Diagnostico Em Fisioterapia - Revistas Científicas – Estacio-FIC
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Diagnostico Em Fisioterapia - Revistas Científicas – Estacio-FIC
ISSN 1980-9166 o REVISTA DOS CURSOS DE SAÚDE FACULDADE INTEGRADA DO CEARÁ FISIOTERAPIA EDUCAÇÃO FÍSICA GESTÃO HOSPITALAR v.1 n.10 abr./jun. 2009 o REVISTA DOS CURSOS DE SAÚDE CORPVS/Rev. dos Cursos de saúde da Faculdade Integrada do Ceará FACULDADE INTEGRADA DO CEARÁ Fortaleza v.1 n.10 abr/jun 2009 DIREÇÃO GERAL Jessé de Holanda Cordeiro DIREÇÃO ACADÊMICA Ana Flávia Alcântara Rocha Chaves EDITOR-CHEFE CORPVS Ms. Vasco Pinheiro Diógenes Bastos - FIC Ms. Raimunda Hermelinda Maia Macena - FIC EDITORIA CIENTÍFICA Esp. Antônio Carlos da Silva - FIC [email protected] Ms. Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos FIC/ UECE [email protected] Dra. Rosiléa Alves de Sousa - FIC [email protected] CONSELHO EDITORIAL: Ana Cristhina de Oliveira Brasil - FIC Andréa Cristina Silva Benevides - FIC Agela Massayo Ginbo - FMJ Denise Maria de Sá Machado Diniz - FIC Eldair Melo Mesquita Filho - FIC Eniziê Paiva Weyne Rodrigues - FIC Estélio Henrique Martin Dantas - FIC Mirna Gurgel Carlos da Silva - FIC Evandro Martins - FIC José Cauby de Medeiros Freire - FIC Nilson Vieira Pìnto - FIC Sheilimar Regina Barragão de Sá Magalhães – FIC EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Antonio Carlos da Silva Henrique Dantas Studart Pedro Rogério Farias Juliana Neves REVISÃO DE TEXTOS Ms. Letícia Adriana Pires Ferreira dos Santos - UECE Ms.Rosana Cátia Barbosa Terceiro - FIC Ms. Raimunda Maria do Socorro Sanches de Brito Esp. Antônio Orion Paiva NORMALIZAÇÃO Luiza Helena de Jesus Barbosa - CRB - 830 CORPVS/Revista dos Cursos de saúde da Faculdade Integrada do Ceará. – v.1, n.1, (jan./mar.2007). – Fortaleza: Faculdade Integrada do Ceará, 2007. v.: il, 30 cm Trimestral ISSN 1980-9166 v.1, n.10, abr./jun.2009 1.Saúde,Periódicos 2.Educação Física 3.Fisioterapia 4.Gestão Hospitalar I. Título II. Faculdade Integrada do Ceará. CDD 612 v.1 - n. 10 - abr./jun. 2009 - ISSN 1980-9166 o REVISTA DOS CURSOS DE SAÚDE FACULDADE INTEGRADA DO CEARÁ Editorial Sumário DIAGNOSTICO EM FISIOTERAPIA A Importância Da Fisioterapia No Pós-Operatório De Esofagectomia Total Devido A Câncer De Esôfago........................................................................................................................ 15 A nn y C aroline F err eir a D e C arvalho ,G isele M atoso . Análise Do Vo2 Máximo E Da Glicemia De Idosos Participantes De Um Programa De Atividade Física Do Bairro Jóquei Clube Em Fortaleza-Ce....................................................... 16 E mileide A lencar G omes D e O liveir a , Munick L inh ar es P ierr e , Fabíol a A r aújo Paiva , M arcus Viní cius Strozberg , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . Avaliação Da Incontinência Urinária De Esforço: Comparação Entre Os Parâmetros Objetivos E Subjetivos Após O Tratamento Fisioterápico.............................................................. 17 T ici ana G ir ão S ilveir a , José A irton M ir anda Forte F ilho , Munick L inh ar es P ierr e , A dr i ana P onte C ar neiro D e M atos , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . Avaliação Do Tempo De Impactação Pulmonar Do 99Mtc-Maa Na Cintilografia De Perfusão Pulmonar Para Análise Dos Efeitos Das Técnicas De Fisioterapia Respiratória................. 18 Munick L inh ar es P ierr e , José A irton M ir anda Forte F ilho , Paul a Nayr a Soar es D e O liveir a , A line C r istine P er eir a Sombr a , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . A Eficácia Do Incentivador Inspiratório Fluxo Dependente Na Inalação E Perfusão Pulmonar De Voluntária Saudável................................................................................................. 19 R enata S antos A lmeida , T hi ago H enr ique P into Jovino , T hi ago Br asileiro Vasconcelos , Monaliz a C ampos O liveir a , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . Exames Complementares Da Próstata: Uma Revisão De Literatura............................................... 20 T er ez a E manuell a Bessa , R ebeca S intique Bezerr a M aciel , R ejane M artins D e O liveir a , T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos , Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es . Hidroterapia: Efeitos E Técnicas.................................................................................................... 21 G ili ar do Da S ilva L ima , Auror a H elena D e O liveir a M artins , R aimunda H er melinda M ai a M acena . Avaliação Fisioterapêutica Em Coloproctologia............................................................................. 22 A lisson B atista C amil a Ver íssimo , F er nanda Rodr igues , M ar i a G onçalves , Juli ana L erche . TERAPÊUTICA EM FISIOTERAPIA A Efetividade da Eletroterapia e Cinesioterapia no Tratamento de Força de Contração Muscular do Assoalho Pélvico e na Qualidade de Vida de Mulheres com Incontinéncia Urinária de Esforço: Relato de Caso............................................................................................. 24 L eil a Beut tenmüller , L aiz a L ima D e A r aújo , M elissa M eir eles Nogueir a , K élvi a M ar i a O liveir a , Borges , I sabel L inh ar es Fortuna . Os Benefícios da Automassagem na Síndrome da Tensão Pré- Menstrual....................................... 25 Vanessa S ilva S anti ago , A nahey de D e Souz a S ilva , R aimunda H er melinda M ai a M acena . Escolha de Recursos Térmicos para Osteoartrose de Joelho em Idosos: Comparação do Uso do Calor e Do Frio............................................................................................................ 26 R ebeca Sobr eir a Mota . A Importância da Fisioterapia no Pós-Operatório de Esofagectomia Total Devido a Câncer de Esôfago...................................................................................................................... 27 A nn y C aroline F err eir a D e C arvalho , G isele M atoso A Atuação Fisioterápica na Fibromialgia........................................................................................ 28 Nádi a Nogueir a G omes , R annier e G urgel F urtado D e Aquino , Vasco P inheiro D iógenes B astos , Vanes sa A zevedo M endonça . Revisão Sistemática com Enfoque no Uso do Reanimador de Müller Como Recurso Fisioterapêutico.......................................................................................................................................29 Munick L inh ar es P ierr e , José A irton M ir anda Forte F ilho , Paul a Nayr a Soar es D e O liveir a , A dr i ana P onte C ar neiro D e M atos , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . A Satisfação dos Pacientes com Hipertensão Arterial, Diante a Prevenção e Controle, no Projeto de Responsabilidade Social da Fic................................................................................. 30 Luci a Nunes Pereira Melo , D yély de C arvalho Oliveira C ampos . Abordagem da Fisioterapia no Prolapso Urogenital: Revisão Bibliográfica..................................... 31 R enata S antos A lmeida , F elype R égis T eixeir a G omes , M ar íli a D e Aquino Nogueir a A lmeida , I z abel a M ai a C ar neiro , Pámel a K ar ine Walter , Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es . Abordagem da Terapia Manual Associado a Eletrotermoterapia na Cervicalgia.............................. 32 F elype R egis T eixeir a G omes , E line B arros Damasceno , M árci a D e O liveir a Belém , T hi ago Br asilei ro D e Vasconselos , Vasco P inheiro D iógenes B astos Acompanhamento da Evolução Fisioterapêutica Durante um Pós-Operatório de Cirurgia Bariátrica: Relato de Caso................................................................................................ 33 Milcéa J. F. Silva, Roseane Nobr e, Gerl ane A. Silva, Giseler M atoso. Atendimento Fisioterápico em Pacientes Portadores de Sida e Neurotoxoplasmose: Relato de Caso......................................................................................................................................... 34 Olga B rito Barbosa, Ileana Pitombeira Gomes, Juli ana F ernandes Moraes, Fabíol a Araújo Paiva. Avaliação Dos Efeitos Do Projeto De Reabilitação Pulmonar Da Fic Na Prática De Atividade De Vida Diária Dos Portadores De Dpoc, Asma E Bronquiectasia................................. 35 F l ávi a Arrais de Araújo, T ici ana Girão Silveira, Fabíol a Araújo Paiva, Adri ana Ponte C arneiro de M atos , D enise M ari a Sá M achado D iniz. A Influência da Técnica do Breath-Stacking na Análise da Deposição Pulmonar por Radioaressol........................................................................................... 36 R enata S antos A lmeida , T hi ago H enr ique P into Jovino , T hi ago Br asileiro Vasconcelos , M ar íli a D e Aquino Nogueir a A lmeida , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . Condutas Fisioterápicas no Tratamento da Osteoartose................................................................. 37 Nádi a Nogueir a G omes , R annier e G urgel F urtado D e Aquino , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Efeitos do Fortalecimento da Musculatura do Assoalho Pélvico no Desempenho Sexual dos Pacientes com Incontinência Urinária da Uredape........................................................ 38 M ar íli a Rom ão C r ispim , T ici ana G ir ão S ilveir a , Munick L inh ar es P ierr e , Fabíol a A r aújo Paiva , D e nise M ar i a S á M ach ado D iniz . Efetividade do Tratamento Fisioterapêutico de Uma Paciente com Sida e Neurotoxoplasmose Internada no Hospital São José...................................................................... 39 K arynne C. C astro , Natali a M. Hol anda , R afael a P. S antana , Fabíol a A r aújo . A Eficiência da Fisioterapia Manipulativa com as Técnicas de Liberação Miofascial e do Nervo Frênico na Função Diafragmática............................................................... 40 R ayana C unh a D e Vasconcelos , T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos , S érgio P inheiro Da S ilva , M ichelly D os S antos C amelo , José M ar i a Da S ilva F ilho . Um Estudo Comparativo da Eletroterapia e Cinesioterapia na Força de Contração Muscular do Assoalho Pélvico e na Qualidade de Vida de Mulheres Com Incontinencia Urinária de Esforço: Relato de Caso.............................................................................................. 41 L eil a Beut tenmüller , L aiz a L ima D e A r aújo , M elissa M eir eles Nogueir a , K élvi a M ar i a O liveir a Borges , I sabel L inh ar es Fortuna . Fisioterapia no Pós-Operatório de Colecistectomia e Laparotomia Exploradora............................. 42 T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos , M árci a D e O liveir a Belém , E line B arros Damasceno , D enise M a r i a S á M ach ado D iniz . Revisando os Conceitos Sobre a Síndrome do Imobilismo e A Importância da Fisioterapia.................................................................................................................................... 43 R enata S antos A lmeida , T hi ago H enr ique P into Jovino , T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos , C l áudi a M ar a Bentes R ibeiro P er eir a , M árci a Virgíni a C astro G omes C h aves C orr ei a . Fisioterapia Preventiva Escolar - Análise Antropométrica e Ergonômica em Uma Escola de Ensino Fundamental...................................................................................................... 44 R enata G arci a Soar es , Natáli a G onçalves Vieir a , S érgio P inheiro Da S ilva , T er ez a C r istina T eles S. M atos , M ar ineide M eir eles Nogueir a . Incontinência Urinária em Pediatria............................................................................................... 45 H el aine C r istina C oelho , L idi ane Vieir a S evero , Nai ana Bezerr a M artins , Naíl a Nunes M agalh ães , Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es . Processo de Desmame da Ventilação Mecânica na Ira Associada à Irpa, Secundária à Pneumonia, e Encefalopatia Hipòxica Secundária Parada Cardiorrespiratória: Estudo de Caso......................................................................................................................................... 46 A nn y C aroline F err eir a D e C arvalho , A lessandr a F urtado . OUTROS TEMAS EM SAÚDE Ética Como Campo de Atuação da Fisioterapia: Um Estudo de Campo........................................ 48 L eil a Beut tenmüller , K alina K elma O liveir a D e Sousa , A na L ígi a C oelho R ibeiro , L ízi a L ima M edei ros , C leane F ontenele G omes . Células Tronco, Esperança?............................................................................................................ 49 C l audi a M ar a Bentes R ibeiro P er eir a , T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos , A na R avenna S ales Soar es , F r ancisco E dnar do Damasceno S ilvao , Vasco P inheiro D iógenes B astoso . Uso de Álcool e Fumo em Alunos da Fisioterapia da Fic................................................................ 50 A line B arros , B árbar a Ly di ane , H igor P ir es , I ngr id S ilveir a Sousa , R afael avieir a , R ayssa Muniz , Roberta Vieir a , R aimunda H er melinda M ai a M acena . Motivação para Escolha do Curso de Fisioterapia.......................................................................... 51 F r ancisca Nayar a S ilva Rodr igues , I sabeau L ima Hol anda , R êni a S ama Souz aleal , Tat yana M ar i a P in to S ilveir a , R aimunda H er melinda M ai a M acena . Fisioterapia para Pacientes Hemofílicos......................................................................................... 52 M elissa M eir eles Nogueir a , A na C r is M endes F r eir e , M ar ineide M eir eles Nogueir a . Constipação Intestinal: Uma Revisão............................................................................................. 53 A ndr essa S antos Fontenele , Nath áli a L ima Sousa S ant ’anna , T er ez a E manuell a Bessa Vasconcelos , T hi ago H enr ique P into Jovino , Juli ana L ershe . Alojamento Conjunto: Espaço de Promoção da Saúde da Mãe e do Recém Nascido..................... 54 M ar i a José M elo R amos , Morganna L opes D e M endonça , Rosiléa A lves D e Sousa . A Saúde do Trabalhador na Construção Civil em Fortaleza e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Ler/Dort)............................................................................................. 55 Morgana . L. E. M endonça , R amos , M.ª. José . M, Mônica C or deiro X imenes D e O liveir a . Repercussão Psicosocial da Gravidez no Cotidiano da Adolescente: O que diz a literatura............. 56 L ív i a C r istina S ales Vidal , Rosiléa A lves D e Sousa . Fatores Que Interferem Na Cicatrização De Feridas: Uma Revisão De Literatura................... 57 T hi ago Brasileiro de Vasconcelos , Giovana M ari a Santos Lemos , Luci ana M ari a Girão R ios , Eveline de C astro Bezerra, Juli ana Fonteles M agalhães . Treino Muscular Voluntário Do Assoalho Pélvico.......................................................................... 58 Juli ana L erche V. Roch a P ir es , G isele M ar i a M elo Soar es , L ívi a Paiva M atos , Yandr a C ar l a D e Vasconcelos . Revisando as Terapias que Aceleram o Processo de Reparação Tecidual......................................... 59 T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos , É r ica A lves M agalh ães , M ar i a Sor ely L ima C orr ei a , E lyar a Soa r es , T hi ago H enr ique P into Jovino , Juli ana F onteles M agalh ães . Qualidade de Vida e Incontinência Urinária.................................................................................. 60 Ítalo P into , Igor D e Sousa , M ateus R amos , Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es . Revisando os Conceitos da Esclerose Lateral Amiotrófica.............................................................. 61 C amil a Vasconcelos Roch a , D yély D e C arvalho O liveir a C ampos , Geysl a A lynne B arbosa Da S ilva , M ayar a Nunes D e M elo , Najl a D e A ndr ade R ayes , R achel F err eir a C oelho , M icheline F r eir e A len car C osta . Promoção da Saúde de Crianças e Adolescentes com Necessidades Educativas Especiais................ 62 F r ancisco R afael , E dilberto F rota Rosiléa A lves D e Sousa . As Possíveis Alterações Respiratórias na Doença de Parkinson....................................................... 63 T h ainá C ar doso C osta , T hi ago H enr ique P into Jovino , R enata S antos A lmeida , T hi ago Br asileiro de Vasconcelos , E míli a C astelo Br anco Fortalez a . Análise dos Serviços de Fisioterapia de Fortaleza-Ce que Atendem Pacientes Amputados de Membro Inferior.................................................................................................... 64 M ari a R anielly C ol ares Pinheiro, Emileide Alencar Gomes De Oliveira, Paul a Nayra Soares De Olivei ra , Fabíol a A raújo Paiva, D enise M ari a S á M achado D iniz. Climatério e Incontinência Urinária.............................................................................................. 65 A r i ana Sobr eir a , Vander lei George Muniz M esquita , M árci a Studart Rôl a , S ilvâni a M ar i a S antos F igueir edo , Juli ana L erche V. Roch a P ir es . Disfunções Genito-Sexuais Femininas............................................................................................ 66 A na K elly F err eir a C avalcante , C ar en K elly E vangelista Rodr igues , D ébor a Mor eir a Ver íssimo , M ar i a C onceição dos S antos , C leoneide Paulo O liveir a P inheiro . Disfunções Sexuais Femininas........................................................................................................ 67 R enata Garci a Soares , Mônica Nogueira Brayner , Natáli a Gonçalves Vieira , Sérgio Pinheiro da Silva , T ereza C ristina T eles S. Matos , Juli ana Lerche Vieira Rocha Pires . Disturbios do Assoalho Pelvico e os Aspectos Psicologicos............................................................. 68 Nádi a Nogueira Gomes , R anniere F urtado Oliveira Pinheiro. de Aquino, Vanessa Azevedo Mendonça, C leoneide Paulo Diversão e Educação Postural: Uma Experiência de Produção de Materiais Educativos para Crianças e Adolescentes........................................................................................ 69 C amil a B arbosa A r aújo , R enata Monteiro B astos , Rosiléa A lves de Sousa . Dor Pélvica: Revisão Bibliográfica................................................................................................. 70 A ndr éa M ar a D e A r aújo Bezerr a , A r i adna S anti ago Nogueir a , M ar i a Vanessa P ir es D e Mour a , T ici a ne B r aga S ombr a , Vanessa L acer da G ir ão , Juli ana L erche Vieir a R och a P ir es . Estudo Comparativo dos Efeitos da Vincristina e Cisplatina no Esvaziamento Gastrointestinal em Ratos.............................................................................................................. 71 D yély D e C arvalho O liveir a C ampos , A na K elly Lucas P inho , K áti a V. Vi ana C ar doso Br aga . Estudo de Revisão Bibliográfica Sobre Espirometria de Incentivo................................................. 72 Paul a Nayr a Soar es D eoliveir a , José A irton M ir anda Forte F ilho , I ngr id M ar i a A rcanjo D e Souz a , A il a M ar i a Da S ilva Bezerr a , D enise M ar i a S á M ach ado D iniz . Investigação Farmacológica do 1,8-Cineol (Eucaliptol) nas Pressões Pulmonares em Cobaias Submetidas a Modelo de Asma................................................................................... 73 R annier e G urgel F urtado de Aquino , Nádi a Nogueir a G omes , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Farmacoterapia no Paciente Obstrutivo Crônico (Dpoc)............................................................... 74 R annier e Gurgel F urtado de Aquino, Nádia Nogueir a Gomes , Vasco P inheiro Diógenes B astos . Incidência de Complicações Pulmonares no Pós-Operatório de Colecistectomia........................... 75 T hi ago Br asileiro de Vasconcelos , M árci a r i a S á M ach ado D iniz . de O liveir a Belém , E line B arros Damasceno , D enise M a - Incontinência Fecal: Uma Revisão.................................................................................................. 76 Juli ana Roberto G omes da S ilva , R ebeca S intique Bezerr a M aciel , R ejane M artins de O liveir a , T hi a go B r asileiro de Vasconcelos , Juli ana L erche Vieir a R och a P ir es . Incidência de Complicações Pulmonares no Pós-Operatório de Colecistectomia............................................................................................................................. 77 T hi ago Br asileiro de Vasconcelos , M árci a r i a S á M ach ado D iniz . de O liveir a Belém , E line B arros Damasceno , D enise M a - Incontinência Fecal: Uma Revisão................................................................................................. 78 Juli ana Roberto G omes da S ilva , R ebeca S intique Bezerr a M aciel , R ejane M artins de O liveir a , T hi a go B r asileiro de Vasconcelos , Juli ana L erche Vieir a R och a P ir es . Lesões Pulmonares e Doenças Respiratórias Causadas Pelo Abaco................................................. 79 R annier e G urgel F urtado de Aquino , Nádi a Nogueir a G omes , Vasco P inheiro D iógenes B astos . Análise do Nível de Procura por Palmilhas Órtopédicas Corretoras de Pés Planos na Cidade de Fortaleza.................................................................................................................. 80 F l áv i a R avan y C ar neiro , T hi ago Br asileiro de Vasconcelos , Vanessa da P onte A rruda , R aoni S ilveir a C ar neiro , M árci a de O liveir a Belém . Prevalência de Patologias Neurológicas nas Crianças Atendidas na Equoterapia Paraíso em Fortaleza-Ce.................................................................................................................................. 81 F elype R égis T eixeira Gomes , A ndréa T eles de Menezes , Eline Barros Damasceno , Michelly dos Santos Camelo , T hi ago Brasileiro de Vasconselos , C ristina de Oliveira Brasil . O Lúdico na Educação em Saúde para Crianças e Adolescentes..................................................... 82 R enata Monteiro B astos , C amil a B ar nosa A r aújo , Rosiléa A lves de Sousa . Diálise........................................................................................................................................... 83 É r ica A lves M agalh ães , E veline D e C astro , G iovana M ar i a L emos , Juli ana L erche . Passado Escolar De Estudantes De Fisioterapia Da Fic.................................................................. 84 K am yl a de O liveir a e S ilva , P r iscil a da S ilva B azilio , M aitê da S ilva L ima , Ger mana F igueir edo L ima R aimunda H er melinda M ai a M acena . CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 13 Diagnostico Em Fisioterapia Diagnostico Em Fisioterapia CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 14 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO ESOFAGECTOMIA TOTAL DEVIDO A CÂNCER DE ESÔFAGO DE A nn y C aroline F err eir a D e C arvalho G isele M atoso INTRODUÇÃO: A esofagectomia, que consiste na retirada de parte ou de todo o esôfago, apesar de apresentar elevado índice de complicações, permanece como tratamento de escolha no câncer de esôfago. Os pacientes que sofrem incisões cirúrgicas no tórax e abdome superior passam por alterações temporárias na função respiratória, levando a um comprometimento e prejuízo da mesma, podendo, assim, ocasionar complicações pulmonares no período posterior a cirurgia, como: atelectasia, derrame pleural, pneumonia, infecções traqueobrônquicas, insuficiência respiratória aguda e embolia pulmonar. A fisioterapia respiratória tem sido utilizada com o intuito de prevenir as complicações pulmonares pós-operatórias, principalmente em pacientes de risco, com história de doença pulmonar, tabagismo, obesidade, desordens neuromusculares e idade avançada. OBJETIVO: Analisar a importância da fisioterapia no pós-operatório de esofagectomia total devido a câncer de esôfago. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo do tipo relato de caso que foi desenvolvido no Hospital Geral Doutor César Cals, no período de 09(nove) a 20 (vinte) de fevereiro de 2009, apartir de prontuário e a realização de 10 atendimentos fisioterapêuticos, com uma média de duração de 25 minutos cada. Foi selecionado um paciente do sexo masculino , 52 anos, que se encontrava no 4º pós-operatório de esofagectomia total por carcinoma epidermóide infiltrativo de esôfago, e apresentava em seu prontuário a prescrição de Fisioterapia Motora e Respiratória. A avaliação fisioterápica realizada no 4º PO evidenciou expansibilidade torácica direita reduzida, tosse produtiva com expectoração esbranquiçada, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído bibasal e ruídos adventícios. O protocolo de atendimento adotou as técnicas de estimulação diafragmática, direcionamento de f luxo, padrões ventilatórios, vibrocompressão e descompressão torácica, máscara de EPAP, RESPIRON, cinesioterapia ativa livre e estímulo a deambulação precoce. RESULTADOS: Após os 10 atendimentos fisioterápicos, o paciente encontrava-se com expansibilidade torácica simétrica, tosse seca e boa mecânica pulmonar, sem aumento do trabalho respiratório e sem fazer uso de musculatura acessória. Na ausculta pulmonar o murmúrio vesicular estava universalmente presente sem ruídos adventícios. O paciente encontrava-se deambulando, com força e amplitude de movimento normal, sem presença de atrofia muscular, rigidez ou bloqueios articulares. CONCLUSÃO: O protocolo de atendimento fisioterapêutico escolhido, constituído de procedimentos desobstrutivos e expansivos, além de repercutir positivamente nas alterações pulmonares presentes no período pós-operatório, foi também capaz de prevenir o estabelecimento de outras possíveis alterações respiratórias. Palavras-Chaves: Fisioterapia. Esofagectomia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 15 ANÁLISE DO VO2 MÁXIMO E DA GLICEMIA DE IDOSOS PARTICIPANTES DE UM PROGRAMA DE ATIVIDADE FÍSICA DO BAIRRO JÓQUEI CLUBE EM FORTALEZA-CE E mileide A lencar G omes de O liveir a Munick L inh ar es P ierr e Fabíol a A r aújo Paiva M arcus Vinícius Strozberg D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: Caracterizado como país jovem, o Brasil está ficando velho muito rapidamente e o melhor modo de otimizar e promover a saúde no idoso é prevenir as patologias comuns nesta fase da vida, tais como doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, câncer, osteoporose, osteoartrose e diabetes. A implantação de estratégias de prevenção, como a prática da atividade física regular, poderá melhorar a qualidade e a expectativa de vida do idoso. OBJETIVO: Analisar o VO2 máximo e a glicemia de idosos participantes de um programa de atividade física do Bairro Jóquei Clube. METODOLOGIA: Trata-se um estudo intervencional, descritivo, exploratório, transversal e de natureza quantitativa, realizado no Laboratório de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisiologia do Exercício da Faculdade Integrada do Ceará e em uma instituição que atende idosos, o Conselho Pró-Melhoramento Parque Santa Rosa do Bairro Jóquei Clube, em Fortaleza-Ce, no período de agosto a novembro de 2008. A população foi composta por todos os participantes do Grupo da Amizade do Conselho Pró-Melhoramento Parque Santa Rosa do Bairro Jóquei Clube e a amostra por 3 voluntárias que participavam das atividades físicas do Conselho (grupo experimental) e 3 que não praticavam nenhuma atividade física (grupo controle) escolhidas dentre as funcionárias da rouparia de um hospital público de um bairro vizinho ao Jóquei Clube que apresentaram as mesmas características físicas e clínicas do grupo experimental, porém não faziam parte do projeto em virtude de apenas as 3 voluntárias do grupo experimental terem aceitado participar do estudo. Os dados foram obtidos através da aplicação de um formulário de avaliação, contendo os dados pessoais e clínicos de cada voluntária, os parâmetros mensurados no teste de ergoespirometria (freqüência cardíaca máxima, VO2 máximo, ventilação pulmonar máxima) e nível de glicemia, todos coletados no mesmo dia. Para análise estatística utilizou-se o software SPSS versão 13.0RESULTADOS: Em relação ao VO2 máximo nenhuma das voluntárias do grupo controle atingiu o perfil previsto, enquanto que 33,3% (n=1) do grupo experimental conseguiu ultrapassar o perfil previsto pelo teste. Para o teste de glicemia todas as voluntárias do grupo experimental apresentaram valores dentro dos níveis de normalidade em relação ao grupo controle que apresentou 33,3% (n=1) com níveis glicêmicos maiores que os estabelecidos. CONCLUSÃO: A prática de atividade física pode trazer muitos benefícios a saúde, mesmo quando iniciada em idade avançada. Palavras-chave: Envelhecimento. Glicemia. Atividade física. Consumo de oxigênio. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 16 AVALIAÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: COMPARAÇÃO ENTRE OS PARÂMETROS OBJETIVOS E SUBJETIVOS APÓS O TRATAMENTO FISIOTERÁPICO T ici ana G ir ão S ilveir a José A irton M ir anda Forte F ilho Munick L inh ar es P ierr e A dr i ana P onte C ar neiro de M atos D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: A Sociedade Internacional de Continência define a incontinência urinária como qualquer perda involuntária de urina, que se constitui de uma condição com implicações sociais, causando desconforto e perda da autoconfiança, além de interferir negativamente na qualidade de vida. O tipo mais comum é a incontinência urinária de esforço (IUE), caracterizada por perda involuntária de urina ao esforço físico, tosse ou espirro. Representando um problema psicossocial e higiênico, devendo ser objetivamente demonstrável. OBJETIVOS: Comparar os parâmetros objetivos e subjetivos da avaliação após o tratamento fisioterápico para a incontinência urinária de esforço. METODOLOGIA: Trata-se um estudo descritivo, longitudinal, com análise quantitativa dos resultados realizada na Unidade de Reabilitação dos Distúrbios do Assoalho Pélvico (UREDAPE), pertencente à FIC, no período de agosto a novembro de 2008. A população foi composta por 15 pacientes que se encontravam em tratamento no período da pesquisa e a amostra por 6 voluntárias que apresentavam IUE, as quais realizaram uma avaliação pré e pós-tratamento Fisioterápico. Utilizou-se o pad-test, que mensura a perda de urina, e do perineômetro que avalia a atividade dos músculos do assoalho pélvico (objetiva). A avaliação subjetiva da qualidade de vida das voluntárias foi feita através do King’s Health Questionnaire (KHQ ). Para análise estatística dos dados utilizou-se os testes t’ Student, Wilcoxon e o teste não-paramêtrico do Qui-quadrado. RESULTADOS: As voluntárias realizaram uma média de 7,5 sessões de tratamento com idade de 50,3 ± 9,02 anos, 67% delas eram casadas e todas donas de casa. Não houve incidência de obesidade e tabagismo, hematúria, enurese, noctúria ou disúria entre as participantes, e pouca incidência de desejo pós-miccional e necessidade de força para urinar. Todas relataram urgência urinária e conforto miccional. A média de gestações foi de 3,66± 2,09 partos, sendo 87% por parto vaginal. História de histerectomia e levantamento de bexiga ocorreram em 25% das voluntárias e 50% realizaram perineoplastia. O pad-test pós-tratamento evidenciou uma tendência de melhora, porém não significativa (p= 0,06). Verificou-se um aumento não significativo na atividade das fibras tipo I e tipo II (p=0,31 e p=0,19, respectivamente). Quanto aoKHQ , constatou-se melhora significativa nos domínios relacionados às limitações físicas, sociais e das atividades diárias, e mediadas de gravidades (p=0,018 e p=0,026, respectivamente). Ao se associar as variáveis, observou-se que não existe relação de dependência entre o aumento da atividade das fibras tipo I e II dos músculos do assoalho pélvico e a diminuição da perda de urina, nem entre a qualidade de vida e perda de urina e atividade muscular. CONCLUSÃO: Houve melhora dos parâmetros objetivos e subjetivos, após o tratamento fisioterápico nas pacientes da UREDAPE sem relação de dependência entre as variáveis estudadas. Palavras-chave: Modalidades de Fisioterapia. Incontinência urinária de esforço. Avaliação. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 17 AVALIAÇÃO DO TEMPO DE IMPACTAÇÃO PULMONAR DO 99mTc-MAA NA CINTILOGRAFIA DE PERFUSÃO PULMONAR PARA ANÁLISE DOS EFEITOS DAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Munick L inh ar es P ierr e José A irton M ir anda Forte F ilho Paul a Nayr a Soar es de O liveir a A line C r istine P er eir a Sombr a D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: As pesquisas realizadas com as técnicas de fisioterapia respiratória ainda carecem de maiores evidências clínicas a cerca de seus reais efeitos fisiológicos. Uma das principais formas de avaliá-las é através dos estudos da perfusão e da ventilação pulmonar, os quais expressão a fisiologia da relação V/Q. Os primeiros estudos em humanos foram realizados com macroagregado de albumina humana marcado com iodo-131(131I-MAA), atualmente os traçadores mais utilizados na prática clínica marcados com tecnécio-99m são as microesferas de albumina humana (99mTc-MEAH) e o macroagregado de albumina (99mTc-MAA). Como o diâmetro da hemácia gira em torno de 7,7 µm, partículas com tamanho superiores a este ficarão retidas nos capilares alveolares, dessa forma a homogeneização sendo feita de forma adequada a distribuição radioativa traça um verdadeiro “mapa”, bastante preciso da perfusão regional do pulmão. OBJETIVO: Analisar o tempo de impactação pulmonar do 99mTc-MAA na cintilografia de perfusão pulmonar. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, intervencional e transversal, desenvolvida no Instituto de Medicina Nuclear de Fortaleza-CE e na Faculdade Integrada do Ceará, no período de janeiro a março de 2009 após ter sido submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FIC. Foram selecionados aleatória e equitativamente 20 alunos do curso de Fisioterapia da FIC que estivessem cursando do 4º ao 6° semestre, saudáveis, sem história de patologia pulmonar prévia, não fumantes e fora do período gestacional. Para coleta dos dados infundiu-se em veia periférica do braço ou mão, de acordo com a visualização mais precisa dos vasos, 5mCi99mTc-MAA após preparação seguindo as normas do IPEN. Monitorou-se, a partir do início da infusão, o tempo gasto para visualização (na tela do computador da gama-câmara) da primeira imagem impactada no pulmão do99mTc-MAA e o tempo gasto para a distribuição em todo o espaço pulmonar. RESULTADOS: O tempo médio de impactação no pulmão do 99mTc-MAA, em segundos, foi de 10,95±3,17 e o tempo para visualização total da imagem pulmonar foi de 18,7±6,9. A dose utilizada foi clareada em 12±0,9 horas, ficando uma atividade desprezível de back-groud. CONCLUSÃO: A partir deste estudo, novos horizontes estão despontados para a pesquisa em Fisioterapia Respiratória, visto que o uso da cintilografia de perfusão pulmonar com 99mTc- MAA, pode ser uma forma simples, segura, rápida, sem efeitos sistêmicos e/ou deletérios aos pacientes, de se constatar o comportamento da circulação pulmonar durante a execução das diversas técnicas fisioterapêuticas que ainda carecem de evidência científica. Palavras-chave: Modalidades de Fisioterapia. Cintilografia. Relação Ventilação-Perfusão. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 18 A EFICÁCIA DO INCENTIVADOR INSPIRATÓRIO FLUXO DEPENDENTE NA INALAÇÃO E PERFUSÃO PULMONAR DE VOLUNTÁRIA SAUDÁVEL R enata S antos A lmeida T hi ago H enr ique P into Jovino T hi ago Br asileiro Vasconcelos Monaliz a C ampos O liveir a D enise M ar i a S á M ach ado D iniz Introdução: Um dos dispositivos para expansão pulmonar mais utilizado nos hospitais dos Estados Unidos nos cuidados pós-operatórios é o incentivador inspiratório, visto que objetiva reproduzir a manobra de SMI para reverter as atelectasias e redução do volume pulmonar provocada por problemas pulmonares. Objetivo: verificar o efeito dos incentivadores inspiratório f luxo dependente na inalação e perfusão pulmonar de voluntário saudável. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, intervencional do tipo estudo de caso, realizada em uma voluntária saudável do sexo feminino, 23 anos, estudante e sem problemas pulmonares prévios. Realizada no Instituto de Medicina Nuclear de Fortaleza no período de maio novembro de 2008. A voluntária foi submetida a uma cintilografia de inalação e perfusão pulmonar sem a técnica (imagem controle) e outra (imagem técnica) durante a execução do inspirômetro de incentivo com a utilização do trif lo II. As imagens foram captadas em dias distintos para não haver deposição de material ainda não eliminado. Para a cintilografia de inalação foi nebulizado32mCi de 99mTc associado ao dietilenotriaminopentacetato (DTPA) e para perfusão 8mCi de 99mTc-macro agregado de albumina. Em seguida obteve-se16 imagens cintilográficas na gama câmara, sendo 8 de inalação e 8 de perfusão (anterior, posterior, lateral direita, lateral esquerda, oblíqua anterior direita, oblíqua posterior esquerda, oblíqua anterior esquerda e oblíqua posterior direita). Resultados: Observou-se um aumento na deposição pulmonar na inalação pulmonar para todas as imagens e redução das contagens na perfusão pulmonar para as imagens anterior, oblíqua anterior direita, oblíqua posterior esquerda, lateral direita (posterior), lateral esquerda (posterior), oblíqua anterior esquerda (anterior e posterior) e oblíqua posterior direita (anterior e posterior). As imagens: posterior, lateral direita (anterior) e lateral esquerda (anterior) se mantiveram idênticas e as imagens oblíqua posterior direita (posterior) e oblíqua anterior esquerda (posterior) aumentaram. Conclusão: A técnica de inspirometria de incentivo realizada com um aparelho f luxo dependente aumenta a ventilação pulmonar e parece reduzir o fluxo sanguíneo capilar na cintilografia de perfusão pulmonar. Palavras-chave: Incentivador inspiratório. Cintilografia Pulmonar. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 19 EXAMES COMPLEMENTARES LITERATURA DA PRÓSTATA: UMA REVISÃO DE T er ez a E manuell a Bessa R ebeca S intique Bezerr a M aciel R ejane M artins D e O liveir a T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es Introdução: No Brasil, como em outros países do mundo, o perfil de morbimortalidade por câncer de próstata tem aumentado nas últimas décadas. O câncer de próstata é a sexta ocorrência mais freqüente de casos novos de neoplasia maligna no mundo e a terceira causa de morte mais freqüente entre os homens. Na suspeita de problemas na próstata alguns exames complementares são necessários. O médico urologista realiza o toque retal e solicita a dosagem da proteína sanguínea chamada Prostate Specific Antigen (PSA). Na ocorrência de alterações nestes exames deve-se recorrer à biopsia prostática, para o estudo anatomopatológico. Quando o câncer de próstata (CaP) é confirmado, serão realizados exames complementares para determinar se houve ou não disseminação do processo. Objetivo: Enfocar os atuais exames complementares relacionados à prevenção e diagnóstico das doenças da próstata. Metodologia: Foram analisados artigos de revisão sistemática, artigos originais, relatos de caso, capítulos de livros da área, normas e a legislação vigente no país sobre a temática. A pesquisa da literatura médica e fisioterapêutica ocorreu através de bases de dados como Medline, EMBASE, SciELo, LILACS e Cochrane Library, foram pesquisadas as seguintes palavras-chave: prevenção do câncer de próstata, diagnóstico precoce do câncer de próstata, exame do toque retal e as expressões equivalentes em inglês. De 13 a 15 de fevereiro de 2009, foram acessadas as seguintes palavras-chave: próstata, prevenção do câncer de próstata e exames complementares da próstata. A análise dos artigos baseou- se numa adaptação da Técnica de Análise de Conteúdo e Modalidade Temática. Resultado: Ao todo, foram selecionadas 34 referências voltadas especificamente para o propósito do estudo, sendo 21 em português (61,76%) e 13 em inglês (38,23%). Há indicadores de que a mortalidade por CaP tem diminuído onde ativamente se preconiza o seu rastreamento. A chance de se detectar CaP em um indivíduo após os 70 anos foi aproximadamente cinco vezes maior do que nos com idade inferior a 60 anos. O toque retal encontra sua limitação na baixa sensibilidade e especificidade e na resistência dos pacientes a se submeterem ao exame. Torna-se evidente a necessidade de se obter dados epidemiológicos sobre a realidade do CaP no Brasil e em cada região brasileira. A ocorrência do câncer de próstata foi relacionada a fatores como qualidade de vida, hábitos alimentares e inf luências ambientais, isto demonstra ser possível o seu surgimento. Conclusão: CaP em fase inicial através do conhecimento da evolução do CaP pela população, de métodos de diagnóstico precoce e facilitação nas condições de acesso aos serviços médicos- laboratoriais, com conseqüente melhora no prognóstico da doença. Palavras-chave: Câncer de próstata. Prevenção do câncer de próstata e exames complementares. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 20 HIDROTERAPIA: EFEITOS E TÉCNICAS G ili ar do da S ilva L ima Auror a H elena de O liveir a M artins R aimunda H er melinda M ai a M acena INTRODUÇÃO: A hidroterapia vem sendo indicada e utilizada em programas de reabilitação multidisciplinares. Nos últimos anos, houve um incremento no desenvolvimento das técnicas e tratamentos utilizados no meio aquático. OBJETIVOS: Buscou descrever os efeitos fisiológicos e terapêuticos da água e as principais as técnicas hidroterapêuticas. METODOLOGIA: Assim, este estudo descritivo, transversal e bibliográfico realizado através de fontes secundárias e terciárias entre fevereiro e abril de 2009. Para tanto, foi realizada captação de material em bibliotecas de instituições privadas e no portal da BIREME. Para busca do material foram cruzados os seguintes descritores: hidroterapia, hidromassagem e os qualificadores métodos e utilização. Foram encontrados 12 artigos sendo que apenas quatro possuíam as informações relativas especificamente ao tema em estudo. RESULTADOS: Os achados mostram que as propriedades da água produzem um ambiente de gravidade reduzida que fornece a oportunidade para resistência em qualquer ponto na amplitude de movimento (ADM) e em todas as direções de movimento. Acrescente-se que os tecidos moles são comprimidos, de modo que o retorno linfático aumenta bastante. Por estes motivos, a hidroterapia é benéfica quando se deseja pouca ou nenhuma sustentação de peso, ou quando há inf lamação, dor, retração, espasmo muscular e limitação da amplitude de movimento (ADM), que podem de maneira isolada ou conjunta diminuir a função normal. As técnicas mais utilizadas pela hidroterapia são: Bad Ragaz (visa promover a estabilização do tronco e das extremidades através de padrões de movimentos básicos e às vezes resistidos, realizados segundo os planos anatômicos); Halliwick (utilizado para recuperação de pessoas com problemas neurológicos adota os seguintes princípios: adaptação ambiental, restauração do equilíbrio, inibição e facilitação); Watsu (aplica os alongamentos e movimentos do shiatsu zen na água, incluindo movimentos passivos e mobilização de articulações; o objetivo é relaxar, todos os movimentos são conduzidos pelo professor) e hidrocinesioterapia (exercícios terapêuticos em piscinas, associados ou não aos manuseios e manipulações). C O N C L U S ÃO : Assim pode-se concluir que a água possui diferentes funções terapêuticas que podem ser potencializadas pelo uso de técnicas especificas adequadas a cada necessidade. Palavras-chave: Fisioterapia. Hidroterapia. Modalidades da fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 21 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM COLOPROCTOLOGIA A lisson B atista C amil a Ver íssimo F er nanda Rodr igues M ar i a G onçalves Juli ana L erche INTRODUÇÃO: A avaliação fisioterapeutica em Coloproctologia segue os princípios básicos para uma avaliação generalista, incluindo dados pessoais, anamnese e exame físico. Envolvendo também a exclusão de comprometimento do Sistema Nervoso através de testes que avaliam a integridade neurológica central e periférica. Caso a incontinência esteja associada à dificuldade de deambulação o uso de sanitários ou manuseio de vestuário, é importante realizar uma avaliação funcional da marcha, do equilíbrio, da capacidade de posicionamento, das AVD`s (atividades da vida diária) e da atividade motora manual fina. Nesse caso deve ser realizada uma avaliação no domicílio do paciente. Além desses recursos básicos o fisioterapeuta pode fazer uso de exames complementares, exames estes que o ajudarão a chegar a um diagnóstico. São eles: manometria anorretal, defecografia, colonoscopia, ultrassonografia, ressonância magnética pélvica e latência terminal motora do nervo pudendo. O uso de questionário de qualidade de vida também é um instrumento que pode ser usado a fim de elucidar disfunções que comprometem a integridade do paciente. OBJETIVOS: ressaltar a importância da avaliação fisioterapeutica para obter-se um diagnóstico preciso, traçar um plano de tratamento eficaz e definir as necessidades do paciente e as possíveis abordagens conservadoras ou cirúrgicas. METODOLOGIA: O presente estudo foi elaborado através de pesquisas bibliográficas de livros da área, relatos de caso e artigos científicos. A pesquisa da literatura médica e fisioterapêutica ocorreu através de bases de dados como Medline, EMBASE, SCIELO e LILACS. RESULTADOS: através de nossa fonte de dados, pode-se enfatizar que para a realização de uma avaliação fisioterapeutica em proctologia, faz-se necessário o domínio de toda a anatomia da região e fisiopatologia da doença, dos recursos que serão utilizados, do uso de exames complementares, caso seja necessário, da atuação multidisciplinar dos profissionais envolvidos, da importância de um diagnóstico preciso, de um plano de tratamento eficaz e que trabalhe não só a reabilitação física e funcional, mas também a reinserção e ressocialização, uma vez que distúrbios coloproctologicos limitam a auto-estima das pessoas acometidas. CONCLUSÃO: é inquestionável a participação do fisioterapeuta na avaliação funcional e na abordagem terapêutica do ser humano nos distúrbios coloproctologicos. Porém para que essa atuação seja imprescindível, necessita-se da parte do terapeuta de uma busca incansável pelo conhecimento e domínio de todos os recursos indispensáveis no processo de reabilitação. Palavras-chave: Fisioterapia. Avaliação. Coloproctologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 22 Terapêutica Em Fisioterapia Terapêutica Em Fisioterapia CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 23 A EFETIVIDADE DA ELETROTERAPIA E CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE FORÇA DE CONTRAÇÃO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO E NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÉNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: RELATO DE CASO L eil a Beut tenmüller L aiz a L ima D e ar aújo M elissa M eir eles Nogueir a K élvi a M ar i a O liveir a Borges I sabel L inh ar es Fortuna INTRODUÇÃO: A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida como a queixa de perda involuntária de urina no esforço físico, espirro ou tosse. É o tipo mais comum de incontinência urinária (IU) e a sua prevalência pode variar de 15 a 50% dependendo da população estudada e do critério empregado para o diagnóstico. O tratamento da IUE pode ser cirúrgico ou conservador e no Brasil a abordagem ainda é tradicionalmente cirúrgica. Entretanto, visto que o tratamento cirúrgico envolve procedimentos invasivos que podem ocasionar complicações, são de custo elevado e podem ser contra-indicados em algumas mulheres, atualmente tem surgido interesse crescente por opções de tratamentos mais conservadores. Sendo assim, dependendo do tipo e da severidade da incontinência urinária (IU), o tratamento fisioterápico tem sido recomendado ICS como uma forma de abordagem inicial. OBJETIVO: Relatar um caso de IUE avaliando a eficácia do tratamento fisioterápico com eletroestimulação e exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico (MAP) - cinesioterapia, para a melhora da atividade e da função desta musculatura, favorecendo uma contração consciente e efetiva nos momentos de aumento da pressão intra- abdominal, evitando assim as perdas urinárias. METODOLOGIA: Este estudo foi descritivo do tipo relato de caso realizado no período de 24 de março a 30 de abril de 2009 em um projeto de extensão do curso de fisioterapia da Faculdade Integrada do Ceará (FIC) denominado Unidade de Reabilitação do Assoalho Pélvico (UREDAPE) e. Participou da pesquisa uma paciente de 57 anos, aposentada, casada, cor branca, IMC = 19,31 (normal), com diagnóstico médico de IUE, que relatou perda urinária ao tossir e ao espirrar. Já realizou cirurgia de pieloplastia, referindo o aparecimento de cálculos renais após esse procedimento. Faz uso de medicação para controle do colesterol e prevenção da osteoporose. A paciente, após ter assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação em Pesquisa e respondido o questionário específico, o King’s Health Questionnaire (KHQ ) para a avaliação da qualidade de vida, foi submetida à avaliação funcional do assoalho pélvico (AFA) através do toque bidigital e mensuração da força de contração através do perineômetro de pressão, antes e após as 12 sessões do tratamento a fim de verificar o grau de contração inicial e sua evolução. RESULTADOS: Constatamos que a paciente obteve uma resposta significativa, tendo como base de referência a Tabela de Oxford para a AFA. CONCLUSÃO: A eletroterapia associada à cinesioterapia foram eficazes na IUE, visto que o tratamento possibilitou uma redução significativa da perda urinária, e melhora sensível da qualidade de vida dessa paciente. Palavras-chave: Fisioterapia. Incontinência Urinária. Tratamento. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 24 OS BENEFÍCIOS DA AUTOMASSAGEM NA SÍNDROME DA TENSÃO PRÉMENSTRUAL Vanessa S ilva S anti ago A nahey de D e Souz a S ilva R aimunda H er melinda M ai a M acena INTRODUÇÃO: A síndrome da tensão pré-menstrual (STPM) é caracterizada pelas alterações física, psíquicas e sociais. A automassagem é um dos ramos da massagem chinesa que tem por objetivo favorecer o equilíbrio entre o meio externo (natureza) e o meio interno (organismo) por intermédio da regulação do fluxo energético do indivíduo. OBJETIVO: relacionar os efeitos da automassagem na reversão parcial da sintomatologia da STPM. METODOLOGIA: Este estudo descritivo e documental utilizou fontes secundárias e terciárias em bases de dados Medline e Lilacs Bireme e Scielo, no período de novembro a março de 2009, utilizando- se os unitermos massagem/ref lexologia/terapia de área ref lexa, síndrome pré-menstrual /tensão pré-menstrual e selecionados os artigos que estavam direcionados ao uso de terapêuticas para tratamento da STPM. Nessa etapa foram selecionados 14 artigos. RESULTADOS: Os dados indicam que a STPM foi reclassificada como transtorno disfórico Pré-Menstrual (TDPM) e que não apresenta necessariamente a sintomatologia física enquanto a alteração do humor é grave o suficiente para interferir nas atividades rotineiras ou trabalhistas. Os sintomas da Síndrome Pré – Menstrual podem ser divididos em 2 grupos: somáticos (estados congestivos que afetam principalmente as mamas, abdome e pelve, a retenção hídrica e outras manifestações como a enxaqueca, o aumento da secreção vaginal, dores vagas generalizadas, anorexia, aumento do apetite, diarréia, constipação, sudorese, acne, herpes, insônia, crises asmáticas, aumento de peso temporário, dores lombares e ciáticas, distúrbios alérgicos, crises cíclicas de hipertrofia da tiróide, aerofagia, estados hipoglicêmicos e crises convulsivas) e psíquicos (incapacidade de concentração, labilidade afetiva, perturbações no sono, agressividade, irritabilidade, tensão nervosa, humor variável, depressão, ansiedade, crises dechoro e desânimo).. A automassagem por ser uma técnica manual ativa, com a possibilidade de ser auto-aplicável, pode ajudar a minimizar os sintomas da STPM por possibilitar a redução de edemas, eliminação de toxinas, diminuição da dor, promoção do relaxamento e outros efeitos no organismo. Entretanto, por tratar-se de uma técnica que irá realizar mobilização de linfa, está contra- indicado em mulheres com trombos, queimadura, ferida purulenta e outras patologias. CONCLUSÃO: Diante do exposto, cabe ao fisioterapeuta incluir a orientação e o estímulo à adesão a pratica de automassagem no seu arsenal de ações preventivas e assistenciais em relação à saúde da mulher promotoras da saúde a s que possam comprometer a saúde da mulher. Palavras-Chaves: Fisioterapia. STPM. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 25 ESCOLHA DE RECURSOS TÉRMICOS PARA OSTEOARTROSE DE JOELHO EM IDOSOS: COMPARAÇÃO DO USO DO CALOR E DO FRIO R ebeca Sobr eir a Mota INTRODUÇÃO: A osteoartrose (OA) é uma doença crônica, caracterizada por degeneração da cartilagem articular, com instalação lenta e progressiva, predominando em idosos. As aplicações do calor ou do frio são recursos valiosos na prática terapêutica. OBJETIVOS: Comparar o uso do calor e do frio no tratamento ambulatorial de osteoartrose de joelhos em idosos, verificando qual o recurso de escolha para o tratamento e a aceitação dos idosos para o uso de calor ou frio. MÉTODOS: estudo de campo, descritivo, transversal com estratégia de análise quantitativa. Foram incluídos na amostra 20 fisioterapeutas de ambos os sexos, que atuam na área de traumatologia e Ortopedia, e que atendiam pacientes idosos portadores de OA de joelho (gonartrose) crônica, com uma freqüência de pelo menos um paciente por mês. Foi aplicado um questionário no local de trabalho, que era composto por dados pessoais e das práticas no tratamento da OA, contendo perguntas objetivas e subjetivas, durante os meses de marco a Abril de 2009. o projeto foi aprovado pelo CEP/FIC através do protocolo nº. 136/08. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas clínicas especializadas a maioria dos fisioterapeutas (75%), indica à utilização do calor e do frio no tratamento desses pacientes idosos com OA. Mas quando comparamos a utilização do calor e do frio, predominou entre os fisioterapeutas à aplicação do calor (90%), como recurso mais importante. O calor superficial (Forno de Bier) e o calor profundo (Ultra-som) foi o recurso mais indicado para o tratamento de alívio da dor. Sendo também o recurso apontado como o de maior aceitação e o que os idosos relatam melhor melhora para o tratamento de OA. CONCLUSÃO: O estudo foi útil para conhecer entre os profissionais de reabilitação sobre qual dos recursos devem ser utilizados nos pacientes idosos com OA de joelho. Com bases nestes resultados, sugere que o calor ainda é a forma terapêutica mais utilizada e indicada para o tratamento destes pacientes, mas faz-se necessário realizar novos estudos, com amostras maiores de fisioterapeutas e de clínicas especializadas. Palavras-chaves: Idoso. Osteoartrose. Tratamento. Fisioterapêutico. Calor. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 26 A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO ESOFAGECTOMIA TOTAL DEVIDO A CÂNCER DE ESÔFAGO DE A nny Caroline F err eir a De Carvalho Gisele M atoso INTRODUÇÃO: A esofagectomia, que consiste na retirada de parte ou de todo o esôfago, apesar de apresentar elevado índice de complicações, permanece como tratamento de escolha no câncer de esôfago. Os pacientes que sofrem incisões cirúrgicas no tórax e abdome superior passam por alterações temporárias na função respiratória, levando a um comprometimento e prejuízo da mesma, podendo, assim, ocasionar complicações pulmonares no período posterior a cirurgia, como: atelectasia, derrame pleural, pneumonia, infecções traqueobrônquicas, insuficiência respiratória aguda e embolia pulmonar. A fisioterapia respiratória tem sido utilizada com o intuito de prevenir as complicações pulmonares pós-operatórias, principalmente em pacientes de risco, com história de doença pulmonar, tabagismo, obesidade, desordens neuromusculares e idade avançada. OBJETIVO: Analisar a importância da fisioterapia no pós-operatório de esofagectomia total devido a câncer de esôfago. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo do tipo relato de caso que foi desenvolvido no Hospital Geral Doutor César Cals, no período de 09(nove) a 20 (vinte) de fevereiro de 2009, apartir de prontuário e a realização de 10 atendimentos fisioterapêuticos, com uma média de duração de 25 minutos cada. Foi selecionado um paciente do sexo masculino, 52 anos, que se encontrava no 4º pós-operatório de esofagectomia total por carcinoma epidermóide infiltrativo de esôfago, e apresentava em seu prontuário a prescrição de Fisioterapia Motora e Respiratória. A avaliação fisioterápica realizada no 4º PO evidenciou expansibilidade torácica direita reduzida, tosse produtiva com expectoração esbranquiçada, ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído bibasal e ruídos adventícios. O protocolo de atendimento adotou as técnicas de estimulação diafragmática, direcionamento de fluxo, padrões ventilatórios, vibrocompressão e descompressão torácica, máscara de EPAP, RESPIRON, cinesioterapia ativa livre e estímulo a deambulação precoce. RESULTADOS: Após os 10 atendimentos fisioterápicos, o paciente encontrava-se com expansibilidade torácica simétrica, tosse seca e boa mecânica pulmonar, sem aumento do trabalho respiratório e sem fazer uso de musculatura acessória. Na ausculta pulmonar o murmúrio vesicular estava universalmente presente sem ruídos adventícios. O paciente encontrava-se deambulando, com força e amplitude de movimento normal, sem presença de atrofia muscular, rigidez ou bloqueios articulares. CONCLUSÃO: O protocolo de atendimento fisioterapêutico escolhido, constituído de procedimentos desobstrutivos e expansivos, além de repercutir positivamente nas alterações pulmonares presentes no período pós-operatório, foi também capaz de prevenir o estabelecimento de outras possíveis alterações respiratórias. Palavras-chaves: Fisioterapia. Esofagectomia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 27 A ATUAÇÃO FISIOTERÁPICA NA FIBROMIALGIA Nádi a Nogueir a G omes R annier e G urgel F urtado de Aquino Vasco P inheiro D iógenes B astos Vanessa A zevedo M endonça INTRODUÇÃO: A fibromialgia, anteriormente conhecida como fibrosite, consiste numa síndrome de dor cujo caráter é difuso e crônico. Caracteriza-se pela presença de dor à palpação digital em pelo menos onze dentre dezoito pontos específicos, chamados “tender points”. A síndrome acomete principalmente as mulheres, em idade entre 20 e 60 anos. Uma de suas características é a ausência de achados laboratoriais positivos consistentes. Os pacientes não apresentam alterações evidentes de órgãos ou sistemas, embora relatem níveis elevados fadiga e dor, a qual é o principal sintoma. Há confirmada necessidade de intervenção multidisciplinar no tratamento da fibromialgia, e a Fisioterapia, por sua vez, atua de diversas formas nessa terapêutica, auxiliando o paciente a focar sua atenção em um estilo positivo de vida, além de minimizar os déficits ocasionados pela doença. OBJETIVOS: Conhecer a atuação da Fisioterapia no tratamento de pacientes acometidos de Fibromialgia; apresentar as manifestações clínicas associadas à doença; mostrar aspectos epidemiológicos da fibromialgia. METODOLOGIA: Pesquisa de caráter bibliográfico, cujas informações foram obtidas através de livros e artigos científicos. RESULTADOS: A Fisioterapia pode atuar no tratamento da Fibromialgia com diversos recursos, dentre os quais o alongamento, os exercícios posturais, os exercícios aeróbicos de baixa intensidade como a caminhada, a bicicleta e a hidroterapia, além de condutas complementares como a estimulação elétrica nervosa transcutânea, o laser, a massoterapia e a terapia manual. CONCLUSÃO: A Fisioterapia tem importante papel na terapêutica da Fibromialgia, proporcionando auxílio no controle dos sintomas, o que, sem dúvida, melhora a qualidade de vida dos pacientes. Palavras-chaves: Fisioterapia. Fibromialgia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 28 REVISÃO SISTEMÁTICA COM ENFOQUE NO USO DO REANIMADOR DE MÜLLER COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO Munick Linhares Pierre José A irton Miranda Forte F ilho Paul a Nayra Soares De Oliveir a Adri ana Ponte C arneiro De M atos D enise M ari a Sá M achado D iniz INTRODUÇÃO: O Reanimador de Müller (RM) é um equipamento médico- hospitalar para terapia respiratória de crianças e adultos de qualquer tamanho e peso, pois possui exclusiva válvula de acionamento manual, a qual permite trabalhos prolongados sem fadiga do operador. A pressão máxima regulada de ventilação nunca é excedida, o que garante a segurança do paciente e maior economia de oxigênio. De pequeno tamanho, leve e acondicionado em bolsa, é ideal para o uso em ambulâncias e primeiros socorros. Pode ser conectada a máscara facial, cânula endotraqueal ou a bocal para exercícios respiratórios. A simplicidade de suas peças permite fácil montagem e facilita a esterilização após o uso. Fabricado com materiais resistentes, pode ser utilizado por grandes períodos sem necessidade de manutenção. É uma forma simples e segura de oferecer ao paciente um suporte ventilatório não invasivo. Suas vantagens são: melhora dos volumes e capacidades pulmonares, evita atrofia e incoordenação respiratória; melhora da eficiência da tosse com eliminação de secreção, além de apresentar poucas repercussões hemodinâmicas. OBJETIVO: Analisar os estudos publicados referentes ao uso do Reanimador de Müller como recurso fisioterapêutico. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica no acervo da biblioteca da Faculdade Integrada do Ceará (FIC), consultando-se livros, revistas na área de saúde, monografias, anais de eventos científicos, além de sites de busca da internet. RESULTADOS: Pesquisou-se em 14 livros de fisioterapia respiratória e pneumologia os quais não abordavam o tema em questão; em 329 revistas, encontrando-se 2 que faziam referência ao aparelho; das 31 monografias disponíveis na biblioteca, 3 se referiam ao RM; não havia nos anais de eventos nenhum resumo que mencionasse o RM; na internet, encontrou-se 3 artigos que faziam referências ao aparelho. CONCLUSÃO: Com esse estudo pode-se ampliar o aprendizado sobre as técnicas de Fisioterapia Respiratória, principalmente no que se refere aos efeitos do RM na expansão pulmonar. Ainda há uma enorme carência em se tratando de pesquisas, publicações, trabalhos e conteúdos nos livros a respeito do RM. Dessa forma, faz-se necessário uma maior investigação científica, esclarecendo melhor seu modo de aplicação e suas repercussões. Palavras-chave: Reanimador de Muller. Modalidades de Fisioterapia. Literatura de Revisão como Assunto. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 29 A SATISFAÇÃO DOS PACIENTES COM HIPERTENSÃO ARTERIAL, DIANTE A PREVENÇÃO E CONTROLE, NO PROJETO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL DA FIC Luci a Nunes Pereira Melo D yély de C arvalho Oliveira C ampos Introdução: A hipertensão arterial é um dos problemas médicos mais comuns da população mundial. É muito sério, porque é silencioso e só reconhecido pelas lesões de alguns órgãos. A melhor maneira de prevenir é através de “modificações do estilo de vida”. Embora eficaz, envolve maior empenho do paciente e a efetiva participação familiar, no que diz respeito à dieta alimentar e estímulo à adoção de exercícios físicos. Devido à gravidade do problema necessita-se que as faculdades elaborem projetos para favorecer uma melhora no quadro clínico dos pacientes. O projeto realizado na Fic faz parte do programa de responsabilidade social, este promove Atividades educativas e atividades físicas supervisionadas. Os pacientes, que são em torno de 15 a 20, são monitorizados e acompanhados pelos alunos com supervisão do professor. Os exercícios são realizados no laboratório de fisiologia do exercício, pista de atletismo e academia, e as dinâmicas em grupo são realizadas nos laboratórios de fisiologia do exercício. O projeto visa à melhora na qualidade de vida dos nossos pacientes. Objetivos: Tenho por objetivo neste trabalho, relatar o grau de satisfação dos pacientes do projeto de hipertensão que faz parte dos programas de responsabilidade social da Fic. Metodologia: Trata-se de um estudo de campo do tipo descritivo. Foi realizado no projeto de hipertensão que acontece nos dias de quartas e quintas – feiras, no horário de 14:00 as 16:00 realizado com idosos das comunidades próximas. A coleta de dados se deu através de um questionário semi-estruturado contendo perguntas relativas à satisfação dos pacientes, a melhora na qualidade de vida de cada entrevistado e na satisfação dos métodos realizados durante o projeto. Foram entrevistados e posteriormente os dados da entrevista foram categorizados para uma melhor visualização dos resultados. Resultados: De acordo com a análise de Bardin, onde foram criadas três categorias, sendo estas a satisfação com o projeto, a melhora na qualidade de vida, e a satisfação com os métodos realizados. Apesar de a entrevista ter sido realizada com apenas cinco dos pacientes, observou-se a satisfação que os pacientes relatam durante o tratamento realizado no projeto. CONCLUSÃO: Além de melhorar a qualidade de vida e encontrarem-se satisfeitos com as palestras, com os exercícios e principalmente com os conhecimentos adquiridos sobre alimentação, e até mesmo sobre a própria disfunção do coração. Palavras-chaves: Fisioterapia. Hipertensão arterial. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 30 ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NO PROLAPSO UROGENITAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA R enata S antos A lmeida F elype R égis T eixeir a G omes M ar íli a de Aquino Nogueir a A lmeida I z abel a M ai a C ar neiro Pámel a K ar ine Walter Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es INTRODUÇÃO: O prolapso de órgão pélvico (POP) é definido como o deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal, em direção ao hiato genital. Pode ocorrer a decida da parede vaginal anterior e/ou posterior, assim como do ápice da vagina. As alterações da estática pélvica responsáveis pelo prolapso dos órgãos genitais podem contribuir também para o desenvolvimento da incontinência urinária e, mais raramente, da incontinência anal. Este fato resulta da íntima relação anatômica existente entre os órgãos genitais e os aparelhos urinário e digestivo. A fisioterapia apresenta-se com destaque na atuação em urogineco e coloproctologia. OBJETIVO: Analisar a abordagem da fisioterapia no prolapso urogenital. METODOLOGIA: Trabalho com análise descritiva descritivo, onde foram analisados artigos científicos publicados em revistas científicas, com base de dados da Bireme do mês de abril e maio de2009, assim efetuando uma revisão bibliográfica. RESULTADOS: A maioria das pacientes com prolapso genital exibe poucos sintomas ou são assintomáticos, os destaques da fisioterapia apresentaram-se os exercícios da musculatura do assoalho pélvico com 25%, estimulação elétrica funcional com15% e técnicas de biofeedback com 60%. CONCLUSÃO: A literatura reconhece que os recursos fisioterapêuticos estão sendo destacados no tratamento do prolapso urogenital devido ao papel no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Sendo uma condição multifatorial que afeta mulheres em diferentes faixas etárias, afetando significativamente o bem-estar físico e emocional das pacientes. Neste âmbito, cabe ao fisioterapeuta a intervenção direta e conservadora das técnicas de tratamento contribuindo para melhora da qualidade de vida das mulheres, mudanças no comportamento diário e na sexualidade. Cabe o papel do fisioterapeuta, tratar, reabilitar e reeducar a musculatura do assoalho pélvico, visando melhor prognóstico para o paciente. Palavras chaves: Prolapso. Assoalho pélvico. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 31 ABORDAGEM DATERAPIA MANUALASSOCIADOA ELETROTERMOTERAPIA NA CERVICALGIA F elype R egis T eixeir a G omes E line B arros Damasceno M árci a de O liveir a Belém T hi ago Br asileiro de Vasconselos Vasco P inheiro D iógenes B astos INTRODUÇÃO: Os músculos da região cervical exercem um papel de sustentação do crânio mantendo o equilíbrio da cabeça, assim são músculos que se fadigam mais rápido e vivem em constante tensão. A cervicalgia caracteriza se por uma dor na base do pescoço como uma sensação de peso, que ocorre devido à tensão dos músculos cervicais que aumenta com a fadiga e diminui com o repouso. OBJETIVO: Analisar o uso da terapia manual associado à eletrotermoterapia em pacientes com dores cervicais. METODOLOGIA: Pesquisa de caráter descritivo, comparativo, intervencional e longitudinal com estratégia de análise quantitativa. A amostra foi constituída por9 pacientes portadores de cervicalgia distribuídos em 3 grupos com mesmo número de pacientes, onde o grupo A recebeu tratamento com eletrotermoterapia, grupo B com terapia manual e o grupo C eletrotermoterapia associado à terapia manual. O grupo A foi tratado com aplicação de TENS e ondas curtas, grupo B com alongamentos, pompage, liberação miofascial, massagem superficial e inibições e o grupo C com TENS, ondas curtas, alongamentos, pompage, liberação miofascial, massagem superficial e inibições. RESULTADOS: A efetividade da utilização dos tratamentos durante a avaliação e a reavaliação através da escala visual analógica da dor os resultados finais se mostraram mais eficaz no grupo B e não houve diferença significativa no nível de dor final entre os grupos. O relaxamento da musculatura contribui para melhorar a dor e que pacientes com problemas de ombro não tratado possuem muitas dores na cervical devido à tensão da musculatura. CONCLUSÃO: A terapia manual isolada, que o relaxamento da musculatura associado à respiração correta e os alongamentos são fatores que contribuem de maneira fundamental para melhorar a cervicalgia. Palavras-chaves: Fisioterapia. Cervicalgia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 32 ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DURANTE UM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA: relato de caso Milcéa J. F. Silva Roseane Nobr e Gerl ane A. Silva Giseler M atoso INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo. A cirurgia bariátrica é uma alternativa cada vez mais utilizada no combate à obesidade. No entanto, o pós- operatório dessa cirurgia deve receber atenção especial pelo fato de pacientes obesos apresentarem diminuição dos volumes e capacidades pulmonares, que é agravada pela incisão abdominal, tempo de anestesia e pela dor, podendo resultar em complicações respiratórias. OBJETIVO: Ressaltar a importância da fisioterapia na prevenção de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia bariátrica. MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo relato de caso, realizado no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), durante o período de 22 a24 de abril de 2009. A amostra foi constituída de um paciente do sexo masculino, 51anos, internado no referido hospital onde foi submetido a gastroplastia redutora. Os dados do paciente e o histórico da sua doença foram colhidos no prontuário. Após a realização de uma avaliação fisioterápica, foi iniciado um protocolo de atendimento constituído de exercícios de reexpansão pulmonar como Inspiração profunda, Inspiração em tempos, Sustentação Máxima da Inspiração e Respiron,, executado diariamente no período da tarde durante cinco dias. RESULTADOS: Na avaliação inicial o paciente apresentava uma respiração superficial e murmúrio vesicular diminuído em bases pulmonares. Ao final do terceiro dia de tratamento o paciente não apresentou nenhuma complicação respiratória, houve aumento da expansão pulmonar e melhora na ventilação das bases pulmonares verificada por meio da ausculta pulmonar. CONCLUSÃO: Do ponto de vista fisioterápico, a assistência ao paciente é um processo de prevenir, minimizar e/ou solucionar complicações, ou seja, é uma análise das necessidades para o desenvolvimento de uma conduta. Os resultados observados nesse estudo demonstraram que o tratamento fisioterápico respiratório no pós-operatório de cirurgia bariátrica se destacou como um importante fator no restabelecimento da função pulmonar e na prevenção de complicações respiratórias. Palavras-chaves: Fisioterapia. Bariátrica. Obesidade. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 33 ATENDIMENTO FISIOTERÁPICO EM PACIENTES PORTADORES DE SIDA E NEUROTOXOPLASMOSE: RELATO DE CASO Olga Brito Barbosa Ileana Pitombeira Gomes Juli ana F ernandes Moraes Fabíol a Araújo Paiva INTRODUÇÃO: A síndrome da imunodeficiência adquirida é o conjunto de sintomas e infecções em humanos resultantes do dano específico do sistema imunológico ocasionado pelo vírus da imunodeficiência humana. OBJETIVO: Analisar a evolução do atendimento fisioterápico de um paciente com SIDA e neurotoxoplasmose, durante sua internação através de técnicas respiratórias e cinesioterapia. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo descritivo do tipo relato de caso realizado na enfermaria do Hospital São José no período de 18 de dezembro de 2008 a 19 de fevereiro de 2009, totalizando 64 dias de permanência hospitalar através de análise de prontuário, abordando o histórico da doença, intervenção fisioterápica e evolução. Paciente, traqueostomizado, 39 anos, sexo masculino, com SIDA, neurotoxoplasmose e monilíase oral. Esteve internado durante 13 dias na UTI sob uso da ventilação mecânica por apresentar insuficiência respiratória aguda. Através do exame de raio-X e da ausculta pulmonar diminuída comprovou-se atelectasias em bases pulmonares acompanhada de derrame pleural. Foram realizados 11 atendimentos fisioterapêuticos de aproximadamente 60 minutos cada, sendo utilizadas as seguintes técnicas: vibrocompressão torácica, compressão-descompressão, estimulação diafragmática, aumento do fluxo expiratório e aspiração traqueobrônquica enquanto o paciente estava traqueostomizado, além disso, utilizou-se o reanimador de Muller como recurso. Após a decanulação a conduta foi mantida sendo acrescentada a técnica de sustentação máxima inspiratória e o Respiron® como incentivador. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Posteriormente com a realização diária do tratamento que vinha sendo mantido, observou-se uma melhora na expansão pulmonar, força muscular respiratória, expectoração, fonação, AVD’S e convívio social do paciente. CONCLUSÃO: O conjunto de técnicas fisioterapêuticas utilizadas mostrou-se eficazes para sanar a atelectasia e o derrame pleural, além de proporcionar de uma forma geral uma melhor qualidade de vida do paciente, tornando fundamental o trabalho do fisioterápico na evolução do mesmo. Palavras-chaves: Fisioterapia. SIDA e doenças oportunistas. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 34 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO PROJETO DE REABILITAÇÃO PULMONAR DA FIC NA PRÁTICA DE ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIA DOS PORTADORES DE DPOC, ASMA E BRONQUIECTASIA F l ávi a Arrais de Araújo T ici ana Girão Silveira Fabíol a Araújo Paiva Adri ana Ponte C arneiro de M atos D enise M ari a Sá M achado D iniz INTRODUÇÃO: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma entidade clínica que se caracteriza pela obstrução ou pela limitação crônica do fluxo aéreo, apresentando progressões lentas e irreversíveis, essas alterações se originam da combinação de bronquite crônica e enfisema pulmonar. A Asma brônquica trata-se de uma síndrome clínica, caracterizada por obstrução das vias aéreas, a qual é parcial ou completamente reversível, podendo gerar inflamação das vias aéreas e hiper-responsividade brônquica. A bronquiectasia refere-se à dilatação anormal e irreversível dos brônquios, causadas por alterações destrutivas e inflamatórias das paredes das vias aéreas. Por se tratarem de doenças pulmonares crônicas pacientes que apresentam essas patologias precisam de um maior cuidado e de um tratamento continuado, sendo de grande importância à reabilitação pulmonar. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do projeto de reabilitação pulmonar da FIC no grau de independência funcional dos pacientes na prática de suas atividades de vida diária. METODOLOGIA: Foram analisados todos os prontuários dos participantes do projeto de reabilitação pulmonar da FIC que estivessem em tratamento. Avaliou-se os dados referentes à realização das Atividades de Vida Diária (AVDs), dos testes de caminhada, de membro superior e inferior e de 2 questionários de qualidade de vida (QQV), o SF-36 e o Q-20, pré e pós 3 meses de participação no projeto, além da aplicação de um questionário avaliando o nível de satisfação dos pacientes em relação ao projeto. RESULTADOS: Quanto ao perfil da população estudada pode-se afirmar que a maioria dos pacientes participantes do projeto é do sexo masculino, com uma média de idade de 67 anos, sedentários, sendo a maioria ex-fumantes de longo tempo e portadores de DPOC. Os resultados dos questionários de qualidade de vida SF-36 e Q-20 mostraram uma redução dos valores comparando o período de pré e pós-reabilitação. Na realização dos testes incremental de membro superior e membro inferior e do teste de caminhada de seis minutos, obtiveram-se resultados satisfatórios. Na prática de AVDs, os resultados mostraram uma boa melhora na realização destas atividades, mesmo com algumas delas exigindo um maior esforço físico por parte dos pacientes. O questionário respondido pelos pacientes do projeto mostrou como resultado um ótimo nível de satisfação, obtendo um menor grau de satisfação com relação à avaliação do espaço físico do projeto e dos dados que se referem a sua saúde atual, concluindo que esses pacientes apesar de toda uma melhora não se sentem totalmente felizes frente a sua condição clínica. CONCLUSÃO: O projeto de reabilitação parece ter efeitos benéficos na vida dos pacientes, sendo uma forma indispensável de tratamento para sua melhor qualidade de vida, principalmente no que diz respeito à melhora na prática de suas AVDs. Palavras-chave: Doença pulmonar obstrutiva crônica. Bronquiectasia. Reabilitação. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 35 A INFLUÊNCIA DA TÉCNICA DO BREATH-STACKING NA ANÁLISE DA DEPOSIÇÃO PULMONAR POR RADIOARESSOL R enata S antos A lmeida T hi ago H enr ique P into Jovino T hi ago Br asileiro Vasconcelos M ar íli a D e Aquino Nogueir a A lmeida D enise M ar i a S á M ach ado D iniz Introdução: A reexpansão pulmonar corresponde a um procedimento qual estimula a ação muscular inspiratória através de exercício respiratório que prolonga o tempo inspiratório, tais como a inspiração profunda, a inspiração fracionada ou em tempos e a espirometria de incentivo. Algumas modalidades de expansão pulmonar são usadas atualmente dentre elas os incentivadores inspiratórios. O breath-stacking é uma nova modalidade de expansão pulmonar utilizada inicialmente como uma forma alternativa de mensurar o volume corrente em indivíduos não cooperativos. Vários estudos têm evidenciado que o breath-stacking promove um aumento do volume e da duração da inspiração, facilitando a redistribuição do fluxo de ar alveolar.Objetivo: Analisar a inf luência da técnica do breath-stacking na deposição pulmonar por radioaressol. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, exploratória, intervencional do tipo estudo de caso, voluntário saudável do sexo masculino, 22 anos, estudante e sem problemas pulmonares prévios, realizada no Instituto de Medicina Nuclear de Fortaleza no período de maio novembro de 2008. O voluntário foi submetido a uma cintilografia de inalação e perfusão pulmonar sem a técnica (imagem controle) e outra (imagem técnica) durante a execução do breath-stacking. As imagens foram captadas em dias distintos para não haver deposição de material ainda não eliminado. Para a cintilografia de inalação foi nebulizado 30,1mCi de 99mTc associado ao dietilenotriaminopentacetato (DTPA), sendo nebulizado 10,1mCi e para perfusão 8,7mCi de 99mTc-macro agregado de albumina, injetado 7,7mCi. Em seguida obteve-se 16 imagens cintilográficas na gama câmara, sendo 8 de inalação e 8 de perfusão (anterior, posterior, lateral direita, lateral esquerda, oblíqua anterior direita, oblíqua posterior esquerda, oblíqua anterior esquerda e oblíqua posterior direita). Resultados:Observou-se um aumento na deposição pulmonar de radioaerossol na inalação pulmonar para todas as imagens e redução das contagens na perfusão pulmonar para as imagens anterior, oblíqua anterior direita, oblíqua posterior esquerda, lateral direita (posterior), lateral esquerda (posterior), oblíqua anterior esquerda (anterior e posterior) e oblíqua posterior direita (anterior e posterior). As imagens: posterior, lateral direita (anterior) e lateral esquerda (anterior) se mantiveram idênticas e as imagens oblíqua posterior direita (posterior) e oblíqua anterior esquerda (posterior) aumentaram. Conclusão: A técnica de breath-stacking incrementa de forma significativa a ventilação pulmonar, sem no entanto reduzir o fluxo sanguíneo capilar na cintilografia de perfusão pulmonar. Palavras-chave: Breath-stacking. Cintilografia Pulmonar. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 36 CONDUTAS FISIOTERÁPICAS NO TRATAMENTO DA OSTEOARTOSE Nádi a Nogueir a G omes R annier e G urgel F urtado de Aquino Vasco P inheiro D iógenes B astos INTRODUÇÃO: A osteoartrose, também denominada osteoartrite, consiste num processo de degeneração da cartilagem, o que culmina em densificação e hipertrofia do tecido conjuntivo. É a doença reumática mais freqüente em toda a população mundial, acometendo principalmente as mulheres. Seu quadro clínico inclui dor, rigidez articular, parestesias, diminuição da acuidade proprioceptiva, fraqueza e espasmo muscular, limitações de amplitude de movimento, crepitações articulares, osteófitos, nódulos ósseos e derrame articular. O tratamento para os pacientes com osteoartrose deve ser preferencialmente multidisciplinar, e é notória a contribuição da Fisioterapia. Diversos recursos podem ser utilizados para minimizar as manifestações da osteoartrose e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos por ela acometidos. OBJETIVOS: Conhecer as condutas fisioterápicas utilizadas no tratamento da osteoartrose, apresentar os seus aspectos epidemiológicos e etiológicos, estudar a sua fisiopatologia, e mostrar métodos diagnósticos para essa doença. METODOLOGIA: Pesquisa de caráter bibliográfico, onde as informações foram extraídasde livros e artigos científicos. RESULTADOS: Observou-se que as condutas mais adotadas são os exercícios terapêuticos, tais como as mobilizações passivas, os alongamentos e os exercícios isométricos, a hidroterapia, a massoterapia, as pompages, a reeducação postural, o T.E.N.S. e o ultra-som, além do emprego de órteses e das orientações. CONCLUSÃO: Conclui-se que os recursos fisioterápicos atuam de maneira diversificada e eficiente no tratamento da osteoartrose. Palavras-chave: Fisioterapia. Osteoartrose. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 37 EFEITOS DO FORTALECIMENTO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO NO DESEMPENHO SEXUAL DOS PACIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DA UREDAPE M ar íli a Rom ão C r ispim T ici ana G ir ão S ilveir a Munick L inh ar es P ierr e Fabíol a A r aújo Paiva D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: A incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, segundo a Sociedade Internacional de Continência. Para uma função adequada do trato urinário e da sustentação anatômica, os sistemas urinário, genital e intestinal precisam estar em harmonia. A incontinência pode trazer grande impacto na vida do portador, limitando-o de sair de casa, ter boa convivência familiar e com amigos, diminuição do desejo sexual e algumas vezes abstinência sexual. A incidência da incontinência urinária é muito alta, e a avaliação destes pacientes mostra fraqueza muscular do assoalho pélvico. A fisioterapia através de técnicas não invasivas traz melhora significativa em 80% dos casos. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico no desempenho sexual das pacientes da Unidade de Reabilitação dos distúrbios do assoalho pélvico (UREDAPE) da Faculdade Integrada do Ceará. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa observacional, longitudinal e descritiva. Realizada na UREDAPE, no período de agosto a novembro de 2008. A população foi composta pelos pacientes que se encontravam sob tratamento fisioterápico para incontinência urinária de qualquer natureza e a amostra por 4 voluntárias do projeto. Foi realizado um questionário de qualidade de vida sexual e uma avaliação física que mensurou a força muscular do assoalho pélvico. Após 7 sessões estas pacientes foram reavaliadas e os dados comparados. Para análise estatística utilizou-se o software SPSS versão 13.0, através do test t’student e Wilcoxon. RESULTADOS: Nas pacientes incluídas nesse estudo não houve alteração significativa nas respostas dadas pré e pós-tratamento. Na análise do exame físico, verificou-se que não houve mudanças significativas entre os resultados apurados no pré-tratamento, comparados com os do pós-tratamento. O resultado da força muscular, quando foram comparadas as médias dos dois grupos, não apresentou nível de significância significativo. CONCLUSÃO: A Fisioterapia aplicada através da UREDAPE pode ter efeitos positivos no desempenho sexual das pacientes com incontinência urinária submetidas ao tratamento. Palavras-chave: Modalidades de Fisioterapia. Incontinência urinária. Comportamento sexual. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 38 EFETIVIDADE DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DE UMA PACIENTE COM SIDA E NEUROTOXOPLASMOSE INTERNADA NO HOSPITAL SÃO JOSÉ K arynne C. C astro Natali a M. Hol anda , R afael a P. S antana Fabíol a A r aújo INTRODUÇÃO: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o causador da síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), que tem como característica mais importante a depressão do sistema imune através da perda de linfócitos T CD4+. Essa imunossupressão possibilita o surgimento de várias infecções oportunistas, sendo a neurotoxoplasmose a mais freqüente. Dentre as manifestações clínicas da neurotoxoplasmose encontra-se uma gama de disfunções do Sistema Nervoso Central, como presença de febre, cefaléia, crises convulsivas, alterações de consciência e sinais focais ao exame neurológico, a hemiparesia é uma das mais importantes características. Não há dúvidas de que a Fisioterapia tem muito a oferecer à esses pacientes, prevenindo ou retardando a incapacidade conseqüente à neurotoxoplasmose, diminuindo o desconforto e aumentando a independência. OBJETIVO: Relatar tratamento fisioterapêutico de uma paciente com SIDA e neurotoxoplasmose internada no Hospital São José. MÉTODOS: O estudo tem caráter descritivo, do tipo relato de caso, foi desenvolvido na Unidade C do Hospital São José, no período de 06 a 20 de fevereiro, através de pesquisa em prontuário, sendo abordado a história da doença, a queixa principal, assim como sua evolução clínica e abordagem fisioterapêutica. Paciente D.M.S., 44 anos, do sexo feminino, procurou o hospital devido intensa dor de cabeça, síncope, hemiparesia à D, com diagnóstico de SIDA e neurotoxoplasmose. A paciente logo no segundo dia de internação (2ºDIH) foi admitida na UTI do hospital, com escala de Glasgow=6, saturação de oxigênio 86%, com cateter nasal e com uma acidose metabólica. No 3º DIH foi intubada em ventilação mecânica Assisto/Controlada (A/C), posteriormente passando pra SIMV + PS. No 15º DIH a paciente foi traqueostomizada e continuou em ventilação mecânica. RESULTADOS: Ao decorrer do tratamento, notou-se uma melhora na ausculta pulmonar, a paciente encontrava-se mais acordada. No 7º dia (16/02) de atendimento fisioterápico, foi ocluído o traqueóstomo da paciente, onde notou de imediato a melhora na saturação de oxigênio. A conduta fisioterapêutica se caracteriza por exercícios passivos, ativo-assistidos, promovendo tanto o alongamento dos MMSS e MMII quanto pela cinesioterapia para ganho e manutenção do equilíbrio e coordenação. Faz-se, além disso, o estímulo à marcha, a princípio com auxílio, progredindo depois para a marcha independente. CONCLUSÃO: Há efetividade do tratamento fisioterapêutico na paciente com SIDA e neurotoxoplasmose e sua evolução até o dia que teve alta. Sabe-se que a neurotoxoplasmose é uma das doenças oportunistas que mais afetam os pacientes com SIDA, sendo a hemiparesia um dos problemas mais agravantes. Palavras-Chave: SIDA. Neurotoxoplasmose.Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 39 A EFICIÊNCIA DA FISIOTERAPIA MANIPULATIVA COM AS TÉCNICAS DE LIBERAÇÃO MIOFASCIAL E DO NERVO FRÊNICO NA FUNÇÃO DIAFRAGMÁTICA R ayana C unh a D e Vasconcelos T hi ago Br asileiro D e Vasconcelos S érgio P inheiro Da S ilva M ichelly D os S antos C amelo José M ar i a Da S ilva F ilho Introdução: A fisioterapia manipulativa ou terapia manual consiste em utilizar as mãos para tratar com intenção terapêutica, promovendo o retorno à função normal de seus sistemas. As técnicas de fisioterapia manipulativa têm sido descritas por melhorar a mobilidade da caixa torácica, costelas e coluna torácica; a função pulmonar e qualidade de vida. Objetivo: Tendo o diafragma como principal músculo da respiração, o objetivo do estudo foi avaliar a eficiência da fisioterapia manipulativa com as técnicas de liberação miofascial e do nervo frênico na função diafragmática. Metodologia: Estudo do tipo quantitativo, intervencionista e transversal, realizado no setor de Fisioterapia do Núcleo de Atenção Médica Integrada. Foi composto por 10 indivíduos na faixa etária entre 20 e 30 anos. Após a avaliação inicial, foi realizado um único atendimento com o protocolo específico, constando de 5 técnicas de liberação miofascial e do nervo frênico, tendo duração média de 40 minutos, seguido de uma avaliação final com os mesmos critérios iniciais. Resultados: Identificamos nos resultados, aumento dos valores médios da PImáx de 83,2 ±10,91cmH 2O para 98,6 ± 10,66 cmH 2O, PEmáx de 89,7 ± 9,41 cmH 2O para100,1 ± 9,21 cmH 2O, CVF antes de 92,4 ± 3,65% para 94,9 ± 12,83%, VEF1 de90,8 ± 4,80% para 94,0 ± 4,06% e índice de Tiffenau de 101,3 ± 2,93% para102,0 ± 2,52%. Conclusão: Portanto, os resultados sugerem que os protocolos utilizados a partir das técnicas de fisioterapia manipulativa influenciam na função diafragmática, pois revelaram aumento dos valores médios obtidos na manovacuometria e espirometria, apesar de não serem estatisticamente significantes. Palavras-chaves: Diafragma. Miofascial. Nervo Frênico e Espirometria. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 40 UM ESTUDO COMPARATIVO DA ELETROTERAPIA E CINESIOTERAPIA NA FORÇA DE CONTRAÇÃO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO E NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES COM INCONTINÉNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: RELATO DE CASO L eil a Beut tenmüller L aiz a L ima D e ar aújo M elissa M eir eles Nogueir a , K élvi a M ar i a O liveir a Borges I sabel L inh ar es Fortuna INTRODUÇÃO: A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a queixa de perda involuntária de urina no esforço físico, espirro ou tosse. É o tipo mais comum de incontinência urinária (IU) e a sua prevalência pode variar de 12 a 56% dependendo da população estudada e do critério empregado para o diagnóstico. O tratamento da IUE pode ser cirúrgico ou conservador e no Brasil a abordagem ainda é tradicionalmente cirúrgica. Entretanto, visto que o tratamento cirúrgico envolve procedimentos invasivos que podem ocasionar complicações, são de custo elevado e podem ser contra-indicados em algumas mulheres, atualmente tem surgido interesse crescente por opções de tratamentos mais conservadores. Assim, dependendo do tipo e da severidade da incontinência urinária (IU), o tratamento fisioterápico tem sido recomendado como uma forma de abordagem inicial. OBJETIVO: firmar a eficácia do tratamento fisioterápico com eletro estimulação e exercícios de fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico - cinesioterapia. METODOLOGIA: Este estudo foi descritivo do tipo relato de caso realizado no período de24 de Março de 2009 à 30 de Abril de 2009 em um projeto de extensão do curso de fisioterapia da Faculdade Integrada do Ceará denominado Unidade de Reabilitação do Assoalho Pélvico (UREDAPE). Participou da pesquisa uma paciente de 57 anos, aposentada, casada, cor de pele branca, com IMC = 19,31, que relatou perda urinária ao tossir e ao espirrar. Já realizou cirurgia de pieloplastia e referiu o aparecimento de cálculos renais após esse procedimento. Apresentou diagnóstico médico de incontinência urinária de esforço e faz uso de medicação para controle do colesterol e prevenção da osteoporose. A paciente foi orientada a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a participação em Pesquisa e responder o questionário específico, o King’s Health Questionnaire (KHQ ) para a avaliação da qualidade de vida. RESULTADOS: Após as 12 sessões a paciente foi submetida a uma reavaliação na qual verificou-se que o trofismo estava normal, e em sua avaliação de força do assoalho pélvico obteve uma resposta significativa, tendo como base de referência a Tabela de Oxford. CONCLUSÃO: Eletroterapia associada a cinesioterapia foram eficazes, visto que o tratamento possibilitou uma melhora da perda urinária na execução de exercícios e um aumento sensível da qualidade de vida dessa paciente. Palavras-chaves: Fisioterapia. IUE. Terapeutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 41 FISIOTERAPIA NO PÓS-OPERATÓRIO LAPAROTOMIA EXPLORADORA DE COLECISTECTOMIA E T hi ago Br asileiro de Vasconcelos M árci a de O liveir a Belém E line B arros Damasceno D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: A laparotomia exploradora é a abertura cirúrgica da cavidade peritoneal com finalidade de fornecer uma via de acesso a órgãos infra-abdominais em operações eletivas, via de drenagem de coleções liquidas e como método diagnóstico. : A colecistectomia é um procedimento cirúrgico realizado através de uma incisão lateral comprometendo a hemicúpula diafragmática direita. OBJETIVOS: Analisar a fisioterapia para pacientes no pós-operatório de colecistectomia e laparotomia exploradora. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo documental, no Serviço de Arquivo Médico e Estatístico de um hospital municipal de Fortaleza-CE, no período de março a maio de2008. Foram analisados 100% dos prontuários cirúrgicos de pacientes que realizaram cirurgia abdominal no período de janeiro a dezembro de 2006. Utilizou-se um formulário para registro das CPP, fatores de riscos, bem como o tipo de cirurgia realizada e assistência fisioterapêutica. RESULTADOS: Quanto à faixa etária a média de idade foi 34,513,5, o sexo masculino teve maior índice (68%). A principal CPP foi o derrame pleural (32%). Fisioterapia foi realizada em apenas 40% dos pacientes, tendo como padrão respiratório em tempos, vibro-compressão, A.F.E. e deambulação (24 pacientes) a conduta mais realizada. CONCLUSÕES: Nas cirurgias de laparotomia exploradora as técnicas utilizadas são exclusivamente manuais, podendo-se concluir a importância da utilização e de pesquisa cientifica diante da eficácia das mesmas para que promova uma melhor assistência fisioterapêutica mesmo em instituições que apresentem pouca disponibilidade de recursos mecânicos. Palavras-chave: Fisioterapia. Laparotomia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 42 REVISANDO OS CONCEITOS SOBRE A SÍNDROME DO IMOBILISMO E A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA R enata S antos A lmeida T hi ago H enr ique P into Jovino T hi ago Br asileiro de Vasconcelos C l áudi a M ar a Bentes R ibeiro P er eir a M árci a Virgíni a C astro G omes C h aves C orr ei a INTRODUÇÃO: A síndrome do imobilismo é um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo acamado por um período prolongado. A imobilidade pode alterar também o estado emocional do indivíduo independente da condição que o levou ao decúbito prolongado, podendo apresentar ansiedade, apatia, depressão, labilidade emocional, isolamento social entre outros, sendo considerado decúbito de longa duração a partir de 15 dias. Para cada semana de imobilização completa no leito um paciente pode perder de 10 a 20% de seu nível inicial de força muscular. Por volta de 4 semanas, 50% da força inicial pode estar perdida. OBJETIVOS: A presente pesquisa teve como objetivo mostrar uma revisão dos conceitos existentes sobre a síndrome do imobilismo e onde a fisioterapia pode atuar na mesma, por exemplo, prevenindo e/ou curando as incapacidades funcionais dos sistemas osteomusculares, tecido conjuntivo, tecido articular, sistema respiratório, sistema metabólico, sistemas gastrointestinais, sistemas genitourinarios entre outros. METODOLOGIA: O processo metodológico constou de um estudo quantitativo de caráter exploratório, transversal e descritivo através da análise de fontes secundárias e terciárias. RESULTADOS: A terapia física por nós realizada em leitos hospitalares e residenciais é utilizada para estimular a movimentação e a independência nas atividades, estimular a deambulação, prevenir complicações pulmonares, auxiliar na resolução de patologias pulmonares já instaladas, promover um padrão respiratório mais eficaz, evitar complicações circulatórias, reduzir a dor e manter força muscular e a amplitude de movimentos através da cinesioterapia. CONCLUSÃO: De acordo com os referenciais bibliográficos analisados pudemos observar que a fisioterapia contribui para minimizar os efeitos negativos do imobilismo, tempo de internação e melhora na qualidade de vida daqueles acometidos por tal condição, sendo, portanto, uma prática que deve ser sempre seguida no cotidiano hospitalar e por vezes residenciais. Palavras-chave: Síndrome do Imobilismo. Imobilidade. Tratamento das incapacidades funcionais. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 43 FISIOTERAPIA PREVENTIVA ESCOLAR - ANÁLISE ANTROPOMÉTRICA E ERGONÔMICA EM UMA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL R enata G arci a Soar es Natáli a G onçalves Vieir a S érgio P inheiro Da S ilva T er ez a C r istina T eles S. M atos M ar ineide M eir eles Nogueir a Introdução: A fisioterapia preventiva escolar deve ter grande parte da atenção voltada para os aspectos relacionados á postura. Sabe-se hoje que uma má postura inf luência negativamente no aprendizado do aluno, pois como conseqüência ele poderá apresentar dores, parestesias, limitações de movimentos e cefaléias. A fisioterapia deve agir na atuação preventiva analisando se as carteiras dos alunos e as mesas e cadeiras dos professores estão ergonomicamente corretas de acordo com as medidas antropométricas dos mesmos, a fim de evitar possíveis alterações posturais, estresses e desatenções, proporcionando assim, qualidade de vida tanto dos alunos como dos professores. Objetivos: Descrever a importância da fisioterapia escolar, analisar ergonomicamente o ambiente da escola, analisar as medidas antropométricas dos alunos e professores e identificar quais alterações posturais é mais recorrente nos mesmos. Metodologia: A pesquisa foi realizada durante o mês de outubro de 2008 em uma escola de ensino fundamental. O estudo caracterizou-se como exploratório, qualitativo e quantitativo, sendo realizado medidas ergonômicas de mesas e cadeiras e medidas antropométricas de alunos e professores, além da avaliação postural dos mesmos. Resultados: Foi analisada uma professora com 37 anos e 4 alunos, onde 2 eram do 1º ano e 2 eram do 8ºano, tendo idade entre 8 e 16 anos. Constata-se que tanto a largura, como a profundidade do assento da cadeira do 1ºano estão desproporcionais, bem como a mesa e cadeira da professora. As carteiras dos alunos do 8º ano apresentam desproporções, embora bem menor que as demais. Verificaram-se também alterações posturais como aumento da lordose lombar e anteriorização da cabeça e dos ombros. Conclusão: Apesar de a fisioterapia preventiva escolar ser um campo de atuação que precisa ser melhor explorada, ela é muito importante, pois vai atuar através de palestras educativas para boa postura, adaptações das cadeiras e mesas para os professores e alunos, prevenindo assim de doenças oriundas das alterações posturais e melhorando a qualidade de vida e o aprendizado tanto dos alunos quanto dos professores. Através deste trabalho podemos constatar que a escola não está adaptada aos alunos e aos professores que nela convivem, onde muitos deles apresentaram alterações posturais, sendo as mais comuns, a anteriorização da cabeça e dos ombros e aumento da lordose lombar. Palavras-chave: Fisioterapia preventiva escolar. Ergonomia. Antropometria. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 44 INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM PEDIATRIA H el aine C r istina C oelho L idi ane Vieir a S evero Nai ana Bezerr a M artins Naíl a Nunes M agalh ães Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es INTRODUÇÃO: Classifica-se enurese como a micção involuntária em uma idade em que o controle já deveria ter sido alcançado. Esta é classificada como noturna quando a micção involuntária ocorre durante o sono e diurna com a criança acordada. A Associação Psiquiátrica Americana define como enurético aquele que se molha com cinco anos ou mais.. O termo enurese noturna monossintomática tem sido empregado para as crianças com padrão miccional completamente normal durante o dia ou quando acordadas. Outros pacientes apresentam sinais e sintomas urinários diurnos associados, tais como aumento da freqüência urinária e incontinência. Estes são classificados como portadores de enurese polissintomática. OBJETIVO: Analisar a prevalência e os possíveis motivos da incontinência urinária em crianças, assim como a importância do diagnóstico precoce da mesma. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram pesquisados os transtornos do assoalho pélvico relacionados a incontinência urinária em pediatria, por meio de três bases de dados (Scielo, LILACS, PubMed). RESULTADOS: As alterações da função do trato urinário inferior podem ser divididas em dois grupos: as causadas por alterações neurológicas e as funcionais. As causadas por alterações neurológicas (bexiga neurogênica) resultam mais freqüentemente dos disrafismos espinhais e da paralisia cerebral. As causadas por alterações funcionais ocorrem em crianças nas quais não se detectam evidências de doença neurológica, por disfunção do assoalho pélvico. Estudos mostram que crianças mais jovens apresentam prevalência e intensidade maiores de incontinência urinária, visto que o controle esficteriano se dá por volta dos três anos de idade. Meninas apresentam maior freqüência de intensidade da incontinência, enquanto que a freqüência urinária alterada é mais comum em meninos. CONCLUSÃO: A crença de que sintomas urinários em crianças não necessitam de tratamento porque tendem a desaparecer espontaneamente é incorreta. A importância do diagnóstico precoce deve-se à possibilidade de instituição de tratamento, que além de diminuir as repercussões sociais e psicológicas da incontinência, previne infecções do trato urinário causadas por tal disfunção miccional, que, posteriormente, podem causar dano renal. Palavras-chave: Incontinência. Pediatria. Assoalho pélvico. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 45 PROCESSO DE DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA NA IRA ASSOCIADA À IRpA, SECUNDÁRIA À PNEUMONIA, E ENCEFALOPATIA HIPÒXICA SECUNDÁRIA À PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: ESTUDO DE CASO A nn y C aroline F err eir a D e C arvalho A lessandr a F urtado INTRODUÇÃO: A Insuficiência Renal Aguda (IRA) pode, com freqüência, promover infecções broncopulmonares como forma de complicações extra-renais. A IRA representa a segunda comorbidade mais encontrada em pacientes com diagnóstico de pneumonia que, por sua vez, pode evoluir e desencadear a Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA). Esta representa um dos problemas mais comuns e de maior gravidade clínica encontrados em Unidade de Terapia Intensiva (U.T.I.). A Parada Cárdiorrespiratória (PCR) pode ser conseqüência de várias situações clínicas, sendo definida como uma interrupção súbita da atividade mecânica ventricular e da respiração. Tanto a IRpA como a PCR, correspondem intercorrências clínicas que, na maioria das vezes, cursam com necessidade de intubação orotraqueal e Ventilação Mecânica Invasiva (VMI). Esta se caracteriza pela administração de pressão positiva intermitente ao sistema respiratório por meio de uma prótese traqueal. Ao processo de retirada da VMI, dá-se o nome de desmame. O paciente submetido a VMI deve receber acompanhamento da Fisioterapia. OBJETIVO: Analisar o processo de desmame da ventilação mecânica na IRA associada à IRpA, secundária à pneumonia, e status pós-PCR com conseqüente encefalopatia hipóxica. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo do tipo relato de caso, desenvolvido na U.T.I. e Semi-Intensiva do Hospital de Messejana, no período de 06 a 24 de abril de 2009. Paciente do masculino, 54 anos, intubado, VMI no Interplus, sob monitorização hemodinâmica contínua e com diagnóstico supracitado. A Fisioterapia adotou um protocolo de tratamento baseado na análise de prontuário, exames de gasometria arterial e RX de tórax, parâmetros da ventilação mecânica, monitorização hemodinâmica e avaliações executadas antes e após cada atendimento fisioterapêutico, através da ausculta e inspeção da mecânica respiratória. RESULTADOS: Observou-se que a condição infecciosa de pneumonia associada ao comprometimento neurológico, após PCR, com apresentação de quadro hipersecretivo e rebaixamento do nível de consciência (ECG de 4), repercutiu negativamente na continuidade e tempo de desmame, totalizando 22 dias de permanência no ventilador. Destes, 19 foram em processo de desmame, durante o qual o paciente apresentou insucessos, necessitando retornar a modos ventilatórios de menor autonomia. CONCLUSÃO: Foi verificado que o fisioterapeuta, ao planejar e realizar sua conduta objetivando estabelecer, o mais rápido possível, uma função pulmonar satisfatória, contribui positivamente para a evolução do desmame, sendo, portanto, indispensável sua participação no tratamento de pacientes que encontram-se sob VMI e com proposta de desmame ventilatório. Palavras-chave: Fisioterapia. Parada Cárdiorrespiratória. Insuficiência Renal Aguda. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 46 Outros Temas Em Saúde CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 47 ÉTICA COMO CAMPO DE ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA: UM ESTUDO DE CAMPO L eil a Beut tenmüller K alina K elma O liveir a D e Sousa A na L ígi a C oelho R ibeiro L ízi a L ima M edeiros C leane Fontenele G omes INTRODUÇÃO: Autonomia, adesão ao ideal de serviço, forte identidade profissional traduzida pelo código de ética, e a demarcação do território profissional são constituintes obrigatórios de uma atividade profissional. A estrutura multidisciplinar da área de saúde proporciona espaço para discussões sobre os conceitos de profissões, suas delimitações e responsabilidades. Entretanto percebe-se que o fisioterapeuta ainda depende do encaminhamento médico para realização de seu tratamento. OBJETIVO: analisar conhecimentos, atitudes e práticas do fisioterapeuta em relação aos limites éticos no seu exercício profissional. METODOLOGIA: O estudo é de campo, exploratório, transversal com estratégias de análise quantitativa dos dados. Fisioterapeutas filiados ao CREFITO 6 com atuação de mais de 1 ano em clínicas e/ou ambulatórios foram inclusos na coleta de dados, realizada através de um questionário, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para participação em Pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética da FIC em Dezembro de2007,respeitando as normas da Resolução 196/96 do CNS e do Código de Ética do Fisioterapeuta. RESULTADOS: Observou-se que 80% dos entrevistados têm conhecimento da vigência de leis que protegem a profissão, e classificaram seus conhecimentos sobre os limites éticos profissionais como, bom (50%), ótimo (20%), regular (30%) e nenhum (0%). Verificou-se, ainda, que 70% afirmam que o ato médico interferirá negativamente na profissão. No que diz respeito aos conhecimentos dos limites éticos profissionais, 36% não passaram pela situação de outro(s) profissional(s) invadir o espaço de sua profissão e55% participaram dessa situação durante a prescrição do tratamento (desses, 62% quem ultrapassou o limite ético profissional foi o médico e 38% foi outro fisioterapeuta). Os fisioterapeutas que foram alvo dessa conduta anti-ética por parte de outros profissionais, a prática foi de explicar ao paciente e ao mesmo tempo ao outro profissional o motivo da sua conduta, foi de 37%. CONCLUSÃO: Ainda é alto o índice de agressão ao limite profissional do fisioterapeuta nos ambientes estudados, fato com maior prevalência provocado pelo médico, do qual ainda o fisioterapeuta depende do encaminhamento. Percebe-se a necessidade de união e força da classe, para que possamos ter mais independência, credibilidade e melhora dos conceitos da Fisioterapia pela sociedade. Palavras-chave: Ética. Fisioterapia. Prática profissional. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 48 CÉLULAS TRONCO, ESPERANÇA? C l audi a M ar a Bentes R ibeiro P er eir a T hi ago Br asileiro de Vasconcelos A na R avenna S ales Soar es F r ancisco E dnar do Damasceno S ilvao Vasco P inheiro D iógenes B astoso Introdução: As células-tronco (CT) são chamadas de células-mãe, podem ser definidas como células com grande capacidade de proliferação e auto-renovação, capacidade de responder a estímulos externos e dar origem a diferentes linhagens celulares, essas células podem ser multiplicadas no laboratório e induzidas a formar tipos celulares específicos que quando transplantados, regenerariam o órgão doente. A utilização dessas células para fins terapêuticos pode representar talvez a única esperança para o tratamento de inúmeras doenças ou para pacientes que sofreram algum tipo de lesão. Considerando que as pesquisas e experimentos com células-tronco representam um marco histórico na medicina, ainda existe questionamento sobre alguns métodos utilizados sobre sua eficácia. Objetivo: Revisar os conceitos atuais de células-troncos. Metodologia: Esse estudo é de caráter bibliográfico, descritivo e documental, buscou descrever os conceitos e demonstrar onde as células tronco estão atuando, como em doenças degenerativas e debilitantes. Para tanto, utilizou fontes secundárias e terciárias em bases de dados Medline, Lilacs, Bireme e Scielo, no período de março de2009, realizando-se busca de artigos sobre o tema em estudo. Utilizou os unitermos células-tronco, terapêuticos e proliferação. Resultados: Segundo a literatura as CTs apresentam-se como uma nova forma de terapia para diferentes tipos de doenças irreversíveis e progressivas, como o Mal de Parkison, Osteoporose, Doença de Alzheimer, doenças cardíacas, seqüelas de traumas raquimedulares, dentre outras. Conclusão: Podemos concluir que com as pesquisas do tema proposto devem ser acompanhadas com entusiasmo, uma vez que a ciência se torna mais precisa, com o aumento das populações humanas gera uma necessidade maior de garantir qualidade de vida, contudo, as mesmas precisam seguir corretamente as normas e os protocolos para que não ocorram prejuízos para a saúde mundial. Palavras-Chaves: Células Precursoras. Células Tronco. Unidades Formadoras de Colônias. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 49 USO DE ÁLCOOL E FUMO EM ALUNOS DA FISIOTERAPIA DA FIC A line B arros B árbar a Ly di ane H igor P ir es I ngr id S ilveir a Sousa R afael aVieir a R ayssa Muniz Roberta Vieir a R aimunda H er melinda M ai a M acena INTRODUÇÃO: Na nossa sociedade o consumo de bebidas alcoólicas e o habito de fumar são constantes entre jovens e socialmente aceito. No mundo moderno o ingresso no meio acadêmico torna-se cada vez mais precoce e com ele a necessidade do jovem de realizar ações que o coloquem como parte de um grupo. OBJETIVO: buscou investigar o padrão de consumo de álcool e drogas junto aos alunos do curso de Fisioterapia da FIC . METODOLOGIA: Este estudo de campo de caráter descritivo e de natureza quantitativa. Para tanto, foi aplicado um questionário com 20 perguntas junto à 30 pessoas que cursam o 1º semestre do curso de Fisioterapia da FIC no turno da tarde durante o mês de abril de 2009. RESULTADOS: A maioria são do sexo feminino (67%), com idade entre 17 a 20 anos (60%), naturais da capital do Estado do Ceará (87%), solteiros (83%), católicos (80%), com grau de escolaridade superior incompleto (90%). Em relação ao consumo de álcool 44% relata que bebem mensalmente e preferem cerveja comparado aos outros tipos de bebidas (39%), tendo inicio de consumo de bebida entre 15 aos 20 anos (100%), sendo que 81% da pessoas nunca tentaram parar o consumo. O consumo de fumo (20% ) e de outras drogas ilícitas é baixo (7%). O tempo de inicio do habito de fumar é de 3 anos (50%), com variação de 1 a 10 cigarros por dia (83%). CONCLUSÃO: O consumo de bebidas alcoólicas e fumo são mais frequentes entre as mulheres que cursam o 1o. semestre do curso de Fisioterapia do turno da tarde da FIC. Palavras-chave: Epidemiologia. Fumo. Abuso de álcool. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 50 MOTIVAÇÃO PARA ESCOLHA DO CURSO DE FISIOTERAPIA F r ancisca Nayar a S ilva Rodr igues I sabeau L ima Hol anda R êni a S ama Souz aleal Tat yana M ar i a P into S ilveir a R aimunda H er melinda M ai a M acena INTRODUÇÃO: A Fisioterapia é uma das ciências da saúde especializada no estudo dos distúrbios cinético-funcionais, produzidos por problemas genéticas, acidentais ou por doenças adquiridas. Considerada uma das mais jovens profissões da saúde no Brasil vem se destacando no cenário mundial por suas contribuições à saúde das pessoas. A ampliação do seu campo de atuação possibilitou seu crescimento em termos de quantitativo de profissionais. OBJETIVO: descreveR os fatores que motivaram os alunos a escolher o curso de fisioterapia. METODOLOGIA: Assim, este estudo descritivo, de campo, de natureza quantitativa que. Foram aplicados questionários com 10 perguntas abertas e fechadas junto a 30 alunos cursando diferentes semestres do curso de Fisioterapia da FIC no mês de abril de 2009. RESULTADOS: Os resultados comprovam que a amostra é predominantemente feminina (73%), faixa etária entre 17 a 20 (50%), concluíram o 2º grau (50%), possuem renda familiar entre três e cinco salários mínimos (70%) e informam que pretendiam fazer outro curso antes de se submeterem ao vestibular para fisioterapia (77%). O principal motivo para a escolha da instituição onde iria realizar sua formação profissional foi a própria vontade (53%), relatam que desejam ser profissionais competentes e capacitados ao final do curso (100%). A maioria da amostra acredita estar no curso certo (87%) e já tem definida sua futura área de atuação, sendo que as áreas mais citadas foram Pediátrica e neonatológica (27%), dermatofuncional (20%) e cardio-respiratória (13%). CONCLUSÃO: Aos achados nos permitem afirmar que embora a fisioterapia não fosse a primeira opção profissional, o evento do ingresso neste curso possibilitou uma vinculação afetiva e emocional com o mesmo. Palavras-Chaves: Fisioterapia. Epidmeiologia. Mercado de trabalho. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 51 FISIOTERAPIA PARA PACIENTES HEMOFÍLICOS M elissa M eir eles Nogueir a A na C r is M endes F r eir e M ar ineide M eir eles Nogueir a INTRODUÇÃO: A Hemofilia é um distúrbio de coagulação sangüínea geneticamente determinado, sendo três os tipos mais freqüentes desta coagulopatia, a hemofilia tipo A, B e a doença de Von Willebrand. Sem a intervenção médica através da reposição dos fatores de coagulação e o acompanhamento fisioterapêutico preventivo, com a finalidade de se evitar incapacidade funcional e proporcionar melhor qualidade de vida para esses indivíduos, torna-se muito difícil evitar as complicações músculo-esqueléticas dessa moléstia que inclui limitações de movimentos articulares, hemartrose, hemorragias tissulares, aderências articulares fibróticas, alterações de marcha, assimetria de forças musculares, contraturas e artrite hemofílica; alterando a qualidade de vida dos indivíduos hemofílicos. OBJETIVO: Descrever a atuação da fisioterapia em pacientes hemofílicos. METODOLOGIA: Estudo descritivo, transversal e bibliográfico realizado através de fontes secundárias e terciárias entre março e abril de 2008 buscou descrever a eficácia do tratamento fisioterápico em ambas as fases da doença – aguda e crônica. Para tanto, foi realizada captação de material em biblioteca de instituição privada e em artigos publicados sobre o assunto. Para busca do material foram cruzados os seguintes descritores: hemofilia, tratamento, fisioterapia e terapia comportamental. RESULTADOS: Foram encontrados 8 artigos sendo que apenas 3 possuíam as informações relativas especificamente ao tema em estudo. Os achados mostram que o tratamento precoce é necessário para evitar as complicações da doença. O progresso contínuo do prejuízo articular depois das hemartroses, potencialmente levam a sinovites crônicas, artropatia destrutiva e geralmente à dor. Um programa de tratamento deve incluir cinesioterapia progressiva trabalhando os músculos ligados diretamente à articulação comprometida e todos aqueles que fornecem equilíbrio dinâmico e estático de finalidade funcional, hidroterapia que na fase subaguda fornece uma proteção ao sistema músculo-esquelético e permite a retomada da cinesioterapia, imobilização com possível uso de próteses, crioterapia que pode ser usada como medida profilática, eletroterapia reparando algum déficit neuromuscular e na reabsorção do hematoma assim como para analgesia ou estímulo trófico, incentivo à prática de esportes com baixo impacto, principalmente a natação e ainda terapia comportamental com orientação quanto aos cuidados necessários para evitar as hemorragias. CONCLUSÃO: Cabe ainda ao fisioterapeuta esclarecer os familiares a respeito desta moléstia afim de que possam contribuir de maneira correta no tratamento e evitem comportamentos super protetores. Palavras-Chaves: Fisioterapia. Hemofilia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 52 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL: UMA REVISÃO A ndr essa S antos Fontenele Nath áli a L ima Sousa S ant ’A nna T er ez a E manuell a Bessa Vasconcelos T hi ago H enr ique P into Jovino Juli ana L ershe INTRODUÇÃO: Constipação intestinal trata-se de um distúrbio que afeta uma boa parcela da população mundial. Poderíamos defini-la de maneira bem simples, como uma doença que causa dificuldade em evacuar com freqüência inferior a três vezes por semana. No entanto, algumas pessoas constipadas apresentam evacuação normal, porém com um determinado incomodo relacionado à evacuação difícil, que vem ligado a outros sintomas como decorrência exclusiva do mau funcionamento intestinal, a saber: evacuação insatisfatória, esforço excessivo para evacuar, evacuação incompleta, fezes endurecidas, período prolongado entre uma e outra evacuação, uso auxiliar de manobras digitais na passagem das fezes e a sensação de ânus estreito, associados ou não à distensão abdominal com flatulência. A causa mais comum de constipação crônica é a baixa ingestão de fibras, outro fator importante no desenvolvimento da constipação crônica é a baixa ingestão de líquidos que vai dificultar a hidratação das fezes e sua eliminação. Uma condição fisiológica que está associada à constipação é a gravidez. Uma causa social é quando o indivíduo, por motivos sociais ou de higiene, ignora o desejo de evacuar, retendo as fezes. É bastante comum encontrarmos pessoas que só conseguem evacuar em casa. OBJETIVO: Este estudo tem por objetivo analisar e pesquisar de forma sucinta sobre a constipação intestinal e caracterizar a importância da Fisioterapia através de seus recursos manuais enfatizando a massagem no trato digestivo como um importante auxiliar no tratamento da constipação intestinal. METODOLOGIA: Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica em livros, artigos científicos e sites da internet com coleta de dados, organização e análise de informações, abrangendo estudos sobre os benefícios da intervenção fisioterápica através da massagem abdominal. RESULTADOS: Os movimentos dos intestinos são de extrema importância na impulsão do bolo fecal, favorecendo a eliminação das fezes. A freqüência desses movimentos depende do conteúdo dos intestinos, em relação à presença de água, restos de alimentos e outros componentes. Os resultados confirmam que a massagem no trato digestivo auxilia no sentido de deslocar as matérias e os gases contidos em partes do intestino e de dirigi-los para o reto, auxiliando significativamente a reduzir constipação intestinal, além de promover bem-estar. CONCLUSÃO: Nesse contexto, conclui-se que a Fisioterapia utiliza a massagem no trato digestivo como um importante instrumento de trabalho, visando melhorar a qualidade de vida em pacientes constipados, pois melhora a circulação do abdômen e a função dos órgãos do sistema digestivo, além promover indiretamente um efeito relaxante em todo o sistema digestivo. Palavras-chave: Constipação intestinal. Fisioterapia. Massagem. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 53 ALOJAMENTO CONJUNTO: ESPAÇO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE DA MÃE E DO RECÉM NASCIDO M ar i a José M elo R amos Morganna L opes de M endonça Rosiléa A lves de Sousa INTRODUÇÃO: Alojamento Conjunto é um sistema hospitalar em que o recém- nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe, 24 horas por dia, num mesmo ambiente, até a alta hospitalar. Tal sistema possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais, bem como a orientação à mãe sobre a saúde do binômio mãe e filho. Esta conduta é ofertada às mães e aos recém nascidos (RN) com as seguintes características: mães hígidas, ou seja, na ausência de patologia que impossibilite ou contra-indique o contato com o RN com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico, a critério de elemento da equipe de saúde. Considera-se com boa vitalidade os recém- nascidos com mais de 2 quilos, mais de 35 semanas de gestação e índice de APGAR maior que 6 no 5° minuto. Em caso de cesariana, o filho será levado para perto da puérpera entre 2 a 6 horas após o parto, respeitando as condições maternas. OBJETIVO: Descrever as vantagens do sistema de alojamento conjunto para o binômio mãe e recém nascido, durante a permanência hospitalar após o parto. METODOLOGIA: Estudo documental das Normas Básicas para Alojamento Conjunto do Ministério da Saúde. RESULTADOS: O Alojamento Conjunto tem por vantagens: estimular e motivar o aleitamento materno, de acordo com as necessidades da criança, tornando a amamentação mais fisiológica e natural favorecer a precocidade, intensidade, assiduidade do aleitamento materno, e sua manutenção por tempo mais prolongado fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho, através do relacionamento precoce permitir a observação constante do recém nascido pela mãe, o que a faz conhecer melhor seu filho e, possibilitar a comunicação imediata de qualquer anormalidade oferecer condições à enfermagem de promover o treinamento materno, através de demonstrações práticas dos cuidados indispensáveis ao recém nascido e à puérpera; manter intercâmbio biopsicossocial entre a mãe, a criança e os demais membros da família diminuir o risco de infecção hospitalar facilitar o encontro da mãe com o pediatra por ocasião das visitas médicas para o exame do recém nascido, possibilitando troca de informações entre amboso desativar o berçário para recém nascidos normais, cuja área poderá ser utilizado de acordo com outras necessidades do hospital. Quando a mulher está grávida todas as atenções estão voltadas para o binômio mãe-filho, principalmente se é uma gravidez desejada, com o nascimento do bebê. CONCLUSÃO: Pelas vantagens citadas, torna-se evidente que o alojamento conjunto representa um espaço de promoção da saúde da mãe e do recém-nascido. Palavras-chaves: Alojamento Conjunto. Saúde da Criança. Neonatologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 54 A SAÚDE DO TRABALHADOR NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM FORTALEZA E OS DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (LER/DORT) Morgana . L. E. M endonça R amos , M.ª. José . M Mônica C or deiro X imenes D e O liveir a INTRODUÇÃO: O trabalho, atualmente, é um dos elementos que mais interferem nas condições e qualidade de vida do homem e, portanto, na sua saúde. A partir do Sistema Único de Saúde – SUS, através Portaria nº 1.125/gm de 6 de julho de2005, as questões relacionadas à saúde do trabalhador passaram a fazer parte, por meio das Secretarias de Saúde, da responsabilidade tanto dos programas preventivos, quanto dos atendimento de pacientes com danos decorrentes da atividade produtiva. Os casos de Distúrbios Osteomusculares têm crescido consideravelmente nas últimas décadas, constituindo as mais importantes causas de ausência e incapacitação para o trabalho. O estudo é resultado de uma pesquisa sobre a Saúde do Trabalhador na Construção Civil em Fortaleza e os Distúrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho (LER/DORT) realizado no período de maio a agosto de 2008. OBJETIVOS: compreender o processo da saúde do trabalhador e quais as implicações da DORT e as relações existentes entre saúde, trabalho e doença; Identificar os fatores básicos para reconhecimento e a prevenção das doenças ocupacionais; Apreender a Ler/Dort no quadro da doença e incapacidade dos trabalhadores na construção civil em Fortaleza; M E T O D O L O G I A : Tratou-se de uma pesquisa com análise qualitativa e das Representações Sociais e análise de narrativas para interpretar e buscar compreender o cotidiano dos atores estudados. Utilizamos como complementação metodológica as técnicas de observação direta, de observação participante, de entrevistas semi-estruturadas, de diário de campo, de fotografias e de desenhos. A amostra consta de um grupo formado por cinco trabalhadores da construção civil duas assistentes sociais do INSS, dois médicos do INSS, três fisioterapeutas. Foram avaliados trabalhadores e profissionais na faixa etária ente 20 a 60 que aceitaram participar da pesquisa através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Sobre a saúde dos trabalhadores e dos profissionais foi possível compreender, através das entrevistas, que ainda é difícil o acesso aos operários da construção civil um conhecimento sobre a relação saúde, doença e trabalho. CONCLUSÃO: Ainda há muitas questões a serem esclarecidas para que os trabalhadores possam ter acesso a melhores condições de saúde. Palavras-chave: Ler/dort. Ergonomia. Fisioterapia preventiva. Saúde do trabalhador. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 55 REPERCUSSÃO PSICOSOCIAL DA GRAVIDEZ NO COTIDIANO DA ADOLESCENTE: O QUE DIZ A LITERATURA L ívi a C r istina S ales Vidal Rosiléa A lves de Sousa INTRODUÇÃO: A gravidez se caracteriza por acarretar transformações tanto físicas, quanto psicológicas. Com o início da vida sexual cada vez mais precoce, soma-se ao impacto da gestação, o fato de esta condição se apresentar cada vez mais cedo na vida da jovem. Assim, a gravidez na adolescência tem se tornado um sério problema de saúde pública, que traz consequências graves para a gestante, para a família e para a sociedade. OBJETIVO: Refletir sobre a repercussões psicossociais da gravidez na adolescência. METODOLOGIA: Pesquisa bibliográfica em bases de dados que contenham publicações recentes, com busca norteada pelos seguintes descritores: gravidez e adolescência. RESULTADOS: A grande maioria das adolescentes grávidas não tem condições financeiras nem emocionais para assumirem a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas fogem de casa e quase todas abandonam os estudos. Assim, as alterações psicológicas decorrem da dificuldade das adolescentes em adaptarem-se à sua nova condição, gerando sentimentos como ansiedade, depressão e hostilidade. Comprovando este cenário desfavorável, as taxas de suicídio nas adolescentes grávidas são mais elevadas em relação às não grávidas. CONCLUSÃO: As consequências identificadas na literatura justificam a necessidade de maior atenção à saúde sexual e reprodutiva da adolescente, ofertando aconselhamento para anticoncepção como uma forma de prevenir a gravidez e, quando esta já está instalada, oferecendo apoio afetivo e emocional para a gestante adolescente. Palavras-chaves: Obstetrícia. Gravidez na adolescência. Saúde sexual e reprodutiva. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 56 FATORES QUE INTERFEREM NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA. T hi ago Brasileiro De Vasconcelos Giovana M ari a Santos Lemos Luci ana M ari a Girão R ios Eveline De C astro Bezerra Juli ana Fonteles M agalhães INTRODUÇÃO: A pele é o maior órgão do corpo humano, tendo como principais funções: proteção contra infecções, lesões ou traumas, raios solares e possui importante função no controle da temperatura corpórea. O estudo da cicatrização da pele envolve uma enorme gama de eventos e de situações especiais, exigem conhecimentos básicos de anatomia, histologia, bioquímica, imunologia, farmacologia, eletroterapia entre outras ciências. Dos fatores gerais que interferem a cicatrização destacamos a idade; o estado nutricional do paciente; a existência de doenças de base; obesidade; disfunção renal; tabagismo; estado imunológico; quimioterapia; irradiação; doenças crônicas e quadros infecciosos sistêmicos. OBJETIVO: O artigo faz uma revisão dos conceitos de cicatrização, em seus diversos aspectos, dando ênfase aos fatores que interferem na cicatrização de feridas. METODOLOGIA: Foram analisados artigos, capítulos em livros- texto, normas e a legislação vigente no país por meio das bases de dados Medline, EMBASE, SciELo, LILACS e Cochrane Library. Foram pesquisadas as seguintes palavras-chave: cicatrização de feridas, a pele, fatores que interferem na cicatrização, sistema tegumentar e as expressões equivalentes em inglês e espanhol. A análise dos artigos baseou-se numa adaptação da Técnica de Análise de Conteúdo, modalidade Temática. RESULTADOS: Foram selecionadas37 referências, sendo 12 em português (32,43%), 24 em inglês (64,86%) e 01 em espanhol (2,70%). O impacto social e econômico da cronificação de feridas e suas conseqüências, devido à infecção local ou sistêmica, tem sido alvo de grande preocupação por parte dos profissionais. O sucesso no tratamento de feridas depende mais da competência e do conhecimento dos profissionais envolvidos, de sua capacidade de avaliar e selecionar adequadamente técnicas e recursos, do que da disponibilidade de recursos e tecnologias sofisticadas, há a necessidade de estabelecer metas realistas, que considerem os diversos fatores, como o diagnóstico preciso do tipo de lesão e seu estágio cicatricial, e critérios clínicos e técnicos, isto vai permitir a correta tomada de decisão sobre as medidas a serem implantadas e os recursos que serão utilizados. CONCLUSÃO: A cicatrização de feridas consiste em uma perfeita e coordenada cascata de eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a repavimentação e a reconstituição do tecido. A atuação multidisciplinar e uma avaliação geral do paciente são os fatores mais importantes do processo de tratamento de feridas, pois toda e qualquer proposta de intervenção deve levar em conta não só a lesão a ser tratada, mas o portador da mesma, com suas características e necessidades, evitando assim, as possíveis complicações da lesão tecidual. Palavras-chave: Cicatrização de feridas. Fatores que interferem na cicatrização e pele. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 57 TREINO MUSCULAR VOLUNTÁRIO DO ASSOALHO PÉLVICO Juli ana L erche V. Roch a P ir es G isele M ar i a M elo Soar es L ívi a Paiva M atos Yandr a C ar l a D e Vasconcelos Introdução: O assoalho pélvico é o conjunto de ligamentos, músculos e fáscias, cujo principal objetivo é sustentar os órgãos abdominais e pélvicos. Também apresenta ação esfincteriana para a uretra, para a vagina e para o ânus; e permite a passagem do produto conceptual durante o parto. A integridade das estruturas do assoalho pélvico é fundamental para a manutenção da continência, impedir prolapsos de órgãos internos e as demais disfunções associadas. O fisioterapeuta pode atuar na manutenção desse perfeito funcionamento através de técnicas de treinamento voluntário e fortalecimento muscular. Dentre essas técnicas pode-se citar a cinesioterapia, o biofeedback e os cones vaginais. A cinesioterapia consiste em contrações musculares voluntárias e repetitivas com objetivo de aumentar a força e a resistência muscular. A cinesioterapia do assoalho pélvico baseia-se basicamente nos exercícios de Kegel. Outros adjuvantes no retreinamento perineal são os cones vaginais, dispositivos intravaginais que fornecem biofeedback tátil e sinestésico, e recrutam fibras musculares; e o biofeedback, aparelho que permite a conscientização do paciente quanto à forma em que se dá essa contração. Dessa maneira, o fisioterapeuta dispõe de vários recursos para promover o treino muscular voluntário do assoalho pélvico. Objetivo: Descrever as formas de atuação da Fisioterapia no treino muscular voluntário do assoalho pélvico. Objetivos Específicos: Descrever os principais métodos fisioterápicos de treinamento voluntário da musculatura do assoalho pélvico, verificar as evidências científicas sobre a eficácia do treino muscular voluntário do assoalho pélvico, e traçar a importância dos profissionais de fisioterapia no tratamento das disfunções do assoalho pélvico. Metodologia: Pesquisa bibliográfica, descritiva e de caráter qualitativo, onde as informações foram extraídas de livros e artigos científicos. Resultados: Muitas pesquisas têm sido realizadas sobre o tratamento fisioterápico das disfunções do assoalho pélvico. Dessa forma, muitos resultados têm sido obtidos favorecendo positivamente a atuação dos fisioterapeutas no campo da urologia. As evidências científicas apontam que o treino muscular do assoalho pélvico, associado ou não a outras técnicas fisioterápicas, contribui de forma significativa para a diminuição das perdas urinárias, redução da noctúria, menor número de absorventes utilizados por dia, aumento da força de contração, aprendizado da contração isolada do assoalho pélvico e aumento da qualidade de vida. Pode-se apontar ainda a ausência de diferenças obtidas nos tratamentos com os diferentes tipos de técnicas de treino voluntário. Conclusão: Por todas essas evidências, fica claro que a atuação da fisioterapia nesse ramo da saúde é fundamental. No entanto, muitos estudos ainda se fazem necessários para fundamentar, comparar e comprovar técnicas específicas. Palavras chave: Assoalho pélvico. Fortalecimento. Treino voluntário. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 58 REVISANDO AS TERAPIAS QUE ACELERAM O PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL T hi ago Br asileiro de Vasconcelos É r ica A lves M agalh ães M ar i a Sor ely L ima C orr ei a E lyar a Soar es T hi ago H enr ique P into Jovino Juli ana Fonteles M agalh ães Introdução: O processo de cicatrização ocorre para restaurar a integridade anatômica e funcional do tecido. Muitos eventos bioquímicos e celulares, dos quais depende a qualidade da cicatriz formada, estão envolvidos neste processo, que resulta da resposta tecidual à lesão. O processo de reparação tecidual é dividido, de modo geral, em três fases, de limites não muito distintos, mas sobrepostas no tempo: 1) inflamação; 2) formação do tecido de granulação com deposição de matriz extracelular; e 3) remodelação. O reparo das feridas e sua reestruturação constituem mecanismo complexo, em que vários fatores contribuem para a criação de diversos tipos de cicatrização, como hipertrofia, atrofia ou normotrofia, da área lesionada. Objetivo: Revisar as terapias que aceleram o processo de reparo tecidual. Metodologia: Foram analisados artigos de revisão sistemática, atualização, artigos originais, capítulos em livros-texto, normas e a legislação vigente no país sobre a temática. Sendo assim, este trabalho propôs-se a realizar uma breve revisão da literatura, de forma a identificar as informações mais objetivas e acuradas a respeito das terapias que aceleram o processo de reparo tecidual, tema de extrema importância e ainda pouco explorado nos ambientes acadêmicos e clínicos de nosso país. Pesquisa na literatura médica e fisioterapeutica por meio das bases de dados Medline, EMBASE, SciELo, LILACS e Cochrane Library, usando as palavras- chave: reparação tecidual, terapias para o reparo tecidual, fisioterapia dermatofuncional. Os primeiros acessos foram em16, 17 e 18 de abril de 2009, com as seguintes palavras-chave: reparação tecidual, terapias para o reparo tecidual, fisioterapia dermatofuncional, cicatrização de feridas e as expressões equivalentes em inglês e espanhol. Em 20 e 21 de abril desse mesmo ano, foi feito outro acesso. A análise dos artigos baseou-se numaadaptação da Técnica de Análise de Conteúdo e modalidade Temática.Resultados: Foram encontradas diversas referências sobre o tema, foramincluídas as mais direcionadas ao curso de fisioterapia destacando-se 9 em português e 9 em inglês. Dentre as terapias que aceleram a reparação tecidual destacamos a utilização da vitamina E, laserterapia e ultra-som, todos com a finalidade de retardo do prognostico inicial dos pacientes, processo de reparação tecidual mais evoluído, com maior contração das feridas e maior velocidade de migração epitelial. Conclusão: Diversos estudos têm sido realizados para compreender o processo de cicatrização de feridas, objetivando esclarecer os diferentes aspectos do tecido de granulação, necessitando de outros estudos sobre o assunto, buscando cada vez mais associar o conhecimento científico com a prática. Palavras-chave: Cicatrização de feridas. Tratamento de feridas. Fisioterapia dermatofuncional. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 59 QUALIDADE DE VIDA E INCONTINÊNCIA URINÁRIA Ítalo P into Igor de Sousa M ateus R amos Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es Introdução: A incontinência urinária (IU) é uma doença caracterizada pela perda involuntária de urina. Não conseguir segurar a urina acarreta uma série de outros problemas, como infecção, depressão e vergonha do convívio social, o que força muitas pessoas a um isolamento involuntário, causando diversos prejuízos à qualidade de vida dessas pessoas. Objetivo: Identificar os principais prejuízos à qualidade de vida dos portadores de IU. Metodologia: Revisão bibliográfica através de revistas científicas, livros e base de dados através dos sites. Resultados: A Incontinência Urinária acomete cerca de 50 milhões pessoas em todo o mundo e está diretamente relacionada à qualidade de vida do indivíduo. Cerca de 30% da população feminina tem incontinência urinária acima dos 60 anos. Entre os homens o índice chega a 10%. Observou- se aumento progressivo da incontinência urinária com o envelhecimento. A prevalência é maior nas mulheres devido a fatores anatômicos e o resultado desse incômodo é um sério problema social e de higiene. Conclusão: Através do presente trabalho entendemos que para manter um padrão de vida regular quando se tem incontinência urinaria são necessários cuidados específicos e na maioria dos casos acompanhamento médico e fisioterápico. Ter que se levantar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, não sair de casa por vergonha de não encontrar um banheiro próximo e até mesmo a depressão são algumas dos principais prejuízos dos acometidos pela doença. Todos os fatos citados podem ser amenizados ou extinguidos se diagnosticados e tratados de maneira correta, o tratamento pode ser cirúrgico ou através de métodos alternativos como eletroestimulação, biofeedback, exercícios perineais e cirurgias. Palavras-chave: Incontinência urinária. Qualidade de vida. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 60 REVISANDO OS CONCEITOS DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA C amil a Vasconcelos Roch a D yély de C arvalho O liveir a C ampos Geysl a A lynne B arbosa da S ilva M ayar a Nunes de M elo Najl a de A ndr ade R ayes R achel F err eir a C oelho M icheline F r eir e A lencar C osta Introdução: A Esclerose lateral amiotrófica (ELA) (doença de Lou Gehrig e doença de Charcot) é uma doença neurodegenerativa progressiva, caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, as células do sistema nervoso que controlam os movimentos voluntários dos músculos. É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e o termo esclerose lateral refere-se ao “endurecimento” do corno lateral da medula espinhal, no qual se localizam fibras nervosas oriundas de neurônios motores superiores, formando o trato cortico-espinhal lateral. ELA se desenvolve mais em homens do que em mulheres, mais em brancos do que em negros, geralmente está associada à faixa etária em média de 50 anos e quase sempre não é diagnosticada em sua fase inicial. Objetivo: Rever pesquisas recentes sobre as causas desconhecidas da doença e o meio de tratá-la. Metodologia: O método de abordagem utilizado para a execução deste trabalho baseou-se na pesquisa bibliográfica de livros e artigos científicos, utilizando documentação direta e indireta. A pesquisa foi desenvolvida na Faculdade Integrada do Ceará (FIC). Resultados: Em cerca de 10% dos pacientes com ELA há outros indivíduos envolvidos na família, acometidos pela mesma doença. Em algumas dessas famílias ocorrem problemas no funcionamento da enzima superóxido-desmutase (SOD), substância que normalmente neutraliza as moléculas tóxicas conhecidas como radicais livres, que derivam do funcionamento das células. Quando a enzima não funciona bem, ocorre excesso de radicais livres que podem levar à morte das células. Nos casos em que não há familiares acometidos ainda não se sabe ao certo a causa da doença. Acredita-se que múltiplos fatores estão envolvidos, desde a tendência individual (aumento dos níveis de glutamato, morte celular programada, auto-imunidade) até intoxicações exógenas e infecções virais. A fraqueza muscular é um dos primeiros sintomas da ELA e, em geral, ocorre primeiramente nos membros superiores. Com a evolução da doença, há uma perda de massa muscular. O distúrbio pode provocar ainda outros sintomas como câimbras, reflexos exaltados e involuntários, atrofias musculares, fasciculações, espasticidade, comprometimento da glote e da língua, perda de peso e disartria. Não existe tratamento específico. Cuidados gerais, físicos e psíquicos se impõem. Conclusão: Até o momento, não se conhece a causa específica desta doença. Existe sim, a possibilidade de causas multifatoriais onde estariam envolvidos um componente genético, a idade e algumas substâncias do meio ambiente. Mas, a princípio, não se conhece nenhum fator que predisponha a ELA, nem como é possível prevenir o desenvolvimento da doença. Palavras-Chaves: Fisioterapia. Esclerose lateral amiotrófica. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 61 PROMOÇÃO DA SAÚDE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS F r ancisco R afael E dilberto F rota Rosiléa A lves de Sousa INTRODUÇÃO: A saúde ao ser encarada numa perspectiva sócio-ecológica é considerada como um aspecto essencial para a evolução e desenvolvimento dos seres vivos, sendo, para tal, imprescindível criar as condições para o equilíbrio dos diversos fatores intervenientes no processo saúde-doença. A saúde depende da capacidade de análise, ref lexão, planejamento, decisão, ação e avaliação das situações pelos cidadãos que diariamente se deparam com situações (pessoais ou sociais) que atentam contra a saúde. Neste contexto, os portadores de necessidades educativas especiais são prejudicados, uma vez que a deficiência limita o acesso destes indivíduos a ações de promoção da saúde. OBJETIVO: Refletir sobre estratégias que possam favorecer a compreensão dos conteúdos relativos à promoção da saúde entre crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais. METODOLOGIA: Estudo documental embasado na Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), com apoio de pesquisa bibliográfica em publicações recentes, ou seja, dos últimos cinco anos, cuja busca foi norteada pelos seguintes descritores: educação em saúde e pessoas com necessidades educativas especiais. RESULTADOS: A promoção da saúde de crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais pode e deve se basear nos preceitos da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada em Salamanca, Espanha, de 7 a 10 de Junho de 1994, com representação de noventa e dois países e vinte e cinco organizações internacionais. O relatório final deste evento sugere as seguintes estratégias: crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem receber orientações centradas nas suas vivências e necessidades pessoais e sociais; deve-se manter uma perspectiva inclusiva e combater as atitudes discriminatórias; deve-se facilitar a participação dos pais, comunidades e organizações de pessoas com deficiência em todas as ações dirigidas a este segmento da população. CONCLUSÃO: Estas condutas praticadas com o intuito de promover a saúde de crianças e adolescentes com necessidades educativas especiais aumentarão o interesse pela aprendizagem dos conteúdos ministrados e encorajará a adoção de hábitos de vida saudáveis e a prevenção de situações que possam trazer transtornos à sua saúde. Palavras-chaves: Educação em saúde. Pessoas com necessidades educativas especiais. Criança. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 62 AS POSSÍVEIS ALTERAÇÕES RESPIRATÓRIAS NA DOENÇA DE PARKINSON T h ainá C ar doso C osta T hi ago H enr ique P into Jovino R enata S antos A lmeida T hi ago Br asileiro de Vasconcelos E míli a C astelo Br anco Fortalez a INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson é uma afecção degenerativa do SNC que acomete principalmente o sistema motor. O início do quadro clínico ocorre geralmente entre 50 e 70 anos de idade. Esta doença pode dificultar a mobilização das secreções nas vias respiratórias em decorrência de limitação da mobilidade corporal e do reflexo da tosse, ou por dificuldades na deglutição. OBJETIVO: Enfocar as possíveis alterações respiratórias ocorridas na Doença de Parkinson, as complicações presentes e o tratamento fisioterápico, mostrando que o Parkinsoniano não é apenas um paciente neurológico. METODOLOGIA: O processo metodológico constou de um estudo quantitativo de caráter exploratório, transversal e descritivo através da análise de fontes secundárias e terciárias. RESULTADOS: Em decorrência da deformidade do gradil costal e a subseqüente perda da força muscular respiratória caracteristicamente causam um defeito restritivo e grave, a capacidade vital representa o volume que pode ser expirado após a inspiração máxima. No parkinsoniano a capacidade pulmonar total (CPT), a capacidade residual funcional (CRF), bem como a capacidade vital (CV) ficam diminuídas, porém no volume residual (VR) podem apresentar discreto aumento. Para se obter maior mobilidade torácica deve-se primeiramente utilizar técnicas de relaxamento que promovam a redução da rigidez, para que em seguida se inicie os exercícios, evitando a fadiga muscular. É importante se trabalhar a propriocepção diafragmática e expansão torácica basal melhorando a ventilação pulmonar. A mobilidade da parede torácica pode ser ampliada pelo uso de alongamento e resistência aos intercostais, pela combinação dos padrões de braços e porção superior de tronco associados a exercícios respiratórios. Pressão e contatos manuais podem ser usados para dar ênfase às áreas de pouca expansão torácica, o controle da respiração pode ser grandemente facilitado pelo uso de estímulos tácteis e verbais. CONCLUSÃO: Com o envelhecimento ocorrem várias alterações funcionais no aparelho respiratório, mas a maior parte delas é fundamentalmente dependente da diminuição da elasticidade pulmonar, resultando em menor capacidade de elasticidade do parênquima. Pôde-se observar que no parkinsoniano além das alterações fisiológicas características de sua patologia outras doenças e/ou condições clínicas podem se instalar propiciando uma piora no quadro global do paciente, portanto o fisioterapeuta deve atuar também com técnicas específicas para a prevenção de complicações pulmonares ou melhoria das mesmas quando instaladas. Palavras chave: Parkinson. Pneumofuncional. Sistema. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 63 ANÁLISE DOS SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA DE FORTALEZA-CE QUE ATENDEM PACIENTES AMPUTADOS DE MEMBRO INFERIOR M ari a R anielly C ol ares Pinheiro Emileide Alencar Gomes De Oliveira Paul a Nayra Soares De Oliveira Fabíol a Araújo Paiva D enise M ari a Sá M achado D iniz INTRODUÇÃO: A amputação pode ser definida como a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Em virtude dos pacientes após a cirurgia apresentarem membros residuais com mau acabamento anatômico interna e externamente, esse processo acarretava complicações como má adaptação às próteses e até mesmo reamputações com exagerada freqüência. Por isso, é indispensável a qualquer amputado o processo de reabilitação, pois independente do uso de uma prótese o mesmo necessitará, na medida do possível, voltar às suas atividades de rotina. OBJETIVOS: Analisar os serviços de Fisioterapia de Fortaleza-Ceará que atendem pacientes amputados de membro inferior. METODOLOGIA: Inicialmente foram identificados os serviços de Fisioterapia que prestam atendimento ambulatorial no município de Fortaleza-Ceará, a partir de uma consulta ao CREFITO-6, que forneceu uma lista com todos os nomes e telefones dos serviços cadastrados. Em seguida realizou-se um contato inicial via telefone com cada um dos serviços para detecção da existência de atendimento fisioterápico à pacientes amputados de membros inferiores. Os dados do questionário que foram respondidos pelos fisioterapeutas ou por algum responsável legal do serviço foram coletados e analisados por estatística descritiva através do microsoft office excel 2003 e apresentados em forma de gráficos. RESULTADOS: Dos 331 serviços ambulatórias de Fortaleza, 43 atendem pacientes amputados de membros inferiores, dos quais 37 realizam atendimento privado e 6 público, sendo 2 desses últimos serviços, clínicas escolas pertencentes a instituições de ensino superior privadas e que não cobram pelos atendimentos. Com relação aos níveis de amputação de membros inferiores, 23 serviços realizam atendimentos com maior freqüência a pacientes com nível transtibial, 6 clínicas atendem com maior freqüência o nível transfemoral e 8 centros de reabilitação atendem pacientes amputados a nível transtibial e transfemoral com igual freqüência. Observou-se que de todos os serviços e clínicas entrevistados, que realizam este tipo de atendimento Fisioterápico, 31 dos serviços fazem a reabilitação de pacientes amputados com o uso de meios como bengalas e muletas (órteses), e que somente 12 clínicas realizam no processo de reabilitação do paciente amputado a sua preparação para adaptação com próteses de membros inferiores. CONCLUSÃO: Embora ainda existam em Fortaleza poucas clínicas cadastradas que atendam pacientes amputados, as mesmas dispõem de um serviço de qualidade e tratamento Fisioterápico específico para cada paciente, porém a procura por reabilitação com uso de próteses ainda é pequena em virtude do tempo de espera em que os pacientes que se cadastram pelo município levam esperando pela prótese ou por apresentarem um alto custo financeiro para que sejam confeccionadas. Palavras-chave: Amputação. Próteses e Implantes. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 64 CLIMATÉRIO E INCONTINÊNCIA URINÁRIA A r i ana Sobr eir a Vander lei George Muniz M esquita M árci a Studart Rôl a S ilvâni a M ar i a S antos F igueir edo Juli ana L erche V. Roch a P ir es INTRODUÇÃO: O Climatério (grego: klimaktér, ponto crítico da vida humana) nome científico que descreve a transição fisiológica do período reprodutivo para o não reprodutivo da mulher. É um período na vida da mulher em que os ovários começam a deixar de produzir quantidades adequadas de hormônios (estrogênio e progesterona) e que ocorre por volta dos 35 a 65 anos de idade. O primeiro indício da chegada desta fase que acarreta modificações profundas na vida da mulher é a irregularidade menstrual, isto é, os ciclos menstruais começam a atrasar ou adiantar culminando com a cessação completa das menstruações. A menopausa delimita as duas fases do climatério, o climatério pré- menopausa e o pós-menopausa. É muito comum que surjam sintomas muito incômodos como fortes ondas de calor (fogachos), gerando quadros de insônia, irritabilidade, humor instável, alterações da memória, depressão e angústia. Além disso, ocorrem fragilidade e ressecamento da pele, cabelo e mucosas, dando aspecto de envelhecimento precoce além do surgimento de infecções urinárias freqüentes e dor às relações sexuais (devido ao ressecamento e atrofia das mucosas da vagina e da uretra), osteoporose, que é a diminuição da quantidade de massa óssea, tornando os ossos frágeis e mais propensos às fraturas, principalmente no nível da coluna vertebral, fêmur, quadril e punho. OBJETIVOS: O estudo teve por objetivo trazer mais informações a cerca de distúrbios urinários no período do climatério e suas conseqüências para a mulher. Identificar na literatura uma abordagem sobre a incontinência urinária associada ao climatério. METODOLOGIA: O estudo trata de uma revisão bibliográfica, onde foram analisados dezessete artigos localizados nas bases de dados do Lilacs, Medline e Scielo. RESULTADOS: A maioria dos trabalhos aborda o assunto secundariamente, onde apenas três dos artigos analisados relaciona a incontinência urinária com o climatério. Exploraram-se a queixa de incontinência urinária e os fatores de risco possivelmente relacionados – idade, estrato socioeconômico, escolaridade, cor, paridade, tabagismo, índice de massa corpórea, cirurgias ginecológicas anteriores, estado menopausal e uso de terapia de reposição hormonal. CONCLUSÃO: Diante os artigos analisados podemos notar um alto índice de mulheres com distúrbios urinários no período do climatério e suas diversas conseqüências trazidas a essa parcela da população. O estado menopausal e o uso de terapia de reposição hormonal não modificaram o risco de incontinência urinária de esforço. Apesar de a prevalência de incontinência urinária em mulheres climatéricas ter sido alta, não se mostrou associada aos fatores socioeconômicos e reprodutivos. Pode-se observar a carência de estudos sobre o assunto abordado, bem como a necessidade de implementação de pesquisas na área estudada. Palavras-chave: Fisioterapia. Climatério. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 65 DISFUNÇÕES GENITO-SEXUAIS FEMININAS A na K elly F err eir a C avalcante C ar en K elly E vangelista Rodr igues D ébor a Mor eir a Ver íssimo M ar i a C onceição dos S antos C leoneide Paulo O liveir a P inheiro INTRODUÇÃO: A sexualidade feminina tem sido assunto bastante discutido nos últimos anos, fazendo com que as mulheres entendam cada vez melhor sobre a temática, quebrando mitos e preconceitos e buscando, assim, auxílio mais precoce na apresentação de algum destes distúrbios. A disfunção sexual feminina é definida como a incapacidade de sentir prazer durante as relações sexuais, sendo registrada de alta incidência. OBJETIVOS: Assim, buscamos investigar as principais causas das alterações sexuais que afetam a população feminina. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo documental que visa mapear uma revisão de literatura. R E S U LTA D O S : Os resultados mostraram que em muitos casos, existe uma causa física para as dificuldades sexuais em mulheres sendo os hormônios as causas mais comuns. Os níveis de estrogênio são muito importantes para determinar o melhor desempenho da sexualidade feminina. Alguns medicamentos podem igualmente interferir na funcionalidade sexual da mulher, incluindo antidepressivos, antibióticos e dietética. Existem causas primárias que contribuem para a disfunção sexual neste grupo como cansaço e mudanças relacionadas a causas mentais, depressão, culpa e emoções conflitantes sobre o próprio corpo podendo resultar em experiências sexuais indesejadas. No entanto, existem maneiras de combater este tipo de disfunção sexual. CONCLUSÃO: Grande parte das mulheres pode beneficiar-se da reeducação sexual, visando à informação, o esclarecimento possibilitando a sua liberação sexual, aprendendo assim, a aceitar-se sexualmente e a se conhecer, devendo passar por um processo de reeducação sexual conforme descrito na literatura pesquisada. Palavras-chave: sexualidade, mulheres, disfunção sexual. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 66 DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS R enata Garci a Soares Mônica Nogueira Brayner Natáli a Gonçalves Vieira Sérgio Pinheiro da Silva T ereza C ristina T eles S. Matos Juli ana Lerche Vieira Rocha Pires Introdução: A disfunção sexual é qualquer transtorno físico ou emocional que acarreta em algum prejuízo da função sexual. Tem alta prevalência entre as mulheres, principalmente na fase do climatério e menopausa. As disfunções sexuais femininas envolvem comprometimento do desejo e excitação sexual, do orgasmo, podendo provocar também desconforto e dor na relação sexual.Objetivo: Classificar as disfunções sexuais femininas e abordar a importância da fisioterapia nesses distúrbios. Método: O estudo se fez através de uma revisão bibliográfica que fez uso de publicações em Bancos de dados eletrônicos como: Scielo e Bireme durante o período de 20 a 24 de abril de2009. Bem como, o acervo bibliográfico disponível na biblioteca da Faculdade Integrada do Ceará em 28 de abril de 2009. Resultados: Foram encontrados um livro que abordava o tema e uma revista científica, e nos sites eletrônicos da Bireme e Scielo foram encontradas 5 referências. Conclusão: As disfunções sexuais femininas são classificadas em: Distúrbios do desejo sexual hipoativo, desordem de aversão sexual, desordem de excitação sexual, desordem orgásmica e desordem de dores sexuais incluindo a dispareunia e vaginismo. A abordagem fisioterapêutica se propõe a esclarecer dúvidas a respeito da função sexual e da disfunção sexual, melhorando a consciência corporal e realizando um programa de exercícios terapêuticos, buscando promover uma melhora na sexualidade feminina. Palavras-chaves: Disfunção sexual feminina. Classificação. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 67 DISTURBIOS DO ASSOALHO PELVICO E OS ASPECTOS PSICOLOGICOS Nádi a Nogueira Gomes R anniere F urtado de Aquino Vanessa Azevedo Mendonça C leoneide Paulo Oliveira Pinheiro INTRODUÇÃO: Dentre os diversos distúrbios que acometem a saúde do indivíduo, estão as desordens do assoalho pélvico. Neste conjunto estão inclusas disfunções como a hiperatividade vesical, a incontinência urinária em suas diversas formas, a incontinência anal, a dor pélvica, a constipação crônica, entre outros. A doença coloca o ser humano diante de questões existenciais, como o individuo diante da vida e de si mesmo. Observa-se que, como qualquer enfermidade, a condição de “estar doente” atinge negativamente não apenas a saúde física mas o psicológico interferindo na qualidade de vida. A qualidade de vida é afetada pelo comprometimento de diversos órgãos e funções, incluindo as físicas, as sociais, as mentais e da percepção da saúde em geral. OBJETIVO: Assim, buscamos investigar a terapêutica para estes distúrbios incluindo as de natureza psicológica descrito na literatura. Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico com levantamento literário em livros, revistas e bases de dados eletrônicas. RESULTADOS: Os achados demonstram que se tornam necessário que o tratamento para tais distúrbios consista numa ação inter e multidisciplinar, não só com médicos e fisioterapeutas, mas também com a participação de psicólogos, enfermeiros psiquiatras e psicoterapeutas. CONCLUSÃO: Fornecer espaço para a atuação destes profissionais é, sem dúvidas, um investimento que se faz na saúde do paciente, possibilitando-lhe melhor bem-estar e acompanhamento clínico e psicológico de qualidade. Além disso, é preciso que cada profissional tenha sensibilidade suficiente para lidar com situações em que o emocional do paciente está envolvido, inf luenciando na evolução da doença e na sua resolução. Palavras chave: Distúrbios do assoalho Pélvico. Tratamento Psicológico. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 68 DIVERSÃO E EDUCAÇÃO POSTURAL: UMA EXPERIÊNCIA DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS EDUCATIVOS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES C amil a B arbosa A r aújo R enata Monteiro B astos Rosiléa A lves de Sousa INTRODUÇÃO: No âmbito das iniciativas de educação em saúde encontra-se a proposta de produzir materiais impressos que possam veicular informações sobre temas de promoção da saúde. A partir do diagnóstico das agressões ao corpo humano decorrentes de hábitos posturais inadequados, tais como a forma de crianças e adolescentes sentarem e carregarem suas mochilas, entre outras, surgiu o interesse de elaborar um manual de educação postural baseado em sugestões de Aladin e Jasmim, dois personagens de desenhos animados, sobre como realizar atividades de vida diária mantendo o corpo em uma posição correta, além de jogos educativos para verificação de aprendizagem das informações apresentadas pelo referido casal. Esta proposta baseia-se no entendimento de que este momento de leitura e resolução de jogos educativos pode se constituir em uma oportunidade de diversão e de educação sobre posturas adequadas. OBJETIVO: Descrever o manual de educação postural dirigido a crianças e adolescentes. METODOLOGIA: Estudo descritivo sobre o conteúdo do manual em questão. RESULTADOS: O manual possui 13 páginas, iniciando por uma capa com os personagens e o título do manual, as 8 laudas seguintes apresentam informações sobre a postura correta e as demais páginas são compostas de caça-palavras e gravuras para colorir. CONCLUSÃO: O manual está em processo de teste entre crianças e adolescentes de uma escola de ensino fundamental, porém o interesse inicial dos alunos revela que esta estratégia pode favorecer a transmissão de temas relevantes para a promoção da saúde destes grupos. Palavras-chaves: Saúde da criança e do adolescente. Materiais educativos. Educação em Saúde. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 69 DOR PÉLVICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A ndr éa M ar a D e A r aújo Bezerr a A r i adna S anti ago Nogueir a M ar i a Vanessa P ir es D e Mour a T ici ane Br aga Sombr a Vanessa L acer da G ir ão Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es INTRODUÇÃO: A dor pélvica é responsável por quase um terço das queixas nos consultórios de ginecologia devido ao fato de ser um sintoma que mais preocupa as mulheres. Ela pode ter etiologia ginecológica, quando atingem os órgãos genitais internos, como aborto, gravidez ectópica, sangramento de corpo lúteo e doença inflamatória pélvica, ou não- ginecológica, que envolvem estruturas como o aparelho urinário, intestino, ossos, músculos e nervos situados na metade inferior do tronco, como apendicite, obstrução intestinal, infecção urinária e litíase urinária. OBJETIVOS: Investigar sobre a dor pélvica e de que forma realizar o diagnóstico correto da mesma. METODOLOGIA: Este trabalho foi realizado por meio de pesquisas em sites de busca; em livros e revistas científicas na biblioteca da Faculdade Integrada do Ceará no mês de maio/2009. RESULTADOS: Foram encontrados 2 livros e 6 artigos sobre esse assunto que abordavam o assunto em questão. Para auxiliar a identificação do órgão afetado e obter diagnóstico correto, é necessário saber como se instala a dor; sua intensidade; a forma como ela é percebida; sua relação com o período menstrual; sua associação com as relações sexuais; a presença de outros sintomas como febre, corrimento vaginal, dificuldade de urinar, diarréia, prisão de ventre e aumento de volume abdominal. O exame físico e exames complementares, como exames de sangue, de urina, radiografia, ultra-sonografia, tomografia e ressonância magnética irão sugerir o diagnóstico e a necessidade de processo cirúrgico. CONCLUSÃO: A causa da dor pélvica, na maioria das vezes, pode ser esclarecida clinicamente, por meio das informações prestadas pelo paciente, pelas evidências encontradas no exame físico e pelos resultados dos exames complementares. Palavras-chave: Dor pélvica. Fisioterapia. Exames complementares. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 70 ESTUDO COMPARATIVO DOS EFEITOS DA VINCRISTINA E CISPLATINA NO ESVAZIAMENTO GASTROINTESTINAL EM RATOS D yély D e C arvalho O liveir a C ampos A na K elly Lucas P inho K áti a V. Vi ana C ar doso Br aga Introdução: Neuropatias periférica e autonômica podem ser induzidas por quimioterápicos que causam neurotoxicidade dose limitante. A Cisplatina é um agente anti-câncer que demonstra efeitos terapêuticos em vários tumores malignos, como câncer em ovários, da bexiga, do pulmão e do testículo. Contudo, apresenta efeitos colaterais como nefrotoxicidade, neurotoxicidade e distúrbios gastrointestinais. Vincristina é um antineoplásico utilizado no tratamento do câncer em tumores malignos sólidos e hematológicos. A neuropatia induzida por vincristina é sensitivomotora, sensibilidade tátil e temperatura são mais afetadas que a vibração. Características clínicas de neuropatia periférica simétrica estão presentes como: hiporreflexia, parestesias, disestesias e paralisia das extremidades distais. Pode desenvolver neuropatia autonômica com severa constipação, bem como fraqueza muscular. Objetivo: comparar os efeitos da Cisplatina e Vincristina na função do esvaziamento gastrointestinal em ratos. Metodologia: Os experimentos foram realizados em ratos albinos machos (180-220g), mantidos sob ciclo de 12h luz / escuro, recebendo comida e água ad libitum. Estes animais foram obtidos do biotério da UFC e este projeto foi submetido á aprovação do comitê de ética da mesma universidade. Para mensuração do esvaziamento gástrico e trânsito gastrointestinal, foi usada uma modificação da técnica previamente descrita por Reynell, Spray (1956). Animais foram alimentados com uma refeição teste e sacrificados 10 min depois por deslocamento cervical. Após laparotomia, as porções do piloro e cárdia do estômago, bem como íleo terminal foram rapidamente grampeados e removidos. Cada volume de segmento foi mensurado pela adição de 0,1 N NaOH (100 ml) em uma proveta graduada. Depois eles foram triturados e homogeneizados por 30 segundos. 10ml de sobrenadante foi centrifugada por10 min. Proteínas presentes em 5ml do homogeneizado foi precipitada com 0,5 ml de ácido tricloroacético, e então centrifugado novamente por 20 min a 2800 rpm. Finalmente, a 3 ml do sobrenadante foi adicionado 4 ml de NaOH a 0,5 N. Todas as amostras foram lidas a 560 nm e expressas em densidade óptica. Em cada experimento, uma curva padrão de diluição foi obtida por meio de plotagem da concentração de vermelho fenol contra a densidade óptica da solução de NaOH a 0,1 N. Resultados: Ratos tratados com 5 doses de 0,5 mg/Kg de cisplatina intravenosa em dias consecutivos não alterou a retenção gástrica quando comparado ao subgrupo controle. Na retenção gástrica nos animais tratados com 2 e 3 doses de 1 mg/Kg de cisplatina intravenosa em dias consecutivos não houve diferença significativa na recuperação de corante no estômago para a dose de 2 mg/Kg, quando comparada ao subgrupo de animais tratados com doses equivalentes de solução salina. A retenção percentual de corante em animais tratados com 5 doses de 1 mg/Kg de cisplatina intravenosa, em dias consecutivos, diferindo da retenção em ratos controle. Conclusão: A cisplatina retarda o esvaziamento gástrico e o trânsito gastrintestinal de líquidos, sugestivo de neuropatia autonômica. Palavras-chaves: Ratos. Vincristina. Trânsito gastrintestinal. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 71 ESTUDO DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE ESPIROMETRIA INCENTIVO DE Paul a Nayr a Soar es D eoliveir a José A irton M ir anda Forte F ilho I ngr id M ar i a A rcanjo D e Souz a A il a M ar i a Da S ilva Bezerr a D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: O espirômetro de incentivo é um recurso fisioterapêuticolargamente utilizado na prática clínica para induzir a inspiração máxima sustentada, na tentativa de prevenir ou reverter o colapso alveolar, diminuindo assim, a incidência de complicações pulmonares no pós-operatório. O paciente inspira profunda e lentamente com seus lábios selados em torno da peça bucal e é motivado pelo feedback produzido por esferas contidas no aparelho. O paciente esforça-se para gerar um f luxo pré-derterminado ou para alcançar um volume pré-estabelecido e é incentivado a sustentar sua inspiração por 2 a 3 segundos. Uma inspiração curta e rápida pode ativar o f luxo gerado pelo aparelho de espirometria de incentivo com pouco aumento no volume corrente, mas com aparelhos do tipo volume dependente obtém-se aumento no volume corrente antes que o nível pré-estabelecido seja alcançado. A espirometria de incentivo aumenta o movimento abdominal em indivíduos normais, porém em pacientes pós-cirurgia abdominal este movimento torna-se mais restrito em virtude da dor provocada pela cicatriz cirúrgica. OBJETIVO: Analisar os estudos referentes ao uso do espirômetro de incentivo na prática fisioterapêutica. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica no acervo de livros, revistas científicas de saúde, monografias e anais de eventos científicos da biblioteca da Faculdade Integrada do Ceará (FIC) e em sites de busca da internet. RESULTADOS: Pesquisou-se em 14 livros dos quais, apenas 4 abordavam o tema em questão; em 333 revistas, encontrado-se 1 que fazia referência ao aparelho; das 31 monografias disponíveis na biblioteca,4 se referiam aos espiromêtros de incentivo; na internet encontrou-se 4 referências sobre o aparelho. CONCLUSÃO: Essa pesquisa foi muito importante para aprimorar os conhecimentos sobre os incentivadores inspiratórios. Normalmente esses equipamentos caracterizam-se por serem portáteis, de fácil manuseio, descartáveis, podendo ser utilizado tanto em adultos como em crianças, porém dependem da total cooperação do paciente. No entanto ainda existe carência de pesquisas relacionadas aos reais efeitos na ventilação pulmonar, principalmente como preventivo de complicações pulmonares pós-operatórias. Palavras-chave: Modalidades de Fisioterapia. Exercícios Respiratórios. Literatura de Revisão como Assunto. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 72 INVESTIGAÇÃO FARMACOLÓGICA DO 1,8-CINEOL (eucaliptol) NAS PRESSÕES PULMONARES EM COBAIAS SUBMETIDAS A MODELO DE ASMA R annier e G urgel F urtado de Aquino Nádi a Nogueir a G omes Vasco P inheiro D iógenes B astos INTRODUÇÃO: A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que se caracteriza por crises de tosse, chiados no peito e dificuldade para respirar. Este processo inf lamatório nas vias aéreas é de um tipo especial, pois torna as vias aéreas hiper-reativas a uma grande variedade de estímulos, envolvendo a ativação de diversas células inflamatórias e liberação de mediadores inf lamatórios. O interesse pelo estudo do 1,8-cineol tenha aumentado nos últimos tempos, revelando cada vez mais sua ação farmacológica nos processos de contratilidade brônquica, sendo suas respostas já evidenciadas nos estudos de Juergens (1997). A realização deste trabalho vem da necessidade de saber o envolvimento do 1,8–cineol (eucaliptol) nas pressões que envolvem pulmão, visto que esse produto natural apresenta ação na contratilidade da traquéia. OBJETIVO: O objetivo foi detectar a ação farmacológica do 1,8-cineol (Eucaliptol) na pressão inspiratória, pressão expiratória e freqüência respiratória em cobaios submetidos à sensibilização e desafio com antígeno sensibilizante. METODOLOGIA: Os animais foram sensibilizados ativamente por meio de injeções intraperitoneais de ovoalbumina. Foram utilizados 21 a 50 dias após a sensibilização. Os animais sensibilizados foram submetidos, após o período de sensibilização, ao desafio antigênico por inalação. O desafio antigênico (broncoprovocação) ocorrereu entre os dias 21 e 50 pós sensibilização, 24 horas antes dos experimentos in vivo. Os animais controle receberam injeções intraperitoneais de solução salina (NaCl 0,9%) para os experimentos onde o desafio antigênico foi feito in vivo, ou foram desafiados com salina quando utilizados nos experimentos para indução de hiperreatividade. Após anestesia com uretano (1.2g/kg, i.p.), os cobaios foram submetidos à traqueostomia, via pela qual foi introduzida uma cânula até 2/3 da traquéia e de diâmetro suficiente para ocupar todo o diâmetro do lúmen da traquéia. A cânula foi, então, conectada ao final da inspiração, em sistema fechado, a um transdutor de pressão, não havendo escape de fluxo aéreo, e a conexão mantida até que o animal apresentasse tiragem intercostal (aproximadamente 20 segundos). Foram realizadas três medições por animal. RESULTADOS: Com os resultados obtidos podemos afirmar que o 1,8-cineol, reduziu as pressões inspiratórias nos animais desafiados pré tratados e também reduziu as pressões expiratórias de cobaias pré tratadas submetidas a modelo de asma nos permitindo inferir que o pré tratamento com o 1,8-cineol diminuiu o grau de desconforto respiratório visto que houve redução na freqüência respiratória no grupo pré tratado. Palavras-chave: Asma. Ratos. Desafio antigênico. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 73 FARMACOTERAPIA NO PACIENTE OBSTRUTIVO CRÔNICO (DPOC) R annier e Gurgel F urtado de Aquino Nádia Nogueir a Gomes Vasco P inheiro Diógenes B astos INTRODUÇÃO: A DPOC é caracterizada por uma doença progressiva que cursa associada a uma inflamação crônica das vias aéreas e com episódios de exacerbação, geralmente dois por ano, caracterizados por processos inflamatórios agudos. A maioria das afecções pulmonares causadas pela DPOC é de difícil reversibilidade, principalmente as dos pacientes vítimas de crises que necessitem de suporte ventilatório mecânico. Tendo em vista a gravidade das lesões no tecido pulmonar causadas pela doença obstrutiva, o papel dos medicamentos torna-se importantíssimo, porém paliativo e restrito principalmente a minimizar os sintomas dando assim uma melhor qualidade de vida. OBJETIVOS: Conhecer o tratamento farmacológico do paciente DPOC, identificar os principais tipos de fármacos utilizados e estudar seus efeitos clínicos em pacientes portadores da doença. METODOLOGIA: O presente estudo possui caráter bibliográfico, onde as informações foram obtidas através de pesquisas em livros, artigos e internet. RESULTADOS: Dentre os principais gêneros de fármacos utilizados no paciente DPOC podemos citar os corticóides que são potentes fármacos antiinf lamatórios, freqüentemente utilizados em pacientes asmáticos devido á sua rapidez de resposta, porém também pode ser usado nos pacientes com DPOC reduzindo inflamações crônicas sistêmicas causadas pela doença. Estudos clínicos acharam pouco ou nenhum efeito sobre a função pulmonar além de apresentarem vários efeitos colaterais como fraturas, osteoporose, quadros psicóticos, ulceras peptídicas, maior tendência a quadros infecciosos, aumento da glicemia, miopatia e catarata. Outro gênero muito utilizado é o dos broncodilatadores que podem ser o-agonistas ou anticolinérgicos, estes podendo ser de curta duração como o Fenoterol, Salbutamol; os de longa duração como Formoterol e Salmeterol, e conseguem seu efeito terapêutico se ligando à receptores colinérgicos muscarínicos, bloqueando a ação de neurotransmissores desencadeando assim uma ação de relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas levando a uma broncodilatação e conseqüentemente aliviando a hiperinsuflação pulmonar e o desconforto obstrutivo causado pelo aprisionamento de ar no pulmão. São importantes aliados de uma boa qualidade de vida dos pacientes DPOC, visto que possibilitam uma melhora considerável e rápida dos sintomas. CONCLUSÃO: Concluímos que a intervenção farmacologia é constante na vida dos pacientes visto que conferem qualidade de vida e alívio quase que imediato da dispnéia, porém é apenas um paliativo, pois não conduz nenhum retrocesso no quadro geral da doença. Diante do estudo apresentado podemos afirmar que e essencial o conhecimento dos fármacos pelo fisioterapeuta respiratório, pois mesmo não prescrevendo ele entra em contato direto e intervém em pacientes dependentes e sob efeito da medicação e podendo assim, de forma segura, guiar teu tratamento. Palavras-chave: Fisioterapia. DPOC. Fármacos. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 74 INCIDÊNCIA DE COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-OPERATÓRIO DE COLECISTECTOMIA T hi ago Br asileiro de Vasconcelos M árci a de O liveir a Belém E line B arros Damasceno D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: A colecistectomia é um procedimento cirúrgico realizado através de uma incisão lateral comprometendo a hemicúpula diafragmática direita. Algumas indicações são: calculose biliar, colecistite aguda, colecistite crônica, malformação da vesícula biliar, fístula pós-colecistostomia. OBJETIVOS: Analisar a incidência de complicações pulmonares no pós operatório de Colecistectomia. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo retrospectivo, no Serviço de Arquivo Medico Estatístico (SAME) de um hospital municipal de Fortaleza, no período de setembro a dezembro de 2008. A amostra foi composta de 312 prontuários dos pacientes que realizaram cirurgia de Colecistectomia, Para a coleta de dados utilizou-se um formulário para registro dos dados. Para análise estatística utilizou-se o Excel e apresentado em forma de gráficos. RESULTADOS: Quanto à faixa etária a média de idade foi 34,513,5, ao sexo predominou o masculino com maior índice (68%). Diante dos fatores de risco obteve baixo índice tabagismo (30%) e uso de drogas (15%) Uma média de tempo de cirurgia de 2,2 horas; local de incisão destacou-se a mediana xifopubiana (32%), anestesia geral em destaque com76% e principal CPP foi o derrame pleural (32%). CONCLUSÕES: Nas cirurgias de colecistectomia de acordo com a literatura a diminuição da capacidade pulmonar associadas a complicações pulmonares são bastante comuns, sendo de grande expectativa que com os avanços tecnológicos evolua com menos incidência de alterações da função pulmonar, haja vista o tempo cirúrgico reduzido, as incisões cirúrgicas menores e não haver tanto manuseio na cavidade abdominal. Palavras-chave: Fisioterapia. Colecistectomia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 75 INCONTINÊNCIA FECAL: UMA REVISÃO Juli ana Roberto G omes da S ilva R ebeca S intique Bezerr a M aciel R ejane M artins de O liveir a T hi ago Br asileiro de Vasconcelos Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es INTRODUÇÃO: Dados epidemiológicos internacionais apontam que cerca de5% da população geral, e até cerca de 50% dos idosos em instituições geriátricas, são afetados pela incontinência fecal (IF). Esta patologia consiste na perda recorrente e involuntária de fezes sólidas ou líquidas através do ânus, provocando problema social e higiênico. Os indivíduos acometidos são afetados negativamente em relação à sua qualidade de vida, tanto nos aspectos físico como psicológico, com perda da autoconfiança. Estes fatos justificam que os serviços de saúde dêem a esta patologia a referida atenção. OBJETIVOS: Fazer uma revisão bibliográfica sobre a IF e seu tratamento. METODOLOGIA: Foram analisados artigos de revisão sistemática, artigos originais, relatos de caso, capítulos de livros da área, normas e a legislação vigente no país sobre a temática. A pesquisa da literatura médica e fisioterapêutica ocorreu através de bases de dados como Medline, EMBASE, SciELo, LILACS e Cochrane Library. Os acessos foram com as seguintes palavras-chave: incontinência fecal, prevenção da incontinência, fisiologia da defecação e as expressões equivalentes em inglês e espanhol. A análise dos artigos baseou-se numa adaptação da Técnica de Análise de Conteúdo e Modalidade Temática. RESULTADOS: Ao todo, foram selecionadas 30 referências voltadas especificamente para o propósito do estudo, sendo 9 em português (30%), 20 em inglês (66,66%) e 1 em espanhol (3,33%). A incontinência é manifestada mais comumente em mulheres e com incidência maior em idades avançadas (após a menopausa). A prevalência da IF encontrada na literatura varia de 1,4% em adultos com mais de 40 anos, até 62% em idosos sob cuidados domiciliares. Esta variação decorre do fato da real porcentagem ser desconhecida, pois os indivíduos acometidos muitas vezes escondem a sua existência. O estudo feito apontou uma vasta gama de tratamentos têm sido utilizados para as disfunções do aparelho urinário e incontinência fecal, incluindo intervenções conservadoras (tais como terapias físicas, estilo de vida, reeducações comportamentais, formação e dispositivos anti-incontinência), fármacos e cirurgias. Os artigos revisados não relataram associação entre cor da pele ou raça e a IF. Essa relação tem sido pouco avaliada na literatura atualmente, uma vez que a grande miscigenação racial, em especial no Brasil, torna difícil a interpretação desse dado. CONCLUSÃO: Os tratamentos para incontinência fecal (biofeedback, eletro-estimulação nervosa e sacral, esfincteroplastia e medicamentos) necessitam de mais estudos randomizados e controlados, a fim de sua eficácia ser confirmada. Os métodos de avaliação, diagnóstico e tratamento precoce visam a interrupção da progressão da doença. Palavras-chave: Incontinência fecal. Prevenção da incontinência. Fisiologia da defecação. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 76 INCIDÊNCIA DE COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-OPERATÓRIO DE COLECISTECTOMIA T hi ago Br asileiro de Vasconcelos M árci a de O liveir a Belém E line B arros Damasceno D enise M ar i a S á M ach ado D iniz INTRODUÇÃO: A colecistectomia é um procedimento cirúrgico realizado através de uma incisão lateral comprometendo a hemicúpula diafragmática direita. Algumas indicações são: calculose biliar, colecistite aguda, colecistite crônica, malformação da vesícula biliar, fístula pós-colecistostomia. OBJETIVOS: Analisar a incidência de complicações pulmonares no pós operatório de Colecistectomia. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo retrospectivo, no Serviço de Arquivo Medico Estatístico (SAME) de um hospital municipal de Fortaleza, no período de setembro a dezembro de 2008. A amostra foi composta de 312 prontuários dos pacientes que realizaram cirurgia de Colecistectomia, Para a coleta de dados utilizou-se um formulário para registro dos dados. Para análise estatística utilizou-se o Excel e apresentado em forma de gráficos. RESULTADOS: Quanto à faixa etária a média de idade foi 34,513,5, ao sexo predominou o masculino com maior índice (68%). Diante dos fatores de risco obteve baixo índice tabagismo (30%) e uso de drogas (15%) Uma média de tempo de cirurgia de 2,2 horas; local de incisão destacou-se a mediana xifopubiana (32%), anestesia geral em destaque com76% e principal CPP foi o derrame pleural (32%). CONCLUSÕES: Nas cirurgias de colecistectomia de acordo com a literatura a diminuição da capacidade pulmonar associadas a complicações pulmonares são bastante comuns, sendo de grande expectativa que com os avanços tecnológicos evolua com menos incidência de alterações da função pulmonar, haja vista o tempo cirúrgico reduzido, as incisões cirúrgicas menores e não haver tanto manuseio na cavidade abdominal. Palavras-chave: Fisioterapia. Colecistectomia. Terapêutica. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 77 INCONTINÊNCIA FECAL: UMA REVISÃO Juli ana Roberto G omes da S ilva R ebeca S intique Bezerr a M aciel R ejane M artins de O liveir a T hi ago Br asileiro de Vasconcelos Juli ana L erche Vieir a Roch a P ir es INTRODUÇÃO: Dados epidemiológicos internacionais apontam que cerca de5% da população geral, e até cerca de 50% dos idosos em instituições geriátricas, são afetados pela incontinência fecal (IF). Esta patologia consiste na perda recorrente e involuntária de fezes sólidas ou líquidas através do ânus, provocando problema social e higiênico. Os indivíduos acometidos são afetados negativamente em relação à sua qualidade de vida, tanto nos aspectos físico como psicológico, com perda da autoconfiança. Estes fatos justificam que os serviços de saúde dêem a esta patologia a referida atenção. OBJETIVOS: Fazer uma revisão bibliográfica sobre a IF e seu tratamento. METODOLOGIA: Foram analisados artigos de revisão sistemática, artigos originais, relatos de caso, capítulos de livros da área, normas e a legislação vigente no país sobre a temática. A pesquisa da literatura médica e fisioterapêutica ocorreu através de bases de dados como Medline, EMBASE, SciELo, LILACS e Cochrane Library. Os acessos foram com as seguintes palavras-chave: incontinência fecal, prevenção da incontinência, fisiologia da defecação e as expressões equivalentes em inglês e espanhol. A análise dos artigos baseou-se numa adaptação da Técnica de Análise de Conteúdo e Modalidade Temática. RESULTADOS: Ao todo, foram selecionadas 30 referências voltadas especificamente para o propósito do estudo, sendo 9 em português (30%), 20 em inglês (66,66%) e 1 em espanhol (3,33%). A incontinência é manifestada mais comumente em mulheres e com incidência maior em idades avançadas (após a menopausa). A prevalência da IF encontrada na literatura varia de 1,4% em adultos com mais de 40 anos, até 62% em idosos sob cuidados domiciliares. Esta variação decorre do fato da real porcentagem ser desconhecida, pois os indivíduos acometidos muitas vezes escondem a sua existência. O estudo feito apontou uma vasta gama de tratamentos têm sido utilizados para as disfunções do aparelho urinário e incontinência fecal, incluindo intervenções conservadoras (tais como terapias físicas, estilo de vida, reeducações comportamentais, formação e dispositivos anti-incontinência), fármacos e cirurgias. Os artigos revisados não relataram associação entre cor da pele ou raça e a IF. Essa relação tem sido pouco avaliada na literatura atualmente, uma vez que a grande miscigenação racial, em especial no Brasil, torna difícil a interpretação desse dado. CONCLUSÃO: Os tratamentos para incontinência fecal (biofeedback, eletro-estimulação nervosa e sacral, esfincteroplastia e medicamentos) necessitam de mais estudos randomizados e controlados, a fim de sua eficácia ser confirmada. Os métodos de avaliação, diagnóstico e tratamento precoce visam a interrupção da progressão da doença. Palavras-chave: Incontinência fecal. Prevenção da incontinência. Fisiologia da defecação. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 78 LESÕES PULMONARES E DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CAUSADAS PELO TABACO R annier e G urgel F urtado de Aquino Nádi a Nogueir a G omes Vasco P inheiro D iógenes B astos INTRODUÇÃO: O cigarro é a principal causa isolada de mortes na espécie humana. Apesar de este fato ser conhecido por grande parte da sociedade, a prevalência de fumantes persiste elevada. Inúmeras doenças que afetam o sistema respiratório estão diretamente relacionadas ao uso do tabaco, seja ele continuo ou intermitente, doenças estas em sua maioria são provenientes de lesões estruturais e funcionais do sistema respiratório e atingindo de forma indireta o organismo como um todo. OBJETIVOS: Conhecer as lesões pulmonares e as doenças respiratórias causadas pelo uso do tabaco, identificar suas complicações e estudar os efeitos nocivos do cigarro. METODOLOGIA: O presente estudo possui caráter bibliográfico, onde as informações foram obtidas através de pesquisas em livros, artigos e internet. RESULTADOS: Tendo como principais componentes a nicotina, que causa dependência química, e o alcatrão, o cigarro causa lesões diretas nas vias aéreas prejudicando a depuração mucociliar, o reflexo de tosse, a produção de muco, além de gerar alterações histológicas irreversíveis. O cigarro e suas toxinas, além da fumaça, estão relacionados à etiologia de dezenas de doenças respiratórias. Nas vias aéreas superiores podemos citar câncer de orofaringe, laringe e glândulas salivares, sinusite, Edema de Reinke, que consiste na inflamação das cordas vocais dentre outras. Entre as patologias mais importantes que acometem as vias aéreas inferiores e o parênquima pulmonar podemos citar: câncer, hipertensão pulmonar, doenças obstrutivas como bronquite crônica, enfisema e broquiolite. O parênquima pulmonar também sofre com doenças intersticiais como broquiolite respiratória associada à doença intersticial, pneumonia intersticial e granuloma eosinófílico. O uso do cigarro é, sem dúvida, isoladamente a causa mais importante no desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tendo seu risco de incidência aumentado na proporção do número de maços por dia. CONCLUSÃO: Diante dos dados apresentados no presente estudo, podemos inferir que a exposição, direta ou indireta, das vias aéreas ao cigarro e derivados traz inúmeros malefícios e doenças, estas muitas vezes progressivas, que interferem diretamente na qualidade de vida do indivíduo além da dependência e morte. A única medida eficaz para reduzir a incidência doenças e a mortalidade pelo tabagismo é a interrupção do hábito de fumar. Palavras-chave: Fumo. Lesões pulmonares. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 79 ANÁLISE DO NÍVEL DE PROCURA POR PALMILHAS ÓRTOPÉDICAS CORRETORAS DE PÉS PLANOS NA CIDADE DE FORTALEZA F l ávi a R avan y C ar neiro T hi ago Br asileiro de Vasconcelos Vanessa da P onte A rruda R aoni S ilveir a C ar neiro M árci a de O liveir a Belém Introdução: O pé plano ocorre devido ao enfraquecimento, abaixamento ou desabamento terminal do arco longitudinal medial do pé. Pode ser classificado em rígido, f lexível, sintomático ou assintomático. Flexível é aquele que apresenta um arco longitudinal plantar normal quando não há sobrecarga do peso corporal e um arco colapsado quando esse peso é exercido causado por má formação da articulação subtalar. Já o rígido, caracteriza-se pela limitação dos movimentos dessa articulação. O portador caracteriza-se pelo modo de pisar, caminhar e desgaste do calçado. As variações podálicas podem ser verificadas através do podoscópio, teste da planta do pé ou baropodometria. Objetivo: Analisar o nível de procura por palmilhas ortopédicas corretoras de pés planos na cidade de Fortaleza. Metodologia: Estudo retrospectivo, quantitativo e explorador. Foram incluídas 162 fichas cadastrais de diferentes pacientes com indicações para uso de palmilha corretora no período de 01 de janeiro de 2006 a 01 de janeiro de 2007 em uma empresa de produtos ortopédicos localizada na cidade de Fortaleza. Resultado: Constatou-se através de exame físico individual e análise das fichas cadastrais de 162 pacientes a existência de uma elevada incidência de pés planos. Foram encontrados os seguintes resultados: 76 (47%) pacientes foram indicados o uso de palmilhas corretoras para pé plano rígido e f lexível, 58 (36%) utilizaram palmilhas para compensação de membros, 16 (10%) utilizaram palmilhas para pé varo e 12 (7%) utilizaram para pé valgo. Conclusão: O afroxamento, encurtamento ligamentar ou da fáscia plantar alteram as curvaturas fisiológicas, resultando em prejuízo na funcionalidade do corpo humano, e com isso, podendo ocasionar dores articulares, cefaléias, contraturas musculares, alterações e dificuldades durante a marcha, dentre outras. Pés planos causam também aumento na pressão intradiscal e do nível da lordose lombar. Podemos concluir que há um alto número de indicação para uso de palmilhas corretoras, evidencia-se contudo, que é elevada a falta de estudos sobre uma correta confecção e indicação das mesmas. Palavras-chave: Fisioterapia. Pé plano. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 80 PREVALÊNCIA DE PATOLOGIAS NEUROLÓGICAS NAS CRIANÇAS ATENDIDAS NA EQUOTERAPIA PARAÍSO EM FORTALEZA-CE F elype R égis T eixeira Gomes A ndréa T eles de Menezes Eline Barros Damasceno Michelly dos Santos Camelo T hi ago Brasileiro de Vasconselos C ristina de Oliveira Brasil INTRODUÇÃO: A Equoterapia pode ser considerada como um conjunto de técnicas reeducativas que agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais, através de uma atividade lúdico-desportiva, que tem como meio o cavalo. OBJETIVO: Analisar os efeitos da Equoterapia em pacientes com Paralisia Cerebral. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, observacional, transversal e quantitativa. A coleta de dados foi realizada na Equoterapia Paraíso em Fortaleza-CE, no período de fevereiro a abril de 2008. Tem como amostra 10 crianças com idade entre 3 e 17 anos. A pesquisa foi realizada conforme a Resolução 196/96 do CNS/MS, após aprovação pelo Comitê de Ética. Os dados foram colhidos por meio de um formulário com perguntas objetivas, aplicado aos responsáveis. RESULTADOS: Observou-se que há prevalência do sexo masculino (90%) são do sexo masculino Destacou- se também que (20%) possuem renda média de 3 a 8 salários mínimos e outros (20%) com renda acima de 12 salários mínimos, (100%) utilizam o carro próprio como meio de transporte para freqüentar a Equoterapia. A freqüência do tratamento é uma vez na semana, e que o tempo médio de evolução desses pacientes observados pelos responsáveis varia de 6 meses a 1 ano em (70%) dos pesquisados. Diante do tratamento pôde-se constatar que o tratamento equoterápico, houve evolução de (80%) em relação ao equilíbrio, de (50%) à marcha, de (70%) em relação à coordenação motora, e de (60%) em relação à sociabilidade com outras pessoas. Os dados foram tabulados e analisados para apresentação em forma de gráficos e tabelas através do Microsoft Office Excel 2003. CONCLUSÃO: A efetividade da Equoterapia como reabilitadora de paralisias cerebrais é muito significativa, entretanto existe pouca literatura com relação ao assunto e ausência de conhecimento da população sobre essa técnica, sendo necessário cada vez mais o incentivo ao estudo e à pesquisa sobre esse tratamento tão eficaz. Palavras-chave: Fisioterapia. Modalidades da fisioterapia. Epidemiologia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 81 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES R enata Monteiro B astos C amil a B ar nosa A r aújo Rosiléa A lves de Sousa INTRODUÇÃO: A educação representa um meio importante para a pessoa desenvolver-se e manter um estilo de vida saudável. Em cada momento da vida, as atividades educativas assumem características próprias da faixa etária a qual pertence o indivíduo que recebe os conteúdos que estão sendo ministrados. Refletindo sobre a infância e a adolescência, pode-se dizer que a educação é uma atividade muito presente neste grupo, porém, na maioria das vezes, acontece com o rigor próprio da escola formal, traduzindo-se por tarefas que devem ser cumpridas e notas que devem ser atribuídas ao desempenho dos alunos, sem maiores preocupações com o conteúdo apreendido e com o tempo que este permanecerá gravado na memória do educando. No entanto, opondo-se a este paradigma, há educadores que afirmam que este processo deve ser levado a efeito de maneira compreensível e, preferencialmente, com uma linguagem leve que possa ser facilmente assimilada. Seguindo este preceito, este estudo tem como objetivo refletir sobre o uso do lúdico como estratégia de educação em saúde. METODOLOGIA: Estudo bibliográfico embasado em publicações recentes, ou seja, dos últimos cinco anos, cuja pesquisa foi norteada pelos seguintes descritores: educação em saúde e ludoterapia. RESULTADOS: Considerando que a educação permite a aquisição de padrões de comportamento correto e o conhecimento dos limites sociais, que a vivência da educação em saúde favorece ao indivíduo a possibilidade de decidir sobre seus próprios destinos, que a capacitação destes sujeitos prepara-os para atuarem na melhoria do seu nível de saúde e que, dentre as possíveis estratégias utilizadas pela criança e pelo adolescente para enfrentar o processo de aprendizagem em saúde, encontra-se o brincar, pode- se deduzir que a prática educativa por meio de atividades lúdicas é própria do momento de vida deste grupo e por meio desta, seus membros podem descobrir, experimentar, inventar e exercitar a autoconfiança. Assim, o trabalho dirigido a crianças e adolescentes pode ser associado a jogos e dinâmicas que estimulem a competição, condição que estimula o processo ensino- aprendizagem interativa que valoriza a criatividade e a iniciativa, componentes importantes para a apreensão e a memorização de informações relevantes para a promoção e a manutenção da saúde da criança e do adolescente. CONCLUSÃO: O uso do lúdico na educação em saúde para crianças e adolescentes pode favorecer a transmissão de temas relevantes para a promoção da saúde destes grupos. Palavras-chaves: Saúde da criança e do adolescente. Ludoterapia. Educação em Saúde. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 82 DIÁLISE É r ica A lves M agalh ães E veline D e C astro G iovana M ar i a L emos Juli ana L erche INTRODUÇÃO: A doença renal crônica constitui, atualmente, importante problema de saúde pública. Tendo como principais complicações o aumento da uréia no sangue (azotemia), a qual desencadeia uma série de sinais e sintomas conhecidos como uremia ou Síndrome urêmica. A IRC condiciona o paciente a realizar terapias de substituição da função renal na forma da diálise peritoneal, hemodiálise ou transplante. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: hemodiálise e diálise peritoneal. Na hemodiálise a retirada de substâncias tóxicas é feita através da passagem do sangue por um filtro, é realizada três vezes por semana, com duração de 3 a 4 horas. A diálise peritoneal funciona de maneira diferente. Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar” o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. A diálise peritoneal é feita na própria casa do paciente. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo investigar e analisar conceito e especificidades da Diálise. METODOLOGIA: A metodologia empregada trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfica. A estratégia consistiu na seleção de artigos científicos coletados via internet. CONCLUSÃO: Os rins são de fundamental importância em nossas vidas, seu mau funcionamento acarreta sérios problemas, alguns sintomas como fraqueza, perda de apetite, náuseas, vômitos, inchaços, palidez, falta de ar, anemia, e alterações nos exames de sangue (aumento de uréia, creatinina, potássio, etc.) podem ser indicativos de doença renal crônica (IRA) sendo necessária a substituição da função renal por meios artificiais, meios esses que não conseguem ainda desempenhar a perfeita função renal. Palavras-chave: Rins. Diálise. Hemodiálise. Diálise peritoneal. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 83 PASSADO ESCOLAR DE ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA DA FIC K am yl a de O liveir a e S ilva P r iscil a da S ilva B azilio ; M aitê da S ilva L ima Ger mana F igueir edo L ima R aimunda H er melinda M ai a M acena INTRODUÇÃO: A vivência do ensino fundamental e média é elementos que inf luenciam na escolha profissional das pessoas. A Fisioterapia é uma profissão ainda jovem, mas que vem crescendo nos últimos anos. OBJETIVO: Descrever o passado escolar dos acad~emicos de fisioterapia. METODOLOGIA: Assim, este estudo de campo é de caráter descritivo, de natureza quantitativa e buscou conhecer o passado escolar em relação ao 1º e 2º grau dos estudantes de fisioterapia da FIC. Foi aplicado um questionário com 13 perguntas junto a 20 alunos do curso de fisioterapia da FIC que estão cursando a cadeira de métodos estatísticos no turno da tarde. R ESU LTA DOS: A amostra é predominantemente feminina (95%), jovem (55% entre 17 a 19 anos), sem filhos (95%), residindo com as famílias (100%). A maioria está cursando o 1°ou o 2°semestre (75%) do curso e foram admitidos no vestibular imediatamente após a conclusão do 2° grau (60%). A amostra relata ainda que cursou o 1º e 2 º grau em escolas particulares em capitais (85%, 80% e 75% respectivamente), sendo que a participação em atividades preparatória para o vestibular (cursinho) foi baixa (70%). A amostra relata que a disciplina de maior aceitação dos alunos é biologia (70%) e a de menos aceitação é matemática (45%). CONCLUSÃO: Assim sendo, os achados demonstram que os alunos de fisioterapia parecem ter um maior status sócio econômico e já possuíam afinidade com as disciplinas voltadas a área da saúde antes de ingressarem no mundo acadêmico. Palavras-chave: Educação. Formação Profissional. Fisioterapia. CORPVS/Rev. dos Cursos de Saúde da Faculdade Integrada do Ceará, Fortaleza, 1(10) abr/jun. 2009. Edição Especial 84 Rua Eliseu Uchoa Becco, 600 – Água Fria CEP: 60810-270 / Fortaleza-Ce Fone: (85) 40092600 www.fic.br