PodCast Abragnose - ABRAGNOSE - Academia Brasileira de Gnose

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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIV da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE):
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
A KABALA E O PLEROMA
23.06.2015
Por Karl Bunn
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Bem-vindos ao PODCAST desta noite.
No capítulo 24 do livro AS 3 MONTANHAS encontramos esta passagem, aqui resumida:
“Do todo desconhecido ou zero radical emana, ao começar uma manifestação ou universo,
a Mônada pitagórica, o Verbo, o Arquimago, o Hierofante, o Uno-Único, o Ain-Soph ou
Pneuma-Eikon caldaico, o Ruach Elohim ou Divino Espírito do Senhor flutuando sobre as
águas genesíacas, o Existente por si mesmo, Anupadaka, o Narayana dos antiquíssimos
ários. A Mônada particular de cada um de nós, transforma-se depois na dúada mais
excelsa: Ele e Ela constituem realmente o Pai-Mãe gnóstico, o Zeru-Ana persa; o
Protógonos Dual; o Adam-Kadmon, o Theos-Chaos da teogonia de Hesíodo; o Ur-Anas ou
fogo e água caldeu; o Osíris-Ísis egípcio; o Jah-Hovah, Jehovah ou Iod-Heve semita, etc."
O homem, em última síntese, é tão só um átomo superdivino do Espaço Abstrato Absoluto.
Esse átomo é conhecido pelos kabalistas com o nome de Ain-Soph.
É urgente saber que o Ain−Soph envia seu Espírito ao mundo da matéria com o propósito
de adquirir isso que se denomina ‘autoconsciência da própria felicidade’.
Quando o Espírito, depois de atravessar o estado de consciência mineral, vegetal e animal,
alcança o estado humano, pode regressar ao Ain-Soph, fundindo−se com Ele. Nesse
momento, o Ain−Soph se faz consciente de sua própria felicidade.
Infelizmente, o homem se deixa confundir pela matéria e pelas vozes fatais do desejo; daí
nasce o Eu.
Afirma o Mestre Samael em PISTIS SOPHIA: “O dez Sephiroth mais o Ain Soph Aur e o
Ain Soph são, na realidade, os doze Eons. Os doze Eons formam as doze Regiões”.
Ainda em PISTIS SOPHIA, comenta também o Mestre: “Os treze Katuns, os treze
Mundos, os treze Céus de Anahuac, têm relação com os treze Sephiroth da Kabala
Hebraica, a saber:
Ain, Ain Soph, Ain Soph Aur.
Kether, Hokmah, Binah.
Chesed, Geburah, Tiphereth.
Netzah, Hod, Iesod.
Malkuth.
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Estes são os treze Eons ou regiões atômicas supra-sensíveis, que se interpenetram sem se
confundirem. Para além desses treze Eons está o Absoluto Imanifestado.
O Cristo Íntimo dentro do Adepto Ressuscitado, ascende aos terríveis Mistérios do Eon
Treze. Os Mistérios do Eon Treze abrem-se ante o Adepto cristificado e ressuscitado”.
Em outra passagem do PISTIS SOPHIA, explica-nos o Mestre Samael: “Todos aqueles
que realizam os Mistérios Crísticos um dia regressarão ao Eon Treze. O Eon Treze é Ain,
Sat, a Seidade. Para além do Eon Treze está o Eterno Pai Cósmico Comum, o AdhiBuddha, o Buddha do nosso Buddha Individual. Adhi-Buddha é o Pai do nosso Pai que
nunca vem à manifestação porque é o Divino Incognoscível. Somente no final do
Mahâmanvantara, depois de estarmos integrados com nosso Pai que está oculto, nos
integraremos também em nosso Adhi-Buddha. Esta integração no Adhi-Buddha realiza-se
no Mahapralaya, a Noite Cósmica, e no Seio do Espaço Abstrato Absoluto”.
Ainda em PISTIS SOPHIA aprendemos que “os doze arrependimentos de Pistis Sophia
têm relação com as doze horas de Apolônio, com os doze trabalhos de Hércules e com os
doze Eons. É claro que todo Bodhisattva caído desce do Eon Treze e mergulha no Kaos.
Sem dúvida, Pistis Sophia deve trabalhar no Kaos para reascender ao Eon Treze. O décimo
terceiro arrependimento de Pistis Sophia pertence ao Eon Treze. Indiscutivelmente, o
Iniciado deve trabalhar em cada um dos treze Eons, se quiser a Liberação Final”.
“Cada um dos Treze Eons deve ser auto-realizado dentro de nós próprios. Pistis Sophia
deve se auto-realizar nos treze Eons à base de trabalhos conscientes e padecimentos
voluntários. É óbvio que ao chegar ao Eon Treze, Pistis Sophia deve sair do Kaos. Raros
são os Iniciados capazes de bater à Porta Treze. A primeira porta está na sala de Malkuth e
a última na sala de Ain. Tem havido raros casos de alguém que bateu na espantosa e
terrível porta do Ain Soph Aur, a Porta Onze. Aqueles que bateram na Porta Onze
estiveram a ponto de perder a vida. Muitos pereceram na Porta Onze; raros, muito raros,
são aqueles que chegam até o Eon Treze".
"Os elementos tenebrosos atacam, ainda quando chegamos ao Eon Treze. Isso é terrível.
Porém o Cristo Íntimo vence os tenebrosos e liberta Pistis Sophia. O Cristo Íntimo é INRI,
Fogo Devorador, Fogo vivo".
Vamos a alguns comentários pessoais nossos, agora...
Há uma certa dificuldade em compreender e assimilar o conceito dos três aspectos do
Absoluto. A ver se conseguimos tornar isso mais compreensível...
Os três aspectos do Absoluto são Ain, Ain Soph e Ain Soph Aur. Ain as vezes é
considerado como sendo o próprio Absoluto. Outras vezes, como sendo um reflexo, uma
imagem do Absoluto.
Em nosso entendimento, a contradição é aparente. Depende de como se vê, se examina ou
se estuda a estrutura da Árvore da Vida.
O Mestre Samael, em suas obras, também as vezes declara que AIN é o próprio Absoluto,
ao qual só se entra ao final do Dia Cósmico. Até lá, aqueles seres que realizaram em si
mesmo todos os doze Eons anteriores, aqueles que realizaram os 12 trabalhos de Hércules,
esperam numa “sala” ou numa “antecâmara”, a hora de entrar definitivamente no seio do
UNO IMANIFESTADO.
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Esta ‘sala’ ou ‘antecâmara’ não é o Eon 12 (pois se encontra além dele), mas também não é
ainda o ABSOLUTO propriamente dito.
O que seria então essa região?
Para explicar, vamos repetir aqui uma frase extraída do PISTIS SOPHIA COMENTADA,
mencionada anteriormente nesta apresentação: “Estes são os treze Eons ou regiões
atômicas supra-sensíveis, que se interpenetram sem se confundirem. Para além desses treze
Eons está o Absoluto Imanifestado”.
Noutra passagem do PISTIS SOPHIA, diz o Mestre: Os elementos tenebrosos atacam,
ainda quando chegamos ao Eon Treze.
Se há uma certeza em tudo isso é que só estamos livres do assédio dos tenebrosos quando
entramos no ABSOLUTO. Portanto, deste ponto de vista, o ABSOLUTO está além do
EON 13, realidade cosmológica essa corroborada pelas antigas escolas gnósticas que
ensinavam que o universo iniciou com um original, impenetrável ou desconhecido Deus,
chamado de “Pré-Pai”, Bythos, Ennoia, Barbelo, Mônada ou RAIZ DESCONHECIDA.
Portanto, entendemos que AIN é a imagem ou reflexo direto do Absoluto, a PRIMEIRA
UNIDADE, o Eon 13, a porta 13, Barbelo, o Elohim Primordial, a MÔNADA, a RAIZ.
Então, como afirmam as antigas cosmologias gnósticas, essa primeira emanação crea de si
mesma os demais Eons, vale dizer, o AIN SOPH e depois o AIN SOPH AUR, do qual,
mais tarde, surge ou emana KETHER e os demais SEPHIROTH, num total de 12, que se
relacionam com os 12 trabalhos de Hércules.
Vamos repetir e enfatizar: Na passagem do Imanifestado para o Manifestado forma-se no
ambiente aquático luminoso o PENSAMENTO (Ennoia) do Imanifestado. Esse Primeiro
Pensamento, Ennoia ou Barbelo é o que na Kabala se denomina AIN.
Entendemos nós que os kabalistas não diferenciavam PENSADOR de PENSAMENTO.
Então, para eles AIN é, ao mesmo tempo, o PENSAMENTO e o PENSADOR. Porém, os
antigos gnósticos faziam distinção. Portanto, para os gnósticos o ABSOLUTO é a
realidade oculta que se encontra além do PENSAMENTO.
Se compreendermos essa sutileza perceberemos que a contradição, como dito
anteriormente, é aparente. Apenas altera a forma de explicar o que vem depois nos
sucessivos desdobramentos da ÁRVORE DA VIDA.
Até aqui nossas palavras de hoje. Voltaremos em instantes para responder as perguntas e
comentar as questões que nos forem apresentadas.
Muito obrigado.
PAZ INVERENCIAL
Karl Bunn
Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
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