Parashat Tsav - Ohr Somayach

Transcrição

Parashat Tsav - Ohr Somayach
Para a semana que termina em 8 Nissan 5758
3 & 4 Abril 1998
Parashat Tsav
Resumo da
Parashá
A
Torá faz referência à Aaron e à
seus filhos, ensinando leis
adicionais relativas ao serviço
dos mesmos. As cinzas do
"Korban Olah" - o korban que era
queimado sobre o Altar durante a noite deviam ser removidas da área pelo Kohen,
após ele retirar suas roupas especiais de
linho e substitui-las por outras. O "Korban
Olah" era trazido por aquele que havia
esquecido de cumprir um mandamento
positivo da Torá. O Kohen ficava com o
couro do animal. O fogo sobre o Altar
tinha ser mantido constantemente aceso.
O "Korban Minchá" era uma oblação feita
de trigo, óleo e outros condimentos. Um
punhado desta oblação era queimada
sobre o Altar e um Kohen comia o restante
antes que fermentasse. A Parashá descreve
korbanot especiais que eram oferecidos a
cada dia pelo Kohen Gadol, e pelos filhos
de Aaron e futuros descendentes no dia de
sua consagração. O "Chatat", o korban que
era trazido após uma transgressão
acidental, é descrito, assim como as leis
referentes à degolar e aspergir o sangue do
"Asham", o "korban por delito", que era
trazido devido à certas transgressões. Os
detalhes dos "Shelamim", vários tipos de
"korbanot de pazes", são descritos,
incluindo a proibição de deixar sobras do
"Todah", korban de agradecimento, até a
manhã. Todos os sacrifícios deveriam ser
queimados depois que não podiam mais
ser comidos. Após tornarem-se
tamei(ritualmente impuros), os korbanot,
não podiam ser comidos, e deviam ser
queimados. Uma pessoa não podia comer
um korban estando ritualmente impura.
Sangue e Cheilev, certas gorduras animais,
são proibidos de ser comidos.
O peito e a espádua de todo "Korban
Shelamim" deveria ser dado para Aaron e
seus filhos. A cerimônia de consagração de
Aaron, seus filhos, do Mishkan e todos
seus utensílios é detalhada.
Comentário da Parashá
"Se por agradecimento a oferecer. . ."(7:12)
Qual o significado da palavra "judeu"?
Judeu é a tradução da palavra em Hebraico "Yehudi", que possui o mesmo radical
da palavra "L'hodot".
"L'hodot" é uma palavra que possui dois significados. Pode significar "agradecer", e
pode também significar "admitir".
O que "admitir" tem em comum com "agradecer"?
Quando alguém diz "obrigado", está na verdade admitindo. Está admitindo estar
em débito com a outra pessoa por algum benefício recebido. Se não admitirmos
que recebemos algo, nunca poderemos realmente falar "obrigado".
Se somos chamados "Judeus", deve ser porque estas duas qualidades, de admitir e
agradecer, sejam elementos integrantes da personalidade dos judeus.
Quando alguém escapa de uma situação em que sua vida estava em perigo, é um
costume judaico, fazer uma refeição especial em agradecimento à Hashem.
Mas qual a razão de agradecermos à Hashem especificamente desta forma? Por
que, por exemplo, não fazer uma doação para alguma instituição de caridade?
Na Parashá desta semana aprendemos sobre uma categoria de oferendas que eram
trazidas para o Beit Hamikdash chamada de Korban Shelamim( Sacrifício de Pazes).
Eram parcialmente comidos pelos kohanim e parcialmente por quem os trazia.
A regra geral é que a oferenda tinha que ser comida em 36 horas - dois dias e uma
noite. Entretanto, havia uma exceção que era o Korban Todah, oferenda que era
trazida como agradecimento à Hashem no caso da pessoa ter sido salva de um
grande perigo. O Korban Todah, deveria ser cosumido dentro de no máximo 24
horas. Por que o intervalo de tempo para comer o Korban Todah, era tão menor em
relação aos outros Shelamim? A pergunta torna-se ainda mais intrigante, quando
levamos em conta a tremenda quantidade de comida que deveria ser consumida
com o Todah - 40 pães.
A resposta é que quando a pessoa que trazia o Todah via a enorme quantidade de
comida que havia, ela convidava seus amigos para uma refeição, para comemorar e
alegrar-se com ela.
Obviamente que o assunto abordado nas conversas seria a salvação daquela
pessoa, já que este era o motivo da refeição. O anfitrião relataria as miraculosas
circunstâncias de sua salvação. Ele seria chamado para dar uma palestra sobre um
assunto de Torá e para agradecer à Hashem .
Quando alguém é chamado para falar em fente ao público, geralmente isto faz com
que suas batidas cardíacas acelerem-se, suas mãos fiquem úmidas e sua garganta
seque. Ele é forçado a pensar bem o que vai falar e também como vai falar. Através
deste processo, ele reexaminava cada detalhe de sua miraculosa salvação,
resultando assim que não somente ele inspiraria sua audiência com sua narrativa,
mas ele próprio perceberia com mais clareza o bem que Hashem havia
proporcionado.
"Um fogo contínuo estará aceso sobre o Altar; não se
apagará."(6:6)
A Torá proíbe apagar o fogo do Altar. E até muito pelo contrário, o fogo tinha que
ser vigiado e lenha deveria ser adicionada sempre que necessário, de forma a
manter a chama constantemente acesa. Se é proibido apagar até mesmo um único
carvão, que estava queimando sobre o Altar físico(Zevachim 91), com muito mais
Preparado pelas Instituições Or Sameach em Jerusalem, Israel
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Parashá Tsav — 8 Nissan 5758, 3 & 4 Abril 1998
Produção: Lev Seltzer
razão é proibido apagar até mesmo uma
pequena chama espiritual que esteja
queimando no Altar espiritual, que é o coração
de um judeu.
O desejo pelo sagrado é como uma chama no
coração, que aspira constantemente elevar-se.
Ela tem que estar constantemente sendo
alimentada, auxiliada e reforçada através da
razão, sabedoria e discernimento, com a luz
da Torá e mitzvot.
lóbulos que podem ser utilizados para impedir a entrada de palavras impróprias. Os
olhos possuem as pálbebras. E analogamente ocorre com todos os órgãos de
percepção.
Com uma exceção. A mente, que não possui proteção. Não existe nenhuma
barreira para os pensamentos. Eles podem vir e ir à vontade. Portanto, é necessário
uma dose extra de habilidade e atenção, para proteger-se de pensamentos
impróprios.
Rashi comenta sobre o verso acima que quando a Torá usa a palavra "ordene",
sempre esta querendo sugerir "habilidade". No Talmud, Rabi Shimon afirma que
em caso de "chisaron kis" a Torá ordena uma dose extra de atenção.
"Chisaron kis" pode significar literalmente "uma perda no bolso" - uma perda
monetária. Na maioria dos korbanot, os kohanim recebiam uma parte do animal
para comer. Entretanto, no Korban Olah, em que o animal inteiro era queimado e o
kohen nada recebia , os kohanim tinham que ser comandados a ter uma dose extra
de habilidade.
Entretanto, "chisaron kis" pode também significar "falta de cobertura".
O korban olah era trazido como expiação para pensamentos impróprios. A mente
não tem barreiras, e assim aonde não há proteção uma dose extra de habilidade e
entusiasmo é necessária.
Orot Hakodesh
"Ordene a Aaron e a seus filhos
dizendo: Esta é a lei do Korban
Olah. . ."(6:2)
Cada um dos orgãos relacionados aos sentidos,
possui uma cobertura que serve de proteção
contra o indesejável.
A boca possui os lábios que podem preveni-la
de falar indevidamente. Os ouvidos possuem
Haftará para o Shabat Hagadol: Malachi 3:4-24
O Shabat imediatamente anterior a Pessach é chamado Shabat
Hagadol, ou seja, o Grande Shabat. Comemora o dia durante a
época em que os judeus estavam no Egito, quando cada judeu
pegou um cordeiro, que era a divindade egípcia, e amarrou em
sua cama, informando aos egípcios que seu deus estava prestes a
se tornar uma oferenda para Hashem. Apesar de sua fúria, os
Egípcios ficaram impotentes para agir. Os judeus não estavam
sabendo disto na época, e o que fizeram, foi por terem total
confiança em Hashem e Moshe, Seu profeta. Assim, o Shabat
imediatamete anterior a primeira redenção, foi um dia em que a
fé do povo judeu foi recompensada com a proteção de Hashem.
Adaptado do Stone Chumash da Artscroll
"Eis que Eu vos enviarei o profeta Eliyahu,
antes que venha o dia grande e temível de
Hashem."(3:23)
A noite de Pessach é chamada de "Uma noite de guardas",
quando o povo judeu é guardado de seus inimigos. "Uma noite
de guardas", também implica que a noite em si deve ser
guardada - separada para sempre - como uma noite em que a
redenção final pode vir. Em outras palavras: todo ano, a noite de
Pessach possui o poder da redenção, ou seja, pode tornar
realidade o que possui em potencial. O Shabat possui a
capacidade de expressar o poder latente da semana que está por
vir. Assim, todo Shabat Hagadol possui o poder da redenção do
Egito. Neste Shabat já está viva a força do "dia grande e temível
de Hashem".
Maharal
CANTADAS
INTROSPECÇÕES SOBRE AS CANÇÕES
DURANTE AS REFEIÇÕES DE SHABBOS
ATRAVÉS DAS GERAÇÕES.
YOM SHABATON
iu`ca ouh
"O DIA DE DESCANSO..."
Todos eles juntos no Pacto,
"Faremos e ouviremos" falaram em uníssono.
,sjh `hrcc okf utcu
sjtf urnt gnabu vagb
u'va'u culom b'brit yachad,
naasse v'nishma, amru k'echad
A união do povo judeu atingiu seu auge quando eles estavam aos pés do Monte Sinai.
"E acampou Israel ali, em frente à montanha"(Shmot 19:1). Nossos sábios explicam que estavam lá como "uma pessoa com um
coração"(Rashi).
O sentimento de união era expresso no acampamento em perfeita harmonia e em sua declaração em uníssono, de estarem
preparados para para fazer a vontade de Hashem, antes mesmo de escutá-la. Isto é revivido pelos judeus todo Shabat. Durante
toda a semana, cada judeu pode estar envolvido em suas ocupações para obter seu sustento, porém no Shabat, todos judeus
estão unidos emulando o seu Criador, que descansou no sétimo dia.
O Hagadá de Malbim
Agora disponível no espanhol
vê o URL:http://www.ohr.org.il/jud/pesaj/malbim.htm
Parashat Tsav
8 Nissan 5758 — 3 & 4 Abril 1998
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