, Natacha Fernandes DIRECÇÃO TÉCNICA DIRECTORA Cristina Piedade João Carlos Andrade DIRECÇÃO DE CENA Henrique Andrade, Vanda França MAQUINARIA Alves Forte, Miguel Osório SOM E AUDIOVISUAIS Bruno Gonçalves, Paulo Fernandes LUZES Vítor José, Pedro Mendes PALCO Ricardo Alegria, Anatol Waschke ATELIER DE COSTURA Adelaide Marinho, Adelaide Pedro Paulo, Antónia Costa, Conceição Miranda, Glória Bento, Paula Marinho DIRECÇÃO DE MARKETING DIRECTOR Mário Gaspar Cristina de Jesus GABINETE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COORDENADOR Pedro Penedo César Silva DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Bruno Silva, Diogo Faro (estagiário) CANAIS INTERNET João Mendonça, José Luís Costa VIDEO E ARQUIVO DIGITAL Marco Arantes DESIGN João Campos* MARKETING DIRECTO Venâncio Gomes ASSISTENTE Laura Pinto GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO COORDENADOR Nuno Cassiano António Silva, Daniel Lima, João Alegria, Manuel Carvalho, Egídio Heitor* BILHETEIRA Luísa Lourenço, Rita Martins, Susana Clímaco CONSULTOR EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Ricardo Telles de Freitas MASSOTERAPEUTA Paulo Pavão OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva Próximos Espectáculos CNB DANÇAR EM CASA 3 NOVAS CRIAÇÕES LIGHT Marco Cantalupo e Katarzyna Gnadiec REQUIEM Rui Lopes Graça NOVA CRIAÇÃO Vasco Wellenkamp Março 2010 25, 26 e 27 às 21h / 27 e 28 às 16h Espectáculo para Escolas 24 Março às 15h DIRECÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DIRECTORA Sofia Dias Manuel Alves, Sofia Teopisto, Vânia Guerreiro, Zulmira Mendes CNB GALA DIRECÇÃO FINANCEIRA DIRECTORA Sónia Teixeira Albano Pais, Ana Maria Peixeiro, António Pinheiro, Edna Narciso, Fátima Ramos, João Pereira, Marco Prezado, Rui Amado GALA INTERNACIONAL DE BAILADO 28 e 29 Abril às 21h Lisboa, Teatro Camões CONSERVAÇÃO DO GUARDA-ROUPA Maria José Pardal, Carla Cruz 26 27 CNB DANÇAR EM CASA GABINETE JURIDICO COORDENADORA Fernanda Rodrigues Juliana Mimoso* * Prestador de serviços CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO EDITORIAL Direcção de Marketing DESIGN xiiistudios.com CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS CAPA E ELENCO ARTÍSTICO André Brito SERENADE Carmo Sousa ADAGIO HAMMERKLAVIER Ricardo Brito 5 TANGOS Alceu Bett CONTACTOS Teatro Camões, Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 185 Lisboa Tel.: 21 892 34 70 INFORMAÇÕES AO PÚBLICO Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espectáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro). É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espectáculos. É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de espectáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel. Os menores de 3 anos não poderão assistir ao espectáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro. O programa pode ser alterado por motivos imprevistos. TIRAGEM 1000 Ex. PREÇO DE VENDA AO PÚBLICO 5€ M/3 BILHETEIRAS/RESERVAS TEATRO CAMÕES 21 892 34 77 TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS 213 253 045/6 // [email protected] Apoios à divulgação: www.cnb.pt www.youtube.com/cnbportugal twitter.com/cnbportugal www.facebook.com/cnbportugal Patrocínio: 5 TANGOS HANS VAN MANEN ADAGIO HAMMERKLAVIER HANS VAN MANEN SERENADE GEORGE BALANCHINE
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