Novembro de 2005

Transcrição

Novembro de 2005
Tentativa
154º Ano Lectivo
Novembro 2005
edição nº 86
Escola Secundária de Diogo de Gouveia Beja
Andando de tentativa em tentativa, ainda de
tentativa não passou...
Veja neste número:
Editorial ............................................. pág. 2
São Martinho ................................... pág. 3
Ranking 2005 ............................ págs. 4 e 5
Ciências (Opinião) .......................... pág. 6
St.ª Teresinha .................................... pág. 7
Entrevistas com os Presidentes de:
Assembleia de Escola ................... pág. 8
Conselho Pedagógico .................. pág. 9
Praxes 2005 / 2006 ............................. pág. 10
Judoca Premiada ............................. pág. 11
Tortura Aplaudida ............................. pág. 12
MTV Music Awards ........................... pág. 13
Rock in Rio - Lisboa 2006 .................. pág. 14
Hi5 - Amigos pela Net ....................... pág. 14
Sudoku ................................................ pág. 15
Eclipse Anular do Sol ........................ pág. 16
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EDITORIAL
Tentativa
Prof. David Argel
No mês de Novembro, onde todos os santos têm
para si próprios o mesmo dia que todos os outros,
nasceu um livro no qual nos é dito que “saberemos
cada vez menos o que é um ser humano”. Do nosso
jornal sabemos, pelo menos, que tenta
constantemente ser um jornal. E, de todos os que
nesta escola vivem, sabemos de muitos que tentam,
todos os dias, fazer mais e melhor. E julgamos ainda
saber que, tal como o nosso jornal, tanto têm tentado
que já não devem ser capazes de deixar de tentar.
Entretanto, muitos e
variados são e continuam a
ser os entendimentos do que
deve ser a educação nos dias
de hoje. Todos julgamos
saber que a educação deve
ser para todos. Já nem todos
sabemos quantas ou quais
serão as educações de que
será feita a educação para
todos.
No entanto, todos temos de fazer por saber, todos
os dias, o que fazer. Os professores, por exemplo,
têm de saber o que fazer para os alunos aprenderem
alguma coisa. Quando não sabem, tentam saber. E
voltam a tentar. Sempre que tentam, concluem que é
preciso tentar de novo. E constatam,
inquietantemente, que os condicionalismos impostos
às suas tentativas são cada vez mais e maiores. Tudo
parece passar-se um pouco com se a ideia de Escola
de todos para todos (a ideia de escola pública, afinal)
fosse sendo modificada de modo a deixar de fazer
qualquer sentido.
Um dos mais recentes e aberrantes exemplos
desse esvaziamento é o da imposição ministerial de
aulas de substituição. Ao princípio de que uma aula
deverá, necessariamente, ser substituída por outra
aula parece estar associada a convicção de que
nada, numa escola, tem tanta importância como uma
aula. E essa forma de ver as coisas pode ter
consequências algo perversas. Numa Escola que se
quer moderna, atenta à complexidade do mundo que
a rodeia, a acção educativa tem de acontecer aos
mais variados níveis e nos mais diversos espaços.
Aprender sempre exigiu e continua a exigir a
mobilização de recursos
para além dos que podem
ser utilizados numa aula e
numa sala de aula. Antes de
haver funções menores há
qualificações. E estas são
todas maiores, todas
diferentes! Afinal, a acção
educativa tem professores
e… auxiliares. E auxiliar é
uma acção altamente
qualificada e qualificante!
Neste jornal, que tenta nascer no mesmo mês
que o livro, continuamos a tentar saber o que é a
Escola. Sempre que tentamos saber, acreditamos
que vamos sabendo um pouco mais. Talvez nunca
cheguemos a saber o suficiente para não termos
necessidade de tentar. Resta então, felizmente, a
necessidade de mudar ou, por outras palavras, a
necessidade de tentar. Tentar é mudar! Logo,
tentemos! E mudemos!
“ Minha Escola Amarela
tão nova te conheci,
nela as letras aprendi
mais a vida e a cautela!
E se a alma tem mazela
pela vida que vivi,
dos Mestres eu consumi
a sua paz tão singela !
Abri a vida à janela
num sonho que hoje sorri,
nela a força adquiri
como no vale a gazela!
Minha Escola, minha capela
oração que eu senti
tive paz, não me afligi
na minha Escola Amarela. “
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Tradiçoes Populares
Tentativa
Marisa Pisco 12º G
Os Santos populares no nosso país são
festejados no tempo quente de Verão: Santo
António, São João e São Pedro. No Inverno há
apenas um, que chega com o frio: São Martinho,
que associamos à prova do vinho novo e às
castanhas.
Martinho nasceu no séc.
IV em 316 ou 317 D.C.
Terá sido baptizado, por
volta do ano 339. São
mais de 1600 anos de
popularidade.
Mas
saberemos mesmo quem
foi São Martinho?
DE
CAVALEIRO
ROMANO
A
APÓSTOLO
DA
GÁLIA
Martinho era filho de um soldado do exército
romano e, como mandava a tradição, filho de
militar segue a vida militar.
O jovem Martinho não estava insensível à religião
pregada, três séculos antes, por um homem bom de
Nazaré. Um dia aconteceu um facto que o marcou
para toda a vida. Numa noite fria e chuvosa de
Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia
a cavalo, provavelmente, no ano de 338, quando viu
um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu
esmola e Martinho, que não levava consigo qualquer
moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio
a sua capa (clâmide) que entregou ao mendigo para
se agasalhar. Os seus companheiros de armas riramse dele, porque ficara com a capa rasgada. Segundo
a lenda, de imediato, a chuva parou e os raios de sol
irromperam por entre as nuvens. Sinal do céu. Seria
milagre?
MARTINHO E CONSTANTINO I
Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve
uma visão e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez
que fizeres o bem ao mais pequeno dos teus irmãos
é a mim que o fazes». A partir desse dia Martinho
passa a olhar para os cristãos de outro modo.
Recordamos que o Cristianismo teve dificuldade em
se impor como religião, e que um passo importante
dado, nesse sentido, foi por Constantino I, que, em
313, permite que o Catolicismo seja livremente praticado
no Império. Com o tempo foi aceite como religião do
Estado.
Consta que Constantino I terá visto no céu, antes da
batalha com Maxêncio, a frase: «In Hoc Signo Vinces
(Por este símbolo (cruz de Cristo) vencerás)» e daí o
início da sua conversão.
A LENDA DE MARTINHO
Depois do encontro de Martinho com o pobre que seria o
próprio Jesus, sente-se um homem novo e é baptizado,
na Páscoa de 337 ou 339. Martinho entende que não
pode perseguir os seus irmãos na fé. Percebe, que os
outros são, na realidade, mais seus irmãos que inimigos.
Só tem uma solução - o exílio, porque, oficialmente, só
podia sair do exército com 40 anos.
O amor entre todos, como irmãos que pregava era
verdadeiramente contra os usos do tempo. Todos o que
o seguiram e praticaram a solidariedade eram vistos como
marginais e mais ou menos perseguidos.
Martinho, ainda militar, mas com uma dispensa vai ter
com Hilário (mais tarde Santo Hilário) a Poitiers. Funda
primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de
Marmoutier, perto de Tour, com um seminário. Entretanto
a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir
Martinho e optar pela a
vida monástica. Com o
tempo,
as
suas
pregações, o seu
exemplo
de
despojamento
e
simplicidade, fazem dele
um homem considerado
santo. É aclamado bispo
de Tours, provavelmente
em Julho de 371.
Preocupado com a família, lá longe, e com todo o
entusiasmo de um convertido vai à Hungria visitar a família
e converte a mãe.
A vida de São Martinho foi dedicada à pregação. Como
era prática no tempo, mandou destruir templos de deuses
considerados pagãos, introduziu festas religiosas cristãs
e defende a independência da Igreja do poder político, o
que era muito avançado para a época. Nem sempre a
sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por
vezes, maltratado.
Continua na pag. 6
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Tentativa
Exames Nacionais de 2004/2005
Explicação da sua Existência
Existem inúmeras vantagens na publicação do
“ranking”, mas são muitos aqueles que não as
aprovam… dizem que os “rankings das escolas
comparam o incomparável, mostram uma visão
simplificada da realidade, levam os estabelecimentos
de ensino a seleccionarem os alunos, beneficiam
apenas as classes média e média-alta, reforçam as
desigualdades sociais e têm implicações fortes ao nível
da segregação”. É, por exemplo, a opinião de Sandra
Silva Costa. As vantagens, porém, são evidentes, na
nossa modesta opinião, embora reconheçamos alguns
dos inconvenientes apontados.
Segundo outros (Marçal Grilo, p.ex.), a “apresentação
pública dos resultados é importante a dois títulos:
porque, no mesmo ano, as escolas se podem
comparar entre si e, ao longo dos anos, se possa
analisar a si própria. Esta análise deve ser um
elemento de reflexão”, em
particular para a escola: os seus
responsáveis, os professores, os
pais e os estudantes.
Realmente “os resultados de um
exame têm de ser relativizados,
uma vez que por si só não podem
ser os únicos indicadores a
ponderar no funcionamento de
uma escola. No entanto, podem
ser vistos como um indicador, em
simultâneo com o funcionamento da escola e a
qualidade do trabalho pedagógico do corpo
docente. Mas são, sem dúvida, um indicador da
qualidade dos estudantes. Com estes critérios, o
«ranking» identifica, não a melhor escola, mas
os estudantes com melhores resultados. Importa,
a partir daqui, perceber a razão pela qual são
aquelas escolas a ter os melhores alunos. É, sem
dúvida, difícil distinguir as diferentes
componentes deste processo.”
Concordamos com esta reflexão e achamos
interessante a sua seguinte análise: “o que
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Marisa 12º G
aconteceria se trocássemos os estudantes?
Trocando os alunos das primeiras dez escolas
deste «ranking» com os das últimas dez, o que
aconteceria aos resultados? Seguramente que,
em muitos casos, os estudantes que transitassem
para as escolas colocadas nos dez primeiros
lugares, teriam resultados substancialmente
melhores. Tal como os estudantes que passassem
das 10 primeiras para as 10 piores não teriam
resultados substancialmente piores”.
“Vale a pena que, quem pesquisa - jornalistas ou
investigadores - analise as escolas que têm
melhores resultados. As escolas privadas
dominam as médias gerais (90%, nos primeiros
dez lugares), mas há um grupo de escolas públicas
nos primeiros 30, que são estabelecimentos
grandes e que, mesmo assim, apresentam bons
resultados. Vale a pena perceber
(nomeadamente na Matemática,
com a qual os portugueses têm
uma relação difícil), a razão deste
sucesso. Porque terá o Colégio de
São João de Brito ou o Valsassina
tão boas médias a Matemática?
E as públicas Garcia de Orta,
Filipa de Lencastre, Portela,
Dona Leonor, Pupilos do Exército
ou Herculano de Carvalho, como
conseguem médias acima dos 13 valores?”
Em conclusão, parece-nos que a publicação pelo
Estado, dos rankings ditos da escolas mas, em boa
verdade, das classificações dos estudantes do Ensino
Secundário, é um facto positivo. Os rankings
deveriam continuar a ser realizados, com a maior
objectividade e cuidado, acompanhados do maior
número possível de explicações e informações
complementares. Os exames nacionais, embora
contestados, são um instrumento de avaliação e
regulação do sistema, devendo ser estendidos a
outros ciclos.
Tentativa
Especial
Secundárias
A “Diogo Gouveia” consolida liderança no Sul
A Escola Secundária de Diogo de Gouveia continua destacada nas tabelas do ranking das escolas públicas,
no Sul de Portugal.
É com bastante orgulho que verificamos a posição da nossa Escola, pois ocupamos o 41º lugar segundo os
critérios do jornal “Público”. De notar que, tendo em conta os critérios do mesmo jornal, nos anos anteriores,
a evolução foi a seguinte:
Ano
2001
2002
2003
2004
2005
Posição
91 ª
22 ª
147 ª
49 ª
41 ª
Pelo interesse que obviamente têm, transcrevemos as posições das diversas escolas secundárias do nosso
Distrito, tendo em conta a classificação nas oito disciplinas mais significativas do 12º ano, em 2005.
Escolas Secundárias do Distrito de Beja – Ranking 2005
Ordem
Posição
Concelho
1
41 ª
Beja
Sec. Diogo de Gouveia
12,16
2
189 ª
Beja
Sec. D. Manuel I
10,74
3
295 ª
Moura
Sec. De Moura
10,13
4
361 ª
Aljustrel
Sec. de Aljustrel
9,78
5
359 ª
Serpa
Sec. de Serpa
9,73
6
360 ª
Castro Verde
Sec .de Castro Verde
9,72
7
449 ª
Mértola
Sec. de S. Sebastião de Mértola
9,20
8
468 ª
Sec. J. Gomes Ferreira
9,06
9
470 ª
Odemira
Sec. Dr. M. Cand. Gonçalves
9,02
10
473 ª
Odemira
Colégio N. Sr.ª da Graça
9,00
11
544 ª
Almodôvar
Sec. Dr. J. Brito Camacho
8,08
12
588 ª
Ourique
Sec. Ourique
6,79
Ferreira Alentejo
Escola
Média
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Opinião
Tentativa
Catarina Lopes
As ciências exactas são infalíveis, essenciais,
correctas, rigorosas, evolutivas, e a estes podem ser
acrescentados muitos mais adjectivos, desde que
menosprezem as ciências sociais em relação à
magnífica ciência, à ciência superior e dominante, esta
ciência que se ocupa de fórmulas químicas,
expressões numéricas e afins equações.
A inevitabilidade de “1+1” serem “2”
banaliza o estudo do homem imprevisível,
em constante mudança e, por isso,
inexacto. É nesta inexactidão que
cientistas, físicos, químicos, médicos e
engenheiros se baseiam para desvirtuar
o estudo de fenómenos sociais, que para
eles são apenas história passada ou mera
estatística. Contudo, esta banalização e pensamento
dão os primeiros sinais cedo, quando estão em jogo
escolhas profissionais, empregos viáveis que levam
os estudantes a enveredar por mundos onde o
reconhecimento social e o caché monetário são mais
importantes que a paixão interior por uma ciência ou
área do saber. Poucos são os que compreendem
que, embora com objectos de estudo diferentes,
tanto as ciências exactas como as ciências sociais
vivem do estudo, da dedicação, do empenho e da
criatividade. Poucos são os que possuem a
capacidade de perceber que o QI
(coeficiente de inteligência) não diminui
só porque se opta conscientemente por
uma área de conhecimento das ciências
sociais. Bem pelo contrário!
No entanto, não se trata de
superiorização das ciências sociais mas
sim do reconhecimento de que várias
vertentes do estudo têm a mesma
importância.
Será justo reconhecer apenas o mérito de alguns?
Esta discriminação sobrepõe o “1” ao “A” e talvez
um dia a nossa linguagem se baseie em “x” que deu
origem a “y” culminou a paragem cardíaca das
ciências sociais. Neste extremo nem o desfibrilador
funciona…
continuaçao da pag. 3
Em França há perto de 300 cidades e povoações com
o nome de São Martinho e, em Portugal, numa breve
contagem, descobrimos 60. É, no entanto, importante
frisar que nem todas serão evocações de São Martinho
(o da capa), mas também de São Martinho de Dume
(na região de Braga), também originário da Hungria
(séc. VI).
Por toda a Europa os festejos em honra de São
Martinho estão relacionados com cultos da terra, das
previsões do ano agrícola, com festas e canções
desejando abundância e, nos países vinícolas, do Sul
da Europa, com o vinho novo e a água-pé. Daí os
adágios «Pelo São Martinho vai à adega e prova o
teu vinho» ou «Castanhas e vinho pelo São Martinho».
Falachas de S. Martinho:
secas de castanheiros e vai ao forno de lenha para ser
cozida.
Resultam umas
bolinhas de cor
negra, de sabor
adocicado, muito
gostosas. Trata-se
de
um
doce
medieval que, em períodos de falta de cereal, substituía
o pão em casa dos lavradores.
todos os anos, na festa de S. Brás, no início de Fevereiro,
as mulheres de cimo de Resende cozem as falachas para
vender na festa. Também se fazem e vendem noutros
dias, mas este é o “dia das falachas”. É a tradição que
manda!
As falachas são feitas de castanhas secas no caniço,
durante o Inverno, ao calor e ao fumo da lareira. Depois
de moídas, a farinha é amassada, embrulhada em folhas
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Tentativa
As relíquias de Santa Teresa de Lisieux (popularmente
conhecida por Stª. Teresinha do Menino Jesus) estiveram
em Beja nos dias 15, 16 e 17 de Novembro de 2005.
Trata-se de um acontecimento único, testemunhado por
milhares de pessoas da nossa cidade e região, entre as
quais um significativo grupo de alunos e professores
da nossa escola.
O professor de Educação Moral e Religiosa, Ir.º
Ricardo, com outros docentes, acompanharam os alunos
à Sé de Beja, no dia 16, conforme o documenta o conjunto
de fotos desta página. Note-se que a Sé já se encontrava
literalmente cheia de alunos de várias escolas.
Todos os alunos escutaram as explicações que lá foram
dadas sobre a visita, bem assim aproveitaram para tocar
no relicário, numa demonstração do seu interesse (ou
convicções) que o momento propiciava. Foi visitada uma
exposição local alusiva ao tema. O civismo e o respeito
predominaram, pelo que todos estão de parabéns.
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Entrevista
Tentativa
Dr. José Rafael
Tentiva: O Sr. Professor lecciona nesta escola há muito
tempo? Estudou aqui?
Dr. José Rafael: Entrei para o quadro
da Escola Secundária Diogo de
Gouveia no ano lectivo de 94/95. Iniciei
a minha actividade profissional no ano
lectivo de 83/84 e entrei para o quadro
como professor efectivo no ano lectivo
de 85/86. Não fui aluno do Liceu de
Beja. Frequentei o Colégio de Nossa
Senhora da Conceição de Beja como
aluno do ensino primário; depois fui
aluno do Liceu de Portimão e do Liceu de Faro. No ensino
superior fui aluno das Universidades dos Açores e de Évora.
Tent.: Gosta de trabalhar connosco? Porquê?
Dr. J.R.: Gosto particularmente do trabalho desenvolvido
nesta escola, pelo seu rigor e qualidade, bem como pelo
ambiente humano, nomeadamente pelas qualidades
positivas preponderantes nos alunos com que tenho
trabalhado. Sinto-me bastante gratificado com o trabalho
que tenho desenvolvido nesta Escola.
Tent.: Sabemos que lecciona no grupo de biologia.
Concretamente que disciplina(s) costuma ou prefere
leccionar?
Dr. J.R.: Prefiro leccionar disciplinas de carácter prático,
como as de trabalho de laboratório. Presentemente, com a
nova reforma que instala o ensino dito “experimental” mas
que suprime as disciplinas de trabalho laboratorial nas áreas
de ciências, o que eu não entendo, estou a leccionar o 11º
ano de Biologia e Geologia.
Tent.: Como acha o ambiente da nossa escola,
particularmente no que respeita a alunos e professores?
Dr. J.R.: Penso que o ambiente entre alunos e professores
é bom. O diálogo está institucionalizado e os professores
tentam estar disponíveis e acessíveis aos alunos, quer nas
aulas normais, quer em aulas suplementares, quer ainda em
actividades extra curriculares.
5 Tent.: Diga-nos o que é a Assembleia de Escola e em que
consiste a sua actividade, bem como a do Presidente desse
órgão escolar?
Dr. J.R.: A Assembleia de Escola é o órgão responsável
pela definição das linhas orientadoras da Escola, da
participação e representação da comunidade educativa. Este
órgão é constituído por representantes do pessoal docente,
representantes do pessoal não docente, representantes dos
alunos, representantes da Associação de Pais
e Encarregados de Educação, representante da Autarquia,
pela Presidente do Conselho Pedagógico e pelo Presidente
do Conselho Executivo.
À Assembleia de Escola compete: eleger o respectivo presidente; aprovar o Projecto Educativo e acompanhar e avaliar
a sua execução; aprovar o Regulamento Interno; emitir pa-
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Realizado por Marisa Pisco – 12º G
recer sobre o Plano Anual de Actividades, verificando da
sua conformidade com o Projecto Educativo; apreciar os
relatórios periódicos e o relatório final de execução do Plano Anual de Actividades; aprovar propostas de contratos
de autonomia, ouvido o Conselho Pedagógico; definir as
linhas orientadoras para a elaboração do orçamento; apreciar o relatório de contas de gerência; apreciar os resultados do processo de avaliação interna da escola; promover
e incentivar o relacionamento com a comunidade educativa;
autorizar a constituição de assessorias técnico-pedagógicas; acompanhar a realização do processo eleitoral para o
Conselho Executivo; requerer aos restantes órgãos as informações necessárias para realizar o acompanhamento a
avaliação do funcionamento da instituição educativa; dirigir recomendações aos restantes órgãos, com vista ao desenvolvimento do Projecto Educativo e ao cumprimento
da Plano Anual de Actividades; exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei e no Regulamento
Interno.
Tent.: Em relação ao futuro, quais as suas perspectivas e
os projectos previsíveis ou que mais gostaria de ver
implementar?
Dr. J.R.: Para mim o mais importante é assegurar o
funcionamento da Assembleia de Escola, dentro do quadro
legal e em estrita colaboração com os órgãos de gestão
desta escola.
Tent.: Como sabe, o Curso Tecn. de Comunicação está a
terminar e com ele, o Tentativa terá que sofrer alterações,
para continuar, já a partir de Novembro. Pensa apresentar
esse assunto à discussão da Assembleia de Escola, para
recolha de sugestões? Pode avançar-nos alguma coisa,
mesmo em linhas gerais, sobre hipóteses previsíveis?
Dr. J.R.: Os assuntos relativos aos departamentos
disciplinares chegam ao Conselho de Escola através da
Presidente do Conselho Pedagógico e, caso sejam
referentes aos alunos, pelos representantes destes. O
Conselho de Escola não pode interferir no trâmite legal que
os assuntos seguem dentro da hierarquia das instâncias
que constituem a Escola. Uma vez que o assunto chegue a
este órgão, o mesmo certamente terá de se prenunciar; mas
não posso fazer conjecturas relativamente ao teor das
deliberações. O Presidente do Conselho de Escola não tem
capacidade decisória individual.
Tent.: Gostaria de deixar alguma mensagem especial, para
este novo ano, à população escolar, na qualidade de Presidente da A. E.?
Dr. J.R.: Como presidente da Assembleia de Escola não
posso emitir uma resposta pessoal, pois esta terá de resultar
do consenso de um órgão colegial. Pessoalmente faço votos
para que o ano escolar corra da melhor forma a todos,
sabendo que o trabalho é o único caminho para os bons
resultados.
Tentativa
Entrevista
Dr.ª Ana Maria Pires Antunes Serraninho Rocha
Agradecemos imenso que tenha disponibilizado
algum do seu tempo para colaborar connosco,
concedendo-nos esta entrevista.
Tentativa: A Srª Professora está nesta escola há muito
tempo? Estudou aqui?
Dr.ª Ana Maria: Sim estou nesta escola há bastante
tempo… sensivelmente há mais de 20 anos e também aqui
estudei; fiz na nossa escola o ultimo ano dos liceus.
Tent.: Gosta de trabalhar aqui? Porquê?
Dr.ª A.M.: Gosto muito do ambiente de trabalho criado por
alunos e professores, e sempre que haja alunos
interessados, como é o caso, um professor sente-se
realizado.
Tent.: Sabemos que lecciona no grupo de inglês.
Concretamente que disciplina(s) prefere leccionar?
Dr.ª A.M.: Não tenho nenhuma disciplina preferida. Gosto
das áreas científicas que escolhi para desenvolver junto
dos alunos e colegas.
Tent.: Como acha o ambiente da nossa escola,
particularmente no que respeita a alunos e professores?
Dr.ª A.M.: Como já respondi na sua segunda questão, gosto
bastante do nosso ambiente de trabalho aqui na Escola.
Tent.: Em que consiste a sua actividade como Presidente,
no Conselho Pedagógico (C.P.)?
Dr.ª A.M.: Um professor que faz parte do C.P. articula com
os outros, normas de funcionamento e de orientação da
actividade da escola, no sentido que é dado por
Weingartner e Postman: “o professor é um ser subversivo
que deve combater a entropia de qualquer sistema”; e é
precisamente isso que fazemos no C.P. - tentamos pôr a
escola a funcionar de modo a que o sucesso dos alunos e
a nossa própria satisfação pessoal tenham um encontro
feliz.
Saliento que, até agora, como Presidente do C.P., tenho
tido o prazer de trabalhar com uma boa equipa de
professores e um Conselho Executivo eficaz em parceria
com a Associação de Pais; já muito foi feito e muito há
ainda para fazer, mas, como diz o Prof. Agostinho da Silva,
“a educação é algo que se faz fazendo”. Não é nunca um
produto acabado nem “fast food” para o espírito.
Tent.: Como foi reeleita no cargo, para novo mandato que
julgamos ser de dois anos, pode dizer-nos que aspectos
mais significativos, nos trabalhos do CP, destacaria no
mandato anterior?
Dr.ª A.M.: Relativamente ao ano anterior, saliento uma maior
aferição dos critérios de avaliação, nos diversos
departamentos, a implementação da nova reforma curricular,
em articulação e convivência com o 3º ciclo, de que
resultaram algumas alterações ao Regulamento Interno e
um Projecto Curricular de Escola, em cujas tarefas
Realizado por Marisa Pisco – 12º G
participaram pais e professores. Já que falamos de pais ou
encarregados de educação,
salientaria que, tanto o Conselho
Pedagógico como a Assembleia de
Escola e o Conselho Executivo, se
empenharam na revitalização da
Associação de Pais desta escola.
Foi com grato prazer que trabalhei,
também com representantes desta
associação, na avaliação do
projecto educativo que terminou
no passado ano lectivo.
Tent.: E em relação ao futuro, quais são as perspectivas e
projectos previsíveis ou que mais gostaria de ver
implementados?
Dr.ª A.M.: Todas as orientações que temos tomado até agora,
vão no sentido de procurar o mérito e a excelência, mas
também de reconhecer que cada individuo se pode expressar
através das mais diversas formas, demonstrando as suas
reais capacidades. Acima de tudo e sem qualquer projecto
“na manga”, gostaria que este trabalho de desenvolvimento
de seres humanos, melhores e mais diversificados, fosse
continuado e que o seu reconhecimento seja ele próprio um
estímulo para as próximas gerações.
Tent.: Como sabe, o Curso Tecn. de Comunicação está a
termina e, com ele, o Tentativa terá que sofrer alterações,
para continuar, já a partir de Novembro. Pensa fazer
propostas nesse sentido ao Conselho Pedagógico? Pode
avançar-nos alguma coisa, mesmo em linhas gerais?
Dr.ª A.M.: Os responsáveis pelo Jornal Tentativa poderão
avançar com propostas que permitam uma solução de
continuidade para este. Pessoalmente, reporto a existência
de um jornal de escola de fundamental, no sentido de que,
também ele, pode espelhar e reflectir a vida da escola,
promovendo em si mesmo a expressão de diversas
perspectivas, a catarse e a possibilidade de reflexão e
autoavaliação que são sempre promotoras de sucesso.
Tent.: – Gostaria de deixar alguma mensagem especial, para
este novo ano, à população escolar, na qualidade de
Presidente do CP?
Dr.ª A.M.: A minha mensagem é sempre a mesma: sejam felizes,
em qualquer situação. E depois do que eu anteriormente disse,
ser feliz implica trilhar por vezes caminhos difíceis que exigem
esforço no sentido dos nossos objectivos. Mas porque vão
nesse sentido serão também sempre gratificantes. Como
Presidente do CP desejo que continuemos a trabalhar no
sentido do sucesso que tem sido a imagem desta escola e
procuremos limar ou inverter as fragilidades que existam nesta
arte de aprender e ensinar.
Aproveito para agradecer esta entrevista do Tentativa.
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Tentativa
Galeria de Fotos
No início de cada ano escolar as praxes marcam a sua habitual presença nesta escola, desde que há cento
e cinquenta e tal anos foi criada pela senhora rainha Maria II.
Também este ano elas aí estiveram...graciosas ou não, cada um ditará a sua sentença. Nós gostámos! Veja lá
nas fotos a gracinha que não foi...
Já estavam a ler o
Tentativa?!
Tão belas e tão puras! Deus as
conserve!
Para quem estavas a
olhar? Certamente para
algum espelho... em olhos
alheios... ficaste linda de
morrer!!!
Olha o palhacinho!!! Que engraçado que
ficou...
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Já precisavas de um bom
corte... no cabelo!
Tentativa
Entrevista
Dr.ª Hildegarda Calado
Tentativa: Temos conhecimento de que foi
recentemente galardoada com duas medalhas,
relativas às suas participações em actividades
desportivas no âmbito do Judo. Quer
esclarecer-nos o que há, efectivamente, a este
respeito?
Dr.ª H. C.: Fui galardoada com a medalha de mérito
desportivo pela Federação Portuguesa de Judo no
dia 22 de Outubro deste ano, devido ao facto de
ter conquistado a medalha de bronze no campeonato
do Mundo de seniores de Judo, que se realizou em
Toronto (Junho/05) e isto na categoria de Katas
(Katame-no-kata), mais precisamente na categoria
de pares mistos.
Tent.: Quer explicar-nos o que são
os katas, já que estamos
habituados a ouvir falar só de
combates de Judo?
Dr.ª H. C.: Os katas são como que
lutas simbólicas entre “samurais”.
Neste tipo de exercício é claro quem
é o atacante e o defensor, o modo
como o 1º ataca e como o 2º se tem de defender.
Está tudo pré-definido e o objectivo é a realização,
de modo o mais perfeito possível, de cada uma das
técnicas, quer
do ataque,
quer
da
defesa. É um
tipo
de
exercício que
exige muita
concentração
e que o atleta
já tenha muitos conhecimentos desta arte marcial.
Tent.: Há muito tempo que pratica esta
modalidade? Com que regularidade?
Dr.ª H. C.: Pratico-a desde os 4 anos e isto, quando
é possível, 3 vezes por semana.
Tent.: Então já é, certamente, cinturão negro…
Dr.ª H. C.: Sim tenho o segundo Dan, ou seja, o
Marisa Pisco - 12º G
segundo nível do cinturão negro…
Tent.: Em que campeonatos costuma participar?
Dr.ª H. C.: Neste momento, apenas tenho participado
nos campeonatos da Katas.
Nos dois últimos anos
participei no campeonato
nacional, nos World
Masters (no de Viena de
Áustria em 2004 e no de
Toronto) e no torneio aberto
de Tours, em França.
Nestes campeonatos tenho,
sempre, participado com os meus colegas do Judo
Clube de Beja, o Dr. Vítor Costa
e o Sr. Veríssimo Segurado.
Tent.: Quer fazer um apelo à
prática desta modalidade?
Dr.ª H. C.: Sim, gostaria que muitos
mais jovens praticassem Judo já
que nos ensina a respeitar o
adversário, a ter auto-disciplina,
para além de melhorar, e muito, a
nossa forma física.
Penso que é um desporto muito completo que tem a
vantagem de poder ser praticado ao longo de toda a
vida, já que quando se é jovem, se gosta,
normalmente, mais de vertente do combate, que
também tem regras bem definidas e, mais tarde, quem
o quiser, pode continuar a fazê-lo em campeonatos
para seniores, ou aperfeiçoar a técnica, estudando os
Katas e participando nas competições destes.
Neste desporto, ao longo da vida, vamos criando
muitas e boas amizades – e por todas estas razoes,
creio que seria uma boa opção para todos os jovens.
Tent.: Em Beja onde se pode praticar este
desporto?
Dr.ª H. C.: Os Bejenses tem toda a sorte do planeta,
pois nesta cidade encontra-se o clube de Judo mais
antigo de Portugal, o Judo Clube de Beja que tem
bons treinadores – aliás, é onde treino.
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Tentativa
Filomena Borges - 10º F
O que são as touradas? Um passatempo para
desocupados e ignorantes? Um espaço em que a
morte é a verdadeira fonte atractiva, que apela a
pessoas insensíveis?
Quem alega gostar de ver touradas, não se interpela
por gostar de o fazer; nem ousa sequer pensar que
estas são evidentes actos violentos. Preferem, sim,
acreditar que estas não passam de meros
entretenimentos em que ver sangue inocente a
percorrer o nada, pertence a um vasto leque de
banalidades, cuja diversidade inunda as mais ilegíveis
mentalidades.
As touradas são actos agressivos, que apenas servem
para tornar o Homem num animal irracional,
desnaturalizando a relação entre ambos.
A angústia que um touro suporta, “desde a mais tenra
infância”, é irrelevante ao seu público e, talvez a
ausência desta informação tenha sido um forte
contributo para tornar esta
informação cada vez mais
consolidada.
Vejamos o que muitos não sabem:
quando os touros completam um
ano de idade são marcados com
fogo, sofrendo mais tarde
dolorosas mutilações. Aos dois ou
três anos de idade, são-lhes
aplicados testes que visam avaliar
a sua bravura. Sendo que 80% destes animais padecem
de enfermidades; tais como: Tuberculose, Tumores e
Hepatites, antes mesmo de chegar ao “campo de
batalha”!
Antes de entrarem em cena são-lhes administrados
tranquilizantes e laxantes. Para além disso, ferem-lhes
os rins e os testículos ao serem alvo de violências
variadas.
Mas estes processos
não são suficientes!
Os forcados devem
ainda
ser
vangloriados pela
sua valentia; por
isso,
há
que
dilacerar um pouco mais o pobre animal, colocandolhe vaselina nos olhos para reduzir a sua capacidade
visual, e dificultar a sua respiração colocando algodão
nas vias nasais.
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Tendo em vista a “segurança” do toureiro, os cornos
do touro são limados, e profundos cortes nas patas
do animal são efectuados, os quais são embebidos
com amoníaco, de modo a que a dor se torne
insuportável.
Como
é
previsível,
chegados
à
arena, os órgãos
como o coração
e os pulmões
s
ã
o
trespassados
por espadas, inundando de satisfação o público que
nas bancadas, não se inibe de aplaudir e felicitar o
“destemido” forcado!
Gostaria de poder terminar aqui, mas não posso...
infelizmente, este massacre ainda não cessou: depois
de abandonar conscientemente um
lugar, onde gritos de contentamento
contradizem a frustração que o
animal sente, alguém indiferente ao
seu estado moribundo, lhe corta o
rabo e/ou as orelhas.
Espero que, através da leitura deste
excerto, tenham podido constatar,
que as touradas não passam de
claros espectáculos de sangue, em
que sujeitam animais inocentes à mais dolorosa forma
de enfrentar a morte... ignorando o facto destes
também sentirem!
Isto torna-nos pessoas egoístas e insensíveis...
Era assim que gostaria de ser tratado?
E se, quando perecermos, encarnarmos em touros?
Não poderemos recordar os nossos actos enquanto
seres humanos conscientes, mas sim tolerar a mesma
tortura que observámos em tempos, sem ter direito à
mais plena palavra em legítima defesa!
De quantas vidas necessitará o Homem até atingir a
plenitude da alma e alcançar a estabilidade do seu
ser? Pense nisto...
Nota da Redacção: Este texto de opinião foi publicado
tal como a autora o concebeu, pelo que a redacção do
Tentativa é alheia ao seu conteúdo e forma. Qualquer
texto com opiniões contrárias, será publicado com igual
liberdade de expressão, no respeito do estatuto editorial
do Tentativa.
Tentativa
No passado dia 3 de Novembro, Portugal
assistiu a um dos maiores eventos de música a
nível internacional: o MTV Music Awards.
O espectáculo principal teve lugar no Pavilhão
Atlântico, em Lisboa, mas o festival passou por
outras regiões do País:
Algarve, Madeira, Leiria,
Coimbra e Ofir. A
digressão, intitulada “No
Sleep ‘Til Lisbon”,
iniciou-se no dia 30 de
Outubro, em Albufeira.
Na semana anterior (dias
28, 29 e 30 de Outubro),
a animação centrou-se no Parque das Nações, com
o Lisbon Live n’Loud, integrando concertos sob da
pala do Pavilhão de Portugal.
O êxito deste espectáculo esteve desde sempre
garantido.
Por ter acolhido a edição de 2005 dos MTV Europe
Music Awards, Lisboa recebeu das mãos de um
representante da MTV o prémio de “Best Host City”
(Melhor Cidade Anfitriã).
Muitas das estrelas pop da actualidade vieram a
Portugal não só para apresentar troféus, como,
também para actuar ao vivo.
Os Green Day acabaram por ser os principais
vencedores desta 12ª edição dos MTV - EMA. É
certo que a banda de “American Idiot” só venceu
dois troféus, mas não é menos verdade que foi a
única banda que conseguiu sair de Lisboa com mais
do que um prémio: o de “Melhor Álbum” e o de
“Melhor Artista Rock”.
Um natural destaque foi a presença de Madonna,
que apresentou pela primeira vez o seu novo tema,
‘Hung Up’.
Outros vencedores: Snoop Dogg e Alicia Keys,
como o “Melhor Artista Hip-Hop” e o “Melhor
Artista R&B”; James Blunt como “Artista Revelação” - não presentes em Lisboa.
Também os autores dos “Gorillaz”, que levaram o
troféu da “Melhor Banda”, não surgiram em palco
para receberem o respectivo prémio. Os “De La
Soul”, que actuaram em conjunto com os Gorillaz
Marisa Pisco - 12º G
durante a gala, acabaram por substituir a banda de “Feel
Good Inc”, na altura da entrega do troféu.
Os “System Of A Down” que também actuaram,
venceram o prémio de Melhor Artista Alternativo,
enquanto a Melhor Canção foi para os “Coldplay”,
graças a ‘Speed Of Sound’. Outras estrelas da noite
foram Robbie Williams e Shakira, que levaram para casa
os prémios de Melhor Artista Masculino e Feminino,
respectivamente.
Referência ainda para os “Black Eyed Peas” que, além
da actuação, receberem o prémio de Melhor Artista
Pop, e para os Chemical Brothers, troféu de Melhor
Videoclip, graças a ‘Believe’.
Momentos fortes para os portugueses “The Gift”, premiados com o Melhor Artista Português. A banda de
Alcobaça levou a melhor sobre “Blasted Mechanism”,
“Boss AC”, “Humanos” e “Da Weasel”.
Para a história ficam os vencedores e as participações
de Akon, Coldplay, Foo Fighters, Gorillaz com De La
Soul, Green Day, Madonna, Robbie Williams, Pussycat
Dolls, Shakira, System of
a Down e The Black Eyed
Peas.
A lista de notáveis contou
com Jermaine Dupri,
Nelly Furtado, Nuno
Gomes, Alison Godfrapp,
Anastacia, Brittany
Murphy, Craig David,
Diego Luna, Gael Garcia
Bernal, Jared Leto, John
Legend, Luís Figo, Sean
Paul, Shaggy, Sugababes
e a T.A.T.U.
Destaque final para Bob Geldof, que foi honrado com
o Prémio “Free Your Mind”, destinado a reconhecer
instituições ou pessoas com intervenção social positiva.
Desta experiência ficamos com marcas muito positivas
e esperamos que Portugal tenha conseguido um
importante estatuto internacional e maior visibilidade.
Copenhaga, capital da Dinamarca, é a sucessora de
Lisboa, numa gala marcada para 9 de Novembro de
2006.
Pág. 13
Tentativa
Marisa Pisco - 12º G
«O importante não é a banda - é fazer uma
grande festa, um grande movimento em Portugal.»
Foi com estas palavras que Roberto Medina apresentou, em conferência de imprensa, o “Rock In Rio
- Lisboa 2006”, a decorrer em Maio e Junho do próximo ano.
As novidades anunciadas pelo promotor do evento,
face à edição de 2004 do “Rock In Rio - Lisboa”,
algumas delas motivadas pelos resultados dos estudos de mercado, ocuparam boa parte da comunicação, na qual o seu mentor foi secundado pela filha e
directora executiva do Rock In Rio, Roberta Medina.
Em 2006, além da Tenda Electrónica e do Palco
Mundo, para o qual estão já confirmados concertos
de Ivete Sangalo, Xutos & Pontapés e Jota Quest,
o Rock in Rio Lisboa vai oferecer aos seus visitantes
uma Zona Radical, com neve verdadeira, uma área
para as crianças e o chamado Palco Futuro, por onde
passarão 20 bandas revelação, nacionais e estrangeiras.
O cartaz musical do “Rock In Rio Lisboa - 2006” só
começará a ser divulgado no final deste ano, altura
em que a organização pretende avançar também com
uma campanha natalícia, na qual será possível comprar bilhetes, t-shirts e outros produtos para oferecer como presente.
O preço dos bilhetes foi um dos pontos contestados
pelo público português, pelo que a organização decidiu disponibilizar bilhetes para dois dias a 90 euros,
em vez dos 106.
O regresso do “Rock In Rio-Lisboa” a Portugal enche de alegria o clã Medina, ao salientar-se que nem
no Rio de Janeiro houve um intervalo tão curto entre
duas edições. Nos estudos de mercado, a notoriedade do evento junto dos portugueses foi de quase
100%, tendo 89% dos espectadores da primeira edição revelado interesse em assistir ao festival em 2006,
tal como 33% daqueles que perderam a edição de
2004.
Mais de 20 anos após a sua criação, «o Rock In Rio
é mais do que um festival», salientou Roberto Medina,
apresentando o seu evento como «uma marca», capaz de «incentivar o turismo e o brio de Portugal».
A “coqueluche” do momento em termos de comunicação e interactividade na Internet é o Hi5.
Trata-se de um «site» que disponibiliza gratuitamente uma forma relativamente inovadora de fazer amigos pela Internet. De
uma forma simples pode dizer-se que o Hi5 permite fazer amigos no “esquema de pirâmide” utilizando a “fórmula”: “Os teus
amigos meus amigos são”.
Na prática, assim que estivermos registados no Hi5 podemos convidar alguns amigos para fazerem parte da nossa rede de
amizade. Por sua vez, esses dão-nos a conhecer os seus, e assim sucessivamente.
Além disso também permite a partilha de imagens, de conteúdos jornalísticos (mais parecido com um blog) e testemunhos
acerca de amigos.
Confuso(a)? Não é caso para isso! O sistema até funciona de maneira muito simples e intuitiva, não requerendo conhecimentos técnicos relevantes. O único senão é o factor idioma, pois o Hi5 só está disponível em língua inglesa.
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Tentativa
O Sudoku foi a grande “febre” que alastrou no
ocidente e está actualmente em todo e qualquer sitio
que possamos imaginar! Este “puzzle” inicia-se com
alguns dos quadrados já preenchidos com números.
O objectivo é preencher os quadrados vazios com
números entre 1 e 9 - mas atenção: o mesmo numero
só pode aparecer uma vez em cada linha, coluna, e
quadrante.
O “samurai” é uma vertente do puzzle Sudoku -
trata-se então de puzzles de maior dificuldade, uma vez
que as suas grelhas são compostas por 256 casas, com
16 linhas e 16 colunas, onde se formam quadrados de
4 x 4. São, então, utilizados algarismos de 0 a 9 e letras
de A a F. O seu objectivo é idêntico aos dos puzzles de
Sudoku clássico.
È tudo uma questão de pratica… Divirtam-se!
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Tentativa
Pesquisa de Marisa Pisco - 12º G
Um eclipse do Sol é um fenómeno de rara beleza e
privilégio visual dos seres que habitam o Planeta
Terra. Trata-se do resultado de uma interessante
coincidência entre as dimensões do nosso satélite
natural, a Lua, e a distância à nossa estrela, o Sol. A
Lua tem um diâmetro de
aproximadamente 3.476 km e
encontra-se a uma distância
média de 384.400 km da Terra.
O Sol, que tem um diâmetro de
1.392.000 km (cerca de 400
vezes maior do que a Lua), fica a
uma distância de 150 milhões de km ou seja,
aproximadamente 400 vezes mais distante do que a
Lua. Como consequência, os diâmetros aparentes
do Sol e da Lua, vistos a partir da Terra, são muito
próximos. Um eclipse ocorre sempre que a Terra, a
Lua e o Sol estão perfeitamente alinhados.
Há cerca de um século que Portugal continental não
presenciava um eclipse anular nem total do Sol. O
último ocorreu em 1912. Porém, no dia 3 de Outubro
de 2005, ao longo de uma faixa de visibilidade muito
estreita, o disco lunar ocultou o centro do disco solar
e a linha central dessa faixa passou no Distrito de
Bragança.
Nessa manhã de 3 de Outubro de 2005, observouse assim, na Península Ibérica, um fenómeno
astronómico raro e espectacular: um eclipse anular
do Sol. O eclipse começou por volta das 8:38 e
terminou às 11:16, com um máximo às 9:53 (hora
legal de Portugal Continental).
Nenhuma pessoa viva tinha assistido, no território
continental, a um fenómeno semelhante. Esse eclipse
anular foi visível em todo o
território de Portugal Continental.
A faixa de “anularidade”
começou no Oceano Atlântico,
passou pelo norte de Portugal e
Espanha, terminando, na Europa,
nas Ilhas Baleares. Contudo
prosseguiu pelo continente africano, em direcção a
sudoeste, passando pela Argélia, Tunísia, Sudão,
sudoeste da Etiópia, Quénia e extremo sul da
Somália. Terminou ao pôr-do-Sol, no Oceano
Índico.
O eclipse foi visto em todo o Portugal Continental.
No entanto, só na região Norte (zona sombreada
no mapa) é que o eclipse foi, de facto, anular. Os
observadores de fora desta região viram só um
eclipse parcial, tanto mais reduzido quanto mais
longe se encontravam da zona norte. Foi esse o nosso
caso, aqui em Beja. No Algarve a percentagem de
ocultação foi menor - da ordem dos 80%.
Ficha Técnica
Direcção e Coordenação:
Docentes do Curso Tecnológico de Comunicação
Edição:
Escola Secundária de Diogo de Gouveia
Curso Tecnológico de Comunicação
Redacção e Fotografias:
Aluna Marisa Pisco - 12º G
Revisão de Textos:
Prof. Hernâni Serra
Colaboradores: Prof. David Argel e alunas Catarina
Lopes, Filomena Borges
Montagem:
Marisa Pisco - 12º G
Apoio Informático:
Prof. João Henriques
Composição e Impressão:
Departamentos de Informática e Reprografia
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