Maconha - Cannabis sativa Linné
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Maconha - Cannabis sativa Linné
TERPENOS MONOTERPENO SESQUITERPENOS DITERPENOS TRITERPENOS TETRATERPENOS RESINAS São produtos amorfos formados em ductos ou cavidades específicas, sólidos a temperatura ambiente e transparentes ou translúcidos. Misturas complexas de ácidos e álcoois resínicos, resinotanóis, ésteres e resenos. Ácidos resínicos → Oxiácidos diterpenoídicos, livres ou na forma de ésteres. Solúveis em soluções aquosas ou alcalinas, formando soluções como sabão ou suspensões coloidais. Resinotanóis → Álcools complexos de alto peso molecular que reagem com sais de ferro conforme os taninos Resenos → Substâncias neutras complexas com propriedades químicas características. Não formam sais ou ésteres, são insolúveis e resistentes à hidrólises em meio alcalino. Insolúveis em água, solúveis em álcool e solventes orgânicos; baixo ponto de fusão. Produtos finais do metabolismo → Produtos de oxidação dos terpenos. Métodos de obtenção: Extração da droga com etanol e precipitação da resina em água;separação do óleo das oleoresinas por hidrodestilação. Óleo-resinas Misturas mais ou menos homogêneas entre resinas e óleos essenciais. Podem ser liquidas, sólidas ou semisólidas, dependendo da porcentagem dosconstituintes. Terebintina → Resina sólida obtida de Pinus palustris Miller (Pinaceæ) e de outras espécies de Pinus. Alto potencial irritante e sensibilizante. Essência de terebintina =Águarrás. Gengibre → Rizoma dessecado de Zingiber officinale Roscoe (Zingiberaceæ). Usado como condimento, estimulante aromático e carminativo. Óleo copaíba Óleo-gomo-resinas Misturas mais ou menos homogêneas entre resinas, gomas e óleos essenciais. Gomas: Polímeros de carboidratos solúveis em água → Podem ser separados facilmente. Mirra → Obtida de Commiphora molmol Engler, C. byssimica (Berg) Engler (Burseraceæ), dentre outras espécies do gênero. Rica em óleo essencial é usada como estimulante, estomáquico e adstringente em produtos de higiene bucal. Bálsamos Misturas resinosas de ácido cinâmico, ácido benzóico, ambos ou seus ésteres. São resultantes de lesões sofridas pelo vegetal devido a traumatismos e/ou ação de microorganismos. Básamo-do-peru → Obtido de Myroxylom pereirae (Royle) Klostzsch (Fabaceæ). Usado como rubefaciente, parasiticida e antiséptico de uso tópico, adstringente no tratamento de hemorróidas. Bálsamos Benjoim → Resina balsâmica obtida de Styrax benzoin Dryander, S. paralleloneurus Perkins, S. tonkinensis (Pierre) Craib et Hartwich, o benjoimdesumatra dentre outras espécies do gênero Styrax (Styraceæ). Possui propriedades antiséptica, estimulante, expectorante e diurético. Tintura de benjoim composta → Contém benjoim, aloés, estoraque e bálsamo-de tolu. Importante agente expectorante quando vaporizado e usado como protetor tópico (antiséptico). Maconha – Cannabis sativa Linné Canabinaceae Histórico: Planta utilizada para fins medicinais há mais de 4.000 anos Os chineses e persas preparavam incensos com essa e os empregavam para fins religiosos; Foi intensamente usada para fins medicinais até o início do século XX; Passou a ser proibida, pois estava sendo usada indiscriminadamente para alterar o estado de consciência. Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Droga vegetal → Inflorescências dessecadas. Resina → Haxixe Brasil → Portaria n° 344/98; atualização RDC n° 63/07 – ANVISA Lista E → Lista de plantas que podem originar substâncias Entorpecentes e/ou Psicotrópicas → Cannabis sativa L. Lista F → Lista das substâncias de uso proscrito no Brasil Lista F2 → Substâncias Psicotrópicas → Tetrahidrocanabinol (THC) Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Resina presente pelos de Cannabis sativa Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Composição química: Mais de 60 canabinóides identificados no gênero, sendo o ∆9-tetrahidrocanabinol (THC) o mais potente componente psicoativo. Outros canabinóides naturais são: ∆8-THC (levemente menos potente que seu isômero), canabinol e canabidiol, ambos desprovidos de atividade psicoativa. FORMAÇÃO CANABINÓIDES Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Farmacologia: O THC liga-se especificamente à receptores canabinoídicos (CB1) no SNC e mimetizam a ação dos canabinóides endógenos, inibindo a liberação de neurotransmissores no coração, bexiga e intestino. Os receptores CB2 encontram-se em macrófagos do baço estando relacionados com o sistema imunológico. Ações farmacológicas: SNC → Euforia, disforia, ansiedade, agravamento de estados psicóticos, distorção das noções de tempo e espaço, sedação, fragmentação de pensamentos, confusão mental, perda de memória, alteração das funções motoras, analgesia, efeito antiemético, aumento do apetite; Maconha Cannabis sativa Linné Canabinaceae Farmacologia: Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Ações farmacológicas: S.Cardiovascular → Taquicardia (doses agudas), bradicardia (uso crônico) hipotensão devido à vasodilatação periférica. Emprego Terapêutico → Reino Unido: Maconha, THC sintético e derivados sintéticos usados no alívio de náuseas e vômitos de pacientes em tratamento quimioterápico de tumores malígnos e AIDS (não respondem a outros tratamentos) graças à atividade antiemética; Diversas indicações para o tratamento de glaucoma, asma, enxaqueca, epilepsia, esclerose múltipla, artrite, anorexia, etc. Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Dependência Física → NÃO Dependência Psicológica → SIM Identificação Preliminar → Reação com Fast Blue Salt (coloração avermelhada). Identificação Definitiva: Aspectos Botânicos → Análise morfológica das Folhas, aroma, observação das sementes,flores. Maconha - Cannabis sativa Linné – Canabinaceae Identificação Definitiva: Aspectos Botânicos → Análise morfológica das Folhas, aroma, observação das sementes,flores. Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Pó de Cannabis aumento 200x Maconha - Cannabis sativa Linné - Canabinaceae Análise Química → FBS, CCF ou CG c/ padrão, Duquenois-Levine (acetaldeído + vanilina). Maconha - Cannabis sativa Linné Maconha - Cannabis sativa Linné O baseado - que contém algo como 3 mg de THC - funciona como numa destilação por arraste de vapor: a fumaça quente, proveniente da combustão da erva na ponta do cigarro, arrasta a fração volátil da erva ao passar pela extensão do baseado, até chegar ao pulmão do usuário. Com a utilização do bong (cachimbod'água), as substâncias hidrossolúveis da fração volátil são eliminadas. Identificação Química Cannabis sativa Análise Química → FBS, CCF ou CG c/ padrão, Duquenois-Levine (acetaldeído + vanilina). Salvia: Salvia divinorum Epling & Jativa (Lamiaceae) Histórico: Planta herbácea pertencente à família Lamiaceae (hortelã), usada em cerimônias religiosas por curandeiros da tribo mexicana dos Mazatec (Oaxaca, México). Essa planta recebeu este nome devido suas propriedades alucinógenas, pois acredita-se que facilite o contato com as divindades. O primeiro registro das propriedades dessa planta se deu em 1939 por Jean Basset Johnson. As preparações tradicionais utilizam de 20 a 80 folhas frescas para extração de um suco que é misturado a água (preparação de um chá). Slavia: Salvia divinorum Epling & Jativa (Lamiaceae) Química: Esse vegetal apresenta como constituinte ativo um diterpeno de nome Salvinorina A (0,18% na planta seca). Outros: divinatorinas e salvinicinas. Não inscritas na Port. 344/98. Identificação: Reagente geral de identificação de diterpenos (proposta: uso do reativo de Ehrlich para detecção do anel furânico); CLAE-EM Slavia: Salvia divinorum Epling & Jativa (Lamiaceae) Farmacologia: Sem ação em receptores de serotonina (5HT2 – LSD); Age em receptores de opióides, seletivo para receptor k. Primeira substâncias não alcaloídica a agir em receptor opióide; Mais potente (estado de transe, visionário) do que o LSD (200 a 1000 mg quando fumado); Os efeitos alucinógenos duram de minutos até uma hora (menos prolongado do que os do LSD) – fumado: 5 a 10 min; mastigado: 10 a 20 min. Efeitos alucinógenos incluem: visões passadas (infância), lugares, sensação de ser empurrado e de se misturar com objetos. Transe similar ao da ioga e de meditação. Inibe a motilidade intestinal; Noz-Moscada: Myristica fragrans L. (Myrtaceae) Histórico: A noz-moscada é a semente dos frutos da árvore da espécie M. fragrans, que é nativa da Indonésia. Tem sido usada desde longa dada como condimento. Foi bastante valorizada na Idade Média devido suas propriedades conservantes dos alimentos. Até início do Século XVI os europeus desconheciam a localização exata dessa planta. Somente após expedições portuguesas em 1512 à Ilha de Banda, na Indonésia, o mundo ocidental passou a conhecer a procedência da noz-moscada. A árvore das noz-moscada é bastante frondosa, podendo atingir de 10 a 15 m. Prof. Dr. Davyson Moreira Noz-Moscada: Myristica fragrans L. (Myrtaceae) Química: As sementes de M. fragrans L. são ricas em miristicina (2-10%) e elemicina (0-3,2%), ambos arilpropanóides. Farmacologia: O componente ativo da noz moscada (miristicina) produz efeito alucinógeno. Em doses baixas as sementes moídas não produzem qualquer efeito central. No entanto, se consumida em maior quantidade (10-40 gramas / ~2-8 colheres de chá) pode produzir efeitos alucinógenos sutis; Em doses mais elevadas (60 gramas ou mais / ~12 colheres de chá ou mais) tornam-se muito perigosas, já que produzem delírios, convulsões, palpitações, desidratação, dor generalizada; Seu efeito parece estar associado ao das anfetaminas (inibição da MAO, serotonina no SNC). DL50 em gatos (via oral) = 400mg/kg. Identificação: CG-EM; CCD com padrão. Absinto (Losna): Artemisia absinthium L. (Asteraceae) A A. absinthium também conhecida como absinto É originária da Europa central e meridional e norte da África e Ásia Central. Absinto significa α-thujona β -thujona sem doce alusão ao sabor amargo A droga é composta folhas e sumidades floridas sendo colhidas no momento que a flor está para desabrochar. Absinto (Losna): Artemisia absinthium L. (Asteraceae) Química: Planta rica em princípios aromáticos, principalmente α-thujona, além de absintina (responsável pelo sabor amargo) e anabsintina. α-thujona β -thujona Farmacologia: O componente ativo (α-thujona) age por bloqueio não competitivo dos receptores cerebrais de GABA do tipo A, dependentes do canal cloreto. O efeito final é uma depressão do SNC. O álcool potencializa este efeito; Como planta digestiva e aperitiva, sua ação se dá pelo estímulo à salivação e à produção de sucos gástricos e, por essa mesma razão, não é recomendada para pessoas que apresentam problemas como úlceras e gastrite. Identificação: CG-EM; CCD com padrão thujona e revelação com vanilina sulfúrica. Absinto (Losna): Artemisia absinthium L. (Asteraceae) Os consumidores de absinto estão expostos a uma dupla ação tóxica: a correspondente ao álcool e a reportada à tujona. β -thujona Reações de Identificação Terpenos e Esteróides Reação de Liebermann-Burchard → Anidrido acético + ácido sulfúrico concentrado Cor vermelha que vira rapidamente para violeta, castanho e, por fim, azul esverdeado Esteróides → Coloração azul-esverdeada Terpenos → Coloração avermelhada Reação de Salkowsky → Ácido sulfúrico concentrado Solução amarela fluorescente Reação de Hirschsohn → Sol. aquosa de acetato de cobre 1% Formação de sais de cobre dos ácidos resínicos, solúveis em éter de petróleo Cor verde Reações de Identificação Heterosídeos Cardiotônicos Reações de Identificação Saponinas Reações de Identificação Saponinas Figura 1 Figura 2