projecto de educação sexual - Agrupamento de Escolas de Padrão

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projecto de educação sexual - Agrupamento de Escolas de Padrão
Escola Secundária do Padrão da Légua
PROJECTO DE EDUCAÇÃO SEXUAL
Julho de 2010
2
ÍNDICE
1. Introdução ...........................................................................................................................pág 4
2. Conceito da sexualidade......................................................................................................pág 4
3. A Educação sexual em Contexto Escolar............................................................................pág 5
4. A Relação escola Família....................................................................................................pág 7
5. Desenvolvimento do projecto...............................................................................................pág 7
5.1.
Conteúdos e Objectivos...........................................................................................pág 9
5.1.1. Conteúdos Mínimos a abordar nas ACND..................................................pág 11
5.2.
Metodologia e Estratégias......................................................................................pág 16
5.3.
Planificaçãp............................................................................................................pág 19
5.4.
Calendarização..................................................................................................... pág 19
5.5.
Avaliação............................................................................................................... pág 19
6. Materiais Recomendados..................................................................................................pág 20
6.1.
Livros disponíveis na Biblioteca da Escola........................................................... pág 20
6.2.
Vídeos disponíveis na Biblioteca da Escola...........................................................pág 22
6.3.
Materiais disponíveis no GIAA...............................................................................pág 22
6.4.
Filmes (sinopses)...................................................................................................pág 23
6.5.
Outros documentos................................................................................................pág 25
7.
Contactos de Interesse......................................................................................................pág 26
8.
Ligações de interesse........................................................................................................pág 26
9.
Legislação..........................................................................................................................pág 26
Agradecimentos........................................................................................................................pág 28
ANEXOS...................................................................................................................................pág 29
ANEXO I. Planificação Curricular..............................................................................................pág 30
ANEXO II. Necessidades detectadas.......................................................................................pág 32
ANEXO III.Metodologia de Projecto..........................................................................................pág 34
ANEXO IV. Técnicas.................................................................................................................pág 35
ANEXO V. Indicadores de Avaliação........................................................................................pág 38
ANEXO VI Guião dos Filmes Educativos da Flaminia..............................................................pág 41
ANEXO VII. Guião dos Filmes que fazem parte dos Kit..........................................................pág 50
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1. Introdução
O conceito actual de saúde preconiza a integração de intervenções preventivas globais,
através da promoção de competências pessoais e sociais para a saúde.
O Despacho nº 25 995/2005 e o edital da DGIDC de 2 de Fevereiro de 2006, enquadram o
desenvolvimento de um processo de implementação de programas e projectos sobre ―Educação
para a Saúde‖ nas escolas, nos quais se inclui uma componente de Educação Sexual. O
Despacho nº 15 987/2006 de 27 de Setembro, assim como os relatórios produzidos pelo Grupo de
Trabalho para a Educação Sexual, vêm reforçar que a Educação Sexual faz parte da componente
da Educação para a Saúde. O Relatório Final do GTES veio enquadrar a educação sexual como
uma das quatro componentes prioritárias do Projecto de Educação para a Saúde (PES).
Sendo assim, a Educação Sexual é obrigatória em todos os estabelecimentos de ensino,
devendo fazer parte integrante do Projecto Educativo de Escola e tendo sempre em conta a
especificidade da comunidade escolar (GTES, Relatório Final, 2007: 4). É essencial que as
escolas ajudem os seus alunos a desenvolver um conjunto de competências que lhes permitam
encontrar uma conduta sexual que contribua para a sua realização pessoal ao longo da vida.
Recentemente, a Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto, regulamentada pela Portaria nº
196A/2010 de 9 de Abril, ―Estabelece o regime de aplicação da Educação Sexual em meio
escolar‖, tornando obrigatória a abordagem da Educação Sexual em contexto de sala de aula,
pela necessidade de uma abordagem do tema de uma forma explícita, intencional e
pedagogicamente estruturada.
Deste modo, é nosso propósito trabalhar para que a Educação Sexual seja implementada
de forma gradual e equilibrada na nossa Escola, no respeito pelas orientações legais, tendo em
conta as questões e os anseios dos alunos e as preocupações dos pais e encarregados de
educação.
A
sua
implementação deverá
ocorrer
numa
perspectiva
interdisciplinar,
ser
da
responsabilidade de cada Conselho de Turma. ―Os conteúdos da Educação sexual são
desenvolvidos no quadro das Áreas curriculares não disciplinares e deve m respeitar a
transversalidade inerente às várias disciplinas, integrando-se igualmente nas áreas curricularers
disciplinares‖ Ponto 3, artigo 2º da Portaria nº 196-A/2010 de 9 de Abril).
Cabe-nos, ainda, clarificar que a Educação Sexual que preconizamos parte da perspectiva
de desenvolvimento da pessoa, na sua globalidade, uma vez que a sexualidade é considerada
uma força estruturante no processo de evolução individual.
2. Conceito de Sexualidade
A Sexualidade, para a maior parte das pessoas, resume-se ao sexo e ao sistema
reprodutor. No entanto, a Sexualidade é muito mais abrangente, como se percebe na definição de
Sexualidade dada pela OMS:
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“ (...) É um aspecto central do ser humano, que acompanha toda a vida e que envolve o sexo, a
identidade, papéis de género, orientação sexual, o erotismo, o prazer, a intimidade e a
reprodução.
A sexualidade é vivida e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes,
valores, comportamentos, práticas, papéis e relações.
Se sexualidade pode incluir todas estas dimensões, nem sempre todas elas são
experenciadas ou expressas.
A sexualidade é influenciada pela interacção de factores biológicos, psicológicos, sociais,
económicos, culturais, éticos, legais, religiosos e espirituais.”
Em suma, a Sexualidade engloba:
• Identidade de género (masculino/feminino);
• Os afectos e a auto-estima, isto é, os nossos sentimentos em relação a nós próprios e em
relação aos outros, em relação a todas as mudanças do nosso corpo, etc.
• Todas as alterações físicas e psicológicas ao longo da nossa vida;
• Conhecimento da anatomia - fisiologia do sexo feminino e masculino;
• Higiene na puberdade;
• A gravidez, o parto, a maternidade e a paternidade;
• Os métodos contraceptivos;
• As doenças sexualmente transmissíveis.
3. A Educação Sexual em Contexto Escolar
A Educação Sexual é uma componente da Educação para a Saúde e inclui diversos
aspectos da sexualidade e das relações que estabelecemos com os outros.
Ao falarmos de Educação Sexual falamos das nossas emoções e afectos, do nosso corpo,
da forma como nos expressamos, falamos de sentimentos, falamos de relações interpessoais.
Este projecto pretende promover a discussão, análise e reflexão que conduza a uma
vivência da sexualidade esclarecida e responsável dos nossos jovens.
A escola, enquanto espaço de grande importância na socialização das/dos jovens, é
também um local de grande permanência temporal onde se realiza uma boa parte das
aprendizagens básicas de todos os indivíduos. O que somos, pensamos, fantasiamos, desejamos
e fazemos ao nível sexual é resultado de um processo contínuo de aprendizagens, interacções e
reflexões realizado em todos os círculos de vida e actividade humanas, nomeadamente no
contexto familiar, nas relações entre os pares e nos contextos social de aprendizagem formal (a
escola ou as religiões, por exemplo) e informal (nomeadamente o universo mediático típico das
sociedades modernas). Estes processos são contínuos e feitos de mensagens contraditórias, por
5
vezes até conflituais. É neste contexto que, mediante diferentes influências e experiências, se vai
formando a identidade sexual.
A abordagem de temas sexuais na escola pode contribuir para o desenvolvimento de
determinadas competências sociais, pois a frequência de programas de educação sexual aumenta
os comportamentos preventivos, assim como os mecanismos da tomada de decisões, a utilização
dos recursos disponíveis e as capacidades de comunicar.
O trabalho de Educação Sexual também contribui para o desenvolvimento da auto-estima e
para a prevenção de problemas graves, como o abuso sexual e a gravidez indesejada.
A escola, por ser um espaço de ensino formal e de saberes interdisciplinares, é capaz de
transmitir conhecimentos técnicos e científicos que, muitas vezes, as famílias não podem
promover devido à sua natureza informal, à sua deficiente preparação e à dificuldade de
comunicação de muitos progenitores.
Os jovens, ao terem um suporte de informação suficiente, podem partir para a vivência da
sexualidade
com
ideias
correctas,
adoptando
comportamentos
adequados
e
portanto
responsáveis.
Em síntese, a Educação Sexual é um processo pelo qual se obtém informação, se
desenvolvem atitudes e se desmestificam crenças acerca da sexualidade e do comportamento
sexual.
De acordo com a Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto (artigo 2º) constituem finalidades da
educação sexual:
a) A valorização da sexualidade e afectividade entre as pessoas no desenvolvimento
individual,
respeitando o pluralismo das concepções existentes na sociedade
portuguesa;
b) O desenvolvimento de competências nos jovens que permitam escolhas informadas e
seguras no campo da sexualidade;
c) A melhoria dos relacionamentos afectivo – sexuais dos jovens;
d) A redução de consequências negativas dos comportamentos sexuais de risco, tais como
a gravidez não desejada e as infecções sexualmente transmissíveis;
e) A capacidade de protecção face a todas as formas de exploração e de abuso sexuais;
f) O respeito pela diferença entre as pessoas e pelas diferentes orientações sexuais;
g) A valorização de uma sexualidade responsável e informada;
h) A promoção da igualdade entre os sexos;
i) O reconhecimento da importância de participação no processo educativo de encarregados
de educação, alunos, professores e técnicos de saúde;
j) A compreensão científica do funcionamento dos mecanismos biológicos reprodutivos;
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l) A eliminação de comportamentos baseados na discriminação sexual ou na violência em
função do sexo ou orientação sexual.
Acrescenta-se, ainda, como finalidade:
- O desenvolvimento das vertentes de pesquisa e intervenção, promovendo a articulação
dos diferentes conhecimentos disciplinares e não disciplinares.
4. Relação Escola – Família
O trabalho de Educação Sexual compreende a acção da escola como complemento à
educação dada, desde logo, pela família.
Sabemos que o ideal seria os pais estarem receptivos a responder às dúvidas dos filhos,
mas por vezes a inibição de uns ou de outros impede o diálogo. Os professores podem ajudar,
dando as respostas adequadas a quem está a crescer.
Sendo assim, cabe à escola informar os familiares dos alunos sobre os objectivos e
conteúdos da Educação Sexual, incluída na proposta curricular, e explicitar os princípios
norteadores do trabalho (artigo 11º da Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto; GTES, Relatório Final,
2007) A implementação, com êxito, da Educação Sexual na escola, depende, em grande parte, do
apoio dos pais/ Encarregados de Educação.
Não compete à escola, em nenhuma situação, julgar como certa ou errada a educação que
cada família oferece. O papel da escola é abrir espaço para que a pluralidade de concepções,
valores e crenças sobre sexualidade, se possam expressar.
Da articulação Escola - família espera-se que se cumpram os seguintes objectivos:
 Promover a participação das famílias no processo educativo dos seus filhos e educandos;
 Valorizar as iniciativas de pais no domínio da Sexualidade, por exemplo, a realização de
encontros, debates e formação.
5. Desenvolvimento do Projecto
A Educação Sexual em meio escolar não pode posicionar-se em relação a qualquer atitude
ou quadro de valores que não sejam consensuais, pois o que está em causa é o desenvolvimento
psicoafectivo dos jovens, a auto-estima, o respeito pelos outros, o envolvimento pessoal, o lado
dos afectos, do prazer, das emoções, da alegria, da angústia.
A planificação do Projecto de Educação Sexual de Turma, deve integrar o Projecto
Curricular de Turma e, como tal, deve ser planeado em Conselho de Turma e discutido com os
alunos.
Apesar da responsabilidade do desenvolvimento do Projecto ser do Director de Turma, é
essencial haver interdisciplinaridade porque nos parece importante que se aplique o conceito de
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transversalidade que o tema ―sexualidade‖ apresenta (ponto 1 do Artigo 7.º da Lei n.º 60 de 6 de
Agosto de 2009), já que é transversal à vida, sendo uma área aberta ao pensar, ao diálogo e ao
questionamento que integra a formação pessoal, social e moral.
Seguindo a metodologia de projecto, em primeiro lugar, dever-se-á em reunião de Conselho
de Turma:
1º - fazer o diagnóstico da situação em que se encontra a turma:
 procedendo ao levantamento das necessidades, problemas, potencialidades e
interesses dos alunos ao nível da sexualidade, mediante a aplicação de questionários (ver
anexos do documento: Qualidade.de.Vida.KIDSCREEN - www.fmh.utl.pt/aventurasocial),
caixas de perguntas, fichas de trabalho ou recorrer a dados já existentes;
 fazendo o cruzamento entre os dados obtidos e as áreas/temas inseridos nos
conteúdos mínimos de Educação Sexual constantes da Portaria nº 196-A/2010 de 9 de
Abril e referenciados no ponto 5.1.1., de forma a seleccionar os conteúdos e temas a
abordar por ciclo e em cada turma, podendo recorrer-se a uma grelha de registo (Anexo
II);
2º - formular objectivos concretos e mensuráveis. Para cada conteúdo mínimo, a abordar
em cada um dos ciclos, a Equipa do PES fez a compilação de objectivos, no sentido de
facilitar a interpretação dos mesmos;
3º - definir estratégias/actividades de intervenção, considerando que as mesmas são as
grandes opções que o projecto faz quanto às possíveis linhas de orientação, articulando
recursos com objectivos. Depois do diagnóstico, é necessários decidir como intervir, tendo em
conta os recursos existentes e, sempre que se justifique, envolver parceiros (iniciativas e
visitas a realizar, entidades, técnicos e especialistas externos à escola a convidar…);
4º- elaborar o plano de acção que determina a sequência organizada das tarefas, sendo
crucial identificar as actividades prioritárias e determinantes. Dever-se-á, pois, começar pelas
mais pertinentes. Na prática, o plano deve responder às seguintes questões (Anexo I):

Porque razão fazer este plano?

Que deve ser feito (actividades e recursos)?

Onde deve ser posto em prática?

Quando deve ser feito (calendarização)?

Como deve ser feito (meios e métodos)?
5º - avaliar o grau de consecução das actividades/projecto (estabelecer um plano de
avaliação);
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6º - publicitar os resultados e estudo das estratégias para prossecução do projecto.
Para melhor entendimento consultar o anexo III.
É importante referir que o plano de acção é dinâmico, podendo a qualquer momento e,
sempre que se justifique, abordar-se uma temática considerada prioritária em detrimento de outra
previamente seleccionada.
Serão disponibilizados pela Equipa alguns materiais pedagógicos para apoio às actividades.
Será ainda facultada uma relação de recursos existentes na Biblioteca da Escola e no GIAA.
Contudo, cada professor pode e deve, dentro da sua planificação, procurar reunir outro tipo de
informação/material.
A equipa do PES estará sempre disponível para, dentro das suas competências e
disponibilidade, colaborar com todos os intervenientes no desenvolvimento deste projecto de
Educação Sexual, tendo sendo presente que a educação para a saúde será tanto mais profícua
quanto maior for o comprometimento dos elementos da comunidade educativa e do seu meio
envolvente.
5.1 Conteúdos e Objectivos
A sexualidade é uma das componentes essenciais do corpo, da vida e das relações
interpessoais dos seres humanos, pelo que a Educação Sexual deve ser entendida como um
processo global da Educação que engloba as dimensões Psico-afectiva, Sociocultural e Biológica.
A educação sexual em meio escolar tem como grande objectivo contribuir, ainda que
parcialmente, para uma vivência mais informada, mais gratificante, mais autónoma e mais
responsável da sexualidade.
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Os objectivos a desenvolver nos alunos em Educação Sexual podem ser agrupados em três
domínios: Conhecimento (aumentar e consolidar), Atitudes (desenvolver) e Competências
individuais (desenvolver).
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5.1.1. Conteúdos mínimos a abordar nas áreas disciplinares e/ou nas áreas curriculares não
disciplinares
3º CICLO
DIMENSÃO DA SEXUALIDADE
PSICOAFECTIVA
Áreas da Educação Sexual
Identidade e sexualidade
Sexualidade e Relações interpessoais
CONTEÚDOS MÍNIMOS
(Conforme quadro anexo à Portaria nº 196-A/2010 de 9 de Abril) )
1.Compreensão da sexualidade como uma das componentes mais sensíveis da pessoa, no
contexto de um projecto de vida que integre valores (ex: afectos, ternura, crescimento e
maturidade emocional, capacidade de lidar com frustrações, compromissos, abstinência
voluntária) e uma dimensão ética.
Abusos sexuais
Comunicação e
sexualidade
Relações Amorosas
Tipo de relações
Conceito de
sexualidade
Orientação sexual
Gosto e decisões
Sentimentos
Género
Auto-estima
Temas
Objectivos

Conhecer o significado das palavras puberdade e
Adolescência

Reconhecer a sexualidade como uma expressão
fundamental da vida que mediatiza todo o nosso ser

Descrever as mudanças físicas e psicossociais que
lhe estão associadas

Compreender a maneira como os valores afectam os
comportamentos

Valorizar a passagem ao estado adulto como a
aquisição de um maior número de competências e
responsabilidades

Descrever diferentes tipos de compromisso nas
relações inter-pessoais


Distinguir entre desejo, atracção, e enamoramento
Distinguir identidade sexual de papel de género


Analisar criticamente os papéis vigentes de género

Assumir papéis
discriminatórios
Valorizar o papel da comunicação, intimidade,
atracção, afecto e compromisso nas relações
interpessoais

Incentivar
a
reflexão
crítica
acerca
comportamentos na área da sexualidade

Saber respeitar, aceitar ou recusar sentimentos,
afectos, desejos, intenções e decisões dos outros

Distinguir relações afectivas de relações abusivas

Adquirir competências sociais para prevenir maus
tratos e aproximações abusivas

Saber como se deve reagir em caso de agressão
sexual
de
género
igualitários,
não

Ser capaz de dialogar com pessoas do outro sexo

Gerir cognições e emoções, o enamoramento e o
amor….

Compreender a importância dos sentimentos na
nossa sexualiade
dos

Aceitar a própria identidade sexual

Conhecer as várias orientações sexuais

Respeitar a orientação sexual de cada um


Reconhecer que a orientação sexual é uma questão
do foro privado de cada um e não pode dar azo a
discriminação do indivíduo
Libertar-se de relações violentas/negativas, mesmo
com esforço e sofrimento

Saber a quem recorrer em caso de agressão sexual
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DIMENSÃO DA SEXUALIDADE
SOCIOCULTURAL
Áreas da Educação Sexual
Sexualidade e Sociedade
CONTEÚDOS MÍNIMOS
(Conforme quadro anexo à Portaria nº 196-A/2010 de 9 de Abril) )
2.Conhecimento
das
taxas
tendências de maternidade
adolescência e compreensão
respectivo significado
e
na
do
3.Conhecimento das taxas e das
tendências interrupções voluntárias
de gravidez, suas sequelas e
respectivo significado
4.Compreensão da noção de
parentalidade no quadro de uma
saúde sexual e reprodutiva
saudável e responsável.
5.Saber como se protege o seu
próprio corpo, prevenindo a violência
e o abuso físico e sexual e
comportamentos sexuais de risco,
dizendo não a pressões emocionais
e sexuais.
Sexualidae e
violência
Sexo Comercial
Planeamento
familiar
As famílias
Papéis sexuais
Sexualidade na
história e na cultura
IVG
Sexualidade
e a lei
Gravidez na
adolescência
Temas
Objectivos









Compreender o que é uma maternidade/paternidade responsável;
Consciencializar-se que a maternidade e paternidade devem resultar de uma opção voluntária e consciente.
Conhecer a realidade social e pessoal de uma Gravidez não desejada
Identificar as implicações da gravidez na adolescência: aspectos sociais e Individuais.
Reconhecer que os adolescentes são um grupo de risco em relação à gravidez não desejada
Reconhecer que a responsabilidade de uma gravidez não desejada é dos dois elementos do casal
Considerar a gravidez não desejada como um comportamento irresponsável do casal para com a sociedade e para
com o próprio.
Conhecer as consequências pessoais e sociais no caso de uma gravidez não desejada
Adquirir competências sociais que permitam evitar a gravidez não desejada.



Saber o que é a Interrupção voluntária da Gravidez (IVG)
Reconhecer as repercussões individuais e sociais da IVG
Conhecer a problemática legal, social e pessoal acerca da IVG.





Compreender que em todas as sociedades há regras de comportamento sexual
Compreender a maneira como os valores afectam os comportamentos
Conhecer as mudanças sociais na estrutura familiar e os tipos de famílias actuais
Reconhecer os valores da família daqueles que rodeiam os jovens e deles mesmos
Reconhecer a importância pessoal da família, como núcleo que satisfaz necessidades afectivas básicas



Conhecer o conceito de planeamento familiar
Priorizar o dia-a-dia e construir uma vida com projecto (familia, amigos, lazer, escola)
Conhecer os Centros de saúde e os CAJ da localidade, e o seu funcionamento a nível de planeamento familiar


Reconhecer situações de abuso sexual, as estratégias dos agressores e identificar soluções e procurar ajuda;
Ser capaz de adoptar comportamentos de prevenção face a riscos para a saúde, nomeadamente na esfera sexual e
reprodutiva.
Desenvolver comportamentos assertivos

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DIMENSÃO DA SEXUALIDADE
BIOLÓGICA
Áreas da Educação Sexual
Corpo Sexuada
Saúde Sexual e Reprodutiva
CONTEÚDOS MÍNIMOS
(Conforme quadro anexo à Portaria nº 196-A/2010 de 9 de Abril) )
8.Compreensão da prevalência,
uso e acessibilidade dos métodos
contraceptivos
e
conhecer,
sumariamente, os mecanismos de
acção
e
tolerância
(efeitos
secundários).
6.Compreensão da fisiologia geral da
reprodução humana.
7.Compreensão do ciclo menstrual
e ovulatório.
9.Compreensão da epidemiologia e
prevalência das principais IST em
Portugal e no mundo (incluindo
infecção
por
VIH/vírus
da
imunodeficiência
humana
VPH2/vírus do papiloma humano - e
suas consequências) bem como os
métodos de prevenção.
Cultura da Saúde
IST´s
Comportamento
sexual humano
Recursos
existentes/legislaçã
o
Contracepção
Sexualidade e
linguagem
Concepção Gravidez
e parto
Imagem corporal
Anatomia e
fisiologia
Mudanças
pubertárias
Temas
Objectivos





Aprofundar conhecimentos sobre os mecanismos da reprodução humana: fecundação, gestação e nascimento;
Conhecer os órgãos constituintes dos aparelhos reprodutor masculino e feminino.
Cnhecer as suas funções
Descrever os órgãos responsáveis pela reprodução no homem e na mulher
Conhecer as fases fundamentais que ocorrem na reprodução humana (Gametogénese, fecundação e desenvolvimento
embrionário)






Aprofundar os conhecimentos sobre o ciclo ovárico e uterino e as suas implicações na reprodução humana
Compreendera importância da regulação hormonal na reprodução humana.
Saber determinar o período ovulatório
Descrever o processo de espermatogénese e ejaculação
Conhecer as condições necessárias para ocorrer a fecundação
Adquirir àvontade no uso adequado de léxico associado à sexualidade

Conhecer os diferentes métodos contraceptivos, as vantagens e inconvenientes de cada um, a sua eficácia e
tolerância;
Conhecer a forma de uso dos métodos contraceptivos
Compreender a contracepção como responsabilidade masculina e feminina.
Saber onde e como se podem obter os métodos contraceptivos mais adequados ao jovem











Saber como preservar a sua saúde e bem estar físico, mental e relacional.
Analisar as causas sociais da expansão das IST entre a população
Conhecer as IST mais frequentes e os modos de transmissão de cada uma delas;
Descrever as principais IST
Descrever os sintomas mais importantes de cada uma delas
Conhecer os serviços de apoio de IST
Ser capaz de adoptar comportamentos informados em matérias como a contracepção e a prevenção das ITS.
Conhecer os serviços adequados e os recursos existentes para a resolução de situações relacionadas com a saúde
sexual e reprodutiva
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Ensino Secundário
Na abordagem das temáticas seleccionadas em cada turma deve estar sempre presente a
compreensão ética da sexualidade humana.
No Ensino Secundário, sempre que os conteúdos programáticas das diferentes áreas
curriculares
disciplinares (Português, Línguas Estrangeiras,
Filosofia,
História,
Biologia,
Psicologia, História da Cultura e das Artes, Oficina de Artes, entre outras) se relacionem com os
conteúdos mínimos avançados pelos Ministérios da Saúde e da Educação, devem os professores
abordar com os alunos as temáticas respectivas, sem prejuízo do recurso ao GIAA, técnicos
convidados ou saídas externas. No 12º ano, na Área de Projecto, sempre que possível, os alunos
devem desenvolver conteúdos da Educação Sexual respeitando a transversalidade inerente às
várias disciplinas.
A Educação Física, conforme recomendação do GTES, é o espaço lectivo primordial para
se fazer educação para a saúde, uma vez que esta disciplina atravessa todo o ensino secundário
sendo uma das suas finalidades ―a formação eclética do aluno e a realização de objectivos de
domínio social, prevendo-se a inclusão de matérias alternativas‖.
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Ensino Profissional
No Ensino Profissional, a educação sexual será da responsabilidade do professor de Área
de Integração (AI), podendo ainda ser abordada em áreas curriculares disciplinares com
conteúdos da educação sexual.
Assim respeitando o consignado no Despacho Nº 14758/2004, de 23 de Julho que define as condições
essenciais de gestão pedagógica e organizacional dos cursos profissionais ministrados em escolas públicas
e de forma a compatibilizar a Educação Sexual nas turmas do Ensino Profissional em concordância com o
legislado na Portaria n.º 196-A/2010, de 9 de Abril, propõe-se que na planificação da disciplina de Área de
Integração se acorde, sem descurar o cumprimento das orientações estipuladas no respectivo programa,
que o professor inclua a leccionação dos seguintes Temas:
Área I
Unidade 1
Tema 1.2. Pessoa e Cultura
Área I
Unidade 2
Tema 2.1. Estrutura Familiar e Dinâmica Social
Área III
Unidade 7
Tema 7.1. Cultura Global ou Globalização das Culturas
Área III
Unidade 9
Tema 9.1. Os fins e os meios: que ética para a vida humana
Em Conselho de Curso, deverá ser ajustada, para a disciplina de Área de Integração, a organização de
módulos transversais que melhor permita a abordagem científica da Educação Sexual, de acordo com a
linha de coerência interna adoptada quer para a leccionação da disciplina, quer na planificação do Projecto
de Educação Sexual de Turma que, paralela e transversalmente, integra intervenções de outras disciplinas.
As articulações entre disciplinas e o tempo destinado à leccionação dos temas em questão em Área de
Integração, deverão ser ponderados em Conselho de Curso de forma a cumprir a Lei 60/2009.
No Curso de Educação e Formação (CEF) a educação sexual será ministrada na disciplina de
Cidadania e Mundo Actual (CMA).
Conteúdos curriculares
Calendarização
Comunicação e Relações Interpessoais.
Direitos de Cidadania: O direito de Todos termos Direitos.
Direitos Humanos: A Longa História dos Direitos e Liberdades.
Fecundidade e Envelhecimento: Famílias em Mudança.
Género e Igualdade: Todos os Homens são Livres, e as
Mulheres?
Promover a Saúde: As doenças do nosso Tempo.
A fixar em função do
grupo/turma, da
negociação e de
acordo com o
projecto.
Sociedade Civil: As Múltiplas pertenças.
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5.2 Metodologia e Estratégias
O programa de Educação Sexual deve estar centrado nas necessidades da população, isto
é, ter em atenção as características e vivências da faixa etária da população a que se destinam,
bem como a identificação das suas necessidades. Centrado em metas como são a aquisição de
conhecimentos e o desenvolvimento de atitudes e competências pessoais e sociais, é muito
importante que se escolham e usem as estratégias e metodologias mais ajustadas e adequadas à
caracterização sociocultural, feita pelo Director de Turma, dos alunos das turmas. Na verdade, o
modo como a Educação Sexual é posta em prática pode estabelecer toda a diferença.
A experiência diz que são as metodologias participativas as que melhor possibilitam o
desenvolvimento de saberes e competências, já que são essas que promovem o aluno como
principal agente da sua própria aprendizagem. As metodologias participativas expressam-se na
utilização de um conjunto muito vasto de técnicas (ver exemplos no anexo IV). Não sendo o nosso
objectivo descrevê-las exaustivamente, parece-nos sim importante, abordar algumas das mais
frequentemente utilizadas:
a) Trabalho de pesquisa
O trabalho de pesquisa ajuda o aluno a clarificar ideias, levando-o a interrogar-se sobre os
diferentes aspectos do tema em estudo. A pesquisa de informação pode ser feita com base em
inúmeras e diversificadas fontes: livros, revistas, jornais, Internet, etc., podendo recorrer-se
também a entrevistas, trabalho de campo, arquivos e visitas de estudo. Deve ter-se em conta dois
aspectos principais:
1- Fazer um plano de trabalho e definir que informações são necessárias;
2- Reorganizar as informações e apresentação finais, sob a forma de um texto escrito, painel
ou uma apresentação oral.
Estes trabalhos podem constituir óptimos momentos de reflexão e divulgação de informação
a toda a comunidade educativa.
b) Brainstorming ou «Tempestade de ideias»
Consiste em listar, sem a preocupação de discutir num primeiro momento, todas as
sugestões que o grupo ou a turma fazem sobre determinada questão ou problema (ex:
sexualidade é...). A lista deve ser constituída por palavras ou frases simples. Após as sugestões
dos alunos deve-se aprofundar a discussão e esclarecer as dúvidas e as ideias erradas.
c) Resolução de problemas
Mediante a utilização de histórias, casos reais ou dilemas morais, incentiva-se a discussão
para a resolução de problemas comuns com os quais os alunos podem vir a ser confrontados. Os
jornais, as revistas ou as histórias populares podem ser utilizados de formas diferentes:
16
• pode ser utilizada uma história sem final e, nesse caso, pedir-se-á aos grupos ou à turma que
criem um ou vários finais possíveis;
• pode ser utilizada uma história pedindo aos participantes para atribuírem diferentes valores às
várias personagens;
• pode-se pedir ao(s) grupo(s) que identifique(m) uma ou várias soluções para cada caso.
d) Jogos de clarificação de valores
Consiste em promover o debate entre posições diferentes (podendo ou não chegar-se a
consenso), através da utilização de pequenas frases que sejam opinativas e polémicas. Pode-se
pedir a um dos participantes para assumir a defesa da opinião expressa na frase, a um segundo
para a atacar (ainda que essas não sejam as suas posições na realidade) e a um terceiro ainda
que observe o debate, para depois o descrever ao grande grupo.
Podem utilizar-se escalas do tipo «concordo totalmente», «concordo em parte», «é-me
indiferente», «discordo em parte» e «discordo totalmente», fazendo mover as pessoas na sala
para cada uma das posições (que são afixadas nas paredes), ou utilizando as opiniões individuais
para o debate em pequenos grupos e, numa fase posterior, em grande grupo.
e) Utilização de questionários
Em geral, os questionários são utilizados para recolher conhecimentos e opiniões existentes.
No entanto, também podem ser utilizados para transmitir (e não apenas para avaliar)
conhecimentos.
Preenchidos os questionários, individualmente ou em grupo, pode-se depois responder às
perguntas em grande grupo.
f) Roleplay ou dramatização
Consiste na simulação de pequenos casos ou histórias em que intervêm o número de
personagens desejadas. Funciona bem quando são os próprios alunos, em grupo, a elaborarem o
texto dramático. As dramatizações não devem ser longas (cerca de 10 minutos) e devem ser
complementadas com debate em pequeno ou em grande grupo. É uma forma particularmente
dinâmica de analisar uma situação ou provocar um debate. O roleplay pode ser eficazmente
aproveitado no treino de determinadas competências, tais como saber escutar o outro,
desenvolver o relacionamento interpessoal ou saber expressar sentimentos.
g) História valorativa
Os alunos lêem a história valorativa e dão pontuação às personagens. O animador toma
nota de quem foram os personagens «piores» e os menos «maus» e retira conclusões. No final da
discussão apresenta os valores tirados das suas pontuações e o que disseram na defesa das
suas escolhas.
17
h) Visita externa
Pode aproveitar-se de forma bastante mais eficaz a visita de alguém especialista num
determinado assunto se houver uma apresentação anterior à visita e uma preparação das
perguntas e questões que a turma desejaria colocar. A visita pode, também, ser complementada
com um trabalho em grupo, em que são pedidas opiniões, sínteses ou dúvidas que tenham ficado
após a visita.
h) Produção de cartazes
É uma forma de organizar a informação recolhida (textos, fotografia, gráficos, esquemas,
etc.). Pode ser apresentada ao grande grupo, ou pode ser uma forma de fomentar a discussão à
volta de um tema. Nesse caso, pede-se com antecedência aos participantes que tragam revistas,
jornais, textos retirados da internet ou de livros, relacionados com um dado tema que se vai
debater.
i)
Caixa de perguntas
Consiste na recolha prévia e anónima de perguntas sobre temas de interesse da turma ou de
levantamento de necessidades. Pede-se a cada aluno que formule duas ou três perguntas por
escrito, numa folha de papel que posteriormente é dobrada em quatro e colocada numa caixa (tipo
urna de voto). É muito importante que o professor responda a todas as perguntas de forma clara e
com correcção científica.
j)
Fichas de trabalho
Facilitam o desenvolvimento dos trabalhos, e devem ser construídas de acordo com os
objectivos a alcançar:
• recolha de informação;
• exploração de informação;
• síntese de informação;
• avaliação.
Têm ainda a vantagem de serem um óptimo recurso, quando o tempo para a actividade é curto.
l) Exploração de vídeos e outros meios audiovisuais
Estes materiais podem ser um auxiliar muito importante para o desenvolvimento das
actividades. Aconselha-se que sejam diferenciados os momentos «antes da projecção» e «após
projecção»:

Antes da projecção - Deve haver recolha de perguntas e assuntos que a turma ou grupo
deseja ver tratados de forma a ajustar às necessidades do grupo.

Após a projecção - É importante identificar as partes do vídeo que apresentem mais
interesse, os conhecimentos que ficaram e as dúvidas que surgiram.
18
A construção de guiões de exploração permite uma síntese dos conhecimentos adquiridos e
a reflexão crítica sobre o material visionado.
m) Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno (GIAA)
Para concretização do previsto no artigo 10º da Lei nº 60/2009, de 6 de Agosto, os alunos da
Escola podem rcorrer ao Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno no
âmbito da educação para a saúde e educação sexual. A definição da
sua organização bem como as normas de funcionamento constam em
documento próprio (Projecto do Gabinete de Informação e Apoio ao
Aluno - GIAA)
5.3. Planificação
O quadro que se apresenta no Anexo I pode servir de referência para elaboração do
Projecto de Educação Sexual da Turma. Os itens constantes no referido quadro são os
necessários para permitir à equipa do PES fornecer a informação solicitada superiormente. No
entanto, cada Director de Turma pode sempre elaborar a sua planificação acrescentando outro
tipo de informação que lhe pareça pertinente.
5.4. Calendarização
A planificação, depois de devidamente elaborada, tem de ser entregue à Coordenadora do
Projecto de Educação para a Saúde e Educação Sexual da escola até ao dia 15 de Novembro de
2010. Contudo, convém alertar para a importância de se dividir equilibradamente o número de
horas previstas para a abordagem da Educação Sexual, em cada ano de escolaridade, pelos
diversos períodos do ano (artigo 5.º da Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto).
5.5. Avaliação
A avaliação deve ser contínua de carácter formativa. Pretende-se valorizar a participação, o
empenho, o interesse e a responsabilidade dos alunos, pelo que há necessidade de criar um
feedback permanente nos seguintes moldes:
Avaliação inicial: aplicação de questionários que ajudam a avaliar/diagnosticar quer os
conhecimentos/dificuldades, quer os interesses dos alunos sobre temáticas de maior relevância.
Avaliação intermédia: os professores envolvidos no projecto de educação sexual da turma são
responsáveis pela avaliação que, a par e passo, darão conta do andamento do mesmo, permitindo
reajustes e reformulações, tendo em vista essencialmente a sua exequibilidade, funcionalidade e
rigor.
A avaliação deve passar pelo registo de ocorrências/mudanças de atitudes, questionários
aplicados aos alunos em diferentes momentos, grelhas de observação a preencher antes e depois
das actividades para avaliar/diagnosticar conhecimentos/dificuldades/interesses sobre as
temáticas tratadas,... (ver exemplos no Anexo V).
19
Avaliação final: Com o objectivo de se obter uma reflexão sobre o trabalho desenvolvido, no final
do ano lectivo, o Director de Turma, ouvidos todos os intervenientes do projecto, e com base nos
indicadores de avaliação obtidos ao longo do processo:
1- fará o balanço global do grau de consecução do plano de acção, baseado nos seguintes
parâmetros:
- número de horas previstas/utilizadas; - conteúdos/temas definidos para cada Turma; - impacto
das actividades na aprendizagem dos alunos, tendo por base os indicadores de avaliação
utilizados ao longo do ano.
2- dará directrizes para o ano seguinte.
A avaliação do envolvimento dos Pais/Encarregados de Educação no projecto deve ser
realizada com base nas informações obtidas junto dos DT – grelhas de registo de presença, fichas
de avaliação de actividades a que assistiram/dinamizaram.
6. Material Recomendado
6.1.Livros disponíveis na Biblioteca da Escola:
http://sites.google.com/site/biblioesplcienciasaplicadas/monografias
ALCOBIA, H., Mendes, A.R., et al. (2004). Educar para a sexualidade. Porto Editora.
ALMEIDA, José Miguel Ramos de (1987). Adolescência e maternidade. Fundaçäo Calouste
Gulbenkian.
ANDRADE, Maria Isabel (1992). Entre a sida e a vida . Porto Editora.
BARRE-SINOUSSI, F. ; CHERMANN, J. C. ; ROZENBAUM, W. (1987). Sida: perguntas e
respostas . Editorial Caminho.
CAHILL, Kevin M. (1983). SIDA: síndroma de imunodeficioncia adquirida . Europa-América.
BARRE-SINOUSSI, F. ; CHERMANN, J. C. ; ROZENBAUM, W. (1987). SIDA: perguntas e
respostas. Lisboa: Editorial Caminho.
BERDÚN, Lorena (2002). Na tua casa ou na minha: tudo o que os jovens querem saber para uma
sexualidade sem dúvidas. Porto : Areal Editores.
BOUÇA, Dulce (1999). Madrugada de Lágrimas: Depressão na adolescência. Porto : Ambar.
CAHILL, Kevin M. (1983). SIDA: síndroma de imunodeficioncia adquirida. Mem Martins : EuropaAmérica.
CANOVA, Francisco [et. al.] (1986). Tudo o que o rapaz quer saber . Lisboa: Ed. Paulistas.
CARDOSO, Camilo, (1986). Psicologia afectiva na educaçäo sexual. Venda Nova : Peres Artes
Gráficas.
CARPINTERO, Eugenio (2004). Prevenção de riscos associados ao comportamento sexual:
gravidez não desejada: DST e SIDA . Lisboa: Associação para o Planeamento da Família.
O GUIA PRÉNATAL (1988). Barcelona : Prénatal.
20
SANDERS, Pete, SWINDEN Liz, il. MURRAY Pat e FITZSIMONS Cecilia (1995). Para me
conhecer, para te conhecer...: estratégias de educação sexual para o 1" e 2" ciclos do ensino
básico. Associação para o Planeamento da Familia.
GALVÃO, Ana ; FONTES, Márcia ; NOGUEIRA, Raquel (1999). ―A sexualidade na adolescência‖:
estágio V: integração à actividade profissional: Curso superior de enfermagem, 3º ano, 2º
semestre/ Orient. Draª Ana Galvão, Márcia Fontes, Raquel Nogueira. – Bragança: Escola Superior
de Enfermagem de Bragança, 1999. - [60] fl.- Fotocopiado, inclui um folheto anexo sobre a
prevenção na sexualidade.
GASK, Marina (2001). Será que estou apaixonada por ele?... Será que ele está apaixonado por
mim. Lisboa :Presença.
HARRIS, Robie H. & EMBERLEY, M. (1998). Vamos falar de sexo: Crescimento, corpos em
mudança, sexo e saúde sexual. Lisboa: Terramar.
KAUFMAN, Joe.(1985). O nosso corpo: como nasce, como cresce, como funciona. Lisboa : Verbo
Infantil.
LASCONI, Tonino (1993). A idade explosiva: pré-adolescentes e adolescentes a caminho do amor
. Porto: Ed. Salesianas.
LASCONI, Tonino (1994). A misteriosa linguagem do corpo. Porto: Edições SalesianasLASCONI, Tonino (1996). Adolescentes ao espelho : pequenas e grandes interrogacoes dos
jovens de hoje. Porto : Edições Salesianas.
MAMÃS DE PALMO E MEIO : gravidez e maternidade na adolescência(2004). Lisboa: Associação
para o Planeamento da Família.
MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO, MINISTÉRIO DA SAÚDE, APF (2000), Educação sexual em meio
escolar – Linhas Orientadoras, Lisboa, Ministério da Educação.
MORFA, J., et al . (2002). O grande livro da Sexualidade. Lisboa: Didáctica Editora.
NODIN, Nuno (2002). A sexualidade de A a Z . Lisboa: Bertrand.
Mamãs de palmo e meio: testemunhos (2005). Associação para o Planeamento da Família.
CHRISTIANE Verdoux... [et al.] (1997). Enciclopédia da vida sexual. Asa.
CHRISTIANE Verdoux... [et al.] (1997). Enciclopédia da vida sexual: 10-13 anos. Asa.
ROQUE Otília, ALVES Ana... [et al.] (2004). Mamãs de palmo e meio: gravidez e maternidade na
adolescência. Associação para o Planeamento da Família.
PROT, Viviane Abel ; DELORME, Philippe (1986). A história do nascimento. Civilização.
RODRÍGUEZ, Nora Ethel (2007. Bullying: a guerra na escola. Sinais de Fogo.
ROUZE, Michel. A sexualidade . [Lisboa]: Estúdios Cor.
SAMPAIO, Daniel (1996). Voltei à escola / Daniel Sampaio. Lisboa: Caminho.
SAMPAIO, Daniel (1999). A cinza do tempo. Lisboa : Caminho.
SAMPAIO, Daniel (1999). Inventem-se novos pais. Lisboa : Caminho.
SAMPAIO, Daniel (1999). Vivemos livres numa prisäo. Lisboa : Caminho.
21
SAMPAIO, Daniel (2000). A arte da fuga. Lisboa : Caminho.
SAMPAIO, Daniel (2000). Tudo o que temos cá dentro. Lisboa: Caminho.
SAMPAIO, Daniel (2000). Vozes e ruídos, diálogos com adolescentes. Lisboa : Caminho.
SAMPAIO, Daniel, (1999). Adolescentes / Comunicação pais-filhos. Caminho
SAMPAIO, Daniel, (1991). Ninguém morre sozinho : o adolescente e o suicídio. Lisboa :
Caminho.*
SANDERS, Pte (1995). Para me conhecer, para te conhecer...: estratégias de educação sexual
para o 1" e 2" ciclos do ensino básico . Lisboa : Associação para o Planeamento da Familia.
SAULIÈRE, D. & DESPRÉS, B. (2004). Abusos sexuais não!. Lisboa: Terramar.
SEXO SEM DÚVIDAS/ Jornal de Notícias (2002). - [Porto] : Empresa do Jornal de Notícias,
Fascícluos encadernados.
STANGL, Marie-Luise Stangl (1978). O livro da beleza. Círculo de Leitores.
STOPPARD, Miriam (1998). Os Jovens pais.Porto: Civilização/Público.
VAN USSEL, Jos (1975). História da repressão sexual. Europa-América.
VAZ, J. (1996). Educação sexual na escola. Lisboa: Universidade Aberta.
VERDOUX Christiane... [et al.] (1997). Enciclopédia da vida sexual: Adolescentes. Porto : Asa.
6.2. Vídeos disponíveis na Biblioteca da Escola:
http://sites.google.com/site/biblioesplcienciasaplicadas/
Citam-se alguns filmes da Flaminia (os guiões encontram-se no anexo VI)

Baby Blues (gravidez indesejada na juventude)

Pisando o Risco (violência conjugal)

Falando de SIDA

Saber recusar (promover competências de recusa)

A valsa dos Brutos ( Violência)
6.3. Materiais disponíveis no GIAA
Kit Educação Sexual para o 3º Ciclo e para o Ensino Secundário
Filmes:

Esta cena dava um filme (pode também ser visualizado/baixado aa partir do link:
http://sitio.dgidc.min-edu.pt/PressReleases/Paginas/CDEstacenadavaumfilme.aspx

Falar disso

Métodos contraceptivos

Cenas e contracenas
NOTA: Os guiões destes Filmes fazem parte do anexoVII
22
Livros:
Rapazes APF
Raparigas. APF
Kit para o 3º Ciclo
FRADE, A. et al. (2001), Educação Sexual na Escola Guia para professores, Formadores e
Educadores, Lisboa, Texto Editora.
Dossier com sugestões de actividades para as diferentes áreas de educação sexual:
http://www.apf.pt/cms/files/conteudos/file/Banners/Encontro%20Nacional%20de%20ESexual/tania
pinto.pdf
Jogo perguntas/respostas ―Eu Cresço‖
Kit para o Ensino Secundário
Direitos Sexuais: uma declaração da IPPF/ IPPF – Internacional Planned Parenthood Federation.
Edição em português de BEMFAM, (2009).
BENASULIN Ana, et al A orquídia e o beija-flor, sobrevoando questões sexuais dos jovens (2006).
Areal Editores.APF
Dossier com sugestões de actividades para as diferentes áreas de educação sexual:
http://www.apf.pt/cms/files/conteudos/file/Banners/Encontro%20Nacional%20de%20ESexual/euge
nialemos.pdf
Material disponibilizado na plataforma moodle, disciplina Projecto de Educação para a Saúde
http://esplegua-m.ccems.pt/course/view.php?id=15
DVD

A Adolescência e Tu. Projecto Educativo para 9º ano (2009-2010). Evax Tampax.

Stop bulyling now

A valsa dos brutos

Nem diferentes nem iguais

Saber recusar

Material variado seleccionado ao longo dos anos de vigência do Projecto de Educação
para a saúde e disponibilizado para aulas de substituição.
6.4. Filmes (sinopse):
An Education
Nos subúrbios de Londres antes dos Beatles, num período de pós-guerra, uma brilhante aluna vêse indecisa entre estudar para um lugar em Oxford ou seguir uma alternativa mais apelativa que
lhe é proposta por um carismático homem mais velho...
23
A Turma
Retrata um ano de um professor e da sua turma numa escola de um bairro problemático de Paris,
microcosmos da multietnicidade da população francesa, espelho dos contrastes multiculturais dos
grandes centros urbanos de todo o mundo. A escola, o desafio de ensinar e o conflito na sala de
aula. Um filme a não perder
Beleza Americana
Conta a história de um pai de família norte-americano (Kevin Spacey). O seu estado semidelirante atinge o ápice quando é atraído pela desbocada amiga adolescente da sua filha. Ele
entra em crise de meia-idade: pede demissão do emprego, mas recebe uma boa indenização ao
ameaçar contar "segredos" do seu chefe aos superiores. Com o dinheiro, passa a realizar os seus
desejos de adolescência, entre eles a compra de um carro desportivo anos 60.
Billy Elliot
É a história de um jovem de 11 anos que vive numa pequena cidade inglesa, onde o principal
meio de sustento são as minas da cidade. O filme conta a história de um garoto de família
humilde, que faz lutas de boxe, mas acaba se deparando, coincidentemente, com a dança. Ele
relaciona-se com ela de modo a enfrentar o seu pai, com o apoio da sua professora. O filme
quebra um tabu sobre a orientação sexual de bailarinos.
Ma Vie en Rose
Conta as desventuras do garoto Ludovic. Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na
verdade, acredita ser uma menina. Um filme sobre a diferença, a intolerância, a liberdade e as
escolhas.
Orgulho e Preconceito
As cinco irmãs Bennet, educadas pela mãe para encontrar um marido, ficam muito entusiamadas
quando descobrem que um abastado solteirão, Charles Bingley, e os seus sofisticados amigos
vêm passar o Verão numa mansão vizinha. Imediatamente, Charles apaixona-se pela primogénita
Jane. E Lizzie, a segunda mais velha, que tinha inúmeras razões para não se casar, ao conhecer
Darcy, o melhor amigo de Charles, parecem criar o par perfeito, mas rapidamente são divididos
por orgulho e preconceito...
Juno
O filme de 2007, desenvolve-se em torno de um enredo bastante sarcástico, abordando de forma
peculiar a problemática gravidez na adolescência.
Philadelphia
Um Promissor advogado que trabalha para tradicional escritório de Philadelphia é despedido
quando descobrem que ele é portador do vírus da SIDA..
24
Precious
Uma adolescente obesa, iletrada mãe solteira e grávida, que vive em Harlem, é vítima de
constantes abusos físicos e psicológicos por parte da sua mãe, mas está disposta a ultrapassar
todos os obstáculos, porque a vida é preciosa. Uma história de luta, coragem e determinação.
6.5. Outros documentos (links)
Relatório do Grupo de Trabalho de Educação Sexual (GTES) (2007). Ministério da Educação.
http://www.dgidc.min-edu.pt/saude/Documents/GTES_RELATORIO_FINAL.pdf
International Technical Guidance on Sexuality Education. Volume I e II. UNESCO.
http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001832/183281e.pdf
Programação e gestão da educação num mundo vivendo com a SIDA. UNESCO (2002)
http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001825/182521por.pdf
Qualidade.de.Vida.KIDSCREEN
www.fmh.utl.pt/aventurasocial
Educação para a sexualidade e os afectos (Manual do animador)
http://www.google.pt/#hl=ptPT&source=hp&q=mariafernandesmeister.googlepages.com%2Fmanualcompletoedsexantonioromeiro.doc+&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&gs_upl=1278458382434%2C12784583824
34%2C0%2C0%2CNaN%2C0%2C&fp=a60750f80642d5f9
Os comportamentos (mais ou menos) saudáveis dos jovens
http://www.apf.pt/cms/files/conteudos/file/Banners/Encontro%20Nacional%20de%20ESexual/mgas
par%20de%20matos.pdf
7. Contactos de interesse
Sexualidade em Linha 808 222 003 - Saúde e Sexualidade Juvenil no Portal do Governo
Casa da Juventude de Matosinhos
Tel: 229 398 090
Fax: 229 398 099
Email: [email protected]
Casa da Juventude de Santa Cruz do Bispo
tel.: 229 996 640
Casa da Juventude de São Mamede de Infesta
Telefone: 229 069 860 Fax: 229 069 869
Email: [email protected] Url: http://www.casajuventude.com
Unidade de Cuidados na Comunidade (Centro de Saúde) da Sra da Hora.
Telefone: 229 568 500 Fax: 29 568 562
25
8. Ligações de interesse:
DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE
http://www.dgs.pt/
PORTAL DE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
http://www.apf.pt/Index.php?area=400&id=2008-12-05
ABRAÇO
http://www.abraco.org.pt/noticias/
ASSOCIAÇÃO PARA O PLANEAMENTO DA FAMÍLIA
http://www.apf.pt/apf.htm
CENTROS DE ATENDIMENTO APF
http://www.apf.pt/centros.htm
COORDENAÇÃO NACIONAL PARA A INFECÇÃO VIH / SIDA
http://www.sida.pt/
LINHAS TELEFÓNICAS DE AJUDA APF
http://www.apf.pt/linhas.htm
REDE EX-AEQUO
http://www.ex-aequo.web.pt/
INSTITUTO PORTUGUÊS DA JUVENTUDE
http://juventude.gov.pt/portal/ipj
SAÚDE E SEXUALIDADE JUVENIL
http://juventude.gov.pt/Portal/OutrosTemas/SaudeSexualidadeJuvenil/
PONTO DE APOIO Á VIDA
http://www.pav.org.pt/OutrosProjectos.aspx
DANIEL SAMPAIO
http://danielsampaio.no.sapo.pt/index.html
9. Legislação:
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA (2009), Lei n.º 60/2009 de 6 de Agosto, Diário da República, 1.ª
série — N.º 151 — 6 de Agosto de 2009 – 5097. Estabelece o regime de aplicação da educação
sexual em meio escolar
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA (2010), Portaria n.º 196-A/2010 de 9 de Abril, Diário da República,
1.ª série — N.º 69 — 9 de Abril de 2010- 1170-(2). Regulamenta a Lei n.º 60/2009, de 6 de
Agosto, que estabelece a educação sexual nos estabelecimentos do ensino básico e do ensino
secundário e define as respectivas orientações curriculares adequadas para os diferentes níveis
de ensino
26
DIRECÇÃO-GERAL DE INOVAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR, 15 de Setembro
2009,
Educação
Sexual,
Proposta
de
conteúdos
mínimos,
[http://www.dgidc.min-
edu.pt/saude/Documents/EDUCA%C3%87%C3%83O%20SEXUAL%20CONTE%C3%9ADOS%2
0M%C3%8DNIMOS.pdf] disponível em 15/01/2010.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Parecer n.º 2/2009, Diário da República: 2.ª série, nº
78, 22-04-2009, p. 16262 – 16265, Parecer sobre os projectos de lei relativos ao regime de
aplicação da Educação Sexual nas escolas.
RAMIRO, Lúcia, et al, (2008), Factores de Sucesso da Educação Sexual em Meio Escolar,
Revista Educação Sexual em Rede, nº 3, Janeiro, p. 8-13.
RAMALHO, Maria José (2008), Educação Sexual em Portugal, Revista Educação Sexual em
Rede, nº 4, Outubro, p. 18-19.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, GTES (Grupo de Trabalho da Educação Sexual), (2007), Relatório
Final, [http://www.dgidc.min-edu.pt/saude/Documents/GTES_RELATORIO_FINAL.pdf] disponível
em 15/01/2010.
SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (2006) Despacho nº 15 987/2006 de 27 de
Setembro, Define as linhas de orientação e temáticas prioritárias no âmbito da Educação para a
Saúde, a integrar obrigatoriamente no Projecto Educativo de cada Agrupamento / Escola,
[http://sitio.dgidc.minedu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/603/Despsee_set.pdf ] disponível em
15/01/2010.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2005), Despacho nº 25 995/2005, Diário da República: II série, nº
240, 16 de Dezembro de 2005, p. 17 515 - 17 516.
VILAR, Duarte (2005), A Educação Sexual faz sentido no actual contexto de mudança, Revista
Educação Sexual em Rede, nº 1, Julho/Setembro, p. 8-15.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Parecer nº 6/2005, Diário da República: II série nº 226,
24 – 11- 2005, p. 16462 – 16470, Educação sexual nas escolas.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2000) Decreto-Lei nº 259/2000 de 17 de Outubro - Medidas de
promoção da Educação Sexual, da Saúde Reprodutiva e do Planeamento Familiar. DR: I Série A, n.º 240, 17- 10- 2000 , p. 5784-5786.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (1989), Decreto-lei nº 286/89 de 29 de Agosto, Diário da República:
I série, nº 198, 28-08-09, p. 3638- 3644.
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA (1986), Lei de Bases do Sistema Educativo, Lei nº 46/86, de 14 de
Outubro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 115/97, de 19 de Setembro e Lei nº 49/2005,
de 31 de Agosto, republicada no DR:I Série A nº 166, 05-08-31, p. 5122-5138.
27
AGRADECIMENTOS
A equipa do PES agradece a colaboração:

das colegas M. João Nogueira, Celina M. Panta, professora na Escola Secundária da
Senhora da Hora e Dilma M. Tuna, professora na Escola Secundária Abel Salazar por terem
cedido a grelha que faz parte do anexo II, por elas elaborada aquando da frequência da
Acção de Formação Contínua “Promoção da Educação para a Saúde”, outorgada pela Escola
Superior da Educação do Instituto Politécnico do Porto, realizada na Escola Secundária do
Padrão da Légua entre os dias 8 de Janeiro de 2010 e 19 de Março de 2010;

da professora Helena Melo, Coordenadora do PES na Escola Secundária da Senhora da
Hora por ter cedido os guiões dos filmes, por ela elaborados, que fazem parte dos Kit do 3º
Ciclo e do Ensino Secundário;

dos professores Lídia Serra e José Alberto que indicaram as temáticas relacionadas com a
sexualidade a serem desenvolvidas nas disciplinas de AI e de CMA, respectivamente;

dos coordenadores de Área Disciplinar que explicitaram os conteúdos curriculares por
disciplina, que se relacionam com os conteúdos mínimos legislados pela Portaria nº 196A/2010 de 9 de Abril que complementarão os conteúdos da educação sexual ministrados
nas áreas curriculares não disciplinares, designadamente em formação Cívica conforme se
encontra no ponto 2 do artigo 3º da mesma portaria. A compilação dos conteúdos das
diferentes disciplinas por ano de escolaridade, facilitará a elaboração do projecto de
educação sexual de turma a fazer no início do próximo ano lectivo;

do sr. António Rodrigues, assistente operacional da Biblioteca, pela disponibilidade que
mostrou ao compilar todo o material relacionado com os conteúdos mínimos expressos na
Portaria nº 196-A/2010 de 9 de Abril.
Padrão da Légua, 12 de Julho de 2010
A Coordenadora do PES
Júlia Isabel Leal
28
ANEXOS
29
Escola Secundária do Padrão da Légua
(402412)
ANEXO I
PROJECTO EDUCAÇÃO SEXUAL DE TURMA
Planificação curricular Ano Lectivo _________/_________
Ano: _______ Turma: ________
NECESSIDADES DETECTADAS
INTERESSES
OBJECTIVOS OPERACIONAIS
30
PLANIFICAÇÃO CURRICULAR
Conteúdos
Mínimos
(nº)
Temas/conteúdos
curriculares
Estratégias
Actividades
Recursos
Materiais
Recursos
Humanos
Áreas Curriculares
FC
AP
Calendarização/
nº tempos
Disciplina
Indicadores
Avaliação
COMPLEMENTO CURRICULAR
TEMAS
ESTRATÉGIAS
RELAÇÃO DAS NECESSIDADES
DINAMIZADORES
ORÇAMENTO
Padrão da Légua, _____/ ____/ 2010
O(A) Director(a) de Turma: _______________________
O(A) Representante dos Encarregados de Educação:_____________________
31
Questões/ Problemas
Educação
Sexual
Sexo comercial
Sexualidade e violência
Planeamento familiar
As famílias
Papéis sexuais
Sexu. na história e na Cultura
NECESSIDADES DETECTADAS
BIOLÓGICA
PSICO-AFECTIVA
IVG
Sexualidade e
relações Interpessoais
Sexualidade e a Lei
Gravidez na adolescência
Abusos sexuais
Comunicação e sexualidade
Relações amorosas
Tipo de relações
Sexualidade e relações amorosas
Identidade e
Sexualidade
Conceito de Sexualidae
Orientação sexual
Gosto e decisões
Sentimentos
Saúde Sexual e
Reprodutiva
(SSR)
Género
Auto-estima
Cultura de saúde
IST´s
Comportamento sexual humano
Recursos existentes/legislação
Corpo sexuado
Contracepção
Sexualidade e linguagem
Dimensões da sexualidade
Concepção Gravidez e parto
Imagem corporal
Anatomia e fisiologia
Áreas e temas de
Mudanças pubertárias
Escola Secundária do Padrão da Légua
(402412)
ANEXO II
SOCIOCULTURAL
Sexualidade e Sociedade
32
Questões/ Problemas
Educação
Sexual
O(A) Director(a) de Turma: _________________________
Sexo comercial
Sexualidade e violência
Planeamento familiar
As famílias
Papéis sexuais
Sexu. na história e na Cultura
PSICO-AFECTIVA
IVG
Sexualidade e
relações Interpessoais
Sexualidade e a Lei
Gravidez na adolescência
Abusos sexuais
Comunicação e sexualidade
Relações amorosas
Tipo de relações
Sexualidade e relações amorosas
Identidade e
Sexualidade
Conceito de Sexualidae
Orientação sexual
BIOLÓGICA
Gosto e decisões
Sentimentos
Saúde Sexual e
Reprodutiva
(SSR)
Género
Auto-estima
Cultura de saúde
IST´s
Comportamento sexual humano
Recursos existentes/legislação
Corpo sexuado
Contracepção
Sexualidade e linguagem
Concepção Gravidez e parto
Imagem corporal
Anatomia e fisiologia
Áreas e temas de
Mudanças pubertárias
Dimensões da sexualidade
SOCIOCULTURAL
Sexualidade e Sociedade
________/ __________________/ 2010
33
ANEXO III
METODOLOGIA DE PROJECTO
Excerto do relatório final do Grupo de Trabalho de Educação Sexual (GTES), (pág. 39 e 40)
―
1) Começar pela identificação de problemas: qual a informação dos alunos sobre o tema?
Que assuntos gostariam de ver tratados no programa? Recolher sugestões através de
caixa de perguntas, questionário anónimo ou discussão em grupo, após informação aos
encarregados de educação sobre a possibilidade de organização de pesquisa-acção na
escola sobre a sexualidade. A partir destes dados, elaborar o diagnóstico.
2) Nos objectivos, ter em atenção que devem ser concretos e mensuráveis. Por exemplo, não
interessa defini~los de modo vago (―melhorar a informação sobre a sexualidade‖,
―promover uma sexualidade saudável‖), antes importa organizá~los a partir dos
―Conteúdos mínimos‖ definidos. O Professor – Coordenador ― (Director de Turma) ― deve
conhecer o grau de conhecimento dos alunos sobre o tema (a partir de um pequeno
questionário, por exemplo) e definir como o poderá melhorar.
3) Nas estratégias ter em atenção que não se propõem aulas formais sobre Educação sexual:
deverá ser dinamizada a pesquisa pelos alunos e o desenvolvimento de parcerias: centros
de saúde, hospitais, maternidades, Instituto Português da Juventude, organizações não
governamentais. Este trabalho com estruturas exteriores à escola deve ser iniciado desde
logo, nunca a meio do processo, pois desta forma não conseguiremos o empenhamento
dos parceiros, que considerarão sempre pontual o seu contributo. O docente responsável
deve considerar-se um recurso do projecto e não o único detentor do saber: o seu papel é
o de acreditar que existem soluções dentro do grupo e fora dele e que o trabalho
interdisciplinar é a melhor forma de atingir os objectivos. Em todas as circunstâncias, os
protagonistas de um programa de Educação Sexual deverão ser sempre os alunos, pois é
para eles que a iniciativa existe.
4) O Plano de Acção dfine as prioridades: por exemplo, se o questionário mostrou grande
desconhecimento dos jovens sobre o ciclo menstrual, começar por aí e não pelos métodos
contraceptivos; se há referência a sexo sob coacção, discutir desde logo o quadro ético
dos relacionamentos amorosos na escola. Calendarizar as actividades por ano lectivo e
por turma, de modo a que o número máximo de alunos seja abrangido. Auscultar a opinião
dos pais: uma escola da região de Lisboa elaborou dois questionários, um para estudantes
(a ser respondido na sala de aula) e outro para os pais e filhos (a ser respondido em casa),
esta prática permitiu que os pais se mantivessem informados e participantes no processo,
ao mesmo tempo que fomentou o diálogo pais-filhos sobre sexualidade.
5) Na avaliação, verificar se os objectivos foram conseguidos. Passar de novo o questionário
e verificar se houve progresso nas respostas; auscultar os parceiros; pedir opinião dos
pais; promover a continuidade do projecto.‖
34
ANEXO IV
TÉCNICAS
CONHECIMENTO
Trabalho de pesquisa
Objectivo: Conhecer as principais I.S.T. e o modo como se propagam e evitam.
«Doenças Sexualmente Transmissíveis»
Distribuir por grupo de alunos da Turma uma das doenças sexualmente transmissíveis que
deverá trabalhar, segundo um esquema, como por exemplo o colocado abaixo.
Para este trabalho, o animador deverá fornecer fotocópias de alguma bibliografia incluindo sites,
por exemplo www.sexualidades.com.
No final, apresentarão aos colegas o resultado da investigação.
Nome
Sinais
Identificadores
Transmissão
Prevenção
Jogo
Objectivo: Conhecer as principais I.S.T. e o modo como se propagam e evitam.
O animador dá um papel a todos os alunos onde está escrito «você cumpre as regras do
jogo», ou «você cumpre as regras do jogo, se desejar», ou «você está infectado pelo HIV». Caso
sejam 25 alunos, por exemplo, o primeiro dará a 20, o segundo a quatro e o terceiro a um.
35
Recomenda-se muito cuidado na escolha deste, não vá ficar marcado. Cada aluno vê o que lhe
calhou e, sem mostrar a ninguém, mete no bolso. De seguida, cada um com papel e esferográfica
na mão, circulam todos pela sala como se estivessem numa festa e pedem dois autógrafos, ao
acaso, na sua folha. Quando todos os tiverem, o animador manda sentar. Chama, o portador de
HIV, facto desconhecido por todos. Começa por perguntar a este quais os dois autógrafos e os
alunos respectivos levantam-se. Sucede o mesmo até haver um fim da linha. No final, o animador
diz a todos: os que estão de pé estão infectados pelo HIV, pois o aluno tal estava infectado.
Sentam-se e discutem como foi possível, mesmo aqueles que poderiam não cumprir as regras do
jogo. O animador deve chamar a atenção para a facilidade da transmissão das doenças e o pouco
cuidado que nisso colocamos.
Caixa de perguntas.
O professor pode responder às perguntas ou solicitar um aluno, de cada vez, que retira um
papel e responde à pergunta. Os outros alunos, que têm três papéis, dirão se concordam ou não e
depois discute-se. Os papéis serão da cor vermelha (não concordo), amarela (não sei) e verde
(concordo).
COMPETÊNCIAS
Exemplos
Objectivo: Ser capaz de recusar comportamentos não desejados
1- Técnicas de Roleplay
Fazia um ano que a Maria namorava com o João.
Por pouca sorte, o João estava a trabalhar longe.
Maria precisava ver o João para lhe entregar uma prenda.
Mas como?
Sem transportes, teve que pedir a José, amigo de João, que lhe desse uma boleia até
Évora.
José resolveu aproveitar a situação. Levava Maria a Évora se ela dormisse com ele, como
pagamento.
1- Dois alunos da turma são convidados a darem continuidade à situação, representando
para o grupo turma.
2- Segue-se um pequeno debate.
2- Dilemas
O José é constantemente pressionado pela namorada para ter relações sexuais, mas não
se sente preparado para iniciar a sua vida sexual.
O que farias se fosses o José? Que atitude ter?
36
O animador dirige o debate que aborda o que mais / menos agradou, a aquisição de
conhecimentos, as actividades,...
3- História valorativa – exemplo
―Uma jovem mulher casada, desprezada pelo marido, muito ocupado com a sua profissão,
deixa-se seduzir e vai passar a noite a casa do seu sedutor, que se situa do outro lado do rio.
Para voltar a casa, na madrugada seguinte, antes do marido, que regressa de viagem, ela
tem de atravessar novamente a ponte. Mas um louco ameaçador impede-lhe a passagem.
Tenta então encontrar um barqueiro que a passe. Este exige pagamento imediato. Ela não
tem dinheiro, explica-lhe a situação e suplica-lhe; no entanto, ele recusa-se a trabalhar sem ser
pago adiantadamente.
Vai então ter com o seu amante e pede-lhe dinheiro. Este recusa sem explicações.
Vai procurar um amigo celibatário, que habita próximo e que tem por ela, desde há muito
tempo, um grande amor, ao qual ela nunca correspondeu. Conta-lhe tudo e pede-lhe dinheiro. Ele
recusa: ela desiludira-o com semelhante comportamento.
Decide, então, depois de uma nova e vã tentativa junto do barqueiro, atravessar a ponte.
O louco mata-a.
Trabalho:
Ordena os personagens desta história. Quem agiu melhor? A mulher casada, o marido, o
sedutor, o louco, o barqueiro, o amigo celibatário.
Mulher
Marido
Sedutor
Louco
Barqueiro
casada
Amigo
Celibatário
Classifica os personagens de 1 a 6, sendo 1 o que agiu pior nesta história.
Fonte: PPES – ME, Programa de Competências Sociais, 1995.
37
ANEXO V
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
CONHECIMENTOS
Exemplos:
 Algumas das afirmações que se seguem são mitos.
Afirmações
Mitos
Factos
O pénis dos homens negros é maior que o dos brancos
A menopausa assinala o fim da sexualidade da mulher
Não se engravida na primeira vez
Durante a menstruação, a mulher não deve praticar desporto
nem tomar banho
...
 Várias são as mudanças físicas e psicologias que ocorrem na Puberdade. Anota-as:
Alterações
Físicas
Psicológicas
Rapazes
Raparigas
Surgem pelos nas axilas, nos
genitais, na cara, …
A voz muda, a maçã de Adão
torna-se mais visível.
O
sistema
reprodutor
desenvolve-se e amadurece.
Acontecem muitas alterações de
humor.
O pénis e os testículos crescem.
Olha-se para os rapazes de
modo diferente.
A pele segrega mais gordura e
surge o acne.
...
 Laura é uma adolescente de 14 anos. Neste ciclo, a sua menstruação teve a duração de 5
dias; no anterior, 4 dias; e nos três ciclos anteriores, 5, 4 e 6, respectivamente. Qual é a
duração média das suas menstruações?
38
 Assinala com uma cruz na quadrícula respectiva, se as afirmações são verdadeiras ou falsas
Afirmações
Verdadeiro
Falso
Uma jovem com 12 anos ainda não menstruada não
corre risco de engravidar.
A dupla protecção diz respeito à toma da pílula e ao
uso do preservativo em simultâneo.
A vasectomia não interfere com o desejo sexual.
...
ATITUDES
 Grelhas de concordância/discordância
Afirmações
Concordo
Discordo
As mulheres são mais fracas que os homens.
Não é aceitável que a mulher tome a iniciativa sexual.
A homossexualidade é uma doença.
O sexo só pelo sexo é perfeitamente aceitável.
O sexo sem amor não faz sentido.
...
COMPETÊNCIAS
 Grelhas
No final da actividade preenchem uma grelha idêntica a:
O que mais gostei
O que menos gostei
 De Mochila às costas
Numa folha em branco os alunos fazem a sua representação com uma mochila às costas. Pedese-lhes, a seguir, que digam o que:

levam na mochila?

fica pelo caminho?
39
 Pirâmide de importância
Pedir que representem uma pirâmide onde ordenam por grau de importâcia as aprendizagens
obtidas (na base registam o que consideraram menos importante, e no topo o mais importante).
 Registo fotográfico
Fazer uma reportagem fotográfica das sessões de uma dada temática. Visualizar todas as fotos
para relembrar os momentos.
Solicitar a cada aluno que explore a fotografia que considera mais importante.
 Questionários

Responde às perguntas colocadas sublinhando o que mais corresponde ao que sentes:
1 - Gostei da actividade:
nada
pouco
muito
muitíssimo.
2 - Gostei do Jogo:
nada
pouco
muito
muitíssimo.
3 - Aprendi:
nada
pouco
muito
muitíssimo.
muito
muitíssimo.
4 - A partir de agora sinto-me mais esclarecido:
nada
pouco
5 – Sinto-me preparado para conduzir uma sessão sobre esta temática junto de outros colegas
estudantes:
nada

pouco
muito
muitíssimo.
Completa cada afirmação, indicando apenas um aspecto:
1 - De tudo, o que mais gostei foi (indicar apenas um aspecto):
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2 - De tudo, o que menos gostei foi (indicar apenas um aspecto):
_________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
NOTA: Como indicadores de avaliação sugerem-se ainda actividades referidas no anexo III
(roleplay, histórias valorativas,...)
40
ANEXO VI
GUIÃO DOS FILMES EDUCATIVOS DA FLAMINIA
http://www.flaminia.pt/
BABY BLUES
Concebido por Christelle Rodrigues
DESTINATÁRIOS
Destinado a adolescentes a partir dos 14 anos. Em contexto escolar, preferencialmente para
os 9º e 10º anos.
OBJECTIVOS

Prevenir a gravidez indesejada na adolescência;

Desmistificar pré-conceitos face à sexualidade na adolescência;

Compreender as consequências de uma sexualidade desprotegida;

Conhecer os diferentes meios contraceptivos;

Identificar sentimentos, crenças e atitudes acerca de uma gravidez indesejada;

Debater em torno das opções de prevenção da gravidez indesejada;

Reflectir acerca das opções consequentes de uma gravidez indesejada;

Informar sobre entidades de ajuda na prevenção e no acompanhamento.
CLARIFICAÇÃO DE CONTEÚDOS

Gravidez na adolescência

Maternidade e paternidade na adolescência

Sexualidade na adolescência

Namoro e Sexualidade

Sexualidade e comportamentos de risco

Abstinência

Meios contraceptivos

Aborto

Adopção

A pílula do dia seguinte
ACTIVIDADES DE EXPLORAÇÃO PEDAGÓGICA
PRÉ-VISIONAMENTO

Consistindo na preparação do grupo alvo para o visionamento do filme, sugere-se o
desenvolvimento de actividades de descoberta de conteúdos, bem como de auscultação
de conhecimentos, sentimentos e comportamentos prévios face ao tema a abordar.

Com vista a auscultação, o animador/professor poderá anteriormente passar um
questionário anónimo sobre os conhecimentos, sentimentos e comportamentos dos
destinatários face à sexualidade na adolescência e a gravidez indesejada. Tendo em conta
a fiabilidade deste tipo de instrumento, sugere-se que a entrega do questionário seja feita
de forma anónima, por exemplo utilizando uma caixa para o efeito que se encontrará num
41
determinado local sem designação aparente. Por outro lado, o animador/professor poderá
elaborar o questionário utilizando perguntas de escolha múltipla.

Com base, nas respostas ao questionário caberá ao animador/professor introduzir a
temática da forma mais adequada à situação actual dos destinatários, promovendo o
debate sobre questões menos pessoais no início da sessão. Poderá ser interessante nesta
fase expor alguns dados concretos face à situação da gravidez na adolescência a nível
nacional e internacional.
VISIONAMENTO
Propõe-se que o visionamento seja feito na integra, podendo posteriormente recorrer a
visionamentos parciais de determinadas cenas do filme para análise de atitudes e
comportamentos.
PÓS-VISIONAMENTO

Embora o filme foque a atenção na questão da gravidez indesejada, refere diferentes
problemáticas associadas à adolescência, sendo que as actividades de pós-visionamento
deverão explorar todos esses aspectos.

Sugere-se a reflexão em torno da sexualidade na adolescência. Tal poderá ser feito
pedindo ao grupo a identificação dos elementos videográficos que abordam esta temática.
Será interessante focar a atenção nos seguintes aspectos:

o
Namoro entre os personagens principais;
o
Relações com o grupo de pares;
o
Aula de educação sexual;
o
Caso da jovem que está grávida e comentários suscitados;
o
A contracepção (argumento do jovem).
Pode-se ainda propor ao grupo um debate subordinado à seguinte temática: Relações
sexuais na adolescência – argumentos a favor e contra. Com base numa listagem dos
argumentos utilizados a favor e contra, o animador/professor poderá abordar a questão da
sexualidade, da contracepção, da abstinência, explorando-os.

Sugere-se também a exploração da situação vivida pelos protagonistas do filme, ou seja, a
suspeita e confirmação de uma gravidez indesejada. Neste momento será importante
descortinar as diferentes reacções face à suspeita, como sejam:
o
Os sentimentos da adolescente (comportamento e atitude);
o
Os sentimentos do adolescente (reacção à notícia, comportamentos e atitudes
posteriores);
o

O comportamento da amiga da adolescente.
Propõe-se ainda que o animador/professor aborde as consequências de uma gravidez
precoce indesejada. Para tal, poderá ser interessante explorar as soluções abordadas no
filme (aborto, adopção e maternidade). Sugere-se que o grupo, em conjunto escreva o
42
guião do seguimento da história onde se optará por uma das opções, aprofundando as
consequências da mesma.

O mesmo poderá ser feito para as outras opções apresentadas no filme, bem como
relativamente à questão da pílula do dia seguinte.
ACTIVIDADES DE APOIO À EXPLORAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugere-se a pesquisa na Internet, por parte do grupo alvo, de entidades vocacionadas para a
acção junto de adolescentes em matéria de educação sexual e de apoio. Com base nestas
pesquisas poderá ser interessante o contacto directo com algumas dessas mesmas entidades
com vista a uma maior tomada de consciência em relação à problemática. Sugestão de alguns
sites para pesquisa e futuro contacto:

Associação para o Planeamento da Família (APF): www.apf.pt

Sexualidade Juvenil – IPJ: www.sexualidadejuvenil.pt

Juventude.gov.pt
FALANDO DE SIDA
Elaborado por Irene Fontes e Maria Manuela Cruz Pereira
(PPES)
DESTINATÁRIOS
Jovens/alunos do 3º.Ciclo do Ensino Básico e Secundário; faixa etária entre os 13 e os 18 anos de
idade.
OBJECTIVOS

Tomar consciência da gravidade da infecção pelo vírus da SIDA;

Ajudar os alunos a posicionarem-se perante situações concretas de risco;

Sensibilizar os alunos para as vantagens e interesses da prevenção em termos de saúde;

Treinar a assertividade.
CLARIFICAÇÃO DE CONCEITOS
Sugere-se a explicitação de alguns conceitos tais como: SIDA (agente causador da doença, vias
de transmissão e evolução da doença); Toxicodependência; Prevenção; Promoção da Saúde.
ACTIVIDADES EM TEMPO DE PRÉ E PÓS VISIONAMENTO
Sugere-se que estas actividades sejam realizadas em pequenos grupos.
PRÉ-VISIONAMENTO
1º.Momento (Brainstorming)

Soltar sentimentos e ideias despoletadas face à problemática da SIDA;

Registar emoções, gestos, olhares, expressões faciais, silêncios e expressões verbais
significativas.
2º.Momento (Encaminhar o Debate)

Sugere-se a divisão da turma em 4 ou 5 grupos;

Tendo em conta o diagnóstico do 1º.Momento, o professor/animador encaminhará o
debate de acordo com os indicadores obtidos, enunciando o tema e as pistas a seguir;
43

O professor/animador não deve condicionar o debate, mas limitar-se a ser facilitador.
PÓS-VISIONAMENTO
1º.Momento

Solicitar a cada grupo o registo, por escrito, da sua apreciação, das dúvidas e questões
que o filme suscitou.
2º.Momento

Tendo em atenção o conjunto de dados obtidos no 1º.Momento, o professor/animador
encaminhará os diferentes grupos para um debate generalizado.
Nota: O professor/animador fará a gestão do tempo, equacionando todas as variáveis que se
apresentem à especificidade de pessoas, contextos e conteúdos.
ACTIVIDADES DE APOIO
A pesquisa e a criatividade poderá proporcionar o aprofundamento do tema central, fomentando a
interdisciplinariedade através, por exemplo, da realização de inquéritos (escola, família,
comunidade) e respectiva análise de dados, elaboração de trabalhos específicos (banda
desenhada, poemas, composições), organização de exposições.
As actividades deverão contribuir para os jovens/alunos desenvolverem as capacidades de
raciocínio crítico contribuindo assim para que as suas aptidões, nas tomadas de decisão, se
fortaleçam.
PISANDO O RISCO
Adaptado do Facilitator's Guide por Christelle Rodrigues
DESTINATÁRIOS
Concebido para adolescentes com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos.
Em contexto escolar, destinado preferencialmente ao 3ª Ciclo do Ensino Básico e ao Ensino
Secundário.
OBJECTIVOS

Sensibilizar para a temática da violência conjugal;

Definir os diferentes tipos de violência conjugal;

Exemplificar situações de violência conjugal nas relações amorosas entre adolescentes;

Reconhecer alguns dos sintomas da violência conjugal;

Identificar opções de tratamento disponíveis para as vítimas e os agressores;

Demonstrar estratégias de intervenção quando se lida com relações abusivas.
CLARIFICAÇÃO DE CONCEITOS

Violência, Violência Conjugal, Violência Doméstica;

Relações abusivas;

Vítima e Agressor;

Diferentes tipos de violência (física, psicológica, sexual, ameaças…)

Adolescência.
ACTIVIDADES EM TEMPO DE PRÉ E PÓS VISIONAMENTO
44
PRÉ-VISIONAMENTO

Sugere-se que se introduza a temática desenvolvida pelo filme (violência conjugal na
adolescência), tratando os diferentes tipos de violência conjugal (física, psicológica, sexual,
ameaças, possessão…), e pedindo ao grupo que dê exemplos. Será interessante anotar
as respostas do grupo com vista a uma confrontação posterior ao visionamento do filme.
Será igualmente interessante, focar a atenção nalgumas características da adolescência,
uma vez que sendo diferentes das dos adultos poderá ter implicações na forma como
entendem
a
violência
em
questão.
Por exemplo:
o
A vítima pode ser incapaz de evitar o agressor por estarem os dois na mesma
escola;
o
Devido à falta de experiência, alguns adolescentes podem sentir-se confusos
relativamente aos comportamentos adequados em relações íntimas, não sendo
capazes de distinguir entre comportamentos saudáveis e doentios. O isolamento
que resulta do abuso pode tornar ainda mais difícil a procura de ajuda;
o
Muitos adolescentes resistem à procura de ajuda dos pais ou outros adultos.
Tipicamente, os adolescentes lutam pela sua independência, receando que estes
novos direitos e responsabilidades que atingiram lhes sejam retirados.
PÓS-VISIONAMENTO

Propõe-se a preparação de perguntas directas ao grupo (sendo interessante voltar a
passar, depois das respostas, o trecho do filme que as ilustra), tais como:
o
Quais foram os primeiros sinais demonstrativos que o Paul estava a ficar
possessivo relativamente a Gina? (no filme: Na escola, Gina quer falar com os
amigos e Paul afasta-a);
o
Quais foram os primeiros sinais demonstrativos de que o Paul podia ter tendências
violentas?
(no filme: Paul empurra Gina para fora do carro, bate com a porta e deixa-a
sozinha);
o
Quais foram os primeiros indícios de que a Gina não se sentia bem com o Paul?
(no filme: conversando com a mãe, Gina menciona que a sua relação é "séria" mas
a sua expressão evidencia o contrário);
o
O que é que o Paul diz no telefonema a Gina, a seguir ao incidente do carro? O
que é que isto diz da sua auto estima?
o
Em que momento parece que o Paul atingiu o seu limite? O que é que despoletou a
sua reacção?
o
Qual é o papel dos amigos de Gina face à sua situação?
o
Porque razão a Gina foi capaz de tomar a atitude que tomou e acabar o seu
namoro com o Paul, abrindo-se com os seus amigos e familiares?
45

o
Qual é o papel da auto estima na história do Paul e da Gina?
o
Como é que os amigos da Gina descobriram que ela era vítima de violência física)?
Cada uma destas perguntas pode ser desenvolvida sobre a forma de um debate.
ACTIVIDADES DE APOIO

Propõe-se a divisão do grupo em sub-grupos, cuja função será a de descrever finais
alternativos para esta história. Cada uma das alternativas deverá ser debatida com vista a
eleição daquela que parece ser a mais realista.

Sugere-se a proposta de cenários diferentes ao grupo, tendo este como função indicar,
para cada uma das situações, um exemplo de acção de complacência e outra de acção
interventiva:
o
A vossa melhor amiga aparece na escola com o olho negro devido a um murro que
apanhou do seu namorado;
o
Um estranho é assaltado do outro lado da rua;
o
A vossa irmã é assobiada por um grupo de homens que trabalham nas obras;
o
Dois estranhos lutam na casa de banho e um deles tira uma faca;
o
O pai de um amigo vosso bate-lhe;
o
O pai de um amigo vosso bate na mulher;
o
Um estranho pede ajuda desesperado;
o
Um amigo (a) conta-vos que foi agredido (a) pela (o) namorada (o).
SABER RECUSAR
Adaptado de Comprehensive Health Education Foundation por Christelle Rodrigues
DESTINATÁRIOS
Concebido para crianças e jovens adolescentes com idades compreendi-das entre os 8 e 16 anos.
Em contexto escolar, preferencialmente para o Ensino Básico.
OBJECTIVOS

Promover competências de recusa;

Tomar consciência da manipulação possível no meio de um grupo de pares;

Aprender a lidar com situações de risco;

Prevenir contra compor-tamentos de risco;

Educar para a cidadania.
CLARIFICAÇÃO DE CONCEITOS

Recusar;

Manipulação;

Espírito crítico;

Consciência/Responsabilidade;

Questionar/Argumentar.
ACTIVIDADES EM TEMPO DE PRÉ E PÓS VISIONAMENTO
46
Tendo em consideração a estruturação do filme em seis partes distintas, propõe-se que a
exploração pedagógica do mesmo seja levada a cabo em seis sessões distintas de 40/50 minutos
cada. Se tal não for possível sugere-se a aplicação de apenas algumas actividades, recorrendo a
um pré-visionamento na íntegra e um segundo visionamento de cada uma das partes seguido de
exploração pedagógica. Considerando a faixa etária alvo, sugere-se o trabalho com pequenos
grupos (6 a 12 elementos) ou a criação de subgrupos no caso de se tratar de um grande grupo.
PRÉ-VISIONAMENTO

Sugere-se que para cada lição o animador/professor introduza a temática em causa, questionando directamente o grupo relativamente às questões que irão ser tratadas em cada
sessão, bem como informando do pla-neamento e dos conteúdos de cada lição. Estes
passos serão essenciais na preparação do grupo para a aprendizagem da competência.

Por exemplo, na primeira lição sobre a identificação de situações problemáticas:
o
Propõe-se que o animador/professor convide o grupo a imaginar um(a) amigo(a) a
sugerir que façam qualquer coisa que não querem fazer. De seguida, informar o
grupo que irão aprender uma competência que poderão utilizar quando querem
dizer "não" aos seus amigos.
o
Sugere-se também a aplicação de um brainstorming onde se convida os elementos
do grupo a enumerar uma variedade de situações problemáticas. Esta lista deverá
incluir problemas em casa e na escola, comportamentos de risco e violações de
convicções. Estas situações poderão ser utilizadas no pós-visionamento.
VISIONAMENTO
Propõe-se que o animador recorra a diversos visionamentos. Em cada lição, sugere-se um
primeiro visionamento de enquadramento e identificação dos conteúdos e situações a tratar.
Seguidamente será interessante utilizar a própria estrutura do vídeo, recorrendo a pausas quando
as imagens com as palavras-chave aparecem. Esta metodologia permite um maior
enquadramento, facilitando as actividades de pós-visionamento, situando o grupo, bem como
realçando os aspectos essenciais a reter e desenvolver.
PÓS-VISIONAMENTO

Propõe-se como primeira actividade em cada uma das lições, que o animador/professor
ajude o grupo a listar os passos realçados no vídeo, bem como a discussão de qualquer
nova ideia ou situação apresentada;

Seguidamente sugere-se uma fase de simulação e verificação da compreensão,
recorrendo a role plays simples, claros e breves sobre os novos passos a adquirir. Estas
simulações deverão ser levadas a cabo pelo próprio animador/professor, sendo necessário
que este se assegure da boa compreensão por parte do grupo das situações que simulou;

Propõe-se ainda que o próprio grupo ponha em prática os passos, recorrendo novamente
ao role-playing. Cada simulação feita pelos elementos do grupo deverá ser discutida com
os restantes e com o animador/professor;
47

Sugere-se que o animador/ professor finalize cada lição resumindo cada novo passo e
competência, informando o grupo do conteúdo da próxima sessão;

Propõe-se, por último, uma actividade de recapitulação e transferência da competência
para a vida quotidiana do grupo, através de uma folha de exercício que poderá ser
preenchida oralmente ou por escrito, dando a possibilidade de debate das respostas. Esta
folha poderá conter os seguintes elementos:
o
Posso utilizar a competência se um(a) amigo(a) me pedir…;
o
Nomeio o problema:"Isso…‖;
o
Falo das consequências, dizendo. "Se eu fizer isso,…‖;
o
Sugiro uma alternativa. "E se, em vez disso,…‖;
o
Se me responderem que não, digo-lhes...;
A VALSA DOS BRUTOS
Elaborado por Ana Carvalhal de Melo
DESTINATÁRIOS
Adolescentes, preferencialmente jovens, a partir dos 15 anos e adultos.
Em contexto escolar, aconselhado no Ensino Secundário e Superior.
OBJECTIVOS

Sensibilizar para o fenómeno da violência na sociedade actual;

Identificar a diversidade de contextos em que ocorre a violência;

Conhecer diferentes formas de violência;

Distinguir os diferentes factores de risco no desenvolvimento de comportamentos
violentos;

Reflectir sobre o "círculo vicioso" da violência e formas de reprodução da mesma nos
diversos contextos;

Sensibilizar para a necessidade de comportamentos alternativos face ao problema da
violência;

Desenvolver estratégias de resolução de conflitos;

Promover atitudes de tolerância e respeito pelo outro, no âmbito de uma Educação para a
Cidadania.
CLARIFICAÇÃO DE CONCEITOS

Violência;

Diferentes formas de violência:

o
violência física: maus tratos, abuso sexual;
o
violência psicológica: insultos, chantagem, desrespeito;
o
violência social: exclusão.
Diferentes factores de risco:
o
violência doméstica e familiar;
48
o
violência no contexto comunitário (Escola);
o
violência nos meios de comunicação de massas.

Relação interpessoal;

Relação de poder;

Exclusão / Inclusão;

Tolerância, Cidadania.
ACTIVIDADES EM TEMPO DE PRÉ E PÓS VISIONAMENTO
Sugere-se que estas actividades sejam desenvolvidas em pequenos grupos, num ambiente de
franqueza e abertura, respeitando a confidencialidade e o respeito pelas ideias expressas.
PRÉ-VISIONAMENTO

Sugere-se que o formador proceda a uma exploração inicial do conceito de violência,
através do questionamento directo aos formandos ("o que é a violência?"). Desta forma, é
possível obter informação sobre os conhecimentos prévios, sentimentos e opiniões face à
temática a tratar;

De seguida, propõe-se a promoção de um debate que visa abordar o fenómeno da
violência em contextos concretos, tais como:

o
a violência familiar;
o
a violência em contexto escolar e/ou laboral;
o
a violência nos meios de comunicação de massas.
Para uma reflexão posterior, registar as ideias principais em suporte adequado.
PÓS-VISIONAMENTO

Dividir o grupo em subgrupos onde deverá ser elaborada uma folha de trabalho
relativamente ao filme, com a identificação dos seguintes parâmetros:
o
as partes envolvidas no problema;
o
os contextos em que ocorre a violência;
o
a identificação, para cada uma das personagens, dos pensamentos, emoções e
motivos.

Num segundo momento, com base na situação de violência visionada, sugere-se o
desenvolvimento de um "role-play", no qual os intervenientes deverão desempenhar o
papel de agressor e de vítima, exprimindo verbalmente as emoções, pensamentos e
motivos que, na sua perspectiva, estiveram na origem da situação. Numa fase posterior, os
actores deverão inverter os papéis, com vista à tomada de consciência do continnum
existente entre a agressão e a vitimização ("a vítima como potencial agressor");

Por último, será importante promover uma reflexão em grupo sobre a violência como um
fenómeno complexo que se reproduz temporalmente e nos diversos contextos através de
um ciclo ("ciclo vicioso" da violência).
49
ANEXO VII
GUIÃO DOS FILMES QUE FAZEM PARTE DOS KIT DO 3º CICLO E DO ENSINO
SECUNDÁRIOA
FALAR DISSO
(Duração 30 minutos)
Elaborado por Helena Melo
Análise retrospectiva sobre questões de género. Indicado para introduzir questões relativas à
contracepção.
Não indicado para 7º e 8º ano.
Tópicos abordados:

Questões de género – diferenças entre o homem e a mulher

Evolução do papel social da mulher e do homem.

História da pílula (contexto em que surgiu)

Criação da APF (Associação para o Planeamento da Família)

Planeamento familiar – importância da informação e dificuldades surgidas

Importância do preservativo na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis

Saúde sexual e reprodutiva dirigida especialmente às mulheres

Problemática do aborto clandestino

Julgamento de Maria Antónia Palla (a propósito da emissão de documentário da jornalista
sobre o aborto clandestino)

Planeamento familiar levou a uma diminuição do aborto clandestino

Lei da despenalização do aborto

Conferência da ONU no Cairo sobre Direitos das mulheres relativamente à sua
sexualidade

Poema ―A vagina‖ de Mª Teresa Horta

Emancipação sexual da mulher

Inquietação do homem face à sexualidade da mulher

Parto (algumas imagens e vídeo do momento pós-parto)

Testemunhos sobre adolescência na gravidez

Movimentos de libertação das mulheres

Debate entre grupo de adolescentes sobre diferenças de género relativamente à
sexualidade

Maior abertura da sociedade na abordagem de temas relacionados com a sexualidade

Testemunhos de duas adolescentes (falar de sexualidade com os pais)

Para falar de sexualidade é preciso…. (pequeno debate)

Continuação do testemunho das duas adolescentes
50
CENAS E CONTRACENAS
(Duração 38 minutos)
Elaborado por Helena Melo
Espectáculo em palco, com 5 adolescentes como protagonistas.
Sequência de temas abordados:







O rapaz perfeito;
A minha primeira vez;
Será que estou grávida?
Nunca mais vou confiar;
Estou apaixonada;
Olha aí o preservativo;
Desabafos.
O primeiro amor, a alma gémea, a primeira vez, a gravidez não desejada…
As aventuras e desventuras de um grupo de jovens que se perdem num mundo de questões por
resolver, onde os sentimentos e incertezas são uma constante. É no palco que se desmistificam
crenças relativas à sexualidade, próprias das relações humanas. Destinado ao público jovem, este
espectáculo visa alertar e despertar para questões como os métodos contraceptivos, as infecções
sexualmente transmissíveis, as inseguranças e as dúvidas que surgem nestas idades.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
(Duração 20 minutos)
Elaborado por Helena Melo
Tópicos abordados:

Conhecer e saber utilizar os métodos contraceptivos

Preservativo
. como actua
.vantagens
. cuidados na sua utilização

Método das Temperaturas
. o que é?
. como actua?
. vantagens
. desvantagens
. cuidados a ter

Método do calendário
. o que é?
. vantagens
. desvantagens
51

Método de observação do muco
. o que é?
. vantagens
. desvantagens
. cuidados a ter

Diálogo mãe-filha sobre métodos contraceptivos e importância do planeamento familiar

Pílula
. o que é?
. como actua?
. vantagens
. desvantagens

Contracepção de emergência (pílula do dia seguinte)
. o que é?
. como actua?
. vantagens
. desvantagens
.cuidados a ter

Preservativo feminino

Espermicidas
. o que é?
. como actuam
. vantagens
. desvantagens

DIU (Dispositivo intra-uterino)
. o que é?
. como actua?
. vantagens
. desvantagens
. cuidados a ter

Laqueação das trompas e vasectomia
. o que é?
. como actua?
. vantagens
. desvantagens

Importância do planeamento família.
52

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