Cistite Enfisematosa em cão â•fi Relato de caso

Transcrição

Cistite Enfisematosa em cão â•fi Relato de caso
X Congresso de Extensão da UFLA
Medicina Veterinária
Cistite Enfisematosa em cão - Relato de caso
PATRÍCIA DE CASTRO STEHLING - Médica Veterinária Residente Clínica Médica de
Animais de Companhia - DMV, UFLA
RUTHNÉA APARECIDA LÁZARO MUZZI - Profa. Associada Clínica Médica de Pequenos
Animais DMV/UFLA
GISELA MARA ZAMBROTI GRECO - Médica Veterinária Residente Clínica Médica de
Animais de Companhia - DMV/ UFLA
BRUNA LIVIA LOPES GUIMARÃES - Médica Veterinária Residente em Diagnósico por
Imagem, DMV, UFLA
RAQUEL CAVALCANTE DOS SANTOS - Acadêmica do 10º período de Medicina
Veterinária, DMV, UFLA
Resumo
Cistite enfisematosa é uma rara desordem inflamatória da bexiga, caracterizada por vacúolos
de gás em sua parede e dentro do lúmen, decorrente de infecção bacteriana. Ela já foi
descrita em seres humanos, cães e gatos e em sua maioria ela é associada a condições
de infecção do trato urinário inferior e glicosúria, principalmente em animais que
apresentam Diabetes Mellitus. Há também relatos de animais não diabéticos que
apresentaram cistite enfisematosa, em decorrência de divertículos de bexiga e do uso de
corticosteroides. A imunossupressão causada pelo uso prolongado de corticosteroides é fator
de estudo, uma vez que facilita a ocorrência de infecções, pela debilidade do sistema
imunológico, podendo ser observado linfopenia e aumento da fosfatase alcalina em exame
hematológico e bioquímico, respectivamente. A infecção da bexiga ocorre por agentes
bacterianos aeróbicos, sendo os principais relatados são Escherichia coli, Proteus e
Clostridium perfringens. Estes agentes produzem gases a base de dióxido de carbono e
hidrogênio, resultante da fermentação de açúcar, albumina e hidratos de carbono obtidos
dos tecidos. Não há predisposição racial e sexual em casos de cistite enfisematosa, pois a
frequência de relatos é aproximadamente igual entre machos e fêmeas. O diagnóstico da
cisitite enfisematosa baseia-se principalmente em achados radiográficos, ultrassonográficos e
de tomografia computadorizada. Foi atendido no Hospital Veterinário da Instituição um cão,
macho, de 7 anos, da raça Poodle com histórico de convulsões focais e generalizadas há 4
meses. Houve suspeita de meningoencefalite granulomatosa após descartar vários outros
diagnósticos causadores de sinais neurológicos. Dessa forma, foi instituída Prednisona
2mg/kg BID até novas recomendações, dentre outras medicações. O tratamento durou 3
meses, com boa resposta terapêutica quanto aos sinais neurológicos, no entanto o animal
voltou apresentando hematúria. Ao exame radiográfico observou-se bexiga e cavidade
peritoneal preenchida por grande quantidade de conteúdo radioluscente (gasoso). Frente ao
quadro desfavorável apresentado, o animal foi eutanasiado. Ao exame histopatológico da
bexiga, foi observado mucosa e submucosa com numerosos vacúolos, correspondentes às
áreas enfisematosas, além de hemorragia multifocal. Todos os achados acima descritos
confirmam a cistite enfisematosa ocasionada por uso prolongado de corticosteroides.
Palavras-Chave: urina, inflamação, corticoide.
Sessão: 1
No. Apresentação: 068
Identificador: 2680-16-2374
Dezembro de 2015

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