Pré-Vestibular
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Atualmente aproximadamente 3,2 bilhões de pessoas estão conectadas à internet formando uma Aldeia Global Aldeia global é um conceito criado pelo filósofo Marshall McLuhan para mostrar que as novas tecnologias de informação e comunicação encurtam distâncias e reduzem o planeta à situação de aldeia: todos, de alguma maneira, interligados CÓDIGO O processo de globalização teve início no período dos descobrimentos tendo maior desenvolvimento a partir da Terceira Revolução Industrial Sem título-12 1 apenas para ajuste do ISBN deletar este box M Extensivo Livro 1 ega Professor 18/09/2015 18:00:42 Potenciação e radiciação Marques/Shutterstock Potência de expoente natural Seja a ∈ , a 0 e n ∈ , a potência de base a e expoente n é um número an tal que: a0 = 1 an = an–1 · a, n, n a2 = a1 · a = a · a a–n = 1 Assim,a1 = a0· a = 1 · a = a Potência de expoente inteiro negativo a3 = a2 · a = a · a · a Em geral a , p ∈ e p ≥ 2, é um produto de p fatores iguais a a. p fatores 1 1 = 31 3 1) 3-=1 1 1 1 = 3 ) ( -3 )-3 = 3 = ( -3 ) -27 27 2 1 1 9 4 ) = = = 2 2 4 3 2 4 3 9 2)(–5)0 = 1 a Em geral, temos: b 3)21 = 2 1 1 =1 5 5 -n b = a n Raiz enésima aritmética 5)(–4)1 = –4 6)52 = 5 · 5 = 25 7)(–3)2 = (–3) · (–3) = 9 8)02 = 0 · 0 = 0 Sendo o radicando a + e o índice n n raiz b +, tal que a = b bn = a. , existe sempre a `` Exemplos: 2 9) 1 1 = 32 9 -2 2 ) 3= -2 `` Exemplos: 1)40 = 1 4) * `` Exemplos: p ap = a · a · a · ... · a 1 ,a an 2 = 2 ⋅ 2 = 4 3 3 3 9 5 32 = 2 , pois 25 = 32 10)23 = 2 · 2 · 2 = 8 11)(–2)3 = (–2) · (–2) · (–2) = –8 Da definição temos que 12)–23 = –(2) · (2) · (2) = –8 Especial cuidado deve ser tomado no cálculo da raiz quadrada de quadrados perfeitos em que tem-se a2 = a . 13)–(–2)3 = –(–2) · (–2) · (–2) = 8 4 16 = 2 e não 4 16 = 2. `` Exemplos: ( -5 = ) = -5 2 1)a0 = 1, a PVE16_1_MAT_A_02 3)0P = 0, p +* 4)00 não é definido 5) n par n ímpar x. 0 2)a1 = a 6) 5= e x2 a >0 n an tem o mesmo sinal de a Operações 1) Só é possível adicionar ou subtrair raízes idênticas (mesmo índice e radicando). `` Exemplo: 3 3+2 3= 5 3 MATEMÁTICA A 41251_MIOLO_PVE16_1_MAT.indb 141 141 15/09/2015 18:20:50 2) Para multiplicar (ou dividir) raízes de mesmo índice, basta multiplicar (ou dividir) os radicandos e manter o índice. Propriedades das raízes Sejam m ∈ , p ∈ * e a, b ∈ + `` Exemplo: 3 3 m 1) n a = n · p am.p 3 3 2 ⋅ 3 3 =⋅ 2 3 = 6 2) n a·b = n a · n b Potência de expoente racional , com q ≠ 0, temos: p q q a = ap p numerador denominador Raiz: q p Expoente: q `` Exemplos: 1 2 = 1) 3 = 3 2) 8 índice da raiz `` Exemplo: 3 8 =4 2 1) ap · aq = ap + q = ap – q, a ≠ 0 3) (a · b)p = ap · bp 4) a p b = ap b p ,b≠0 5) (ap)q = ap · q `` Exemplos: 1)53 ·52 = 53+2 = 55 2)34 · 3–1 = 34–1 = 33 3) 4) 5) 25 = 25-2 = 23 22 25 = 25 –(– 2) = 27 2–2 (2 · 3)2 = 22 · 32 2 6) 3 = 32 5 52 7)(5 ) = 5 = 5 2 8)53 = 59 3 2 3·2 As propriedades das raízes são iguais às propriedades das potências para expoentes fracionários. potência da base Propriedades das potências aq 6 Raiz quadrada aproximada No caso de números que não possuem raiz quadrada exata, pode-se falar na raiz quadrada por falta como o maior número inteiro cujo quadrado não excede o número inteiro dado e na raiz quadrada por excesso como o menor número inteiro cujo quadrado excede o número dado. Os dois números citados diferem em 1 unidade e os erros nos dois casos são inferiores a 1 unidade. A diferença entre o número dado e o quadrado da raiz aproximada (em geral a raiz por falta) é chamada resto da raiz quadrada. `` Exemplo: 36 < 42 < 49 ⇔ 62 < 42 < 72, assim 6 é a raiz quadrada de 42 por falta, 7 é a raiz quadrada de 42 por excesso e o resto é 42 – 62 = 6. Racionalização Racionalizar consiste em transformar as expressões com radicais no denominador em expressões equivalentes que não apresentem radicais no denominador. Essa operação é feita multiplicando-se o numerador e o denominador da fração por um fator racionalizante. Esse fator é a expressão que multiplicada pelo denominador resulte em uma expressão sem radicais. Esse fator é encontrado tendo por base as propriedades de potências e raízes, e a analogia com as fórmulas da fatoração. Racionalização baseada nas propriedades de potências e raízes `` Exemplos: 1 = 2 a) Como se pôde notar pelos exemplos 7 e 8, em geral teq mos (ap)q ≠ ap . 1) 142 MATEMÁTICA A ,b≠0 As propriedades anteriores são úteis para redução de potências ao mesmo índice a fim de permitir a sua multiplicação ou divisão. As potências de expoente irracional são definidas por “aproximação” de potências racionais, mas apenas para bases não negativas. ap a a =n b b 6 3 6 3⋅32= 3 ⋅ 6 2 2 ⋅ 6 32 ⋅ 2 2 = 108 2 3 2) n 3 3 = 3 1 2 ⋅= 2 2 3 2 = 22 2 2 3 3 32 3 3 9 3 3 9 ⋅ = = = 3 3 3 32 3 33 3 9 PVE16_1_MAT_A_02 p q +* e Sendo a n 3) Racionalização baseada na fórmula: (a + b) · (a – b) = a2 – b2 Dessa forma escreve-se 75 para representar 7 · 10 + 5 e 223 para representar 2 · 102 + 2 · 10 + 3 `` Exemplos: Entretanto, os números podem ser escritos em diversas bases de numeração conforme a necessidade e conveniência. 1) 1 1 = ⋅ 3− 2 3− 2 2) 1 = 2+1 3+ 2 = 3+ 2 2 −1 = 2 −1 1 ⋅ 2+1 3+ 2 = 3−2 2 −1 ( 2) −1 2 2 3+ 2 2 −1 = 2−1 = 2 −1 (11)2 = (3)10 (101)2 = (5)10 (110)2 = (6)10 (111)2 = (7)10 Em geral, quando representamos os números da base 10, omitimos o subíndice. `` Exemplos: 3 ( 2) + = ( 2) 2 3 3 2) 3 ( 2 ) + 2 ⋅1 + 1 = ( 2) + 2 ⋅1 + 1 2 +1 +1 ( 2) + 2 = = 3 = 3 + 3 3 4 3 = 2 3 3 3 2 -1 -1 ( 3) + ( 3) 3 2 3 Mudança de uma base qualquer para a base 10 2 3 3 1 9-36 + 2 3 2 3 2 3 3 2 3 1 1 = ⋅ 2 -1 3 2 -1 2 3 = 9 3 3 1 6 + 3 ⋅ 4 3+ 2 = 3+2 3 3 3 3 4 + 3 + 3 + 3 + 5 3 3 2 +1 B = A+C 2 onde, C = 3 2 = 2 2 A-C 2 Caso a quantidade de símbolos exceda 10, utilizamos letras maiúsculas do nosso alfabeto, dessa forma os símbolos são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F, G, ..., em que A equivale a 10 unidades de base 10, B a 11, C a 12 e assim por diante. A -B 2 32 − 5 = 2 3+2 3−2 3+ 5 = + = 2 2 2 )= C 5 1 10 + 2 + = 2 2 2 20 −1 2 Sistemas de numeração O nosso sistema de numeração chama-se hindu-arábico e tem base dez. Isso quer dizer que utilizamos apenas dez símbolos (algarismos) para representar todos os números. Esses algarismos são: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Os números restantes são representados por combinações desses símbolos. PVE16_1_MAT_A_02 É usual utilizar um traço acima de variáveis justapostas para representar que as mesmas são algarismos que compõem um número. Por exemplo, para a base 10: 6 2 − 20 = 4 6+4 6−4 6−2 5 = 6 − 20 = − = 2 2 em que os algarismos podem tomar apenas os valores 0, 1, 2, ... , b - 1. `` Exemplos: (23)6 = 3 + 2 · 6 = 15 (145)6 = 5 + 4 · 6 +1 · 62 = 65 (1011)2 = 1 + 1 · 2 + 0 · 22 +1 · 23 = 11 Na expressão anterior podemos notar que em um sistema de base b são usados b algarismos e o maior algarismo utilizado é b – 1. Ex.: O sistema de base 6 possui 6 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4 e 5. `` Exemplos: 1) = C Um sistema de numeração de base b se relaciona com a base 10 da seguinte forma: (anan–1 ... a2a1a0)b = a0 + b · a1 + b2 · a2 + ... + bn · an 3 Transformação de radicais duplos A (1)2 = (1)10 (10)2 = (2)10 (100)2 = (4)10 Racionalização baseada nas fórmulas: (a3 + b3) = (a + b) · (a2 - ab + b2) e (a3 – b3) = (a – b) · (a2 + ab + b2) 1) No sistema de base 2, os algarismos utilizados são 0 e 1, e os primeiros números são escritos: Em geral escreve-se: (anan –1 ... a2a1a0)10 para representar 10 0a0 + 101a1 + 102a2 + ... + 10n–1an–1 + 10nan com 0 ≤ ai < 10. xy é usado para representar 10x + y xyz para representar 100x + 10y + z Esse tipo de representação também pode ser utilizada em outras bases. Mudança da base 10 para uma base qualquer Já sabemos como relacionar um número em uma base qualquer com seu correspondente na base 10. Agora vamos ver como obtemos a representação em uma outra base de um número que conhecemos na base 10. Isso é feito baseado MATEMÁTICA A 41251_MIOLO_PVE16_1_MAT.indb 143 143 15/09/2015 18:20:51 na expressão do item anterior. Dessa forma, para passar um certo número da base 10 para uma base qualquer b, deve-se dividir o número sucessivamente por b e a sua representação nessa nova base é dada pelos restos assim obtidos tomados na ordem contrária. `` Exemplos: 2 42 0 2 21 1 2 10 0 2 5 1 2 2 0 2 1 1 Outras vezes solicita-se que seja contada a quantidade de algarismos escritos. Para tanto, é necessário calcular quantos números são escritos com cada quantidade de algarismos. `` Exemplos: São escritos os naturais de 1 a 150. Quantos algarismos foram escritos? De 1 a 9 há (9 – 1 + 1) = 9 números de 1 algarismo. De 10 a 99 há (99 – 10 + 1) = 90 números de 2 algarismos. De 100 a 150 há (150 – 100 + 1) = 51 números de 3 algarismos. Logo, o total de algarismos escritos é 9 · 1 + 90 · 2 + 51 · 3 = 342. A tabela a seguir mostra a quantidade de números que se pode formar na base 10 com uma determinada quantidade de algarismos. Escrever 171 na base 2. 171 2 1 85 1 Os números escritos vão de 3 · 11 até 3 · 111, logo devemos contar a quantidade de números naturais de 11 a 111, isto é, (111 - 11) + 1 = 101 números. 2 0 Qtd. de algarismos Qtd. de números 1 9 2 90 3 900 4 9 000 171 = (10101011)2 Mudança entre bases diferentes da base 10 Para converter um número que se encontra em uma base diferente de 10 para outra também diferente de 10, deve-se converter o número para a base 10 e então para a nova base. `` Exemplo: Escrever (6 165)7 no sistema de base 12 Temos: (6 165)7 = 6 · 73 + 1 · 72 + 6 · 7 + 5 = 2 154 Fazendo divisões sucessivas: 2154 = 12 · 179 + 6 179 = 12 · 14 + 11 14 = 12 · 1 + 2 1 = 12 · 0 + 1 Logo, 2 154 = (12B6)12 Portanto, (6 165)7 = (12B6)12 Contagem Notação científica A notação científica é usada para escrever números muito grandes ou muito pequenos como potências de base 10. Um número está em notação científica quando está escrito como produto de dois números reais, um deles pertencente ao intervalo [1, 10) e o outro é uma potência de 10. A seguir alguns números em notação científica: 1) 700 = 7 · 102 2) 3 745 = 3,745 · 103 3) 873,12 = 8,7312 · 102 4) 0,00025 = 2,5 · 10–4 Se n e p são números naturais com n > p, o número de naturais de p a n é igual a n − p + 1. O número de naturais entre p e n é igual a n − p − 1. `` Exemplos: 1) De 10 a 99 inclusive há (99 – 10 + 1) = 90 números. De 9 a 99 excluindo o 9 há (99 – 9) = 90 números. Entre 9 e 100 há (100 – 9 – 1) = 90 números. 2) Qual o vigésimo número inteiro após 15? Temos então que contar 20 números começando em 16, ou seja, sem incluir o 15. Teremos então (x - 15) = 20 em que x = 35. Muitas vezes precisamos contar a quantidade de números em uma sequência de múltiplos de k. `` Exemplo: Escrevem-se os múltiplos de 3 desde 33 até 333. Quantos números são escritos? 144 1. (UFRGS) O algarismo das unidades de 910 é a) 0 d) 6 b) 1 e) 9 c) 3 `` Solução: B Observe as primeiras potências de base 9 e expoente natural: 90 = 1 91 = 9 92 = 81 93 = 729 Note que se o expoente é par o algarismo das unidades é 1 e se for ímpar é 9. Assim, o algarismo das unidades de 910 é 1. PVE16_1_MAT_A_02 Se no cômputo incluirmos apenas um dos extremos a quantidade de naturais é n - p. MATEMÁTICA A 41251_MIOLO_PVE16_1_MAT.indb 144 15/09/2015 18:20:51 Fonologia Origem da fala A associação de um som ou gesto a um certo objeto ou ação fez com que nascessem os signos - referência a algum elemento da natureza; e a significação - uso social dos signos, compondo, dessa forma, a base da comunicação em geral e da linguagem particular. A origem da linguagem humana Estudo sugere que a “palavra nasceu” na África 2011-04-19 Psicólogos da Universidade de Auckland acabam de publicar dois grandes estudos sobre a diversidade de línguas do mundo nos jornais Science e Nature. O primeiro estudo, publicado na Science por Quentin Atkinson, sugere que a África é o berço da linguagem humana. Quentin Atkinson estudou os fonemas, ou unidades perceptivelmente distintas do som que diferenciam palavras, usado em 504 línguas humanas atuais e descobriu que o número de fonemas é maior na África e diminui com o distanciamento deste continente. O menor número de fonemas é encontrado na América do Sul e nas ilhas tropicais do Oceano Pacífico. Este padrão encaixa-se num modelo em que as populações pequenas em expansão progressiva perdem diversidade. O cientista observou que esse padrão de uso de fonemas em todo o mundo reflete o padrão de diversidade genética humana, que também diminuiu à medida que os seres humanos se expandiram de África para colonizar outras regiões. Em geral, as áreas da Terra que foram colonizadas mais recentemente incorporam menos fonemas nas línguas locais ao passo que as áreas que receberam os seres humanos modernos há milênios (principalmente a África Subsaariana) ainda usam o maior número de fonemas. Este declínio no uso de fonemas não é explicado por mudanças demográficas ou outros fatores locais, e fornece fortes evidências de uma origem das línguas modernas humanas na África. 6 Cognição supera cultura O segundo estudo, publicado na Nature pelos investigadores Russell Gray e Simon Greenhill da Universidade de Auckland e os colegas Michael Dunn e Stephen Levinson do Instituto Max Planck de Psicolinguística, na Holanda, desafia a ideia de que o cérebro humano produz regras universais para a linguagem. “A diversidade das línguas do mundo é incrível”, afirma Russell Gray. “Há cerca de sete mil línguas faladas hoje em dia, algumas com apenas uma dúzia de sons contrastivos, outros com mais de cem, alguns com padrões complexos de formação de palavras, outros apenas com simples palavras, alguns com o verbo no início da frase, outros no meio e no final”. Segundo o cientista, a investigação “mostra que as reivindicações que alguns linguistas têm feito sobre o papel da estrutura inata da mente humana na formação da variação linguística têm sido extremamente exageradas”. Com métodos computacionais derivados da biologia evolutiva, Russell Gray e equipe analisaram os padrões globais na ordem da evolução da palavra. Em vez de padrões universais de dependências nas características da palavra, os investigadores descobriram que cada família de linguagem tinha as suas próprias tendências evolutivas. “No que toca à evolução da linguagem, a cognição prevalece sobre a cultura”, sublinhou Russell Gray. (Disponível em: <www.cienciahoje.pt/index.php?oid=48580&op=all>. Acesso em: 11 ago. 2015.) Fonética e fonologia A pesquisa de Atkinson sugere que a África é o berço da linguagem humana e usa, como um de seus argumentos principais, o fato de que “as áreas da Terra que foram colonizadas mais recentemente incorporam menos fonemas nas línguas locais ao passo que as áreas que receberam os seres humanos modernos há milênios (principalmente a África Subsaariana) ainda usam o maior número de fonemas”; ou seja: América, algumas ilhas do Oceano Pacífico e Oceania. Fonética é a ciência que se ocupa dos estudos referentes aos sons da fala. Fonologia é a área da Linguística em que se concentram pesquisas e estudos a respeito dos fonemas e de como se organizam em determinada língua. PVE16_1_POR_A_01 Não é possível estabelecer com precisão em que período histórico se originou a fala humana, tampouco pode-se presumir se os homens primitivos começaram seu processo de interação por meio de gritos ou grunhidos, ou se foi por meio de gestos. Além disso, há ainda a possibilidade de que a primeira forma de interação tenha sido por meio da combinação de sons e gestos. LÍNGUA PORTUGUESA 41249_MIOLO_PVE16_1_POR_LP.indb 6 15/09/2015 17:25:47 Fonemas e grafemas Fonemas consonantais Fonema é a mínima unidade sonora da fala, capaz de diferenciar a compreensão de uma palavra. Os fonemas não se referem a qualquer som. São sons do idioma, da comunicação, capazes de formar vocábulos e palavras. Pronunciemos a seguinte palavra: baleia. Se um dos sons que compõem essa palavra for trocado – o que gerará uma mudança gráfica – nossa compreensão da palavra se alteraria. Veja: baleia boleiabateia A alteração de letras representa na realidade mudança sonora. Não mais é possível a compreensão da palavra “baleia”. Observe também que a alteração na pronúncia gerou uma alteração na escrita. Grafema (ou letra) é a mínima unidade da escrita. Isso poderia sugerir que existe uma relação biunívoca entre letra e fonema, isto é, que a cada letra corresponde um fonema e vice-versa. Mas não é isso que ocorre. Observe a letra “s” nas palavras a seguir: sinceridadecasa Ambas as palavras têm as mesmas letras, mas não os mesmos fonemas. A letra “s” representa sons (fonemas) distintos nos dois casos. Agora veja que a letra “s” representa o mesmo fonema que a letra “z” nos dois exemplos. casa isolado Fonema não deve ser confundido com letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. O mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x. Fonema consonantal é aquele que se produz pelo encontro de um obstáculo para sua saída do aparelho fonador. Esse obstáculo pode ser a língua, os dentes, os lábios, o palato... Enfim, qualquer parte do aparelho fonador. Por exemplo, não há como o fonema /b/ ser produzido sem que os dois lábios estejam fechados. Daí ele ser chamado de consoante bilabial. Veja os fonemas que estão representados pelas letras ou pelos agrupamentos de letras destacados a seguir: A cog-ni-ção pre-va-le-ce so-bre a cul-tu-ra. Fonemas semivocálicos Fonema semivocálico é aquele que representa os fonemas /u/ e /i/ quando presos a outra vogal. Não são chamados de vogais porque são assilábicos, isto é, não formam sílabas sozinhos e precisam estar presos a vogais. Vejamos exemplos a fim de simplificarmos essa definição. Ele sempre sai à noite. Eu saí à noite. Veja: o “i”, em “sai”, está preso à vogal “a”; em “saí”, separa-se dela, sendo pronunciado independentemente. Ele é um homem mau. Ele comprou um baú. Veja: o “u”, em “mau”, está preso à vogal “a”; em baú, separa-se dela, sendo pronunciado independentemente. Como não há semivogal no alfabeto escrito, os fonemas semivocálicos vêm representados graficamente por vogais ou até mesmo por consoantes. mãe, pai, ária, rei, mau, mal, quase, réu, mel, água Relação letra-fonema Depois de expostos os primeiros conceitos, podemos agora analisar a relação entre letras e fonemas em cada palavra. Fonemas da língua portuguesa nexo: 4 letras / 5 fonemas Vimos que uma mesma letra pode representar fonemas diferentes e também que o mesmo fonema pode ser representado por letras diferentes. Veremos, a seguir, uma classificação dos fonemas. hoje: 4 letras / 3 fonemas Fonemas vocálicos Fonema vocálico é aquele que se produz nas cordas vocais e que não encontra obstáculos para sua saída do aparelho fonador. Veja os que estão representados pelas letras ou pelos agrupamentos de letras destacados nos vocábulos a seguir. PVE16_1_POR_A_01 A di-ver-si-da-de das lín-guas do mun-do é in-crí-vel. Perceba que alguns fonemas formam-se pela combinação de duas letras. Na palavra “frequentemente”, por exemplo, o fonema /~e/ construiu-se pela associação da vogal “e” com a consoante “n”, que, nesse caso, não é pronunciada. A letra x representa o agrupamento fônico /k s/. O “h” não representa nenhum fonema. trabalho: 8 letras / 7 fonemas O “lh” representa um único fonema. manhã: 5 letras / 4 fonemas O “nh” representa um único fonema. panela: 6 letras / 6 fonemas Nesse caso, há correspondência entre letra e fonema. Observe, então, que o número de letras pode ser maior que o número de fonemas, ou vice-versa. Pode ser ainda que a relação letra–fonema seja de um para um. LÍNGUA PORTUGUESA 41249_MIOLO_PVE16_1_POR_LP.indb 7 7 15/09/2015 17:25:47 Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: texto (s), exibir (z); enxame (ch); táxi (ks). O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Talvez você estranhe a ocorrência de ditongo em palavras como mal, balsa, hífen, fizeram. O ditongo não deve ser entendido como um encontro gráfico de vogais, mas como um fenômeno fonológico, ou seja, relativo ao fonema e não à letra. •• As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Por exemplo: “compra” e “conta”. Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. •• A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Fenômenos fonológicos Tritongo Tritongo é o encontro de um som semivocálico com um vocálico e outro semivocálico, sempre nesta ordem (SV + V + SV). `` Exemplos: saguão [ s a g ‘ w ã w] igual [ i g ‘ w a w ] Os tritongos podem ser: Encontros vocálicos QUADRO DE TRITONGOS Ditongo Ditongo é o encontro de um fonema vocálico com um semivocálico em qualquer ordem (V + SV ou SV + V). mãe [ m ‘ ã y ] quando [ k ‘ w ã d u ] Um ditongo pode ser: 1) Oral – quando a vogal que o constitui é oral: quadro, carie, Paranaguá, seu, coisas. 2) Nasal – quando a vogal que o constitui é nasal: profissão, mãe, quantidade, quando, pão. 3) Crescente – quando a semivogal vem antes da vogal: água, árduo, férreo, gênio. 4) Decrescente – quando a semivogal vem depois da vogal: rei, automóvel, comeu, faróis. QUADRO DE DITONGOS Crescentes Orais Nasais água [‘ a g w a ] equestre [ e k ‘ w E s t r i ] aquoso [a k ‘ w o z u ] árduo [‘ a r d w o] iguana [i ‘ g w ã n a] quanto [‘ k w ã t u] Decrescentes Orais rei [r ‘ e y] trouxa [t r ‘o w ∫ a] maisena [m a y z ‘ e n a] Nasais hífen [‘ i f ẽ y] irmão [i r m ‘ ã w] muito [m ‘ y t u] Orais igual [ i g ‘w a w] iguais [ i g ‘w a y s] Nasais saguão [ s a g ‘w ã w ] saguões [ s a g ‘w õ y s ] Glide Glide é o encontro de uma semivogal entre dois sons vocálicos (V + SV + V). `` Exemplo: joio [ ε‘ o y o ] baleia [ b a l ‘ e y a ] arraia [ a R ‘ a y a ] ensaio [ ε e s ‘ a y o ] Na prática, o que ocorre no glide é a formação de um ditongo decrescente seguido de um crescente. Assim: baleia [ b a l ‘ e y y a ] Hiato Hiato é o encontro de dois sons vocálicos (V + V). `` Exemplo: piada [ p i ‘ a d a ] baú [ b a ‘ u ] carioca [ k a r i ‘ o k a ] saída [ s a ‘ i d a ] diarista [ d i a r ‘ i s t a ] paraibano [ p a r a i b ‘ ã n o ] Encontros consonantais Encontro consonantal é o encontro de dois fonemas consonantais. `` Exemplo: Diante de um morto humano, ou de um candidato a morto na calçada, a gente se protege com uma armadura. De modo que (perdão) vejo sem entusiasmo as campanhas em favor dos animais – pelo menos enquanto se deletarem tão facilmente homens e mulheres. Os encontros consonantais podem ser: •• Perfeitos – se ocorrem na mesma sílaba: protege. •• Imperfeitos – se não ocorrem na mesma sílaba: entusiasmo, perdão. 8 PVE16_1_POR_A_01 Dá-se o nome de encontros vocálicos às ocorrências sequentes de sons vocálicos e/ou semivocálicos. Os encontros vocálicos são três: ditongo; tritongo e hiato. `` Exemplo: pai [ p ’ a y ] quase [ k ‘ w a z i ] saguões [ s a g ‘ w õ y s ] iguais [ i g ‘ w a y s ] LÍNGUA PORTUGUESA 41249_MIOLO_PVE16_1_POR_LP.indb 8 15/09/2015 17:25:48 Encontro consonantal não é encontro de consoantes, mas de sons consonantais. Não ocorre encontro consonantal em “diante”, “candidato”, “calçada” e “campanhas”, por exemplo. Nos exemplos do item anterior, todas as palavras têm acento tônico, mas apenas algumas têm acento gráfico. Sílaba Dígrafos Dígrafo é o fenômeno em que um fonema se forma graficamente pela junção de duas letras. Dígrafo vocálico é aquele que representa um fonema vocálico. Exemplos de dígrafos vocálicos: Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Dígrafo consonantal é aquele que representa um fonema consonantal. Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria estampada. Sílaba é um agrupamento fônico pronunciado com o mesmo impulso. A cada vogal corresponde um novo impulso e, portanto, uma nova sílaba. se-cre-tá-ria se-cre-ta-ri-a Separação silábica É a separação dos vocábulos por seus agrupamentos fônicos, sem se levar em consideração seus elementos mórficos constituintes. Usa-se o hífen para indicar a divisão. Regras para separação silábica •• toda sílaba tem uma e só uma vogal. me-ni-no tra-ba-lho pe-ri-go •• não se separam os encontros consonantais do tipo CONSOANTE+R ou CONSOANTE+L. Nem sempre os agrupamentos de letras são dígrafos, o que pode ocasionar erros se não pensarmos a partir da fonologia da palavra. quando [ k ‘ w ã d u ] – qu não é dígrafo nesse caso. aguar [ a g ‘ w a r ] – gu não é dígrafo nesse caso. pesca [ p ‘ ε s k a ] – sc não é dígrafo nesse caso. amnésia [ a m n ‘ ε z y a ] – am não é dígrafo nesse caso. tri-go a-brir Á-fri-ca ca-bri-to a-pla-car a-tlas •• consoantes não seguidas de vogal ficam na sílaba que a precede. ab-sur-do as-te-ca ad-vo-ga-do abs-ter ar-tis-ta Tonicidade Acento tônico Acento tônico é como se chama o conjunto de intensidade, tom, timbre e duração de determinado fonema. Na prática, ele recai sempre sobre uma vogal cuja pronúncia se destaca numa palavra. piada saída baú jornalista carioca vôlei o acento tônico recai sobre o primeiro a o acento tônico recai sobre o i o acento tônico recai sobre o u o acento tônico recai sobre o i o acento tônico recai sobre o o o acento tônico recai sobre o o PVE16_1_POR_A_01 Acento gráfico Acento gráfico é um sinal gráfico que se põe sobre algumas vogais que recebem acento tônico. Em português, os acentos gráficos de tonicidade são: o agudo ( ´ ) e o circunflexo ( ^ ). saída (acento agudo) baú (acento agudo) Há casos de palavras com BL, BR, DL e DR em que o “B” e o “D” não se articulam sonoramente com a consoante seguinte. Nesse caso, fazemos a divisão de acordo com a pronúncia. sublinhar – sub-li-nhar abrogar – ab-ro-gar abrupto – ab-rup-to •• se iniciar a sílaba, a consoante não seguida de vogal não se separa da primeira vogal que aparece. gno-mo psi-co-lo-gi-a cni-dá-rio •• não se separam os dígrafos, à exceção de S-S, R-R, S-C, S-Ç e X-C. sam-ba bi-cho ni-nho tra-ba-lho tun-dra pa-gue car-ro pás-sa-ro pis-ci-na ex-ce-ção des-ça vôlei (acento circunflexo) LÍNGUA PORTUGUESA 41249_MIOLO_PVE16_1_POR_LP.indb 9 9 15/09/2015 17:25:48 Taxonomia nobeastsofierce/Shutterstock Nixx Photography/Shutterstock Taxonomia é a ciência que nomeia, descreve e classifica os seres vivos em grupos hierárquicos denominados táxons. Cada táxon é um agrupamento de organismos com base em semelhanças morfológicas, comportamentais, genéticas e bioquímicas. A taxonomia faz parte de um ramo da Biologia denominado Sistemática, que estuda a diversidade da vida. DR GOPAL MURTI/SCIENCE PHOTO LIBRARY aa Bactéria (Vibrio cholerae), um organismo procarionte causador da cólera. Sobre a classificação dos seres vivos, há diferentes opiniões entre os cientistas. Essa polêmica é saudável para o desenvolvimento científico. Há muito ainda a se descobrir e avançar até que as divergências sobre classificações sejam diminuídas. Níveis de organização da matéria viva Os seres vivos são classificados, de acordo com sua organização celular, em acelulares e celulares (os seres celulares podem ser procariontes ou eucariontes). Acelulares Os vírus são parasitas intracelulares específicos e obrigatórios. Constituídos por uma cápsula de proteína (capsídeo) envolvendo uma molécula de ácido nucleico (RNA ou DNA), os vírus são considerados seres vivos por apresentarem reprodução (montagem), mutação e capacidade de adaptação. 406 BIOLOGIA A aa Células eucariontes em epiderme de cebola. Células procariontes São células simples que apresentam núcleo sem envoltório (carioteca), o nucleoide, no qual o material genético se mostra difuso e é representado por uma única molécula de DNA. Tais células não apresentam organelas membranosas, apenas ribossomos no citoplasma e aderidos internamente à membrana celular. Bacterias e cianobacterias representam células procariontes. PVE16_1_BIO_A_01 aa Lineu, naturalista sueco, foi o criador do sistema de classificação dos animais e plantas. aa Vírus ebola, um parasita acelular. D. Kucharski K. Kucharska/Shutterstock rook76/Shutterstock O botânico sueco Carl von Linné (1707-1778), Lineu em português, iniciou com seus trabalhos a moderna classificação biológica. Suas ideias foram publicadas em 1735 na obra Systema Naturae (Sistema Natural). Células eucariontes São as células mais sofisticadas, apresentando núcleo com envoltório nuclear envolvendo a cromatina (combinação de DNA com proteínas). No citoplasma dessas células ocorrem organelas membranosas, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, lisossomos e complexo golgiense, os quais realizam todas as funções celulares. Células eucariontes ocorrem em protozoários, algas, fungos, animais e plantas. Em 1990, o microbiologista Carl Woese e seus colaboradores empregaram a análise do RNAr (presente em todos os organismos) para propor a organização dos seres vivos em uma nova categoria acima de reino: os domínios ou super-reinos: •• Bacteria, que inclui as bactérias verdadeiras; •• Archaea, que agrupa as bactérias primitivas que vivem em ambientes extremos; •• Eukarya, que compreende todos os seres eucarióticos. Reinos e domínios Devido aos avanços tecnológicos e principalmente ao desenvolvimento da Biologia molecular, existem constantes mudanças em relação à classificação dos seres vivos. Quando divergências surgem entre os pesquisadores, novas propostas são apresentadas. Domínio Bacteria (eubactérias) Domínio Archaea (arqueobactérias) Domínio Eukarya (eucariontes) Lineu dividia os seres vivos em dois grupos: o dos animais e o das plantas. Incluía no Reino das Plantas todos os organismos fotossintetizantes, as bacterias não fotossintetizantes e os fungos. No Reino dos Animais, estavam todos os organismos heterótrofos. Em 1956, o biólogo estadunidense Copeland sugeriu a divisão dos seres vivos em quatro reinos: Animalia (animais), Plantae (plantas ou vegetais), Protistas (protozoários, algas microscópicas e fungos) e Monera (bacterias). Em 1969, o cientista estadunidense Robert Whittaker reconheceu essa classificação e ampliou tais propostas, sugerindo que, além dos quatro reinos, os fungos fossem separados em um reino, denominado Fungi. REINO ANIMALIA REINO PLANTAE Cordados Angiospermas REINO FUNGI Anelídeos Pteridófitas Briófitas Basidiocemetes Ascomicetes Moluscos Reino Monera Agrupa os organismos unicelulares, isolados ou coloniais de vida livre ou parasitas, procariontes, aqueles em que a célula não apresenta membranas internas nem separação entre o material nuclear e o citoplasma. Pertencem ao Reino Monera: •• Arqueas — organismos encontrados em fontes termais, tubos digestórios de animais, lagos de grande salinidade e fendas vulcânicas no fundo do mar; •• Bacterias — organismos com as mesmas características citológicas, porém reconhecidos como organismos mais sofisticados. Equinodermos Nematódeos Platelmintes Zigomiceles Cnidários Zooflagelados Mixomicetos Ciliados Algas castanhas PVE16_1_BIO_A_01 Independentemente do sistema de classificação utilizado, é importante identificar as principais características de cada reino em que se encontram distribuídos os seres vivos. Artrópodes Gimnospermas Algas vermelhas Algas verdes IESDE BRASIL S/A Na década de 1980, as biólogas Lynn Margulis e Karlene Schwartz reconheceram a proposta de Whittaker e tentaram definir melhor os limites do reino Protista, que passaria a ser chamado de Protoctista e incluiria também as algas, independentemente de seu tamanho (uni ou pluricelulares). Ancestral comum nobeastsofierce/Shutterstock Em 1866, o naturalista alemão Ernst Haeckel (1834-1919) propôs um terceiro reino, denominado Protista, que englobava todos os seres unicelulares eucariontes, as esponjas e as bacterias, as quais pertenciam a um subgrupo denominado Monera. Poríferos Rizópodes Dinoflagelados Esporozoários REINO PROTOCTISTA Arqueobactérias Eubactérias aa Bactérias. REINO MONERA BIOLOGIA A 407 Simko Reino Protoctista aa As leveduras (em imagem microscópica) também são exemplos de fungos. Reino Plantae vMhd Moutaz Malas/Shutterstock Nesse reino estão agrupadas as plantas, que são organismos eucariontes, multicelulares e autótrofos fotossintetizantes, dotados de tecidos verdadeiros. Musgos, samambaias, pinheiros e plantas frutíferas compõem esse Reino. Johannes M/Shutterstock Lebendkulturen.de/Shutterstock abcphotosystem/Shutterstock Nesse reino estão incluídos seres multicelulares com pequena diferenciação celular. São organismos eucariontes, unicelulares isolados ou coloniais e heterótrofos como os protozoários e organismos uni ou multicelulares e autótrofos como as algas. Pertencem também a esse reino os mixomicetos, que antes eram classificados como fungos. aa Diversidade de plantas em uma floresta tropical. aa Algas, protozoários e mixomiceto. Reino Animalia aa Cogumelos e bolor de pão são fungos bem conhecidos. 408 BIOLOGIA A aa Esponjas-do-mar são organismos de corpo muito simples. PVE16_1_BIO_A_01 Patricia Chumillas/Shutterstock Ronald Wilfred Jansen/Shutterstock Estão nesse reino os organismos eucariontes, uni ou multicelulares e heterótrofos por absorção, como os cogumelos, os bolores e as leveduras. Todos os organismos eucarióticos, multicelulares e heterótrofos são agrupados nesse reino, desde os animais mais simples, como as esponjas (não dotadas de tecidos verdadeiros), até os mais sofisticados e que possuem tecidos, como os cordados. Amanda Nicholls/Shutterstock Reino Fungi Pete Oxford Para indicar reuniões ou subdivisões dos táxons básicos dessa classificação, podem ser acrescentados os prefixos “super”, “sub”, “infra” etc. Ordens de uma mesma classe podem ser reunidas em superordens, uma ordem pode ser dividida em subordens e estas em infraordens. Nomenclatura binominal Lineu associou à classificação dos seres vivos um sistema para lhes dar nomes. O nome científico de todas as espécies de seres vivos seria sempre composto de duas palavras: a primeira indicaria o gênero e a segunda, o epíteto específico. Observe o nome científico da minhoca: IrinaK/Shutterstock aa A capivara e o anu preto são exemplos de cordados que habitam diversas regiões do Brasil. Categorias taxonômicas Carl Von Linné (Lineu) elaborou um sistema para classificar plantas, animais e minerais. No seu sistema, a espécie é considerada o táxon básico da classificação. Atualmente considera-se espécie um conjunto reprodutivo de indivíduos semelhantes (população), sexualmente isolado de outras populações (são férteis entre si e estéreis com outras espécies), que ocupa um nicho ecológico (alimento, abrigo, comportamento) específico na natureza. PVE16_1_BIO_A_01 O sistema de Lineu foi aprimorado e, atualmente, as categorias taxonômicas começam com espécie e, logo acima dela, fica o gênero, reunindo espécies com características semelhantes; a família reúne gêneros com características semelhantes e as ordens, famílias semelhantes; as classes agrupam ordens semelhantes e são reunidas em filos (divisões na Botânica) que compõem um reino e formam um domínio. Pheretima hawayana Gênero Epíteto específico Entre as regras da nomenclatura binominal, deve-se observar: •• os nomes científicos devem ser escritos em latim ou latinizados; Eukarya DOMÍNIO Eukarya •• a primeira letra do nome do gênero deve ser maiúscula e a do epíteto específico deve ser minúscula. Plantae REINO Animalia •• o nome científico (ou espécie) deve ser destacado no texto, ou em itálico ou grifado. Pheretima hawayana ou Pheretima hawayana. Phanerogamae FILO ou DIVISÃO Chordata •• caso não seja necessário nomear a espécie, acrescentamos a abreviatura “sp” depois do nome do gênero: Pheretima sp. Eudicotyledoneae CLASSE Mammalia •• em um texto, depois de mencionarmos uma vez a Pheretima hawayana, podemos citá-la como P. hawayana. Rosales ORDEM Carnivora Rosaceae FAMÍLIA Canidae Malus GÊNERO Canis Malus angustifolia (maçã) aa Categorias taxonômicas. ESPÉCIE Canis lupus (lobo) O uso da nomenclatura científica facilita a comunicação e permite a identificação correta da espécie. Por outro lado, os nomes populares variam de um local para outro, dificultando o reconhecimento do ser vivo. Filogenia A filogenia estuda as relações evolutivas entre grupos de seres vivos, traçando padrões de ancestralidade compartilhados por diferentes linhagens. As relações evolutivas estudadas pela filogenia podem ser representadas graficamente pelas árvores filogenéticas ou cladogramas, que são diagramas em forma de árvore das BIOLOGIA A 409 Expansões marítima e comercial europeias Mauro Pezzotta/Shutterstock Portanto, a preparação para os principais vestibulares do país requer a compreensão do contexto da Baixa Idade Média para se entender os eventos que levaram ao processo de expansão naval e à consequente chegada dos europeus ao Brasil. Naturalmente, a América já era habitada por populações nativas, que possuíam memórias, relações econômicas, sociais e políticas bastante complexas, como astecas, maias e incas. Mas, neste módulo, a preocupação é entender a expansão marítima e a comercial para o Oriente e o Ocidente. Crise na Baixa Idade Média Durante a Baixa Idade Média (entre os séculos XI e XV), vários episódios contribuíram para transformar consideravelmente a Europa Ocidental. A partir do século XI, terminaram as incursões de povos estrangeiros — os chamados bárbaros. Dessa forma, a população europeia aumentou, muitos camponeses saíram dos feudos e ressurgiram aglomerados urbanos. Em função dessa dinâmica social, emergiram novas necessidades, sobretudo econômicas. Nesse período, antigos ofícios renasceram e se organizaram nas Corporações de Ofício, novas ocupações ganharam destaque, ligas de comerciantes e atividades bancárias surgiram, bem como atividades agrícolas foram aperfeiçoadas com o intuito de aumentar a produtividade. A nova dinâmica econômica visava abastecer uma população que crescia rapidamente. Como consequência, a intensificação de viagens terrestres e a consolidação de rotas comerciais promoveram um autêntico intercâmbio cultural. Alguns autores, aliás, entendem essa intensificação de contatos como uma forma de globalização. Reservadas as devidas proporções, o período testemunhou, de fato, um crescimento exponencial de contatos culturais e comerciais, dentre os quais destacamos os relatos de Marco Polo, Locke e Hans Staden, cuja descrição de outras culturas, embora fantasiosa, lançou um olhar europeu exótico sobre o restante do planeta. Além das rotas terrestres, o Mar Mediterrâneo foi bastante utilizado, sobretudo a partir das Cruzadas, que o reabriram para o comércio ocidental, dificultado pela presença turca. Mas o Mediterrâneo era controlado pelas cidades italianas, impedindo a navegação de outros europeus pela região — as 518 quais, portanto, enriqueceram rapidamente, detalhe que explica, em parte, o fato de terem sido o berço do Renascimento. Os principais produtos buscados no Oriente eram as chamadas especiarias, termo genérico para produtos como cravo, gengibre, canela, noz-moscada e pimenta — essenciais para a preservação e condimentação de alimentos na Europa e, portanto, muito lucrativos. Contudo, a partir do século XIV, uma série de eventos ocorridos brecou o crescimento e a prosperidade de que a Europa desfrutava. Colapso demográfico, instabilidade política e revoltas religiosas originaram crises que alteraram profundamente todos os setores da sociedade. À época, escasseavam terras para ocupação, inviabilizando que a produção acompanhasse o ritmo de crescimento da população, situação agravada pelas intempéries climáticas, resultando na Grande Fome (1315-1317), uma grave crise de abastecimento. A fome, a disputa por terras e o aumento da exploração do trabalho camponês levaram à eclosão de revoltas camponesas, sendo as jacqueries, na França, e a Revolta Camponesa de 1381, na Inglaterra, as mais célebres. Além das crises social e econômica, houve uma crise política entre França e Inglaterra — a Guerra dos Cem Anos, entre 1337 e 1453. Desencadeada por questões econômicas, como a disputa comercial pela região de Flandres, e políticas, como o litígio sucessório do trono francês, a guerra contribuiu para aprofundar o problema de abastecimento que afligia a Europa. A Península Ibérica também sofreu dificuldades durante a Baixa Idade Média. Ocupada pelos muçulmanos desde o século VIII a partir do Estreito de Gibraltar, a região testemunhou um movimento de reconquista cristã que culminaria na formação de reinos que, posteriormente, dariam origem às monarquias de Portugal e Espanha. A Reconquista, como ficou conhecida a luta contra os muçulmanos, fortaleceu sobretudo a monarquia dos reinos de Castela e Leão. Preocupado com a segurança no atual território de Portugal, Afonso VI concedeu a região na forma de feudo e a mão de sua filha, D. Teresa, a um nobre francês, Henrique de Borgonha. O herdeiro, Afonso Henriques, continuou a organizar a luta contra os muçulmanos e tornou-se o primeiro rei de Portugal, sob o nome de Afonso I. Assim sendo, é difícil imaginar que a formação do Reino de Portugal tenha derivado de um sentimento nacionalista. O período da Baixa Idade Média assistiu à formação dos reinos a partir de duas grandes motivações: a fé cristã, que motivou a luta contra os muçulmanos, e a fidelidade militar a um senhor, característica herdada do período feudal. PVE16_1_HIS_A_01 O tema expansão marítima já é conhecido de todos nós. Tradicionalmente, dava-se ênfase à chegada de Cabral ao Brasil como um feito heroico. Na compreensão histórica, contudo, não devemos considerar a ação individual de heróis, mas o processo coletivo humano na transformação de sua realidade. HISTÓRIA A 41248_MIOLO_PVE16_1_HIS_LP.indb 518 16/09/2015 09:20:04 A aliança entre rei e burguesia ganhou evidência a partir de uma crise sucessória após a morte de D. Pedro I de Portugal. A coroação e a morte do príncipe Fernando I levaram à tomada de poder por parte de um filho ilegítimo, João, mestre de Avis. João de Avis era ligado a um grupo de comerciantes, a chamada “arraia miúda”. A ascensão de João de Avis como D. João I, conhecida como Revolução de Avis (1383-1385), significou um governo de orientação burguesa, voltado para a expansão naval. Etapas da expansão marítima portuguesa IESDE BRASIL S/A Outro fator que contribuiu para a formação das monarquias foi o apoio tanto de burgueses interessados na fortificações das fronteiras quanto do estado ao processo de expansão naval e comercial. O suporte da burguesia favoreceu os reis também pela arrecadação de impostos. Além disso, em Portugal, os conhecimentos técnicos na área naval foram influenciados pela presença muçulmana na Península Ibérica. Figuram, dentre as principais técnicas utilizadas, a bússola, o quadrante, o astrolábio (instrumentos de orientação) e a caravela, embarcação leve e de casco arredondado, que possibilitava manobras para navegar mesmo com vento contrário. Mauro Pezzotta/Shutterstock Esses conhecimentos técnicos eram divulgados em uma localidade no sul de Portugal, na cidade de Sagres. Incentivada pelo infante D. Henrique — filho de D. João I —, a chamada “Escola de Sagres” possivelmente não foi uma instituição regular de ensino, mas uma localidade que congregava muitos navegantes, responsáveis pela disseminação de conhecimento empírico e informal. aa Bússola. PVE16_1_HIS_A_01 vrihu/Shutterstock Havia, igualmente, um componente religioso: a vontade de expandir a fé cristã, que justificava tanto o apoio da Igreja à causa naval e quanto a ação de muitos que se aventuravam rumo ao desconhecido. Portugal do século XV co- aa Astrolábio. nhecia um mito sobre o reino cristão de Preste João, lendário rei que dominava o interior do continente africano. Posteriormente, este e outros mitos foram adaptados para o continente americano. A expansão marítima portuguesa também pode ser chamada de périplo africano, uma vez que buscava um novo caminho para o Oriente, via Oceano Atlântico, costeando o continente africano, conforme o mapa anterior. O processo iniciou-se em 1415 com a tomada da Ilha de Ceuta, no norte da África, liderada pelo infante D. Henrique, filho do rei D. João I. Essa cidade era de grande importância por ser base de piratas muçulmanos que atuavam no Mediterrâneo, além de se tratar de um centro comercial de Marrocos, para onde convergiam rotas comerciais que traziam ouro e produtos orientais de Egito e Sudão. Entre 1427 e 1439, Açores, Madeira, São Tomé e outras ilhas atlânticas foram ocupadas, nas quais desenvolveu-se a produção açucareira, que encontrou grande mercado consumidor nas cidades europeias, auferindo consideráveis lucros à burguesia portuguesa — que, por sua vez, foram reinvestidos em novas viagens marítimas. Em 1434, Gil Eanes ultrapassou o Cabo Bojador, de difícil navegação. Semelhante proeza conduziu os portugueses ao Rio do Ouro, onde, além do precioso metal que lhe dá nome, encontraram marfim, madeiras e malagueta. A chegada ao Rio do Ouro ampliou a presença portuguesa na África, viabilizando o estabelecimento do tráfico negreiro em 1441 e fornecendo escravos para suprir a carência de mão de obra em Portugal e nas ilhas açucareiras do Atlântico. O rei D. João II (1481-1495) enviou a expedição de Bartolomeu Dias, igualmente em busca de uma passagem para o Oriente. Embora fracassado em sua procura pelo lendário monarca Preste João, Bartolomeu Dias conseguiu descobrir a passagem que contornava a África em direção ao leste, no Cabo das Tormentas — logo rebatizado de Cabo da Boa Esperança, revelando a disposição portuguesa em chegar ao Oriente. Em 1498, o navegador Vasco da Gama chegou a Calicute, na Índia, onde comprou a baixos preços produtos orientais que, revendidos na Europa, asseguraram grande lucro. Iniciava-se a lucrativa empreitada portuguesa nas Índias Orientais. HISTÓRIA A 41248_MIOLO_PVE16_1_HIS_LP.indb 519 519 16/09/2015 09:20:10 IESDE BRASIL S/A Etapas da expansão marítima espanhola Cristóvão Colombo buscou apoio da monarquia portuguesa para viajar em direção ao Ocidente e chegar ao Oriente. Contudo, o rei de Portugal recusou o projeto de Colombo, pois seguia investindo vultosos recursos no périplo africano, que ainda não havia sido concluído. Tratados ultramarinos Com as expedições portuguesas e espanholas, têm início as disputas territoriais. A primeira tentativa de resolução de tais conflitos foi o Tratado de Toledo (1480), que reservava a Portugal a posse das terras a serem descobertas que se situassem ao sul das Ilhas Canárias. Após a viagem de Colombo, o papa Alexandre VI editou a Bula Intercoetera (1493), que partilhava o mundo entre Portugal e Espanha a partir de um meridiano a cem léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde. De acordo com o documento, Portugal deteria a posse dos territórios a leste do meridiano, cabendo à Espanha a parte a oeste. 1492 – Cristovão Colombo chega à América, alcançando a Ilha de Guanaani, atual San Salvador, nas Bahamas. 1499 – alonso Ojeda chega à Venezuela. 1500 – Vicente Iañes Pinzón chega ao Brasil, no Amazonas (Mar Dulce). 1511 – Diogo Velasquez conquista Cuba. 1512 – Ponce de León conquista a Flórida. 1513 – Vasco Nunez Balboa alcança o Ocenao Pacífico. 1516 – Días Sólis chega ao Rio da Prata. 1519 – Fernão de Magalhães e Sebastião Del Cano partem para a primeira viagem de circum-navegação. 1519 – Fernão Cortez inicia a conquista do México. 1531 – João Ayolas chega ao Paraguai. 1541 – Francisco Orellana explora o Rio Amazonas. Biblioteca Nacional de Portugal Expansão marítima espanhola. Os portugueses sentiram-se prejudicados pelo tratado, uma vez que perderam a hegemonia no Atlântico Sul, conquistada em 1480 e indispensável para a continuidade de seu processo de expansão. Assim sendo, exigiram o deslocamento do meridiano para 370 léguas do arquipélago, em lugar das cem léguas propostas. Dessa redefinição nasceu, em 1494, o Tratado de Tordesilhas. Em 1492, a Espanha financiou a viagem do genovês Cristóvão Colombo, que ambicionava atingir o Oriente navegando rumo ao Ocidente (“el levante por el poniente”). Dois meses após a partida, Colombo chegou à América Central — acreditando, entretanto, tratar-se das Índias. O novo continente foi reconhecido em 1504, com a expedição de Américo Vespúcio. Em 1513, Vasco Núñez de Balboa alcançou o Oceano Pacífico e, entre 1519 e 1521, Fernão de Magalhães e Sebastião del Cano realizaram a primeira viagem de circum-navegação do planeta. aa Mapa anônimo de 1545 mostra a linha da Bula Intercoetera e a linha do Tratado de Tordesilhas. 520 PVE16_1_HIS_A_01 Antes de Vasco da Gama chegar às Índias, iniciava-se a expansão marítima espanhola, uma vez superados os entraves internos devido à unificação dos reinos de Castela e Aragão, decorrente do casamento de seus monarcas — respectivamente, Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão — em 1469, e da conquista do reino árabe de Granada, em 1492. HISTÓRIA A 41248_MIOLO_PVE16_1_HIS_LP.indb 520 16/09/2015 09:20:11 IESDE BRASIL S/A aa A nova divisão das terras a serem descobertas. Consequências da expansão marítima •• Revolução Comercial (séculos XVI e XVII), decorrente do aumento da circulação de mercadorias e moedas e do grande afluxo de metais preciosos, responsáveis pela alta geral dos preços. •• Deslocamento do eixo econômico europeu do Mediterrâneo para o Atlântico e consequente declínio econômico das repúblicas italianas, devido à perda do monopólio do comércio das especiarias e à ascensão das potências mercantis atlânticas. •• Europeização das áreas conquistadas e extermínio de grupos e nações indígenas na América. PVE16_1_HIS_A_01 Crise da expansão naval portuguesa Rapidamente, a empreitada marítima de Portugal no Oriente desarticulou-se ante os grandes gastos para operacionalizar viagens, além da necessidade de material humano que excedia as possibilidades portuguesas, gerando grande déficit com casas bancárias europeias. A perseguição religiosa a judeus pelos tribunais católicos portugueses enfraqueceu a burguesia local, uma vez que os judeus figuravam entre os principais mercadores e financistas de Portugal. Houve, então, fuga de capital, com os perseguidos refugiando-se em regiões mais tolerantes, como os Países Baixos. Os gastos com terras, castelos e manutenção do luxo e do rigor da vida na Corte, por parte da nobreza, consumiram o que poderia ter sido investido na exploração do comércio oriental. Por fim, vale ressaltar a crescente presença de outras monarquias, como França, Inglaterra e Holanda, travando concorrência com os portugueses na região. 1. Comente resumidamente o contexto histórico no qual se inseriu a Expansão Ultramarina Europeia. Explique como a formação do estado nacional português contribuiu para o pioneirismo de Portugal na expansão comercial marítima. `` Resposta: Contexto de transição do feudalismo para o capitalismo e início da Idade Moderna. A centralização do poder nas mãos do rei permitiu unir a nação e os esforços para direcionar os empreendimentos marítimos. 2. Quais foram e o que determinavam os tratados de limites assinados entre Portugal e Espanha? `` Reposta: Tratado de Toledo: a Espanha recebe as Ilhas Canárias e Portugal recebe o monopólio do comércio no litoral africano. HISTÓRIA A 41248_MIOLO_PVE16_1_HIS_LP.indb 521 521 16/09/2015 09:20:12