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www.revistaoutdoor.pt
nº9 janeiro/fevereiro 2013
outdoor
Revista
Torna-te fã
Manali leh em BTT,
pedalar na estrada mais
alta do mundo por Aurélio Faria
Entrevista
Aventura
com Emanuel Pombo
Ascensão ao Island Peak
por Luísa Tomé
desafio
Ecopista do Dão
atividade
Snowboard em 10 questões
soS
Código Segurança Outdoor
foto-reportagem
A Serra e a Estrela por Teresa Conceição
Diretrizes
EDITORIAL
05
GRANDE REPORTAGEM
Manali Leh em BTT, pedalar na estrada mais alta do
Mundo por Aurélio Faria
06
nº9 Janeiro_Fevereiro
2012
EM FAMÍLIA
EVENTO — Brincar na Neve
14
ATIVIDADE — Trekking com Burros na Costa Vicentina
16
aventura
DESAFIO — Ascensão ao Island Peak no Nepal por Luísa Tomé
18
EVENTO — The Color Run
26
PROJETO — Galiza por Sílvia Romão
30
06
entrevista
Emanuel Pombo — Downhill
34
POR TERRA
ATIVIDADE — Ecopista do Dão
42
EVENTO — Paintugal
48
neve
atividade — Snowboard em 10 questões
52
indoor — Preparação indoor para snowboard
56
ENTREVISTA — Nick Coutts
58
Pedro Pedrosa liderou a primeira grande expedição internacional de BTT… a travessia a
Manali leh, a estrada mais alta do mundo. Não
perca as histórias e desafios desta grande
aventura…
FOTOGRAFIA
PORTFOLIO DO MÊS — Luís Lopes
60
FOTO DO MÊS — Rafting no Rio Paiva
68
FOTO-REPORTAGEM — Serra e a Estrela por Teresa Conceição
70
SOS
Código de Segurança Outdoor
76
34
DESCOBRIR
REGIÃO — Na rota das aldeias históricas da Serra da Estrela
80
livro aventura — Ericeira de Luís Ruivo
88
PROJETO — Os Seven Summits de Paulo Miranda
90
kids
PARQUES AVENTURA
94
ATIVIDADES OUTDOOR
98
DESPORTO ADAPTADO
JUDO PARA TODOS
104
ESPAÇO APECATE
Como desenvolver o Turismo de bicicleta em Portugal
108
equipamento
112
a fechar
114
O atual campeão nacional de downhill esteve à conversa com a Outdoor e contou-nos alguns dos seus segredos, histórias e
sonhos. Não perca esta entrevista recheada
de vitórias!
70
Teresa Conceição, através das suas imagens desvenda-nos alguns dos segredos da
Serra da Estrela! Aqui comprovamos que
mais uma vez, há imagens que valem mais
que mil palavras.
Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores.
Não é permitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.
Onde
eficiência
e cOntrOlO
se juntam.
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Advanced Dynamics é a tecnologia com que criámos
a bicicleta de trail mais eficiente do mercado. Uma
máquina que te fará subir mais ágil do que nunca
e te dará o máximo controlo para fazeres faísca
em qualquer descida. Nova Orbea Occam, onde
eficiência e controlo se juntam.
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Editorial Ficha técnica
chegou o
número 9!
A Revista Outdoor dá às boas vindas a 2013.
www.portalaventuras.clix.pt
N
este novo ano como o frio decidiu
não dar tréguas, nós decidimos
dar-vos sugestões para partirem à
aventura com estas temperaturas.
Edição nº8
WPG – Web Portals Lda
NPC: 509630472
Capital Social: 10.000,00
Começamos a nossa 9ª aventura outdoor a pedalar
na estrada mais alta do mundo com Pedro Pedrosa… Sabem onde
fica? Na reportagem vão encontrar esta e outras respostas. Continuamos a pedalar e metemos conversa com Emanuel Pombo, o
nosso campeão de downhill que nos conta alguns segredos. Para
além das suas palavras, deslumbrem-se com imagens fantásticas
de Luís Lopes, num portfólio de cortar a respiração. A nossa aventura a pedalar termina na ecopista do Dão.
Daqui, passamos ao ponto mais alto de Portugal Continental: a
Serra da Estrela. Vamos levá-lo à descoberta das aldeias históricas e das atividades outdoor incluindo o snowboard, tão apreciado
nesta altura. Na fotografia, Teresa Conceição desvenda-nos um
pouco mais sobre a Serra, através da foto reportagem!
Continuamos a nossa viagem, vamos caminhar na Galiza e terminamos com a ascensão ao Island Peak.
Pelo meio ainda descobrimos atividades outdoor para realizar em
Portugal, parques temáticos, ouvimos conselhos para partirmos à
aventura em segurança e colocamos a leitura em dia com o livro
“Ericeira” de Miguel Ruivo.
O desafio está lançado, aceita entrar na aventura de ler o número
9 da Revista Outdoor?
Boas aventuras e continue a acompanhar todas as novidades
aventureiras no Portal Aventuras e no Facebook! ø
Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide
Telefone: 214702971
Site internet: www.revistaoutdoor.pt
E-mail: [email protected]
Registo ERC n.º 126085
Editor e Diretor
Nuno Neves | [email protected]
Marketing, Comunicação e Eventos
Isa Helena | [email protected]
Sofia Carvalho | [email protected]
BEBIANA CRUZ | [email protected]
Revisão
Cláudia Caetano
Colaboraram neste número:
Amâncio Santos, ana lima, andré faria,
antónio gavinho, Aurélio Faria, cláudia
almeida, emanuel pombo, jaime rendeiro, luís
lopes, luísa tomé, nick coutts, paulo miranda,
pedro alves, pedro pedrosa, sílvia romão,
teresa conceição.
som
bebiana cruz
Nuno Neves
Design Editorial
Inês Rosado
Fotografia de capa
luís lopes
Desenvolvimento
Ângelo Santos
5
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Grande Reportagem
Manali leh em BTT,
pedalar na estrada mais alta
do mundo!
6
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Foto: Paulo Mourão
 Por Aurélio Faria
A minha expedição: Pedro Pedrosa
Grande Reportagem
Manali Leh em Btt
Q
uase 10 anos depois da aventura aos Himalaias, Pedro Pedrosa continua a dar pouca
importância ao facto de ter liderado a primeira grande expedição internacional da BTT
portuguesa: a travessia de Manali leh, a estrada
mais alta do mundo.
Em agosto de 2003, e num feito que passou praticamente despercebido, um grupo de 7 portugueses pedalou mais de 500 km entre os 4000
e os 5000 metros, e à sombra dos altos cumes,
percorreu a famosa e perigosa estrada que liga
as províncias norte-indianas himalaianas com o
Ladakh, já na fronteira com o Tibete.
O PROJETO
A ideia surgiu-me numa viagem anterior
de mota com o meu primo Nuno Pe(...) uma
drosa. Desafiei amigos de todo o país,
e apurei um grupo final de 7 eleviagem até
mentos. Constituiu-se um outro
Manali, um percurgrupo mais pequeno de 5 que efeso massacrante e algo
tuou um trekking no Ladakh, e se
cruzou, algumas vezes, com os
aterrador, para quem
BTTistas.
nunca presenciou as ul-
trapassagens aparenEntrámos no mundo das estradas
temente suicidas dos
de montanha com uma viagem até
Manali, um percurso massacrante
condutores indiae algo aterrador, para quem nunca
nos.
presenciou as ultrapassagens aparentemente suicidas dos condutores indianos.
À chegada, fizemos 1 dia de marcha para adaptação à altitude, já superior a 2000m.
Fomos notícia quando nos equipámos a preceito
e montámos as bicicletas. Tivemos até direito a
foto no jornal local, com legendas em hindi.
O PRIMEIRO LA
Em chinês ou tibetano, colo de montanha ou
passe diz-se La.
Numa tarde de chuva e frio, estreámo-nos no
Rothang La, 3980 mts, a meio do segundo dia de
expedição . O mau tempo foi depois compensado
com a primeira descida vertiginosa e alucinante
pelas entranhas do vale de Lahul. Aqui tivemos
a primeira noção das dimensões himalaianas:
seguimos o curso do rio Chandra e voltámos a
subir para Keylong, o local de pernoita depois de
80 e tal kms a pedalar...
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
7
Grande Reportagem
A PAREDE
Planeamos atacar a Parede, - como
Na longa
chamámos ao Baralacha La-, ao
subida, mantiprincípio da tarde.
A 4880 metros de altitude, a
vemo-nos concenprimeira «parede» representrados e tentámos
tava em apenas 20 km mais
sempre ir bebendo
de 1000 metros de desnível de
subida sobre o local de dorágua, para manter
mida, e era também a nossa
a hidratação
primeira aproximação aos 5000
correta.
e às zonas onde sabíamos sentir
já os efeitos da altitude.
Na longa subida, mantivemo-nos concentrados e tentámos sempre ir bebendo água,
para manter a hidratação correta.
Fizemos o passe por volta das 14 horas. Depois
da alegria e fotos da praxe, iniciámos a descida,
com paragem nas primeiras dahbas (tendas de
chá) a 4700 metros. Bebemos chá e reconfortámos o estômago com o habitual arroz, dahl e
chapati. Cansados, adormecemos e, ao acordar,
imediatamente nos apercebemos do erro cometido: havia fortes dores de cabeça! Ainda indevidamente aclimatizados, havia que descer rapidamente até ao local da dormida.
É lindíssima a descida de 40 km até Sarchu! O
vale é aberto, e devido às chuvas recentes estava coberto por um manto verde em contraste,
deslumbrante, com as montanhas rochosas e os
picos nevados.
Cruzámos uma zona inóspita, com controlo militar e de passaportes, e depois de uma linha
de água, local de acampamentos turísticos de
verão, entrámos no estado de Jammu e Caxemira.
AS GATALOOPS
A pensar na dupla etapa, acordámos cedo nesse
dia 22 de agosto, e começámos logo a pedalar
vale abaixo, ao longo do rio, até ao marco que
assinala o início das 21 gata loops.
Na realidade, é uma estrada que serpenteia encosta acima, com uma inclinação suave, em 21
curvas em cotovelo.
Fomos contando as ditas, e no final da 21ª gata
loop atingimos os 4600 metros de altitude. E
ainda nos faltavam alguns kms até ao Nakehla
La (4850 mts), o primeiro colo do dia, e por alguns considerado como dos mais duros da travessia.
Alertados pela experiência do passe anterior, rapidamente descemos até Whisky Nulah, a 4500,
antes de atacarmos o nosso primeiro 5000. Com
calma e paciência para manter um ritmo lento,
e sempre com a preocupação da boa hidratação,
e atingimos o objetivo, brindados com o bom
8
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Grande Reportagem
Manali Leh em Btt
tempo e vistas deslumbrantes
das montanhas a perder de
vista!
A descida surpreendeu-nos
com um troço de estrada que
mais parecia uma prova de
trial. Sem alcatrão testámos a
concentração e os limites dos
pneus Maxxis.
Naquela
noite,
dormimos
numa tenda tipo berbere, jantámos xau-min, e ainda tivemos energia para um serão
de cantigas à desgarrada entre
indianos e portugueses.
Memoráveis, as “Pang Sessions!”
solveu pedalar connosco numa
SCOTT alugada e algo torta.
Com ele, rimo-nos e atravessámos um espetacular planalto
de 40 km a 4600 mts de altitude. Fomos ainda obrigados a
vencer mais duzentos metros
de altitude para acampar no
único sítio com água. Ao lado
de duas stupas budistas, era
um sítio lindíssimo, mesmo no
final do vale e na base da montanha que iríamos subir no dia
seguinte.
Tomamos banho de copo, des-
cansámos e contemplamos
com respeito os 5350 metros
que teríamos ainda que enfrentar.
AS PAISAGENS
A primeira tarde pôs à prova
a paciência e capacidade em
manter um ritmo lento numa
subida interminável...
Mas fomos logo animados
pela beleza da paisagem de
cascatas, gargantas e vales
imensos que se abriam a cada
curva. No alcatrão deste início
O PLANALTO INTERMINÁVEL
Com mal de altitude, o João
optou por seguir com o grupo
do trekking para Leh. Foi substituído pelo José Artur que
levou a sua SEVEN até ao fim.
Neste dia, o Raju, guia da logística que só víamos ao final da
tarde, juntou-se ao grupo, e reOUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
9
Grande Reportagem
de itinerário, a animação dos camiões que buzinam constantemente acabou também por ser
irritante.
Recordo a paisagem em TangLang La, e a vista
panorâmica de 360º graus com o maciço dos Himalaias em todo o esplendor. As bandeiras de
oração e um pequeno templo budista, - curiosamente com divindades hindus-, contrastavam
com o edifício pré-fabricado dos operários que
reparam todos os verões uma estrada danificada
pelas intempéries.
O vale que descemos é em tudo diferente de tudo
o que já pedalamos até aqui. As cores magenta,
grená e castanho escuro, as aldeias de casas tipicamente tibetanas e telhados onde se armazenam colheitas e se seca bosta de animais para
combustível de Inverno, as culturas, as searas
e a linha de água serpenteante. Acabámos por
acampar num pequeno vale, onde tomámos um
banho de “imersão” no ribeiro frio.
AS DIFICULDADES
O mal de altitude, agravado pelo esforço físico
intenso, foi a maior dificuldade. Alguns de nós
começaram logo a sentir as inevitáveis e normais dores de cabeça. O João foi quem mais se
ressentiu, e nos últimos dias foi enquadrado no
grupo de trekking.
A descida de Tang Lang La é capaz de ter sido a
mais alucinante da expedição. Depois de alguns,
poucos, kms, de estrada má, avistámos uma
linha que desce abruptamente e como um risco
a encosta de terra. Não hesitámos quando lá
chegámos: saímos da estrada para o mais louco
«downhill» realizado num vertiginoso e inclinado trilho que provocou a separação imediata
do grupo. Quando nos reencontrámos na estrada, gritámos da adrenalina: afinal, tínhamos
descido dos 5100 para os 4700m em 2 a 3 kms , e
atalhado em poucos minutos mais de 10 km na
estrada!
Foto: Paulo Mourão
À medida que subíamos o vale em direção à
alta montanha, havia cada vez menos trânsito,
e mais chuva, que teimava em cair... Suposta-
mente, a influência da monção não deveria ter
passado para além do primeiro passe. Alterações climáticas?!... A paisagem fez-nos esquecer
tudo isso!
10
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
OS REGISTOS
As jornadas foram planeadas com quadros estatísticos e resumo das dificuldades esperadas.
Dia 8
De Debring a Upshi; início do dia cedo com o
ataque ao passe respeitável de 5360 mts ; subida
de 20 km em piso duro, e possilidade de surpresas nos troços mais altos. Depois do passe,
fabulosa descida. Na parte final, dhabas.
O DIA MAIS ALTO
E eis que chegou o dia D!
Inspirados pelas mantras budistas, ouvidas às
5 da manhã, levantámo-nos antes do nascer do
sol. Não quisemos arriscar uma subida tardia e
o calor do meio-dia.
Avançámos determinados e confiantes, para
vencer mais de 2000 metros de desnível em 36
km, preparados para pedalar muitas horas a
subir..., a subir..., subir....
Ao km 20, atingimos o controlo militar e apresentámos a necessária autorização, obtida no
dia anterior em Leh.
Única avaria da expedição: o Paulo Mourão substituiu a corrente.
A partir do checkpoint, a estrada começou a
degradar-se, e o piso tornou-se muito irregular,
com cada vez menos alcatrão e mais pedra à superfície. Agravados pelo frio, pela chuva e pelos
efeitos da altitude, os quilómetros finais foram
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
11
Grande Reportagem
Manali Leh em Btt
Duas bicicletas de travão de disco pagram o
preço, e o susto foi grande para os condutores.
Grande Reportagem
demolidores.
A última hora de ascensão foi um verdadeiro desafio físico e mental, e exercício de concentração
para atingir objetivo do dia e da expedição.
Na última curva, e com o passe á vista, a queda
de flocos de neve brindou o momento especial
de pedalar a 5602 metros de altitude. Abrimos
as garrafas de vinho do Porto Numância e tinto
Monte Agudo, e saltámos literalmente de alegria.
Houve ainda tempo para o chá oferecido aos que
ali passam pelo militar de serviço. Vestimo-nos
depois o mais que pudemos e aí viemos nós, de
volta a Leh, em duas horas de descida non-stop!
A situação político-militar em Caxemira impediu que pedalássemos ainda mais alto. A estrada continua para o Nubra Valley, e sobe a
cordilheira do Karakorum, onde entronca com
a famosa KKH, a KaraKorum Highway e com
outro passe acima dos 5000 metros.
Mas há sempre um novo desafio nossa espera:
quem sabe, um dia destes, poderemos muito
bem rolar por aquela outra estrada que trepa
até aos 5900 metros de um vulcão na Bolívia! ø
Conversa editada por Aurélio Faria
Jornalista
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
António Silva
Pedro Pedrosa (Guia)
Idade: 32 anos
Bicicleta: VooDoo D-Jab titânio,
Pace,
XT, Race Face
20-30-40 / Mavic CrossMax
XL / 2xMaxxis
WormDrive/
Magura Tomac
João Teixeira
Paulo Mourão
Idade: 32 anos
Bicicleta:
Seven Sola titânio,
RShox Sid team,
RFace 22-32-42
/ Mavic CrossMax XL disc
/ Discos Mini-Hope / 2xMaxxis Ignitor
Idade: 39 anos
Bicicleta: Trek
Fuel 100 ; Pace
; XT ; RFace 2232-42 / Mavic
CrossMax XL
disc / Discos
Mini-Hope
/
2xMaxxis Ignitor
Idade: 28 anos
Bicicleta:
BH
Coronas
;
Marzochi
Bomber Z1 ; XTR
; LX 22-32-42 /
Mavic / Shim V-Brake / Maxxis
Ignitor + Maxxis
WormDrive
Daniel Marques
Miguel Tolda
Idade: 18 anos
Bicicleta:
Specialized
S-Works
M5
;
RShox Sid Race
; XTR ; FSA 2232-44 / Mavic
CrossMax XL /
Shim
V-Brake
XTR / Maxxis
Ignitor + Maxxis
Larsen
Idade: 28 anos
Bicicleta:
Giant XTC 960 ;
Manitou 6 elite
; XT/LX ; RFace
22-32-44 / Mavic
CrossRoc
disc
/ Discos Mini-Hope / Maxxis
Ignitor + Maxxis
WormDrive
Luís Coelho
Idade: 38 anos
Bicicleta: Specialized Stumpjumper ; Pace
; XT ; Shim 2232-42 / Mavic /
Shim V-Brake /
2xMaxxis Ignitor
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
13
Grande Reportagem
Manali Leh em Btt
Participantes Himalaya Trail 2003
Em Família
 Evento
I
niciou-se no passado
dia 16 de dezembro a
5ª edição do Programa
“BRINCAR NA NEVE”
desenvolvido pela Federação de Desportos de Inverno
de Portugal. Este é um projeto que se destina as crianças
entre os 6 e os 10 anos e tem
como principal objetivo a divulgação dos desportos de inverno, mais concretamente o
Esqui Alpino e o Snowboard.
As atividades decorrem na Estância de Esqui Serra da Estrela Vodafone e no Skiparque de
manteigas em três momentos
distintos durante os meses de
dezembro, fevereiro e março.
O enquadramento dos jovens é
efetuado por técnicos da FDI14
-Portugal e monitores da área
da saúde e do desporto, garantindo com a sua formação uma
articulação imprescindível entre o brincar e o estímulo ao
desenvolvimento desportivo e
técnico, conducente a princípios de exigência e qualidade.
Com esta atividade, a FDI-Portugal pretende para além
de sensibilizar os jovens para
a prática desportiva, incutir o
gosto pela competição, focar a
importância do companheirismo e incentivar para a prática
necessária dos cuidados ambientais.
A todos os jovens inscritos é
disponibilizado o equipamento
para a prática de esqui e Snowboard, nomeadamente esquis/
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
prancha, botas, capacete, bastões, casaco e calças para a
neve.
Estão também incluídos no
programa a alimentação, seguro, dormidas na Pousada da
Juventude das Penhas da Saúde, o transporte para as pistas,
forfaits e aulas ministradas por
professores credenciados.
Ao longo das várias edições
do programa “BRINCAR NA
NEVE” foram iniciadas nos
desportos de inverno mais de
100 crianças, tendo sido descobertos alguns jovens com
grande potencial que integram
agora as seleções nacionais juvenis da FDI-Portugal. ø
Jaime Rendeiro
Federação de Desportos de Inverno
OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
15
Em Família
 Atividade
P
trekking com burros
arta à descoberta da natureza na companhia dos nossos simpáticos amigos
orelhudos. Por belas paisagens campestres e falésias fantásticas, uma caminhada diferente e uma experiência
para toda a família.
Se pensa que os burros são teimosos e dão coices, esqueça... o burro é afável, terno, paciente,
robusto, cooperativo e pachorrento e será, antes
de tudo, o seu companheiro, vida e alma nesta
bela travessia. Venha burricar! ø
António Gavinho
Itinerário sugerido
Dia 1: Vale das Amoreiras e Praia Vale dos Homens
Receção e breve introdução ao manejo dos burros. Preparação do burros e início do trekking
a partir do Vale das Amoreiras, rumo Noroeste,
por montes brandos e verdejantes passando por
terrenos agrícolas, pastagem e pinhais. Alguns
montes e casas de campo, habitados, abandonados ou recentemente reanimados decoram o
percurso.
Na aldeia do Rogil um café é sempre bem-vindo
antes de continuarmos até à nossa praia favorita,
Vale dos Homens. Enquanto os burros aguardam
em cima da falésia, os caminhantes podem usu16
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
fruir da bela praia protegida entre os rochedos,
um deles coroado com um ninho de cegonhas
brancas. Este é o único local do mundo onde as
cegonhas nidificam nas falésias! Segue-se um
belo percurso na falésia ou por um pinhal romântico, dependendo do andamento do grupo.
Pouco antes da chegada atravessamos um vale
com uma ribeira, e chegamos ao conforto e acolhimento da Quinta Pero Vicente.
Duração: 5 a 6 horas;
Distância aprox.: 12 Km;
Dia 2: Praia da Amoreira
Partimos do Pêro Vicente em direção ao Rogil.
Rodamos depois para sul, por uma vasta planície salpicada com manadas de gado. Regressamos à costa atravessando uma floresta densa e
sombria de pinheiros mansos, acabando num
caminho junto às dunas da falésia, sempre com
a magnífica Costa Sul à vista.
Acompanhamos a falésia até chegarmos à fantástica Praia da Amoreira e sua ria.
Depois de desfrutarmos praia e mar (c/ café-restaurante) entramos por um belo vale e descobrimos as ruínas do antigo Monte da Amoreira
situado em singular harmonia com a paisagem
em redor. Todas as casas abandonadas pelo homem, menos o pastor que cuida dos terrenos em
Em Família
Trekking com Burros
s na costa vicentina
volta com o seu gado. Subimos ao planalto e terminamos a nossa viagem no Serrão.
Transfer ao ponto de partida dia 1 - Vale das
Amoreiras.
Duração: 4 a 5 horas
Distância aprox.: 11 Km
Programa inclui:
- 2 dias de caminhadas guiadas com burros
- Enquadramento trekking com burros
- 1 burro por 3 participantes
- Acompanhamento por Guia
- Transporte de bagagens nos burros
- Picnic nos dois dias
- Seguro de Resp.Civil e Acidentes Pessoais
- Transfer início / fim do percurso
Ficha Técnica:
Grau de dificuldade: Moderado
Adequado a crianças a partir dos 6 anos
Ponto de Encontro: Vale das Amoreiras, 3km NE
de Aljezur - 10:30h do dia 1
Equipamento obrigatório:
Mochila pequena, cantil (ou similar), roupa e
calçado adequado para caminhar.
Equipamento Recomendado:
Máquina fotográfica, impermeável, protetor solar, óculos escuros, chapéu.
Bagagem:
Máximo de 1 saco / mochila de 12kg por pessoa
(evitar malas rígidas por não serem adequadas
ao transporte nos burros)
Número mínimo: 3 pessoas (desconto para famílias a partir 4 pessoas)
Um programa: Caminhos da Natureza
Contactos
E-mail: [email protected]
Telefone: 214 029 752 / 962 543 289 / 98
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
17
Perfil
Aventura
Island Peak
-Pede dal bhat, é o que ela come sempre! – Disse a Pipas com o seu ar decidido. Tinha chegado o momento de escolher a refeição e eu não
me encontrava na sala comum do lodge. Já tinha
passado tempo suficiente para a minha parceira
de quarto conhecer bem as minhas preferências,
o que não era difícil, já que, desde que entrara no Parque Nacional de Sagarmata para iniciar o trekking me enamorara por aquele prato
típico nepalês tão saboroso! É com o aromático
vapor que sai das lentilhas condimentadas com
especiarias e alho que o meu apetite aumenta.
A acompanhar esta taça cheia de bhat, é servido um simples arroz, ou dal, e alguns vegetais
no meu caso, pois não como carne. O grupo era
grande e convinha não atrasar muito os pedidos,
afinal não estamos a falar de um restaurante.
Rolo no pequeno espaço que separa as duas
camas do quarto e sinto o bem estar de alongar as
costas. É o suficiente para me poder esticar um
pouco, mas mesmo só um pouco. Não posso dei18
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
xar de rir da situação, o espaço não é muito mas
a vista da janela compensa grandemente. Depois
de passar algum tempo a alongar regresso à sala
onde me dão a sorrir a notícia que o meu almoço
vai ser “o do costume”.
Os lodges são pequenas casas locais adaptadas
para receber as centenas de trekkers que acorrem todos os anos a este parque tão emblemático, é aqui que se encontra o monte Evereste e
costuma ser a primeira opção para quem visita o
Nepal pela primeira vez. Não foi o meu caso, esta
é a minha segunda ida ao Nepal. Há oito anos
tinha optado por uma zona menos turística quando aqui passei a minha lua-de-mel, o parque
de Langtang e os Lagos de Gosaikund, local de
peregrinação hindu e de grande significado espiritual. Na zona onde nos encontramos os lodges
já têm algumas condições de conforto, encontramo-nos num local remoto onde todos os bens que
consumimos são carregados por animais ou às
costas de alguém. Não seria justo pedir mais do
um pouco em baixo. Seria o dia em que faríamos
uma pausa para aclimatar e para isso estava planeado uma visita ao campo base do Amadablan,
essa belíssima montanha que nos abraça como
uma mãe carinhosa. No entanto, chove há três
dias e ainda nem a conseguimos ver. Vindos da
Passados cinco dias de caminhada, o nosso orga- enigmática, confusa e poluída capital nepalesa,
nismo já se acostumou ao tranquilo ritmo do dia- já tivemos a nossa dose de sorte quando ater-a-dia de quem optou por umas férias ativas e ramos no inacreditável aeroporto de Lukla. Os
saudáveis. Que melhor pode haver que partir
ventos fortes, a nebulosidade e a constante
para um país longínquo como o Nepal,
mudança de visibilidade leva a que os
com toda a aura de magia que convoos sejam muitas vezes atrasados
Passados
tém e passar dezassete fantásticos
ou cancelados. A adrenalina invadias a caminhar num ambiente
de esta aterragem, curva apercinco dias de
de montanha, com paisagens
tada à esquerda, faz-se silêncio
caminhada, o nosso
deslumbrantes e na compana pequena avioneta, baixar
organismo já se acostunhia de amigos que partilham
para os 450m de pista, à nosdo mesmo gosto? A parte físisa frente um penhasco, tramou ao tranquilo ritmo
ca até acaba por ser o mais
var
com convicção, respirar
do dia-a-dia de quem
fácil, penso que o maior desafundo, já está! Entramos no
optou por umas férias
fio é a partilha tão íntima que
mundo dos shortens e bandeiativas e saudátemos com todo o grupo nestes
ras de oração da melhor maneidias, o desafio de tolerar feitios
ra, percorremos o trilho que nos
veis.
diferentes dos nossos, o desafio de
leva a Phakding debaixo de um sol
aceitar alguma má disposição derivade Outono, sentindo o leve cheiro dos
da do cansaço, o desafio de sair da nossa
rododendros e acompanhados pelo som das
zona de conforto.
águas fortes do rio Dudhkoshi. Na manhã seguinte subimos os 520m de altitude que nos separaObservo o grupo que se encontra sentado na vam da capital do reino sherpa, Namche Bazaar.
sala do lodge em Pangboche. É um momento de Estamos agora a quase 4000m de altitude e para
descanso, uns lêem, há quem converse, outros que a nossa aclimatação seja o melhor possível,
escrevem os seus diários, outros ainda deixam- vamos aqui pernoitar mais uma noite. Quan-se dormitar levados pelo cansaço. O moral está do subimos em altitude, a pressão diminui, o ar
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
19
Aventura
Island Peak
que nos é oferecido, uma cama, comida, casa de
banho por vezes no interior e um espaço quente
onde todos podemos confraternizar. Atrevo-me
até a dizer que poderia perder todo o encanto se
houvesse demasiadas mordomias.
Aventura
torna-se rarefeito e a concentração de oxigénio é
menor, o que significa que temos menos oxigénio disponível. A respiração torna-se ofegante. O
nosso fantástico organismo tem resposta a esta
situação, mas para isso necessita de tempo. Tempo para poder fabricar mais glóbulos vermelhos
para que o oxigénio transportado para as nossas células comece a aumentar. E aproveitando
esse tempo, visitamos no dia seguinte a aldeia de
Khunde debaixo de uma chuva miudinha e persistente. Esta mesma chuva acompanhou-nos ao
Mosteiro budista de Tengboche e as nossas mãos
húmidas fizeram rodar os moinhos de oração em
respeito pelas tradições locais. Tivemos o privilégio de nos abrigar um pouco neste mosteiro e
visitar o seu interior, sentados tranquilamente
no chão da enorme sala de orações adornada de
cores vivas.
- As vistas do Amadablan daqui são espetaculares – ouço alguém dizer. À nossa frente uma capa
cinzenta de nuvens não nos deixa ter a mínima
ilusão de ver as montanhas tão cedo.
E é esta a razão do silêncio que se instalou entre
o grupo. Ninguém saiu para visitar o campo base
do Amadablan.
No dia seguinte acordamos com o mesmo céu
cinzento. Olho pela janela e tento imaginar como
20
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Aventura
Island Peak
será essa montanha tão mágica, Amadablan. O
João aproxima-se:
- Luísa, vamos cancelar a ida para Dughla hoje.
Só vamos apanhar chuva e o conforto no próximo
lodge é menor. Ficamos mais um dia em Pangboche, descansamos e temos mais tempo para aclimatar. Estamos na montanha e já sabes como é,
dependemos das condições climatéricas e temos
que ser flexíveis e ir alterando os planos conforme for melhor.
O meu coração bateu mais forte. Como vamos
explicar isto ao restante grupo sedento
de caminhar e já há dois dias dentro
do mesmo lodge?
Hoje
- Não te preocupes, hoje tenho
vai ser um dia
uma surpresa que vai alegrar
longo, vamos mais
toda a gente. Estava a guarda-la para o campo base,
uma vez subir em almas vou ter mesmo que a
titude e por vezes ajuda
usar já.
se conversarmos um
Chegada a hora do almoço
pouco para distrair
nem queria acreditar no que
do cansaço.
via, adeus fried rice, dal bhat,
tomato soup, hoje há bacalhau
cozido com batatas regado por um
maravilhoso azeite alentejano! Foi o
suficiente para nos animar e proporcionar um
almoço saboroso e divertido.
Restabelecidas as energias e cada vez mais acostumados à altitude, partimos para uma jornada
de dois dias numa só, recuperando o tempo perdido. De ânimo forte deixamos o que foi o nosso
lar nestes três dias e seguimos rumo ao nosso
objectivo, o Kala Pattar, de onde se têm das mais
fascinantes vistas do Evereste.
- Posso contar-te a história do livro que estou a
ler? - Pergunto à Inês, com quem partilho uma
forte amizade e amor pela montanha. Hoje vai
ser um dia longo, vamos mais uma vez subir em
altitude e por vezes ajuda se conversarmos um
pouco para distrair do cansaço.
- Estás a ler um livro passado no deserto, não é?
Curioso como escolheste um local quase oposto
ao que estamos - Respondeu ela.
Estou a ler o "Tuareg", mas ao longo da minha
leitura tenho deparado com situações comuns
entre o deserto e a montanha, mais do que opostas. Depois de termos passado estes dias juntos
percebemos que a montanha nos oferece tempo
e espaço para estarmos a sós connosco próprios,
mas ao mesmo tempo também partilhamos tudo
e ficamos unidos aos outros com laços de ferro. -
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
21
Aventura
Vou contar-te um episódio que me marcou neste
livro. - E assim passou o tempo até à paragem
para almoço.
Pernoitamos essa noite na pequena aldeia de
Lobuche num modesto lodge. No quarto ao meu
lado está um casal, a Rita e o Miguel, com quem
os laços de amizade se vão estreitando cada vez
mais. São de uma disponibilidade incrível e como
médicos estão constantemente a ser solicitados
sem nunca deixar de ajudar. A tábua de madeira
que separa os nossos quartos é tão fininha que
quando me deito um pouco na cama para descansar encosto-me e sinto alguém do outro lado,
sorrio, a noção de intimidade aqui desvanece-se... Ao final do dia ainda saio um pouco para
apreciar a beleza da pirâmide quase perfeita do
monte Pumori.
A chuva dos dias anteriores trouxe-nos uma
surpresa, tinha nevado naquelas altitudes e na
manhã seguinte esperava-nos um espetáculo
22
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
surpreendente no trilho que nos leva ao Kala
Pattar com os seus 5600m. A pureza do branco
que nos rodeava tornou a paisagem mais bela;
foi-se mostrando à medida que íamos desligando os frontais e o sol espreitava ao nosso lado.
Se o trilho se mostrou uma surpresa, a vista deste miradouro privilegiado deixou toda a gente
extasiada! Evereste, Nuptse, Lhotse, Khumbu ice
falls, finalmente ao vivo a imagem que retinha na
minha memória há tantos anos, num poster oferecido por um amigo. Somos abençoados por um
dia soalheiro, nem uma brisa passa por nós, está
calor e há quem comece a libertar-se da roupa.
Há tempo para conversar, fotografar, alongar, rir
ou simplesmente observar em silêncio tamanha
grandiosidade. Mas o tempo não para e sensatamente começamos a regressar, felizes com um
sentimento de dever cumprido. No entanto, o
nosso objectivo nesta viagem é maior e vai requerer mais força, tenacidade e confiança, subir aos
6190m do Island Peak, qual "ilha num mar de
gelo" vista da aldeia de Lobuche.
Aventura
Island Peak
- Temos que nos organizar, somos muitos para
um duche apenas – Ouço alguém reclamar.
Ao longo de toda a viagem vão surgindo pequenos contratempos para resolver, é assim viajar
em grupo. E são estes contratempos que nos tornam mais humanos e fortalecem a nossa amizade. Os lodges são muito simples, mas há alguns
que oferecem duche, se assim podemos chamar
à pequena casa de pedra com um balde pendurado, onde se coloca água aquecida que sai por
uns pequenos furos. Não convém usar muita, é
um recurso escasso. Para quinze pessoas tomarem duche nestas condições passaram algumas
horas. Está uma senhora a aquecer constantemente água e os elementos do grupo vão passando com um ar feliz e lavadinho à medida que
saem da casa de banho. Com ajuda, os cabelos
compridos são lavados no exterior com água fria,
tarefa que traz risota a todos. É esta simplicidade de dar valor a pequenas coisas que tomamos
por certas, que nos torna mais humildes e nos dá
a possibilidade de relativizar muitas das nossas
prioridades. Escusado será dizer que este duche
foi dos melhores que tomei, como se da melhor
banheira se tratasse e o pequeno fio de água que
escorria pelo balde pareceu-me satisfatoriamente abundante.
Dirigimo-nos para o campo base em duas fases,
há elementos que seguiram à frente para quando chegarmos já termos parte do acampamento
montado. Acabaram-se os lodges, a partir daqui
a nossa casa vai ser uma tenda, opção que não
agrada a todos. A tenda messe, o coração do
acampamento é uma grande tenda branca com
forma de iglo, espaço para comer, ler, conversar ou simplesmente descansar. Aqui existe uma
mesa, bancos, luz e aquecimento o que a torna
bastante convidativa. Seguimos a um passo lento
e ritmado, vamos para 5000 m e temos mesmo
que forçar esta lentidão, tudo é feito com muita calma como se praticássemos tai-chi, com a
mesma concentração. O fascínio de encontrar a
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
23
Aventura
natureza na sua forma mais agreste e grandiosa nesta região nunca acaba, e é neste ambiente
que encerra uma atração mágica indescritível
que chegamos ao campo base do Island Peak.
Vamos recolher os nossos sacos que foram transportados por yaks e escolhemos o melhor local
para montar a tenda. Só depois de terminada esta
tarefa é que nos reunimos novamente.
- Amanhã é um dia de treino, vamos finalmente
utilizar o material técnico que trouxemos. Vamos
usar o arnês, aprender a caminhar encordados,
como utilizar o jumar, rapelar, etc. - João explica-nos o dia seguinte como só ele consegue, como
um mestre que transmite a sua arte porque a
ama profundamente e se identifica com ela.
O ambiente é descontraído e para muitos cheio de
novidades nessa manhã. Todos estamos atentos
às explicações que nos são dadas, afinal a nossa
vida pode depender disso. Em todas as atividades
a correta utilização do material é essencial
para minimizar riscos de acidentes e
esta não é uma exceção. Foi montaEm todas
do um rapel para treinarmos esta
as atividades a
técnica de descida por cordas,
treinamos regras de segurança
correta utilização
numa cordada e verificamos o
do material é essencial
material individual.
para minimizar riscos
de acidentes e esta
não é uma exceção.
À tarde na tenda messe, dediquei-me com o Miguel à tarefa
de filtrar água. A que recolhemos
dos cursos de água não é própria
para consumo. Para evitar fervê-la
ou utilizar desinfetantes que demoram
algum tempo a atuar e deixam a água com um
sabor estranho, todos os dias era filtrada para
encher os nossos cantis. É uma boa maneira de
passar o tempo, tranquilamente e na conversa.
Após o jantar temos a típica reunião que precede
o dia de ascensão. João descreve pausadamente o
que nos espera no dia seguinte, anima e tranquiliza o grupo, dá conselhos pertinentes e manda-nos descansar mais cedo, a partida fica marcada
para as 4 horas da manhã.
Quem terá conseguido descansar esta noite? O
nervosismo espelha-se em alguns olhares sonolentos; tomamos um chá, algumas bolachas e
com os frontais ligados iniciamos a nossa subida.
Sinto-me lindamente, calma, feliz pelo dia que me
espera. Seguimos a passada lenta e cadenciada do
João que nos leva a transpor a primeira parte de
rocha e nos eleva, já com o sol a raiar, ao glaciar.
É deslumbrante esta zona do glaciar. Separamo-nos em duas cordadas e percorremos o glaciar
onde as vistas nos vão surpreendendo cada vez
24
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Aventura
Island Peak
mais. De todos os efeitos que a hipoxia, ou baixo
teor de oxigénio, pode ter no ser humano, tive a
sorte de me acontecer o melhor, a euforia. E ao
chegar ao ponto chave, à zona onde alguns membros do grupo já tinham instalado cordas, extraio
um poder destas fortes montanhas de granito,
um magnetismo que fortalece a vontade e torna
menos intransponíveis as barreiras que se nos
apresentam. Com o meu companheiro de escalada à frente, Aurélio, sigo conversando alegremente e tentando reter o mais possível na minha
mente esta paisagem tão grandiosa. Aguardamos
a saída da primeira cordada do cume, com a qual
nos cruzamos, encarrapitados na vertente, num
equilíbrio precário. É a nossa vez, seguimos para
o ponto mais alto, cada respiração um esforço, cada passada uma dura empreitada. Alegres
naquele espaço tão reduzido felicitamo-nos, é a
hora dos sorrisos, das fotografias e de absorver
toda a forte energia que nos rodeia.
Cansados mas alegres iniciamos o nosso regresso “a casa”. É à porta da tenda messe que abraço
o Aurélio e o felicito. A subida é muitas vezes longa e penosa, mas a tarefa só está
terminada quando descemos e
nos encontramos em segurança,
só ai relaxamos e damos por terminada a jornada.
O verdadeiro valor do esforço na
montanha, não vem meramente
de atingir o cume; vem mais do
sonho do que é atingir o objetivo.
Por isso, ao seguir pelos belíssimos trilhos na montanha, sentindo a sua quietude, ao sorrir para
as crianças quando se cruzam no
caminho, ao sentir as orações a
voarem desprendendo-se das
suas bandeiras, ao orar na passagem pelos shortens, rapidamente nos tornamos crianças cheias
de admiração pelas coisas simples e belas.
É necessária humildade para
entrar no coração deste lugar,
como um viajante penitente explorando a mensagem da
natureza para além dos altos
cumes. ø
Luísa Tomé
Papa-Léguas
www.papa-leguas.com
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Aventura
 Evento
THE COLOR RUN
Matosinhos, Lisboa, Coimbra e Algarve
estão no caminho dos 5 kms mais felizes do planeta!
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Aventura
The Color Run
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
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Aventura
O que é o The Color Run®?
O The Color Run® é uma grande festa de alegria
e diversão. Os 5 kms, a primeira parte do festival podem ser feitos a correr, a caminhar ou a
rastejar e é uma experiência ímpar que se concentra menos na velocidade e muito mais num
momento colorido de diversão entre amigos e
família. Os participantes são de todas as idades,
formas e feitios, e todos eles são “brindados”
com uma Tatoo logo na saída.
Quer se trate de um participante ocasional ou de
um verdadeiro atleta, estes cinco quilómetros
The Color Run® constituem uma experiencia incomparável, em que não só a cor, mas também
o riso, a alegria e o convívio são comuns a cada
um dos participantes.
Como funciona?
Este evento tem duas regras muito simples: o
uso obrigatório de uma t-shirt branca no início da prova e pintura
O
total no final! Os participantes
partem para os 5 quilómemaior banho
tros como um imaculado
de COR -- o Color
livro branco. No fim, fiBlast -- é reservado para
cam como se tivessem
o final, e logo depois os
caído no caldeirão das
cores do arco-íris! E se
participantes são convidapor acaso não chegados a comparar pinturas e a
rem o suficientemente
permanecer em animado
coloridos, no final terão
uma festa inesquecível de
convívio, com comida,
COR.
muita cor e grande
animação!
O que é a COR?
Cada quilómetro do percurso é
associado a uma cor: amarelo, laranja, cor de rosa e azul. À medida que os participantes completam os sucessivos quilómetros,
entram nas Zonas de Cor -- as Color Zones -onde são pulverizados de cor por voluntários,
patrocinadores e colaboradores do evento. O
maior banho de COR -- o Color Blast -- é reservado para o final, e logo depois os participantes
são convidados a comparar pinturas e a permanecer em animado convívio, com comida, muita
cor e grande animação!
Todos os produtos utilizados ao longo do percurso são 100% naturais e seguros – a tinta em pó
atirada aos participantes é constituída, essencialmente, por amido de milho, não representando qualquer perigo e sendo facilmente lavável após o final.
E o que acontece no final?
Podemos seguramente garantir que o nosso fi-
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Aventura
The Color Run
nal é o melhor pós-5 quilómetros do planeta. No
final da corrida, os participantes são convidados
a ficar na festa e a testarem os limites máximos
da COR nos seus amigos. ø
Datas:
Matosinhos 10/03
Coimbra 04/05
Lisboa, Algarve – Brevemente
Mais informações
Facebook
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
29
Aventura
 Projeto por Silvia Romão
GALIZA...
N
ão sei se é a Galiza que tem algo
de português ou se, ao contrário,
Portugal tem algo de galego. Talvez
qualquer uma das hipóteses seja válida e é isso que me faz surgir este
sentimento de pertença de cada vez que vou à
Galiza. A primeira vez que aqui estive era uma
recém-adolescente e o olhar sobre esta região
ficou-se pela excitação própria das excursões
30
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
do colégio que nos permitiam dormir fora de
casa. Ou melhor, davam a sensação de fazer
algo proibido quando (pensávamos nós) passávamos as noites a enganar os professores, fingindo que dormíamos quando na realidade inventávamos jogos diversos, preferencialmente
de terror, para nos manter despertos. Nessa altura, não dormir uma noite inteira era a maior
aventura que podíamos viver na Galiza.
Volto à Galiza agora, passado quatro anos. Não
pela fé nem pelos seus caminhos mas pela vontade de explorar os pormenores que, em passagens anteriores não tinha tido oportunidade de
ficar, apreciar, tornar-me íntima.
Chego a Mondariz escondida pelo nevoeiro de
inverno. A encosta cobre-se de nuvens baixas
que se confundem com as chaminés fumegantes
que salpicam entre o verde da paisagem. Há frio,
há chuva, há muita água que escorre por onde
há espaço. E onde não há, ela cria-o afastando
pedras, ignorando árvores presunçosamente
e sem pedir licença. Ainda mais em Mondariz,
onde ela é protagonista.
Esta vila, não muito distante da fronteira portuguesa, tem como centro de atenções uma nascente de águas termais que a tornaram famosa
nos finais do século XIX e quase todo o século
XX, até o turismo termal se associar a pessoas
de condição débil e entrar num período menos
glorioso. Hoje, reabilitado, transformou-se num
SPA e centro de bem estar termolúdico que acolhe calorosamente gente de todas as idades à
procura de curas rápidas e eficazes para acabar
com os dias que transbordam cansaço e excesso
de trabalho.
Mas Mondariz é muito mais que águas exclusivamente termais. Existem as águas do rio Tea
presentes em todos os seus recantos. E graças
aos caminhos que elas desbravaram ao longo
dos anos, é agora possível acompanhar o seu
percurso, respeitosamente ao seu lado.
Apesar da ameaça permanente de chuva, avanço pelos trilhos que ladeiam o rio, encorajada
por um grupo de praticantes de canoagem pouco intimidados pela força crescente que o rio
vai exibindo à medida que a floresta se adensa.
Olhando à distância, a sensação que surge é que
neste lugar existe uma constante competição
entre a determinação da água e a teimosia das
árvores e outras vegetações que, ao percebe-
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
31
Aventura
Galiza
Largos anos mais tarde foi o Caminho de Santiago. Muitos trilhos já tinham passado pela sola
dos meus pés mas nenhum me ensinou tanto
como os nove dias que passei a percorrer as estradas antigas dos peregrinos. Aí conheci a Galiza da fé que se mistura com a Galiza natural.
Ambas casam de uma forma tão íntima que se
torna difícil estar numa sem sentir a outra. Mesmo quando o propósito não seja peregrinar. Da
minha experiência de busca de uma fé pessoal,
que surge a partir de um questionar constante
de mim própria e da realidade que me rodeia,
encontrei na Galiza e nos passos do Caminho,
tempo e espaço para reflexões mais íntimas sobre os assuntos do divino, seja ele qual for. Não
encontrei respostas concretas mas cresceu esta
curiosidade pela existência e os seus mistérios.
O que se tornou uma força motora da minha
vontade indomável de conhecer o mundo. De
preferência a pé.
Aventura
Assim
que faço a curva do trilho percebo
quem realmente manda ali. Olho conformada
para a água que transborda, avisando-me que
por ali deixou de haver caminho para
mim.
rem que o rio invade o seu espaço, se
fincam ainda mais na terra. Nesta guerra
nenhum ganha, nenhum perde. As árvores ali
estão determinadas a manterem-se firmes perante a ameaça furiosa da água. De tal forma
que quanto mais o leito sobe, quanto mais ele
se enfurece, mais elas parecem ignorá-lo assumindo até uma postura divertida perante tal
atrevimento hídrico. Por seu lado, a água, forte
quando unida, mostra toda a sua audácia, desafiando a paisagem que invade sem cerimónias.
O caminho segue pela margem e transforma-se num espaço de observação desta disputa de
elementos da natureza. Atrevimento meu pensar
que não me deixo envolver nestas discórdias. Assim que faço a curva do trilho percebo quem realmente manda ali. Olho conformada para a água
que transborda, avisando-me que por ali deixou
de haver caminho para mim. Que a partir dali
é só entre o rio e a floresta. Não há espaço para
mais ninguém.
Ao longo do percurso que é a minha vida tenho
vindo a aprender - por vezes de maneira fácil,
outras de forma mais bruta - que há situações
que não vale a pena contrariar. Se o caminho
que segue em frente se torna uma sucessão de
obstáculos cada vez mais intransponíveis, provavelmente é o destino a mostrar-nos que não é
por ali. Então, sem mágoas nem ressentimentos
mas com a lição aprendida, volto para trás, não
porque desisto mas porque sei que há outros trilhos mais adequados à minha condição. Afinal
32
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
a vida é fácil e não vale a pena contrariá-la demasiado. Ou teimar seguir
direções que não são as nossas.
Chegou pois o momento de voltar para trás.
Interromper o percurso e regressar esperando
que a chuva não se tenha unido ao leito do rio e
tomado para si também o caminho de regresso.
A frustração das coisas inacabadas vai-se diluindo à medida que me aproximo de novo do ponto
de partida. Aqui, em pleno inverno galego, o lugar é da água que, ao contrário do que me pareceu no início, não compete com as árvores. Antes
as abraça, alimenta-as e assegura-lhes que, enquanto conseguir reunir forças estará ali para as
nutrir. De forma mais efusiva no inverno para
que tenham todos os recursos para florir no verão.
Por seu lado, as árvores não resistem teimosamente. Antes se curvam elegantemente numa
vénia discreta, agradecendo o esforço cooperativo da água. E desta simbiose, deste trabalho de
equipa, onde antes vi competição, nasce toda a
paisagem natural única que forma a Galiza.
A natureza e a fé confundem-se mais uma vez.
Nesta fusão mostram-me que há sempre um
lado bom mesmo quando parece o contrário. E
que onde há competição pode antes surgir cooperação, se estivermos mais atentos. Se conseguirmos ver os dois lados. ø
Sílvia Romão
30dp.org
Em família
Entrevista
emanuel pombo,
um prazer sobre rodas
por Bebiana Cruz
fotografias: Luís lopes
34
Julho_Agosto 2011 2013
Janeiro_Fevereiro
OUTDOOR
OUTDOOR
Entrevista
Emanuel Pombo
OUTDOOR Julho_Agosto 2011
35
Entrevista
Emanuel Pombo dispensa apresentações. O
atual campeão nacional de downhill esteve à
conversa com a Outdoor e contou-nos alguns
segredos, histórias e sonhos. Não perca esta
entrevista recheada de vitórias.
Como surgiu a tua paixão pelo BTT?
Surgiu aos meus 12 anos quando recebi a minha
primeira bicicleta por ter tido boas notas na escola.
E o downhill apareceu por acaso ou já
eras fã da modalidade?
Foi um pouco por acaso. Por volta dos 14 anos
recebi um computador com acesso à internet e
descobri, juntamente com meu irmão mais ve36
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
lho o que era o Downhill. Depois decidimos fazer uma pista atrás de casa para andar aos fins
de semana com os amigos e a partir daí nunca
mais quis outro desporto.
A Madeira é uma região propícia à prática deste desporto. O facto de seres
madeirense influenciou-te a praticaresdownhill?
A Madeira é bastante propícia a prática do downhill e sem dúvida que influenciou em todos os
aspetos. Já viajei bastante em competição e devo
dizer que os trilhos madeirenses estão ao nível
dos melhores do mundo, mas aliados a paisagens de cortar a respiração. A Madeira é sem
sombra de dúvida um paraíso para o Downhill.
Entrevista
Emanuel Pombo
Este é um desporto que exige muitas horas de treino. Como te preparas para as
provas?
A preparação exige bastante treino e empenho.
Primeiro, defino os objetivos a cumprir com o
meu treinador Tiago Aragão e depois é elaborado um plano de treinos de forma a estar na
minha melhor forma física nessas alturas. Essa
preparação passa por muitas horas na bicicleta,
seja a pedalar ou descer, no ginásio, na preparação da minha bike e treino psicológico para
quando chegar as provas, nada falhar.
Qual a maior dificuldade numa prova de
Downhill?
A maior dificuldade para mim é concentração
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
37
Em família
Entrevista
que é preciso ter em provas importantes. O
Downhill é uma prova contra o relógio, mas que
ao mesmo tempo, tudo está contra nós. Seja a
degradação do piso com as passagens dos atletas, as condições climatéricas ou simplesmente
a nossa confiança. É aqui que a concentração é
fundamental para não falhar nada no momento
certo!
Descreve-nos a sensação de competir
ao lado dos melhores do mundo.
É um enorme orgulho e um sonho concretiza38
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
do! Sempre admirei muitos destes pilotos e muitos deles são meus ídolos, mas hoje em dia são
meus adversários com que tenho o privilégio de
competir. É uma sensação muito boa.
Quais são os spots que eleges para a
prática desta modalidade em portugal
continental e ilhas?
Em Portugal continental abriu recentemente o
Bikepark de Ponte de Lima que é muito bom,
em relação as ilhas, a Madeira é o melhor spot
nacional.
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
39
Entrevista
Emanuel Pombo
Em 2010 viste o teu sonho ser quanha-me qualificado num bom lugar para a
se destruído em segundos numa
final, mas na última descida de treiqueda perigosa em Itália.
nos antes da grande final, decidi ir
Como aconteceu esse incium pouco mais rápido e acabei
(...)
dente?
por me descontrolar no final
e embati violentaÉ verdade! Naquela altuda primeira secção técnica e
mente com a minha
ra estava na minha melhor
embati violentamente com a
época de sempre. Tinha
minha cabeça numa árvore
cabeça numa árvore que
sido Campeão Nacional e
que provocou uma lesão na
provocou uma lesão na
vencido a Taça de Portuminha coluna que poderia
minha coluna que podegal de Downhill e fui fazer
ter posto um ponto final na
ria ter posto um ponto
a prova da Taça do Mundo
minha carreira! Felizmente
de Val-Di-Sole como prepaisso ainda não estava destinafinal na minha carração para o Campeonato da
do e acabou por não ser esse
reira!
Europa e do Mundo nas semao caminho que teria que seguir.
nas seguintes. Esta Taça do Mundo
em Itália é das pistas mais técnicas e
O que te motivou a regressar?
exigentes, mas estava a sentir-me bem. TiAcho que foi a paixão pelo que faço! Foi um mo-
Entrevista
mento horrível, que até tentei desistir do Downhill, mas não consegui! Foi quando decidi recuperar e mostrar a mim próprio que não era
isto que iria parar-me, mas sim tornar-me mais
forte!
O documentário “The Comeback” documenta o teu regresso. O que significou
para ti este projeto?
Significou muita coisa, mas o mais importante
era mostrar a minha história a outras pessoas e
passar a mensagem que desistir não é opção e
que devemos lutar pelo que nos faz feliz e pelos
nossos sonhos.
Recebi muitas mensagens positivas de pessoas
que tiveram lesões, não só derivado das bicicletas, e que o meu documentário “The Comeback”
foi uma inspiração para não desistir e continuar.
Estas mensagens foram muito importantes para mim. O período
de recuperação foi bastante
duro e de muito trabalho,
mas valeu a pena.
“The
Comeback”
foi uma inspiração
para não desistir e conConsideras que esta é
tinuar. Estas mensagens
uma modalidade valoforam muito importantes
rizada em Portugal?
para mim. O período de
Acho que sim! Houve uma
recuperação foi bastante
evolução bastante grande
na modalidade nos últimos
duro e de muito trabaanos e o trabalho passa por
lho, mas valeu a
dar mais visibilidade e dá a
pena.
conhecer o Downhill ao público em geral e não só a um “nicho”
específico de pessoas. Essa visibilidade
é importante para os atletas conseguirem mais
patrocínios, de forma a poder competir ao mais
alto nível.
Com um percurso já recheado de vitórias, o que ainda pretendes alcançar?
Quero conquistar a minha 10ª camisola de Campeão Nacional e entrar no Top 20 da Taça do
Mundo e Campeonato do Mundo em 2013.
O número de praticantes de BTT está a
aumentar. Quais os conselhos que dás
a quem se está a iniciar?
Os conselhos que dou é que usem sempre proteções, nunca pratiquem Downhill sozinhos e que
se divirtam! Tenho a certeza que quem experimentar, vai querer continuar! ø
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Entrevista
Emanuel Pombo
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Por Terra
ecopista do dão,
uma aventura por descobrir
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Setembro_Outubro2013
Janeiro_Fevereiro
2011 OUTDOOR
OUTDOOR
Por Terra
Ecopista do Dão
OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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Por Terra
44
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Mais tarde, os municípios de Santa Comba Dão,
Tondela e Viseu, a Associação de Municípios
da Região Dão Lafões, e a Refer associaram-se
para a recuperação do antigo ramal ferroviário
do Dão reativando-o em meados de 2011, agora
convertido em Ecopista.
(...) toda a
Ecopista é um festim visual e um oásis
de observação de espécies
florísticas e faunísticas,
afastado das monoculturas intensivas e de concentrados habitacionais.
Fotos: Aventuris
Trata-se da maior do género no país até ao momento, com 49,2 km de extensão. Atravessa 3
concelhos: Santa Comba Dão, Tondela e Viseu.
O troço de Santa Comba Dão inicia-se 200 metros a norte da estação de comboios, à cota de
165 m, contabiliza 10,90 km de comprimento
e a pista apresenta-se de cor azul, de seguida
Tondela, com 19,50 km de extensão e a pista
apresenta-se de cor verde iniciando-se nos 166
m de cota. Finalmente, Viseu com 17,92 km de
extensão, sendo este o troço mais antigo e de
cor vermelha que termina no Parque Urbano da
Aguieira.
Começando em Santa Comba Dão em direção
a Viseu vamos encontrar um leve desnível subindo continuamente, sendo que há um pico
de altura entre Parada de Gonta e Farminhão,
atingindo os 490 m de altitude, o máximo desta
Ecopista.
Pelo caminho vamos encontrar vestígios da antiga via férrea recuperados, de que são exemplo a
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
45
Por Terra
Ecopista do Dão
A
Linha do Dão, que ligava Santa Comba Dão a Viseu, numa extensão de
49,2 km inaugurada a 25 de novembro de 1890, foi a primeira ligação
ferroviária da cidade de Viseu tendo
sido encerrada no dia 25 de setembro de 1988.
Por Terra
ponte de Treixedo, a ponte
de Nagosela, o túnel sob a
ER 230, a ponte de Tinhela e a ponte metálica sobre
o rio Dinha. Em Torredeita um núcleo museológico
onde não falta um comboio
a vapor, em Canas de Santa Maria um templo românico-gótico do século XIV,
em Três-Rios (onde passam
o rio Pavia, Asnes e Sasse) vestígios de um castro,
inscrições romanas, janelas manuelinas, sepulturas
medievais, uma lagareta e
um pelourinho.
A respeito dos elementos
naturais, que precediam o
caminho-de-ferro, para o
bom apreciador, toda a Ecopista é um festim visual e um
oásis de observação de espécies florísticas e faunísticas,
afastado das monoculturas
intensivas e de concentrados
habitacionais.
Relativamente à flora apresentam-se, como exemplos,
entre o número vasto de espécies, manchas de Carvalho
Alvarinho(Quercus
robur),
de Carvalho Negral (Quercus
pyrenaica) e de Medronheiro
(Arbutus unedo).
46
Destacamos o outono para visita da Ecopista, pois é quando se
verifica o desenvolvimento de
grandes núcleos de fungos, desde os cogumelos comestíveis,
como o Tortulho (Macrolepiota
Procera), espécies venenosas
como a Amanita muscaria, até
às mais raras e difíceis de encontrar, como o Clathrus ruber ou o
Phallus impudicus. A existência
destas espécies atesta boas condições do solo proporcionadas
pelo “húmus” produzido pela floresta autóctone. Esta densidade
verifica-se com mais afinco no
troço de Santa Comba Dão/Ton-
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
dela. O abandono a que esteve
votado este local proporcionou
o desenvolvimento das referidas
espécies em toda a sua plenitude
e com grande à vontade, durante
cerca de 20 anos.
Para os frequentadores mais
atentos é também possível encontrar vestígios de animais selvagens: Solo das bermas fuçado
pelo javali (Sus Scrofa), fezes de
raposa (Vulpes vulpes) e de gineta
(Genetta genetta) e nas primeiras chuvas muitos sapos comuns
atravessam a Ecopista. Nos céus
podem observar-se aves como a
É impossível não adjetivar o ambiente que envolve
a Ecopista como deslumbrante, estimulando todos
os nossos sentidos. Começando em Santa Comba
Dão, vai a acompanhar-nos ora do lado esquerdo
ora do direito, o rio Dão (cuja nascente é em Aguiar
da Beira e se junta ao rio Mondego e rio Criz em
Mortágua, formando a Albufeira da Barragem da
Aguieira). De caudal largo e lento vigia-nos até
Tondela, local onde nos começa a acompanhar o
rio Pavia. Já no troço de Viseu, vamos encantar-nos com os grandes penedos abertos há mais de
100 anos para permitir a passagem do comboio.
Atualmente nessas paredes estão fixadas plaquetes
e argolas que permitem a sua utilização para a escalada e rappel.
A Ecopista do Dão oferece múltiplas possibilidades
de utilização, como os treinos de ciclismo e ciclismo recreativo, skate, corrida e pedestrianismo. Em
inúmeros locais ao longo da pista encontramos núcleos de manutenção, com aparelhos para praticar
exercício físico.
É permitida a circulação de veículos a motor apenas a residentes, onde se encontram as faixas de
alcatrão cinzento.
FICHA TÉCNICA:
Desnível: 357m (cota mínima - 133m; cota máxima - 490m)
Início e final do percurso:
Santa Comba Dão e Viseu.
Distância: 49,2 km
Tipologia: Linear
Piso e sinalização: O pavimento é em asfalto
antiderrapante e todo o percurso está pintado de
cores distintas consoante o concelho onde se encontram. Com o tracejado branco no centro, para
dividir a circulação nos dois sentidos, apenas no
concelho de Viseu. Sinalização específica, tanto
horizontal como vertical.
Para além das marcas quilométricas, disponibiliza ainda painéis informativos sobre a Ecopista e
sua envolvência. Sempre que a geografia do terreno obriga, ou a confluência com vias rodoviárias, há balizamento com elementos de madeira.
Um programa: Aventuris
Contactos
E-mail: [email protected]
Telefone: + 231 922 386 | 963 542 439
As várias entradas da Ecopista, onde algumas coincidem com a existência de antigas estações de
comboio, são: Santa Comba Dão, Nagosela, Tonda,
Porto da Lage, Tondela, Naia, Casal do Rei, Sabugosa, Parada de Gonta, Farminhão, Várzea, Torredeita, Mosteirinho, Figueiró, Travasso de Orgens,
Tondelinha, Vildemoinhos e em Viseu.
RECOMENDAÇÕES E CONSELHOS PRÁTICOS
Utilização de roupa e calçado confortável, adequado às condições climatéricas previstas, nomeadamente: roupa leve, térmica e transpirável, um impermeável/corta-vento e sapatilhas confortáveis
adaptadas à atividade, chapéu para o sol ou gorro
e luvas para o frio e calças que permitam a liberdade de movimentos, protetor solar no verão. Levar
recipiente para líquidos de pelo menos um litro de
capacidade, por pessoa. Em caso de passeios com
duração superior a 3 horas é aconselhável levar
ainda um reforço alimentar na mochila. ø
Cláudia Almeida
Aventuris
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
47
Por Terra
Ecopista do Dão
águia de asa redonda (Buteo buteo), milhafre (Milvus migrans), garça real (Ardea cinerea) e uma colónia de patos reais (Anas platyrhynchos). Nos rios,
peixes como carpa (Cyprinus carpio), achigã (Micropterus salmoides), boga (Rutilus lusitanicus),
enguia (Anguilla anguilla) e a lontra (Lutra lutra).
Por Terra
 Evento
Emboscada Diamond Conflict
8º ANIVERSÁRIO PAINTUGAL
48
Janeiro_Feveiro 2013 OUTDOOR
Aventura
8º Aniversário Paintugal
Bastidores
Muito se poderia escrever sobre os 11 meses de
preparação que o Emboscada Diamond Conflict
teve, até ver a luz do dia, os dias 29 e 30 de setembro.
O grupo organizador, composto por 8 associados
Paintugal: André Faria, António Maia, Luis Canto, Alexandre Moniz de Bettencourt, Alexandra
Falcão, Gonçalo Lalanda, Níger Rodrigues e João
Nabo, é sensivelmente o mesmo grupo que nos 8
últimos anos organiza o evento de aniversário da
Associação. A experiência acumulada foi fator chave para o sucesso da última edição.
Com quatro propostas dos Municípios concorrentes na mesa, Proença-a-Nova efetivamente recolhia as melhores condições para a realização de
um evento de dimensão internacional. Todas as
componentes que podem fazer um evento de sucesso estavam garantidas, pelo fantástico apoio logístico e agilidade da Câmara Municipal de Proença-a-Nova.
Atividades
Os mais de 500 participantes do evento puderam
desfrutar de 2 dias completos de muitas atividades!
No primeiro dia puderam participar nas atividades
extras, o jogo Portugal Versus, visitar o espaço comercial, dispor do suporte técnico gratuito, workshop de CQB, participar em alguns torneios como o
Tippmann TPX Tippmann Challenge e Tippmann
Sniper Challenge como a estreia Nacional do 1º
CQB Challenge para equipas! Tudo isto estava incluído no bilhete do evento.
A noite foi animada no centro de Proença-a-Nova,
com uma banda e o DJ convidadoo.
No segundo dia do evento tudo estava focado no
jogo principal de 4 horas. A atmosfera festiva das
equipas e jogadores de várias partes do país e do
estrangeiro, o sorteio de prémios no valor total de
3.000 euros e menções honrosas aos participantes,
como generais, melhor equipa, prémio de fairplay,
etc.
Portugal Versus…
O tema deste jogo baseou-se nas invasões francesas e a luta da população de Proença-a-Nova,
e respetiva soberania Portuguesa sobre o seu território, em 1807. Os exércitos de Napoleão foram
comandados pelo General “Bolazos” de Espanha,
e de Portugal pelo General “Alex”.
De um lado tínhamos bastantes jogadores estrangeiros e do outro jogadores Portugueses que durante uma hora batalharam num jogo que foi um
aquecimento para o dia seguinte!
Com uma esmagadora pressão por parte dos estrangeiros e o número inferior de jogadores da
equipa Portuguesa, a tarefa desta foi comprometida ao passar dos primeiros minutos, e da posse de
terreno por parte dos exércitos de napoleão!
Foi um ótimo jogo para conhecer o campo, testar
material e por em prática algumas táticas preparadas para o jogo de domingo.
Diamond Conflict
Os jogadores vindos de norte a sul de Portugal, de
Espanha, Inglaterra, Escócia, Holanda, Polónia e
Finlândia, totalizando 56 equipas, foram transportados para um cenário de guerra civil e tráfico de
diamantes na Serra Leoa.
Em campo, foram construídas aldeias e um campo
de refugiados cheio de tendas, pelos Escuteiros do
Agrupamento 157 do CNE. Este campo de refugiados estava repleto de personagens de civis e médicos sem fronteiras, representados pelos jovens
atores e atrizes da Companhia de Teatro Montes
OUTDOOR Janeiro_Feveiro 2013
49
Por Terra
da Senhora.
Após 4 horas de combates, tornou-se claro o domínio do E.S.L, com controlo de pontos chaves
do campo durante o jogo. Mesmo com a troca de
entrada das equipas a meio do jogo, este domínio
não foi afetado. A F.R.U. para além de conseguir
completar a missão da destruição da Antena com
a colocação da bomba relógio, somou pontos com
a venda de diamantes nas aldeias que possuía durante o jogo.
Mas o E.S.L. quebrou a pequena diferença pontual
com a venda de 6 diamantes ao contrabandista!
No final, a vitória sorriu a todos neste evento épico,
mas em termos de pontuações: E.S.L.: 6579 pontos
e F.R.U.: pontos de 1981
Como é apanágio da Paintugal, a segurança foi um
dos elementos chave, com centenas de controles
de radar feitos a todos os jogadores que entravam
em campo e aleatoriamente dentro do mesmo.
Para além deste trabalho, os 27 árbitros em campo
bateram o record de qualquer evento, proporcionando ao jogador uma experiência única e mais
justa, um dos claros objetivos da Organização deste evento.
Conclusão
O evento que celebrou 8 anos da Associação Paintugal foi um sucesso incomparável, a julgar pelas
reações de todos os presentes e respetivos feedbacks após o evento, segundo a Paintugal.
Para além de se utilizarem as valências de vários
parceiros do município onde se realizou o evento,
pudemos contar com o apoio de associações nacionais do desporto, com uma representação do
melhor que se faz em Portugal, e ainda a parceria
com o Airsoft a dar um brilho extra, pela maior associação Nacional.
A presença da massa de jogadores nacionais e
estrangeiros, expositores, visitantes e media em
geral, colocou na história desta associação e do
desporto, dois dias alucinantes, fruto do trabalho
pelo amor ao desporto de Paintball, que tutela esta
Associação desde a sua nascença!
entidades
Este evento contou com o apoio e participação de
35 entidades, desde parceiros a media partners, de
patrocinadores a expositores e lojas.
Os patrocinadores ofereceram mais de 3000€ de
prémios para sortear pelos jogadores, sendo eles:
Emboscada, Tippmann, Planet Eclipse, NXE, Wonderfun, Dye, Proto, Totem Air e Reball.
Um espaço de lojas e expositores que recebeu largos elogios, foi composto por JCT, Emboscada, O
Caleiro, Dye, Wonderfun/Swell, Estratego, Gopro,
Adrenalicia, Câmara Municipal de Proença-a-Nova, Eventur, Escuteiros Agrupamento 157 CNE, As50
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
sociação Lusitana de Airsoft, APD, Photopaintball,
Skyfuncenter, Associação Clube Raia Aventura e
Associação de Jogos do Norte.
Obteve-se parcerias de media com o Portal Aventuras, Revista Jogada do Mês, Revista Outdoor,
Revista O Praticante, X3 Magazine, Gazeta do Interior, Revista GRIP e a Castelo Branco TV e LocalVisão com reportagem no local. ø
Associação Paintugal
EXPERIÊNCIA:
General E.S.L. – José Martins “Zéf”
A estratégia começou a ser delineada cerca de 3
semanas antes do evento entre mim e o meu Coronel Pataias do Bando de Irmãos.
Depois de analisado o mapa e os objetivos chegamos à conclusão que o ponto fundamental seria a
Mina devido à sua centralidade e à pontuação dos
Diamantes disponibilizados nesse local. Adicionalmente, identificámos a zona de maior conflito, o
corredor entre o Aeródromo e a Mina, devido à sua
proximidade das entradas.
Decidimos que iriamos dividir a Fação em três Esquadrões, um que ficaria encarregue da zona entre o Aeródromo e a Mina (Esquadrão Sumana),
outro para a zona da Antena e Kailahun (Esquadrão Stronge) e o terceiro ficaria na zona da Mina
(Esquadrão Koroma).
Assim que tivemos acesso à lista de jogadores procedemos à divisão das equipas e nomeação de líderes para os esquadrões que ficaram com +/-55
jogadores cada.
Depois de contactados e de aceitaram o cargo, ficaram a liderar Sumana o Nimrod do Bando de
Irmãos; Stronge o Alferes da Spetsnaz e o Jimmy
do NPL ficou encarregue de Koroma. Foi-lhes enviada a nossa estratégia e as equipas que estariam
a liderar para estudarem. Este pormenor é muito
importante pois desta forma foram para o evento a
saber o que teriam de fazer e não foram apanhados
desprevenidos.
Ainda antes do evento, passei a Sexta-feira a contactar todos os responsáveis das equipas que faziam parte da fação para saberem em que Esquadrão estavam e a quem se deveriam dirigir para
receber instruções. Mais um pormenor muito importante, como se verá mais à frente.
Infelizmente no Sábado só chegaria ao fim da tarde
e por isso encarreguei o Pataias de contactar com
os Comandantes de Esquadrão de forma a fazerem
um reconhecimento do terreno e assim fazerem
uma afinação à estratégia.
Depois de perder o duelo TPX com o PRocha e
decididas as entradas (até ficamos com a entrada
que queríamos), eu o Pataias e os Comandantes de
Esquadrão delineamos a seguinte estratégia final:
Com a entrada a Oeste iriamos o mais rápido possível formar uma linha desde o Aeródromo até
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
51
Aventura
8º Aniversário Paintugal
à outra extremidade do campo em Kailahun de Foi um jogo duro mas com a ajuda do meu Coroforma a impedir a passagem da FRU para a zona nel e Comandantes no cumprimento da estratégia
Sul do terreno e assim controlarmos o Campo de e no esforço e disponibilidade de todos os jogadoRefugiados e Freetown, bem como a Mina. O con- res para esse mesmo cumprimento conseguimos
trolo do Aeródromo, Paiol, Antena e Kailahun era ganhar.
secundário. O importante era ter a linha.
Toda a estratégia foi montada com cuidado e com
O hospital móvel seria colocado junto da Mina e o objetivo de dominar o campo e o jogo mas sem
o contingente inglês na nossa equipa (BEF) esta- o empenho dos jogadores a estratégia não interesva encarregue do transporte de Diamantes e dos sava para nada. Por isso o meu obrigado a todos os
Médicos.
jogadores do ESL.
A partir da 2ª hora do jogo como passávamos a Agradecimentos à Paintugal pelo fantástico evenentrar a Norte a estratégia passava por recuar a tos e por todo o trabalho ao longo destes oito anos.
linha de Sumana para servir de tampão junto à Agradecimentos ao meu Coronel, Comandantes
entrada da FRU, Koroma faria uma linha junde Esquadrão e todos os jogadores da fação
to do Campo de Refugiados de forma a
ESL pelo esforço e empenho.
não permitir que a FRU passase pela
Obrigado também ao General PRozona Sudoeste do terreno e Stroncha e todos os jogadores da FRU.
“Toda a estratége conquistaria a Antena e Kaigia foi montada com
lahun para impedir que a FRU
Nota Paintugal: O nosso querido
tivesse reentradas no hospital
José Martins “Zéf” deixou-nos
cuidado e com o objetivo
de Kailahun.
de um modo terrível e chocande dominar o campo e o
De notar que os meus conte, com os seus jovens 27 anos
jogo mas sem o empenho
tactos feitos na sexta surtiram
de idade, no passado dia 25 de
efeito pois tanto no sábado
outubro.
dos jogadores a estratécomo no domingo eu, o Pataias
Quem teve a sorte de cruzar cagia não interessava
e os Comandantes de Esquadrão
minhos com Zef, foi presenteads
para nada (...)”
fomos abordados pelos responsácom sua generosidade e humildaveis das várias equipas.
de, acompanhado por uma alegria e
No domingo depois de umas últimas
energia contagiante.
afinações lá estávamos prontos para comeA associação Paintugal apresenta as condoçar a guerra.
lências à sua família e amigo
Posso dizer que se não estavam todos os nossos
jogadores no arranque de jogo poucos faltavam. Nota Paintugal: O nosso querido José Martins “Zéf”
Muito do nosso sucesso no jogo se deveu ao início deixou-nos de um modo terrível e chocante, com os
de jogo em força, como já disse, estávamos todos seus jovens 27 anos de idade, no passado dia 25 de
prontos para entrar e todos sabiam para onde ir e outubro.
com quem ir e foi aqui que se notou o pequeno Quem teve a sorte de cruzar caminhos com Zef, foi
pormenor dos meus contactos feitos na sexta.
presenteada com sua generosidade e humildade,
E resultou em pleno a estratégia:
acompanhado por uma alegria e energia contaSumana rapidamente formou a sua linha e con- giante.
quistou Aeródromo e Paiol.
Koroma conquistou a Mina e formou a linha
A associação Paintugal apresenta as condolências à
Stronge formou a linha de contenção
sua família e amigos.
Durante as 2 primeiras horas de jogo a nossa linha
resistiu e nunca a FRU passou para a zona Sul do
campo. Apenas perdemos a Mina durante algum
tempo por inépcia minha pois esqueci-me de enviar o hospital móvel para essa zona.
A partir da segunda hora de jogo não conseguimos
segurar a zona de Freetown e do Campo de Refugiados e por pouco não perdemos a Mina mas
com o esforço dos nossos jogadores conseguimos
conter a FRU na zona de Freetown e Campo de Refugiados.
Durante todo o jogo o BEF conseguiu apanhar vários Diamantes, negociar com o Contrabandista e
entregar os Médicos no Aeródromo na primeira
parte do jogo.
Neve
Fotos: FDI
 Atividade
Neve
Snowboard
o snowboard,
em 10 questões
Neve
O snowboard é um dos desportos preferidos dos
amantes de férias na neve.
A Outdoor esteve à conversa com Sergio Figueiredo da Federação Portuguesa de Desporto
de inverno e em apenas 10 questões ficámos a
saber em que consiste a atividade, qual o equipamento ideal, recomendações para quem se quer
iniciar na modalidade, e muito mais!
Entre nesta aventura…
outdoor: Em que consiste o Snowboard?
sérgio figueiredo: O Snowboard é uma modalidade desportiva no âmbito dos desportos de inverno, praticada na neve, na qual se utiliza uma
prancha fixa aos pés para deslizar em pendentes de montanhas.
É uma modalidade acessível a todos?
Sim, é uma modalidade acessível a todos, apenas têm que adquirir ou alugar o material necessário para a prática e aprender os passos
iniciais da modalidade com técnicos desportivos
especializados no snowboard.
Qual o equipamento essencial para a prática da modalidade?
Na escolha de uma prancha, quais os elementos que se deve ter em atenção?
Para um praticante iniciado é importante ter em
consideração a altura e peso da praticante. Uma
prancha com a flexibilidade e tamanho adequado facilita em boa medida a aprendizagem da
técnica de base.
Quais os principais estilos no snowboard?
A nível geral podemos considerar três estilos
distintos na modalidade:
a) O estilo Alpino, mais utilizado no deslize em
pistas de esqui.
b) O estilo Freestyle, normalmente aplicado em
“snowparks”.
c) O estilo Freeride, mais utilizado em situações
de fora de pista.
Quais as manobras mais comuns na modalidade?
As manobras utilizadas com maior frequência
são: 180º / 360º / Indy Grab / Tail Grab / Fifty-fifty / Board slide / Rodeo
As pistas de snowboard apresentam cores diferentes. O que representam as cores e qual o significado de cada uma?
As pistas são caracterizadas por cor, estando balizadas e sinalizadas de acordo com o seu grau
Foto: Pocean Surf Academy
Vestuário Técnico: Calças e blusão impermeável, luvas, gorro e googles, calções de proteção.
Material Técnico: Prancha e Botas de
Snowboard.
54
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Fácil: Verde
Intermédia: Azul
Difícil: Vermelha
Muito difícil: Negra
Nas estâncias de esqui estão sempre disponíveis mapas de pistas
com informações importantes
que ajudam na seleção, orientação e planeamento das pistas a
utilizar para a prática do esqui. A
utilização de zonas fora de pista é
da exclusiva responsabilidade dos
esquiadores que aí praticam a sua
atividade.
Como está a evolução da modalidade em
Portugal?
O Snowboard tem evoluindo bastante
nos últimos anos, tanto ao nível do
lazer como a nível competitivo. É
Em Portugal
uma modalidade com um paso principal local
sado não muito longínquo, mas
para a prática é a
caracterizado por um grande desenvolvimento técnico associado
Estância de Esqui
ao
próprio desenvolvimento tecda Serra da Esnológico do material.
trela.
Quais os principais locais para a prática
da modalidade?
Em Portugal o principal local para a prática é a
Estância de Esqui da Serra da Estrela. Em Espanha temos algumas estâncias de referência
como Sierra Nevada, Formigal e Baqueira-Beret.
Na zona dos Pirinéus temos ainda Andorra, que
possui uma grande oferta em termos de condições de neve e pistas.
Na Europa temos também toda a zona dos Alpes, distribuídas por diferentes países (França,
Suíça, Itália, Áustria e Alemanha) onde se enquadram diferentes estâncias de esqui, nomeadamente: Tignes, Val d’Isére, Megéve, St. Moritz,
Zermatt, Wengen, Gstaad, Cortina d’Ampezzo,
Lech, St. Anton, Schladming e Garmisch-Partenkirchen, entre outras bastante conhecidas, onde
se pode praticar esta modalidade durante quase
todo o ano.
No quadro competitivo tem aumentado substancialmente o número de
competições da modalidade o que naturalmente proporcionou um significativo aumento
do número de snowboarder inscritos na Federação de Desportos de Inverno de Portugal.
No ano passado realizou-se em Portugal a primeira prova internacional de Snowboard, na
Covilhã. Este ano a FDI-Portugal aumentou a
fasquia e vai realizar durante o mês de janeiro
mais uma prova internacional, desta vez pontuável para a Europa Cup da Federação Internacional de Esqui. ø
Quais são as recomendações para quem
pretende iniciar-se no snowboard?
A recomendação principal é que todos os interessados em iniciar-se na modalidade façam a
sua introdução à prática junto de técnicos desportivos especializados no ensino do snowboard.
Em qualquer estância de esqui existem escolas
com profissionais preparados para o ensino da
modalidade que vos podem acompanhar com as
progressões mais adequadas às vossas necessidades e fazer evoluir tecnicamente nas melhores condições de segurança em pista.
É também bastante importante que todos estes
praticantes adquiram o seu material em superfícies comerciais com técnicos especializados,
que saibam dar as recomendações de compra
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
55
Neve
Snowboard
ou aluguer mais adequadas às suas necessidades.
de dificuldade, segundo o seguinte modelo:
Neve
1
É aconselhável iniciar o treino com um aquecimento no Jacob’s Ladder durante 2 minutos
O
Agradecimento: Club Manager Amâncio Santos e Owner Nick Coutts
Preparação INDOOR
para snowboard
Snowboard é o desporto mais radical e difícil para se praticar na
neve! Uma das formas de se divertir no inverno.
O snowboard é uma modalidade que consiste
em deslocar-se sobre uma prancha descendo
as encostas nevadas das montanhas, à semelhança do que acontece no esqui! Desta forma,
é necessário uma preparação antes de iniciar a
aprendizagem ou até mesmo a sua prática regular.
Neste artigo são aconselhados alguns exercícios possíveis de realizar num espaço indoor
(ginásio). Estas sugestões serão mais eficazes
se possível com o supervisionamento de um
instrutor especializado.
A todos desejamos boas aventuras pelo mundo
do snowboard! ø
Club Manager Amâncio Santos
Fitness Hut Amoreiras
56
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
10
8 minutos de spinning bike de forma intervalada: 30 segundos
sentado seguido de 30 segundos em pé
Neve
Treino Indoor
2
Saltos a pés juntos partindo da posição de squat durante 15 metros
3
Squat isométrico contra a parede durante 1 minuto
4
12 repetições de power lunge com
bola medicinal 4 ou 6 kg e rotação do
tronco
5
12 repetições de leg curl deitado com os pés numa fit ball
7
12 saltos laterais de uma perna para outra
por cima de um step
6
6 repetições de prancha lateral com rotação do tronco para
cada lado
8
12 repetições de leg extension, com
paragem 3 segundos em cim
9
12 repetições de squat com salto
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
57
Neve
 Entrevista
Entrevista a … Nick Coutts
Nick Coutts é fundador da cadeia de ginásios Fitness Hut e esconde uma paixão pelo snowboard.
Não podes deixar de ler esta entrevista fantástica.
Qual a estratégia da cadeia low cost
Fitness Hut?
Oferecer uma experiência de fitness “world-class” a um preço muito acessível. Desenhámos
e construímos espaços de qualidade, “cool”, impulsados por uma tecnologia e repletos de equipamentos topo de gama. Conseguimos atrair
profissionais de fitness com experiência e que
são muito motivados. Focámo-nos na criação de
um ambiente profissional, cheio de energia e dinamismo. Assim, conseguimos ajudar os nossos
sócios a atingir os seus resultados!
Onde se podem encontrar os Ginásios
Premium Lowcost Fitness Hut? Está prevista a expansão para mais locais?
Neste momento temos 4 clubes abertos,. Um no
Porto (C. Comercial Trindade), em Cascais, nas
Amoreiras e no Arco do Cego. Estamos na fase
de “Pré-inauguração” do nosso 5º clube em Odivelas (C.Comercial Strada Outlet, antigo Odivelas Parque) que vai abrir em março de 2013. O
nosso objetivo para 2013 é abrir mais 6 a 8 clubes até dezembro. Desta forma, estamos agora
na fase de formalização de contratos de outros
locais (quase todos na área da Grande Lisboa).
58
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Numa fase dominada pela crise económica, qual a vossa estratégia para o sucesso?
Oferecer um produto de alta qualidade a um
preço acessível e sermos 100% transparentes.
Na primeira estratégia, saliento que os consumidores procuram qualidade nos serviços e querem fazer compras prudentes e racionais.
Na segunda estratégia, esta sempre foi a nossa
postura, mas particularmente nesta fase, para
ter successo é fundamental sermos claros e honestos com o público em geral e para com os
nossos sócios.
Com um percurso recheado de sucessos
o que te falta alcançar?
O Fitness Hut é ainda uma marca muito recente.
Como fundador deste projeto, ainda não assumimos o sucesso. Sabemos que estamos no bom
caminho, mas em última análise só podemos
medir o nosso sucesso por meio de dois factores
importantíssimos: através do comportamento
dos nossos sócios e do crescimento da cadeia,
porque só podemos continuar a abrir clubes se
conseguirmos entregar aos nossos sócios, consistentemente, uma boa experiência de fitness
aquando estão a treinar nos “HUT’s”!
Sabemos que és fã de snowboard e praticante da modalidade. Como surgiu esta
paixão?
O snowboard funciona como um escape
a uma vida profissional intensa?
Sim. Desde o 1ª chairlift, no primeiro dia de férias, estás num “outro mundo”. A sensação é
incomparável. Acabo cada dia completamente
cansado e durmo sempre muito bem, acordando no dia a seguir pronto para mais um dia na
montanha!
O que te atrai na modalidade?
A sensação de “100% freedom” é o que mais
gosto. Desafiar-me, enfrentar e ultrapassar o
“medo”....
Como é a tua rotina diária? Pratica este
desporto com frequência?
Começo os dias com o meu treino no ginásio às
07:00. Treino JJB (Jiu Jitsu Brasileiro) 2 a 3 vezes
por semana à noite e gosto de competir lutando
nos torneios de JJB. Às vezes jogo Rugby, mas
agora sou muito lentooooo.... No verão gosto de
jogar ténis e no inverno, se conseguir, vou então 1 ou 2 semanas praticar snowboard. É muito
importante para mim fazer alguma “coisa” física
todos os dias... sou completamente viciado...
Quando vais para a neve, como te preparas?
Faço mais treinos de pernas (agachamentos) e
mais “core” no ginásio.
Quais são os teus locais de eleição para
a prática de snowboard?
Normalmente vou com a minha família, com as
3 crianças e a minha mulher, e gostamos de ir
até Morzine em França. A escolha deste local
deve-se também ao facto de termos lá uns amigos com um chalet, a mais ou menos uma hora
de caminho do aeroporto de Geneva e claro
porque Morzine tem muitas pistas e um “snow-park” com saltos, half-pipes, etc.
Que conselho pretendes deixar à população que está a ficar cada vez mais sedentária?
Basta dedicarem 30 a 40 minutos de exercício
diariamente. Desta forma vão aumentar os níveis de energia e sensação de bem-estar e vão
melhorar a sua qualidade de vida.
Sedentarismo é a causa nº 1 de doenças que
resultam em morte. Normalmente o comportamento sedentário é um hábito... e para mudar
esse registo é importante comprometer-se consigo mesmo 100%. Sem este compromisso o seu
sucesso vai ser improvável. Então, eu aconselho
que façam esta mudança com um amigo que tenha o mesmo objetivo. ø
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
59
Neve
Nick Cotts
Fui de férias para a neve, pela primeira vez,
quando tinha 28 anos porque a minha namorada
(atualmente minha mulher) esquiava.
Acabei por ganhar o “bichinho” do snowboard
porque, fiquei fascinado com as imagens dos
snowboarders ao fazerem o “slalom” e o “off piste” ao descerem grandes montanhas. Durante os
últimos 15 anos vou de férias para estâncias de
neve, de snowboard 1, 2 ou até 3 vezes por ano.
Fotografia
 Portfólio do mês — Luís Lopes
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Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011
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Fotografia
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Novembro_Dezembro 2012 OUTDOOR
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Portfólio
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Fotografia
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
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Portfólio
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Fotografia
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Fotografia
Portfólio
Biografia:
O meu nome é Luís Lopes e sou um
fotografo-freelancer profissional de
desportos aventura e outdoor. Sou um
apaixonado pela captura da essência de
cada desporto e isso faz-me procurar,
infinitamente a luz perfeita numa paisagem natural. Esta é a minha verdadeira
paixão.
A minha carreira de fotógrafo aprofundou-se no mundo de Mountain-bike, assim como outros desportos ao ar livre.
Como tal, sinto-me honrado e orgulhoso por fotografar aquilo que gosto mais.
Nos últimos anos fui fotógrafo e editor
da revista portuguesa ONBIKE e graças
a essa experiência, fui levado para um
nível superior que qualquer fotógrafo
deseja atingir.
Tendo sido escolhido para juiz do melhor concursos de fotografia de aventura e outdoor, o Red Bull Illume 2010.
Nesse momento senti que todo o meu
percurso me tinha dado mais experiência e humildade.
Atualmente dedico-me ao aperfeiçoamento da reputação que ganhei e pela
procura de perspetivas únicas e originais adelgaçadas à melhor qualidade de
luz. ø
Por favor, sinta-se livre e à vontade para
explorar o meu portfolio online e seguir
a minha jornada em...
Site: www.luislopesphoto.com
Facebook
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Fotografia do mês
Fotografia
Foto do Mês
A imagem ilustra uma atividade de rafting em que o caudal estava com
alguns rápidos e onde o entusiasmo e a diversão do grupo são notórios.
A Atividade realizou-se no Rio Paiva, no Norte de Portugal onde se encontra o rio com melhores características para a prática desta modalidade. ø
Cláudia Caetano
www.equinocio.com
Facebook
Foto: Humberto Almendra
rafting no rio paiva
Fotografia
 Foto-Reportagem por Teresa Conceição
A Serra e a Estrela
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Novembro_Dezembro 2012 OUTDOOR
Fotografia
A Serra e a Estrela
OUTDOOR Novembro_Dezembro 2012
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Fotografia
O que a neve dá
Quem vem do Sul para ver neve, sente a recompensa à chegada: “A estrelinha está connosco,
fomos abençoados”, diz quem salta da viatura
mesmo antes de começar a experimentar o gelo
nas mãos e no rosto de acompanhantes distraídos.
O que a neve esconde
Quem vê a Estrela uma vez por ano, na época
branca, não pode imaginar tudo o que a neve
tapa. Não me refiro apenas a locais de maior interesse geológico, nem à paisagem de estranhas
formações rochosas que fica camuflada com a
neve. Não. É das surpresas aquáticas que quero
falar. Apesar de a neve cobrir apenas uma pequena parte da Serra, é uma das zonas mais interessantes que fica secreta: os lagos no Planalto
Superior.
Quando a Serra enverga altiva a coleção de inverno, a paisagem gelada e transformada é a
única que os visitantes distantes vão levar de
recordação… no corpo e nas fotografias. A montanha mais alta do conEstas zonas húmidas são muitas
tinente, quando nevada, cria a
e de tamanho variado. E é um
Quando a Serilusão de lugar ainda mais disprazer fazer caminhadas para
ra enverga altiva
tante. Lugar quase estrangeias descobrir, por rochas e caa coleção de inverno, a
ro, da estranheza de ter num
minhos estreitos. Há lagoas,
país temperado prendas sefontes, charcos. E bichinhos
paisagem gelada e transmelhantes às que só a Euroem abundância, tanto dentro
formada é a única que os
pa mais alta pode oferecer.
de água como a sobrevoá-la.
visitantes distantes vão
Há algumas espécies únicas
De grande altitude não se
que só podem ser observadas
levar de recordação…
pode gabar a Estrela: para
aqui,
a nível nacional.
no corpo e nas fototer 2 mil metros foi preciso
grafias.
acrescentar-lhe uma torre huO Irão na Serra
mana no ponto mais alto. Mas exiA raridade desta zona conferiu-lhe
be um trunfo invulgar: pode chegar-se
outra distinção: as lagoas da Estrela
ao cimo por estrada alcatroada – boas notícias
estão protegidas pela Convenção de Ramsar. É
para quem gosta de deslocar-se sentado.
um tratado entre países de todo o mundo, iniciaE quem quer experimentar a neve bem de perto do em 1971 na cidade iraniana de Ramsar, para
e com alguma velocidade, pode aventurar-se na proteger as zonas húmidas ameaçadas por atituestância de esqui no topo. Para os que não es- des pouco ecológicas.
quecem no farnel o queijo da Serra, a vista pode
ainda tornar-se mais saborosa.
Ainda que pouco divulgada, a distinção é mais
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Novembro_Dezembro 2012 OUTDOOR
Fotografia
A Serra e a Estrela
uma boa estrela para a Serra. Pode ter um efeito
cómico dizer que se esteve a passear num Sítio
Ramsar, mas seja qual for o nome que se lhe dê,
o que interessa é manter a vontade de deixar os
locais sem mácula. A velha máxima: não deixar
nada a não ser saudades, não tirar nada a não
ser fotografias.
Os baptismos das rochas
É mais outro segredo da Serra: a bizarria das
formações rochosas ao longo da cadeia montanhosa gerou batismos que só os habitantes conhecem. Podemos passar por elas sem dar por
nada ou notar-lhes as semelhanças com o nome
que carregam: a rocha do Cabeço do Homem,
o Chimpanzé, o Orelhudo, o Coelho, os Namorados.
Podemos aceitar esses ou inventar outros. Pode
ser mais um exercício a acrescentar à caminhada, e este pelo menos não faz doer músculo
nenhum. Dar um nome acrescenta valor, e não
sobrecarrega de adjetivos um lugar que não necessita deles.
O certo é que sabe bem chegar ao final do dia
para poder descansar e gozar o poente, em contraluz indiscreto sobre o casal narigudo que
murmura segredos de pedra para toda a eternidade. ø
Teresa Conceição
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Fotografia
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Novembro_Dezembro 2012 OUTDOOR
Fotografia
A Serra e a Estrela
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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S.O.S.
...
Código de Segurança
Outdoor
D
iz-se nas artes marciais que a melhor maneira de evitar um golpe é
não estar lá.
O mesmo princípio se aplica quando vamos fazer qualquer atividade
de outdoor e queremos evitar uma situação desagradável, o ideal é não nos pormos a jeito para
que a lei de murphy entre em ação cumprindo
umas básicas regras de segurança.
Planear a viagem
Parece óbvio, mas o facto é que frequentemente
descuramos este aspecto, que é dos mais importantes. É tão simples como olhar para um mapa
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
e fazer uma estimativa do percurso, antecipar os
locais onde potenciais problemas podem acontecer e prepararmo-nos para eles, seja procurando rotas alternativas seja adestrando o equipamento para sermos capazes de os superar.
O plano de viagem, além dos obstáculos pelo caminho contempla ainda os próximos pontos do
código de segurança de outdoor:
Avisar alguém
Por onde vamos, quanto tempo presumimos demorar e quando estaremos de volta. Idealmente deixamos o nosso plano de viagem com duas
pessoas, para que em caso de algo de inespera-
S.O.S.
Código Segurança Outdoor
Fotos: Ricardo Perna
do acontecer haja quem possa alertar as equipas
de socorro no pior dos casos, ou de nos ir buscar
caso seja preciso. O facto de se deixar o plano
com duas pessoas permite uma redundância
que garante que haverá mesmo alguém a contar
com o nosso regresso. Só não se esqueçam de
avisar quando voltarem.
Ter consciência do tempo
Não apenas do clima, obviamente que é importante saber de antemão com o que vamos contar a nível climatérico para que nos possamos
equipar adequadamente, mas com o tempo que
vamos demorar. Por hábito estimamos por baixo
o tempo que demoramos a fazer percursos na
natureza porque não contamos com o cansaço
acumulado, a dificuldade de progressão pela irregularidade do terreno, ou apenas com o que
perdemos maravilhados com aquela paisagem
única.
É assim importante que estejamos conscientes
do nosso ritmo de progressão no tipo de ambientes em que nos deslocamos, e dar tempo para
apreciar a viagem, e se não temos essa experiência, mais vale estimar por cima, dando uma
boa folga, para não sermos surpreendidos pelo
cair da noite antes do final do nosso percurso.
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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S.O.S.
Conhecer os seus limites
Termos uma boa noção do que somos ou não
capazes de fazer, não tanto para que possamos
explorar esses limites mas para que possamos
manter um ritmo confortável, para podermos
apreciar a atividade em si.
Compreendermos também o grau de dificuldade da atividade a que nos propomos, assim
como os sinais que antecipam algum problema
mais sério, como a desidratação, a exaustão ou
a hipotermia.
Levar mantimentos suficientes
Garantir que além dos alimentos planeados para
a viagem levamos algo extra para alguma eventualidade inesperada pode fazer a diferença entre esperar por socorro com algum conforto ou
em agonia. A água é da maior importância de
levar em quantidade suficiente, pois a sua falta irá condicionar rapidamente muitos factores
fisiológicos, como a nossa capacidade de tomar
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
decisões acertadas.
Levar um kit de sobrevivência
Compreendendo o que é uma situação de sobrevivência e como reagir perante uma, adestramos o nosso kit às necessidades específicas do
local, do tempo que vamos demorar e do tempo
que demora a sermos socorridos em caso de acidente.
Um kit de sobrevivência não precisa de ser a
versão romântica à venda nas lojas mas algo tão
simples como um apito e uma bateria extra para
o telemóvel, porque a segunda regra da sobrevivência é dar a conhecer a quem nos procura
onde estamos (a primeira é seguir este código).
Afinal somos os primeiros responsáveis pela
nossa própria segurança.
Bons passeios e encontramo-nos no mato. ø
Pedro Alves
Instrutor de Bushcraft e técnicas de sobrevivência
www.escoladomato.com
Descobrir
na rota das
aldeias históricas
da serra da estrela
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Descobrir
Na Rota das Aldeias Históricas
Descobrir
Sortelha
Castelo Rodrigo
Uma aldeia do Concelho do
Fundão, encaixada a meia
encosta nascente, na Serra
da Gardunha, entre os 600
e 635 m de altitude e as ribeiras de Gualdim e de Alpreada.
Toda ela se desenvolve de
uma forma concêntrica, em
torno de um elemento de
referência, o Castelo, nomeadamente a torre de Menagem. Por trás dos Paços
do Concelho, no ponto mais
alto e central da aldeia,
impõe-se o Castelo, representando a arquitectura
militar gótica e manuelina,
com a sua torre sineira e de
menagem.
Sortelha localiza-se na Beira
Alta, na zona raiana, e pertence ao concelho do Sabugal.
Situa-se sobre uma alta e isolada colina, na cota 770m a
820m.
Localiza-se nos vastos territórios de Riba Côa, a 10 Km
da margem direita do rio
Côa, próximo da Ribeira de
Aguiar, 3 Km a sul de Figueira de Castelo Rodrigo e a 12,5
Km da raia espanhola.
Linhares localiza-se a cerca de 810 metros de altitude,
numa das faldas da Serra da
Estrela, no concelho de Celorico da Beira, acerca de 4 Km
da Estrada Nacional 17 que
liga Coimbra à Guarda.
Situada a 773 metros de altitude, a sudoeste da Serra de
S. Cornélio, assenta sobre terrenos graníticos e integra-se
na zona do concelho onde se
verificam simultaneamente
as altitudes mais baixas (400
a 800 metros) e as encostas
mais declivosas.
Com um passado rico bem
guardado até aos nossos
dias, cada uma das pedras
das magníficas ruas que aqui
existem, contam histórias
fantásticas que revelam a importância desta aldeia.
Belmonte
Vila tão antiga como Portugal.
Desde 1500 e tão famosa no Brasil
como em Portugal.
A vila de Belmonte teve foral em
1199 e está situada no panorâmico Monte da Esperança (antigos Montes Crestados), em cujo
morro mais rochoso foi construído
nos finais do séc. XII o seu castelo
que juntamente com os castelos de
Sortelha e Vila de Touro, formaram
até à assinatura do Tratado de Alcanices (1297), a linha defensiva
do Alto Côa, apoiada na retaguarda
pela muralha natural da Serra da
Estrela e pelo Vale do Zêzere.
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Fotos: Turismo Serra da Estrela
Castelo Novo
Almeida
Marialva
Situada na ala sudoeste do
concelho de Almeida, do qual
dista 19 Km, a aldeia medieval de Castelo Mendo encontra-se implantada sobre
um maciço granítico, a 756m
de altitude.
A vila de Almeida é sede de
concelho e situa-se numa
zona planáltica, chamada Planalto das Mesas, a 2,5 Km da
margem direita do rio Côa e
a cerca de 7 Km da fronteira
com Espanha.
O Concelho de Almeida é
constituído por 29 freguesias e apresenta uma riqueza
histórico/patrimonial
assinalável, consolidada na existência de três centros históricos: as aldeias medievais
de Castelo de Mendo, Castelo
Bom e o núcleo histórico da
vila de Almeida, delimitado
pela sua fortaleza militar traçado abaluartado.
Pela sua esplêndida situação sobre um monte de penhascos de difícil acesso, a
pequena aldeia de Marialva
foi uma importante praça militar na Idade Média.
Quase inacessível dos lados
nascente, sul e poente, a aldeia domina uma paisagem
agreste e recortada, de vales
cavados, o que lhe confere
uma ambiência de certa
forma rude e agressiva.
A leste e a sul circunda-a o
rio Côa.
Povoação de raízes muito antigas, era já habitada no séc.
VI a. C. pela tribo dos Aravos.
Romanos, Suevos e Árabes
que a ocuparam sucessivamente.
Percebemos porquê quando
lá chegamos. Alta e inacessível, só era possível conquistá-la a ferro e fogo.
Trancoso
De volta à cidade média!
O ar medieval da vila de
Trancoso acolhe o visitante
que percorre as suas vielas
ladeadas por portões biselados e paredes com mísulas.
Despertam a
casas de duas
larga e outra
nominadas as
Trancoso.
atenção as
portas, uma
estreita, dejudiarias de
Os judeus povoaram a vila e
transmitiram aos seus descendentes o carácter comercial que lhes era típico. ø
Mais informações: Turismo da Serra da Estrela | www.turismoserradaestrela.pt
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Descobrir
Rota das Aldeias Históricas
Castelo Mendo
Descobrir
Foto: Aventuris
 Atividades Outdoor no Serra da Estrela
rota Queijo Serra da Estrela
Por entre a paisagem dos verdes prados que adivinham a pastorícia serrana, desbravamos os caminhos em veículos todo terreno em direção aos produtores do queijo serra da estrela em total
ambiente rural. A prova deste queijo conhecido por todo o mundo
pela sua genialidade fica á distância de um gesto onde o pão rústico serve de cama do babujar deste. Tendo Celorico da Beira, a
Capital do Queijo da Serra da Estrela, tão perto, visitamos o Solar
do Queijo, onde alguns segredos serão desvendados sobre a conceção deste pasto quase de fantasia! Não acredita? Venha provar
com a Active Way!
Programa previsto: Partida em veículo todo-o-terreno em direção à capital do queijo da Serra da Estrela – Celorico da Beira; Visita ao Solar do Queijo com provas de queijos; Visita a um produtor
local de queijo com observação in loco da conceção e provas de
degustação; Regresso ao local de partida.
Foto: Activeway
Ficha Técnica
Transporte em veículo Todo-o-Terreno com saídas da Guarda, Belmonte, Trancoso ou local a combinar.
Duração: ½ dia ou 1 dia
Época: novembro a maio
Número de participantes: 2 a 12
Preço por pessoa: ½ dia - 45€ ou 1 dia - 60€** - *O preço inclui:
guia, seguro de acidentes pessoais e provas ** O preço inclui: guia,
seguro de acidentes pessoais, provas e refeição em restaurante
típico. Para grupos possuímos preços especiais. Crianças até 10
anos gratuito com exceção da refeição do almoço.
84
Para reservas e informações: +351 963 967 623 ou
[email protected]
Um Programa: Activeway
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Descobrir
Serra da Estrela
“Descobrir a Estrela”
“Descobrir a Estrela” em torno das duas
grandes potencialidades paisagísticas é o
lema doa vários passeios pedestres à sua disposição.
Foto: Adriventura
Ficha técnica
Duração: 1/2 dia, 1 dia ou 2 dias
Grau de dificuldade: Fácil a elevada
Distâncias: de 5 a 16km
Tipo de percursos: lineares e circulares
Preço: a consultar
Um Programa: Adriventura
Fotos: Clik Outdoor
Desde dos tempos clássicos que as lagoas da
Serra da Estrela “enfeitiçam” as nossas mentes, que juntamente com os imensos vales da
Serra da Estrela encerram não só uma beleza
paisagística, possuidores de características
geológicas únicas em Portugal, como também são reveladores da melhor simbiose entre o Homem e a Natureza, berço de importantes testemunhos da forma de vida desta
gente”.
caminhada Á volta da torre
Ficha Técnica
Guia: Fernando Romão
Diferença altitudinal: 373m (cota mínima 1620m; cota máxima - 1993m)
Início e final do percurso: Torre
Pontos de passagem/interesse: Lagoas e
Covão do Meio, Covão do Boeiro, Salgadeira,
Cântaro Gordo.
Realização: de maio a novembro
Duração: 4 h | Distância: 8 km
Tipologia: Circular | Dificuldade: Média
Um Programa: Aventuris
Foto: Aventuris
Percurso circular em torno do ponto mais
alto de Portugal continental, proporciona
magníficas vistas do território circundante.
Apesar do aspecto desolador da paisagem,
ao longo do itinerário, ficará a conhecer alguns dos mais importantes e ricos habitats,
animais e plantas, que representam o andar
superior desta montanha. Um patamar com
características pseudo-alpinas, onde a vegetação pouco mais é que arbustos rasteiros e
herbáceas, formando zonas arbustivas intercaladas com os prados de altitude, os cervunais húmidos, os charcos e lagoas naturais
de origem glaciar e a presença constante do
granito.
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Descobrir
Caminhada Vale Glaciar do Zêzere
Ficha técnica
Guia: Fernando Romão
Diferença altitudinal: 600m (cota mínima - 820m;
cota máxima - 1420m)
Início: Caldas de Manteigas
Final do percurso: Covão d’Ametade
Pontos de passagem/interesse: Rio Zêzere, aspetos da glaciação, queda de água da Candieira, Covão da Ametade.
Realização: Todo o ano. | Preço: 12,5€
Duração: 5 h | Distância: 13 km
Tipologia: Linear | Dificulade: Média
Um Programa: Aventuris
Foto: Aventuris
Foto: Aventuris
Com início na zona de Manteigas, faremos a subida
integral do maior vale glaciar de Portugal, o Zêzere, na Serra da Estrela. De trajecto linear, este vale
apresenta ainda os vestígios da última glaciação e
dos processos que deram origem a este monumento natural. O rio Zêzere, de águas cristalinas e frias
será também uma constante ao logo do percurso,
que termina, praticamente na sua nascente, no Covão da Ametade.
Autonomia na Serra da Estrela
Venha viver uma inesquecível travessia em autonomia através das paisagens glaciares do Parque Natural da Serra da Estrela. O atual itinerário é fruto da
larga experiência que temos na Serra e permite-lhe
conhecer alguns dos locais mais belos e inóspitos da
“nossa montanha”.
Foto: Papa-Léguas
Esta atividade é um clássico e uma das mais belas travessias de trekking que se pode realizar em Portugal.
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Ficha Técnica
Duração: 4 dias ( 3 dias em travessia. 1 noite em residencial. 2 noites ao relento (bivaque). 1 pequeno-almoço, 1 Almoço celebração)
Dificuldade: Média / Alta
Preço da atividade: 170 €
Um Programa: Papa-Léguas
Foto: Caminhos da Natureza
Uma mini travessia de 2 dias na Serra da Estrela por bosques, cumeadas, pistas florestais,
e calçadas num enquadramento unico de alta
montanha em Portugal. Conquista do ponto
mais alto de Portugal continental, a Torre a
2000m.
Itinerário previsto
Dia 1 – Covilhã a Manteigas: Nível C: 40km
1300m D+ | Nível D: 57km 1600m D+
Dia 2 – Manteigas a Covilhã: Nível C: 60km
1700m D+ | Nível D: 73km 2100m D+
Foto: Caminhos da Natureza
Ficha Técnica
Duração: 2 dias, 1 noite
Tipo de atividade: Percurso auto guiado por
GPS em BTT
Percurso: Circular
Grau de dificuldade C – Exigente (D1: 40km,
1100D+, D4: 60km, 1700D+)
D – Muito Exigente (Dia 1:57km, 1600D+, D4:
73km, 2100D+)
Promotor: Caminhos da Natureza
Foto: Papa-Léguas
Léguas na serra da Estrela
Num fim de semana percorra algumas das
zonas mais espetaculares do Parque Natural
da Serra da Estrela: Penhas Douradas, Planalto Central, Alto da torre, lagoas glaciares,
Gargantas de Loriga… Na primeira caminhada desceremos desde o Alto da Torre as
Gargantas de Loriga num cenário espetacular. No segundo dia, exploraremos o planalto
central da Serra da Estrela, para conhecer os
seus lagos glaciares e a sua paisagem tipicamente sub alpina e única em Portugal.
Foto: Papa-Léguas
Programa Previsto:
- Ida para Loriga ( serra da Estrela)
- Caminhada Torre - Loriga
- Caminhada Planalto Central
Ficha Técnica
Duração: 3 dias
Dificuldade: Média
Preço da atividade: 170 €
Um Programa: Papa Léguas
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
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Descobrir
Serra da Estrela
Serra da Estrela em BTT
Descobrir
 Livro Aventura
Livro ERICEIRA
de Miguel Ruivo
Miguel Ruivo
Nascido na Califórnia em 1966, Miguel Ruivo
cresceu em S. Pedro do Estoril onde apanhou
as suas primeiras ondas com apenas 10 anos de
idade.
Europeu com apenas 14 anos, e fundou instituições como a Associação Nacional de Surfistas ou
a Associação de Surf Amigos da Indonésia, a qual
ainda preside.
Nos mais de 35 anos que dedica à modalidade,
Miguel acumulou um percurso ímpar em Portugal pelo trabalho que desenvolveu como atleta,
técnico, dirigente e jornalista onde conquistou
vários títulos de campeão nacional, em Surf e
Longboard, revolucionou os métodos de trabalho na Seleção Nacional enquanto ocupou o cargo de Selecionador Nacional (94 / 95) levando
Tiago Pires ao seu primeiro Título de campeão
Licenciado em Marketing e Comunicação Empresarial (Universidade Atlântica), e com uma
Pós-Graduação em treino de Surf (FMH-IST), Miguel está atualmente dedicado à direção do projeto “Surf Solutions Management & Consulting” onde desenvolve soluções de comunicação
para conceituadas empresas como a Fiat Portugal,
Embaixada da Indonésia em Lisboa, Despomar,
Rocksisters, entre outras.
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
continuam a usufruir das ondas da Ericeira, como
tributo e recordação para todos os que têm passado pela Vila e contribuído para o desenvolvimento
do surf e enraizamento da sua cultura na Ericeira.
ERICEIRA é um livro de capa dura, numa edição
bilingue, português/inglês. A edição foi da empresa Despomar Lda. e está à venda desde o dia 26 de
novembro nas lojas Ericeira Surf Shop. ø
Surf Solutions
PuroFeeling.com
“ERICEIRA Wolrd Surfing Reserve” que conta com o contributo de
alguns dos mais conceituados fotógrafos de
Surf do País, pretende
contribuir para que
um melhor conhecimento das características e cultura da Vila
possam ajudar na missão de preservação da
orla costeira, a que as
autoridades e comunidades locais ficaram
obrigadas com a atribuição do título de Reserva Mundial de Surf.
O livro divide-se em oito capítulos centrais, passando pelas raízes históricas da Vila, os primeiros testemunhos do contacto da Vila com o Surf,
incluindo partes dedicadas a algumas das mais
emblemáticas praias na relação da Ericeira com
o Surf. A maioria dos textos são da autoria do próprio Miguel Ruivo, mas a obra conta ainda com
um prefácio de Paulo Martins, e textos de José
Caré Junior, José Diogo Quintela e João Braga de
Macedo.
A edição de fotografia ficou a cargo do reconhecido fotógrafo Carlos Pinto e no conjunto, esta obra
conta com fotografias do próprio e de João Bracourt, Pedro Mestre, Mauro Motty, Daniel Moreira,
Rui Oliveira, Ricardo Santos Luís, Michel Amaro,
João Valente, Ricardo Bravo, Caco Oliveira, Nuno
Vieira.
Alguns dos melhores surfistas nacionais, a maior
parte deles habituais frequentadores das praias da
Ericeira, protagonizam os momentos de ação que,
sem exceção, tiveram lugar num dos palcos de ondas desta Vila.
O livro conta com várias imagens de surfistas locais, reconhecidos e anónimos, que usufruíram e
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
89
Descobrir
Livro Aventura
E
m março de 2011, a organização internacional Save the Waves Coalition
atribuiu à Ericeira o estatuto de Reserva Mundial de Surf, uma distinção
comparável ao estatuto de Património
Mundial da UNESCO, para as ondas.
O livro de Miguel Ruivo, um dos nomes dominantes das ondas da Ericeira, é antes de mais uma
obra de homenagem, há muito merecida, que
imortaliza a Ericeira, a sua beleza e as suas maravilhosas ondas, agora com o estatuto de Reserva
Mundial de Surf.
Descobrir
Os Seven Summits
de Paulo Miranda
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
gal.
E talvez fosse assim até há 5 anos atrás, quando
este homem “normalíssimo”, como se refere a si
próprio, começou a fazer caminhadas na Serra da
Estrela, descobrindo-se irresistivelmente atraído
pelos grandes espaços ao ar livre e recuperando a
sensação de liberdade que a rotina e a monotonia
do dia a dia teimavam em afastar.
Algum tempo e muitas caminhadas depois, no início de 2010, teve lugar a sua primeira experiência
séria de montanhismo, na serra de Gredos com a
subida do Almanzor (2.592m), local da Península
Ibérica com carácter alpino mais acentuado. Orientada por Hélder Santos e António Coelho, do Papa-Léguas, esta viagem proporcionou aprendizagens
importantes sobre técnicas de progressão em neve
e gelo, movimentação em cordada e auto-detenção.
Desta aventura a outras atividades bem mais exigentes, foi apenas um pequeno passo. O espírito
aventureiro recém-descoberto, rapidamente se
transformou numa dependência da adrenalina associada às atividades mais radicais.
Nesse mesmo ano, depois da subida ao ponto mais
alto dos Pirinéus (Aneto, 3.404m) e ao pico mais
elevado de Espanha (Mulhacén, 3.482m), Paulo Miranda aventurou-se a subir o Monte Branco
(4.807m), o cume mais proeminente dos Alpes,
com o seu amigo e companheiro de montanha Paulo Avelar.
Apesar da previsão de mau tempo, a inexperiência
levou Paulo Miranda a arriscar uma primeira subida ao cume, na companhia de um pequeno grupo
de alpinistas russos. Depois de vicissitudes várias,
o sangue-frio e uma boa dose de sorte permitiram
o regresso ao refúgio du Goûter em segurança. Indelével, ficou o aviso de que o alpinismo deve ser
encarado com muita seriedade, já que dos riscos
incorridos na alta montanha, podem resultar desfechos demasiado sombrios.
Dividido entre o orgulho pela conquista do Monte
Branco e a consciência dos riscos desnecessários
que havia corrido, Paulo Miranda revê-se nas palavras de João Garcia, num dos seus livros “No Monte
Branco percebi que só atinge o topo quem se esforça. Não é quem é mais velho, nem quem tem
mais equipamento, nem quem é mais bonito. No
alpinismo, como na vida, só atinge o cume quem
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
91
Descobrir
Seven Summits
P
oder-se-ia dizer que Paulo Miranda, de
45 anos, é um homem comum; alguém
com um quotidiano organizado em torno do seu trabalho, enquanto Diretor do
Serviço a Clientes na Chronopost Portu-
Descobrir
O
planeamento
pormenorizado da
viagem é algo que me dá
um prazer enorme. É uma
forma de começar a viver
o acontecimento muitos
meses antes.
se esforça.”.
O regresso aos Alpes, em agosto de 2011, acrescentou mais duas conquistas ao seu portefólio: o Gran
Paradiso (4.061m) a montanha mais alta de Itália, e
o Signalkuppe (4.559m), situado na fronteira entre
a Itália e a Suíça.
Os “Seven summits”
Em dezembro de 2011, inspirado pela conquista
dos sete cumes mais altos de cada continente, iniciada anos antes por Ângelo Felgueiras, Paulo Miranda desafia-se a si próprio: “Percebi que um projeto desta natureza não é um exclusivo de homens
extraordinários. Pensei que, afinal, com a dose
certa de motivação, determinação, planeamento e
disciplina, este poderia ser um projeto ao alcance
de alguém que tenha iniciado tardiamente a prática do alpinismo”.
Homem previdente e organizado, desde logo começou a planear o seu projeto procurando introduzir-lhe um desafio adicional, relativamente aos outros
dois portugueses – João Garcia e Ângelo Felgueiras
- que haviam conquistado os sete cumes : concretizar o projeto em apenas 4 anos.
Paulo Miranda dá grande importância à organização das suas expedições, preferindo chamar a si
essa tarefa. “O planeamento pormenorizado da viagem é algo que me dá um prazer enorme. É uma
forma de começar a viver o acontecimento muitos
meses antes. Nesta atividade os pormenores têm
toda a importância; podem fazer a diferença entre
o sucesso e o insucesso ou entre a vida e a morte.”
Cinco cumes por conquistar
Com o apoio da Berg Outdoor, e com uma responsabilidade acrescida, Paulo Miranda deu início ao
seu projeto “Seven Summits”, com a conquista dos
cumes mais próximos de nós: o Kilimanjaro (5.895
m), situado no norte da Tanzânia, e o Elbrus (5.642
m) localizado na parte ocidental da cordilheira do
Cáucaso, na Rússia.
No dia 18 de maio de 2012, Paulo Miranda subiu
sozinho, ao ponto mais alto do continente Africano. “Nem a chuva que teimou em cair todos os dias
na montanha, nem a solidão das horas passadas na
tenda fizeram esmorecer a determinação por um
resultado bem-sucedido”, refere o alpinista.
Apenas 3 meses depois, a 12 de agosto, apesar dos
ventos fortes e das baixas temperaturas, seguiu-se
a conquista do Elbrus, o cume mais alto da Europa.
Em dezembro de 2012, Paulo Miranda partiu para
a Argentina, à conquista do Aconcágua (6.962m), o
mais alto ponto do continente americano, na companhia de Carlos Sá, ultra maratonista português.
92
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Descobrir
Seven Summits
Depois do Aconcágua, seguir-se-ão, em 2013, o
monte McKinley (6.194m), no Alasca, o ponto mais
alto da América do norte, e a subida à pirâmide de
Carstensz (4.884m) na Oceânia. Já em 2014, o projeto continua com o maciço de Vison (4.892m), na
Antártida. A subida ao Evereste (8.850m), a mais
alta montanha do planeta, situada na cordilheira
dos Himalaias, prevê-se para 2015.
A kind of magic
“Estranhamente, não é a chegada ao cume que
me proporciona maior satisfação. O nascer do sol
a mais de 5.000 metros é um momento de puro encantamento”, refere Paulo Miranda. A intensa sensação de liberdade que decorre do facto de se estar
acima do nível das nuvens, confere o toque final de
magia.
No entanto, longe dos picos mais altos do mundo,
é para o Monte Branco que pende o seu coração
de alpinista, talvez por revelar “o mais belo e vasto
manto branco que já vi”, como refere, ou talvez por
ter sido ali mesmo que a sua vocação aventureira e
destemida incontestavelmente se revelou. ø
Paulo Miranda
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
93
parques aventura
parque aventura sniper
A Sniper nasce de uma crescente tendência para a
procura de emoções fortes e diferentes, que marcam
de alguma forma a nossa personalidade e o modo de
estar na vida!
Para atingir sensações diferentes, os desportos de
aventura são um instrumento imprescindível.
Os desportos de aventura são normalmente praticados em campo aberto, em contacto com a natureza, fomentam o convívio com amigos e conhecidos
de uma forma verdadeiramente saudável, deixando
transparecer características e atitudes que hipoteticamente poderia pensar não as experimentar ou
possuir.
A Sniper insere-se nestes conceitos e porque a segurança e o profissionalismo são fundamentais para
que o divertimento seja a sua única preocupação.
Contactos
Local: Bucelas
Telefone: +351 219 694 778
Email: [email protected]
Parque Aventura: Sniper
94
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Foto: Sniper
Kids
O Pena Aventura Park é um parque de atividades
Lúdicas e de Desporto Aventura/Natureza, onde a
aventura nunca tem fim!
É um destino único e uma referência no Norte de
Portugal, localizado em Ribeira de Pena, distrito de
Vila Real, junto da saída da A7.
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
À sua espera temos um fantástico conjunto de atividades a desenvolver em terra, no ar e na água. Desfrute de momentos extraordinários de grande entusiasmo e muita diversão!
Das atividades por nós desenvolvidas, cuja informação detalhada disponibilizamos na nossa página
|www.penaaventura.com.pt| destacamos a realização da descida no maior Fantasticable do Mundo e o
alucinante Salto negativo.
Campos de férias
(Pena aventura Júnior)
Não temos expressões que possam descrever totalmente os nossos campos de férias, por esse motivo
vem descobri-lo.
A equipa do Pena Aventura Júnior oferece-te a possibilidade de realizar atividades únicas cheias de
aventura e emoção, como ‘’ fantasticable’’ onde
podes descer 1.540m de cumprimento de slide, ou
realizar o salto negativo e dares piruetas a 17m de
altura. Para os pequenos aventureiros com menos
35kg, propomos o ‘’mini cabo’’ , ‘’trampolim’’ e muitos mais, pois nos nossos campos de férias a emoção
é para todos.
As nossas atividades são muitas e diversificadas
como: Canoagem; Paddelsurf: Catamaran; Paintball;
Escalada; Segway; workshops de malabarismo, natureza, reciclagem, e salvamento… Para as noites temos os melhores jogos, animação e surpresas, tudo
isto para fazer do teu campos de férias singular e
inesquecível.
O Pena Aventura Júnior oferece dois espaços únicos
para o teu campo de férias O Pena Aventura Park
e EcoPark Azibo, se preferires podes optar por um
programa nos dois espaços, combinando a natureza do EcoPark Azibo com a adrenalina e emoção de
Pena Aventura Park. Aventura, emoção, natureza, diversão e novas amizades são a nossa proposta para
os teus campos de férias.
Contactos
Local: Ribeira de Pena
Telefone: +351 259 498 085
Email: [email protected]
Parque Aventura: Pena Aventura Park
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
95
Kids
Parques Aventura
pena aventura park
Kids
Luso Aventura
A Luso Aventura dispõe de dois Parques Aventura,
localizados no centro e sul do país, Figueira da Foz
e Albufeira.
Ambos os Parques são uma excelente forma de premiar uma equipa de trabalho, comemorar o aniversário da organização ou solidificar o espírito da
equipa!
As atividades são delineadas para que os participantes percebam que, em conjunto, poderão atingir o
que de modo isolado seria impossível.
Contactos
Local: Albufeira e Figueira da Foz
Email: [email protected]
Telefone: +351 915 536 555 (Figueira da Foz);
+351 913 185 782 (Albufeira).
Parque Aventura: Luso Aventura
pedaços de aventura
Aventure-se no nosso percurso de pontes suspensas
entre as árvores... Destinado a “Pequenos e Grandes
Aventureiros”, no Parque Palmela – Cascais, temos
dois percursos bem dinâmicos interligados por plataformas.
Com níveis de dificuldade destintos os nossos aventureiros podem optar pelo Percurso Azul, para adultos e crianças a partir dos 5 anos e com 1.10m de
altura. Este percurso tem uma duração de aproximadamente 30 minutos e a dificuldade é média/baixa.
Os mais crescidos e corajosos podem optar pelo
Percurso Vermelho, destinado a adultos e crianças
a partir dos 10 anos e com 1.30m de altura. Aqui a
dificuldade já se faz notar pela sua extensão, 14 obstáculos distintos que em média demoram cerca de
uma hora a superar.
A segurança é garantida através da supervisão atenta dos monitores credenciados e da utilização de material certificado.
PVP: €6.50 Percurso Azul | €8.50 Percurso Vermelho
10% Desconto para grupos (+6 pessoas)
Contactos
Local: Cascais
Telefone: +351 912 426 118
Email: [email protected]
Parque Aventura: Pedaços de Aventura
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Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam.
O Parque Aventura da Figueira da Foz oferece 8 percursos de Arborismo, em perfeita comunhão com a
natureza, com jogos até 12 metros de altura e grandes slides! Em Albufeira, além do Arborismo, também é possível desfrutar de um jogo de Paintball,
numa área total de 2500m².
Atividades Outdoor
Insufláveis para todos os gostos
Sabe mais em www.nolimite.org
btt Algarve Selvagem Serras e Mar
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trilho do lobo
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Passeio Pedestre Mata dos Medos
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gruta da utopia
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btt nas termas do vimeiro
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Atividades Outdoor
Trekking em Monchique
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Workshop de compotas e licores
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rafting no rio paiva
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ski
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paintball noturno
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via ferrata
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OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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Atividades Outdoor
tour em buggy
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rafting paiva
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Léguas na Serra do Gerês
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
pela costa atlântica
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curso intensivo de bushcraft
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topo da arrábida
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Atividades Outdoor
Rota das Aldeias de Xisto
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gruta/Labirinto
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Museu Nacional de História Natural e
da Ciência e ao Jardim Botânico
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As Camélias em Terras de Basto
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rota do azeite
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Visita á Quinta da Bacalhôa e passeio
pedestre no p.N da Arrábida
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OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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Atividades Outdoor
bob cat
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kayak aventura
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gps paper
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Voos de Paramotor
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Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
Atividades Outdoor
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Arrábida Bike & Trekking Tour
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OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
103
Desporto Adaptado
Fotos: EJU
Judo é hoje
um desporto ao
alcance de todos
O
s nomes de Nuno Delgado, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos
de Sydney em 2000, ou de Telma
Monteiro, campeã da Europa em
título, não passam despercebidos
ao público português. Os dois judocas são o expoente máximo da modalidade em Portugal.
Se Telma é hoje a grande esperança lusa em
qualquer competição em que entra, sob o desígnio das medalhas, já Nuno Delgado pendurou o
quimono mas o tatami continua a ser o seu habitat natural. O antigo atleta, distinguido em 2000
com a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo,
é atualmente o mentor da maior escola de judo
do país, à qual dá nome (EJND – Escola de Judo
104
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Nuno Delgado), num projeto de cariz desportivo e social que ajuda a formar campeões para
a vida.
A escola assenta as bases num modelo difuso,
funcionando em rede e desenvolvendo-se através de protocolos de parceria, para a instalação
de centros de formação, com estabelecimentos
de ensino e associações de diversa natureza. Invertendo a tradicional lógica do clube convencional, a EJND, associação desportiva sem fins
lucrativos, leva o Judo ao encontro dos alunos,
promovendo a expansão da modalidade. É também por isso que a EJND adota uma postura de
Responsabilidade Social através da constituição
de parcerias com entidades empresariais, possi-
“Este projeto faz todo o sentido para estimular
a autoconfiança, empreendedorismo e capacidade de superação dos mais novos. As áreas
performativas são fundamentais para o desenvolvimento pleno do indivíduo – música, teatro,
dança, artes plásticas e desporto – que por sua
vez são os pilares da motricidade e também pelo
tempo livre de interação como o meio e os nossos pares”, diz Nuno Delgado.
judo como instrumento de inclusão social, nomeadamente o campeão olímpico Nuno Delgado e Carlos Oliveira Dinis, presentes na cerimónia.
"Quando pensamos em cidadãos portadores de
deficiência, tudo isto adquire um sentido muito
especial. Estes cidadãos são exemplos para todos nós, pela sua determinação, vontade, coragem de vencer as adversidades, procurar ir mais
além e, muitas vezes, conseguem mesmo fazer
melhor do que os outros", afirmou.
Inclusão Social pelo Judo em debate
Lisboa recebeu no final de novembro o Congresso Europeu de Inclusão Social através do Judo e
outros desportos. Durante dois dias, foram váPresidente da República faz visita de Na- rias as contribuições no sentido de potenciar as
tal ao Clube Judo Total
razões sociais que a modalidade oferece a todos.
O Presidente da República, Cavaco Silva, afir- “O congresso decorreu de forma notável, tendo
mou não querer um país com excluídos, porque Portugal afirmado muito bem perante a União
esse seria um país incompleto e defendeu que Europeia de Judo tudo o que está a fazer no donunca como hoje é tão necessário que os portu- mínio do Judo Paralímpico e do Judo Adaptado
gueses se ajudem uns aos outros.
e ainda do Judo Social. De facto, os nossos pro"Não quero para Portugal que alguns sejam jetos e tudo o que temos vindo a fazer foram coexcluídos. Um país que não inclui todos é um mentados por todos os presentes de uma forma
país incompleto e todos nós queremos um
muito elogiosa e não será exagero dizer
Portugal completo", afirmou Cavaco
que o nosso país serviu como um
Silva.
bom exemplo para todos”, disse
O Chefe de Estado falava a proManuel Costa e Oliveira. O se(..) esta é uma
pósito da promoção da inclucretário-geral da Federação
modalidade que tem
são social, numa cerimónia
Portuguesa de Judo afirtudo a ver com os procesde judo inclusivo, dos promou ainda que “a União
jetos Judo Total e Judo SoEuropeia de Judo pretensos de reabilitação em curso,
cial, que trabalham com
de que este trabalho connão apenas ao nível físico,
pessoas portadoras de detinue no seu seio e que,
através da recuperação dos
ficiência e com crianças e
para tanto, conta com
jovens de bairros sociais
grupos funcionalmente afecPortugal numa primeira
de Lisboa.
linha de intervenção”.
tados, mas igualmente do
"O judo também dá a cada
Para além das palestras e
ponto de vista psicolóum de nós o sentido da ajuda
apresentações teóricas do
gico e social.
aos outros e nunca como hoje
judo de cariz social, que denos precisámos tanto de nos ajucorreram na Universidade Ludar uns aos outros", defendeu Casófona de Humanidades e Tecnolovaco Silva.
gias, o Congresso Europeu de Inclusão
O Presidente dedica habitualmente uma visita Social através do Judo e outros desportos conpor altura do Natal a um projeto social, tendo tou com algumas demonstrações que, explicou
este ano assistido a esta apresentação de judo, Manuel Costa e Oliveira, mereceram “os maiono complexo desportivo da Lapa, tendo ofereci- res elogios por parte de todos os Congressistas,
do um lanche aos atletas e formadores.
muito em particular dos estrangeiros que estiveram presentes”.
"O judo, de acordo com o seu fundador, é uma
filosofia de vida assente em valores morais, “Aliás, a nós foi mesmo dito que uma demonséticos, sentido de responsabilidade social, soli- tração de Judo Paralímpico e Judo Social era
dariedade para com os outros. É como alguns algo já visto, mas não se passando o mesmo com
dizem, a ajuda para fazer das fraquezas força, o Judo Adaptado, perfeitamente inovador em
ajudarmo-nos a vencer os desafios, as dificulda- termos da própria União Europeia de Judo, por
des que a vida nos coloca", enalteceu.
contar com as áreas de deficiência da paralisia
Cavaco Silva agradeceu a quem trabalha com o cerebral e da deficiência motora”, referiu.
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
105
Desporto Adpatado
Judo
bilitando a crianças com dificuldades financeiras e/ou necessidades psicomotoras especiais,
oportunidades de integração e relacionamento
desportivo e social em pé de igualdade com os
outros.
Desporto Adaptado
O Judo Paralímpico, o Judo Adaptado e o Judo
Social crescem a cada dia que passa, embora
o desejo dos grandes mentores de projetos nas
três áreas seja o de que estas se estendam mais
um pouco por todo o País e não se concentrem
tanto nas cidades de Lisboa e Porto.
O Clube Judo Total em Lisboa, por exemplo, é
um caso de sucesso. “Tudo continua a correr
muito bem, com o clube a contar cada vez com
mais atletas. No momento presente, seria muito
bom que o CJT encontrasse um melhor espaço
para os treinos e, como quase sempre acontece,
que conseguisse uma maior disponibilidade financeira para organizar e participar em provas,
mesmo a nível internacional”, atirou Manuel
Costa e Oliveira.
Já o vice-presidente da União Europeia de Judo,
Franco Capelletti, foi muito claro ao dizer na
sessão de encerramento que a União Europeia
de Judo irá reforçar a sua atenção privilegiando
esta questão da Inclusão Social pelo Judo, confirmando a Diretora do setor da Educação, Bénédicte Rouby, que irão fomentar mais reuniões
e debates neste sentido, tendo mesmo anunciado um próximo congresso a ter lugar na vizinha
Espanha, em data a definir.
Do lado português, a Federação Portuguesa de
Judo, afirmou com clareza que existe uma grande disponibilidade para abraçar projetos neste
domínio, que de momento se centram no Clube
de Judo Total, na Escola de Judo Nuno Delgado
e na Alta de Lisboa.
A terminar o Congresso, foi muito importante
escutar os projetos que o Futebol e o Rugby desenvolveram nas áreas sociais de intervenção,
excelentes exemplos de boas práticas de inclusão social nas suas respetivas modalidades. ø
Ana Lima
106
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Espaço APECATE
como desenvolver o
Turismo de Bicicleta
em Portugal
E
ste texto é para si que começou agora a ler. Se for agente político gaste
5 minutos e leia estas 1134 palavras.
E se dentro deste grupo tiver responsabilidades de decisão, retire umas
ideias para agir. Se for profissional ligado à Animação Turística ajude a refletir sobre este tema
e faça eco dele, fazendo lobby. Se for cicloturista
108
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
veja se falta alguma coisa e dê a sua opinião.
Se for simplesmente amante da bicicleta talvez
queira contribuir com a sua simpatia à causa e
identificar-se com ela.
Os tempos que vivemos são dominados no nosso
País, à conta do “contexto”, mais por notas pessimistas e pela lamúria e menos por nos focarmos
Existem milhões de verdadeiros “ciclo-turistas”
em todo mundo, isto é, pessoas cuja principal
motivação nas suas férias, desde a escolha do
destino à seleção de um programa ou atividdaes
de ocupação, é andar de bicicleta (por exemplo,
só da Alemanha foi estimado [2010] terem saído
5 milhões de turistas de natureza dos quais cerca de 300 mil especificamente de BTT) . É um
“nicho” de mercado bem estudado nalgumas
partes do globo. Pouco em Portugal. O que procuram estes turistas? Boas estradas (bom piso e
pouco ou nenhum movimento) ou bons caminhos e trilhos (antigos, cénicos, estreitos, naturais), bom clima, segurança, boa comida, boa(s)
bebida(s), bom serviço, excelente relação preço/qualidade, enquadramento profissional e especializado. Encontra-se tudo isto em Portugal,
numas regiões e locais mais do que noutras,
mas no geral atingimos um excelente equilíbrio
e resultado final.
Fotos: A2Z Adventures
Porque não encontram Portugal para vir passar as suas férias cicláveis? Desde logo porque
simplesmente Portugal não é reconhecido como
destino para tal tipo de férias. Menos ainda se
insistirmos em tentar afirmar uma qualquer região ou local de Portugal para tal (exeção feita
a questões pontuais como eventos que possam
ocorrer). Para os que têm alguma ideia sobre o
nosso País, vem-lhes à cabeça as praias do
Algarve, Lisboa, as levadas da Madeira (para andar a pé) e, menos, com
Porque não
um pouco de sorte, talvez o Douro,
encontram Porpelo vinho do Porto. Nas atividades a vir cá fazer para além do
tugal para vir passar
“triple SSS” (sand, sun, sea), ou
as suas férias cicláveis?
seja, papo-para-o-ar, lá se vai
Desde logo porque simfazendo nome (leia-se, promovendo fortemente) no Golfe e
plesmente Portugal não é
pouco
mais.
reconhecido como des-
onde poderemos fazer a
tal diferenciação positiva
e sair vencedores, quer em
tino para tal tipo de
termos comparativos, quer
Identificados alguns dos probleférias.
em atingir resultados finanmas, foquemo-nos nas soluções.
ceiros de investimentos feitos,
Desde logo começar pela base, isto
em emprego, em riqueza, em quaé, criar um documento estratégico nalidade de vida. O que isto tem a ver com
cional para o turismo ciclável. Não é preciso
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
109
Espaço APECATE
Turismo Bicicleta
andar de bicicleta? Bom, Portugal já é um dos
melhores destinos do mundo para fazer turismo
em bicicleta, que alguns apelidam de cicloturismo (palavra usada também com outro signifcado), mas tira pouco proveito disso. E pode ser
ainda melhor. Como é que isto pode ser convertido em atividade rentável e empregadora,
contributo para o desenvolvimento turístico de
Portugal, parte do crescimento económico tão
necessário ao nosso País? É aqui que gostaria
de centrar este reflexão.
Espaço APECATE
inventar muito, nem gastar muitos milhares de
euros.
Existe bench marking internacional disponível,
consultem-se os agentes desta atividade turística aos vários níveis (operadores, hotelaria,
restauração), coordene-se uma equipa de trabalho, talvez com um ou outro input de peritos
nacionais ou internacionais na matéria. Nesse
documento cada agente deve identificar o seu
papel, em que ponto está (em termos
de qualidade turística) e para onde
Existe já
deve ir (na atuação do seu negócio ou serviço público), se quer
muito trabalho a
trabalhar este nicho de mercaser feito a diferentes
do. Deve existir uma visão claníveis, mas não coorra e objetivos. Existe já muito
trabalho a ser feito a diferentes
denado. Podiam ser
níveis, mas não coordenado.
dados aqui inúmeros
Podiam ser dados aqui inúmebons e maus exemros bons e maus exemplos. Refiro apenas um, por ser recente
plos.
e ser uma oportunidade (ou não)
de desempenhar, incorporar ou contribuir para este documento estratégico de
base - a Carta da Mobilidade Ligeira, criada pelo
Despacho nº12646/2012 do atual Governo, emSetembro de 2012.
Que aspetos podem ser considerados fundamentais nesta discussão, em concreto na afirmação
de Portugal a nível internacional como destino
para Turismo Ciclável, diria mesmo como “Bike
110
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
Espaço APECATE
Turismo Bicicleta
Friendly Destination”?
• Promoção internacional forte e concertada
entre Turismo de Portugal, Entidades Regionais
de Turismo e Privados, para que Portugal seja
reconhecido como destino para férias em bicicleta tendo como objetivo primário o aumentar
a presença do País nos catálogos internacionais
de ofertas deste tipo de produto. Para conseguir
isto são necessárias ferramentas como um ou
vários bons vídeos promocionais que se tornem
virais na internet, presença em feiras temáticas
com Portugal, uma seção específica no site visitportugal.com ou outro criado para o efeito,
campanhas de marketing digital direcionadas
para mercados selecionados com tradição de
emissão deste tipo de turistas como EUA, Austrália, UK, Holanda, Bélgica, França, Alemanha
ou emergentes como o Brasil.
• Promover a excelência nos serviços recetivos,
criando ou dinamizando selos/labels oficiais de
reconhecimento de boas práticas turísticas bike
friendly em alojamento, restauração, transferes,
animação turística.
• Desenvolvimento e promoção de ferramentas online de divulgação e planeamento de turismo ciclável, como é exemplo o portal bikotels.
com que apresenta uma rede de alojamento bike
friendly em Portugal e disponibiliza percursos e
planeamento com recurso a GPS, mas também
de outras que possam contribuir para esse fim,
como o ciclovias.pt, e apps móveis que existem
ou possam ser adaptadas a este fim, tornando
todos estes recursos acessíveis a partir do portal
temático destinado a este tipo de turistas.
• Promover as boas práticas bike friendly em
todo o ciclo de vida da atividade turística do ciclista, desde o transporte da bicicleta em transportes públicos, alojamento, restauração, animação turística (guias, aluguer de bicicletas,
transferes de bagagens), quer através de ações
de formação, dos selos e da reunião de toda essa
informação que fica disponível on-line quer para
operadores quer para utilizadores finais.
• Sinalização turística de percursos para cicloturismo, quer em termos de estradas asfaltadas
quer de caminhos e trilhos BTT, incentivando a
criação de Centros de Ciclismo e de BTT ou redes regionais de itinerários turísticos cicláveis,
que se podem inspirar em exemplos de boas
práticas internacionais como a National Cycle
Network no Reino Unido, financiada por dinheiros públicos de impostos sobre apostas.
São vários os caminhos que podem ser percorridos para levar o Turismo em Portugal a representar uma fatia verdadeiramente estratégica
na economia do nosso País. Este segmento de
mercado pode dar um impulso interessante a
muitos dos agentes tradicionais em alturas do
ano tipicamente de época baixa, como já acontece de forma massiva em destinos que sazonalmente são de neve (Estâncias de Ski) ou de
praia (Ilhas Baleares). O investimento é pequeno e os resultados seriam recompensadores,
basta implementar uma estratégia correta e todos (públicos e privados) contribuirmos para os
mesmos objetivos de forma concertada. ø
Pedro Pedrosa
A2Z Adventures & A2Z Consulting by Ytravel, lda *
*empresa associada da APECATE
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
111
Equipamento
MOCHILA DEUTER FUTURA PRO 42
Descrição: Mochila versátil e polivalente, com
características e pormenores de construção
de grande qualidade. As
funcionalidades muitos
completas tornam-na
numa excelente escolha para caminhadas
de um ou vários dias e
para montanhismo.
Preço: PVP: 128,95€ |
Com desconto de 25%:
96,71€
Mais informações:
“Strail”
www.s-trail.com
TIMEX
Descrição: Esta é uma coleção colorida e original.
Com braceletes slip trough, fáceis de trocar, podemos ter um estilo jovem e outdoor e acompanhar
as tendências ao mesmo tempo. Com preços abaixo
dos 60€ são uma prenda ideal para a namorada mais
extrovertida!
Mais informações:
Timex
112
Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR
GARMIN FÉNIX
Descrição: Desenvolvido em colaboração
com guias de montanha profissionais e
concebido para alpinistas e entusiastas das
atividades ao ar livre, o relógio fénix™ é
uma ferramenta de navegação mãos-livres
para Outdoor que o orientará com precisão
em ambientes alpinos rigorosos. Este é o
primeiro relógio de pulso com navegador
GPS + ABB (altímetro/barómetro/bússola)
que inclui funcionalidades de navegação
GPS Garmin completas.
Mais informações:
Garmin
www.buygarmin.com
Descrição: Na senda dos consagrados Base Camp Duffle,
que pela sua robustez se tornaram nos sacos de transporte
mais usados em expedições, a The North Face lançou este
ano o Waterproof Duffle. Para além das características já
conhecidas dos Base Camp Duffles (robustez, resistência à
água e leveza), o Waterproof Duffle é totalmente estanque
(o acesso ao interior é feito através de fecho estanque) e
vem equipado com alças almofadadas, para ser transportado como mochila. Disponível nas versões de 40 e 70 Litros
de capacidade e nas cores preto e encarnado.
Tecido resistente e impermeável em nylon ripstop com costuras seladas. O fecho TIZIP® WaterSeal é estanque como
um fato seco de mergulho!
As alças de costas são construídas para carregar durante
pouco tempo e as cintas de compressão ajudam a acomodar a carga. As fitas Dasy Chain permitem que possa juntar
mais equipamento ou prender o saco a bagageiras de carro
ou transportadoras de animais.
WATERPROOF DUFFEL 40L – 234,90€
WATERPROOF DUFFEL 70 L – 254,90€
Mais informações:
Yupik
www.yupik.com.pt
M-CONNECT MERREL
Descrição: Graças a quatro coleções (Barefoot, Bare Access, Mix Master e Proterra), a
M-Connect apresenta várias propostas para atletas de outdoor, através de um ajustamento mais natural e de um design que garante maior rapidez e leveza, seja no asfalto,
na pista, na montanha ou num treino mais generalizado.
Mais informações:
Merrel
OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013
113
Descobrir
Equipamento
THE NORTH FACE WATERPROOF DUFFEL
114
Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR
A fechar
De 27 de fevereiro a 3 de março de 2013, a BTL – Feira Internacional de Turismo regressa a Lisboa para comemorar 25 anos de sucessos ao serviço do turismo nacional.
BTL aposta em MI, Golf e Turismo Religioso em 2013.
Sabe mais em www.portalaventuras.pt
agenda outdoor
Ainda não sabes o que fazer no próximo fim de semana?
Com a agenda outdoor do Portal Aventuras vais ficar a
par dos próximos eventos! Entra no fantástico mundo
das atividades outdoor.
Boas Aventuras!
Sabe mais em www.portalaventuras .pt
conhece as pequenas rotas
Encontre no Portal Aventuras alguns percursos de pequenas rota que pode realizar no nosso país… De norte
a sul, venha descobrir Portugal a caminhar.
Junte um grupo de amigos e parta a aventura!
Boas Aventuras!
Sabe mais em www.portalaventuras.pt
passatempos portal aventuras
Foto: The Color Run
Gostas de Passatempos? O Portal Aventuras tem constantemente passatempos com ofertas de atividades, equipamentos, bilhetes de parques zoológicos, aventura, corridas, maratonas e muitos mais!
De que esperas? Concorre já ao passatempo em vigor e
habilita-te a ser o vencedor!
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OUTDOOR Setembro_Outubro 2011
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btl

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