PARAPARESIA OU PARAPLEGIA INCOMPLETA?

Título: PARAPARESIA OU PARAPLEGIA INCOMPLETA? COMO DEVEMOS NOMEAR?
Autor(es): Alecio C. E. S. Barcelos; Fabrizio B. Scardino; Gustavo C. Patriota; José M Rotta;
Ricardo V. Botelho
Introdução/Objetivos:
Realizar uma revisão crítica da literatura pertinente à nomenclatura do exame neurológico em
pacientes com lesão da medula espinal (LME) para discutir a adequação e o impacto dos termos
paraplegia incompleta e paraparesia.
Materiais e Métodos:
Foi realizada uma revisão dos significados dos termos paraplegia e paraparesia segundo as
definições de livros-textos clássicos de semiologia neurológica bem como das escalas mais
difundidas de avaliação de pacientes com LME publicadas em periódicos indexados. Foram
analisadas todas as escalas desde a última revisão em 2006 da classificação American Spinal
Injury Association (ASIA) até a primeira classificação descrita por Frankel (1969). Foi realizada
busca eletrônica da literatura no banco de dados PubMED do significado e da freqüência de uso do
termo paraplegia incompleta e paraparesia.
Resultados:
O termo paraplegia é utilizado para descrever perda completa da força muscular e paraparesia
para o comprometimento da função motora. O termo paraplegia incompleta têm sido utilizado para
definir tanto pacientes paraparéticos como paraplégicos com preservação de sensibilidade abaixo
do nível da lesão medular.
Conclusões:
Etimologicamente, o termo paraplegia incompleta está em desacordo com os termos da semiologia
neurológica clássica utilizados para descrever o exame motor de pacientes com LME e não deve
ser utilizado. Embora, o uso do termo paraplegia incompleta seja estimulado pela ASIA, há
predomínio do uso do termo paraparesia pela literatura.
Palavras Chaves:
paraparesia; paraplegia; lesão da medula espinal; terminologia.