AM Í BIA - Nuno Oliveira CMS
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AM Í BIA - Nuno Oliveira CMS
REP. NAMIBIA 20/5/05 15:59 Page 110 N A M Í B I A VIAGEM AO PAÍS CENÁRIO Difícil tarefa esta a de traduzir por palavras aquilo que só a alma sente e os olhos conseguem ver. Mas, prometo, darei o meu melhor. Desconhecida da maioria, a Namíbia é uma terra que mais parece um país de cenário. Com paisagens deslumbrantes e de uma extensão ilimitada, este é o reino do espaço, de uma outra escala, onde a mão humana quase não se avista. POR KATYA DELIMBEUF | FOTOS DE NUNO OLIVEIRA REP. NAMIBIA 20/5/05 15:59 Page 112 De África volta-se com uma doença incurável. N A M Í B I A NOS DESERTOS DO PAÍS CENÁRIO Um ardor febril, como se o sol se infiltrasse nas veias e nos fervesse o sangue até cedermos à tentação de voltar. Quem vai a África volta sempre, e volta sempre diferente. Só percebe quem foi. África negra é o domínio do tacto, do olfacto, do gosto, da sensação. A Namíbia faz parte desse território, a um tempo quente e avassalador, doce e pacífico. Esta, caro leitor, é a viagem de uma vida. K ora!, diz Rudi a Oma, cumprimentando-a. Oma é a chefe da aldeia himba onde nos encontramos, em pleno deserto do Namibe. Está à frente da tribo porque os homens foram para fora – levaram o gado para as pastagens, do outro lado da fronteira, em Angola. Só ficaram as mulheres e as crianças, repartidas por seis frágeis palhotas, com tecto de argila seca e pálidas condições de salubridade. Oma, a anciã, é uma mulher magra, de olhos pequenos e cuja idade ninguém sabe ao certo. Tem uma cara muito carismática e está encostada à sua palhota, à luz doce do fim de tarde. Como todos os himbas, o corpo e a face são cor de cobre, à conta da argila vermelha com que se untam até aos cabelos. Está praticamente nua, à excepção de um pano que lhe cobre a cintura e o baixo-ventre, de colares e pulseiras que lhe comprovam o estatuto, e do laço de couro que todas usam à cabeça, símbolo de que são mulheres casadas. Ao lado de Oma está outra mulher, mais nova, bonita, com um enorme búzio ao pescoço – prova de fertilidade, passada de mãe para filha. É a sua cunhada. Rudi, o nosso guia, faz-nos sinal para nos aproximarmos. Cumprimentamos as mulheres presentes, começando por Oma, claro. Ao fim de alguns minutos, estamos sentados à volta da fogueira, elas a fumar cachimbo, com os dois dentes da frente cortados em v segundo a tradição himba. Que experiência extraordinária! Estamos aqui, no meio do deserto do Namibe, sentados à fogueira com os himbas, um dos últimos povos nómadas de África. Ao centro da aldeia, uma cerca de madeira delimita um espaço circular, à frente do qual se erguem uma série de pedras levantadas em semicírculo. Este é o “fogo sagrado”, a divindade que os himbas reverenciam, e pisar aquela fogueira ou entrar naquele espaço é uma enorme ofensa para eles. Numa cabana mais à frente, há três crianças à porta. Lá dentro está um recém-nascido, com um dia de vida apenas. A sua tez ainda é branca. A mãe, ao lado, parece de perfeita saúde. Só quando atingir um ano de idade é que este bebé receberá um nome, justamente por a mortalidade infantil ser muito elevada. Aos dez anos, as meninas serão oferecidas aos tios, para casarem, e assim perpetuarem um modo de vida que se repete há vários séculos. MALIBU, A BABY-SITTER Como manda a tradição, é uma menina himba de sete anos que vem tomar conta de um bebé. Não nos esquecemos da alegria com que nos recebeu >>> ESPAÇO E LIBERDADE Da esquerda para a direita, o Land Rover que é a “ferramenta” que nos leva a todo o lado; numa aldeia himba entre as mulheres; a paisagem deslumbrante de Serra Cafema, na fronteira com Angola; e Rudi, o nosso guia, num dos momentos em que nos contava histórias desta montanha B L U E T R A V E L 113 REP. NAMIBIA 20/5/05 15:59 Page 114 N A M Í B I A NOS DESERTOS DO PAÍS CENÁRIO A imensidão, o espaço e a liberdade são as sensações que nos tocam quando nos aventuramos pelas montanhas em direcção às dunas. Esperava-nos um dia inesquecível, daqueles que marcam uma vida para sempre... O DIA CAI E REGRESSAMOS AO LODGE DE SERRA CAFEMA, a norte da Namíbia, junto à fronteira, onde o rio Cunene cria um oásis de verde no meio da aridez do deserto. Aqui, a areia junta-se à vegetação, numa combinação invulgar de dunas cor de laranja e tufos de erva. Imerso no meio das árvores, ladeado pelo rio, pejado de crocodilos, o campo de Serra Cafema é um hino ao bom gosto e ao conforto, dentro da simplicidade rústica dos materiais da natureza. Os oito bungalows, distribuídos ao longo de passadeiras de madeira construídas em altura, com os ramos das árvores quase ao nível do visitante, têm tecto de colmo, chão de madeira vermelha, e uma cama colonial gigantesca, envolvida em dossel branco. O alpendre, com vista para as dunas e as suas cambiantes, é a “cereja em cima do bolo”. Como em todos os locais na Namíbia, aqui estamos completamente isolados do mundo: não há televisão, nem Internet, nem cobertura de rede, nem sequer telefone. Por isso, é só você e a sua cara-metade. Ou você e você... Foram os himbas que, em escassos três meses, puseram de pé o lodge de Serra Cafema. Aliás, a terra onde o campo se encontra é alugada pela Wilderness Safaris (que nos ajudou a preparar esta viagem) a esta tribo. Essa é de resto uma das filosofias desta empresa, que inteligentemente procura desenvolver as áreas em que se instala juntamente com as populações locais. A terra é alugada às tribos, as pessoas são formadas para trabalharem nos lodges e, passados alguns anos, tornam-se auto-suficientes. Importa acrescentar que a Wilderness se especializa em safaris de altíssima qualidade e tem por objectivo (mais que conseguido, garantimos-lhe) proporcionar experiências inesquecíveis ao viajante. O que começou em 1983 como o sonho de dois homens que queriam beber um gin tónico fresco ao pôr do Sol é hoje uma organização que marca presença em oito países, com mais de 6o lodges e uma impressionante qualidade e personalização de serviços. 114 B L U E T R A V E L REP. NAMIBIA 20/5/05 15:59 Page 116 NA ALDEIA HIMBA... ... o contraste entre gerações HABITAT DE CROCODILOS SELVAGENS, é o rio Cunene que ladeia o lodge de Serra Cafema num passeio de barco, há tempo para UM PIQUENIQUE EM ANGOLA REP. NAMIBIA 20/5/05 15:59 Page 118 A PERDER DE VISTA Da varanda do quarto do Serra Cafema, as dunas e os seus cambiantes provocados pelo vento são o melhor calmante para estes dias SERRA CAFEMA LODGE Os quartos têm todos os confortos mas mantêm a simplicidade rústica dos materiais da natureza. É um dos lodges que integram este programa de viagem. Para reservar, consulte o nosso guia na página 133 NO LODGE DE SERRA CAFEMA, madeiras, vimes e troncos de árvore esculpidos... aqui reina o bom gosto apenas com OS MATERIAIS QUE A NATUREZA DÁ 5H30, DESPERTAR. Em África, os dias começam cedo, tanto por causa do calor, como para desfrutar em pleno da beleza da alvorada. O costumeiro “toc toc” na porta do quarto arranca-nos do sono santo com promessas de aventuras. É Rudi, o nosso guia, que nos vem acordar. Às 6h já estamos a tomar o pequeno-almoço e, pouco depois, montamos nas motoquatro e fazemo-nos aos trilhos de montanha. Sentimo-nos uns aventureiros, em direcção às dunas laranja. Pelo caminho, Rudi vai-nos explicando os factos do deserto. “É muito divertido andar de motoquatro, mas também temos de aprender um bocadinho, sim…?” Oriundo da etnia damara, sabe falar a linguagem dos “cliques”. Pedimos-lhe demonstração pronta, ao que nos responde com uma frase com quatro “cliques” diferentes… “Vamos dançar?” ANGOLA AQUI TÃO PERTO É proibido nadar no rio Cunene, mas os passeios de lancha têm paragem habitual ao pôr do Sol, para um gin tónico de brinde ao fim do dia 118 B L U E T R A V E L A MONTANHA oferece-nos as paisagens mais extraordinárias. Tufos de relva verde mesclam-se com a areia alaranjada das dunas. Por vezes, o deserto dá lugar à pradaria, com longas extensões planas de erva clara onde antílopes e gazelas correm elegantemente à nossa passagem. A sensação é indescritível. São 7h da manhã de um domingo (é preciso alguém lembrar-nos), e nós algures no deserto do Namibe… Um pouco mais à frente, chegamos finalmente às dunas, altivas e imponentes. Aqui “não se pode andar muito depressa nem muito devagar…”, explica Rudi. Estamos confusos... Rapidamente a dúvida dá lugar à incrível sensação de liberdade de subir e descer estas dunas a alta velocidade. Soltam-se os ímpetos e aventuramo-nos agora em curvas íngremes, cortamos as dunas a meio… REP. NAMIBIA 20/5/05 16:00 Page 120 BIG DADDY É a duna mais alta do deserto do Namibe e tem cerca de 300m. Suba, sente-se e deixe-se ficar... AO AMANHECER... ... o espectáculo das dunas é uma dádiva divina, em jogos de vermelho e negro. As acácias mortas são outra visão frequente – e marcante AS DUNAS MAIS ALTAS DO MUNDO esperam-nos em Sossusvlei são as figuras de areia que povoam o deserto do Namibe de RESPEITÁVEIS 40 MIL ANOS A melhor surpresa está guardada para o fim: descer uma duna quase a pique… A altura e a vertigem da inclinação deixa-nos apreensivos. ”Quem quer ir primeiro?”, pergunta Rudi. Não há voluntários. Finalmente, um de nós decide-se. Rudi dá boleia até meio da duna, explicando como largar o travão durante alguns segundos e deixar deslizar a motoquatro até voltar a travar. “Largar e travar, largar e travar”. Visto de cima, parece um acto de loucura… mas “aqui vai disto!” É óptimo e libertador, e o melhor mesmo, se tiver coragem, é esquecer o travão e deixar-se ir duna abaixo. De Serra Cafema voamos para sudeste. Aqui, a avioneta é o meio de transporte usual, e habituamo-nos a apanhá-lo com a facilidade de quem chama um táxi. Destino: Sossusvlei, ao encontro das maiores dunas do mundo. Podem chegar aos 3oom e estendem-se por 2.oookm de comprimento por 15okm de largura, neste deserto do Namibe que tem 4o.ooo anos... Às 4h3o da manhã, o habitual “toc toc” na porta do quarto. Desta vez é Sam, o nosso guia aqui no Little Kulala, o lodge que escolhemos para dormir nesta região. Uma hora depois, quando nos fazemos à estrada, o sol é ainda uma ínfima linha laranja no horizonte, e as dunas são como ondas com duas faces: uma negra, outra ocre, com uma serpente a dividi-las. À MEDIDA QUE O SOL DESPONTA, faixas progressivamente maiores da montanha vão enrubescendo, até o enorme maciço de Sossusvlei ficar completamente rubro, qual pavão orgulhoso que recebe uma dádiva do Sol. É uma oferta divina esta paisagem. Às 6h3o da manhã, já uma fila de formiguinhas (pessoas) sobe atarefadamente uma das dunas. Nós fazemo-lo mais à frente, que dunas não faltam e queremos uma só para nós. Às mais bonitas são dados números: existem 58 dunas numeradas, e preparamo-nos agora para subir o Big Daddy. Com 3oom de altura, é a maior duna do deserto do Namibe. 120 B L U E T R A V E L SAM Foi o nosso guia em Sossusvlei. No Little Kulala, sobe sem esforço as dunas Big Daddy ou Big Mama, e vai dando dicas sobre tudo o que nos rodeia REP. NAMIBIA 20/5/05 16:00 Page 122 Dead Vlei, cenário de filme. No sopé da duna, uma planície com uma cobertura glaciar a contrastar com o laranja da areia. Outra recordação para a vida e um autêntico paraíso de fotógrafos… REP. NAMIBIA 20/5/05 16:00 Page 124 LITTLE KULALA LODGE Em Sossusvlei. Os oito “quartos” são cabanas individuais com uma pequena piscina para pôr o corpo de molho e um duche exterior MADEIRA E COLMO bastam para ter todo o conforto nas cabanas do Little Kulala Lodge interiores simples e um sossego absoluto num LUGAR PERFEITO PARA DESCANSAR A AREIA DAS DUNAS DE SOSSUSVLEI é macia e fofa, e os pés enterram-se à medida que subimos no vértice, como na aresta de uma pirâmide. Equilíbrio, precisa-se! Agora o vento sopra com força, assobia nos ouvidos e os grãos de areia fustigam as pernas. Subir o Big Daddy é um valente exercício – afinal, são 3oom em equilibrismo, na areia fina. E quando chegar a altura de descer, até pode fazê-lo a correr, que as pernas enterram-se até aos joelhos… Como a seguir a uma dura prova há sempre uma recompensa, o prémio encontra-se no sopé da duna: Dead Vlei (“vlei” significa planície) é um autêntico cenário de filme. Parece uma planície glaciar ou a cobertura de açúcar de um bolo, onde os esqueletos de árvores mortas rompem o chão e estendem os ramos para o céu como garras, como se tivessem expressão... É um lugar incrivelmente cénico, e o que poderia parecer desolador adquire contornos de grande beleza. O vermelho das dunas cruza-se com o branco do chão calcificado, o azul do céu e o negro das acácias centenárias. Um cenário onde facilmente poderia ser filmado um episódio da Guerra das Estrelas. E onde se sente uma paz... ESTADO SELVAGEM Entre a paisagem desértica e o silêncio de Sossusvlei, estar no quarto do Little Kulala com vista para a planície é por si só uma experiência, como é dormir no terraço privativo sob as estrelas ... Às 9h3o, paramos para um brunch retemperador. Debaixo da sombra de uma acácia de copa larga, Sam instala duas mesas de madeira, estende uma toalha de motivos africanos, tira copos e pratos de alumínio e até instala um lava-mãos…! Depois, retira da lancheira pão, compota, iogurtes, carnes frias, queijo, chamuças, almôndegas, coxas de frango, salada de beterraba, pasta, cerveja, sumos, chá, café… Uff! A geleira mais parece a mala do Sport Billy, donde sai tudo e mais alguma coisa. Deixamo-nos ficar languidamente à sombra, onde a temperatura contrasta com o calor abrasador que está ao sol. Corre uma brisa e o piquenique tem sabor de recordações de infância felizes. B L U E T R A V E L 125 REP. NAMIBIA 20/5/05 16:00 Page 126 LITTLE ONGAVA LODGE Às portas do Parque Nacional de Etosha, um lodge onde tudo é um hino ao bom gosto APENAS TRÊS CABANAS e os serões à conversa com os proprietários depois de um dia de safari, o reencontro com a EXCLUSIVIDADE EM LITTLE ONGAVA A PROPÓSITO DE A NAMÍBIA ser um país de outra escala, talvez ajude perceber que, apesar de ser do tamanho da França e da Inglaterra juntas, conta apenas 1,8 milhões de habitantes. Colónia alemã com o nome de Sudoeste Africano, em 1949 foi anexada pela África do Sul e em 199o tornou-se independente. Desta vez, a sombra do biplano leva-nos de novo para norte, até ao luxo requintado do Little Ongava. É uma propriedade privada de 3o.ooo hectares, a dez minutos do Parque Nacional de Etosha, com uma imensa zona de savana. Mais verde e mais húmida do que o deserto de onde vimos, é uma lufada de ar fresco na viagem. Vivem aqui inúmeras espécies animais, e é normal vermos famílias de girafas ou de leões a saciarem-se no bebedouro a poucos metros da cabana onde jantamos. ANDREW SHAANA O chef do Little Ongava mima cada hóspede individualmente. “Eu faço amor com a minha comida” é a explicação para a sua paixão pelo mester Entregamo-nos nas mãos diligentes de Andrew Shaana, o jovem chef do Little Ongava que pergunta a cada um dos seus hóspedes o que gosta e não gosta. “Eu faço amor com a minha comida”, diz-nos para explicar a paixão com que cozinha. Filho de um activista pró-independência, Andrew viveu quatro anos na Austrália, onde aprendeu o ofício, e onze em Inglaterra, antes de regressar à sua terra natal. Dono de um humor requintado, é costume juntar-se aos hóspedes a seguir ao jantar. >>> SALA COM VISTA PARA A SAVANA Chamam “sala” a esta cabana exterior privativa que há nos três quartos superexclusivos do Little Ongava. A melhor vista ao acordar... 126 B L U E T R A V E L REP. NAMIBIA 20/5/05 16:00 Page 128 N A M Í B I A NOS DESERTOS DO PAÍS CENÁRIO Brindar ao pôr do Sol é um ritual que se repete sem falhas, todos os dias... uma saudação a estas paisagens imensas, aos momentos que vamos guardar na memória e a uma viagem que apetece repetir. Amanhã! Como só há três (“pequenas”) cabanas (de 1oom2, melhores do que qualquer apartamento, com direito a piscina no terraço), as refeições são sempre familiares, com um máximo de nove pessoas – seis hóspedes e os guias. Janta-se no terraço, iluminados pelas estrelas, e o serão prolonga-se em agradáveis conversas onde se trocam experiências de viagens e vivências. Não faltam histórias de encontros imediatos com leões contadas por guias experientes, nem o som dos grilos como música de fundo. O Little Ongava é perfeito para se passar dois ou três dias – um para ir ao Parque Nacional de Etosha ver as espécies animais que por aqui abundam; outro para fazer um safari nocturno (sabia que safari quer dizer viagem, em swahili?); e o último para desfrutar em pleno dos aposentos de lorde, que quase não dão vontade de sair dos quartos. Seja mergulhado na piscina, com vista para a savana, ou na sua sala privativa (uma cabana de tecto de colmo, ao lado do terraço), tudo aqui apela ao requinte e ao romance. Da Namíbia ficam-nos momentos arrepiantes, de uma África quente, com cheiro a liberdade. Ficam-nos as paisagens, de uma outra escala; a qualidade do serviço e a elevadíssima personalização – as camas abertas a meio da tarde, os brindes ao pôr do Sol, o acordar de manhã por alguém que nos vem bater à porta… E o lema da Wilderness Safaris: Our journeys change people’s lives. Na hora da despedida, todas as gargantas se apertam num nó. Ninguém sai daqui facilmente. E parte-se com uma única ideia em mente: voltar. E VENHA CONNOSCO NA PÁG. 133 128 B L U E T R A V E L