- Mestrado em Horticultura Irrigada

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- Mestrado em Horticultura Irrigada
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
Pró-reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-graduação (PPG)
Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS)
Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada – Mestrado (PPHI)
MÁRCIA ADRIANA CARVALHO DOS SANTOS
COLETA, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE
GERMOPLASMA DE ARAÇÁ NO SEMIÁRIDO BAIANO
JUAZEIRO - BA
2011
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB)
Pró-reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-graduação (PPG)
Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS)
Programa de Pós-Graduação em Horticultura Irrigada - Mestrado (PPHI)
MÁRCIA ADRIANA CARVALHO DOS SANTOS
COLETA, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE
GERMOPLASMA DE ARAÇÁ NO SEMIÁRIDO BAIANO
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Horticultura Irrigada da
Universidade
do
Estado
da
Bahia
(PPHI/UNEB/DTCS), como parte do requisito
para a obtenção do título de Mestre em
Agronomia. Área de Concentração: Horticultura
Irrigada.
Orientador: Prof. Dr. Manoel Abilio de
Queiróz
JUAZEIRO - BA
2011
ii
S237c
Santos, Márcia Adriana Carvalho dos
Coleta, caracterização e avaliação preliminar de germoplasma de araçá no
Semiárido baiano / Márcia Adriana Carvalho dos Santos – Juazeiro – BA, 2011.
Xi, 57 f.: il.; 30 cm
Dissertação (Mestrado em Horticultura Irrigada) – Universidade
do Estado da Bahia – Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais.
Orientador: Prof. Dr. Manoel Abilio de Queiróz.
Banca examinadora: Profº. Dr. Manoel Abilio de Queiróz, Drª.
Semíramis Rabelo Ramalho Ramos, Dr. Francisco Pinheiro de Araújo.
Bibliografia
1. Araçá – Psidium spp., 2. Germoplasma, 3. Plantas nativas –
Nordeste brasileiro, 4. Diversidade genética. I Universidade do Estado da
Bahia, II Título.
CDD: 634.42
iii
DEDICATÓRIA
31/ 03 / 2011
Algumas pessoas marcam nossa vida
para sempre, umas porque nos vão
ajudando na construção, outras porque
nos apresentam projetos de sonho e
outras, ainda porque nos desafiam a
construí-los. Dedico essa conquista com
gratidão aos meus pais, Osvaldo e
Francisca, pelo amor, carinho e estímulo
que me ofereceram.
iv
AGRADECIMENTOS
À Deus, por estar sempre comigo em todos os momentos de minha vida.
A minha família, especialmente aos meus pais Osvaldo e Francisca, e aos
meus irmãos Leonardo e Sergio pelo amor, carinho e apoio que tanto tem me
dirigido ao longo da vida.
Aos meus tios João, Raimunda e Ana Maria pelo apoio e incentivo no decorrer
da minha vida acadêmica.
À Universidade do Estado da Bahia (UNEB) pela estrutura para realização dos
trabalhos de pesquisas científicas e ensino.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) pela
concessão da bolsa de estudo.
A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A – EBDA, especialmente
aos Técnicos: Airton, Ciro, Renato, Welingueton, Jair e Vitor pelo auxílio no
desenvolvimento deste trabalho de dissertação.
A Josiene, ao Sr. José e Srª Maria, e ao Sr. Timóteo, pela atenção, carinho e
apoio nas expedições de coleta.
Aos professores da Pós-graduação em Horticultura Irrigada, pela transmissão
dos conhecimentos durante o curso, contribuindo para minha formação
profissional.
Ao meu orientador Profº Dr. Manoel Abilio de Queiróz pela orientação,
amizade, incentivo e paciência, e pela forma de transmitir os conhecimentos.
À toda a equipe de trabalho, Aline, Ângela, Fernanda, Gessilândia, Vanessa,
Silvia e Ludhyane pela grande ajuda na condução do experimento pela
convivência, amizade e paciência .
Aos meus amigos, em especial a Aline, Essione, Andrea, Luciene, Neuzidete,
Socorro, Janaína e Carmem pelo apoio e incentivo.
Aos motoristas da UNEB representados por: Marcos, Sérgio, Luís, Lauro e
Godofredo.
As funcionárias da pós-graduação, Carmem e Selma pelo carinho, amizade,
atenção e cuidados transmitidos durante os dois anos de curso e a pela
atenção e ajuda.
A José Hamilton da Costa Filho pelo auxilio concedido.
v
Aos funcionários dos Laboratórios de Solos e Olericultura do DTCS pelo apoio
na elaboração e ajuda nos trabalhos.
E a todos que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento e
conclusão deste trabalho.
vi
SUMÁRIO
pág.
RESUMO GERAL ............................................................................................
ix
GENERAL ABSTRACT ………….....................................................................
xi
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................
01
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................
2.1 BIOMAS CAATINGA................................................................................
03
2.2 FRUTEIRAS NATIVAS DA CAATINGA....................................................
04
2.3 RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS (RGVs).........................................
07
2.3.1 COLETA................................................................................................
08
2.3.2 CARACTERIZAÇÃO...............................................................................
10
2.3.3 CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA.................................................
11
2.4 DIVERSIDADE GENÉTICA........................................................................
13
2.6 ARAÇÁ........................................................................................................
15
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................
20
4. OBJETIVO....................................................................................................
CAPÍTULO I......................................................................................................
28
1. RESUMO.......................................................................................................
30
2. ABSTRACT..................................................................................................
31
3. INTRODUÇÃO..............................................................................................
31
4. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................
32
6. CONCLUSÕES.............................................................................................
40
7. AGRADECIMENTOS....................................................................................
40
8. REFERÊNCIAS.............................................................................................
41
03
29
35
vii
LISTA DE FIGURAS
pág.
Figura 1. Dendrograma de dissimilaridades obtido pelo método do UPGMA 47
(Unweighted Pair Group Using na Arithmetic Average) com base
na distância Euclidiana média a partir dos 12 descritores
morfológicos avaliados em 50 acessos de araçá dos municípios
de Uauá (UA), Campo Formoso (CF), Jacobina (JC), Jaguarari
(JG), Morro do Chapéu (MC) e Senhor do Bonfim (SB) com a
identificação das espécies, onde 1- P. guineense, 2- P.
schenckianum e 3- P. grandifolium. Juazeiro - BA, 2011.
LISTA DE TABELAS
pág.
Tabela 1. Relação dos acessos de araçá, locais de coleta, espécie e 43
variação de altitudes. Juazeiro/BA, 2011.
Tabela 2. Agrupamento, pelo método de otimização de Tocher, de 50
acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido
baiano. Juazeiro-BA, 2011.
44
Tabela 3. Importância relativa dos descritores analisados em acessos de
araçá. Para estimar a divergência genética, em ordem
decrescente de importância. Juazeiro- BA, 2011.
45
Tabela 4. Teores de Vitamina C (VC) em diferentes acessos (AC) de araçá
coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro- BA,
2011.
46
ANEXOS
Quadro 1. Relação dos acessos de araçá, espécies e seus respectivos
locais de coleta, coordenadas geográficas e altitudes.
Juazeiro/BA, 2011.
49
Quadro 2. Medidas de dissimilaridade entre acessos de araçá coletados em
diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro, BA, 2011.
51
viii
RESUMO GERAL
O Nordeste brasileiro contém uma diversidade de espécies frutíferas
nativas com grande potencial de utilização. Destaca-se dentre elas o araçá,
que se encontra em estado silvestre na caatinga, podendo apresentar genes
úteis para o melhoramento de parentes cultivados. No entanto, tem-se
constatado que a caatinga, ao longo de sua ocupação vem sofrendo pressões
antrópicas. A devastação da vegetação nativa da região semiárida tem
acelerado a fragmentação de habitats com perda de diversidade. Dessa forma,
as espécies precisam ser estudadas em relação à diversidade das mesmas,
visando identificar variabilidade que possa ser utilizada em trabalhos futuros de
melhoramento. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi de estimar a
diversidade entre acessos de araçá coletados no semiárido baiano. Foram
utilizados 50 acessos de araçá das espécies P. schenckianum, P. guineense e
P. grandifolium coletados nos municípios de Campo Formoso, Senhor do
Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari e Uauá no estudo.
Para
caracterização foram utilizados os descritores morfológicos porte de planta
(PP); formato do tronco (FT); índice de coloração verde da folha (ICVF);
morfologia floral (MFL); massa de fruto (MF, em g); cor da casca (CC);
diâmetro transversal do fruto (DT, em cm); diâmetro longitudinal do fruto (DL,
em cm); formato do fruto (FF), sólidos solúveis (SS, em °Brix); acidez titulável
(AT); índice de maturação SS/AT (IM); vitamina C (VC, em mg de ácido
ascórbico por 100g de polpa). A diversidade entre os acessos foi estimada por
meio das técnicas de análise de componentes principais e pelos agrupamentos
de Tocher e UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic
Averages) utilizando a distancia Euclidiana média. Os acessos Y11 (Uauá - P.
schenckianum) e Y91(Campo Formoso - P. guineense) apresentaram as
maiores distâncias genéticas (74,81), e os acessos Y95 e Y96 (ambos de
Jacobina - P. guineense) apresentaram as menores distâncias (0,61). Os dois
tipos de agrupamentos utilizados formaram seis grupos. Não houve separação
dos grupos por espécie e por origem geográfica. Os descritores que mais
contribuíram para a formação dos grupos foram MF (56,88%) e IM (42,96%).
ix
Foi encontrada variação nos teores de vitamina C entre os acessos (63,360 a
607,2 mg/100g de polpa), variação essa observada entre espécies, dentro das
espécies e entre regiões. Considerando-se os descritores analisados, a região
semiárida baiana apresenta variabilidade genética entre os acessos de araçá.
Palavras chave: Psidium spp., diversidade genética, recursos genéticos
vegetais, vitamina C, análise multivariada.
x
GENERAL ABSTRACT
The Northeast of Brazil has a diversity of native fruit species that present a
good potential of utilization, and among them, the “araçá” is found as wild plant
in the caatinga. The “araçá” can present useful genes to be used for
improvement of cultivated parents. However, it is verified that the biome
caatinga has been submitted to antropic pressions. The devastation of native
vegetation of the semiarid region has accelerated the fragmentation of habitats
with loss of plant diversity. Thus the species need to be studied regarding their
diversity in order to identify variability that can be used in future breeding
programs. Therefore, the aim of this work was to estimate the diversity among
the “araçá” accessions of the semiarid of the Bahia State. Fifty “araçá”
accessions of species P. schenckianum, P. guineense e P. grandifolium
collected in the counties of Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Jacobina,
Morro do Chapéu, Jaguarari and Uauá were used in the study. The
morphological descriptors used were: plant height (PP); trunk shape (FF); leaf
green color index (ICVF); floral morphology (MFL); fruit mass (MF, in g); rind
color (CC); transversal diameter (DT, in cm); longitudinal diameter (DL, in cm);
frap shape (FF); soluble solids (SS, in °Brix); treatable acidity (AT); maturation
index SS/AT (IM); vitamin C (VC, in mg of ascorbic acid of 100g of pulp). The
diversity among the accessions was estimated trough the principal component
analysis and for the clustering using the Tocher and UPGMA (Unweighted PairGroup Method with Arithmetic Averages) methods using the Euclidian mean
distance. The accessions Y11 ((Uauá - P. schenckianum) and Y91 (Campo
Formoso - P. guineense) presented the greatest (74.81) and the smallest (0.61)
distances, respectively. The both types of clustering produced six groups in
each, but, they were not effective to separate species and place of collection.
The descriptors that gave major contribution in the clustering were fruit mass
(56.88%) and maturation index (42.96%). High Vitamin C content (63,36 a
607,20 mg/100g of pulp) was found and, there were variation among and within
species as well as places of collections, indicating the existing genetic diversity
among “araçá” accessions of the semiarid of Bahia.
xi
Keywords: Psidium spp., genetic diversity, plant genetic resources, vitamin C,
multivariate analysis.
xii
1. INTRODUÇÃO
O Nordeste brasileiro contém diversidade de espécies frutíferas nativas,
distribuídas nos seus diferentes biomas e com grande potencial de utilização.
Dentre elas destaca-se o araçazeiro (Psidium spp.) pertencente à família das
Mirtáceas, é nativo do Brasil e está distribuído em todos os biomas brasileiros,
inclusive no bioma caatinga constituindo-se em recursos genéticos vegetais de
grande importância para o melhoramento de plantas. Esta fruteira ocorre de
forma silvestre e apresenta um grande potencial de utilização, tanto para
exploração econômica, no uso direto, como na transferência de genes úteis
para seus parentes cultivados. Os frutos destas espécies apresentam ótimo
aroma e sabor, podendo ser utilizados no consumo
industrializados,
na
produção
de
doces,
compotas,
in natura ou
suco,
sorvetes,
suplementos vitamínicos entre outros (FRANZON et al., 2009).
A região semiárida baiana em termos territoriais é muito expressiva, pois
corresponde a quase a metade do estado da Bahia e existe ocorrência de
diferentes espécies de araçazeiros nessa região. Por outro lado, o araçá é um
parente silvestre da goiabeira que vem sendo dizimada nos plantios irrigados
na região do Submédio São Francisco. Os parentes silvestres poderão ser
examinados quanto à reação a patógenos do solo, como o nematóide
Meloidogyne enterolobii (sin. M. mayaguensis). No entanto espécies desse
gênero correm risco de erosão genética, devido aos processos degradativos
aos quais o bioma caatinga vem sendo submetido. Muitas árvores são
transformadas em lenha para atender as olarias, casas-de-farinha e padarias,
cabendo destacar a redução da biodiversidade provocada pelo desmatamento
de áreas com vegetação nativa, visando à formação de pastagens, que, sem
dúvida, é o fator responsável de maior importância pela perda de recursos
genéticos, tanto de origem vegetal como animal, inclusive os araçazeiros
(CARVALHO et al., 2001). Essa situação indica que se deverá resgatar
araçazeiro que estão sobrevivendo à degradação. No entanto, além da
necessidade de regate dos araçazeiros, se deve estudar o germoplasma
resgatado, pois, até o presente existem poucos estudos com espécies de
1
araçazeiros. Existem estudos no Rio Grande do Sul, Paraná e na região
Amazônica, porém, restritos a alguns poucos aspectos, como por exemplo
vitamina C. Entretanto, para a região semiárida, os estudos são praticamente
inexistentes, apesar de Santos et al. (2008) terem realizado um estudo amplo
envolvendo 40 acessos de diferentes espécies e várias ecorregiões de dez
estados brasileiros, entre elas a Bahia, porém, para este estado foram
considerados apenas sete acessos de dois municípios diferentes. Dessa forma,
este trabalho teve como objetivo determinar a diversidade genética entre
acessos de araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano.
2
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 BIOMA CAATINGA
Na região Nordeste do Brasil, a Caatinga é o principal bioma,
estendendo-se pelo domínio de climas semiáridos, numa área equivalente a
6,83% do território nacional (ARAÚJO & SILVA, 2010). Este bioma se estende
pela totalidade do estado do Ceará (100%), quase totalidade do Rio Grande do
Norte (95%), da Paraíba (92%) e de Pernambuco (83%), mais da metade do
Piauí (63%) e da Bahia (54%) e quase metade de Alagoas (48%) e de Sergipe
(49%), além de pequenas porções de Minas Gerais (2%) e do Maranhão (1%),
sendo o único bioma exclusivamente brasileiro (IBGE, 2004; CAVALCANTE,
2009).
O domínio ecogeográfico da Caatinga ocupa uma área de cerca de
750.000 km² sob as latitudes subequatorial compreendidas entre 2° 45’ e 17°
21’ Latitude Sul (ALVES et al., 2009). Este bioma apesar de estar localizado
em área de clima semiárido, apresenta grande variedade de paisagens,
variação de situações ambientais e relativa riqueza biológica (ARAÚJO &
SILVA, 2010).
Essa variação permite o surgimento de uma flora muito
diversificada, com fisionomias que vão dos lajedões descobertos, passando
pelos campos de herbáceas até as matas densas, predominando as caatingas
arbustivas e relativamente abertas (SAMPAIO, 2010).
Alves (2007) cita 12 tipos diferentes de caatingas que chamam atenção
especial pelos exemplos fascinantes de adaptações aos hábitos semiáridos.
Estes diferentes tipos de caatingas apresentam uma multiplicidade de tipos de
clima, solo e relevo que se traduz em diferentes paisagens como os vales
úmidos, as chapadas sedimentares e as amplas superfícies pediplainadas
(SANTANA; SOUTO, 2006). Porém a caatinga até pouco tempo era
considerada como pouco diversa e desvalorizada. Na última década passou-se
a estudá-la mais detalhadamente e, mesmo assim, ainda hoje pouco se
conhece sobre as suas potencialidades (OLIVEIRA et al., 2009).
Atualmente o bioma Caatinga encontra-se sob forte pressão antrópica,
principalmente para abastecer a demanda por lenha, carvão vegetal da própria
3
região e de outras regiões do país e para formação de pastagem nativa
(SAMPAIO et al., 2002). O uso não planejado dos recursos oferecidos pelo
bioma Caatinga tem proporcionado a fragmentação da sua cobertura vegetal,
restringindo sua distribuição a remanescentes que podem ser considerados
refúgios para a biodiversidade local (OLIVEIRA et al., 2009).
O bioma Caatinga é o menos estudado e conhecido dos biomas
brasileiros e um dos mais antropisados, ultrapassado apenas pela Mata
Atlântica e Cerrado (CAVALCANTE & MARIANO NETO, 2007). Apenas 40%
da área original permanece cobertos de vegetação nativa, porém quase toda
ela é usada para a extração de lenha; como pastagem nativa para criação dos
rebanhos de bovinos, caprinos e ovinos; ou como parte do sistema de
agricultura itinerante, formando um imenso mosaico de áreas em distintos
estádios de regeneração (SAMPAIO, 2010).
Giulietti et al. (2004) citam que o semiárido nordestino conta com mais de
1000 espécies vegetais, das quais mais de 300 espécies são endêmicas. Os
levantamentos florísticos na Caatinga embora ainda necessitando de uma
maior
intensificação,
já
indicam
que
estas
áreas
apresentam
uma
extraordinária diversidade florística e um grande número de espécies
endêmicas (RAMALHO et al., 2009). Dentre as espécies existentes no
semiárido nordestino cerca de 768 são frutíferas (PAREYN, 2010) .
2.2 FRUTEIRAS NATIVAS DA CAATINGA
O Nordeste brasileiro apresenta uma grande diversidade de espécies
frutíferas nativas. Entretanto, as diferentes formas de ocupação e exploração
do semiárido brasileiro através da agricultura, da pecuária e até mesmo da
exploração do subsolo, têm ocasionado o desaparecimento de algumas
espécies, antes mesmo de serem estudadas e de se conhecer o seu potencial
(ARAÚJO, 2004).
Segundo Giacometti (1993), a região Nordeste do Brasil apresenta uma
diversificada riqueza em espécies frutíferas distribuídas pela Caatinga e Mata
Atlântica, como o umbu (Spondia tuberosa); jatobá (Hymenaea spp.); uricuri
4
(Syagrus coronata); juazeiro (Ziziphus joazeiro); murici-do-tabuleiro (Byrsonima
cydoniaefolia); caju (Anacardium
occidentale); piqui (Caryocar coriaceum);
mangaba (Hancornia speciosa), pitanga (Eugenia uniflora); araticum (Annona
salzmanii); ingá (Inga spp.); jacaratiá (Jacaratia dodecaphylla); indaiá (Attalea
sp.); sapucaia (Lecythis pisonis); catolé (Syagrus oleraceae); pitomba (Talisia
sculenta), cajá (Spondias lutea); bacupari (Rhaedia gardneriana); genipapo
(Genipa americana); macambira (Bromelia laciniosa); macaúba (Acrocomia
intumescens e A. sclerocarpa); araçá (Psidium guineenses); mamão bravo
(Carica quaercifolia); olho-de-boi (Diospyros sericea);
manacá (Brosimum
gaudichaudii); maracujás (Passiflora spp.); fruta-de-pomba (Chrysophyllum
rufum); inquiri (Chrysophyllum ebenacea); maçaranduba (Manilkara triflora);
cajá-umbu (Spondias lutea x S. tuberosa); carapiá (Rollinia sp.), guabirobas
(Campomanesia spp.) e puça (Mourici puça).
Pinto (1993) apresenta uma lista com mais de 150 espécies de fruteiras
nativas da região Nordeste, nos seus diferentes ecossistemas. A maior parte
destas espécies é utilizada para fins produtivos, mas poucas foram estudadas
adequadamente e praticamente nenhuma foi objeto de pesquisas sobre
variabilidade genética, potencial de melhoramento, produtividade e técnicas de
manejo (SAMPAIO et al., 2002).
O estado da Bahia apresenta uma grande diversidade de tipos de
Caatinga (GIULIETTI et al., 2006). Nestes tipos de caatinga existe uma grande
diversidade de fruteiras nativas com potencial de utilização, como por exemplo,
o umbuzeiro (Spondias tuberosa), que já dispõem de conhecimento avançado
de cultivo, manejo e beneficiamento (PAREYN, 2010). Esta espécie é
endêmica da caatinga e está sendo inserida no mercado consumidor através
da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (BA)
(COOPERCUC, 2010). O umbú está sendo exportado para a França, Áustria,
Alemanha e Espanha, na forma de doces, compotas, geléias, polpas, dentre
outras formas. Além do umbuzeiro, outras espécies promissoras vêm sendo
estudadas: como o maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast.), o araticum
(Annona coriacea Mart - Annonaceae), o araçá (Psidium sp.) e o croatá
(Bromelia karatas Linn) (ARAÚJO, 2004). Outras espécies também têm
5
potencial de uso como o murici (Byrsonima spp. - Malpighiaceae), mandacarú
(Cereus jamacaru P. DC. – Cactaceae), coroa-de-frade (Melocactus bahiensis
Britton e Rose – Cactaceae), xique-xique (Pilosocereus gounellei K. Schum –
Cactaceae) e cambuí (Eugenia crenata Vel.) (SANTOS et al., 2005), dentre
outras. A quase totalidade destas espécies permanece silvestre, integrando as
formações ecológicas naturais ameaçadas de perda de sua variabilidade
genética, na dinâmica dos desmatamentos e desequilíbrios ecológicos cada
vez mais intensos (PINTO, 1993). Queiroz et al. (1993) identificaram quatro
causas que contribuem para o desaparecimento da vegetação nativa no
Semiárido: 1) formação de pastagens; 2) implantação de projetos de irrigação;
3) uso na produção de energia para atividades diversas como padarias, olarias
e calcinadoras, e 4) queimadas. Essas causas, em conjunto ou isoladamente,
têm contribuído não apenas para diminuir o aproveitamento secular de algumas
espécies frutíferas e/ou forrageiras e/ou madeireiras como também, para o
desaparecimento da variabilidade genética de algumas e a quase extinção de
outras (SANTOS, 2007).
As espécies frutíferas são exploradas na maioria das vezes de forma
extrativista, tendo em vista a falta de conhecimento de quem as utiliza, pois a
maioria dos produtores e consumidores não têm noção do que são recursos
genéticos e da importância da conservação de germoplasma. Muitas árvores
são transformadas em lenha para atender a olarias, casas-de-farinha e
padarias, cabendo destacar a redução da biodiversidade provocada pelo
desmatamento de áreas com vegetação nativa, visando à formação de
pastagens que, sem dúvida, é o fator responsável de maior importância pela
perda de recursos genéticos, tanto de origem animal quanto vegetal
(CARVALHO et al., 2001).
O estudo e a conservação das espécies frutíferas no semiárido devem ser
encarados como uma prioridade, pois os distintos padrões de uso dos recursos
naturais da caatinga vêm acarretando diversos prejuízos, afetando as
populações mais vulneráveis social e economicamente (ARAÚJO, 2004).
6
2.3 RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS (RGVs)
Os recursos genéticos são definidos como a fração da biodiversidade que
tem previsão de uso atual ou potencial para usos futuros e compreendem as
variedades tradicionais (ainda existentes em áreas menos influenciadas pelas
variedades exóticas), variedades melhoradas, linhas avançadas e espécies
nativas (aí incluídas os parentes silvestres de espécies cultivadas) (QUEIROZ,
1999).
Os
recursos
genéticos
vegetais
podem
ser
considerados
como
reservatório genético, funcionando como matéria-prima para o desenvolvimento
da
agricultura
(NASS,
2001).
E
constitui-se
na
parte
essencial
da
biodiversidade, que é usada pelo homem para a promoção do desenvolvimento
sustentável da agricultura e produção de alimentos (GOEDERT, 2007). Estes
recursos genéticos são utilizados como fonte para a criação de novas
variedades, constituindo-se em um fator de fundamental importância para a
obtenção de produtividades mais elevadas e para as transformações
tecnológicas verificadas no processo de modernização do agronegócio
(GOEDERT, 2007).
O estudo da variabilidade genética em populações naturais é importante
para viabilizar a exploração dos recursos genéticos vegetais, através da
conservação de germoplasma in situ e ex situ, além de domesticação para uso
racional, dentro dos preceitos da sustentabilidade (MARIOT et al., 2007).
Os recursos genéticos vegetais são portadores de genes de grande
significado para o melhoramento genético das respectivas espécies, embora
estejam ameaçados de extinção por várias causas, dependendo da espécie
(QUEIROZ, 1999). É o caso do araçá que se encontra no bioma Caatinga de
forma silvestre, correndo risco de erosão genética, devido a ação antrópica
cada vez mais intensa, seja para formação de pastagens, retirada de lenha,
projetos de irrigação, pressão demográfica, ou mesmo para outros fins.
O bioma caatinga é rico em recursos genéticos devido a sua alta
biodiversidade (PESSOA, 2008), apresentando um alto grau de variabilidade.
7
Giacometti (1993) dividiu o Brasil em dez centros de diversidade de
espécies frutíferas nativas do Brasil e classificou a Caatinga como o centro de
diversidade 6 – Nordeste/Caatinga, abrangendo os estados do Piauí, Ceará,
Rio grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, e Chapada Diamantina na Bahia,
apesar do autor não considerar a Chapada Diamantina como área de Caatinga.
No entanto regiões de altitude como a Chapada Diamantina, apresentam
diferentes tipos de Caatinga com uma grande diversidade genética, muitas em
risco de extinção antes mesmo de serem estudadas.
A pressão sobre os recursos genéticos do bioma caatinga é bastante
acentuada, seja devido às condições sócio-econômicas dos habitantes, seja
devido à pressão para o estabelecimento de atividades produtivas (SANTOS et
al., 2005). O primeiro dano ocorre devido à perda gradativa da variabilidade
genética para todas as espécies do bioma, o que poderá resultar num segundo
momento no desaparecimento de uma dada espécie sob intensa utilização
(SANTOS et al., 2007). Poucos têm sido os trabalhos referentes à coleta,
utilização, caracterização, estudos filogenéticos e genéticos, aproveitamento de
derivados e pré-melhoramento das espécies endêmicas ou de ocorrência
espontânea na região (EMBRAPA, 2000).
Os recursos genéticos vegetais são estudados em várias etapas bem
definidas, a saber: coleta/introdução, multiplicação, caracterização (reprodutiva,
morfológica, bioquímica e molecular), avaliação aprofundada e documentação
(RAMOS et al., 2007).
2.3.1 COLETA
Toda coleção de germoplasma inicia-se pela aquisição do germoplasma
que pode ser via coleta ou introdução, sendo esta proveniente da doação ou
intercâmbio (RAMOS et al., 2007). A coleta de germoplasma pode ser definida
como o conjunto de atividades que visa à obtenção de unidades físicas vivas,
que contenham a composição genética de um organismo, ou amostra de uma
população de determinada espécie, com habilidade de se reproduzir (WALTER
et al., 2007).
8
Segundo Walter et al. (2007) existem várias razões que levam a coleta de
germoplasma, dentre elas o perigo de erosão genética ou mesmo de extinção,
havendo necessidade de conserva-lo para uso futuro; perda da diversidade
genética do germoplasma ou baixa representatividade nas coleções ex situ de
germoplasma existentes;
necessidade de se conservar ex situ parentes
silvestres de plantas cultivadas; necessidade de resgate de germoplasma em
áreas ameaçadas por impactos humanos ou naturais, dentre outras.
As ações de campo para a coleta de germoplasma envolvem, de forma
geral, o conhecimento prévio sobre a biologia e o sistema reprodutivo da
espécie ou grupo de espécies; status do acesso (domesticado ou silvestre), o
manejo de cultivo estabelecido (agricultura tradicional, indígena, entre outras) se domesticada cultivada - assim como o tipo de amostra a ser coletada e a
estratégia de amostragem (RAMOS et al., 2007).
De forma prática, ainda
devem ser considerados o acesso à área de coleta, a técnica de coleta de
amostras e de dados, os equipamentos necessários, assim como a logística e,
principalmente, o bom senso quando da adequação do binômio teoria versus
prática (RAMOS et al.,2007).
A prática da coleta é uma atividade previamente planejada que inclui
importantes procedimentos como identificação dos locais, material a ser
coletados, períodos de expedições, preenchimento dos dados de passaporte
em cadernetas de coleta, correto georreferenciamento, conservação e
armazenamento das amostras, dentre outros. As coletas devem ser bem
conduzidas para não comprometer a representatividade da coleção a ser
conservada e estudada futuramente.
O Bioversity International (2007), órgão internacional responsável pela
elaboração de descritores recomendados para várias espécies, emprega as
seguintes categorias na documentação e nomenclatura de recursos genéticos
vegetais: i) dados de passaporte - identificadores da amostra e informação
registrada pelos coletores; ii) caracterização e iii) avaliação preliminar.
9
2.3.2 CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
A caracterização de germoplasma é uma das principais atividades de
manejo do banco e constitui a descrição e o registro de características
morfológicas, citogenéticas, bioquímicas e moleculares do indivíduo, as quais
são pouco influenciadas pelo ambiente em sua expressão (VALLS, 2007). Para
este mesmo autor a caracterização e a avaliação do germoplasma, quando
bem conduzidas, apresentam vantagens, como a identificação de acessos
duplicados, o estabelecimento de coleções nucleares, e a identificação dos
modos de reprodução predominantes nos acessos, bem como sobre a
ocorrência ou não de variabilidade intrínseca em acessos individuais.
O processo de caracterização de germoplasma conservado em bancos
genéticos é limitado e a escassez de informações sobre os acessos
depositados é um dos grandes entraves para emprego desse acervo genético
nos programas de melhoramento e na ausência de informações, o melhorista
continuará a explorar pequenas coleções, limitando o uso do germoplasma, o
que leva ao estreitamento da base genética dos programas (FERREIRA &
RANGEL, 2005). O conhecimento dos acessos conservados quanto à correta
classificação botânica, nível de diversidade, caracterização agronômica,
fenótipos de interesse econômico ou polimorfismo molecular são fundamentais,
mas ainda iniciais na maioria das coleções (FERREIRA & RANGEL, 2005).
Valls (2007) relata que a caracterização reprodutiva, ou seja, o
conhecimento do modo de reprodução das espécies é essencial, devendo ser
uma das etapas da caracterização e avaliação preliminar, uma vez que o
desconhecimento
do
modo
de
reprodução
pode
levar
à
rápida
descaracterização dos acessos nos BAGs, já que as sementes poderão ser
resultado de cruzamentos entre acessos distintos e quando germinadas, os
novos indivíduos não expressarão as características anotadas da planta-mãe.
Segundo Valls (2007), as etapas de caracterização e avaliação de cada
acesso mantido nos BAGs são cinco: correta identificação botânica; elaboração
de cadastro de acessos disponíveis por acesso; caracterização propriamente
dita de aspectos morfológicos, fenológicos, que consiste na anotação de
10
caracteres botânicos de alta herdabilidade, facilmente visíveis e mensuráveis, e
que se expressem consistentemente em todos os ambientes; avaliação
preliminar, voltada para dentro da espécie, para busca de caracteres
descritivos que conduzam à discriminação entre acessos.
As características de interesse também podem ser identificadas durante
a realização das atividades de coleta, multiplicação, caracterização e avaliação
e assim, o pré-melhoramento pode ser considerado uma extensão dessas
atividades, facilitando o uso do germoplasma (RAMOS et al., 2007).
A maior parte das espécies frutíferas que se encontram no Bioma
caatinga apresentam grande escassez ou mesmo ausência de dados relativos
à sua morfologia, produção, características fisiológicas e fenologia, importantes
para a descrição e caracterização dos diversos genótipos existentes, dados
estes que poderão servir de base para a incorporação de muitas espécies
frutíferas aos sistemas produtivos comerciais, também contribuindo, desta
forma, para a conservação dos recursos genéticos.
2.3.3 CONSERVAÇÃO DE GERMOPLASMA
A conservação do germoplasma é um fator altamente relevante dentro
do contexto de um sistema de recursos genéticos (FERREIRA, 1988), pois é
através da conservação a curto, médio e longo prazos, que o material se torna
disponível para a comunidade de usuários. Além disso, o sucesso de um
programa de melhoramento de plantas dependem de um sistema adequado de
conservação de germoplasma.
A conservação de germoplasma pode ser tanto in situ quanto ex situ,
sendo o primeiro processo definido como a manutenção contínua de uma
população em seu habitat natural e o segundo, na manutenção de espécies em
habitats diferentes daqueles aos quais estão adaptadas (HOYT, 1992). Nesse
contexto, considerando o germoplasma semente, Giacometti (1993) ainda
amplia o conceito, definindo conservação ex situ, quando o processo evolutivo
é interrompido, designando de preservação.
11
A essência da conservação in situ está na conservação do germoplasma
na localidade onde ele é atualmente encontrado, seja onde ocorre
naturalmente ou onde desenvolveu suas características distintas e permite a
continuidade dos processos evolutivos; também pode ser necessária para a
efetiva manutenção da variabilidade genética em longo prazo (SCARIOT &
SEVILHA, 2005).
A conservação in situ permite teoricamente preservar espécies
cultivadas e silvestres, sem necessidade de grandes gastos, dependendo
apenas de decisões políticas e das autoridades (QUEROL, 1993). As espécies
silvestres são indicadas para a conservação in situ por estarem presentes em
ambientes naturais. De acordo com o I Relatório Nacional para Convenção da
Diversidade Biológica o Brasil conta com 8,13 % do território nacional
legalmente protegido. Contudo, menos de 1% do bioma caatinga está protegido
em Unidades de Conservação (UC’s) de uso indireto, sendo o bioma com o
menor
número
de
Unidades
de
Conservação
de
proteção
integral
(CAVALCANTE; MARIANO NETO, 2007).
Segundo o WWF-BRASIL (2011), de toda a área preservada no bioma
Caatinga (1% da área total) 94% é de domínio público e 6% é de domínio
privado, comparado ao nível nacional onde apenas 2% da área preservada se
encontram em terras privadas na forma de Reservas Particulares do Patrimônio
Natural (RPPN).
A Associação de Plantas do Nordeste (APNE) fez um balanço mais
completo, em 2008, considerando também as Unidades de Conservação
estaduais, municipais e privadas. Segundo as Unidades não Governamentais
(ONGs), havia 123 UCs no bioma Caatinga, das quais 41 de Proteção Integral
e 82 de Uso Sustentável (MACIEL, 2010). O mesmo autor fez um levantamento
recente das áreas de conservação da caatinga e chegou aos seguintes
números: a Caatinga conta somente com cerca de 5,7 milhões de hectares
protegidos, dos quais apenas 1,1 milhão sob regime de Proteção Integral. Na
Bahia existem 13 unidades de conservação estadual, quatro unidades federais,
duas unidades municipais, nove unidades particulares, num total geral de 28
unidades (MACIEL, 2010).
12
Levando em conta a dimensão da área de Caatinga da Bahia e o estado
de devastação que este bioma se encontra, o número de UC’s ainda é muito
baixo, devendo estas áreas serem ampliadas, pois acredita-se que nas
unidades de conservação do semiárido baiano exista um número razoável de
fruteiras nativas sendo conservadas, e entre estas deve haver uma grande
diversidade ou mesmo variabilidade genética destas fruteiras com grande
potencial de qualidade e de utilização.
2.4 DIVERSIDADE GENÉTICA
A diversidade genética relaciona-se ao grau em que as populações se
distanciam umas da outras quanto ao conjunto de caracteres que lhe são
peculiares (CARDOSO, 2007), e o conhecimento da diversidade ou da
variabilidade genética presente entre os acessos tem uma grande importância
para o correto manejo e uso desses recursos nos programas de melhoramento
genético da espécie (CASTELLEN et al., 2007). Essa importância se deve a
possibilidade de identificar os genótipos de interesse específico, promovendo
uma melhor gestão dos recursos genéticos e ou a divisão dos genótipos em
grupos heteróticos, além de acelerar o progresso genético para determinados
caracteres (CUI et al., 2001).
Uma das formas de se estimar a divergência genética existente dentro de
uma espécie, ou mesmo entre espécies, é através de análises multivariadas
que são ferramentas importantes para caracterizar germoplasma, pois
permitem descrever e agrupar um conjunto de acessos, levando em
consideração simultaneamente várias características e a relação existente
entre elas (ROJAS, 2003).
Sua utilização permite combinar as múltiplas
informações contidas na unidade experimental, de modo a facilitar a execução
da seleção com base na combinação de variáveis, possibilitando discriminar as
populações mais promissoras, principalmente no contexto genético (CRUZ &
CARNEIRO, 2003).
13
Dentre as técnicas multivariadas mais comumente usadas para o estudo
da divergência genética, destaca-se a análise de agrupamento e componentes
principais (CRUZ et al., 2004).
A análise de agrupamento tem por finalidade reunir, por um critério
qualquer de classificação, os genitores em vários grupos, de tal forma que
exista homogeneidade dentro do grupo e heterogeneidade entre grupos (CRUZ
& CARNEIRO, 2003). A utilização dos métodos de agrupamento requer
medidas de similaridade ou dissimilaridade estimadas previamente, como a
distância Euclidiana média ou a distância generalizada de Mahalanobis, dentre
outras (CRUZ & REGAZZI, 2001). O uso de uma ou de outra vai depender do
delineamento experimental utilizado e da forma de obtenção dos dados.
Os métodos de agrupamento mais utilizados são o de otimização de
Tocher e o método hierárquico UPGMA (Unweighted Pair Group Method with
Arithmetic Mean) (CRUZ & CARNEIRO, 2003; CRUZ & REGAZZI, 2001; DIAS
et al., 2009). O método de otimização de Tocher consiste em identificar na
matriz de dissimilaridade o par de genótipos mais similares, formando o grupo
inicial e, a partir desse, é avaliada a possibilidade de inclusão de novos
genótipos no grupo, adotando o critério de que a média das medidas de
dissimilaridade dentro de cada grupo deve ser menor que as distâncias médias
entre quaisquer grupos (CRUZ et al., 2004).
No caso do método UPGMA, o critério utilizado para a formação dos
grupos é a média das distâncias entre todos os pares de itens que formam
cada grupo e não considera a estrutura de divisão dos grupos, dando pesos
iguais a cada indivíduo do grupo e calcula a similaridade média de um indivíduo
que pretende se juntar ao grupo existente e evita caracterizar a dissimilaridade
por valores extremos (mínimo ou máximo), possuindo o dendrograma com
coeficiente de correlação cofenético máximo, sendo um dos métodos mais
empregados no estudo da divergência genética (CRUZ et al., 2004; HAIR et al.,
2005). Este método é bastante preciso.
Considerando que cada um desses critérios tem suas vantagens e
desvantagens para quantificar a divergência genética, a escolha do método
mais adequado tem sido determinada de acordo com a cultura, objetivos do
14
pesquisador, pela facilidade da análise e pela forma como os dados foram
obtidos (CRUZ, 1990; BROWN & SPILLANE, 1999). Além disso, diversos
métodos com base em diferentes medidas de dissimilaridade podem levar a
distintos padrões de agrupamento (CRUZ & REGAZZI, 2001).
As técnicas de análises multivariadas já vêm sendo utilizadas com
sucesso em diversas culturas como, cupuaçú (Theobroma grandiflorum)
(ALVES et al., 2003); mamona (Ricinus communis) (BAHIA et al., 2008); açaí
(Euterpe oleracea) (OLIVEIRA et al., 2007); tomate (ROCHA et al., 2009),
dentre outros. Para as fruteiras nativas da caatinga existem poucos trabalhos,
dentre eles o de Araújo et al. (2008) com maracujá do mato (Passiflora
cincinnata Mast) e Carvalho et al. (2008) com umbu–cajazeira (Spondias sp.).
No entanto, para o araçá não existem relatos de trabalhos que avalie a
diversidade genética, principalmente para a Caatinga, até pouco tempo pouco
se sabia da existência desta espécie neste Bioma.
2.6 ARAÇÁ
A família Myrtaceae possui aproximadamente 4.000 espécies distribuídas
em 130 gêneros e ocorre em quase todos os biomas representados no Brasil
(SOUZA & LORENZI, 2005). Nessa família está incluído o gênero Psidium, ao
qual pertencem os araçazeiros. O araçá é uma fruteira nativa do Brasil e está
distribuído por todos os biomas brasileiros. Segundo Manica et al. (2000),
existem vários tipos de araçás como exemplo, Psidium cattleyanum, Psidium
australe, Psidium cinerium, Psidium longypetiolatum e Psidium guineenses.
Na região Nordeste, Pinto (1993) descreve a ocorrência de cerca de nove
espécies de araçá, como Psidium incanescens Mart., P. rubenscens Berg., P.
warmingianum Kiaersk, P. hians Mart., P. oligospermum DC., P. apiculatum
Mattos., P. cattleyanum Sabine, P. araça raddi e Psidium sp., distribuídas nos
diferentes ecossistemas, que vão desde as matas úmidas e matas estacionais,
restinga, manguezal, cerrados litorâneo e interiorano até campos, refúgios
rupestres e Caatingas.
15
As frutas do araçá (Psidium spp.) se destacam com potencial para
exploração econômica, devido à boa aceitação de seus frutos, com sabor
exótico, apresentando elevado teor de vitamina C, quatro vezes maior que as
frutas cítricas, além da alta capacidade de frutificação, resistência a doenças e
pragas (exceto à mosca das frutas) e dispersão, que indica adaptação a
diferentes ambientes (RASEIRA & RASEIRA, 1994). A maioria dos frutos de
araçá apresenta ótimo aroma e sabor. Além de consumo in natura, os frutos
dessas espécies podem ser explorados pela agroindústria para elaboração de
sucos e para uso no fabrico de sorvetes, geléias, doces, licores e outros
produtos (FRANZON et al., 2009). De acordo com Bezerra et al. (2006), a
fabricação de doces e geléias, produzidos em pequenas unidades de base
familiar, representa a principal forma de aproveitamento dos araçazeiros
nativos.
Esta espécie tem potencialidade de se adaptar a diferentes ambientes
bem como a capacidade de se propagar por sementes (GONZAGA NETO,
2001). Entre as espécies de Psidium, a goiabeira é a que apresenta maior
interesse econômico enquanto o araçazeiro tem certa importância como
frutífera, mas ainda não foi incluída como cultura comercial (CASTRO &
SIGRIST,1991).
Grande parte da diversidade genética de araçá encontra-se em seus
biomas naturais, em risco de erosão, havendo a necessidade de se coletar
germoplasma desta espécie e conservar em bancos de germoplasma.
Os bancos de germoplasma são repositórios de material genético e
representam a variabilidade genética, parcial ou total, de determinada espécie,
sendo a fonte genética usada pelo melhorista para desenvolver novas
cultivares (BOREM & MIRANDA, 2005).
A principal finalidade da manutenção e preservação de um banco é
proteger a variabilidade, evitando a erosão genética, e disponibilizar o material
genético para os melhoristas (VALLS, 2007), e o sucesso de um programa de
melhoramento depende da variabilidade, da diversidade da espécie e do
processo de seleção que se exerce sobre esta. Dessa forma, para que a
diversidade genética seja utilizada é necessário que os acessos sejam
16
caracterizados,
documentados
e
identificados
quanto
aos
caracteres
morfológicos e fisiológicos, para que o melhorista possa identificar os
potenciais genes úteis para o seu programa de melhoramento (BOREM &
MIRANDA, 2005).
No Brasil existem poucas coleções de araçá sendo conservados em
bancos de germoplasma. No Rio Grande do Sul existe uma coleção de araçá
na Embrapa Clima Temperado, iniciada desde 1986, e desta foi lançada as
duas únicas cultivares de araçazeiro nativo, da espécie P. catlleyanum, a “Yacy”, produtora de película amarela, e a “Irapuã” produtora de película vermelha
(FRANZON et al., 2009). Para a região Nordeste Ramos et al. (2008) fizeram
um levantamento e identificaram uma coleção com 110 acessos de araçá
conservados a campo no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA –
Pernambuco) desde 1989. Na Bahia estão sendo conservados quatro acessos
de araçá na Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A (EBDA) em
Conceição do Almeida (LUNA & RAMOS JUNIOR, 2005). Na Embrapa
semiárido em Petrolina Pernambuco, estão sendo conservados 40 acessos
coletados em diferentes ecorregiões do Brasil (SANTOS et al., 2008).
A região semiárida apresenta clima e solo favoráveis à produção
comercial de araçá. Esta fruta além de apresentar um grande valor
nutracêutico, também pode se tornar importante na economia pelo seu
potencial de utilização, como porta-enxerto de goiabeira. Esta espécie é
parente silvestre da goiaba e pode apresentar genes de resistência ao
nematóide-das-galhas Meloidogyne enterolobii (sin. M. mayaguensis) que vem
dizimando os plantios de goiabeiras irrigadas na região do Submédio São
Francisco.
Alguns autores como Maranhão et al. (2003), Carneiro (2007), Almeida et
al. (2009) já desenvolveram alguns trabalhos, utilizando várias espécies de
araçá no intuito de identificar genótipos tolerantes ou resistentes a estes
patógenos. Porém, a maioria destes trabalhos foi desenvolvido em outras
regiões e com espécies de araçá coletadas em diferentes regiões do Brasil,
principalmente na região Sul. Para a região semiárida baiana não existem
trabalhos com o araçá.
17
As espécies frutíferas nativas e/ou adaptadas às condições de sequeiro,
e/ou o uso de uma espécie como porta-enxerto de outra, inspiram confiança no
desenvolvimento de uma fruticultura de sequeiro competitiva e diversificada de
potencial econômico para agricultura familiar (ARAÚJO, 2004).
Para Guimarães et al. (2003), M. mayaguensis representa uma ameaça,
não só para a goiabeira, mas também para todas as culturas suscetíveis do
semiárido, pois é um nematóide com alta virulência em plantios comerciais de
goiabeiras nos municípios de Petrolina-Pernambuco, Juazeiro e Curaçá, na
Bahia, onde foram feitas as primeiras detecções (CARNEIRO et al., 2001).
Cerca de 70% das goiabeiras da região do Submédio do Vale do São
Francisco já morreram devido ao ataque de M. mayaguensis (BARRUETO CID;
CARNEIRO, 2007).
Carneiro (2007) estudando a resistência de vários acessos de Psidium
spp. (araçás de Pelotas, Rio Grande do Sul, um acesso da Costa Rica, goiabas
da Colômbia e de Petrolina-PE) ao nematóide Meloidogyne enterolobii (sin. M.
mayaguensis) e a compatibilidade como porta enxerto, na região do Submédio
do Vale do São Francisco relataram que três acessos de P. cattleyanum foram
imunes ao nematóide e que a espécie P. cattleyanum quando usada como
porta-enxerto foi compatível com P. guajava cv. Paluma. Os mesmos autores
concluíram que o uso de porta-enxertos resistentes poderá vir a ser um método
promissor para o controle de M. mayaguensis em plantios comerciais de
goiaba.
De acordo com os relatos de Giacometti (1993) e Pinto (1993) existem
espécies de araçá na Caatinga, porém não se sabe de sua diversidade e quais
espécies ocorrem neste bioma, não existem estudos relativos à sua morfologia,
produção, características fisiológicas e fenologia, importantes para a descrição
e caracterização dos diversos genótipos existentes, dados estes que poderão
servir de base para a incorporação de espécies de araçá aos sistemas
produtivos comerciais, também contribuindo, desta forma, para a conservação
dos recursos genéticos. Assim, o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa
com os araçás torna-se importante, uma vez que estas plantas além da
potencialidade de uso, tanto direto quanto na transferência de genes úteis no
18
melhoramento de planta, já são adaptadas às condições da região semiárida,
sendo de extrema importância à intensificação dos trabalhos de pesquisa para
um melhor conhecimento do germoplasma desta espécie no semiárido baiano,
seja para produção de frutos ou como material genético para trabalhos de
melhoramento como porta enxerto.
Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi de fazer a coleta de acessos de
araçá em diferentes áreas do semiárido baiano e caracterizar a diversidade por
meio de descritores morfológicos.
19
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27
4. OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi estimar a diversidade entre acessos de
araçá coletados em diferentes áreas do semiárido baiano.
28
CAPÍTULO I
ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE ACESSOS DE ARAÇÁ
COLETADOS EM DIFERENTES MUNICÍPIOS DO SEMIÁRIDO BAIANO
Artigo formatado com base nas normas para publicação do periódico da
Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira, para o qual será submetido.
29
1
ESTIMATIVA DA DIVERSIDADE GENÉTICA ENTRE ACESSOS DE ARAÇÁ
2
COLETADOS EM DIFERENTES MUNICÍPIOS DO SEMIÁRIDO BAIANO
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Márcia Adriana C. dos Santos¹; Manoel A. de Queiróz¹; Aline da S Santos¹;
Leonardo C. dos Santos²;
¹Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Depto. Tecnologia e Ciências Sociais DTCS, C. Postal 171, 48.905-680, Juazeiro-BA; [email protected];
[email protected];[email protected];
² Professor de Geografia pela Universidade de Pernambuco – UPE, Petrolina-PE;
[email protected];
12
em alguns municípios do semiárido baiano, uma vez que o araçá é um parente
13
silvestre da goiabeira. Foram utilizados 50 acessos de araçá de três espécies (P.
14
schenckianum, P. guineense e P. grandifolium), coletados nos municípios de Campo
15
Formoso, Senhor do Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari e Uauá.
16
diversidade entre os acessos de araçá foi avaliada usando 12 descritores, através
17
de componentes principais e foram empregados os agrupamentos de Tocher e
18
UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic Averages) utilizando a
19
distancia Euclidiana média. Acessos muito próximos fisicamente apresentaram
20
grande divergência. Os dois tipos de agrupamentos utilizados formaram seis grupos
21
cada, porém, não conseguiram separar os grupos por espécie e por local de coleta.
22
Os descritores que mais contribuíram para formação dos grupos foram massa de
23
fruto (56,88%) e índice de maturação (42,96%). Foi encontrada variação entre os
24
acessos para vitamina C (63,36 a 607,20 mg/100g de polpa). A variação encontrada
25
para os diversos descritores demonstra que existe diversidade genética entre os
26
acessos na região semiárida baiana.
27
28
29
30
31
Resumo – O objetivo deste trabalho foi estudar o germoplasma de araçá coletado
A
Termos para indexação: Psidium spp., germoplasma, análise multivariada,
melhoramento genético.
32
33
34
35
36
37
38
39
30
Study of diversity of “araçá” accessions in different counties of the semiarid
State of Bahia
40
41
42
43
Abstract: The aim of this work was to study “araçá” germplasm collected in different
44
counties of semiarid of the Bahia State since it is a wild parent of the cultivated
45
guava. Fifty “araçá” accessions of three different species (P. schenckianum, P.
46
guineense e P. grandifolium) collected in the counties of Campo Formoso, Senhor do
47
Bonfim, Jacobina, Morro do Chapéu, Jaguarari and Uauá were used. The diversity
48
among the “araçá” accessions were evaluated using 12 descriptors trough principal
49
component analysis and Tocher and UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with
50
Arithmetic Averages) were used to cluster the accessions using the Euclidian mean
51
distance. Accessions very close physically showed great divergence. The both types
52
of clustering produced six groups in each, but, they were not effective to separate
53
species and place of collection. The descriptors that gave major contribution in the
54
clustering were fruit mass (56.88%) and maturation index (42.96%). Great variation
55
in the Vitamin C content was found (63,36 a 607,20 mg/100g of pulp). The variation
56
found in the descriptors used indicating the existing genetic diversity among “araçá”
57
accessions of the semiarid of Bahia.
58
59
Index terms: Psidium spp., germplasm , multivariate analysis, breeding.
60
61
Introdução
62
63
O araçá (Psidium spp.), pertencente à família Mirtaceae é nativo do Brasil e de
64
acordo com a literatura está distribuído em todos os biomas brasileiros. Na região
65
Nordeste do Brasil, Pinto (1993) descreve a ocorrência de cerca de nove espécies
66
de araça: Psidium incanescens Mart., P. rubenscens Berg., P. warmingianum
67
Kiaersk, P. hians Mart., P. oligospermum DC., P. apiculatum Mattos., P. cattleyanum
68
Sabine, P. araça Raddi e Psidium sp., distribuídas nos diferentes ecossistemas, que
69
vão desde as matas úmidas e matas estacionais, restinga, manguezal, cerrados
70
litorâneo e interiorano, até campos, refúgios rupestres e Caatingas e neste último
71
bioma, na maioria das vezes são exploradas de forma extrativista. Estas espécies
72
se destacam com potencial para exploração econômica, seja para uso direto em
73
condições de sequeiro, ou para uso como porta-enxerto da goiabeira irrigada, pois,
31
74
de acordo com Barrueto Cid e Carneiro (2007) cerca de 70% das goiabeiras do
75
Submédio São Francisco foram dizimadas pelo nematóide Meloidogyne enterolobii
76
(sin. M. mayaguensis) e sendo os araçás da mesma família da goiaba, poderiam ser
77
usados como porta enxertos.
78
No entanto, muitas plantas são transformadas em lenha para atender as
79
olarias, casas-de-farinha e padarias, cabendo destacar a redução da biodiversidade
80
provocada pelo desmatamento de áreas com vegetação nativa, visando à formação
81
de pastagens, que, sem dúvida, é o fator responsável de maior importância pela
82
perda de recursos genéticos, tanto de origem vegetal como animal (CARVALHO et
83
al., 2001) aí incluindo-se plantas de araçá. Até o momento os estudos envolvendo
84
os araçazeiros são poucos, podendo ser destacados os trabalhos de Franzon (2004)
85
com a caracterização de Mirtáceas do Sul do Brasil; Franzon et al. (2009) que
86
fizeram um levantamento das principais espécies de araçá do gênero Psidium e sua
87
ocorrência, descrição e usos, com destaque para os cerrados brasileiros e Santos et
88
al. (2008) os quais caracterizaram 40 acessos de araçazeiros em estudos
89
comparativos com goiabeira. Contudo, neste último, os autores consideraram
90
amostras de diferentes biomas, sendo que apenas uma pequena porcentagem foi
91
proveniente do semiárido e, em particular da Bahia, caracterizando apenas sete
92
acessos, e em dois municípios do semiárido baiano.
93
Ainda mais, estudos sobre caracterização e avaliação agronômica de
94
germoplasma de araçá no semiárido brasileiro e em particular no semiárido baiano
95
nas áreas de ocorrência são muito escassas ou inexistentes. Assim sendo, o
96
presente trabalho objetivou estudar o germoplasma de araçá coletados em seis
97
municípios do semiárido baiano.
98
99
Material e Métodos
100
101
Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizados 50 acessos de
102
Psidium spp. georreferenciados e coletados entre maio de 2009 a abril de 2010, nos
103
municípios de Uauá (dez acessos ), Jaguarari (três acessos), Senhor do Bonfim (um
104
acesso), Campo Formoso (24 acessos), Jacobina (nove acessos) e Morro do
105
Chapéu (três acessos) todos do semiárido baiano, sendo que cada planta constituiu
106
um acesso. Estes acessos foram caracterizados morfologicamente nas diferentes
107
fases fenológicas das plantas utilizando doze descritores:
32
108
1- Porte da planta (PP), através de uma escala de notas de 1 a 5, sendo que a nota
109
1 foi atribuída as plantas de porte até 1m; 2- até 2m; 3- até 3m; 4- até 4m e 5-
110
acima de 4m de altura;
111
2- Formato do tronco (FT), utilizando uma escala de nota de 1 a 7, determinada de
112
acordo com o número de ramificações do tronco, sendo nota 1- plantas que
113
apresentam ramificações no tronco a um metro acima do solo, 2- plantas com uma
114
bifurcação a um metro acima do solo e um par de ramificação, 3- plantas com uma
115
bifurcação a um metro acima do solo e dois pares de ramificações, 4- plantas sem
116
ramificação, 5- plantas com cinco ramificações partindo do solo, 6- plantas com mais
117
de cinco ramificações partindo do solo e 7- plantas com um par de ramificação
118
partindo do solo formando uma bifurcação.
119
Também foram coletadas amostras de folha (quatro quadrantes do terço
120
médio de cada planta), flores e frutos, as quais foram encaminhadas ao Laboratório
121
de Biologia da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Juazeiro- BA. Uma das
122
amostras foi utilizada para confecção de excicatas (folhas) e herbário líquido (flor e
123
fruto) a base de fenol, álcool e água – FAA na proporção de 2:1:1 para posterior
124
determinação das espécies de araçá. A outra amostra foi usada para aplicar os
125
descritores de folha, flor e fruto.
126
Para folha foi utilizado o descritor 3- índice de coloração verde da folha
127
(ICVF), adaptado dos descritores utilizados para goiabeira, propostos pela Union for
128
the protection of New Varieties of Plants (UPOV). Para criação desta escala,
129
comparou-se as cores das folhas dos acessos com os tons de verdes da carta de
130
cores de Munsell (1977), onde se estabeleceu uma escala de nota de 1 a 6, sendo 1
131
= 7.5GY – 7/10; 2 = 7.5GY – 6/8; 3 = 5GY – 5/6; 4 = 5GY – 5/2; 5 = 7.5GY – 5/8 e 6
132
= 5GY – 6/4. A escala foi usada no momento da coleta.
133
Em relação à flor criou-se o descritor 4- morfologia floral (MFL) usando uma
134
escala de nota de 1 a 5, onde a 1 - flores em forma de cacho, apresentando pétalas
135
pequenas e estames mais espaçados, de coloração esbranquiçados e com carpelo
136
esverdeado; 2 - flores em forma de cacho, pétalas grandes com estames
137
adensados, apresentando uma coloração alaranjada, não distinguindo facilmente o
138
estilete; 3 - flores em forma de cacho com pétalas grandes, apresentando estames
139
espaçados de coloração alaranjada não distinguindo facilmente o estilete; 4 - flor
140
solitária, apresentando pétalas pequenas, estames adensados de coloração branca
141
e 5 - flor solitária, coriácea, apresenta pétalas e sépalas fundidas de coloração
33
142
amarelada, com sépalas unidas formando um círculo, apresentando o gineceu
143
afastado do androceu.
Para caracterização dos frutos de araçazeiros foi utilizada a média de dez
144
145
frutos por acesso para estimar os valores para os respectivos descritores.
146
5- Massa do fruto (MF, em g), obtido a partir da pesagem dos frutos em balança
147
eletrônica, com precisão de 0,01g;
148
6- Cor da casca (CC), através de uma escala de nota de 1 a 2, sendo 1- amarelo, 2-
149
amarelo alaranjado. Este descritor foi adaptado da lista utilizada para goiabeira,
150
proposta pela Union for the protection of New Varieties of plants (UPOV);
151
7- Diâmetro transversal do fruto (DT, em cm), obtido pela medida transversal do
152
fruto;
153
8 - Diâmetro longitudinal do fruto (DL, em cm), obtido pela medida longitudinal do
154
fruto;
155
9- Formato do fruto (FF), correspondendo a um índice proveniente da divisão do
156
diâmetro transversal pelo diâmetro longitudinal;
157
10- Sólidos solúveis (SS, em °Brix), determinado por refratômetro digital portátil, de
158
acordo com a recomendação da AOAC (1992);
159
11- Acidez titulável (AT), expressa em gramas de ácido cítrico por 100 ml de suco,
160
de acordo com as Normas Analíticas de Métodos Químicos e Físicos para Análises
161
de Alimentos, do Instituto Adolfo Lutz (IAL, 1985);
162
12- Índice de maturação (IM), obtido através da relação SS/AT.
163
Dentro da amostra de acessos estudada, 35 deles que se apresentavam no estádio
164
inicial de maturação (maturidade fisiológica) e possuíam líquido suficiente para
165
extração de suco foram utilizados para determinação do teor de vitamina C (VC, em
166
mg de ácido ascórbico por 100g de polpa), determinada através do método do Iodo
167
Amido (AOAC, 1992). As amostras foram coletadas, acondicionados em sacos
168
plásticos mantidos em caixas de poliestireno contendo gelo até o momento da
169
avaliação (24 horas após a colheita).
170
171
Os descritores que utilizaram escalas de notas foram transformados em
.
172
A diversidade entre os acessos foi estimada a partir de análises multivariadas,
173
aplicando-se as técnicas de agrupamento e de componentes principais. Na técnica
174
de agrupamento foi utilizado o método de agrupamento de Tocher, tendo como
34
175
medida de dissimilaridade a distância Euclidiana média, para estimar a contribuição
176
relativa de cada descritor para a dissimilaridade genética (CRUZ et al., 2004), entre
177
os acessos de araçá.
178
Na delimitação dos grupos utilizou-se o método agrupamento da distância
179
média UPGMA (Unweighted Pair-Group Method with Arithmetic averages) (SNEATH
180
& SOKAL, 1973), para construção do dendrograma. A consistência das ramificações
181
do dendrograma foi verificada por meio da amostragem repetitiva de dados
182
(Bootstraping), com 1.000 repetições. As análises estatísticas foram realizadas com
183
o emprego do programa computacional GENES (CRUZ, 2006).
184
185
Resultados e Discussão
186
187
Dos 50 acessos de araçá utilizado neste trabalho foram determinadas três
188
espécies, sendo 36 acessos pertencentes à espécie Psidium guineense Sev. (três
189
acessos de Jaguarari, 23 acessos de Campo Formoso, nove acessos de Jacobina e
190
um de Senhor do Bonfim), 13 à espécie Psidium schenckianum Kiarssk (dez de
191
Uauá e três do Morro do Chapéu) e um à espécie Psidium grandifolium Mart ex DC
192
(Campo Formoso). Os acessos encontravam-se em altitudes variando de 426m a
193
1032m, predominando altitudes entre 600 e 700m, representado por 50% dos
194
acessos estudados (Tabela 1, Quadro 1).
195
A partir da distancia Euclidiana média foi observado que os acessos Y11 (P.
196
schenckianum) e Y91 (P. guineense) dos municípios de Uauá e Campo Formoso
197
foram os mais dissimilares, apresentando a maior distância (74,81) e, portanto com
198
a maior divergência e os acessos Y95 e Y96 (ambos da espécie P. guineense) do
199
município de Jacobina foram os mais similares, com a menor distância (0,61).
200
No entanto, foi observado variação nas combinações entre os acessos da
201
espécie P. schenckianum coletados no município de Uauá (Y01-Y03, Y01-Y08, Y01-
202
Y10, Y01-Y11, Y03-Y07, Y07-Y08, Y07-Y10 e Y07-Y11), que apresentaram uma
203
distância acima de 40,00 (Quadro 2, Anexo). Entre esses, o par de acessos Y07-Y08
204
se encontra a menos de 50 metros de distância um do outro, mostrando forte
205
evidência de variabilidade dentro de uma mesma espécie. Caso mais extremo foi
206
observado em Campo Formoso com a espécie P. guineense, onde os acessos Y88
207
e Y92, muito próximos fisicamente (menos de 50 metros), apresentaram uma
208
distância ainda maior (72,78). Por outro lado, observa-se que acessos de diferentes
35
209
espécies e de locais distintos apresentam grande similaridade, como por exemplo, o
210
acesso Y57 (P. guineense) e o acesso Y101 (P. schenckianum), que além de
211
pertencerem a espécies diferentes, foram coletados em regiões diferentes (Jacobina
212
e Morro do Chapéu respectivamente) podendo se explicar como sendo
213
características intrínsecas desses acessos (Quadro 2, Anexo). Existem várias
214
situações semelhantes nos acessos coletados como se poderá examinar nos dados
215
expostos nos Quadros 1 e 2 (Anexo). Observa-se também que acessos de P.
216
guineense provenientes dos municípios de Jacobina (Y59) e Campo Formoso (Y91);
217
e de Jaguarari (Y21) e Campo Formoso (Y91) são bastante divergentes, mostrando
218
variação entre regiões, podendo essa variação ser de ordem genética e ambiental.
219
No geral, existem vários acessos que são da mesma espécie e do mesmo local e,
220
como esperado são muito pouco divergentes, porém, foram encontradas exceções.
221
Segundo Araújo et al. (2008) a proximidade genética entre acessos, pode estar
222
diretamente ligada às características dos próprios acessos durante a história
223
evolutiva, uma vez que há maior probabilidade de encontrar descendentes próximos,
224
dispersos em pequenas distâncias.
225
A análise de agrupamento realizada pelo método de Tocher permitiu separar
226
os acessos em seis grupos (Tabela 2). Ainda na mesma Tabela se pode observar
227
que no grupo I estão incluídos 42 acessos, sendo que dez acessos do município de
228
Uauá (P. schenckianum), sete acessos de Jacobina (P. guineense), vinte e um
229
acessos de Campo Formoso (P. guineense e P. grandifolium), dois acessos de
230
Jaguarari (P. guineense), um acesso de Senhor do Bonfim (P. guineense) e um
231
acesso do Morro do Chapéu (P. schenckianum), ou seja, envolve várias espécies de
232
diferentes locais, sendo que os acessos de Uauá apesar de estarem no grupo I
233
ficaram separados dos demais, foram os primeiros dez acessos e, portanto, foram
234
os mais próximos. No entanto o acesso 101 (Morro do Chapéu) também da espécie
235
P. schenckianum foi o que apresentou a maior distância dentro do grupo. Para os
236
demais acessos a aglomeração ocorreu de forma aleatória (Tabela 2).
237
Os demais grupos foram formados por acessos de uma mesma espécie,
238
assim como do mesmo local de coleta (grupos II e III) e diferentes locais de coleta
239
(grupo IV) (Tabelas 1 e 2). Dessa forma, como se observa no grupo I, o método de
240
Tocher não conseguiu separar acessos de diferentes regiões nem de diferentes
241
espécies. Essa situação tem acontecido em vários estudos de divergência genética.
242
Por exemplo, Silva et al. (2006) realizando a caracterização morfológica de 42
36
243
acessos de melancia coletadas em três regiões da Bahia, através do método de
244
Tocher, conseguiu formar nove grupos e destes o grupo I foi o que aglomerou o
245
maior número de acessos e foi formado por acessos das três regiões de coleta.
246
Araújo et al. (2008) estimaram a divergência genética entre acessos de Passiflora
247
cincinnata e observaram que o agrupamento dos acessos não se correlacionou com
248
as Unidades Geoambientais originais de coleta. Os mesmos autores citam que essa
249
situação pode ser resultante de características específicas de certos acessos. Uma
250
outra possibilidade é a baixa variação entre as Unidades Geoambientais, ao
251
movimento de sementes causadas pelos dispersores e ao movimento de sementes
252
e frutos causados pelo extrativismo (ARAÚJO, 2007).
253
O agrupamento realizado pelo método do UPGMA, com um corte realizado a
254
uma distância de 58,52% possibilitou a formação de seis grupos (Figura 1), sendo
255
que o número de acessos em cada grupo variou de cinco a treze acessos e,
256
portanto, apresenta uma distribuição mais uniforme entre os grupos do que o
257
agrupamento de Tocher. Analisando-se cada grupo verifica-se que em um mesmo
258
grupo se encontram acessos da mesma região ou de regiões diferentes, bem como,
259
da mesma espécie ou de espécies diferentes (Tabelas 1 e 2).
260
Dessa forma, os grupos formados pelo método de Tocher não coincidiram
261
com os grupos formados pelo método UPGMA. O fato dos agrupamentos realizados
262
pelos dois métodos não coincidirem pode estar relacionado com o princípio de cada
263
método. Segundo Cruz e Carneiro (2003) existem vários métodos de agrupamento
264
que se diferenciam pelo tipo de resultado e pelas diferentes formas de definir a
265
proximidade entre indivíduos ou grupos formados e em todos os casos, não se
266
conhecem a priori, o número de grupos a ser estabelecido.
267
Dessa forma, as análises multivariadas não foram capazes de separar os
268
grupos por espécies e regiões. Tal fato pode ter uma explicação porque a
269
diferenciação entre espécies utilizando a taxonomia clássica geralmente utiliza
270
alguns descritores qualitativos e bem específicos inclusive controlados por pouco
271
genes e, portanto são pouco afetados pelo ambiente (MARTINELLO et al., 2001).
272
Por exemplo, as espécies Psidium ganevii e P. bahianum diferem no tamanho do
273
pedúnculo e no formato da folha (LANDRUM & FUNCH, 2008).
274
A análise para estimar a contribuição relativa de cada descritor para a
275
expressão da divergência genética indicou que os descritores MF (56,88%) e IM
276
(42,96%) foram os que mais contribuíram para a divergência total entre os acessos
37
277
de araçá, somando juntos mais de 99% da contribuição total (Tabela 3). Cardoso-
278
Silva et al. (2007) estudando a diversidade genética em maracujazeiro do sono
279
também encontraram a massa de fruto (23,28%) como o descritor que mais
280
contribuiu com a divergência genética. Danner et al. (2010) estudando a
281
repetibilidade de caracteres de fruto em araçazeiro e pitangueira observaram que
282
para o descritor massa de fruto de araçazeiro, uma medição já é o suficientes para
283
se ter uma acurácia de 90% de predição do valor real dos indivíduos, demonstrando
284
que o descritor massa de fruto apresentou regularidade entre as medições e pode
285
ser empregado na seleção fenotípica simples, com perspectivas de se obter bom
286
ganho genético no melhoramento.
287
Martinello et al. (2001) estudando a divergência genética entre acessos de
288
quiabo mantidos no Banco de Germoplasma da Universidade Estadual do Norte
289
Fluminense (UENF), observaram que assim como neste trabalho, os descritores
290
quantitativos foram eficientes na discriminação dos acessos, porém, não foram
291
capazes de classificar corretamente as espécies, assim como não houve uma
292
associação entre a diversidade genética e ecogeográfica entre os acessos. Os
293
mesmos autores citam que um dos motivos para isso, pode ser o fato de que estas
294
características são controladas por muitos genes, sendo muito afetadas por fatores
295
ambientais.
296
Assim observa-se que o uso de descritores morfológicos permitiu identificar a
297
existência de variabilidade entre e dentro das espécies de araçá estudadas da
298
região semiárida baiana, assim como identificar os descritores mais importantes
299
para caracterização dos acessos, constituindo-se em ferramentas de grande
300
importância em futuros trabalhos de melhoramento da espécie de araçá e de seus
301
parentes cultivados comercialmente.
302
Por outro lado, o araçá poderá ser atrativo para uso direto, para o consumo in
303
natura em condições de sequeiro. Um dos atributos importantes, nessas condições,
304
poderá ser o teor de vitamina C. Esse caráter foi avaliado e foi encontrada uma
305
grande variação nos seus teores entre os acessos de araçá (Tabela 4).
306
A espécie P. schenckianum apresentou a maior variação no teor de Vitamina
307
C, com teores variando de 63,36 a 607,2 mg/100g de polpa. Este maior valor foi
308
verificado em um acesso de Uauá, e o menor em um acesso do município de Morro
309
do Chapéu. Também foi observado que houve variação nos teores de vitamina C
310
entre os acessos da mesma região, entre regiões, assim como entre espécies e
38
311
dentro de uma mesma espécie (Tabela 4). É importante observar que três acessos
312
da espécie P. schenckianum coletados em Morro do Chapéu em uma distância
313
próxima apresentaram uma variação no teor de vitamina C de 63 mg a 200mg/100g
314
de polpa. Em Campo Formoso a amplitude dos teores de vitamina C na espécie P.
315
guineense variaram de 105,60 a 369,6 mg/100g de polpa. Em Jacobina, para a
316
mesma espécie os teores variaram de 95 a 248 mg/100g de polpa. Esses dados dão
317
indício de variação intrínseca do acesso, podendo ter causa genética, embora
318
podendo ser influenciada pelo ambiente. Teixeira et al. (2004) estudaram a variação
319
entre populações de camu-camu oriundas de Iquitos (Peru), Vatumã (Amazonas) e
320
de Boa Vista (Roraima) por meio de izoenzimas e observaram que a ampla variação
321
encontrada entre as diferentes populações de camu-camu (teores de Vitamina C de
322
934 a 6112 mg/100g de polpa) se deve em parte a diferenças genéticas, podendo
323
ser o caso que está ocorrendo com o araçá estudado no presente trabalho. Lopes
324
(2009) avaliou os teores de vitamina C em três espécies de mirtáceas (cerejeira-do-
325
mato, pitangueira e grumixameira) por três anos consecutivos e observou que houve
326
diferença apenas para uma das espécies (grumixameira) no primeiro ano; nos dois
327
anos seguintes permaneceu o mesmo valor de vitamina C, podendo ser um descritor
328
que não sofre tanta influencia do ambiente.
329
Os teores de vitamina C encontrados nos acessos coletados no semiárido
330
baiano foram equivalentes ou superiores aos encontrados até o momento para o
331
gênero Psidium. Em outros trabalhos foram encontrados teores de Vitamina C de
332
389,34 mg/100g de polpa em araçá-pêra (Psidium acutangulum D. C.) na região
333
Amazônica (ANDRADE et al., 1993) e de 60,98mg/100g de polpa (WILLE et al.,
334
2004) trabalhando com a mesma espécie no estado do Paraná. Os mesmos autores
335
consideram que a variação encontrada dentro da mesma espécie de araçá-pêra
336
pode estar relacionada com as diferentes condições climáticas, de umidade e
337
características de solo entre a região Amazônica e o estado do Paraná. Além disso,
338
deve se levar em conta as características intrínsecas de cada acesso, que apesar de
339
pertencerem à mesma espécie são acessos diferentes, como foi evidenciado neste
340
trabalho.
341
Os teores de vitamina C encontrados em diferentes variedades de goiaba
342
cultivadas no Submédio São Francisco apresentaram uma amplitude de 52,8 a 210
343
mg/100g de polpa (LIMA et al., 2002) e, portanto, apresentando valores inferiores
344
aos encontrados para vários acessos de araçazeiros coletados no Semiárido baiano.
39
345
Dessa forma, a variação encontrada dentro da espécie de araçá pode ser
346
explicada também pelo fato de que estas espécies estão distribuídas em diferentes
347
regiões do Brasil apresentando diferentes condições climáticas, geográficas e
348
ambientais. Segundo Peuckert et al. (2010) existem vários fatores que podem
349
contribuir para a disparidade de dados encontrados na literatura, dentre eles o tipo
350
de solo, o estádio de maturação da fruta, tempo de armazenamento e dos processos
351
pós-colheita aos quais a fruta foi submetida até o momento da determinação do teor
352
de vitamina C.
353
Conclusões
354
355
356
357
358
359
360
361
1- A região semiárida baiana estudada apresenta diversidade em araçá,
apresentando variabilidade genética entre os acessos.
2- As características de maior importância para a divergência genética foram
massa de fruto e índice de maturação.
3- Os acessos coletados na região semiárida baiana apresentaram grande
variação para os teores de Vitamina C.
362
Agradecimentos
363
364
365
366
Os autores agradecem a FAPESB pela concessão de bolsa de mestrado, a
UNEB pela infraestrutura, a equipe de trabalho e a EBDA pelo auxílio no
desenvolvimento da pesquisa.
367
368
369
370
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SANTOS, C. A. F.; CASTRO, J. M. C.; SOUZA, F. F.; VILARINHO, A. A.;
FERREIRA, F. R.; PÁDUA, J. G.; BORGES, R. M. E.; BARBIERI, R. L.; SOUZA, A.
G. C.; RODRIGUES, M. A. Preliminary characterization of Psidium germplasm in
42
473
474
475
476
477
478
479
480
481
482
483
484
485
486
487
488
489
490
491
492
493
494
495
different Brazilian ecogeographic regions. Pesquisa Agropecuária Brasileira,
Brasília, v. 43, n. 3, p 437-440, 2008.
SILVA, M. L.; QUEIROZ, M. A.; FERREIRA, M. A. J. F.; BUSO, S. C. Caracterização
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Tabela 1. Relação dos acessos de araçá, locais de coleta, espécie e variação de
altitudes. Juazeiro/BA, 2011.
Local de
coleta
Espécie
Nº de
acessos
Acessos
P. schenckianum
Kiarsk.
10
P. guineense Sev.
23
Psidium
grandifolium Mart
ex DC.
1
Y44
676
Jacobina
P. guineense Sev.
9
Y57; Y58; Y59; Y60; Y61Y95;
Y96; Y97; Y98
426 - 469
Morro do
Chapéu
Jaguarari
Senhor do
Bonfim
P. schenckianum
Kiarsk.
P. guineense Sev.
3
Y100; Y101; Y102
3
Y21;Y23; Y26
1
Y93
Uauá
Campo
Formoso
P. guineense Sev.
Y01; Y02; Y03; Y04; Y06; Y07;
Y08; Y10; Y11;Y12
Y13; Y14; Y15; Y16; Y18;
Y19;Y40; Y43; Y46; Y48;
Y49;Y81 Y82; Y83; Y84; Y85;
Y86; Y87; Y88;Y89; Y90; Y91;
Y92
Altitudes (m)
581 - 730
659 - 889
1031 - 1032
892 - 978
535
496
497
498
499
500
501
502
503
43
504
505
506
507
508
Tabela 2. Agrupamento, pelo método de otimização de Tocher, de 50 acessos de araçá coletados em diferentes áreas do
semiárido baiano. Juazeiro-BA, 2011.
GRUPOS
ACESSOS
Y11 Y12 Y08 Y10 Y06 Y04 Y02 Y01 Y07 Y03 Y59 Y60 Y26 Y95 Y96 Y14 Y98 Y43 Y58 Y46 Y40
I
Y48 Y18 Y15 Y13 Y93 Y90 Y83 Y85 Y86 Y92 Y84 Y23 Y91 Y81 Y19 Y87 Y44 Y61 Y82 Y88 Y101
II
Y101
Y102
III
Y16 Y89
IV
Y49
V
Y57
VI
Y21
Y97
44
509
510
511
512
Tabela 3. Importância relativa dos descritores analisados
em acessos de araçá. Para estimar a divergência genética,
em ordem decrescente de importância. Juazeiro- BA, 2011.
DESCRITOR
VALOR (%)
Porte da planta (PP)
0,0012
I.C. verde das folhas (ICVF)
0,0041
Cor da casca do fruto (CCF)
0,0006
Formato do tronco (FT)
0,004
Morfologia floral (MFL)
0,0005
Massa de fruto (MF)
56,88
Diâmetro longitudinal do fruto (DL)
0,01
Diâmetro transversal do fruto(DT)
0,0079
Formato do fruto (FF)
0,0004
Sólidos Solúveis (SS)
0,1201
Acidez Titulável (AT)
0,0113
Índice de maturação (IM)
42,9625
513
514
515
516
517
518
519
520
521
522
523
524
525
526
527
528
529
530
531
532
533
534
535
536
537
45
538
539
540
Tabela 4. Teores de Vitamina C (VC) em diferentes acessos (AC) de araçá
coletados em diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro- BA, 2011.
AC
ESPÉCIE
LOCAL
DE
COLETA
VC
AC
ESPÉCIE
LOCAL
DE
COLETA
(mg/100g
de polpa
Y01 P. schenckianum
Uauá
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
(mg/100g
de polpa)
607,2
Y84
P. guineense
158,44
Y85
P. guineense
184,80
Y86
P. guineense
290,40
Y87
P. guineense
184,80
Y88
P. guineense
211,20
Y89
P. guineense
369,60
Y90
P. guineense
290,40
Y91
P. guineense
248,60
Y92
P. guineense
Y15
P. guineense
Y16
P. guineense
Y40
P. guineense
Y43
P. guineense
Y44
P. grandifolium
Y46
P. guineense
Y48
P. guineense
Y49
P. guineense
Y52
P. guineense
Jacobina
248,00
Y93
P. guineense
Y57
Y58
Y59
Y60
P. guineense
P. guineense
P. guineense
P. guineense
Jacobina
Jacobina
Jacobina
Jacobina
242,90
200,60
100,30
279,80
Y95
Y96
Y97
Y98
P. guineense
P. guineense
P. guineense
P. guineense
Y61
P. guineense
Jacobina
211,20
Y100
P. schenckianum
Y81
P. guineense
264,00
Y101
P. schenckianum
Y82
P. guineense
184,80
Y102
P. schenckianum
Y83
P. guineense
132,00
-
-
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
VC
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Senhor
do Bonfim
Jacobina
Jacobina
Jacobina
Jacobina
Morro do
Chapéu
Morro do
Chapéu
Morro do
Chapéu
-
211,20
105,60
200,64
105,60
211,20
232,30
343,20
264,00
343,20
227,04
168,96
95,040
195,36
237,60
63,360
168,96
200,64
-
541
46
542
543
544
545
546
Figura 1. Dendrograma de dissimilaridades obtido pelo método do UPGMA (Unweighted Pair Group Using na Arithmetic Average)
com base na distância Euclidiana média a partir dos 12 descritores morfológicos avaliados em 50 acessos de araçá dos municípios
de Uauá (UA), Campo Formoso (CF), Jacobina (JC), Jaguarari (JG), Morro do Chapéu (MC) e Senhor do Bonfim (SB) com a
identificação das espécies, onde 1- P. guineense, 2- P. schenckianum e 3- P. grandifolium. Juazeiro - BA, 2011.
47
547
548
549
550
551
552
553
ANEXOS
554
555
556
557
558
559
560
561
562
563
564
48
565
566
567
Quadro 1. Relação dos acessos de araçá, espécies e seus respectivos locais de
coleta, coordenadas geográficas e altitudes. Juazeiro/BA, 2011.
Acessos
Espécies
Local de
coleta
Y01
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y02
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y03
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y04
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y06
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y07
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y08
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y10
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y11
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y12
P. schenckianum Kiarsk.
Uauá
Y13
P. guineense Sev.
Y14
P. guineense Sev.
Y15
P. guineense Sev.
Y16
P. guineense Sev.
Y18
P. guineense Sev.
Y19
P. guineense Sev.
Y21
P. guineense Sev.
Jaguarari
Y23
P. guineense Sev.
Jaguarari
Y26
P. guineense Sev.
Jaguarari
Y40
P. guineense Sev.
Y43
P. guineense Sev.
Y44
Psidium cf. grandifolium
Mart ex DC.
Y46
P. guineense Sev.
Y48
P. guineense Sev.
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Coord. Geográficas
S 09°43`10.7`` e W 039°
37` 56.8``
S 09°42`41.0`` e W 39°
38` 28.0``
S 09°42`40.4`` e W 39°
38` 29.0``
S 09°42`68.3`` e W 39°
38` 47.1``
S 09°42`69.6`` e W 39°
38` 46.4``
S 09°42`44.3`` e W 39°
38` 42.5``
S 09°42`44.1`` e W 39°
38` 42.7``
S 09°42`46.7`` e W 39°
38` 25.5``
S 09°42`47.6`` e W 39°
38` 49.1``
S 09°42`47.7`` e W 39°
38` 42.1``
S 10°29`32.1`` e W 040°
17` 28.5``
S 10°29`19.1`` e W 040°
17`40.7``
S 10°29`11.5`` e W 040°
17` 24.4``
S 10°29`11.3`` e W 040°
17` 22.4``
S 10°26`26.8`` e W 040°
17` 18.4``
S 10°26`29.3`` e W 040°
17` 20.1``
S 10°14`08.4`` e W
040°14`33.8``
S 10°14`30.7`` e W
040°14`76.7``
S 10°14`23.2`` e W
040°14`38.8``
S 10°29`18.9`` e W 040°
17` 16.5``
S 10°29`08.3`` e W 040°
17` 23.4``
S 10°29`04.2`` e W 040°
17` 27.8``
S 10°36`72.5`` e W 040°
26` 84.8``
S 10°36`73.3`` e W 040°
26` 85.8``
Altitudes
(metros)
581
729
730
728
721
693
697
679
691
690
688
661.4
679
675
772
777
937
892
978
683
660
676
882
889
49
Quadro 1
Acessos
Espécies
Local de
coleta
Campo
Formoso
Y49
P. guineense Sev.
Y57
P. guineense Sev.
Jacobina
Y58
P. guineense Sev.
Jacobina
Y59
P. guineense Sev.
Jacobina
Y60
P. guineense Sev.
Jacobina
Y61
P. guineense Sev.
Jacobina
Y81
P. guineense Sev.
Y82
P. guineense Sev.
Y83
P. guineense Sev.
Y84
P. guineense Sev.
Y85
P. guineense Sev.
Y86
P. guineense Sev.
Y87
P. guineense Sev.
Y88
P. guineense Sev.
Y89
P. guineense Sev.
Y90
P. guineense Sev.
Y91
P. guineense Sev.
Y92
P. guineense Sev.
Y93
P. guineense Sev.
Y95
P. guineense Sev.
Jacobina
Y96
P. guineense Sev.
Jacobina
Y97
P. guineense Sev.
Jacobina
Y98
P. guineense Sev.
Jacobina
Y100
P. schenckianum Kiarsk.
Y101
P. schenckianum Kiarsk.
Y102
P. schenckianum Kiarsk.
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Campo
Formoso
Senhor do
Bonfim
Morro do
Chapéu
Morro do
Chapéu
Morro do
Chapéu
Coord. Geográficas
S 10°36`73.5`` e W 040°
26` 85.7``
S 11°14`01.0`` e W 040°
35`08.5``
S 11°11`021`` e W 040°
27`002``
S 11°10`70.8`` e W 040°
26`99.8``
S 11°10`67.2`` e W 040°
27`04.4``
S 11°10`70.4`` e W 040°
26`97.2``
S 10°29`19.0`` e W 040°
17` 16.7``
S 10°29`19.0`` e W 040°
17` 16.7``
S 10°29`19.0`` e W 040°
17` 16.2``
S 10°29`19.0`` e W 040°
17` 16.3``
S 10°29`19.0`` e W 040°
17` 25.8``
S 10°29`12.3`` e W 040°
17` 24.9``
S 10°29`12.3`` e W 040°
17` 25.0``
S 10°29`11.9`` e W 040°
17` 24.5``
S 10°29`13.5`` e W 040°
17` 25.2``
S 10°29`15.5`` e W 040°
17` 24.1``
S 10°29`15.5`` e W 040°
17` 23.9``
S 10°36`39.5`` e W 040°
26` 49.8``
S 10°21`33.8`` e W 040°
09` 58.9``
S 11°11`41.4`` e W
040°27` 24.6``
S 11°11`70.0`` e W
040°27` 41.3``
S 11°11`66.2`` e W
040°27` 39.0``
S 11°09`46.8`` e W
040°26` 76.5``
S 11°39`41.9`` e W
041°07` 72.0``
S 11°39`41.8`` e W
041°07` 72.8``
S 11°39`41.9`` e W
041°07` 72.9``
Altitudes
(metros)
887
469
426
449
446
447
692
689
691
693
668
664
664
662
663
659
661
873
535
450
449
450
468
1035
1031
1032
50
568
569
570
Quadro 2- Medidas de dissimilaridade entre acessos de araçá coletados em
diferentes áreas do semiárido baiano. Juazeiro, BA, 2011.
Pares de
acessos
Y01-Y02
Y01-Y03
Y01-Y04
Y01-Y06
Y01-Y07
Y01-Y08
Y01-Y10
Y01-Y11
Y01-Y12
Y01-Y13
Y01-Y14
Y01-Y15
Y01-Y16
Y01-Y18
Y01-Y19
Y01-Y21
Y01-Y23
Y01-Y26
Y01-Y40
Y01-Y43
Y01-Y44
Y01-Y46
Y01-Y48
Y01-Y49
Y01-Y57
Y01-Y58
Y01-Y59
Y01-Y60
Y01-Y61
Y01-Y81
Y01-Y82
Y01-Y83
Y01-Y84
Y01-Y85
Y01-Y86
Y01-Y87
Y01-Y88
Y01-Y89
Y01-Y90
Y01-Y91
Y01-Y92
Y01-Y93
Y01-Y95
Y01-Y96
Y01-Y97
Y01-Y98
571
D*
13,55
43,6
18,62
19,02
1,91
43,57
41,27
47,18
39,05
20,36
15,05
11,04
41,08
21,99
16,64
2,58
17,57
17,8
22,84
24,44
11
16,71
26,75
26,42
11,24
21,17
9,95
14,19
11,53
44,63
45,18
40,01
42,88
40,37
45,2
29,15
41,84
51,55
37,13
54,46
41,82
19,3
9,88
10,48
15,55
12,47
Pares de
acessos
Y01-Y100
Y01-Y101
Y01-Y102
Y02-Y03
Y02-Y04
Y02-Y06
Y02-Y07
Y02-Y08
Y02-Y10
Y02-Y11
Y02-Y12
Y02-Y13
Y02-Y14
Y02-Y15
Y02-Y16
Y02-Y18
Y02-Y19
Y02-Y21
Y02-Y23
Y02-Y26
Y02-Y40
Y02-Y43
Y02-Y44
Y02-Y46
Y02-Y48
Y02-Y49
Y02-Y57
Y02-Y58
Y02-Y59
Y02-Y60
Y02-Y61
Y02-Y81
Y02-Y82
Y02-Y83
Y02-Y84
Y02-Y85
Y02-Y86
Y02-Y87
Y02-Y88
Y02-Y89
Y02-Y90
Y02-Y91
Y02-Y92
Y02-Y93
Y02-Y95
Y02-Y96
D*
34,55
7,91
3,75
30,06
5,04
5,58
13,54
30,04
27,72
33,65
25,53
26,85
22,94
19,52
45,11
28,23
24,57
14,9
25,03
24,06
28,81
29,66
20,08
24,4
31,66
32,18
17,95
27,58
16,83
21,78
20,5
48,2
48,45
43,79
46,41
44,46
48,73
34,23
45,92
54,76
41,14
57,68
45,82
25,56
19,5
19,95
Pares de
acessos
Y02-Y97
Y02-Y98
Y02-Y100
Y02-Y101
Y02-Y102
Y03-Y04
Y03-Y06
Y03-Y07
Y03-Y08
Y03-Y10
Y03-Y11
Y03-Y12
Y03-Y13
Y03-Y14
Y03-Y15
Y03-Y16
Y03-Y18
Y03-Y19
Y03-Y21
Y03-Y23
Y03-Y26
Y03-Y40
Y03-Y43
Y03-Y44
Y03-Y46
Y03-Y48
Y03-Y49
Y03-Y57
Y03-Y58
Y03-Y59
Y03-Y60
Y03-Y61
Y03-Y81
Y03-Y82
Y03-Y83
Y03-Y84
Y03-Y85
Y03-Y86
Y03-Y87
Y03-Y88
Y03-Y89
Y03-Y90
Y03-Y91
Y03-Y92
Y03-Y93
Y03-Y95
D*
23,45
20,62
21,07
14,39
16,89
25
24,75
43,53
2,55
2,86
4,43
5,31
51,56
49,63
47,3
63,35
52,4
50,96
44,76
50,96
49,24
52,51
52,48
48,11
50,65
53,69
55,03
45,18
52,07
44,47
48,52
48,37
65,27
65,02
61,9
63,71
62,9
65,63
55,89
64,1
70,27
60,05
72,82
63,91
50,37
47,88
Pares de
acessos
Y03-Y96
Y03-Y97
Y03-Y98
Y04-Y06
Y04-Y07
Y04-Y08
Y04-Y10
Y04-Y11
Y04-Y12
Y04-Y13
Y04-Y14
Y04-Y15
Y04-Y16
Y04-Y18
Y04-Y19
Y04-Y21
Y04-Y23
Y04-Y26
Y04-Y40
Y04-Y43
Y04-Y44
Y04-Y46
Y04-Y48
Y04-Y49
Y04-Y57
Y04-Y58
Y04-Y59
Y04-Y60
Y04-Y61
Y04-Y81
Y04-Y82
Y04-Y83
Y04-Y84
Y04-Y85
Y04-Y86
Y04-Y87
Y04-Y88
Y04-Y89
Y04-Y90
Y04-Y91
Y04-Y92
Y04-Y93
Y04-Y95
Y04-Y96
Y04-Y97
Y04-Y98
D*
48,18
50,06
47,99
1,46
18,56
25
22,67
28,62
20,5
30,48
27,06
23,91
47,53
31,74
28,63
19,92
28,97
27,76
32,24
32,85
24,55
28,41
34,69
35,44
22,13
31,17
21,13
25,89
24,93
50,42
50,57
46,16
48,65
46,91
50,92
37,23
48,33
56,75
43,63
59,63
48,22
29,19
24,08
24,49
27,56
24,9
Continua.......
51
572
Quadro 2, Cont.
Pares de
acessos
Y04-Y100
Y04-Y101
Y04-Y102
Y06-Y07
Y06-Y08
Y06-Y10
Y06-Y11
Y06-Y12
Y06-Y13
Y06-Y14
Y06-Y15
Y06-Y16
Y06-Y18
Y06-Y19
Y06-Y21
Y06-Y23
Y06-Y26
Y06-Y40
Y06-Y43
Y06-Y44
Y06-Y46
Y06-Y48
Y06-Y49
Y06-Y57
Y06-Y58
Y06-Y59
Y06-Y60
Y06-Y61
Y06-Y81
Y06-Y82
Y06-Y83
Y06-Y84
Y06-Y85
Y06-Y86
Y06-Y87
Y06-Y88
Y06-Y89
Y06-Y90
Y06-Y91
Y06-Y92
Y06-Y93
Y06-Y95
Y06-Y96
Y06-Y97
Y06-Y98
Y06-Y100
573
D*
16,09
18,84
21,92
18,96
24,62
22,33
28,27
20,13
31,37
27,89
24,71
48,47
32,63
29,47
20,46
29,81
28,62
33,12
33,74
25,19
29,22
35,58
36,35
22,8
32,03
21,88
47,07
49,56
47,84
51,84
47,07
49,56
47,84
51,84
38,1
49,25
57,68
44,55
60,56
49,15
30,04
24,81
25,23
28,35
25,66
15,81
Pares de
acessos
Y06-Y101
Y06-Y102
Y07-Y08
Y07-Y10
Y07-Y11
Y07-Y12
Y07-Y13
Y07-Y14
Y07-Y15
Y07-Y16
Y07-Y18
Y07-Y19
Y07-Y21
Y07-Y23
Y07-Y26
Y07-Y40
Y07-Y43
Y07-Y44
Y07-Y46
Y07-Y48
Y07-Y49
Y07-Y57
Y07-Y58
Y07-Y59
Y07-Y60
Y07-Y61
Y07-Y81
Y07-Y82
Y07-Y83
Y07-Y84
Y07-Y85
Y07-Y86
Y07-Y87
Y07-Y88
Y07-Y89
Y07-Y90
Y07-Y91
Y07-Y92
Y07-Y93
Y07-Y95
Y07-Y96
Y07-Y97
Y07-Y98
Y07-Y100
Y07-Y101
Y07-Y102
D*
19,6
22,34
43,55
41,22
47,18
39,05
21,9
16,55
12,51
42,66
23,56
18,15
3,88
19,13
19,38
24,44
26,04
12,72
18,29
28,36
27,98
13
22,76
11,59
15,75
13,07
46,24
46,81
41,62
44,5
41,97
46,82
30,79
43,45
53,15
38,74
56,06
43,42
20,91
11,37
11,98
17,13
14,07
34,62
9,42
3,45
Pares de
acessos
Y08-Y10
Y08-Y11
Y08-Y12
Y08-Y13
Y08-Y14
Y08-Y15
Y08-Y16
Y08-Y18
Y08-Y19
Y08-Y21
Y08-Y23
Y08-Y26
Y08-Y40
Y08-Y43
Y08-Y44
Y08-Y46
Y08-Y48
Y08-Y49
Y08-Y57
Y08-Y58
Y08-Y59
Y08-Y60
Y08-Y61
Y08-Y81
Y08-Y82
Y08-Y83
Y08-Y84
Y08-Y85
Y08-Y86
Y08-Y87
Y08-Y88
Y08-Y89
Y08-Y90
Y08-Y91
Y08-Y92
Y08-Y93
Y08-Y95
Y08-Y96
Y08-Y97
Y08-Y98
Y08-Y100
Y08-Y101
Y08-Y102
Y10-Y11
Y10-Y12
Y10-Y13
D*
2,47
3,74
4,57
51,74
49,78
47,44
63,61
52,57
51,11
44,81
51,1
49,39
52,76
52,65
48,08
50,75
53,84
55,23
45,14
52,21
44,53
48,64
48,46
65,49
65,22
62,11
63,92
63,13
65,86
56,03
64,31
70,54
60,26
73,09
64,15
50,49
47,98
48,28
50,15
48,06
9,26
42,72
46,91
6,07
2,58
49,67
Pares de
acessos
Y10-Y14
Y10-Y15
Y10-Y16
Y10-Y18
Y10-Y19
Y10-Y21
Y10-Y23
Y10-Y26
Y10-Y40
Y10-Y43
Y10-Y44
Y10-Y46
Y10-Y48
Y10-Y49
Y10-Y57
Y10-Y58
Y10-Y59
Y10-Y60
Y10-Y61
Y10-Y81
Y10-Y82
Y10-Y83
Y10-Y84
Y10-Y85
Y10-Y86
Y10-Y87
Y10-Y88
Y10-Y89
Y10-Y90
Y10-Y91
Y10-Y92
Y10-Y93
Y10-Y95
Y10-Y96
Y10-Y97
Y10-Y98
Y10-Y100
Y10-Y101
Y10-Y102
Y11-Y12
Y11-Y13
Y11-Y14
Y11-Y15
Y11-Y16
Y11-Y18
Y11-Y19
D*
47,61
45,21
61,95
50,54
48,96
42,49
48,98
47,29
50,75
50,68
45,9
48,62
51,93
53,27
42,99
50,16
42,32
46,47
46,24
63,93
63,7
60,47
62,34
61,46
64,31
54,16
62,68
69,09
58,56
71,68
62,51
48,43
45,73
46,05
48,01
45,88
7,12
40,47
44,58
8,14
54,71
52,96
50,74
65,78
55,48
54,24
Continua........
52
574
Quadro 2, Cont.
Pares de
acessos
Y11-Y21
Y11-Y23
Y11-Y26
Y11-Y40
Y11-Y43
Y11-Y44
Y11-Y46
Y11-Y48
Y11-Y49
Y11-Y57
Y11-Y58
Y11-Y59
Y11-Y60
Y11-Y61
Y11-Y81
Y11-Y82
Y11-Y83
Y11-Y84
Y11-Y85
Y11-Y86
Y11-Y87
Y11-Y88
Y11-Y89
Y11-Y90
Y11-Y91
Y11-Y92
Y11-Y93
Y11-Y95
Y11-Y96
Y11-Y97
Y11-Y98
Y11-Y100
Y11-Y101
Y11-Y102
Y12-Y13
Y12-Y14
Y12-Y15
Y12-Y16
Y12-Y18
Y12-Y19
Y12-Y21
Y12-Y23
Y12-Y26
Y12-Y40
Y12-Y43
Y12-Y44
575
D*
48,36
54,19
52,42
55,62
55,42
51,39
53,87
56,52
57,98
48,4
55,14
47,83
51,82
51,75
67,5
67,18
64,28
65,97
65,32
67,85
58,64
66,46
72,32
62,54
74,81
66,29
53,48
51,33
51,62
53,31
51,31
12,69
46,09
50,53
47,42
45,34
42,94
59,9
48,28
46,68
40,27
46,7
45,01
48,49
48,45
43,55
Pares de
acessos
Y12-Y46
Y12-Y48
Y12-Y49
Y12-Y57
Y12-Y58
Y12-Y59
Y12-Y60
Y12-Y61
Y12-Y81
Y12-Y82
Y12-Y83
Y12-Y84
Y12-Y85
Y12-Y86
Y12-Y87
Y12-Y88
Y12-Y89
Y12-Y90
Y12-Y91
Y12-Y92
Y12-Y93
Y12-Y95
Y12-Y96
Y12-Y97
Y12-Y98
Y12-Y100
Y12-Y101
Y12-Y102
Y13-Y14
Y13-Y15
Y13-Y16
Y13-Y18
Y13-Y19
Y13-Y21
Y13-Y23
Y13-Y26
Y13-Y40
Y13-Y43
Y13-Y44
Y13-Y46
Y13-Y48
Y13-Y49
Y13-Y57
Y13-Y58
Y13-Y59
Y13-Y60
D*
46,32
49,71
51,06
40,63
47,89
40,01
44,18
43,95
61,91
61,68
58,39
60,29
59,39
62,29
51,94
60,6
67,16
56,45
69,78
60,45
46,14
43,45
43,76
45,71
43,57
4,75
38,19
42,41
5,46
9,42
20,87
1,72
4,21
18,09
3,06
2,88
2,75
4,57
10,02
14
6,88
6,11
10,19
1,35
10,92
6,18
Pares de
acessos
Y13-Y61
Y13-Y81
Y13-Y82
Y13-Y83
Y13-Y84
Y13-Y85
Y13-Y86
Y13-Y87
Y13-Y88
Y13-Y89
Y13-Y90
Y13-Y91
Y13-Y92
Y13-Y93
Y13-Y95
Y13-Y96
Y13-Y97
Y13-Y98
Y13-Y100
Y13-Y101
Y13-Y102
Y14-Y15
Y14-Y16
Y14-Y18
Y14-Y19
Y14-Y21
Y14-Y23
Y14-Y26
Y14-Y40
Y14-Y43
Y14-Y44
Y14-Y46
Y14-Y48
Y14-Y49
Y14-Y57
Y14-Y58
Y14-Y59
Y14-Y60
Y14-Y61
Y14-Y81
Y14-Y82
Y14-Y83
Y14-Y84
Y14-Y85
Y14-Y86
Y14-Y87
D*
9,01
24,57
25,26
19,98
22,88
20,2
25,14
9,14
21,69
31,47
17,07
34,34
21,64
1,8
10,72
10,15
5,12
7,95
42,73
13,48
21,11
4,1
26,33
7,12
1,77
12,72
2,64
3,58
8,09
9,9
5,11
2,08
12,23
11,51
6,06
6,37
6,3
1,33
3,63
30,02
30,69
25,42
28,32
25,65
30,59
14,52
Pares de
acessos
Y14-Y88
Y14-Y89
Y14-Y90
Y14-Y91
Y14-Y92
Y14-Y93
Y14-Y95
Y14-Y96
Y14-Y97
Y14-Y98
Y14-Y100
Y14-Y101
Y14-Y102
Y15-Y16
Y15-Y18
Y15-Y19
Y15-Y21
Y15-Y23
Y15-Y26
Y15-Y40
Y15-Y43
Y15-Y44
Y15-Y46
Y15-Y48
Y15-Y49
Y15-Y57
Y15-Y58
Y15-Y59
Y15-Y60
Y15-Y61
Y15-Y81
Y15-Y82
Y15-Y83
Y15-Y84
Y15-Y85
Y15-Y86
Y15-Y87
Y15-Y88
Y15-Y89
Y15-Y90
Y15-Y91
Y15-Y92
Y15-Y93
Y15-Y95
Y15-Y96
Y15-Y97
D*
27,13
36,92
22,52
39,79
27,09
4,86
5,28
4,71
1,42
2,83
40,6
8,78
15,65
30,25
11,1
5,78
8,7
6,71
7,07
12,02
13,71
3,36
5,98
16,06
15,51
4,3
10,34
3,3
3,39
1,54
33,91
34,54
29,3
32,19
29,58
34,48
18,44
31,07
40,81
26,4
43,7
31,02
8,59
1,83
1,59
4,91
Continua..........
53
576
Quadro 2, Cont.
Pares de
acessos
Y15-Y98
Y15-Y100
Y15-Y101
Y15-Y102
Y16-Y18
Y16-Y19
Y16-Y21
Y16-Y23
Y16-Y26
Y16-Y40
Y16-Y43
Y16-Y44
Y16-Y46
Y16-Y48
Y16-Y49
Y16-Y57
Y16-Y58
Y16-Y59
Y16-Y60
Y16-Y61
Y16-Y81
Y16-Y82
Y16-Y83
Y16-Y84
Y16-Y85
Y16-Y86
Y16-Y87
Y16-Y88
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Y16-Y90
Y16-Y91
Y16-Y92
Y16-Y93
Y16-Y95
Y16-Y96
Y16-Y97
Y16-Y98
Y16-Y100
Y16-Y101
Y16-Y102
Y18-Y19
Y18-Y21
Y18-Y23
Y18-Y26
Y18-Y40
Y18-Y43
577
D*
2,13
38,21
5,17
11,83
19,22
24,93
38,9
23,81
23,28
18,31
16,63
30,55
24,67
14,37
14,86
30,22
20,05
31,07
26,98
29,86
3,95
5,06
2,01
2,81
1,07
4,5
12,07
1,59
10,64
4,13
13,47
1,05
21,82
31,58
31,01
25,83
28,72
55,68
33,73
41,98
5,8
19,75
4,62
4,35
1,1
3,02
Pares de
acessos
Y18-Y44
Y18-Y46
Y18-Y48
Y18-Y49
Y18-Y57
Y18-Y58
Y18-Y59
Y18-Y60
Y18-Y61
Y18-Y81
Y18-Y82
Y18-Y83
Y18-Y84
Y18-Y85
Y18-Y86
Y18-Y87
Y18-Y88
Y18-Y89
Y18-Y90
Y18-Y91
Y18-Y92
Y18-Y93
Y18-Y95
Y18-Y96
Y18-Y97
Y18-Y98
Y18-Y100
Y18-Y101
Y18-Y102
Y19-Y21
Y19-Y23
Y19-Y26
Y19-Y40
Y19-Y43
Y19-Y44
Y19-Y46
Y19-Y48
Y19-Y49
Y19-Y57
Y19-Y58
Y19-Y59
Y19-Y60
Y19-Y61
Y19-Y81
Y19-Y82
Y19-Y83
D*
11,51
5,51
5,23
4,47
11,6
1,05
12,48
7,81
10,65
22,89
23,58
18,3
21,21
18,53
23,47
7,44
20
29,8
15,4
32,67
19,97
2,89
12,37
11,79
6,67
9,56
43,62
15,06
22,76
14,3
1,3
3,19
6,78
8,71
6,42
1,39
10,97
10,09
7,48
5,06
7,95
2,91
5,15
28,64
29,35
24,07
Pares de
acessos
Y19-Y84
Y19-Y85
Y19-Y86
Y19-Y87
Y19-Y88
Y19-Y89
Y19-Y90
Y19-Y91
Y19-Y92
Y19-Y93
Y19-Y95
Y19-Y96
Y19-Y97
Y19-Y98
Y19-Y100
Y19-Y101
Y19-Y102
Y21-Y23
Y21-Y26
Y21-Y40
Y21-Y43
Y21-Y44
Y21-Y46
Y21-Y48
Y21-Y49
Y21-Y57
Y21-Y58
Y21-Y59
Y21-Y60
Y21-Y61
Y21-Y81
Y21-Y82
Y21-Y83
Y21-Y84
Y21-Y85
Y21-Y86
Y21-Y87
Y21-Y88
Y21-Y89
Y21-Y90
Y21-Y91
Y21-Y92
Y21-Y93
Y21-Y95
Y21-Y96
Y21-Y97
D*
26,98
24,26
29,23
13,15
25,71
35,55
21,17
38,4
25,69
3,94
6,81
6,22
1,66
4,41
41,95
10,48
17,1
15,28
15,62
20,64
22,29
8,98
14,45
24,61
24,17
9,52
18,95
8,07
11,94
9,23
42,5
43,09
37,88
40,77
38,21
43,08
27,01
39,68
49,42
34,99
52,32
39,65
17,13
7,52
8,13
13,3
Pares de
acessos
Y21-Y98
Y21-Y100
Y21-Y101
Y21-Y102
Y23-Y26
Y23-Y40
Y23-Y43
Y23-Y44
Y23-Y46
Y23-Y48
Y23-Y49
Y23-Y57
Y23-Y58
Y23-Y59
Y23-Y60
Y23-Y61
Y23-Y81
Y23-Y82
Y23-Y83
Y23-Y84
Y23-Y85
Y23-Y86
Y23-Y87
Y23-Y88
Y23-Y89
Y23-Y90
Y23-Y91
Y23-Y92
Y23-Y93
Y23-Y95
Y23-Y96
Y23-Y97
Y23-Y98
Y23-Y100
Y23-Y101
Y23-Y102
Y26-Y40
Y26-Y43
Y26-Y44
Y26-Y46
Y26-Y48
Y26-Y49
Y26-Y57
Y26-Y58
Y26-Y59
Y26-Y60
D*
10,25
35,7
6,3
3,93
2,25
5,57
7,48
7,14
1,16
9,76
8,99
7,84
3,85
8,52
3,51
6,1
27,49
28,18
22,91
25,81
23,12
28,07
11,97
24,58
34,41
20,01
37,27
24,56
2,69
7,82
7,24
2,21
5,15
41,97
11,13
18,19
5,12
6,67
7,65
2,56
9,01
8,72
7,39
3,61
8,16
3,79
Continua............
54
578
Quadro 2, Cont.
Pares de
acessos
Y26-Y6I
Y26-Y81
Y26-Y82
Y26-Y83
Y26-Y84
Y26-Y85
Y26-Y86
Y26-Y87
Y26-Y88
Y26-Y89
Y26-Y90
Y26-Y91
Y26-Y92
Y26-Y93
Y26-Y95
Y26-Y96
Y26-Y97
Y26-Y98
Y26-Y100
Y26-Y101
Y26-Y102
Y40-Y43
Y40-Y44
Y40-Y46
Y40-Y48
Y40-Y49
Y40-Y57
Y40-Y58
Y40-Y59
Y40-Y60
Y40-Y61
Y40-Y81
Y40-Y82
Y40-Y83
Y40-Y84
Y40-Y85
Y40-Y86
Y40-Y87
Y40-Y88
Y40-Y89
Y40-Y90
Y40-Y91
Y40-Y92
Y40-Y93
Y40-Y95
Y40-Y96
579
D*
6,77
26,88
27,49
22,27
25,16
22,59
27,46
11,44
24,07
33,8
19,37
36,69
24,04
1,69
8,46
7,93
3,32
5,53
40,3
10,73
18,83
2,05
12,3
6,4
4,21
3,71
12,26
1,77
13,25
8,7
11,55
21,95
22,62
17,35
20,25
17,61
22,53
6,44
19,07
28,88
14,46
31,75
19,05
3,57
13,29
12,71
Pares de
acessos
Y40-Y97
Y40-Y98
Y40-Y100
Y40-Y101
Y40-Y102
Y43-Y44
Y43-Y46
Y43-Y48
Y43-Y49
Y43-Y57
Y43-Y58
Y43-Y59
Y43-Y60
Y43-Y61
Y43-Y81
Y43-Y82
Y43-Y83
Y43-Y84
Y43-Y85
Y43-Y86
Y43-Y87
Y43-Y88
Y43-Y89
Y43-Y90
Y43-Y91
Y43-Y92
Y43-Y93
Y43-Y95
Y43-Y96
Y43-Y97
Y43-Y98
Y43-Y100
Y43-Y101
Y43-Y102
Y44-Y46
Y44-Y48
Y44-Y49
Y44-Y57
Y44-Y58
Y44-Y59
Y44-Y60
Y44-Y61
Y44-Y81
Y44-Y82
Y44-Y83
Y44-Y84
D*
7,56
10,42
43,85
15,84
23,69
14,03
8,28
2,38
2,82
13,67
3,74
14,67
10,4
13,33
20,22
20,84
15,6
18,49
15,93
20,79
4,87
17,41
27,14
12,71
30,03
17,37
5,21
15,06
14,5
9,41
12,13
43,85
17,2
25,46
6,13
16,26
15,89
3,3
10,59
3,93
4,24
2,32
34,1
34,67
29,48
32,36
Pares de
acessos
Y44-Y85
Y44-Y86
Y44-Y87
Y44-Y88
Y44-Y89
Y44-Y90
Y44-Y91
Y44-Y92
Y44-Y93
Y44-Y95
Y44-Y96
Y44-Y97
Y44-Y98
Y44-Y100
Y44-Y101
Y44-Y102
Y46-Y48
Y46-Y49
Y46-Y57
Y46-Y58
Y46-Y59
Y46-Y60
Y46-Y61
Y46-Y81
Y46-Y82
Y46-Y83
Y46-Y84
Y46-Y85
Y46-Y86
Y46-Y87
Y46-Y88
Y46-Y89
Y46-Y90
Y46-Y91
Y46-Y92
Y46-Y93
Y46-Y95
Y46-Y96
Y46-Y97
Y46-Y98
Y46-Y100
Y46-Y101
Y46-Y102
Y48-Y49
Y48-Y57
Y48-Y58
D*
29,8
34,67
18,51
31,22
41,04
26,62
43,92
31,25
8,86
2,77
2,63
5,1
2,57
38,83
6,15
11,92
10,55
9,88
6,97
4,65
7,75
2,76
5,26
28,32
28,99
23,73
26,63
23,96
28,9
12,76
25,41
35,25
20,84
38,11
25,41
3,27
7
6,41
1,41
4,29
41,6
10,4
17,36
2,46
15,87
5,95
Pares de
acessos
Y48-Y59
Y48-Y60
Y48-Y61
Y48-Y81
Y48-Y82
Y48-Y83
Y48-Y84
Y48-Y85
Y48-Y86
Y48-Y87
Y48-Y88
Y48-Y89
Y48-Y90
Y48-Y91
Y48-Y92
Y48-Y93
Y48-Y95
Y48-Y96
Y48-Y97
Y48-Y98
Y48-Y100
Y48-Y101
Y48-Y102
Y49-Y57
Y49-Y58
Y49-Y59
Y49-Y60
Y49-Y61
Y49-Y81
Y49-Y82
Y49-Y83
Y49-Y84
Y49-Y85
Y49-Y86
Y49-Y87
Y49-Y88
Y49-Y89
Y49-Y90
Y49-Y91
Y49-Y92
Y49-Y93
Y49-Y95
Y49-Y96
Y49-Y97
Y49-Y98
Y49-Y100
D*
16,95
12,74
15,64
17,9
18,51
13,28
16,17
13,63
18,48
2,64
15,09
24,83
10,4
27,73
15,08
7,52
17,38
16,82
11,68
14,44
45,16
19,48
27,78
15,93
5,31
16,86
12,24
15,05
18,6
19,35
14,05
16,96
14,19
19,18
3,61
15,66
25,47
11,16
28,33
15,63
7,24
16,77
16,19
11,03
14
46,47
Continua............
55
580
Quadro 2, Cont.
Pares de
acessos
Y49-Y101
Y49-Y102
Y57-Y58
Y57-Y59
Y57-Y60
Y57-Y61
Y57-Y81
Y57-Y82
Y57-Y83
Y57-Y84
Y57-Y85
Y57-Y86
Y57-Y87
Y57-Y88
Y57-Y89
Y57-Y90
Y57-Y91
Y57-Y92
Y57-Y93
Y57-Y95
Y57-Y96
Y57-Y97
Y57-Y98
Y57-Y100
Y57-Y101
Y57-Y102
Y58-Y59
Y58-Y60
Y58-Y61
Y58-Y81
Y58-Y82
Y58-Y83
Y58-Y84
Y58-Y85
Y58-Y86
Y58-Y87
Y58-Y88
Y58-Y89
Y58-Y90
Y58-Y91
Y58-Y92
Y58-Y93
Y58-Y95
Y58-Y96
Y58-Y97
Y58-Y98
581
D*
19,4
27,14
10,73
2,22
4,77
4,25
33,64
34,12
29,02
31,87
29,47
34,21
18,28
30,9
40,57
26,19
43,48
30,91
8,74
4,71
4,68
6,1
3,59
35,91
4,68
13,06
11,69
7,01
9,82
23,69
24,36
19,09
22
19,34
24,27
8,16
20,79
30,62
16,2
33,49
20,78
2,09
11,56
10,98
5,83
8,72
Pares de
acessos
Y58-Y100
Y58-Y101
Y58-Y102
Y59-Y60
Y59-Y61
Y59-Y81
Y59-Y82
Y59-Y83
Y59-Y84
Y59-Y85
Y59-Y86
Y59-Y87
Y59-Y88
Y59-Y89
Y59-Y90
Y59-Y91
Y59-Y92
Y59-Y93
Y59-Y95
Y59-Y96
Y59-Y97
Y59-Y98
Y59-Y100
Y59-Y101
Y59-Y102
Y60-Y61
Y60-Y81
Y60-Y82
Y60-Y83
Y60-Y84
Y60-Y85
Y60-Y86
Y60-Y87
Y60-Y88
Y60-Y89
Y60-Y90
Y60-Y91
Y60-Y92
Y60-Y93
Y60-Y95
Y60-Y96
Y60-Y97
Y60-Y98
Y60-Y100
Y60-Y101
Y60-Y102
D*
43,22
14,31
21,96
5,11
3,99
34,77
35,29
30,15
33,01
30,57
35,34
19,43
32,04
41,68
27,29
44,59
32,01
9,69
3,86
4
6,75
3,8
35,28
2,81
11,75
3
30,61
31,24
26
28,89
26,29
31,19
15,1
27,76
37,53
23,1
40,42
27,73
5,24
4,67
4,14
1,91
1,85
39,44
7,68
15,06
Pares de
acessos
Y61-Y81
Y61-Y82
Y61-Y83
Y61-Y84
Y61-Y85
Y61-Y86
Y61-Y87
Y61-Y88
Y61-Y89
Y61-Y90
Y61-Y91
Y61-Y92
Y61-Y93
Y61-Y95
Y61-Y96
Y61-Y97
Y61-Y98
Y61-Y100
Y61-Y101
Y61-Y102
Y81-Y82
Y81-Y83
Y81-Y84
Y81-Y85
Y81-Y86
Y81-Y87
Y81-Y88
Y81-Y89
Y81-Y90
Y81-Y91
Y81-Y92
Y81-Y93
Y81-Y95
Y81-Y96
Y81-Y97
Y81-Y98
Y81-Y100
Y81-Y101
Y81-Y102
Y82-Y83
Y82-Y84
Y82-Y85
Y82-Y86
Y82-Y87
Y82-Y88
Y82-Y89
D*
33,5
34,14
28,89
31,79
29,16
34,08
17,95
30,61
40,42
26
43,3
30,6
8,15
1,76
1,22
4,15
1,47
39,22
6,13
12,14
1,46
4,63
1,83
4,45
0,63
15,61
3,16
6,97
7,51
9,84
3,1
25,4
35,24
34,67
29,48
32,33
57,81
37,22
45,64
5,3
2,45
5,42
1,24
16,26
4,17
6,56
Pares de
acessos
Y82-Y90
Y82-Y91
Y82-Y92
Y82-Y93
Y82-Y95
Y82-Y96
Y82-Y97
Y82-Y98
Y82-Y100
Y82-Y101
Y82-Y102
Y83-Y84
Y83-Y85
Y83-Y86
Y83-Y87
Y83-Y88
Y83-Y89
Y83-Y90
Y83-Y91
Y83-Y92
Y83-Y93
Y83-Y95
Y83-Y96
Y83-Y97
Y83-Y98
Y83-Y100
Y83-Y101
Y83-Y102
Y84-Y85
Y84-Y86
Y84-Y87
Y84-Y88
Y84-Y89
Y84-Y90
Y84-Y91
Y84-Y92
Y84-Y93
Y84-Y95
Y84-Y96
Y84-Y97
Y84-Y98
Y84-Y100
Y84-Y101
Y84-Y102
Y85-Y86
Y85-Y87
D*
8,2
9,45
4,21
26,02
35,88
35,31
30,14
32,94
57,63
37,72
46,28
2,92
1,3
5,2
11,02
2,26
11,57
2,91
14,46
2,2
20,78
30,63
30,064
24,88
27,71
54,18
32,61
41,54
3,05
2,37
13,9
2,11
8,72
5,81
11,61
2,05
23,68
33,53
32,96
27,78
30,61
56,16
35,45
43,94
5,02
11,3
Continua...........
56
582
Quadro 2, Cont.
Pares de
acessos
Y85-Y88
Y85-Y89
Y85-Y90
Y85-Y91
Y85-Y92
Y85-Y93
Y85-Y95
Y85-Y96
Y85-Y97
Y85-Y98
Y85-Y100
Y85-Y101
Y85-Y102
Y86-Y87
Y86-Y88
Y86-Y89
Y86-Y90
Y86-Y91
Y86-Y92
Y86-Y93
Y86-Y95
Y86-Y96
Y86-Y97
Y86-Y98
Y86-Y100
Y86-Y101
Y86-Y102
Y87-Y88
Y87-Y89
Y87-Y90
583
584
585
586
587
588
589
590
591
592
593
594
595
596
597
598
599
D*
1,59
11,3
3,34
14,15
1,46
21,1
30,89
30,31
25,12
28,01
55,15
33,04
41,29
16,19
3,7
6,38
8,08
9,27
3,66
25,98
35,82
35,24
30,06
32,91
58,21
37,79
46,22
12,73
22,56
8,17
Pares de
acessos
Y87-Y91
Y87-Y92
Y87-Y93
Y87-Y95
Y87-Y96
Y87-Y97
Y87-Y98
Y87-Y100
Y87-Y101
Y87-Y102
Y88-Y89
Y88-Y90
Y88-Y91
Y88-Y92
Y88-Y93
Y88-Y95
Y88-Y96
Y88-Y97
Y88-Y98
Y88-Y100
Y88-Y101
Y88-Y102
Y89-Y90
Y89-Y91
Y89-Y92
Y89-Y93
Y89-Y95
Y89-Y96
Y89-Y97
Y89-Y98
D*
25,42
12,74
9,88
19,69
19,12
13,91
16,78
47,42
22,01
30,09
9,92
4,83
12,74
72,78
22,56
32,35
31,78
26,57
29,47
56,4
34,53
42,75
14,44
2,97
9,88
32,33
42,15
41,58
36,4
39,26
Pares de
acessos
Y89-Y100
Y89-Y101
Y89-Y102
Y90-Y91
Y90-Y92
Y90-Y93
Y90-Y95
Y90-Y96
Y90-Y97
Y90-Y98
Y90-Y100
Y90-Y101
Y90-Y102
Y91-Y92
Y91-Y93
Y91-Y95
Y91-Y96
Y91-Y97
Y91-Y98
Y91-Y100
Y91-Y101
Y91-Y102
Y92-Y93
Y92-Y95
Y92-Y96
Y92-Y97
Y92-Y98
Y93-Y98
Y93-Y100
Y93-Y101
D*
63,24
44,09
52,56
17,33
4,76
17,89
27,73
27,16
21,99
24,82
52,16
29,75
38,14
12,71
35,22
45,03
44,46
39,27
42,15
65,9
47,01
55,44
22,54
32,34
31,76
26,57
29,46
6,93
41,45
12,32
Pares de
acessos
Y93-Y102
Y95-Y96
Y95-Y97
Y95-Y98
Y95-Y100
Y95-Y101
Y95-Y102
Y96-Y97
Y96-Y98
Y96-Y100
Y96-Y101
Y96-Y102
Y97-Y98
Y97-Y100
Y97-Y101
Y97-Y012
Y98-Y100
Y98-Y101
Y98-Y102
Y100-Y101
Y100-Y102
Y101-Y102
Y92-Y100
Y92-Y101
Y92-Y102
Y93-Y95
Y93-Y96
Y93-Y97
D*
20,28
0,61
5,87
3,06
38,73
5,3
10,4
5,3
2,6
39,04
5,67
10,98
3,23
40,98
9,36
16,21
38,84
6,36
13,37
33,48
37,95
10,16
56,25
34,48
42,73
9,88
9,33
4,32
Distância máxima = 74,81; acessos Y11 e Y91.
Distância mínima = 0,61; acessos Y95 e Y96.
D* = distância Euclidiana média.
57
INSTRUÇÕES PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS NA REVISTA PAB
Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos e não podem ter sido
encaminhados a outro periódico científico ou técnico. Dados publicados na forma de
resumos, com mais de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho.
A Comissão Editorial faz análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria
científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como: escopo; apresentação do
artigo segundo as normas da revista; formulação do objetivo de forma clara; clareza
da redação; fundamentação teórica; atualização da revisão da literatura; coerência e
precisão da metodologia; resultados com contribuição significativa; discussão dos
fatos observados frente aos descritos na literatura; qualidade das tabelas e figuras;
originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o
número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é
aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprovados os trabalhos cuja
contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada mais
significativa. Esse critério só é aplicado aos trabalhos que atendem aos requisitos de
qualidade para publicação na revista, mas que, em razão do elevado número, não
podem ser todos aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados são devolvidos
aos autores e os demais são submetidos à análise de assessores científicos,
especialistas da área técnica do artigo.
São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos
Científicos, Notas Científicas e Artigos de Revisão, este último a convite do Editor.
Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais
são: Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética,
Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia.
O texto deve ser digitado no editor de texto Word, em espaço duplo, fonte Times
New Roman, corpo 12, folha formato A4, margens de 2,5 cm, com páginas e linhas
numeradas.
Escopo e política editorial
A revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) é uma publicação mensal da
Embrapa, que edita e publica trabalhos técnico-científicos originais, em português,
espanhol ou inglês, resultantes de pesquisas de interesse agropecuário. A principal
1
forma de contribuição é o Artigo, mas a PAB também publica Notas Científicas e
Revisões a convite do Editor.
Análise dos artigos
A Comissão Editorial faz a análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria
científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como escopo, apresentação do
artigo segundo as normas da revista, formulação do objetivo de forma clara, clareza
da redação, fundamentação teórica, atualização da revisão da literatura, coerência e
precisão da metodologia, resultados com contribuição significativa, discussão dos
fatos observados em relação aos descritos na literatura, qualidade das tabelas e
figuras, originalidade e consistência das conclusões. Após a aplicação desses
critérios, se o número de trabalhos aprovados ultrapassa a capacidade mensal de
publicação, é aplicado o critério da relevância relativa, pelo qual são aprovados os
trabalhos cuja contribuição para o avanço do conhecimento científico é considerada
mais significativa. Esse critério é aplicado somente aos trabalhos que atendem aos
requisitos de qualidade para publicação na revista, mas que, em razão do elevado
número, não podem ser todos aprovados para publicação. Os trabalhos rejeitados
são devolvidos aos autores e os demais são submetidos à análise de assessores
científicos, especialistas da área técnica do artigo.
Forma e preparação de manuscritos
- Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos (não terem dados – tabelas e
figuras – publicadas parcial ou integralmente em nenhum outro veículo de
divulgação técnico-científica, como boletins institucionais, anais de eventos,
comunicados técnicos, notas científicas etc.) e não podem ter sido encaminhados
simultaneamente a outro periódico científico ou técnico. Dados publicados na forma
de resumos, com mais de 250 palavras, não devem ser incluídos no trabalho.
- São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos
Científicos, Notas
Científicas
e
Artigos
de
Revisão,
este
último
a
convite
do
Editor.
- Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais
são: Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética,
Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia.
2
- O texto deve ser digitado no editor de texto Microsoft Word, em espaço duplo, fonte
Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, com margens de 2,5 cm e com
páginas e linhas numeradas.
Informações necessárias na submissão on-line de trabalhos
No passo 1 da submissão (Início), em "comentários ao editor", informar a relevância
e o aspecto inédito do trabalho.
No passo 2 da submissão (Inclusão de metadados), em "resumo da biografia" de
cada autor, informar a formação e o grau acadêmico. Clicar em "incluir autor" para
inserir todos os coautores do trabalho, na ordem de autoria.
Ainda no passo 2, copiar e colar o título, resumo e termos para indexação (key
words) do trabalho nos respectivos campos do sistema. Depois, ir à parte superior
da tela, no campo "Idioma do formulário", e selecionar "English". Descer a tela (clicar
na barra de rolagem) e copiar e colar o "title", "abstract" e os "index terms" nos
campos correspondentes. (Para dar continuidade ao processo de submissão, é
necessário que tanto o título, o resumo e os termos para indexação quanto o title, o
abstract e os index terms do manuscrito tenham sido fornecidos.)
No passo 3 da submissão (Transferência do manuscrito), carregar o trabalho
completo em arquivo Microsoft Word 1997 a 2003.
No passo 4 da submissão (Transferência de documentos suplementares), carregar,
no sistema on-line da revista PAB, um arquivo Word com todas as cartas
(mensagens) de concordância dos coautores coladas conforme as explicações
abaixo:
Colar um e-mail no arquivo word de cada coautor de concordância com o seguinte
conteúdo: "Eu, ..., concordo com o conteúdo do trabalho intitulado "....." e com a
submissão para a publicação na revista PAB.
Como fazer: Peça ao coautor que lhe envie um e-mail de concordância, encaminheo para o seu próprio e-mail (assim gerará os dados da mensagem original: assunto,
data, de e para), marque todo o email e copie e depois cole no arquivo word. Assim,
teremos todas as cartas de concordâncias dos co-autores num mesmo arquivo.
Organização do Artigo Científico
- A ordenação do artigo deve ser feita da seguinte forma:
3
- Artigos em português - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos,
Resumo, Termos para indexação, título em inglês, Abstract, Index terms, Introdução,
Material e Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões, Agradecimentos,
Referências, tabelas e figuras.
- Artigos em inglês - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Abstract,
Index terms, título em português, Resumo, Termos para indexação, Introduction,
Materials and Methods, Results and Discussion, Conclusions, Acknowledgements,
References, tables, figures
- Artigos em espanhol - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos,
Resumen, Términos para indexación; título em inglês, Abstract, Index terms,
Introducción, Materiales y Métodos, Resultados y Discusión, Conclusiones,
Agradecimientos, Referencias, cuadros e figuras.
- O título, o resumo e os termos para indexação devem ser vertidos fielmente para o
inglês, no caso de artigos redigidos em português e espanhol, e para o português,
no caso de artigos redigidos em inglês.
- O artigo científico deve ter, no máximo, 20 páginas, incluindo-se as ilustrações
(tabelas e figuras), que devem ser limitadas a seis, sempre que possível.
Título
- Deve representar o conteúdo e o objetivo do trabalho e ter no máximo 15 palavras,
incluindo-se os artigos, as preposições e as conjunções.
- Deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito.
- Deve ser iniciado com palavras chaves e não com palavras como "efeito" ou
"influência".
- Não deve conter nome científico, exceto de espécies pouco conhecidas; neste
caso, apresentar somente o nome binário.
- Não deve conter subtítulo, abreviações, fórmulas e símbolos.
- As palavras do título devem facilitar a recuperação do artigo por índices
desenvolvidos por bases de dados que catalogam a literatura.
Nomes dos autores
- Grafar os nomes dos autores com letra inicial maiúscula, por extenso, separados
por vírgula; os dois últimos são separados pela conjunção "e", "y" ou "and", no caso
de artigo em português, espanhol ou em inglês, respectivamente.
4
- O último sobrenome de cada autor deve ser seguido de um número em algarismo
arábico, em forma de expoente, entre parênteses, correspondente à chamada de
endereço do autor.
Endereço dos autores
- São apresentados abaixo dos nomes dos autores, o nome e o endereço postal
completos da instituição e o endereço eletrônico dos autores, indicados pelo número
em algarismo arábico, entre parênteses, em forma de expoente.
- Devem ser agrupados pelo endereço da instituição.
- Os endereços eletrônicos de autores da mesma instituição devem ser separados
por vírgula.
Resumo
- O termo Resumo deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, na
margem esquerda, e separado do texto por travessão.
- Deve conter, no máximo, 200 palavras, incluindo números, preposições,
conjunções e artigos.
- Deve ser elaborado em frases curtas e conter o objetivo, o material e os métodos,
os resultados e a conclusão.
- Não deve conter citações bibliográficas nem abreviaturas.
- O final do texto deve conter a principal conclusão, com o verbo no presente do
indicativo.
Termos para indexação
- A expressão Termos para indexação, seguida de dois-pontos, deve ser grafada em
letras minúsculas, exceto a letra inicial.
- Os termos devem ser separados por vírgula e iniciados com letra minúscula.
- Devem ser no mínimo três e no máximo seis, considerando-se que um termo pode
possuir duas ou mais palavras.
- Não devem conter palavras que componham o título.
- Devem conter o nome científico (só o nome binário) da espécie estudada.
- Devem, preferencialmente, ser termos contidos no AGROVOC: Multilingual
Agricultural
Thesaurus ou
no Índice
de
Assuntos
da
base
SciELO .
Introdução
5
- A palavra Introdução deve ser centralizada e grafada com letras minúsculas,
exceto a letra inicial, e em negrito.
- Deve apresentar a justificativa para a realização do trabalho, situar a importância
do problema científico a ser solucionado e estabelecer sua relação com outros
trabalhos publicados sobre o assunto.
- O último parágrafo deve expressar o objetivo de forma coerente com o descrito no
início do Resumo.
Material e Métodos
- A expressão Material e Métodos deve ser centralizada e grafada em negrito; os
termos Material e Métodos devem ser grafados com letras minúsculas, exceto as
letras iniciais.
- Deve ser organizado, de preferência, em ordem cronológica.
- Deve apresentar a descrição do local, a data e o delineamento do experimento, e
indicar os tratamentos, o número de repetições e o tamanho da unidade
experimental.
- Deve conter a descrição detalhada dos tratamentos e variáveis.
- Deve-se evitar o uso de abreviações ou as siglas.
- Os materiais e os métodos devem ser descritos de modo que outro pesquisador
possa repetir o experimento.
- Devem ser evitados detalhes supérfluos e extensas descrições de técnicas de uso
corrente.
- Deve conter informação sobre os métodos estatísticos e as transformações de
dados.
- Deve-se evitar o uso de subtítulos; quando indispensáveis, grafá-los em negrito,
com letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda da página.
Resultados e Discussão
- A expressão Resultados e Discussão deve ser centralizada e grafada em negrito,
com letras minúsculas, exceto a letra inicial.
- Todos os dados apresentados em tabelas ou figuras devem ser discutidos.
- As tabelas e figuras são citadas seqüencialmente.
- Os dados das tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto, mas discutidos
em relação aos apresentados por outros autores.
- Evitar o uso de nomes de variáveis e tratamentos abreviados.
6
- Dados não apresentados não podem ser discutidos.
- Não deve conter afirmações que não possam ser sustentadas pelos dados obtidos
no próprio trabalho ou por outros trabalhos citados
- As chamadas às tabelas ou às figuras devem ser feitas no final da primeira oração
do texto em questão; se as demais sentenças do parágrafo referirem-se à mesma
tabela ou figura, não é necessária nova chamada.
- Não apresentar os mesmos dados em tabelas e em figuras.
- As novas descobertas devem ser confrontadas com o conhecimento anteriormente
obtido.
Conclusões
- O termo Conclusões deve ser centralizado e grafado em negrito, com letras
minúsculas, exceto a letra inicial.
- Devem ser apresentadas em frases curtas, sem comentários adicionais, com o
verbo no presente do indicativo.
- Devem ser elaboradas com base no objetivo do trabalho.
- Não podem consistir no resumo dos resultados.
- Devem apresentar as novas descobertas da pesquisa.
- Devem ser numeradas e no máximo cinco.
Agradecimentos
- A palavra Agradecimentos deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras
minúsculas, exceto a letra inicial.
- Devem ser breves e diretos, iniciando-se com "Ao, Aos, À ou Às" (pessoas ou
instituições).
- Devem conter o motivo do agradecimento.
Referências
- A palavra Referências deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras
minúsculas, exceto a letra inicial.
- Devem ser de fontes atuais e de periódicos: pelo menos 70% das referências
devem
ser
dos
últimos
10
anos
e
70%
de
artigos
de
periódicos.
- Devem ser normalizadas de acordo com a NBR 6023 da ABNT, com as
adaptações descritas a seguir.
7
- Devem ser apresentadas em ordem alfabética dos nomes dos autores, separados
por ponto-e-vírgula, sem numeração.
- Devem apresentar os nomes de todos os autores da obra.
- Devem conter os títulos das obras ou dos periódicos grafados em negrito.
- Devem conter somente a obra consultada, no caso de citação de citação.
- Todas as referências devem registrar uma data de publicação, mesmo que
aproximada.
- Devem ser trinta, no máximo.
Exemplos:
- Artigos de Anais de Eventos (aceitos apenas trabalhos completos)
AHRENS, S. A fauna silvestre e o manejo sustentável de ecossistemas florestais. In:
SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 3., 2004, Santa
Maria. Anais. Santa Maria: UFSM, Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Florestal, 2004. p.153-162.
- Artigos de periódicos
SANTOS, M.A. dos; NICOLÁS, M.F.; HUNGRIA, M. Identificação de QTL associados
à
simbiose
entre
Bradyrhizobium
japonicum,
B.
elkanii
e
soja. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v.41, p.67-75, 2006.
- Capítulos de livros
AZEVEDO, D.M.P. de; NÓBREGA, L.B. da; LIMA, E.F.; BATISTA, F.A.S.;
BELTRÃO, N.E. de M. Manejo cultural. In: AZEVEDO, D.M.P.; LIMA, E.F. (Ed.). O
agronegócio da mamona no Brasil. Campina Grande: Embrapa Algodão; Brasília:
Embrapa
Informação
Tecnológica,
2001.
p.121-160.
- Livros
OTSUBO, A.A.; LORENZI, J.O. Cultivo da mandioca na Região Centro-Sul do
Brasil. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste; Cruz das Almas: Embrapa
Mandioca e Fruticultura, 2004. 116p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Sistemas de
produção, 6).
8
- Teses
HAMADA, E. Desenvolvimento fenológico do trigo (cultivar IAC 24 - Tucuruí),
comportamento espectral e utilização de imagens NOAA-AVHRR. 2000. 152p.
Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
- Fontes eletrônicas
EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE. Avaliação dos impactos econômicos,
sociais e ambientais da pesquisa da Embrapa Agropecuária Oeste: relatório do
ano de 2003. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, 2004. 97p. (Embrapa
Agropecuária Oeste. Documentos, 66). Disponível em: . Acesso em: 18 abr. 2006.
Citações
- Não são aceitas citações de resumos, comunicação pessoal, documentos no prelo
ou qualquer outra fonte, cujos dados não tenham sido publicados.
- A autocitação deve ser evitada.
- Devem ser normalizadas de acordo com a NBR 10520 da ABNT, com as
adaptações descritas a seguir.
- Redação das citações dentro de parênteses
- Citação com um autor: sobrenome grafado com a primeira letra maiúscula, seguido
de vírgula e ano de publicação.
- Citação com dois autores: sobrenomes grafados com a primeira letra maiúscula,
separados pelo "e" comercial (&), seguidos de vírgula e ano de publicação.
- Citação com mais de dois autores: sobrenome do primeiro autor grafado com a
primeira letra maiúscula, seguido da expressão et al., em fonte normal, vírgula e ano
de publicação.
- Citação de mais de uma obra: deve obedecer à ordem cronológica e em seguida à
ordem alfabética dos autores.
- Citação de mais de uma obra dos mesmos autores: os nomes destes não devem
ser repetidos; colocar os anos de publicação separados por vírgula.
- Citação de citação: sobrenome do autor e ano de publicação do documento
original, seguido da expressão "citado por" e da citação da obra consultada.
- Deve ser evitada a citação de citação, pois há risco de erro de interpretação; no
caso de uso de citação de citação, somente a obra consultada deve constar da lista
de referências
- Redação das citações fora de parênteses
9
- Citações com os nomes dos autores incluídos na sentença: seguem as orientações
anteriores, com os anos de publicação entre parênteses; são separadas por vírgula.
Fórmulas, expressões e equações matemáticas
- Devem ser iniciadas à margem esquerda da página e apresentar tamanho
padronizado da fonte Times New Roman.
- Não devem apresentar letras em itálico ou negrito, à exceção de símbolos escritos
convencionalmente em itálico.
Tabelas
- As tabelas devem ser numeradas seqüencialmente, com algarismo arábico, e
apresentadas em folhas separadas, no final do texto, após as referências.
- Devem ser auto-explicativas.
- Seus elementos essenciais são: título, cabeçalho, corpo (colunas e linhas) e coluna
indicadora dos tratamentos ou das variáveis.
- Os elementos complementares são: notas-de-rodapé e fontes bibliográficas.
- O título, com ponto no final, deve ser precedido da palavra Tabela, em negrito;
deve ser claro, conciso e completo; deve incluir o nome (vulgar ou científico) da
espécie e das variáveis dependentes.
- No cabeçalho, os nomes das variáveis que representam o conteúdo de cada
coluna devem ser grafados por extenso; se isso não for possível, explicar o
significado das abreviaturas no título ou nas notas-de-rodapé.
- Todas as unidades de medida devem ser apresentadas segundo o Sistema
Internacional de Unidades.
- Nas colunas de dados, os valores numéricos devem ser alinhados pelo último
algarismo.
- Nenhuma célula (cruzamento de linha com coluna) deve ficar vazia no corpo da
tabela; dados não apresentados devem ser representados por hífen, com uma notade-rodapé explicativa.
- Na comparação de médias de tratamentos são utilizadas, no corpo da tabela, na
coluna ou na linha, à direita do dado, letras minúsculas ou maiúsculas, com a
indicação em nota-de-rodapé do teste utilizado e a probabilidade.
- Devem ser usados fios horizontais para separar o cabeçalho do título, e do corpo;
usá-los ainda na base da tabela, para separar o conteúdo dos elementos
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complementares. Fios horizontais adicionais podem ser usados dentro do cabeçalho
e do corpo; não usar fios verticais.
- As tabelas devem ser editadas em arquivo Word, usando os recursos do menu
Tabela; não fazer espaçamento utilizando a barra de espaço do teclado, mas o
recurso recuo do menu Formatar Parágrafo.
- Notas de rodapé das tabelas
- Notas de fonte: indicam a origem dos dados que constam da tabela; as fontes
devem constar nas referências.
- Notas de chamada: são informações de caráter específico sobre partes da tabela,
para conceituar dados. São indicadas em algarismo arábico, na forma de expoente,
entre parênteses, à direita da palavra ou do número, no título, no cabeçalho, no
corpo ou na coluna indicadora. São apresentadas de forma contínua, sem mudança
de linha, separadas por ponto.
- Para indicação de significância estatística, são utilizadas, no corpo da tabela, na
forma de expoente, à direita do dado, as chamadas ns (não-significativo); * e **
(significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente).
Figuras
- São consideradas figuras: gráficos, desenhos, mapas e fotografias usados para
ilustrar o texto.
- Só devem acompanhar o texto quando forem absolutamente necessárias à
documentação dos fatos descritos.
- O título da figura, sem negrito, deve ser precedido da palavra Figura, do número
em algarismo arábico, e do ponto, em negrito.
- Devem ser auto-explicativas.
- A legenda (chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da figura,
no título, ou entre a figura e o título.
- Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais
maiúsculas, e devem ser seguidas das unidades entre parênteses.
- Figuras não-originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas;
as fontes devem ser referenciadas.
- O crédito para o autor de fotografias é obrigatório, como também é obrigatório o
crédito para o autor de desenhos e gráficos que tenham exigido ação criativa em sua
elaboração.
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- As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras
devem ser padronizados.
- Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes,
como: círculo, quadrado, triângulo ou losango (cheios ou vazios).
- Os números que representam as grandezas e respectivas marcas devem ficar fora
do quadrante.
- As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de
informações que comprometa o entendimento do gráfico.
- Devem ser elaboradas de forma a apresentar qualidade necessária à boa
reprodução gráfica e medir 8,5 ou 17,5 cm de largura.
- Devem ser gravadas nos programas Word, Excel ou Corel Draw, para possibilitar a
edição em possíveis correções.
- Usar fios com, no mínimo, 3/4 ponto de espessura.
- No caso de gráfico de barras e colunas, usar escala de cinza (exemplo: 0, 25, 50,
75 e 100%, para cinco variáveis).
- Não usar negrito nas figuras.
- As figuras na forma de fotografias devem ter resolução de, no mínimo, 300 dpi e
ser gravadas em arquivos extensão TIF, separados do arquivo do texto.
- Evitar usar cores nas figuras; as fotografias, porém, podem ser coloridas.
Notas Científicas
- Notas científicas são breves comunicações, cuja publicação imediata é justificada,
por se tratar de fato inédito de importância, mas com volume insuficiente para
constituir um artigo científico completo.
- Apresentação de Notas Científicas
- A ordenação da Nota Científica deve ser feita da seguinte forma: título, autoria
(com as chamadas para endereço dos autores), Resumo, Termos para indexação,
título em inglês, Abstract, Index terms, texto propriamente dito (incluindo introdução,
material e métodos, resultados e discussão, e conclusão, sem divisão), Referências,
tabelas e figuras.
- As normas de apresentação da Nota Científica são as mesmas do Artigo Científico,
exceto nos seguintes casos:
- Resumo com 100 palavras, no máximo.
- Deve ter apenas oito páginas, incluindo-se tabelas e figuras.
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- Deve apresentar, no máximo, 15 referências e duas ilustrações (tabelas e figuras).
Outras informações
- Não há cobrança de taxa de publicação.
- Os manuscritos aprovados para publicação são revisados por no mínimo dois
especialistas.
- O editor e a assessoria científica reservam-se o direito de solicitar modificações
nos artigos e de decidir sobre a sua publicação.
- São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos
nos trabalhos.
- Os trabalhos aceitos não podem ser reproduzidos, mesmo parcialmente, sem o
consentimento expresso do editor da PAB.
Contatos com a secretaria da revista podem ser feitos por telefone: (61)3448 4231 e
3273-9616, fax: (61)3340-5483, via e-mail: [email protected] ou pelos correios:
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Postal 040315 CEP 70770 901 Brasília, DF
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