Worklover - Grupo DVA
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Worklover - Grupo DVA
DVA Worklover LONDON 2012 CHRYSLER 300C Av. Atlântica 5014. O Diamond Hill oferece tudo que há de melhor para você estar de bem com a vida. Área de lazer com dois salões de festas e capacidade para trezentos lugares, é o ambiente perfeito para recepcionar seus convidados. Uma verdadeira obra de arte para você viver e apreciar. Frente para o mar e pronto para morar. 3 Suítes sendo uma master com hidromassagem Até 5 vagas de garagem Visite o apartamento decorado. Balneário Camboriú/SC | 47 3264.0008 | www.embraed.com.br Hall do Edifício EDITORIAL Para Celebrar Nesta edição, comemoramos o início do segundo ano da DVA Magazine. Em nome do Grupo DVA, agradecemos a todos os envolvidos direta e indiretamente neste projeto, além dos nossos parceiros das três edições anteriores. Criada para valorizar as pessoas que fizeram e ainda fazem parte da construção do nosso estado, a revista celebra sua quarta edição entrevistando um membro deste seleto grupo, Sr. Zefiro Giassi. Uma figura querida por todos e fundador de uma das maiores redes de supermercados de Santa Catarina. Sua história, estilo de gestão e simpatia são o grande destaque desta publicação, além das paixões nacionais - carros, futebol e cerveja -, destinos incríveis, moda, cinema, consumo, música e um projeto gráfico renovado. Luxo, conforto e tecnologia definem o carro da edição: o Chrysler 300C, um autêntico exemplo de sedan de luxo americano com todas as características de um muscle car. Conheça também o “rei dos mares” da Benetti, o megaiate Crystal 140’, que leva as evoluções tecnológicas de ponta para passear sobre as águas. Falando em realeza, fizemos uma viagem ao Reino Unido para mostrar alguns dos castelos mais utilizados no cinema e em séries de televisão. Ainda direto da terra da Rainha, reunimos algumas dicas de lugares para passear, relaxar, comer e visitar durante as Olimpíadas de Londres 2012. De Nova York, apresentamos três ótimos restaurantes de culinária mediterrânea que valem a visita. De lá, vamos para a Patagônia Chilena, mais especificamente para o hotel Tierra Patagonia, um oásis imperdível de luxo e conforto em meio a geleiras, montanhas e prados. Para os apaixonados por cerveja, fizemos um apanhado das principais cervejarias artesanais brasileiras, um mercado em ascensão que ganha cada vez mais importância, apoio e refinamento por parte dos nossos mestres cervejeiros. E para acompanhar, selecionamos alguns filmes que tratam de assuntos e pessoas que moram no coração de todo brasileiro: futebol, Ayrton Senna e, mais recentemente, o UFC. A moda, consumo e música não ficaram de fora desta edição. Trouxemos duas grandes estilistas que fizeram história, novos talentos da soul music e dicas de compras para todos os gostos. Aproveite a leitura e entre para o nosso mundo! Paulo Toniolo Junior Diretor Grupo DVA EDITORIAL 42 HAND-CRAFTED BEER Cervejarias artesanais brasileiras 46 PAIXÃO NACIONAL 10 EXPEDIENTE Esportes no cinema CHARME E AGRESSIVIDADE 34 Novo Chrysler 300C Ghana Giancarlo Meneghini Diretor de branding WORKLOVER Entrevista com Zefiro Giassi Projeto Gráfico Bernardo Presser Colaboradores Fernanda Burigo Juliana Cesar Maria Luiza Gil Silvia Argenta Ulysses Dutra 14 58 LA DOLCE VITTA DUELO DE TITÃS Benetti Crystal 140’ Miuccia Prada e Elsa Schiaparelli Revisão Silvia Argenta Ulysses Dutra 68 Produção Ghana Departamento Comercial (48) 3248 9003 I NEED IT 20 Dicas de compras LUZ, CASTELOS, AÇÃO! 64 Tiragem: 5.000 unidades Este é um produto desenvolvido por Ghana (48) 3248 9003 www.ghana.com.br AS NOVAS CARAS DA SOUL MUSIC 50 EAT, NEW YORK CITY Assessoria de Imprensa Maristela Amorim (48) 3224 6428 Dicas de restaurantes em Nova York DVA Automóveis (48) 3381 1100 DVA Automóveis Blumenau (47) 3334 4333 DVA Veículos (48) 3381 2000 54 www.grupodva.com.br 26 LONDON 2012 TIERRA PATAGONIA Relaxe em meio a Patagônia Chilena CHRYSLER 300C materiais como metais cromados e polidos. O volante é de couro e madeira e pode ser aquecido quando necessário. Os bancos dianteiros possuem ajuste elétrico na lombar, são revestidos em couro e têm ventilação e aquecimento. Entre outros confortos, há porta-copos dianteiros com opção de refrigerar ou aquecer bebidas, persiana traseira com acionamento elétrico, pedais ajustáveis e sistema de comunicação por comando de voz Bluetooth Uconnect™. O 300C ganha mais luminosidade em seu interior com o teto solar panorâmico duplo. A Chrysler pensou em todos os detalhes na montagem do 300C para facilitar e assegurar o conforto do motorista. DIVULGAÇÃO CHARME E AGRESSIVIDADE Para isso, o carro proporciona piloto automático, sistema de navegação GPS Garmin® com SD Card, computador de bordo, controles do sistema de áudio no volante, controle eletrônico de estabilidade, memória em relação ao banco do motorista, rádio, retrovisores e entrada auxiliar para equipamentos eletrônicos, como USB remota. A coluna da direção Refinamento, inovação e desempenho no mais autêntico sedan de luxo americano. O Chrysler 300C é um sedan arrojado e rico em performance com um visual atraente que harmoniza traços retos e curvas suaves. O design frontal é vigoroso e está aliado a rodas de grandes dimensões. Apesar da fúria dos 286 cavalos, o 300C é silencioso com o câmbio E-Shift de oito velocidades, melhorando a dirigibilidade. 10 Os espelhos retrovisores possuem luzes direcionais integradas, rebatíveis eletricamente e antiofuscantes. O automóvel também apresenta faróis bixenônio adaptativos e faróis LED de segurança diurna, freios a disco nas quatro rodas com ABS, monitoramento da pressão dos pneus e limpadores de para-brisa com sensor de chuva. Para garantir a segurança do motorista e dos passageiros, os airbags dianteiros são de múltiplos estágios e os laterais dianteiros e traseiros, tipo cortina. Ainda possui suplementares laterais montados nos bancos dianteiros. Apesar da potência de 286 cavalos, o 300C é silencioso com o câmbio E-Shift de oito velocidades, melhorando a dirigibilidade. Na parte interna do 300C, o acabamento de luxo combina com diversos 11 CHRYSLER 300C tem regulagem elétrica de altura e profundidade. O carro conta com auxílio de estacionamento dianteiro e traseiro e ar-condicionado dual-zone automático. A sonorização é premium com nove alto-falantes, incluindo subwoofer e amplificador de 506 watts. O sistema de áudio Uconnect™ Touch com tela de LCD de 8,4” é compatível com CD/ DVD/MP3 e navegador integrado. Há, ainda, um sistema de conexão automática de áudio via Bluetooth. Vale destacar o sistema de entrada e partida sem chaves Keyless Enter’N GO. Essa tecnologia desbloqueia as portas automaticamente quando se puxa a maçaneta de uma das portas dianteiras. A chave só precisa estar no bolso! Ao entrar no carro, um toque no botão dá a partida. Para o motorista, é a simplicidade na hora de usar a tecnologia, associada à elegância e ao conforto, que faz do Chrysler 300C um carro tão charmoso. 12 A tampa traseira do novo Chrysler 300C agora incorpora um aerofólio com o novo logotipo da Chrysler. As lanternas traseiras tipo LED oferecem uma iluminação harmoniosa, ao mesmo tempo em que iluminam a noite com uma presença sedutora. Especificações técnicas Projetado para oferecer uma atmosfera luxuosa, o sedan conta com acabamentos de alta qualidade, como no painel de instrumentos e paineis das portas. Motor Cilindros – V6 Cilindrada (cm3) – 3.604 Potência máxima (cv/rpm) – 286 / 6.350 Torque (Nm) - 340 / 4.650 Câmbio - E-Shift 8 velocidades Rodas - Alumínio de 18” Volume máximo de bagagem (L) - 462 Dimensões Comprimento / Largura / Altura (m) 5,066 / 1,902 / 1,488 13 LIFESTYLE La dolce vita Sinta-se em casa no novo Benetti Crystal 140’, um verdadeiro rei dos mares. 14 15 DIVULGAÇÃO LIFESTYLE Imponente como um rei deve ser. Assim é o Crystal 140’, megaiate da Benetti indicado para pessoas que gostam de aproveitar o mar sem pressa, em uma navegação suave e tranquila. Esse modelo arranca suspiros com as diversas áreas que oferece, tanto internas quanto externas. Todos os espaços são valorizados e cuidadosamente pensados, e as grandes janelas recebem a luz natural e proporcionam uma vista sensacional do mar. No interior, a distribuição dos espaços explora todo o volume do casco. São quatro pavimentos, totalmente habitáveis, com grandes áreas de socialização e o máximo de privacidade. Entre as inovações, destaque para a área de popa e sua reorganização com garagem para jet skis e outros equipamentos com a porta na lateral. À frente, uma grande porta abre-se, permitindo que toda a área da popa possa ser aproveitada como uma praia livre de qualquer aparelho mecânico e equipada com chuveiro, banheiro, geladeira, cozinha e poltronas. No andar inferior, localizam-se as cabines dos hóspedes, quatro ao todo, sendo duas com cama de casal e duas com camas individuais. No andar superior, existe uma espaçosa sala de estar cercada por portas de vidro que abrem, formando um semicírculo com uma vista impressionante do horizonte. Com as portas fechadas, é possível isolar essa zona e controlar o clima do ambiente. O salão principal é limitado pela área de jantar, e uma mesa elegante com capacidade para oito pessoas está à disposição dos hóspedes. No hall, na meia-nau, escadas levam a outros níveis do barco. A sala de controle fica ao lado da cabine do comandante. Na parte externa, há uma grande área com sofás. O deck principal com bar, no andar superior, é o lugar ideal para relaxar no grande sofá central ou nas poltronas. O barco ainda oferece mais uma opção para aproveitar o sol, o terraço, além da capota rígida com tampa deslizante, garantindo a iluminação natural em vários pontos da embarcação. Uma das referências ao passado que esse modelo apresenta é a pilha de fumo, um símbolo do mar e da navegação. O iate tem 42 metros de comprimento e nove de largura, em feixe completo. Os motores são duplos Cat C32. A reserva de combustível é de 58 mil litros. São quatro pavimentos, totalmente habitáveis, com grandes áreas de socialização com o máximo de privacidade. 16 17 LIFESTYLE A velocidade máxima com meia carga é de 15 nós, com 14 nós possíveis na potência 85%. A estabilidade lateral é assegurada por um casco bastante amplo e pelas aletas no sistema de ancoragem Estabilização Naiad, que também funciona quando o barco não está em movimento. O iate tem capacidade para hospedar 17 pessoas entre hóspedes e tripulação. A decoração interna do Crystal 140’ pode ser escolhida pelo proprietário, personalizando os ambientes. O primeiro foi inspirado nas ilhas caribenhas e decorado com mogno finamente tratado para superfícies de madeira e acabamentos folheados a ouro. A casa do leme conta com arquitetura integrada e inovadora e monitores LCD de última geração. A funcionalidade e a ergonomia dos controladores possibilitam controlar todas as funções em um único painel. Ideias eficientes e funcionais que facilitam o trabalho da equipe. O sistema centralizado chamado “Best”Benetti’s Exclusive Sea Technology – é o coração do iate e administra as principais características operacionais. Por ser uma plataforma tecnológica exclusiva da Benetti, integra todos os sistemas eletrônicos e os aparelhos de bordo (saiba mais no box). 18 BEST: Benetti’s Exclusive Sea Technology • Cada função possui uma interface aberta que permite a comunicação com os demais sistemas de bordo e o redirecionamento de todas as informações aos respectivos dispositivos do barco; • Acesso às câmeras de segurança e dados técnicos de bordo e navegação por meio dos terminais de controle e televisão, telas touchscreen e telefones; • Ajuste da iluminação, climatização e cortinas através de controles remotos, televisão e touchscreen; • Acesso à agenda telefônica e a possibilidade de efetuar uma ligação através da televisão; voicemail também acessível a partir de terminais não telefônicos; • Ações programadas: um toque para ativar a iluminação, o clima, as cortinas, o áudio/vídeo, os desvios de chamadas telefônicas e a ativação dos alarmes emotiondetection. 19 VIAGEM Stokesay Court É na primeira parte do filme “Desejo e Reparação” (2007), de Joe Wright, que inicia o romance entre Robbie e Cecilia (James McAvoy e Keira Knightley, respectivamente). Uma das cenas mais fortes é quando Robbie é preso, e ela fica parada em estado de choque usando um belíssimo vestido verde esmeralda. O cenário foi a mansão inglesa Stokesay Court, construída no início de 1889 pelo fabricante de luvas John Derby-Allcroft. A casa é uma propriedade privada e está localizada em Shropshire, mas recebe visitantes e pode ser alugada para a realização de eventos como festas de casamento. Nem todo cenário de filme é construído em grandes estúdios de gravação ou feito através do computador. Locações ao redor do mundo inspiram diretores e até autores de roteiros e livros na hora de ambientar uma história. Na Inglaterra, diversas mansões e castelos já serviram de cenário para filmes e seriados de tv. A maioria deles, como Stokesay Court, recebe a visitação de turistas e curiosos. Luz, castelos, ação! O livro “Orgulho e Preconceito”, da escritora Jane Austen, ganhou versões tanto no cinema quanto na tv. O filme é estrelado pela atriz inglesa Keira Knightley (coincidentemente, também é um filme de Joe Wright) e se destaca por ser uma das comédias românticas mais espertas e divertidas sobre os antigos costumes ingleses, em que as filhas eram criadas para conseguir um bom marido. A casa onde mora a família de Elizabeth, a protagonista rebelde, é retratada por Groombridge Place, localizada perto de Tunbridge Wells, Kent, e construída em Nem todo cenário de filme é construído em grandes estúdios de gravação ou feito através do computador. Locações ao redor do mundo inspiram diretores e até autores de roteiros e livros na hora de ambientar uma história. Castelo de Highclere DIVULGAÇÃO Produções para o cinema e a televisão com temáticas históricas procuram cenários realistas em castelos, palácios e mansões tradicionais inglesas. 20 Groombridge Place 21 VIAGEM Pemberley Chatsworth House 22 Sudbury Hall Os jardins de Chatsworth são um dos mais famosos da Inglaterra. Alguns historiadores acreditam que Jane Austen inspirou-se nessa mansão quando descreveu Pemberley em sua obra. 1662 pelo arquiteto Philip Packer, dono da propriedade. Na história, outra casa importante é Pemberley, residência do Sr. Darcy, a paixão de Elizabeth. No filme de Wright (2005), a locação escolhida foi a Chatsworth House, um palácio rural em Derbyshire, Inglaterra, construído por Bess de Hardwick por volta do século XVI. O palácio foi completamente reconstruído entre 1687 e 1696 sob as ordens do 1º Duque de Chatsworth e direção do arquiteto William Talman. Na mansão, encontra-se uma coleção única de pinturas e mobílias, desenhos de pintores que trabalharam antes de 1800, esculturas neoclássicas, entre outros artefatos. Os jardins de Chatsworth são um dos mais famosos da Inglaterra. Alguns historiadores acreditam que Jane Austen inspirou-se nessa mansão quando descreveu Pemberley em sua obra. No livro, Elizabeth visita Chatsworth antes de visitar Pemberley. A Wilton House é usada nesse mesmo filme em algumas cenas de interior. Sua localização é em Wiltshire e foi construída no século XVI. Lyme Hall é um palácio inglês dentro do Lyme Park, no Condado de Cheshire, e foi usado como o exterior de Pemberley na série “Orgulho e Preconceito”, da BBC, em 1995. O palácio foi construído no século XVI em estilo isabelino. As filmagens internas dessa produção foram feitas em Sudbury Hall, casa construída entre 1660 e 1680 por George Vernon, em Derbyshire. O local abriga uma mistura de estilos arquitetônicos, belas esculturas, murais e trabalhos em gesso. Apesar do livro ter ganhado diversas versões, várias mansões serviram de locação para Pemberley. Renishaw Hall foi a residência do Sr. Darcy na série da BBC de 1980 e é uma das mais belas já escolhidas. Fica em Derbyshire e data do século XVII. A casa foi construída em 1625 por George Sitwell, que, em 1653, foi Sheriff 23 VIAGEM Wilton House Dyrham Park Blenheim Palace Na década de 1960, Dyrham Park foi usada em outra série da BBC. A mansão, em Gloucestershire, tem estilo barroco e foi projetada por William Talman, mesmo arquiteto de Chatsworth. Outra casa muito conhecida pelos ingleses é “Downton Abbey”, também título da série de sucesso que ganhou o Globo de Ouro no início do ano. A história se passa na década de 1910, após o naufrágio do Titanic, e concentra-se na família Crawley e nos habitantes de Downton Abbey. As filmagens ocorrem há três anos no Castelo de Highclere, em Hampshire, projetado em estilo vitoriano pelo mesmo arquiteto do Parlamento Inglês, Charles Barry, em 1838. 24 O Disputado Blenheim Palace, casa do duque de Marlborough, já foi cenário de várias produções. Para a BBC, foi o exterior do castelo dinamarquês de Hamlet, em 1996. Também apareceu em filmes como “Harry Potter e a Ordem da Fênix” (2007), “A Jovem Rainha Victoria” (2009) e “Os Vingadores” (2012). Ainda nos dias atuais, é uma das maiores casas na Inglaterra e Patrimônio Mundial da UNESCO. O Palácio foi construído por ordem da rainha Anne por John Churchill, primeiro duque de Marlborough, em reconhecimento pela sua vitória na Batalha de Blenheim, em 1704, que salvou a Europa do domínio francês. Foi nesta casa que Sir Winston Churchill nasceu, a apenas oito quilômetros de Oxford. RACHEL BAKER da região. A mansão tem sido o lar da família Sitwell por mais de 350 anos. Harewood House Renishaw Hall A melhor época do ano para conhecer todos esses lugares é entre os meses de março e novembro. A maioria não abre segundas e/ou terças-feiras. 25 LONDON 2012 Em época de Jogos Olímpicos, aproveite tudo que Londres tem a oferecer. Londres está na contagem regressiva para receber os melhores atletas do mundo, vindos de diversos países para disputar os Jogos Olímpicos 2012, entre os dias 27 de julho e 12 de agosto. Mesmo com uma programação variada e a possibilidade de acompanhar disputas no atletismo, natação, ginástica rítmica ou futebol, preparamos para você um roteiro diferente do que se costuma programar quando se visita a capital inglesa. Além das atrações obrigatórias como a Tower Bridge, o Palácio de Buckingham, a London Eye, o Parlamento, a estátua de Eros no Picadilly Circus e os inúmeros museus, é possível explorar outras opções de lazer menos conhecidas, mas tão bacanas quanto. Londres abriga diversos parques onde a população local se concentra nos dias de verão, à beira de rios e lagos. Os dias são mais longos, pois anoitece por volta das 21 horas, propiciando boas oportunidades para conhecer a cidade, caminhar perto do Tâmisa, alugar bicicletas e aproveitar dias de férias com toda a intensidade. 26 DIVULGAÇÃO OLIMPÍADAS PASSEAR Um passeio de barco entre Little Venice e Camden Town O lugar perfeito para um passeio de barco em Londres. O London Water Bus inicia essa viagem na Paddington Basin, no Pool de Browning, em Little Venice – a pequena Veneza inglesa. A partir daí, conhece-se a arquitetura em Maida Vale, até a parada final em Camden Town. Nessa região, vale conhecer o mercado de Camden e brechós da redondeza. Você também pode fazer o trecho de volta e jantar em algum restaurante ao ar livre em Little Venice. Remo no Regents Park O Regents Park é um dos mais bonitos da cidade e está localizado próximo ao Museu de Cera Madame Tussauds. No local, o remo é uma tradição antiga, e várias pessoas praticam a atividade por lá. Para quem não tem intimidade com esse esporte, pode fazer o passeio de pedalinho acompanhado de garças, patos e cisnes que habitam o local. Caminhar pelo Regents e tomar café ou sorvetes no Boathouse finalizam a visita com aroma e lembranças de volta à infância. Acesse: londonwaterbus.com 27 OLIMPÍADAS RELAXAR The Berkeley Health Club and Spa Wilton Place, Knightsbridge / London, SW1X 7RL 28 Aproveite as regalias de um club spa no centro de Londres. Alguns quartos são assinados por designers renomados, e três suítes oferecem jardins de inverno, espaçosos terraços, detalhes únicos e móveis assinados por David Linley. Além dos passeios pela cidade, aproveite o fitness center, as aulas de natação, os vários tratamentos de beleza, as saunas relaxantes e a piscina com teto retrátil na cobertura do hotel. Antes do jantar, experimente um Ginger Cosmopolitan no Blue Bar, do Berkeley. Imperdível – o Prêt-à-Portea, chá da tarde fashionista servido todos os dias no The Caramel Room, entre 13 e 18 horas. O local também serve café da manhã, almoço e jantar. O Berkeley ainda conta com dois renomados chefs, Pierre Koffmann e Marcus Wareing. Blakes London Hotel 33 Roland Gardens / LONDON, SW7 3PF Um dos primeiros hotéis butique de luxo do mundo, fundado em 1978. É reconhecido pelo design, serviço e privacidade. A fachada do prédio vitoriano é escura e sofisticada. No interior, uma decoração elegante, dramática nos tons escuros, e eclética, com referências, objetos e móveis da Índia, China, Indonésia, Tailândia, Camboja, Egito, Itália e, claro, Inglaterra. O restaurante e o bar do Blakes são populares entre a elite londrina e merecem uma visita. Lá, você pode esbarrar com celebridades mundialmente conhecidas, como Madonna! 29 OLIMPÍADAS COMER The Rookery Bar & Restaurant 30 Culinária contemporânea ao sul do rio Tâmisa. O The Rookery tem um ambiente confortável e rústico. A iluminação é intimista, e a combinação de cores e texturas dá o tom aconchegante ao local. A especialidade são os cortes de carne cuidadosamente escolhidos, servidos com acompanhamentos como legumes assados e purês, bem ao gosto dos ingleses. Ampla carta de vinhos e cervejas, com destaque para a Little Creatures Pale Ale, da Austrália, e a Anchor Steam, de São Francisco. Entre os coquetéis, há os tradicionais Negroni, Aperol e Spritz. Hawksmoor Spitalfields 157 Commercial Street / London, E1 6BJ O local é todo decorado com materiais recuperados, como uma parede de latão polido feita das portas dos elevadores Art Deco do Edifício Unilever, construído nos anos 20, na região de Embankment. No cardápio, há sanduíches selecionados para acompanhar os coquetéis. E ainda Hot Dog & Chilli Cheese Dog, rolinhos de lagosta, salsichas com ovos, muffins nos finais de semana, hambúrguer, asas de frango e o favorito da casa, Jalapeño Coleslaw & Poutine: batata frita, queijo e molho servido com frango assado ou rabada. Para beber, escolha entre o Ginger Pete Shaky, Marmalale Cocktail ou o Nuclear Banana Daiquiri. 31 OLIMPÍADAS VER Exposição: Damien Hirst Acima Damien Hirst The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living 1991 © Damien Hirst and Science Ltd. All rights reserved. DACS 2011 Photo: Photographed by Prudence Cuming Associates Próxima Página Damien Hirst Sympathy in White Major - Absolution II 2006 © Damien Hirst and Science Ltd. All rights reserved. DACS 2011. Photo: Photographed by Prudence Cuming Associates 32 O Tate Modern apresenta a primeira exposição substancial com trabalhos de Damien Hirst, um dos mais proeminentes artistas que surgiram a partir da cena artística britânica nos anos 90. Sua arte é mais reconhecida pela exploração de imagens e notável por suas fortes associações com a vida e a morte, além dos sistemas de crenças e valores. Nesta exposição, é possível fazer uma viagem por duas décadas da mente criativa de Hirst. São mais de 70 obras do artista, entre elas estão esculturas do início dos anos 90, como “A Impossibilidade Física da Morte na Mente de Alguém que Vive” (The Physical Impossibility of Death in the Mind of Someone Living), em que um tubarão é suspenso em formol. Paralelamente às esculturas, há armários exibindo fileiras de comprimidos, embalagens médicas e instrumentos cirúrgicos, bem como pinturas feitas ao longo da carreira de Hirst e a série da borboleta. Além disso, duas instalações principais estão em exibição: In and Out of Love, de 1991, que inclui uma sala cheia de borboletas vivas e nunca foi mostrado em sua totalidade, e Pharmacy, de 1992. Damien Hirst nasceu na cidade de Bristol, Reino Unido, em 1965. Damien Hirst – até 09 de setembro de 2012. Local: Tate Modern – Bankside SE1 9TG Valor: £15.50 Todos os dias, entre 10h e 18h. Sextas, sábados e domingos, fecha somente às 22h. 33 ENTREVISTA worklover Lá vem ele. Caminhando com passos firmes por um corredor de não mais que cinco metros, cumprimenta os funcionários e nos conduz para a sala à direita. Na parede ao lado da porta, um quadro do artista plástico Luciano Martins estampa um senhor de terno e óculos retangular segurando uma maçã. É o empresário Zefiro Giassi, fundador da segunda maior rede de supermercados de Santa Catarina. 34 35 ENTREVISTA Zefiro Giassi nasceu em Ponta do Mato, Içara, no dia 29 de junho de 1933, contrariando a carteira de identidade que afirma ter sido no dia 30. É o quarto dos oito filhos de Ângelo Giassi e Lucia Rosso, agricultores filhos de italianos que vieram ao Brasil em busca de terras férteis. O casal trabalhou a vida inteira na terra, em uma época em que se capinava com enxada, em que tudo era artesanal, da preparação da terra à colheita. Trabalho e simplicidade Início Na sala onde trabalha, ele conserva uma prateleira com inúmeros troféus e homenagens que a rede Giassi recebeu ao longo de 52 anos de história. Na parede atrás da cadeira onde senta, estão o brasão da família e uma foto com a esposa. Em cima do sofá, uma pilha de revistas ainda ensacadas denunciam a falta de tempo do empresário e uma foto logo ao lado representa o carinho que os funcionários têm por ele. O menino que só foi aprender português na escola, desde pequeno apresentava vocação para o comércio - era ele quem vendia parte do que era produzido pela família na agricultura - mas com o apoio dos pais se tornou professor. Zefiro fez o Curso Normal Regional em Criciúma e, por morar longe do centro da cidade, hospedava-se em uma pensão. Por isso, durante todo o curso, ele trabalhou para não onerar muito os pais. Fazia trabalhos em oficina, agricultura, limpando terreno, criando vacas, vendendo leite. Em 1951, começou a lecionar. Educou crianças da primeira à 4ª série por nove anos. Nesse período, organizou um sistema cooperativo para comprar materiais escolares a preços mais acessíveis. Em 1955, casou-se com Ana Maria Zilli Giassi, com quem tem cinco filhos. Não demorou muito para Zefiro deixar de dar aulas para seguir a vocação de empresário. Com a família crescendo, era preciso aumentar a renda e, mesmo contra a vontade dos pais, abriu seu armazém de secos e molhados em 1960. Nunca mais retornou ao magistério. O armazém vendia ferragens e tecidos, e Zefiro exercia o máximo de funções possíveis, pois não tinha como pagar funcionários. Com o crescimento da cidade e da população, a loja foi se diversificando e incorporou armarinhos, gêneros alimentícios e materiais de construção às vendas. Em 1964, foi registrada a razão social Giassi e Cia. Zefiro logo percebeu um mercado emergente e decidiu ser o pioneiro no ramo self-service da região. Até então a população estava acostumada a pedir o que quisesse no balcão do armazém. Em 1970, com a inauguração do primeiro Supermercado Giassi, os clientes aprenderam a escolher os produtos. Atualmente, a Giassi & Cia Ltda é a segunda maior rede de supermercados de Santa Catarina, com lojas em Içara, Araranguá, Blumenau, Criciúma, Joinville, Palhoça, São José, Sombrio e Tubarão. 36 Com orgulho, Zefiro fala de quando comprou seu primeiro caminhão, em 1963, e confessa que ainda hoje, em algumas visitas às lojas, o faz de carona em caminhões da empresa. “Os motoristas nos mostram uma visão diferente e com eles aprendemos grandes lições de vida. Nossas viagens são sempre enriquecedoras”. “Certo dia um fotógrafo pediu que eu colocasse o terno para fazer uma foto. Nem questionei e fiz. Passaram-se alguns dias até que chegou meu aniversário de 45 anos. Na ocasião, colaboradores da empresa pediram para minha esposa me tirar de casa, sem que eu soubesse da surpresa preparada. Por coincidência, decidi que naquele dia não iria trabalhar, algo raro, e fiz todos os programas que minha esposa convidava. No fim do dia, ao voltarmos para casa, minha esposa sugeriu para irmos ao Centro de Beneficiamento de Cereais da empresa, onde estaria a família fazendo um churrasco. Chegamos ao local, as luzes estavam apagadas e não havia movimentação de pessoas. Mas, ao entrar acenderam as luzes e grande foi minha emoção ao ver todos os colaboradores reunidos para comemorar meu aniversário. Meu presente foi um quadro com uma foto, aquela que havia sido tirada pelo fotógrafo, dias atrás. No verso do quadro, estava a assinatura de cada um de meus colaboradores, que até hoje guardo com muito carinho.” A simplicidade é uma de suas características mais marcantes. Zefiro não é dado a luxos e detesta desperdício. Diz que seu maior desejo, quando parar de trabalhar, é voltar às origens, mexer na terra e criar animais. Em casa, tem dois aracuãs e três papagaios. Nenhum deles chama seu nome. “Já basta todos que me chamam o dia inteiro no trabalho. Não preciso que o papagaio também saiba meu nome”, conta sorrindo. Há 52 anos no comando da empresa, o patriarca dos Giassi centraliza todas as funções. Durante nossa conversa o telefone tocou três vezes e chamaram-no à porta uma vez. Era o genro, Alenir Cabreira, diretor administrativo financeiro. O dever estava chamando. E Zefiro não gosta de deixar ninguém esperando por ele. “Os motoristas nos mostram uma visão diferente e com eles aprendemos grandes lições de vida. Nossas viagens são sempre enriquecedoras”. 37 ENTREVISTA Aos 18 anos o senhor se formou no Curso Normal Regional e passou a ser professor primário. Por que escolheu o magistério como primeira profissão? nenhuma dívida minha. Eu tinha a responsabilidade de fazer certo o que eu me propusera a fazer. E foi o que aconteceu. Com muito esforço, muita garra, muitas noites sem dormir, hoje, 52 anos depois, tenho a honra de dizer que não atrasamos compromissos assumidos. O magistério não foi propriamente uma escolha. Era a única opção. Na época, morando no interior, não tinha indústria ou comércio. Não tinha onde trabalhar sem que fosse na agricultura. Mas em cada comunidade havia uma escola que precisava de professor. E o senhor começou o seu próprio negócio exercendo qual função? Fazendo tudo. Papel de advogado, de cobrador, de vendedor, de entregador, de comprador. Porque na época o negócio era pequeno. Não podia ficar contratando pessoas para esses trabalhos. Se pagasse alguém, acabava faltando rendas para atender as despesas. Começamos devagar e aos poucos, conforme cresciam os negócios, contratávamos pessoas. Como professor, o senhor desenvolveu uma cooperativa para que os pais de seus alunos pudessem comprar material com preço mais barato. Foi ali que lhe despertou o espírito empreendedor? Desde a infância, a cada 15 dias, eu era o escolhido para vender na cidade os ovos e queijos produzidos pela família. Era um percurso de 15 quilômetros até Criciúma – cidade mais próxima – feito a cavalo, pois era o único meio de transporte da época. Eu sempre tive uma vocação, um gosto pelo negócio. Como professor, por ser responsável pelos alunos, a quem os pais confiavam a educação das crianças, eu cuidava também para que eles pudessem pagar um preço melhor pelos materiais. Foi baseado em que valores que o Giassi passou de um pequeno armazém à segunda maior rede de supermercados de Santa Catarina? O nosso princípio é fazer bem feito tudo a que nos propomos; não importando a velocidade do crescimento, mas que seja um crescimento seguro, responsável. O Giassi é uma empresa familiar. Quanto ao futuro dela, o senhor se prepara para passar a sucessão a um de seus filhos? Como foi a transição do magistério para o comércio? O magistério era uma profissão que eu adorava e da qual até hoje sinto muitas saudades. Mas, a função de professor sempre foi mal remunerada, e na época era ainda pior. Eu era funcionário municipal da prefeitura de Criciúma e a economia tinha que ser grande para poder atender as despesas. Veio a família e eu senti a necessidade de mudar. Na época, além de lecionar, eu ainda complementava a renda trabalhando na agricultura em horas de folga. Mesmo contrariando o desejo dos meus pais, eu resolvi abrir meu comércio no começo do ano de 1960. Por que seus pais não queriam que você mudasse de profissão? Não é que não quisessem. Eles temiam, porque a grande maioria das pessoas que se aventurava no comércio acabava se endividando e dando prejuízo à família e aos fornecedores. Essa era a preocupação dos meus pais. Mas mesmo assim o senhor aceitou o desafio... O que me fez aceitar o desafio era o desejo de fazer esse trabalho e a confiança que eu tinha. Eu consegui então começar o negócio mesmo sem dinheiro. Foi totalmente baseado em empréstimos de amigos, inclusive dos meus pais, que me ajudaram. Empréstimos, viu? Não era dinheiro doado. Lembro que meu pai avisou que não avalizaria 38 O Giassi é 100% familiar. A empresa me pertence e meus filhos têm uma parcela. E hoje estamos passando por um processo de sucessão. Eu vou transferir o patrimônio para os filhos, mas enquanto eu tiver energia e lucidez, pretendo permanecer na administração, no comando. “O magistério era uma profissão que eu adorava e da qual até hoje sinto muitas saudades”. “O nosso princípio é fazer bem feito tudo aquilo que se faz. Não importando a velocidade do crescimento, mas que seja um crescimento seguro, responsável”. Então seu grau de envolvimento com a empresa é total. O senhor comanda e supervisiona tudo? Embora nós tenhamos o departamento jurídico, contábil, de compras, de logística, de distribuição e outros, a coordenação geral ainda é feita por mim. Uma empresa familiar carrega muitos prós e contras. De um lado há a lealdade, mas, do outro, o excesso de liberdade. Como o senhor manteve, e ainda mantém, o equilíbrio que garante o sucesso do Giassi? A dificuldade que existe é equilibrar razão e emoção. Eu sempre fui muito emotivo, mas a emoção não pode sobressair a razão. Na família existe muita emoção. Por outro lado,sabemos que tudo o que construímos é para a família e nossos colaboradores. Talvez administrar com estranhos possa ser mais fácil, porque estranhos cumprem ordens e na família existe mais liberdade, mas para mim é gratificante trabalhar com a família e para a família. 39 ENTREVISTA E a família inteira herdou esse espírito empreendedor? Todos eles, embora tenham trabalhos paralelos, contribuem com a empresa, fazem parte dela. A distribuição é igual para todos, seja homem ou mulher, não importa a idade. O Giassi valoriza a amizade no próprio slogan: “Pequenos preços. Grandes amigos”. Como é a sua relação com seus funcionários e clientes? Se não houver uma amizade com os funcionários eles jamais terão uma boa produção. Eu gosto de tratar meus funcionários como amigos. Todos os colaboradores são a grande causa do crescimento da empresa e da empresa existir. E o cliente é a nossa matéria-prima. Se não houver consumidores, não há vendas. Por isso temos muito respeito pelos clientes que dão preferência às nossas lojas. No seu quadro de funcionários, qual é o mais antigo? “Desejo continuar nossa filosofia de trabalho, que é valorizar o ser humano – seja ele colaborador ou cliente – e prezar pela qualidade – seja em produtos ou serviços”. O funcionário mais antigo está há 40 anos na empresa, é Domingos Adílio de Souza. Hoje ele é gerente operacional, mas começou como office boy. Sempre que abre uma nova oportunidade, nossos funcionários são contemplados com a promoção. Assim nós valorizamos aqueles que estão há mais tempo colaborando conosco. Nem sempre há postos para promover todos, mas buscamos, com o crescimento, abrir oportunidades para nossos funcionários. Raramente contratamos pessoas de fora da empresa para ocupar esses postos. A marca Giassi já se expandiu não só na região Sul de Santa Catarina, mas também na Grande Florianópolis, no Vale do Itajaí e no Norte. As próximas unidades programadas devem permanecer em Santa Catarina ou há planos de levar a marca para outros estados? O nosso planejamento estratégico é inaugurar uma loja por ano. Mas, podemos levar mais tempo para abrirmos uma nova loja, ou até inaugurar duas lojas no mesmo ano. Buscamos trabalhar com capital próprio, para não nos endividarmos e não comprometermos o dia de amanhã. Nós temos sempre um plano para os próximos cinco anos e o nosso foco é Santa Catarina. Não temos intenção de sair do Estado. E a próxima loja está programada para ser inaugurada em que região? No dia 26 de abril deste ano inauguramos uma loja em São José, a 12ª da rede. E já estamos com todo o projeto pronto, só dependendo de alguns tramites burocráticos, para abrirmos a segunda loja na cidade de Joinville. Ao abrir seu próprio negócio, o armazém em 1960, o senhor imaginou que fosse alcançar esse patamar? Jamais podia imaginar que um dia pudesse ter quase cinco mil colaboradores e expandir para praticamente todo o Estado. Foi um crescimento gradativo e com muita firmeza; com programação a curto prazo, para ter segurança, sem pensar em aventuras, trabalhando muito e acreditando no que se faz. 40 No passado o senhor não previa onde estaria hoje. Mas agora, o que espera para o futuro da marca Giassi? de vez em quando passamos momentos alegres apreciando a natureza e respirando ar puro. Desejo continuar nossa filosofia de trabalho, que é valorizar o ser humano - seja ele colaborador ou cliente - e prezar pela qualidade - seja em produtos ou serviços. Por exemplo, se não conseguirmos abrir uma loja por ano, que seja em dois ou três. Nosso objetivo é crescer mantendo a qualidade. Mas crescer sempre! Porque assim que você se satisfaz com o que tem, você começa a declinar. Quem faz as compras de supermercado na sua casa? Nos momentos de lazer o que o senhor procura fazer? Eu sou muito família. Gosto muito de sair com minha esposa e, a pedido dela, evito visitas aos supermercados; pois acabamos falando de negócios com quem encontramos, atrasando nosso passeio. Gosto também de participar de eventos do setor e buscar novidades que o mercado apresenta. Confesso que meu maior esporte é trabalho. Mas até agora o senhor só citou trabalho... A três quilômetros da central administrativa do Giassi, minha esposa cuida de um sítio onde cultiva as hortaliças que consumimos, além de inúmeras plantas, frutas e flores, com destaque especial às orquídeas. É um paraíso terrestre esse local, onde As compras geralmente são feitas por telefone e recebemos em casa. Nas visitas que faço ao supermercado, aproveito para escolher frutas, pães e demais produtos de necessidade emergencial. O senhor não tira férias? Com exceção das quatro viagens que fiz com minha esposa para Jerusalém e outras que fiz a eventos ou a passeio, eu não costumo tirar férias. O máximo que fiquei afastado foi 36 dias em uma das viagens à Terra Santa. Desde que nasceu o senhor mora na região de Criciúma, antes mesmo da cidade de Içara existir. Qual a sua relação com a cidade? Eu nunca saí daqui e não tenho nenhuma intenção de sair. Eu nasci, cresci, me criei aqui. Conheço as pessoas e tenho um verdadeiro amor por esta terra. Fui vereador por um mandato e, diferente do que acontece hoje, não ganhei um centavo para me candidatar e nem para exercer a função; na época o trabalho não era remunerado. Ajudei a fundar a cooperativa de eletrificação - a Cooperaliança - que foi um meio de expandir a eletrificação para o município. Fui presidente por seis anos, também trabalhando de graça; tudo pelo amor à causa pública, para contribuir com o desenvolvimento da minha terra. Em 52 anos de Giassi, quais são os pontos mais marcantes da trajetória da empresa? Houve momentos de muita dificuldade, quando passamos pela época de inflações galopantes e das diversas mudanças de planos econômicos. O pior deles foi o de 1986, o Plano Cruzado. Passamos humilhações por causa deste plano, com o congelamento de preços. Certa vez, em uma de nossas lojas, havia cerca de 30 pacotes de farinha de mandioca; todos com preços ajustados (as etiquetas eram trocadas constantemente) com exceção de um pacote no meio dos outros que estava com o preço mais baixo. Prenderam o gerente e eu tive que responder processo por causa de um pacote de farinha de mandioca com preço diferente dos demais. Mas foi superado. A vontade de vencer foi maior do que as barreiras impostas. Não desistimos porque tivemos muita garra. Penso que todos os obstáculos que encontramos na vida são oportunidades. 41 CERVEJARIAS ARTESANAIS H A N D - C R A F T E D As cervejarias catarinenses fazem parte da lista com as 12 melhores marcas artesanais do país criada pelo sommelier, especialista em cervejas e editor do MestreCervejeiro.com, Daniel Wolff. A relação tem Bode Brown e Way, de Curitiba (PR); Klein Bier, de Campo Largo (PR); Eisenbahn, de Blumenau (SC); Bierbaum, de Treze Tílias (SC); Falke Bier, de Ribeirão das Neves (MG); Wäls, de Belo Horizonte (MG); Colorado, de Ribeirão Preto (SP); Baden Baden, de Campos do Jordão (SP); Bamberg, de Votorantim (SP); Dado Bier, de Porto Alegre (RS); e Abadessa, de Pareci Novo (RS). Forma diferenciada de fabricação de cervejas tem ampliado número de adeptos no país. As linhas de produção marcaram o modelo de consumo do século XX. Ainda hoje, os bens industrializados continuam sendo predominantes nas compras de todo o mundo, no entanto muitas pessoas estão buscando produtos que tenham como valor agregado a exclusividade e o personalismo. O consumo não se restringe apenas ao bem; ele também tem um sentido ampliado que valoriza a criatividade, o tempo e a dedicação do produtor. A adesão à fabricação e à compra de materiais diferenciados é muito frequente no mercado de cervejas artesanais, que vem aumentando no Brasil e conquistando apreciadores. O país conta com diversas cervejarias artesanais, que privilegiam o feitio selecionado. Pode-se até dizer que cada etapa do processo é “degustada” com tanto prazer que a bebida é produzida realmente com uma atenção especial. Em termos gerais, o cuidado começa na seleção dos ingredientes, adotados conforme o tipo de cerveja que se deseja produzir. Os básicos são a água, o lúpulo, a cevada e o malte. Na sequência, vem a escolha da 42 receita mais adequada para prepará-la, com diferentes tempos e temperaturas de cozimento, fermentação e maturação, e a adoção dos conservantes naturais. Isso sem falar no maquinário necessário para a produção. Essas cervejarias podem utilizar tanto equipamentos pequenos, com um rendimento limitado, quanto modernos, que permitem a comercialização da cerveja. Nem mesmo o engarrafamento da bebida descaracteriza a forma artesanal de produção. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, há uma estimativa de que existam mais de 20 mil tipos de cervejas no mundo. O Brasil é o quarto maior consumidor, em termos de volume, perdendo apenas para a China, os Estados Unidos e a Alemanha. É um grande mercado, já que são mais de 10 bilhões de litros de cerveja consumidos pelos brasileiros por ano. Apesar disso, as cervejarias artesanais representam somente 1% do setor. Mas elas estão expandindo. Diversas associações dedicadas à cerveja estão se 43 CERVEJARIAS ARTESANAIS Harmonizando unindo para fortalecer o comércio do produto. Em junho, será realizado, em Piracicaba, no interior paulista, o 7˚ Concurso Nacional de Cervejarias Artesanais. Na programação, consta até uma competição direcionada à confecção de rótulos. A expectativa é de reunir profissionais e apreciadores de todo o território nacional, já que o concurso foi idealizado por entidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. Os municípios catarinenses ganham destaque quando o assunto é a cerveja. Blumenau sedia o maior encontro cervejeiro do país, o Festival Brasileiro da Cerveja, e é famosa por organizar uma das maiores festas alemãs do Brasil, a Oktoberfest. Mas, além do circuito das bebidas comerciais, o território barriga-verde tem ainda tradição na produção e no consumo de cervejas artesanais. Dados da Associação de Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina apontam que há cerca de 140 sócios distribuídos por todas as regiões do estado. Quando pretendemos fazer a harmonização entre uma bebida e uma refeição, normalmente pensamos no vinho mais adequado. No entanto, a combinação entre os pratos e as cervejas também é possível. Em alguns casos, pode-se inclusive fazer a relação entre as duas bebidas. Os vinhos tintos, brancos e ácidos correspondem, em geral, com as cervejas Ale escura, Lager clara e de alto amargor, respectivamente. As formas de harmonização das cervejas também podem ser relacionadas às regras do vinho. O contraste é utilizado nas ocasiões nas quais há valorização tanto do prato quanto da bebida. E a semelhança, mais comum, surge nas situações em que as sensações se agregam com elementos parecidos. Aposte na cerveja conforme a intensidade do sabor do prato. As cervejas leves combinam com os pratos leves, e as encorpadas com os mais fortes. Evite as muito alcoólicas em refeições apimentadas, pois o álcool intensifica o sabor do condimento. Comida Cerveja Ceviche (peixe marinado no limão) Weizenbier Saiba mais: Camarão Weizenbier ou Kölsch Cerveja Falada (2010, 15 minutos) de Guto Lima, Demétrio Panarotto e Luiz Henrique Cudo. O documentário aborda a vida do mais antigo mestre cervejeiro vivo do Brasil, Rupprecht Loeffler, de 93 anos, e sua cervejaria, a Canoinhense, em território catarinense. A produção foi da Exato Segundo, que, em 2008, realizou um outro filme sobre a bebida, intitulado “Histórias da Cerveja em Santa Catarina”. Mais informações no site www.exatosegundo. com.br. Feijoada Dunkel, Rauchbier e Weizenbock Condimentada ou apimentada Pale Ale Pato com molhos adocidados Doppelbock, Bock, Weizenbock e Cream Stouts Costela Dunkel Pratos com molhos adocicados e molhos agridoces, comuns na comida chinesa Bock, Weizenbock, Barley Wine, Cream Stout Comidas grelhadas e sobremesas de chocolate Schwarzbier, Dunkel, Stout Chocolates meio amargos Imperial Stouts Sorvete de baunilha ou com cheesecake Kriek belga Cervejarias artesanais catarinenses - Entidade governamental que promove o turismo em Santa Catarina, a Santur conta com um roteiro das cervejarias artesanais em diversas cidades. Acesse www.santur.sc.gov.br. Fonte: Eisenbahn - www.eisenbahn.com.br 7º Concurso Nacional de Cervejarias Artesanais - Nos dias 7, 8 e 9 de junho, o evento de Piracicaba terá uma competição de design de rótulos e palestras sobre a história da bebida no país; questões técnicas de produção, como efeito das proteínas e fermentação; e dicas de como montar uma microcervejaria. Conheça mais no www.acervapaulista.com. br/concursonacional2012/evento.html 44 45 CINEMA PAIXÃO NACIONAL DIVULGAÇÃO Garrincha, a Estrela Solitária (2003) Direção de Milton Alencar Cinebiografia do jogador de futebol Mané Garrincha. O filme foca mais a vida pessoal do que a do atleta e seu conturbado casamento com a cantora Elza Soares. Baseado na biografia escrita por Ruy Castro, conta com os atores André Gonçalves e Taís Araújo nos papéis centrais. O futebol e os esportistas brasileiros nas telas do cinema. O futebol ainda é o esporte mais popular no país e o preferido pelas produções cinematográficas nacionais. Seja em histórias ficcionais, onde o futebol é pano de fundo para outros dramas e comédias, ou inspiradas na vida de jogadores polêmicos, conhecidos pelo talento com a bola e a vida pessoal conturbada. Mas atletas de outras modalidades conquistaram os corações e a admiração dos brasileiros e ganharam suas torcidas fiéis e o reconhecimento mundial, como o piloto Ayrton Senna e o lutador Anderson Silva. Ambos, recentemente, foram temas de documentários internacionais elogiados pela crítica especializada e pelos fãs. Heleno (2011) Direção de José Henrique Fonseca Nos anos 40, Heleno de Freitas era o príncipe da era de ouro do Rio de Janeiro, quando a cidade era um cenário cheio de glamour e promessas. Bonito, charmoso e refinado nos salões elegantes da capital fluminense, ele era um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol. Tinha o sonho de que seria o maior jogador de futebol de todos os tempos, mas a sífilis e as desventuras da vida mudaram sua trajetória, que viveu dias de glória e terminou tragicamente. O astro Rodrigo Santoro interpreta Heleno. A seguir, separamos uma lista com os melhores filmes sobre o tema e os documentários internacionais que contam a vida dos nossos ídolos brasileiros. 46 47 CINEMA Linha de Passe (2008) Direção de Walter Salles e Daniela Thomas O conto de fadas dos jovens brasileiros é o tema central do filme: a história de um garoto da periferia que sonha ser jogador de futebol. Ele vive com a mãe, uma empregada doméstica grávida que cria quatro filhos sozinha. A paixão pelo futebol e a falta de uma figura paterna para os garotos permeiam a história. No elenco, estão Vinícius de Oliveira (o menino de Central do Brasil) e Sandra Corveloni, ganhadora do prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por esse papel. Uma curiosidade: o filme foi aplaudido durante nove minutos após a exibição em Cannes. Senna (2010) Direção de Asif Capadia Ayrton Senna disse a que veio no GP de Mônaco de Fórmula 1, em junho de 1984. Nessa corrida, estavam seis nomes importantes entre campeões da época e futuros vencedores. O jovem Ayrton, em sua sexta corrida, largou na 13ª posição e ultrapassou um a um, alcançando seu primeiro pódio. Não venceu, mas foi ali que seu nome entrou para a história do automobilismo. O tricampeão mundial tem sua trajetória contada desde a ascensão até sua morte no GP de San Marino, em 1994, sem esquecer a rivalidade com Alain Proust e os problemas enfrentados nos bastidores da Fórmula 1. O Casamento de Romeu e Julieta (2005) Direção de Bruno Barreto Um corinthiano se apaixona por uma palmeirense, filha de torcedor fanático do seu time. A comédia é divertida e foi inspirada na obra de William Shakespeare. Com Luana Piovani, Luiz Gustavo e Marco Ricca. Anderson Silva Como Água (2011) Direção de Pablo Croce Se hoje as lutas de Artes Marciais Mistas (MMA) e o torneio Ultimate Fighting Championship (UFC) são populares no país, muito se deve ao talento de Anderson Silva, campeão mundial na categoria peso médio do UFC. O documentário Como Água acompanha o treinamento e a preparação do lutador, entre as cidades de Miami e Los Angeles, para a luta que pode lhe render o recorde mundial de 12 vitórias consecutivas. Um retrato íntimo e surpreendente de um dos grandes nomes do esporte. No documentário, há depoimentos de outros atletas como José Aldo, Lyoto Machida e Júnior “Cigano” dos Santos. 48 49 GASTRONOMIA EAT, NEW YORK EAT, NEW YORK CITY 50 DIVULGAÇÃO Na ilha onde a gastronomia de diversos países se encontra, é possível experimentar sabores nunca antes imaginados a cada esquina da “big apple”. Exóticas, tradicionais, modernas ou experimentais, as cozinhas e seus cheiros irresistíveis convidam turistas e moradores a saborear receitas novas ou aquele seu prato favorito que abre o apetite! Nesta edição, conheça três restaurantes especialistas em culinária mediterrânea que merecem entrar no roteiro da sua próxima ida a Nova York. Tertulia 6th Avenue, nº 359, no Washington Place Há um ano, o chef Seamus Mullen abriu o Tertulia. O local captura o espírito dos chigres (casas de cidras), encontrados na região de Astúrias. As experiências adquiridas na culinária espanhola são servidas através de um menu de tapas com sabores autênticos, incluindo coca (grelhado flatbread com sobrassada e cebola caramelizada), queijo mahón e ovo de codorna. Entre as entradas, fabada Asturiana (prato feito com feijão, chorizo e porco). Experimente também a Sartenes e Albóndigas de Cordero (almôndegas de cordeiro). Na lista de vinhos espanhóis, opte pelo Txakoli, espumante seco branco, da região basca. O local serve almoço, jantar e brunch nos finais de semana. A decoração tem o equilíbrio entre o rústico e o sofisticado combinado com elementos espanhóis e acabamento moderno. O teto alto é inspirado na região do Ouviedo, Astúrias. 51 Ted Axelrod GASTRONOMIA Boulud Sud Desde 2008, o restaurante Boulud Sud, do chef Daniel Boulud, oferece sabores da Côte d’Azur, Espanha, Itália, Grécia, África do Norte e Turquia. Destacam-se os peixes grelhados, o gaspacho, o cordeiro e os legumes frescos “De La Mer”, “Du Jardin” e “De La Ferme”. O ratatouille é coberto com alho, migalhas crocantes de pão e ovo orgânico cozido. Dentro do restaurante, com decoração contemporânea em tons de amarelo girassol e cinza, há painéis do artista Vik Muniz. A carta de vinhos possui mais de 250 opções, com exemplares da Borgonha e o tradicional Coteaux du Lyonnais. 52 West 64th Street, nº 20, entre a Broadway e Central Park West. The Setai Fifth Avenue, nº 400, segundo andar. Ai Fiori Inaugurado em novembro de 2011, o Ai Fiori serve a cozinha da Riviera com foco na costa mediterrânea da Itália e da Riviera Francesa sob os cuidados do chef Michael White. Em menos de um ano, o restaurante coleciona elogios, entre eles, uma estrela Michelin, três do New York Times, 4-AAA Diamond Award, além de ter sido eleito o melhor restaurante novo de NY em 2011. O estabelecimento oferece café da manhã, almoço e jantar diariamente. No menu, destaque para as antipasti, massas brancas e pratos típicos da região da Riviera. O NY Post elogiou a receita Astice, uma lagosta cozida na manteiga, como “o melhor prato do mundo”. Já a NY Magazine prefere o Agnello, um cordeiro en crepinette. Entre as sobremesas, experimente a Torta di Cioccolato com mousse de gianguja (chocolate da cidade de Turin). 53 LUXO DIVULGAÇÃO Em um pedaço de terra circundado por dois oceanos é possível observar o verde das pradarias, a neve das cordilheiras e animais simpáticos como os flamingos chilenos, condores andinos, ovelhas e guanacos. Esse lugar é a Patagônia Chilena, espremida entre as águas oceânicas do Pacífico e do Atlântico. O lugar abriga o Parque Nacional Torres del Paine, considerado Reserva da Biosfera pela Unesco desde 1978, e o Lago Sarmiento, um ponto de observação privilegiado da Cordilheira Paine. A sedimentação do carbonato de cálcio ao redor do Lago dá a sensação de que ele é flutuante. Nessa paisagem inebriante está o hotel boutique Tierra Patagonia. O hotel localizado entre montanhas, geleiras e prados da Patagônia Chilena tem suas linhas e formas cuidadosamente integradas à natureza. T ierr a Patagoni a A construção horizontal do prédio respeita as linhas da paisagem, integrando-se a ela. As janelas amplas dão acesso à vista, tanto nos espaços públicos quanto nos quartos. O Tierra Patagonia tem 40 apartamentos, sendo três suítes com quarto e banheiro na parte inferior e sala de estar na superior, e 37 habitações duplas superiores. Destas, cinco podem se conectar para formar apartamentos familiares para até seis pessoas. Além disso, há três suítes superiores com mezanino. Todos os quartos contam com amenities L’Occitane e vistas para o lago e as montanhas. A decoração aconchegante remete à cultura local, levando os hóspedes a uma imersão na história e na tradição patagônicas. O hotel oferece ainda sala de estar, bar, área de jantar, biblioteca, piscina interna e jacuzzi interna e externa. Além disso, ainda tem o spa, que privilegia os elementos locais, como pedras e águas, em tratamentos para o corpo e a mente. A piscina interna aquecida é um convite ao relaxamento. Banho a vapor, sauna, jacuzzis, tratamentos e massagens são as demais atrações do spa. A culinária preza pela excelência. Frutos do mar oriundos do Estreito de Magalhães são o grande destaque do cardápio. Carnes de carneiro e de vaca das fazendas vizinhas e frutas vermelhas de Calafate diversificam as opções. O assado patagônico, churrasco de carneiro em que a carne é cozida lentamente em forno a carvão, eram o destaque culinário na vida dos colonizadores da região e se tornaram uma tradição da cozinha local. Para acompanhar os pratos, uma diversificada carta de vinhos chilenos, oriundos da vinícola Matetic, drinques à base de whisky ou clássicos pisco sours. 54 55 LUXO Explore as belezas naturais Saiba mais no site www.tierrapatagonia.com O hotel oferece aos seus hóspedes mais de 30 opções de atividades locais, como caminhadas, trilhas, cavalgadas e excursões às fazendas e aos pampas. Os passeios são divididos em três temas: Parque Nacional Torres del Paine (a apenas 15 minutos do hotel), Flora e Fauna e Vida Patagônica, onde é possível observar a natureza e os animais que habitam a sensacional Patagônia Chilena. O hotel possui guias especializados em fauna, flora, geologia, cultura e histórias locais. Eles estão preparados para indicar os melhores passeios segundo o seu interesse e preparo físico. Com nova proposta, o Tierra Patagonia fecha durante o período de inverno mais rigoroso, entre os meses de maio e agosto. O hotel, com serviço all include, está localizado a uma hora de carro da cidade Puerto Natales, e o aeroporto mais próximo é o de Punta Arenas, a quatro horas de carro. Sobre a Patagônia Chilena A história do local é de sobrevivência. Para se proteger do frio intenso, os habitantes nativos utilizavam gorduras e peles de animais para se manter aquecidos. Os povos eram divididos entre os Selkman, Yaganes, Tehuelches e Kaweshkar. A área foi descoberta por exploradores, entre eles Fernão de Magalhães, em 1520. Em 1800, uma exploração britânica liderada por Robert FItzRoy, trazia, em seu navio HMS Beagle, Charles Darwin. As experiências e os estudos em relação às pessoas e espécies da região foram importantes para sua teoria, A Origem das Espécies. A pecuária, o comércio de lã, as peles e as penas são os principais negócios no desenvolvimento da Patagônia Chilena, liderados por duas famílias influentes, os Brauns e Menendez. 56 57 MODA D U E L O D E T I T Ã S Elsa Schiaparelli e Miuccia Prada ganham exposição em Nova York. 58 O Metropolitan Museum de Nova York recebe dois grandes nomes da moda italiana e mundial, Elsa Schiaparelli e Miuccia Prada. Cada uma, a seu tempo, imprimiu estilo e renovação, ditou tendências e definiu rumos dentro da indústria da moda. Intitulada “Conversas Impossíveis”, a exposição explora as afinidades das designers através de vídeos e textos, sugerindo um diálogo entre elas. A mostra é inspirada na série Entrevistas Impossíveis, de autoria de Miguel Covarrubias, para a revista Vanity Fair na década PÁGINA ESQUERDA ACIMA George Hoyningen-Huené (Russo, 1900–1968) Portrait of Elsa Schiaparelli, 1932 Cortesia do The Metropolitan Museum of Art, HoyningenHuené/Vogue; © Condé Nast Guido Harari (Italiano, nascido no Cairo, 1952) Portrait of Miuccia Prada, 1999 Cortesia do The Metropolitan Museum of Art, Guido Harari/ Contrasto/Redux 59 MODA de 1930, onde ele promovia conversas fictícias entre duas personalidades. Na exposição, vídeos dirigidos por Baz Lurhmann (Moulin Rouge, Australia) simulam conversas entre as estilistas, abordando a maneira como as mulheres exploram temas similares em seu trabalho por meio de diferentes abordagens. A organização e curadoria são de Harold Koda e Andrew Bolton, que orquestraram conversas entre essas duas mulheres icônicas e, assim, sugerem uma leitura mais inovadora de suas obras. As duas mulheres subverteram as noções contemporâneas em relação ao bom gosto, beleza e glamour, buscando originalidade em suas criações. Admiradoras dos movimentos artísticos, o surrealismo destaca-se nos designs tanto de Schiaparelli quanto de Miuccia. Schiaparelli identificava-se com o surrealismo e criou peças emblemáticas como o vestido Lágrima e o colar bug. Suas roupas eram feitas para impressionar, para destacar a mulher que as usava. Já a Prada é uma marca que reflete a natureza eclética do pós-modernismo. Seus óculos butterfly conquistaram fashionistas em 2008, e a coleção de verão 2012 foi inspirada nas formas dos carros dos anos 50. Diana Vreeland in Elsa Schiaparelli, Harper’s Bazaar, April 1937 Cortesia do The Metropolitan Museum of Art, Fotografia por Louise Dahl-Wolfe Louise Dahl-Wolfe Archive / © 2012 Center for Creative Photography, Arizona Board of Regents 60 Para o curador Harold Koda, justapor o trabalho de Elsa Schiaparelli e Miuccia Prada permite explorar como o passado ilumina o presente e como o presente reanima o passado. Além dos vídeos, roupas criadas pelas estilistas poderão ser vistas de perto. A exposição é realizada no primeiro andar do Metropolitan Museum e conta com 90 modelos e 30 acessórios de Elsa Schiaparelli (1890-1973), produzidas entre o final dos anos 20 e os anos 50. De Miuccia Prada, há criações desde os anos 80 até hoje. As peças são da coleção do Costume Institute e do arquivo da Prada, assim como de outras instituições e acervos particulares. Para retratar as correlações entre as duas designers icônicas italianas que viveram em épocas totalmente diferentes, a mostra vai se concentrar em sete temas específicos. Cada assunto é objeto de uma “conversa” entre Elsa e Miuccia, desde simples adornos até a influência das designers na estética feminina atual (leia mais no box na próxima página). A exposição, que ocorre até o dia 19 de agosto, é organizada pelo Costume Institute do Metropolitan Museum of Art e conta com o apoio da Amazon e da Condé Nast. Miuccia Prada, spring/summer 2011 Cortesia do The Metropolitan Museum of Art, Fotografia © David Sims 61 MODA Elsa Schiaparelli Miuccia Prada Elsa Schiaparelli nasceu em Roma, em 1890. Mudou-se para a França, em 1922, quando já desenhava e vendia seus primeiros tricôs. Abriu sua primeira butique no final dos anos 20 encorajada pelo amigo e estilista renomado Paul Poiret. Ela sempre esteve conectada com os artistas de seu tempo, era amiga de Marcel Duchamp, Jean Cocteau, Christian Bérard e Salvador Dalí. Para ela, a moda estava sempre vinculada com a evolução das artes plásticas contemporâneas, especialmente a pintura. Natural de Milão, nasceu em 10 de maio de 1949. Assumiu a empresa da família, fundada pelo seu avô em 1913, no final dos anos 70. Com doutorado em ciência política e ex-militante do Partido Comunista Italiano (vestindo Yves Saint Laurent nas passeatas), Miuccia modernizou a marca com a confecção de bolsas de náilon. A Prada, aliás, é uma das marcas mundiais que mais investe em pesquisa têxtil. O mix de estampas é outro diferencial que aparece nas coleções de moda com bastante frequência. O sucesso de suas criações surrealistas, fantasiosas e exóticas tornaram-na a maior rival de Coco Chanel, dona de um estilo completamente oposto, funcional para a mulher moderna. Com Dalí, Schiaparelli criou peças icônicas como o chapéu em forma de sapato, a bolsa telefone, o vestido decorado com uma lagosta e o tailleur-escrivaninha com bolsos em forma de gaveta. Além de suas criações sempre impactantes, ela inovou nos materiais utilizados em suas roupas, como o zíper, o crepe de seda e o celofane. Todos esses novos materiais, como a fibra sintética, possibilitaram que Elsa executasse todos os seus sonhos surrealistas, através de cores vivas, não muito usadas na época. Amante das artes plásticas e da arquitetura, Miuccia criou em parceria com seu sócio e marido, Patrizio Bertelli, a Fundação Prada. Desde 1995, a Fundação publica livros e abriga exposições. Já suas lojas, batizadas de epicentros, relacionam a moda com a arte e a arquitetura. Os projetos são assinados por arquitetos renomados, como o holandês Rem Koolhaas, e lembram galerias de arte. A Prada é hoje uma das principais marcas que ditam as tendências no mercado consumidor de moda. O que a Prada mostra em seus desfiles, vira febre de consumo, outras marcas copiam e suas ideias acabam durando mais que uma temporada. Um forte exemplo é a renda, que andava esquecida. O rosa “shocking” é uma de suas criações e foi usada em chapéus, capas bordadas, entre outras peças. Entre suas clientes, estrelas de cinema como Greta Garbo, Joan Crawford, Mae West e Carole Lombard. Durante a Segunda Guerra Mundial, Elsa fechou as portas de seu ateliê, e reabriu em 1945. Pierre Cardin e Hubert Givenchy foram alguns dos estilistas famosos que passaram pelo seu ateliê. Elsa Schiaparelli morreu em 1973, aos 83 anos. Miuccia criou uma coleção no início de 2008 e as rendas ganharam força com novos materiais, recortes, mostrou-se mais comportada ou transparente e ainda é um bom investimento fashion. A silhueta ladylike, com a cintura marcada, é outra aposta da Prada que deu muito certo. A marca também gosta de buscar inspiração nas décadas passadas e em peças vintage. Também em 2008, Miuccia foi capa da The New York Times Magazine, sendo a primeira designer de moda na capa da publicação. Um dos dons da Prada é a visão extraordinária em prever mudanças culturais através das roupas e acessórios. Amo a ironia do meu trabalho. Ele é sobre o que gosto e também é a tentativa de decifrar o que o outro deseja. Miuccia Prada Galerias da Exposição “Da cintura para cima / Da cintura para baixo” - paralelo estético entre o uso de detalhes decorativos das roupas de Schiaparelli como uma resposta à maneira como as mulheres se vestiam nos anos 30, enquanto explora as peças da Prada abaixo da cintura, numa expressão simbólica da modernidade e feminilidade. Uma subseção de acessórios desta galeria, chamada “pescoço para cima / joelhos para baixo”, vai mostrar chapéus Schiaparelli e calçados Prada. “Ugly Chic” – subverte os ideais de beleza 62 tradicionais, entre o mau e o bom gosto através da cor, estampas e tecidos. “Hard Chic” - explora a influência de uniformes e da moda masculina utilizada por ambas para promover uma estética minimalista que se destina a negar e ao mesmo tempo aumentar a feminilidade. “Naif Chic” – aborda a sensibilidade feminina para subverter as expectativas de idade apropriada na moda. “O Corpo Clássico” - demonstra o envolvimento das designers com estéticas da antiguidade, através do olhar dos séculos XVIII e XIX. “O Corpo Exótico” - mostra a influência de culturas orientais através de tecidos e silhuetas. “O Corpo Surreal” – ilustra como elas influenciaram as imagens contemporâneas do corpo feminino através de práticas surrealistas, como o deslocamento, esbarrando nas fronteiras entre realidade, ilusão, natural e artificial. 63 MÚSICA Amy Winehouse pode ter morrido em 23 de julho de 2011, mas seu estilo personalíssimo marcou a volta da soul music, que vive nos dias de hoje um novo auge, após passar muitos anos longe das rádios e ser deixada de lado pela indústria fonográfica. O estilo se renova, cresce e apresenta uma safra de ótimos artistas que carregam a tradição de cantar com o sentimento na ponta da língua, seja no som retrô de Sharon Jones & The Dap Kings ou no eletro soul de Cee-lo Green. O soul andou meio sumido desde meados da década de 1980, quando se diluiu em pastiches e gerou uma leva de cantoras e cantores que, para simular uma profundidade inexistente, esticavam notas sem fim em exibicionismos vazios e vibratos cansativos. Com a chegada dos anos 2000, pouco a pouco uma nova geração sedenta e saudosa da sonoridade soul e da expressividade crua do estilo se formou, e começaram a surgir artistas e bandas que colocaram a soul music em evidência novamente, mostrando que ela veio pra ficar. Quem é e como é a soul music hoje? No século XXI a soul music tem diversas formas, do punk soul dos Lefties Soul Connection aos grooves instrumentais da Quantic Soul Orchestra. Outros artistas são fiéis aos sons clássicos e seguem fazendo as coisas como antigamente, gravando com fitas e com a banda ao vivo no estúdio. Esses artistas mais “tradicionais” fazem parte da vertente chamada de retro soul. Alguns dos artistas que podem ser destacados são: Cee-lo SOUL MUSIC DIVULGAÇÃO AS NOVAS CARAS DA Cee-lo Green, ou Thomas Decarlo Callaway, nasceu em Atlanta, capital do estado norte-americano da Geórgia, de onde vieram alguns dos maiores ícones da soul music, como Ray Charles, Otis Redding e o criador do funk James Brown. O cantor começou como rapper no grupo Goodie Mob junto com mais três amigos. Em 2006 lançou um disco em parceria com o produtor Danger Mouse que trouxe o sucesso mundial. Os dois formaram o Gnarls Barkley e foram responsáveis por um dos maiores hits dos anos 2000, Crazy. Bandas e festivais do estilo se multiplicam pelo mundo. A onda que veio com Amy Winehouse foi mais que uma marola. Cee-lo é um dos responsáveis por um dos maiores hits dos anos 2000, Crazy, que ganhou um Grammy e prêmio de melhor música da década. 64 A canção tem uma interpretação impecável que alia emoção pura com uma letra inteligentemente pop sobre um tema obscuro: a loucura. Crazy se tornou o primeiro single a alcançar o primeiro lugar nas paradas do Reino Unido somente com a venda de downloads. Ela ganhou também o Grammy de melhor música alternativa em 2007 e foi eleita a melhor música da primeira década do século pela revista Rolling Stone. Em 2011 Cee-lo lançou o álbum Lady Killer, que teve enorme sucesso com o single Fuck You. No dia 12 de maio, Cee-lo se apresentou pela primeira vez no Brasil, em São Paulo, no Sónar Festival. 65 MÚSICA Sharon Jones & The Dap Kings Michael Kiwanuka FOTO: Laura Hanifin Ela é rainha do soul do século XXI. Uma força da natureza. Com mais de 50 anos, Sharon Jones estava trabalhando como carcereira e quase a ponto de desistir da carreira de cantora. Foi aí que conheceu um jovem baixista e produtor fanático pela sonoridade vintage dos anos 60/70, Gabriel Roth. Assim surgiu Sharon Jones & The Dap Kings. Com mais de 50 anos, Sharon Jones estava trabalhando como carcereira e quase a ponto de desistir da carreira de cantora. Todos os discos do grupo são gravados analogicamente. A sonoridade vintage reproduzida com convicção traz à lembrança os clássicos da Motown e Stax (gravadoras famosas do estilo). Foi esse som que chamou a atenção de Amy Winehouse e de seu produtor Mark Ronson, que rapidamente contrataram os Dap Kings para tocar no disco Back to Black, responsável por levar a cantora inglesa ao sucesso mundial. Não pára por aí Atualmente, a artista bebe bastante na fonte da soul music para criar seus hits e interpretá-los com propriedade (e assim como sua inspiração Amy, com uma precocidade surpreendente). A britânica Adele, com apenas 23 anos, tem emplacado hit atrás de hit: Someone Like You, Set Fire to The Rain e a onipresente Rollin In The Deep são alguns deles. Atualmente ela é a maior vendedora de discos e detentora de recordes que já ultrapassaram artistas como os Beatles, Queen e Pink Floyd. 66 Seu primeiro disco, Home Again, entrou nas paradas de mais de dez países Em 2011 fizeram um show apoteótico e gratuito no Parque do Ibirapuera em São Paulo. Adele Atualmente, Adele é a maior vendedora de discos e detentora de recordes que já ultrapassaram artistas como os Beatles, Queen e Pink Floyd. O inglês Michael Kiwanuka, filho de pais refugiados do regime de Idi Amin na Uganda, tem sido comparado a Bill Withers, Otis Redding e Van Morrison por sua música emocional em arranjos com fortes influências de Motown. No ano passado ele foi guitarrista da banda que acompanhou Adele em sua Live 2011 Tour e também assinou contrato como artista solo com a Polygram Records. Seu primeiro disco, Home Again, entrou nas paradas de mais de dez países e em sua terra natal, a Inglaterra, chegou ao quarto lugar. Cantoras como ela e Amy Winehouse são como se tivessem seguido à risca o conselho do escritor Nelson Rodrigues: “Jovens: envelheçam depressa!”. Elas sabem espremer o sentimento de cada palavra cantada e dar às músicas uma verdade profunda e direta que se conecta com quem ouve, independente da língua. Existem ainda muitos outros nomes que valem ser conhecidos como Aloe Blacc, Breakestra, John Legend, Mayer Hawthorne, Janelle Monáe, The Poets of Rhythm e Eli “Paperboy” Reed. Novos artistas da soul surgem ou também voltam. Vários músicos que tiveram carreiras modestas ou mais sólidas nos anos 70 , como Al Green, também engrossam essa nova cena que está botando o mundo pra balançar. Playlist da nova Soul Music Cee-lo Green - Georgia Aloe Blacc - Loving You Is Killing Me Breakestra - Stand Up Sharon Jones & The Dap Kings - New Shoes Michael Kinawuka - I Need Your Company Adele - Set Fire To The Rain Kylie Auldlist - Made of Stone The Poets of Rhythm - More Mess Of My Thing Sharon Jones & The Dap Kings - Better Things To Do Mayer Hawthorne - A Long Time Amy Winehouse - Our Day Will Come John Legend - Our Generation Lefties Soul Connection - Have Love Will Travel Quantic Soul Orchestra - Hold It Down Raphael Saadiq - Heart Attack 67 i need it 68 The Box Relógio Datezoner, Vogard Amplificador com potência de 50W que possui estação de mp3 para o seu ipod e entrada para conectar outros aparelhos estéreos. Valor: € 449 www.fleux.com Relógio confeccionado com carboneto de titânio, ouro 18kt, fibra de carbono e pulseira de couro de jacaré. Valor: € 16,000 www.colette.fr 69 i need it Óculos Caven + Colette Edição Limitada Pratos de porcelana HYBRID SELETTI Óculos de acetato. Edição limitada com 25 unidades. Valor: € 290 www.colette.fr Coleção de pratos de sobremesa híbridos da marca italiana Seletti. A separação entre os desenhos simboliza a reunião do Ocidente com o Oriente. Valor: € 37 cada. www.fleux.com 70 Dior Garden Clutch Diorshow New Look Estojo de Sombras Dior Garden Party Look Valor: R$ 275,00. www.dior.com Máscara para cílios. Valor: R$ 136,00. www.dior.com 71 i need it Colar Tiffany 1837 Colar de argolas entrelaçadas feito no novo metal Rubedo™ da Tiffany, que casa a riqueza do ouro, o brilho da prata e o calor do cobre. Joia disponível apenas durante o ano de 2012, em celebração ao 175º aniversário da Tiffany. Valor: R$ 24.190,00. www.tiffany.com 72 Martin’s Flower Liberty Print 8Hole Boots, Dr. Martens A tradicional bota da Dr. Martens ganha a estamparia floral da Liberty London, em uma edição especial. Valor: £ 170.00 www.liberty.co.uk 73 i need it LomoKino Titular Smart Phone LomoKino & LomoKinoScope Uma câmera diferente. Para os mais jovens, é uma novidade. Para os mais vividos, é o resgate de uma tecnologia revolucionária. A LomoKino usa um rolo de filme 35 mm, o mesmo usado nas antigas máquinas fotográficas, para a gravação de curtas-metragens, como se faziam os filmes quando o cinema foi inventado. Para assistir às filmagens, basta carregar o filme no LomoKinoScope, já revelado e inteiro (peça para o laboratório não cortar o rolo). Ambos funcionam através de manivelas manuais. LomoKino & LomoKinoScope brazil.shop.lomography.com Valor: R$ 279,00 74 Para digitalizar os filmes, a Lomo criou a LomoKino Titular Smart Phone. Nessa peça, que deve ser encaixada no LomoKinoScope, é inserido um smart phone no modo filmagem. Enquanto gira-se a manivela, o smart phone grava e cria o arquivo digital com aparência vintage. Na peça podem ser acoplados aparelhos dos modelos iPhone3GS, 4s e 4; Samsung Galaxy Sll e Sony Ray. LomoKino Titular Smart Phone urbanoutfitters.com Valor: US$ 25,00