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em cão tratada com complexo homeopático “Dermatophytosis in dogs treated with complex homeopathic” “La tiña en perros tratados con complejo homeopático” Patrícia M. de Rezende* ([email protected]) Médica Veterinária - assessora técnica Homeo Pet FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES Dra. Ana Laura Bello de Oliveira Médica Veterinária Hospital veterinário Universidade Católica Dom Bosco - UCDB Dr. Jorge Alex Rodrigues Médico Veterinário Autônomo Prof. Dr. Claudio Martins Real Prof. Emérito Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, e Mato Grosso do Sul - UFMS * Autor para correspondência RESUMO: As dermatofitoses são doenças da pele causadas por fungos que ocorrem em cães, gatos e no homem. Os agentes mais comuns destas dermatoses pertencem a três gêneros de fungos: Microsporum, Trichophyton e Epidermophyton. As leões de pele variam em extensão, profundidade e localização. A contaminação ocorre geralmente por contato direto. Existem diversos medicamentos anti-fúngicos usados no tratamento dos animais, mas estas drogas demandam um tempo de tratamento considerado longo e podem causar efeitos colaterais ou até mesmo intoxicações graves. O objetivo deste trabalho é apresentar o caso de um cão com dermatofitose por Trichophyton sp., tratado com o complexo homeopático comercial *Pró-Derma® e mostrar como este tratamento foi rápido eficaz e sem oferecer riscos de intoxicação para o animal, meio ambiente e pessoas. Unitermos: dermatofitoses, trichophyton, complexo, homeopático ABSTRACT: Dermatophytosis are skin diseases caused by fungi that occur in dogs, cats and humans. The most common agents of these dermatoses belong to three genera of fungi: Microsporum, Trichophyton, Epidermophyton. Skin lesions vary in length, depth and location. Contamination usually occurs by direct contact. There are several anti-fungal medications used to treat animals, but these drugs require a considerably long treatment time and may case of a dog with dermatophytosis caused by Trichophyton spp., treated with the homeopathic complex commercial *Pró-Derma® and display how effective this treatment was rapid and without a risk of poisoning for animals, environment and people. Keywords: dermatophytosis, trichophyton, complex, homeopathic RESUMEN: Dermatofitosis son enfermedades de la piel causadas por hongos que se producen en perros, gatos y seres humanos. Los agentes más comunes de estas dermatosis pertenecen pertenecen a tres géneros de hongos: Microsporum, Trichophyton y Epidermophyton. La piel de león varían en longitud, profundidad y localización. La contaminación se produce generalmente por contacto directo. Hay varios medicamentos antimicóticos utilizados para tratar a los animales, pero estos medicamentos requieren un tiempo de tratamiento bastante largo y puede causar efectos secundarios o intoxicación, incluso grave. El objetivo de este trabajo es presentar el caso de un perro con dermatofitosis causada por Trichophyton spp. Tratado con el complejo comercial homeopática *Pró-Derma® y demostrar la eficacia de este tratamiento fue rápida y sin riesgo de intoxicación para los animales, el medio ambiente y las personas. Palabras clave: dermatofitosis, Trichophyton, complejo, homeopática *HomeoPet Pró-Derma®: Medicamento homeopático fabricado pelo Laboratório Homeopático Veterinário Real & Cia. Ltda. Figura 1: Estado geral do animal ............................................................................... Introdução A Dermatofitose é uma dermatose superficial, causada por fungos, denominados dermatófitos que possui caráter contagioso e que apresenta predileção por tecidos queratinizados como unhas, pelos, cascos e a camadas superficiais da pele. A grande ocorrência na contaminação de animais e seres humanos se deve principalmente ao clima quente e úmido em países tropicais e subtropicais1. Há três gêneros, causadores das dermatofitoses, o Microsporum (M. audouinii, M. canis, M. gypseum.), o Trichophyton (T. tonsurans, T. mentagrophytes, T. rubrum e T. shoenleinii.) e Epidermophyton (E. floccosum.). Os dermatófitos que mais frequentemente infectam os animais são os dos gêneros Microsporum sp e o Trichophyton sp. Esses agentes podem ser divididos em três grupos com base em seu habitat natural: geofílico, zoofílico e antropofílico4. Os dermatófitos geofílicos, como o M. gypseum, habitam normalmente solo. Os dermatófitos zoofílicos como M. canis, M. distortum e T. equinum se adaptam aos animais e raramente são encontrados no solo. Em geral os dermatófitos zoofílicos causam menos reações inflamatória que os geofílicos. Os dermatófitos antropofílicos, como o M. audonii, são adaptados aos seres humanos e não vivem no solo4. cial e incubadas por até 21 dias e checadas diariamente para constatar o crescimento fúngico. Após é coletado material da superfície das colônias e feita a identificação morfológica através de microscopia1. Deve ser feito o diagnóstico diferencial inicialmente para a Foliculite Estafilocócica e a Demodicose8. Outros diagnósticos diferenciais devem ser igualmente feitos quando se tratarem de lesões regionais ou generalizadas em felinos; para a Hipersensibilidade à picadas de pulgas ou de carrapatos, à Alopecia Psicogênica ou à Abscessos por mordidas. No caso de cães deve ser feito o diagnóstico diferencial para doenças imuno-mediadas e profundas lesões micóticas7 e ainda diferenciar de defeitos de queratinização, Piodermite superficial e Alopecias após injeções7. Os tratamentos normalmente utilizados devem ser locais e sistêmicos. Nos tratamentos tópicos os pêlos devem ser cortados deixando uma margem tricotomizada de 6 cm em volta das lesões e no local pode ser feita a aplicação de Iodo polivinilpirrolidona a 10%2. O uso do Cetoconazol e do Hipoclorito de sódio em solução também são eficientes, no entanto demoram muito tempo para produzir o efeito desejado o que resulta em perda de tempo para ao final concluir por resultado negativo9. Nos tratamentos sistêmicos o Cetoconazol pode ser utilizado, esse tratamento deve ser prolongado pelo menos por quatro semanas após a cura clínica da enfermidade. Outra opção de tratamento oral é a Griseofulvina, que deve ser administrada a cada 24 horas por uma média de tempo de 41 dias. O Intraconazol pode ser utilizado quando há resistência ou toxicidade por parte da Griseofulvina1. Os casos crônicos e recidivantes de dermatofitoses ocorrem geralmente quando os tratamentos anteriores foram ineficazes, ou quando ocorreu duração inadequada do tratamento, falha na tricotomia e falhas na eliminação das possibilidades de contágio seja de animais ou do meio ambiente. As dermatoficoses também podem ocorrer e estar relacionadas com enfermidades como: Hiperadrenocorticismo, Diabete Melitus e infecções com FIV e/ou FELV, cânceres ou ainda tratamentos imunossupressores8. A pesquisa de novos fármacos para combater as Dermatofitoses nos homens e nos animais é uma busca frequente. Os medicamentos alopáticos são de origem química e podem causar intoxicações nos pacientes por esse motivo, recentemente tem-se recorrido a terapêuticas diferenciadas, como a Homeopatia. A Homeopatia foi criada no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hah- nemann (1975-1834). Esta terapêutica se baseia na Lei dos Semelhantes, “Similia similibus curantur” lei natural de cura já registrada nos “Aforismas” escritos por Hipócrates 400 a.C. A aplicação da Lei dos Semelhantes consiste em tratar as doenças administrando medicamentos que no homem sadio causam os mesmos sintomas que os apresentados pelo paciente a ser tratado6. Com receio das intoxicações medicamentosas comuns da sua época, Hahnemann procedeu às diluições dos medicamentos e entre uma diluição e a subseqüente o frasco era submetido a uma série de sucuções. A este procedimento Hahnemann denominou de dinamização. Ele dizia que era a dinamização que liberava a energia medicamentosa da substância contida no medicamento6. Por utilizar medicamentos extremamente diluídos e potencializados a Homeopatia não causa efeitos colaterais, intoxicações e intolerâncias, não existindo por isso qualquer tipo de contra indicações. Além dessas vantagens, os medicamentos homeopáticos podem ser associados a qualquer outra terapia. Ela atua também melhorando a qualidade de vida em pacientes terminais de câncer, insuficiência renal, hepática, cardíaca e na imunodeficiência3. Relato de caso Em 28 de setembro de 2010 foi atendido pelos Drs. Ana Laura Bello e Jorge Alex Rodrigues no Hospital Veterinário da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) - Campo Grande, MS um canino, macho, três anos, da raça Chow-Chow. O cão fora abandonado no hospital veterinário devido a uma infecção de pele recorrente, os proprietários cansaram de tratar o animal, mas não viam melhora no quadro. • Exame clínico: o animal apresentava áreas de alopecia em várias partes do corpo, principalmente na cauda, períneo, pescoço e peito (figuras 2, 3 e 4). FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES A maioria dos casos clínicos de dermatofitose em cães e gatos é causada por três tipos de fungos: o Microsporum canis, o Microsporum gypseum e o Trichophyton mentagrophytes8. As dermatofitoses são doenças de caráter infectocontagioso. A incidência e a prevalência destas dermatoses variam com o clima e com a presença de reservatórios naturais desses agentes. Independente da idade, sexo ou raça todos os animais são suscetíveis a infecção, mas acredita-se que exista uma predisposição genética para o seu desenvolvimento1. Como ocorre em outras doenças infecciosas, os animais jovens são mais predispostos a adquirir infecções dermatofíticas e desenvolver os sintomas, assim como os idosos e debilitados5. Elas são doenças extremamente contagiosas, não apenas entre os animais, mas também dos animais para o homem. O contato direto com os artrosporos e hifas é o modo comum de transmissão1,4. As Dermatofitoses podem ser transmitidas por contato com pêlos e caspa infectados ou com elementos fúngicos dos animais do ambiente ou fomites5. Fora o contato direto, fontes importantes de infecção são os denominados portadores, que são animais sem lesões aparentes e que ainda assim conduzem o material infeccioso4. Em cães com dermatofitose as lesões macroscópicas e microscópicas variam consideravelmente dependendo da interação entre hospedeiro e fungo e do grau da inflamação2. Podem ocorrer áreas com lesões em forma de anel, áreas de alopecia, com crostas, caspas e/ou pápulas. Os animais infectados podem apresentar nódulos eritematosos chamados kerions e também foliculite. A distribuição das lesões pode ser focal, especialmente nos membros, ou multifocal e difusa1. Em felinos a frequência maior é a de áreas irregulares ou anulares de alopecia com ou sem descamação, os pelos parecem quebrados e desgastados e a hiperqueratose folicular pode resultar em comedões. A alopecia pode ser grave e disseminada e acompanhada de pouca evidência de inflamação10. As lesões em cães e gatos sadios são frequentemente limitadas. O prurido é geralmente mínimo ou ausente, embora esporadicamente possa ser acentuado, quando há infecção bacteriana secundária8. O diagnóstico pode ser feito através de exames de fluorescência frente a lâmpadas de Wood, exames microscópicos dos pêlos (tricograma), cultura fungica ou através de biópsia e histopatologia de pele10. O exame mais confiável é o da cultura fúngica dos pêlos que é feito com a simples extração dos pelos da lesão ou pelo raspado de pele. As culturas são feitas em meio espe- Figura 2: Falha de pelo nos membros posteriores e lesão ao redor FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES Figura 3: Falha de pelo na cauda Figura 6: Volta de pelos na região da cauda FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES Figura 9: Grande melhora do estado geral do animal ................................................................................ Figura 4: Falha de pelo no pescoço e peito .............................................................................. • Exames complementares: foi realizado raspado de pele e cultura. O laudo do exame foi positivo para o fungo: Trichophytum sp. Figura 7: Peito e pescoço sem falhas de pelo ................................................................................. • Conduta terapêutica: após o resultado do exame teve inicio o tratamento com o Homeo Pet Pró-Derma®, três borrifadas, três vezes. grandes melhoras, com diminuição nas falhas de pelo. Após 29 dias a pelagem do cão estava restabelecida e o animal apresentava melhora do estado geral, estava completamente recuperado das lesões. O medicamento além de promover a cura, o fez em tempo que pode ser considerado recorde, pois os tratamentos de problemas de pele causados por fungos normalmente são demorados, principalmente em casos como este que já era crônico. Após a recuperação o animal foi encaminhado para adoção. de pelo nem lesões na pele. Foi indicado continuar o tratamento até o termino do produto. Referências Conclusão • Evolução: em 20 dias (18.10.10) de tratamento o animal foi reavaliado. Já apresentava significativa melhora, as áreas de falha de pelo haviam diminuído (figuras 5 e 6) e algumas chegaram desaparecer (Figura 7). Foi recomendado dar continuidade ao tratamento por mais 10 dias. No segundo retorno, após 29 dias (27.10.10) do inicio do tratamento, o cão não apresentava mais falhas 1 - DEBORTOLLI, J.M.; LIMA, C.P.; DIAS, A.S.; AGUIAR, G.B. Dermatofitose em felinos domésticos – revisão. Revista clínica Veterinária, ano XVI, n.95, p. 34-40, 2011. Neste caso é possível observar a eficácia e a rapidez do tratamento homeopático, pois o caso era complexo e recidivante. O animal já havia passado por vários tratamentos alopáticos que não tinham resolvido o problema. Com o uso do Homeo Pet Pró-Derma® o animal em apenas 20 dias já apresentava 2 - CORNEGLIANI, L.; PERSICO, P.; COLOMBO, S. Canine nodular dermatophytosis (kerion): 23 casos. Veterinary Dermatology, v.20, n.3, p.185-190, 2009. 3 - LOPES, D.F. A Homeopatia Através dos Séculos. Cães e Gatos, ed.126, p.42-44, 2009. 4 - MEDEIROS, F.; CREPALDI, N.; TOGNOLI, L. DERMATÓFITOS - REVISÃO DE LITERATURA, REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA, ano VII, n.12, ISSN: 1679-7353, 2009. FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES FONTE: ARQUIVO PESSOAL DOS AUTORES 5 - MULLER, G.H.; KIRK, R.W.; SCOTT, D.W. Dermatologia de pequenos animais. 5ªed., Rio de janeiro: Interlivros, cap.5, p.301-359, 1996. Figura 5: Redução das falhas de pelo na região perineal e nos membros posteriores Figura 8: Períneo e membros posteriores sem lesões 6 - REAL, C.M. Homeopatia Populacional - Fundamentos Ruptura de um Paradigma. Revista A Hora Veterinária - Ano 28, nº164, p.13-20, 2008. 7 - SCHAER, M. Clinical Medicine of the Dog and Cat, p.20, 2010. 8 - SCOTT, D.W.; MILLER, W.H.; GRIFFIN, C.E. Diseases of eyelids, calws, anal sacs, and ears. In: MULLER, G.H.; KIRK, R.W. Small Animal Dermatology. 6. Ed. Philadelphia: Editora W.B. Saundres Company. p.336408, 2001. 9 - WILLEMSE, T. Dermatologia clínica de cães e gatos. 2ªedição. São Paulo: ed. Manole Ltda, cap.3, p. 22-25, 1998.