Rede Globo: 50 anos dourados pág. 7 - Pró-TV

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Rede Globo: 50 anos dourados pág. 7 - Pró-TV
Esta é uma publicação gratuita da Pró-TV / Museu da TV Brasileira - www.museudatv.com.br
pró_tv
Rede Globo: 50 anos
dourados pág. 7
Janeiro/Fevereiro 2015 | Nº 131
revista
editorial
Vida Alves
E começou 2015!
Alguns dias de descanso...Alguns dias de bravo
calor...Praias para uns...Montanhas para outros...
Família para todos. Essa é a beleza das festas de
fim de ano: a confraternização familiar. Sejam
ricos ou mesmo mais pobres, todos procuram se
juntar, se abraçar, confraternizar.
E o começo de ano fica gostoso, fica fraterno,
pois renascem as esperanças, os sonhos, os
planos para o ano que nasce. É como se a vida
renascesse também.
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Com a Pró-TV é assim. Felizmente. Após quase
um mês afastada, desço no aeroporto paulista e
logo vejo as carinhas amigas de meus
colaboradores Elmo Francfort e Luciana
Bandeira. Sorrisos frater nos. Saudade
estampada. Almoço especial, num restaurante
gostoso e brinde de taças.
E depois, já na sede, mais beijos, abraços,
confraternização por parte dos demais. E
conversas e mais conversas.
As férias continuam, parem de trabalhar. A chefa
chegou.
É como se fosse a mãezona, a matriarca, a
comandante. Mais um dia de abraços e festas...
Mas no dia seguinte...
O que vamos fazer? O que vamos melhorar?
Como chamar mais os sócios? Como atraí-los?
O que faltou? O que deixou de ser feito? Qual
sua ideia? E a sua? E a sua?
Colaboração geral. Emoção total. E as ideias
vão surgindo... Assim é a Pró-TV, entidade que
existe há 20 anos. E que já fez grandes eventos.
E pequenos também. Cotidianos. Pois, graças
a Deus, temos visitantes, todos os dias.
São estudantes, donas de casa, turistas,
enfim...são curiosos, amantes dessa arte
televisiva, que mora no coração de todos os
brasileiros, e que tem na Pró-TV a entidade feita
para a resguardar.
Amigos, amigas. Este editorial é apenas um
registro introdutório do ano que está
começando.
E no qual havemos de trabalhar bastante. Esta é
a primeira Revista Pró-TV do ano 2015. Outras
virão. Certamente. Todos os meses, sem falta.
Além das informações diárias, que passamos
para vocês pela internet. Então só o que
pedimos agora é que estejam conosco.
Sempre.
Pois de nossa parte, saibam, a Pró-TV está
sempre com vocês.
O ano recomeçou. Reuniões e mais reuniões.
Lincoln Olivetti era nascido em Nilópolis, cidade da Grande
Rio, em 17 de abril de 1954.
Sua inclinação musical era rica e vasta. Foi instrumentista,
arranjador, compositor e produtor musical.
Começou aos 13 anos de idade. Fez as faculdades de Música e
Engenharia Eletrônica, mas não concluiu nenhuma das duas.
Ligado às emissoras de televisão, fez arranjos para importantes
artistas, como Gal Costa, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Ben Jor,
Rita Lee, Zizi Possi, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Fagner,
Wando e até Roberto Carlos. Era procurado por todos, pois era
considerado o feiticeiro dos estúdios .
Lincoln Olivetti teve um infarto fulminante, em 13 de janeiro de
2015 e faleceu no Rio de Janeiro com 61 anos.
Todos choraram a grande falta que ele fará. V.A.
Divulgação
Saudade: Lincoln Olivetti
acervo
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Atrizes Cacilda Becker e Lola Brah em cena na TV Paulista (1953)
A atriz Regina Duarte comemora seus 50
anos de carreira com a exposição Espelho
da Arte A Atriz e Seu Tempo (entrada
franca).
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São onze ambientes conectados por um
túnel do tempo que lembra papéis
marcantes da artista, com figurinos
inesquecíveis ali expostos como os de
Viúva Porcina , seu personagem em
Roque Santeiro (Rede Globo, 1985).
CEDOC / TV Globo
Regina Duarte ganha
exposição em São Paulo
A mostra está em cartaz desde o dia 11 de
janeiro no Shopping Iguatemi JK (Av.
Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Vila
Nova Conceição) e ficará aberta até 08 de
fevereiro.
Vale a pena visitar!
Grandes Atores no Canal Viva
Em 24 episódios, a série Grandes Atores
(Canal Viva) relembra a trajetória de
importantes nomes de nossa televisão.
Regina Duarte na novela “Selva de Pedra”, em 1972
Estão retratadas ali a vida de Antonio Fagundes, Ary Fontoura, Cássio Gabus
Mendes, Edson Celulari, Francisco Cuoco, Herson Capri, José Mayer, Juca de
Oliveira, Lázaro Ramos, Lima Duarte, Luis Gustavo, Marcelo Serrado, Marco
Nanini, Marcos Palmeira, Mateus Solano, Mauro Mendonça, Ney Latorraca,
Miguel Falabella, Milton Gonçalves, Murilo Benício, Osmar Prado, Reginaldo
Faria, Reynaldo Gianecchini, Tarcísio Meira, Thiago Lacerda e Tony Ramos.
Com direção de Hermes Frederico, a série está sendo exibida desde 22 de
janeiro no Canal Viva. Sempre às quintas, 23h30.
A emissora pretende repetir o sucesso que teve com Damas da TV (2013),
sendo que nesta nova série também contou com o apoio da Pró-TV e de seu
acervo.
...Rápidas...
... No dia 25 de janeiro a TV Gazeta comemorou 45
anos de existência. A emissora nasceu no ano 1970
bem no aniversário de São Paulo. Para celebrar, a
emissora realizou uma série de 5 capítulos dentro do
Jornal da Gazeta (nas edições das 19h e das 22h),
exibidos de 19 a 24 de janeiro. Cada episódio
rememorou uma década, com as reportagens de
Fernanda Azevedo.
Divulgação
acontece
Elmo Francfort
... No dia 25 de janeiro chegou ao fim a temporada de
sucesso da exposição do Castelo Rá-tim-bum no
MIS. Aguardamos agora que destino terá a mostra.
Programa infantil comemorou 20 anos de criação em 2014
para ler
Marcela Bezelga
Música e Telenovela:
uma grande parceria
Se você pensou em uma música e imediatamente lembrou de uma novela
da qual essa música fazia parte da trilha sonora...
...ou pensou em uma telenovela qualquer e a primeira coisa que te veio a
cabeça foi a música de abertura, você precisa conhecer o livro Teletema
a história da música popular através da teledramaturgia brasileira , de
autoria de Guilherme Bryan e Vincent Villari.
A obra foi dividida em dois volumes, o primeiro, lançado no final de 2014,
aborda as trilhas das novelas e séries nacionais exibidas de 1964 a 1989
organizadas em tópicos colocados em ordem cronológica.
Os autores levam o leitor a um passeio musical entre obras de Caymmi,
Tom Jobim, Caetano Veloso, Vinícius de Morais, Toquinho, Roberto Carlos,
entre outros.
Além das músicas e suas histórias, entrevistas com autores de novelas,
músicos e produtores enriquecem ainda mais o livro.
Teletema
a história da música popular através da teledramaturgia
brasileira está disponível na biblioteca da Pró-TV.
Para ter acesso a essa e outras obras entre em contato pelo telefone
3872-7743 de segunda a sexta-feira das 10h às 18h e agende a sua
visita.
Saudade: Chico de Assis
Chico de Assis foi ator de rádio ainda bastante jovem. Mas logo entrou na TV Tupi de São Paulo, como câmera-man. Ali teve
várias funções, inclusive como redator. Adaptou a obra de Machado de Assis: Os Óculos de Pedro Antão . E logo escreveu o
original: Na Beira da Várzea . Entrou depois no importante Teatro de Arena de São Paulo .
Em1960, então no Rio de Janeiro, foi assistente de direção no Teatro de Arena . Trabalhou com os maiores diretores, como
Antunes Filho, Oduvaldo Vianna Filho, e outros.
Estudou literatura de cordel, numa fase que passou na Bahia. Uma de suas peças originais: Missa Leiga , foi montada não só
no Brasil, como em Portugal, Angola e Moçambique.
Divulgação
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Fez mais de 30 peças de teatro e várias novelas de
televisão. Foi também professor de arte na FAAP e
na ECA da USP.
Recebeu o Prêmio Gastão Tojero , em 1999.
Em 2014, recebeu a condecoração: Ordem do
Mérito Cultural , por todo seu trabalho.
Chico de Assis, ainda aparentemente saudável,
em seus 81 anos, foi encontrado morto, em seu
apartamento em São Paulo, no dia 3 de janeiro de
2015.
Foi velado e aplaudido por todos os seus colegas,
no Teatro de Arena. V.A.
Globo: 50 anos dourados
especial
Elmo Francfort
No dia 06 de janeiro de 2015 começaram oficialmente as comemorações pelos 50 anos da Rede
Globo.
A emissora entrou no ar no dia 26 de abril de 1965, através do canal 4 do Rio de Janeiro.
Agora a Globo passou a rememorar suas cinco décadas de existência, com o festival Luz, Câmera, 50
Anos , que desde o dia 06 (de terça a sexta, após Império ) apresentou grandes séries da emissora em
formato compacto de telefilme.
Sucessos de todas as épocas foram exibidos como O Canto da Sereia , A Teia , As Noivas de
Copacabana , Presença de Anita , Maysa , O Pagador de Promessas , Dercy de Verdade , Dalva
& Herivelto: Uma Canção de Amor , Lampião e Maria Bonita , Anos Dourados e muitas outras
produções.
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Dentro dessa programação inicial das comemorações está também a reprise de O Rei do Gado , no
Vale a Pena Ver De Novo e a série Felizes Para Sempre? , de Euclydes Marinho.
CEDOC / TV Globo
Há muito que se comemorar, mesmo sabendo que o vem aí é apenas uma amostra da vasta produção
da emissora nestes 50 anos.
Algumas das séries que foram exibidas em formato de telefilme
Divulgação
Falar sobre Antônio Renato Aragão nos dá muito orgulho. E
felicidade. Pessoalmente o conheci pouco e há muitos e
muitos anos. Foi em 1964, quando o humorista fez pequena
temporada na TV Tupi de São Paulo, onde eu trabalhava. Mas
me lembro perfeitamente dele, e da admiração que ele já
despertava, ainda que em começo de carreira. Lembro-me de
seu jeito risonho, educado, amigo de todos.
Fiquei sabendo que Renato era filho de um escritor sobralense
Paulo Ximenes Aragão e de dona Dinorá Lins. Fiquei sabendo
que, em sua terra, no Ceará, entrou no C.P.O.R, tornou-se
oficial do Exército, tendo sido um herói, quando fez viagem
aérea de Recife para Fortaleza e o avião caiu. Renato Aragão
foi sobrevivente e ajudou outros que estavam vivos.
Também fiquei sabendo que ele formou-se em Direito, em 1961, mas que preferiu trabalhar na TV
Ceará , como realizador , que era o título que se dava a quem criava o programa, o dirigia e o
apresentava. Foi assim que ele começou, com toda a coragem, sua carreira televisiva. Ele também era
ator. E no Ceará ficou até 1964, quando foi para a TV Tupi.
Em 1965, foi para a TV Excelsior, e formou o conjunto: Os Adoráveis Trapalhões , ao lado de
Wanderley Cardoso, Ivon Cury e Ted Boy Marinho, até 1966. Depois fez na TV Record: Uma graça,
Mora? . Participou da Praça da Alegria e do Quartel do Barulho , ainda na TV Record. Esteve até em
Portugal, na TV SIC. Mas foi em 1977 que ficou definitivamente na TV Globo, onde fez vários programas,
e firmou-se com Os Trapalhões , com Dedé Santana, Mussum e Zacarias. E juntos fizeram sucesso
total! Mas os colegas e amigos, Mussum e Zacarias, vieram a falecer. Renato entrou em depressão,
chegando a se afastar um longo tempo da televisão.
Mas voltou e criou outros programas, sempre para a Rede Globo. Notabilizou-se ainda à frente do
Criança Esperança , onde está de 1986, até os dias de hoje, tendo se tornado representante especial
da UNICEF como Embaixador, em prol da criança brasileira.
Sua inclinação cristã também é grande, salientando-se o fato de ter escalado o Cristo Redentor, no Rio
de Janeiro, indo até sua mão, para beijá-la, em 27 de agosto de 1991. Acrescentamos ainda a
caminhada que fez a pé, ao lado de sua 2ª esposa Lilian, de São Paulo à Aparecida, para pagar uma
promessa feita à santa.
Em cinema, então, Renato Aragão brilhou demais. Em 1977 inaugurou a Renato Aragão Produções
Artísticas , que já realizou 47 filmes e todos de muito sucesso em todo o Brasil.
Mas estou até agora falando de Renato Aragão, que é seu nome de batismo, esquecida que todos o
chamam de Didi Mocó , ou simplesmente de Didi , ou ainda de Didi Mocó Sonrisal Colesterol
Novalgina Mufumbo . Também me esqueci de citar frases famosas: O psit ; Ô da poltrona ; Arô? É
ieu (quando atende ao telefone); Vou fingir que nem ouvi (quando alguém o irrita). Esse é ele. O eterno
Didi, como é chamado e amado. Têm ainda várias outras palavras inventadas.
Didi é casado hoje com Lilian, como já escrevi acima, e pai da atriz Livian. Mas já foi casado com Marta
Rangel por 34 anos e tiveram quatro filhos. Por duas
vezes assustou a todos com doenças. A 1ª, foi quando
Livian fez 15 anos e Didi teve um infarto do miocárdio,
passou por angioplastia e sarou. E a 2ª vez, quando teve
forte infecção urinária e foi internado no Hospital Barra dí
Or. Mais uma vez o país inteiro rezou por ele, pois o Brasil
o ama. O Brasil o quer sempre. Eterno.
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encontro com os artistas
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Renato Aragão, 80
Eu o quero eterno. Sempre. Pois se o vi pouco
pessoalmente, não deixei nunca de assisti-lo e aclamálo, com sua graça genuína, pura, nascida de dentro de
seu ser, e que chega diretamente ao meu coração.
Obrigada e parabéns por seus 80 anos, Didi querido.
V.A.
saudade
Perdemos a grande
amiga Lisa Negri
Perdemos uma grande amiga...
Lisa Negri se chamava Elisa Biondi. Descendente de
italianos, nasceu e viveu no bairro da Mooca, em São
Paulo.
Entrou na TV Tupi para ser modelo, pois era bonita e
elegante. O grande costureiro Denner a conheceu e a
contratou para seus desfiles.
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Mas Cassiano Gabus Mendes a viu e se encantou.
Chamou-a para ser atriz. Vida Alves a colocou para
estrelar sua novela, O Segredo de Laura .
Depois, ela fez muitas outras novelas e teleteatros pois
também Geraldo Vietri gostou dela e a colocou em seus
muitos TVs de Comédia .
Lisa Negri, certa feita, mudou-se para os Estados
Unidos. Lá ficou muitos anos. Mas voltou, e no Brasil,
montou sua companhia teatral.
Fez ainda seis filmes, pois irrequieta que era, arranjava
tempo para tudo.
Lisa Negri, amiga de Vida Alves, entrou na Diretoria da
Pró-TV e colaborou com a Associação dos Pioneiros.
No dia 19 de dezembro de 2014, ela faleceu
repentinamente. Estava com 73 anos.
Deixou muita saudade e muita emoção. V.A.
Lisa Negri como apresentadora da festa
de 63 anos da TV brasileira
Lisa Negri na década de 1970
O gênero do terror na TV
José Mojica Marins, nascido na cidade de São
Paulo em 13 de março de 1936, desde muito
cedo demonstrou interesse pelo cinema. Ainda
adolescente, no final dos anos 40, fazia
experiências de filmagens em 16 milímetros.
Em 1954, com 18 anos, começou a filmar seu
primeiro longa-metragem Sentença de Deus ,
com a presença da atriz cubana Nancy Montez,
que depois se tornaria vedete da TV brasileira.
Mas por uma gama de dificuldades, esse filme
não foi concluído. Diante disso, Mojica partiu
para novo projeto, e em 1958, conseguiu lançar
A Sina do Aventureiro , com Acácio de Lima,
Shriley Alves, entre outros, no elenco.
Mas eram tempos sócio-politicamente difíceis,
e o programa de Mojica era alvo constante da
censura do Governo Militar. Já em 1968, ele
deixou a TV Bandeirantes, juntamente com seu
redator R. F. Lucchetti para constituir um novo
programa na TV Tupi, chamado O Estranho
Mundo de Zé do Caixão , que também daria
nome ao próximo filme de Mojica, lançado
naquele mesmo ano. E novamente Zé do
Caixão foi atingido pela censura, tanto no
cinema, quanto na televisão, prejudicando
seus dois projetos audiovisuais. O programa na
Tupi, saiu do ar ainda em 1968, com poucos
meses de existência.
Depois do segundo filme Meu Destino em suas
Mãos de 1963, onde se destacava o cantor
mirim Franquito e a fotografia de Rui Santos, veio,
no ano seguinte, o primeiro grande sucesso, em
seu filme À Meia Noite Levarei sua Alma , que
lançava o personagem Zé do Caixão ,
interpretado por Mojica, que protagonizava o
filme.
José Mojica Marins só voltaria com o seu
teleteatro de horror na TV em 1981, em curta
passagem pela TV Record, no programa Um
Show do Outro Mundo , com roteiro de Norbert
Novotny, onde mesclava interpretações
cênicas com programa de auditório. Mas o
programa no Canal 7 durou apenas quatro
meses, já que Mojica decidira disputar a
eleição parlamentar do ano seguinte, onde
acabou não sendo eleito Deputado Federal.
O sucesso foi instantâneo, com filas se
avolumando no Cine Art Palácios no centro
paulistano e com posterior estreia no Rio de
Janeiro. Esse inovador personagem ganhou
fama nacional, e a crítica cinematográfica se
dividia entre elogios e reprovações às peripécias
de Zé do Caixão. Nomes como Sérgio Porto,
Rogério Sganzerla, Luis Sergio Person e Glauber
Rocha passaram a emitir declarações elogiosas
ao trabalho cinematográfico de José Mojica
Marins, propiciando que, dois anos depois, fosse
lançado Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver ,
que teve semelhante repercussão.
Em 1996, mais uma curiosa incursão de Zé do
Caixão na TV, voltando para a Rede
Bandeirantes, num vespertino programa,
chamado Cine Trash . Apesar da relevante
audiência, pressões externas acarretaram o fim
do programa ainda naquele ano.
Todo esse sucesso, gerou um convite para
Mojica ter seu próprio programa no nascente
Canal 13 de São Paulo, a TV Bandeirantes, no
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ano de 1967, por meio de seu Diretor Artístico
Antonino Seabra. O programa Além, Muito
Além do Além , com roteiro de Rubens
Francisco Lucchetti, estreou em 15 de
setembro de 1967, uma sexta-feira e
popularizava o teatro de terror na TV.
Em 1998 os jornalistas André Barcinski e Ivan
Finotti, biografaram Mojica no livro Maldito: a
vida e o cinema de José Mojica Marins, o Zé
do Caixão , pela Editora 34.
Em 2008, Mojica retorna com sucesso a
filmografia, com Encarnação do Demônio ,
filme premiado no Festival de Paulínia bem
como em Festivais Internacionais.
Essa é uma síntese da trajetória artística de
José Mojica Marins, que além da manifesta
versatilidade - diretor, ator, compositor,
encenador, roteirista, personagem de história
em quadrinhos - legou ao cinema brasileiro um
inesquecível e singular personagem: o Zé do
Caixão, nesses 60 anos de sua ininterrupta
presença nas telonas e nas telinhas.
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história
Fábio Siqueira
João José Carniel
Ganhei um prêmio inesperado. E
nem sei se inteiramente merecido.
Mas foi tanta emoção...
No dia 8 de dezembro de 2014, no
auditório Pedro Piva do Museu
Brasileiro de Escultura MUBE, que
fica na Avenida Europa, houve a
entrega do prêmio.
A apresentação foi feita pelo filho de
Paul Donovan Kigar, que já é
falecido.
Cinco pessoas foram agraciadas:
1° Paulo Bonfim, que é o Príncipe
dos poetas paulistas.
Vida Alves entre Maria Amélia e Jorge Lendman,
representantes do Prêmio Paul Donovan Kigar
dia a dia
Prêmio Paul Donovan
Kigar para Vida Alves
2° Vida Alves
atriz pioneira da
televisão brasileira e presidente da
Pró-TV.
3° Missão Belém Corpo de Voluntários, que realiza trabalho de recuperação e amor ao próximo de
São Paulo e que já esteve trabalhando até no Haiti, quando ocorreu o grande terremoto.
4° Escola de Pais Sociedade Civil, de origem cristã, que tem como objetivo ajudar os pais na
educação dos filhos.
E 5° e último: Irene Sendler ativista católica dos direitos humanos, que durante a Segunda Guerra
Mundial, contribuiu para salvar mais de 2.500 vidas.
Houve números musicais e falas muito bonitas, entre as quais, a minha, que foi emocionada, pela
imensa gratidão que senti, por ter recebido o XI Prêmio Paul Donovan Kigar . Que Deus me ajude a
realmente merecê-lo. V.A.
Visita importante
No dia 18 de dezembro do ano passado, a Pró-TV teve o prazer de receber uma visita de 39 pessoas, vindas de
Cubatão, cidade do litoral paulista.
Eram elementos do CAMP de Cubatão. Essa é uma entidade que foi fundada em setembro de 1971, pelo português
Mário dos Santos, com a intenção de tirar jovens da rua, e transformá-los em patrulheiros, para colaborarem com o
Poder Legislativo.
Atualmente o CAMP possui um belo espaço, para oferecer aos jovens acesso ao desenvolvimento pessoal e
possibilidade de um futuro promissor.
Na sede paulistana da Pró-TV, estiveram 35 estudantes (de 16 e 18 anos), um professor, duas assistentes sociais e uma
psicóloga. Foi feita uma visitação monitorada por todo o nosso espaço, depois do que, Vida Alves fez uma palestra
interativa, alegre e proveitosa.
Foi uma manhã muito interessante, que fez com que, tanto os visitantes, quanto os elementos da Pró-TV, se sentissem,
muito felizes e realizados. V.A.
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Lá vem o Chaves...
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de olho na arte
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Diego Nunes
Em 28 de novembro de 2014 o Brasil parou
entristecido com a morte de um dos artistas
mais queridos do Brasil, Roberto Gómez
Bolaños, o tonto do Chaves do 8 .
Mesmo não sendo brasileiro, o mexicano
tornou-se uma das figuras mais populares
da televisão brasileira, estando no ar há
mais de trinta anos.
Chaves é um programa criado na mexicana
TV TIM, e passou para a grande Televisa
quando esta comprou e fundiu-se com a
pequena emissora em 1973.
Originalmente, era um quadro dentro do
programa Chesperito, uma das muitas
personagens criadas por Bolaños.
Chesperito é uma forma diminutiva e
castelhanizada de Shakespeare (Chekspir).
Tal apelido foi dado pelo diretor de cinema
Agustín P. Delgado, que considerava que o
pequeno artista conseguia escrever histórias tão versáteis quando o bardo inglês. Tal apelido surgiu quando
Bolaños escreveu o roteiro do filme "Los Legionarios " (1958), um dos primeiros dos muitos filmes que participou.
Em 1984, Silvio Santos procurava atrações para preencher a programação do SBT que ainda estava
engatinhando, e comprou um pacote de programas da emissora do México. Chaves, Chapolim e cia vieram
juntos. E não agradaram ao patrão e nem a nenhum diretor do SBT.
Chaves estrou timidamente no meio do programa Bozo, e logo tornou-se um sucesso. Seu humor ingênuo
demonstrou ser atemporal, tanto que continua agradando as novas gerações. O programa tornou-se um coringa
da emissora, que o colocava no ar em qualquer horário que necessitasse combater a programação das
emissoras rivais, e sempre com resultados bem satisfatórios. Chegou mesmo a ser exibido no horário nobre.
As personagens de Bolaños se tornaram tão populares mundialmente que até o desenho norte americano tem
uma personagem em sua homenagem, o mexicano Homem Abelha (Bumblebee Man), inspirado no Chapolim
Colorado.
Consagrado, Roberto Gómez Bolaños faleceu aos 85 anos, e foi enterrado com todas as honras de uma grande
estrela. Curiosamente, o artista era sobrinho do ex-presidente mexicano Gustavo Díaz Ordaz Bolaños.
Reprodução
O povo brasileiro sentiu sua partida como sente de um amigo querido, gerando uma verdadeira comoção. Até as
emissoras rivais ao SBT prestaram sua homenagem ao artista. Tinha que ser o Chaves!
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Ricardo Gouveia
Reimy Honda
André Dias
Jorge Antonio Morate
Rita Guedes
Débora Duarte
Flamínio Fávero
Paulo Vilhena
Elias Gleizer
Cássia Kis Magro
Carlos Manga
Márcia Real
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Nicette Bruno
Alexandre Silva
Jorge Luiz Oliveira
Patrícia Pillar
Renato Aragão (Didi)
Marco Aurélio Dias
Joelmir Antonio
Éderson de Oliveira
Mel Lisboa
Taumaturgo Ferreira
Nelson Gonçalves Jr.
José Sebastião
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Marina Toledo
Marília Pêra
Brancato Júnior
Beth Goulart
Carolina Ferraz
Dan La Laina Sene
Ary Fontoura
Fernando Loureiro
Marcello Antony
Maitê Proença
Maurício Schermann
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Fevereiro
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Luiz Francfort
Nadir Fernandes
Adriana Lessa
Luiz Gustavo
Maximira Figueiredo
Vivian Regina Bifulco
Sabrina Sato
Laurindo Guzzi
Wanda Stefânia
Regina Duarte
João Roman Neto
Cláudia Ohana
Vanessa Vholker
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aniversariantes
Janeiro
Cauby Peixoto
Josemar A.P. Fuzari
Roberto Petri
Mário Prata
Guy Loup
Paulo César Grande
Edwin Luisi
Flávio Prado
Regina Martinez
Bóris Casoy
Dino Moreno
David Leroy
Tito Bianchini
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Valter Leite
Cristiane Torloni
Priscila Fantin
Fábio Rolfo
Alberto Dines
David José
Aracy Balabanian
Antonio Bellini
Mohamad Said Mourad
Celso Luiz Tavares
César Monteclaro
Ruvin José
Saudade: Lucy Mafra
Lucy Mafra, atriz brasileira nascida em Vassouras, estado do Rio de Janeiro, em 27 de setembro de 1954, faleceu em capital
carioca, em 5 de dezembro de 2014. Estava com 60 anos.
Fez mais de 15 novelas; fez ainda a
minissérie: Engraçadinha... Seus Amores
e Seus Pecados , no papel de Assunta.
Fez Candoquinha, no humorístico:
Escolinha do Professor Raimundo .
Participou ainda de seis filmes
importantes do Brasil.
Considerada uma excelente atriz, Lucy
Mafra faleceu no último mês de 2014.
Deixou muitos amigos e muita saudade.
V.A.
Reprodução
Vida intensa como atriz, atuou em televisão, mais precisamente na Rede Globo, de 1980 a 2005.
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Direção: Vida Alves | Design: Nelson Gonçalves Junior |
Redação: Vida Alves, Elmo Francfort, Élida Alves, Fábio Siqueira, Nelson Gonçalves Junior, Diego Nunes e Marcela
Bezelga
Fotos: Francisco Rosa e Acervo Pró-TV | Secretaria: Lú Bandeira
Tel: (11) 3872.7743 | Site: www.museudatv.com.br | Twitter: @museudatv
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