22- Museu da Música

Transcrição

22- Museu da Música
MUSEU DA MÚSICA
Apresentação
O Museu da Música é uma instituição tutelada pelo Instituto Português de Museus onde
se encontra uma das mais ricas coleções instrumentais da Europa, além de vários
espólios documentais e os acervos sonoro e iconográfico.
Está aberto ao público desde 26 de Julho de 1994 na estação do metropolitano Alto dos
Moinhos, beneficiando de um protocolo de mecenato assinado entre o Instituto
Português de Museus e o Metropolitano de Lisboa.
São objetivos do museu a preservação e conservação do seu património sempre com o
intuito de o disponibilizar, para fins de estudo, educação e lazer, a todos os interessados.
Esta missão traduz-se na aquisição de novos espécimes; promoção do estudo integral
das coleções através da realização de exposições temporárias e edição de publicações e
discos; preservação da integridade qualitativa da coleção instrumental; realização de
visitas educativas, recitais, conferências e outros eventos.
Informações úteis:
Museu da Música
Estação do Metropolitano Alto dos Moinhos
Rua João de Freitas Branco - 1500-359 LISBOA (Portugal)
Tel. + 351 21 771 09 90 - 8
Fax. + 351 21 771 09 99
E-mail: [email protected]
Site: www.museudamusica.imc-ip.pt
Diretora
Maria Helena Trindade
Horário
De Terça-feira a Sábado das 10:00 h às 18:00 h
Encerra Domingos, Segundas, Feriados de Ano Novo, 1º de Maio e Dia de Natal.
Bilhete
Normal - € 2,00
Descontos
- Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e portadores de deficiência – € 1,00
- Cartão jovem - € 0,80
- Bilhete de família (para os filhos menores 15-18 – desde que acompanhados por um
dos pais) - € 1,00
Isenções
- Entrada gratuita aos feriados até às 14:00 h;
- Crianças até aos 14 anos;
- Membros da APOM, ICOM, Academia Nacional de Belas-Artes, Academia
Portuguesa de História e Academia Internacional da Cultura Portuguesa;
- Investigadores, jornalistas e profissionais de turismo no desempenho das suas
funções;
- Professores e alunos de qualquer grau de ensino no âmbito de visitas de estudo;
- Mecenas do Museu da Música e do IMC;
- Funcionários da Secretaria de Estado da Cultura, IMC e serviços dependentes;
- Membros dos grupos de amigos de todos os museus e palácios do IMC;
- Membros do grupo de amigos do Museu de Arte Contemporânea de Serralves;
- Possuidores do passe dos museus e palácios do IMC;
- Portadores do Lisboa Card (Jovem e Adulto, nas modalidades 24, 48 ou 72 horas);
- Cidadãos da UE em situação de desemprego (a partir de 27 de Março de 2012).
Sala Polivalente
Com capacidade para cerca de 100 pessoas, acolhe eventos musicais, conferências e
seminários.
Centro de Documentação
Especializado em Organologia, História e Teoria da Música
Horário: de Segunda a Sexta-feira das 10:00h às 12:30h e das 14:00h às 17:30h
Loja/Livraria
Horário: de Terça-feira a Sábado das 10:00 h às 18:00 h
Serviço Cultural e Visitas Guiadas
Visitas orientadas às exposições permanente e temporárias no horário do museu,
segundo marcação prévia. O número aconselhável de participantes por visita é de 20-25
pessoas.
Transportes
Metro: Estação Alto dos Moinhos - Linha azul (Amadora Este - Baixa/Chiado)
Autocarros: 768 e 54
Espaço
O Museu da Música está instalado, em dois pisos de um espaço (2000 m2) adaptado
para o efeito, na ala poente da estação de metropolitano Alto dos Moinhos, opção
justificada pela facilidade de acesso que representa.
No piso superior estão instalados os serviços administrativos, um centro de
documentação, uma oficina de restauro de instrumentos, um gabinete de estudo
organológico, os gabinetes técnicos e as reservas.
O piso subterrâneo acolhe a receção, instalações de apoio, loja e a área de exposições
(que inclui uma área polivalente com capacidade para cerca de uma centena de pessoas,
onde, regularmente, se realizam diversos eventos: recitais, conferências e exposições
temporárias).
O museu está equipado com um sistema de climatização indispensável à conservação
das peças, proporcionando ainda acesso a pessoas que se deslocam em cadeiras de rodas
através de um elevador de escada que se move mecanicamente num corrimão.
O projeto de arquitetura procurou ter em conta as particularidades resultantes da
localização contígua a uma estação de metro, pelo que a entrada foi concebida de modo
a permitir uma transparência visual capaz de atrair as pessoas que circulam no átrio da
estação e, simultaneamente, garantir o isolamento acústico.
No tratamento da área pública, procurou dar-se a sensação de um espaço amplo e
aberto. As grandes superfícies transparentes e as cores utilizadas contribuem para que as
peças expostas sobressaiam como elementos preponderantes, criando ambientes
intimistas e confortáveis.
Coleções
1 - Instrumentos musicais
O Museu da Música possui uma colecção onde se reúnem mais de mil instrumentos
musicais dos séculos XVI a XX, sobretudo europeus, mas também africanos e asiáticos,
de tradição erudita e popular.
A grande parte deste acervo provém das antigas colecções de Michel’angelo
Lambertini, Alfredo Keil e António Lamas. Dele fazem parte instrumentos raros e de
incalculável valor histórico e organológico sendo particularmente notável pela
quantidade e qualidade de instrumentos de factura portuguesa, espécimes pouco
abundantes em museus congéneres.
A colecção integra alguns exemplares únicos como os corne ingleses de Grenser e de
Grundman & Floth (Leipzig, final do século XVIII) e de Ernesto Frederico Haupt
(Lisboa, meados do século XIX); de extrema raridade, como o oboé de Eichentopf
(Leipzig, segundo quartel do século XVIII); ou de enorme valor organológico, como é o
caso do cravo de Pascal Taskin.
Entre os exemplares de factura portuguesa são de destacar o cravo de Joaquim José
Antunes (Lisboa, 1758), os clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e
portuenses, os violinos e violoncelos de José Galrão (activo em Lisboa entre 1760 e
1794), as flautas transversais da "dinastia" Haupt (meados do século XVIII a finais do
século XIX), as cornetas e trombones de Rafael Rebelo (Lisboa, 1875), o órgão de
Joaquim Fontanes (finais do século XVIII) e as guitarras de Domingos José Araújo
(Braga, 1812).
Vários exemplares são importantes como memorial dos seus possuidores,
personalidades de relevo na vida pública e cultural portuguesa e europeia. São caso
disso o piano (Boisselot & Fils) que Franz Liszt trouxe de França em 1845, a trompa de
Marcel-Auguste Raoux, construída para Joaquim Pedro Quintela, 1.º Conde de Farrobo,
o violoncelo de António Stradivari, que pertenceu e foi tocado pelo rei D. Luís, e o
violoncelo de Henry Lockey Hill, que pertenceu à violoncelista Guilhermina Suggia.
Outros são bastante curiosos, como os violinos portáteis (de algibeira), usados pelos
professores de dança, a flauta de cristal e prata, as flautas bengala, o melofone de Jean
Louis Olivier Cossoul ou as trombetas marítimas.
2 - Iconografia musical
O museu possui nas suas coleções vários exemplos de material iconográfico em
cerâmica, desenho, escultura, fotografia, gravura e serigrafia, ou pintura.
A coleção de pintura engloba alguns óleos, dos séculos XVI a XIX. Entre outros, podem
ser apreciados a "Assunção da Virgem" e "Anjos Músicos" de Gregório Lopes (século
XVI); um retrato do compositor João Domingos Bomtempo (1814); um outro da
mezzo-soprano, Luísa Todi, da autoria de Marie Louise Elisabeth Vigée-Lebrun (17551842). Merecem ainda especial destaque as telas de José Malhoa, de 1903, consagrando
Beethoven e a Música, e quatro medalhões do mesmo autor dedicados a Bach, Mozart,
Schumann e Brahms.
Na coleção de escultura encontramos anjos músicos tocadores de alaúde (século XVIII),
e um conjunto de putti de biscuit (séculos XIX / XX), tocando e dançando. No que diz
respeito à fotografia, integram o acervo retratos de compositores e músicos da segunda
metade do século XIX, princípios do século XX, como José Viana da Mota,
Guilhermina Suggia ou Ferruccio Busoni.
Entre as coleções de cerâmica e desenho, são de referir os pratos "ratinhos" de Coimbra,
contendo representações de tocadores ou inscrições alusivas às práticas musicais, e a
coleção de desenhos alusiva a grandes compositores e músicos, onde é possível
encontrar uma peça da autoria de António Carneiro, representando Bernardo Valentim
Moreira de Sá.
O Museu possui ainda uma coleção de cerca de duas centenas de gravuras e serigrafias
de figuras ligadas ao mundo do teatro e da música, como compositores (por exemplo,
Marcos Portugal), instrumentistas (caso da litografia de Liszt) e cantores de ópera dos
séculos XVIII e XIX (por exemplo, Adelina Patti), da autoria de gravadores célebres
como Henri Thomassin ou Francesco Bartolozzi, entre outros.
3 - Acervo sonoro
O acervo sonoro é constituído por cerca de nove mil peças, entre as quais, discos
antigos de 78 e 80 rotações, outros mais recentes de 33 e 45, discos de metal, rolos de
pianola, rolos de cera, bobinas eletromagnéticas, cassetes de áudio e CDs,
correspondendo a centenas de registos que, nalguns casos, podem fornecer valiosas
informações históricas sobre as práticas de afinação, andamento e execução da época
em que foram gravados.
Das diversas composições registadas em cerca de 400 rolos de pianola - na sua maioria
conservando a interpretação própria dos autores - são de assinalar a "Ballada", composta
e executada por José Viana da Mota (uma das duas únicas gravações existentes com
interpretações do grande pianista); a "Goyesca" n.º 3, de Enrique Granados, tocada pelo
compositor e os "Prelúdios" n.º 4 a 9 interpretados pelo seu autor, Ferruccio Busoni.
Entre os discos de 78 rpm podem encontrar-se interpretações de cantores célebres como
Tomás Alcaide, Francesco Tamagno, Luísa Tetrazzini, Adelina Patti, Enrico Caruso,
Conchita Supervia ou Feodor Chaliapine; de grandes orquestras sinfónicas sob a
regência de maestros como Bruno Walter, Fürtwängler, Stokowsky e Toscanini e de
outros conjuntos de câmara. Encontram-se ainda, nesse formato, diversas gravações
com Jacques Thibaud, Alfred Cortot, Pablo Casals, e concertistas como Guilhermina
Suggia, entre outros.
4 - Documentos gráficos
O Museu da Música possui inúmeros documentos gráficos, entre os quais algumas
centenas de partituras impressas nos séculos XIX e XX, peças de composição, excertos
de teatro ligeiro e obras de autores como Fernando Lopes Graça, Armando José
Fernandes, Cláudio Carneiro, José Viana da Mota e Óscar da Silva, entre outros.
São de assinalar os livros, as monografias e publicações periódicas sobre música e
organologia, partituras manuscritas e impressas, libretos, programas de concertos, cartas
e outros documentos dos espólios de Alfredo Keil; do seu colaborador e autor de obras
de teatro ligeiro, Luís Filgueiras; de Michel'angelo Lambertini; Josefina Andersen;
Pedro Prado; do cantor lírico Tomás Alcaide; do violinista Júlio Cardona e do seu pai
Ferreira da Silva; da pianista Ella Eleanore Amzel; do maestro José de Sousa e do
músico Virgílio Augusto Freitas.
Exposição permanente
Em relação à exposição «Fábricas de Sons», esta representa uma necessidade de
renovação a que se acresceu a vontade de prestar contas a quase oito anos de existência
do museu. Nesse sentido, procura facultar um novo discurso expositivo resultante da
inclusão de mais instrumentos musicais (além de europeus, também africanos e
asiáticos) agrupados por famílias ou de acordo com as suas normas classificativas. Na
seleção das peças procurou-se mais uma vez privilegiar o valor plástico e a qualidade de
construção, destacando em cada núcleo os instrumentos musicais de fatura portuguesa.

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