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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS KELY DAIANE KELBERT ANIMAIS PEÇONHENTOS NO MUNICÍPIO DE RIO NEGRINHO/SC: ACIDENTES E MEDIDAS PREVENTIVAS MAFRA 2011 KELY DAIANE KELBERT ANIMAIS PEÇONHENTOS NO MUNICÍPIO DE RIO NEGRINHO/SC: ACIDENTES E MEDIDAS PREVENTIVAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito de aprovação no curso de Ciências Biológicas - Bacharelado e Licenciatura, ministrado pela Universidade do Contestado – UnC – Mafra, sob a orientação da Professora Ms Maristela Povaluk. MAFRA 2011 Dedico todo meu esforço neste longo trajeto ao meu esposo Junior, aos meus pais Inez e Waldir e ao meu irmão Maikon, pelo amor, incentivo e apoio. companheirismo, AGRADECIMENTOS A contribuição de várias pessoas foi essencial para o desenvolvimento e implementação desta pesquisa. Ao meu esposo Junior pela paciência, compreensão e pelo carinho durante toda essa jornada. Aos meus pais Inez e Waldir, exemplos de dedicação e razão da minha existência, pelo apoio e companheirismo. Ao meu irmão Maikon, pelas dicas, orientações, empréstimos de material, repasse de conhecimentos. Ao meu amigo Luciano, pela amizade, pelos conselhos e pelo carinho. As minhas amigas Rafaela, Vanessa e Tatiane, que sempre estiveram ao meu lado. Ao meu amigo Rodrigo, pela amizade e incentivo. Aos meus amigos, Eden e Veronica, Marcos e Georgete, Tiago, Leandro pelas horas de risadas. Aos meus colegas de faculdade pela troca de conhecimentos. A minha professora orientadora, Maristela Povaluk, pela transmissão de conhecimento e incentivo no decorrer do desenvolvimento da pesquisa. A Liege Kruger e Fabiana da Luz pela pronta e valiosa ajuda. A bióloga Leoni Fuerst, pelas dicas e pelo incentivo ao meu crescimento pessoal e profissional. Obrigada! "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças." Charles Darwin RESUMO Esta pesquisa teve como finalidade desenvolver uma proposta com ênfase as medidas preventivas relacionadas aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, no município de Rio Negrinho/SC. Caracterizou-se como pesquisa bibliográfica, documental, de campo e ação, sendo desenvolvida com base nos dados registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho, no período de janeiro de 2010 a junho de 2011. O estudo foi direcionado a uma investigação dos índices de acidentes ocasionados por animais peçonhentos no referido município e com base nesses índices foram promovidas ações educativas e preventivas para a população, procurando assim, evitar e diminuir a incidência de novos acidentes. Através da análise da pesquisa documental, constatou-se que 195 acidentes foram ocasionados por animais peçonhentos, entre eles, aranhas, escorpiões, serpentes, abelhas e taturanas. Evidenciou-se também que nos bairros Cruzeiro e Vista Alegre ocorreu maior incidência de acidentes. A pesquisa de campo foi aplicada por meio de questionários para os agentes comunitários de saúde. No desenvolvimento da proposta, foram aplicadas, palestra e distribuição de folders, para os agentes comunitários de saúde de todos os bairros do município, alunos das escolas Profª. Marta Tavares, localizada no bairro Cruzeiro e Profª. Lucinda Maros Pscheidt, localizada no bairro Vista Alegre e ainda para moradores dos bairros Cruzeiro e Vista Alegre, procurando orientar a referida amostragem com relação à prevenção de acidentes por animais peçonhentos. Desta maneira averiguou-se que a presente pesquisa foi de suma importância, pois os resultados obtidos foram satisfatórios, percebendo um grande interesse sobre o referido assunto por parte dos agentes comunitários de saúde, alunos e população. Palavras-Chave: Animais Peçonhentos, Acidentes, Medidas Preventivas. ABSTRACT This research was to develop a proposal with emphasis on preventive measures related to accidents caused by venomous animals in the municipality of Rio Negrinho/SC. Characterized as literature, documentary and field action, being developed based on data from the Epidemiological Monitoring of Rio Negrinho, from January 2010 to June 2011. The study was aimed at investigating a number of accidents caused by venomous animals in that county and based on these indices was promoted educational and preventive measures for the population, seeking to prevent and reduce the incidence of new. The analysis of documentary research, it was found that 195 accidents were caused by poisonous animals among these spiders, scorpions, snakes, bees and caterpillars. It was clear also that in the neighborhoods Cruzeiro and Vista Alegre occurred a higher incidence of accidents. The field research was carried out through questionnaires for community health workers. In developing the proposal were implemented, lecture and distribution of brochures for the community health workers of all city districts, school students Prof. Marta Tavares, located in the district Cruzeiro and Prof. Lucinda Maros Pscheidt, located in the neighborhood Vista Alegre residents of the neighborhoods Cruzeiro and Vista Alegre, looking for directions with respect to said sample to prevent accidents by venomous animals. Thus it was found that this research was of paramount importance, because the results were satisfactory, seeing a great interest on the said matter by the community health workers, students and population. Keywords: Poisonous Animals, Accidents, Preventive Measures. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Representante da Família Saturniidae – Lonomia sp....................... 35 Figura 2 - Representante da Família Megalopygidae – Podalia orsilochus.......... 35 Figura 3- Representante da Família Arctiidae – Premolis semirufa..................... 35 Figura 4 - Principais características das aranhas peçonhentas do Brasil............ 40 Figura 5 – Classificação das serpentes quanto à existência e localização das presas inoculadoras............................................................................................. 43 Figura 6 – A pesquisadora coletando dados na Vigilância Epidemiológica ...... 92 Figura 7 - Visualização da estrutura física da Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho................................................................................................................ 92 Figura 8 – A pesquisadora explicando aos agentes comunitários de saúde o procedimento da pesquisa................................................................................... 93 Figura 9 – A pesquisadora entregando os questionários..................................... 93 Figura 10 - Agentes comunitários de saúde recebendo o questionário ............... 94 Figura 11 – Pesquisadora efetuando contato com a diretora da escola da Escola Marta Tavares.......................................................................................... 95 Figura 12 – Visualização da estrutura física da EEB Profª. Marta Tavares que foi implementada a referida pesquisa................................................................... 96 Figura 13– Visualização da estrutura física da EMEB Profª. Lucida Maros Pscheidt que foi implementada a referida pesquisa............................................. 96 Figura 14 - Palestra para agentes comunitários de saúde................................... 97 Figura 15 – A pesquisadora repassando os dados da pesquisa para os agentes comunitários de saúde........................................................................... 97 Figura 16 – Palestra para alunos da 6ª série da EEB Profª. Marta Tavares................................................................................................................. 98 Figura 17 – Palestra para os alunos da 6ª da EEB Profª. Marta Tavares............ 98 Figura 18 – Palestra para os alunos do 8º e 9º ano da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt..................................................................................................... Figura 19 99 – Palestra para os alunos da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt................................................................................................................ 99 Figura 20 – Entrega do folheto educativo para moradora do bairro Vista Alegre................................................................................................................... 100 Figura 21 – Entrega do folheto educativo para a população do bairro Vista Alegre................................................................................................................... 100 Figura 22 – Entrega do folheto educativo para a população do bairro Cruzeiro................................................................................................................ 101 Figura 23 – Entrega do folheto educativo para morador do bairro Cruzeiro................................................................................................................. 101 Figura 24 – Publicação da palestra no blog da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt................................................................................................................ 102 Figura 25 – Folder elaborado pela pesquisadora................................................. 103 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Mecanismo de ação do veneno das aranhas de interesse médico no Brasil............................................................................................................... 40 Quadro 2 - Mecanismo de ação do veneno de ofídios.......................................... 47 Quadro 3 - Tratamento para acidentes ocasionados por ofídios......................... 51 Quadro 4 - Tratamento para acidentes ocasionados por escorpiões.................. 52 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros do município de Rio Negrinho..................................................................... 64 Gráfico 2 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, relação bairro x animal peçonhento. ...................................................................... 64 Gráfico 3 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área......................................................................................................................... 65 Gráfico 4 – Número de acidentes especificando o animal...................................... 65 Gráfico 5 – Número de acidentes ocorridos por faixa etária................................... 66 Gráfico 6 – Número de acidentes ocorridos com predominância mensal.............. 66 Gráfico 7 - Número de acidentes ocorridos com predominância mensal, especificando o animal........................................................................................... 67 Gráfico 8 – Número de acidentes por gênero ........................................................ 67 Gráfico 9 – Predominância de acidentes no sexo feminino, evidenciando o animal..................................................................................................................... 68 Gráfico 10 – Predominância de acidentes no sexo masculino, evidenciando o animal..................................................................................................................... 68 Gráfico 11 - Relacionando a utilização de soro nos acidentes por animais peçonhentos........................................................................................................... Gráfico 12 – Evidenciação com relação ao local 69 da picada..................................................................................................................... 69 Gráfico 13 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal.................. 70 Gráfico 14 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos no município de Rio Negrinho...................................................................................... 70 Gráfico 15 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos relação bairro x animal peçonhento........................................................................ 71 Gráfico 16 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área......................................................................................................................... Gráfico – 17 Número de acidentes especificando o animal..................................................................................................................... Gráfico 18 - Número de acidentes ocorridos por 71 72 faixa etária....................................................................................................................... 72 Gráfico 19 – Número de acidentes ocorridos com predominância mensal........ 73 Gráfico 20 - Número de acidentes ocorridos com predominância mensal, especificando o animal........................................................................................... Gráfico – 21 Número de acidentes 73 por gênero..................................................................................................................... 74 Gráfico 22 – Predominância de acidentes no sexo feminino, evidenciando o animal..................................................................................................................... 74 Gráfico 23 – Predominância de acidentes no sexo masculino, evidenciando o animal..................................................................................................................... 75 Gráfico 24 – Relacionando a utilização do soro nos acidentes por animais peçonhentos........................................................................................................... Gráfico – 25 Evidenciação com relação ao local da picada..................................................................................................................... Gráfico 26 – Evidenciação com relação ao local da picada 75 e 76 o animal..................................................................................................................... 76 Gráfico 27 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros do município de Rio Negrinho..................................................................... 77 Gráfico 28 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos relação bairro x animal peçonhento........................................................................ 77 Gráfico 29 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área......................................................................................................................... 78 Gráfico 30 – Número de acidentes especificando o animal.................................... 78 Gráfico 31 – Número de acidentes por faixa etária................................................ 79 Gráfico 32 – Número de acidentes com predominância mensal............................ 79 Gráfico 33 - Número de acidentes ocorridos com predominância mensal, especificando o animal........................................................................................... 80 Gráfico 34 – Número de acidentes por gênero....................................................... 80 Gráfico 35 – Predominância de acidentes no sexo feminino, evidenciando o animal .................................................................................................................... 81 Gráfico 36 – Predominância de acidentes no sexo masculino, evidenciando o animal..................................................................................................................... 81 Gráfico 37 – Relacionando a utilização do soro nos acidentes por animais peçonhentos........................................................................................................... 82 Gráfico 38 – Evidenciação com relação ao local da picada................................... 82 Gráfico 39 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal................. 83 Gráfico 40 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, especificando o animal........................................................................................... 83 Gráfico 41 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, especificando o animal,comparando os semestres................................................ 84 Gráfico 42 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros do município de Rio Negrinho..................................................................... 84 Gráfico 43 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos relação bairro x animal peçonhento........................................................................ 85 Gráfico 44- Número de acidentes por área............................................................. 85 Gráfico 45 – Número de acidentes por área, comparando os semestres.............. 86 Gráfico 46- Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros do município de Rio Negrinho, comparando os semestres........................ 86 Gráfico 47 – Número de acidentes por faixa etária, comparando os semestres............................................................................................................... 87 Gráfico 48 - Número de acidentes por faixa etária................................................. 87 Gráfico 49 – Número de acidentes por gênero....................................................... 88 Gráfico 50 – Predominância de acidentes no sexo feminino, especificando o animal..................................................................................................................... 88 Gráfico 51 - Predominância de acidentes no sexo masculino, especificando o animal..................................................................................................................... 89 Gráfico 52 - Relacionando a utilização de soro nos acidentes por animais peçonhentos........................................................................................................... 89 Gráfico 53 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal.................. 90 SUMÁRIO CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO............................................................................. 17 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA......................................................................... 17 1.2 PROBLEMA.................................................................................................... 17 1.3 JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 17 1.4 OBJETIVOS.................................................................................................... 18 1.4.1 Objetivo Geral.............................................................................................. 18 1.4.2 Objetivos Específicos................................................................................... 18 CAPÍTULO II - REFERENCIAL TEÓRICO......................................................... 20 2.1 OS SERES VIVOS.......................................................................................... 20 2.2 ZOOLOGIA..................................................................................................... 22 2.3 REINO ANIMALIA........................................................................................... 23 2.3.1 Filo Arthropoda............................................................................................. 24 2.3.1.1 Subfilo Uniramia........................................................................................ 26 2. 3.1.1.1 Classe Insecta....................................................................................... 26 2.3.1.2 Subfilo Chelicerata.................................................................................... 27 2.3.1.2.1 Classe Arachnida................................................................................... 28 2.3.2 Filo Chordata................................................................................................ 29 2.3.2.1Subfilo Vertebrata...................................................................................... 30 2. 3.2.1.1Classe Reptilia....................................................................................... 30 2.4 ANIMAIS PEÇONHENTOS............................................................................. 32 2.4.1 Abelhas........................................................................................................ 33 2.4.2 Taturanas..................................................................................................... 34 2.4.3 Aranhas........................................................................................................ 36 2.4.4 Escorpiões................................................................................................... 41 2.4.5 Serpentes..................................................................................................... 42 2.5 VENENO......................................................................................................... 47 2.6 SOROTERAPIA.............................................................................................. 50 2.7 MEDIDAS PREVENTIVAS.............................................................................. 53 2.8 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA.................................................................... 55 CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................... 57 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA................................................................. 57 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA...................................................................... 57 3.2.1 Local do Estudo........................................................................................... 57 3.2.2 Universo....................................................................................................... 57 3.2. 3 Amostra....................................................................................................... 57 3.2.4 Critérios de Inclusão.................................................................................... 58 3.2.5 Critérios de Exclusão................................................................................... 58 3.3 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS........................................................ 58 3.3.1 Instrumentos de Pesquisa............................................................................ 58 3.3.2 Metodologia da Pesquisa Bibliográfica....................................................... 58 3.3.3 Metodologia da Pesquisa de Campo........................................................... 59 3.3.4 Metodologia da Pesquisa Documental......................................................... 59 3.3.5 Metodologia da Pesquisa de Ação............................................................... 59 3.4 DESCRIÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO..................................................... 60 3.5 DESCRIÇÃO DA PESQUISA DOCUMENTAL............................................... 60 3.6 DESCRIÇÃO DA PESQUISA AÇÃO.............................................................. 61 CAPÍTULO IV - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS............... 63 4.1 TRATAMENTO DOS DADOS......................................................................... 63 4.2 EVIDENCIAÇÃO DOS RESULTADOS........................................................... 63 4.2.1 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Janeiro a Junho de 2010...................... 63 4.2.2 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Julho de Dezembro de 2010................ 70 4.2.3 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como bases os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Janeiro a Junho de 2011...................................................................................................................... 77 4.2.4 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Janeiro de 2010 a Junho de 2011........ 83 4.2.5 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados aplicado aos agentes comunitários de saúde............................................................................ 90 4.2.6 Dados relacionados à pesquisa documental............................................... 91 4.2.7 Dados relacionados à pesquisa de campo.................................................. 93 4.2.8 Dados relacionados com a pesquisa ação.................................................. 97 4.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS................................... 104 CONCLUSÃO....................................................................................................... 119 REFERÊNCIAS.................................................................................................... 122 ANEXOS............................................................................................................... 124 ANEXO A – FICHA DE INVESTIGAÇÃO DO SINAN/ ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS................................................................................... 125 APÊNDICES......................................................................................................... 128 APÊNDICE A - FICHA PARA COLETAS DE DADOS, COM DADOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OCORRIDOS ENTRE JANEIRO DE 2010 A JUNHO DE 2011 ............................................................... 129 APÊNDICE B - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA OS FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA DE SAÚDE................................................. 136 APÊNDICE C - SLIDES DA APRESENTAÇÃO PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE............................................................................... 139 APÊNDICE D - SLIDES DA APRESENTAÇÃO PARA OS ALUNOS................... 146 APÊNDICE E – FOLDER SOBRE ANIMAIS PEÇONHENTOS............................ 153 17 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA São considerados animais peçonhentos aqueles “que apresentam glândulas especiais, denominadas glândulas iógenas (ios=peçonha, veneno) produtoras de substâncias tóxicas úteis ao animal” (AUTO, 2005, p.15), utilizadas para imobilizar as suas presas ou em defesa própria quando se sentem ameaçados. Temidos pelo homem, estão presentes tanto em meios urbanos, quanto rurais e são os responsáveis por inúmeros acidentes domésticos; dessa forma constituem um problema para a saúde pública, não somente pela gravidade dos acidentes, mas também por complicações que podem apresentar com relação à saúde e qualidade de vida. Acidentes ocasionados por esses animais podem ser fatais se não forem tratados em tempo hábil, principalmente se as vítimas forem idosos, crianças e indivíduos com organismos muito debilitados. Contudo, é importante ressaltar que, se adotadas algumas medidas preventivas em relação ao contato com estes animais, haveria uma redução significativa do número de acidentes. 1.2 PROBLEMA Com enfoque nos acidentes por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica do município de Rio Negrinho e visando medidas preventivas para a diminuição destes, questiona-se: como desenvolver uma proposta com ênfase às medidas preventivas, relacionadas aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, registrados no município de Rio Negrinho/ SC, no período de janeiro de 2010 a junho de 2011? 1.3 JUSTIFICATIVA Esta pesquisa teve por finalidade, desenvolver uma proposta com ênfase em medidas preventivas, relacionadas aos acidentes ocasionados por animais 18 peçonhentos no município de Rio Negrinho/SC, no período de janeiro de 2010 a junho de 2011. Em decorrência de poucos estudos sobre os acidentes ocasionados por animais peçonhentos no município, e sendo este, um ótimo campo de estudo científico, visto que, o referido tema esta carente de atividades de pesquisa, é de suma importância o desenvolvimento da referida temática, a fim de verificar a incidência de acidentes, possibilitando através destes dados à promoção de ações educativas, prevenindo assim novos acidentes. A escolha do tema partiu da problemática da grande incidência de acidentes por animais peçonhentos, na referida região e por estar vinculada às questões relacionadas à saúde pública e a qualidade de vida no contexto municipal. Diante desses aspectos, é fundamental a elaboração de uma proposta com ênfase a medidas preventivas, pois na maioria dos casos a população não sabe como proceder perante aos acidentes e não tem conhecimento das medidas preventivas que devem ser adotadas, justificando desta forma a necessidade da pesquisa. 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral Desenvolver uma proposta com ênfase as medidas preventivas relacionadas aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, no município de Rio Negrinho/ SC. 1.4.2 Objetivos Específicos Verificar a incidência de acidentes por animais peçonhentos no município de Rio Negrinho/SC no período de janeiro de 2010 a junho de 2011. Constatar quais são os animais peçonhentos envolvidos em acidentes no município de Rio Negrinho/SC. Verificar com qual animal peçonhento ocorre o maior número de acidentes. Comparar os acidentes que ocorreram por animais peçonhentos na área urbana e na área rural do município de Rio Negrinho/SC. 19 Analisar quais os bairros com maior incidência de acidentes por animais peçonhentos no município de Rio Negrinho/SC. Verificar a utilização de soro pelo paciente, acometido pela picada por animal peçonhento. 20 CAPÍTULO II REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 OS SERES VIVOS É difícil distinguir as características específicas de cada ser existente. Devido a este aspecto, para facilitar o estudo da diversidade dos seres vivos, é necessário organizá-los conforme alguns critérios, isto é, utilizar algumas regras de classificação de acordo com a necessidade de cada grupo. As tentativas de classificação dos seres vivos remontam à antiguidade. Aristóteles dividia os animais em dois grupos, os animais com sangue e os animais sem sangue. No entanto, ao longo dos tempos, o sistema artificial de classificação não atendia mais as necessidades, pois se baseava somente em critérios discricionários e não analisavam as semelhanças e as diferenças fundamentais entre os seres vivos. Naturalistas tentavam organizar os seres vivos com base em características mais evidentes e relevantes, adotando um sistema diferente, o sistema natural de classificação, que procurava analisar um grande conjunto de caracteres, tentando estabelecer as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos. Lineu teve o grande mérito em de desenvolver um sistema utilizando categorias hierárquicas que, com algumas alterações e modificações, é utilizado até hoje. Durante muitos séculos, os seres foram divididos em dois grandes reinos, o Reino Vegetalia e o Reino Animalia, já com o desenvolvimento da microscopia, no século XIX, o naturalista Haeckel propôs a instalação de um terceiro reino, onde se colocassem seres de posição indecisa, com algumas características de animais e outras de vegetais. Surgiu, então, o terceiro reino, os dos Protistas. Baseado no tipo de nutrição, entre outras características, Robert Whittaker em 1969, dividiu os seres vivos em cinco reinos, Monera, Protista, Plantae, Fungi e Animalia. Monera: Formado por organismos unicelulares procariontes, com uma estrutura celular muito simples: não há uma membrana nuclear envolvendo o material genético nem uma série de organoides que existem nas células de outros seres vivos, como mitocôndrias, cloroplastos, retículo 21 endoplasmático. Este reino é formado pelas bactérias e cianobactérias (algas azuis). Protista: Reúne os seres vivos unicelulares eucariontes; a célula é mais complexa que a dos procariontes, com material genético separado do citoplasma pela membrana celular, formando um núcleo individualizado e diversos organóides que estavam ausentes nos procariontes. Neste reino estão os protozoários e algumas algas unicelulares. Plantae ou Metaphyta (plantas): É constituído pelos organismos eucariontes pluricelulares autótrofos e inclui as plantas terrestres e as algas pluricelulares. Fungi (fungos): Inclui os seres vivos eucariontes unicelulares ou pluricelulares e heterotróficos por absorção. Animalia ou Matazoa (animais): Compreende os eucariontes pluricelulares e heterotróficos por ingestão; ingerem moléculas orgânicas complexas retiradas do corpo de outros seres vivos (LINHARES E GEWANDSZNAJDER, 1998, p. 23). Os vírus são pequenos agentes infecciosos e não são enquadrados nos cinco reinos, pois se diferem dos demais seres vivos pela inexistência de organização celular, por não serem capazes de se reproduzir sem estar dentro de uma célula hospedeira e por não possuírem metabolismo próprio. Atualmente, sabe-se da existência de mais de 10 milhões de tipos diferentes de organismos presentes na biosfera, pertencentes aos diferentes reinos. Os referidos reinos são constituídos por categorias taxonômicas, na qual a espécie é considerada uma unidade básica de classificação. Define-se como espécie, indivíduos acentuadamente semelhantes uns aos outros e que tem a capacidade de cruzar entre si, gerando descendentes férteis e iguais a eles. Pode-se ressaltar que, uma espécie pode dar origem a outras e esse conjunto de espécies é agrupado em um mesmo gênero. Gêneros semelhantes são agrupados em uma mesma família; famílias semelhantes são agrupadas em uma mesma ordem; ordens semelhantes são agrupados em uma mesma classe; classes semelhantes são agrupadas em um mesmo filo ou divisão; filos ou divisões semelhantes são agrupados em um mesmo reino. A espécie é a unidade de classificação e a hierarquia das diferentes categorias taxonômicas. A taxonomia apresenta duas categorias, a classificação e a nomenclatura, a classificação arranja os animais em grupos, já a nomenclatura dá nomes aos grupos de animais a serem classificados. 22 2.2 ZOOLOGIA A zoologia é a ciência que estuda os animais, do grego, significa: “zoon, animal + logos, discurso; que trata da vida animal” (STORER et al. ,2003, p.3). Desta maneira, entende-se que esta ciência aborda todos os grupos compostos por animais, e englobam os aspectos de sua biologia, ecologia, anatomia, evolução e inclusive as suas relações com ambiente. [...] zoologia dá uma descrição geral do Reino Animal, a estrutura de representantes de diferentes grupos, os processos fisiológicos, e o modo de vida dos animais. Acrescentam-se ainda noções de como os animais crescem e se reproduzem, dos princípios da herança (hereditariedade), da distribuição dos animais sobre a terra atualmente e em tempos geológicos passados e, finalmente, como se originaram os animais existentes – teoria da evolução orgânica (STORER et al., 2003, p.10). Pode-se salientar então, que a zoologia tem como objetivos descrever e explicar a diversidade da fauna e estudar a adaptação das espécies ao meio, ou ecossistemas específicos, além de ocupar-se da história natural dos animais, sua evolução e filogenia. Considerando o contexto atual se tem conhecimento que, existem no mundo uma diversidade enorme de espécies animais viventes e que novas espécies são constantemente descobertas, e toda essa biodiversidade embasada no estudo da zoologia, mas qual a importância e o porquê estudar zoologia? Para Storer et al. (2003, p.9): “Nestas últimas décadas do século XX o homem defronta-se com diversos problemas convergentes que poderiam provocar uma crise muito séria.” Entre estes problemas podemos salientar, crescimento populacional desordenado, aquecimento global, falta de alimento em alguns países, poluição, extinção de algumas espécies da fauna e da flora. Todos os principais problemas que o homem enfrentou no último quarto deste século são biológicos: a explosão populacional, a deficiência de alimento e de energia e a poluição. Eles não podem ser resolvidos sem um adequado conhecimento dos princípios que governam a vida animal neste planeta, isto é, da zoologia (STORER et al., 2003, p.9). Conhecer e compreender os mecanismos que governam a vida animal é de suma importância, pois o homem também está sob regência das mesmas estruturas. Todos os problemas que a humanidade vem enfrentando ao longo da transição dos séculos são biológicos, e estão intensamente relacionados com a zoologia, esses 23 problemas não poderão ser solucionados sem que conheçamos adequadamente os princípios que governam vida animal neste planeta. 2.3 REINO ANIMALIA Neste reino se enquadram todos os seres vivos que denominamos genericamente de animais, como o próprio nome já sugere. Um reino extremamente heterogêneo, distribuídos em aproximadamente 35 filos e podendo ser encontrados em diversos ambientes. A primeira enumeração precisa de todos os animais conhecidos foi feita por Lineu em 1758 e incluía 4.236 tipos. Em 1859 Agassiz e Bronn contaram 129.370 e em 1911 Pratt estimou que 522.400 tinham sido denominados. O total agora ultrapassa de 1.000.000. Novas formas estão ainda sendo denominadas e pode haver atualmente vários milhões de tipos de animais viventes (STORER et al.,2003, p.267). Com inúmeras características, ainda que nem sempre presentes em todas as espécies, pode-se ressaltar: 1-Organismos eucariontes multicelulares; 2-Células desprovidas de parede celular (reforço constituído de celulose), embora em muitos casos possa ocorrer um reforço com substância de natureza química diversa da celulose, como a quitina, por exemplo; 3-Carboidrato de reserva representado geralmente pelo glicogênio; 4-Maioria dotada de movimentos ativos, com algumas espécies fixas; 5-Nutrição sempre heterotrófica e obtenção do alimento habitualmente por ingestão; 6-Reprodução sexuada por meio de gametas na quase totalidade das espécies, fazendo exceção apenas alguns celenterados, que costumam realizar a gemulação ou brotamento, e alguns vermes turbelários e anelídeos poliquetas, que podem reproduzir-se por divisão simples e assexuada (SOARES, 1997, p. 367). Pode-se salienta que a estrutura corporal destes organismos é um aglomerado de células especializadas e muito funcionais, de acordo com a sua respectiva função. Seu sistema digestivo pode ser completo ou incompleto, apenas neste reino é que são encontrados os tecidos musculares e nervosos. A respiração pode ser cutânea, branquial, pulmonar ou traqueal. Quanto à simetria, muitos representantes desse reino possuem simetria bilateral, um exemplo que se pode citar são os seres humanos, outros têm simetria radial, como é o caso de alguns animais aquáticos. 24 Os animais são os organismos mais diversos quanto à forma, possuindo grande diversidade de tamanho, a partir de seres microscópicos até os gigantes como as baleias. 2.3.1 Filo Arthropoda Os artrópodes são os mais numerosos e polimórficos dentre todos os filos existentes, “sendo composto por mais de três quartos de todas as espécies conhecidas. Aproximadamente 900.000 espécies de artrópodes foram registradas, e provavelmente o mesmo número ainda deve ser identificado e classificado” (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2009, p.355). A principal característica deste filo é a presença de apêndices articulados, ou seja, articulação dos membros locomotores, foi esta expressão que deu nome ao filo, pois do grego significa arthorm, articulação; pous, podos, pés. Com uma ampla dispersão geográfica, “ocorrem em altitudes acima de 6.000 metros em montanhas de mais de 9.500 metros do mar. As diversas espécies são adaptadas para vida no ar, na terra, no solo e em água doce, salobra e salgada” (STORER et al., 2003, p.463). Os artrópodes são invertebrados e representam os únicos animais invertebrados voadores. São animais com: 1-Simetria bilateral; 3 folhetos germinativos; corpo geralmente segmentado e externamente articulado; cabeça, tórax e abdome diversamente distintos ou fundidos (segmentos cefálicos sempre fundidos). 2-Um par de extremidades por segmento ou menos; cada uma com poucos a muitos artículos contendo feixes antagônicos de músculos; diversamente diferenciadas, algumas vezes reduzidas em número ou partes, raramente ausentes. 3-Um exoesqueleto endurecido contendo quitina, secretado pela epiderme e mudado periodicamente. 4-Músculos estriados, frequentemente complexos, geralmente capazes de ação rápida. 5-Trato digestivo completo; peças bucais com mandíbulas laterais adaptadas para mastigação ou para sucção; anus terminal. 6-Sistema circulatório aberto (lacunar); coração dorsal, distribuindo sangue através de artérias para os órgãos e tecidos, de onde ele volta por lacunas do corpo (hemocelo) ao coração; celoma reduzido. 7-Respiração por brânquias, traquéias (ductos de ar), pulmões foliáceos ou superfície do corpo. 8-Excreção por glândulas coxais ou glândulas verdes ou por 2 a muitos túbulos de Malpighi ligados ao intestino. 25 9-Sistema nervoso com gânglios dorsais pares dorsalmente à boca e conectivos para um par de cordões nervosos ventrais, com um gânglio em cada segmento ou gânglios concentrados; os órgãos sensitivos incluem antenas e pelos sensitivos (tácteis quimiorreceptores), olhos simples e compostos, órgãos auditivos e estatocistos. 10-Sexos geralmente separados, macho e fêmea frequentemente diferentes; fecundação geralmente interna; ovos ricos em vitelo, com casca; ovíparos e ovovivíparos, clivagem geralmente superficial; geralmente com um os vários estágios larvais e metamorfose gradual ou abrupta para forma adulta; partenogênese em alguns crustáceos e insetos (STORER et al., 2003, p.464). O exoesqueleto presente nos artrópodes possui inúmeras vantagens, serve como base para inserção da musculatura, pode auxiliar na movimentação e força, oferece proteção, evita a desidratação e serve como barreira para prevenir infecções. Embora de proteção, o exoesqueleto, por abranger todo o corpo, necessita ser substituído conforme o crescimento do animal. Para que o artrópode possa crescer normalmente, o esqueleto velho necessita ser substituído por um novo com tamanho maior. Esse problema é resolvido através de mudas ou ecdise. O processo para a troca de mudas acontece de tempos em tempos, onde a epiderme secreta um líquido que forma um espaço entre ela e o exoesqueleto. Posteriormente, a epiderme produz um esqueleto novo, ainda flexível, que permite o crescimento do animal. Em determinado momento o esqueleto velho arrebenta, permitindo que o artrópode abandone a velha proteção. Todo o ciclo de muda dos artrópodes é controlado pelo sistema endócrino e o hormônio responsável é a ecdisona. Devido a essa troca constante do exoesqueleto, o crescimento de um artrópode não é contínuo, apresentando momentos de nenhum crescimento, alternados com momentos de crescimento. Os artrópodes classificam-se de acordo com a presença ou a ausência de determinados apêndices, bem como da origem dos mesmos. São classificados em quatro subfilos, o Subfilo Trilobita, já extintos; o Subfilo Chelicerata (quelicerados), que inclui os aracnídeos (portadores de quelíceras); o Subfilo Crustacea (crustáceos), com mandíbulas, dois pares de antenas e apêndices com duas ramificações e o Subfilo Uniramia (unirrâmeos), onde estão incluídos os insetos, os quilópodes e os diplópodes, dotados de mandíbulas, um par de antenas e apêndices unirramado, ou seja, sem ramificações. 26 2.3.1.1 Subfilo Uniramia Os representantes deste subfilo são principalmente terrestres, apenas alguns retrocederam para a vida aquática, geralmente de água doce, caracterizados pela presença de apêndices não ramificados. Este subfilo é composto pelas classes, Chilopoda (lacrais, centopeias), Diplopoda (piolhos-de-cobra), Pauropoda, Symphyla e Insecta (insetos). Os Uniramia possuem apenas um par de antenas, e seus apêndices são sempre unirremes, nunca birremes como o dos crustáceos. Embora em algumas fases juvenis de insetos sejam aquáticos e possuam brânquias, essas brânquias não são homólogas às dos crustáceos. Insetos e miriápodes usam traqueias para transportar os gases respiratórios diretamente para todas as células do corpo e a partir delas de uma forma semelhante à que ocorre em alguns onicóforos e alguns aracnídeos (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2009, p.390). A excreção ocorre habitualmente através de túbulos de Malpighi. 2.3.1.1.1 Classe Insecta Os insetos são animais invertebrados e os gafanhotos, piolhos, moscas, abelhas, borboletas, besouros entre outras pequenas criaturas compõem esta classe. “São os mais abundantes e espalhados de todos os animais terrestres, sendo os mais importantes invertebrados que podem viver em ambientes secos e os únicos capazes de voar” (STORER et al., 2003, p. 504). Embora a maioria de nós pense nos insetos primeiramente como pragas, a humanidade teria grande dificuldade para sobreviver se todos os insetos desaparecessem de repente. Alguns produzem materiais úteis: mel e cera de abelhas, seda do bicho-da-seda, e laca de uma cera produzida por uma cochonilha. Mais importante, no entanto, é que os insetos são necessários para a fertilização de muitas plantações. [...] Muitos insetos predadores, como os besouros cicindelíneos, larvas de moscas sirfídeas, formigas-leão, louva-a-deus e joaninhas, destroem insetos daninhos. Insetos parasitoides são muito importantes no controle da população de insetos daninhos. (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2009, p.407). Segundo Hickman; Roberts e Larson (2009,p.392): Os insetos diferem dos outros artrópodes por possuírem três pares de pernas e, geralmente, dois pares de asas na região torácica do corpo, embora alguns possuam um par ou nenhum. O tamanho dos insetos pode variar desde de 1mm até 20cm de comprimento, e a maioria é menor do que 2,5 cm de comprimento. Geralmente os insetos maiores vivem nas áreas tropicais. 27 O corpo dos insetos é dividido em três tagmas, cabeça, tórax e abdômen. Na cabeça, estão presentes tipicamente um par de antenas, um par de olhos compostos (olhos formados por várias unidades denominadas de omatídios), três olhos simples, além de apêndices bucais, entre os quais se destaca um par de mandíbulas. As antenas podem variar vastamente de tamanho e forma, tem a função sensorial, podem assim atuar como órgãos táteis, olfativos e alguns casos, auditivos. Para cada tipo de alimentação, as peças bucais dos insetos são adaptadas, podendo ser de três tipos, o sugador, o mastigador e o sugador-lambedor. De acordo com Hickman; Roberts e Larson (2009,p.393): O tórax é composto por três somitos; protórax, mesotórax e metatórax, e cada um deles apresentar um par de pernas. Na maioria dos insetos, o mesotórax e o metatórax apresentam um par de asas em cada. As asas são prolongamentos cuticulares formados pela epiderme. Consistem em uma dupla membrana que contem veias compostas por uma cutícula mais grossa, que serve para dar maior resistência à asa. Embora os padrões dessas asas variem entre os táxons, são constantes dentro de uma mesma família, gênero ou espécie, e servem para a classificação e identificação. O movimento das asas depende de contrações de músculos longitudinais e verticais, essas contrações acontecem “quando os músculos verticais se contraem, a parte dorsal do tórax abaixa e, por um sistema de alavanca, a asa se levanta; quando eles relaxam, a parte dorsal volta á posição normal. O abdômen da Classe Insecta: [...] é composto de por 9 a 11 segmentos; o décimo primeiro, quando presente, está reduzido a um par de cercos (apêndices da porção terminal do corpo). Formas larvais ou ninfas possuem uma grande variedade de apêndices abdominais, mas esses apêndices não existem em adultos. O final do abdômen representa um genitália externa (HICKMAN; ROBERTS; LARSON, 2009, p.393). 2.3.1.2 Subfilo Chelicerata Para Hickman; Roberts e Larson (2009, p.357) os artrópodes quelicerados podem ser definidos como: Um grupo antigo que inclui euriptédios (extintos), límulos, aranhas, carrapatos e ácaros, escorpiões e aranhas-do-mar. São caracterizados por possuírem seis pares de apêndices, que incluem um par de quelíceras, um par de pedipalpos e quatro pares de apêndices locomotores (um par de quelíceras e cinco pares de apêndices locomotores nos límulos). Não 28 possuem mandíbulas nem antenas. A maioria suga alimento líquido de suas presas. Muitos dos representantes deste subfilo são temidos pelo homem, embora, a maioria seja inofensiva e podem trazer algum tipo de benefício para o homem. O corpo de um quelicerado pode ser dividido em um prossomo (cefalotórax) e um opistossomo (abdômen). Dentre outras características desse subfilo, podemos ressaltar: 1- Respiração por pulmões foliáceos, traqueias ou brânquias foliáceas. 2- Excreção por túbulos de Malpighi pares, glândulas coxais, ou ambos. 3- Sistema nervoso com gânglios dorsais (cérebro) e cordão nervoso ventral contendo gânglios pares ou então concentrados na região anterior; olhos geralmente simples e pares; pelos ou cerdas tácteis no corpo. 4- Sexos geralmente separados; uma (ou duas) abertura genital, na parte anterior do abdômen; fecundação interna; principalmente ovíparos; desenvolvimento direto ou através de um estagio larval. 5- Principalmente terrestres e solitários, predadores de vida livre ou parasitos (STORER et al., 2003, p.469). 2.3.1.2.1 Classe Arachnida Os representantes da Classe Arachnida: “constituem a maior e, do ponto de vista humano, a mais importante das classes de quelicerados” (RUPPERT; BARNES 1996, p. 606), alguns transmitem doenças para seres humanos e animais; outros são responsáveis por envenenamentos (aranhas e escorpiões) e por fenômenos alérgicos (ácaros). A maioria dos aracnídeos são terrestres, sendo que muitos são carnívoros e predadores, e alguns apresentam estruturas inoculadoras de veneno. Como exemplos de aracnídeos temos as aranhas, escorpiões, pseudo-escorpiões, ácaros e carrapatos. Os aracnídeos possuem uma variedade anatômica muita diversificada, principalmente na forma de seus apêndices. Seus tagmas são cefalotórax e abdômen, comumente possui um par de quelíceras, um par de pedipalpos, não possuem mandíbulas e nem antenas e apresentam quatro pares de pernas. As quelíceras são utilizadas na alimentação, já os pedipalpos possuem funções diversas, podendo ser utilizado como órgão sensorial e/ou órgão de cópula nos machos. 29 Segundo Hickman; Roberts e Larson (2009, p. 358): “Os aracnídeos tornamse extremamente diversos. Mais de 70.000 espécies formam descritas ate o momento. Formam os primeiros artrópodes a colonizar o ambiente terrestre.” São animais de sexos separados, fecundação interna e desenvolvimento direto. A digestão ocorre parcialmente no lado externo do corpo. A presa, geralmente pequenos artrópodes, é capturada e morta pelos pedipalpos e quelíceras. Enquanto a presa se encontra segura pelas queliceras, as enzimas secretadas pelo intestino médio são derramadas sobre seus tecidos rasgados. A digestão prossegue rapidamente e produz-se um caldo parcialmente digerido. Esse fluido é então levado à cavidadde pré-bucal, localizada em frente à boca (RUPPERT; BARNES 1996, p. 606). Entre as principais Ordens da Classe Arachnida temos, a Ordem Araneae (aranhas), a Ordem Scorpionida (escorpiões), a Ordem Acari (ácaros e carrapatos) e a Ordem Opiliones (opiliões). 2.3.2 Filo Chordata O Filo Chordata agrupa animais como o anfioxo, as ascídias, as lampréias, os peixes, os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos. Para Storer et al. (2003, p. 565): “o Filo Chordata (gr. chorda, cordão) é o maior filo e o ecologicamente mais significante, da linha deutorostômia de evolução. Compreende alguns grupos invertebrados, bem como todos os animais vertebrados”. Ressaltando que no Filo Chordata, estão inseridos todos os animais de grande porte, presentes na Biosfera. O filo realmente compreende dois grupos diferentes de organismos. Os cordados inferiores são todos os marinhos, pequenos e não têm vértebras; incluem os tunicados, as salpas e os anfioxos. Todos os outros cordados são vertebrados de vida livre que compreendem os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Este é o grupo maior (STORER et al., 2003, p. 565). Conforme Hickman; Roberts e Larson (2009, p. 464) as principais características desse filo são: 1-Simetria bilateral; corpo segmentado; três camadas germinativas; celoma bem desenvolvido. 2- Notocorda (bastão esquelético) presente em algum estágio do ciclo de vida. 3- Tubo nervoso dorsal único; porção anterior do tubo nervoso, em geral alargada para formar um encéfalo. 4- Bolsa faríngeas presentes em algum estágio do ciclo da vida; em cordados aquáticos elas se desenvolvem em fendas faríngeas. 30 5- Cauda pós anal normalmente projetando-se além do ânus em algum estágio, mas pode ou não persistir. 6- Músculos segmentados dispostos em um tronco não-segmentado. 7- Coração ventral, com vasos sanguíneos, dorsal e ventral; sistema circulatório fechado. 8- Sistema digestivo completo. 9- Endoesqueleto cartilaginoso ou ósseo presente na maioria dos membros (vertebrados). O filo Chordata compreende três subfilos: Urochordata (ou Tunicata) que são os cordados primitivos e exclusivamente marinhos, os Caphalochordata que também são cordados primitivos e os Vertebrata (ou Craniata) que são os vertebrados. 2.3.2.1 Subfilo Vertebrata Esse subfilo reúne dois grandes grupos: a superclasse Agnata ou Cyclostomata, que são animais primitivos e sem mandíbulas e a superclasse Ganthostomata que representam os vertebrados superiores, peixes cartilaginosos, peixes ósseos, repteis, anfíbios, aves e mamíferos. Para Storer et.al (2003, p. 574) as principais características presentes no subfilo Vertebrata: “São um encéfalo grande encerrado numa caixa craniana ou crânio e uma coluna espinal segmentada, de vértebras, que constitui o suporte axial do corpo. O corpo compreende tipicamente a cabeça, pescoço, tronco e cauda”. Os vertebrados apresentam cerca de 50 mil espécies, com representantes adaptados aos ambientes aquático, terrestre e aéreo. Possuem um esqueleto interno, que pode ser cartilaginoso ou ósseo, sendo o responsável pela sustentação e proteção de vários órgãos. O sistema muscular é composto por três tipos de tecidos, seu sistema circulatório é fechado, a pele dos vertebrados é composta por duas camadas, epiderme e derme, a respiração pode ser por brânquias ou pulmões e os sexos são separados. 2.3.2.1.1 Classe Reptilia Esta classe inclui os répteis, como as cobras e lagartos que pertencem à ordem Squamata, jacarés e crocodilos que são da ordem Crocodilia e os jabutis e tartarugas que cabem à ordem Chelonia. 31 Para Hickman; Roberts e Larson (2009, p. 531): Os membros da classe Reptilia incluem os primeiros vertebrados inteiramente terrestres. Os répteis são diversificados e abundantes, com cerca de 7.000 espécies (aproximadamente 300 delas na América do Norte) que ocupam uma grande variedade de habitats terrestres e aquáticos. A Idade dos Répteis, que durou mais de 165 milhões de anos, testemunhou o aparecimento de uma grande irradiação de linhagens reptilianas, em uma impressionante variedade de formas aquáticas e terrestres. Segundo Storer et al. (2003, p. 642): “O nome da classe refere-se ao modo de locomoção (lat. reptum, rastejar) e o estudo dos répteis e chamado de herpetologia (gr. herpeton, reptil)”. Os répteis são animais ectotérmicos, por isso a sua temperatura é variável, necessitando assim do calor do ambiente, principalmente do sol, para o bom funcionamento de seu corpo. Segundo Hickman; Roberts e Larson (2009, p. 534) as principais características da Classe Reptilia são: 1-Forma do corpo variável, compacta em alguns, alongada em outros; corpo recoberto por escamas epidérmicas cornificadas, algumas vezes acompanhadas de placas dérmicas ósseas; tegumento com poucas glândulas. 2-Membros pares, usualmente com cinco dígitos, e adaptados para escalar, correr ou nadar; ausentes em serpentes em alguns lagartos. 3-Esqueleto bem ossificado; costelas e esterno (ausente em serpentes) formam uma caixa torácica completa; crânio com um único côndilo occipital. 4- Respiração pulmonar; ausência de brânquias; alguns utilizam a cloaca para a respiração; arcos branquiais presentes durante a vida embrionária. 5- Coração com três câmaras; os crocodilianos apresentam um coração com quatro câmaras; usualmente um par de arcos aórticos; circuitos sistêmico e pulmonar funcionalmente separados. 6-Rins metanéfricos (pares);o principal excreta nitrogenado é o ácido úrico. 7- Sistema nervoso com os lóbulos ópticos situados na região dorsal do encéfalo; 12 pares de nervos cranianos, alem do nervo terminal. 8- Sexos separados; fecundação interna. 9- Ovos revestidos por uma casaca calcária ou coriácea; membranas extraembrionárias (âmnion, córion e alantoide) presentes durante a vida embrionária; ausência de estagio larval aquático. Quantos aos olhos dos répteis são grandes, ocupando a posição lateral, com pálpebras e uma membrana nictante. A maioria dos representantes desta classe possuem dentes, sendo que as cobras peçonhentas têm presas inoculadoras de veneno. 32 2.4 ANIMAIS PEÇONHENTOS Primeiramente, é de importante relevância efetuar uma diferenciação entre animais venenosos e animais peçonhentos, uma vez que se confundem muito estes termos. Segundo Auto (2005, p, 15): “Reserva-se a expressão peçonhento para o animal que apresenta glândulas especiais, as glândulas iógenas (ios=peçonha, veneno) produtoras de substâncias tóxicas úteis ao animal”. Pode-se definir então como animal peçonhento, aquele que é capaz de produzir, através das glândulas iógenas, e inocular uma substância tóxica em um indivíduo, através de estruturas como ferrões, dentes e aguilhão. Esses animais utilizam destas peçonhas quando se sentem ameaçados, para agressão ou para defesa, assegurando assim a sua sobrevivência e também para a caça. Temidos pela população, estão presentes em todos os meios e são os responsáveis por inúmeros acidentes domésticos. Contudo, deve-se lembrar de que estes animais agem apenas por instinto de defesa, observando assim que muitos dos acidentes são por imprudência e descuido da população. Encontramos peçonha ativa contra o homem entre os Celenterados (Caravelas), Equinodermos (Ouriços-do-Mar), Aracnídeos (Aranhas e Escorpiões), Miriápodos (Centopéias), Insetos (Abelhas, Formigas, Coleópteros e Lepidópteros), Moluscos, Peixes, Batráquios, Sáurios, Mamíferos (Cangambá e Ornitorrinco) e Ofídios (AUTO, 2005, p.15). Cabe ressaltar ainda, que pela gravidade e frequência dos acidentes, devemos destacar os ofídios (serpentes) e os aracnídeos (aranhas e escorpiões). Os animais venenosos são representados por aqueles que possuem o veneno mais não apresentam mecanismos de inoculação, esse mecanismo age de forma passível e precisa de alguma interferência para libera-lo, como exemplo podese citar o sapo. Segundo Auto (2005, p. 97): “A absoluta maioria dos animais tóxicos é constituída por peixes e, em número reduzido, por alguns moluscos”. Entre os principais animais peçonhentos envolvidos em acidentes, pode-se citar aranhas, taturanas, abelhas, serpentes e escorpiões. 33 2.4.1 Abelhas As abelhas pertencem à ordem Hymenoptera, da família Apidae, sendo que um dos representantes mais conhecidos é a Apis mellifera, muito utilizada para a produção de mel, pólen, cera e própolis. Segundo Storer et al. (2003, p.513) as abelhas: Tem peças bucais apropriadas para sugar e mastigar, passa por metamorfose completa (holometábola) desde a larva vermiforme, através do estágio de pupa até o adulto voador; alimenta-se de néctar e pólen e vive socialmente em uma colônia permanente compreendendo muito indivíduos de três castas. A rainha põe os ovos; os machos ou zangões servem somente para fecundar novas rainhas; e os milhares de fêmeas estéreis ou operarias constroem e guardam a colmeia, fornecem alimento para todas as castas, atendem a rainha e criam os jovens. Apresentam o seu corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen, sendo coberto por pelos ramificados, principalmente na região do tórax e da cabeça. Os insetos pertencentes à ordem Hymenoptera são os únicos que apresentam ferrões verdadeiros. Para Amaral (2001, p. 60) o ferrão das abelhas: “Apresenta-se dividido em duas partes, sendo uma formada por uma estrutura muscular e quitinosa, responsável pela introdução do ferrão e do veneno e outra parte glandular, que secreta e armazena o veneno”. Ressaltando que o ferrão somente esta presente nas rainhas e nas operárias e que, ao inocularem o veneno morrem, pois a perda do sistema de ferroar e partes de estruturas do abdômen. Os acidentes causados por abelhas são conhecidos como himenopterismo, quase sempre são sem gravidade, causando lesões locais, dor e edema, esse aspecto ocorre quando a vítima for acometida por poucas picadas. Porém, segundo Auto (2005, p. 68): “Acredita-se que a peçonha inoculada por 300 a 500 abelhas pode ser fatal para um homem de 65 quilos”. A incidência de acidentes em casos fatais; “provocados por ataques maciços de abelhas têm aumentado desde a década de 1960, este fator é atribuído à introdução das abelhas africanas no Brasil em 1956” (CARDOSO et al., 2009, p. 259). Destacando que, a abelha africana é muito agressiva e tem por habito o ataque em enxame. No tratamento de acidentes graves, em casos de inúmeras picadas: “A retirada dos ferrões deve ser feita por raspagem da pele com uma faca, evitando-se 34 o uso de pinças que por compressão poderiam propiciar a injeção da peçonha remanescente” (AUTO, 2005, p. 69). Em eventos de choques em pessoas sensibilizadas ou alégicas, deve-se utilizar anti-histamínicos, corticosteroides, adrenalina e assistência à insuficiência renal. 2.4.2 Taturanas As taturanas, lagartas ou lagartas de fogo, como são chamadas popularmente, são as formas larvais de borboletas ou mariposas (Ordem Lepidóptera), cuja inoculação de toxinas são capazes de determinar acidentes com alterações locais ou sistêmicas. Apresentam-se de diversas formas, podem ser coloridas ou listradas, com cerdas longas ou curtas, podendo viver sozinhas ou em grupos. [...] recobertas por pelos, provocam uma sensação aguda de queimor ao mais leve contato com a pele. Eritema, pápulas e edema aparecem em seguida, com a impressão de queimadura e dor mais ou menos intensa; com evolução, nos casos mais sérios, as pápulas dão lugar ao aparecimento de pequenas petéquias. Em raros os casos foram descritos sintomas gerais como mal estar, náuseas e vômitos (AUTO, 2005, p. 73). As lesões cutâneas causadas pelos Lepidópteros em fase larval são denominadas de erucismo. Considerando as principais famílias de lepidópteros causadoras de acidentes, Megalopygidae, Saturniidae e Arctiidae, as figuras 1, 2 e 3 representam as respectivas famílias. Os representantes da família Megalopygidae (megalopigídeos) apresentam cerdas pontiagudas, curtas e que contêm as glândulas de veneno, entremeados por outras longas, coloridas e inofensivas. Já as lagartas da família Saturniidae (saturnídeos) têm espinhos ramificados e pontiagudos de aspecto arbóreo, com tonalidades esverdeadas, mimetizando, muitas vezes, as plantas que habitam (BRASIL, 2007, p.116). A família Arctiidae apresenta cerdas que parecem pelos, ocultando as cerdas inoculadoras de veneno, quando se sentem ameaçadas se enrola, tornando-se mais visíveis as suas cerdas. 35 Figura 1 – Representante da Família Saturniidae – Lonomia sp. Fonte: Cardoso et al.(2009, p 234) Figura 2 – Representante da Família Megalopygidae – Podalia orsilochus Fonte: Cardoso et al. (2009, p. 229) Figura 3 - Representante da Família Arctiidae – Premolis semirufa Fonte: Cardoso et al. (2009, p. 230) 36 O prognóstico na maioria dos casos de acidentes por lagartas é sempre bom, “resumindo o tratamento ao uso local de pomada de corticosteroides” (AUTO, 2005, p. 73). Também pode-se utilizar de compressas de água fria e analgésicos como aspirina e paracetamol. Para Cardoso et al. (2009, p. 236): Independente do gênero ou espécie, esse tipo de agravo vinha sendo considerado benigno, passando a constituir objeto de maior atenção, em nosso meio, após os primeiros registros de formas graves, com comprometimento sistêmico, decorrente do contato com as larvas do gênero Lonomia. A Lonomia, pertencente à família Saturniidae: “têm se configurado como importante agravo à saúde na Região Sul do país” (CARDOSO et al., 2009, p 240), determinando manifestações sistemáticas nos indivíduos acidentados. A peçonha da Lonomia, absorvida pela pele, determina distúrbios da coagulação sanguínea por destruir o fibrinogênio, agindo assim, sob esse aspecto de modo semelhante ao dos ofídios. Nos casos leves encontramos apenas pequenos sangramentos ou esquimoses em consequência de traumatismos discretos. Nos graves pode ocorrer à morte do paciente por hemorragia pulmonar ou acidente vascular cerebral (AUTO, 2005, p.74). Entre as manifestações mais comuns em indivíduos que sofreram acidentes por Lonomia estão: “cefaléia (82%), náuseas (53%), tonturas (18%), dor abdominal (13%), artralgia (8%), gengivorragia (37%), sangramento pela pele e urina” (CARDOSO, 2009, p. 242). Para o tratamento de acidentes ocasionados pela lagarta do gênero Lonomia utilizar o soro antilonômico. 2.4.3 Aranhas Pertencentes ao Filo Arthropoda, classe Aracnhida e ordem Araneae (subordens Mesothelae, Mygalomorphae e Araneomorphae), possuem mais de 30.000 espécies conhecidas, são encontrados em diversos habitats, sendo todas carnívoras, alimentam-se principalmente de insetos e adaptam-se com facilidade aos diversos meios, inclusive os domiciliares. Tem como característica exclusiva a presença de glândulas de veneno associados às quilíceras. Relacionando a presenças das aranhas ao nosso cotidiano, pode-se afirmar que as mesmas representam um risco à saúde publica, 37 uma vez que, os acidentes ocasionados por algumas espécies são considerados graves. No entanto, nem todas as espécies são responsáveis por acidentes graves, devido a inúmeros fatores, baixa toxicidade do veneno para humanos, quelíceras não capazes de perfurar a pele, quantidade insuficiente de veneno injetado, ou pelo fato de as espécies viverem em locais pouco frequentados pelo homem. Segundo Cardoso et al. (2009, p.159): A Organização Mundial de Saúde considera apenas quatro gêneros de aranhas com espécies que podem causar um envenenamento grave no ser humano, a saber: Latrodectus, Loxosceles e Phoneutria (Araneomorphae) e Atrax (Mygalomorphae). No Brasil, as aranhas perigosas pertencem aos três primeiro gêneros, totalizando cerca de 20 espécies. Sendo assim, consideram-se como as aranhas peçonhentas de interesse médico no Brasil, a aranha-armadeira (Phoneutria), a aranha-marrom (Loxosceles) e a viúva negra (Latrodectus). Conforme Amaral (2001, p. 45): Desde a implantação do Sistema de Notificação dos acidentes araneídicos, vem-se observando um incremento da notificação de casos no país, notadamente nos estados do Sul. Todos os atendimentos decorrentes de acidentes com aranhas, mesmo quando não haja utilização de soroterapia, deveriam ser notificados. Tal procedimento possibilitaria um melhor dimensionamento deste tipo de agravo, nas diversas regiões do país. Segundo os dados do Ministério da Saúde, o coeficiente de incidência dos acidentes raneídicos situa-se em torno de 1,5 casos por 100.000 habitantes, com registro de 18 óbitos no período de 1990-1993. A maioria das notificações provem das regiões Sul e Sudeste. As aranhas do gênero Latrodectus (viúvas-negras) não são agressivas e geralmente os acidentes ocorrem quando são comprimidas contra o corpo da vítima. O veneno da viúva negra age principalmente nas terminações nervosas. Quanto ao quadro clínico local: “sua picada determina dor local, especialmente intensa depois de 3 a 4 horas, angustia, opressão precordial, polipnéia, sudorese, sialorreia, hipertermia inicial seguida de hipotermia” (AUTO, 2005, p. 55). Em casos mais graves, são descritos dores musculares, dores abdominais, convulsões, taquicardia, arritmias, náuseas, vômitos e infarto agudo do miocárdio. Conforme Cardoso et al. (2009, p. 192) para o tratamento: 38 Específico – o soro anti – Latrodectus (SALatr) utilizado atualmente é importado da Argentina, estando em fase final de testes o soro produzido pelo Instituto Vital Brazil. É indicado nos casos moderados e graves, na dose de1 a 2 ampolas por via intramuscular. A melhora do paciente que deve permanecer hospitalizado por, no mínimo, 24 horas, ocorre de 30 minutos a 3 horas após a soroterapia. Sintomático – além de analgésicos, benzodiazepínios, gluconato de cálcio e clorpromazina têm sido utilizados. Há relatos ainda de utilização de prostigmina, fenitoína e fenobartil. As aranhas do gênero Phoneutria (aranha-armadeira) possuem hábitos noturnos, são extremamente agressivas e quando se sentem ameaçadas, não fogem, apoiam-se “sobre as quatro patas traseiras e levantando as dianteiras, prontas para o ataque” (AUTO, 2005, p. 52), surgindo assim o nome popular aranhaarmadeira. Com relação à ação do veneno das aranhas do gênero Phoneutria, age principalmente nas terminações nervosas. Quanto ao quadro clínico: [...] ocorre, nos casos leves, dor no local da picada com irradiação e edema moderado. Nos casos de média gravidade costumam aparecer, alem das manifestações locais, sudorese, cefaleia, agitação e discreta hipotermia. Quando existe maior gravidade a dor é muito intensa, a queda da temperatura do corpo é mais acentuada, podendo ainda ocorrer certo grau de hipertensão arterial, náuseas e vômitos. Priapismo, isto é, ereção dolorosa e prolongada do pênis foi outra ocorrência algumas vezes observada. Coma e colapso periférico são as manifestações finais precedem a morte (AUTO, 2005, p. 53). Para Amaral (2001, p. 51) o tratamento pode ser sintomático e específico: a) Sintomático: a dor local deve ser tratada com infiltração anestésica local ou troncular à base de lidocaína a 2% sem vasoconstritor (3 ml - 4 ml em adultos e de 1 ml - 2 ml em crianças). Havendo recorrência da dor, pode ser necessário aplicar nova infiltração, em geral em intervalos de 60 a 90 minutos. Caso sejam necessárias mais de duas infiltrações, e desde que não existam sintomas de depressão do sistema nervoso central, recomenda-se o uso cuidadoso da meperidina (Dolantina®), nas seguintes doses: crianças - 1,0 mg/kg via intramuscular e adultos 50 mg -100 mg via intramuscular. A dor local pode também ser tratada com um analgésico sistêmico, tipo dipirona. Outro procedimento auxiliar, útil no controle da dor, é a imersão do local em água morna ou o uso de compressas quentes. b) Específico: a soroterapia tem sido formalmente indicada nos casos com manifestações sistêmicas em crianças e em todos os acidentes graves. Nestas situações, o paciente deve ser internado para melhor controle dos dados vitais, parâmetros hemodinâmicos e tratamento de suporte das complicações associadas. Observação: Deve ser evitado o uso de algumas drogas anti-histamínicas, principalmente a prometazina (Fenergan®), em crianças e idosos. Os efeitos tóxicos ou idiossinerásicos destes medicamentos podem determinar manifestações como sonolência, agitação psicomotora, alterações pupilares 39 e taquicardia, que podem ser confundidas com as do envenenamento sistêmico. Assim como a viúva-negra a aranha-marrom não é agressiva e os acidentes decorrem principalmente quando são comprimidas contra o corpo. Seus hábitos são noturnos, ocupam hábitats diversificados, inclusive nas proximidades e o interior de residências, onde se refugiam em vestimentas, sapatos e atrás de móveis. Aranhas do gênero Loxosceles são encontradas em todo o Brasil, mas “[...]observa-se que a maioria das notificações é proveniente das Regiões Sul e Sudeste (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul)”(CARDOSO et al., 2009, p. 177). O veneno da aranha-marrom é capaz de provocar acidentes graves, tendo a ação necrosante e hemolítica. Após a picada a dor é de início discreta, acentuando-se depois de 12 ou 24 horas. Aparecem então no local flictenas hemorrágicas que logo são rompidas, iniciando o processo de necrose cutânea. Nos casos mais graves ocorrem febre, cefaléias, mal estar e exantema geralmente morbiliforme. Torna-se a situação mais séria quando surgem hemólise, icterícia e hemoglobinúria, com possibilidade de instalação da síndrome do nefron intermediário com insuficiência renal aguda que pode levar ao óbito (AUTO, 2005, p.57). Os soros antiaracnídico ou antiloxoscélico e corticosteróides têm sido empregados nos tratamentos em vítimas de aranhas do gênero Loxosceles. Em casos que a lesão cutânea evoluir para necrose, a mesma: [...]deve ser removida cirurgicamente após a sua delimitação. Em alguns casos, o dano tecidual causado pela perda permanente do tecido pode levar a sequelas mais graves. Sendo necessária a indicação de cirurgia plástica reparadora. No loxocelismo, a infecção secundária não é frequente, por esse motivo, a administração de antibióticos não é feita como rotina em todos os casos (CARDOSO et al., 2009, p. 187). O termo araneísmo é de origem latina e designa a intoxicação ou acidentes causados por aranhas. É importante ressaltar que os efeitos dos venenos das aranhas de interesse médico no Brasil são distintos, o quadro 1 resume a atividade e os efeitos dos venenos da aranhas do gênero Loxosceles, Phoneutria e Latrodectus. Quanto às principais características das aranhas peçonhentas, pode-se observar na figura 4, o tamanho, hábitat, hábitos, tipos de teia, acidentes, principais espécies e distribuição geográfica das aranhas de interesse médico. 40 Quadro 1 – Mecanismo de ação do veneno das aranhas de interesse médico no Brasil Atividade Dermonecrótica Veneno Efeitos Loxosceles Necrose cutânea no local da picada Hemolítica Sobre as terminações nervosas Loxosceles Phoneutria, Latrodectus Hemólise intravascular Local: dor,edema, sudorese Sistêmico: contraturas musculares, intoxicação adrenérgica/colinérgica. Fonte: BRASIL (2007, p. 113) Figura 4 – Principais características das aranhas peçonhentas do Brasil Fonte: Cardoso et al.(2009, p.160) 41 2.4.4 Escorpiões Os escorpiões são artrópodes quelicerados, sua cauda ou metassoma é formada por cinco segmentos, sendo que no final deles se encontra o télson, contendo a bolsa de veneno e o aguilhão. São carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos. Encontrados em diversos hábitats e distribuídos em todo o país, pode-se considerar que: “das 1500 espécies conhecidas apenas cerca de 25 são capazes de provocar malefícios do homem” (AUTO, 2005, p. 45). São animais de hábitos noturnos e entre suas características esta a agressividade. Entre as espécies existentes no Brasil, apresentam importância médica apenas os Buthidae, com os gêneros, Anatheris, Tityus e Rhopalurus. No Brasil, três espécies de escorpiões do gênero Tityus têm sido responsabilizados por acidentes humanos graves e mesmo fatais – T. serrulatus, ou escorpião amarelo, T. bahiensis, ou escorpião marrom e o T. stigmurus, sendo o T. serrulatus responsável pela maioria dos casos de maior gravidade (CARDOSO et al., 2009 ,p. 214). Na região de Rio Negrinho, são predominantes os Tityus costatus, o qual são responsáveis por acidentes, porém, a gravidade não é elevada, apenas representando casos leves. O veneno escorpiônico, na maioria das espécies conhecidas: “estimula canais de sódio em terminações nervosas de maneira inespecífica, levando à estimulação de nervos periféricos sensitivos, motores e do sistema nervoso autônomo” (BRASIL, 2007, p.109). Os acidentes por escorpiões podem ser considerados de gravidade leve, onde apenas ocorre dor local; moderado, onde a vítima apresenta dor intensa, náuseas, vômitos, sudorese, agitação e taquicardia ou grave onde a vítima além dos sintomas descritos anteriormente apresentam convulsão, coma, insuficiência cardíaca e edema pulmonar agudo (CARDOSO et al., 2009). O tratamento dos casos leves é feita a base de Analgésicos, Antihistamínicos e se necessário bloqueio anestésico local com Novocaína (sem adrenalina) na região da picada – repetir no intervalo de 60 minutos, até 3 ou 4 vezes se for preciso. O casos mais graves exigem de soro anti– escorpiônico polivalente (5 a 10 ampolas); é importante não esquecer que a dose para crianças é a mesma do adulto. Utilizando o soro anti-aracnídico polivalente também pode ser considerado que apenas metade do soro atuará (AUTO, 2005, p. 50). 42 2.4.5 Serpentes As serpentes são animais vertebrados e pertencem ao grupo dos répteis. São animais ectotérmicos, popularmente conhecidos como animais de sangue frio, mantendo assim a temperatura do corpo próxima ao do ambiente. [...] apresentam também como características diagnósticas o corpo extremamente alongado, sem apêndices locomotores e cintura escapular; perda da sínfise mandibular (perda da sutura óssea das hemimandíbulas no mento, substituídas por um ligamento elástico); fechamento lateral da parede da caixa craniana e perda de pálpebras móveis entre as características. Esses animais alimentam-se de presas inteiras, que caçam utilizando estruturas quimiossensíveis. São exclusivamente carnívoras, predando tanto vertebrados quanto invertebrados. A perda da sínfise mandibular e da cintura escapular, entre outras modificações cranianas, permite a várias serpentes abrirem a boca engolindo presas grandes, algumas com até 3,5 vezes o seu diâmetro. Há serpentes muito pequenas, como os escolecofídios (cobras-cegas), dentre os quais algumas espécies alcançam a maturidade sexual com mais de 10 cm, até serpentes gigantes, com quase 10 metros de comprimento, caso de boídeos e pitonídeos como a sucuri (Eunectes murinus) e a pitão- reticulada (Python reticulatus) (CARDOSO et al., 2009, p. 22). São animais que não escutam, mas percebem vibrações no solo pelo próprio esqueleto. Sua língua é bífida, isto é, dividida em duas partes na ponta. São encontradas em diversos ambientes, podem ser aquáticas (água doce e mares) ou terrestres. Por predarem uma grande quantidade de animais, inclusive alguns considerados como pragas, são importantes controladores de outras populações, também controlam outras populações de algumas espécies de serpentes. Atualmente existem: “Cerca de 2.900 espécies de serpentes no mundo, distribuídas em 465 gêneros e 20 famílias. No Brasil, temos representantes de 9 famílias, 75 gêneros e 321 espécies,ou seja, cerca de 10% do total de espécies” (CARDOSO et al., 2009, p. 22). As serpentes podem ser classificadas como peçonhentas, que conseguem inocular o veneno em suas presas ou vítimas e as não peçonhentas. Essa diferenciação dos ofídios pode ser feita a partir da estrutura da cabeça, levando em consideração a existência e a localização das presas, conforme demonstra a figura 5. 43 Figura 5 – Classificação das serpentes quanto à existência e localização das presas inoculadoras Fonte: Auto (2005, p. 20) Em conformidade com esse critério pode-se distinguir os quatro grupos: Áglifas: são serpentes destituídas de presas inoculadoras e de glândulas peçonhentas. A sucuri, jibóia, caninana e a píton são bons exemplos. Opistóglifas; possuem glândulas peçonhentas mas a localização das presas é a parte posterior da boca, não podendo assim atingir animais de maior porte como o homem, por exemplo a mussurana e a falsa coral. Proteróglifas: as presas inoculadoras estão situadas na parte anterior da arcada dentária, são fixas e apresentam um sulco por onde escorre a peçonha, exemplo a coral e naja. Solenóglifas: são os ofídios mais evoluídos. As presas são anteriores, moveis, com um cana central , podendo ser comparados a uma agulha de injeção, exemplos jararaca e cascavel (AUTO, 2005, p. 19). A cauda também pode ser utilizada para diferenciação de serpentes peçonhentas e não peçonhentas. Nas não peçonhentas o diâmetro da cauda vai afinando gradativamente, já a cauda das serpentes peçonhentas o diâmetro afina bruscamente. Quanto à fosseta lateral, que é um orifício entre os olhos e as narinas, também é somente encontrado em serpente peçonhentas, exceto nas najas e corais. A fosseta lateral é: “um órgão especial, destinado a percepção do calor pela captação dos raios infravermelhos, possibilitando ao animal identificar suas vítimas durante a noite, mesmo sem o auxílio da visão” (AUTO, 2005, p. 18). 44 As pupilas dos olhos são em fendas nas serpentes peçonhentas e arredondadas nas não peçonhentas. A diferenciação correta entre serpentes peçonhentas e não peçonhentas é o primeiro passo para prevenir acidentes e providenciar os primeiros socorros em caso de acidente. As características morfológicas não devem ser usadas isoladamente na identificação das serpentes, tudo deve ser analisado em conjunto. No Brasil, quatro tipo de acidentes são considerados de interesse em saúde; botrópico, crotálico, laquético e elapídico. Acidentes por serpente não peçonhentas são relativamente frequentes, porém não determinam acidentes graves e, por isso, são considerados de menor importância médica (BRASIL, 2007, P. 103). Serpentes do gênero Crotalus, família Viperidae, são identificadas pela presença de um chocalho ou guizo no extremo da cauda, ou seja, a cascavel. Preferem regiões pedregosas e secas, como campos e cerrados. Habitando: “ os cerrados do Brasil central, as regiões áridas e semi-aridas do Nordeste, os campos e áreas abertas do Sul, Sudeste e Norte” (CARDOSO et al., 2009, p. 62). Seu veneno é extremamente ativo e tem como ações, a neurotóxica “ que atua nas terminações nervosas motoras inibindo a liberação de acetilcolina pelos impulsos nervosos”(CARDOSO et al., 2009, p. 109), sendo o principal responsável pelo bloqueio neuromuscular, ou seja, pelas paralisias motoras e respiratórias, a ação miotóxica, que ocasiona lesões no tecido muscular esquelético e ação coagulante que é “capaz de prolongar o tempo da coagulação, ou até mesmo tornar o sangue incoagulável”(CARDOSO et al., 2009, p. 109). Em acidentes provocados por cascavel não ocorre dor intensa e nem edema importante no local da picada, sendo considerado a reação local como discreta. “Predominam os sintomas neurológicos com visão turva, possível cegueira transitória (amaurose), paralisia da musculatura ocular com diplopia (visão dupla), blefaroptose, dor e hipotonia ou paralisia da musculatura do pescoço” (AUTO, 2005,p. 24). Pode ocorrer também flacidez na musculatura da face, escurecimento da urina, gengivorragias, distúrbios do olfato e paladar e insuficiência renal aguda que á a principal complicação e causa de óbitos (CARDOSO et al., 2009). Para o tratamento de acidentes provocados por cascavel, deve ser utilizado o soro anticrotálico por via venosa. 45 As serpentes do gênero Lachesis, popularmente conhecidas como surucucú, são encontrados na floresta Amazônica e Mata Atlântica, é a maior serpente peçonhenta, podendo atingir até três metros de comprimento (CARDOSO et al., 2009). Sua coloração é: “ róseo-amarelada, com losângulos castanhos escuros circunscrevendo pequena mancha clara” (AUTO, 2005, p. 30). Em casos de acidentes, verifica-se na vítima dor intensa no local da picada, hemorragia no local, hipotensão, braquicardia, dor abdominal, vômitos, diarreia hipotermia e alterações sensoriais. Para o tratamento utiliza-se de soro antibotrópico- laquético (BRASIL, 2007). O gênero Micrurus (Família Elapidae) responsáveis pelos acidentes elapídicos, tem como representante as corais, que “são ofídios de pequeno porte, não agressivos, apresentando anéis pretos, vermelhos e brancos, intercalados e diversamente distribuídos conforme a espécie” (AUTO, 2005, p. 31). São animais com hábitos noturnos. Os mecanismos de ação do veneno das serpentes do gênero Micrurus podem ser em nível local o sistêmico, tendo como ação neurotóxica e miotóxica, hemorrágica e cardiovascular (CARDOSO et al., 2009). Os acidentes decorrentes de corais é “raro em virtude da índole pacífica do animal que ataca apenas quando intensamente provocado ou agredido” (AUTO, 2005, p. 32). Porém, apesar da raridade dos acidentes o mesmo deve ser tratado com seriedade, pois o envenenamento costuma ser rápido e fatal. Em todo o país, existem serpentes não peçonhentas com o mesmo padrão de coloração das corais verdadeiras,porém desprovidas de dentes inoculadores. Diferem ainda na configuração dos anéis que, em alguns casos, não envolvem toda a circunferência do corpo. São denominadas falsas-corais (AMARAL, 2001, p. 18). As manisfestações sistémicas em relação aos acidentes ocasionados por corais, pode-se salientar complicações decorrentes da paralisia da face para os musculos respiratórios (AUTO, 2005). Para o tratamento utiliza-se antiveneno elapídico e em casos de insuficiência respiratória é necessário manter o paciente ventilado, a utilização de “máscara de Ambu, entubação traquial e Ambu ou por ventilação mecânica” (CARDOSO et al., 2009, p. 122). 46 As serpentes do gênero Bothrops (Família Viperidae) são encontrados em todo o Brasil, tem como representantes as jararacas. A esse gênero “corresponde ao acidente ofídico de maior importância epidemiológica no país, pois é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos” (AMARAL, 2001, p. 21). Baseado em dados de Ministério da Saúde, são relatados, anualmente, cerca de 18.000 acidentes botrópicos, com letalidade em torno de 0,3% nos casos tratados. A faixa etária mais atingida é a de 15 a 49 anos (52,3%), 70% ocorre no sexo masculino, sendo que o pé e a perna os locais mais acometidos: 70,8% do total de casos. É importante ressaltar que esses acidentes ocorrem predominantemente nas áreas rurais, constituindo-se em frequente agravo à saúde dos trabalhadores dessas regiões onde, em geral, o acesso aos serviços de saúde é precário (CARDOSO et al., 2009, p. 81). São descritas três atividades fisiopatológicas do veneno botrópico, atividade inflamatória aguda, coagulante e hemorrágica. Quanto às manifestações do veneno: Manifestações locais – evidenciam-se nas primeiras horas após a picada, com a presença de edema, dor e equimose na região atingida, que progride ao longo do membro acometido. As marcas de picada nem sempre são visíveis, assim como o sangramento nos pontos de inoculação das presas. Bolhas com conteúdo seroso ou sero-hemorrágico podem surgir na evolução e dar origem à necrose cutânea. As principais complicações locais são decorrentes da necrose e da infecção secundária, que podem levar á amputação e/ou déficit funcional do membro. Manifestações sistêmicas – sangramentos em pele e mucosas são comuns (gengivorragia, equimoses a distância do local da picada), hematúria, hematêmese e hemorragia em outras cavidades pode determinar risco ao paciente. Hipotensão pode ser decorrente de sequestro de liquido no membro picado ou hipovolemie consequente a sangramentos, que podem contribuir para a instalação de insuficiência renal aguda. (BRASIL, 2007,p. 105) O tratamento é feito com a aplicação de soro antibotrópico, de acordo com a gravidade do acidente. O quadro 2, resume os mecanismos de ação do veneno dos ofídios, de interesse médico no Brasil. 47 Quadro 2- Mecanismo de ação do veneno de ofídios Atividade Inflamatória aguda Veneno Botrópico e laquético Efeitos Lesão endotelial e necrose no local da picada Liberação de mediadores inflamatórios Coagulante Botrópico, laquético e crotálico Incoagulabilidade sanguínea Hemorrágica Botrópico, laquético Sangramentos na região da picada (equimose) e a distância (gengivorragia, hematúria etc.) Neurotóxica Crotálico e elapídico Bloqueio da neuromuscular junção (paralisia de grupos musculares) Miotóxica Crotálico Rabdomiólise (mialgia generalizada, mioglobinúria) “Neurotóxica” vagal Laquético Estimulação colinérgica (vômitos, dor abdominal, diarreia, hipotensão, choque) Fonte: BRASIL (2007, p. 104) 2.5 VENENO Entende-se por veneno qualquer tipo de substância tóxica capaz de causar algum tipo de dano temporário ou permanente, podendo até levar a morte o ser intoxicado. Pode ser de origem mineral, vegetal, artificial e animal. Os venenos animais podem ocasionar efeitos danosos em suas vítimas, devido aos componentes nocivos presentes, como as neurotoxinas e enzimas. 48 Segundo Cardoso et al. (2009, p. 406): “Os envenenamentos por animais peçonhentos acarretam, em sua maioria, vários efeitos locais, incluindo a presença de manifestações dolorosas”. Cabe ressaltar que, em alguns casos não somente ocorrem efeitos locais, também podem aparecer manifestações sistêmicas. A seguir, serão descritos os principias componentes dos venenos presentes em abelhas, lagartas, aranhas, escorpiões e serpentes. A toxicidade do veneno das abelhas é atribuída à presença de três tipos de componentes proteícos, enzimas, grandes peptídeos e pequenas moléculas. As enzimas presentes, Fosfolipases e a Hialuronidade. Para Cardoso et al. (2009, p.261): “ a fosfolipase A2 encontrada no veneno das abelhas é a mais ativas das fosfolipases conhecidas. Seu mecanismo de ação esta relacionado à destruição de fosfolípides de membrana.” A enzima hialuronidase é responsável pela propagação do veneno no indivíduo acometido pela picada. Os grandes peptídeos encontrados no veneno das abelhas são, a Melitina que: “representa 50% do peso seco do veneno e é a toxina mais ativa do veneno das abelhas” (CARDOSO et al., 2009, p. 261), a Apamina que: “constitui apenas 2% do peso seco do veneno, sendo a menor neurotoxina conhecida” (CARDOSO et al., 2009, p. 261) tendo ação no sistema nervoso central e periférico e o Peptídeo degranulador de mastócistos (PDM): “é o principal responsável pela liberação de mediadores de mastócitos e basófilos, como a histosina, serotonina, derivados do ácido araquidônico e fatores que atuam sobre plaquetas e eosinófilos” (CARDOSO et al., 2009, p. 261). E as pequenas moléculas presentes no veneno das abelhas são, Peptídeos (secarpina, tertiapina, procamina), que não tem toxicidade para mamíferos, sendo utilizado pelas abelhas para repelir outros insetos e Aminas biogênicas (histamina, serotonina, dopamina e noradrenalina). Sobre a ação do veneno encontrado nas lagartas, não se tem um conhecimento exato de como agem. “ Atribui-se ação aos líquidos da hemolinfa e da secreção das espículas, tendo a histamina como principal componente estudado até o momento” (CARDOSO et al., 2009, p 236). Em lagartas do gênero Lonomia, quando o veneno é absorvido pela pele “ determina distúrbios da coagulação sanguínea por destruir o fibriogênio” (AUTO, 2005, p. 74), apresentando assim, incoagubilidade sanguínea e alteração na cor da urina. 49 Entre os componentes do veneno das aranhas do gênero Phoneutria, pode-se citar a existência de três neurotoxinas, denominadas PhTx1, PhTx2, PhTx3, tendo a sua ação nas terminações nervosas. Em testes realizados com camundongos, demonstra que: A administração intracerebroventricular da PhTx1 e PhTx2 evoca a elevação da cauda, agitação e paralisia. A PhTx2 causa também salivação, lacrimejemento, priapismo, convulsões e paralisia. A PhTx3 evoca apenas paralisia flácida dos membros anteriores e posteriores dos animais (CARDOSO et al., 2009, p. 167). Em aranhas do gênero Loxosceles, o veneno constitui: [...] em uma mistura de numerosas proteínas com atividade tóxica ou enzimática.Em relação à composição, estudos demonstram que o veneno loxocélico é rico em proteases, hidrolases,lípases, peptidases, colagenases, fosfatese álcalina, 5-ribonucleotidase, fosfo-hidrolases e outros componentes. Entres esses componentes a esfingomielinase D é considerada uma das frações mais importantes do veneno para o estabelecimento de lesões dermonecrótica, por interagir com a membrana celular e desencadear reações envolvendo componentes do sistema completo,migração de polimorfonucleares, plaquetas e células endolteliais.Por outro lado a hialuronidase é considerada um dos fatores responsáveis pelo espalhamento do veneno, fazendo que a lesão dermonecrótica escorra pela pele em sentido gravitacional (CARDOSO et al., 2009, p. 178). As aranhas do gênero Latrodectus, viúvas negras, tem como componentes químicos: “ ácido aminobutírico, hialuronidase, fosfodiesterase e polipeptídeos, mas a α-latrotoxina é a fração potencialmente letal e o principal componente tóxico da peçonha da Latrodectus” (CARDOSO, 2009, p. 192). O veneno atua sobre o local da picada e sobre as terminações nervosas, “age também no sistema nervoso autônomo, levando á liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos” (CARDOSO, 2009,p. 193). O veneno escorpiônico é uma mistura complexa de proteínas básica de baixo peso molecular, associada a pequenas quantidades de aminoácidos e sais, sem atividade hemolítica, proteolítica, colinesterástica, fosfolipásica e não consome fibriogênio. Em nível molecular, está demonstrado que a maioria dos efeitos induzidos pela toxina escorpiônica são devidos a ações em sítios específicos dos canais de sódio (CARDOSO, 2009, p.215). O veneno das serpentes peçonhentas é composto de substâncias complexas, cuja proporção varia entre as diferentes espécies conhecidas. A toxicidade do veneno deve-se à presença de proteínas e enzimas, principalmente as neurotoxinas e sua ação letal. Conforme Cardoso et al. (2009, p. 81): 50 As peçonhas das serpentes são, provavelmente, as mais complexos de todos os venenos. Contém vinte ou mais componentes diferentes, sendo que mais de 90% do peso seco do veneno é constituído por proteínas, compreendendo grande variedade de enzimas, toxicas não-enzimáticas e proteínas não-toxicas. As frações não-protéicas são representadas por carboidratos, lipídios, metais (frequentemente na forma de glico-proteinas e enzimas metaloproteícas), aminas biogênicas, nucleotídeos e aminoácidos livres. A função de cada um desses componentes, bem como sua interação no envenenamento humano ainda não estão totalmente esclarecidos. Como principais componentes dos venenos das serpentes pode-se salientar, da jaracaca, a presença da bradicinina; da surucucu, enzimas do tipo TLE, fosofipases A2, histamina, serotonina, óxido nítrico e proteases; da cascavel, a crotoxina que é responsável pela alta toxicidade do veneno; da coral, “o veneno tem 25% de sólidos totais, dos quais cerca de 70 a 90% são proteínas e polipeptídeos de relativamente alto peso molecular” (CARDOSO et al., 2009, p. 117). 2.6 SOROTERAPIA A soroterapia é indicada para a neutralização de venenos inoculados por animais peçonhentos, devendo este ser administrado o mais rápido possível após o acidente. Segundo Auto (2005, p. 59); “a utilização de soros heterólogos de origem equina é um dos principias procedimentos para o tratamento de empeçonhamento por ofídios, escorpiões e aranhas.” Para Amaral (2001, p. 91): A soroterapia antiveneno (SAV), quando indicada, é um passo fundamental no tratamento adequado dos pacientes picados pela maioria dos animais peçonhentos. A dose utilizada deve ser a mesma para adultos e crianças, visto que o objetivo do tratamento é neutralizar a maior quantidade possível de veneno circulante, independentemente do peso do paciente. A sua aplicação deve ser preferencialmente realizada em postos de atendimento médico. Para a administração do antiveneno a via indicada é a intravenosa, “e o soro diluído ou não deve ser infundido em 20 a 60 minutos, sob estrita vigilância médica e da enfermagem. No caso de soro antilatrodectus, a via de administração recomendada é a via intramuscular” (AMARAL, 2001, p. 92). No Brasil os laboratórios que produzem esses imunoderivados para a distribuição na rede da saúde pública são Instituto Butantan (São Paulo), Fundação 51 Ezequiel Dias (Minas Gerias) e Instituto Vital Brasil (Rio de Janeiro). Desde a implantação do Programa Nacional de Controle dos Acidentes por Animais Peçonhentos, em 1986, todos os soros antipeçonhentos produzidos no Brasil são adquiridos pelo Ministério da Saúde e distribuídos às secretarias estaduais de saúde, que por sua vez, definem os pontos estratégicos para atendimento dos acidentes e utilização correta e racional dos antivenenos. O diagnostico correto e a terapêutica adequada são condições essenciais par o bom prognóstico dos casos (BRASIL, 2007, p. 124). O tratamento para acidentes ocasionados por ofídios é feito com a aplicação de soro específico para cada tipo de acidente e de acordo com a sua gravidade, conforme representa o quadro 3. Quadro 3 - Tratamento para acidentes ocasionados por ofídios Acidente Soro Gravidade Nº de ampolas Antibotrópico (SAB) Leve:quadro local discreto, sangramento em 2a4 pele ou mucosas; pode haver apenas distúrbios na coagulação. Botrópico Antibotrópico - Moderado:edema e equimose evidentes, 5a8 sangramento sem comprometimento do estado geral; pode haver distúrbio na coagulação. Laquético (SABL) Grave:alterações locais intensas, hemorragia 12 grave, hipotensão, anúria. Antibotrópico - Moderado: quadro local presente, pode haver 10 sangramentos, sem manifestações vagais. Laquético Laquético (SABL) Grave:quadro local intenso, hemorragia intensa 20 com manifestações vagais. Leve:alterações neuroparalíticas discretas; sem 5 mialgia, escurecimento da urina ou oligúria. Crotálico Anticrotálico (SAC) Moderado: alterações neuroparalíticas 10 evidentes,mialgia e mioglobinúria (urina escura) discreta Grave:alterações neuroparalíticas evidentes, 20 mialgia e mioglobinúria intensa, oligúria. Elapídico Antielapídico (SAE) Considerar todos os casos potencialmente graves de risco de insuficiência respiratória Fonte: BRASIL (2007, p. 106) 10 52 Acidentes por escorpiões , na maioria dos casos , há somente manifestações locais, “o tratamento é sintomático e consiste no alivio da dor por infiltração de anestésico sem vasoconstritor (lidocaína a 2%) ou analgésico sistêmico, como dipirona, na dosagem 10mg/kg” (BRASIL, 2007, p. 110). Para o tratamento de casos mais graves consiste na administração de soro antiescorpiônico ou antiaracnídico. O quadro 4 representa o tratamento para acidentes ocasionados por escorpiões, com utilização de soro, conforme a gravidade do acidente. Quadro 4 - Tratamento para acidentes ocasionados por escorpiões Acidente Soro Gravidade Nº de ampolas Leve:dor e parestesia - local Moderada:dor local 2a3 intensa associada a uma ou mais manifestações: náuseas, vômitos, sudorese, Antiescorpiônico (SAEsc) ou agitação, sialorréia, taquipnéia e taquicardi Escorpiônico Antiaracnídico (SAA) Grave: além das acima citadas, presença de um ou mais das seguintes manifestações: vomitos profusos e incoercíveis, sudorese profusa, sialorréia intensa, prostração, coma, insuficiência convulsão, braquicardia, cardíaca, edema pulmonar agudo e choque Fonte: BRASIL (2007,p. 111) 4a6 53 O antiveneno utilizado para acidentes do tipo Foneutrismo (aranha-armadeira) é o Antiaracnídico (SAA), sendo que em casos de gravidade moderada são utilizados de 2 a 4 ampolas e em casos graves utiliza-se de 5 a 10 ampolas de soro. Para acidentes ocasionados por aranhas do gênero Loxosceles (Loxoscelismo), podem ser utilizados os soros Antiloxoscélico (SALox) ou o Antiaracnídico (SAA), em casos de gravidade moderada utiliza-se de 5 ampolas e em casos graves 10 ampolas de soro, associados com o uso de prednisona (CARDOSO et al., 2009). Segundo Brasil (2007, p. 115): para o tratamento de acidentes do tipo latrodectismo (viúva negra) inclui, além de analgésicos sistêmicos: Benzodiazepínicos do tipo diazepan: 5-10mg (crianças:1-2mg), via intravenosa, a cada 4 horas, se necessário; Gluconato de cálcio 10%: 10-20ml (crianças: 1mg/kg), via intravenosa, a cada 4 hora se necessário; Clorpromazina: 25-50mg (crianças: 0,55mg/kg/dose), via intramuscular, a cada 8 horas, se necessario. Para acidentes do tipo lonômico (lagarta do gênero Lonomia), é utilizado o soro antilonômico (SALon), em casos graves recomenda-se a utilização de 10 ampolas e em casos moderados 5 ampolas de soro. E para o tratamento local , utiliza-se de lavagem no local, compressas com água fria, analgésicos e antihistamínicos (CARDOSO et al., 2009). “Devido à natureza heterológica, a administração dos soros pode causar reações de hipersensibilidade imediata” (BRASIL, 2007, p. 106), diante disso, durante as primeiras horas de tratamento o paciente deve ser monitorado para a detecção de reações, tais como urticária, vômitos, hipotensão e choque. Os soros antibotrópico, antipeçonhentos disponíveis antibotrópico/crotálico, no Brasil são, antibotrópico/laquésio, anticrotálico, antilaquésio, antielapídico, antiaracnídico, antiloxocélico e antiescorpiônico (AUTO, 2005). 2.7 MEDIDAS PREVENTIVAS Diante da gravidade e pela frequência com que acontecem acidentes por animais peçonhentos, deve-se adotar algumas medidas preventivas. Medidas essas consideradas simples, fáceis e práticas, levando em consideração o grau de 54 periculosidade que representam os acidentes ocasionados por animais peçonhentos. Para evitar acidentes por serpentes deve-se: a. Olhar atenciosamente por onde caminha; b. Evitar acúmulo de lixo ou entulho, bem como mato ao redor das casas, que abrigam pequenos animais que servem de alimentos às serpentes; c. Serpentes gostam de lugares quentes, úmidos e escuros. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhas de feijão ou milho; d. Utilize botas com cano alto. e. Jamais introduzir as mãos em frestas ou buracos, sem verifica-los. Para evitar acidentes por aranhas e escorpiões deve-se: a. Examinar roupas, calçados e toalhas antes de usa-los; b. Manter camas e berços afastados da parede; c. Evitar lençóis que toquem o chão; d. Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; e. Evitar queimar terrenos baldios, pois isso desaloja os escorpiões e outros animais; f. Coloque telas nas janelas, vede ralos de pias, tanque, portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha; g. Manter limpo os locais próximos à residência; h. Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e escorpiões; Para evitar acidentes por taturanas deve-se: a. Usar luvas de proteção em contato com plantas ou árvores frutíferas; b. Observar os troncos das árvores onde as lagartas podem estar. Para evitar acidentes por abelhas deve-se: a. Evitar caminhar e correr na rota de vôo percorrida pelas abelhas; b. A remoção de colmeias situadas em lugares públicos deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados; c. Evitar os locais onde habitam esses insetos; d. Barulhos, perfumes fortes, desodorantes e o próprio suor do corpo e cores escuras (preta e azul marinho) desencadeiam o comportamento agressivo e consequentemente o ataque; 55 e. Proteger as partes descobertas em caso de ataques; Lembrando que, é importantíssimo preservar os predadores naturais dos animais peçonhentos. E nunca se deve manusear animais peçonhentos vivos ou mortos. Em casos de acidentes algumas medidas devem ser tomadas: a. Nunca amarrar ou fazer torniquetes no local da picada, isso impede a circulação do sangue, podendo ocasionar necrose e não impede que o veneno seja absorvido; b. Nunca cortar, furar, queimar, chupar ou espremer o local da picada; c. No caso de picadas nas mãos ou pernas, manter o membro picado mais elevado que o restante do corpo; d. Nunca coloque folhas, querosene, pó de café, terra e outras substâncias no local da picada, pois elas não impedem que veneno vá para o sangue. Ao contrário, podem causar infecções; e. Manter a vítima em repouso; f. Lembrar que nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonhento. g. E levar a vítima para o centro de atendimento médico o mais rápido possível, para receber o soro antipeçonhento (AMARAL, 2001). 2.8 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Segundo Kawamoto; Santos e Mattos (2004, p. 65) denomina-se Vigilância Epidemiológica (V.E.): O alerta permanente em relação à frequência a distribuição das doenças e dos fatores ou condições que propiciam a aumento do risco de transmissão ou gravidade das doenças. A V.E. é um sistema de informação, decisão e ação, para recomendar, planejar e avaliar medidas de controle de agravos. Segundo o Ministério da Saúde, para que isto ocorra, é necessário que a V.E. seja um componente imprescindível dos programas de controle de doenças e as suas atividades executadas em todos os níveis de prestação de serviços (unidades básicas, hospitais, clinicas particulares e população em geral). 56 Relacionando os acidentes ocasionados por animais peçonhentos, entendese que a Vigilância Epidemiológica, tem como objetivos, reduzir a incidência de acidentes por animais peçonhentos por meio de promoção de ações de educação em saúde e diminuir a gravidade e assiduidade dos acidentes por uso adequado da soroterapia (KAWAMOTO; SANTOS; MATTOS, 2004). Nas ações educativas em saúde junto à comunidade, devem ser expostos os riscos dos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, bem como noções de prevenção dos acidentes e as medidas que devem e as que não devem ser tomadas em caso de acidentes. De acordo com Brasil (2007, p. 120) define-se notificação dos acidentes por animais peçonhentos como um: Agravo de interesse nacional, todo paciente por animal peçonhento atendido na unidade de saúde deve ser notificado, independentemente do paciente ter sido ou não submetido à soroterapia. Existe uma ficha específica de investigação do Sinan que se constitui instrumento fundamental para o estabelecimento de normas de atenção ao paciente e distribuição de soros antipeçonhentos, de acordo com as características regionais na ocorrência de acidentes. Quanto à ficha de investigação, consiste na obtenção de dados do acidente, tem como objetivo determinar o tipo do envenenamento, manifestações clínicas e a soroterapia, sendo utilizada em todos os casos confirmados por animais peçonhentos. O preenchimento da ficha de investigação epidemiológica segue-se um roteiro, onde ocorre à identificação do paciente, coleta de dados clínicos e epidemiológicos, análise dos dados, encerramento do caso e relatório final (BRASIL, 2007). 57 CAPÍTULO III PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA O presente estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, pesquisa documental e pesquisa ação, através do método quantitativo e qualitativo. A pesquisa garantiu o anonimato e a autorização para o desenvolvimento da pesquisa obedecendo à resolução 196/96, que se refere aos trabalhos com seres humanos. 3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 3.2.1 Local do Estudo Rio Negrinho – SC A escolha desse local justifica-se pela incidência de acidentes por animais peçonhentos e por não apresentar medidas educativas para a prevenção dos mesmos, podendo assim a população estar mais suscetível aos acidentes. 3.2.2 Universo População de Rio Negrinho. 3.2.3 Amostra 100% dos Agentes Comunitários de Saúde do município de Rio Negrinho na faixa etária de 25 a 55 anos; 195 Fichas de Investigação com acidentes por Animais Peçonhentos; 1 Escola Municipal – EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt localizada no bairro Vista Alegre; 1 Escola Estadual – EEB Profª. Marta Tavares localizada no bairro Cruzeiro; 58 112 alunos da 6ª série na faixa etária de 11 a 13 anos da EEB Profª. Marta Tavares; 54 alunos dos 8º e 9º anos na faixa etária de 14 a 16 anos da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt; 2 educadores da EEB Profª. Marta Tavares; 1 educador da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt; 20 moradores do bairro Cruzeiro; 20 moradores do bairro Vista Alegre. 3.2.4 Critérios de Inclusão Ser enfermeira, agente de saúde e funcionário da Vigilância Epidemiológica do município de Rio Negrinho; Ser morador da área urbana e rural, na faixa etária de zero a oitenta anos; Ser aluno das escolas Municipais de Rio Negrinho. 3.2.5 Critério de Exclusão Não residir no município de Rio Negrinho e não atuar na área de saúde; Não apresentar vontade de participar da pesquisa; 3.3 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS 3.3.1 Instrumentos de Pesquisa O respectivo estudo se utilizou de várias fontes de coleta de dados, não limitado ao uso de uma única fonte de evidência, tais como, pesquisa documental, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo e pesquisa ação. O referido estudo foi desenvolvido no período do ano 2011. 3.3.2 Metodologia da Pesquisa Bibliográfica A pesquisa foi efetuada em livros, revistas científicas, internet, periódicos e trabalhos científicos sobre a temática. 59 3.3.3 Metodologia da Pesquisa de Campo A pesquisa de campo ocorreu através de: a) Escolha do tema; b) Elaboração do projeto de pesquisa; c) Entrega do projeto para comitê de ética; d) Contato com a Secretaria de Saúde para solicitar autorização para realização da pesquisa; e) Agendar horário para coleta de dados, para pesquisa documental; f) Elaborar questionário para agentes comunitários de saúde para identificar seus conhecimentos sobre o assunto proposto; g) Elaborar folheto educativo sobre animais peçonhentos; h) Validar os instrumentos de coleta de dados com um grupo experimental; i) Aplicação dos questionários com a referida amostragem; j) Análise do material. 3.3.4 Metodologia da Pesquisa Documental a) Verificar as fichas de investigação de acidentes ocasionados por animais peçonhentos da Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho; b) Constatar os índices de acidentes por animais peçonhentos; c) Catalogar os resultados; d) Analisar os resultados relacionados aos índices de acidentes por animais peçonhentos. 3.3.5 Metodologia da Pesquisa Ação a) Elaborar um plano de ação para efetuar a palestra nas escolas que pertencem aos bairros com maior índice de acidentes por animais peçonhentos e para os Agentes Comunitários de Saúde; b) Preparação de materiais para a referida palestra; c) Implementar a palestra para os agentes comunitários de saúde; d) Implementar a palestra para alunos das escolas Prof ª Marta Tavares e Profª Lucinda Maros Pscheidt; 60 e) Validar a implementação das palestras; f) Entregar o folheto educativo sobre animais peçonhentos para os moradores dos bairros Cruzeiro e Vista Alegre; g) Análise dos resultados; h) Elaboração do relatório; i) Apresentação formal da pesquisa em banca; 3.4 DESCRIÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO Primeiramente, a pesquisadora no dia 11 de julho entregou ao secretário de saúde, uma declaração da Universidade do Contestado, descrevendo a finalidade da pesquisa, para que assim o desenvolvimento da mesma fosse autorizada. Para a pesquisa de campo, a pesquisadora se utilizou de questionários aos agentes comunitários de saúde, envolvendo o assunto animais peçonhentos e medidas preventivas. O questionário foi elaborado no dia 18 de setembro, composto por dez questões simples e diretas, tendo por finalidade identificar o conhecimento dos agentes comunitários de saúde sobre o assunto proposto (O questionário encontrase no Apêndice B). No dia 04 de outubro a pesquisadora entregou 36 questionários aos agentes comunitários de saúde de todos os bairros do município. Estes questionários foram encaminhados para a Unidade de Saúde do bairro Centro, onde a pesquisadora no 11 de outubro dirigiu-se até o referido local para o recolhimento dos mesmos. A escolha dos agentes comunitários de saúde se deu pelo fato dos mesmos estarem em contato direto com a população durante as suas visitações rotineiras. 3.5 DESCRIÇÃO DA PESQUISA DOCUMENTAL A pesquisa documental teve inicio no dia 27 de maio às 8h30min, onde a pesquisadora dirigiu-se a Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho, com uma ficha de coleta de dados para a obtenção dos dados relacionados aos acidentes ocorridos e registrados no município no período de janeiro a dezembro de 2010 (A ficha para coleta de dados encontra-se no Apêndice A). 61 No dia 25 de julho às 13h47min a pesquisadora novamente dirigiu-se a Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho com uma ficha de coleta de dados para a obtenção dos dados relacionados aos acidentes ocorridos e registrados no município no período de janeiro a junho de 2011. Posteriormente, os dados obtidos na Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho, foram catalogados e analisados pela pesquisadora durante o mês de agosto. 3.6 DESCRIÇÃO DA PESQUISA AÇÃO Para coleta dos dados e informações, a pesquisadora utilizou a pesquisa de campo, com a aplicação de questionário para agentes comunitários de saúde e pesquisa documental, onde foram coletados os dados sobre os acidentes ocorridos no município. Para a implementação da pesquisa ação, foi realizado palestra e entrega de folhetos com medidas educativas para os agentes comunitários de saúde de todas as Unidades de Saúde do município de Rio Negrinho, bem como, para uma amostragem de alunos das escolas Profª. Marta Tavares, localizada no bairro Cruzeiro e Profª. Lucinda Maros Pscheidt, localizada no bairro Vista Alegre. Para alguns moradores desses bairros foi entregue o folheto com medidas educativas. A pesquisa ação apresentou a seguinte ordem de sequencia: Durante o mês de setembro a pesquisadora elaborou o folheto educativo sobre acidentes por animais peçonhentos e medidas preventivas. No dia 09 de outubro, a pesquisadora elaborou os slides que foram utilizados durante a apresentação para os agentes comunitários de saúde e para os alunos. Os temas abordados na apresentação foram relacionados aos acidentes por animais peçonhentos ocorridos no município, medidas preventivas e como proceder em caso de acidentes. Em 11 de outubro às 13 horas a pesquisadora entrou em contato com a enfermeira da secretaria de saúde, a qual autorizou a realização da palestra para os agentes comunitários de saúde. No dia 18 de outubro a pesquisadora dirigiu-se para o auditório da Secretaria de Saúde para a realização da palestra para os agentes comunitários de saúde. A palestra contava com a presença de 36 agentes comunitários de saúde e ao final da 62 apresentação foi aberta a palavra para comentários e dúvidas, onde a pesquisadora respondeu diversas perguntas sobre o assunto. No dia 14 de outubro, a pesquisadora entrou em contato com as diretoras das escolas Marta Tavares e Lucinda Maros Pscheidt, para agendar horário e solicitar autorização para a realização de palestra para os alunos sobre a referida temática. No dia 19 de outubro às 13 horas, a pesquisadora encaminhou-se até o auditório da EEB Profª. Marta Tavares para a realização da palestra, para 56 alunos da 6ª série. Durante a palestra, os alunos tiraram suas dúvidas, por meio de perguntas à pesquisadora. Em 25 de outubro às 10 horas a pesquisadora dirigiu-se novamente até a Escola Profª. Marta Tavares para a realização da palestra para 56 alunos da 6ª série do período matutino. Os comentários e as dúvidas foram esclarecidos durante a apresentação. No dia 20 de outubro a pesquisadora efetuou a palestra na EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt para 54 alunos dos 8º e 9ª anos. No final da apresentação as dúvidas dos alunos foram esclarecidas. E finalmente, nos dias 20 e 25 de outubro, como complemento da referida pesquisa, foi efetuada a entrega dos folhetos educativos para a comunidade. Em 25 de outubro a pesquisadora esteve no bairro Cruzeiro e no dia 20 de outubro a pesquisadora esteve no bairro Vista Alegre. Durante a entrega a pesquisadora também esclareceu as dúvidas da população. 63 CAPÍTULO IV ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 4.1 TRATAMENTO DOS DADOS Os dados coletados através de questionários aplicados aos agentes comunitários de saúde e as fichas de investigação de acidentes por animais peçonhentos da Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho, foram sistematizados através de gráficos, fotos e de maneira descritiva. A partir desses aspectos, foi possível a análise e interpretação dos resultados bem como, a elaboração da conclusão. 4.2 EVIDENCIAÇÃO DOS RESULTADOS A seguir serão apresentados os resultados da coleta de dados, realizada no período de janeiro de 2010 a junho de 2011 junto a Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho/SC, buscando averiguar a incidência de acidentes ocasionados por animais peçonhentos no município. 4.2.1 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Janeiro a Junho de 2010. 64 Gráfico 1 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros 14 12 10 8 6 4 13 9 7 7 7 5 2 5 4 3 3 3 2 0 2 2 2 1 1 1 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 2 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, relação bairro x animal peçonhento. 14 12 10 8 Abelha (Apis mellifera) Serpente (Bothrops) 6 Escorpião (Tityus costatus) 4 Aranha (Não identificada) Aranha -armadeira(Phoneutria) 2 Aranha-marrom (Loxosceles) Vista Alegre Centro Colônia Olsen Industrial Norte São Rafael Cruzeiro Volta Grande Ceramarte Alegre Pinheirinho Campo Lençol Jardim Hantschel Vila Nova Bela Vista Barro Preto Quitandinha Rio Casa de Pedra São Pedro Outros Municípios 0 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 65 Gráfico 3 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área 4% = 3 acidentes 4% = 3 acidentes Urbana 92% = 72 acidentes Rural Outros Municípios Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 4 – Número de acidentes especificando o animal 70 60 61 50 40 30 20 10 0 11 1 2 2 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 66 Gráfico 5 – Número de acidentes ocorridos por faixa etária 12 10 10 8 8 7 6 7 6 4 5 6 5 5 4 3 2 3 3 3 2 1 0 1 a 5 6 a 10 11 a 16 a 21 a 26 a 31 a 36 a 41 a 46 a 51 a 56 a 61 a 66 a 71 a 76 a anos anos 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 6 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, com predominância mensal 25 23 20 19 15 13 10 5 11 6 6 0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 67 Gráfico 7 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos com predominância mensal, especificando o animal 70 60 50 40 Junho 30 Maio 20 Abril 10 Março Fevereiro 0 Janeiro Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 8- Número de acidentes por gênero 46%= 36 acidentes 54% = 42 acidentes Masculino Feminino Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 68 Gráfico 9 – Predominância de acidentes no sexo feminino, evidenciando o animal 40 35 37 30 25 20 15 10 5 3 1 1 Aranha-armadeira (Phoneutria) Escorpião (Tityus costatus) Abelha (Apis mellifera) 0 Aranha-marrom (Loxosceles) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 10 – Predominância de acidentes no sexo masculino, evidenciando o animal 30 25 24 20 15 10 8 5 0 Aranha-marrom (Loxosceles) Aranha-armadeira (Phoneutria) 1 2 1 Aranha (Não identificada) Serpente (Bothrops) Abelha (Apis mellifera) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 69 Gráfico 11 - Relacionando a utilização de soro nos acidentes por animais peçonhentos 38% = 30 casos 62% = 48 casos Sim Não Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 12 – Evidenciação com relação ao local da picada 20 18 18 18 16 14 12 11 10 10 9 8 7 6 4 2 2 1 0 Mão Dedo da mão Braço Pé Tronco Coxa Perna 2 Cabeça Antebraço Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 70 Gráfico 13 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal 20 18 16 14 12 Abelha (Apis mellifera) 10 Serpente (Bothrops) 8 Escorpião (Tityus costatus) 6 Aranha (Não identificada) 4 Aranha-armadeira (Phoneutria) 2 Aranha-marrom (Loxosceles) 0 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 4.2.2 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Julho de Dezembro de 2010. Gráfico 14 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros 12 10 10 8 8 6 5 4 4 4 3 2 2 0 1 3 1 1 3 1 4 3 1 1 3 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 71 Gráfico 15 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos relação bairro x animal peçonhento 12 10 8 Lagarta (Não identificada) 6 Abelha (Apis mellifera) Serpente (Bothrops) 4 Escorpião (Tityus costatus) 2 Aranha (Não identificada) Aranha-armadeira (Phoneutria) Cruzeiro São Pedro Alegre Volta Grande Campo Lençol Vila Nova Ceramarte Industrial Norte Colônia Olsen Serro Azul Quitandinha Rio Preto Bela Vista Rio dos Bugres Vista Alegre Centro Pinheirinho Industrial Sul Outros Municípios 0 Aranha-marrom (Loxosceles) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 16 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área 7%= 4 acidentes 8%= 5 acidentes 85%= 50 acidentes Urbana Rural Outros Municípios Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 72 Gráfico 17 – Número de acidentes especificando o animal 45 40 41 35 30 25 20 15 10 10 5 2 0 1 1 3 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 18 - Número de acidentes ocorridos por faixa etária 8 7 7 6 6 6 5 5 5 5 5 4 4 4 4 3 3 2 2 1 1 1 1 0 0 1 a 5 6 a 10 11 a 16 a 21 a 26 a 31 a 36 a 41 a 46 a 51 a 56 a 61 a 66 a 71 a 76 a anos anos 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 73 Gráfico 19 – Número de acidentes ocorridos com predominância mensal 18 16 16 14 12 11 10 10 9 8 8 6 4 5 2 0 Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 20 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos com predominância mensal, especificando o animal 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Julho Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 74 Gráfico 21 - Número de acidentes por gênero 53%= 31 acidentes 47%= 28 acidentes Masculino Feminino Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 22 – Predominância de acidentes no sexo feminino, evidenciando o animal 25 23 20 15 10 5 3 0 Aranha-marrom (Loxosceles) Aranha-armadeira (Phoneutria) 1 1 Aranha (Não identificada) Abelha (Apis mellifera) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 75 Gráfico 23 – Predominância de acidentes no sexo masculino, evidenciando o animal 20 18 16 18 14 12 10 8 6 7 4 2 1 0 1 3 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 24 – Relacionando a utilização do soro nos acidentes por animais peçonhentos 51%= 30 casos 49%= 29 casos Sim Não Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 76 Gráfico 25 – Evidenciação com relação ao local da picada 12 11 10 8 9 9 8 8 7 6 4 2 3 2 0 1 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 26 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal 12 10 Abelha (Apis mellifera) 8 Serpente (Bothrops) 6 Escorpião (Tityus costatus) 4 Lagarta (Não identificada) 2 Aranha (Não identificada) 0 Aranha-armadeira (Phoneutria) Aranha-marrom (Loxosceles) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 77 4.2.3 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Janeiro a Junho de 2011. Gráfico 27 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros 9 8 8 7 6 6 5 6 5 4 3 4 4 3 2 1 0 3 2 3 2 2 1 2 1 1 2 1 1 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 28 - Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos relação bairro x animal peçonhento 9 8 Escorpião (Tityus costatus) Abelha (Apis mellifera) Serpente (Bothrops) Aranha (Não identificada) Aranha-armadeira (Phoneutria) Aranha-marrom (Loxosceles) 7 6 5 4 3 2 1 Ceramarte Jardim Hantschel Vila Nova Centro Industrial Norte Volta Grande Rio Preto Cruzeiro Alegre São Pedro São Rafael Colonia Olsen Serro Azul Pinheirinho Bela Vista Campo Lençol Vista Alegre Barro Preto Quitandinha Outros Municípios 0 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 78 Gráfico 29 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área 7%=4 acidentes 2%=1 acidente Urbana 91%=53 acidentes Rural Outros Municípios Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 30 – Número de acidentes especificando o animal 45 40 41 35 30 25 20 15 10 5 0 9 3 2 2 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 79 Gráfico 31 – Número de acidentes por faixa etária 8 7 7 7 7 6 6 5 4 4 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 1 0 0 0 1 a 5 6 a 10 11 a 16 a 21 a 26 a 31 a 36 a 41 a 46 a 51 a 56 a 61 a 66 a 71 a 76 a anos anos 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 32 – Número de acidentes com predominância mensal 14 13 12 13 12 10 8 9 6 6 5 4 2 0 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 80 Gráfico 33 – Número de acidentes com predominância mensal, especificando o animal 45 40 35 30 25 20 Junho 15 Maio 10 Abril 5 Março 0 Fevereiro Janeiro Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 34 - Número de acidentes por gênero 43%= 25 acidentes 57%= 33 acidentes Masculino Feminino Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 81 Gráfico 35 – Predominância de acidentes no sexo feminino, evidenciando o animal 25 23 20 15 10 5 2 0 5 1 1 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 36 – Predominância de acidentes no sexo masculino, evidenciando o animal 20 18 18 16 14 12 10 8 6 4 4 2 1 0 Aranha-marrom (Loxosceles) Aranha-armadeira (Phoneutria) Aranha (Não identificada) 1 1 Serpente (Bothrops) Abelha (Apis mellifera) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 82 Gráfico 37 – Relacionando a utilização do soro nos acidentes por animais peçonhentos 29%= 17 casos 71%=41 casos Sim Não Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 38 – Evidenciação com relação ao local da picada 16 14 14 12 12 10 8 7 6 6 4 5 5 4 2 0 1 2 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 2 83 Gráfico 39 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal 16 14 12 Abelha (Apis mellifera) 10 Serpente (Bothrops) 8 Escorpião (Tityus costatus) 6 Aranha (Não identificada) 4 Aranha-armadeira (Phoneutria) 2 Aranha-marrom (Loxosceles) 0 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 4.2.4 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados, tendo como base os acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho- SC de Janeiro de 2010 a Junho de 2011 Gráfico 40 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, especificando o animal 0% 3% 3% 3% Aranha-marrom (Loxosceles) 6% Aranha-armadeira (Phoneutria) 12% Aranha (Não identificada) Serpente (Bothrops) 73% Abelha (Apis mellifera) Escorpião (Tityus costatus) Lagarta (Não identificada) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 84 Gráfico 41 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, especificando o animal, comparando os semestres. 61 41 41 11 10 9 3 1 2 2 1 2 1 3 1 2 1 2 0 1 0 Número de acidentes ocorridos de janeiro de 2010 a junho de 2010 Número de acidentes ocorridos de julho de 2010 a dezembro de 2010 Número de acidentes ocorridos de janeiro de 2011 a junho de 2011 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 42 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros 30 25 25 20 19 15 10 5 18 17 13 11 11 8 9 4 0 9 8 5 4 3 8 5 1 8 1 2 5 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 1 85 Gráfico 43 – Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos relação bairro x animal peçonhento 30 Lagarta (Não identificada) 25 Abelha (Apis mellifera) 20 Serpente (Bothrops) 15 Escorpião (Tityus costatus) 10 5 Aranha (Não identificada) Vista Alegre Centro Colônia Olsen Industrial Norte São Rafael Cruzeiro Volta Grande Cermarte Alegre Pinheirinho Campo Lençol Jardim Hantschel Vila Nova Bela Vista Barro Preto Quitandinha Rio Casa de Pedra São Pedro Serro Azul Rio Preto Rio do Bugres Industrial Sul Outros Municipios 0 Aranha-armadeira (Phoneutria) Aranha-marrom (Loxosceles) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 44- Número de acidentes por área 4%= 8 acidentes 6%=12 acidentes 90%= 175 acidenttes Urbana Rural Outros Municípios Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 86 Gráfico 45 – Número de acidentes por área, comparando os semestres 80 72 70 60 53 50 50 40 30 20 10 3 5 3 4 4 1 0 Número de acidentes ocorridos Número de acidentes ocorridos Número de acidentes ocorridos em janeiro de 2010 a junho de em julho de 2010 a dezembro de em janeiro de 2011 a junho de 2010 2010 2011 Urbana Rural Outros Municípios Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 46- Número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros do município de Rio Negrinho, comparando os semestres 30 25 8 20 15 2 4 10 5 0 2 13 6 6 9 10 4 7 7 3 3 7 2 1 5 5 1 5 8 4 3 3 3 1 3 3 3 2 4 2 1 2 1 1 2 1 2 4 1 1 4 2 1 3 1 1 5 1 1 1 1 2 3 Número de Acidentes ocorridos em Janeiro de2010 a junho de 2010 Número de Acidentes ocorridos em julho de2010 a dezembro de 2010 Número de Acidentes ocorridos em janeiro de 2011 a junho de 2011 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 1 3 87 Gráfico 47 – Número de acidentes por faixa etária, comparando os semestres 12 10 10 8 8 6 4 2 7 7 7 7 6 5 5 6 55 4 5 4 3 7 5 4 3 7 6 6 6 3 5 4 4 3 3 3 2 2 2 3 3 3 2 3 2 1 2 11 1 0 0 00 1 a 5 6 a 10 11 a 16 a 21 a 26 a 31 a 36 a 41 a 46 a 51 a 56 a 61 a 66 a 71 a 76 a anos anos 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos Número de Acidentes ocorrido por Idade janeiro 2010 a junho de 2010 Número de Acidentes ocorrido por Idade julho de 2010 a dezembro de 2010 Número de Acidentes ocorrido por Idade janeiro de 2011 a dezembro de 2011 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 48 - Número de acidentes por faixa etária 20 19 18 17 16 19 17 17 16 14 14 13 12 10 11 10 10 8 8 6 6 4 6 5 3 2 0 1 a 5 6 a 10 11 a 16 a 21 a 26 a 31 a 36 a 41 a 46 a 51 a 56 a 61 a 66 a 71 a 76 a anos anos 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 88 Gráfico 49 – Número de acidentes por gênero 47%= 92 acidentes 53%= 103 acidentes Masculino Feminino Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 50 – Predominância de acidentes no sexo feminino, especificando o animal 90 80 83 70 60 50 40 30 20 10 0 8 2 3 6 1 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 89 Gráfico 51 - Predominância de acidentes no sexo masculino, especificando o animal 70 60 60 50 40 30 20 10 16 6 0 4 2 1 3 Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) Gráfico 52 - Relacionando a utilização de soro nos acidentes por animais peçonhentos 39%= 76 casos 61%= 119 casos Sim Não Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 90 Gráfico 53 – Evidenciação com relação ao local da picada e o animal 45 40 35 Lagarta (Não identificada) 30 Abelha (Apis mellifera) 25 Serpente (Bothrops) 20 Escorpião (Tityus costatus) 15 10 5 Aranha (Não identificada) 0 Aranha-armadeira (Phoneutria) Aranha-marrom (Loxosceles) Fonte: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO NEGRINHO, adaptado por KELBERT (2011) 4.2.5 Dados relacionados ao instrumento de coleta de dados aplicado aos agentes comunitários de saúde Para os agentes comunitários de saúde, do município de Rio Negrinho foi aplicado um questionário contendo dez questões sobre animais peçonhentos, acidentes e medidas preventivas (Conforme apêndice B). Diante dos questionários aplicados somente 15 aceitaram responder e apresentaram as seguintes respostas: Com relação ao questionamento de número 1, relacionado à faixa etária, constatou-se que, é bastante variante, dos 25 até os 55 anos. Relacionando o gênero, questão de número 2, verificou-se que a maioria é do sexo feminino, somente dois agentes são do sexo masculino. Sobre a formação, referente ao questionamento de número 3, constatou-se que, o ensino médio é predominante, sendo que, 2 questionários apresentaram a formação como técnico em enfermagem, 1 em magistério e 1 técnico em enfermagem e contabilidade. Na questão de número 4, referente ao cargo que ocupam, constatou-se que todos são contratados como agentes comunitários de saúde. O tempo de atuação na profissão, questionamento número 5, também é bastante variável, sendo desde 6 meses até 12 anos. Referente aos seus conhecimentos sobre o que são animais peçonhentos, questão número 6, a maioria somente citou exemplos, não 91 descrevendo o que são. Os poucos que descreveram o que são os animais peçonhentos citaram que são animais venenosos, que causam acidentes graves podendo levar a morte. Sobre treinamento/palestras com o tema acidentes ocasionados por animais peçonhentos, questão 6, somente dois agentes já tiveram, observando que os mesmos já atuam na profissão há 11 e 12 anos. Quatro agentes comunitários de saúde, responderam que já atenderam alguém que sofreu acidente por animal peçonhento e este acidente foi ocasionado por aranha, resposta referente ao questionamento de número 7. Com relação à pergunta de número 8, com qual animal acontece à maior incidência de acidentes, citaram aranhas, serpentes, escorpiões e taturanas. Relacionando as medidas preventivas, questão 9, somente 3 agentes comunitários de saúde relacionaram todas as medidas preventivas para os animais que estavam sendo pedidos, 4 questionários apresentaram somente as medidas para aranhas, 2 questionários apresentaram as medidas para aranhas e serpentes e os demais não sabiam quais são as medias preventivas para evitar acidentes por animais peçonhentos. Na questão número 10, referente aos primeiros socorros, 8 agentes responderam corretamente esta questão e os demais não sabiam quais são os primeiros socorros a serem tomados. 4.2.6 Dados relacionados à pesquisa documental A figura 6 demonstra a pesquisadora coletando os dados relacionados aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos registrados na Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho. 92 Figura 6 – A pesquisadora coletando dados na Vigilância Epidemiológica Fonte: Kelbert (2011) Data: 27/05/2011 A figura 7 retrata a estrutura física da Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho/SC, localizada no bairro Centro, onde a pesquisadora efetuou a sua pesquisa documental. Figura 7 - Visualização da estrutura física da Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho Fonte: Kelbert (2011) Data:05/10/2011 93 4.2.7 Dados relacionados à pesquisa de campo As figuras 8, 9 e 10 evidenciam a pesquisadora explicando aos agentes comunitários de saúde o procedimento da pesquisa bem como a entrega dos questionários. Figura 8 – A pesquisadora explicando aos agentes comunitários de saúde o procedimento da pesquisa Fonte: Kelbert (2011) Data:04/10/2011 Figura 9 – A pesquisadora entregando os questionários Fonte: Kelbert (2011) Data:04/10/2011 94 Figura 10 - Agentes comunitários de saúde recebendo o questionário Fonte: Kelbert (2011) Data:04/10/2011 95 A figura 11 confirma a reunião realizada com a diretora da EEB Profª. Marta Tavares para explicar a pesquisa e assim solicitar a autorização para o desenvolvimento da palestra para os alunos. O contato com a diretora da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt se deu por telefone. Figura 11 – Pesquisadora efetuando contato com a diretora da EEB Profª. da Escola Marta Tavares Fonte: Kelbert (2011) Data:14/10/2011 96 A figura 12 demonstra a estrutura física da EEB Profª. Marta Tavares, localizada no bairro Cruzeiro, em Rio Negrinho/SC, onde a pesquisadora implementou palestra relacionada a Acidentes por Animais Peçonhentos e Medidas Preventivas. Figura 12 – Visualização da estrutura física da EEB Profª. Marta Tavares que foi implementada a referida pesquisa Fonte: Kelbert (2011) Data:14/10/2011 A figura 13 retrata a estrutura física da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt, localizada no bairro Vista Alegre, em Rio Negrinho/SC, onde a pesquisadora implementou palestra relacionada a Acidentes por Animais Peçonhentos e Medidas Preventivas. Figura 13– Visualização da estrutura física da EMEB Profª. Lucida Maros Pscheidt que foi implementada a referida pesquisa Fonte: Kelbert (2011) Data:14/10/2011 97 4.2.8 Dados relacionados com a pesquisa ação. As figuras 14 e 15 evidenciam a pesquisadora implementando palestra para os agentes comunitários de saúde. Figura 14 - Palestra para agentes comunitários de saúde Fonte: Kelbert (2011) Data:18/10/2011 Figura 15 – A pesquisadora repassando os dados da pesquisa para os agentes comunitários de saúde Fonte: Kelbert (2011) Data:18/10/2011 98 As figuras 16 e 17 demonstram a pesquisadora em palestra para os alunos da 6ª série, nos turnos matutino e vespertino, da Escola Estadual Marta Tavares, localizada no bairro Cruzeiro, Rio Negrinho/SC. Figura 16 – Palestra para alunos da 6ª série da EEB Profª. Marta Tavares Fonte: Kelbert (2011) Data:19/10/2011 Figura 17 – Palestra para os alunos da 6ª da EEB Profª. Marta Tavares Fonte: Kelbert (2011) Data:25/10/2011 99 As figuras 18 e 19 evidenciam a pesquisadora aplicando palestra para os alunos do 8º e 9º ano, da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt, localizada no bairro Vista Alegre, Rio Negrinho/SC. Figura 18 – Palestra para os alunos do 8º e 9º ano da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt Fonte: Kelbert (2011) Data:20/10/2011 Figura 19 – Palestra para os alunos da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt Fonte: Kelbert (2011) Data:20/10/2011 100 As figuras 20 e 21 retratam a pesquisadora entregando o folheto educativo para alguns dos moradores do bairro Vista Alegre no dia 20 de outubro. Figura 20 – Entrega do folheto educativo para moradora do bairro Vista Alegre Fonte: Kelbert (2011) Data:20/10/2011 Figura 21 – Entrega do folheto educativo para a população do bairro Vista Alegre Fonte: Kelbert (2011) Data:20/10/2011 101 As figuras 22 e 23 demonstram a pesquisadora entregando o folheto educativo para alguns dos moradores do bairro Cruzeiro no dia 25 de outubro. Figura 22 – Entrega do folheto educativo para a população do bairro Cruzeiro Fonte: Kelbert (2011) Data:25/10/2011 Figura 23 – Entrega do folheto educativo para morador do bairro Cruzeiro Fonte: Kelbert (2011) Data:25/10/2011 102 A figura 24 comprova a publicação da palestra realizada pela pesquisadora no dia 20 de outubro no blog da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt. Figura 24 – Publicação da palestra no blog da EMEB Profª. Lucinda Maros Pscheidt Fonte: http://emeblucindamp.blogspot.com/ Data: 20/10/11 A figura 25 demonstra o folder elaborado pela pesquisadora, como proposta a medidas preventivas relacionadas aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos. O folder foi entregue para os agentes comunitários de saúde a para os alunos durante as palestras realizadas pela pesquisadora e também para alguns moradores dos bairros Cruzeiro e Vista Alegre. 103 Figura 25 – Folder elaborado pela pesquisadora 104 4.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS As informações obtidas através das fichas de investigação de acidentes ocasionados por animais peçonhentos da Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho, anteriormente representadas através de gráficos, a seguir serão evidenciadas de forma descritiva, bem como os dados das pesquisas de campo e ação. Em primeiro instante, os dados da pesquisa documental foram analisados semestralmente, a começar com os dados de janeiro a junho de 2010, julho a dezembro de 2010, janeiro a junho de 2011 e por fim realizou-se uma análise comparativa dos 18 meses, relacionando às incidências dos acidentes. No primeiro semestre examinado, janeiro a junho de 2010 os dados encontram-se evidenciados pelos gráficos 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 e 13. Durante este semestre, verificou-se a ocorrência de 78 acidentes ocasionados por animais peçonhentos. O gráfico 1 demonstra os acidentes ocasionados por animais peçonhentos especificando os bairros que apresentaram as incidências, sendo que, 13 acidentes ocorreram no bairro Vista Alegre, 9 na Volta Grande, 7 casos no São Rafael, 7 no Cruzeiro, 7 no bairro Alegre, 5 no Campo Lençol, 5 no Industrial Norte, 4 na Vila Nova, 3 no Centro, 3 o Barro Preto, 3 acidentes ocorreram em outros municípios, mas foram atendidos em Rio Negrinho, 2 na Bela Vista, 2 na Colônia Olsen, 2 no Pinheirinho, 2 no Jardim Hantschel e nos bairros Ceramarte, Quitandinha, Rio Casa de Pedra e São Pedro só ocorreram 1 caso em cada bairro. O gráfico 2 representa o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros, especificando o bairro e o animal envolvido, na Vista Alegre - 11 casos com aranha Loxosceles (aranha-marron) e 2 casos com aranha Phoneutria (aranha-armadeira); Centro- 2 casos aranha Loxosceles e 1 caso com escorpião; Colônia Olsen- 1 caso com serpente (jararaca) e 1 caso com aranha Phoneutria, Industrial Norte - 5 casos com aranha Loxosceles; São Rafael – 6 casos com aranha Loxosceles e 1 caso com aranha (não identificada); Cruzeiro – 6 casos com aranha Loxosceles e 1 caso com aranha Phoneutria; Volta Grande – 7 casos com aranha Loxosceles e 2 casos com aranha Phoneutria; Ceramarte- 1 caso com aranha Loxosceles; Alegre- 4 casos aranha Loxosceles, 2 casos com aranha Phoneutria e 1 com serpente (jararaca); no Pinheirinho - 2 casos com aranha 105 Loxosceles; Campo Lençol – 2 casos com abelha e 3 casos aranha Loxosceles; Jardim Hantschel – 2 casos com aranha Loxosceles; Vila Nova – 4 casos com aranha Loxosceles; Bela Vista – 2 casos com aranha Loxosceles; Barro Preto – 2 casos com aranha Loxosceles e 1 caso com aranha Phoneutria; Quitandinha – 1 caso com aranha Loxosceles; Rio Casa de Pedra - 1 caso com aranha Loxosceles; São Pedro - 1 caso com aranha Loxosceles e entre os acidentes que ocorreram em outros municípios mas foram atendidos em Rio Negrinho está 1 caso com aranha Loxosceles e 2 casos com aranha Phoneutria. Já o gráfico 3, apresenta o número de acidentes ocorridos por área, sendo que, 92% (72 acidentes) ocorreram na área urbana, 4% (3 acidentes) na área rural e 4% (3 acidentes) foram causados em outros municípios, porém os primeirossocorros foram prestados em Rio Negrinho. Com relação ao gráfico 4, da representação dos números de acidentes especificando o animal, verificou-se que a aranha marrom (Loxosceles) é a maior responsável pelos acidentes durante este período, representando 61 dos casos, logo em seguida temos a aranha-armadeira (Phoneutria) com 11 acidentes, as aranhas não identificadas com 1 acidente, à serpente (jararaca) com 2 acidentes, abelha também com 2 acidentes e o escorpião com 1 acidente. No gráfico 5, encontra-se o número de acidentes ocorridos por faixa etária, neste período foram registrados acidentes entre 1 a 80 anos e a maior incidência dos acidentes é dos 26 aos 35 anos. A predominância mensal destes acidentes, representada pelo gráfico 6, apresentou os seguintes resultados, o mês de março com a maior incidência, 23 acidentes, abril com 19 acidentes, maio com 13 acidentes, fevereiro com 11 acidentes, janeiro com 6 acidentes e junho também com 6 acidentes. O gráfico 7, evidencia a predominância mensal dos acidentes especificando o animal, no mês de março foram registrados 22 acidentes por aranha marrom e 1 por serpente jararaca, em abril foram registrados 12 acidentes por aranha marrom e 7 acidentes por aranha armadeira, no mês maio foram constatados 10 acidentes por aranha marrom, 2 por aranha armadeira e 1 por abelha, já no mês de fevereiro foram registrados 8 acidentes por aranha marrom, 1 por aranha não identificada, 1 por aranha armadeira e 1 por abelha, em janeiro constatou-se quatro acidentes por aranha marrom, 1 por escorpião e 1 por serpente e no mês de junho verificou-se 5 acidentes por aranha marrom e 1 acidente por aranha armadeira. 106 Com relação ao gráfico 8, da representação dos gêneros envolvidos em acidentes, constatou-se que 54% (42 acidentes) ocorreram com o gênero feminino e 46% (36 acidentes) com o gênero masculino. O gráfico 9, apresenta a predominância de acidentes com o gênero feminino, evidenciando o animal, tendo a aranha marrom (Loxosceles) com 37 acidentes, aranha armadeira (Phoneutria) com 3 acidentes, o escorpião com 01 acidente e 01 acidente com abelha. A predominância de acidentes com o gênero masculino, evidenciando o animal é representado pelo gráfico 10, sendo que a aranha marrom (Loxosceles) foi a responsável por 24 acidentes, aranha armadeira (Phoneutria) 8 acidentes, 1 acidente com aranha não identificada, 2 acidentes por serpente (jararaca) e 1 acidente por abelha. A utilização de soro nos acidentes por animais peçonhentos é representada no gráfico 11, 62% dos casos não utilizaram soro e 38 % utilizaram o soro antipeçonhento. O gráfico 12, demonstra o local da picada envolvendo o acidente por animal peçonhento, neste gráfico constatou-se que, durante este semestre predominaram com maior incidência de picadas o braço e a perna, sendo que, cada um destes membros apresentou 18 casos, a coxa representou 11 casos, a mão 10 casos, o pé 9 casos, o tronco 7 casos, cabeça 2 casos, 2 casos no ante braço e 1 caso no dedo da mão. Já o gráfico 13, demonstra o local da picada relacionando o animal envolvido no acidente, constatou-se que acidentes na perna foram causados por aranha marrom (16 acidentes) e aranha armadeira (2 acidentes), no braço por aranha marrom (16 acidentes), aranha armadeira (1 acidente) e abelha (1 acidente), na coxa por aranha marrom (10 acidente) e aranha armadeira (1 acidente), na mão por aranha marrom (5 acidentes), aranha armadeira (4 acidentes) e abelha (1 acidente), no pé por aranha marrom (5 acidentes), aranha armadeira (2 acidentes), abelha (1 acidente) e serpente (1 acidente), no tronco por aranha marrom (5 acidentes), aranha armadeira (1 acidente) e aranha não identificada (1 acidente), na cabeça por aranha marrom (1 acidente), no ante braço por aranha marrom (1 acidente) e no dedo da por mão escorpião (1 acidente). Em resumo, pode-se constatar que no primeiro semestre do ano de 2010, o bairro que apresentou o maior índice de acidentes por animais peçonhentos foi a 107 Vista Alegre, o animal responsável pelo maior número de acidentes foi à aranha marrom (Loxosceles), 92% dos acidentes aconteceram na área urbana, à predominância de acidentes por faixa etária é dos 26 a 50 anos, o mês que ocorreu a maior incidência de acidentes foi março, 54% dos acidentes aconteceram com o gênero feminino, 62% dos acidentados não utilizaram o soro antipeçonhento e os locais das picadas com maior incidência foram perna e braço. No segundo semestre do ano de 2010 (julho a dezembro) verificou-se 59 acidentes ocasionados por animais peçonhentos no município de Rio Negrinho e esses dados encontram-se evidenciados nos gráficos 14; 15; 16; 17; 18; 19; 20; 21; 22; 23; 24; 25 e 26. O gráfico 14 demonstra o número de acidentes ocorridos em cada bairro, sendo que, 4 acidentes aconteceram na Vista Alegre, 2 acidentes na Volta Grande, 1 acidente no Industrial Sul, o bairro Cruzeiro com 10 acidentes foi o bairro que mais apresentou acidentes neste semestre, 3 acidentes no bairro Alegre, 1 acidente no Campo Lençol, 1 acidente no Serro Azul, 8 acidentes na Vila Nova, 3 acidentes no Centro, 1 acidente no Industrial Norte, 3 acidentes na Bela Vista, 1 na Colônia Olsen, 1 acidente no Pinheirinho, 4 acidentes na Ceramarte, 3 acidentes na Quitandinha, 5 acidentes no São Pedro, 3 acidentes no Rio Preto, 1 no Rio dos Bugres e 4 acidentes em outros municípios, mas que os acidentados foram atendidos em Rio Negrinho. Já o gráfico 15 apresenta o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros, especificando o bairro e o animal envolvido no acidente, no bairro Cruzeiro verificou-se 7 acidentes por aranha marrom (Loxosceles), 2 por aranha armadeira (Phoneutria) e 1 por abelha; no bairro São Pedro 4 por aranha marrom (Loxosceles) e 1 por aranha armadeira (Phoneutria); bairro Alegre verificouse 2 acidentes por aranha marrom e 1 por lagarta; na Volta Grande 1 por aranha não identificada e 1 por aranha marrom; no bairro Campo Lençol 1 acidente por aranha marrom; Vila Nova 6 acidentes por aranha marrom, 1 por aranha armadeira e 1 por escorpião; Ceramarte 1 por aranha marrom e 3 por aranha armadeira; no Industrial Norte 1 acidente por aranha marrom (Loxosceles); 1 por aranha armadeira na Colônia Olsen; Serro Azul 1 por aranha não identificada; na Quitandinha 2 por aranha marrom e 1 por escorpião; no Rio Preto 3 acidentes por aranha marrom; Bela Vista 3 por aranha marrom (Loxosceles); no Rio do Bugres 1 acidente por aranha marrom; Vista Alegre apresentou 4 acidentes por aranha marrom (Loxosceles); no 108 bairro Centro 2 acidentes por aranha marrom (Loxosceles) e 1 por escorpião; 1 acidente por aranha armadeira; no Industrial Sul 1 acidente por aranha marrom e os acidentes ocorridos em outros municípios mas que foram atendidos em Rio Negrinho totalizaram 2 acidentes por aranha marrom, 1 por aranha armadeira e 1 por serpente. O gráfico 16, evidencia o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos por área, sendo que, 85% dos casos (50 acidentes) ocorreram na área urbana, 8% (5 acidentes) ocorreram na área rural e 7% (4 acidentes) ocorreram em outros municípios. O número de acidentes especificando o animal, demonstrado pelo gráfico 17, comprova que, 41 acidentes foram ocasionados por aranha marrom (Loxosceles), 10 acidentes ocorreram por aranha armadeira (Phoneutria), 2 acidentes por aranha não identificada, 1 acidente por serpente (jararaca), 1 acidente por abelha, 3 acidentes por escorpião e 1 acidente por taturana/lagarta. O gráfico 18 confirma a faixa etária envolvida nos acidentes, sendo registrados casos de 1 a 75 anos. A idade que se averiguou o maior número de acidentes foi entre 56 a 60 anos. A predominância mensal dos acidentes encontra-se representada pelo gráfico 19, o mês que apresentou a maior incidência de acidentes foi novembro com 16 casos, dezembro com 11 acidentes, 10 casos no mês de outubro, 9 em setembro, agosto com 8 acidentes e julho, com a menor incidência de acidentes durante este semestre, com 5 casos registrados. Já a predominância mensal dos acidentes especificando o animal encontra-se evidenciado pelo gráfico 20, sendo que, no mês de novembro foram registrados 14 acidentes por aranha marrom, 1 acidente por escorpião e 1 por aranha aramadeira, em dezembro 8 acidentes por aranha marrom, 1 por serpente, 1 por abelha e 1 por aranha armadeira, no mês de outubro 9 acidentes por aranha marrom e 1 por aranha armadeira, em setembro foram regsitrados 4 acidentes por aranha marrom, 1 por escorpião, 1 por aranha não identificada e 3 acidentes por aranha armadeira, em agosto 4 acidentes por aranha marrom, 1 por aranha não identificada e 3 por aranha armadeira e no mês de julho foram registrados 3 acidentes ocasionados por aranha marrom, 1 por aranha armadeira e 1 por largata/taturana. 109 Os acidentes separados por gênero, evidenciados pelo gráfico 21, comprovam que, 53% dos acidentes (31 casos) ocorreram com o gênero masculino e 47 % dos acidentes (28 casos) com o gênero feminino. O gráfico 22, confirma a predominância de acidentes com o gênero feminino, especificando o animal, a aranha marrom foi responsável por 23 acidentes, a aranha armadeira 3 acidentes, 1 acidente com aranha não identificada e 1 acidente por abelha. A predominância de acidentes no gênero masculino, especificando o animal verifica-se no gráfico 23, sendo que, 18 acidentes foram ocasionados por aranha marrom, 7 acidentes por aranha armadeira, 1 por aranha não identificada, 1 por lagarta, 3 por escorpião e 1 acidente ocasionado por serpente. O gráfico 24, relaciona a utilização de soro nos acidentes por animais peçonhentos, 51 % dos acidentes não utilizaram o soro e 49% dos acidentes utilizaram o soro antipeçonhento. A evidenciação com relação ao local da picada encontra-se no gráfico 25, onde se constatou que, a perna foi o local com maior incidência de picadas, com 11 casos, a mão com 9 casos, 9 casos no braço, o tronco com 8 casos, no 8 casos também pé, 7 casos na coxa, 3 no dedo da mão, 2 na cabeça, 1 no ante braço e 1 caso no dedo do pé. Já o gráfico 26, evidencia o local da picada relacionando o animal envolvido no acidente, comprovou-se que acidentes na perna foram causados por aranha marrom (8 acidentes), aranha armadeira (2 acidentes) e escorpião (1acidente), no braço ocorreram somente acidentes por aranha marrom (9 acidentes), na mão foram acidentes por aranha marrom (3 casos), por aranha armadeira (3 acidentes), por aranha não identificada (1 acidente), por lagarta (1 acidente) e por abelha (1 acidente), no tronco ocorreram acidentes por aranha marrom (6 casos) e por aranha armadeira (2 casos), no pé acidente por aranha marrom (6 casos), por aranha armadeira (1 acidente) e por serpente (1 acidente), na coxa foram registrados acidentes por aranha marrom (6 casos) e por aranha armadeira (1 caso), no dedo da mão acidentes por aranha marrom (1 acidente) e escorpião (2 acidentes), na cabeça foram acidentes por aranha marrom (2 acidentes), no ante braço acidentes por aranha armadeira e no dedo do pé foi acidente ocasionado por aranha não identificada (1 caso). 110 Diante dos dados evidenciados durante o período de julho a dezembro de 2010, constatou-se que, o bairro Cruzeiro apresentou a maior incidência de acidentes, o animal responsável pelo maior número de acidentes foi à aranha marrom (Loxosceles), 85% dos acidentes ocorreram na área urbana, à faixa etária com a predominância de acidentes 56 a 60 anos, o mês com maior número de acidentes foi novembro, 53% dos acidentes aconteceram com o gênero masculino, 51% das vítimas de animais peçonhentos não utilizaram o soro antipeçonhento e o local com maior incidência de picadas foi à perna. No terceiro semestre analisado, janeiro a junho de 2011, foram registrados 58 acidentes ocasionados por animais peçonhentos e esses dados encontram-se representados nos gráficos 27; 28; 29; 30; 31; 32; 33; 34; 35; 36; 37; 38 e 39. O gráfico 27 demonstra o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos especificando os bairros que apresentaram as incidências, sendo que, o bairro Ceramarte apresentou 4 acidentes, Jardim Hantschel 1 acidente, 6 acidentes na Vila Nova, no Centro 3 acidentes, Industrial Norte 5 acidentes, Volta Grande 6 acidentes, 2 acidentes no Rio Preto, o Cruzeiro com 8 acidentes foi o bairro com o maior número de acidentes neste semestre, 3 acidentes no bairro Alegre, no São Pedro 2 acidentes, São Rafael 4 acidentes, Colônia Olsen 2 acidentes, 1 no Serro Azul, 1 no bairro Pinheirinho, 3 acidentes na Bela Vista, 2 acidentes no Campo Lençol, na Vista Alegre forma registrados 2 acidentes, 1 no Barro Preto, 1 na Quitandinha e 1 acidente ocorrido em outro município mais a vítima foi atendida em Rio Negrinho. O gráfico 28, representa o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros, especificando o bairro e o animal envolvido, constatou-se que no bairro Ceramarte ocorreram 4 acidentes por aranha marrom, no Jardim Hantschel 1 acidente por aranha armadeira, Vila Nova 4 acidentes por aranha marrom e 1 por aranha não identificada, Centro 2 acidentes por aranha marrom e 1 por escorpião,no Industrial Norte 3 acidentes por aranha marrom, 1 por armadeira, 1 por aranha não identificada e 1 por serpente (jararaca), Rio Preto 1 acidente por aranha marrom e 1 acidente por aranha não identificada, Cruzeiro 7 acidentes por aranha marrom e 1 por aranha armadeira, no bairro Alegre 2 acidentes por aranha marrom e 1 acidente por abelha, São Pedro 1 acidente por aranha marrom e 1 por aranha não identificada, São Rafael 3 acidentes por aranha marrom e um por abelha, Colonia Olsen 2 acidentes por aranha marrom, Serro Azul 1 acidente por 111 aranha marrom, no Pinheirinho 1 acidente por aranha marrom, Bela Vista 2 acidentes por aranha marrom e 1 por serpente, no Campo Lençol 1 acidente por aranha marrom e 1 acidente por aranha não identificada, Vista Alegre 2 acidentes por aranha marrom, no Barro Preto 1 acidente por aranha marrom, Quitandinha 1 acidente por aranha não identificada e 1 acidente ocasionado por aranha marrom ocorreu em outro município. O número de acidentes ocorridos por área, demonstrado pelo gráfico 29, confirma que, 91% dos acidentes (53 casos) ocorreram na área urbana, 7% dos acidentes (4 acidentes) na área rural e 2% dos acidentes (1 caso) ocorreu em outro município. O gráfico 30, demonstra o número de acidentes especificando o animal, 41 acidente foram ocasionados pela aranha marrom (Loxosceles) , 3 acidentes por aranha armadeira (Phoneutria), 9 acidentes foram por aranhas não identificadas, 2 acidentes por serpente (jararaca), 2 acidentes por abelha e 1 acidente por escorpião. O número de acidentes por faixa etária esta evidenciado no gráfico 31, onde a predominância de acidentes foi dos 16 a 20, 36 a 40 e 46 a 50 anos, ambas as faixas etárias apresentaram 7 acidentes cada. O gráfico 32, evidencia o número de acidentes com predominância mensal, no mês de março foram registrados 13 acidentes, abril também registrou 13 acidentes, fevereiro 12 acidentes, janeiro 9 acidentes, junho 6 acidentes e o mês de maio com 5 acidentes. O gráfico 33, demonstra o número de acidentes com predominância mensal especificando o animal, no mês de março foram registrados 10 acidentes por aranha marrom, 1 por serpente e 2 por aranha não identificada, o mês de abril 11 acidentes por aranha marrom, 1 por aranha não identificada e 1 por aranha armadeira, fevereiro ocorreram 7 acidentes por aranha marrom, 1 por serpente, 2 por aranha não identificada, 1 por aranha armadeira e 1 acidente por abelha, em janeiro 6 acidentes por aranha marrom, 1 por escorpião, 1 por aranha não identificada e 1 acidente por aranha armadeira, no mês de junho ocorreram 5 acidentes por aranha marrom e 1 acidente por abelha e no mês de maio sucederam 2 acidentes por aranha marrom e 3 acidentes por aranha não identificada. Os acidentes por gênero, demonstrados no gráfico 34, confirmam que, 57% dos acidentes (33 casos) ocorreram com o gênero feminino e 43% dos acidentes (25 casos) ocorreram com o gênero masculino. 112 A predominância de acidentes com o gênero feminino evidenciando o animal, representado pelo gráfico 35, confirma que 23 acidentes foram ocasionados por aranha marrom, 2 por aranha armadeira, 5 acidentes por aranhas não identificadas, 1 por escorpião, 1 por abelha e 1 acidente por serpente (jararaca). Já a predominância de acidentes com o gênero masculino evidenciando o animal, representado pelo gráfico 36, demonstra que 18 acidentes foram ocasionados por aranha marrom, 1 por aranha armadeira, 4 acidentes por aranha não identificadas, 1 por serpente (jararaca) e 1 acidente por abelha. Relacionando a utilização do soro nos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, evidenciado pelo gráfico 37, comprova que, 71 % das vítimas (41 acidente) não utilizaram do soro e 29 % das vítimas (17 acidentes) utilizaram o soro antipeçonhento. O gráfico 38, demonstra o local da picada, na mão foram constatados 5 casos, dedo da mão 1 caso, o braço, com 14 casos foi o local com maior incidência de picadas, no pé 4 casos, tronco com 7 casos, 6 casos na coxa, 12 casos na perna, na cabeça 5 casos, 2 casos no ante braço e 2 casos no dedo do pé. Já o gráfico 39, evidencia o local da picada relacionando o animal envolvido no acidente, constatou-se que acidentes no tronco foram causados por aranha marrom (4 acidentes), aranha armadeira (2 acidentes) e por aranha não identificada (1 acidente), acidentes na cabeça foram por aranha marrom (4 acidentes) e abelha (1 acidente), na mão foram por aranha marrom (2 acidentes), aranhas não identificadas (2 acidentes) e por escorpião (1 acidente), no dedo da mão por aranha marrom (1 acidente), no braço por aranha marrom (10 acidentes) e por aranhas não identificadas (4 acidentes), no ante braço por aranha marrom (2 acidentes), na coxa por aranha marrom (6 acidentes), na perna por aranha marrom (8 acidentes), por aranha armadeira (1 acidente), por aranha não identificada (1 acidente), por serpente (1 acidente) e por abelha (1 acidente), no pé acidentes ocasionados por aranha marrom (2 acidentes), por aranha não identificada (1 acidente) e por serpente (1 acidente) e no dedo do pé foram acidentes ocasionados por aranha marrom (2 acidentes). Pode-se averiguar que, durante janeiro a junho de 2011, o bairro que apresentou a maior incidência de acidentes foi o Cruzeiro, o animal responsável pelo maior número de acidentes foi à aranha marrom (Loxosceles), 91% dos acidentes ocorreram na área urbana. À faixa etária envolvida em acidentes por animais 113 peçonhentos foi bastante variável, confirmando as seguintes faixas com maior incidência, 16 a 20, 36 a 40 e 46 a 50 anos. Os meses com maior incidência de acidentes foi março e abril, 57% dos acidentes aconteceram no sexo feminino, 71% das vítimas de animais peçonhentos não utilizaram o soro antipeçonhento e o local com maior incidência de picadas foi o braço. Os dados a seguir demonstram a incidência dos acidentes ocasionados por animais peçonhentos no período de janeiro de 2010 a junho de 2011. Entre os 18 meses na qual foram feitas as análises dos registros, foram constatados 195 acidentes, considerando assim que, no município ocorreu uma grande incidência de acidentes por animais peçonhentos. Os gráficos 40 e 41 evidenciam o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos durante os 18 meses da pesquisa. Dos 195 acidentes constatou-se que, 143 (73%) casos foram ocasionados por aranha marrom (Loxosceles), sendo que, 61 casos foram registrados de janeiro a junho de 2010, 41 casos de junho a dezembro de 2010 e 41 casos de janeiro a junho de 2011, considerando a aranha marrom o animal responsável pelo maior número de acidentes. Verificou-se que a aranha armadeira (Phoneutria) representa 24 (12%) dos acidentes, considerando que, 11 casos ocorreram de janeiro a junho de 2010, 10 casos de julho a dezembro de 2010 e 3 casos de janeiro a junho de 2011. Já com os acidentes ocasionados por aranhas não identificadas, pode-se averiguar 12 casos (6%), sendo que, 1 acidente ocorreu entre janeiro a junho de 2010, 2 acidentes ocorreram entre julho a dezembro de 2010 e 9 acidentes ocorreram ente janeiro a junho de 2011. Os acidentes ocasionados por serpente (jararaca) representam um total de 5 (3%) acidentes, considerando que, 2 acidentes ocorreram de janeiro a junho de 2010, 1 acidente ocorreu julho a dezembro de 2010 e 2 acidentes de janeiro a junho de 2011. Já os acidentes ocasionados por abelha representam um total de 5 (3%) acidentes, considerando que, 2 acidentes ocorreram de janeiro a junho de 2010, 1 acidente ocorreu julho a dezembro de 2010 e 2 acidentes de janeiro a junho de 2011. O escorpião foi responsável também por 5 (3%) acidentes, sendo, 1 acidente ocorrido de janeiro a junho de 2010, 3 acidentes de julho a dezembro de 2010 e 1 acidente de janeiro a julho de 2011. 114 A taturana representou somente 1 acidente e ocorreu entre julho a dezembro de 2011. Com relação ao número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros, representado pelo gráfico 42, constatou-se que, 19 acidentes ocorreram no bairro Vista Alegre, 17 acidentes na Volta Grande, 11 no São Rafael, 25 acidentes no bairro Cruzeiro, 13 no bairro Alegre, 8 no Campo Lençol, 11 no Industrial Norte, 18 no bairro Vila Nova, 9 casos no Centro, 4 no Barro Preto, 8 na Bela Vista, 5 acidentes na Colônia Olsen, 4 no Pinheirinho, 3 no Jardim Hantschel, 9 acidentes na Ceramarte, 5 na Quitandinha, 1 no Rio Casa de Pedra, 8 no bairro São Pedro, 1 no Industrial Sul, 2 no Serro Azul, 5 no Rio Preto, 1 no Rio dos Bugres e 8 acidentes ocorridos em outros municípios, mas foram atendidos em Rio Negrinho. Considerando assim, que nos bairros Cruzeiro e Vista Alegre apresentaram a maior incidências de acidentes. O gráfico 43 representa o número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos, relacionando o bairro e o animal. Constatou-se que no bairro Vista Alegre ocorreram 2 acidentes por aranha armadeira (Phoneutria) e 17 por aranha marrom (Loxosceles); no Centro 6 acidentes por aranha marrom e 3 acidentes por escorpião; Colônia Olsen 2 por aranha marrom, 2 por armadeira e 1 por serpente; no bairro Industrial Norte 9 por aranha marrom e 2 por aranha não identificada; São Rafael 9 por aranha marrom, 2 por aranha não identificada e 1 por abelha; no bairro Ceramarte foram registrados 6 acidentes por aranha marrom e 3 por aranha armadeira; no bairro Alegre foram 8 acidentes por aranha marrom, 2 por armadeira, 1 por serpente e 1 por lagarta; Pinheirinho 3 acidentes por aranha marrom e 1 por aranha armadeira; no Campo Lençol 5 acidentes por aranha marrom, 1 por aranha não identificada e 2 por abelha; no Jardim Hantschel foram 2 acidentes por aranha marrom e 1 por armadeira; na Vila Nova 15 por aranha marrom, 1 por aranha armadeira, 1 por aranha não identificada, 1 por escorpião; na Bela Vista ocorreram 7 acidentes por aranha marrom e 1 por serpente; no Barro Preto foram 3 acidentes por aranha marrom, e 1 por aranha armadeira; Quitandinha 3 por aranha marrom, 1 por aranha não identificada e 1 por escorpião; Rio Casa de Pedra 1 acidente por aranha marrom; São Pedro 6 por aranha marrom, 1 por aranha armadeira e 1 por aranha não identificada; no Serro Azul 1 acidente por aranha marrom e 1 por aranha não identificada; Rio Preto 4 por aranha marrom e 1 por aranha não identificada; Rio dos Bugres 1 por aranha marrom, no bairro Industrial Sul 1 acidente por aranha marrom; 115 nos acidentes ocorridos em outros municípios constatou-se, 4 acidentes por aranha marrom, 3 por aranha armadeira e 1 acidente por serpente. O número de acidentes por área, representado pelo gráfico 44, verificou-se que, 175 (90%) dos acidentes ocorreram na área urbana, 12 (6%) acidentes ocorreram na área rural e 8 (4%) acidentes ocorreram em outros municípios, mas as vítimas foram atendidas em Rio Negrinho. O gráfico 45, evidencia o número de acidentes ocorridos por área, comparando os semestres pesquisados. Pode-se confirmar que, entre janeiro a junho de 2010 foram registrados 72 acidentes na área urbana, 3 acidentes na área rural e 3 acidentes em outros municípios, entre julho a dezembro de 2010 foram registrados 50 casos no perímetro urbano, 5 casos na área rural e 4 casos em outros municípios, já entre janeiro a junho de 2011 foram registrados 53 acidentes na área urbana, 4 acidentes no perímetro rural e 1 acidente ocasionado em outro município. O número de acidentes ocasionados por animais peçonhentos nos bairros do município de Rio Negrinho, comparando os semestres, representado no gráfico 46, pode-se averiguar que nos bairros, Industrial Sul, Serro Azul, Rio Preto e Rio dos Bugres não ocorreram acidentes entre janeiro a junho de 2010, que entre julho a dezembro de 2010 não foram registrados acidentes nos bairros São Rafael, Barro Preto, Jardim Hantschel e Rio Casa de Pedra já entre janeiro a junho de 2011 não foram registrados acidentes nos bairros Rio Casa de Pedra, Industrial Sul e Rio dos Bugres. Já os bairros Vista Alegre, Volta Grande, Cruzeiro, Alegre, Campo Lençol, Industrial Norte, Vila Nova, Centro, Bela Vista, Colônia Olsen, Pinheirinho, Ceramarte, Quitandinha e São Pedro apresentaram acidentes durante os três semestres. Os gráficos 47 e 48, evidenciam o número de acidentes por faixa etária, constatou-se que a ocorrência de acidentes varia de 1 a 80 anos, sendo que dos 26 anos aos 40 anos verificou-se uma maior incidência e dos 76 aos 80 anos constatou-se a menor incidência de acidentes. O número de acidentes por gênero encontra-se evidenciado no gráfico 49, o qual se pode verificar que 103 acidentes ou 53% ocorreram com o gênero feminino e 92 acidentes ou 47% ocorreram com o gênero masculino. Com relação ao gráfico 50, demonstra a predominância de acidentes no gênero feminino especificando o animal, sendo que, 83 acidentes ocorreram por 116 aranha marrom (Loxosceles), 8 acidentes por aranha armadeira (Phoneutria), 2 por escorpião, 3 por abelha, 6 por aranhas não identificadas e 1 por serpente (jararaca). Já o gráfico 51, comprova a predominância de acidentes no gênero masculino especificando o animal, onde, 60 acidentes ocorreram por aranha marrom (Loxosceles), 16 acidentes por aranha armadeira (Phoneutria), 6 por aranhas não identificadas, 4 por serpentes (jararaca), 2 por abelha, 1 por lagarta e 3 acidentes por escorpião. Relacionando a utilização do soro nos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, encontra-se evidenciado no gráfico 52, pode-se constatar que 119 vítimas (61%) não precisaram utilizar o soro e 76 vítimas (39%) de acidentes por animais precisaram utilizar o soro antipeçonhento. O gráfico 53, demonstra o local da picada e o animal, verificou-se que, na mão foram registrados 24 acidentes, sendo que, os animais responsáveis foram aranha marrom, aranha armadeira, aranhas não identifica, escorpião, serpente, abelha e lagarta, no braço incidiram 41 acidentes, sendo averiguados acidentes por aranha marrom, aranha armadeira, aranha não identificada e abelha, no tronco foram constatados 22 acidentes e os animais responsáveis foram aranha marrom, aranha armadeira e aranha não identificada, na coxa predominaram 24 acidentes e os animais envolvidos a aranha marrom e aranha armadeira, na perna constato-se 41 acidentes sendo os animais responsáveis, aranha marrom, aranha armadeira, aranha não identificada, escorpião, serpente e abelha, na cabeça verificou-se um total de 9 acidentes e os animais envolvidos, abelha e aranha marrom, no pé foram 21 acidentes e os animais responsáveis por acidentes, aranha marrom, aranha armadeira, aranha não identificada, serpente (jararaca) e abelha, no ante braço ocorreram 5 acidentes, sendo os animais responsáveis, aranha marrom e aranha armadeira, no dedo da mão foram constatados 5 acidentes, sendo que, aranha marrom e escorpião foram os animais peçonhentos e 3 acidentes foram no dedo do pé e os animais responsáveis aranha marrom e aranha não identificada. Nos 18 meses analisados, pode-se constatar que, os bairros que apresentaram a maior incidência de acidentes foram o Cruzeiro e a Vista Alegre, o animal responsável pelo maior número de acidentes foi à aranha marrom (Loxosceles), com 143 acidentes, 90% dos acidentes ocorreram na área urbana. À faixa etária envolvida em acidentes foi bastante variável, podendo citar que dos 26 aos 40 anos ocorreu à maior incidência de acidentes. 53% dos acidentes 117 aconteceram com o gênero feminino e 47% dos acidentes ocorreram com o gênero masculino, em ambos os gêneros a predominância de acidentes foi com a aranha do gênero Loxosceles. 61% das vítimas de animais peçonhentos não utilizaram o soro antipeçonhento e 39% das vítimas utilizaram o soro antipeçonhento. Os locais que apresentaram a maior incidência de picadas foram o braço e a perna. Durante os 18 meses da pesquisa, não foram constatados óbitos decorrentes de acidentes ocasionados por animais peçonhentos. Quanto ao questionário aplicado aos agentes comunitários de saúde, a pesquisadora constatou que o conhecimento dos mesmos, relacionado aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, medidas preventivas e como proceder perante aos acidentes, era bastante precário, sendo assim de extrema importância a aplicação de sua pesquisa ação, através de palestra e distribuição de folder educativo. A pesquisadora implementou a palestra no dia 18 de outubro e os assuntos abordados foram, o que são animais peçonhentos, os índices de acidentes no município, acidentes por animais peçonhentos, medidas preventivas e como proceder em caso de acidente. Durante a apresentação os agentes comunitários de saúde se demonstraram bastantes interessados no assunto abordado e ao final da palestra, surgiram diversos dúvidas e comentários que foram esclarecidos pela pesquisadora. A implementação de palestra para os alunos das escolas Profª Marta Tavares, localizado no bairro Cruzeiro e Profª Lucinda Maros Pscheidt, localizada no bairro Vista Alegre, ambas nos bairros que apresentaram maior incidência de acidentes, teve por finalidade passar aos alunos, de forma simples, medidas preventivas que devem ser adotadas, com relação à problemática evidenciada na presente pesquisa. Durante a apresentação os alunos fizeram diversas perguntas sobre o assunto, o qual foram esclarecidas pela pesquisadora. Após a palestra, quando a pesquisadora perguntou se eles haviam gostado da apresentação, os alunos responderam que aprenderam muito e que passariam estas informações para outras pessoas. A elaboração de um folder com informações sobre acidentes ocasionados por animais peçonhentos e medidas preventivas, teve por intenção a distribuição do material no município, auxiliando assim, para a diminuição dos índices de acidentes. Também visto que, este tipo de material encontra-se carente em Rio Negrinho. 118 Os folders foram entregues aos agentes comunitários de saúde e aos alunos durante a palestra e como complemento da referida pesquisa, a pesquisadora distribuiu folders para alguns moradores dos bairros Cruzeiro e Vista Alegre, durante a entrega a pesquisadora também retirava as dúvidas da população. 119 CONCLUSÃO Os problemas relacionados às questões de saúde pública nas sociedades envolvem um amplo e complexo número de fatores, inclusive os acidentes ocasionados por animais peçonhentos. Entretanto, se adotadas e repassadas algumas ações, educativas e preventivas, pode-se proporcionar a população uma melhor qualidade de vida. Assim sendo, esta pesquisa teve por finalidade, desenvolver uma proposta com ênfase as medidas preventivas relacionadas aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, com base nos dados obtidos pela Vigilância Epidemiológica do município de Rio Negrinho/SC. Através da análise dos dados, constatou-se que no município de Rio Negrinho ocorreram 195 acidentes ocasionados por animais peçonhentos, no período de janeiro de 2010 a junho de 2011. Com relação aos animais responsáveis pelos referidos acidentes, evidenciou-se a aranha do gênero Loxosceles, popularmente conhecida como “aranha marrom”, a aranha do gênero Phoneutria, popularmente conhecida como “aranha armadeira”, aranhas que não formam identificadas nos acidentes, serpentes do gênero Bothrops, popularmente conhecida jararaca, escorpião, abelha e lagarta. Constatou-se que as aranhas representam 91% dos acidentes, sendo assim considerado o animal responsável pela maior incidência de acidentes no município, onde sobressai o número de acidentes ocasionados pela aranha marrom, com 73%, 12% dos acidentes por aranha armadeira e 6% dos acidentes por aranhas não identificadas. Ao comparar os perímetros em que ocorreram os acidentes, verificou-se que 90% dos acidentes ocorreram na área urbana e apenas 6% dos acidentes ocorreram na área rural. Com base nestes dados, é importante destacar que as intervenções feitas pelo homem nos ecossistemas, acarretam inúmeras alterações nos ambientes naturais das espécies, o que, por sua vez, influência em uma maior incidência de acidentes, cabe ressaltar também, que os aracnídeos, principalmente as aranhas, possuem facilidade em se adaptar as residências, consequentemente resultando em possíveis acidentes. Entre as 23 regiões em que foram registrados os acidentes por animais peçonhentos, 16 bairros pertencem ao perímetro urbano, na área rural foram 120 constatadas 4 localidades com incidência de acidentes, sendo elas, Rio Casa de Pedra, Colônia Olsen, Rio Preto e Rio dos Bugres. Também verificou-se acidentes no Distrito de Volta Grande, Vila do Serro Azul e acidentes que ocorreram em outros municípios, mas que foram atendidos em Rio Negrinho. Os bairros Cruzeiro e Vista Alegre foram os que apresentaram a maior incidência de acidentes durante o período da pesquisa, o primeiro com 25 acidentes e o segundo com 19 acidentes. Com relação à faixa etária, constatou-se acidentes entre 01 aos 80 anos. Sobressaindo um elevado índice de acidentes entre 26 a 40 anos. Relacionando os gêneros envolvidos em acidentes, verificou-se uma pequena diferença entre o número de vítimas do sexo masculino, com 47%, ou o equivalente a 92 acidentes, e do sexo feminino, com 53%, ou o equivalente a 103 acidentes, sendo o gênero feminino com a maior incidência de acidentes. Comparando os locais do corpo com a maior incidência de acidentes, pode-se constatar que as regiões do corpo mais afetadas foram o braço e a perna. Quanto à utilização de soro, verificou-se que, 39% (76 casos) das vítimas utilizaram do soro e 61% (119 casos) das vítimas não utilizaram o soro antipeçonhento. Considerando assim que, para as vítimas que não utilizaram do soro antipeçonhento, os casos foram considerados de gravidade leve, onde os acidentados não apresentaram manifestações graves, apenas manifestações locais. Com relação à implementação da proposta, a pesquisadora elaborou um folder com medidas educativas e aplicou palestras para os agentes comunitários de saúde e para alunos das escolas Profª Marta Tavaves e Profª Lucinda Maros Pscheidt, onde foi possível sanar as dúvidas sobre os índices de acidentes no município, medidas preventivas e como proceder perante os acidentes. Como complemento da proposta, para os moradores dos bairros Cruzeiro e Vista Alegre foram entregues folhetos educativos. Durante a entrega a pesquisadora também esclareceu algumas dúvidas da população. Através da pesquisa ação, evidenciou-se um grande interesse por parte da amostragem devido ao grande número de questionamentos levantados no decorrer da palestra. As informações repassadas pela pesquisadora foram de extrema importância, pois visa orientar a população quanto às medidas que devem ser adotadas para evitar acidentes por animais peçonhentos. Concluiu-se que o trabalho de informar, converte-se em multiplicação de conhecimentos úteis a população, visando melhorar os métodos de prevenção. 121 Diante desse aspecto, pode-se destacar que é de suma importância o investimento em medidas preventivas, através de folders, palestras e orientações. Compreendese por tanto, que cabe ao poder público promover ações que fortaleçam o conhecimento da população, através de assuntos relacionados aos acidentes ocasionados por animais peçonhentos, principalmente aperfeiçoamentos para os agentes comunitários de saúde, vistos que estes estão em contato direto com a população durante as suas visitações rotineiras, promovendo assim uma melhor qualidade de vida para a população. 122 REFERÊNCIAS AMARAL, Carlos Farias Santos et al. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. 2. ed. Fundação Nacional de Saúde: Ministério da Saúde, 2001. AUTO, Hélvio José de Farias. Animais Peçonhentos. 2.ed. Maceió: Edufal, 2005. BRASIL, Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica. 6.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. CARDOSO, João Luiz Costa et al. Acidentes por Animais Peçonhentos: Identificação, Diagnóstico e Tratamento. São Paulo: Secretaria de Saúde de São Paulo, 1993. CARDOSO, João Luiz Costa et al. 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Enfermagem Comunitária. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 2004. 123 LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: Os Seres Vivos. 8.ed. São Paulo: Ática,1998. LOPES, Sônia. Bio: Volume Único. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 1998. PARDAL, Pedro Pereira de Oliveira; GADELHA, Maria Apolonia da Costa. Acidentes por Animais Peçonhentos: Manual de Rotinas. 2. ed. Belém: SESPASecretaria de Estado de Saúde Pública do Pará, 2010. RUPPERT, Edwar E; BARNES, Robert D. Zoologia dos Invertebrados. 6. Ed. São Paulo: Roca Ltda, 1996. SÃO PAULO. Manual de Vigilância Epidemiológica. Acidentes por Animais Peçonhentos: Identificação, Diagnóstico e Tratamento. São Paulo, 1993. SANTOS, Eurico. O Mundo dos Artrópodes. Belo Horizonte: Itatiaia Limitada, 1982. SOARES. José Luís. Biologia. 9. ed. São Paulo: Scipione, 1997. STORER. Tracy I et al. Zoologia Geral. 6.ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional: 2003. VERONESI, Ricardo; FOCACCIA, Roberto. Tratado de Infectologia. 2.ed.São Paulo: Atheneu, 2004. 124 ANEXOS 125 ANEXO A – FICHA DE INVESTIGAÇÃO DO SINAN/ ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS 126 127 128 APÊNDICES 129 APÊNDICE A – FICHA PARA COLETAS DE DADOS, COM DADOS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS ACIDENTES OCORRIDOS ENTRE JANEIRO DE 2010 A JUNHO DE 2011 130 Nº Bairro 1 2 3 4 Vista Alegre Vista Alegre Vista Alegre Centro 5 6 7 Colônia Olsen Ind. Norte São Rafael 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 São Rafael Cruzeiro Volta Grande Vista Alegre Ceramarte Alegre Ind. Norte Pinheirinho Campo Lençol Alegre Alegre Vista Alegre Cruzeiro Pinheirinho Alegre Vista Alegre 24 Jardim Hantschel Vila Nova Cruzeiro Vista Alegre Bela Vista Cruzeiro Vila Nova Volta Grande Centro Jardim Hantschel Industrial Norte Volta Grande São Rafael Mafra (Avencal do 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 Dados Vigilância Epidemiológica Cadastros de janeiro de 2010 a dezembro de 2010 Data da coleta: 27/05/11 às 8h30min. Acadêmica: Kely Daiane Kelbert Animal Idad Mês da Local da e Ocorrência Picada Aranha (Loxosceles) 39 Janeiro Mão Aranha (Loxosceles) 9 Janeiro Braço Aranha (Loxosceles) 14 Janeiro Braço Escorpião (Tityus 4 Janeiro Dedo da Costatus) mão Serpente (Bothrops) 14 Janeiro Pé Aranha (Loxosceles) 23 Janeiro Braço Aranha (Não 27 Fevereiro Tronco identificada) Aranha (Loxosceles) 59 Fevereiro Coxa Aranha (Loxosceles) 31 Fevereiro Braço Aranha (Loxosceles) 17 Fevereiro Perna Aranha (Loxosceles) 42 Fevereiro Tronco Aranha (Loxosceles) 53 Fevereiro Coxa Aranha (Phoneutria) 41 Fevereiro Coxa Aranha (Loxosceles) 53 Fevereiro Braço Aranha (Loxosceles) 45 Fevereiro Coxa Abelha (Apis mellifera) 61 Fevereiro Braço Aranha (Loxosceles) 21 Fevereiro Tronco Serpente (Bothrops) 34 Março Mão Aranha (Loxosceles) 3 Março Braço Aranha (Loxosceles) 40 Março Tronco Aranha (Loxosceles) 42 Março Perna Aranha (Loxosceles) 25 Março Perna Aranha (Loxosceles) 72 Março Cabeça (rosto) Aranha (Loxosceles) 57 Março Coxa Aranha Aranha Aranha Aranha Aranha Aranha Aranha Aranha Aranha Sexo Soro F M M F Sim Não Sim Sim M M M Sim Sim Sim M M M F M M M M F F M F F F F F Sim Sim Sim Não Sim Não Sim Não Não Não Sim Não Não Não Não Não F Sim (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) (Loxosceles) 28 32 3 34 27 72 46 37 34 Março Março Março Março Março Março Março Março Março Coxa Coxa Pé Cabeça Perna Braço Coxa Mão Perna F F F F F M F F F Não Sim Sim Não Não Sim Não Não Não Aranha (Loxosceles) 37 Março Braço F Não Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) 20 27 75 Março Março Março Perna Coxa Braço F F F Não Sim Não 131 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 Meio) Industrial Norte Volta Grande Volta Grande São Rafael São Rafael Campo Lençol Lajeado (Rio Negro) Volta Grande Alegre Alegre Cruzeiro Vista Alegre Cruzeiro Serra Alta (São Bento) Vista Alegre Cruzeiro Bela Vista Industrial Norte Alegre Barro Preto Colônia Olsen Serrinha Vista Alegre Vila Nova Serrinha São Rafael Vista Alegre Centro Quitandinha Barro Preto Volta Grande Serrinha Volta Grande Vista Alegre Vila Nova Barro Preto Rio Casa de Pedra São Pedro Novo Horizonte/ São Rafael Vista Alegre Volta Grande Aranha (Loxosceles) 13 Março Pé M Não Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) 44 29 31 44 32 28 Março Março Abril Abril Abril Abril Ante Braço Perna Braço Braço Ante Braço Mão F F F F M M Não Não Sim Sim Sim Não Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Phoneutria) 24 30 32 64 20 3 26 Abril Abril Abril Abril Abril Abril Abril Mão Braço Perna Perna Perna Mão Mão M F F M F F M Não Sim Sim Sim Não Não Não Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) 80 28 48 14 Abril Abril Abril Abril Pé Tronco Coxa Pé M M F F Não Sim Sim Sim Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Abelha (Apis mellifera) Aranha (Phoneutria) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) 53 39 9 60 1 39 11 48 50 49 38 66 48 23 Abril Abril Abril Abril Maio Maio Maio Maio Maio Maio Maio Maio Maio Maio Braço Braço Pé Braço Perna Perna Pé Perna Perna Tronco Coxa Perna Braço Pé F F M F F M M M M M F M F M Não Sim Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não 15 20 58 76 59 Maio Maio Maio Junho Junho Perna Perna Perna Tronco Braço M F F M M Não Não Não Não Não Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) 65 14 Junho Junho Mão Pé M M Sim Sim Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) 78 26 Junho Junho Mão Mão M F Não Não 132 79 80 81 82 Cruzeiro São Pedro Alegre Volta Grande Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Lagarta (Não ident.) Aranha (Loxosceles) 75 59 28 8 Julho Julho Julho Julho 83 84 85 86 87 88 São Pedro Cruzeiro Campo Lençol Vila Nova Ceramarte Industrial Norte Colônia Olsen Cruzeiro Serro Azul Quitandinha Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) 16 44 28 36 60 56 Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Não identif.) Escorpião (Tityus Costatus) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Não ident.) Aranha (Phoneutria) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 Rio Preto Bela Vista Cruzeiro Cruzeiro Quitandinha Volta Grande Lajeado (Rio Negro) São Pedro Rio Preto Quitandinha Vila nova São Pedro Ceramarte Vila Nova Alegre Rio dos Bugres Vila Nova Vista Alegre Vista Alegre Vila Nova Cruzeiro Alegre Centro Vila Nova Cruzeiro Centro Cruzeiro Bela Vista Rio Preto Vila Nova Lajeado (Rio Negro) M M M M Sim Não Não Não Julho Agosto Agosto Agosto Agosto Agosto Mão Perna Mão Dedo da mão Cabeça Pé Coxa Ante Braço Mão Braço F M M F M F Sim Não Não Não Não Sim 34 18 53 7 Agosto Agosto Agosto Setembro Mão Perna Mão Dedo mão M F F M Sim Sim Não Não 5 29 54 32 31 8 30 Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro Setembro Pé Perna Coxa Tronco Coxa Dedo do Pé Perna M F M M F M M Não Sim Não Sim Sim Não Não 58 35 50 18 21 40 22 19 22 15 12 43 5 33 24 16 26 4 63 45 20 49 6 6 Setembro Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Outubro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Novembro Pé Perna Pé Braço Braço Tronco Pé Perna Braço Perna Tronco Cabeça Coxa Perna Braço Coxa Braço Mão Tronco Braço Perna Tronco Braço Pé M F F M F F F F M M M M F F F F F F F M M M F F Não Sim Não Não Não Não Não Não Não Sim Não Sim Não Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim 133 124 125 126 Rio Bonito (Rio Negro) Pinheirinho Vila Nova 127 Ceramarte 128 129 130 131 132 133 134 135 Vista Alegre Industrial Sul São Pedro Vista Alegre Bela Vista Cruzeiro Lajeado (Rio Negro) Centro 136 137 Ceramarte Cruzeiro Aranha (Loxosceles) 49 Novembro Pé M Sim Aranha (Phoneutria) Escorpião (Tityus Costatus) Aranha (Loxosceles) 37 68 Novembro Novembro Perna Dedo Mão F M não Sim 13 Dezembro Braço F Sim Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Aranha (Loxosceles) Serpente (Bothrops) 59 24 46 57 35 44 60 Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Dezembro Mão Mão Tronco Coxa Coxa Tronco Pé M M F F F M M Não Sim Sim Não Sim Sim Sim Escorpião (Tityus Costatus) Aranha (Phoneutria) Abelha (Apis mellifera) 36 Dezembro Perna M Não 39 3 Dezembro Dezembro Tronco Mão M F Não Não No ano de 2010 não houveram óbitos decorrentes a acidentes por animais peçonhentos. 134 Nº Bairro 1 2 Ceramarte Jardim Hantschel Vila Nova Centro 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 Ind. Norte Volta Grande Rio Preto Ceramarte Cruzeiro Alegre Cruzeiro Centro São Pedro São Rafael Colônia Olsen Serro Azul Volta Grande Pinheirinho Volta Grande Centro Cruzeiro Vila Nova Cruzeiro Bela Vista Campo Lençol Cruzeiro Volta Grande Ind. Norte Cruzeiro Ind. Norte Bela Vista Cruzeiro Vista Alegre Bela Vista Ind. Norte Vista Alegre Volta Grande Ceramarte Serrinha = Campo Lençol Ceramarte Barro Preto Dados Vigilância Epidemiológica Cadastros de janeiro de 2011 a junho de 2011 Data da coleta: 25/07/11 às 13h47min. Acadêmica: Kely Daiane Kelbert Animal Idade Mês da Local da Ocorrência Picada Aranha (Loxosceles) 10 Janeiro Tronco Aranha (Phoneutria) 20 Janeiro Tronco Sexo Soro M M Sim Não Aranha (Loxoceles) Escorpião (Tityus Costatus) Aranha (Não ident.) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Abelha (Apis mellifera) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Não identif.) Aranha (Não identif.) Serpente (Jararaca) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (ñ identificada) Aranha (Loxoceles) Serpente (Bothrops) Aranha (Não identif.) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) 41 20 Janeiro Janeiro Cabeça Mão F F Sim Não 01 24 34 36 32 49 18 45 19 54 47 46 08 41 73 45 39 70 71 29 42 02 38 33 25 27 40 20 25 27 51 52 30 38 34 Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Janeiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Fevereiro Março Março Março Março Março Março Março Março Março Março Março Março Março Abril Abril Abril Abril Abril Braço Braço Cabeça Coxa Braço Perna Perna Perna Perna Coxa Braço Tronco Mão Braço Pé Coxa Perna Braço Pé Perna Tronco Pé Braço Perna Perna Braço Coxa Ante Braço Mão Braço Cabeça Braço Tronco Perna Perna F F M F F F F F M F F M M F F F F M F M M M F F M M F F M F F M F M F Não Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não Sim Não Sim Sim Sim Não Sim Não Não Não Sim Não Não Sim Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) 50 23 Abril Abril Braço Ante Braço F F Sim Sim 135 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 Vila Nova Volta Grande Vila Nova Vila Nova Rio Preto Vila Nova Ind. Norte Lajeado dos Vieiras (Paraná) São Pedro Alegre Quitandinha São Rafael Colônia Olsen São Rafael Cruzeiro Alegre São Rafael Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Não identif.) Aranha (Loxoceles) Aranha (Não identif.) Aranha (Loxoceles) 62 66 46 17 25 38 46 37 Abril Abril Abril Abril Abril Abril Maio Maio Dedo do Pé Tronco Tronco Braço Perna Mão Pé Coxa F M M M F M M F Sim Não Não Sim Não Não Não Sim Aranha (Não identif.) Aranha (Loxoceles) Aranha (Não identif.) Abelha (Apis mellifera) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) Aranha (Loxoceles) 58 62 09 46 68 29 56 42 16 Maio Maio Maio Junho Junho Junho Junho Junho Junho Mão Cabeça Braço Cabeça Dedo Mão Perna Braço Dedo Pé Coxa F M F M M F M F M Não Não Não Não Não Não Não Não Não No ano de 2011 não houveram óbitos decorrentes a acidentes por animais peçonhentos. 136 APÊNDICE B – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA OS FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA DE SAÚDE 137 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA OS FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA DE SAÚDE 1- Qual sua idade? _________________________ Sexo F( ) M( ) 2- Qual sua formação? A) Ensino Médio B) Curso Técnico Qual?______________________________ C) Ensino Superior Qual?______________________________ D) Pós Graduação Qual?______________________________ 3- Qual o cargo que ocupa na Secretaria de Saúde? __________________________________________________________________________ 4-Tempo que atua na referida profissão:__________________________________________ 5- Na sua opinião, o que são animais peçonhentos? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 6- Já teve algum treinamento/ palestra sobre acidentes por animais peçonhentos? Se sim, quando? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 7- Já atendeu pessoas que sofreram acidentes por animal peçonhento? Se sim, qual animal? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 8- Você sabe com qual animal peçonhento ocorre o maior número de acidentes em Rio Negrinho? Se sim, qual? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 9- Você conhece quais as medidas preventivas que devem ser adotadas para evitar acidentes por aranhas, serpentes, escorpiões, abelhas e lagartas? ( ) SIM ( ) NÃO Se respondeu sim, relacione abaixo quais são as referidas medidas: A) Para Aranhas: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 138 B) Para Serpentes: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ C) Para Escorpiões: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ D) Para Abelhas: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ E) Para Lagartas: __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 10- Você conhece quais os primeiros socorros que devem ser aplicados em pessoas que sofreram acidentes por animais peçonhentos? __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ KELY DAIANE KELBERT Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas UnC Mafra 139 APÊNDICE C – SLIDES DA APRESENTAÇÃO PARA OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE 140 Pode-se definir como animal peçonhento, aquele que é capaz de produzir e inocular uma substância tóxica em um indivíduo, através de estruturas como: Acadêmica: Kely Daiane Kelbert Os animais venenosos são representados por aqueles que possuem o veneno mais não apresentam mecanismos de inoculação, esse mecanismo age de forma passível e precisa de alguma interferência para libera-lo, como exemplo pode-se citar o sapo, rãs , pererecas e o baiacu. Ferrões (Abelhas, vespas); Dentes (Serpentes); Aguilhão (Escorpião). Aranha marrom (Loxosceles); armadeira (Phoneutria); Aranhas não identificadas; Serpente (Jararaca); Abelha; Escorpião; Taturana; Aranha Entre os meses de janeiro de 2010 a junho de 2011 foram registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho 195 acidentes ocasionados por animais peçonhentos: 78 acidentes entre janeiro e junho de 2010; acidentes entre julho a dezembro de 2010; 58 acidentes entre janeiro a junho de 2011. 59 141 Destes 195 acidentes: 70 61 60 143 foram ocasionados por aranha marrom; 24 foram ocasionados por aranha armadeira; 12 foram ocasionados por aranhas não identificadas; 5 foram ocasionados por serpente (jararaca); 5 foram ocasionados por abelha; 5 foram ocasionados por escorpião ; 1 por taturana. 50 41 41 40 30 20 11 10 10 9 3 1 2 2 1 2 2 2 1 1 3 1 0 0 Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (ñ identificada) Serpente (Jararaca) Abelha Escorpião (Tityus costatus) 1 0 Taturana Número de acidentes ocorridos de janeiro de 2010 a junho de 2010 Número de acidentes ocorridos de julho de 2010 a dezembro de 2010 Número de acidentes ocorridos de janeiro de 2011 a junho de 2011 Aranha (Loxosceles) 1% 0% 1% 3% Aranha (Phoneutria) 3% 4%= 8 acidentes 6%=12 acidentes 14% Aranha (ñ identificada) 90%= 175 acidenttes Urbana Serpente (Jararaca) Rural 78% Outros Municípios Abelha Escorpião (Tityus costatus) Taturana 20 19 18 30 17 16 25 25 18 17 10 13 8 11 11 8 9 9 8 5 4 0 14 13 12 19 10 17 16 14 20 15 19 17 5 4 8 8 5 3 5 1 1 2 6 4 1 2 11 10 10 8 6 6 5 3 0 1 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40 41 a 45 46 a 50 51 a 55 56 a 60 61 a 65 66 a 70 71 a 75 76 a 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos 142 39%= 76 casos 47%= 92 acidentes 61%= 119 casos 53%= 103 acidentes Masculino Sim Feminino Não Quase sempre são sem gravidade, causando lesões locais, dor e edema (poucas picadas); Acredita-se que a peçonha inoculada por 300 a 500 abelhas pode ser fatal para um homem de 65 quilos; No tratamento de acidentes graves a retirada dos ferrões deve ser feita por raspagem da pele com uma faca, evitando-se o uso de pinças que por compressão poderiam propiciar a injeção da peçonha remanescente, anti-histamínicos, corticosteroides, adrenalina e assistência à insuficiência renal (em casos de choques e pessoas alérgicas) Aranha marrom é agressiva e os acidentes decorrem principalmente quando são comprimidas contra o corpo; O veneno da aranha-marrom é capaz de provocar acidentes graves, tendo ação necrosante; Após a picada a dor é de início discreta, acentuando-se depois de 12 ou 24 horas. Os soros antiaracnídico ou antiloxoscélico e corticosteróides têm sido empregados nos tratamentos em vítimas de Loxosceles. Não O prognóstico na maioria dos casos é sempre bom, resumindo o tratamento ao uso local de pomada de corticosteroides, Também podese utilizar de compressas de água fria e analgésicos como aspirina e paracetamol. Taturanas/ lagartas do gênero Lonomia – podem causar hemorragia. Podendo também aparecer: cefaléia ,náuseas , tonturas, dor abdominal,gengivorragia, sangramento pela pele e urina. 143 Aranha armadeira São extremamente agressivas e quando se sentem ameaçadas, não fogem, apoiam-se nos dois pares de pernas traseiras, erguendo a dianteira e atacam; Ação do veneno é nas terminações nervosas; Nos casos leves, dor no local da picada com irradiação e edema moderado. Nos casos de média gravidade costumam aparecer, alem das manifestações locais, sudorese, cefaleia, agitação e discreta hipotermia. Quando existe maior gravidade a dor é muito intensa, a queda da temperatura do corpo é mais acentuada, podendo ainda ocorrer certo grau de hipertensão arterial, náuseas e vômitos; Priapismo, isto é, ereção dolorosa e prolongada do pênis. Coma e colapso periférico são as manifestações finais precedem a morte. Atividade Dermonecrótica Veneno Efeitos Loxosceles Necrose cutânea no local da picada Hemolítica Sobre Loxosceles as terminações Phoneutria, Latrodectus nervosas Hemólise intravascular Local: dor,edema, sudorese Sistêmico: contraturas musculares, intoxicação adrenérgica/colinérgica. Em nossa região, são predominantes os Tithyus costatus, o qual são responsáveis por acidentes, porém, a gravidade não é elevada, apenas representando casos leves; Os acidentes por escorpiões podem ser considerados de gravidade leve, onde apenas ocorre dor local, moderado, onde a vítima apresenta dor intensa, náuseas, vômitos, sudorese, agitação e taquicardia ou grave onde a vítima alem dos sintomas descritos anteriormente apresentam convulsão, coma, insuficiência cardíaca e edema pulmonar agudo; Soro anti–escorpiônico. Cascavel Serpentes de interesse médico no Brasil: (Crotálico); Cascavel Coral (Elapídico); Surucucú (Laquético); Jararaca (Botrópico). : Atua nas terminações nervosas. Paralisias motoras e respiratórias. No local da picada não ocorre dor intensa e nem edema importante, sendo considerado a reação local como discreta. Predominam os sintomas como visão turva, possível cegueira transitória (amaurose), paralisia da musculatura ocular com diplopia (visão dupla) e paralisia da musculatura do pescoço. Pode ocorrer também flacidez na musculatura da face, escurecimento da urina, gengivorragias, distúrbios do olfato e paladar e insuficiência renal aguda que á a principal complicação e causa de óbitos. Para o tratamento, deve ser utilizado o soro anticrotálico por via venosa. 144 Coral : animais de pequeno porte, não agressivos, apresentando anéis pretos, vermelhos e brancos, intercalados e diversamente distribuídos conforme a espécie; Acidentes são raros; Quando ocorrem devem ser tratados com seriedade, pois o envenenamento costuma ser rápido e fatal. Ação - hemorrágica e cardiovascular; Para o tratamento utiliza-se antiveneno elapídico. Jararaca : Responsáveis por 90% dos acidentes; O tratamento é feito com a aplicação de soro antibotrópico, de acordo com a gravidade do acidente; Veneno tem ação hemorrágica, pode causar necrose, sangramento no local da picada, dor, hipotensão Surucucú : verifica-se na vítima dor intensa no local da picada, hemorragia no local, hipotensão, braquicardia, dor abdominal, vômitos, diarreia hipotermia e alterações sensoriais; Para o tratamento utiliza-se de soro antibotrópico- laquético. Venenosas Não Venenosas Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada. Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto). Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente. Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza. Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio. Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo. Cabeça com placas em vez de escamas. Cauda curta, afinada bruscamente. Cauda longa, afinada gradualmente. Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se. Quando perseguida, foge. Áglifa - Jibóia – Falsa Coral Proterógilfa – Coral verdadeira Solenóglifa – Jararaca, Cascavel. Opistóflifa 145 Para evitar acidentes por serpentes: Olhar atenciosamente por onde caminha; Evitar acúmulo de lixo ou entulho, bem como mato ao redor das casas, que abrigam pequenos animais que servem de alimentos às serpentes; Serpentes gostam de lugares quentes, úmidos e escuros. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhas de feijão ou milho; Utilize botas com cano alto. Jamais introduzir as mãos em frestas ou buracos, sem verifica-los. Para evitar acidentes por taturanas: Usar luvas de proteção em contato com plantas ou árvores frutíferas; Observar os troncos das árvores onde as lagartas podem estar. Para evitar acidentes por aranhas e escorpiões: Examinar roupas, calçados e toalhas antes de usa-los; Manter camas e berços afastados da parede; Evitar lençóis que toquem o chão; Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; Evitar queimar terrenos baldios, pois isso desaloja os escorpiões e outros animais; Coloque telas nas janelas, vede ralos de pias, tanque, portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha; Manter limpo os locais próximos à residência; Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e escorpiões; Para evitar acidentes por abelhas: caminhar e correr na rota de vôo percorrida pelas abelhas; A remoção de colmeias situadas em lugares públicos deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados; Evitar os locais onde habitam esses insetos; Barulhos, perfumes fortes, desodorantes e o próprio suor do corpo e cores escuras (preta e azul marinho) desencadeiam o comportamento agressivo e consequentemente o ataque; Proteger as partes descobertas em caso de ataques; Evitar Nunca amarrar ou fazer torniquetes no local da picada, isso impede a circulação do sangue, podendo ocasionar necrose e não impede que o veneno seja absorvido; Nunca cortar, furar, queimar, chupar ou espremer o local da picada; No caso de picadas nas mãos ou pernas, manter o membro picado mais elevado que o restante do corpo; Nunca coloque folhas, querosene, pó de café, terra e outras substâncias no local da picada, pois elas não impedem que veneno vá para o sangue. Ao contrário, podem causar infecções; Manter a vítima em repouso; Lembrar que nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonhento. E levar a vítima para o centro de atendimento médico o mais rápido possível, para receber o soro antipeçonhento. Lembrando que, é importantíssimo preservar os predadores naturais dos animais peçonhentos. E nunca se deve manusear animais peçonhentos vivos ou mortos. 146 APÊNDICE D - SLIDES DA APRESENTAÇÃO PARA OS ALUNOS 147 Pode-se definir como animal peçonhento, aquele que é capaz de produzir e inocular uma substância tóxica em um indivíduo, através de estruturas como: Acadêmica: Kely Daiane Kelbert Os animais venenosos são representados por aqueles que possuem o veneno mais não apresentam mecanismos de inoculação, esse mecanismo age de forma passível e precisa de alguma interferência para libera-lo, como exemplo pode-se citar o sapo, rãs , pererecas e o baiacu. Ferrões (Abelhas, vespas); Dentes (Serpentes); Aguilhão (Escorpião). Aranha marrom (Loxosceles); armadeira (Phoneutria); Aranhas não identificadas; Serpente (Jararaca); Abelha; Escorpião; Taturana; Aranha Entre os meses de janeiro de 2010 a junho de 2011 foram registrados pela Vigilância Epidemiológica de Rio Negrinho 195 acidentes ocasionados por animais peçonhentos: 78 acidentes entre janeiro e junho de 2010; acidentes entre julho a dezembro de 2010; 58 acidentes entre janeiro a junho de 2011. 59 148 Destes 195 acidentes: 70 61 60 143 foram ocasionados por aranha marrom; 24 foram ocasionados por aranha armadeira; 12 foram ocasionados por aranhas não identificadas; 5 foram ocasionados por serpente (jararaca); 5 foram ocasionados por abelha; 5 foram ocasionados por escorpião ; 1 por taturana. 50 41 41 40 30 20 11 10 10 9 3 1 2 2 1 2 2 2 1 1 3 1 0 0 Aranha (Loxosceles) Aranha (Phoneutria) Aranha (ñ identificada) Serpente (Jararaca) Abelha Escorpião (Tityus costatus) 1 0 Taturana Número de acidentes ocorridos de janeiro de 2010 a junho de 2010 Número de acidentes ocorridos de julho de 2010 a dezembro de 2010 Número de acidentes ocorridos de janeiro de 2011 a junho de 2011 Aranha (Loxosceles) 1% 0% 1% 3% Aranha (Phoneutria) 3% 4%= 8 acidentes 6%=12 acidentes 14% Aranha (ñ identificada) 90%= 175 acidenttes Urbana Serpente (Jararaca) Rural 78% Outros Municípios Abelha Escorpião (Tityus costatus) Taturana 20 19 18 30 17 16 25 25 18 17 10 13 8 11 11 8 9 9 8 5 4 0 14 13 12 19 10 17 16 14 20 15 19 17 5 4 8 8 5 3 5 1 1 2 6 4 1 2 11 10 10 8 6 6 5 3 0 1 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40 41 a 45 46 a 50 51 a 55 56 a 60 61 a 65 66 a 70 71 a 75 76 a 80 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos 149 39%= 76 casos 47%= 92 acidentes 61%= 119 casos 53%= 103 acidentes Masculino Sim Feminino Não Quase sempre são sem gravidade, causando lesões locais, dor e edema (poucas picadas); Acredita-se que a peçonha inoculada por 300 a 500 abelhas pode ser fatal para um homem de 65 quilos; No tratamento de acidentes graves a retirada dos ferrões deve ser feita por raspagem da pele com uma faca, evitando-se o uso de pinças que por compressão poderiam propiciar a injeção da peçonha remanescente, anti-histamínicos, corticosteroides, adrenalina e assistência à insuficiência renal (em casos de choques e pessoas alérgicas) Aranha marrom é agressiva e os acidentes decorrem principalmente quando são comprimidas contra o corpo; O veneno da aranha-marrom é capaz de provocar acidentes graves, tendo ação necrosante; Após a picada a dor é de início discreta, acentuando-se depois de 12 ou 24 horas. Os soros antiaracnídico ou antiloxoscélico e corticosteróides têm sido empregados nos tratamentos em vítimas de Loxosceles. Não O prognóstico na maioria dos casos é sempre bom, resumindo o tratamento ao uso local de pomada de corticosteroides, Também podese utilizar de compressas de água fria e analgésicos como aspirina e paracetamol. Taturanas/ lagartas do gênero Lonomia – podem causar hemorragia. Podendo também aparecer: cefaléia ,náuseas , tonturas, dor abdominal,gengivorragia, sangramento pela pele e urina. 150 Aranha armadeira São extremamente agressivas e quando se sentem ameaçadas, não fogem, apoiam-se nos dois pares de pernas traseiras, erguendo a dianteira e atacam; Ação do veneno é nas terminações nervosas; Nos casos leves, dor no local da picada com irradiação e edema moderado. Nos casos de média gravidade costumam aparecer, alem das manifestações locais, sudorese, cefaleia, agitação e discreta hipotermia. Quando existe maior gravidade a dor é muito intensa, a queda da temperatura do corpo é mais acentuada, podendo ainda ocorrer certo grau de hipertensão arterial, náuseas e vômitos; Priapismo, isto é, ereção dolorosa e prolongada do pênis. Coma e colapso periférico são as manifestações finais precedem a morte. Atividade Dermonecrótica Veneno Efeitos Loxosceles Necrose cutânea no local da picada Hemolítica Sobre Loxosceles as terminações Phoneutria, Latrodectus nervosas Hemólise intravascular Local: dor,edema, sudorese Sistêmico: contraturas musculares, intoxicação adrenérgica/colinérgica. Em nossa região, são predominantes os Tithyus costatus, o qual são responsáveis por acidentes, porém, a gravidade não é elevada, apenas representando casos leves; Os acidentes por escorpiões podem ser considerados de gravidade leve, onde apenas ocorre dor local, moderado, onde a vítima apresenta dor intensa, náuseas, vômitos, sudorese, agitação e taquicardia ou grave onde a vítima alem dos sintomas descritos anteriormente apresentam convulsão, coma, insuficiência cardíaca e edema pulmonar agudo; Soro anti–escorpiônico. Cascavel Serpentes de interesse médico no Brasil: (Crotálico); Cascavel Coral (Elapídico); Surucucú (Laquético); Jararaca (Botrópico). : Atua nas terminações nervosas. Paralisias motoras e respiratórias. No local da picada não ocorre dor intensa e nem edema importante, sendo considerado a reação local como discreta. Predominam os sintomas como visão turva, possível cegueira transitória (amaurose), paralisia da musculatura ocular com diplopia (visão dupla) e paralisia da musculatura do pescoço. Pode ocorrer também flacidez na musculatura da face, escurecimento da urina, gengivorragias, distúrbios do olfato e paladar e insuficiência renal aguda que á a principal complicação e causa de óbitos. Para o tratamento, deve ser utilizado o soro anticrotálico por via venosa. 151 Coral : animais de pequeno porte, não agressivos, apresentando anéis pretos, vermelhos e brancos, intercalados e diversamente distribuídos conforme a espécie; Acidentes são raros; Quando ocorrem devem ser tratados com seriedade, pois o envenenamento costuma ser rápido e fatal. Ação - hemorrágica e cardiovascular; Para o tratamento utiliza-se antiveneno elapídico. Jararaca : Responsáveis por 90% dos acidentes; O tratamento é feito com a aplicação de soro antibotrópico, de acordo com a gravidade do acidente; Veneno tem ação hemorrágica, pode causar necrose, sangramento no local da picada, dor, hipotensão Surucucú : verifica-se na vítima dor intensa no local da picada, hemorragia no local, hipotensão, braquicardia, dor abdominal, vômitos, diarreia hipotermia e alterações sensoriais; Para o tratamento utiliza-se de soro antibotrópico- laquético. Venenosas Não Venenosas Cabeça chata, triangular, bem destacada. Cabeça estreita, alongada, mal destacada. Olhos pequenos, com pupila em fenda vertical e fosseta loreal entre os olhos e as narinas (quadradinho preto). Olhos grandes, com pupila circular, fosseta lacrimal ausente. Escamas do corpo alongadas, pontudas, imbricadas, com carena mediana, dando ao tato uma impressão de aspereza. Escamas achatadas, sem carena, dando ao tato uma impressão de liso, escorregadio. Cabeça com escamas pequenas semelhantes às do corpo. Cabeça com placas em vez de escamas. Cauda curta, afinada bruscamente. Cauda longa, afinada gradualmente. Quando perseguida, toma atitude de ataque, enrodilhando-se. Quando perseguida, foge. Áglifa - Jibóia – Falsa Coral Proterógilfa – Coral verdadeira Solenóglifa – Jararaca, Cascavel. Opistóflifa 152 Para evitar acidentes por serpentes: Olhar atenciosamente por onde caminha; Evitar acúmulo de lixo ou entulho, bem como mato ao redor das casas, que abrigam pequenos animais que servem de alimentos às serpentes; Serpentes gostam de lugares quentes, úmidos e escuros. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhas de feijão ou milho; Utilize botas com cano alto. Jamais introduzir as mãos em frestas ou buracos, sem verifica-los. Para evitar acidentes por taturanas: Usar luvas de proteção em contato com plantas ou árvores frutíferas; Observar os troncos das árvores onde as lagartas podem estar. Para evitar acidentes por aranhas e escorpiões: Examinar roupas, calçados e toalhas antes de usa-los; Manter camas e berços afastados da parede; Evitar lençóis que toquem o chão; Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; Evitar queimar terrenos baldios, pois isso desaloja os escorpiões e outros animais; Coloque telas nas janelas, vede ralos de pias, tanque, portas com saquinhos de areia ou frisos de borracha; Manter limpo os locais próximos à residência; Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são alimentos para aranhas e escorpiões; Para evitar acidentes por abelhas: caminhar e correr na rota de vôo percorrida pelas abelhas; A remoção de colmeias situadas em lugares públicos deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados; Evitar os locais onde habitam esses insetos; Barulhos, perfumes fortes, desodorantes e o próprio suor do corpo e cores escuras (preta e azul marinho) desencadeiam o comportamento agressivo e consequentemente o ataque; Proteger as partes descobertas em caso de ataques; Evitar Nunca amarrar ou fazer torniquetes no local da picada, isso impede a circulação do sangue, podendo ocasionar necrose e não impede que o veneno seja absorvido; Nunca cortar, furar, queimar, chupar ou espremer o local da picada; No caso de picadas nas mãos ou pernas, manter o membro picado mais elevado que o restante do corpo; Nunca coloque folhas, querosene, pó de café, terra e outras substâncias no local da picada, pois elas não impedem que veneno vá para o sangue. Ao contrário, podem causar infecções; Manter a vítima em repouso; Lembrar que nenhum remédio caseiro substitui o soro antipeçonhento. E levar a vítima para o centro de atendimento médico o mais rápido possível, para receber o soro antipeçonhento. Lembrando que, é importantíssimo preservar os predadores naturais dos animais peçonhentos. E nunca se deve manusear animais peçonhentos vivos ou mortos. 153 APÊNDICE E - FOLDER SOBRE ANIMAIS PEÇONHENTOS 154 155