ANEXO 04 - AUDITORIA BELLUNO
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ANEXO 04 - AUDITORIA BELLUNO
SP/P4455/R0349/2007 Relatório de Auditoria Ambiental Criciuma - SC CARBONÍFERA BELLUNO Junho/2007 Versão Preliminar INDICE 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 2. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS ............................................................................. 2 2.1. Visitas à Belluno ................................................................................................ 2.1.1. Entrevistas com Representantes da Belluno........................................... 2.1.2. Consulta à Documentação Disponível sobre Assuntos Ambientais ........ 2.1.3. Inspeção das Instalações e dos Terrenos da Belluno............................. 2.2. Elaboração do Relatório de Auditoria ................................................................ 2 2 3 3 4 3. VERIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS ANEXOS I A V ........................................ 5 3.1. Anexo I – Lavra do Carvão Mineral ................................................................... 5 3.1.1. Lavra a Céu Aberto ................................................................................. 5 3.1.2. Lavra de Subsolo .................................................................................... 5 3.2. Anexo II – Beneficiamento do Carvão Mineral .................................................. 9 3.2.1. Verificação da Aprovação do PTM e/ou PAE pelo DNPM ...................... 9 3.2.2. Impermeabilização das Bacias de Decantação....................................... 9 3.2.3 Recirculação de Efluentes.......................................................................10 3.2.4. Reposição de Águas para o Circuito utilizando a mais Poluída .............10 3.2.5. Rede Piezométrica e Verificação Impermeabilização das Bacias..........11 3.2.6. Tratamento Físico Químico ...................................................................11 3.2.7. Tratamento Biológico .............................................................................11 3.2.8. Classificação do Resíduo da Neutralização ...........................................11 3.2.9. Programa de Monitoramento Físico-Químico e Toxicológico (Portaria 017/2002) ...............................................................................12 3.3. Anexo III – Depósitos de Rejeitos e de Estéreis...............................................12 3.3.1. Residuo Piritoso .......................................................................................12 3.3.2. Depósito seguirá disposições do Projeto Zeta-lesa (em bancadas) ........12 3.3.3. Rede Piezométrica para Monitoramento das Águas Freáticas ................13 3.4. Anexo IV –Transporte de Minérios .................................................................. 14 3.4.1. Indicação de Transporte de Produto Perigoso ...................................... 14 3.4.2. Enlonamento da Carga ......................................................................... 14 3.4.3. Calha de Proteção Lateral ..................................................................... 14 3.4.4. Indicação de Vias de Acesso ................................................................ 15 3.4.5. Sistema de Controle de Poeira nas Vias ............................................... 15 3.5. Anexo V – Beneficiamento dos Finos de Carvão ............................................ 15 3.5.1. Impermeabilização da Bacia de Decantação dos Finos ....................... 16 3.5.2. Recirculação de Efluentes .................................................................... 16 3.5.3. Reposição de Perdas de Água no Circuito Utilizando Manancial ......... 16 3.5.4. Programa de Monitoramento Físico-quimico e Toxicológico ................ 16 3.5.5. Rede Piezométrica comprovando Eficiência da Impermeabilização .... 16 3.5.6. Tratamento Físico-químico de Águas Residuárias ............................... 17 3.5.7. Classificação do Resíduo de Neutralização ......................................... 17 SP/P4455/R0349/2007 4. AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ............................................18 5. AUDITORIA DOS PRAD’S .......................................................................................20 6. RESUMO DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA .....................................................36 7. EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................37 SP/P4455/R0349/2007 FIGURAS 5.1. Planta de Localização Fornecida para Área São Marcos 5.2. Planta de Localização Fornecida para Área Vila Colonial, a qual Encontrase Dividida em 03 Sub-Áreas TABELAS 4.1. Resumo da Auditoria do SGA 5.1. Informações sobre as Áreas de Recuperação Ambiental 6.1. Resumo das Obrigações Gerais 6.2. Resumo da Situação de Atendimento aos Anexos I a V do Protocolo de Intenções SP/P4455/R0349/2007 1. INTRODUÇÃO Este Relatório apresenta os resultados da Auditoria Ambiental executada pela GEOKLOCK nas instalações da CARBONÍFERA BELLUNO, localizada no município de Criciuma, SC, daqui em diante denominada simplesmente BELLUNO. A Auditoria Ambiental foi realizada em atendimento à Cláusula 6ª do Protocolo de Intenções nº 24/2004 e à Cláusula 7ª do Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta – TAC 010/2005, celebrado entre a Fundação do Meio Ambiente - FATMA e a BELLUNO. O objetivo da Auditoria Ambiental foi o de verificar se os padrões técnicos exigidos pelo TAC vêm sendo integralmente cumpridos pela BELLUNO. Na Auditoria Ambiental realizada na BELLUNO foram analisados objetivamente os seguintes aspectos: a) Atendimento aos parâmetros estabelecidos nos Anexos I a V do Protocolo de Intenções nº 24/2004; b) Adequação e estágio de implantação do Sistema de Gestão Ambiental, SGA. A fim de atender aos objetivos mencionados, os auditores da GEOKLOCK analisaram a documentação disponibilizada pela BELLUNO durante as visitas de reconhecimento à indústria, incluindo a documentação acima mencionada. Essa análise foi complementada por visitas de inspeção realizadas pelos auditores aos terrenos e instalações industriais da BELLUNO, para fins de identificação/reconhecimento dos aspectos ambientais relevantes das atividades da carbonífera. Os resultados dessas duas atividades subsidiaram a elaboração do presente Relatório de Auditoria Ambiental. A metodologia usada na verificação dos aspectos de interesse ambiental na Cooperminas obedeceu, em linhas gerais, às diretrizes estabelecidas pela Norma E-1527-00 da ASTM (Standard Practice for Environmental Site Assessments: Phase I Environmental Site Assessment Process), adaptada e ampliada para atender às particularidades do presente trabalho. A verificação da adequação e do estágio de implementação do Sistema de Gestão Ambiental – SGA da BELLUNO foi realizada de acordo com os princípios e requisitos gerais expressos na norma NBR ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental – Requisitos com orientação para uso. Os métodos de auditoria aplicados foram entrevistas, observações de atividades e análise de documentos e registros. Devido ao volume de registros, as evidências foram verificadas por amostragem. A BELLUNO, até a data da Auditoria, tinha submetido à FATMA 7 (sete) PRAD’s, Planos de Recuperação de Áreas Degradadas, tembém auditados. Esses PRAD’s são relativos aos passivos ambientais existentes nas áreas de concessão da empresa, atualmente desativadas, para atendimento à Ação Civil Pública 938000533-4 sentenciada em 05/01/00, condenando as carboníferas e a União Federal à recuperação dos passivos gerados entre 1972 e 1993. 1 SP/P4455/R0349/2007 2. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS A GEOKLOCK realizou uma Auditoria Ambiental nos terrenos e instalações da BELLUNO localizadas no município de Criciuma, SC. Os trabalhos foram realizados nas etapas indicadas a seguir. 2.1. VISITAS À BELLUNO No período compreendido entre 23 e 24 de maio de 2007, a BELLUNO foi auditada pelos seguintes auditores ambientais da GEOKLOCK: • Engenheiro Mario Machado Jr., Auditor Líder; • Geólogo Marcelo Neumann, especialista em geologia e hidrogeologia; • Química Ambiental Érika Von Zuben, especialista em sistemas de gestão ambiental. Os trabalhos executados pelos auditores da GEOKLOCK durante a visita à unidade são descritos a seguir. 2.1.1. Entrevistas com Representantes da Belluno Os principais contatos durante as visitas foram feitos com os seguintes representantes da BELLUNO: • Eng. Sullivan Arthur Citadin, responsável pelos assuntos ambientais na empresa; Luis Carlos Gomes França, gerente de controle de qualidade e de meio ambiente. 2 SP/P4455/R0349/2007 2.1.2. Consulta à Documentação Disponível sobre Assuntos Ambientais Os documentos avaliados pelos auditores são mencionados no corpo deste Relatório. 2.1.3. Inspeção das Instalações e dos Terrenos da Belluno A inspeção das instalações e do terreno da indústria foi feita durante as visitas dos auditores à BELLUNO, cobrindo os pontos listados abaixo, sem, entretanto, limitar-se a eles: • Observação visual das áreas de produção e do terreno da carbonífera; • Identificação dos usos nas áreas de produção; • Reconhecimento dos principais aspectos ambientais dos processos produtivos quanto à geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos, emissões atmosféricas, ruídos e odores; • Observação do estado de conservação dos equipamentos, pisos e estruturas civis; • Observação das condições de instalação e conservação de tanques de estocagem de granéis químicos e combustíveis líquidos; • Reconhecimento hidrogeológicas; • Reconhecimento dos sistemas de drenagem de efluentes líquidos e águas pluviais; • Investigação da possível existência de pontos de contaminação de águas pluviais; • Reconhecimento dos sistemas de tratamento de efluentes líquidos; • Reconhecimento das áreas adjacentes e de sua utilização atual e pretérita; • Reconhecimento das áreas usadas para estocagem temporária de resíduos; • Reconhecimento das áreas usadas para disposição final de resíduos; • Reconhecimento de áreas possivelmente usadas em épocas passadas para outras finalidades, diferentes das atuais; preliminar das condições 3 topográficas, geológicas e SP/P4455/R0349/2007 • Observação da possível ocorrência de ruídos, odores e vegetação danificada, tanto no interior quanto no exterior dos terrenos da BELLUNO. 2.2. ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE AUDITORIA As conclusões e recomendações do Relatório de Auditoria são apresentadas com base no julgamento profissional independente da GEOKLOCK, considerando: As constatações dos auditores feitas com base na inspeção visual das instalações e do terreno da BELLUNO, seguindo as diretrizes da Norma E-152700 da ASTM e NBR ISO 14001 aplicáveis à unidade auditada; Os resultados dos estudos e auditorias ambientais anteriores constantes da documentação disponibilizada aos auditores para consulta; Os padrões técnicos exigidos pelo TAC apresentado pela BELLUNO e aprovado pela FATMA. As conclusões da Auditoria são apresentadas, de forma resumida, nas Tabelas 6.1 e 6.2 do item 6 do Relatório, onde os auditores procuraram responder a cada uma das questões consideradas de interesse prioritário pela Procuradoria de Criciúma, segundo documento orientativo fornecido aos auditores na reunião de abertura da Auditoria, havida em 20/05/07 na Procuradoria, da qual participaram, além dos representantes da GEOKLOCK já mencionados, as seguintes autoridades: Dr. Darlan Airton Dias, Procurador da República no Município de Criciúma; Sr. Adão Zanette, Engenheiro da FATMA. 4 SP/P4455/R0349/2007 3. VERIFICAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS ANEXOS I A V 3.1. ANEXO I – LAVRA DE CARVÃO MINERAL 3.1.1. Lavra a Céu Aberto Não se aplica 3.1.2. Lavra de Subsolo Rede Piezométrica, Caracterização Hidráulica e Monitoramento Foi relatado aos auditores que a BELLUNO, com suas minas Morozini Barro Branco e Irapuá, mina Cantão, áreas operacionais e áreas de PRAD, conta com uma rede piezométrica composta por 65 piezômetros (Foto 1) cujo nível d’água é medido quinzenalmente. As análises químicas são realizadas anualmente. Também conta com 3 pluviômetros com medição diária (Foto 2) 4 réguas linimétricas com medição quinzenal e 25 pontos de água superficial, onde são feitas análises químicas semestralmente. Segundo informado, esse plano de monitoramento está de acordo com o sistema ISO 9001 implantado. Foi apresentado aos auditores um livro com o registro das medições supra-citadas. Foto 2 – Pluviômetro da Mina Cantão Foto 1 - Piezômetro do depósito Rio Fiorita 5 SP/P4455/R0349/2007 Status: Exigência atendida Recomendação: Alocar em planta da rede piezométrica e demais pontos de medição e elaboração de relatórios interpretativos dos resultados das medições realizadas. Pesquisa por Sondagem Horizontal e Vertical Foi relatado aos auditores que na área atualmente minerada pela BELLUNO, foram realizadas sondagens verticais e levantamentos geofísicos no passado. Atualmente, porém, não estão sendo realizadas sondagens de qualquer tipo. Status: Exigência não atendida Recomendação: Realizar sondagens horizontais e/ou levantamentos geofísicos durante o avanço da lavra, com o objetivo de mapear os falhamentos e descontinuidades das rochas que possam conter grandes quantidades de água subterrânea e evitar eventuais rebaixamentos regionais do nível d’água. Controle e Tratamento da Drenagem Ácida das Minas A BELLUNO opera duas minas subterrâneas independentes, a Mina Cantão e a Mina Morozine. MINA CANTÃO Desde 2003, toda a drenagem ácida da Mina Cantão é bombeada e conduzida através de tubulação fechada, até o lavador da BELLUNO localizado em Rio Fiorita, onde é integralmente usada nos processos de beneficiamento de carvão que ali ocorrem. MINA MOROZINI A drenagem ácida dessa mina, cuja vazão é de aproximadamente 50 m3/h é bombeada, primeiramente, até uma bacia de acumulação localizada junto à embocadura da mina e daí para um sistema de tratamento constituído de 3 lagoas em série (Fotos 3 e 4): Lagoa 1 - Lagoa de recebimento/homogeneização/aeração da DAM (Foto 3); Dosagem de cal por um equipamento transportador helicoidal com velocidade variável, porém, com controle manual; Lagoa 2 – Decantação dos flocos formados após ajuste de pH (Foto 4); Lagoa 3 – Polimento final, de onde as águas tratadas são encaminhadas, por uma valeta a céu aberto, ao Rio Mãe Luzia. 6 SP/P4455/R0349/2007 Foto 3 – Lagoa 1 Foto 4 – Lagoas 2 e 3 (ao fundo) Segundo verificado, a vazão de projeto da ETE é de 46 m3/h, menor, portanto, do que a vazão da DAM. Esse excesso, entretanto, é acomodado pelo volume da primeira das tres lagoas. Deve ser registrado que o sistema descrito existe desde 2004. Antes disso, os efluentes eram lançados, sem tratamento, no Rio Mãe Luzia. Foi constatada a existência de um programa formal de monitoramento do efluente, antes do seu lançamento no Rio Mãe Luzia, que prevê a análise dos seguintes parâmetros: PARÂMETRO FREQUÊNCIA DE ANÁLISE Mn pH Fé, Al, Zn, Cu e Pb Sulfatos Toxicológico Semanal De 3 em 3 horas, s/registro Semestral Semestral Semestral De acordo com um laudo analítico apresentado aos auditores, com data de 10/04/07, todos os resultados apresentaram-se conformes com as exigências legais. Status: Exigência atendida. Os resíduos sólidos originados na lavra deverão ter destino e tratamento conforme NBR 10004. A empresa contratou serviços de amostragem e caracterização de seus resíduos de lavra e beneficiamento (rejeito piritoso e finos do processo de beneficiamento retirados das lagoas de decantação). Os resultados indicados no Relatório de Classificação de Resíduos de Mineração – Laboratório da Indústria Carbonífera Rio Deserto – Setembro 2005, indicam que ambos são passíveis de enquadramento na Classe II-A, não inertes, segundo a NBR 10.004. 7 SP/P4455/R0349/2007 Os resíduos sólidos (rejeitos piritosos) provenientes da mina são depositados em uma área não impermeabilizada localizada a jusante do lavador, no centro da área conhecida por Vila Funil (Foto 9). Nesse depósito os rejeitos piritosos são dispostos em camadas alternadas com o material dragado das lagoas que recebem o efluente do processo de beneficiamento (Foto 5). Foi constatada a existência de canais ao longo de todo o perímetro do depósito, construídos no intuito de impedir a drenagem de águas pluviais, tanto de dentro para fora do depósito, quanto no sentido inverso (Foto 6). Salienta-se que essa melhoria foi implementada após a primeira auditoria da BELLUNO. Foto 5 – Depósito de rejeitos piritosos Foto 6 – Canal de desvio de águas pluviais a montante do depósito A empresa participa do convênio das carboníferas com o SIESESC, tendo por objetivo identificar alternativas para minimizar o coeficiente de permeabilidade do material disposto. Entretanto, segundo o Relatório desses estudos, apesar da compactação conseguida ser boa, o coeficiente de permeabilidade continua elevado, da ordem de 10E-4 cm/s, o que caracteriza alta velocidade de infiltração. Status: Exigência atendida no que diz respeito à classificação do rejeito mas não atendida no que diz respeito à forma de disposição final. Recomendações: Estudar outras alternativas para melhorar a impermeabilização do depósito de rejeitos. 8 SP/P4455/R0349/2007 3.2. ANEXO II – BENEFICIAMENTO DO CARVÃO MINERAL 3.2.1. Verificação da Aprovação do PTM e/ou PAE pelo DNPM Foram exibidos aos auditores os seguintes documentos: RAL, Relatório Anual de Lavra enviado anualmente ao DNPM, junto com o PAL, Planejamento de Lavra para o ano seguinte. Os últimos RAL e PAL foram protocolados no DNPM como indicado: • RAL, Exercício 2007, sob número 64847231, em 13/03/2007 PAL, Exercício 2007, sob número 48411-006654/2006-98, em 28/11/2006 Status: Exigência atendida. 3.2.2. Impermeabilização das Bacias de Decantação Os efluentes líquidos da área de beneficiamento de carvão são lançados, sem tratamento, em uma lagoa não impermeabilizada existente em área adjacente, de onde são reciclados no processo de beneficiamento (Foto 7). Os sólidos que decantam nessa lagoa são periodicamente removidos e transferidos para o depósito de rejeitos, em camadas alternadas com os resíduos piritosos, como mencionado no item 3.1.2. Foi constatado que a empresa construiu uma nova lagoa para a disposição dos efluentes do processo de beneficiamento, localizada em área adjacente à atual lagoa (Foto 8) que, à época da visita ainda não tinha entrado em operação. As características principais dessa lagoa são: Área total de 20.000 m2 Profundidade máxima de 36 m Vazão e teor de sólidos considerados no projeto de, respectivamente, 600 m3/h e 25g/L. 9 SP/P4455/R0349/2007 Foi constatado que a lagoa foi implantada de acordo com um projeto específico e que, após a conclusão da lagoa, foram realizados ensaios de infiltração, cujos resultados, apresentados no Relatório de Ensaios de Infiltração do SIESESC, maio/2007., indicam coeficientes de permeabilidade, K, da ordem de 10E-7 cm/s. Status: Exigência atendida Foto 7 – Lagoa não impermeabilizada onde são Foto 8 – Nova lagoa, recém construída, atualmente lançados os efluentes do processo de impermeabilizada com argila compactada de beneficiamento acordo com projeto específico, que passará a receber os efluentes do processo de beneficiamento 3.2.3. Recirculação Total do Efluente Foi constatada a recirculação total do efluente. A bacia atual de recepção de efluentes, não impermeabilizada, será substituída dentro em breve pela nova bacia, projetada e impermeabilizada. Status: Exigência atendida. 3.2.4. Reposição de Águas Para o Circuito utilizando a mais Poluída Conforme mencionado no item 3.2.3, essa reposição está sendo feita. Status: Exigência atendida. 10 SP/P4455/R0349/2007 3.2.5. Rede Piezométrica e Verificação da Impermeabilização das Bacias Foi constatada a existência de uma rede piezométrica instalada no entorno da nova bacia de decantação. Segundo constatado, essa nova rede de poços já foi amostrada, tendo sido obtidos diversos valores anômalos, principalmente de pH (da ordem de 2 a 3) e Mn (da ordem de 20 mg/L), antes mesmo do início da operação da bacia. Status: Exigência atendida. Recomendações: Executar nivelamento topográfico dos poços de monitoramento instalados para posterior elaboração de mapa potenciométrico da área e emissão de relatórios periódicos de apresentação e interpretação dos resultados analíticos obtidos ao longo do programa de monitoramento estabelecido. 3.2.6. Tratamento Físico Químico Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes do beneficiamento. 3.2.7. Tratamento Biológico Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes do beneficiamento. 3.2.8.Classificação do Resíduo da Neutralização Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes do beneficiamento. 11 SP/P4455/R0349/2007 3.2.9. Programa de Monitoramento Físico-Químico e Toxicológico (Portaria 017/2002) Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes do beneficiamento. 3.3. ANEXO III – DEPÓSITOS DE REJEITOS E DE ESTÉREIS 3.3.1. Residuo Piritoso Análises contratadas pela BELLUNO à Rio Deserto indicam que o resíduo piritoso é passível de enquadramento na Classe II-A, não inerte, segundo a NBR 10.004. A forma de disposição dos rejeitos, entretanto, não pode ser considerada adequada, pelas razões já mencionadas no item 3.1.2. O Relatório dos estudos desenvolvidos pelo SIESESC indicam que, apesar da compactação conseguida ser boa, o coeficiente de permeabilidade continua elevado, da ordem de 10E-4 cm/s, o que caracteriza alta velocidade de infiltração. Status: Exigência atendida apenas no que diz respeito à classificação do rejeito. Recomendações: Estudar outras alternativas para melhorar a impermeabilização do depósito de rejeitos. 3.3.2. Depósito de Rejeitos de acordo com Projeto Zeta-Iesa (bancadas) A área total do depósito de rejeitos é de 21 há. Sua altura é de aproximadamente 4m. O depósito de rejeitos não segue as disposições gerais do Projeto Zeta-Iesa A Foto 9 apresenta uma foto aérea do depósito de rejeitos 12 SP/P4455/R0349/2007 Foto 9 – Imagem sem escala do depósito de resíduos da Carbonífera Belluno (Novembro/2006) As melhorias possíveis são: A construção de canal externo de águas a montante, o qual foi implementado após a primeira auditoria; A adoção das recomendações sobre o método de disposição e compactação do Estudo do SIESESC de março de 2007, ainda que, como mencionado acima, a permeabilidade do depósito continue elevada. Status: Exigência não atendida. Recomendações: Estudar outras alternativas para melhorar a impermeabilização do depósito de rejeitos. 3.3.3. Rede Piezométrica para Monitoramento das Águas Freáticas A rede piezométrica do entorno do depósito é contemplada em parte pelo “Estudo Hidrológico e Hidrogeológico da Área do Campo Vila Funil”, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e também. Cpmplementarmente, pela rede de poços instalados no entorno da nova bacia de decantação de finos. Status: Atendido. Recomendações: Executar nivelamento topográfico dos poços de monitoramento existentes e instalados para posterior confecção de mapa potenciométrico da área e emissão de relatórios periódicos de apresentação e interpretação dos resultados analíticos obtidos ao longo do programa de monitoramento estabelecido. 13 SP/P4455/R0349/2007 3.4. ANEXO IV - TRANSPORTE DE MINÉRIOS Os auditores fizeram as constatações abaixo mencionadas: 3.4.1. Indicação de Transporte de Produto Perigoso Status : Exigência atendida (Foto 10) 3.4.2. Enlonamento da Carga Status : Exigência atendida (Foto 11) 3.4.3. Calha de Proteção Lateral Status : Exigência atendida 3.4.4. Indicação de Vias de Acesso Status : Exigência atendida 14 SP/P4455/R0349/2007 3.4.5. Sistema de Controle de Poeira nas Vias Status : Exigência atendida. Foto 10 - Indicação de produto perigoso Foto 11 - Enlonamento da carga Foi constatado que a verificação sistemática de todos os itens acima mencionados, bem como de outros itens relativos à segurança de transporte, é feita mediante o uso da Ficha de Inspeção, que integra a Instrução de Trabalho IT009 para Transporte Rodoviário, exibida aos auditores. 3.5. ANEXO V – BENEFICIAMENTO DOS FINOS DE CARVAO Os auditores fizeram as constatações a seguir mencionadas. 3.5.1. Impermeabilização da Bacia de Decantação dos Finos Status : Exigência atendida. Valem as mesmas observações feitas no item 3.2.2 15 SP/P4455/R0349/2007 3.5.2. Recirculação de Efluentes Status : Exigência atendida. Valem as mesmas observações feitas no item 3.2.3 3.5.3. Reposição de Perdas de Água no Circuito Utilizando Manancial Status : Exigência atendida. Valem as mesmas observações feitas no item 3.2.4 3.5.4. Programa de Monitoramento Físico-quimico e Toxicológico Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes. 3.5.5. Rede Piezométrica comprovando Eficiência da Impermeabilização Status : Exigência atendida para a nova bacia. 3.5.6. Tratamento Físico-químico de Águas Residuárias Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes. 16 SP/P4455/R0349/2007 3.5.7. Classificação do Resíduo de Neutralização Status : Não se aplica. Não há descarte de efluentes. 17 SP/P4455/R0349/2007 4. AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL A verificação da adequação e do estágio de implementação do Sistema de Gestão Ambiental existente na BELLUNO foi realizada de acordo com os princípios e requisitos gerais expressos na norma NBR ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental – Requisitos com orientação para uso. Os resultados da avaliação dos auditores de cada um dos requisitos preconizados pela NBR ISO 14001:2004 são apresentados resumidamente na Tabela 4.1. 18 SP/P4455/R0349/2007 TABELA 4.1 - Resumo da Auditoria do SGA Requisito da norma NBR ISO 14001:2004 4.1 Requisitos Gerais 4.2 Política Ambiental Status Em implantação Observação Satisfatório NC 01 - Não são contemplados na matriz, substâncias como PCB dos transformadores, amianto das telhas e CFC dos aparelhos de ar condicionado. Não foi evidenciado que as respectivas Matrizes de Aspectos e Impactos Ambientais tenham sido entregues nas áreas. Não foram definidos procedimentos ambientais preventivos mas, tão somente, procedimentos de emergência. NC 02 - Não há no levantamento, requisitos legais referentes às substâncias PCB, CFC e Amianto. NC 03 - Os objetivos, metas e indicadores estão definidos. Entretanto, não há monitoramento de todos de maneira sistemática. Os prazos e os responsáveis não estão definidos. Não estão definidas as ações em caso de desvio. Não há indicador estabelecido para o objetivo “treinamento de pessoal”, previsto na política. 4.3.1 Aspectos Ambientais Insatisfatório 4.3.2 Requisitos Legais e Outros Insatisfatório 4.3.3 Objetivos, metas e programas Insatisfatório 4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades 4.4.2 Competência, treinamento e conscientização 4.4.3 Comunicação 4.4.4 Documentação Satisfatório Em implantação Satisfatório Em implantação 4.4.5 Controle de Documentos Insatisfatório 4.4.6 Controle Operacional Insatisfatório 4.4.7 Preparação e resposta a emergências 4.5.1 Monitoramento e medição 4.5.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros Satisfatório Em implantação Satisfatório 4.5.3 Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva Insatisfatório 4.5.4 Controle de registros Insatisfatório 4.5.5 Auditoria Interna 4.6 Análise pela administração Satisfatório Insatisfatório - NC 04- Não há plano de treinamento estabelecido. NC 05 – Não está implementado o controle de documentos externos. NC 06 – Durante a auditoria foi evidenciada a utilização de fornecedores cujas práticas ambientais não atendem a legislação pertinente, como o Fornecedor de cartucho reciclável. O mesmo não possui LAO, não se conhecendo o processo e seus resíduos e efluentes. NC 07 – Embora haja procedimento documentado, o mesmo não está implementado. Os monitoramentos são realizados conforme planejado. NC 08 - Embora haja procedimento documentado, não há nenhuma ação corretiva registrada da maneira como pede a norma. Não foram abertas ações corretivas para tratar as não conformidades apontadas na auditoria anterior. Não há nenhuma ação preventiva aberta. NC 09 – Embora haja procedimento, o mesmo não está implementado. O procedimento existente não versa sobre a identificação, manutenção, retenção, acesso, proteção e descarte dos registros. NC 10 - Não há evidência da realização de reuniões de análise crítica pela direção, e o manual não prevê a periodicidade com que essas reuniões devem acontacer. A equipe de auditoria considera que as práticas operacionais e de gestão atualmente conduzidas pela BELLUNO não atendem, na íntegra, às exigências da norma NBR ISO 14001:2004. A Organização ainda está em processo de implantação do Sistema de Gestão Ambiental, que ainda requer adequações para entrar em conformidade com a norma de referência e com os requisitos legais e outros, aplicáveis à Organização. Embora haja diversas não-conformidades no SGA da BELLUNO, foi possível evidenciar que a Organização está emprenhada na implantação do mesmo. A continuidade do processo de implantação de um Sistema de Gestão Ambiental é viável para BELLUNO, desde que assegurados o comprometimento e a alocação de recursos humanos, de infra-estrutura e financeiros pela alta direção, necessários à adequação das não-conformidades apontadas no presente Relatório. 19 SP/P4455/R0349/2007 5. AUDITORIA DOS PRAD’S Esse item do Relatório resume o trabalho de auditoria ambiental realizado nas áreas com passivo ambiental relacionados à explotação e beneficiamento de carvão de responsabilidade da BELLUNO, com o objetivo de informar ao Ministério Público Federal sobre o andamento das ações de recuperação ambiental das áreas que já possuem PRAD’s (Plano de Reabilitação de Área Degradada) aprovados pela FATMA. Os resultados aqui apresentados fundamentam-se nas informações verbais fornecidas aos auditores e nas informações obtidas na análise de documentos referentes a Licenças Ambientais de Instalação (LAI) e PRAD’s, além de visitas a campo. A Tabela 5.1. resume as informações sobre as áreas de recuperação ambiental sob responsabilidade da BELLUNO. TABELA 5.1. – Informações sobre as Áreas de Recuperação Ambiental Identificação Localização Mina Marion Rio Morozini Bairro São Marcos Bairro Vila Colonial Bairro Sangão Bairro Rio Maina Bairro Santa Líbera Volta Redonda São Marcos Vila Colonial IPAT-Sangão Rio Maina São Roque Volta Redonda Processo DNPM Processo FATMA Licença Ambiental Treviso 14.934/36 Criciúma 14.921/36 Criciúma 14.921/36 Criciúma - Criciúma - DIV 329 / CRS DIV 330 / CRS DIV 335 / CRS DIV 336 / CRS LAI N° 051/06 LAI N° 052/06 LAI N° 050/06 LAI Nº 053/06 DIV 339 / CRS LAI N° 009/07 Município Forquilinha Treviso Expedição Licença Ambiental - Validade Licença Ambiental - 28/08/2006 12 meses 28/08/2006 12 meses 25/08/2006 12 meses 28/08/2006 18 meses 05/02/2007 18 meses 4.145/53 - ( - ) não informado / não existente As constatações detalhadas dos auditores referentes às áreas Mina Marion, São Marcos e Vila Colonial foram registradas e documentadas nas Planilhas de Caracterização de Áreas Degradadas apresentadas a seguir. As áreas IPAT-Sangão, Rio Maina, São Roque e Volta Redonda não foram auditadas porque a BELLUNO informou que a situação ambiental nessas áreas permanece a mesma verificada na assinatura do TAC. Segundo a carbonífera, devido ao elevado número de áreas a recuperar e com o objetivo de evitar retrabalho, foi adotada a estratégia de recuperação individualizada, dentro do prazo da LAI, limitando o início de recuperação de uma área à conclusão da recuperação da área anterior. 20 SP/P4455/R0349/2007 PLANILHA DE CARACTERIZAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA – 1 DATA: 23 e 24/05/07 EMPRESA: CARBONÍFERA BELLUNO LTDA. IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA: Mina Marion LOCALIZAÇÃO: Rio Morozini MUNICÍPIO: Treviso ESTADO: SC BACIA HIDROGRÁFICA: Bacia do Rio Araranguá EMPREENDIMENTO: Recuperação de passivo ambiental PROCESSO DNPM: 14.934/36 TÉCNICO RESPONSÁVEL: Eng. Sullivan Arthur Citadin / Eng. Luiz Carlos Gomes França SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA Área a recuperar: Os trabalhos de recuperação foram concluídos Trabalhos previstos: Conformação Topográfica: Foi constatado que a área foi totalmente conformada, resultando num relevo suavizado. Compactação dos Rejeitos: Não foram apresentados aos auditores comprovantes de compactação. Recobrimento com Argila: A área foi integralmente coberta por argila. Foi informado que a argila utilizada no recobrimento foi retirada de uma área de empréstimo adjacente, aprovada pela FATMA. Recobrimento com Solo Orgânico: Foi informado que a área foi integralmente coberta por solo orgânico. Revegetação: Foi constatado que a área foi integralmente revegetada com espécie herbácea (Braquiária), e Acácia Negra. Controles Ambientais e Monitoramento: Foi apresentada foto aérea indicando a conclusão da construção do canal de desvio das águas de montante. Foi constatado que a área não está cercada por arame. Não foram apresentados dados referentes ao monitoramento ambiental pós recuperação ambiental, apesar de informado que este ocorre. Condições Específicas: Foi constatado que não há placa indicativa de “Área de Recuperação Ambiental” no acesso a área. CONCLUSÃO: Os trabalhos realizados na área promoveram melhora do aspecto ambiental. Resta apresentar os dados do monitoramento ambiental periódico pós-recuperação na forma de relatório interpretativo. COMENTÁRIOS: Não foi apresentado um mapa de detalhe da área, com a localização da área de empréstimo de argila, drenagens, pontos de monitoramento ambiental, bem como mapa topográfico. Na opinião dos auditores, a confecção de um mapa de detalhe auxiliará o monitoramento futuro da área. Status: Área recuperada. Necessidade de apresentação dos dados do monitoramento pós-recuperação. 21 SP/P4455/R0349/2007 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Foto 12 – Imagem sem escala da área da Mina Marion com canal de desvio das águas de montante em destaque (Novembro/2006) 22 SP/P4455/R0349/2007 Foto 13 – Vista do talude re-vegetado (Mina Morozini Irapuá) Foto 14 – Vista do canal de desvio das águas de montante re-vegetado 23 SP/P4455/R0349/2007 Foto 15 – Vista da área de recuperação ambiental Mina Marion. Foto 16 – Vista da área de recuperação ambiental Mina Marion 24 SP/P4455/R0349/2007 PLANILHA DE CARACTERIZAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA – 2 DATA: 23 e 24/05/07 EMPRESA: CARBONÍFERA BELLUNO LTDA. IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA: São Marcos LOCALIZAÇÃO: Bairro São Marcos MUNICÍPIO: Criciúma ESTADO: SC BACIA HIDROGRÁFICA: Bacia do Rio Araranguá EMPREENDIMENTO: Recuperação de passivo ambiental PROCESSO DNPM: 14.921/36 PROCESSO FATMA: DIV 329/CRS - LICENÇA: LAI N° 051/06 LICENCIAMENTO (ATIVIDADE): Recuperação Ambiental de Área Degradada – Cód. 71.80.00. PP=G EXPEDIÇÃO DA LICENÇA: 28/08/2006 VALIDADE DA LICENÇA: 12 meses TÉCNICO RESPONSÁVEL: Eng. Sullivan Arthur Citadin/Eng. Luiz Carlos Gomes França SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA Área total a ser recuperada: 21,4 ha Área a recuperar: Os trabalhos de recuperação foram concluídos Trabalhos previstos na LAI: Conformação Topográfica: Foi constatado que a área foi totalmente conformada, resultando num relevo suavizado. Compactação dos Rejeitos: Não foram apresentados aos auditores comprovantes de compactação. Recobrimento com Argila: A área foi integralmente coberta por argila. Foi informado que a argila utilizada no recobrimento foi retirada de uma área de empréstimo adjacente, aprovada pela FATMA. Recobrimento com Solo Orgânico: Foi informado que a área foi integralmente coberta por solo orgânico. Revegetação: Foi constatado que a área foi integralmente revegetada com espécie herbácea (Braquiária). Controles Ambientais e Monitoramento: Foi apresentado cronograma indicando a conclusão da construção do canal de desvio das águas de montante. Foi constatado que a área está cercada por arame. Não foram apresentados dados referentes ao monitoramento ambiental pós re-abilitação ambiental. Condições Específicas: Foi constatado que há placa indicativa de “Área de Recuperação Ambiental” no portão de acesso a área. Também foi constatado que a área recuperada atualmente é utilizada como pastagem para bovinos. CONCLUSÃO: Os serviços realizados na área atendem o solicitado na LAI, restando implantar o monitoramento ambiental periódico pós-recuperação. COMENTÁRIOS: Não foi apresentado um mapa de detalhe da área, com a localização da área de empréstimo de argila, canal de desvio das águas de montante, drenagens, pontos de monitoramento ambiental, bem como mapa topográfico. Na opinião dos auditores, a confecção de um mapa de detalhe auxiliará o monitoramento futuro da área. A presença de gado bovino requer cuidado especial na conservação da espécie herbácea utilizada para revegetar a área. Status: Os trabalhos realizados até o momento nos 21,4 ha foram concluídos em prazo inferior ao estabelecido pela LAI. Segundo o cronograma apresentado aos auditores, os trabalhos foram iniciados em Maio de 2006 e concluídos em Novembro de 2006. 25 SP/P4455/R0349/2007 Figura 5.1. – Planta de Localização Fornecida para Área São Marcos 26 SP/P4455/R0349/2007 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Foto 17 – Placa indicativa de “Área de Recuperação Ambiental” Foto 18 – Vista da porção leste da área recuperada onde se observa a presença de gado bovino 27 SP/P4455/R0349/2007 Foto 19 – Vista da porção oeste da área recuperada onde parte do terreno foi disponibilizada para CASAN Foto 20 – Vista da porção oeste da área recuperada 28 SP/P4455/R0349/2007 PLANILHA DE CARACTERIZAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA – 3 DATA: 23 e 24/05/07 EMPRESA: CARBONÍFERA BELLUNO LTDA. IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA: Vila Colonial LOCALIZAÇÃO: Bairro Vila Colonial MUNICÍPIO: Criciúma ESTADO: SC BACIA HIDROGRÁFICA: Bacia do Rio Araranguá EMPREENDIMENTO: Recuperação de passivo ambiental PROCESSO DNPM: 14.921/36 PROCESSO FATMA: DIV 330/CRS - LICENÇA: LAI N° 052/06 LICENCIAMENTO (ATIVIDADE): Recuperação Ambiental de Área Degradada – Cód. 71.80.00. PP=G EXPEDIÇÃO DA LICENÇA: 28/08/2006 VALIDADE DA LICENÇA: 12 meses TÉCNICO RESPONSÁVEL: Eng. Sullivan Arthur Citadin/Eng. Luiz Carlos Gomes França SITUAÇÃO ATUAL DA ÁREA Área total a ser recuperada: 13,6 ha Área a recuperar: Segundo o cronograma apresentado aos auditores 90 % dos trabalhos previstos para essa área foram concluídos Trabalhos previstos na LAI: Conformação Topográfica: Foi constatado que a área foi totalmente conformada, resultando num relevo suavizado. Nas porções mais inclinadas foram observadas curvas de nível. Compactação dos Rejeitos: Não foram apresentados aos auditores comprovantes de compactação. Recobrimento com Argila: A área foi integralmente coberta por argila. Foi informado que a argila utilizada no recobrimento foi retirada de uma área de empréstimo adjacente, aprovada pela FATMA. Recobrimento com Solo Orgânico: De acordo com o cronograma apresentado aos auditores, 70% da área foi coberta por solo orgânico. Revegetação: Foi constatado que a área está parcialmente revegetada. O cronograma apresentado informar que 70% da área foi revegetada com gramíneas. Controles Ambientais e Monitoramento: Foi apresentado cronograma indicando a conclusão da construção do canal de desvio das águas de montante. Foi constatado que a área está parcialmente cercada por arame. Não foram apresentados dados referentes ao monitoramento ambiental. Condições Específicas: Foi constatado que não há placa indicativa de “Área de Recuperação Ambiental” no acesso a área. Foi informado qua a área, após recuperada, deverá ser utilizada como pastagem. CONCLUSÃO: Os serviços realizados até o momento na área, atendem o solicitado na LAI, restando concluir a revegetação e implantar o monitoramento ambiental periódico pós-recuperação. COMENTÁRIOS: Não foi apresentado um mapa de detalhe da área, com a localização da área de empréstimo de argila, canal de desvio das águas de montante, drenagens, pontos de monitoramento ambiental, bem como mapa topográfico. Na opinião dos auditores, a confecção de um mapa de detalhe auxiliará o monitoramento futuro da área. Foram observados focos de erosão em porções não re-vegetadas do terreno. A demora em re-vegetar por completo a área poderá resultar na necessidade de realizar procedimentos corretivos no local. A presença de gado bovino requer cuidado especial na conservação da espécie herbácea utilizada para revegetar a área. Status: Os trabalhos realizados até o momento nos 13,6 ha possibilitam a conclusão da recuperação da área dentro do prazo estabelecido pela LAI. Segundo o cronograma apresentado aos auditores, esses trabalhos foram realizados entre Maio de 2006 e Setembro de 2006, quando foram paralisados. 29 SP/P4455/R0349/2007 Figura 5.2. – Planta de Localização Fornecida para Área Vila Colonial, a qual Encontra-se Dividida em 03 Sub-Áreas 30 SP/P4455/R0349/2007 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Foto 21 – Vista da sub-área 01 Foto 22 – Vista da sub-área 01 com curvas de nível Foto 23 – Vista da sub-área 02 31 SP/P4455/R0349/2007 Foto 24 – Vista da sub-área 03 Foto 25 – Vista da área de empréstimo de argila, a qual também necessita ser re-vegetada 32 SP/P4455/R0349/2007 6. RESUMO DAS CONCLUSÕES DA AUDITORIA De acordo com o julgamento independente dos auditores, com base nas evidências e informações obtidas na data da auditoria, podem ser apresentadas as conclusões indicadas resumidamente nas Tabelas 6.1 e 6.2. 33 SP/P4455/R0349/2007 TABELA 6.1. – RESUMO DAS 0BRIGAÇÕES GERAIS p. 1/2 QUESTÕES SIM NÃO OBSERVAÇÕES SGA X O SGA não está implantado, entretanto foi possível evidenciar que a empresa está empenhada na implantação do mesmo. Verificar se existe tratamento adequado de não-conformidades e previsão de relacionamento com a comunidade para atendimento de reclamações. X Embora haja procedimento documentado, a sistemática não está implantada. Não basta verificar se o SGA está documentado e formalmente implantado. É necessário verificar também se ele se traduz em ações práticas e se os funcionários estão adequadamente treinados. X O SGA ainda não está implementado, ou seja, os procedimentos ainda não são traduzidos em ações de maneira sistemática. Os auditores não devem se cingir à análise de manuais e cartazes, mas questionar os funcionários e empreendedores sobre a freqüência das palestras, ações realizadas, etc. X Ainda são necessárias ações no sentido de integrar os colaboradores Verificar se o SGA está implantado em todas as unidades da empresa. Verificar se o SGA segue o padrão estabelecido na NBR 14.001. X CÁLCULO DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL Verificar se a empresa apresentou o cálculo do custo total do empreendimento e da compensação ambiental. Verificar se ele foi homologado pela FATMA. Foi constatado que em 01/12/06 a empresa concordou com o critério de cálculo de 1% sobre o valor do empreendimento, proposto pelo MP (R$ 22.750). X PAGAMENTO DA COMPENSAÇÃO AMBIENTAL X Verificar se a compensação já foi paga. Ver comprovantes. LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO - LAO pH e sólidos sedimentáveis do efluente final dentro dos padrões exigidos pelo Decreto Estadual 14.250/81 X Exigir que a empresa apresente laudo de caracterização dos efluentes de todas as suas unidades. X Verificar se o resultado dos laudos está compatível com os limites legais (Decreto Estadual n° 14.250/81). Em relação ao manganês vale o Decreto Estadual n° 14.250/81, pois o estudo técnico apresentado pelo SIECESC não foi conclusivo. X Segundo informado, a empresa ainda aguarda instruções da FATMA para efetuar o pagamento. Talvez a FATMA ainda não tenha definido a forma de pagamento. Além disto o pagamento poderá ser feito após a emissão da LAO. TABELA 6.1. – RESUMO DAS OBRIGAÇÕES GERAIS p. 2/2 QUESTÕES Verificar se as áreas operacionais estão hidricamente isoladas, de forma a evitar o contato de águas boas de montante com áreas contaminadas com rejeitos piritosos. SIM NÃO OBSERVAÇÕES X MELHORIA DA COMPACTAÇÃO DO DEPÓSITO DE REJEITOS X Verificar dados técnicos que comprovem o cumprimento desta cláusula. Apesar da compactação ter sido melhorada, o coeficiente de permeabilidade ainda é elevado, da ordem de 10E-4 cm/s, de acordo com os estudos do SIESESC ATENDIMENTO AOS ANEXOS I A V DO PROTOCOLO DE INTENÇÕES A maioria dos itens dos anexos foi atendida. Existem entretanto, exceções. A principal delas diz respeito ao depósito de rejeitos que, apesar dos trabalhos de compactação bem sucedidos, continua a apresentar permeabilidade relativamente elevada, da ordem de 10E-4 Verificar cumprimento TRANSPORTE DE RESÍDUOS Verificar se os caminhões estão enlonados. X RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS Verificar as Licenças Ambientais de Instalação expedidas para execução dos PRAD’s. X Verificar se os PRAD’s estão sendo executados conforme o cronograma contido no próprio PRAD. O prazo máximo para conclusão é de 18 meses, conforme o TAC. O termo inicial é a data da concessão da Licença Ambiental de Instalação. Verificar a adequação técnica na execução dos PRAD’s. Foi constatado que foram expedidas licenças para execução de 6 PRAD’s. X Foi constatado que desde Novembro de 2006 não são executados serviços nas áreas licenciadas. Uma área foi 100% recuperada, outra 90%, e as demais 0%. Foi informado aos auditores que a Belluno adotou como estratégia a recuperação individualizada das áreas, limitando o início dos serviços de recuperação de uma área a conclusão dos serviços de recuperação de outra. No PRAD concluído resta implantar e reportar o plano de monitoramento pósrecuperação. X AUDITORIAS AMBIENTAIS Submeter-se a Auditorias Ambientais e pagar o seu custo X PROPOSTA DE CAUÇÃO OU SEGURO AMBIENTAL Verificar se a empresa apresentou a proposta de caução e se ela foi homologada pela FATMA. Exigir comprovante da prestação de caução (termo de caução ou averbação no Registro Imobiliário) Em 5/12/06 , mediante o oficio BELLUNO 149/2006, a empresa disponibilizou um terreno no valor de R$ 823.500,00. O custo dos trabalhos de recuperação ambiental foi orçado em R$ 748.755,00. X X Não foi feita averbação em cartório TABELA 6.2. – RESUMO DO ESTÁGIO DE ATENDIMENTO AOS ANEXOS DO PROTOCOLO DE INTENÇÕES ANEXO I - LAVRA DE CARVÃO MINERAL QUESTÕES SIM NÃO OBSERVAÇÕES PROTOCOLO DE INTENÇÕES - ATENDIMENTO INTEGRAL DO ANEXO I X Verificar atendimento integral do Anexo I Atende à maioria dos pontos com as seguintes exceções: Inexistência de Pesquisa por Sondagem Horizontal e Vertical Depósito de rejeitos inseguro, com permeabilidade elevada COMITÊ DE ACOMPANHAMENTO DE MINA Verificar se existe comitê implantado. Exigir cópia do Decreto Municipal que instituiu o Comitê e das atas das reuniões. X Existem 2 Comitês implantados, um para a Mina Morozini e outro para a Mina Cantão. Os dois comitês se reúnem mensalmente, com registro dos assuntos em atas de reunião. X Os comitês foram instituídos por meio dos seguintes diplomas legais: Decreto nº 397/2005, 15 de junho de 2005, que instituiu o Comitê Treviso - Mina Morozini Decreto nº 2.687, de 12 de maio de 2003, que instituiu o Comitê Siderópolis – Mina Cantão ANEXO II – BENEFICIAMENTO DE CARVÃO MINERAL QUESTÕES SIM NÃO OBSERVAÇÕES PROTOCOLO DE INTENÇÕES - ATENDIMENTO INTEGRAL DO ANEXO II X Verificar atendimento integral do Anexo II ANEXO III – DEPÓSITO DE REJEITOS QUESTÕES SIM NÃO OBSERVAÇÕES PROTOCOLO DE INTENÇÕES - ATENDIMENTO INTEGRAL DO ANEXO III X Verificar atendimento integral do Anexo III Depósito de rejeitos inseguro, com permeabilidade elevada ANEXO IV – TRANSPORTE DE MINÉRIOS QUESTÕES SIM NÃO OBSERVAÇÕES PROTOCOLO DE INTENÇÕES - ATENDIMENTO INTEGRAL DO ANEXO IV X Verificar atendimento integral do Anexo IV ANEXO V – BENEFICIAMENTO DE FINOS DE CARVÃO MINERAL QUESTÕES SIM PROTOCOLO DE INTENÇÕES - ATENDIMENTO INTEGRAL DO ANEXO V Verificar atendimento integral do Anexo V X NÃO OBSERVAÇÕES 7. EQUIPE TÉCNICA NOME Mario C. Machado Jr. Marcelo Neumann Érika Von Zuben FUNÇÃO REGISTRO PROFISSIONAL Auditor Líder Geólogo Química CREA 0600358179 CREA 101937 CRQ 004250293 34 ASSINATURA SP/P4455/R0349/2007
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