HISTÓRIA DO CONTAINER - Prof. Alexandre F. de Almeida
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HISTÓRIA DO CONTAINER - Prof. Alexandre F. de Almeida
UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 1 Material de apoio HISTÓRIA DA CRIAÇÃO E ORIGEM DO CONTAINER Fonte: Material retirado do site: http://images.google.com/imgres?imgurl=http://www.cowboy sdoasfalto.com.br/arquivos/galerias/a_origem_do_container/ grande/a_origem_do_container_00001.jpg&imgrefurl=http:// www.cowboysdoasfalto.com.br/entretenimento/curiosidades/ curiosidades_da_semana/containers/&usg=__qGnZJoRm5Ie _HzfV5kqXWAHzA-8=&h=488&w=407&sz=29&hl=ptBR&start=38&um=1&itbs=1&tbnid=Gg0T8kwk3ECYmM:&tbn h=130&tbnw=108&prev=/images%3Fq%3DModelos%2Bde %2BContaineres%26start%3D36%26um%3D1%26hl%3DptBR%26client%3Dsafari%26sa%3DN%26rls%3Den%26ndsp %3D18%26tbs%3Disch:1 01/02/2010 Durante séculos de comércio internacional, os seus precursores, chineses, árabes e europeus, não haviam conseguido criar uma forma não só de evitar as enormes perdas no transporte com as quebras, deteriorações e desvios de mercadorias, como também de agilizar e reduzir o custo das operações de carga e descarga. Somente em 1937, o americano Malcom Mc Lean, então com pouco mais de 20 anos, motorista e dono de uma pequena empresa de caminhões, ao observar o lento embarque de fardos de algodão no porto de Nova Iorque, teve a idéia de armazená-los e transportá-los em grandes caixas de aço que pudessem, elas próprias, serem embarcadas nos navios. Com o tempo, Mc Lean aprimorou métodos de trabalho e expansão de sua companhia, a Sea-Land (depois Maersk-Sealand), tornando-a uma das pioneiras do sistema intermodal, abrangendo transporte marítimo, fluvial, ferroviário, além de terminais portuários. Após inúmeras experiências nos Estados Unidos, prejudicadas pelo período da Segunda Guerra Mundial (1939/ 1945), somente em 1966 Mc Lean aventurou-se na área internacional, enviando um navio com containers à Europa. Assim, em 5 de maio daquele ano (1966) chegava a Roterdam - já o maior porto do mundo - o cargueiro adaptado "SS Fairland" da Sea Land, que ali descarregou 50 unidades. Como não havia equipamento apropriado, o desembarque foi feito com o próprio guindaste do navio, outra criação de Mc Lean. Naquela época, um verdadeiro exército de nove mil estivadores trabalhava no grande porto holandês, vinculando a 25 empresas de serviço. Antevendo a revolução que iria ocorrer no transporte marítimo, o diretor do porto, Frans Posthuma, conseguiu a exclusividade para receber os containers destinados à Europa, comprometendo-se a preparar um terminal especializado para desembarcá-los. Logo depois, em 1967, cinco das empresas estivadoras UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 2 Material de apoio que operavam em Roterdam criaram a ECT, com apenas 208 empregados para atender ao crescente movimento de containers. O container, hoje visto não só em todos os portos e adjacências, mas também em caminhões, nas estradas e em longas fileiras de vagões em ferrovias é um fantástico sistema de transporte responsável pela movimentação de 95% da carga geral hoje conduzida pela frota mercante mundial! Malcom Mc Lean nasceu em 1914 e faleceu em 2001: Tipos de container Carregamento final, inclusão completa - Dry Box Container básico intermodal com portas no final, acomodáveis para cargas gerais não requerendo controle de meio ambiente quando em rota. Usado para cargas gerais secas existentes, como alimentos, roupas, móveis, etc. Ventilado - Equipado com portas ventiladas nos finais ou laterais, e usadas para cargas geradas de calor, que requerem de proteção contra avarias de condensação (sudação). Versões com ventilação de ar elétrica são disponíveis. Ventiladores são normalmente encaixados com defletores para prevenir a entrada de água de chuva ou do mar - Igual ao Dry Box. Usado para Cacau e Café.e - cana de açúcar. Carregamento lateral, inclusão completa Equipado com porta lateral para uso em acondicionamento em descarga de carga onde não seja prático o uso de portas finais, também quando o container necessita permanecer nos trilhos enquanto a carga e colocada ou removida do container. Além das porta tradicionais, temos as laterais somente na lateral direita ou ambas esquerda/direita e também temos o container com portas no frontal. Abertura de Topo – Open Top Usado para carretos pesados, ou itens desajeitosos onde o carregamento ou UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 3 Material de apoio descarregamento da carga através das portas finais e laterais seja impraticável. A maioria dos containeres é equipada com cobertura de tecido e são sempre indicados como container de topo “suave” ou “rude”. Alguns containeres de abertura de topo são encaixados com cobertura de painéis tipo hatch removíveis ou teto de metal total destacáveis. Isolantes Para cargas que não poderiam ser expostas a mudanças rápidas ou bruscas de temperatura. Disponíveis em versões ventiladas e não ventiladas. Algumas transportadoras provêm containeres com sistema de aquecimento para uso especial. Refrigerados Isolante e equipadas com sistema de refrigeração embutido, gerado por conexões elétricas diretas ou por geradores a gasolina ou a diesel. É usado primariamente para alimento ou outros artigos que requerem temperatura controlada de meio-ambiente. Volume Líquido - Tank Container tipo tanque para transporte de líquidos. Alguns têm sido designados para especificações de alto nível. Para transporte de certos materiais perigosos. Volume Seco Designado para transporte de carga tais como produtos químicos secos e grãos. Prateleiras Retas Disponíveis com vários modelos e tamanhos, as prateleiras retas são usadas para madeira, produtos de moinho pesados, largos e desajeitados, maquinários e veículos. Alguns são equipados com laterais removíveis. Auto Usado para o transporte de veículos, disponível nas versões abertas ou fechadas. Animais vivos Configurado para o transporte de animais; os containeres são disponíveis para o transporte de gado, aves domésticas e outros animais. Coberta marítima Container de topo aberto experimental desenvolvido pela “Marad” e a Marinha Americana. Este sistema de manejo de carga é designado para adaptar a navios cargueiros ou transporte de equipamentos pesados fora de tamanho (principalmente militares). A construção do piso “Work-trough” (seção do piso aberta por uma manivela própria) pode reduzir tempo de descarregamento e espaço de armazenamento de pier, desde que eles não UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 4 Material de apoio necessitem ser removidos da destinação. High-Cube Estes containeres são usados para cargas de alto-volume, baixo peso e pode aumentar a área cúbica. Os containers “high-cube” são de 2,89m de altura e comprimento de no máximo de 12m. Vestuário Com prendimentos especiais, e encaixes de teto internos, estes containeres podem ser usados para pendurar vestuário. Tipos de container marítimo Hoje em dia existem diversos tipos de containers cujas dimensões externas podem ser: TIPO Dry Box Dry Box Dry/High Cube Reefer Reefer Open Top Open Top Flat Rack Flat Rack Plataform Plataform Tank COMP . 20´ 40’ 40’ 20’ 40’ 20’ 40’ 20’ 40’ 20’ 40’ 20’ Dim. Ext. CxLxA (mm) Dim. Int. CxLxA (mm) 6.058x2.438x2.591 12.192x2.438x2.591 12.192x2.438x2.896 6.058x2.438x2.591 12.192x2.438x2.591 6.058x2.438x2.591 12.192x2.438x2.591 6.058x2.438x2.591 12.192x2.438x2.591 6.058x2.438 12.192x2.438 6.058x2.438 5.900x2.352x2.395 12.022x2.352x2.395 12.022x2.352x2.696 5.498x2.270x2.267 11.151x2.225x2.169 5.900x2.352x2.395 12.020x2.350x2.342 5.798x2.408x2.336 12.092x2.404x2.002 6.020x2.413 12.150x2.290 X Capacidade (Peso/Volume t/m³) 21,6/33,2 26,5/67,7 26,3/76,2 25,4/28,3 26,0/55,0 21,6/3,2 26,5/67,7 21,6/33,2 26,5/67,7 21,6/33,2 26,5/67,7 19/23 mil l Tipos de Container Marítimo: Essas medidas chamadas "padrão" podem ser ultilizadas para cálculo de acondicionamento da carga, sempre lembrando que há variações de alguns centímetros para mais ou menos, dependendo do material ultilizado na construção do container. Todos os containers nas descrições á seguir, com exceção do High cube, podem ser de 20`ou 40`. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 5 Material de apoio Dry Cargo: Para carga geral. Com adaptações, pode carregar carga á granel ( café em grãos, produtos químicos em pó, etc) Granel Seco: Para transporte de cargas sólidas, com malte e cevada. Possui escotilhas situadas em seu topo, por onde se carrega a carga. Open Top: Para carga geral, com a possibilidade de abertura do teto de lona e das travessas de sustentação, permitindo a colocação de máquinas indivisíveis e pesadas. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 6 Material de apoio Flat Rack: Containers para cargas de formas irregulares, ou que excedam na largura ou altura, como máquinas para agricultura, barcos, tanques, caminhões, bobinas de papel, etc. Plataforma: Ultilizado para cargas compridas, largas, altas, sem formas regulares ou com problemas de acondicionamento, como tanques, materiais de construção, toras, tubos, etc. Reefer: Para produtos que necessitam refrigeração durante o transporte, como carnes, frutas, sucos. È uma das unidades de carga mais caras existentes, pois acondiciona todo um equipamento diesel/elétrico para refrigeração interior, além de ser provida de isolantes térmicos. Tank: UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 7 Material de apoio Para transporte de granéis líquidos Ventilado: Para transporte de produtos que necessitam ventilação ou renovação de ar em seu interior, como café. High Cube: Igual ao um container Dry Cargo de 40` pés, porém com 1 pé a mais de altura, que aumenta seu volume interno. Ultilizado para cargas com pouco peso em relação ao volume que ocupam, como cigarros, brinquedos, etc. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 8 Material de apoio MODELOS DE EMBARCAÇÕES - Utilizados no Transporte Marítimo Internacional e Cabotagem P R O J E C T O ! D E N A V I O S Fonte: Material retirado do site: http://images.google.com/imgres?imgurl=http://erikabelmonte .files.wordpress.com/2009/03/navios.jpg&imgrefurl=http://erik abelmonte.wordpress.com/2009/03/&usg=__QA52aX70pRy hn0Zt0ybCkSWF4hM=&h=479&w=949&sz=103&hl=ptBR&start=1&um=1&itbs=1&tbnid=PJhHZSMWttDvOM:&tbnh =75&tbnw=148&prev=/images%3Fq%3DTipo%2Bde%2Bna vios%26um%3D1%26hl%3DptBR%26client%3Dsafari%26sa%3DG%26rls%3Den%26tbs% 3Disch:1 01/02/2010 I Cattle Carriers, para o transporte de gado Os navios são construídos para atender ao transporte específico de determinadas ! Log Carriers, para o transporte de toros de madeira mercadorias. Existem navios práprios para o transporte de mercadorias embalada a granel e !etc. Reefers, para o transporte de carga refrigerada Lash ou porta-barcaça: Foi construído para operar em portos congestiondos. Comporta em seu interior, barcaças com capacidade de 400t cada, as quais são embarcadas e Navios Porta-Barcaças desembarcadas na periferia do porto. Quando o navio chega nas imediações do porto, Os navios porém, porta-barcaças do tipo LASH (lighter aboard ship) nos anos como e estas são rebocadas para um sem atracar, descarrega assurgiram barcaças na’60água uma solução eficiente para o transporte de cargas originadas no rio Mississipi e destinadas a atracadouro especial onde a mercadoria é retirada e depositada nos armazéns do cais do portos europeus servidos por rios. Os primeiros navios LASH transportavam 89 barcaças de A permanência do por navio no As porto é asãomínima necessária para operação de carga e 60’ (18.8 m)porto. com capacidade para 370 t de carga unidade. barcaças posicionadas a descarga das bordo por meio de um grua de barcaças. pórtico, como se vê na Figura 3.11. FIGURA 3.11: Navio tipo LASH Destina-se ao otransporte de granéis líquidos. E possuem equipamentos para Já nos anosTanque: ’70 surgiu uma outra solução para tranporte de barcaças de maioresedimensões, com capacidade para 840 t de carga, exactamente metade do tamanho da barcaça-típo bombear a carga para dentro e para fora de bordo. utilizada no Mississipi. Este tipo de navio chamado Seabee utiliza um elevador à popa, com capacidade para 2.000 t, que movimenta duas barcaças de cada vez. As barcaças são colocadas na sua posição final por meio de um sistema de zorras sobre carris. -9- UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL A+&%5#$ #$ %&'(#$ 2B,:&$ %&)$ ( 0#/D-4$ ),-$ &./&2&/4$ 5,)2&// E:+&$ ,$ ,).&)$ )"#$9 /,1#2&5&)$ ,)0,2(&F$ #%5,$ &$ -,/2&5# 5,0#)(.&5&$ %#)$ &/-&GD%)$ 5 Material de apoio 0,/-&%I%2(&$ 5#$ %&'(#$ %#$ %,2,))E/(&$0&/&$#0,/&3"#$ 5,$ 1&/2&3&)=$ $ $ Graneleiro: É utilizado para transporte de granéis sólidos.&'()"*+',)-.,-(-#% Seus porões não possuem divisões e são providos de cantos arrendondados para facilitar a estiva. Os graneleiros são construídos de forma a ter baixo custo operacional, por isto são destinado a transporte de mercadoria de baixo valor. !"#$ %&'(#)$ 2#%)./+J5#)$ ,6 +)#$ 5,$ 2#%.&(%,/,)=$ 9 )$ 2#%., %#)$ 0#/C,)$ #%5,$ ),$ ,%2&(6&*+&),$),-0/,$#0,/&5#)$0#/$: $ % Sea-Bea: É considerado o navio mais moderno atualmente, pois além de acomodar barcaças pode se converter em um tipo Graneleiro ou até um $ Porta-Contêiner. /-"*0-"% >$ #$ -&()$ -#5,/%#$ .(0#$ 5,$ &2#-#5&/$ 1&/2&3&)$ ,$ 2#%',/.,/L !"#$%&'(&)*+"$%& 2#%.&(%,/,)=$ & !"# $%&'("# ")(# *($"+,-./("# 0%,%# %+1$/1,# %(# +,%$"0(,+1# 1"01*.2'* /1+1,3'$%/%"# 31,*%/(,'%"4# 56'"+13# $%&'("# 0,70,'("# 0%,%# (# +,%$"0(, 31,*%/(,'%"#138%9%/%#%#:,%$19#1#1+*4# # # Cargueiro: É o tipo # mais convencional. Usado para o transporte de cargas em geral, ele pois ,-./012.34&30&,356157235-248& possui divisões internas que possibilita colocar diferentes tipos de cargas. ;)(# $%&'("# *($"+,-./("# 0%,%# (# +,%$"0(,+1# /1 :1,%94# ;1-"# 0(,<1"# ")(# /'&'/'/("# /1# 3%$1', 0(""%3#"1,#1"+'&%/("#0%,%#/'21,1$+1"#+'0("#/1#*%, # # & & & 9.-51:12.34& 0#/D-4$ ),-$ &./&2&/4$ 5,)2&//,:&$ &)$ 1&/2& E:+&$ ,$ ,).&)$ )"#$ /,1#2&5&)$ 0&/&$ +-$ &./&2 10 ,)0,2(&F$ #%5,$ &$ -,/2&5#/(&$ D$ /,.(/& UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 5,0#)(.&5&$ %#)$ &/-&GD%)$ 5#$ 2&()$ 5#$ 0# 0,/-&%I%2(&$ 5#$ %&'(#$ %#$ 0#/.#$ D$ &$ Material de apoio %,2,))E/(&$0&/&$#0,/&3"#$ 5,$2&/:&$,$5,)2&/ Porta Contêiner: Nele, são transportados1&/2&3&)=$ apenas contêires que são previamente $ organizados através de encaixes perfeitos. $ &'()"*+',)-.,-(-#% P R O J E C T O D E N A V I O S I !"#$ %&'(#)$ 2#%)./+J5#)$ ,62F+)('&-,%.,$ +)#$ 5,$ 2#%.&(%,/,)=$ 9 )$ 2#%.,(%,/,)$ )"#$ &F %#)$ 0#/C,)$ #%5,$ ),$ ,%2&(6&-$ 0,/?,(.&-,%. combinam algumas das características de navios ro-r *+&),$),-0/,$#0,/&5#)$0#/$:+(%5&).,)$0#/. Naturalmente há tipos híbridos que com outros tipos de navios. Um exemplo relativamente comum é a combinação de ro-ro contentores, como se vê na Figura 3.8, que $ mostra o maior navio do mundo desse tipo, com capacidade para 1.850 Teu’s Lo-Lo (lift-on, lift-off), 1,000 Teu’s Ro-Ro e 300 automóvei Navio da Classe G3L da Atlantic Container % Line. Roll On / Roll Off: É o tipo de embarcação mais utilizada para carregar veículos e barcos pois eles possuem rampas que facilitam carregar / descarregar. $ /-"*0-"% >$ #$ -&()$ -#5,/%#$ .(0#$ 5,$ %&'(#$ -,/2&%., &2#-#5&/$ 1&/2&3&)$ ,$ 2#%',/.,/L),$ :/&%,F,(/#$ # 2#%.&(%,/,)=$ FIGURA 3.8: Ro-Ro da Classe G3L da ACL Navios de Carga Geral A utilização generalizada de navios porta-contentores e outros navios especializados n serviço de linhas retirou aos navios de carga geral esse seu mercado tradicional. Hoje o navios de carga geral são utilizados quase exclusivamente em funções de tramp. Este termo que literalmente significa vagabundo, caracteriza um serviço em que o navio é oferecido par transportar qualquer tipo de carga em qualquer parte do mundo. Em contraste com especialização dos outros tipos de navios, o navio de carga geral destingue-se pela su flexibilidade. Dois dos exemplos mais representativos deste tipo de navios são o mult $ $ UNISA – Universidade de Santo Amaro P R O J E C T O $D E N A V I O S I Gestão em Logística: $ '4.*-6#);$ 0,(%* 0#))-41$ ,&10 11 0#,"#$ #-$ *#%' )4,$ 41A&,*&/# ' 0,50,(#)$ 1#'(1 +,&&'!-$+,&&'!..' Material de apoio %&)$/4)0*)&)$/ O GNL é transportado a uma temperatura perto da vaporização (-165º), usualmente sob a forma de metano (CH4). Existem quatro tipos básicos de tanques para o transporte de gás 869-%)$ ,#66$ # !"#$ %&'(#)$ 0,50,(#)$ 0&,&$ #$ +,&%)0#,+ liquefeito: +,&%)0#,+4$ /4$% '4.*-6#);$ 0,(%*(0&614%+4$ &-+#1#'4()7$ >)+4)$ )#A,4$ ,#/&)C7$ 0#))-41$ ,&10&)$ 3-4$ /"#' &*4))#$ /(,4+#$ /#$ * ! Tanques integrais – constituem parte integrante da estrutura do navio, ,#/#'(E,(#$ ,#6&0 0#,"#$ #-$ *#%'2)7$ ?4)+&$ @#,1&;$ #)$ '4.*-6#)$ acompanhando as deflexões da estrutura adjacente; *&,9&$4;$/40#() )4,$ 41A&,*&/#)$ 4$ /4)41A&,*&/#)$ *#1$ #) ! Tanques de membrana – construidos com paredes de pequena 0,50,(#)$ 1#'(14%+#);$ 0,#0(*(&%/#$ -1&$ 4*# expessura (membrana) suportadas pela estrutura do navio através de $ %&)$/4)0*)&)$/4$41A&,3-4$4$/4)41A&,3-47$ uma barreira isoladora, podendo expandir e contrair livremente; $ ,#66$ #%=,#66$ #@@$ )"#$ 4)04*(&()$ 0& 869-%)$ Gaseiro: Um gás liquefeito é definido como uma substância com uma pressão de vapor ! Tanques de semi-membrana – construidos com$ cantos arredondados, +,&%)0#,+4$ /4$ *&,,4+&)$ #-$ A##9(4)$ B*#%+& superior a 275 okPA absoluto denavio, 37.8 graus Cisso (100livres grauspara F). Nesta classe de evitando contacto comà atemperatura estrutura do e por $ ,#/&)C7$ D4)+4$ )#A,4$ *&)#;$ #$ 14(#$ /4$ +,&% substâncias, Gas Carrier Code da IMO,são estão incluídos gases de petroleo expandirreguladas e contrair,pelo enquanto as superfícies planas suportadas pela $ ,#/#'(E,(#$ 0&,&$ /#$ %&'(#$ &0&%F& estrutura; liquefeitos ou GPL (LPG em ingles), gás natural liquefeito ou,#6&$ GNL (LNG em/4%+,#$ ingles) e vários $ *&,9&$4;$/40#();$0&,&$@#,&;$,4+(,&%/#=&7$ outros gases químicos como ammonia, propileno e etileno. ! Tanques independentes – suportam integralmente o peso da carga. LOGÍSTICA INTERNACIONAL Os navios de GPL, usam principalmente tanques integrais quando transportam gás liquefeito $ à temperatura ambiente e tanques independentes quando refrigerados ou semi-refrigerados. $ $ $ $ $ FIGURA 3.12: Navio LNG de 125,000 m3 Os navios de GPL usam principalmente tanques integrais quando transportam gás liquefeito à temperatura ambiente e tanques independentes refrigerados ou um semi-refrigerados. SuezMax: É um tipo de navio petroleiroquando que carrega cerca de milhão de barris. Possui !"#$!%&' Os navioseste GNL utilizam um pois de três tiposde desuas tanques: Technigaz , Conchpassar e Kvaerner-Moss nome peculiar através dimensões, é possível pelo Canal .de Suez. O primeiro é um sistema de membrana, enquanto os outros dois são sistemas independentes. O sistema Conch usa tanques prismáticos enquanto o sistema Kvaerner–Moss usa tanques 0&,&$ +,&%)0#,+&,$ +& !"#$ %&'(#)$ *#%)+,-./#)$ esféricos com se pode observar na Figura 3.12. 1(%2,(#)$ 3-&%+#$ 04+,564#7$ 869-%)$ 0#))Tal como para os navios químicos, a IMO define três+&%3-4)$ níveis de perigo nos navios de gás,)40&,&/#);$ com *#1$ 0#,:4)$ #-+,#);$ &0# correspondentes critérios de protecção dos tanques, designados IG, IIG e IIIG em grau +,&%)0#,+4$ /#$ 04+,#64#;$ 0#,$ 4<4106#;$ 6(10&1$ ) decrescente de severidade. 0#,#4);$ +#,%&%/#=)4$ &/43-&/#$ 0&,&$ #$ +,&%)0# /4$1(%2,(#$&$9,&%467$ $ ' ' ' ' - 11 !"#$()&*$!%&' !"#$ %&'(#)$ 0,50,(#)$ 0&,&$ #$ +,&%)0#,+4$ UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 12 Material de apoio CONHEÇA OS TERMOS E VOCABULÁRIOS USADOS NO RAMO DA NAVEGAÇÃO Fonte: Material retirado do site: http://www.cadeltransportes.com.br/dicionario.php 01.02.2010 Sigla Condição Termo latino usado para significar "sobre o valor". Taxa ad Ad Valorem: valorem: percentual cobrado sobre o valor FOB da mercadoria, normalmente complementar ao frete básico, quando trata-se de mercadoria de alto valor, exemplo, pedras ou metais preciosos. Todos os Riscos, cláusula de contrato de seguro, cobrindo All risks: todos os riscos normais de carga durante o seu transporte e trânsito. Conhecimento de Embarque, Conhecimento Marítimo, documento do armador, preenchido pelo embarcador e assinado pelo comandante ou o agente do navio, confirmando o B/L / Bill of Lading: recebimento de determinada carga a bordo (ou para embarque) e especificando, entre outros vários detalhes, o frete pago ou a ser pago no destino. É, ao mesmo tempo, um recibo de bordo, um título de posse e uma evidência de contrato de transporte, cujas cláusulas estão incorporadas no mesmo. Bonded Warehouse: armazém alfandegado, armazém onde mercadorias importadas ficam guardadas até que sejam desembaraçadas. Documento emitido por um armador de linha regular ou seu Booking note: agente e assinado pelo embarcador, comprovando o fechamento de praça para determinado navio. É um documento provisório ao Bill of Lading, que o substituirá posteriormente. Booking: Reserva, fechamento. 1. Sistema convencional de transporte de carga geral. i.e. Breakbulk: transportada solta e em volumes individuais, diferenciando-se, principalmente, de quando a mesma é transportada em containers. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 13 Material de apoio 2. Sistema de inspeção de carga usado pelo superintendente de carga, quando os volumes são abertos para tal. Broker: Bulk cargo: Corretor, agente intermediário. Carga a granel, carga solta e sem qualquer acondicionamento, podendo ser sólida ou líquida. Graneleiro, tipo de navio especializado no transporte de carga Bulk carrier: sólida a granel, possuindo para isso porões amplos, desobstruídos e de forma especial para "assentar " a carga estivada. Bulk container: Espécie de container com aberturas (escotilhas) no teto, usado para acondicionar carga sólida a granel. Sobretaxa de combustível, adicional ao frete cobrado pelo Bunker surcharge: armador dos embarcadores, em ocasiões em que os preços do combustível estão oscilantes, em termos de porcentagem sobre o mesmo. Bunker: Cambial: Combustível para navios, o que, no caso de navios a motor, inclui o óleo combustível e o diesel marítimo. Documento de troca de moeda. Navio tipo roll-on/roll-off, especializado no transporte de Car carrier: automóveis, podendo também transportar outros veículos equivalentes. Transporte terrestre do armador, diz-se de quando o armador Carrier Haulage: cuidará do transporte terrestre da mercadoria até o seu destino, se assim contratado com o embarcador ou o consignatário. 1. transportador, aquele que presta serviço de transporte a Carrier: outros, i.e. o armador ou, conforme o caso, o afretador. 2. Navio ou veículo destinado ao transporte de determinado tipo de carga, p.ex. LPG carrier. Cartage: 1. CCA: Carta de Correção Chamber of Commerce: Carreto, transporte a curta distância. Câmara de Comércio, associação de importadores e exportadores com o objetivo principal de desenvolver o UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 14 Material de apoio comércio entre si. 1. Afretamento, aluguel de navios ou aeronaves por tempo ou Charter: viagem, mediante preço e condições estabelecidos pelo Contrato de Afretamento. CKD: Claim: Abreviatura de Completely knocked down, ou seja, carga desmontada para transporte, como máquinas e equipamentos. Reclamação, reivindicação. Sociedade Classificadora, entidade de abrangência internacional encarregadora de classificar e registrar navios de acordo com o seu tipo, construção, propulsão, maquinaria, etc., Classification Society: e expedir certificados de borda-livre, tanto em nome de armadores privados como de governos. Durante toda a "vida" de um navio, tais entidades mantém vistorias contínuas com o objetivo de verificar se o mesmo se mantém dentro de sua classificação original. Conhecimento de Embarque Limpo (a bordo), diz-se de tal documento quando nenhuma ressalva ou anotação quanto ao Clean (on board) Bill of Lading: estado da carga recebida a bordo é encontrada no mesmo, sendo o normalmente exigido pelos importadores nas cartas de crédito. Clearance: Collect: Commercial Invoice: Common carrier: Liberação, desembaraço (aduaneiro). Cobrança, ato de se cobrar um débito, pagamento a ser efetuado no destino da carga. Fatura Comercial Diz-se de um transportador marítimo de linha regular e assim reconhecido por todos os outros do seu ramo. Conferência de Frete, associação de armadores que exploram Conference: = Freight Conference: linhas regulares de navegação, com o objetivo de estabelecer regras e fixar taxas do frete iguais entre si, para cada rota em que operam. Consignee: Consignatário. Aquele ao qual uma mercadoria é consignada ou destinada. p.ex. o importador. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 15 Consolidation: Material de apoio Consolidação. diz-se do agrupamento de lotes pertencentes a diferentes embarcadores para formar um única carga. 1. contentor, grande caixa ou recipiente metálico no qual uma mercadoria é colocada (estufada ou ovada), após o que o Container: mesmo é fechado sob lacre (lacrado) e transportado no porão e/ou convés de um navio para ser aberto (desovado) no porto ou local de destino. Copy not negotiable: Cópia não negociável, geralmente do Conhecimento de Embarque original a qual, essa sim, pode ser negociada. Aviso de Correção. Aviso expedido pelo armador ao seu agente Correction Advise: notificando alguma alteração de dados no conhecimento de embarque ou outro documento. Cubagem: Medição espacial ou cúbica da carga, que substitui o peso no cálculo do frete de cargas leves e volumosas. Despachante aduaneiro. Pessoa ou firma encarregada de Custom broker: despachar (desembaraçar) as cargas junto a alfândega, tanto as de importação como as de exportação, em nome dos importadores e exportadores. Alfândega, aduana, escritório ou edifício da Agência da Receita Federal no portos e aeroportos, encarregada de fiscalizar a Customs: entrada, trânsito e saída de mercadorias do país, bem como coletar impostos daí oriundos e liberar os navios e aeronaves na chegada e saída dos portos e aeroportos. Danificado. Diz-se da mercadoria ou sua embalagem já quando Damaged: recebida nestas condições para embarque ou quando constatase o dano somente no desembarque da mesma. Carga perigosa. p. ex. explosivos, inflamáveis, corrosivos, etc. Dangerous goods: para cujo manuseio e transporte existe uma série de regulamentos internacionais. Deadline: Demurrage: Prazo limite para depositar os conteineres a serem embarcados 1. sobrestadia, multa ou indenização paga pelo afretador ao armador, por ter o primeiro ultrapassado o prazo estipulado num UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 16 Material de apoio Contrato de Afretamento por viagem, para as operações de carregamento e/ou descarga do navio. 2. Tal retenção do navio no porto por tempo além do concedido para carregamento ou descarga. Door to door: Carga é coletada na porta do embarcador e entregue na porta do comprador. Porta a porta. 1. calado, a distância graduada em metros (ou decímetros) ou pés (e polegadas), medida da quilha do navio a linha d'água observada no momento de sua leitura. 2. Tal distância assim graduada em escala própria, indicando a Draft: capacidade de imersão do casco do navio. 3. Espelho de documentos a serem confeccionados. Ex.: B/L; faturas etc 4. Também é saque ou cambial, ordem de pagamento (Noronha, Durval de, Dicionário Jurídico - Observador Legal Editora Ltda., 1998) Termo usado para a importação de matérias primas com Drawback: favorecimento ou isenção de impostos de importação, com a condição destas serem usadas como componentes de produtos para exportação. Tipo de container convencional, usado para carga seca, Dry-cargo container: existindo nas medidas de 20 e 40 pés, sendo o mais comumente encontrado e manuseado no comércio internacional atualmente. Duty (pl. duties): Endorsement: ETA (Estimated Time of Arrival): ETD (Estimated Time of Departure): 1. obrigação, dever 2. taxa. p.ex. aduaneira. Endosso, transferência de propriedade, título ou dinheiro através de assinatura no verso de um documento. Data estimada ou prevista da chegada de um navio no porto ou de uma aeronave no aeroporto. Data estimada ou prevista da saída de um navio no porto ou de uma aeronave no aeroporto. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 17 ETS: = ETD Material de apoio Ex: prefixo usado para significar "a partir de". Extremo Oriente, área convencionada como a incluir a China, Far East: Japão, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Tailândia, Filipinas e Indonésia. FCL - Full Container Load: "Carga Total de Container", porém usa-se para designar o transporte House to House. Comissão, honorário. Fee: Fitossanitário , Certificado - Phytosanitary Certificate: Documento emitido por órgão fiscalizador de produto vegetal (no Brasil o Ministério da Agricultura). 1. Bandeira, pavilhão. Flag: 2. A nacionalidade de um navio ou de uma aeronave em relação à bandeira que ostente. Tipo de container aberto, possuindo apenas paredes frontais, Flat rack: usado para cargas compridas ou de forma irregular as quais, de outro modo, teriam de ser transportadas soltas em navios convencionais. Forwarder: Free port: Transitário, despachante; (freight forwarder - agente de carga). Porto livre. Porto onde as mercadorias podem transitar livremente. I.e.: livres de impostos aduaneiros. Freighter: Navio cargueiro. Full set: Jogo completo. p.ex. de vias de um documento. Gateway: Portão de entrada/saída. Diz-se do ponto (porto, aeroporto ou fronteira). Carga geral, carga seca embalada em volumes. p.ex. sacaria, General cargo: caixas, fardos, etc., podendo ser transportada solta, paletizada ou unitizada em container. Mercadoria, produto, a carga transportada ou a ser Goods: transportada, da qual, em direito marítimo, excluí-se animais vivos e carga estivada no convés sem autorização do embarcador no Conhecimento de Embarque. Gross weight: Peso bruto, peso sem deduções. i.e. incluído a embalagem (ou UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 18 Material de apoio invólucro) mais o conteúdo, ou então o veículo mais a carga. Handling charge: Despesas de manuseio ou movimentação de carga. Handling: Manuseio, movimentação. Hazardous: Perigoso, arriscado, prejudicial. IATA Associação Internacional de Transporte Aéreo, órgão que (International Air Transport regulamenta e coordena o serviço de transporte aéreo Association): internacionalmente. "menos que uma carga de container", porém o termo é usado quando o container é estufado parcialmente pelo armador com o LCL - Less than container load: lote do embarcador (junto com outros), e desovado no destino também pelo armador, sendo os custos em ambos os casos por conta do embarcador e consignatário, respectivamente. Termo de contrato de transporte marítimo pelo qual o frete inclui Liner terms: todas as despesas de carregamento, estiva e descarga de mercadoria, i.e. tudo isso por conta do armador. Entidade seguradora inglesa de abrangência internacional, Lloyd's: fundada em 1688 pela associação de seguradores marítimos os quais se reuniam no Lloyd's Coffe House, daí o seu nome. Loading: Carregamento, embarque de carga. Navio a motor, se diz de um navio movido a motor de M/V - Motor vessel: combustão interna (diesel), para diferenciá-lo daquele movido a vapor ou turbina. Manifesto, documento contendo uma relação de todos os Manifest: conhecimentos de embarque, com seus principais detalhes, relativa às diversas cargas embarcadas no navio num determinado porto ou numa aeronave num aeroporto. Maritime: Marítimo, relativo ao mar ou ao que está próximo ao mar. Net weight: Peso líquido da mercadoria. Nome que se dá a um transitário de carga o qual, por oferecer NVOCC um serviço completo de transporte aos seus clientes, é equiparado a um armador embora não opere nem possua navios. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 19 On carriage: Material de apoio Num Conhecimento de Embarque significa um transporte adicional àquele ora sendo contratado. i.e. transbordo. Tipo de container sem teto, o qual é coberto com lona, usado Open top container: para cargas cuja altura excede aquela de um container convencional ou que só possam ser carregadas do alto. Ovação - Ato de por carga em container. Owner: Armador. Espécie de bandeja ou estrado de madeira, com orifícios para Pallet: encaixe dos garfos das empilhadeiras, sobre o qual a carga é posta, presa e transportada até o destino. Payload: Perishable: Capacidade útil de carga, a capacidade comercial de um navio, aeronave, porão ou de um container. Perecível, facilmente deteriorável. p.ex. certas mercadorias como laticínios, peixe, carne, frutas, etc. 1. Termo usado pra definir o recebimento de um ou mais Pick up: containers pelo armador da companhia locadora após a firmação do contrato de arrendamento. 2. Coleta Power of Attorney: Procuração, instrumento legal autorizando alguém (ou uma empresa) a agir como procurador ou agente em nome de outro. 1. documento preparado pelo agente contendo uma estimativa de custo diverso que o armador terá com a escala de seu navio Proforma: no porto e a ele enviado para estudos. 2. qualquer outro documento estimativo e provisório ao definitivo. Purchase: Compra, aquisição de um produto ou o produto adquirido. Certificado de Qualidade, documento emitido pelo Quality Certificate: superintendente de carga, certificando à parte interessada, a realização do controle e apuração da qualidade da mercadoria embarcada ou descarregada. Reefer: 1. navio ou container frigorífico; tipo de navio com os porões ou cobertas devidamente isolados e equipados para o transporte UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 20 Material de apoio de carga frigorífica ou perecível, como cerne, frutas, etc., na maioria dos casos paletizada. 2. relativo à refrigeração ou frigorificação. Release: Liberação, livramento. Tipo de navio com uma rampa na popa ou na proa, por onde RO-RO / Roll On - Roll Off: veículos (com carga ou vazios) são por ela transportados, entram e saem de bordo diretamente do/para o cais. Dito conter. Expressão inserida num Conhecimento de Said to contain: Embarque significando que o transportador desconhece o conteúdo da embalagem dos volumes recebidos a bordo. Sample: Sealing: Amostra, parte ou peça representativa de uma série ou lote. Lacragem, lacração, o ato ou processo de se fixar um lacre num container, etc. Embarcador, aquele que é responsável pelo embarque da Shipper: mercadoria no meio de transporte, na maioria dos casos sendo seu próprio exportador e o qual contratou o seu transporte com o armador. 1. estiva, estivagem: o ato, maneira ou processo de se colocar e Stowage: arrumar carga a bordo. 2. o custo de tal serviço arcado pelo armador ou afretador. Stuffing: Estufamento, enchimento, ova, p.ex. de carga num container. Supplier: Fornecedor, provedor, abastecedor. Surveyor: Vistoriador, perito. Container tanque, tipo de container de forma cilíndrica, colocado dentro de uma armação com a forma e dimensões idênticas a Tank container: de um container normal, utilizado para o transporte de carga líquida (inflamável ou não), existindo nas medidas de 20 e 40 pés. Ponto final de embarque e desembarque de cargas e Terminal: passageiro. O termo pode abranger o porto/aeroporto em si ou um pátio, armazém ou silo situado dentro dessa área. TEU (Twenty-Foot Equivalent Unit): Termo usado para um container de 20 pés, pelo qual se é UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 21 Material de apoio medida a capacidade de um navio porta containers em unidades equivalentes. THC (Terminal Handling Charge): Capatazia To order: à ordem, documento ou título emitido à ordem. No Brasil refere-se a uma empresa (principalmente uma Trading Company: sociedade anônima de grande porte) que opera exclusivamente no comércio internacional, exportando/importando mercadorias ou serviços por conta própria ou de terceiros. Transit time: Truck: Tempo que o navio leva para completar certo percurso ou viagem. Caminhão, veículo rodoviário para carga. Unitização, o processo usado para facilitar o manuseio e Unitization: transporte de carga geral, pelo qual os volumes são embalados ou fixos a dispositivos de unitização, p.ex. pallet, ou quando são assim juntados num container. Viagem (de longo curso), ida e/ou vinda de um navio para seu porto ou portos de destino. Cada viagem do navio implica no transporte de uma ou várias cargas, dependendo do tipo de Voyage: operação do mesmo, porém este poderá eventualmente cobrir uma perna de viagem vazio (em lastro) até o seu porto de carregamento, no caso de afretamento por tempo, algo indesejável ao afretador. Warehouse: Wharf age: Worldwide: Armazém, depósito para a guarda de mercadorias importadas ou para exportação. Capatazia, taxas cobradas pelos portos e aeroportos relativas ao uso das facilidades e instalações dos mesmos. Mundial, aquilo que abrange ou refere-se ao mundo. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 22 Material de apoio INCOTERM 2000 Fonte: Incoterms 2000: regras oficiais da ICC para a interpretação de termos comerciais = ICC Official rules for the interpretation of trade terms / coordenação João dos Santos Bizelli; tradução Elisangela Batista Nogueira, Samir Keedi. – São Paulo: Aduaneiras, 2000. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 23 Grupo E Partida EXW Grupo F Grupo C Grupo D Na Origem (... local nomeado) Transporte principal não pago FCA Livre no Transportador (... local nomeado) FAS Livre ao Lado do Navio (... porto de embarque nomeado) FOB Livre a Bordo (... porto de embarque nomeado) Transporte principal pago CFR Custo e Frete (... porto de destino nomeado) CIF Custo, Seguro e Frete (... porto de destino nomeado) CPT Transporte Pago até (... local de destino nomeado) CIP Transporte e Seguros Pagos até (... local de destino nomeado) Chegada DAF Entregue na Fronteira (... local nomeado) DES Entregue no Navio (... porto de destino nomeado) DEQ Entregue no Caís (... porto de destino nomeado) DDU Entregue com Direitos não Pagos (... local de destino nomeado) DDP Entregue com Direitos Pagos (... local de destino nomeado) Material de apoio UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 24 Material de apoio A Câmara de Comércio Internacional (CCI) criou regras para administrar conflitos oriundos da interpretação de contratos internacionais firmados entre exportadores e importadores concernentes à transferência de mercadorias, às despesas decorrentes das transações e à responsabilidade sobre perdas e danos. A CCI instituiu, em 1936, os INCOTERMS (International Commercial Terms). Os Termos Internacionais de Comércio, inicialmente, foram empregados nos transportes marítimos e terrestres e a partir de 1976, nos transportes aéreos. Mais dois termos foram criados em 1980 com o aparecimento do sistema intermodal de transporte que utiliza o processo de unitização da carga. Em 1990, adaptando-se ao intercâmbio informatizado de dados, uma nova versão dos INCOTERMS foi instituída contendo treze termos. Está em vigor desde 01.01.2000 o Incoterms 2000, que leva em consideração o recente crescimento das zonas de livre comércio, o aumento de comunicações eletrônicas em transações comerciais e mudanças nas práticas relativas ao transporte de mercadorias. Além disso, o Incoterms 2000, oferece uma visão mais simples e mais clara dos 13 Incoterms. CLASSIFICAÇÃO Os INCOTERMS são representados por siglas. As regras estabelecidas internacionalmente são uniformes e imparciais e servem de base para negociação no comércio entre países. A classificação abaixo obedece a uma ordem crescente nas obrigações do vendedor: As vendas referidas no grupo acima compreendem as que são efetuadas na partida e na chegada. As vendas na partida, caso dos grupos E, F e C, deixam os riscos do transporte a cargo do comprador. No caso de vendas na chegada, os riscos serão de responsabilidade do vendedor no caso dos termos do grupo D, exceto o DAF. No caso do DAF - Delivery At Frontier - entregue na fronteira, o vendedor assume os riscos até a fronteira citada no contrato e o comprador, a partir dela. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 25 Material de apoio Os termos do grupo C merecem atenção para evitar confusões. Por exemplo, se o contrato de transporte internacional ou o seguro for contratado pelo vendedor não implica que os riscos totais do transporte principal caibam a ele. A CCI seleciona como próprios ao transporte marítimo, fluvial ou lacustre, os termos FAS, FOB, CFR, CIF, DES e DEQ. Destinam-se a todos os meios de transporte, inclusive multimodal: EXW, FCA, CPT, CIP, DAF, DDU e DDP. O DAF é o mais utilizado no terrestre. DEFINIÇÕES Grupo E EXW - Ex Works - a mercadoria é entregue no estabelecimento do vendedor, em local designado. O comprador recebe a mercadoria no local de produção (fábrica, plantação, mina, armazém), na data combinada; todas as despesas e riscos cabem ao comprador, desde a retirada no local designado até o destino final; são mínimas as obrigações e responsabilidade do vendedor. Grupo F FCA - Free Carrier - Franco Transportador ou Livre Transportador. A obrigação do vendedor termina ao entregar a mercadoria, desembaraçada para a exportação, à custódia do transportador nomeado pelo comprador, no local designado; o desembaraço aduaneiro é encargo do vendedor. FAS - Free Alongside Ship - Livre no Costado do Navio. A obrigação do vendedor é colocar a mercadoria ao lado do costado do navio no cais do porto de embarque designado ou em embarcações de transbordo. Com o advento do Incoterms 2000 o desembaraço da mercadoria passa a ser de responsabilidade do vendedor, ao contrário da versão anterior quando era de responsabilidade do comprador. FOB - Free on Board - Livre a Bordo do Navio. O vendedor, sob sua conta e risco, deve colocar a mercadoria a bordo do navio indicado pelo comprador, no porto de embarque designado. Compete ao vendedor atender as formalidades de exportação; esta fórmula é a mais usada nas exportações brasileiras por via marítima ou aquaviário doméstico. A utilização da cláusula FCA será empregada, no caso de utilizar os transportes rodoviários, ferroviários ou aéreos. Grupo C UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 26 Material de apoio CFR - Cost and Freight - Custo e Frete. As despesas decorrentes da colocação da mercadoria abordo do navio, o frete até o porto de destino designado e as formalidades de exportação correm por conta do vendedor; os riscos e danos da mercadoria, a partir do momento em que é colocada a bordo do navio, no porto de embarque, são de responsabilidade do comprador, que deverá contratar e pagar o seguro e os gastos com o desembarque. Este termo pode ser utilizado somente para transporte marítimo ou transporte fluvial doméstico. Será utilizado o termo CPT quando o meio de transporte for rodoviário, ferroviário ou aéreo. CIF - Cost, Insurance and Freight - Custo, Seguro e Frete. Cláusula universalmente utilizada em que todas despesas, inclusive seguro marítimo e frete, até a chegada da mercadoria no porto de destino designado correm por conta do vendedor; todos os riscos, desde o momento que transpõe a amurada do navio, no porto de embarque, são de responsabilidade do comprador; o comprador recebe a mercadoria no porto de destino e arca com todas despesas, tais como, desembarque, impostos, taxas, direitos aduaneiros. Esta modalidade somente pode ser utilizada para transporte marítimo. Deverá ser utilizado o termo CIP para os casos de transporte rodoviário, ferroviário ou aéreo. CPT - Carriage Paid To - Transporte Pago Até. O vendedor paga o frete até o local do destino indicado; o comprador assume o ônus dos riscos por perdas e danos, a partir do momento em que a transportadora assume a custódia das mercadorias. Este termo pode ser utilizado independentemente da forma de transporte, inclusive multimodal. CIP - Carriage and Insurance Paid to - Transporte e Seguro Pagos até. O frete é pago pelo vendedor até o destino convencionado; as responsabilidades são as mesmas indicadas na CPT, acrescidas do pagamento de seguro até o destino; os riscos e danos passam para a responsabilidade do comprador no momento em que o transportador assume a custódia das mercadorias. Este termo pode ser utilizado independentemente da forma de transporte, inclusive multimodal. Grupo D DAF - Delivered At Frontier - Entregue na Fonteira. A entrega da mercadoria é feita em um ponto antes da fronteira alfandegária com o país limítrofe desembaraçada para exportação, porém não desembaraçada para importação; a partir desse ponto a responsabilidade por despesas, perdas e danos é do comprador. UNISA – Universidade de Santo Amaro Gestão em Logística: LOGÍSTICA INTERNACIONAL 27 Material de apoio DES - Delivered Ex-Ship - Entregue no Navio. O vendedor coloca a mercadoria, não desembaraçada, a bordo do navio, no porto de destino designado, à disposição do comprador; até chegar ao destino, a responsabilidade por perdas e danos é do vendedor. Este termo somente pode ser utilizado quando tratar-se de transporte marítimo. DEQ - Delivered Ex-Quay - Entregue no Cais. O vendedor entrega a mercadoria não desembaraçada ao comprador, no porto de destino designado; a responsabilidade pelas despesas de entrega das mercadorias ao porto de destino e desembarque no cais é do vendedor. Este Incoterm prevê que é de responsabilidade do comprador o desembaraço das mercadorias para importação e o pagamento de todas as formalidades, impostos, taxas e outras despesas relativas à importação, ao contrário dos Incoterms 1990. DDU - Delivered Duty Unpaid - Entregues Direitos Não-pagos. Consiste na entrega de mercadorias dentro do país do comprador, descarregadas; os riscos e despesas até a entrega da mercadoria correm por conta do vendedor exceto as decorrentes do pagamento de direitos, impostos e outros encargos decorrentes da importação. DDP - Delivered Duty Paid - Entregue Direitos Pagos. O vendedor cumpre os termos de negociação ao tornar a mercadoria disponível no país do importador no local combinado desembaraçada para importação, porém sem o compromisso de efetuar desembarque; o vendedor assume os riscos e custos referentes a impostos e outros encargos até a entrega da mercadoria; este termo representa o máximo de obrigação do vendedor em contraposição ao EXW.