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CIDADES CORREIO POPULAR A7 Campinas, sexta-feira, 15 de novembro de 2013 EMPREENDIMENTOS ||| AQUECIMENTO Construção civil consolida retomada Após paralisia gerada por crise política, setor projeta fechar 2013 com 56,4% de crescimento Dominique Torquato/07jun2013/AAN Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGUERA [email protected] Depois de amargar um longo período de paralisia, o setor da construção civil em Campinas vai fechar 2013 com um crescimento de 56,4% no valor geral de venda (VGV), na comparação com 2012. Os lançamentos, até dezembro, devem somar R$ 12,8 bilhões, segundo estimativa da Associação da Habitação de Campinas e Região (Habicamp), ante R$ 8,18 bilhões no ano passado. Os bons ventos vão soprar, de fato, em 2014, quando estão previstos muitos lançamentos — somente para atender o setor universitário serão mais 3 mil unidades habitacionais. Copa traz expectativas de ritmo ainda mais acelerado em 2014 “Temos ainda um estoque à espera de aprovação na Prefeitura e um estoque de projetos aprovados e ainda não lançados”, disse o presidente da Habicamp, Francisco de Oliveira Lima Filho. Neste ano, até setembro, o VGV já alcançou R$ 9,6 bilhões. “Os mutirões de análises de projetos feitos na Prefeitura este ano trouxeram alento ao setor, que está podendo tirar das gavetas grandes investimentos para a cidade, aproveitando a oferta de crédito que existe no mercado e a demanda aquecida”, afirmou. Vista aérea de Campinas: lançamentos imobiliários devem somar R$ 12,8 bilhões até o final do ano A retomada dos investimentos chega em boa hora, depois da queda vertiginosa ocorrida em 2011 por conta da crise política que atingiu a Prefeitura (com denúncias de liberações irregulares, no caso da construção) e freou a aprovação de investimentos. O setor vinha crescendo 30% ao ano desde 2008, chegou a 2010 com 51 empreendimentos lançados, para terminar 2011 com apenas três — o pior ano de vendas, por falta de produto no mercado. “Teremos um primeiro trimestre agitado, principalmente por causa da Copa do Mundo”, disse o presidente da Habicamp. Segundo ele, apesar de Campinas não ser sede da Copa, a cidade vai receber delegações e os investimentos imobiliários na rede hoteleira e na oferta de imóveis irão ocorrer. No País, o impacto direto da realização da Copa no Brasil sobre a construção civil é estimado em R$ 6,91 bilhões, incrementando o Produto Interno Bru- to (PIB) setorial em 5,63%. Contribuem para esse crescimento a construção e a reforma de estádios, a expansão e adequação do parque hoteleiro, investimentos na infraestrutura de transportes e reurbanização das cidades-sede. O setor, porém, projeta lançamentos ainda em 2013, caso da Alphaville Urbanismo, que está em processo final de registro de dois novos residenciais na região do Galleria Shopping — o Alphaville D. Pedro I e II. Serão 500 unidades nos dois empreendimentos. Cada um deles terá clube exclusivo, com área de lazer e áreas verdes. O investimento ocorre, segundo a gerente de negócios do Alphaville Urbanismo, Luciana Maurus, diante da segurança jurídica que a cidade passou a ter depois de um tempo conturbado na Administração municipal. A construtora Brookfield, que tem empreendimentos previstos para a região, prepara para o primeiro trimestre de 2014 o lançamento de um condomínio perto da Hípica. A Rossi Residencial, em parceria com o Grupo Garnero e THCM está lançando o Entreverdes, um condomínio fechado no prolongamento da Avenida Mackenzie. A área total da gleba é de 3 milhões de metros quadrados, com mais de 1 milhão de metros quadrados de área verde. O condomínio tem no total 600 lotes a partir de mil metros quadrados e será dividido em duas fases. A Odebrecht está voltando a Campinas com o Vox Residencial, no Taquaral, que está em fase de pré-lançamento, com apartamentos de dois e três dormitórios. Também no Taquaral está sendo lançado o Art House Double Sky, com apartamentos de 188 metros quadrados. A Sol Panamby Empreendimentoss está lançando o Primehouse, um condomínio residencial fechado com 93 casas de três dormitórios, localizado no Primetown. Oferta de crédito facilita investimentos retomada dos lançamentos imobiliários está ocorrendo em função da abundância de dinheiro no mercado para financiamentos, segundo o diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusCon), Márcio Benvenutti. “Estamos vivendo uma onda de crescimento. A última foi há dois anos e agora, com a disponibilidade de crédito, estamos novamente investindo”, disse. O diferencial é que, segundo ele, a Prefeitura passou a ser parceira do setor, o que é essencial para a garantia da segurança jurídica. As aprovações, afirmou, ainda não estão ocorrendo na velocidade que o setor gostaria. “Mas hoje temos segurança porque o que é aprovado é definitivo, sem o risco de lá na frente termos obras embargadas por erros nas aprovações.” Benvenutti disse que os grandes problema da Prefeitura para aprovação hoje são falta pessoal e a legislação urbanística defasada. (MTC/AAN) A