Mãozinhas na massa

Transcrição

Mãozinhas na massa
moradia, convívio e outros valores - nº 2 ano 1
Mãozinhas
na massa
Crianças aprendem com chef a
preparar macarrão caseiro
MORADIA
Apartamento com
pegada cênica
CONVÍVIO
Tem churrasco no
condomínio
TURISMO
Sete dias
no Uruguai
SUSTENTABILIDADE
O homem nasceu
para conviver
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EDITORIAL
A MUDANÇA QUE QUEREMOS VER NO MUNDO.
A CRV AGORA É NEW INC, UMA MARCA QUE BUSCA
PARA SI A MUDANÇA QUE QUER PARA O MUNDO,
COM POSICIONAMENTO SUSTENTADO EM TRÊS
PILARES: NATUREZA, ECONOMIA E TODOS NÓS
O célebre dramaturgo, escritor e jornalista irlandês, Bernard Shaw,
afirmou certa vez que “não há progresso sem mudança. E, quem não
consegue mudar a si mesmo, acaba não mudando coisa alguma.” A frase,
seguramente, se referia aos enfrentamentos internos comuns aos seres
humanos ao deixar a zona de conforto para dar um passo desafiador em
direção à mudança, seja ela qual for. A mesma reflexão pode ser aplicada
no âmbito empresarial: se uma marca não mudar a si mesma, não poderá
promover as mudanças que deseja para o mundo.
Por crer na evolução natural e na necessidade de traduzir sua alma com
seus princípios, valores e posicionamentos por meio de sua marca, a CRV
buscou uma nova identidade que traduzisse uma nova etapa de desafios e
oportunidades.
Agora, a CRV é NEW INC, um nome que ultrapassa as fronteiras brasileiras e
demonstra o posicionamento sustentável que nasceu do conceito principal
que envolve: NATUREZA, ECOMONIA E NÓS (NEW – Nature. Economy. We).
Esse é o nascimento de uma nova história e a NEW INC tem muito orgulho
em dividi-la com você. Com a presente edição, a Terra Vida convida você a
conhecer os pilares que sustentam esta mudança. n
EXPEDIENTE:
A Revista TERRAVIDA é uma publicação da NEW INC. | Edição e produção: Adevania Silveira | Colaboradores: Belisa Monteiro, Rimene Amaral, Cláudio Carvalho Borges, Sandro Salla, Olemir Cândido, Marília
Fleury | Fotos: Edgard Soares, Edgar César, Rimene Amaral, Demian Duarte, Shutterstock | Design gráfico: Carlos Nascimento | Projeto Gráfico: Wendel Reis | Revisão: Ana Paula Ribeiro de Carvalho
| Tiragem: 3.000 exemplares | Distribuição: Dirigida em Goiânia-GO e região | Impressão: Gráfica Formato | TERRAVIDA não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.
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SUMÁRIO
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ENTREVISTA - PAULO GONÇALVES BORGES
24 SUSTENTABILIDADE - CONVIVER
26 MORADIA - APÊ COM PEGADA CÊNICA
33 MERCADO - TRABALHAR E SER FELIZ
34 CULT - DUAS DICAS DA BOA MÚSICA
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GASTRONOMIA
- ROLEZINHO
-- TEM
COM
CRIANÇA
A FAMÍLIA
NA
20 LAZER
GASTRONOMIA
TEM
CRIANÇA
NA COZINHA
COZINHA
20
38 CAPA - TEM CRIANÇA NA COZINHA
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VIAGEM - URUGUAI EM SETE DIAS
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CONVÍVIO - CHURRASCO NA ÁREA DE LAZER
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ENTREVISTA
POR BELISA MONTEIRO
FOTOS: DEMIAN DUARTE
DISPOSIÇÃO:
PALAVRA-CHAVE
PARA MUDANÇAS
PAULO GONÇALVES BORGES JÚNIOR preside uma instituição
educacional que tem o propósito de cooperar com a
transformação da sociedade. Com projetos e serviços
que operam junto à iniciativa privada, a Total Educação e
Cultura promove princípios e valores de coparticipação e
responsabilidade mútua das pessoas físicas, jurídicas e públicas
para uma vida melhor para todos.
Nas dependências do recém finalizado Terra Mundi, um
condomínio residencial nacionalmente reconhecido por sua
inédita reunião de itens sociais, ambientais e econômicos,
Paulo Júnior nos conta como será a gestão deste residencial,
focando em promover uma cultura de participação ativa entre
os moradores.
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ENTREVISTA
O QUE É A TOTAL EDUCAÇÃO E CULTURA?
A Total é uma Agência Social. Uma instituição
que tem o propósito definido de “cooperar na
transformação e no desenvolvimento do indivíduo
e da sociedade, por meio da promoção de
princípios e valores que traduzam a equidade e
dignidade humana, compartilhando recursos e
habilidades disponíveis”. Nossos serviços e projetos
foram criados, são implantados e geridos por
nossa equipe, profissionais que atuaram por muito
tempo em suas áreas no mercado e hoje fazem
parte da Total Educação e Cultura.
QUEM MANTÉM FINANCEIRAMENTE
A INSTITUIÇÃO?
A Total é mantida, essencialmente, pelos serviços
prestados à empresas e por patrocínios diretos
aos projetos, também provenientes de empresas
privadas, além de doações. Até hoje temos
trabalhado sem recurso público, o que nos dá uma
condição de autonomia de gestão e transparência
entre os parceiros que não seria praticável, da
mesma forma, no setor público.
“UMA VIDA BEMSUCEDIDA ESTÁ
NO SENSO DE
SIGNIFICADO
E PROPÓSITO
QUE A PESSOA
DESENVOLVE AO
LONGO DA SUA
VIDA”.
QUAIS SÃO OS TRABALHOS
EM AÇÃO ATUALMENTE?
Hoje a Total está focada em dois serviços e dois
projetos. Os projetos são o Aprender Total, em
parceira com a ONG inglesa Aprender, que tem
como foco melhorar a didática dos professores e
a gestão escolar, dando melhores condições de
aprendizagem aos estudantes; e o Projeto Arte
Móvel, iniciado dentro do presídio de Aparecida
de Goiânia, que ensina profissões de artesanato
às mulheres reclusas e egressas, sendo estendido
agora para comunidades carentes da região
metropolitana de Goiânia.
Os serviços são o Empresa Desenvolvida,
formado por palestras e distribuição de conteúdo
direcionado aos funcionários de nossos clientes,
visando promover uma cultura de equilíbrio
emocional, valores éticos e profissionalismo
nos ambientes de trabalho; e o outro serviço
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é a Gestão de Condomínio, formatado para o
residencial Terra Mundi, da construtora Carvalho,
hoje nomeada Newinc. Este serviço vai gerir
os equipamentos educacionais e sociais deste
residencial, como a playschool (para crianças de
até 4 anos), as atividades desportivas, a orientação
dos moradores e funcionários para o correto
descarte seletivo de lixo, as salas de enfermagem
e odontologia e as atividades culturais. Não é de
responsabilidade da Total a gestão administrativa
do condomínio, ainda que estejamos sempre
em condição de apoio às decisões tomadas pelo
síndico.
COMO VAI SER ESTA GESTÃO NO
TERRA MUNDI SANTOS DUMONT?
Por ser uma experiência inédita, buscamos
uma forma de ter uma presença constante no
condomínio, um acompanhamento diário dos
processos de implantação da filosofia Terra Mundi.
Para isso, uma pessoa qualificada, representante
oficial da Total, vai morar no residencial,
supervisionando e monitorando a aplicação e o
desenvolvimento das ações de sustentabilidade
propostas no projeto. A responsabilidade
maior desse representante da Total não é
atuar ou interferir na gestão administrativa do
condomínio, mas se empenhar na formação de
uma consciência sócio-ambiental por parte dos
condôminos.
O QUE AS SUAS EXPERIÊNCIAS LHE ENSINARAM
PARA A CONDUÇÃO DESTES TRABALHOS EM
TORNO DE PESSOAS?
A importância e o valor das pessoas e das suas
relações. O segredo de uma vida bem-sucedida
não está na quantidade de benefícios e coisas que
alguém acumula, mas no senso de significado
e propósito que ela desenvolve ao longo da sua
vida. Particularmente, não creio que as pessoas
vivem muito ou pouco, mas vivem bem ou mal.
Mais do que oferecer às pessoas uma propriedade
por um determinado preço, nós podemos oferecer
aprendizado é um caminho a ser percorrido. Sendo
assim, não haverá transformação de consciência e
processos se não seguirmos o caminho, se não nos
deslocarmos de posições previamente assumidas.
O segredo está em vermos o que ainda não foi
visto, o que está além da nossa percepção original.
Muitas pessoas se contentam em melhorar o que já
foi visto porque têm medo de avançar em direção
ao aparente desconhecido. Vão se tornando
“míopes” na sua percepção, pois se contentam
com o que está perto delas, com que é evidente,
o que já está pronto e dominado. Amam o que se
parece com elas, sendo que o amor só pode ser
vivido, de fato, quando é a percepção do outro, do
que não sou eu mesmo, o risco de amar alguém
diferente de mim.
QUAL O PAPEL DAS EMPRESAS PRIVADAS NESTA
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL?
Na verdade, não estamos buscando a parceria das
empresas, mas dos empresários. Cremos que a
verdadeira transformação social acontece quando
temos a figura do agente da transformação, e
não apenas as figuras da ação social e dos seus
beneficiários. Não queremos a disponibilização
do recurso, mas o envolvimento das pessoas
nos processos. É importante que os empresários
vejam suas empresas como fatores e meios de
desenvolvimento social, e não apenas como
instrumentos de enriquecimento pessoal.
também as condições para que elas desenvolvam
dentro de si, princípios e valores que valem mais
do que seu patrimônio físico.
O QUE VOCÊ ENTENDE SER FUNDAMENTAL
PARA A TRANSFORMAÇÃO DO ENTENDIMENTO E
DA CULTURA DAS PESSOAS ATUALMENTE?
Disposição. Para mim, essa é a palavra chave.
Entendo como disposição a possibilidade de se
deslocar de uma posição original. Creio que o
ALÉM DAS EMPRESAS, QUEM SERIAM OS
DEMAIS PROTAGONISTAS DESTE DESAFIO?
Todos aqueles que se sentirem responsáveis e que
reconhecem portadores de algum tipo de recurso
ou condição que possam ser compartilhados.
Teremos alcançado uma condição socioambiental
sustentável quando entendermos que a
riqueza não é traduzida pela nossa capacidade
de acumular, mas em nossa disposição de
compartilhar. n
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“O SEGREDO
ESTÁ EM VERMOS
O QUE AINDA
NÃO FOI VISTO,
O QUE ESTÁ
ALÉM DA NOSSA
PERCEPÇÃO
ORIGINAL”
MORADIA
POR ADEVANIA SILVEIRA
Este grande Malbec argentino, o
Catena Malbec já foi indicado como
um dos “100 Melhores Vinhos do
Mundo”, um feito surpreendente
para um vinho deste preço! Tratase de um tinto encantador, com
concentração e intensidade, mas
também charme e muito caráter.
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Foto: Edgar César
UM APÊ PARA
CHAMAR DE SEU
ACONCHEGANTE, SUPERCOLORIDO E FUNCIONAL, PROJETO DE
INTERIORES DE LEO ROMANO PARA APARTAMENTO DA ADVOGADA
ANDREA VECCI FOGE DO CONVENCIONAL AO ADOTAR PEGADA CÊNICA
A
o trocar o apartamento que alugava
por um próprio, a advogada e
presidente da Indústria Química do
Estado de Goiás S/A (Iquego), Andrea
Vecci, 42, acionou o arquiteto Leo
Romano para a seguinte missão: transformar o
novo lar de 117 metros em um espaço lúdico,
colorido, aconchegante, com pegada cênica e
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onde ela e a filha Laura, de 7 anos, pudessem estar
juntas nas horas de lazer. Com soluções simples, o
arquiteto não só conseguiu atender as expectativas
da moradora, como as superou. A reforma, que
durou quatro meses, se concentrou basicamente
na sala, que ganhou mais espaço, ao incorporar
o antigo quarto de funcionário. Assim, Leo pôde
realizar todos os desejos da advogada, a começar
Edgard Soares
MORADIA
pelo ambiente do jantar, que pediu que tivesse
a cara de um café. Leo instalou papel de parede,
espelho e cabideiro – onde se pode pendurar
chapéus, colares etc.– na parede ao fundo, que
funciona como moldura para a mesa de jantar
retangular. Um pendente de cristal completa
o cenário que guarda referências dos cafés
parisienses.
A palheta de cores primárias — amarela, azul
e vermelha — é a base de toda a decoração,
fazendo contraponto com o mobiliário antigo,
que inclui relíquias herdadas da avó, entre elas,
uma penteadeira. A configuração da sala, estreita
e comprida, não permitia muitas variações
na disposição dos móveis, assim, o arquiteto
solucionou o problema enfileirando a maior
parte deles em uma das paredes, brincando
com volumes, alturas e texturas. O grande sofá
revestido de tecido berinjela aquece o ambiente.
O banco comprado em antiquário se reveza no
papel de mesa de centro. “O bacana do projeto é
a versatilidade. Já fiz reunião com 20 convidados,
e todos ficaram muito bem acomodados”, conta
Andrea.
Como a moradora também é envolvida com
trabalho missionário, a presença de hóspede é
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Edgar César
Edgard Soares
Edgar César
bastante frequente. “Meus amigos sempre
que me encontram perguntam quem estou
hospedando no momento”, revela, divertindose. Por isso, a casa está em constante
mutação. A mesa de trabalho criada por Leo
Romano, na sua cor símbolo, a amarela,
foi projetada para o nicho entre o jantar e o
living, mas também pode ser transferida com
facilidade para o quarto de hóspedes, que se
transforma em escritório e local de estudo,
quando está vazio.
O quarto da filha resume-se em cama, armário,
bancada de estudo e papel de parede clarinho.
O lugar preferido da menina, no entanto, fica
na sala. Assim como no sonho de infância
de Andrea era ter uma casinha para brincar,
Laura ganhou a sua. Leo projetou a sua versão
em madeira clara, com nichos para livros e
brinquedos e assoalho que delimita o território.
Em sentido horário, a
advogada Andrea Vecci;
o pendente de cristal
traz a atmosfera dos
cafés parisienses para
a sala de jantar ; o
jogo de cores primárias
alegram o ambiente e
faz contraponto com
o mobiliário antigo;
objetivos garimpados em
viagens decoram a sala
A ideia de conceber a casinha nasceu para
atender a outro pedido da advogada, que
desejava compartilhar os momentos de lazer
com a filha. Em frente à “casa” da menina, fica
um dos cantos de leitura da moradora, com
parte do seu acervo de livros.
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Edgar César
MORADIA
A casinha de madeira
criada por Leo Romano,
possui nichos para livros e
brinquedos e conjunto de
mesa e cadeiras Kartell.
Na outra página, a suíte
master com cama box e
cabeceira comprada em
antiquário, e cômoda com
gavetas, também antiga
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Edgar César
Edgard Soares
Os objetos que decoram a sala foram garimpados
em viagens ou comprados em lojas e antiquários
de Goiânia. Ao lado do sofá, a luminária de pé
dos anos 1960 veio da casa da avó, um pequeno
tesouro admirado por todos que visitam o
apartamento. O pequeno tesouro divide o espaço
da sala com a luminária Caruaru, de Marcelo
Rosenbaum. Completam o mobiliário, duas
poltronas - que vieram de uma antiga loja e Andrea
mandou restaurar em laca amarela-, e a mesa se
serviço, Pinocchio, do italiano Luigi Baroli.
Na suíte master, Leo usou composé de papel de
parede em tons vermelhos e espelho, que amplia o
ambiente. A cama box ganhou cabeceira comprada
em antiquário, e o buffet, também na cor vermelha,
que veio da sala da casa antiga, serve como
aparador para a televisão. Nas laterais da cama,
mais do mobiliário antigo, uma paixão da dona da
casa. O toque moderno é dado com os pendentes
dourados. Todos os armários e portas foram
revitalizados com laca branca, oferecendo respiro à
profusão de cores e texturas.
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CAPA
POR MARÍLIA FLEURY
FOTOS: EDGARD SOARES
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MÃOZINHAS
NA MASSA
CRIANÇAS VÃO PARA A COZINHA E
APRENDEM COM CHEF A PREPARAR
MACARRÃO CASEIRO
L
ugar de criança é... na cozinha mesmo. No meu
tempo de menina, não havia muito essa história
de criança usando a cozinha, lidando com panelas
e eletrodomésticos. Que nada, a gente ia mesmo
era para o quintal, depois da irrecusável proposta:
“Vamos brincar de cozinhadinha?” Por que cozinhadinha
e não comidinha, eu não faço a menor ideia. Juntávamos
umas panelinhas, pegávamos uns chuchus, umas folhinhas,
e fazíamos aquela comida de mentirinha. As cobaias dessa
insossatez culinária eram as bonecas, que sabidamente não
abriam a boca.
O tempo passou, mas que criança não ama ir para a cozinha
e dar uma de chef? Qualquer dia é dia, qualquer hora é hora.
Essa também é uma maneira bacana de comemorar o Dia
das Crianças. Reúna as crianças e libere esse território pouco
explorado, tomando algumas precauções, é claro.
A chef Marta Gouveia ensina Emanuel
Ferreira de Andrade, 9, Maria Kouri, 5,
e Esteffany Paulino da Conceição, 8 a
prepararem a massa macarrão caseira
Facas devem ser mantidas longe de crianças pequenas,
e é preciso que os adultos façam tarefas mais perigosas,
como acender o fogo, levar e tirar o prato do forno e picar os
ingredientes. Lavar bem as mãos e proteger os cabelos com
uma touca ou um lenço também é indispensável. Para não
sujar a roupa, providencie aventais para os pequenos.
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CAPA
Concentrada, Maria
ajuda a passar a massa
na máquina de cortar
macarrão
Pratos muito elaborados devem ser evitados, para que as
crianças não fiquem entediadas, afinal, a proposta é diversão
e alegria. Para provar que cozinhar é uma atividade lúdica,
a chef Marta Gouveia, do Bistrô Sophie, convidou Esteffany
Paulino da Conceição, 8, Maria Kouri, 5, e Emanuel Ferreira de
Andrade, 9, (sim, garotos também adoram pilotar um fogão),
para fazer um prato simples e rápido: macarrão à bolonhesa,
já que uma boa massa agrada geral. Como segunda opção,
foi feito também um creme de queijo. As crianças, no entanto,
resolveram misturar os dois molhos. E não é que essa
invenção deu supercerto?
A brincadeira gastronômica foi completada por sobremesa;
cada criança montou sua míni salada de frutas, formando
desenhos. Explorar a criatividade também é uma boa
maneira de envolver as crianças. Na montagem da salada,
elas mostraram que, de fofo e artista, todo mundo tem
um pouco. Terminada a parte boa, veio a parte ótima:
atacar uma comida saudável, bonita e saborosa. Relatório
final: carinhas felizes antes, durante e depois. E, é claro,
barriguinhas satisfeitas.
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Maria, Esteffany e Emanuel com os pratos preparados por eles: hora de provar o que aprenderam com a chef
Massa caseira
Modo de fazer: Coloque o azeite numa
panela, doure o dente de alho amassado
Salada de frutas
e junte a carne moída. Refoque. Coloque
250 g de farinha de trigo | 3 ovos | 1 colher
a noz-moscada, o louro, o sal e a pimenta-
de azeite | 1 colher de chá de sal
do-reino. Junte os tomates e deixe
Como fazer a calda: Leve ao fogo médio
cozinhar.
Modo de fazer: Coloque a farinha de trigo
peneirada, faça um buraco e coloque os
ovos, o azeite e o sal. Misture os ovos com
Banana, laranja e kiwi
um copo de suco de laranja, um copo de
Creme de queijo
um garfo e amasse os ingredientes com
açúcar e um pedaço de pau de canela.
Deixe ferver até engrossar e sirva sobre a
salada.
as mãos. Abra a massa com um rolo e
300 ml de creme de leite | noz-moscada
Montagem: corte meia banana em
coloque na máquina de cortar macarrão.
| sal a gosto | 150 g de peito de peru
rodelas para fazer o tronco, use metade
Ferva a água com um fio de azeite, sal e
picado miudinho | 100 g de queijo
de um kiwi para fazer as folhas do
uma folha de louro. Coloque o macarrão,
muçarela | queijo parmesão para
coqueiro e uma fatia de laranja com casca
cozinhe por 6 minutos e escorra. A massa
polvilhar | manjericão fresco para
para fazer o chão. Monte individualmente
caseira pode ser substituída por massa
enfeitar
nos pratos e regue com a
pronta de boa qualidade.
Modo de fazer: Leve o creme de leite
calda de laranja.
ao fogo, com noz-moscada e sal;
Molho à bolonhesa
junte o peite de peru e o queijo
muçarela cortado em cubos.
200 gr de carne moída | 100 ml de azeite
Quando o queijo derreter,
| 1 dente de alho | sal a gosto |1 folha de
retire do fogo e sirva.
louro | noz-moscada e pimenta-do-reino
a gosto | 2 quilos de tomate batido no
liquidificador
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LAZER
POR ADEVANIA SILVEIRA
FOTOS: EDGARD SOARES
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ROLEZINHO
GOIANO
PATINAÇÃO INTEGRA FAMÍLIA, ESTIMULA
PARTICIPAÇÃO EM CAMPEONATOS E SE TORNA
FONTE DE RENDA PARA PROFESSORES
A
os 26 anos, a comerciante Magda
Almeida Delphino tentou equilibrarse sobre um par de patins e levou
um tombo logo na primeira tentativa.
Embora quisesse muito aprender a
patinar, desistiu e nunca mais voltou a falar sobre
o assunto. Há cerca de dois meses, porém, aos
41 anos, resgatou o antigo sonho, embalada pelo
movimento da patinação cada vez mais fortalecido
na capital goiana. Aos 41 anos, casada e mãe de
quatro filhos, a condição para retomar a prática do
esporte era de que a família a acompanhasse.
O casal Pedro e Magda
Almeida Delphino com
três dos seus quatro filhos
– Fernanda, 23, Maria
Eduarda, 11 e Gustavo,
9–, no CCON: “Patinação
integrou mais a família”
Em um sábado ensolarado de setembro, a
encontramos – paramentada da cabeça aos pés
com o equipamento que a modalidade requer –
juntamente com o marido, Pedro Delphino, 36, e
os filhos, Fernanda, 23, Paulo Henrique, 20, Maria
Eduarda, 11, e Gustavo, 9, na Esplanada JK, no
Centro Cultural Oscar Niemeyer. Magda ainda está
em fase de aprendizado, mas, já consegue passear
de um lado ao outro. Só encontra dificuldade na
hora de frear e manter-se de pé, mas desta vez,
afirma, não vai desistir. “Agora virou um vício”, conta
a comerciante, satisfeita e feliz por constatar que
a patinação integrou mais a sua família. “Vou ser a
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23
LAZER
Designer Carlos Leandro,
23, que começou a patinar
há um ano e atualmente dá
aulas para frequentadores
da Esplanada JK, do Centro
Cultural Oscar Niemeyer;
na página ao lado, as
manobras radicais de
Weigner Luan, que trocou o
skate pela patinação
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vovó que patina com os netos”, planeja
Magda, que pretende contratar um
professor para aprimorar-se.
A família Delphino é um exemplo da força
que o esporte alcançou em um ano,
quando o grupo Goiânia Inline, começou a
mobilizar patinadores na cidade, por meio
de sua página no Facebook. Até então,
só se praticava na Capital a modalidade
Street, uma das mais radicais, que utiliza
corrimãos, escadarias e bancos para as
manobras. O piso plano e livre de fissuras
da Esplanada JK, com uma fabulosa
área de 19.645 m2, atraiu patinadores,
especialmente nas modalidades mais
lights, como, Freestyle (passeio), Slalom
(manobras com cones), Fitness e Speed.
Hoje, o grupo de patinadores que frequenta
o local é bastante eclético. É possível
encontrarmos crianças de cinco anos a
senhores com mais de 60 anos, gente que
gosta de manobras radicais e outras, como
Magda, que querem apenas passear e
desfrutar a vida na companhia da família.
O crescente interesse pelo esporte fez
com que os mais experientes fizessem
da atividade uma profissão. É o caso
do designer 3D Carlos Leandro, 23,
integrante do Goiânia Inline que, há dois
meses, passou a dar aulas de patinação.
Leandrinho, como é conhecido, trabalha
com turmas de cinco alunos por vez,
ensinando do nível básico ao avançado.
Segundo ele, com cinco aulas é possível
dominar os patins, equilibrar e passear.
Com aulas adicionais, aprende-se
a “dançar” entre os cones, que são
enfileirados no solo.
O comunicador visual e estudante de
engenharia Weigner Luan Amaral de
Sousa, 22, é outro habitué do Oscar
Niemeyer nos finais de semana. Há
oito meses, abandonou o skate para se
dedicar à patinação. Tomou tanto gosto
que, segundo dados extraoficiais, detém
o recorde de salto com rampa, de 2.10m.
O amigo, engenheiro de automação
Bruno Lima, 27, confirma a façanha.
Segundo contou, Luan posicionou três
garotas na frente da rampa e saltou. No
dia da reportagem, Luan exibiu algumas
manobras, saltando direto do solo sobre
uma patinadora sentada no chão e, depois,
utilizando um banco. A performance do
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rapaz já o levou a disputar campeonatos
amadores em Brasília.
Muitos praticantes buscaram a patinação
com o objetivo de se exercitarem e
perderem peso. O esporte é capaz de
unir exercício físico com diversão, seja
para quem busca melhorar a definição
muscular ou o condicionamento físico. A
modalidade também trabalha de forma
intensa os membros inferiores, como
glúteos, coxas e panturrilhas. Braços e
ombros também são exercitados, e o
trabalho muscular se assemelha ao da
caminhada, auxiliando o equilíbrio e a
postura.
Há quem prefira os patins tradicionais,
com rodas paralelas, que permitem maior
estabilidade. A escolha da versão inline,
com rodas em linha, geralmente, é feita
por pessoas que buscam velocidade e
manobras radicais. O uso do capacete é
obrigatório. São recomendados também
cotoveleiras, joelheiras e o stiguard, para
o punho. Em Goiânia, já existem lojas
especializadas vendendo o equipamento
completo. Os preços dos patins variam de
R$ 300 a R$1.500.
CONSUMO
Vida Saudável
Fritadeira Elétrica Cadence
Sem Óleo Light Fryer FRT500 Prata e Preto.
Ótima solução para quem
quer alimentos crocantes
sem ter de recorrer à
fritura. A partir de R$ 584,
em grandes magazines e
e-commerce.
GoPro Hero4
A nova GoPro Hero4 vem com um diferencial mais do que esperado
pelos usuários das lentes, especialistas em filmar esportes radicais
e movimentos de atletas: a tela de LCD, que virou item de série,
não sendo mais necessário comprá-la como acessório. No geral, a
câmera se parece muito com a última versão Hero3+ Black Edition,
trazendo um pequeno aumento na resolução das fotos e uma
autonomia de bateria um pouco melhor. A partir de R$ 2600 no
Brasil, com a homologação da Anatel e garantia. Encontra em lojas
de esportes, motos, bikes, etc.
Gold
Skate elétrico
Nem representantes do jogo do bicho no Rio de
Janeiro e nem artistas de Funk Ostentação. A moda
voltou com tudo e a marca Invicta lidera no custobenefício. Em Miami a partir de US$ 600; no Brasil a
partir de R$ 2500.
Ótima diversão para família, mas atenção: é prudente
não economizar no equipamento de segurança a fim de
proteger a família toda de possíveis quedas. No Brasil,
a partir de R$ 1.500. Em Goiânia, a loja especializada
Arquegyn (na Rua 15, do Setor Oeste) oferece diversos
modelos e faz manutenção.
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SUSTENTABILIDADE
POR CLÁUDIO DE CARVALHO BORGES
DIRETOR GERAL DA NEW INC
O SER HUMANO NÃO EXISTE PARA
VIVER, MAS PARA CONVIVER
EMPRESAS QUE ASSUMIREM O SEU PAPEL
SOCIAL, ESPECIALMENTE PERANTE OS SEUS
COLABORADORES, ESTARÃO À FRENTE
C
oncordo com os que afirmam que há
uma nova economia se instalando
no mundo. Uma economia em
que todas as empresas devem se
reorganizar para que o lucro seja ao
mesmo tempo financeiro, social e ambiental.
Acredito sinceramente que todos os empresários
serão obrigados, num futuro próximo, a rever o
conceito de empresa dentro desses três aspectos.
Por uma questão econômica, todos deverão fazer
um balanço financeiro, social e ambiental.
Neste artigo, gostaria de pensar na questão da
responsabilidade social das empresas. Embora,
para quase todos os empresários, a expressão
responsabilidade social deva ser aplicada
exclusivamente ao Governo, não é assim que a
nova economia visualiza o mundo moderno. O
universo do mundo corporativo privado precisa
assumir, por uma questão econômica, o seu
papel dentro da sociedade.
É antiquado não abrirmos os olhos para ver que
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todos estamos interligados numa rede, que não é
a internet, que somos dependentes um do outro. O
mundo moderno e a nova economia nos colocaram,
todos, muito próximos. Talvez seja a primeira vez na
história da humanidade que o conceito de “próximo”
tenha ganhado uma dimensão geográfica com uma
profundidade maior que a religiosa.
NESTE SENTIDO, ME PARECE QUE O BRASIL DE
HOJE VIVE UM RISCO E UMA OPORTUNIDADE.
Há pouco tempo fui convidado para participar de
um painel num congresso sobre sustentabilidade,
e, comigo na mesa, estavam vários representantes
dos bancos. Todos eles falavam a respeito dos
avanços que os agentes financeiros fizeram em
sustentabilidade ao exigirem as licenças ambientais
para os financiamentos. Mais uma vez, os empresários
encheram a boca para falar de sustentabilidade, como
se fosse ligada exclusivamente a meio ambiente, e não
fosse equilíbrio.
Entendo que vivemos um contratempo no nosso
País nesse momento. Estamos arriscando muito o
nosso crescimento econômico ao não avançarmos
socialmente. E é moderno pensarmos que as empresas
devem ser parte desse processo. É extremamente
arriscado, para as empresas não encontrar o seu
lugar na nova economia, assumindo o seu papel
diante de todas as pessoas “próximas”, em especial os
colaboradores/funcionários.
Ao mesmo tempo em que vivemos, como empresas,
um momento arriscado, também parece que estamos
em um momento de oportunidade, como acredito
que as transformações econômicas vão obrigar as
empresas a caminhar em direção à sustentabilidade.
Também percebo que sustentabilidade é equilíbrio
financeiro, social e ambiental, e acredito que “as
empresas que se anteciparem estarão à frente”,
repetitivo e óbvio, não? Mas o óbvio nem sempre é de
fácil compreensão. Por exemplo, é ainda óbvio que
“não nascemos para viver, mas para conviver”, mas não
parece ser tão simples o entendimento.
terravida
29
MERCADO
POR SANDRO SALLA
Mercadologista e especialista
no mercado imobiliário
terravida
30
CARREIRA
E FELICIDADE
ANDANDO JUNTAS
TER UMA EXISTÊNCIA GRATIFICANTE DÁ TRABALHO:
ESTUDE, DESENVOLVA SEUS TALENTOS, OBJETIVOS,
PLANOS E HABILIDADES PROFISSIONAIS
N
ão investir em si mesmo é como flutuar em um rio
rápido sem um remo ou mapa, ou conhecimento do
que espera você na próxima curva. As coisas podem
ir bem por um tempo, mas, em algum momento,
você vai perceber que cometeu um equívoco. E
dependendo do tipo de carreira, um equívoco em determinado
ponto pode se tornar um erro gigantesco.
Para evitar imprevistos, você precisa fazer um investimento
pró-ativo e reflexivo em um plano para alcançar metas para a
sua carreira – e, é claro, para a sua própria vida. Do contrário, no
dia-a-dia, o incontrolado da profissão vai acabar levando você
sem rumo, deixando de se concentrar sobre o que necessita e
o que deseja para si mesmo. O resultado disso é a insatisfação
permanente, para não dizer que estará desperdiçando um tempo
precioso de sua existência em vão.
terravida
31
MERCADO
Assim, é preciso saber planejar e investir na carreira,
para que seu crescimento seja constante e você
alcance os frutos merecidos de seu trabalho. Aqui
estão 10 razões publicadas pela revista Forbes para
que você entenda o quanto é importante investir
em sua carreira.
1. O MELHOR INVESTIMENTO QUE VOCÊ PODE
FAZER É EM VOCÊ MESMO
O retorno sobre o investimento na carreira e o
fato de melhorar a si mesmo é astronomicamente
maior do que qualquer outra aplicação financeira
que você pode fazer. Além de proteger-se do
desemprego, e usufruir do crescimento pessoal e
do sucesso profissional, aumentam também as
oportunidades de trabalho e o seu poder pessoal,
pois a simpatia que advém do sucesso só atrai mais
possibilidades de fazer amigos, fechar negócios e
trabalhar com mais satisfação.
2. VOCÊ É O CHEFE DA VOCÊ LTDA.
Se você é o seu chefe, ou seja, é o dono da Você
Ltda. e é quem tem nas mãos a direção de sua
carreira; então, o seu trabalho deve ser direcionado
para garantir que você não perca de vista os seus
próprios interesses e as oportunidades de sua
área. O seu trabalho é voltado para alimentar o
seu crescimento e sua prosperidade. É muito
importante planejar com cuidado as ações que
estão alinhadas fielmente à sua missão, que é
investir de forma consistente na execução de seus
projetos.
3. VALORIZE A SI MESMO
Elabore dois balanços para você. No primeiro, a lista
de seus ativos e passivos financeiros. No segundo,
a lista de suas habilidades, ideias, conhecimentos,
habilidades, redes de contatos pessoais, paixão e
capacidade de fazer as coisas acontecerem. Invista
em sua segunda lista: é ela que vai aumentar o
seu patrimônio pessoal e é assim que você vai
aumentar os ativos da sua primeira lista.
terravida
32
4. VOCÊ PODE SE TORNAR GRANDE
Você é capaz de crescer e aprimorar ainda mais sua
carreira, de modo a ser bem-sucedido e contente
com quem é e o que faz. A maioria de nós se
contenta com sobras, usando apenas uma fração
das suas capacidades. Isto é trágico. Perceber sua
grandeza através da identificação de seus talentos é
investir em seu potencial.
5. VOCÊ PODE ATINGIR SEUS OBJETIVOS
Sua carreira e objetivos de vida são muito
importantes para serem apenas sonhos e desejos.
Uma carreira mal-administrada pode atrapalhar
seus objetivos de vida. Investir em si mesmo
aumenta drasticamente a probabilidade de alcançar
os seus objetivos e é uma verdadeira demonstração
de seu compromisso de atingi-los.
6. VOCÊ CRIA SEU PRÓPRIO FUTURO
Sua carreira é moldável conforme você vai
alcançando suas metas. Investir em si mesmo lhe
fornece clareza, poder e ferramentas para criar seu
próprio futuro e tomar o caminho mais curto até
seus objetivos. Às vezes, investir significa assumir um
risco, mas esse é o preço de entrada para o sucesso
e a felicidade.
7. O MUNDO É UM LUGAR COMPLEXO: PEÇA
AJUDA
Você precisa entender que não é possível saber tudo
o que precisa, nem fazer tudo o que precisa sozinho.
Não se pode atingir o seu melhor sem ajuda de
alguém. Encontre e invista em quem pode ensinálo, mostrar-lhe o caminho e ajudá-lo a atingir seus
objetivos.
8. A VIDA É CURTA DEMAIS PARA A
MEDIOCRIDADE
Você não pode se dar ao luxo de ser medíocre.
Saiba em que você não é bom e trabalhe isso com
inteligência: faça um curso de aperfeiçoamento
ou terceirize as suas áreas fracas para alguém
que possa fazê-las melhor. Determine em que
terravida
33
exatamente o seu desempenho é mais fraco ou
medíocre e peça ajuda.
A expressão “o que você vai pensar em seu leito
de morte” é amarga, sim, mas a escutamos muitas
vezes em nossa vida e isso demonstra a importância
desse instante final, de balanço do que se fez e do
que se deixou de fazer. A passagem do tempo vai
lhe fornecer uma perspectiva que você não tem
agora. Um dia, porém, você vai olhar para trás e
medir os seus problemas, os fracassos e também os
sucessos. Seu foco será o de um grande panorama:
o tipo de vida que você levou, as oportunidades
que teve de prosseguir um caminho promissor
que depois abandonou, o quanto você foi feliz e o
legado que deixou para a sua existência. Investir em
si mesmo é, por isso, crucial para lhe dar a coragem
e determinação para ser feliz e fazer suas próprias
coisas, e ter pouco para se arrepender na velhice.
10. SUA VIDA É APENAS SUA
Ninguém vai fazer por você o que precisa ser
feito para a sua vida e a sua carreira. Enfrente a
realidade: no que se refere a construir a própria
vida, estamos sozinhos nessa. É possível que
haja ajuda de amigos, pais, familiares, seja
para ajudá-lo a comprar uma casa ou um
carro, mas a sua vida e a sua profissão é você
quem faz. E ninguém tem tanto a ganhar ou
perder nestes dois caminhos como você. Assim,
invista o máximo possível para desenvolver-se
e atingir o que traçou como meta de vida. Ter
uma existência gratificante dá trabalho. Insista:
estude, desenvolva seus talentos, objetivos,
planos, habilidades profissionais, conhecimento,
habilidades e sua marca pessoal. Faça por
você mesmo, lendo livros ou realizando uma
especialização. Ou então contrate especialistas
para fazer ajudá-lo a pensar, planejar, autoavaliarse, ajudá-lo a criar metas. A regra é treinamento
constante, de forma proativa, sem esquecer
também de investir no marketing pessoal.
CONVÍVIO
POR ADEVANIA SILVEIRA
CHURRASCO
NO CONDOMÍNIO
ALMOÇO NA ÁREA DE LAZER DO PRÉDIO PEDE
ORGANIZAÇÃO E TOQUE PESSOAL NA DECORAÇÃO.
CERIMONIAL DE FESTA ENSINA COMO FAZÊ-LOS
R
eceber convidados para um churrasco na
área de lazer pode ser tão gostoso quanto
na própria casa. A convite da TERRAVIDA,
a cerimonial de festas Marielza Rattes, da
Rattes Eventos, ensina como organizar
o almoço, do convite ao cardápio, para deixar os
convidados à vontade e ainda dar o seu toque
pessoal na decoração do ambiente.
O convite
É importante informar quem você vai receber para
que seu convidado fique bem à vontade, além
do horário de início, o que vai ser servido e se tem
piscina ou outro tipo de lazer que ele poderá utilizar.
O convite deve ser feito por telefone mesmo, e
nunca por e-mail. A vida moderna e prática tem nos
oferecido algumas praticidades, que, neste caso,
devem ser evitadas em respeito às regras da boa
educação.
A decoração
Almoço pede cores alegres e detalhes charmosos
na decoração. Os salões costumam oferecer
um mobiliário bem bonito que só precisa de
complementos para dar o toque pessoal. Faça
pequenos arranjos com flores naturais em taças de
água ou de champanhe, que são fáceis e lindos! As
flores podem ser: margaridas, gipsófila, astromélia,
tango, gérberas, hortênsias, com uma folhagem de
sua preferência. Use toalhas floridas, combinando
com louças coloridas.
A bebida
Os salões normalmente têm um bar com balcão
tipo americano, no qual você poderá concentrar o
serviço de bebida. Nele você vai colocar as taças
e os copos, e, em caso haja crianças, copos de
terravida
34
Expert na
organização de
festas e eventos,
Marielza Rattes
ensina como
organizar o
almoço na área
da piscina
O serviço
Opte pelo serviço americano, que é muito mais
prático e permite maior movimentação dos
convidados nas mesas. Nem todas as pessoas
querem comer no momento em que é servido o
almoço e este tipo de serviço vai facilitar bastante,
pois tudo vai estar arrumado e a comida estará
quentinha na hora que forem comer. Você deve
dispor sobre o aparador: pratos do almoço, e os
de sobremesa –que vão servir para as entradas
também–, talheres, colheres de servir, guardanapos,
jogos americanos e réchauds ou travessas para servir
o almoço.
O almoço
Para a chegada dos convidados, sirva duas pastas
da sua preferência, castanhas, frutas secas, pães e
torradas. Como acompanhamento do churrasco,
ofereça arroz, feijão verde, salada de grãos e salada
de folhas. A quantidade de carne é calculada em
350 gramas por pessoa, e 150 gramas para os
complementos.
Democrático, o sorvete costuma agradar crianças e
adultos, especialmente se o dia estiver mais quente.
Opte por pelo menos dois sabores, como creme e
chocolate. Sirva com calda de frutas e castanhas.
terravida
35
Edgard Soares
acrílico, balde de gelo e pegador, jarras com água
aromatizada e normal, e uma champanheira (ou
outro recipiente) com todas as bebidas da festa,
para que o convidado possa servir-se. Caso você
tenha um ajudante, ele poderá se responsabilizar
pelo serviço da bebida. As “caipi” são bemvindas nesse horário, mas é importante deixar
todas as frutas previamente cortadas, açúcar e
adoçante disponíveis. Você poderá servir também
refrigerantes e sucos, cerveja ou chope. O cálculo
para a quantidade da bebida deve ser feito pelo
número de convidados: 700 ml de refrigerante ou
suco por pessoa, e duas a três cervejas por pessoa.
TURISMO
TEXTO E FOTOS: RIMENE AMARAL
terravida
36
URUGUAI
SEM FILTRO
EM SETE DIAS É POSSÍVEL CONHECER O PAIS VIZINHO,
PROVAR A RICA CULINÁRIA, TOMAR VINHOS DE QUALIDADE
E ASSISTIR A PORES DO SOL DE TIRAR O FÔLEGO
N
ão é preciso cruzar o Atlântico, permanecer 12 horas em um voo e pagar
em Euro para ter uma viagem de tirar o fôlego. Sem desmerecer a Europa,
é claro, em pouco mais de duas horas em um avião, a partir de São Paulo,
você pode estar em Montevidéu, capital do Uruguai, considerada uma das
cidades com melhor qualidade de vida para se morar na América Latina.
Com excelentes opções culturais, de restaurantes e vinícolas, o melhor, mesmo, está no
preço. O Peso, moeda uruguaia, leva uma boa desvantagem com relação ao Real. Com
R$ 1 compra-se mais de UYU 10 (10 Pesos). Bem, sendo assim, você estará num país de
muitas belezas, comida excelente – com destaque para a carne bovina, que não existe
igual no mundo – e vinícolas para todos os gostos e bolsos.
O Uruguai é um país repleto de atrativos, com belezas naturais e intenso movimento
cultural e gastronômico, em qualquer época do ano. Tudo isso com infraestrutura turística
de primeiro mundo e povo hospitaleiro. Talvez seja isso que faça do Uruguai um país para
se visitar mais de uma vez. E nem precisa muito tempo. Em sete dias é possível conhecer
um pouco dessa diversidade. Eu conto para você como é um roteiro completo, em pouco
tempo e com baixo custo.
Se a viagem for para mais de duas pessoas, vale a pena reservar um carro, já no aeroporto
de Montevidéu, para os passeios mais distantes. Um carro básico, para quatro pessoas, sai
por R$ 100, em média, por dia. Mas comecemos pela capital, no primeiro dia. Montevidéu
é uma cidade tranquila, limpa e receptiva.
Passear pelas avenidas e praças à beira mar/Rio de la Plata é um relaxante exercício para
o corpo e para a mente. O pôr do sol pode ser contemplado de um dos vários quiosques
ou restaurantes que servem pratos à base de carne e batata, além de excelentes cervejas
e vinhos. A uva tanat é um dos símbolos do país, mas as cervejas não ficam atrás. Vai
depender do clima. Deixe a câmera fotográfica à mão. Quando os últimos raios de sol se
vão, as cores do céu merecem ser registradas.
terravida
37
TURISMO
Antes de voltar para o hotel, vale a pena passar em
um trailer para estrangular a fome com um chivito,
uma versão plus e melhorada do nosso ‘x-salada’.
O segundo dia pode ser uma surpresa boa. Alguns
hotéis oferecem visitas guiadas às inúmeras vinícolas
nos arredores da cidade. Ao preço de R$ 80, você
pode passar quase um dia inteiro em um desses
templos de Baco, experimentando vinhos cujos
preços dos rótulos podem ultrapassar os quatro
dígitos. Muitas dessas vinícolas são familiares e,
por isso mesmo, oferecem degustação de pães,
embutidos e azeites, além de mais de dez tipos de
vinho, desde o espumante, passando pelos brancos
e rosés, até chegar aos tintos mais encorpados, de
safras e castas especiais. Na saída, o visitante ainda
pode comprar os produtos que são servidos ali a
preços módicos.
Monumento al Ahogado,
ou Monumento Los Dedos,
na Praia Brava, em Punta
del Este, é uma escultura
do artista plástico chileno
Mario Irarrázabal; A
Casapueblo, idealizada
e construída pelo artista
plástico uruguaio Carlos
Páez Vilaró, a 15km de
Punta del Este
O terceiro dia merece uma visita ao Mercado
del Puerto, um local cheio de restaurantes que
servem o mais famoso e saboroso churrasco do
mundo. Mas tem muita coisa além de carne. Por
isso mesmo é preciso conhecer o que o mercado
tem a oferecer, antes de escolher as primeiras
opções. Um almoço completo – daqueles em que
você gasta pelo menos três horas –, com bebida e
terravida
38
sobremesa não sai por mais de R$ 50 por pessoa.
Uma pechincha, levando em consideração a
qualidade do que se come e as novidades. É bom
chegar mais cedo para fazer um reconhecimento
do local e passear até a Plaza Independencia,
local histórico, próximo ao Teatro Solis, uma
das atrações turísticas da capital uruguaia. Para
chegar, saia do mercado, pegando a Calle Pérez
Castellano, cerca de cinco quadras para o interior
do Centro de Montevidéu. É um passeio dos mais
agradáveis, passando pelos bairros chiques, com
boulevares e cafeterias. Superada a parte inicial
da caminhada, mais umas dez quadras, você
chegará ao coração de Montevidéu, na Plaza
Independencia. Fim do dia livre para um café com
uma torta de doce de leite – também famosa no
Uruguai – numa das muitas casas especializadas
em cafés e sobremesas.
Quarto dia. Lembra do carro reservado no
aeroporto? É de lá que você sairá rumo a um
dos balneários mais famosos da América do Sul.
Punta del Este fica a cerca de duas horas e meia
de carro, por uma estrada agradável, sem trânsito
pesado e de paisagem única. A cidade vive do
turismo e, por isso, turista é tratado como rei.
terravida
39
Mas aí os preços já não são mais os mesmos da
capital. Em Punta, a vida gira em torno das praias,
restaurantes e cassinos. Quem gosta de fazer
aquela fezinha não pode perder uma noite no
charmoso Conrad, hotel de luxo que já foi cenário
de filme. Guarde umas boas economias, caso
você não consiga controlar o vício da jogatina.
Uma noite é suficiente. Mesmo porque, amanhã,
o quinto dia, será mais um dia de viagem,
pequena, mas não deixa de ser uma viagem.
O quinto dia inteiro é para curtir praia, natureza
e boa comida, tudo com muita tranquilidade.
A 70 quilômetros de Punta del Este está a praia
de La Huela, no Farol de José Ignácio, onde
nativos passam dias inteiros sob o comando das
ondas calmas, em um povoado charmoso onde
você pode comer lagostas frescas com creme
de abóbora, sentado ao lado, por exemplo, de
Morgan Freeman. Nada mais surreal. A praia
de La Huela abriga ainda um museu marinho,
onde navios afundados foram transformados
em sítios e, por isso, o lugar é preservado. No
fim do dia, de volta à Punta, vale uma passada
nos quiosques que ficam à beira da estrada,
que vendem quitutes regionais deliciosos a
TURISMO
preços de banana. É lá que você vai comprar
também aquele carregamento de doce de
leite para fazer a alegria dos amigos que
ficaram no Brasil.
O penúltimo dia é para conhecer um
dos lugares mais lindos que já visitei: a
Casapueblo. Com arquitetura que lembra
as ilhas gregas, é um dos passeios mais
atraentes da península. Casapueblo é a
monumental criação do pintor e escultor
uruguaio Carlos Páez Vilaró, quem tem
ali o seu ateliê. A construção durou mais
de 36 anos e foi feita pelo escultor com
as próprias mãos. É universalmente
terravida
40
Em sentido horário,
barcos em Punta del
Este; na praia de La
Huella, no Farol de José
Ignácio, o charmoso
povoado onde você pode
dar de cara com Morgan
Freeman; pôr do sol em
Casapueblo; na vinícola
Juanicó, os melhores
vinhos da uva tanat
chamada “escultura para habitar”. O pôr do
sol dos jardins da Casapueblo é um dos mais
famosos e mais asfixiantes que já vi na minha
vida. O céu assume cores que são difíceis de
explicar. De volta à cidade-balneário, o resto
do dia fica reservado para conhecer os bares
e restaurantes. Você também vai conseguir
excelentes fotos do porto. E se você é daquelas
pessoas que não comem antes de postar a foto
dos pratos no Instagram, prepare a bateria e
o espaço na memória do telefone. Os pratos
à base de frutos do mar são servidos como
verdadeiras obras de arte.
A volta para Montevidéu também guarda surpresas
agradáveis. Uma passada na cidadezinha
de Piriápolis, de cerca de oito mil habitantes,
pode fazer valer o fim do dia. A cidade tem
duas formações rochosas ótimas para pesca
durante todo o ano, além da Avenida Praia de los
Argentinos e as praias de areias brancas, como São
Francisco e Praia Formosa. De volta, direto para o
aeroporto de Carrasco, vale arrematar a viagem
terravida
41
em qualquer restaurante, à beira da estrada, que
sirva uma verdadeira parrilhada. E para fechar com
chave de ouro, carne vermelha e vinho tinto, para
voltar ao Brasil com satisfação e já pensando no
retorno. Mas não perca, pela janela do avião, o
último pôr do sol. Pode ser o ocaso que, pelo resto
da vida, vai lhe arrancar suspiros.
FEIRA TRISTAN NARVAJA
Para quem puder passar um domingo na capital
uruguaia, é imperativo visitar a feira Tristan Narvaja,
que acontece há mais de cem anos. Uma espécie
de Feira de San Telmo, que acontece em Buenos
Aires, é um mercado de pulgas, onde se vende de
tudo, desde frutas e legumes, até antiguidades
e quinquilharias. A feira começa na esquina da
Avenida 18 de Julho com a Rua Tristan Narvaja
e suas barraquinhas estendem-se por grandes
quarteirões. Também pode-se encontrar lojas
especializadas em antiguidades. No percurso,
é possível provar algumas especiarias da
gastronomia uruguaia, como as empanadas. A feira
acontece até às 15 horas.
CULT
OLEMIR CÂNDIDO
PRODUTOR MUSICAL, MÚSICO MULTIINSTRUMENTISTA E PUBLICITÁRIO
A MÚSICA EXISTE
PARA VOCÊ?
O CANTOR GOIANO CARLINHOS VEIGA E A BANDA
INGLESA ACOUSTIC ALCHEMY : DUAS DICAS PARA
PARA QUEM CURTE BOA MÚSICA
V
ivemos nessa grandiosa esfera
azul, aglomerados nesse
pedacinho de terra chamado
Brasil, belíssimo, gigante por
sua própria natureza. Aqui
temos rios caudalosos, as mais verdes
matas, os mais belos pássaros, o céu mais
azul. Temos um povo cordial, hospitaleiro,
amante dos sabores culinários, apreciador
das mais belas artes, sobretudo, daquela
que é sonora. Mas surge uma pergunta:
apreciamos mesmo uma boa música?
De fato, sabemos contemplar tudo que
nos vem aos ouvidos? Temos uma infinita
mistura de sons e ritmos, aplicados das
mais diversas formas, mas quase sempre
são consumidos sem interesse algum,
como manifestação efêmera, muitas
vezes sem prestar o devido respeito.
terravida
42
Uma grande quantidade de barulhos vão
sendo organizados de um jeito planejado,
porém com intuito banal, passageiro,
simplesmente levados pela necessidade
em cumprir objetivos mercadológicos.
Quando foi a última vez em que paramos
para ouvir e refletir sobre o conteúdo?
Qual a última vez que tentamos imaginar
os acordes de uma canção popular?
Qual a última vez em que sorrimos com
aquela bela melodia clássica? Qual a
última vez em que um ritmo nos chamou a
atenção pela beleza de suas batidas? Qual
instrumento musical lhe chama mais a
atenção? Qual tua voz preferida?A música
existe pra você?
Por falar em música, e boa música, aqui
vão minhas dicas para você, leitor, da
TERRAVIDA.
A MÚSICA DE CARLINHOS VEIGA
Carlinhos Veiga nasceu em Goiânia, e desde
pequeno foi influenciado pela musicalidade
da família. Ainda nos primeiros anos da
juventude, na década de 1980, iniciou sua
carreira,caracterizada pelo compromisso com as
raízes culturais brasileiras.
Muito embora seu trabalho revele grande
influência da música regional e traga a
sonoridade de instrumentos como a viola caipira,
a viola de cocho, entre outros, é inegável suas
nuances urbanas e a influência de nomes da MPB.
O resultado é uma miscigenação de sonoridades.
A viola caipira foi introduzida no trabalho de
Carlinhos em 1990, quando ainda atuava no
grupo musical Expresso Luz. Anos depois,
participou do Prêmio BEG Natureza, promovido
pelo Banco do Estado de Goiás, recebendo o
prêmio maior na categoria canção. O resultado foi
a gravação de seu primeiro CD solo, Terra (1995).
Depois disso vieram Menino (1999), sua primeira
produção em Brasília, Mata do Tubá (2002),
Santa Louvação (2003), Siripequi – Entre Mangues
e Cerrados (2005), gravado em parceria com o
artista capixaba Rogério Pinheiro, Flor do Cerrado
(2007), com o apoio do Fundo de Arte Cultura
(FAC), da Secretaria de Cultura do GDF e, mais
recentemente, o CD e DVD Chão (2010), gravado
ao vivo, na cidade de Pirenópolis.
Em 2008, realizou o projeto Pelas Estradas Desses
Brasis, em parceria com a Funarte/Ministério da
Cultura, realizando uma série de quatro shows
e dividindo o palco com músicos de diversas
regiões brasileiras, entre eles, o mineiro Telo
Borges.
Nos últimos anos, Carlinhos se apresentou
nos principais espaços culturais de Brasília, e
esteve em dezenas de cidades brasileiras em
apresentações variadas, desde grandes teatros a
espaços mais intimistas. Apresentou-se ainda em
países como Angola, Costa Rica, Portugal, Itália,
entre outros. Em 2008, encerrou o show da prévia
do Brazilian Day New York, realizado na véspera
desse conhecido festival, em plena 46th Street,
sendo aplaudido calorosamente pelo público
presente.
Em 2009, foi um dos 60 artistas brasileiros
selecionados para a participação no Projeto
Pauta Funarte. Em 2010, foi premiado no Festival
Nacional FM, com a canção Maragogi, e no
Prêmio Tom Jobim de Música, promovido pelo
SESC, com a canção Catavento. Em ambos
festivais, recebeu a premiação de Júri Popular.
O ano de 2012 foi especial para Carlinhos Veiga.
Depois de ser o artista homenageado no Som
do Céu (BH), se apresentou no Sonidos de la
Tierra, em Curenavaca, no México, e no The Polite
Room, na Inglaterra. Teve sua canção Raiares, em
parceria com Robson Rodrigues, eleita primeiro
lugar no Prêmio SESC de Música Tom Jobim 2012.
Em 2013, recebeu o terceiro lugar na categoria
melhor música do Festival Candango Cantador,
com a canção Ouro Preto, sua parceira com Gladir
Cabral.
Carlinhos Veiga e banda gravaram em 2014 o CD
Parceiragens, fruto de um projeto que se utilizou
do crowndfunding (financiamento coletivo por
meio das redes sociais). O CD ficou pronto e foi
lançado no mês de junho em show realizado no
Teatro dos Bancários, em Brasília.
Contou com a parceria de vários
músicos reconhecidos
nacionalmente. Atualmente,
Veiga divulga seu novo
álbum em shows pelo
Brasil.
terravida
43
CULT
HOJE VOU RECOMENDAR 2 FILMES E UM MUSICAL PARA VOCÊS.
ACOUSTIC ALCHEMY, A BANDA INSTRUMENTAL DE JAZZ
CONTEMPORÂNEO FORMADA NA INGLATERRA, NO INÍCIO DE 1981
Durante o ano de 1980, houve uma pequena audiência para essa forma
de música no Reino Unido e os grandes músicos do gênero eram todos
americanos. O som pioneiro de dois violões duelando com Simon James no
violão de nylon e Nick Webb no violão de aço, deu um certo toque de requinte
ao gênero, muitas vezes acompanhado com percussão e um contrabaixo,
ocasionalmente acompanhado pelo quarteto de cordas The Violettes. Em
meados da década de 1980, James deixou a banda e, na década de 1990, ele
viria a formar Kymaera, um grupo semelhante, só que mais orientado para a
América. Em 1985, Webb descobriu Greg Carmichael, um guitarrista londrino
que veio a se tornar o sucessor de James.
A nova dupla trabalhava como banda de bordo no voos da Virgin Atlantic,
voando de e para os Estados Unidos. Seis semanas após o envio do demo para
a MCA, a banda foi chamada para gravar o seu primeiro álbum. A dupla tinha
literalmente tocado para a América e, em 1987, lançou o álbum de estreia,
Red Dust And Spanish Lace. O projeto uniu forças com músicos do mesmo
gênero, entre eles, Mario Argandoña na percusssão, e Bert Smaak na bateria.
O álbum foi o primeiro de muitos gravados no Hansa Haus Studios, em Bona,
na Alemanha. Foi nesse local que eles conheceram o engenheiro Klaus Genuit,
que já trabalhou em muitos álbuns da banda. Atualmente, o grupo é composto
por novos instrumentistas, dentre eles Greg Carmichael e Miles Gilderdale,
passando a ser acompanhado por uma banda com bateria, guitarra, baixo,
teclado e sax.
terravida
44
CINE&MÚSICA
SANDRO SALLA
MÚSICO E
COLECIONADOR DE DVDs
VALORES POSSÍVEIS
Baseado numa história real, Um Sonho Possível chegou nos cinemas
brasileiros depois de render um Oscar para Sandra Bullock , e nos dá
um pouco de esperança sobre uma sociedade ideal e sobre o conceito
de repartir. Eu disse REPARTIR e não DIVIDIR. O filme mostra o poder
de uma família de alta sociedade na transformação na vida de uma
pessoa sem as mesmas oportunidades. Sim, sei que é bacana ser
merecedor de tudo o que somos e temos, mas sorte é um fator que
acaba beneficiando uns e não outros! Na história, Big Mike (Aaron
Quinton) era filho de uma mãe viciada em drogas e não tinha onde
dormir. Embora tivesse jeito para os esportes, faltava nele algo mais que
o dinheiro. Faltava amor e ódio. Por mais confuso que possa parecer, o
menino que aprendeu a fechar os olhos para esconder as coisas ruins
(ou se esconder delas), tornou-se um poço de ternura, não deixando
que a amargura tomasse conta de sua vida. Assim, ele apenas
sobrevivia, e só passou a “existir” quando encontrou o amor de verdade
numa família de brancos livres de preconceitos. Apesar do gênero
romance exagerado, bem ao estilo americano, o filme é muito bom
para uma reflexão do que podemos fazer pelo outro, por melhores que
pensamos ser.
terravida
45
CINE&MÚSICA
No embalo dos valores, não poderia deixar de citar
7 Vidas, com Will Smith. Tim Thomas (Will Smith)
é um homem que passa a sofrer depressão após
um acidente automobilístico do qual ele se julga
único culpado por haver causado a morte de
sete pessoas, incluindo sua noiva, Sarah Jenson
(Robinne Lee). Para se redimir, decide salvar sete
pessoas. Faz-se, então, passar por Ben Thomas,
seu irmão, e usa suas credenciais de agente do
Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, no
intuito de localizar as pessoas que serão alvo de
sua premeditada redenção. O filme é sensacional
e obrigatório para quem ainda não viu!
The Piano Guys (Os Rapazes do Piano) é um grupo
musical americano composto por Jon Schmidt e Steven
Sharp Nelson. Eles ficaram famosos através do YouTube,
onde vêm postando vídeos de arranjos e misturas de músicas
populares e clássicas, acompanhados de clipes de visual
profissional. Seu primeiro álbum foi lançado em dezembro
de 2011. O grupo teve início quando o pianista Jon Schmidt
entrou na loja de Paul Anderson, em St. George, Utah, para
perguntar se ele poderia praticar lá para um concerto. A partir
daí, eles começaram a produzir alguns vídeos simples juntos.
Em seguida, Jon trouxe para o grupo o violoncelista Steven
Sharp Nelson, com quem ele já havia tocado antes, e eles
começaram a produzir um vídeo por semana para o YouTube.
Alguns dos seus vídeos alcançaram a marca de mais de um
milhão de visualizações. O time também é composto por Tel
Stewart e Al Van Der Beek, que trabalham na produção das
músicas e vídeos. Recomendo 2 DVDs maravilhosos com
música de qualidade e entretenimento cultural garantido para
toda a família.
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