Stop Motion - Colégio Souza Marques

Transcrição

Stop Motion - Colégio Souza Marques
APOSTILAS DO QUARTO BIMESTRE – 9º ANO.
Aula 14
Stop Motion:
Dentro das várias formas de animação uma das que mais se destacam e que vamos
abordar nesta aula é o Stop Motion, mas afinal o que é isso?
Stop Motion é a técnica de animação no qual o animador trabalha fotografando objetos,
ou seja é feito quadro a quadro. Entre uma foto e outra o animador muda um pouco a
posição do objeto e quando o filme é montado sobrepondo-se uma foto sobre a outra,
temos a ilusão de que os objetos estão mesmo em movimento.
O Stop Motion é uma das técnicas mais antigas da história do cinema e falar dela é falar
da grande maioria dos filmes que conhecemos e muitos que nunca ouvimos falar, pois o
Stop Motion era usado para criar os efeitos especiais dos primeiros filmes.
Um pouco de História.
O primeiro filme a utilizar a técnica do Stop Motion foi “A Viagem a Lua” de Mélies,
feito em 1902. Mélies usou a técnica do Stop Motion para criar o efeito do foguete
enorme que pousa, ou melhor, crava no olho da lua! Em uma das cenas que virou um
marco na história do Cinema.
Para quem tiver a curiosidade de ver este filme bizarro é possível encontrar o filme no
youtube. O linke abaixo é de uma versão colorizada a mão.
https://www.youtube.com/watch?v=-P9XE5dtwzs
Em 1905 dois animadores, um americano e um espanhol lançam quase que ao mesmo
tempo seus filmes em Stop Motion, são eles James Stuart Blackton, que fez o filme “O
Hotel Mal Assombrado”
possível se ver no youtube no link: https://www.youtube.com/watch?v=aTE8gXCb_og
E Segundo de Chomón, o espanhol que fez o filme “O Hotel Elétrico”
(vejam no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=aZFdaqQky2o). Em ambos os
filmes os efeitos eram muito parecidos, e o público ficou admirado e curioso querendo
entender como foi possível filmar objetos que se moviam aparentemente sozinhos.
Efeitos Especiais.
O Stop Motion não é apenas utilizado como técnica para criar animações completas. A
técnica do Stop Motion já foi utilizada em filmes considerados clássico e grandiosos,
onde monstros outros personagens fantásticos contracenavam com atores reais.
Um dos filmes mais famosos de todos os tempos filmados com a técnica do Stop
Motion é “King Kong” de 1933.
Realizado por Willis O’Brien, que é considerado o criador dos efeitos especiais do
cinema, o gigantesco gorila que aterroriza os Estados Unidos nada mais era do que um
inocente brinquedo.
Outro grande mestre dos efeitos especiais que se utilizou da técnica do Stop Motion foi
George Luca, criador de “Guerra nas Estrelas” (Star Wars) que se tornou um dos filmes
mais cultuados até hoje.
Vejam como uma das cenas foi criada e como ficou no filme.
Para aqueles que nunca ouviram falar do filme ou só conhecem os novos filmes olhem o
trailer oficial do filme de 1977 no youtube (https://www.youtube.com/watch?
v=iRI0G6Wcbrw)
Atualmente...
Seja no cinema, na TV ou na Internet a técnica do Stop Motion ainda é muito
diversificada e utilizada. Basta uma rápida busca pelo youtube para perceber como
muitos curtas de animação com desenhos, fotos, bonecos e até mesmo massinha de
modelar são produzidos com esta técnica.
No cinema atual podemos citar o cultuado diretor Tim Burton, que se utiliza do Stop
Motion em suas famosas animações como: “O Estranho Mundo de Jack” que foi um dos
maiores filmes de Stop Motion já criados, e até hoje é referência no gênero, e o também
famoso “A Noiva Cadáver”.
Outro excelente filme de animação em Stop Motion que podemos citar é “Coraline e o
Mundo Secreto”.
Para quem quiser ver os filmes citados acima, seguem os links do youtube nem todos os
filmes estão completos, mas dá pra ter uma noção do que se trata o filme.

O Estranho Mundo de Jack - https://www.youtube.com/watch?v=-


RyuCBETYhk
A Noiva Cadáver - https://www.youtube.com/watch?v=UGEVOj4koHM
Coraline e o Mundo Secreto (trailer) - https://www.youtube.com/watch?
v=m7P6OJN1jP8
Vamos Praticar:
Trabalho em grupo: Utilizando a técnica do Stop Motion, criem um curta de animação.
Para tanto podem utilizar de qualquer material, ou seja, fotos, desenhos, bonecos,
massas de modelar, etc.
Usem a imaginação e sejam criativos.
Aula 15
Cinema:
O que é Cinema não precisa ser perguntado, afinal todo mundo gosta e curte um bom
cinema, mas como ele surgiu? E quando?
Um pouco de História.
Para muitos o cinema é algo novo, mas na realidade foi no final do século XIX, mais
precisamente em 1895, na França, que os irmãos Louis e Auguste Lumière, inventaram
o cinema. Como já vimos nas aulas anteriores, a historia do cinema começa por assim
dizer com a animação e foi somente em 1890 que Tomas Edson usando o seu
Cinetoscópio
Projeta diversos filmes gravados com o Kinetograph
Em seu estúdio o “Black Maria”,
Considerado o primeiro estúdio de cinema da história.
Foi a partir do aperfeiçoamento e melhoramento do Cinetoscópio, que o Cinematógrafo
é criado pelos irmãos Luimère.
Enquanto o Kinetograph era usado por Edson para gravar e o Cinetoscópio para projetar
o filma a grande revolução dos irmãos Lumière foi que seu Cinematógrafo era ao
mesmo tempo filmador, copiador e projetor o que o fez ser considerado o primeiro
aparelho verdadeiramente qualificado de cinema.
Os primeiros “filmes” produzidos eram curtos, duravam em geral um ou dois minutos, e
as “histórias” que esses filmes contavam era cenas do cotidiano, como a chegada de um
trem a estação.
Mesmo sendo rápidas, simples e diretas essas imagens em movimento surpreendiam,
maravilhavam e amedrontavam as pessoas, tudo isso porque para as pessoas de 1895
isso era uma novidade.
Mas o ser humano é de natureza volúvel e depois de alguns meses essas cenas
cotidianas já não atraiam o interesse das pessoas que já conheciam o truque.
Surge a Magia do Cinema.
Os irmãos Lumière talvez não tivessem a consciência de que estavam criando um meio
de expressão tão importante, na verdade eles chegaram a dizer que “o cinema é uma
invenção sem futuro”. Porém isso se mostraria um erro e não ia demorar muito. Ainda
no fim do séuclo XIX o Cinema começava a engatinhar como arte através das mãos do
francês Georges Méliès... sim o mesmo Méliès que vimos na aula passada sobre
animação!
Lembram-se do filme a Viagem a Lua?
Foi Méliès quem deu ao cinema uma nova dimensão: transformou o cinema em uma
máquina de criar sonhos, de transformar em realidade visível as mais mirabolantes
fantasias da mente humana.
Méliès antes de ser cineasta era um ilusionista, e isso o ajudou a transformar um acaso
eu magia. Certa vez a câmera que Méliès usava parou. Quando voltou a funcionar, ele
prosseguiu o seu trabalho, e somente ao ver a filmagem pronta foi que percebeu que
algumas coisas haviam mudado de lugar. Neste instante ele teve um grande clique... ele
percebeu que se em vez de para o filme por acaso, ele parasse de propósito e mudasse
ou substituísse os objetos e elementos de lugar, faria surgir e desaparecer as coisas,
como um mágico!
Aliando isso a técnica do Stop Motion, Méliès mudou o cinema.
O Cinema com sua Própria Linguagem.
Até o inicio da década de 1910, o cinema era apenas um “teatro filmado” sem o grande
recurso do teatro que era o texto, já que o cinema até então era mudo.
As cenas retratavam apenas os atores de corpo inteiro, atuando em um cenário que
podia ser natural ou montado e com a câmera fixa, como se estivesse pregada ao chão, a
iluminação era natural ou feita por meio de lâmpadas de mercúrio dispostas
parcialmente no palco, todas as cenas eram filmadas do começo ao fim de um único
ângulo não havendo nenhuma forma de transição para ligar as sequencias filmadas..
Foi o ex ator de teatro e diretor americano D. W. Griffith quem criou a Linguagem
Cinematográfica. Ele escolheu como parceiro neste empreendimento o fotógrafo Billy
Bitzer, que também não se conformava com a falta de ambição de seus colegas para
explorar o novo meio.
Griffith foi quem, pela primeira vez, decide colocar a câmera próxima ao rosto dos
atores, criando o close, além disso, Billy Bitzer concebeu uma nova iluminação e
maquiagem específica para as filmagens. Mas estas ideias não agradaram aos atores que
se espantaram como os novos métodos, afinal, o público pagava para vê-los de corpo
inteiro! Griffth foi paciente e mostrou aos atores como um plano mais próximo, a luz e a
maquiagem realçavam a intenção dramática da cena e graças a estas mudanças também
mudou a interpretação dos atores, que passaram a gesticular menos exageradamente.
Mas a ambição de Griffth ia mais longe ele pretendia fazer do cinema um espetáculo
autônomo, em que o espectador não assistisse apenas ao drama representado, mas se
sentisse dentro dele. Graiffth desenvolveu a técnica da montagem paralela, na qual duas
ações que se desenvolvem ao mesmo tempo alternam-se na tela, e foi uma dos primeiro
a usar o travelling, ou seja, realiza uma cena com a câmera em movimento.
Griffth junto todas as suas invenções em um só filme, chamado “O nascimento de uma
Nação” que também foi o primeiro longa metragem com cerca de 3 horas de duração.
Assim surgia o que chamamos de Linguagem Cinematográfica mais ou menos como
conhecemos hoje.
Com o passar do tempo o cinema foi ganhando inovações, o filme ganhou som, cor,
efeitos especiais mais sofisticados, projeções diferenciadas, 3d, salas que se
movimentam e muitos outros recursos que tornaram uma ida ao cinema um espetáculo
de arte e entretenimento.
Para quem tiver a curiosidade de ver os filmes citados na apostila seguem os links. Nem
todos os filmes estão completos, mas dá para ter uma noção de como eram.

Filme “A chegada do trem na estação de Ciotat” dos Irmãos Lumière:

https://www.youtube.com/watch?v=RP7OMTA4gOE
Filme “Viagem a Lua” de Méliès, versão colorizada a mão

https://www.youtube.com/watch?v=-P9XE5dtwzs.
Filme “Nasce uma Nação” de Griffth, trailer original de 1915:
https://www.youtube.com/watch?v=a9UPOkIpR0A
Vamos Praticar:
Trabalho individual ou em grupo de no máximo 7 alunos:
Utilizando a Linguagem Cinematográfica, os alunos devem criar um curta metragem de
no mínimo 2 minutos e sem tamanho máximo.
O curta deve conter: Roteiro, ou seja, historia com inicio, meio e fim; movimentação de
câmera (câmera em movimento, plano fechado, transição de cenas) e créditos.
Os alunos têm até a semana da prova para entregar o curta metragem pronto, que deve
ser enviado pelo e-mail, ou ainda dependendo do tamanho pode ser colocado no Google
drive ou site como o Dropox.
Sugestão de temas:
Por ser uma turma que está terminando o fundamental 2 os grupos podem fazer uma
despedida da turma; Sonhos e desejos de futuro; Homenagem a colegas ou professores.
Mas os temas são livres sendo estes apenas sugestões.
Não serão aceitos: Vídeos com apologia a drogas, violência, homofobia e Bullying,
assim como vídeos com pornografia ou cenas de nudez.
Aula 16
Arte Efêmera:
Efêmera ou efêmero tem origem no grego e seu significado é “apenas um dia”. Referese a algo passageiro, transitório de curta duração.
A Arte Efêmera é diferente das artes consideradas clássicas como a pintura, a escultura,
a arquitetura, porque, mesmo tendo vários elementos das artes clássicas, a Arte Efêmera
é feita para não durar, ou durar por um tempo indeterminado, em geral um tempo
relativamente curto, principalmente se compararmos com a duração de, por exemplo,
uma escultura feita em pedra, como as do Antigo Egito que ainda podemos ver mesmo
depois de tantos séculos.
A Arte Efêmera não é apenas um movimento artístico, não é só um estilo de pintura ou
uma forma de escultura, existem várias linguagens artísticas modernas e principalmente
contemporâneas que são efêmeras.
As esculturas de gelo feitas nos festivais de inverno são um bom exemplo de arte
efêmera, pois só duram enquanto o frio permitir mas então você deve estar se
perguntado. Então a arte simplesmente acaba? Sim ela acaba, ela se vai e fica apenas o
registro desta obra, em fotografias ou vídeos, mas o registro não é a obra...
Então se a obra acaba o artista não vende esta obra? Por incrível que pareça, muitas
obras tidas como efêmeras são vendidas sim, mas claro que não é a obra, pois ela acaba,
então o que é vendido é o registro da obra.
Vejamos como exemplo uma obra do artista brasileiro Vik Muniz. Em seus trabalhos ele
faz uso de técnicas diversas e emprega, com frequência, materiais inusitados como
açúcar, chocolate derretido, doce de leite, catchup, gel para cabelo, lixo, diamantes,
poeira, talco, entre outros. Em muitos dos seus trabalhos e séries de trabalhos, o produto
final é a fotografia da obra, porque os materiais são perecíveis e estragam com o tempo
modificando a obra.
É o caso de suas “Monalisas”, uma feita de manteiga de amendoim e outra feita de doce
de leite.
Muitos são os tipos de arte que são consideradas como efêmeras:
O grafite, que sofre a ação do tempo e pode ser destruído a qualquer tempo por obras,
As obras feitas com comida que apodrecem ou são consumidas,
As esculturas de gelo que sofrem com os ventos, chuvas e claro com o calor,
As esculturas e desenhos de areia, feitas em geral nas praias, que ficam a mercê das
marés e ainda podem ser destruídas pelos frequentadores das praias.
Os tapetes de flores, em geral criados para festivais religiosos, esses tapetes elaborados
e lindos duram apenas o tempo da passagem da procissão.
As pinturas com giz feitas em geral com artistas de rua ficam a mercê do tempo e das
pessoas da rua.
Alem dessas existem ainda muitos outros tipos de arte que efêmeras. Vamos conhecer
então um estilo de arte de natureza efêmera, grandiosa e impressionante a Land Art.
Land Art
Land Art, Earth Arte ou ainda Arte ambiental é um movimento de arte em que a
paisagem e a obra de arte são indissociáveis. É uma arte criada na natureza, usando
materiais naturais como o solo, pedras de todos os tamanhos, troncos, ramos, folhas e
água.
Um pouco de História.
No final da década de 1960, uma crescente insatisfação com a monotinia cultural e com
as formas simples do minimalismo (estudamos no segundo bimestre), e com um
desencanto relativo a sofisticada tecnologia da cultura industrial e o aumento do
interesse nas questões ligadas á ecologia, surge a Land Art
Os artistas expoentes da Land Art rejeitaram o museu ou as galerias, e desenvolveram
monumentais projetos paisagísticos que estavam fora do alcance de serem transportados
como as esculturas tradicionais e longe também do mercado de arte comercial.
O movimento começou em outubro de 1968 com a exposição coletiva organizada por
Dwan Gallery em Nova York intitulada “Earth Works” e na exposição “Earth Art”,
promovida pela Universidade de Cornell, em 1969.
Devido a dificuldade para a realização dos projetos grandiosos de Land Art, muitos não
saem do papel, por isso mesmo este tipo de arte é confundido com a Arte Conceitual.
Artistas e obras.
Robert Smithson, escultor e artista experimental norte americano, voltou-se para a
Land Art no final dos anos 1960 e sua principal obra foi “Spiral Jetty”, feita em 1970. É
um espiral feita de barro, cristais de sal, pedras de basalto e água, tem 4.572 m x 457.2
m. A obra se projeta a partir da margem do Greeat Salt Lake (grande lago de sal), perto
de Rozem Pointe em Utah, para formar uma espiral em sentido horário. Robert
documentou a construção da escultura em um filme de 32 minutos.
Michael Heizer é um artista que, em 1969, criou um dos trabalhos mais famosos da
Land art, o “Duplo Negativo”. Este trabalho é uma terraplanagem feita no Deserto de
Nevada, nos EUA. Consiste em duas fendas, cada uma com 12 metros de profundidade
e 30 metros de comprimento, escavadas no topo de duas mesetas situadas uma de frente
para outra e separadas por um desfiladeiro profundo. Quem quiser conhecer este
trabalho tem que entrar nele literalmente.
Outras obras surpreendentes feitas na natureza.
O artista Jim Denavan desenha sozinho, com um pedaço de madeira, enormes padrões
geométricos nas areias da praia, na terra e na neve e deixa suas obras a mercê da fúria
dos ventos e do mar.
O artista bávaro, Nils-Udo, montou um ninho de 80 toneladas com arbustos, pedras,
galhos, terra e grama, nos anos de 1978 na cidade de Lüneburg Heat, na Alemanha.
Quando os Alpes franceses estão cobertos de neve, o artista plástico Simon Beck calça
seus sapatos para desenhar padrões matemáticos nas montanhas, que agrupados em
escala monumental, viram flocos de neve tridimensionais.
A artista alemã Cornelia Konrads, cria obras que parecem vivas como a obra Momento
f Decision, feita num parque publico sueco com neve, corda de aço e linha.
O artista e ambientalista britânico Andrew Godsworthy, cria suas esculturas apenas
com materiais do próprio terreno, como este portal feito de galhos secos, que se
confunde em feio a profundidade das árvores.
O escultor Andrew Rogers montou o maior projeto de Land Art do mundo com a
exibição de Rhythms of Life, um projeto com 48 obras de pedra maciça que envolveu
mais de 6.700 pessoas em 13 países diferentes. O animal abaixo, tem 80m de
comprimento e 3m de altura, e foi erguido no meio do deserto de Atacama, no Chile, em
2004.
O artista dinamarquês Mikael Hansen, em atividade desde 1980, Monta instalações
naturais em varias partes do mundo, mas as mais famosas estão em seu país, como a
Organic Highway, que empilha troncos no meio da floresta.
Vamos Praticar:
Inspirados na Land art, utiliza o material que encontrar em praças, jardins, ou mesmo
vasos de plantas e crie sua Land art, em versão miniatura. Registre através de foto ou
vídeo.