Buzinão marcou presença

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Buzinão marcou presença
170608
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PROTESTO
Buzinão marcou presença
O convite ao buzinão está hoje
a ser aceite por parte dos automobilistas que atravessam a ponte 25
de Abril, aderindo ao protesto contra o aumento do dos combustíveis
e do custo de vida.
Segundo o relato da Lusa, o
silêncio da passagem dos automóveis é frequentemente interrompido por buzinadelas, ora
contínuas ora intermitentes, em
resposta ao apelo do Movimento
dos Utentes dos Serviços Públicos
(MUSDP).
No meio do tabuleiro da ponte
do Pragal, em Almada, está colocado um pano onde se lê “contra
o aumento dos combustíveis e o
custo de vida, buzinar buzinar”.
Luísa Ramos, do MUSP, disse à
Lusa que se estava a verificar uma
adesão “espectacular”, realçando
que não houve grande divulgação
dos protestos.
Além do preço dos combustíveis
e do aumento do custo de vida,
esta acção visa também apelar ao
fim das portagens na ponte 25 de
Abril e a inclusão do comboio da
Fertagus e do Metro da Margem
Sul no passe social intermodal.
“Não faz sentido uma portagem
que penaliza a Margem Sul”, referiu.
Com o somatório dos vários protestos previstos para hoje e dos
últimos dias, o MUSP pretende
obrigar o governo a alterar a sua
política “arrogante”.
O buzinão de protesto, a que
aderiram várias organizações congéneres do MUSP, iniciou-se de
manhã nos acessos à ponte de
25 de Abril e no Centro-Sul, mas a
maioria das acções está marcada
para entre as 17:45 e as 18:00,
com o objectivo de “fazer sentir ao
governo a insatisfação e a indignação” dos cidadãos pelos sucessivos aumentos dos combustíveis,
disse à Lusa o presidente do movimento, Carlos Braga.
Em Lisboa, o “buzinão” vai ter
lugar entre o Marquês de Pombal/Saldanha, Alcântara e Campo
Grande/Parque das Nações.
Realizam-se também iniciativas
em Almada e no Seixal, entre as
17:00 e as 19:00.
EURO2008
Alemanha no caminho
de Portugal
Setúbal, Oeiras, Vila Franca de
Xira, Loures, Azambuja/Alenquer,
Porto, Vila Real de Santo António,
Olhão, Silves, Lagos, Castelo
Branco, Covilhã e Viseu são outras
cidades com protestos agendados
entre as 17:45 e as 18:00.
Governo hábil, diz Vitorino
Para António Vitorino, o Governo
foi “hábil” na resposta às reivindicações dos camionistas mas considerou que deveria ter tornado mais
clara a ilegalidade da paralisação
e a hipótese de recurso à requisição civil. Falando no programa
“Falar Claro”, na RTP, o ex-ministro de António Guterres defendeu
que a paralisação das empresas
transportadoras nos primeiros dias
da semana passada constituiu até
agora o desafio “de ordem pública
mais difícil de todo o mandato”.
“Acho que era necessário tornar
claro que esta manifestação coloca dois problemas muito sérios:
é ilegal cortar as vias de comunicação e também é preciso tornar
claro que não são permitidas, num
Estado de Direito democrático,
formas de pressão sobre o poder,
que são ilegítimas”, apontou.
Na opinião de António Vitorino,
“o Governo foi hábil na maneira
como conteve a crise, encontrando
uma solução rápida em 48 horas
mas devia ter tornado mais claro
- e ainda hoje estamos a tempo de
o fazer - que os protestos ilegais
têm de ser punidos pela lei”.
“Quem praticou actos contrários
à lei tem de ser responsabilizado”,
completou.
Para evitar que o “precedente”
se repita, o ex-comissário europeu
advogou que o Governo tem de
fazer passar a ideia que “é legítimo
ao Estado de Direito democrático
recorrer à requisição civil sempre
que se confronte com manifestações que colocam em causa a
ordem pública”. Depois de sugerir
que seria benéfico uma eventual
alteração da lei que enquadra a
requisição civil, António Vitorino
frisou que, se o Governo tivesse
recorrido a este instrumento na
crise com os camionistas, estaria
dentro da legalidade.
Numa referência indirecta a
posições assumidas pelo CDS, Vitorino considerou que “Portugal é
um país muito curioso, porque os
apelos ao uso da força para repor
a ordem pública surgiram depois
da crise estar resolvida”.
“Ora, assim também eu, como se
costuma dizer”, comentou, usando
a ironia. Na opinião de Vitorino,
uma eventual intervenção das forças policiais poderia até “extremar
posições”. “Mas tratou-se de uma
situação ilegal e ela tem que ser
perseguida do ponto de vista da
lei, até para se evitar o efeito de
contaminação. Desde o princípio,
devia ter-se tornado claro que a
requisição civil é um instrumento
ao alcance do Estado de Direito
para pôs fim a este tipo de casos”.
A Alemanha venceu ontem
a Áustria por 1-0 e qualificouse para os quartos-de-final do
Euro2008 em futebol, fase na
qual vai defrontar, como segunda classificada do Grupo
B, Portugal,ABERTO
vencedor do GruMUSEU
po A. Ballack apontou o único
golo do encontro aos 49 minutos, de livre, e garantiu um
total de seis pontos para a sua
selecção, que ficou atrás da
Croácia, vencedora do Grupo
B, com nove pontos, que hoje
ganhou à Polónia por 1-0 e vai
defrontar a Turquia, segunda
do Grupo A, na fase seguinte.
Michael Ballack, o autor do
golo alemão, diz que POrtugal
é favorito. “A equipa lutou bastante, teve alguns problemas.
Se tivéssemos marcado logo
aos quatro minutos, tudo ficaria mais fácil. Houve alguma
pressão na segunda parte. A
equipa deixou-se colocar sob
pressão por causa da derrota com a Croácia. Talvez
seja bom para a selecção da
Alemanha que Portugal seja
a favorito. Talvez seja melhor
jogar nessa posição. Mas continuamos a ter objectivos elevados”.
Nos quartos-de-final, Alemanha e Portugal vão actuar
em Basileia, num estádio com
relvado renovado, por decisão
da UEFA.
Jogadores com Scolari
Os 23 jogadores da Selecção Nacional presentes no
Euro’2008 já anunciaram que
tencionam fazer uma homenagem muito especial ao seleccionador Luiz Felipe Scolari
no último jogo de Portugal na
prova.
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EDUCAÇÃO
Sócrates quer escola na «linha da frente»
O primeiro-ministro, José Sócrates, traçou o objectivo de colocar a escola pública
portuguesa na “linha da frente” tecnológica, já com resultados a partir do próximo
ano, graças a um investimento global de 400 milhões de euros.“No desenvolvimento tecnológico de Portugal, a escola ficou sempre um pouco para trás e só se
desenvolveu mais tarde. Pois eu quero, com este Plano Tecnológico da Educação
(PTE), que a escola pública em Portugal esteja na linha da frente do desenvolvimento tecnológico”, assegurou.
O primeiro-ministro falava ontem, em Évora, na Escola Secundária André de
Gouveia, com mais de 600 alunos e que é um dos estabelecimentos de ensino
nacionais com projectos-piloto no âmbito do PTE.
Depois de verificar a concretização de vários desses projectos, como a utilização
de mapas digitais num quadro interactivo, numa aula de geografia, José Sócrates apontou a André de Gouveia como um exemplo do que o Governo pretende,
para as 1.200 escolas do país, na área das novas tecnologias da informação e
comunicação. “Viemos apresentar o vosso exemplo como um exemplo que vai ser
replicado em todas as escolas”, disse, enumerando os projectos que vão ser implementados, alguns deles já a partir do “início do próximo ano lectivo” e os restantes
no início de 2009. “O nosso objectivo é que, em 2009, todas as escola portuguesas
tenham cartão electrónico do aluno”, referiu, considerando-o como um instrumento
que vai permitir aos estudantes fazerem transacções sem dinheiro e uma melhor
gestão da escola.
A videovigilância em todo o espaço escolar foi outro dos passos apontados pelo
primeiro-ministro como capaz de proporcionar “mais segurança e, portanto, mais
liberdade”.
Outro dos objectivos do PTE passa por instalar ligação à Internet em todos os
espaços da escola, “desde as salas de aula aos espaços exteriores”, com uma
velocidade de 48 megabytes por segundo (Mbps).
Além disso, todas as escolas públicas deverão ter um computador por cada cinco alunos, um videoprojector em todas as salas de aula e um quadro interactivo
por cada três salas de aula. “Queremos, naturalmente, um Plano Tecnológico que
permita uma maior difusão das tecnologias de informação e comunicação na nossa
sociedade e que melhore a inovação e o conhecimento, mas queremos o Plano
Tecnológico dentro da escola pública portuguesa”, salientou.
O primeiro-ministro lembrou que estão a decorrer seis concursos públicos, que
devem ser adjudicados “até final de Julho”, envolvendo 400 milhões de euros, o
que representa, “porventura, o maior investimento público em tecnologias de informação e comunicação”.
“Justamente para que a escola esteja na linha da frente tecnológica, para que
não fique, como ficou no passado, mais uma vez para trás”, acrescentou.
Na escola alentejana, onde já existe o cartão electrónico do aluno, o sistema de
videovilgância, acesso à Internet em todos os espaços, um computador com ligação à Internet por cada 2,57 alunos, um quadro interactivo por cada duas salas de
aula e um videoprojector em todas elas, José Sócrates lembrou ainda o cenário
que existia nas escolas portuguesas em 2005, quando tomou posse.
“O rácio era de um computador para 16 alunos, muito pouco. Mas vai ser já, no
próximo ano lectivo, de um para cinco e não vamos ficar por aqui”, disse, insistindo
que as escolas vão ser equipadas com um videoprojector em todas as salas de
aula e um quadro interactivo por cada três salas de aula.
José Sócrates, que foi recebido com assobios no exterior do estabelecimento
por mais de duas dezenas de manifestantes, alguns do Sindicato dos Professores
da Zona Sul, lembrou que o seu Governo tem feito “muitas mudanças” na escola
pública nos últimos anos e congratulou-se por, “pela primeira vez nos últimos 15
anos”, o número de alunos ter aumentado.
17-06-08 - www.noticiasalentejo.pt - [email protected]
NO FECHO
AGRICULTORES EM MARCHA
LENTA | Mais de uma centena de
agricultores concentraram-se hoje
de manhã no Poceirão, concelho
de Palmela, para uma marcha lenta até ao Governo Civil de Setúbal,
em protesto encontra o aumento
dos combustíveis e dos custos de
produção.
Segundo João Vieira, da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), os agricultores não
conseguem suportar o aumento
dos combustíveis e dos custos de
produção que, disse, duplicaram
ou triplicaram nos últimos meses.
“Os adubos e os fitofármacos
estão cada vez mais caros e os
aumentos dos produtos agrícolas
para o consumidor não reflectem
qualquer melhoria para os agricultores. São devidos à especulação
da indústria agro-alimentar e dos
grandes distribuidores”, acrescentou João Vieira.
De acordo com o representante
da CNA, o subsídio do gasóleo
mantém nos 37 cêntimos por litro
há vários anos, apesar dos sucessivos aumentos dos combustíveis.
INCÊNDIOS: RISCO ELEVADO
| Cinco concelhos do Alentejo e
Algarve apresentam hoje um risco
“elevado” de incêndio, enquanto
em outros 16 concelhos do centro e sul de Portugal esse risco é
“moderado”, segundo o Instituto
de Meteorologia (IM).
Alcoutim, Castro Marim, Tavira e
São Brás de Alportel são os concelhos algarvios com risco de incêndio “elevado”.
No Alentejo, o concelho com
maior risco de incêndio é Grândola.
ONDJAKI DISTINGUIDO PELA
APE | O Grande Prémio de Conto
“Camilo Castelo Branco” 2007, no
valor de 5.000 euros, foi atribuído
ao escritor angolano Ondjaki pelo
seu livro “Os da Minha Rua”, anunciou hoje a Associação Portuguesa
de Escritores (APE). O prémio, instituído pela APE com o patrocínio
da Câmara Municipal de Vila Nova
de Famalicão, foi atribuído por
maioria por um júri constituído
por José Carlos Seabra Pereira,
Manuel Frias Martins e Margarida
Braga Nunes. O livro premiado foi
publicado em 2007 pela editorial
Caminho. Ondjaki é o pseudónimo
literário de Ndalu de Almeia, escritor nascido em Luanda em 1977 e
formado em Sociologia em Lisboa.
O seu primeiro livro, de poesia,
chama-se “Actu Sanguíneu” e saiu
no ano 2000.
MACÁRIO CORREIA CANDIDATO AO PSD-ALGARVE |
Macário Correia apresentou-se
como candidato à liderança do
PSD/Algarve, eleição que terá lugar
a 11 de Julho e a que concorre também o actual presidente, Mendes
Bota. “Estou disponível para mostrar
que há hipótese de uma alternativa
clara, com um estilo diferente e com
uma maneira diferente de trabalhar
e quero mostrar qual das duas opções é que deve ser tomada pelos
militantes como a melhor”, disse o
também presidente da Câmara de
Tavira em declarações à Lusa
PREÇOS SUBIRAM 0,4 % | Os
preços em Portugal subiram 0,4 por
cento em Maio, face a Abril, com os
transportes e produtos alimentares
a serem as principais razões para o
aumento, de acordo com os dados
do Instituto Nacional de Estatística
(INE). O INE explica que se registou a maior contribuição dos combustíveis e lubrificantes para equipamento de transporte pessoal
para o índice de preços no consumidor, com uma variação de 4,9 por
cento. Em Maio, a taxa de inflação
homóloga, face a igual período do
ano passado, aumentou 2,8 por
cento, mais três décimas de ponto
percentual que o registado em Abril.
A variação média da inflação nos
últimos 12 meses manteve-se nos
2,6 por cento.
GÁS NATURAL MAIS BARATO |
As famílias portuguesas vão pagar
o gás natural mais barato. Segundo
o Jornal de Negócios, a partir de dia
1 de Julho, as tarifas vão ser reduzidas em 3,4% para os consumidores
residenciais e outros consumidores
com consumos anuais inferiores a
10 mil metros cúbicos (m3).
Para a indústria, em contrapartida, os preços do gás natural vão
subir no próximo mês. As novas
tarifas foram fixadas pela ERSE
– Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, tendo em conta
o parecer do conselho tarifário e os
contributos das empresas reguladas, aguardando agora publicação
em Diário da República.
A proposta inicial do regulador
apontava uma redução média para
os domésticos de 2,8%.
Em termos globais, as tarifas finais para 2008-2009, resultam agora numa redução tarifária global de
1,2% para os consumidores de gás
natural.
De acordo com o JdN, as variações são diferenciadas por segmento de consumidores, com
acréscimos de 0,6% para os consumidores com consumos anuais superiores a 2 milhões de m3,
reduções tarifárias de 3,6% para
os consumidores com consumos
anuais superiores a 10 mil m3 até 2
milhões de m3 e reduções de 3,4%
para os consumidores residenciais
e outros consumidores com consumos anuais inferiores a 10 mil m3.
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Chuva
de regresso?
Céu pouco nublado ou limpo. Subida da temperatura
máxima. Neblina ou nevoeiro
matinal.
APONTAMENTOS DO NADA
Não
Uma vez mais, depois da
França e da Holanda há três
anos atrás, foi a vez de um
outro país da União europeia
dizer não em referendo às propostas de um novo tratado.
Se é certo que a discussão
que ocorreu na Irlanda pouco
ou nada se relacionou com o
tratado da União, não deixa
de ser elucidativo que, independentemente das causas ou
das razões, o certo é que o comum do cidadão não se revê
nem se reconhece na Europa
que está a ser construída e
oferecida a todos nós.
O Não da França e da Holanda há três anos atrás, como
o não irlandês de agora não é
uma resposta a eventuais documentos constitucionais ou
tratados da União. O não destes países, como muito provavelmente de outros se outros
fossem consultados, é um
não ao fosso que se cria entre
uma dimensão política europeia centrada em Bruxelas e
uma dimensão social criada
e construídas pelo comum do
cidadão no seu próprio espaço
nacional.
Temos uma Europa política, por muito incrível que de
quando em vez possa parecer,
os governos nacionais entendem-se. Temos uma Europa
económica, onde o banco
central europeu dita regras,
impõe condições e define as
grandes opções. Não temos,
por muito que alguns digam o
contrário, uma Europa social,
onde a pessoa se reconheça
e se identifique, onde se expressem os valores que caracterizam os diferentes estados
europeus.
Já aqui o escrevi e volto a
repetir a ideia, por a considerar estruturante à posição que
o”povo” assume perante uma
qualquer consulta sobre a Europa. Não há um Estado euroManuel Dinis P. Cabeça
http://www.mcabeca.blogspot.com
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TRANSPORTES
Clientes pagam pronto-socorro
Vários automobilistas com carros imobilizados no sul do País
têm sido forçados a pagar directamente às empresas de prontosocorro, já que algumas seguradoras se recusam a aceitar o
preço exigido pelos reboques.
peu. Um Estado que, como o
Prof. José Gil teve oportunidade de escrever recentemente
(revista Visão de 11 de Junho),
defina as grandes linhas identitárias da pessoa e do indivíduo. Um Estado que seja factor de identificação, difusor de
uma ideia colectiva, defensor
uma opinião conjunta. Um Estado que seja ponto de abrigo
em dias de tempestade.
O Estado nos diferentes países da Europa assumiu, até
bem recentemente, a figura de
estado-providência. Era o principal responsável por colmatar
as diferenças sociais, por assegurar que qualquer pessoa
tinha direito e acesso a um
conjunto de serviços independentemente do seu estatuto
social, poder económico ou reconhecimento institucional. Os
diferentes Estados nacionais
eram o garante de uma identidade colectiva que assentava
numa geografia política, numa
cultura ou língua ou meramente num conjunto de opções de
política em que um dado conjunto populacional se identificava.
As opções de política que
têm orientado a Europa na última vintena de anos, tem desbaratado esta ideia de Estado,
alienado um património valorativo e ideológico onde a Europa dos Estados, pós segunda
guerra mundial, se afirmou e
consolidou quer como potência mundial, quer como oportunidade social para muitos.
A Europa, a União Europeia
não tem querido, sabido, ou
podido criar alternativas onde
o comum do cidadão se reconheça e com a qual se identifique. A moeda não chega, as
mobilidades são inerentes às
capacidades económicas (individuais ou organizacionais).
Cai-se na simples constatação
que a soma dos diferentes Estados europeus não é igual ao
resultado da União Europeia.
Fica-lhe aquém, muito aquém.
De acordo com um dos contestatários, Manuel Runa, a maioria
das companhias continua a não
aceitar essa tabela - 48 cêntimos/quilómetro -, pelo que têm
sido os automobilistas a contratar
directamente os serviços às empresas de reboque, por indicação
da assistência em viagem.
“Desde madrugada que estamos a retirar todos os carros que
estavam parados nas estradas”,
assegurou, frisando que em cada
um desses casos, ou a empresa
aceita pagar pela tabela, ou é o
automobilista segurado que tem
que assumir os custos, adiantando o dinheiro à empresa que o
segura.
Sobre a hipótese de as companhias de assistência em viagem
não ressarcirem posteriormente os segurados, Manuel Runa
observou que, “com base no
contrato entre as duas partes,
o cliente tem o direito de exigir
o cumprimento dos deveres das
seguradoras no que diz respeito
à assistência em viagem”.
Desde as 8:30 de ontem, algu-
mas das oito companhias de assistência em viagem que contratam reboques começaram a ceder
às exigências dos rebocadores
e já foram feitos vários serviços
aos novos preços propostos, mas
o número dos que cederam não
cresceu desde meio da manhã.
Manuel Runa mostrou-se convicto de que as administrações
das empresas de assistência “estão a fazer tudo para a agilizar o
processo” e disse acreditar que
se chegue a um acordo geral nas
próximas horas.
Afiançou que os preços pedidos pelas empresas de prontosocorro não são todos idênticos,
“porque legalmente não pode
ser”, mas admitiu que esses valores oscilam em torno dos 48 cêntimos exigidos às seguradoras.
Os rebocadores do Algarve
e Alentejo contestam as tarifas
pagas pelas companhias de seguros, entre 33 e 36 cêntimos,
que não são actualizadas há 10
anos. Nas duas regiões, há cerca
de 160 reboques, pertença de 90
empresas de pronto-socorro.
ÉVORA
S. João anima cidade
As Festas Populares da Cidade – Feira de S. João 2008 vão
decorrer este ano, no Rossio de
S. Brás, de 20 a 29 de Junho,
tendo como tema central o Ano
Internacional do Planeta Terra e
todas as questões ambientais em
seu redor. Toda a parte cénica e
decorativa do certame abordará
de uma forma directa ou indirecta esta temática, num apelo à
sensibilização para uma questão
que diz respeito a todos.
Quanto aos espectáculos da
Feira de S. João, que voltam a ter
lugar na Arena D’Évora, preservando-se assim, uma vez mais,
o Jardim Público, destaque para
as actuações de Fernando Tordo
e a Stardust Orchestra, Tito Paris, Mafalda Veiga e Monte Lunai,
entre outros, garantindo-se desta
forma uma panóplia de sonoridades, que irão de encontro com o
diversificado gosto dos visitantes
da Feira de S. João.
Uma das novidades deste ano
diz respeito ao pavilhão municipal com a Câmara Municipal de
Évora a apresentar a exposição
“Planear o Futuro – Évora”, com
destaque para o estudos Estratégico para o Centro Histórico, o
Plano Director Municipal, o Plano
de Pormenor dos Leões, o Plano
Estratégico de Desenvolvimento
do Aeródromo e o Plano de Intervenção em Espaço Rural para o
Sítio do Monfurado.
Respeitando a temática das
Festas Populares da Cidade – Feira de S. João, o pavilhão do município representa ao nível do piso
o movimento da Terra, enquanto
que no centro está um termómetro alertando para o aquecimento
global. Os painéis com os temas
da exposição correspondem aos
cinco Continentes.
De resto, as Festas Populares
da Cidade – Feira de S. João
manterão todas as características que fazem dela uma das
maiores feiras francas do país,
a que se junta os tradicionais
espaços temáticos como são a
Feira do Empreendedor, a cargo
da Associação Nacional de Jovens Empresários, o Espaço Jovem, com actividades permanentes, salientando-se o Game Day
(Campeonato de Videojogos) e
a exibição de alguns dos melhores praticantes de Inline, Skate e
BMX, o Espaço da Criança, com
diversas actividades de educação ambiental, promovidas pelo
Centros de Estudos da Avifauna
Ibérica e Parque Noudar, o Espaço Social/Terra com Vida.

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