Curso discute patient forecast e patient flow em São Paulo

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Curso discute patient forecast e patient flow em São Paulo
Curso discute patient forecast e patient flow em São Paulo
Evento busca fornecer ferramentas necessárias para o planejamento
de mercado e marketing de produtos farmacêuticos e devices
Saber como um paciente se movimenta através
de diferentes tratamentos pode colaborar muito para
a tomada de decisões mais precisas e eficazes. E para
tanto, os modelos de patient flow e patient forecast
são ferramentas muito importantes. Por isso, a
Evidências - Kantar Health realizou o curso “Construir e
adaptar modelos de patient forecast e patient flow”
nos dias 6 e 7 de maio em São Paulo (SP).
O objetivo principal do curso foi fornecer
ferramentas necessárias para o planejamento de
mercado e marketing de produtos farmacêuticos e
devices. O evento teve aulas teóricas e práticas, que
abordaram desde os conceitos e a importância do
patient flow e patient forecast, até a visão geral do
processo e dos seus componentes, passando por
acesso ao mercado, fontes de dados, ferramentas e
técnicas de forecasting.
“O forecast é realmente importante para
compreender
os
eventos
que
acontecerão
futuramente com um medicamento, com um
tratamento, então ele permite construir uma
estratégia de acesso mais embasada”, ressalta Alvaro Nishikawa, coordenador de farmacoeconomia da
Evidências e um dos palestrantes do evento.
Compreender como funciona o fluxo de
mmmmmmmm
pacientes pode contribuir para diversos setores de
uma empresa, desde a área de marketing até a área
administrativa, passando por acesso e inteligência
competitiva. “Para quem trabalha com acesso
entender como funciona esse fluxo de pacientes é
muito importante. Eu nunca montei um modelo de
patient flow ou patient forecast, mas sempre utilizo
dados desses modelos. Então saber como isso
funciona pode ajudar na tomada de decisões”, afirma Adrielle Kolannian, gerente de acesso ao mercado, da
United Medical.
Expertise
O curso é realizado pela Kantar Health nos
Estados Unidos há 20 anos, tendo passado também
pela Europa e Ásia. Esta é a primeira vez que o curso é
realizado na América Latina. O evento foi realizado
com as equipes da Evidências e da Kantar Health.
“Boa parte das pessoas que estão aqui não tem uma vivência do tema, então isso é novo. E
viemos buscar esse conhecimento novo porque
atuamos em áreas que precisam dessas informações
ou que estão ligadas à inteligência de mercado”, aponta Fabiana Gatti de Menezes, gerente de
farmacoeconomia da ABVE.
Falta de dados é desafio para construção do patient forecast
Uma das dificuldades para se construir e adaptar
modelos de patient forecast e patient flow no Brasil é o
acesso aos dados. “Para trabalhar com esses modelos nós
precisamos de dados. E aqui no Brasil nós não temos essa
disponibilidade de dados”, diz o oncologista Luciano Paladini, médico analista da Evidências. “Nós vamos, ao longo do curso, discutir soluções possíveis para quando se
tem essa lacuna. Discutir as opções existentes quando o
dado não está disponível, e como diminuir as incertezas”.
De acordo com Todd Johnson, vice-presidente de
Forecasting da Kantar Health, a falta de dados é um desafio
a ser vencido. “Quando não há dados disponíveis, é preciso fazer suposições. No entanto, há maneiras de diminuir – e
muito – o nível de incerteza dessas suposições”, diz. A Evidências e a Kantar Health possuem bancos de
dados que podem fornecer informações valiosas sobre
diversas patologias, como câncer, artrite reumatoide,
doenças cardiológicas e neurológicas, entre outras. “São
dados que não são fáceis de encontrar, e nós temos
disponível. Esse pode ser um caminho para construir
modelos mais precisos”, diz Nishikawa.
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Confira entrevista com Todd Johnson, vice-presidente de
Forecasting da Kantar Health
do alto escalão, como gerentes sêniores ou mesmo de
órgãos públicos, que precisam entender os conceitos para
que possam ser mais fluentes em suas discussões. No
Brasil, grande parte do público vem das áreas de
marketing e de acesso. Como é a primeira vez que
trazemos o curso ao país, optamos por uma abordagem
mais conceitual, com uma parte prática no segundo dia,
porque é preciso primeiramente que o conceito esteja
bem claro para que a modelagem seja bem feita.
Todd Johnson é vice-presidente de Forecasting da
Kantar Health há cinco anos, mas trabalha com a área há
quase uma década. Ele acredita que conhecer o fluxo do
paciente não é apenas fundamental para o lançamento de
novos produtos no mercado, mas também para construir
estratégias para melhorar o acesso a medicamentos e
contribuir para o sistema de saúde como um todo.
Johnson esteve no Brasil para ministrar, junto com a
equipe da Evidências, o primeiro curso de patient
forecast e patient flow no país. Em entrevista exclusiva, ele
fala sobre a trajetória do curso, a necessidade de dados de
qualidade e como o patient forecast pode contribuir para o
sistema de saúde. Confira!
Evidências - Kantar Health: Há quanto tempo a Kantar
Health realiza esse curso?
Todd Johnson: Nós fazemos esse curso há cerca de 20
anos nos Estados Unidos – e hoje em dia ele é ministrado
duas vezes por ano lá. Na Europa o curso é realizado há
quase 10 anos, mas no início ele era mais esporádico e nos
últimos cinco anos ele se tornou anual. Também já
levamos esse curso para lugares como Manila, Istambul e
Beirute, num formato mais pontual. E esta é a primeira
vez que viemos para o Brasil.
EKH: Como essa é a primeira vez que o curso é realizado
no país, foram necessárias muitas adaptações para o
cenário brasileiro?
TJ: Na verdade não foram necessárias muitas adaptações,
porque os princípios básicos ainda se aplicam
independentemente de qual país você está. Mas nós
fizemos sim algumas pequenas alterações, para abordar
alguns pontos mais específicos que abrangessem as
características únicas do Brasil. Por exemplo, nos Estados
Unidos, nós temos várias fontes de dados, que são bem
precisas. No Brasil, a obtenção de dados é um desafio.
EKH: Quais são as áreas que patient forecast e o patient
flow podem ajudar?
TJ: Quando realizamos esse curso, recebemos pessoas de
áreas como marketing, acesso, pesquisa de mercado e
inteligência competitiva. Às vezes recebemos até pessoas
EKH: O que é preciso para construir um modelo de
patient forecast e patient flow com qualidade?
TJ: Tudo depende da qualidade dos dados que você tem. E
isso, novamente, pode ser um desafio. Nós geralmente
pensamos em termos de lançamento de um produto,
para que possamos ter mais precisão logo no início e,
assim, atingir um pico de vendas com mais facilidade.
Então, no mínimo, esses modelos podem agregar mais
precisão ao seu planejamento para definir estratégias
mais eficientes. E isso serve não apenas para a indústria,
mas também para as operadoras de planos de saúde e
para o governo, pois poderiam se beneficiar com esse
planejamento mais preciso na hora de alocar recursos.
EKH: De modo mais abrangente, como esses dois
conceitos podem ajudar no sistema de saúde,
especialmente no Brasil?
TJ: No Brasil, assim como na maioria dos países em
desenvolvimento, há uma escassez de recursos. Então, os
recursos disponíveis devem ser bem utilizados. Na saúde,
isso significa investir nas melhores terapias e tecnologias.
Os conceitos de patient flow e patient forecast podem ser
aplicados de diversas maneiras. Compreender como um
paciente se movimenta pelo sistema aumenta o
entendimento do que acontece no mundo real, e isso é
importante não apenas para o lançamento de novos
produtos, mas também tomar decisões em saúde mais
precisas e eficazes.
EKH: Que pontos fundamentais você espera que este
curso ajude os participantes a compreenderem e a
levarem para seu dia a dia?
TJ: O equilíbrio entre complexidade e simplicidade. A
precisão e a exatidão dependerão de quantas informações
você colocar no modelo e, muitas vezes, as pessoas
tentam fazer modelos mais complexos do que eles
precisam ser. Especialmente se você não tem dados de
qualidade, talvez seja necessário tornar seu modelo mais
simples e ser mais preciso em suas suposições. Outro
ponto é que a previsão é feita para ajudar na tomada de
decisões, então o modelo deve ser construído com isso
em vista, ou seja, ele deve estar alinhado com seu
planejamento e suas decisões.
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