Gastrostomia endoscópica percutânea: experiência de 136 casos

Gastrostomia endoscópica percutânea: experiência de 136 casos/
Percutaneous endoscopic gastrostomy: experience in 136 cases
Autor(es): Macedo Filho, Evaldo Dacheux; Gomes, Guilherme Francisco
Gomes; Carneiro, José Henrique; Ramos, Eduardo José Brommelstroet;
Vasconcelos, Evandro C. G. De
GED gastroenterol. endosc. dig; 21(4): 167-171, jul./ago. 2002.
A gastrostomia endoscópica percutânea (GEP) foi descrita inicialmente
por Gauderer e Ponsky em 1980 e hoje vem sendo utilizada como metódo de
escolha na realização de uma gastrostomia. dentre suas vantagens
destacamos a não necessidade de laparotomia, menor custo e, principalmente,
menor morbimortalidade. Foram avaliados 136 pacientes, sento 75 homens
(55,1 por cento) e 61 mulheres (44,9por cebnto) A média de idade foi de65,7
anos com extremos de 1,5 e 98 anos. Em relação à doença de base , a mais
como foi o AVC 55,9por cento) seguido de demência (6,6por cento), esclerose
lateral amiotrófica (5,9por cento), obstrução tumoral (5,9por cento) e TCE
(5,9por cento). outras causas foram doença de Parkinson, Alzheimer, miastenia
gravis, paralisia central entre outras. Em relação à indicação da GEP, o
distúrbio motor da deglutição correspondeu a 94por cento dos casos, seguidos
por 4,5por cento de obstrução esofágica. A grande maioria (90,5por cento) das
GEP foi com anestesia local mais sedação. As complicações corresponderam a
11,7por cento, sendo a mais comum a infecção (5,8por cento), Somente um
paciente foi a óbito devido a complicações anstésicas durante o procedimento.
O óbito em 30 dias não relacionado ao procedimento foi de 11,7por cento. Os
nossos resultados estão de acordo com a literatura. Nossa experiência sugere
que a GEP é um método que pode ser utilizado sem anestesia geral, com
segurança, mesmo em pacientes debilitados devido a sua doença de base.
Assim a GEP é um método perfeitamente aceitável e seguro de proporcionar
dieta enteral aos pacientes.