Nº 27 - Julho/08popular!

Transcrição

Nº 27 - Julho/08popular!
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
14:58
Page 1
TQSN
EWS
Nota
do Editor
dulo de elasticidade e uma explicação sobre armaduras de cisalhamento em lajes e funcionamento do nosso
velho conhecido γz. Decorrente desta
discussão, a V14 foi alterada para
deixar mais claro o uso deste importante índice, e também para controlar
melhor o efeito do processo construtivo nos deslocamentos devido às
cargas verticais.
Eng. Abram Belk
Agora que estamos às vésperas de
terminar a V14, vejo como o tempo
passou rapidamente sem que tenhamos percebido. A equipe de desenvolvimento da TQS (na qual me incluo)
cresceu, com dez engenheiros civis
desenvolvendo 50.000 linhas de programas todo mês, mantendo e atualizando mais de 3.000.000 de linhas e
revalidando os sistemas em bases diárias, com mais de 1.000 testes entre
processamentos em lotes e interativos. Nosso suporte técnico nunca foi
tão bem capacitado como agora. A
TQS cresceu e conosco cresceram
nossos clientes, que estão projetando
mais e melhor. Por isso é com muito
orgulho que apresentamos neste jornal as melhorias da versão V14 que,
em breve, será liberada, inclusive com
toda documentação reformulada.
Alguns recursos da V14, como a verificação estrutural com pórtico não-linear
físico e geométrico e a verificação em
serviço de conforto humano por análise
dinâmica, representam mais um salto
no projeto estrutural do dia-a-dia. Prestamos especial atenção na produtividade do sistema, com melhorias na geração e edição de desenhos de armação
de vigas, lajes e fundações. A versão
inicial da nossa interface com o Revit®,
em fase experimental, criará novas
possibilidades de comunicação entre
projetistas. Também estamos distrihttp://www.tqs.com.br
Ano XII - Nº 27
Julho de 2008
buindo a versão inicial do sistema para
projeto de estruturas pré-moldadas e
pré-fabricadas TQS-PREO, que será
completada até o final deste ano.
Conheci o entrevistado deste mês, o
engenheiro Navarro Adler, no início de
1988, numa apresentação dos sistemas TQS no Riocentro. O engenheiro
Navarro, com seu espírito jovial que
persiste até os dias de hoje, apostou no
nosso sistema embrionário tornandose um dos pioneiros em uso do TQS no
Brasil. Ele contou ao TQSNews como
evoluiu na profissão com seu escritório
de mais de meio século de existência.
Em um dos artigos desta edição, o engenheiro Rodrigo de Azevedo Neves, da
França & Associados, expõe seu ponto
de vista otimista a respeito da engenharia no país. Contrabalançando os artigos técnicos de engenharia, publicamos duas matérias para divagar: do arquiteto Nadir Curi Mezerani, que classifica a arquitetura como arte e ciência, e
do professor Vasconcelos, sobre por
que os idosos sentem tanta inibição
para aceitar o uso de computadores
(idosos são os outros, o professor Vasconcelos é uma criança). O engenheiro
Padilha também nesta edição mostra se
o que vale mais, nos dias de hoje, é a
experiência ou a criatividade.
Em destaque no Espaço Virtual, uma
verdadeira batalha a respeito do mó-
Vejam ainda, na seção de notícias, o
destaque aos cursos ministrados pela
TQS e colegas. Foi um privilégio pessoal poder assistir ao curso de Dinâmica Aplicada em Estruturas de Concreto, do engenheiro Sérgio Stolovas, e o
curso de Cálculo de Pilares de Concreto Armado, do engenheiro Alio Kimura
(exímio desenvolvedor da TQS), que é
ministrado através da ABECE. Recomendo a todos.
Destaques
Entrevista
Eng. Navarro Adler
Página 3
Lançamento
TQS-PREO
Página 6
Espaço Virtual - Comunidades
Página 7
Desenvolvimento - Software CAD/TQS
Página 18
CAD/TQS nas universidades
Página 34
Artigo - Por que os idosos sentem
tanta inibição para aceitar o uso de
computadores?
Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos
Página 37
Artigo - Experiência x criatividade
Eng. Ênio Padilha
Página 39
Artigo - Orgulho de ser engenheiro:
não somos mais o patinho feio?
Eng. Rodrigo de Azevedo Neves
Página 40
Artigo - Arquitetura é arte e ciência
Arq. Nadir Curi Mezerani
Página 41
Notícias
Página 44
TQS - Tecnologia e Qualidade em Sistemas
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
14:58
Page 2
2
REPRESENTANTES
Paraná
Rio de Janeiro
Eng. Yassunori Hayashi
Rua Mateus Leme, 1.077, Bom Retiro
80530-010 • Curitiba, PR
Fone: (41) 3253-1748
(41) 3013-3585
E-mail: [email protected]
CAD Projetos Estruturais Ltda.
Eng. Eduardo Nunes Fernandes
Avenida Almirante Barroso, 63, Sl. 809
20031-003 • Rio de Janeiro, RJ
Fone: (21) 2240-3678
(21) 2262-7427
E-mail: [email protected]
Bahia
Eng. Fernando Diniz Marcondes
Av. Tancredo Neves, 1.222, sala 112
41820-020 • Salvador, BA
Fone: (71) 3341-1223
(71) 9161-0327
E-mail: [email protected]
Eng. Livio R. L. Rios
Av. das Américas, 8.445, Sl. 916,
Barra da Tijuca
22793-081 • Rio de Janeiro, RJ
Fone: (21) 8115-0099
(21) 2429-5171
E-mail: [email protected]
Eng. Luiz C. Spengler, Campo Grande, MS
TQSNEWS
Sistemas CAD/TQS através do portal BNDES
Informamos a todos clientes e potencias clientes que agora os sistemas CAD/TQS podem ser adquiridos através do CARTÃO
BNDES, bandeira VISA, pelo portal www.cartaobndes.gov.br.
4. Preencher a proposta de solicitação do Cartão e enviá-la ao
banco emissor, conforme instruções constantes no Portal de
Operações do BNDES - Cartão BNDES.
Adquirindo os sistemas no portal, com o cartão, os mesmos
poderão ser financiados em até 36 vezes, com taxas de juros
muito convidativas.
Após solicitar o Cartão BNDES, a empresa terá seu pedido
analisado pelo banco emissor, que irá definir seu limite de
crédito.
Para maiores informações sobre essa nova modalidade de
venda, entre em contato com a equipe TQS, através do e-mail:
[email protected] ou do telefone 0 XX 11 3083-2722.
O que pode ser comprado com o Cartão BNDES?
Financiar os investimentos das micro, pequenas e médias
empresas.
Bens de fabricação nacional ou que recebam agregação de
valor econômico em território nacional, aí incluídos os bens de
capital e outros bens que, a critério do BNDES, estejam relacionados à realização de investimentos. Estes bens devem
estar cadastrados no site.
Vantagens para as micro, pequenas e médias empresas
Onde posso comprar utilizando o Cartão BNDES?
- Crédito rotativo pré-aprovado para aquisição de bens de produção;
- Financiamento automático em 12, 18, 24 ou até 36 meses e
com prestações fixas;
- Taxas de juros atrativas.
Exclusivamente no Portal de Operações do BNDES - Cartão
BNDES, a partir dos catálogos dos fornecedores credenciados, nas modalidades de compra direta e indireta, como descrito a seguir:
Quem pode obter o Cartão BNDES?
É a compra realizada diretamente pelo cliente (on-line), através
do Portal de Operações do BNDES - Cartão BNDES, e quitada
com a utilização do Cartão BNDES.
Finalidade do Cartão BNDES
Empresas de micro, pequeno e médio porte (com faturamento
bruto anual de até R$ 60 milhões), que estejam em dia com
suas obrigações junto ao INSS, FGTS, RAIS e demais tributos
federais. Caso o emissor seja a Caixa Econômica Federal, o faturamento bruto anual não poderá ultrapassar R$ 7 milhões.
Quais os bancos emissores?
Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal.
Compra direta
Compra indireta
É a compra tradicionalmente realizada mediante o contato entre
fornecedor e cliente, finalizada pelo fornecedor através do Portal
de Operações do BNDES - Cartão BNDES e quitada pelo cliente
com a utilização do Cartão BNDES.
Quais as condições financeiras em vigor?
Como solicitar o Cartão BNDES? (deve ser feito pelo cliente)
Pode ser solicitado através do Portal de Operações do BNDES Cartão BNDES, conforme roteiro abaixo, ou ainda ser solicitado
diretamente com o Gerente de sua Agência Bancária.
1. Acessar o Cartão BNDES no endereço
https://www.cartaobndes.gov.br;
2. Clicar no botão “Solicite seu Cartão BNDES”;
3. Selecionar o emissor do Cartão;
- Limite de crédito até R$ 250.000,00 (Duzentos e cinqüenta
mil reais);
- Prazo de parcelamento em 12, 18, 24 ou até 36 meses;
- Prestações fixas e iguais;
- Taxa de juros de 1,07% ao mês (taxa em Fevereiro de 2007).
Obs: o limite de crédito de cada cliente será atribuído pelo
banco emissor do cartão, após a respectiva análise de
crédito
Esclarecimento
O edifício “Cidade da Música Roberto Marinho”, que está
sendo executado no Rio de Janeiro foi objeto de matéria no
jornal TQSNews 26. A autoria do projeto estrutural é credita2
da aos profissionais: Eng. Bruno Contarini (Consultor) e
Beton Engenharia / Eng. Carlos Fragelli (Estrutura - cálculo e
desenvolvimento).
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 3
3
ENTREVISTA
TQSNEWS
Meio século de experiência
Como o senhor enveredou para a
área de Cálculo Estrutural?
O veterano Navarro Adler fala como
construiu uma trajetória de sucesso
em Cálculo Estrutural, sem abrir
mão da segurança e da tecnologia.
Entre os diversos projetos que ele
desenvolveu, destacam-se o
Estádio Vivaldo Lima, em Manaus, o
conjunto da Suframa (cálculo em
casca), os cinco (5) reservatórios de
abastecimento de água da cidade
de Manaus, além de centenas de
edifícios,entre os quais destaco os
Condomínios de grande porte como
os do Riserva Uno, Cidade Jardim
(em andamento a 2ª parte), Hotéis
Sheraton, Windsor, e vários outros,
muitos dos quais laureados. É sobre
a profissão e o desenvolvimento
atual do Cálculo Estrutural que ele
fala nessa entrevista.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Lá fiz paralelamente o curso de
Prospecção de Petróleo, ministrado
por engenheiros do Conselho Nacional de Petróleo (atual Petrobrás).
Ao me formar, como na época não
havia trabalho para Engenheiro
Civil, aceitei trabalhar na prospecção de Petróleo, indo parar no meio
do mato na região da cidade de
Catú, onde perfurei o primeiro poço
daquela região.
Navarro Adler Projetos Estruturais, Rio de Janeiro, RJ
O engenheiro Navarro Adler sempre
gostou dos números e por isso
escolheu a profissão de engenheiro,
na década de 1940/50, apesar de as
oportunidades de trabalho, na
época, serem escassas para o futuro
do engenheiro. Já na faculdade,
com menos de 18 anos - o caçula
da turma - se dedicou com maior
ênfase ao cálculo estrutural
incentivado pelo catedrático e futuro
paraninfo Ernani Sávio Sobral. Foi
assim que a engenharia ganhou um
novo projetista, hoje na casa dos 70
anos, e que continua ativo com
escritório no Rio de Janeiro.
A Escola Politécnica da Universidade da Bahia, onde estudei e me formei em 1953, era considerada, na
época, a melhor do Nordeste.
Eng. Navarro Adler
A vida isolada e sem perspectiva de
um trabalho intelectual, mas somente braçal, não me agradava, e dali
saí para tentar a vida inicialmente
em São Paulo, mas com breve passagem pelo Rio de Janeiro.
Foi um começo de vida em
região totalmente nova?
Filho de pais pobres, cheguei ao Rio
de Janeiro de ônibus com o equivalente hoje a R$ 100,00 (cem reais).
Hospedei-me por poucos dias na
casa de uma tia, irmã de meu pai,
até ir tentar a sorte em São Paulo.
Mas resolvi procurar algum emprego no Rio de Janeiro mesmo, em
vista da similiaridade da cidade com
Salvador (clima, mar ...). Assim
sendo, com pouco dinheiro, ficava
dormindo nos bancos da Cinelândia. Com o Jornal do Brasil servindo
3
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 4
4
TQSNEWS
Todos os dias enfrento
desafios técnicos tendo
sempre em mente uma
máxima do qual não me
afasto: “Quando não estou
seguro do que estou
realizando, pergunto a
quem sabe”.
Era difícil conseguir um emprego
na época?
Enfim fui parar no escritório do famoso eng. Odair Grillo com um cartão de recomendação do então Governador Juracy Magalhães, que
meu pai conseguiu.
Dr. Odair entrevistou-me e na
mesma hora, via telefone, recomendou-me ao escritório de cálculo,
que era tudo que eu queria, do Dr.
João Alves de Moraes, uma sumidade na área de cálculo. Em seguida,
fui ao escritório do Dr. Moraes, que
me atendeu e me ofereceu um salário 10 vezes maior do que eu imaginava. Quase desmaiei.
Comecei a trabalhar na mesma
hora, e assim iniciei a minha vida
profissional de calculista, fazendo
projetos de todo tipo: prédios, pontes, viadutos etc., sempre com a
ajuda do meu saudoso mestre João
Alves de Moraes.
Trabalhar com alguém tão
renomado foi fundamental para a
sua carreira, então?
Por várias vezes, representei o Dr.
Moraes em concorrências públicas
de pontes, viadutos etc. Posteriormente, o Dr. Moraes, que também
atuava como chefe do setor de cálculos da então Prefeitura da Guanabara, conseguiu que eu fosse nomeado para o cargo de engenheiro
da então 1OBE (setor de cálculos da
Prefeitura). Nessa ocasião, este
setor era responsável pelo cálculo
de todos os projetos da Prefeitura,
além de liberar os cálculos de muros
de contenção e fundações de todos
os prédios em construção na Guanabara, uma atividade de caráter
obrigatório.
Navarro Adler Projetos Estruturais, Rio de Janeiro, RJ
Todos os dias enfrento desafios técnicos tendo sempre em mente uma máxima do qual não me afasto: “Quando
não estou seguro do que estou realizando, pergunto a quem sabe”. Isto eu
passo para todos os engenheiros que
estão ou passaram por meu escritório.
Os projetos de hoje contam com recursos computacionais que nos permitem calcular e recalcular um edifício
em pouco tempo, chegando a resultados próximos do ótimo. Mas a visão
de um engenheiro como eu, que calculava com régua de cálculo, permite
ter uma noção melhor do aspecto global do projeto, onde os atuais formandos sentem dificuldades.
Esse trabalho era feito juntamente
com os outros engenheiros de nível
como José Luiz Cardoso, Wilson
Fadul (Joaquim Cardoso), Alaôr Botelho e meu chefe Dr. Moraes.
Daí foi um passo a começar a
atuar sozinho?
Um dos pontos favoráveis é
que, aos poucos, nossa
profissão está alcançando o
reconhecimento devido,
reconstituindo seu papel
preponderante na execução
de qualquer obra.
Em pouco tempo, meu nome foi
sendo reconhecido pelo meio técnico. Já hospedado em uma pensão,
comecei a ser procurado para executar cálculos com o total conhecimento do meu mestre.
Assim, ao sair do escritório do Dr.
Moraes, comecei a executar cálculos em um canto de sala emprestado do irmão do Dr. Anderson Moreira da Rocha e retribuia atendendo
seus recados na sua ausência sempre prolongada.
Depois de vários cálculos em andamento, consegui comprar parceladamente uma sala no Edifício Av.
Central, marco no Rio de Janeiro,
onde efetivamente comecei a minha
carreira solo.
Quais os edifícios que o senhor
destaca durante sua trajetória?
Como destaque de projeto de
minha autoria posso citar o Estádio
Vivaldo Lima, em Manaus, o conjunto da Suframa, vários SESIS e SENACs do país, os cinco reservatórios de abastecimento de água da
cidade de Manaus, além de centenas de prédios, alguns laureados,
como os grandes condomínios: Riserva Uno, Cidade Jardim, Hotéis
Cadeia Sheraton, Windsor, etc.
4
O senhor foi acumulando sua
experiência profissional aos
poucos, passando por diversos
tipos de projetos. Isso lhe
permite uma visão global de um
profissional. Qual é, a seu ver,
um desafio permanente para um
projetista de cálculo manter
atualizado?
Os projetos atuais também
impõem maiores dificuldades?
Projetos atuais são mais arrojados e
requerem o apoio de sistemas mais
velozes. Em alguns casos, eu diria
Navarro Adler Projetos Estruturais, Rio de Janeiro, RJ
de cobertor e lendo os anúncios de
emprego, voltava para a casa da tia,
onde não era bem recebido, praticamente de dois em dois dias.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 5
5
TQSNEWS
até que, somente com o programa
da TQS, uma ferramenta maravilhosa, é possível obter a solução dos
problemas das estruturas de hoje.
Sou um pioneiro no uso do programa da TQS com o qual me identifiquei muito bem desde 1986. Os
projetos antigos eram feitos com
régua de cálculo, o me deu uma
ótima sensibilidade de conjunto,
como já disse, porque tudo era feito
aos poucos, peça por peça. Mas é
evidente que, por ser um método
manual, carecia de tempo para verificação, o que é totalmente possível
e viável com os recursos atuais.
Navarro Adler Projetos Estruturais, Rio de Janeiro, RJ
E quais são, a seu ver, os pontos
positivos e negativos da
profissão?
Um dos pontos favoráveis é que, aos
poucos, nossa profissão está alcançando o reconhecimento devido, reconstituindo seu papel preponderante
na execução de qualquer obra. Mas
ainda há pontos negativos, como a
inexperiência dos profissionais que se
dedicam a esta área da engenharia,
face à falta de tempo para o amadurecimento do profissional.
uma obra, por exemplo, um edifício
residencial de 22 pavimentos.
O mercado de hoje, em
grande parte, não consegue
enxergar os riscos de colocar
um jovem formando para
calcular uma obra, por
exemplo, um edifício
residencial de 22 pavimentos.
Alguns contratantes subvalorizam o
lado financeiro, do custo do projeto.
Claro que as conseqüências virão e
toda classe sofrerá com isso. Mas
acredito que o mercado, de um modo
geral, está mudando de conceito.
Na minha opinião, o jovem formando tem de ter um período obrigatório de trabalho num bom escritório
de cálculo (como os médicos) antes
de seguir a carreira. Os jovens projetistas também. O mercado de
hoje, em grande parte, não consegue enxergar os riscos de colocar
um jovem formando para calcular
A questão financeira acaba
sendo relevante no papel de
formação dos profissionais, não?
O jovem tem de ter seu espaço sim,
mas no devido tempo, pois lidamos
com vidas humanas, e essa é a principal questão que deve ser avaliada
ao se buscar um bom projeto.
Tenho muito orgulho de dizer que
meu escritório, já com 53 anos de
existência, bem conceituado, continua a realizar cálculos estruturais de
porte, quer utilizando o TQS ou programas por mim elaborados, sempre com base nesse conceito.
Planta de Formas - Navarro Adler Projetos Estruturais, Rio de Janeiro, RJ
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
5
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 6
6
LANCAMENTO
TQSNEWS
Lançamento - TQS-PREO
O lançamento do TQS-PREO, sistema computacional para elaboração
de projetos de estruturas pré-moldadas e pré-fabricadas de concreto
armado e protendido, foi realizado
no fim do mês de abril. Esse sistema
integra todas as etapas do projeto,
desde o lançamento de dados até a
impressão das plantas, permitindo
que o usuário utilize um único software durante todo o projeto, com a
mesma qualidade e tecnologia comuns aos sistemas CAD/TQS.
Análise estrutural
Definição de etapas e de regiões
construtivas: para simulação adequada da evolução da construção
da estrutura.
Consolos: dimensionamento, detalhamento e desenho automático
através da envoltória de esforços de
todas as etapas construtivas.
Entre os diferenciais existentes no
TQS-PREO, destacam-se:
Definição da estrutura
Bibliotecas de seções: seções de
lajes, vigas e pilares podem ser lidas
a partir de desenhos DWG-TQS, possibilitando a montagem de bibliotecas com seções quaisquer.
Análise completa: modelagem com
etapas construtivas, estabilidade global, dinâmica, não-linear (flechas com
fissuração e fluência). Ligações semirígidas por meio do coeficiente αr.
Solidarização: consideração da solidarização dos elementos estruturais, com
fck diferente para a capa de concreto e
homogeneização de seções mistas.
Acessórios e recortes: a definição
de alças de içamento, furos de levantamento, tubulação de águas
pluviais são feitos de forma simples
e utilizados na análise de esforços.
Os recortes de lajes são feitos automaticamente.
Pórtico Não-Linear (Físico e Geométrico): modelo estrutural adequado para verificação global de pilares
pré-moldados. Considera rigidez
real, 2ª ordem, fluência e imperfeições geométricas.
Agrupamento de elementos: Agrupamento automático de elementos
com mesma geometria e possibilidade de igualar armadura de elementos
estruturais. Estes agrupamentos tornam o projeto e a racionalização da
produção mais eficiente.
Desenho de fôrmas: Geração automática do desenho de fôrmas de pilares, vigas e lajes evitando-se erros
de níveis, consolos e outros. Também são apresentados quantitativos
de materiais e pesos.
Vigas: Listagem de envoltória de esforços por agrupamento de elementos. Calculadora de armadura passiva em seção protendida, que lê seções genéricas.
Lajes: Dimensionamento, detalhamento e desenho de lajes protendidas. Verificação de Estados Limites
Últimos e de Serviço.
Dimensionamento e detalhamento
Pilares: dimensionamento, detalhamento e desenho automático. Consideração das fases de saque e transporte e içamento e todas as etapas
construtivas. Possibilidade de detalhamento com feixes de armaduras.
Para maiores informações, acesse:
http://www.tqs.com.br/conhecao/
6
TQSNews • Ano XII, nº 26, janeiro de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 7
7
ESPAÇO VIRTUAL
TQSNEWS
Nesta seção, são publicadas mensagens que se
destacaram nos grupos Comunidade TQS e
Calculistas-Ba ao longo dos últimos meses.
Para efetuar sua inscrição e fazer parte dos grupos,
basta acessar http://br.groups.yahoo.com/, criar um ID no
Yahoo, utilizar o mecanismo de busca com as palavras
“Calculistas-Ba” e “ComunidadeTQS” solicitando sua
inscrição nos mesmos.
Armadura de cisalhamento
Módulo de elasticidade
Prezados amigos,
Caros colegas,
Gostaria de saber como interpretar as armaduras de cisalhamento que são geradas no TQS. Sei que muitas
destas armaduras são ferros trabalhados e que consigo
inclusive gerar os desenhos. O problema é que não
estou conseguindo interpretar de que forma estas armaduras serão instaladas na laje.
No congresso do IBRACON, houve uma tremenda conversa sobre o módulo de elasticidade do concreto. E não
me pareceu ter-se chegado a uma posição cômoda de
lidar com esse parâmetro. Continua-se com as mesmas
dúvidas que sempre tivemos. Não se pode confiar em nenhuma fórmula que ligue resistência com módulo de elasticidade, a quantidade de variáveis outras é muito grande.
Grato
Eng. Marcelo Galli Lopes, São Paulo, SP
Caros Amigos da Comunidade TQS,
Nos últimos dias, circulou aqui na Comunidade TQS
uma mensagem onde o eng. Marcelo Galli Lopes indicou
ter dúvidas quanto aos procedimentos do Editor de Esforços e Armaduras do CAD/Lajes quanto ao dimensionamento de lajes a punção e cisalhamento.
Junta-se a essa falta de certeza a resistência dos construtores a fazer um controle tecnológico correto e a perguntar: “Quando eu posso tirar o escoramento?”.
Gostaria de saber dos colegas como estão lidando com
isso.
Abraços,
Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA
Resolvi então resgatar o assunto diretamente do Manual
de Migração para a versão 11, de 2003, onde o tema
esta muito bem desenvolvido.
Caro Palmeira,
Vale salientar que estes procedimentos só podem ser
realizados através de modelos discretizados de grelha,
plana ou nervurada, com os esforços e seções sendo
transferidos ao Editor de Esforços e Armaduras de lajes.
Por que não se pode confiar em formulações que ligam
resistência a deformações? O módulo de elasticidade é
só uma espécie de conversor.
Link para download, visualização e impressão do texto:
Qual foi o eixo central da discussão no IBRACON sobre
o módulo de elasticidade do concreto?
http://www.tqs.com.br/downloads/PUNCAO-CISALHAMENTO
-V11-TQS.pdf
Um abraço a todos
Eng. Luiz Aurélio Fortes da Silva, TQS, São Paulo, SP
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Você poderia explicitar algumas dessas dúvidas?
Quais são outras tantas variáveis ou algumas delas?
Abraços
Eng. David A. F. Oliveira, Universidade de Wollongong,
Australia
7
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 8
8
TQSNEWS
Caro David e demais colegas,
Pessoalmente não tenho nenhuma “dúvida”. Meus 34
anos sustentando a família com projetos de estrutura me
deram foi uma certeza: Desconhecemos totalmente o
módulo de elasticidade do concreto.
Entre nas fórmulas e verifique as deformações com o
módulo que deu lá, depois de executado, verifique no
local. Se estiver certo, é porque ganhou na loteria: pura
sorte. Parâmetros que influem: O tipo de cimento; os
agregados, (desde o tipo de rocha até a granulometria; a
relação água/aglomerantes; o volume de pasta por
metro cúbico; a cura; etc.)
Quando a gente finca o pé, briga e exige um módulo, o
pessoal da concreteira diz que só o consegue se a resistência for muito maior que a especificada. Aí começa a
briga do construtor com a concreteira e a gente no meio.
No IBRACON essa conversa foi um painel de assuntos
controversos (um bom nome para isso).
Abraços,
Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA
Prezados Amigos,
Quem tem de fornecer o Módulo não é a Concreteira: a
obra tem de ser controlada, retiradas as amostras e determinado o valor real de Ec.
Atenciosamente,
Eng. Egydio Hervé Neto, Porto Alegre, RS
Caro Antonio Palmeira,
Todas as formulações contidas na norma NBR 6118
foram realmente testadas em laboratório? O módulo de
elasticidade é um deles, assim como outros parâmetros.
Por que se insiste em apenas apresentar uma série de
fórmulas ou correlações, sem a constatação prática de
algum modelo proposto?
Você tem plena razão em questionar, haja vista a gama
de variáveis que envolve uma determinada proposição.
A prática vale mais que a gramática, é a teoria que tem de
explicar a prática e não o contrário. Infelizmente, tenho de
ser muito conservador ao especificar o prazo para a retirada do escoramento, pois as incertezas são enormes.Sugiro que siga fielmente o que prescrevem as normas.
Pode ser que alguma entidade tenha feito testes práticos
variando os prazos de retirada de escoramento e relacionando-os com parâmetros de deformação, abertura de fissuras, resistência, etc. Eu, particularmente, desconheço.
Atenciosamente,
Eng. Carlos Alberto Baccini, Curitiba, PR
Eng. Gustavo Rego, Recife, PE
A concreteira tem de receber especificações claras do
Projeto Estrutural, com o valor do módulo a ser respeitado em cada idade estabelecida pelo cálculo. Sem isto,
que é exigência das Normas da ABNT, não há como exigir nada da concreteira.
O ensaio de módulo, por idade, pode ser feito com 3
corpos de prova ensaiados em prensa de carregamento
contínuo. A partir disto, com 3 pontos você obtém a
curva de crescimento de Ec, a curva de crescimento de
fck e a correlação em qualquer idade, entre Ec e fck. É o
que costumo fazer.
8
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
14:59
Page 9
9
TQSNEWS
Caro Carlos Alberto,
Colegas,
A norma NBR 6118 é o resultado do trabalho e da colaboração gratuita, de muitos profissionais que atuam
na pesquisa, no meio acadêmico, e também por projetistas que, coordenados por um pequeno numero de
abnegados, nos deram uma norma com uma qualidade tal que não fica devendo em nada para outras normas internacionais.
Parece que está todo mundo mudando o sentido da
conversa.
Tudo o que consta nela é fruto de trabalho com base
científica, portanto, resultado de estudos e pequisas.
Juntamente com a parte científica, muitos profissionais
deste grupo, que acumulam grande experiência na execução de projetos, das mais variadas modalidades,
deram a sua contribuição.
Vale a pena lembrar que já está em curso a revisão para
2008, e futuramente, como todas as normas, será feita a
consulta nacional, para a aprovação. É neste momento
que, quem tiver comentários fundamentados científicamente sobre qualquer item, poder se manifestar.
Abraços,
Eng. José Luiz Varela, São Paulo, SP
Amigo Egydio,
Não escrevi que o módulo deve ser dado pela concreteira. O que acontece é que, no projeto especificamos o
módulo que resulta das fórmulas da norma e as concreteira reclamam que não conseguem o tal módulo, a não
ser com fck maior. Como elas vendem concreto com
preço pelo fck, os construtores reclamam.
Existem vários trabalhos sobre módulo de elasticidade,
enfim, muita pesquisa. O que acontece é que teríamos
de ter pesquisa para cada concreto, considerando cada
região e, dentro de cada região, cada tipo de materiais
usados. Isso em termos de Brasil é impossível.
Perguntei, na minha primeira mensagem, o que estão os
colegas projetistas fazendo com o módulo de elasticidade, como estão contornando o problema. Ninguém
respondeu. Está me parecendo que ninguém está fazendo nada mesmo. Também não consigo fazer muito,
apenas uso a norma.
Abraços fraternais,
Caro Varela,
A sua colocação é muito valiosa, e sei que a nova
norma foi feita por mãos competentes. No entanto,
desconheço aqui no país um laboratório onde se
possa constatar, em termos práticos, as formulações
existentes na norma.
Para mim, a teoria tem que ser comprovada na prática.
Não estou dizendo que a teoria não esteja fundamentada, no entanto, ficam as incertezas como as levantadas
pelo colega Antonio Palmeira.
Minha postura, como deixei claro no texto abaixo, é
sempre seguir as normas.
Atenciosamente,
Eng. Carlos Alberto Baccini, Curitiba, PR
Prezados Palmeira e colegas,
É sempre bom lembrar que as flechas são sempre “avaliadas” por conta exatamente da variação dos parâmetros que influenciam no seu resultado (módulo de elasticidade é um deles...).
No meu entendimento, é mais importante a noção de
grandeza do que o valor exato (nunca alcançado, conforme bem disse o Palmeira).
A respeito, recomendo a leitura do artigo escrito pelos
professores Vasconcelos e Giammusso: “O Misterioso
Módulo de Elasticidade”, publicado pelo IBRACON.
Acesse:
http://www.tqs.com.br/downloads/MisteriosoModulo.pdf
Abraços.
Eng. Luiz Carlos Gulias Cabral, Blumenau, SC
Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA
Caros colegas,
O grande problema do módulo e das outras especificações do concreto é que nós, projetistas, especificamos,
calculamos, ooops, projetamos, e só depois, no final, a
construtora vai ligar para uma concreteira e ver qual é o
concreto que ela vai fornecer.
Em nosso trabalho na Comunidade da Construção de
Campinas, fizemos um grupo para definir: qual é o concreto que o projetista de estruturas deve especificar, que
a concreteira pode produzir e que a construtora pode
comprar pelo melhor custo possível?
Desenvolvemos uma ficha de dados para projeto, cuja
primeira coluna deve ser preenchida pelo projetista e
pela construtora. Esta ficha é repassada às concreteiras,
ANTES DO INÍCIO DO PROJETO, e ela devolve com os
dados reais a serem utilizados no cálculo.
Assim, conseguiremos otimizar o projeto com dados que
vão poder ser obtidos nos concretos fornecidos daquela
região específica. Como exemplo, na região de Jundiaí, não
se usa mais Fck 25 MPa pois ele custa a mesma coisa do
30 Mpa, em virtude da necessidade de a/c, módulo, etc.
Abraços.
Eng. Arnoldo Wendler, Campinas, SP
Prezados colegas,
Com relação ao módulo de elasticidade o mais correto é
obtê-lo segundo a NBR 8522, porém o valor que a NBR
6118 sugere é se não existirem dados mais precisos
sobre o concreto. Como o colega Palmeira citou a quantidade de váriaveis envolvidas é grande.
Há algum tempo, peguei um artigo onde foi estudado o
módulo de elasticidade do concreto variando o tipo de
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
9
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 10
10
TQSNEWS
agregado graúdo (basalto, granito, etc), e existe uma diferença no módulo de elasticidade.
trutora precisa comprar o concreto correto, que atenda
a todos os parâmetros do Projeto.
Na minha humilde opinião, acho que o número que a fórmula da NBR 6118 sugere é um “número mágico”. Não
assustem, por favor, mas é possível produzir um concreto de 25 MPa com diversos valores de módulo de elasticidade, portanto não é recomendável utilizar um número somente. O ideal é ter uma faixa de módulo de elasticidade, por exemplo:
- Para concreto de 25 MPa a faixa de módulo pode ir de
tanto a tanto, aí sim, pego um bom número de váriaveis.
Mais interessante ainda seria dividir o módulo em faixas
de acordo com o tipo de agregado, por exemplo:
- Para concreto de 25 MPa com basalto a faixa de módulo vai de tanto a tanto.
- Para concreto de 25 MPa com granito a faixa de módulo vai de tanto a tanto.
É o que precisa ser feito.
Agora, como é que a VENTUSCORE faz. Recebemos o
Projeto, ajudamos a escolher a concreteira (ou fazemos
o concreto na obra), acertamos de comum acordo o
concreto (se preciso, contratamos laboratório e fazemos
os estudos de correlação entre fck,a/c e Ec) e assim obtemos as Curvas de Crescimento de fck, Ec, a curva fck
x a/c (ABRAMS) e Ec x a/c, e negocia-se o preço.
Tenho conseguido muitos clientes? Não, mas sempre
tem quem entenda que estes custos não são nada diante da qualidade e, demonstrando claramente a economia sistêmica (que envolve prazos exatos, minimização
de escoramentos, menores volumes de formas, aço,
mão de obra, etc.) estou conseguindo bons clientes.
Acredito que somente assim poderemos realmente “estimar” o nosso querido módulo de elasticidade.
Então,pelo menos nós, estamos fazendo sim o correto
emprego das informações e exigências do módulo nas
obras. Inclusive em idades menores que 28 dias.
Abraço a todos,
Atenciosamente,
Eng. Fábio A. Souza, Cosmópolis, SP
Eng. Egydio Hervé Neto, Porto Alegre, RS
Prezado Arnoldo,
Colegas,
De todas as sugestões que li, a sua é a que mais colaborou, pois definem-se, antes do projeto, todas as condicionantes a serem observadas pelo projetista, construtor e fornecedor.
A questão do Módulo de Elasticidade é muito séria e tem
ocorrido casos desastrosos!
Estava projetando alguns pavilhões destinados ao quartel em Ponta Grossa, e pesquisei sobre o fornecimento
de lajes treliçadas. Foi muito importante essa pesquisa,
pois poderia realizar um projeto inadequado.
Temos de ter em mente que as obras são executadas em
todo o país, e a sua sugestão contribui para os engenheiros que atuam fora do eixo Rio-SP.
Atenciosamente,
Eng. Carlos Alberto Baccini, Curitiba, PR
Amigo Palmeira, desculpe.
Eu entendi seu ponto de vista, mas não soube responder. Na verdade, as concreteiras têm que respeitar aquilo que o Projeto Estrutural fornecer.
Acontece que o Projeto Estrutural fornece o Ec de acordo com a fórmula da Norma e aí, como o concreto é negociado pelo fck, nem sempre o Ec é atingido pois, como
já se sabe, dificilmente a realidade corresponde à fórmula. Mas aqui é que devemos ter atenção: a Norma manda
atender ao Ec e a fck concomitantemente, ou seja, o
concreto tem que atender a uma envoltória de parâmetros, todos por cima, que são: a relação água/cimento, o
Ec e o fck! De onde se deduz que a concreteira deverá
verificar e fornecer o preço do concreto que atenda aos
3 parâmetros, em cada idade especificada!
Agora é que fica o compromisso que eu quero ver as
Construtoras atenderem (comprovando com controle
tecnológico, como manda a Norma): se para atender o
a/c, ou o Ec ou ambos, for preciso um fck maior do que
o especificado (como mínimo) pelo Calculista, a Cons10
O que vou escrever logo abaixo poderá ofender alguém
pelo aspecto generalista do texto, mas essa não é minha
intenção e, desde já, peço desculpas aos que se sentirem ofendidos. Sei que há colegas competentes em diversos segmentos: obras, projetos, concreteiras, controle tecnológico, para os quais esse texto não se aplica.
A imensa maioria dos projetistas de estruturas não estão
especificando o módulo de elasticidade em seus projetos
ou o fazem de forma muito tímida, isto é, falta uma exigência maior junto ao construtor da necessidade do ensaio.
O construtor e o seu engenheiro-de-obra não sabem o
que é módulo de elasticidade, para que serve e como
este afeta sua estrutura. Aliás, essa turma sabe muito
pouco sobre o básico do material concreto; para eles,
concreto compra-se pelo fck e todo cimento é igual,
aceitam CP-II, CP-III ... e CP-V (tem muita concreteira
usando o danado de forma indiscriminada). E o mais
grave, não querem aprender, não participam de cursos,
de seminários, aceitando tudo de forma muita passiva.
Boa parte das empresas de controle tecnológico são
meras rompedoras de corpo-de-prova. Têm capacidade
de oferecer razoável controle tecnológico, porém aceitam
a missão de somente romper corpo-de-prova. Pelo
menos deveriam saber qual cimento está sendo usado e
com qual traço a concreteira está fornecendo o concreto.
As empresas fornecedoras de concreto (concreteiras), em
sua grande maioria, poderiam oferecer melhor qualidade
ao concreto entregue nas obras. Você procura um engenheiro técnico dentro dessas empresas e não encontra.
Nos dias atuais, fornecer concreto tendo o fck como
único parâmetro é, no mínimo, irresponsabilidade! E a durabilidade, afetada fortemente pela relação a/c e pelo tipo
de cimento, onde fica? E o módulo de elasticidade, muito
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 11
11
TQSNEWS
dependente da quantidade e tipo de agregado graúdo,
como fica? Deve-se buscar um equilíbrio justo e honesto
entre lucratividade e qualidade do produto.
Penso que todos temos muito a contribuir. Somente exigências de normas não são suficientes, e cabe a TODOS
dar vida aos textos normativos.
Saudações a todos,
Eng. Sérgio Otoch, Fortaleza, CE
Caros Colegas,
Além do fato de as concreteiras terem dificuldade para
determinação do Módulo de Elasticidade, tem o fato
de que as Construtoras normalmente fazem apenas os
ensaios de “slump” e resistência a compressão (pelo
menos na minha região); desta forma, não tenho histórico para analisar se o Módulo está de acordo com
meu modelo.
Um abraço a todos.
Eng. Edson Ebert Junior, São José, SC
Prezado Arnoldo.
Esta inicitaiva é muito importante e salutar. Digamos que
seria o ideal mas nem sempre possível (na maioria das
vezes, em grande parte do Brasil).
Muitas vezes, ninguém sabe quem vai construir e muito
menos quem fornecerá o concreto. Sou favorável ao que
o Egydio prega: O profissional tecnologista em concreto
deve participar da fase de projeto.
Reconheço que é outra tarefa árdua (dá filme Missão Impossível IV...). Se os projetistas de estruturas e os executores cumprirem as normas NBR 6118:2003/2007 (vejam
site da ABNT a respeito de errata/complementação) e a
NBR 12655:2006, já está louco de bom, che! (em homenagem a Bento Gonçalves).
Abraços.
Eng. Luiz Carlos Gulias Cabral, Blumenau, SC
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Caro Palmeira e demais colegas,
As incertezas que você aponta na definição do valor de
Ec refletem-se, obviamente, na variabilidade das deformações reais das peças estruturais.
O fato de essas deformações não dependerem isoladamente de Ec, mas sim de seu produto com a inércia J da
peça, ou seja, da rigidez EcJ, torna o problema do projetista ainda mais complexo, pois essas incertezas tornam-se maiores. De fato, a ocorrência de fissuração nas
lajes e vigas ainda na fase de serviço ou mesmo na retirada de escoramentos pode reduzir os valores de J a pequenos percentuais do correspondente à seção bruta
(sem fissuração), e com isso diminuir, sensivelmente, os
valores da rigidez EcJ, aumentando, conseqüentemente, as deformações. As variações de J ao longo de uma
peça fissurada são bem maiores do que as variações de
Ec, em diferentes concretos.
Se refletirmos por um momento que a responsabilidade
do projetista é, em síntese, a de garantir o bom desempenho da estrutura em serviço e nas diversas fases da
construção, ou seja, a de garantir que a estrutura apresente deformações toleráveis, seja na retirada dos escoramentos ou sob as ações previstas de utilização, parece, à primeira vista, como desfocada a preocupação
centrada em Ec, como se as deformações dependessem apenas desse parâmetro. Na verdade, como dito
acima, as deformações - que são o objeto de interesse
do projetista - não dependem apenas de Ec, mas sim da
rigidez EcJ. Logo, aos projetistas deveria interessar o
estudo da variabilidade de EcJ e sua influência na deformabilidade da peça como um todo.
Esse enfoque centralizado em Ec, que confunde, equivocadamente, as responsabilidades dos Engenheiros de Estruturas com as dos Engenheiros de Materiais tem sua
razão histórica, que hoje não mais prevalece. Realmente,
as Normas de Cálculo baseavam-se na premissa de que,
se os materiais forem devidamente especificados, e essas
especificações integralmente atendidas na construção, o
comportamento da estrutura será adequado, independente de comprovação posterior. Essas Normas, ditas
11
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 12
12
TQSNEWS
prescritivas, referiam-se a peças armadas com aços CA25, cujas tensões em serviço não provocam fissuração,
mantendo-se o J constante e igual ao da seção bruta, e
fazendo assim a rigidez EcJ dependente apenas de Ec.
Como Normas baseadas em desempenho, as nossas
Normas de projeto deveriam limitar-se a fixar os valores limites de deformações (na retirada de escoramentos e em serviço) e a propor os respectivos procedimentos de avaliação dessas deformações, incluindo a
avaliação de EcJ. Esses limites e procedimentos levariam na devida conta as incertezas que cercam o fenômeno. As características do concreto, definidas por
sua resistência e deformabilidade, seriam objeto da
NBR 8953 (Classificação dos concretos para fins estruturais), que serviriam de referência ao projeto da estrutura, assim como hoje servem as Normas das barras de aço (NBR 7480).
Atualmente, a situação não é bem essa. Com o uso do
aço CA-50, as peças fissuram em serviço, e a rigidez
EcJ passa a depender das variações não só de Ec mas
também de J. As Normas de projeto passaram progressivamente a basear-se no comportamento da estrutura Normas de desempenho (performed based design, em
inglês) - onde, na realidade, residem as responsabilidades do projetista. Passaram a definir os valores limites
de deformações para cada caso e, necessariamente, a
propor procedimentos de como avaliar não apenas Ec
mas sim EcJ ao longo das peças.
Com isso, colocaremos, em futuro próximo (espero),
cada macaco em seu galho: os engenheiros de materiais
responsabilizando-se pelas propriedades do concreto e
do aço, especificadas na NBR 8953 e 7480, respectivamente, e, nós, engenheiros de estruturas, responsabilizando-nos pelo bom comportamento da estrutura em
relação às deformações, através de formulações adequadas de EcJ ao longo das peças.
Cordialmente,
Prof. Eng. Antonio C. R. Laranjeiras, Salvador, BA
NG Engenharia Estrutural, São Paulo, SP
Esper Hirata Projetos Estruturais, Goiânia, GO
As nossa Norma 6118 está ainda em uma fase híbrida de
evolução, em que, ao mesmo tempo em que pretende
ser uma Norma de desempenho, ao definir valores limites de deformações (cap.13) e procedimento empírico
para determinar os valores de EcJ necessários ao cálculo dessas deformações (cap.17), guarda os ranços tradicionais de uma Norma prescritiva, ao atribuir ao projetista as responsabilidades pelas especificações detalhadas
das diversas características do concreto, responsabilidades essas enfatizadas na NBR 12655.
12
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 13
13
TQSNEWS
Caro Prof. Laranjeiras,
Como sempre suas observações são oportunas e úteis.
De fato, as deformações, por não dependerem só do Ec
mas também do J, tornam o problema muito mais complicado. Se o Ec é “misterioso” o J, de uma peça fissurada, é muito mais.
No entanto, sobre o J, nós projetistas temos algum controle, (o TQS já dispõe do módulo de grelha não-linear),
claro que o tratamento da fissuração é empírico, nada
muito preciso, mas se J ficou pequeno: mais armadura,
menos fissuração, J maior. É lógico que isso tem um
custo, mas esse é outro problema.
Porém, quanto ao Ec, nós ficamos totalmente nas mãos da
obra e dos seus fornecedores e controladores. E, caso eles
não queiram fazer nada, nada poderemos fazer e fica difícil provar que uma deformação não prevista não foi “erro
de cálculo”, como esse mesmo pessoal adora chamar.
Abraços,
Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA
Caro Palmeira,
A variabilidade do produto EcJ (rigidez) não é divisível,
como v. supõe em sua mensagem, em que os fatores
podem ser tratados independentes um do outro e independentes do valor que seu produto fornece.
Na realidade, na avaliação dos resultados de deformações (em ensaios ou em estruturas reais) que conduz a
expressões analíticas empíricas, como a expressão de
Branson, adotada na NBR 6118, a rigidez EcJ aparece
como uma variável. Podemos, por apego à base teórica,
adotar um valor para Ec, conscientes porém de que o
produto EcJ tem de fornecer um resultado já predeterminado pelos resultados reais.
A demonstração dessa realidade está na própria NBR
6118:2003, que, quando resolveu adotar a expressão de
Branson (item 17.3.2.1.1), teve de substituir a expressão
que até então usava, em suas versões anteriores, para
avaliar Ec, pela mesma expressão usada por Branson (e
ACI) e aplicada na sua expressão empírica.
Módulo de elasticidade do concreto para os Engenheiros de estruturas é um fator indissociável do produto
EcJ, enquanto que Módulo de elasticidade do concreto
para os Engenheiros de materiais é coisa diversa: uma
característica física mensurável do material. Os Engenheiros de materiais discutirão Ec, mas nós teremos de
discutir rigidez, EcJ. SMJ
Cordialmente,
Prof. Eng. Antonio C. R. Laranjeiras, Salvador, BA
Caro Prof. Laranjeiras,
Parece que realmente eu dei a entender que pode-se
dissociar o Ec do J. Não foi bem isso o que quis dizer. A
própria fissuração depende do Ec e é isso que faz com
que o produto EcJ deva ser considerado como um único
parâmetro. Mas me parece, pela mesma razão que o senhor defende, que o vilão do EcJ é o Ec, que afeta até o
J, por afetar também a fissuração.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
É esse exatamente o dado de que menos temos controle.
O problema é que partimos de um valor de Ec sem a
menor precisão, sem nenhum apoio científico. A norma
diz que a formulação é para ser usada quando não se tem
“dados mais precisos”. Mas que dados, na prática, seriam
esses? O concreto ainda não existe e o construtor vai usar
o mais barato e, se mais tarde soubermos que o Ec não
chegou onde queríamos, é tarde: Inês é morta...
Não vejo solução fácil para o impasse.
Abraço,
Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA
Caro Palmeira:
V. esclarece, em sua mensagem, que “a fissuração depende do Ec e é isso que faz com que o produto EcJ
deva ser considerado como um único parâmetro”. Pode
ser proveitoso, para essa discussão sobre Ec, comentar
essa afirmativa.
A fissuração das peças de concreto depende mesmo de
Ec? Se consultarmos a Velha Senhora (VS=NBR 6118),
item 17.3.1, o qual indica uma expressão aproximada
para cálculo do momento de fissuração de uma viga,
identificaremos que o parâmetro Ec não aparece nessa
expresão, o que indica que o momento de fissuração
não depende de Ec.
Se formos mais adiante, item 17.3.3.2, onde a VS indica
expressões para cálculo de abertura de fissuras, identificaremos que, nessas expressões, também não aparece o parâmetro Ec. De fato, segundo a VS, a abertura de
fissuras depende da resistência à tração do concreto, do
diâmetro, das características de aderência, da tensão e
do módulo de elasticidade das barras, mas não depende da deformabilidade do concreto na compressão.
Como abertura e espaçamento de fissuras, que configuram a fissuração, são grandezas interdependentes, é lícito concluir que, segundo a VS, ao contrário do que v.
afirma, a fissuração não depende de Ec.
Se migrarmos para outras Normas, como o Código Europeu ou a Norma Modelo fib 1990, iremos constatar
que Ec não aparece nas expressões de momento de fissuração, nem de aberturas de fissura das mesmas. O
que nos permite dizer que a VS não está sozinha nessa
presunção de que o valor de Ec não tem influência na
fissuração das vigas.
Se a fissuração não depende de Ec, então não prevalecerá a sua afirmativa acima de que EcJ deve ser considerado como um único parâmetro porque fissuração depende de Ec.
E qual então a razão por que a rigidez, expressa teoricamente por EcJ é um parâmetro indivisível? No meu entendimento, porque, ao medirmos as flechas de uma
viga, podemos medir, indiretamente, sua rigidez, mas
não há como medí-la diretamente ou através de medições isoladas de Ec e de J ao longo da viga. Realmente, a flecha de uma viga depende do vão da mesma e de
suas condições de extremidade, do carregamento (distribuição e intensidade) e do que se convenciona chamar
rigidez (ou seu inverso, a fexibilidade), que, pela teoria
da elasticidade é expressa pelo produto EcJ. Em um en13
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 14
14
TQSNEWS
saio, por exemplo, todas as variáveis (vão, condições de
apoio e carregamento) podem ser fixadas, predefinidas,
exceto a rigidez real da peça fissurada. Mediremos as
flechas, e, através dela, conheceremos a rigidez, o EcJ.
Continuo pois a pensar, caro colega, que, no produto EcJ,
não existe um vilão que, uma vez algemado, impeça a incerteza e suspenda a indeterminação. O vilão que os engenheiros de estruturas têm de prender e decifrar, para o
cálculo adequado de deformações, é o próprio (EcJ), a indivisível rigidez. E, diga-se de passagem, nenhum procedimento teórico, por mais sofisticado e lógico que seja,
poderá prevalecer sobre o comportamento real, identificado em ensaios e na observação das estruturas.
bem resaltou o Prof. Laranjeiras), sempre foram um ponto
controverso e me lembro de uma apresentação do Prof.
Vasconcelos a que tive oportunidade de assistir que expressava isso de forma muito eloqüente com o título de
“Esse misterioso Módulo de Elasticidade do Concreto”.
Pois bem: o que torna a discussão mais aguda ultimamente, independente da versão da Norma em vigor, é o
fato de que as estruturas, por necessidade urbanística,
se tornam cada vez mais esbeltas e a deformabilidade
passa a jogar um papel preponderante na questão da
utilização, desempenho e manutenção das edificações.
Cordialmente,
Alguém ia perder muito tempo com o “mistério” referido
pelo prof. Vasconcelos no tempo do CA-24 (vide fissuração da peça) e vigas de uma robustez incontestável?
Prof. Eng. Antonio C. R. Laranjeiras, Salvador, BA
Continuo atento para aprender mais.
Abraço a todos,
Caro Prof. Laranjeiras,
Eng. Justino Vieira, Rio de Janeiro, RJ
Na realidade fiz tal afirmativa considerando que, na fórmula usada pela Velha Senhora, para a rigidez equivalente entra o Ecs na determinação do Jii. Na verdade,
não afetando só a fissuração mas todo o (EJ)eq.
Caros colegas,
Mas sou levado a concordar com o senhor que não existe um vilão e sim uma dupla de malfeitores. E aí a nossa
situação ainda é muito pior do que eu estava pintando:
Não nos bastaria uma bateria de testes a fim de deteminar os Ec de diversos concretos. Teríamos de fabricar
peças diversas com tais concretos, ensaiá-las e assim
determinar os EJ e ter algum parâmetro mais sério para
usar no cálculo das deformações.
Abraços,
Eng. Antonio Palmeira, São Luís, MA
Caro Palmeira,
Você escreveu:
“Teríamos de fabricar peças diversas com tais concretos,
ensaiá-las e assim determinar os EJ e ter algum parâmetro mais sério para usar no cálculo das deformações.”
Justamente, assim como já fez o Branson, para chegar
à expressão de rigidez do ACI, que a VS tomou emprestado, incluindo a expressão para o Eci!
Pois não é que já estamos quase a falar o mesmo idioma!! Maranhês parecido com baianês!! Rsrs!
Abraços,
Prof. Eng. Antonio C. R. Laranjeiras, Salvador, BA
Caros Colegas:
É muito estimulante a discussão em curso neste site já
há algum tempo a respeito do Módulo de Elasticidade
do Concreto e que se valoriza sobremaneira com a participação dos colegas Palmeira, Laranjeiras e Lídia.
Em uma das mensagens relativas a esse tema, eu já havia
mencionado a importante contribuição da Profa. Lídia ao
assunto pela pesquisa que agora coloco em anexo.
De fato, a questão do Módulo, (e sua indissociável - e
mais relevante - contrapartida que é a deformação, como
14
Parece-me que as várias discussões que temos visto
sobre o módulo de elasticidade do concreto não decorrem propriamente do cálculo de deslocamentos. A expressão da antiga NBR 6118 para avaliar o módulo do
concreto a partir da sua resistência à compressão também não era adequada para os concretos de várias regiões do Brasil e nunca notei particular preocupação
quanto a isso por parte dos projetistas que, de uma maneira ou de outra, têm sabido lidar com as incertezas
dos cálculos realizados.
A questão agora é a obrigatoriedade de especificar diferentes características do concreto nas plantas e a
necessidade de compatibilizar essas características
de maneira que projetistas e “concreteiros” falem a
mesma língua.
No anexo desta mensagem, constam gráficos que
podem ajudar a relacionar as características dos concretos produzidos no Rio de Janeiro. Eles fazem parte da
dissertação de Fabio Nunes (COPPE, 1995) e foram obtidos a partir dos ensaios de concretos usinados produzidos por diferentes concreteiras. A maioria desses concretos tinha consumo de cimento maior que 300 kg/m3.
Os valores de módulo para diferentes valores de fck de
concretos do Rio de Janeiro dados no Informativo Técnico
da CBC, que circulou em mensagem deste grupo, correspondem, aproximadamente, ao limite inferior da expressão
para avaliar Eci a partir de fck que consta no anexo.
Ainda sobre esse Informativo, gostaria de comentar que,
segundo minha experiência, o extensômetro mecânico do
tipo mostrado na figura 2 fornece resultados confiáveis
desde que adequadamente usado, o que não acontece
com os chamados compressômetros. Usando dois tipos
de compressômetros (um com dois relógios comparadores e outro com três relógios, de diferentes fabricantes),
meus alunos e eu constatamos que, com esses equipamentos, foram medidas deformações menores que as
reais, levando ao aumento do módulo de cerca de 20%.
Anexo: http://www.tqs.com.br/downloads/concretosRio.pdf
Professora Lidia Domingues Shehata, Rio de Janeiro, RJ
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 15
15
TQSNEWS
Prezada eng. Lidia,
Esteja absolutamente certa de que em muitíssimos escritórios que acompanham este ambiente de discussões, as preocupações transcendem, em muito, apenas
o valor do Ec por si só. Desde nossa origem, os projetos
saem acompanhados de especificação de concreto estrutural, que contempla resistência, faixas de consumo
de materiais, limites granulométricos e características físico-mecânicas adotadas no projeto.
A nós interessa muito mais a avaliação mais precisa possível das deformações e deslocamentos, seja para atender as necessidades das estruturas e clientela, seja para
cumprir adequadamente as prescrições das normas.
Porém, se a norma adota, ou recomenda, procedimentos uniformes e de alcance nacional para cálculo do Ec,
isto certamente se dá pela inexistência de dados e elementos particulares para cada região do país.
γz
Aos usuários do TQS,
Gostaria de saber como funciona o cálculo do coeficiente GamaZ e do multiplicador de esforços nos
casos em que se tem esforços horizontais importantes
além do vento, como excentricidades de carga vertical
e empuxos.
Eng. Jairo Fruchtengarten, São Paulo, SP
Prezado Jairo e Colegas
A questão que você formulou é muito oportuna.
Muitos escritórios passariam a adotar valores específicos
de suas regiões ou, ainda melhor, do concreto a ser adotado em uma obra específica, se disponíveis. Estou absolutamente certo que este é exatamente o espírito da norma
e esta atitude jamais seria condenada pelos eméritos colegas que conduziram e redigiram aquele texto legal.
Já tive a oportunidade de comentar nesta Comunidade,
por inúmeras vezes, que o GamaZ é um coeficiente genial para estimar os efeitos de segunda ordem em uma
estrutura de concreto armado. É importante lembrar que
o GamaZ é fruto da tecnologia nacional e foi criado pelos
nossos brilhantes engenheiros estruturais Augusto Carlos Vasconcelos e Mário Franco. Embora genial, com um
enorme poder de síntese para medir a sensibilidade da
edificação aos efeitos de segunda ordem, ele não é um
coeficiente tão fácil de ser compreendido.
A academia é, com certeza, uma das melhores fontes
destas informações, a serem adotadas na lida diária de
projeto e construção. Nela, também, deve ser formado o
hábito dos colegas que se voltam para a execução, gerenciamento e controle de obras, de atender essas especificações dos projetistas.
Há muito tempo, temos debatido o tema GamaZ, aqui
internamente na empresa, principalmente quando
ocorrem deslocamentos horizontais no edifício que
não são originários da carga horizontal devido ao
vento. Estes casos ainda não são contemplados pela
NBR 6118:2003.
Com os cumprimentos da equipe da RKS,
Para tentar responder à sua pergunta, vamos recordar
alguns aspectos importantes do GamaZ e os efeitos de
segunda ordem.
Eng. João Kerber, Florianópolis, SC
Saiba mais:
http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/21750
http://br.groups.yahoo.com/group/calculistas-ba/message/18354
http://br.groups.yahoo.com/group/calculistas-ba/message/18365
http://br.groups.yahoo.com/group/calculistas-ba/message/18374
http://br.groups.yahoo.com/group/calculistas-ba/message/18489
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
A) Originalmente, o GamaZ foi definido para medir o grau
de sensibilidade da edificação com relação aos efeitos
de segunda ordem. Simultâneamente a esta aferição, o
GamaZ também deveria ser utilizado para majorar os
efeitos de primeira ordem devido a cargas horizontais
para se chegar aos efeitos de segunda ordem finais.
Veremos adiante que esta afirmação acima é válida apenas para determinadas condições.
15
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 16
16
TQSNEWS
B) Tenho conhecimento de três métodos básicos para a determinação dos efeitos de segunda ordem (mais comuns):
B.1) Utilizando o método do GamaZ.
B.2) Empregando o método de resolução do pórtico espacial com dois modelos distintos (um vinculado ficticiamente na direção horizontal e o outro liberado, com a
aplicação das cargas horizontais devido à vinculação fictícia). Este método está explicado com maiores detalhes
na norma brasileira de estruturas metálicas. Neste caso,
temos que montar dois pórticos espaciais distintos e ir
armazenando os seus resultados. Após a resolução dos
dois pórticos para todos os carregamentos, uma correção similar ao Gamaz é aplicada aos esforços do pórtico sujeito apenas às cargas horizontais fictícias. É um
método muito interessante que leva a ótimos resultados.
Processo muito defensável, embora trabalhoso.
B.3) Utilizando o método do P-Delta. Este é o mais adequado para esse tipo de análise. Mas o P-Delta também
tem seus inconvenientes. Em estruturas de concreto armado, é necessário desprezar as deformações axiais devido às cargas verticais, etc. Na versão 13 dos sistemas
CAD/TQS, melhoramos o método P-Delta já existente
com um razoável grau de refinamento com relação a
estas estruturas. Acho muito oportuno, com as técnicas
atualmente disponíveis, considerar o P-Delta o método
mais refinado e confiável para se fazer uma comparação
com os resultados do GamaZ. Entretanto, o P-Delta tem
outro problema: como medir, em um coeficiente apenas,
se a edificação possui um grau elevado de efeitos de segunda ordem? Para resolver isto, criamos nos sistemas
CAD/TQS uma variável denominada RM2M1, que é equivalente ao GamaZ neste processo P-Delta. Vamos, pois,
comparar o resultado médio dos efeitos de segunda
ordem pelo processo P-Delta, através deste coeficiente
RM2M1, com o método do GamaZ.
Neste caso, para se chegar aos esforços finais de segunda ordem, devemos multiplicar este valor obtido, que
eu denomino de “teórico”, que é também um fator de
amplificação de esforços (FAE), por todos os esforços de
primeira ordem que provocam os deslocamentos horizontais na estrutura (vento, desaprumo, empuxo, deslocamento horizontal de carga vertical, etc.). Existe uma
certa dificuldade na determinação desses esforços de
primeira ordem que devem ser considerados.
O eng. Francisco Graziano, de maneira genial e muito
didática, elaborou um exemplo onde esta dedução do
GamaZ teórico pode ser claramente compreendida. O
eng. Graziano aplicou a teoria do GamaZ a uma estrutura com uma ou duas barras apenas, barras rígidas,
com um coeficiente de mola na base. Peço aqui a permissão ao eng. Graziano para reproduzir a figura educativa conforme abaixo:
GamaZ teórico - Força centrada
“u” é a variável que mede o deslocamento horizontal no
ponto de aplicação da carga vertical.
GamaZ teórico - Força excêntrica
C) As edificações ideais para a aplicação do GamaZ praticamente inexistem na prática. Já publiquei aqui, recentemente, um artigo do prof. Vasconcelos sobre casos
onde o GamaZ não deve ser aplicado. São quase todos
os nossos casos do dia-a-dia.
No mundo real de projetos, as edificações não são simétricas, vigas de transição existem, cargas excêntricas
estão sempre presentes, empuxos desequilibrados sempre aparecem, torções do edifício, em planta, também
são comuns, etc. Em suma, o edifício se desloca horizontalmente por inúmeros outros efeitos e não apenas
pelo efeito de vento.
Como então considerar o GamaZ no mundo real? Para
explicar como resolver estes casos, vou apresentar duas
alternativas para a consideração do GamaZ, uma que
denomino de “teórica” e outra que chamo de “Fator de
Amplificação de Esforços (FAE)”.
C.1) Primeira alternativa - GamaZ teórico.
O GamaZ teórico depende apenas da rigidez da estrutura e da carga vertical total para cada carregamento. Portanto, ela independe dos outros efeitos que também
deslocam horizontalmente a edificação devido a cargas
verticais e empuxos, por exemplo. O GamaZ teórico
também é um fator amplificador de esforços para a obtenção dos esforços finais de segunda ordem.
16
C.2) Segunda alternativa - FAE
O Fator Amplificador de Esforços (FAE), simulando o
GamaZ, é empregado para a obtenção dos esforços finais de segunda ordem ponderando “apenas as cargas
horizontais de vento” atuantes. Este é o método adotado pelos sistemas CAD/TQS.
Essa grandeza (FAE) depende, ao contrário do GamaZ,
além da rigidez da estrutura e da carga vertical total, dos
deslocamentos reais da estrutura devido a estes efeitos
de desaprumo, empuxos, excentricidades, etc.
Quando o edifício é perfeitamente simétrico, o GamaZ e
o FAE são idênticos. Caso contrário, estes valores não
são iguais.
A formulação para este caso é a seguinte (baseado na figura do item acima do eng. Francisco Graziano):
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 17
17
TQSNEWS
FAE (GamaZ) - Carga excêntrica
co foi de 41.16 tf*m. Importante lembrar que os três valores ficaram com valores muito próximos.
D.4) Embora o valor do RM2M1 tenha sido inferior ao encontrado para o FAE, o momento fletor na base do pilar
foi maior no P-Delta do que no FAE. Podemos considerar que os valores encontrados no P-Delta são os mais
precisos. Devemos lembrar também que o coeficiente
RM2M1 é um valor médio para toda a estrutura.
Note que o valor do M1 acima não leva em conta o fator P*e.
D.5) O deslocamento no topo do pilar foi de: RM2M1:
4.342 cm; FAE: 4.212 cm; GamaZ teórico: 4.116 cm.
C.3) Exemplo
E) Justificativa para o emprego do FAE - Fator de Amplificação de Esforços e não o GamaZ teórico.
Para melhor entender a diferença entre os dois casos
acima citados, vamos calcular algumas grandezas numéricas com este exemplo extremamente simples:
Para os casos de cargas excêntricas, desaprumo, vigas
de transição etc, julgamos que o emprego do FAE é o
mais aconselhável por três motivos:
GamaZ teórico - Carga excêntrica
E.1) Geralmente, como no exemplo acima, o FAE, ao
contrário do GamaZ teórico, mais se aproxima do
RM2M1 obtido pelo P-Delta. Portanto, o FAE é mais confiável para a obtenção dos esforços finais na estrutura.
“u” é a variável que mede o deslocamento horizontal no
ponto de aplicação da carga vertical.
E.2) Em muitas estruturas reais, o GamaZ teórico fornece
valores abaixo de 1.10. Portanto, nestas estruturas, classificadas como de nós fixos segundo a Norma, podemos
desprezar os esforços de segunda ordem. Entretanto o
FAE (ou RM2M1) chega a valores da ordem de 1.30 (majorando os esforços devido apenas a ação do vento).
Será que esta majoração de 30% dos esforços devido a
carga horizontal (vento) pode também ser desprezada?
FAE -Carga excêntrica
E.3) Limitamos a aplicabilidade do FAE (indiretamente o
GamaZ) às estruturas, ao valor de 1.3. Não fazemos esta
limitação pelo GamaZ teórico, pois julgamos que em alguns casos ela está contra a segurança. Para valores de
FAE acima de 1.3, é melhor utilizar o P-Delta.
F) Comentários finais.
Nos sistemas CAD/TQS, totalmente parametrizável,
temos um critério para a não consideração dos deslocamentos devido a carga vertical no cálculo do FAE.
Note que o M1 somente considera o momento devido ao
vento (carga de 2 tf).
Com o processamento realizado pelo método do PDelta, encontramos um valor para o coeficiente RM2M1
como sendo de 1.324. Este valor é similar ao FAE (1.356)
e não ao GamaZ teórico. O momento final na base da
barra, considerando a primeira ordem e a segunda
ordem pelo P-Delta, foi de 43.256 tf*m. (Prof. Vasconcelos desculpe-me pelas casas decimais).
D) Comparação dos resultados.
Observando o exemplo acima, podemos chegar a algumas conclusões:
D.1) Os valores dos momentos fletores na base da barra
para o FAE e o GamaZ teórico não são idênticos mas
são próximos. A diferença entre estes momentos calculados pelo FAE e pelo GamaZ teórico foi de 2,2%.
D.2) O valor do FAE (1.356) foi o que mais se aproximou
do RM2M1 (1.324).
D.3) O momento final na base do pilar pelo FAE (42.10 tf*m)
mais se aproximou do momento final na base do P-Delta
(43.256 tf*m). O valor deste momento para o GamaZ teóriTQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
O GamaZ que denomino aqui de teórico pode ser encontrado na listagem dos sistemas CAD/TQS (Visualização dos parâmetros de estabilidade global) para os carregamentos de vento isolados.
Como o método empregado pelos sistemas CAD/TQS é
o majorador das cargas horizontais devido ao vento,
este deve sempre estar presente no modelo (mesmo que
seja uma leve brisa).
Faço aqui uma boa sugestão para os revisores da NBR
6118:2003: incluir o equacionamento do GamaZ para
estas estruturas reais que se deslocam horizontalmente
por diversos efeitos além do vento.
Espero não ter criado mais dúvidas para os colegas - a
mensagem ficou mais longa do que imaginava.
Saudações
Nelson Covas, TQS, São Paulo, SP
Saiba mais:
http://br.groups.yahoo.com/group/comunidadeTQS/message/23819
http://www.tqs.com.br/downloads/VasconcelosGamaZ.pdf
17
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
15:00
Page 18
18
DESENVOLVIMENTO
TQSNEWS
Desenvolvimento
Já estamos no meio do ano, dando os últimos retoques
e validando fortemente a versão 14.
Importantes melhorias estão sendo introduzidas nos sistemas CAD/TQS conforme destacamos abaixo:
-
Interface com o Revit Structure
CEP - Controle de Emissão de Plantas
Tempo de processamento
Pórtico não-linear físico e geométrico
Modelo estrutural
Análise de conforto
Armação de vigas
Armação de lajes
Armação de blocos e sapatas
Dimensionamento de pilares
Alvenaria estrutural
Interação solo-estrutura
Nova documentação
Melhorias Gerais
pontos inicial e final definidos pelos tramos com continuidade. Se houver mudança de seção, serão definidas vigas
separadas a serem unidas dentro do TQS. Pilares e vigas
podem ter seção qualquer quando definidos a partir do
Revit®, mas famílias tipo “in-place” não devem ser utilizadas. Vigas e lajes inclinadas devem começar e terminar em
níveis pré-definidos. Lajes inclinadas devem ter gradiente
linear. Todas as lajes inclinadas devem ter seus apoios reidentificados no TQS. Fundações podem ter seu contorno
em planta definido, com as demais informações (incluindo
estaqueamento) definidas no TQS. Apenas informações
geométricas devem ser definidas, uma vez que critérios,
carregamentos, combinações, condições de contorno e
outras definições estruturais são feitas no TQS.
Interface com o Revit® Structure
O conceito e o uso do BIM (Building Information Modeling) vem evoluindo com o uso do Autodesk Revit® nos
escritórios de engenharia e arquitetura. Continuamos a
aperfeiçoar a interface entre o CAD/TQS e o Revit®.
Esta é a versão “beta” de um produto que envolve uma
tecnologia 3D, inédita. O produto está em constante evolução e desenvolvimento, ainda numa fase experimental.
Sua utilização deve ser feita de forma gradual e controlada, respeitando-se as limitaçoes inerentes do software.
Um dos maiores benefícios será a possibilidade de coordenação de projeto com todos os modelos integrados.
Nos últimos meses implementamos a transferência de
dados de furos em vigas e lajes, seções metálicas e seções
quaisquer definidas por famílias no Revit®. Também concluímos a transferência de vigas e lajes inclinadas, assim
como pisos auxiliares. Por se tratar de um produto novo e
com filosofia de trabalho e estruturas de dados diferentes
do TQS, existem limitações que deverão ser corrigidas com
o tempo. Temos duas possibilidades de lançamento inicial:
a partir do TQS ou a partir do Revit®.
Lançamento a partir do TQS
No TQS, o lançamento é feito geralmente a partir de arquivos DXFs representando as diversas plantas do edifício. As
vigas do modelo devem ter seção retangular, e os pilares seções com limitação no número de pontos. As seções
podem ser corrigidas no Revit® e depois atualizadas no
TQS. Podem ser definidas vigas e lajes inclinadas. Escadas
e lajes nervuradas não são diretamente transferidas para o
Revit®, mas são mantidas na sincronização do modelo TQS.
Lançamento a partir do Revit®
Nas estruturas lançadas no Revit®, o conceito de viga contínua usado no TQS deve ser respeitado considerando os
18
Transporte e sincronização de modelos
A interface foi planejada para alterações no modelo estrutural feitas exclusivamente através de um dos sistemas (TQS ou Revit®) por vez. Após as alterações, o modelo deve ser levado ao outro sistema para sincronização. As sincronizações são sempre de geometria, com
preservação de atributos do lado do Revit®, e da informação de cálculo estrutural no lado TQS.
CEP - Controle de Emissão de Plantas
Reformulamos o sistema de edição de plantas e plotagem. O novo sistema permite:
- Padronizar os nomes das plantas com qualquer formato, incluindo o padrão da ASBEA (Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura).
- Controlar e incrementar automaticamente as revisões
de plantas, conforme são emitidas para os clientes.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 19
19
TQSNEWS
- Numerar as plantas do edifício globalmente ou por prefixo.
- Armazenar os comentários por revisão de planta e de
desenho, que podem ser inseridos automaticamente
na própria planta.
- Visualizar todos os desenhos do edifício e saber quem
já foi inserido em planta e quem não foi.
- Controlar visualmente os desenhos e plantas selecionados.
- Salvar e restaurar plantas e desenhos, através do
banco de dados de emissão de plantas. Na restauração, pode-se escolher qualquer planta ou desenho de
qualquer revisão.
Os retângulos envolventes de cada desenho incluem visualização prévia, facilitando a montagem do layout.
A janela de seleção de desenhos foi reformulada, incluindo agora a visualização de desenhos em janela gráfica:
Procuramos agora atribuir um nome às plantas, de maneira que possam ser facilmente identificadas. As plantas seguem uma nomenclatura controlada por arquivo
que pode ser editado:
Uma vez definida uma nomenclatura, todas as plantas são
geradas com a mesma regra. Pode-se também armazenar
nomenclaturas diferentes para diferentes clientes, e armazená-las em uma biblioteca, para uso em qualquer projeto.
Por exemplo, poderíamos gerar nomes de plantas como:
Os desenhos já incluídos em plantas aparecem com
ícone vermelho. O editor também emite uma advertência
para que o mesmo desenho não apareça em duas plantas diferentes. Na seleção de plantas (em vez de desenhos) para edição ou plotagem, podemos observar cada
desenho já incluído na planta selecionada:
MOD-4PA-VIG-010.CPL
MOD Prefixo do edifício MODPLA
4PA Prefixo do pavimento 4PAV
VIG Planta de armação de vigas
010 Número da planta, global ou do prefixo
Comentários de revisão por desenho são definidos na saída
dos editores gráficos, aparecendo na seleção de desenhos
e indo para o banco de dados de emissão de plantas:
Não existe mais a redundância dos arquivos DWG de layout de plantas e dos CPL, que representam a planta
para plotagem e extração de tabelas. Agora trabalhamos
apenas com CPLs, e eles aparecem para o sistema
como desenhos comuns:
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Temos também um modo diferente de visualizar os desenhos, em uma única lista com todos os desenhos do
edifício, suas pastas e plantas relacionadas. Esta lista
também pode ser chamada do gerenciador, e usada
para editar diretamente os desenhos com duplo-clique.
A planta onde um desenho foi inserido pode ser editada
selecionando-se o desenho e acionando um novo comando do gerenciador, na barra de ferramentas ou menu
de contexto:
19
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:52
Page 20
20
TQSNEWS
Temos novas telas para o preenchimento de informações das plantas, incluindo os comentários das revisões,
e também a visualização completa de todos os campos
pré-definidos do carimbo:
Agora, um novo desenho gerado durante o resumo estrutural, contém todas as plantas emitidas para o cliente
e as respectivas listas de consumo de materiais:
Santana Engenharia de Projetos, Umuarama, PR
Os comentários das revisões podem entrar automaticamente no carimbo, ou um novo desenho gerado automaticamente com esses comentários pode ser inserido
na planta, após a extração da tabela de ferros.
20
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 21
21
TQSNEWS
Para enviar as plantas ao seu cliente, o engenheiro cadastraas no banco de dados de emissão de plantas. Este fará um
backup de todas as plantas e desenhos, e automaticamente
incrementará o número da revisão das plantas emitidas.
Qualquer nova planta enviada terá seu número de revisão incrementado. Simplificando o controle de arquivos, apenas
os arquivos plotados, que são efetivamente enviados aos
clientes, recebem o número de revisão. O próprio banco de
dados se encarrega de emitir um protocolo de entrega. A
qualquer momento, poderemos determinar as plantas enviadas, quando e por quem e também restaurar qualquer
planta enviada da revisão escolhida e seus desenhos.
- Criado atributo “Diafragma rígido” para lajes, em uma
nova página de propriedades “Modelo”, nos dados de
lajes. Este atributo afeta a inércia lateral das vigas que
recebem laje no pórtico espacial e a ligação de pilares
que suportam laje plana no pórtico.
- O P-Delta de 2 passos passa a ser o padrão em processamentos de pórtico espacial com P-Delta.
- O relatório de estabilidade global agora separa claramente o fator que mede estabilidade γz, do fator que
amplifica os esforços de 1ª ordem para considerar
simplificadamente os de 2ª ordem. Estes fatores se
tornam diferentes na medida em que os deslocamentos horizontais devido às cargas verticais se tornam
importantes.
- Novo fator que pode diminuir a amplificação de esforços por deslocamento horizontal devido à carga vertical. O objetivo é considerar efeitos construtivos.
- Transferência de dados de seções metálicas para o
Mix ®, para dimensionamento através do Stabile/mCalc®.
Melhorias gerais
Modelo estrutural
- Diagramas coloridos de esforços (ligados por parâmetro) agora são preenchidos com gradiente de cores.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Diversas melhorias em detalhes do sistema, alguns já
mostrados na edição anterior:
- Janela de erros e avisos assíncrona, que permite ver
erros seqüencialmente ou diretamente, pulando avisos
que não interessam ou já foram vistos.
21
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 22
22
TQSNEWS
- Visualização de ferros coloridos em 3D
Tempo de processamento
- Grande otimização no acesso aos hardlocks, principalmente nos Proteq USB (hardlock cinza). Usuários com
esse tipo de dispositivo poderão processar edifícios de
pequeno porte até cinco vezes mais rápido.
Pórtico não-linear físico e geométrico
- Aceleradores de teclado. Combinações das teclas
<Shift>, <Ctrl> e <Alt> com as demais teclas para a
chamada rápida de comandos. A definição de aceleradores é permanente para um usuário, e pode valer
para todos os editores gráficos ou somente o de uma
determinada aplicação (Modelador, AGC, etc). É possível a definição de um comando acionado por apenas uma tecla.
- A janela de alteração de níveis de desenho “Editar, Níveis, Alterar” agora tem um botão “Editar tabela de plotagem”, que chama a edição da tabela de plotagem associada ao desenho atual.
- Novo critério de configuração de plotter HPGL2: “Inverter tamanho”. Este critério atende à plotagem de folhas tamanho A1 ou menor especificamente para a
nova linha de plotters HP T1100.
- Atualização da leitura de texto de arquivos DXF, para o
Autocad 2009. Conversão de caracteres acentuados e
eliminação das sequências de descrição de fontes
tipo {\nnnn;}.
- Novos comandos nos menus de contexto acionados
com o botão direito sobre os ramos da árvore do edifício.
A TQS sempre primou em disponibilizar ao Engenheiro
de Estruturas ferramentas de análise precisas e confiáveis, uma vez que essa etapa de projeto tem influência
direta e significativa na segurança da estrutura, no conforto dos moradores e no consumo de materiais utilizados na sua construção.
Atualmente o sistema CAD/TQS possui vários modelos
estruturais destinados à verificação dos Estados Limites
Últimos (ELU) e de Serviço (ELS). Na versão 14, será lançado um novo modelo ELU, chamado “Pórtico Não-linear Físico e Geométrico (NLFG)”, adequado para casos
em que é necessário otimizar o projeto ou verificar uma
estrutura globalmente com muita precisão.
Trata-se de um modelo inédito, inovador e que “quebra”
inúmeros paradigmas atuais da análise de estruturas de
concreto armado.
No Pórtico NLFG, todos os vãos de viga e lances de pilar
são subdivididos em inúmeras barras, permitindo uma
avaliação mais refinada dos efeitos das não-linearidades
física e geométrica.
A rigidez à flexão das seções é calculada a partir das relações momento-curvatura obtidas de acordo com a
geometria, armadura detalhada e esforços atuantes nos
elementos. Dessa forma, as aproximações 0,4.EIc para
vigas e 0,8.EIc para pilares deixam de existir.
- Novo fonte TQS Arial Monoespaçado, que pode ser
usado em plotagens com o driver universal TQSHPGL2
22
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 23
23
TQSNEWS
A posição final de equilíbrio da estrutura é obtida iterativamente, levando-se em conta os efeitos globais e locais de 2ª ordem de forma conjunta. Na análise local, um
lance não é mais considerado bi-rotulado.
No caso da análise de vibrações, desde a versão 11, o
sistema permite obter uma boa estimativa da resposta
real da estrutura por meio da limitação de sua freqüência própria, fundamental diante de níveis considerados
aceitáveis de acordo com a percepção humana.
Na versão 14, com a colaboração dos engs. Sérgio Pinheiro e Sérgio Stolovas, essa análise dinâmica foi amplamente melhorada. Será possível avaliar a resposta da
estrutura perante a atuação de perturbações externas de
forma mais detalhada, por meio do cálculo dos deslocamentos, velocidades e acelerações ao longo do tempo
(time-history).
As imperfeições geométricas globais e locais são consideradas por meio da alteração direta na geometria do
modelo. Podem ser também considerados os efeitos gerados pela fluência.
O objetivo fundamental desse novo recurso é possibilitar
o estudo mais aprofundado do conforto dos usuários em
uma edificação diante de ações dinâmicas, como, por
exemplo: atividades de seres humanos, o funcionamento de equipamentos mecânicos e a atuação de rajadas
de vento.
Todos os dados e resultados do Pórtico NLFG podem
ser avaliados com detalhes por meio de um visualizador
gráfico específico, facilitando, assim, no diagnóstico do
comportamento da estrutura. Por exemplo, pode-se detectar com cores quais pontos da estrutura que romperam durante a análise e montar as curvas de interação
para verificar as suas respectivas condições no ELU.
CAD/Lajes
Análise de conforto
Um bom projeto estrutural deve sempre atender três requisitos básicos: segurança (ELU), desempenho em serviço (ELS) e durabilidade.
Nesse contexto, a verificação em serviço tem se mostrado como o grande desafio para o Engenheiro de Estruturas, pois muitas vezes torna-se o fator decisivo na
concepção de uma estrutura.
Sabe-se muito bem que, quando o funcionamento em serviço é mal avaliado, o edifício torna-se vulnerável ao aparecimento de patologias, como uma flecha excessiva, uma
fissura visível ou um incômodo ocasionado por vibrações.
O sistema CAD/TQS possui modelos específicos para
verificação do desempenho em serviço de uma estrutura de concreto armado. Um bom exemplo é o modelo de
grelha não-linear física para a avaliação dos deslocamentos e aberturas de fissuras em pavimentos compostos por vigas e lajes.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
O Editor de Esforços e Armaduras em Lajes foi modernizado, facilitando seu uso e agora preservando a edição
de faixas como uma definição geométrica independente
do modelo de grelha. As principais mudanças foram:
- Introdução das Faixas protegidas contra gravação. Faixas protegidas têm sua geometria mantida mesmo no
caso de regeração do modelo de grelha e processamento global. O sistema mantém a edição feita pelo
engenheiro e apenas atualiza os esforços e armaduras
de cada faixa, conforme o tipo de edição, em um reprocessamento. As faixas que não foram editadas têm
o seu momento máximo recalculado.
- As faixas agrupadas por critério de média ponderada
são recalculadas pelo mesmo critério.
- As faixas com momento imposto recebem o maior
entre a média ponderada e o momento definido anteriormente.
- Naturalmente o uso de faixas protegidas é limitado aos
casos de reprocessamento com poucas mudanças no
modelo estrutural e esforços resultantes na laje.
- Faixas de flexão positiva, negativa e cortante, assim
como as respectivas armações, são consideradas ob23
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
15:00
Page 24
24
TQSNEWS
jetos independentes, carregados no início da sessão
gráfica e gravados no final. O editor detecta o que foi
alterado e permite salvar ou descartar completamente
todas as operações de edição de faixas e armaduras.
- As operações com faixas e armaduras têm tratamento
completo dos comandos “Desfazer” e “Refazer”,
desde o início até o final da edição. Uma sessão de
edição de lajes pode ser completamente desfeita. O
conjunto de operações que podem ser desfeitas ou refeitas é ainda independente por direção visualizada.
- As escalas de desenho alteradas interativamente permanecem na próxima sessão. Os desenhos gerados
em lotes usam a escala definida no Modelador.
- Geração de desenhos de armaduras de lajes independentes por direção, definível por critério de desenho. Desenhos gerados desta maneira ganham sufixo “H” e “V”,
respectivamente, para as direções horizontal e vertical.
- O duplo-clique sobre um ferro aciona a edição dos
dados do ferro.
- Critério de limite de ancoragem de ferro dentro de viga
chata foi estendido aos ferros que ancoram dentro de
pilar longo.
- Na cotagem da ponta do ferro, o ponto de seleção
passa a ser uma indicação da ponta que se deseja cotar.
- Faixas igualadas ou com momento definido pelo usuário recebem o atributo “Momento imposto” e são representadas em amarelo.
- O momento deixa de ser imposto se a faixa for explodida ou se for aplicado o momento médio ponderado.
- Melhor representação de erro de dimensionamento nas
faixas.
CAD/Vigas
Diagramas de solicitações em vigas
O visualizador de diagramas de solicitações em vigas foi
amplamente remodelado e melhorado.
- A renumeração de posições é feita em toda a regeração de armaduras. Isto faz com que as posições sejam
melhor distribuídas e agrupadas.
- Gerados títulos automáticos de desenho para os desenhos de armação de lajes, que são definidos no arquivo de critérios de desenho.
- Novo comando para explodir ferros contidos em uma
faixa. Uma vez quebrados, transformam-se em cada
um dos ferros individuais componentes do grupo.
- Criado comando para agrupar ferros, que funciona na
direção contrária do comando “Explodir”.
Além do esquema estrutural da viga, que inclui a representação dos apoios, trechos rígidos e vãos teóricos, os
diagramas de solicitações (N, V, M, Mt) são apresentados em cores, facilitando a interpretação dos resultados.
Diversos parâmetros que controlam a visualização dos
diagramas foram adicionados, tais como: tamanho dos
textos, impressão de valores intermediários, enquadramento automático do desenho na janela, etc.
SÓ USO O COMPUTADOR!
Essa nova representação dos diagramas de solicitações
também foi disponibilizada no editor rápido de armaduras, podendo auxiliar na concatenação dos esforços
atuantes na viga com o dimensionamento e detalhamento de suas armaduras.
Eng. José Sérgio dos Santos, Fortaleza, CE
24
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 25
25
TQSNEWS
Comando de verificação de vigas
Cortes de seção em vigas
O comando de verificação à flexão composta normal
existente dentro do editor rápido de armaduras do
CAD/Vigas foi ampliado e melhorado.
O desenho dos cortes de seções transversais em vigas
foi melhorado. O resumo e o posicionamento das armaduras são representados com mais precisão. Ao longo da
viga, todos os cortes são ordenados automaticamente.
Ao invés de resultados em tabelas, todas as informações
por vão da viga são apresentadas graficamente, conforme mostra a figura a seguir.
Dentro do editor rápido de armaduras, foram criados comandos específicos para adicionar, remover ou editar
cortes em uma viga.
Além da verificação das solicitações normais, passam a
ser também considerados os efeitos de cisalhamento e
torção de forma combinada.
Viga com balanço único à direita
Vigas com balanço único à direita passaram a ser desenhadas na posição correta.
Variação de seção em viga
O detalhamento das armações longitudinais em variação de
seção nas vigas passou a ser automaticamente acertado.
Armadura no cruzamento de vigas
A armadura de suspensão (“tirante”) no cruzamento de
vigas passou a ser detalhada com “patas” horizontais,
conforme mostra o desenho a seguir. O número mínimo
de ferros adotado é sempre dois.
No editor rápido de armaduras, foi adicionado um comando que permite mover a posição do “dente de concreto”.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
25
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 26
26
TQSNEWS
Estribos de 6 ramos - Detalhamento automático
O detalhamento automático de estribos com até 6 ramos
é agora possível no sistema de vigas. Critérios de projeto foram introduzidos na seleção automática de 2, 4 ou
6 ramos. Exemplo:
geral de vigas a impressão de cargas para o modelo estrutural IV. Foi também indicada a capacidade de adaptação plástica à torção no vão.
Aumento do campo para título dos apoios
Espaçamento máximo de estribos
Quando a viga possui solicitações de torção, o espaçamento máximo de estribos da viga pode considerar os
efeitos combinados de força cortante e torção
(VSd/VRd2 + TSd/TRd2). Critério específico para tal finalidade está disponível.
Os apoios agora são identificados por títulos maiores
que 4 caracteres. Este tratamento é válido tanto para os
títulos dos pilares como para os títulos das vigas.
Seleção de bitolas de flexão
Se os possíveis alojamentos fornecidos no arquivo de
critérios não forem suficientes para o detalhamento do
As calculado, a maior bitola presente nos alojamentos é
a adotada. Anteriormente era adotada a 9ª bitola da tabela de flexão.
Cobrimento superior diferenciado
É possível o fornecimento de um valor para o cobrimento superior da viga, diferente do cobrimento normal das armaduras. O sistema de vigas irá calcular as
armaduras longitudinais e transversais considerando
este novo cobrimento. Estribos são desenhados menores que os convencionais.
Vigas inclinadas
O sistema agora detalha e desenha automaticamente as
vigas inclinadas, com um ou mais vãos.
Melhorias em relatórios
Todos os relatórios do sistema de vigas foram modificados para tratar a numeração de vãos e balanços sempre
começando pelo número um. Foi retirada do relatório
26
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 27
27
TQSNEWS
Equivalência de desenhos de vigas
Representação das vigas de apoio
Através deste novo comando, o usuário pode facilmente controlar o processo de “igualar” os desenhos de
vigas. Este processo verifica, antes da equivalência, a
geometria (vãos, apoios) e também as taxas de armadura (para que a equivalência seja sempre pelo elemento
com mais armaduras).
As vigas de apoio são representadas com as dimensões
e desníveis corretos.
Cotas de tramos em desnível
Através de critério de desenho, o sistema pode representar as cotas dos vãos que estão em desnível com o
pavimento, pelo desnível (delta) simples [m], ou pela cota
relativa ao pé-direito [cm].
Pilares com alterações de seção
Nos desenhos, agora, ficam corretamente representadas as
larguras inferiores e superiores dos pilares de apoio da viga.
Identificação de vigas e pilares
Agora o sistema pode identificar, na representação da
viga (gabarito), os elementos (viga ou pilar) que nela se
apóiam, de acordo o com critério de desenho.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
27
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 28
28
TQSNEWS
Faixa de estribos em balanços muito curtos
Através de critério de projeto, o usuário pode definir o
comprimento mínimo para uma faixa de estribos. No
caso de balanços muito curtos, as faixas deixam automaticamente de serem criadas.
CAD/Pilar
Flexão composta oblíqua
Conforme especificado no item 15.8.3.3.5 da NBR
6118:2003, o cálculo de pilares submetidos à flexão composta oblíqua é realizado mediante uma “análise aproximada” em que os efeitos locais, nas duas direções, são
obtidos de forma desacoplada, e que posteriormente são
compostos para o dimensionamento final da armadura.
Nesse caso, as rigidezes EI devem ser obtidas por meio
da linearização do diagrama N, M, 1/r, apresentado no
item 15.3.1 da mesma norma. Valores de rigidez extraídos da curva não podem ser considerados.
Undo e Redo no Editor Rápido de Armaduras
Durante a edição de dados das armações de uma viga,
o usuário pode desfazer e/ou refazer qualquer alteração,
sem limitações.
Na versão 14, será disponibilizada uma “análise refinada”
à flexão composta oblíqua, em que as rigidezes são obtidas pela superfície N, M, 1/r, na qual os esforços nas
duas direções são considerados de forma concomitante.
Eng. Edie Ramos Fernandes, Curitiba, PR
Esse novo recurso possibilitará otimizar a verificação e o
dimensionamento de trechos de pilares pelo método geral.
28
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 29
29
TQSNEWS
Método geral com vinculações intermediárias
O método geral e o método do pilar-padrão acoplado a
diagramas N, M, 1/r, utilizados no dimensionamento de
pilares esbeltos, foram adaptados para tratar casos em
que há travamento intermediário (viga) numa só direção
em um trecho de pilar.
- Equivalência (simples) de desenhos de Sapatas:
Novo comando (como para Blocos sobre estacas) para
o processo de igualar os desenhos representativos dos
elementos.
CAD/Fundações - Blocos
- Editor rápido de Armaduras de Blocos: Novo comando para edição de armaduras e outras características específicas dos elementos de fundação.
CAD/Alvest
- Equivalência (simples) de Desenhos de Elevações:
Novo comando para facilitar o processo de igualar os
desenhos representativos das paredes do projeto.
- Equivalência (simples) de desenhos de Blocos:
Novo comando para o processo de igualar os desenhos representativos dos elementos.
CAD/Fundações - Sapatas
- Edição gráfica de Alvenaria em planta: Agora é
possível editar e/ou verificar rapidamente as plantas
do projeto sem a necessidade de sair do editor gráfico. Basta acessar, na barra de ferramentas principal, a lista de plantas do modelo e escolher a planta
a editar.
- Editor rápido de Armaduras de Sapatas: Novo comando para edição de armaduras e outras características das sapatas.
- Botão (comando) para “Regerar Planta/desenho”:
Para facilitar a atualização do desenho visualizado, foi
inserido o botão “Regerar Planta/desenho” como o primeiro da barra de ferramentas principal.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
29
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 30
30
TQSNEWS
- Comando para atualização das representações de
desenhos: Ao se alterar alguma(s) entidade(s) para a
planta (desenhos e/ou legendas para bloco/tijolo,
graute, portas, janelas, identificadores, etc), através
deste comando (“Geral —> Atualizar entidades (desenhos)”), todo o desenho fica com as novas representações e/ou legendas.
- Ajuda rápida: Para os comandos principais do processo de modelagem de um projeto em Alvenaria (definição das “cercas das paredes”, inserção de linhas de
cargas e a definição das “subestruturas”) foram incorporados botões de ajuda com dicas e também com
apontamentos de erros comuns.
Os novos manuais impressos apresentam ao leitor um
caminho que explora a seqüência natural de um projeto
estrutural completo demonstrando, através de exemplos, desde o lançamento até a plotagem das plantas de
um projeto, passando pela análise estrutural, dimensionamento de elementos e edição de armaduras.
Para complementar as informações presentes nestes
manuais impressos, temos ainda os “Manuais On-line”,
no item “Ajuda” do sistema, que contêm explicações
detalhadas sobre todos os itens (critérios, modelos,
etc) presentes no CAD/TQS®, servindo de uma importante fonte de consulta.
SISEs - Interação solo-estrutura
No SISEs, Sistema de Interação Solo-Estrutura, foi
acrescentada, nos editores de sapatas associadas e radier, a possibilidade de se definir graficamente as regiões SCR’s e RCR’s desses elementos, o que possibilita um grande ganho em termos de produtividade, durante o lançamento e definição destas regiões.
TALL BUILDINGS
Agora, basta definir graficamente o ponto inicial e o final
de uma SCR ou RCR através do comando “Obter Limites da SCR/RCR via mouse”, para que estas regiões
sejam definidas dentro destes elementos de fundação.
Novos manuais
Todos os manuais do sistema CAD/TQS® foram reformulados e modernizados. A reestruturação do conteúdo, de modo a apresentar apenas os conceitos e critérios fundamentais do programa, possibilitou uma diminuição considerável do total de páginas impressas sem
perda de qualidade de informação. Além disso, uma
nova diagramação e estrutura dos textos permitem uma
leitura mais fácil e natural do conteúdo.
Eng. José Sérgio dos Santos, Fortaleza, CE
30
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 31
31
CLIENTES V13
TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos os clientes que
atualizaram suas cópias dos Sistemas CAD/TQS, nos últimos meses, para a Versão 13:
França & Associados Eng. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
SRT&C Eng. e Projetos S/C Ltda. (Piracicaba, SP)
Eng. Marzio Spartaco Marella (Montevideo, Uruguai)
MD Eng. Associados S/C Ltda. (Fortaleza, CE)
Projest Cons. e Projetos S/C Ltda. (Rio Janeiro, RJ)
João Rubens Leão & Ass. Eng.Estrut. Ltda. (São Paulo, SP)
Univ.Fed. S.Carlos-Depto Eng.Civil (São Carlos, SP)
Favale & Associados Eng. e Arq. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
RK&S Eng. de Estruturas Ltda. (Florianópolis, SC)
Eng. Petrus G. Bulhões da Nóbrega (Natal, RN)
Eng. Francisco M. de Carvalho (Ribeirão Preto, SP)
Migliore & Pastore Eng. Ltda. (S.José Rio Preto, SP)
Cassol Pré-fabricados Ltda. (Araucária, PR)
Ogura & Franceschi Proj. Estrut. Ltda. (Curitiba, PR)
Erreve Engenharia Ltda. (Goiânia, GO)
OSMB Projetos e Cons. S/C Ltda. (São Carlos, SP)
Tecnicalc - Consult.e Proj.Estrut. Ltda. (Curitiba, PR)
Engeti Consultoria e Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
NB Eng. Proj. e Cons.S/C Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Enplatec - Projetos de Eng. S/C Lt (Barueri, SP)
João Rubens Leão & Ass. Eng.Estrut. Ltda. (São Paulo, SP)
Construtora Villa Del Rey Ltda. (Belém, PA)
MDL Eng. e Projetos S/C Ltda. (Santo André, SP)
Haddad & Cunha Eng.de Proj. S/C Ltda. (Marília, SP)
Mairal Engenharia Ltda. (São Carlos, SP)
Perezim Consult.e Proj.Estr. Ltda. (São Paulo, SP)
Schuring & Schuring Ltda. (Cuiaba, MT)
Modus Eng. de Estruturas Ltda. (São Paulo, SP)
GB Projetos S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Structurale-Eng.Proj.&Cons.S/C Ltda(Fortaleza, CE)
CGR Consultoria e Proj. Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Exata Eng. e Assessoria S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Nilo Edgard de Faria (Goiânia, GO)
Eng. Péricles Salvatori Palazzi (São Paulo, SP)
V.M.Garcia Eng. Estrutural S/C Ltda. (Londrina, PR)
CAD Projetos Estruturais Ltda. (Rio de Janeiro, RJ)
Esbelto - Engenharia Estrutural Ltda. (Cascavel, PR)
HEB Engenharia e Projetos Ltda. (São Gonçalo, RJ)
Esc.Tec.José Mandacaru Guerra Ltda. (São Paulo, SP)
Protenco Proj.Const.Ind.Comércio (Londrina, PR)
Deltacon Engenharia S/S Ltda. (Porto Alegre, RS)
Gepro Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Adherbal A. Faria Oliveira (Pres.Prudente, SP)
Eng. Giordano José Loureiro (Fortaleza, CE)
Pingret Consultoria Estrutural Ltda. (Niterói, RJ)
Suporte Consultoria e Projetos S/C Ltda. (Belém, PA)
Gushiken Cons.e Projetos S/C Ltda. (São Paulo, SP)
P.Paschoa&Gonçalves Eng.Proj.(S.J.Rio Preto, SP)
TQSNews • Ano XII, nº 26, janeiro de 2008
Marth Eng. e Projetos S/C Ltda. (Piracicaba, SP)
Simetria Eng. de Projetos S/C Ltda. (Brasília, DF)
Universidade Federal do Ceara (Fortaleza, CE)
Eng. Roger Semblano Castro (Vitória, ES)
Eng. Luis Alberto de Melo Carvalho (Fortaleza, CE)
Adc Projetos Constr.e Consultoria Ltda.(Brasília, DF)
Eng. Ney Monteiro Borges (Goiânia, GO)
Eng. Alex André Aching (Londrina, PR)
Eng. Antonio Augusto Borges (Carãa, RS)
MHA Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Fabio Kassouf Sad (Amparo, SP)
Eng. Alberto Vilela Chaer (Goiânia, GO)
Stec do Brasil Eng. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Univ. Estadual Paulista “Júlio M. Filho” (Bauru, SP)
Eng. Joao da Costa Pantoja (Brasília, DF)
Socalculo Proj. Est. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Projetech Proj.de Eng.e Cons. Ltda. (Natal, RN)
Magno Eng. e Projetos Ltda. (Belo Horizonte, MG)
C.Rolim Eng. Estrutural Ltda. (João Pessoa, PB)
L H G Engenharia S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Efrain Ribeiro dos Reis (Ribeirão Preto, SP)
Eng. Everardo da Luz Antunez (Pelotas, RS)
Eng. Walmir Mendes (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Sebastiao Moacir de Oliveira (Timóteo, MG)
Eng. Hamilton B.Vasconcelos (S. B. do Campo, SP)
Eng. Carlos Almir de Souza (Campinas, SP)
Eng. Paulo Cunha do Nascimento (Fortaleza, CE)
Projest Cons. e Projetos S/C Ltda. (Rio Janeiro, RJ)
Eng. Nagib Charone Filho (Belém, PA)
Eng. Roberto Aguiar Dias (Manaus, AM)
Eng. Sulymara M. F.Simões Kussano (Osasco, SP)
Eng. Ricardo Oldra (Itaquaquecetuba, SP)
Beck Engenharia Ltda. (Santa Cruz do Sul, RS)
Eng. Marcio Augusto (Jundiaí, SP)
Eng. Nilson M. Fernandes Gonçalves (Rio Claro, SP)
Eng. Jaber Ismail Hachem (Montes Claros, MG)
Eng. Miguel A.Yevenes Hernandez (São Paulo, SP)
Unitec Engenharia de Projetos S/C Ltda. (Recife, PE)
Eng. Antonio de Araújo Rodrigues (Nova Iguaçu, RJ)
Eng. Luciana Ramos Leite (São Gonçalo, RJ)
Eng. Natali Federzoni Junior (São Paulo, SP)
Lockwood Greene do Brasil Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Miriléia Scherrer Machado (Gov.Valadares, MG)
Eng. Yassunori Hayashi (Curitiba, PR)
A4 Engenharia e Informática Ltda. (Brasília, DF)
Preconcretos Engenharia S/A (Porto Alegre, RS)
Eng. José Osmario da Silva (Recife, PE)
Departamento de Edific. e Rodovias (Fortaleza, CE)
31
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 32
32
TQSNEWS
Eng. Maria de Lourdes Adão (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Alex André J. Miranda Cordeiro (Capivari, SP)
Eng. André Fernandez da Cruz (Porto Alegre, RS)
Soc.Campineira de Educ. Instrução (Campinas, SP)
JNDS Constr. e Incorporadora Ltda. (São Paulo, SP)
Arq. Est. Consultoria e Projetos Ltda. (Itamonte, MG)
Eng. Roberto Kunihiro Iwamoto (Manaus, AM)
Beta2 Engenharia S/C Ltda. (Barueri, SP)
Parsekian Eng. e Consultoria Ltda. (São Carlos, SP)
Eng. Giuliano dos Anjos Nonato (Sete Lagoas, MG)
Eng. João C. Menezes de Lima (Porto Alegre, RS)
Arque-Cal Projetos Estruturais Ltda. (São Paulo, SP)
Engevix Engenharia S/A (Barueri, SP)
Eng. Denílson Ricardo Lucena Nunes (Belém, PA)
Eng. Melquisedec Mendes Fraga (São Paulo, SP)
Eng. Maria Isabel Magagnin Aguiar (Diadema, SP)
Vendramini Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)
Concremax Ind. P.M.Concreto Ltda.(C. Grande, MS)
Eng. Raphael Elil de Góis (Brasília, DF)
Poyry Tecnologia Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Ismael Wilson Cadamuro Junior (Toledo, PR)
Eng. Rodrigo G. Lapagesse (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Wallace Guaraciaba de Almeida (Três Rios, RJ)
AJL Extensometria Ltda. (Lauro de Freitas, BA)
Eng. José Antonio Bahls Santos (Londrina, PR)
Eng. João Carlos de Costa (Caxias do Sul, RS)
Eng. José Decio Rossi (São Paulo, SP)
Barão Engenharia, Curitiba, PR
Archimino Cardoso de Athayde Neto, Belém, PA
Eng. Ricardo R. Buchmayer (Belo Horizonte, MG)
Serrano Engenharia Ltda. (Criciúma, SC)
Instituto de Engenharia do Paraná (Curitiba, PR)
Univ. Est. de Maringá - Depto. Eng. Civil (Maringá, PR)
Armação Treliçada Puma Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Osvaldo Luiz de Carvalho Souza (Niterói, RJ)
Eng. Moacir Vitorino da Silva (São Paulo, SP)
Logos Eng. e Arquit. S/C Ltda. (João Pessoa, PB)
Eng. Roberto Antonio de Lima (Osasco, SP)
Eng. William Sanazar Geladian (Osasco, SP)
Rattek Engenharia Ltda. (Erechim, RS)
Eng. Pedro Eduardo Orellana Claros (Curitiba, PR)
Companhia Paulista Obras Serviços (São Paulo, SP)
Santa Rosa Eng. de Estrut.Ltda. (Porto Alegre, RS)
MHG Eng. e Empreendimentos Ltda. (Curitiba, PR)
Sociedade Educacional Uberabense (Uberaba, MG)
Eng. Henrique Pizetta (Gramado, RS)
Fund. Tecn. Educ. Souza Marques (Rio Janeiro, RJ)
Ruy Bentes Eng. Estrut. S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Heloisa H.P.Fernandes (Capão da Canoa, RS)
Inst. Sup. de Comum. Publicitária (São Paulo, SP)
Labore Consultoria S/C Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Enio Gomes de Lima (Brasília, DF)
Eng. Ricardo Yázigi (São José dos Campos, SP)
C&N Liderança Constr.Incorp. Ltda. (Caratinga, MG)
Universidade Federal de Goiás (Goiânia, GO)
Eng. Edson Bispo Ferreira (São Paulo, SP)
32
TQSNews • Ano XII, nº 26, janeiro de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:56
Page 33
33
TQSNEWS
Eng. Arthur Mottus (Brasília, DF)
Eng. Silvia Alves Scarabucci (São Paulo, SP)
Eng. Antonio S. Lopes de Oliveira (Sorocaba, SP)
Eng. Rui Nunes Rego Filho (Natal, RN)
Eng. Marcos Aurélio Pessoni (Sorocaba, SP)
Eng. Dílson Edgard Thomé (Caçador, SC)
Sociedade Goiana de Cultura/UCG (Goiânia, GO)
Eng. Enio Fernando R. de Magalhães (Limeira, SP)
Eng. Mauro Rocha Ferrer (Cascavel, PR)
Clodoaldo Freitas Proj.Estr. Ltda.(Salvador, BA)
Eng. Marcelo Poli (Jundiaí, SP)
Kreft Eng. de Projetos S/C Ltda. (Campinas, SP)
Eng. Marcos Enz Hubert (Indaiatuba, SP)
Eng. Urbano M.R. Pereira (Mogi das Cruzes, SP)
Eng. Andréia Carla Medice (Santo André, SP)
Eng. Anderson Tell Doin (Curitibanos, SC)
Eng. Evandro Luiz Maschio (Colombo, PR)
Eng. Sergio Luis de Oliveira (Aracaju, SE)
Eng. Cleverson Z.Valdameri (Francisco Beltrão, PR)
Eng. Graziela Girardi (Cuiabá, MT)
Eng. André Luis Andrade Moreira (Salvador, BA)
Eng. Luiz Antonio dos Reis (Botelhos, MG)
Eng. Gerson Luis Vargenski (Curitiba, PR)
Fundação Universidade de Brasília (Brasília, DF)
Eng. Mauricio Vechini (Campinas, SP)
Erguel Engenharia Ltda. (Piracicaba, SP)
Eng. Jeverson Luis Milkevicz Leitão (Curitiba, PR)
Eng. Christiane Maria Helena Alletti (São Paulo, SP)
Multiestrutural Eng. e Constr.Lt. (S.Caetano Sul, SP)
Eng. Livio Tulio Baraldi (Marília, SP)
Eng. Délio Alves Quadros (Vila Velha, ES)
Eng. Alberto Rodrigues Dalmaso (Cuiabá, MT)
Eng. Marcelo Buiate (Uberlândia, MG)
Eng. Marcelo Exman Kleingesind (São Paulo, SP)
Eng. Leonardo J. Pereira Teixeira (São Paulo, SP)
Eng. Antonio Pereira Neto (São Paulo, SP)
Eng. Rogério Carlos Wisintainer (Blumenau, SC)
Eng. Alex Augusto da Silva (Campinas, SP)
Eng. Sandoval José Rodrigues Junior (Belém, PA)
Eng. Ivan Oscar Klafke (São Leopoldo, RS)
Eng. Reginaldo Caitano da Silva (Mairiporã, SP)
Eng. Adriano Campos de Melo (Natal, RN)
BRZ Projetos de Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Rubens Lezana Martin (São Paulo, SP)
Eng. Luis Carlos Seelbach (Blumenau, SC)
Eng. Marcos Javaroni (Marília, SP)
Eng. Jovair Avilla Jr. (São José do Rio Preto, SP)
Eng. Alex André Fabris Caleffi (Londrina, PR)
Eng. Silvio Caldas (Brasília, DF)
Eng. Ricardo E. Scheuer (Jaraguá do Sul, SC)
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Eng. Renato Ferreira (Suzano, SP)
Eng. Edmundo Augusto Calheiros (São Luis, MA)
Eng. Mario Murakami (Santos, SP)
Gibson Engenharia Projetos Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Marcelo A. K. Nakashoji Pereira (Brasília, DF)
Eng. José Gregorio Espíndola (Sta.do Parnaíba, SP)
Steng Eng. de Projetos Ltda. (S.J. do Rio Preto, SP)
Ismael Sá Engenharia Civil Ltda. (Campinas, SP)
Clessi Inês da Silva & Cia. Ltda. Me (Curitiba, PR)
Goiás Art.Cimento Ltda.(Aparecida de Goiânia, GO)
Eng. Paulo de Palmas Paiva (São Paulo, SP)
L.G.B. Desenhos Artísticos Ltda. (Curitiba, PR)
Eng. Marcello Carvalhal Ramos (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Mustaf Said Junior (Manaus, AM)
Murthe Construções Ltda. (Natal, RN)
Eng. Daniel Lélis de Almeida (Belo Horizonte, MG)
Eng. José Humberto de Araújo (Pedreiras, MA)
Eng. Rodrigo Campos Monteiro(Belo Horizonte, MG)
Eng. Elvis F, Euzébio (São José do Rio Preto, SP)
Eng. Fabio Augusto Wosniak (Curitiba, PR)
Eng. Paulo Cesar de Aquino Assis (Salvador, BA)
Eng. Raimundo Costa Filho (Boa Vista, RR)
Eng. Marcio Araujo Mortoni Silva (Natal, RN)
Eng. Augusto C, Barbosa da Silva (Oriximina, PA)
Eng. Fabiana Carqueija Offredi Maia (Salvador, BA)
Eng. Marco Antonio Borges Traldi (Goiânia, GO)
Eng. Vanderlei dos Santos (São Vicente, SP)
Eng. Wagner Saraiva Alex André (Cajazeiras, PB)
H. Nunes Eng, e Constr, Ltda. (Ribeirão Preto, SP)
PI Eng, e Consultoria Ltda. (Belo Horizonte, MG)
Eng. Renato José Ferreira (Ouro Preto, MG)
Construtora Porto Const.e Projetos Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Gilberto Massao Enjiu (S. B. do Campo, SP)
Interplanus Engenharia S/S Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Silvio Adriano de Moraes Leme (São Paulo, SP)
Eng. Alex André de Freitas Pinto (Santos, SP)
Eng. José Pedro Abdon da C. Pereira (Macapá, AP)
Eng. Antonio Gotti Neto (São Paulo, SP)
Eng. André L. da Silveira Maia (Belo Horizonte, MG)
Eng. Rodrigo A. Falcucci (Ribeirão Preto, SP)
Eng. Paulo André Zardo (São Miguel do Oeste, SC)
TJ Copiadora e Digitalização Ltda. (Guarulhos, SP)
Eng. Rinaldo Garcia Ramirez (Maringá, PR)
Eng. Danilo Magalhães Gomes (Joinville, SC)
Eng. Isabela N. de L. Pacheco Mota (Salvador, BA)
Eng. Marcelo Costa Scalabrin (Curitiba, PR)
Eng. Rafael Alves de Souza (Maringá, PR)
Prado & Oliveira Eng., Proj. Com. Ltda. (Santos, SP)
Eng. Ana Maria Faria Boschiero (São Paulo, SP)
Eng. João Soares Viegas Filho (Pelotas, RS)
Eng. Flávio Motta Junior (S. Bernardo Campo, SP)
33
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 34
34
CAD/TQS NAS UNIVERSIDADES TQSNEWS
Sistemas CAD/TQS e o ensino da engenharia
Com o objetivo de colaborar
com as escolas de engenharia
para a adequação do ensino da
engenharia estrutural de
concreto armado e protendido
através de ferramentas
computacionais avançadas,
vamos citar nesta edição
algumas ações que foram e/ou
estão sendo desenvolvidas com
esse objetivo, envolvendo os
sistemas CAD/TQS.
Curso de Especialização em Estruturas, UNILINS, Lins, SP
Foi ministrada, no dia 15 de março
de 2008, uma demonstração do
Software CAD/Alvest, como parte
do Curso em Especialização em Estruturas da UNILINS, em Lins, SP.
mática Aplicada em Estruturas de
Concreto Armado”, a ganhadora foi a
eng. Aretusa S. de Souza que também
é usuária dos Softwares CAD/TQS.
Realizamos uma exposição de
aproximadamente três horas dos recursos do CAD/Alvest, software voltado para o dimensionamento, análise e detalhamento de edificações
em Alvenaria Estrutural.
Agradecemos à prof. Suzana Campana Peleteiro, nossa amiga e cliente,
pelo convite. Mais uma vez realizamos
o sorteio de uma edição do livro “Infor-
FENARC, Cascavel, PR
No dia 14 de maio de 2008 estivemos em Cascavel para a realização
da palestra: “Informática Aplicada
no Desenvolvimento de Projetos Estruturais de Concreto Armado”. Esta
palestra fez parte da programação
da Fenarc - Feira da Engenharia Arquitetura e Construção, realizada
pelo Sinduscon do Oeste do Paraná.
Participaram da palestra muitos estudantes de engenharia civil, além
de diversos profissionais da região.
Agradecemos aos organizadores do
evento pelo convite.
CESET, Limeira, SP
No dia 13 de junho de 2008 estivemos no CESET, Centro Superior de
Educação Tecnológica da Unicamp,
em Limeira, para proferirmos a palestra: “Projeto de Estruturas de Concreto com Auxilio Computacional”.
Na ocasião, sorteamos o livro “Informática Aplicada em Estruturas de
Concreto Armado” do eng. Alio E.
Kimura. O premiado foi o estudante
Fabricio Marques Tardivelli.
Agradecemos à prof. Luísa Andreia
Gachet Barbosa pelo convite e hospitalidade.
34
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 35
35
NOVOS CLIENTES
TQSNEWS
É com muita satisfação que anunciamos a adesão de
importantes empresas de projeto estrutural aos sistemas
CAD/TQS. Nos últimos meses, destacaram-se:
T & A Construção Pré-Fabricada Ltda. (Igarassú, PE)
Eng. Vitor Gadelha de Almeida
Kurkdjian & Fruchtengarten Eng. Ass. Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Jorge Zaven Kurkdjian
Concremat Eng. e Tecnologia S/A (Rio Janeiro, RJ)
Eng. José Eduardo V. Zuniga
GEA-Consult. Tec. de Eng. Arq. (Jab. Guararapes, PE)
Eng. Elígio Medeiros Araújo Jr.
Eng. Wagner Zanoello Silva (São Seb. Paraíso, MG)
Eng. Vanderlei Machado (Lontras, SC)
Eng. Leandro Luiz Canto Flores (Bastos, SP)
MSF Constr. e Incorporadora Ltda.(Londrina, PR)
Sr. Wagner Soares dos Reis
Eng. Paul Marcus de Albuquerque (Belém, PA)
CN Construções Ltda. (Natal, RN)
Eng. Fabio Rodrigo S. da Costa
Eng. Cynglea Ribeiro C. Lima Curvo (Goiânia, GO)
Eng. Maria da Conceição L. Souza (Recife, PE)
Aço Concreto - Proj. Const. Incorp. (Guarulhos, SP)
Eng. Erasmo Ferreira Lima Junior
Julio Cesar Ferreira Arquiteto (Cafelândia, SP)
Arq. Julio Cesar Ferreira
Eng. Roberto Carlos Franklin da Silva (Ivoti, RS)
Arco Ass. em Rac. Const. S/S Ltda. (São Paulo, SP)
Arq. Cynthia Galvao Kamei
Eng. Rogério Samogim da Silva (Jundiaí, SP)
Eng. Marcelo Sousa Manzi (Goiânia, GO)
Eng. Gláucio Baraquet Groff (Curitiba, PR)
Eng. Wilma Virginia Alves R. Assunção (Brasília, DF)
Zanao Admin. e Construção Ltda. (Rio Claro, SP)
Eng. Mirian de Souza Alvarez
Eng. José Ermando C. de Oliveira (Cabedelo, PB)
Eng. Sandro Guedes Guimarães (Rio Janeiro, RJ)
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Eng. Antonio Barbosa Teixeira Filho (Goiânia, GO)
Eng. Rodrigo Cavallet (Bento Gonçalves, RS)
Eng. Luciano Guimarães Hilkner (São Paulo, SP)
Eng. Norman Ferreira dos Santos (Vitória, ES)
Eng. Anderson Sá Marchioro (Porto Velho, RO)
Eng. Paulo Roberto Souza Santos (Salvador, BA)
Eng. Rosângela Maior Moraes (Brasília, DF)
Eng. Giovano Palma (Cascavel, PR)
Eng. Viviane de C. Graciano (S. Franc. Xavier, SP)
Eng. Rodrigo Guerra Tafuri (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Roberto P. Matulevic Jr. (Rio das Ostras, RJ)
Eng. Elinor F. Dalla Lana (Santa Maria, RS)
Planservi Engenharia Ltda.(São Paulo, SP)
Eng. Felipe Issa Kabach Junior
Sec. Esp. Inform. do Senado Federal (Brasília, DF)
Eng. Armando Vicentini Neto
Eng. Flavio Pires de Castro Filho (Bocaiúva, MG)
Prática Engenharia Ltda. (Bento Gonçalves, RS)
Eng. Robson Heitor Piletti
Eng. Vera Cristina Villa Nova Aguiar (Salvador, BA)
Eng. José Jerônimo B. Amaral (Belo Horizonte, MG)
Fameth Ind. Com. Prod. Metal. Ltda. (Mauá, SP)
Sr. Jefferson Bonfim dos Reis
Estra Engenharia Ltda. (São Paulo, SP)
Eng. Marcelo Fernandes
Eng. Charly Kleberson D.Insuasty (Anápolis, GO)
Eng. Marcio Laurindo (Curitiba, PR)
Eng. Régis Kuermer Bittencourt (Itapiranga, SC)
Cia. de Hab. Estado M. Gerais (Belo Horizonte, MG)
Eng. Fátima Regina Costa
Eng. Raquel Pereira de Campos (Curitiba, PR)
Eng. Carlos Ruperto S. Contreras (São Paulo, SP)
35
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 36
36
TQSNEWS
Eng. Daniel G. Rodrigues (São B. do Campo, SP)
Paulo Cavalcante Ormond Me. (Louveira, SP)
Eng. Paulo Cavalcante Ormonde
Eng. José Augusto D. Campedelli (Brasília, DF)
Eng. Leonardo Demartini (Porto Alegre, RS)
Eng. Rômulo Fontoura Oliveira Junior (Recife, PE)
Eng. Marcus Vinicius Bernardi Miguel (Londrina, PR)
Eng. Cristian Marcelo H. Lopez (São Paulo, SP)
Eng. Dernando Pessoa Reis (Manaus, AM)
Prefeitura Municipal de Maracaí (Maracaí, SP)
Eng. Nicolau Palazzi Neto
Prefeitura do Município-Jaguariúna (Jaguariúna, SP)
Eng. Gilberto Poltronieri
Eng. Analecia Cruz S. Monteiro (Salvador, BA)
Eng. Felipe de Castro Alves (São Paulo, SP)
Eng. Valério Spartaco de Almeida (Sorocaba, SP)
Eng. Francisco Marcelo L.Picanço (Fortaleza, CE)
Eng. Victor Hiroshi Pavão Miyahara (Bauru, SP)
Assoc. Leste Prof. Eng. e Arq. Cid. SP (São Paulo, SP)
Eng. Ariovaldo Lopes de Souza
Eng. Leandro Carvalho Vieira (Paranaguá, PR)
Eng. Vilson Lodi (Pato Branco, PR)
Eng. Maria Célia Ribeiro Sapucahy (São Paulo, SP)
MASTERCALC Projetos Ltda. Me. (Curitiba, PR)
Eng. Eduardo Ferreira Koslowski
Sudeste Pré-fabricados Ltda. (Nova Odessa, SP)
Eng. Divanir Casagrande
Eng. Atila Rohrig de Brito (Porto Alegre, RS)
Eng. Alexandre A. de Souza (Rio de Janeiro, RJ)
Eng. Maria Silvia de Souza Verhnjak (Itapeva, SP)
Eng. João Renato Prandina (Vitória, ES)
Eng. Taissa Silva Granja (Luis E. Magalhães, BA)
Eng. Elian Marcos da Silva Moreira (Londrina, PR)
Eng. Camilla Senegaglia Cardoso (Curitiba, PR)
Eng. Rodolfo de Lima Paula (Niterói, RJ)
Eng. Silvio Sizuo Sumioshi (São B. do Campo, SP)
Eng. Flávio Roberto X.Oliveira (Camp.Grande, PB)
Eng. Hilton D. Barleben Junior (Praia Grande, SP)
Eng. Nilton Paulo Raimundo (Sant. Parnaíba, SP)
Pref. Munic. São F. Coribe (São F. do Coribe, BA)
Eng. Edvaldo Silva
O.P.S. Eng. Proj. S/C Ltda.(São J. Campos, SP)
Eng. Oswaldo Pereira da Silva
Depto. de Obras Públicas - Est. MG (Belo Horizonte, MG)
Sra. Iraides Almeida Braga
Eng. Itamar Antonio de Oliveira (Goiânia, GO)
Ycon Engenharia Ltda.(São Paulo, SP)
Eng. Yopanan Conrado Pereira Rebello
Eng. Gláucio Zeclhynscki (Colombo, PR)
Boa Vista Pré Moldados Ltda. ME. (Boa Vista, RR)
Eng. Celio Monteiro
36
Eng. Gregory Zatt (Veranópolis, RS)
Eng. Renata de Deus Alves (Rio de Janeiro, RJ)
Operare Const. Incorp. Ltda. (Luis E. Magalhães, BA)
Eng. José Carlos de Alchimim Junior
Fortes Engenharia Ltda. (Vitória, ES)
Eng. José Rubens Plotecya
TS Gas Construções do Brasil Ltda. (Macaé, RJ)
Sr. Gilberto Bocalini
Eng. Artur Ferreira Pinto (São Paulo, SP)
Eng. José Benicio S. Filho (Campina Grande, PB)
Eng. Ricardo Freitas Siqueira (Cuiabá, MT)
Eng. Gustavo Kalil Guimarães (Goiânia, GO)
Eng. José Djalma Madeira (Ipatinga, MG)
Engenk Engenharia Ltda. (Taguatinga, DF)
Eng. Rudiney Cantarin
Eng. Anderson Anaia Pereira (Taubaté, SP)
Eng. Ronaldo Justino de Souza (Palmas, TO)
Eng. Gustavo Souza Silva (Osasco, SP)
Eng. Washington da Silva Ribeiro (São Paulo, SP)
Pref. Municipal Cachoeirinha (Cachoeirinha, RS)
Eng. Anderson Pacheco Policarpo
Eng. Pedro Salim Neto (São Paulo, SP)
Igreja Universal do Reino de Deus (São Paulo, SP)
Eng. Ana Lucia Madalosso
CTMSP Centro Tec. Marinha em SP (São Paulo, SP)
Eng. Julio César Mendes Pesce
Grupo de Infraest. e Ap. S. J. Campos (S.J.C., SP)
Eng. Ricardo Siqueira da Silveira
Eng. Rodrigo de A.Camargos (Belo Horizonte, MG)
SCET Soluções de Eng. e Tec. (Rio de Janeiro, RJ)
Sr. Alexandre Figueiredo Carvalho
Sendi Serviços Eng. e Desenv. Ind. Ltda. (Bauru, SP)
Eng. Wagner Donizete Amado
Eng. Marco Aurélio Tavares Caetano (Goiânia, GO)
Eng. Andre da Silva Pinheiro (Campinas, SP)
Eng. Leandro A. Martins (S.João Evangelista, MG)
Eng. Sergio Lucas Mateus Souza (Salvador, BA)
ASF Fortes Proj. Const. Ltda. (Lauro de Freitas, BA)
Eng. Eduardo Parente Prado
Eng. Julio Augusto de Alencar Junior (Belém, PA)
Africa Construção & Protensão Ltda. (Goiânia, GO)
Eng. Hermes Bueno Procópio
Fundação Ed. Jayme de Altavila (Maceió, Al)
Prof. Geílson Márcio A. de Vasconcelos
Eng. Igor Pierin (Paranavaí, PR)
Eng. Carlos H. Magalhães (Mte Sto de Minas, MG)
ENGEPROT Eng. e Protensão Ltda. (Curitiba, PR)
Eng. Gerson Giovani Pozzobon
Eng. Renê Ranelli (Praia Grande, SP)
Eng. Marcelo dos Reis Silva (Contagem, MG)
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 37
37
ARTIGO
TQSNEWS
Por que os idosos sentem tanta inibição
para aceitar o uso de computadores?
Por Prof. Eng. Augusto Carlos de Vasconcelos
De um modo geral, as pessoas sentem-se muito presas aos costumes
adquiridos na infância. Isto se torna
bem perceptível ao observar as reações em relação à alimentação.
Conforme a região em que a criança
cresceu, sua aceitação por determinados alimentos é fácil de adivinhar.
Crianças que cresceram em ambientes costeiros, como na orla da
praia, aceitam mais facilmente a ingestão de ostras, mariscos, lulas e
outros frutos do mar, quando sua família coloca na mesa pratos com
tais iguarias. Crianças que cresceram em regiões de pasto aceitam
facilmente pratos com carnes sangrentas, quando seus pais costumam servir tais alimentos.
Conheci uma pessoa do interior que
não suportava qualquer dos miúdos
de boi (miolo, rins, fígado, dobradinha, mocotó, língua, rabada...) mas
comia normalmente formiga frita
(içá!) com seus abdomens crescidos. Isso mostra que, quando foram
treinadas desde a infância a ingerir
tais alimentos, eles passaram a
fazer parte da dieta considerada
aceitável. Hoje todos nós encaramos com asco certas comidas
usuais na China, tais como olhos de
cabra, espetinhos de escorpião, rodelas de cobra, escaravelhos, etc...
Como é difícil para um
adulto alfabetizar-se e
segurar uma caneta!!! Como
é difícil executar qualquer
tarefa simples e banal como
trocar uma tomada ou a
vedação de uma torneira,
quando não se preparou
desde a adolescência para
tais tarefas...
Isto acontece em todos os campos.
Como é difícil para um adulto alfabetizar-se e segurar uma caneta!!!
Como é difícil executar qualquer tarefa simples e banal como trocar uma
tomada ou a vedação de uma torneira, quando não se preparou desde a
adolescência para tais tarefas...
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Um adulto que nunca usou qualquer
equipamento com botões, mesmo
sendo pessoa instruída, quando solicitado a fazer simples operações
numa calculadora de bolso, fica no
princípio totalmente inibido. Tem receio de que possa queimar algum circuito, colocar o equipamento em situação de risco, ou obter resultados
falsos quando aperta botões errados.
Só se sente à vontade quando, depois de várias tentativas mal sucedidas, verifica que nada de grave aconteceu. Percebe que basta retomar as
mesmas operações desde o início e
que os erros anteriores foram ignorados. Logo percebe quando perde
dados armazenados ao guardar
novos valores no mesmo lugar...
Só se sente à vontade
quando, depois de várias
tentativas mal sucedidas,
verifica que nada de grave
aconteceu.
O que mais atrapalha o iniciante é o
uso de novas terminologias que ele
desconhece, ou que conhece com
outro significado. Por exemplo, a palavra “salvar” não é usada com o significado que ele aprendeu na infância.
Salvar para ele é “evitar um dano”,
“recuperar uma pessoa em perigo”,
“tratar de alguém doente”. Na linguagem da informática “salvar” tem um
significado todo especial: “guardar”,
“armazenar”. Não deixa de ser “evitar
que se perca”. Trata-se de colocar
algo numa gaveta onde possa ser facilmente encontrado. Somente o uso
repetitivo da palavra dá liberdade suficiente a ponto de até mesmo esquecer o significado anteriormente aprendido. Outra palavra difícil de entender
é “editar”. Os dicionários da língua
portuguesa explicam: edição é a impressão e publicação de uma obra.
Não é esse o significado em informática. Deve-se separar “editar” de “imprimir”. Imprimir é colocar um texto,
uma figura, um desenho ou uma imagem em disponibilidade de uso fora
do equipamento, não necessariamente em papel, disquete ou CD. Editar é
colocar uma idéia, um desenho, um
esclarecimento, em termos compreensíveis para uso e torná-los utilizáveis por outros em qualquer momento. Por isso, depois de feita a
descrição inteligível, o material deve
ser guardado (salvado) em algum
lugar que permita sua recuperação rápida e simples, sem modificações.
“Deletar” é uma expressão nova que
vai sendo infiltrada em nosso idioma.
Significa “apagar” (de “delete” em inglês). É o mesmo que “limpar”. Significa esvaziar uma gaveta, um arquivo, uma apresentação na tela, algo
guardado em algum lugar. Essas expressões “arquivo”, “tela”, “pasta”, e
muitas outras, também precisam ser
aprendidas e memorizadas.
Outra palavra difícil de
entender é “editar”. Os
dicionários da língua
portuguesa explicam: edição
é a impressão e publicação
de uma obra. Não é esse o
significado em informática.
“Diretório” é outra palavra misteriosa. No dicionário Aurélio, “diretório”
é o conselho encarregado da gerência de negócios públicos, ou livro
que contém as indicações necessárias para o desempenho de determinado cargo ou para execução de
certos negócios. Em informática,
não é nada disso. Vem do inglês “directory” em má tradução: lista, relação dos membros de uma associação, livro de endereços, catálogo de
telefones. Poderia ser também “diretoria”. Demora algum tempo para o
idoso aceitar que “diretório” é uma
lista dos arquivos ou pastas guarda37
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 38
38
TQSNEWS
das na memória do computador e
de fácil acesso. Estou errado?
Somente o uso repetitivo da
palavra dá liberdade
suficiente a ponto de até
mesmo esquecer o
significado anteriormente
aprendido.
“Fonte” não é a origem de um manancial; não é um chafariz; não é a
conexão com a rede elétrica domiciliar; não é um dos lados das têmporas; não é ferro gusa ou derretimento de metais da língua francesa. É o
tipo de letra impressa, podendo ser
confundido com o termo da linguagem tipográfica “corpo” ou “caixa”.
Não consegui descobrir a origem
desse termo, que nenhum aficionado da informática questiona. Ele o
aceita como a coisa mais natural do
mundo. E pronto.
Não consegui descobrir a
origem desse termo, que
nenhum aficionado da
informática questiona. Ele o
aceita como a coisa mais
natural do mundo. E pronto.
“Copiar” é uma palavra de fácil assimilação: consiste em fazer uma réplica idêntica ao original e guardá-la
em lugar de fácil acesso. Quando o
comando “copiar” é acionado, a réplica feita ainda não está localizada
em lugar seguro, mas fica em certo
lugar da máquina, desde que não se
desligou. É necessário encaminhar a
réplica (ou cópia) para algum lugar,
alguma gaveta, conhecida com um
nome previamente escolhido. Quando alguém perguntar “onde está?”
recebe a resposta “está na gaveta nº
15”. A operação de guardar (salvar)
na gaveta nº 15 é batizada com o
nome “colar”. Portanto, colar nada
tem a ver com “grudar”. Significa
“colocar a cópia feita em...”. Todos
esses termos, e são numerosos,
precisam ser usados com desenvoltura, mesmo que seu significado não
seja totalmente compreendido com
precisão. Trata-se de um novo
aprendizado. É contra tal aprendizado que se desenvolvem reações
contrárias dos idosos. Uma criança
38
aceita o novo termo com grande facilidade e o absorve imediatamente.
Talvez venha a ter alguma dificuldade em conhecer o termo com seu
significado gramatical.
Outras palavras mais difíceis ainda
de interpretar são: monitor (não tem
o significado de “aquele que dá
conselhos”), processador (é a parte
do equipamento onde se processam as operações e não o indivíduo
que maneja!), gerenciador (não é
aqui “aquele que dirige uma empresa”), modelador (não é o que usa
massa plástica para modelar um
animal). As palavras que mais intrigam, entretanto são “chip” e “offset”. A primeira não significa lasca,
nem batata frita. É algo que não
aparece nos dicionários, nem em
português nem em inglês. É um conhecimento que precisa ser passado verbalmente e quando se pergunta a alguém experiente em informática, a resposta é sempre a
mesma: Você ainda não sabe o que
é um chip? O idoso fica totalmente
inibido para continuar a conversa,
como se fosse a criatura mais estúpida do mundo. Offset não significa
compensação,
balanceamento,
equilíbrio, descentrado. Também
não é “imprimir em ofsete”. É algo
inexplicável. Você precisa aprender
a usar esse termo sem pensar no
que significa. Não tem nada a ver
com a lógica. Os já treinados não
conseguem imaginar que você não
saiba o que é um “offset rígido”. É
uma barra fictícia para transferência
de um esforço para um ponto conhecido, por exemplo, para o centro
de gravidade. Deixa pra lá.
O mundo de hoje já não é
mais o mesmo e o idoso
precisa se adaptar a isso.
Desde que Bardeen, Brattain e
Schockley inventaram o transistor
em 1947, e Kilby juntou numa
mesma placa de silício resistência,
capacitor e transistor, as comunicações sofreram uma revolução de
maior repercussão ainda do que a
Revolução Industrial. O mundo de
hoje já não é mais o mesmo e o
idoso precisa se adaptar a isso.
Vencida essa primeira dificuldade, o
idoso precisa se certificar de que
qualquer que seja o equipamento,
ele exige uma fonte de energia. Tal
energia pode provir de uma bateria
(pilha), da luz solar, ou de uma rede
elétrica doméstica. Ele precisa tomar
conhecimento de que tipo de energia deve ser usado. Nenhum equipamento, ainda, funciona apenas com
energia mental. Enquanto tais equipamentos não estiverem à nossa
disposição, será necessário verificar
qual a característica do fornecimento de energia (voltagem, freqüência)
para não estragar o equipamento, a
menos que se trate de equipamento
bi-volt ou equivalente. É a única precaução que o usuário precisa cuidar
para não danificar seu instrumento.
Até que tudo isso se torne
automático, demora algum
tempo e, tanto mais, quanto
mais arraigado aos
costumes for a pessoa.
O idoso precisa ser informado de
que nenhum botão que seja acionado “dará choque”. Não existe essa
possibilidade. O que pode acontecer é limpar o que está guardado
nas gavetas. Mesmo assim, em alguns casos, existem recursos para
recuperar o que se perdeu. Quando
se perceber que o botão errado foi
inadvertidamente acionado, há, algumas vezes, o recurso “desfazer a
operação anterior”.
Até que tudo isso se torne automático, demora algum tempo e, tanto
mais, quanto mais arraigado aos
costumes for a pessoa.
Meu conselho é o seguinte: nem
tente saber o porquê das coisas,
nem os “expertos” sabem. Eles
aprenderam como uma criança
aprende a falar. Nem passa pela cabeça deles perguntar por que se
chama assim. É assim porque é, e
acabou-se. Com o tempo você estará falando em chips, deletar, monitor, gerenciador, diretório, fonte, ...
sem saber o que significam tais termos. Mas saberá usá-los e vai deixar os outros idosos embasbacados
com o seu conhecimento fantástico.
Você deleta, cola, transfere, recupera, ... faz o diabo a quatro e dá
certo. Se outro idoso vier perguntarlhe o que fez, você calmamente responde: não adianta explicar, você
não vai entender nada!
É isso aí.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 39
39
ARTIGO
TQSNEWS
Experiência x criatividade
Por Eng. Ênio Padilha
www.eniopadilha.com.br
Se a única coisa importante que você
tem para sustentar o seu curriculum
vitae são muitos anos de experiência
profissional, comece a se preocupar.
Em 1986, quando eu me formei engenheiro, o meu grande desafio, a maior
dificuldade que eu tinha para enfrentar o mercado, era justamente a falta
de experiência profissional. Naquele
tempo não ter experiência era quase
como não ter um braço.
se importar com as experiências anteriores), e a inteligência, que é justamente a capacidade que a pessoa
tem de resolver problemas combinando conhecimentos (sem fazer
uso da experiência) são hoje as
mais poderosas armas que alguém
pode ter na luta pela sobrevivência
no emprego, no mercado e na vida.
“Nos dias de hoje”, disse
ele, “toda experiência que
importa é aquela adquirida
nos últimos cinco anos”.
Oito anos depois, em 1994, em uma
palestra para quase duzentos engenheiros (no Congresso Catarinense
de Engenharia e Arquitetura, do qual
fui coordenador) Décio da Silva, diretor presidente da WEG, foi categórico: “Nos dias de hoje”, disse ele,
“toda experiência que importa é
aquela adquirida nos últimos cinco
anos. Qualquer coisa além desse
tempo tem importância zero. Porque
o que importa hoje é a capacidade
que o profissional tem de desaprender. De substituir conhecimentos antigos e ultrapassados por conhecimentos novos e atualizados”.
É importante prestar atenção para os
efeitos e consequências dessa transformação: o eixo do poder no mundo
está mudando de posição. O lugar
que, nas empresas, era ocupado
pelo funcionário “cão fiel” e “burro de
carga” está sendo conquistado pelo
funcionário bem humorado, irreverente e criativo. As lideranças empresariais estão sendo conquistadas,
cada vez mais, por pessoas mais jovens, porque é na juventude que a
criatividade é mais exposta e a inteligência é mais valorizada.
Naquele tempo não ter
experiência era quase como
não ter um braço.
Tentar se manter no emprego ou
no mercado apenas repetindo
com perfeição receitas e fórmulas
que sempre deram certo pode ser
(e quase sempre é) o caminho
mais curto para o fracasso.
A criatividade, que é a capacidade
que uma pessoa tem de abordar um
problema ou parte dele de maneira
diferente da usual (e, portanto, sem
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
O lugar que, nas empresas,
era ocupado pelo
funcionário “cão fiel” e
“burro de carga” está sendo
conquistado pelo
funcionário bem humorado,
irreverente e criativo.
Tinham, no entanto, juventude, ausência do medo de errar e irreverência frente às “verdades” estabelecidas.
Steng Engenharia de Projetos, São José do Rio Preto, SP
A constatação de Décio da Silva era,
sem dúvida, corretíssima. Mas o
tempo, a tecnologia e a conseqüente
globalização (não apenas da economia, mas da cultura, das artes, de
tudo, enfim) trataram de reduzir
esses “cinco anos” para quase nada.
No mundo atual todo conhecimento
baseado apenas na experiência conquistada pela repetição da tarefa
perdeu valor e perdeu espaço para a
inteligência e para a criatividade.
Nunca é demais lembrar, para os que
ainda insistem em defender a expe-
riência como uma coisa muito importante, que os grandes gênios, como
Einstein, Isaac Newton, Galileu
Galilei e tantos outros fizeram suas
grandes descobertas quando ainda
eram extremamente jovens (vinte e
poucos anos) e, portanto, não tinham
quase nenhuma experiência.
39
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
19:57
Page 40
40
ARTIGO
TQSNEWS
Orgulho de ser engenheiro: não somos mais o patinho feio?
Por Eng. Rodrigo de Azevedo Neves
França & Associados Engenharia, São Paulo, SP
Nossa profissão está no meio de
uma grande transformação. Profissionais com muitos anos de prática, pelo menos uns 30, já devem
ter presenciado movimento semelhante. Porém aqueles com menos
de 20 anos de formação (inclusive
eu) sempre foram acostumados,
por força de épocas de poucas esperanças, a encarar a Engenharia
como o grande patinho feio das
profissões. Durante a faculdade,
ouvi inúmeros relatos de colegas
cujos pais e amigos aconselhavam-nos a trancar a matrícula do
curso para, em seguida, prestar
vestibulares mais promissores, tais
como medicina e direito. Sem querer fazer pouco caso de alguém ou
de alguma profissão, vi que vários
deles cederam às pressões e realmente fizeram isso, fosse pela escassez de perspectivas que a carreira lhes apresentava, ou quaisquer outros motivos menos nobres.
Essas pessoas talvez não tenham
demonstrado a verdadeira vocação
para os cálculos e matérias mirabolantes que à época se apresentavam. Outros insistiram. Desses
tantos, grande parte cedia aos encantos das carreiras em instituições bancárias, cujos vencimentos
dos estágios, já durante o curso,
faziam vislumbrar futuros profissionais financeiramente muito mais
promissores. No final da década de
90, a relação candidatos/vagas nos
vestibulares diminuiu. Como exemplo, na EESC - São Carlos, uma
das escolas de ponta do país,
foram registrados 4,3 candidatos
por vaga no ano de 1997 para o
curso de Engenharia Civil. Na Escola Politécnica da USP, outra gigante, em 1999 uma vaga na Engenharia Civil foi disputada por apenas 9,45 candidatos. Além disso,
naqueles anos, os poucos Engenheiros formados migraram, em
número considerável, para outras
áreas do conhecimento. Cursar Engenharia Civil nos anos 90 foi complicado e pouco promissor. Aqueles com idade entre 30 e 40 anos
deverão estar de acordo com o
meu ponto de vista.
40
Porém, hoje, percebo que alguma
coisa mudou. A tão comentada explosão imobiliária finalmente está em
curso, a pleno vapor, motivada por
inúmeras ofertas de crédito, que impulsionam o cidadão comum e pagador de impostos a adquirir financiamentos e possuir a tão sonhada casa
própria. Longe de pretender entrar
em questões de economia ou política, (apenas emitindo uma opinião
pessoal) creio que, de certa forma, a
maneira como algumas questões
dessa natureza vêm sendo conduzidas, está trazendo benefícios diretos
para a nossa classe.
Durante a faculdade, ouvi
inúmeros relatos de colegas
cujos pais e amigos
aconselhavam-nos a trancar
a matrícula do curso para,
em seguida, prestar
vestibulares mais
promissores, tais como
medicina e direito.
Muito me satisfaz ver reportagens
de revistas de tiragem nacional
exaltando a hora e a vez dos Engenheiros. Ótimo para a geração de
profissionais em atividade. Muitos
dos antigos chegam a comparar o
“boom” atual com os milagres econômicos acontecidos anteriormente, ou com alguns rápidos momentos vividos durante os idos dos anos
80. Ver a motivação dos estagiários
ao visitar uma obra, ou a sua esperança de contribuir para o crescimento do país, é contagiante, no
sentido estrito da palavra.
Não há como construir um
grande país sem que haja
excelência em Engenharia.
Mais ainda, as perspectivas futuras
parecem promissoras: segundo pesquisa publicada na Revista Veja, na
matéria “Contratados desde a faculdade” - 19/3/08, o nosso país forma
atualmente apenas 1/3 dos Enge-
nheiros que serão necessários para
cumprir a demanda em um prazo de
4 anos. A mesma revista, em sua
edição local em São Paulo, trouxe
uma reportagem de capa no dia
12/3/08 sobre o excelente momento
que a nossa profissão atravessa.
Sem o anseio de questionar a qualidade ou parcialidade da informação,
ou mesmo a exatidão dos dados,
como alguns poderão fazer, confesso que jamais havia presenciado
meios de comunicação em massa
enaltecendo os Engenheiros nacionais. Sinto-me feliz com a situação e
vejo que os que estão ao meu redor
exibem e compartilham entre si um
grande sentimento de que o “pior já
passou”. Dessa maneira, a atmosfera positiva que estamos vivenciando
vem para resgatar o orgulho de uma
das mais importantes profissões, a
considerar o ciclo de crescimento de
um país. Digo isso porque nenhum
daqueles que são hoje os grandes
países desenvolvidos assim se tornou sem antes formar uma competente e sólida base de profissionais
de Engenharia, através da criação e
manutenção de escolas da mais alta
qualidade. Não há como construir
um grande país sem que haja excelência em Engenharia. Se o momento econômico aponta que o Brasil
poderá em breve integrar o grupo
dos desenvolvidos, ele precisa, com
a máxima urgência, formar uma
grande quantidade de Engenheiros
de qualidade, para que amanhã não
tenhamos de cometer o pecado de
importar profissionais que poderíamos ter formado aqui.
Enfim, a mim parece que a euforia
interna permanecerá por um tempo
maior do que se imaginava no início. Espero sinceramente, como
profissional e muito mais ainda
como cidadão, que os anos pouco
proveitosos nos tenham feito de
fato aprender a lição e que dessa
vez a Engenharia tenha entrado em
um ciclo duradouro e auto-sustentável, para que assim possamos
construir um grupo cada vez mais
coeso e respeitado de profissionais,
dentro e fora do país.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27
19/08/2008
18:42
Page 41
41
ARTIGO
TQSNEWS
Arquitetura é arte e ciência
Arq. Nadir Curi Mezerani
www.nadirmezerani.com.br
Formado na década de 1960 pela
Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade
Mackenzie, o arquiteto Nadir Curi
Mezerani construiu, na mesma
instituição, uma sólida carreira
acadêmica e docente. Ao mesmo
tempo, conduziu seu escritório de
projetos e ocupou cargos em
entidades profissionais, como o
Crea/SP e o Sindicato dos
Arquitetos do Estado de São Paulo.
Esse período de grande
efervescência estimulou o espírito
crítico de Mezerani, que hoje
mantém seu escritório em intensa
atividade. Em sua opinião, o papel
do arquiteto que deseja conceber
um bom projeto e,
conseqüentemente, boa arquitetura
é o de orientar a sociedade para a
conscientização de seus benefícios.
Nesta entrevista, ele fala dos
elementos que identificam
conceitualmente um bom projeto e
da conciliação entre arquitetura e
meio ambiente. “O século 20
verticalizou a arquitetura,
industrializou sua construção, criou
as megacidades, uniu os países, mas
não promoveu o equilíbrio com o
meio ambiente nem conseguiu
abrigar o contingente crescente da
população nas nações
subdesenvolvidas”, afirma Mezerani.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Com o crescimento das cidades e
o surgimento de novas solicitações
ambientais, mudaram os conceitos
de organização dos espaços e de
criação de edificações para
abrigar as atividades humanas.
Diante desse quadro, qual é o
papel do arquiteto?
A função do arquiteto é criar espaços para a sociedade. A criação requer domínio do processo de produção em seus meios e fins. Requer
repertório cultural abrangente, por
lidar com anseios da sociedade, e
materialização dos seus objetivos.
O espaço físico há de ter estabilidade, funções determinadas e propiciar bem-estar ao homem na sua
privacidade ou em sociedade.
Novos valores ou paradigmas
de arquitetura não podem
ficar restritos a subjetividades
sem comprovações
fundamentadas de retornos
sociais elevados.
Arquitetura é arte e ciência, portanto
está em constante contemporaneidade. Mas é difícil a assimilação cultural,
pela sociedade, dos reais valores do
espaço, urbano ou livre, ecologicamente sustentável. Essa dificuldade se
agrava com as diferenças econômicas
das classes sociais que usufruem in-
corretamente o poder sobre os bens
comuns, subestimando o futuro.
O que é uma boa arquitetura?
É a que incorpora em seus espaços
os anseios da sociedade no tempo.
Deduzir o que é boa arquitetura a
partir de suas características técnicas mensuráveis é mais fácil. É
quando a obra atende ao programa
solicitado; custo programado; edificação estável e conforto ambiental.
Entretanto, definir valores sociais,
estéticos, históricos, culturais, de
usos e costumes e prever valores
prospectivos, que um projeto deve
conter, já é tarefa mais complexa.
Esses componentes são imponderáveis e devem ser elaborados por
analogia, um processo cultural de
criação e não como uma “invenção
isolada”. Novos valores ou paradigmas de arquitetura não podem ficar
restritos a subjetividades sem comprovações fundamentadas de retornos sociais elevados.
41
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:18
Page 42
42
TQSNEWS
O que identifica conceitualmente
um bom projeto?
Atendidas as espectativas do cliente,
interpretadas pelo arquiteto, um projeto arquitetônico deve incorporar
todas as áreas técnicas: cálculo estrutural, instalações hidrossanitárias,
elétricas, etc. Deve ter implicitamente, em seu processo construtivo,
coerência com a mão-de-obra local
e custo fundamentado. Este bom
projeto não necessita ser inovador.
As obras de interesse social
requerem muita experiência
profissional de todos os
agentes envolvidos no
processo.
O que identifica tecnicamente
uma boa obra?
O cumprimento de um bom projeto.
Certamente a obra será bela, durável,
funcional, salubre, confortável, aconchegante, em si e urbanisticamente.
Até que ponto a funcionalidade
pode ser sacrificada em favor da
estética?
Nunca. Algumas propostas recorrem
à plástica como se fosse estética, ou
atrair a atenção a partir dessa propriedade da arquitetura. O grande
valor de um bom profissional é conceber a beleza não como um recurso,
mas como solução estética funcional.
É necessário distinguir a ética estética da plástica. Essa qualificação,
difícil para compreender, é o que
destaca a boa arquitetura do formalismo. Parodiando sua pergunta,
prefiro sacrificar a plástica em benefício da funcionalidade. Já imaginou
como o Cristo Redentor, no Rio de
Janeiro, seria maravilhoso se fosse
concebido por Victor Brecheret?
Seria arte, além de ponto turístico.
Esse pensamento se aplica à
arquitetura contemporânea?
A arquitetura contemporânea é aquela presente em seu tempo e o homem
sempre produziu a arquitetura como
um reflexo de sua cultura, de sua história. É importante distinguir seu próprio tempo. Ela nos torna senhores
dos conhecimentos que identificam
valores éticos reais e aqueles por
vezes impostos por modismo.
42
O que é uma boa implantação
arquitetônica no contexto
urbanístico?
Há uma relação estreita entre o objeto arquitetônico e seu observador
no espaço urbano. Preocupa-me a
falta de parâmetros críticos na implantação de obras novas em ambientes urbanos já consolidados.
Em São Paulo, o Memorial da América Latina está descontextualizado
em seu meio ambiente urbano, as
obras e seu entorno não estão em
harmonia, quer em sua integração
de funções ou volumetria. Cumpre à
prefeitura estabelecer parâmetros
de uso e ocupação que incorporem
o eventual potencial de indução de
transformação urbana, de forma a
estabelecer uma nova relação com
o meio ambiente urbano imediato
ao Memorial.
O grande valor de um bom
profissional é conceber a
beleza não como um
recurso, mas como solução
estética funcional.
Outro exemplo é a prática duvidosa
de priorizar a abertura de grandes
avenidas, sem estabelecer parâmetros críticos de ocupação dos
bairros lindeiros, gerando ruídos
nessa paisagem urbana, dentro do
compromisso ético e estético de
indutor de transição com a cidade
existente. Ao serem implantados
os corretos corredores de ônibus
nas avenidas 9 de Julho e Rebouças [em São Paulo], a prefeitura se
aprofundou na funcionalidade precípua em detrimento da estética de
suas obras complementares, nas
imediações do túnel 9 de Julho e
no complexo Paulista-Consolação.
A exemplar passarela do arquiteto
Vilanova Artigas, da década de
1970, foi desfigurada com o desenho da útil escada executada em
seu centro. A galeria de pedestres
da rua da Consolação e a passarela do Hospital das Clínicas, que
projetamos em 1970 e 1972, também sofreram interferências com a
concepção das recentes obras, importantes, mas em grande dissonância. O Metrô, em um exemplo
mais defensável, executou a estação Sumaré na década de 1990
com os mesmos conceitos e parti-
do de nossa proposta de 1976, liberando a paisagem visual através
da estação, e ao reproduzir a concepção arquitetônica do viaduto Dr.
Arnaldo como seu apoio. A região
se qualifica como um espaço defensável de arquitetura e meio ambiente urbano, incorporado hoje
com o Centro de Cultura Judaica.
A noção de que o projeto
custa caro é irreal. E a
noção de que arquiteto só
atende a poucos é real. Os
problemas são culturais e de
má distribuição de renda.
Como transformar um projeto em
construção econômica?
As obras de interesse social requerem muita experiência profissional
de todos os agentes envolvidos no
processo. Programas nacionais de
erradicação da falta de habitação,
para uma população como a brasileira, nunca foram encarados politicamente como um ato social prioritário e contínuo. O próprio BNH se
tornou um banco financiador e de
investimento como outro qualquer.
Projetos de desfavelamento sempre
são prejudicados com a falta de
avaliações científicas pós-uso.
Há projetos diferenciados que
lidam com a prioridade da
economia de custos?
Sim, os industrializáveis para reprodução em escala, as autoconstruções orientadas para a população
de baixa renda e aqueles produzidos pelas demais classes sociais.
Todos requerem estudos minuciosos, desde a concepção arquitetônica inicial até a tecnologia da construção. Há materiais econômicos
que não inviabilizam a boa arquitetura. Estes podem ser os tijolos de
barro, o mais antigo material prémoldado da história, as telhas de
barro, ótimos isolantes térmicos,
melhores que as condenáveis telhas
de amianto, até os pisos, tipo vermelhão, resistentes e ricos em beleza, quando bem estudados em conjunto com tubulações hidráulicas e
elétricas aparentes. São esses os
fatores que tornam a questão estética uma postura cultural de realidade social de um povo.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:18
Page 43
43
TQSNEWS
Qual é, então, a função da
arquitetura moderna?
A arquitetura moderna se contrapôs
àquelas estabelecidas, feitas em
épocas de mão-de-obra barata ou
escrava. A industrialização viabilizou
materiais em escala e, no século
passado, deu-se a eclosão demográfica e conseqüente nascimento
das metrópoles. A arquitetura moderna deveria ter sido - mas não foi
- assimilada para a construção em
grande escala, sem enfeites, predominando a função e a beleza das
proporções. Poderia ter gerado a
casa pré-fabricada subsidiada pelo
governo e vendida a baixo preço...
Todos requerem estudos
minuciosos, desde a
concepção arquitetônica
inicial até a tecnologia da
construção. Há materiais
econômicos que não
inviabilizam a boa arquitetura.
Como desmistificar a imagem de
que um projeto custa caro e é
para poucos?
A autoconstrução feita pela população de baixa renda é aquela que está
a seu alcance. Projetos para essa população não poderão existir sem intervenção ou subsídios governamentais. Portanto, não havendo programas nacionais de construção em
massa, os arquitetos tornam-se artigo
de luxo para essa população. A noção
de que o projeto custa caro é irreal. E
a noção de que arquiteto só atende a
poucos é real. Os problemas são culturais e de má distribuição de renda.
Esses problemas culturais limitam,
em sua maioria, o arquiteto à relação
com a classe de maior poder aquisitivo e com o governo. A força do mercado conduz a arquitetura a grifes e
distancia o casamento do profissional
com os interesses da sociedade.
É possível conciliar arquitetura e
meio ambiente?
O século 20 verticalizou a arquitetura,
industrializou sua construção, criou
as megacidades, uniu os países, mas
não promoveu o equilíbrio com o
meio ambiente nem conseguiu abrigar o contingente crescente da população nas nações subdesenvolvidas.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
A arquitetura lutou por uma linguagem própria e um meio ambiente socializante humano. Lutou contra a nociva especulação imobiliária.
Já no início daquele século, o grupo
modernista de 1922 se lançou com o
desejo de instigar a auto-estima dos
brasileiros, através de suas raízes e
valores espontâneos, de seu potencial latente, em busca de sua cultura
ética antropofágica, ante a submissão colonialista. A arte foi o meio e a
comunicação. Seu tempo e filosofia
não tiveram espaço prolongado diante de uma globalização capitalista de
mercado crescente, e hoje temos de
continuar expondo o que poderia ter
sido assimilado há décadas.
Um caminho recomendável é o da
maior atenção à necessária verticalização de cidades de porte médio,
através da reordenação de seus vários lotes em um único espaço nas
quadras urbanas, com estímulos de
maior ocupação, visando a requalificação do meio ambiente. O governo, através do Estatuto da Cidade,
deve estabelecer parâmetros indutores aos futuros ambientes.
E qual o reflexo na produção
arquitetônica brasileira?
Essa globalização se impôs como filosofia verticalizadora de poder, formulando seu próprio tempo de ação
sem apoiar-se em conceitos que não
fossem as leis internacionais do capital privado. Essas novas ordens sociais, percorrendo “éticas” peculiares, estão interferindo novamente na
brasilidade, um novo colonialismo.
O novo tempo deste século, imposto
em parte pelas lógicas de retornos de
investimentos financeiros, é mais
veloz que aquele do amadurecimento
cultural crítico de uma nova proposta
assimilada natural e horizontalmente.
Trata-se de uma questão ética?
Sem uma ética de sustentabilidade,
concretizam-se os valores partidariamente dirigidos, com parcialidade,
para o acúmulo do poder, do retorno
imediato do investimento mercantilizado pelo marketing, independentemente do valor real do produto. O
consumo pelo consumo cria sua
“auto-sustentação” em meio antagonizado. Conceitos éticos de arquitetura e urbanismo tendem a caminhos
de valores socializantes, sendo contra o uso do solo urbano como bem
privado de especulação, arquitetura
como subproduto de uma intenção
de investimento pelos retornos financeiros máximos; o próprio Estado
torna-se instrumento de mercado
com a comercialização de coeficientes de aproveitamentos construtivos.
A arquitetura torna-se também,
não raras vezes, suporte da superficialidade de elementos símbolos
de “estilos”.
O novo tempo deste século,
imposto em parte pelas
lógicas de retornos de
investimentos financeiros, é
mais veloz que aquele do
amadurecimento cultural
crítico de uma nova
proposta assimilada natural
e horizontalmente.
E qual seria o caminho?
A busca da ética. A arquitetura como
instrumento cultural deve caminhar
novamente pela criação como um
processo crescente de valores incorporadores do respeito ao passado,
funcional no presente contemporâneo
e prospectivo pela consistência do
respeito ao espaço humano do futuro.
Há exemplos de boa obra de
arquitetura brasileira?
Historicamente, a produção arquitetônica brasileira é expoente mundial. É precursora em soluções técnicas e fortemente representativa
em nossa cultura, assimilando,
quando necessário, tecnologias
executivas e materiais importados.
O projeto do parque Ibirapuera, o
Mube (Museu Brasileiro da Escultura,
projeto de Paulo Mendes da Rocha),
em São Paulo, o aterro do Flamengo
com o MAC e sua passarela de Affonso Eduardo Reidy, no Rio de Janeiro,
os abrigos de ônibus de Curitiba e a
catedral de Brasília são alguns exemplos admiráveis da arquitetura e urbanismo que podemos reproduzir
com coerência com o meio ambiente.
Por Cida Paiva
Publicada originalmente em
FINESTRA, Edição 40, março de 2005
Link da entrevista na integra:
http://www.arcoweb.com.br/entrevista/
entrevista67.asp
43
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
NOTÍCIAS
20:19
Page 44
44
TQSNEWS
Convenção do ACI
30 de março a 3 abril de 2008, Los Angeles, CA, EUA
Eng. Selmo Kuperman recebe “ACI Honorary Member”
convenção do ACI (American Concrete Institute)
los, Telêmaco van Langendonck e Francisco de Assis Basilio detinham esse reconhecimento máximo do ACI.
A tradicional convenção “ACI Spring Convention” ocorreu nas luxuosas instalações do hotel Hyatt em Beverly
Hills, de 30 de março a 3 de abril de 2008, na elegante
cidade de Los Angeles, Califórnia. Como sempre, essa
Convenção (Congresso) também foi muito concorrida,
com mais de 1.500 participantes de todas as partes do
país e de mais de 35 países diferentes que registraram
seus representantes.
Na foto abaixo o Dr. Selmo Kuperman, à direita, recebe
o prêmio do Presidente do ACI (até aquela data), prof. dr.
David Darwin (da Universidade do Texas, em Austin):
Fattor Projetos de Estruturas, Curitiba, PR
Esta convenção, destacou-se das demais porque o Brasil, particularmente o IBRACON, foi especialmente reconhecido pela comunidade americana que conferiu ao exPresidente, Dr. Selmo Chapira Kuperman, o título de “ACI
Honorary Member”. Trata-se do galardão mais alto do
ACI reservado a muito poucos e com um número finito e
conhecido de títulos. O Dr. Selmo foi reconhecido por sua
“outstanding” contribuição à engenharia de concreto
mundial e também por seu permanente e incansável trabalho de valorização do intercâmbio internacional. Até
hoje somente os professores Augusto Carlos Vasconce-
44
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:19
Page 45
45
TQSNEWS
Encontro Internacional de Projetistas,
Incorporadores e Construtores
10 de abril de 2008, São Paulo, SP
1º Simpósio Internacional sobre
Pontes e Grandes Estruturas
6 a 7 de maio de 2008, São Paulo, SP
Com a presença de 250 profissionais do mercado da
construção, representando 23 cidades, 12 Estados e as
mais significativas instituições e empresas brasileiras
(projetistas, incorporadoras, construtoras, consultoras,
fabricantes e prestadoras de serviços), aconteceu, no último dia 10 de abril, o Encontro Internacional de Projetistas, Incorporadores e Construtores, realizado pelo CTE Centro de Tecnologia de Edificações.
Com o objetivo de divulgar as recentes conquistas e as
novas técnicas empregadas em grandes estruturas
(como pontes e viadutos), a ABECE promoveu, nos dias
6 e 7 de maio de 2008, o 1º Simpósio Internacional sobre
Pontes e Grandes Estruturas.
O objetivo do Encontro foi discutir o novo papel estratégico do projeto no mercado imobiliário atual, tendo em
vista as novas questões que se apresentam devido a um
momento bastante acelerado e aquecido do setor.
Pela manhã, houve a abertura do evento pelo CTE - posicionando o mercado atual e a importância que o projeto
passa a ter para os negócios imobiliários - e a palestra dos
arquitetos da “HOK - Ideas Work”, convidados internacionais que trouxeram a experiência de um escritório de projetos globalizado. À tarde, aconteceram três painéis, em
que palestrantes brasileiros abordaram essencialmente os
seguintes temas: os novos modelos de gestão de projetos,
o projeto como elemento estratégico no desenvolvimento
de novos negócios imobiliários e o projeto como elemento
de minimização do risco técnico dos empreendimentos.
No final, foram destacados os principais pontos debatidos no Encontro, que merecem, daqui em diante, serem
analisados e trabalhados, a fim de que soluções eficazes
e integradas sejam implantadas no setor da construção.
Para maiores informações, download de palestras e
fotos, acesse: http://www.cte.com.br/eventos/eventos2008/
internacional/abertura.htm
Fonte: Informático CTE - 6/5/2008
FEICON BATIMAT- 2008
8 a 12 de abril de 2008, São Paulo, SP
Mais uma vez, a TQS esteve presente na Feicon Batimat Feira Internacional da Indústria da Construção - onde foram
realizadas diversas demonstrações da Versão 13 dos Sistemas CAD/TQS. Aproveitamos a oportunidade para mostrar
alguns recursos inéditos que foram introduzidos no software, como por exemplo, o TQS-PREO, software para estruturas pré-fabricadas de concreto armado e protendido. Muitos
amigos e clientes estiveram presentes em nosso estande.
O evento contou com palestras e debates de renomados
engenheiros estruturais e especialistas nesse tipo de estrutura, com destaque para o eng. Jacques Combault,
atual presidente do IABSE (International Association for
Bridge and Structural Engineering) e diretor técnico do
Finley Engineering Group.
Destinado a projetistas de estruturas, engenheiros,
construtores, arquitetos e estudantes, o evento contou
com cerca de 130 participantes.
As seguintes palestras fizeram parte do evento:
Conferência de abertura:
“O Estado da Arte das Estruturas no Mundo”
Eng. Jacques Combault - Presidente do IABSE e Diretor
Técnico do Finley Engineering Group.
Palestra 1
O Projeto e a Construção da Ponte Estaiada sobre o
Rio Paranaíba - Divisa MG-MS
Eng. Bernardo Golebiowski - Diretor e Responsável Técnico da Noronha Engenharia S.A.
Palestra 2
Viaduto estaiado sobre a rodovia Presidente Dutra
Eng. Rui Nobhiro Oyamada - Sócio Diretor da OUTEC
Engenharia
Palestra 3
II Ponte do Rio Orinoco
Eng. Roberto Alves - Gerente Técnico da Figueiredo Ferraz CEP Ltda.
Palestra 4
O Projeto da Ponte de Rion-Antirion
Eng. Jacques Combault - Presidente do IABSE e Diretor
Técnico do Finley Engineering Group
Palestra 5
Evolução das Pontes Estaiadas e Pontes Estaiadas
Brasileiras
Eng. Minoru Onishi - Diretor Técnico/Comercial da Protende - Sistemas e Métodos
Palestra 6
A Ponte Rio-Niterói - Três Décadas de História
Eng. Benjamin Ernani Diaz - Diretor Técnico da Noronha
Engenharia e de Serv. de Engenharia B. Ernani Diaz e
Chefe do Departamento de Estruturas da Escola Politécnica da UFRJ
Palestra 7
A Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira
Eng. Catão Francisco Ribeiro - Diretor da Enescil Engenharia de Projetos
Para maiores informações e download das apresentações,
acesse: http://www.abece.com.br/2007/eve_simposio.asp
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
45
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:19
Page 46
46
TQSNEWS
ISO valida NBR 6118 como norma internacional
A ISO (International Organization for Standardization)
aprovou a NBR 6118:2003 de acordo com a Norma Internacional ISO 19338 - Performance and assessment requirements for design standards on structural concrete.
O fato ocorreu no dia 21 de abril, quando o comitê
ISO/TC 71 (Technical Committee of Concrete, Reinforced
Concrete and Pre-stressed Concrete) aprovou a NBR na
votação realizada entre seus 88 países membros.
norma, e a superintendente do ABNT/CB-18, Inês Battagin no link abaixo: http://www.piniweb.com.br/construcao/
tecnologia-materiais/artigo87337-1.asp
Conheça as outras nove normas reconhecidas pelo
ISO/TC 71
1. EUA - ACI 318 - Building Standards Requirements for
Structural Concrete
2. EUA - ACI 343 - Analysis and Design of Reinforced
Concrete Bridge Structures
3. Comunidade Européia - EN 1992-1 - Eurocode 2. Design of Concrete Structures. Part 1.
4. Japão - AIJ Standard for Structural Calculation of
Reinforced Concrete Structures
5. Japão - AIJ Standard for Structural Design and Construction of Prestressed Concrete Structures
6. Japão - AIJ Standard Specification for Concrete
Structures
7. Austrália - AS 3600:2001 - Concrete Structures
8. Colômbia - Code - National Structural Concrete Structures
9. Arábia Saudita - SB 304 - Saudi Building Code: Concrete Structures
A norma brasileira orienta requisitos básicos exigíveis
para projeto de estruturas de concreto simples, armado
e protendido excluídas aquelas em que se empregam
concreto leve, pesado ou outros especiais. Aprovada em
2003, o processo junto ao órgão internacional se iniciou
oficialmente em dezembro de 2005.
Com a aprovação, a NBR 6118:2003 integra o Anexo A
da norma ISO 19338 e pode ser utilizada para o desenvolvimento de projetos de estruturas de concreto fora do
Brasil. As empresas estrangeiras com interesse em executar empreendimentos no país também deverão se deparar com facilitadores, pois há certa simetria com as
outras nove normas aceitas internacionalmente. Entretanto, apenas a parte de projetos da NBR foi homologada, e a parte de execução ainda não foi sugerida ao comitê da entidade internacional.
Confira entrevista com dois dos engenheiros envolvidos
no processo, José Zamarion, um dos coordenadores da
Fonte: Piniweb, 29/4/2008, www.piniweb.com.br
Palestras no Instituto de Engenharia
de São Paulo
Ao longo do primeiro semestre de 2008, diversas palestras foram apresentadas no Instituto de Engenharia de
São Paulo. Entre elas, podemos destacar:
28/1/2008
Mesa Redonda - O Engenheiro no Exercício do
Cargo Público
Expositores: Engenheiros Paulo Egydio Martins, Walter
Coronado Antunes, Adriano Murgel Branco, Ozires Silva
e José Ficker
8/5/2008
Aprendendo com os Acidentes Estruturais. Corrosão
sob Tensão
Expositor: Prof. Dr. Paulo Helene
12/6/2008
A Engenharia Estrutural na Argentina
Expositor: Eng. Eduardo A. Cotto
19/6/2008
Estados Limites de Serviço - Estruturas de Aço
Expositor: Eng. Ivan Lippi Rodrigues
Todas as palestras podem ser acessadas através do site
do Instituto de Engenharia de São Paulo:
http://www.ie.org.br/, clique no link “TV Engenharia”.
46
Eng. Luiz Carlos Spengler, Campo Grande, MS
29/11/2007
Ponte Estaiada Octavio Frias de Oliveira
Expositor: Eng. Catão Francisco Ribeiro
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:19
Page 47
47
TQSNEWS
Curso: Dinâmica Aplicada em Estruturas de Concreto
Iniciamos, em parceria com o eng. Sérgio Stolovas, a
apresentação do curso: Dinâmica Aplicada em Estruturas
de Concreto. Tivemos, ao longo do primeiro semestre de
2008, a realização de diversos cursos em todo o Brasil.
A análise dinâmica tem-se tornado uma tarefa cada vez
mais necessária durante o projeto de edifícios de concreto. Diante disso, é necessário conhecer as metodologias relacionadas a este assunto.
Este curso incorpora a Análise Modal e o Time History ao
dia-a-dia do Engenheiro que desenvolve ou não projetos
através dos Softwares CAD/TQS de forma prática e objetiva. O curso se divide em:
- Introdução aos conceitos de dinâmicas: fenômenos e
aplicações na Engenharia de Estruturas;
- Significado e interpretação dos modos de vibração;
- Análise modal;
- Avaliação de respostas no tempo (Time History);
- Aceitabilidade de níveis de vibração;
- Estudo de efeitos dinâmicos gerados por equipamentos mecânicos;
- Estudo de efeitos dinâmicos gerados por atividades
humanas;
- Introdução à avaliação de efeitos dinâmicos gerados
pelo vento;
- Introdução ao projeto de estruturas resistentes a sismo.
Para maiores informações, acesse:
http://www.tqs.com.br/servicos/inscricao.asp
Dinâmica Aplicada, São Paulo, fevereiro/2008
Dinâmica Aplicada, Porto Alegre, março/2008
Dinâmica Aplicada, Recife, abril/2008
Dinâmica Aplicada, São Paulo, maio/2008
Dinâmica Aplicada, Brasília, junho/2008
Dinâmica Aplicada, Rio de Janeiro, julho/2008
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
47
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:20
Page 48
48
TQSNEWS
Curso Técnico Padrão - CAD/TQS e CAD/Alvest
Ao longo do primeiro semestre de 2008, continuamos
apresentando os cursos padrões sobre os Sistemas
CAD/TQS. Os seguintes cursos foram realizados:
Já estão disponíveis em nosso site as novas datas para
os cursos, e para maiores informações, acesse:
Curso Padrão, São Paulo, fevereiro/2008
Curso Padrão, Belo Horizonte, Abril/2008
Curso Padrão, Porto Alegre, maio/2008
Curso CAD/Alvest, São Paulo, maio/2008
Curso Padrão, Goiânia, maio/2008
Curso Padrão, São Paulo, junho/2008
Curso Padrão, Rio de Janeiro, Junho/2008
Curso Padrão, Ribeirão Preto, Julho/2008
48
http://www.tqs.com.br/servicos/inscricao.asp
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
15:01
Page 49
49
TQSNEWS
Curso Padrão, Maceió, Julho/2008
Curso CAD/Alvest, Porto Alegre, Julho/2008
Curso: Cálculo de Pilares de Concreto Armado
27 de fevereiro e 5, 12, 19 e 26 de março de 2008, São Paulo, SP
25 e 26 de abril de 2008, Belo Horizonte, MG
20 e 21 de junho de 2008, Rio de Janeiro, RJ
A ABECE promoveu, ao longo do primeiro semestre, o
curso Cálculo de Pilares de Concreto Armado. Este
curso teve como palestrante o eng. Alio Ernesto Kimura,
formado pela Unesp/Bauru (Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”), que trabalha na TQS Informática desde 2000, na área de desenvolvimento de
sistemas computacionais para engenharia de estruturas
e é autor do livro Informática Aplicada em Estruturas de
Concreto Armado.
- Método geral
- Momento mínimo de 1ª ordem (M1d,mín), como aplicá-lo
- Exemplos dos comentários da NB-1
- Análise à flexão composta oblíqua
- Análise de pilares-parede: por faixas isoladas e por
malha
- Tendências e novas metodologias na análise de pilares
de concreto armado
Com o objetivo de abordar os principais aspectos referentes ao cálculo de pilares de concreto, principalmente
no que se refere à análise das imperfeições geométricas
e dos efeitos locais de 2ª ordem, o programa aborda
desde a visão geral do cálculo de pilares de concreto armado em projeto de edifícios até as tendências e novas
metodologias em sua análise:
Para maiores informações, acesse: www.abece.com.br
Conteúdo do curso:
- Visão geral do cálculo de pilares de concreto armado
em projeto de edifícios
- Revisão sobre as não-linearidades (física e geométrica)
- Efeitos globais de 2ª ordem nos pilares
- Diagrama N, M, 1/r, a base dos processos mais refinados
- Métodos aproximados para cálculo dos efeitos locais
de 2ª ordem
Curso: Cálculo de Pilares de Concreto Armado, São Paulo, SP
Curso: Cálculo de Pilares de Concreto Armado, Belo Horizonte, MG
Curso: Cálculo de Pilares de Concreto Armado, Rio de Janeiro, RJ
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
49
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:21
Page 50
50
TQSNEWS
11ª CONSTRUSUL
6 a 9 de agosto de 2008, Porto Alegre, RS
Concrete Show - 2008
27 a 29 de agosto de 2008, São Paulo, SP
A CONSTRUSUL chega a sua 11º edição com o sucesso já consolidado das últimas edições. A Feira ocorrerá
de 6 a 9 de agosto de 2008, nos Pavilhões da Fiergs. A
TQS Informática Ltda. participará mais uma vez desse
eventos de enorme sucesso no sul do país, e estaremos
presente com stand próprio, de número 82, na Meia Lua.
Inovações e tendências mundiais em soluções, sistemas
e métodos construtivos à base de concreto, trazendo
soluções e aumentando a produtividade, qualidade e velocidade na execução da obra.
Concrete Show South América é um ponto de encontro
internacional de negócios e tecnologia exclusivo para
fornecedores da cadeia de concreto e seus usuários. O
evento tem como apoiadores oficiais a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Concretagem (ABESC) e
a Federação Interamericana do Cimento (FICEM).
Aproveite, pois será uma grande oportunidade de conhecer os softwares CAD/TQS e o nosso recente lançamento, o TQS PREO, software para estruturas pré-fabricadas de concreto.
Para maiores informações, acesse:
A TQS participará do Concrete Show South América
com estande próprio, no pavilhão A, nº 50, onde esperamos a visita de inúmeros colegas, clientes e interessados em conhecer os Sistemas CAD/TQS.
http://www.feiraconstrusul.com.br/
Para maiores informações, acesse:
Simetria Engenharia de Projetos, Brasília, DF
Archimino Cardoso de Athayde Neto, Belém, PA
http://www.concreteshow.com.br/
50
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:21
Page 51
51
TQSNEWS
O Instituto Brasileiro do Concreto - IBRACON realiza a
cinqüentenária edição do Congresso Brasileiro do Concreto, em Salvador, Bahia, de 4 a 9 de setembro de
2008. Maior fórum nacional e latino-americano de debates sobre o concreto e suas aplicações em obras civis, o
evento objetiva discutir e difundir as pesquisas e tecnologias construtivas para a cadeia da construção civil.
A marca do Congresso Brasileiro do Concreto é a diversidade de acontecimentos técnico-científicos realizados
simultaneamente. Estão previstas para o 50º CBC 2008:
- 413 palestras técnico-científicas, onde as pesquisas
em andamento nas universidades e institutos de pesquisa nacionais e latino-americanos são apresentadas
aos participantes;
- 2 Painéis de Temas Controversos, que debaterão
temas atuais e polêmicos do mercado de construção;
- 11 Conferências Plenárias, proferidas por renomados
especialistas de empresas e universidades nacionais e
estrangeiras, sobre seus ramos de atuação;
- Workshop sobre Pavimentos de Concreto (PAV 2008):
apresentará as técnicas nacionais e internacionais para
a execução, controle e manutenção de pisos industriais e pavimentos de concreto;
- 3 Concursos Estudantis: competições entre os estudantes de engenharia e arquitetura em torno da elaboração de um pórtico e de uma bola de concreto e de
um pré-projeto arquitetônico;
- Cursos de Atualização Profissional sobre as tecnologias construtivas, ministrados por profissionais diretamente envolvidos com o assunto;
- Simpósio sobre Concreto Compactado com Rolo (RCC
2008): apresentará as pesquisas de ponta e as tecnologias mais avançadas relacionadas à construção de
obras hidráulicas;
- IV Feira de Produtos e Serviços para a Construção,
onde os participantes podem se atualizar sobre os produtos e serviços oferecidos pelas empresas do setor;
- Palestras Técnico-Comerciais: apresentações formais
dos produtos e serviços expostos na Feira;
- Visitas técnicas programadas: congressistas têm a
chance de conhecer obras emblemáticas de Salvador;
- Reuniões Institucionais: diretores do Instituto reúnemse para planejar suas atividades anuais
Eng. Luiz Carlos Spengler,
Campo Grande, MS
50° Congresso Brasileiro do Concreto
4 a 9 de setembro de 2008, Salvador, BA
Uma maratona do saber, onde participam estudantes,
pesquisadores, professores, técnicos, projetistas, tecnologistas, vendedores técnicos, engenheiros em geral,
marqueteiros, empresários, construtores, fornecedores,
funcionários públicos e outros agentes da cadeia da
construção.
As inscrições estão abertas. Valores promocionais para
quem se inscrever pelo site até o dia 20 de agosto.
Mais informações: www.ibracon.org.br
Fonte: Fábio Luís Pedroso - Assessor de Imprensa –
IBRACON.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
51
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:21
Page 52
52
TQSNEWS
ENECE 2008 - 11º Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural
22 e 23 de outubro de 2008, São Paulo, SP
O ENECE (Encontro Nacional de Engenharia e Consultoria Estrutural) é um evento realizado anualmente pela
ABECE, desde 1998, com o objetivo de reunir profissionais da área de projetos estruturais, construtores, estudantes e interessados em temas atuais que influenciam
o seu dia-a-dia. Profissionais renomados são convidados para abordar em palestras as principais novidades e
tendências da engenharia estrutural.
mais de 40 anos na área, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à engenharia estrutural e consultiva brasileiras.
Além disso, a Associação concede, durante o evento, títulos de Sócio Honorário a profissionais que atuam há
Fonte: Assessoria de Impressa da Abece.
O tema deste ano será: A qualidade na Engenharia Estrutural
Para maiores informações, acesse:
http://www.abece.com.br/
Prêmio Talento Engenharia Estrutural - 2008
22 de outubro de 2008, São Paulo, SP
A criatividade sustentada por uma boa estrutura
A sexta edição do Prêmio Talento Engenharia Estrutural,
cujas inscrições estão abertas desde o dia 5 de maio de
2008, traz novidades aos participantes.
Além das quatro categorias anunciadas para que os profissionais interessados inscrevam seus trabalhos (edificações, infra-estrutura, obras especiais e obras de pequeno porte), será disponibilizada uma pesquisa on-line.
Seu objetivo é fazer com que a ABECE e a Gerdau, realizadoras do concurso, conheçam como o profissional
da área escolhe a solução que vai utilizar em seu projeto, o que mais valoriza no fornecedor de material, quais
os critérios de escolha do material/marca, qual sua relação com o engenheiro de obras e qual o tema que gostaria de se aprofundar.
O preenchimento desta pesquisa pelo participante será
atrelado a um “gift-serviço” e ele terá acesso a um “wid-
get”, um pequeno box de conteúdo dinâmico que pode
ser baixado para o seu computador de forma simples e
personalizada. Bastará responder à pesquisa e receberá
o acesso ao “widget” para se manter constantemente
atualizado com informações da ABECE, da Gerdau e do
setor, além de avisos sobre o andamento das inscrições
do Prêmio Talento Engenharia Estrutural.
Para envolver o participante de forma diferenciada e inovadora, serão realizados videochats com debate, entre
profissionais do setor, de temas pertinentes à engenharia estrutural. Já está previsto um videochat com o presidente da ABECE, eng. José Roberto Braguim, e um
dos vencedores do Prêmio Talento Engenharia Estrutural, eng. Mario Franco.
Maiores informações podem ser obtidas no endereço
www.premiotalento.com.br.
Fonte: www.abece.com.br - maio/2008
XXIX CILAMCE Congresso Ibero Latino Americano de Métodos Computacionais em Engenharia
4 a 7 de novembro de 2008, Maceió, AL
A primeira edição do CILAMCE ocorreu no Rio de Janeiro em 1977, a última em Porto, Portugal, em 2007, e a
próxima realizar-se-á em novembro de 2008 na cidade
de Maceió, Alagoas, Brasil.
nação das mais recentes aplicações e desenvolvimentos
computacionais em engenharia entre os profissionais,
pesquisadores e estudantes da Comunidade Ibero Latino Americana.
Pretende-se criar um fórum no qual engenheiros, pesquisadores e estudantes possam trocar informações
científicas sobre métodos computacionais, sistemas disponíveis e melhorias na tecnologia, visando a solução de
inúmeros problemas práticos e teóricos da engenharia.
O CILAMCE tem assumido o papel principal na dissemi-
A 29ª edição do CILAMCE é organizada pelo Programa
de Graduação em Engenharia Civil da Universidade de
Alagoas - Brasil (UFAL).
52
Para maiores informações, acesse:
http://www.acquacon.com.br/cilamce2008/br/index.php
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:21
Page 53
53
TQSNEWS
Dissertações e teses
ALBUQUERQUE, Augusto Teixeira de
Otimização de pavimentos de edifícios com
estruturas de concreto pré-moldado utilizando
algoritmos genéticos
Tese de Doutorado
USP - Escola de Engenharia de São Carlos - 2007
Orientador: Prof. Dr. Mounir K. El Debs
teriais, mas também os aspectos relativos à fabricação,
transporte e montagem. Atesta-se a consistência da representação do problema pelo modelo em função dos
resultados que foram muito coerentes com a prática
dos projetos. Os vários exemplos apresentados mostraram a robustez e a aplicabilidade do modelo e evidenciou-se a possibilidade de sua utilização em um sistema
de apoio à tomada de decisão, que sirva como ferramenta de auxílio aos projetistas na concepção estrutural. Foi implementada a rotina dos transgênicos, que
melhorou a convergência, e, a dos gêmeos, que aumentou a variabilidade da população.
Para maiores informações, acesse: http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/18/18134/tde-25032008-092341/
Edatec Engenharia, São Paulo, SP
As estruturas de concreto pré-moldado tendem a ser
mais moduladas e mais padronizados do que as estruturas de concreto moldadas no local, logo as técnicas
de otimização podem produzir mais benefícios econômicos devido à produção em escala. Entre as técnicas
de otimização utilizadas em engenharia estrutural, os algoritmos genéticos têm sido reconhecidos como uma
forte tendência devido à sua facilidade de implementação e os excelentes resultados obtidos. Este trabalho
trata da otimização integrada de pavimentos de edifícios com estruturas de concreto pré-moldado utilizando
algoritmos genéticos e minimizando os custos. O principal objetivo é apresentar uma formulação para a otimização do pavimento, baseado em restrições arquitetônicas; restrições estruturais e restrições construtivas. A
função-objetivo contemplou não só o consumo de ma-
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
53
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:21
Page 54
54
TQSNEWS
CICOLIN, Luiz Antonio Betin
Estabilidade em edifícios de concreto armado com
pavimentos em lajes planas
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de São Carlos - 2007
Orientador: Prof. Dr. Jasson Rodrigues de Figueiredo
Filho
O presente trabalho aborda maneiras possíveis de avaliar estruturas de concreto armado destinadas a edifícios
de múltiplos pavimentos quanto à instabilidade e necessidade de considerações de esforços de segunda
ordem. A partir de plantas simples de estruturas em lajes
planas, são considerados modelos com diferentes números de pavimentos. Os modelos não utilizam elementos de grande rigidez, como poços de elevadores e escadas. A modelagem utilizada adota os critérios simplificados para dimensionamento às ações verticais, formando pórticos com faixas de lajes admitidas como
vigas de pequena altura. Estes modelos são avaliados. A
partir dos resultados, analisa-se a validade a aplicação
dos critérios para dispensa de consideração dos esforços globais de segunda ordem apresentados na NBR
6118:2003, e se compara com a utilização do processo
P-Δ. São comparados resultados para estruturas com e
sem utilização de vigas invertidas na periferia.
Para maiores informações, acesse: http://www.bdtd.ufscar.br/
tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1762
SANTOS, Elilde Medeiros dos
Influência da alvenaria no comportamento estrutural
de edifícios altos de concreto armado
Dissertação de Mestrado
Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP - 2007
Orientador: Prof. Dr. Romilde Almeida de Oliveira
comparados entre si, a fim de se analisarem as reações
de apoio e deslocamentos no topo do edifício para os
dois modelos. Constatou-se um aumento na rigidez do
edifício, bem como a redistribuição dos esforços. Foram
analisados também os esforços nos painéis de alvenaria
a fim de se verificar em que pavimentos e em que geometria de pórticos as alvenarias estavam sujeitas a
maiores tensões.
Para maiores informações, acesse: http://www.unicap.br/
tede//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=165
Eng. Gustavo Rego, Recife, PE
Apresenta-se neste trabalho a análise numérica de um
edifício de 32 pavimentos, em concreto armado, situado
na cidade do Recife. Primeiramente foi realizada a modelagem pelo método dos elementos finitos apenas para
a estrutura em concreto. Em seguida realizou-se a modelagem considerando o efeito dos painéis de alvenaria
de vedação no comportamento estrutural do edifício,
através do modelo de barras diagonais equivalentes. E,
depois, a modelagem mais refinada de alguns desses
painéis, submetidos ao carregamento proveniente dos
pórticos. Os resultados obtidos nos processamentos
dos modelos com barras equivalentes e sem elas foram
54
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
Jornal TQS 27 v2
28/07/2008
20:21
Page 55
55
TQSNEWS
Desenho realizado com os sistemas CAD/TQS
Archimino Cardoso de Athayde Neto (Belém, PA)
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008
55
Jornal TQS 27 v2
30/07/2008
15:07
Page 56
56
TQS INFORMA
TQSNEWS
PRODUTOS
CAD/TQS - Plena
CAD/TQS - Editoração Gráfica
Lajes Protendidas
A solução definitiva para edificações de
Concreto Armando e Protendido.
Premiada e aprovada pelos mais
renomados projetistas do país,
totalmente adaptada à nova norma
NBR 6118:2003. Análise de esforços
através de Pórtico Espacial, Grelha e
Elementos Finitos de Placas, cálculo de
Estabilidade Global. Dimensionamento,
detalhamento e desenho de Vigas,
Pilares, Lajes (convencionais,
nervuradas, sem vigas, treliçadas),
Escadas, Rampas, Blocos e Sapatas.
Ideal para uso em conjunto com as
versões Plena e Unipro, contém todos
os recursos de edição gráfica para
Armaduras e Formas.
Realiza o lançamento estrutural, cálculo
de solicitações (modelo de grelha),
deslocamentos, dimensionamento
(ELU), detalhamento e desenho das
armaduras (cabos e vergalhões) para
lajes convencionais, lisas (sem vigas) e
nervuradas com ou sem capitéis.
Formato genérico da laje e quaisquer
disposição de pilares. Calcula perdas
nos cabos, hiperestático de protensão
em grelha e verifica tensões (ELS).
Adaptado a cabos de cordoalhas
aderentes e/ou não aderentes.
CAD/TQS - Unipro
Cálculo de esforços solicitantes,
dimensionamento (cálculo de ƒp),
detalhamento e desenho de edifícios de
alvenaria estrutural.
A versão ideal para edificações de até 20
pisos (além de outras capacidades
limitadas). Incorpora os mais
atualizados recursos de cálculo
presentes na Versão Plena. Adaptada
à nova NBR 6118:2003.
CAD/TQS - EPP Plus
Versão intermediária entre a EPP e a
Unipro, para edificações de até 8
pisos (além de outras capacidades
limitadas). Incorpora os mais
atualizados recursos de cálculo
presentes na Versão Plena. Adaptada
à nova NBR 6118:2003.
CAD/TQS - EPP
Uma ótima solução para edificações de
pequeno porte de até 5 pisos (além de
outras capacidades limitadas). Adaptada
à nova NBR 6118:2003.
CAD/TQS - EPP Home
A mais nova versão da família EPP. A
EPP Home é a porta de entrada para
edificações de pequeno porte, com
uma ótima relação custo/beneficio.
CAD/TQS - Universidade
Versão ampliada e remodelada para
universidades, baseada em todas as
facilidades e inovações já
incorporadas na Versão EPP.
Adaptada à nova NBR 6118:2003.
CAD/AGC & DP
Linguagem de desenho paramétrico e
editor gráfico para desenho de armação
genérica em concreto armado aplicado
a estruturas especiais (pontes,
barragens, silos, escadas, galerias,
muros, fundações especiais etc.).
CAD/Alvest
Telas Soldadas
Cálculo de esforços solicitantes,
dimensionamento (cálculo de ƒp),
detalhamento e desenho de edifícios
de alvenaria estrutural de até 5 pisos.
Análise, dimensionamento, detalhamento
e desenho de Telas Soldadas, para
lajes de concreto armado e/ou
protendido. Integrado ao CAD/Lajes, as
telas são selecionadas em função das
armaduras efetivamente calculadas em
cada ponto da laje. Armaduras
convencionais complementares
também podem ser detalhadas.
ProUni
G-Bar
Análise e verificação de elementos
estruturais pré-moldados protendidos
(vigas, lajes com vigotas, terças, lajes
alveoladas etc), acrescidos ou não de
concretagem local.
Armazenamento de “posições”,
otimização de corte e gerenciamento
de dados para a organização e
racionalização do planejamento, corte,
dobra e transporte das barras de aço
empregadas na construção civil.
Emissão de relatórios gerenciais e
etiquetas em impressora térmica.
CAD/Alvest - Light
SISEs
Sistema voltado ao projeto geotécnico
e estrutural através do cálculo das
solicitações e recalques dos
elementos de fundação e
superestrutura considerando a
interação solo-estrutura no modelo
integrado. A partir das sondagens o
solo é representado por coeficientes
de mola calculados automaticamente.
A capacidade de carga de cada
elemento (solo e estrutura) é realizada.
Elementos tratados: sapatas isoladas,
associadas, radier, estacas circulares
e quadradas (cravadas ou
deslocamento), estacas retangulares
(barretes) e tubulões.
TQS-PREO - Pré-Moldados
Software para o desenho, cálculo,
dimensionamento e detalhamento de
estruturas pré-moldadas em concreto
armado. Geração automática de
diversos modelos intermediários (fases
construtivas) e um da estrutura acabada,
considerando articulações durante a
montagem, engastamentos parciais nas
etapas solidarizadas e carregamentos
intermediários e finais. Consideração de
consolos, dentes gerber, furos para
levantamento, alças de içamento,
tubulação de água pluvial, etc.
Projeto gentilmente cedido pelo escritório Eduardo Penteado Engenharia S/C Ltda, de São Paulo, SP para testes da interface Revit®-TQS
TQSNEWS
DIRETORIA
IMPRESSÃO
Eng. Nelson Covas
Eng. Abram Belk
Neoband Soluções Gráficas
EDITORES RESPONSÁVEIS
17.000 exemplares
Eng. Nelson Covas
Eng. Guilherme Covas
JORNALISTA
Mariuza Rodrigues
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
PW Gráficos e Editores
56
TIRAGEM
DESTA EDIÇÃO
TQSNews é uma publicação da
TQS Informática Ltda.
Rua dos Pinheiros, 706 - c/2
05422-001 - Pinheiros
São Paulo - SP
Fone: (11) 3083-2722
Fax: (11) 3083-2798
E-mail: [email protected]
Este jornal é de propriedade da TQS
Informática Ltda. para distribuição
gratuita entre os clientes e interessados.
Todos os produtos mencionados
nesse jornal são marcas registradas
dos respectivos fabricantes.
TQSNews • Ano XII, nº 27, julho de 2008

Documentos relacionados