inteligência emocional e a gestão organizacional

Transcrição

inteligência emocional e a gestão organizacional
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E A GESTÃO ORGANIZACIONAL
RENATA MELO VIEIRA1
RESUMO
O presente artigo tem como finalidade apresentar que dentro de um ambiente
organizacional, faz-se necessário existir gestores que busquem redefinir o que
é ser inteligente para que ocorra o equilíbrio entre razão e emoção e que a
Inteligência emocional é o fator mais importante para as organizações que
buscam a excelência. Ao se falar em relações de qualidade, deve-se saber que
é a capacidade do ser humano de buscar a melhora no seu meio ambiente,
aproveitando oportunidades de melhorar as relações e com certeza a qualidade
de vida.
ABSTRACT
This article intends to show that within an organizational environment, it is
necessary to have managers who seek to redefine what is to be smart to occur
the balance between reason and emotion and that emotional intelligence is the
most important factor for the organizations seeking excellence.When talking
about quality relationships, one should know which is the ability of man to seek
improvement in their environment, taking advantage of opportunities to improve
relations and certainly the quality of life.
INTRODUÇÃO
A competitividade de uma organização e seu destino era definida pelo
seu capital intelectual. Após análises do comportamento organizacional, houve
uma redefinição do que é ser “inteligente”, pois, as organizações viram através
do despertar da consciência emotiva, que poderia haver um equilíbrio do
potencial de cada indivíduo diagnosticado de maneira real, onde possa existir a
interação entre ambos, propiciando assim também o crescimento.
A inteligência emocional pode ser definida como a capacidade de
controlar emoções, para obter a reação correta perante uma ação inesperada,
1 Graduada
em ADMINISTRAÇÃO pela Fundação Educacional do Município de Assis (2005),
MBA em Gestão Empresarial pela UNIVEM - Universidade de Marília em 2010. Professora na
UNIESP - União Nacional das Instituições de Ensino Superiores Privadas, lecionando nos
cursos de Ciências Contábeis e Educação Física.
o que habitualmente não ocorre, devido ao fato de que as emoções se
sobressaem sobre o lado racional, principalmente dentro das organizações,
onde pessoas estão envolvidas e muitas vezes disputam entre si, e isso
compromete a tomada de decisões uma vez que elas devem ser tomadas de
forma imparcial.
Vários autores se preocuparam com os distúrbios emocionais dos
indivíduos, visando oferecer subsídios para que os mesmos pensassem sobre
o problema e buscassem a solução nos planos físico, emocional e mental.
Inserido dentro das cinco (5) disciplinas descritas por Peter Senge, em
seu livro “Escolas que Aprendem: Um guia prático da Quinta Disciplina para
educadores, pais e todos que se interessam por educação”, fica bem claro a
preocupação com o lado emocional do profissional, seja atuando na área da
educação ou em organizações.
Neste sentido, o presente artigo irá abordar a relação das pessoas entre
si e com a organização que atuam de uma forma geral, tratando dos aspectos
gerais e conceituais em relação à inteligência emocional, discutindo as formas
de aperfeiçoar as relações interpessoais e os conceitos pertinentes às relações
dentro da organização relacionados às cinco disciplinas.
ORGANIZAÇÕES
Organizações são associações ou instituições que tem seus objetivos
definidos. O comportamento organizacional por sua vez é um campo de estudo
voltado a prever e compreender as modificações do comportamento humano
dentro do contexto das organizações, uma vez que estamos lidando com
indivíduos de valores e visões diferentes e todos tem que interagir para alcance
de resultados.
A vida e a morte de uma organização, desde os primórdios de sua
criação como nos dias atuais, está na vantagem competitiva que ela possui,
porque toda organização tem como objetivo a obtenção do lucro no mercado
que se encontra e cada dia vêm buscando meios para o alcance de suas
metas. Em termos gerais, o sucesso competitivo baseia-se na habilidade de
produzir algo que possua valor para algum grupo de consumidores de uma
maneira que se torne difícil a imitação por seus concorrentes.
A organização tem como fator primordial, a avaliação do
comportamento micro organizacional, que se ocupa do comportamento
do
indivíduo
ao
trabalhar
sozinho;
comportamento
meso
organizacional, que é o terreno que faz ponte entre duas áreas do
comportamento
organizacional
e
o
comportamento
macro
organizacional, que diz respeito ao comportamento da organização
como um todo(WAGNER III; HILLENBERCK, 1999, p. 06 -07).
A administração organizacional originou-se da ciência social moderna,
esta enraizada numa tradição antiga de pesquisa e reflexão sobre os
problemas e alternativas existentes dentro do ambiente organizacional e seu
mercado, que começou a surgir a partir da revolução industrial, onde invenções
criaram novas formas de produção em massa que tornaram obsoletos os
métodos gerenciais que estavam vigorando.
Foi no fim da revolução industrial que gerentes e engenheiros
americanos e europeus passaram a concentrar-se no desenvolvimento de
teorias gerenciais de administração, devido à necessidade de melhores
instruções e coordenação dos trabalhadores industriais, por conta da
engenharia industrial.
Vários teóricos surgiram desenvolvendo técnicas que abordavam melhor
competitividade, como Taylor, fundador da administração científica; Fayol, que
trouxe como lema a divisão do trabalho em tarefas especializadas, combinadas
com as aptidões de melhoria de mão-de-obra e Max Weber, que desenvolveu o
modelo burocrático, como observado por Wagner III e Hollenberck (1999, p. 08
- 16).
A
organização
hoje deve ser uma organização emocionalmente
inteligente, como deixa claro Goleman (1985, p.23-37). Tendo como principais
características os seguintes pontos:
Fazer com que seu dia-a-dia reflita esta missão, sabendo que
suas ações refletem suas declarações, utilizando seus serviços e
produtos para beneficiar o cliente externo e interno;Se automotizar
pelos grandes valores da humanidade, como amor, felicidade,
plenitude, saúde integral, capacidade de servir, etc., fazendo com
que esses valores sejam cultivados internamente e ofertados
externamente;Respeitar e compreender os valores humanos, na
mesma proporção que compreende o cenário produtivo e financeiro,
que por sua vez, estão intimamente ligados;Valorizar o trabalho em
equipe, considerando cada pessoa em sua inteireza como um ser
único, tendo que ser avaliado em seus aspectos individuais e
sociais;Investir constantemente em seu crescimento físico, psíquico,
emocional e espiritual;Ter uma visão e comportamento holístico, que
possibilitará uma evolução constante, que não estará diretamente
relacionado com o ganhar dinheiro, mas com a realização plena de
todos e do todo, onde o lucro é uma consequência da sua
competência global.
Possuir essas capacidades oferece a todos, maneiras de sobreviver com
a condição humana e sanidade intacta, independente de onde se esta
exercendo a atividade profissional.
Pode-se verificar que o investimento no que se refere a desenvolver a
capacidade emocional das organizações, esta em caráter essencial e
emergencial, para que se tenha uma sustentação, estabilidade e viabilidade
econômica.
Sendo assim, a inteligência emocional não se torna uma solução mágica
nem garantia de ganho da maior fatia do mercado e ou rentabilidade. A
ecologia de uma corporação é mutável e complexa, não existindo uma
intervenção ou mudança isolada capaz de resolver todos os seus problemas,
porém como é feita por pessoas, a inteligência emocional será de grande valia
para as organizações que buscarão sobreviver e estar mais competitiva nos
próximos anos.
O PROFISSIONAL BUSCADO ANTERIORMENTE PELAS ORGANIZAÇÕES
Anteriormente, o componente físico era o fator mais importante para se
contratar um funcionário, pela economia ser agrícola e dependia da força dos
trabalhadores.
Com a sociedade industrial, o homem não tinha que ter conhecimento
além do desejado pela empresa, não necessitando passar por nenhum tipo de
qualificação, tendo sua vida útil marcada por sua capacidade de suportar um
trabalho pesado e sem grandes possibilidades.
Após a década de 1970, o profissional começou a ser valorizado por sua
racionalidade, ou QI (coeficiente de inteligência), onde as organizações
começaram a buscar funcionários que tinham grande capacidade intelectual.
Com o surgimento das altas tecnologias, esse profissional começou a
ser o mais cobiçado pelo mercado, por somente se aceitarem dentro das
organizações os profissionais que provassem ser capazes de intelectualmente
superarem as expectativas dos seus empregadores por meio dos resultados
almejados pelas organizações.
Inteligência Emocional nem era mensurada nesta época por somente se
buscar a melhoria da produtividade através da aquisição de tecnologias, por se
pensar neste recurso como fator determinante para o sucesso da organização,
o que mais tarde veio a ser provado que o capital intangível, ou seja, as
pessoas que fariam a diferença dentro das organizações, levando-as a
conseguir estarem aptas a sobreviver dentro de um mercado emergente cada
vez mais exigente, ficando claro que as bases de uma organização inteligente
são as pessoas que a conduzem.
O PROFISSIONAL DE HOJE NECESSÁRIO PARA AS ORGANIZAÇÕES
No mercado competitivo de hoje, há necessidade de que o profissional
possua competências técnicas, aliadas à competência comportamental e
emocional, baseando-se na realidade de que a quebra de vários paradigmas
existentes,
vem
sendo
quebradas,
por
consequência
das
grandes
transformações que estão sendo realizadas pela busca da evolução.
Uma comunicação eficaz, onde a empatia e sensibilidade estejam
devidamente expressadas para que o sucesso nas ações do cotidiano ocorra,
contudo, investir somente no estudo tradicional não é viável. Tem-se que existir
o trabalho em equipe, um bom relacionamento inter e intrapessoal, uma vez
que a chave para obtenção do sucesso está em saber se comunicar e
relacionar, para com isso obter eficácia e eficiência em todas as relações e
alcançar os resultados esperados pela organização onde se trabalha.
O profissional deve
ter habilidades
para
conciliar os objetivos
organizacionais com os objetivos pessoais e isso só ocorre por meio da
motivação, que é a melhor fonte potencial e a de maior produtividade, por se
tratar da força que move o indivíduo, produzindo um impulso mental que dá
início a uma ação física para obtenção do resultado.
A Inteligência Emocional é o fator que diferencia um profissional do
outro, fazendo não só com que esse profissional desempenhe suas funções de
forma a equilibrar a emoção com a razão. Saber que qualidade e produtividade
implicam em assumir novos desafios, onde atender as necessidades das
partes
interessadas,
tendo
o
compromisso
com os
resultados, criar
oportunidades para autorrealização e cultivar as relações no ambiente de
trabalho determinam o crescimento de uma organização.
É de conhecimento público que as organizações deste novo cenário do
mundo globalizado, começam a demandar muito mais do que gerências
técnicas dos negócios, departamentos, etc. Elas estão carentes de líderes
competentes emocionalmente, ou seja, líderes que utilizam a união de
competências pessoais e sociais, além da competência técnica, para construir
ou conduzir as organizações.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Aristóteles dizia: “qualquer um pode zangar-se – isso é fácil. Mas
zangar-se com a pessoa certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira
certa – não é fácil.”; com esse dizer ele nos impõe um desafio sobre como se
chegar a ter virtude, caráter e uma vida justa, pois, para a obtenção de tais
qualidades o indivíduo teria que saber equilibrar a razão e a emoção.
A Inteligência Emocional vem sendo estudada nas últimas décadas por
vários psicólogos, para responder as várias questões como, por exemplo: “O QI
(coeficiente de inteligência) é destino?”; ou também: “Crianças com QI
insuficiente estão fadadas ao fracasso?”; também para mostrar que dentro da
sociedade há um grande desconforto emocional que traz o isolamento e a
deterioração dos relacionamentos sociais, fazendo com que cada indivíduo
consiga conhecer a si próprio e também os que o rodeiam, entendendo suas
próprias atitudes e podendo entender que o cérebro realmente reage quando
se sonha, se pensa e imagina, o que faz com que se entende como o cérebro
nervoso reage e porque reage.
Para Goleman (2001), a amigdala pode abrigar lembranças e repertórios
de respostas que interpretamos sem compreender bem por que o fazemos, por
que o atalho do tálamo contorna completamente o neocórtez. Essa passagem
permite que a amigdala seja um repositório de impressões emocionais e
lembranças de que não temos plena consciência. LeDoux sugere que é o papel
subterrâneo
da
amigdala
que
explica, por exemplo, um experimento
surpreendente, em que as pessoas adquirem preferências por figuras
geométricas com estranhas formas, exibidas de forma tão rápida que elas nem
tiveram a oportunidade de tomar consciência de tê-las visto!
Outra pesquisa de Gardner (2005) demonstrou que, nos primeiros
milésimos de segundo em que temos a percepção de alguma coisa, não
apenas compreendemos inconscientemente o que é, mas decidimos se
gostamos ou não dela: “o inconsciente cognitivo”.
Por intermédio das tecnologias que permitem obter imagens do cérebro
funcionando, pode-se ver como atuam as células enquanto o indivíduo está
pensando, sonhando ou mesmo imaginando. Mostra-nos como os centros
nervosos nos levam a determinados sentimentos como raiva, amor, guerra e
como
por meio da inteligência emocional eles podem ser utilizados
corretamente ou não. As percepções científicas das emoções servem para nos
levar a uma melhor compreensão de toda nossa vida e do mundo em que
vivemos.
Fica claro que o impulso é o veículo da emoção e que o mesmo provém
de um sofrimento que acaba expressando ações, que podem ser controladas, o
que determina a força de um caráter e define o que é ser inteligente.
Faz-se necessário salientar que a dicotomia racional/emocional ou
cabeça/coração, realmente existe e que na maioria das vezes o que prevalece
é a emoção, pois, quanto mais intenso o sentimento, mais a emoção
predomina e mais inoperante fica a razão, o que explica vários momentos
desconcertantes, quando há o esmagamento de toda racionalidade pelo
sentimento. Entretanto, essas duas mentes, na maioria do tempo, agem
harmonicamente, mesmo sendo semi-independentes quando se verifica o
funcionamento distinto apesar de serem interligados no cérebro.
A busca do autoconhecimento e também da obtenção de novos
conhecimentos para uma aptidão pessoal, melhora a tomada de decisões e a
ação perante acontecimentos inesperados, isso faz com que ocorra uma
análise diferente de cada indivíduo, pois, mostra como emocionalmente e
mentalmente essas decisões terão ou não terão o sucesso esperado, é a
chamada Alfabetização Emocional. Também mostra que existe um desafio a
nossa capacidade de equilíbrio entre razão x emoção, que sendo bem utilizada,
possui sabedoria, civilidade a ambiente organizacional e envolvimento à vida
em sociedade.
Para Gardner (1989), não se pode deixar de salientar que existem vários
tipos de inteligência, é o que chamamos de inteligência Múltiplas, visto por
Howard Gardner nos anos 80, quando propôs que um indivíduo possuía não
uma nem duas inteligências, mas sim, várias relacionadas a habilidades
específicas. Ele conseguiu verificar que vários indivíduos obtiveram sucesso
vivendo muito bem mesmo sem ter um QI elevado e que muitos que tinham tal
QI, não tinham o sucesso esperado, o que comprovava que a avaliação feita
nas escolas, não incluía as capacidades essenciais para a realização e a
felicidade das pessoas. Diz Gardner (2001, p. 15- 35) que “a inteligência é
simplesmente uma capacidade de resolver problemas e elaborar produtos de
valor em um ambiente cultural e social”. Pode-se verificar 07 tipos de
inteligências de 04 estilos.
1° Estilo:
Abstrata, onde se pode localizar 03 dos 07 tipos.

Lógico - Matemático, onde há a capacidade para um raciocínio lógico
para solucionar problemas matemáticos, importantes para aqueles
quem quer ser pesquisador, físico, cientista, etc.

Linguística onde a habilidade de lidar com palavras de maneira
criativa e se expressar de maneira clara e objetiva.

Musical, que é capacidade de entender a linguagem sonora e de
expressar por meio dela.
2° Estilo:
Concreta, onde se localizam 02 tipos:

Pictórica – espacial, que é a capacidade de reproduzir pelo desenho,
situações reais ou mentais, podendo organizar elementos visuais de
forma harmônica, também obtendo a capacidade de se localizar no
espaço, formando um modelo mental preciso de uma situação
espacial.

Cinético – corporal é a capacidade de utilizar o próprio corpo para se
expressar. Importante para atletas, bailarinos, malabaristas, etc.
3° Estilo: Social

Interpessoal, capacidade de interagir com as pessoas, o que significa
ter sensibilidade para responder de forma adequada às situações. É
de grande importância para líderes, políticos, professores, etc.

Intrapessoal, capacidade de se conhecer e administrar os próprios
sentimentos a favor de seus objetivos. Para isso é necessário
autoaceitação e disciplina, sendo indispensável para qualquer
profissional.
4° Espiritual

É a capacidade de aplicar princípios espirituais, objetivando
encontrar paz e tranquilidade, tendo um propósito para a vida,
sabendo lidar com perdas, fracassos e rompimentos.
Somos criaturas multidimensionais que não sabemos apenas a forma
mais correta de tratar isso e o modelo do comportamento humano explica tudo
de modo adequado, mostrando que apesar da interdependência, a dimensão
intelectual, a dimensão emocional e a criativa, estão interconectadas fazendo
com que o comportamento humano não siga uma linha totalmente coerente.
CONCEITO SOBRE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E A GESTÃO
Já é de conhecimento que não se pode separar corpo e mente, assim
acontece com a razão e o sentimento, no entanto antigamente acreditava-se
que isso era absolutamente possível.
Com o aparecimento de novos estudos nessa área, foi possível
compreender que embora a emoção exista dentro de todos no estado bruto, ela
interfere de forma a favorecer ou não o desempenho do ser humano como um
todo, facilitando ou não a vida do mesmo.
Segundo Goleman (2001, p. 307), “o primeiro impulso, em circunstâncias
emotivas, não vem da cabeça, mas do coração”; essa afirmação faz com que
fique bem claro que, a importância de uma perfeita harmonia entre a razão e a
emoção é o que realmente define o que vem a ser tão falada Inteligência
Emocional.
O poder das emoções nas tomadas de decisão não deve ser ignorado,
uma vez que o indivíduo é composto de emoções, no entanto a racionalidade e
a empatia devem ser predominantes para se chegar a uma solução mais
correta.
Buscar melhorar o estado de espírito quando se nota mudanças no
estado emocional, faz com que ocorra a autoconsciência, que faz com que o
indivíduo consiga administrar suas emoções de forma a não afetar em suas
tomadas de decisão. Dentro das organizações, os colaboradores mais
produtivos não são os mais inteligentes, mais sim os que possuem atitudes
positivas e pró – ativas perante os desafios impostos, por estarem
sincronizados com a missão, visão e os valores que são fundamentais para a
empresa.
Um indivíduo é um ser evolutivo que vem tomando determinadas
diretrizes conforme o contexto sócio profissional e a expressão “qualidade de
vida”, fazendo com que a busca pelo controle emocional se torne essencial
para que ele consiga ter um melhor rendimento dentro da organização e saber
conviver em sociedade onde os valores são colocados a prova constantemente
e o contexto organizacional se faz presente.
Saber gerir pessoas é um desafio, onde o profissional que se encontra
nesta função não pode deixar de buscar constantemente o controle de suas
emoções. Pessoas são diferentes, pensam e agem de forma diferente e para
organização chegar a ter resultados positivos e alcançar os objetivos, é
importante que se tenha uma ótima gestão.
Gestores emocionalmente inteligentes conduzem sua equipe ao alcance
de resultados por saberem lidar com sua equipe conhecendo e administrando a
favor da organização e do indivíduo as características individuais de cada um.
Para resgatar o potencial humano, as organizações não deixam de
buscar por profissionais com habilidades para lidar com pessoas por saber que
as pessoas que fazem o diferencial dentro de uma organização. Goleman
(2001), afirma que enquanto o potencial de inteligência o indivíduo possui 07
andares,ou melhor dizendo, níveis de consciência e o 08 que é o sintetizador,
que nada mais é que o próprio homem em sua essência, por isso a importância
dos seres humanos nas organizações, uma vez que elas buscam a excelência,
e essa excelência somente será alcançada com a conquista de unir a razão e a
emoção para ambas caminharem na mesma direção.
A condução de uma equipe para que ela consiga avaliar os problemas é
função de seus gestores, que se estiverem emocionalmente equilibrados para
conseguir direcionar essa equipe, nos planos físico, emocional e mental,
conseguirão alcançar os resultados e ter uma gestão mais eficaz.
Equilibrar mente e coração é poder ver, ouvir e sentir além de perceber a
si mesmo, validando seus valores e virtudes para depois refletir no meio
ambiente, isso é o sinônimo do bom relacionamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS
CAMPOS, Vicente Falconi. O valor dos recursos humanos na era do
conhecimento. Belo Horizonte: Editora Desenvolvimento Gerencial, 2001.
CHANLAT, Jean François. O indivíduo na Organização – dimensões
esquecidas. São Paulo: editora ATLAS, 1996.
CURY, Augusto. Revolucione sua Qualidade de Vida. Rio de Janeiro: Editora
SEXTANTE, 2002.
GARDNER, Howard. Mentes que Mudam. Porto Alegre: Editoras BOOKMAN e
ARTMED, 2005.
GARDNER,
Howard.
Inteligências
Múltiplas.
Porto
Alegre:
Editoras
BOOKMAN e ARTMED, 1985.
GOLEMAN,
Daniel.
Inteligência
Emocional.
Rio
de
Janeiro: Editora
OBJETIVA, 1995.
KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas Organizações. São
Paulo: editora ATLAS, 1999.
MACIAN, Massari Leda. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos
Humanos. São Paulo: Editora PEDAGÓGICA e UNIVERSITÁRIA LTDA, 1987.
SUN TZU, adaptação CLAVELL James. A Arte da Guerra. Rio de Janeiro: São
Paulo: Editora RECORD, 2002.
VERGARA Constante Sylvia. Gestão de Pessoas. São Paulo: editora ATLAS,
2000.
WILLINGHAM, Ron. Gente – Fator Humano. São Paulo: Editora EDUCATOR,
2001.

Documentos relacionados