Os Homaccord: características

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Os Homaccord: características
Os Homaccord
© IAH 2009
Com a gama dos Homaccord, entramos em uma parte muito especial do
tratamento anti-homotóxico. Os Homaccord possuem uma estrutura
exclusiva e sua aplicação requer certo conhecimento de homeopatia
básica, especialmente no que se refere a ação terapêutica das distintas
diluições de um mesmo componente.
Misturar distintas diluições homeopáticas do mesmo componente em uma
só fórmula poderia ser um completo disparate do ponto de vista
molecular, já que a concentração final resultante é a soma das
concentrações moleculares das distintas diluições empregadas. Isso é
totalmente certo no caso das diluições baixas, onde a concentração
molecular é a que exerce a ação principal do medicamento. Sem dúvida,
no caso das diluições maiores, nas quais as concentrações moleculares
são realmente baixas ou inexistentes no sentido estritamente físico
(acima do número de Avogrado), os mecanismos de ação que parecem
gerar o efeito terapêutico são distintos da mera presença molecular.
As diluições homeopáticas mais altas produzem mudanças nos
organismos vivos. Isso se tem demonstrado em muitas publicações que
vão da pesquisa básica aos estudos duplo-cego. Também se tem
demonstrado que as micro e nanodoses de componentes moleculares
produzem resultados terapêuticos nos seres humanos. A combinação de
ambos os tipos de diluições permite possibilidades terapêuticas especiais
que explicaremos nesta apresentação.
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Os Homaccord: características
• Desenvolvidos pelo Dr. H.-H. Reckeweg seguindo a Cahis
• Medicamento composto de dois ou mais componentes
• em distintas diluições homeopáticas crescentes
• em formato decimal (D)
• com uma indicação clínica muito concreta
• em gotas e ampolas
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Embora na homeopatia clássica a combinação de diluições distintas de um
mesmo componente já fosse tradicional, antes mesmo do Dr. Reckeweg
idealizar os acordes de potência e também os Homaccord, a aplicação
normalizada destas combinações deve-se certamente a seus trabalhos e
influências.
Definição
As séries de potências se referem a um medicamento homeopático no qual
se administram conjuntamente diversas potências homeopáticas (baixas,
médias e altas) de uma mesma substância. Um Homaccord é uma
combinação de diferentes séries de potências na mesma fórmula.
Origem
Para compreender a origem das séries de potências temos que regressar a
1913, quando Cahis (Barcelona, 1913) misturou pela primeira vez diversas
potências homeopáticas de uma substância e as administrou juntas. Cahis
chamou estas misturas de “acordes” ou “sínteses”. Três idéias da
homeopatia estimulam ou promovem o pensamento de Cahis:
1. A determinação da potência correta em função da síndrome total do
paciente, com seus sintomas orgânicos, funcionais e psíquicos;
2. O problema da piora inicial com as potências baixas, que pode ser
resolvido administrando-se potências maiores;
3. A pergunta: a ação combinada de distintas potência homeopáticas de
uma mesma substância não terá uma ação sinérgica mais harmoniosa
do que a administração destas distintas potências de forma separada?
(por analogia com a música: dó-mi-sol-dó é menos harmoniosa que o
acorde de dó).
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Os Homaccord: características
• Desenvolvidos pelo Dr. H.-H. Reckeweg seguindo a Cahis
• Medicamento composto de dois ou mais componentes
• em distintas diluições homeopáticas crescentes
• em formato decimal (D)
• com uma indicação clínica muito concreta
• em gotas e ampolas
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O valor terapêutico da hipótese de Cahis confirmou a notável investigação ‘in vivo” de
Gómez (1992). Este investigador intoxicou o fígado de ratos albinos com
tetraclorometano, o que provocou uma hepatite experimental. Como medicamento
homeopático utilizou-se, por analogia com o quadro patogenético, phosphorus em
diluições D10, D30, D200 e D1000, separadas e formando uma série de potências.
Injetou-se uma solução fisiológica a um grupo de controle. O seis grupos testados,
foram classificados e avaliados segundo duas enzimas hepáticas (SGOT e SGPT) e a
análise histológica do tecido hepático. Os resultados da pesquisa são claríssimos.
Embora as distintas potências homeopáticas de phosphorus tenham dado melhores
resultados enzimáticos e histológicos que a solução fisiológica, a injeção da série de
potências de phosphorus conferiu claramente uma maior proteção hepática que as
diversas potências administradas separadamente.
O uso de distintas potências administradas de maneira simultânea já se praticava
regularmente. Na França se permite e se adota de forma generalizada a administração
mista de potências diferentes de uma mesma mistura. Por isso os laboratórios
franceses comercializam misturas de potências homeopáticas (Mukerji, 1977).
Também Julian (1981) aconselha utilizar as misturas de potências homeopáticas.
Assim, recomenda como posologia de Cresol a administração simultânea de
5CH+7CH+9CH ou de 9CH+15CH+30CH, o que é muito parecido com as séries de
potências decimais.
Fortier Bernoville (1974, trad. Mukherji) fala também da ação rápida e profunda das
misturas de potências homeopáticas de uma mesma substância frente ao uso de
diluições únicas. Afirma que a duração da efetividade de uma mistura de potências
baixas, médias e altas está mais ou menos no ponto médio das durações das potências
unitárias.
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Os Homaccord: características
• Desenvolvidos pelo Dr. H.-H. Reckeweg seguindo a Cahis
• Medicamento composto de dois ou mais componentes
• em distintas diluições homeopáticas crescentes
• em formato decimal (D)
• com uma indicação clínica muito concreta
• em gotas e ampolas
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O uso das séries de potências foi adotado completamente sob a influência de
Reckeweg (1964), o fundador da homotoxicologia e da medicina antihomotóxica. Nas séries de potências, o aspecto orgânico é abordado
mediante a potência baixa, o aspecto funcional ou fisiológico é abordado com
a potência média e o aspecto mental se aborda com a potência alta.
Finalmente, Reckeweg empregou a ação combinada de séries de potências
para elaborar sua série de “Homaccord”.
Conclusão:
O uso de séries de potências é importante porque:
1. seu efeito é melhor que o uso de uma só potência;
2. sua ação é mais rápida;
3. apresentam escassa piora inicial;
4. podem ser usadas nos transtornos agudos e crônicos;
5. atuam em nível orgânico, funcional e mental;
6. supõe uma “singularidade” na estratégia terapêutica (uma série
de potências é mais que a soma de seus componentes).
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Exemplo: Belladonna-Homaccord
• Atropa belladonna
• D2
• D10
• D30
• D200
• D1000
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• Echinacea
angustifolia
• D10
• D30
• D200
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Aqui vemos um exemplo de Homaccord. Belladonna-Homaccord tem dois
componentes: Atropa belladonna e Echinacea angustifólia, ambos em forma de
série de potências. A Matéria Médica descreve a atividade homeopática de
ambos os medicamentos. Sem dúvida, as distintas diluições de cada
componente têm outro nível de repercussão e freqüentemente, inclusive outro
“tropismo” (ver mais adiante).
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Estrutura dos Homaccord
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Para compreender todo o valor terapêutico de um Homaccord temos que estudar
a estrutura de sua fórmula. Aparte dos distintos componentes, quase sempre
poucos, está a peculiaridade do acorde de potência ou série de diluições
distintas. É esta peculiaridade que precisa, ao certo, de explicações mais
detalhadas.
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Dilucições homeopáticas
• As diluições baixas estimulam as funções fisiológicas
(TM a D8)
• As diluições médias regulam as funções fisiológicas
(D8-D30)
• As diluições altas (acima de D30) tem um efeito duradouro
e um intenso efeito mental
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Se examinarmos com mais detalhes os diferentes efeitos das sucessivas
diluições homeopáticas chegaremos à seguinte síntese geral (pode haver
exceções):
Se uma substância tem demonstrado exercer efeitos fisiológicos em
concentrações elevadas, então:
As diluições baixas da substância estimularão as funções fisiológicas. Estas
diluições baixas se encontrarão entre a tintura mãe (primeira diluição
homeopática segundo a HAB - Homeopathisches Arznei Buch – ou farmacopéia
homeopática alemã) e uma D8, que supõe uma concentração molecular ao redor
de 1:108 .
As diluições médias estarão entre 1:108 e 1:1030, e regularão as funções
fisiológicas, chegando a potencializá-las intensamente.
As diluições elevadas operam de forma mais profunda e prolongada e tem um
intenso efeito de tipo mental (se existe psicotropismo, quer dizer, se a substância
também tem um efeito mental em doses tóxicas).
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Todo medicamento homeopático possui uma
especificidade molecular e energética em função
da diluição empregada
Medicina
convencional
Homeopatía
Massa
Energia
D1
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D23
D23+n
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Toda diluição homeopática de uma substância possui uma parte molecular e
uma parte denominada “energética”. O efeito molecular é fácil de compreender,
porque é igual ou da química ou física básicas.
O aspecto energético é mais difícil de se descrever, pois em grande parte se
baseia em distintas hipóteses. O aspecto energético segue sendo puramente
hipotético. Embora as investigações tenham demonstrado numerosas vezes o
efeito dos medicamentos homeopáticos muito diluídos, as diluições elevadas
sem presença de moléculas (acima do número de Avogrado) não podem ter
atividade molecular. A origem do efeito não molecular não foi compreendida até
agora, e a maioria dos experts em homeopatia o definem como um tipo de
energia que produz ressonância celular.
De qualquer modo, o fato é que há um efeito terapêutico das diluições altas
(acima do número de Avogrado) e que este efeito não pode ser molecular.
Chamar este efeito de energético é um compromisso que ainda está por se
demonstrar.
Qualquer diluição a partir da tintura mãe reduzirá a massa molecular e
aumentará na mesma proporção a não-molecular, quer dizer, a energética.
Acima do número de Avogrado já não existe massa alguma e podemos supor
que o medicamento é puramente energético.
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Hipoteticamente, uma diluição homeopática
elevada ativará um sistema de ressonâncias que é
característico deste órgão ou aparelho. Este
fenômeno de regulação sistêmica é o que estuda a
bioenergética.
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A bioenergética é a ciência que estuda o efeito dos estímulos energéticos sobre
o organismo humano. Em particular, foca toda sua atenção nos componentes
homeopáticos muito diluídos.
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Vantangens de um Homaccord frente aos
medicamentos homeopáticos de uma sé diluição
• a potência elevada impedirá em grande medida a possibilidade
de piora inicial que produzen as potências baixas
• inclusive nos medicamentos compuestos, cada potência da
mesma substância mantém suas próprias características (como
na música, onde cada nota do acorde conserva suas
características)
• a repertorização pode com êxito determinar qual é o HA
apropiado: não é necessário averiguar a potência correta
• no acorde de potências se inclui aspectos orgânico, fisiológico e
mental do quadro sintomático
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Ao escolher o medicamento correto para o paciente, o homeopata tem que
decidir duas coisas:
1. que medicamento (substância) corresponde segundo o princípio da
similaridade à doença do paciente;
2. em que diluição deve-se administrar o medicamento, já que as distintas
diluições de uma mesma substâncias tem distintos efeitos.
Antes de tudo, há que se assinalar a vantagem das escassas pioras iniciais que
frequentemente se observam ao administrar de forma isolada diluições
baixas de uma substância.
Ademais, não se necessita de uma repertorização isolada do paciente para
definir a diluição de que necessita.
As distintas diluições cobrem diferentes atividades do medicamento sobre os
níveis orgânicos, fisiológico e mental do paciente. O agrupamento das
distintas diluições melhora o enfoque holístico do paciente.
Caberia a pergunta: o que acontece quando se misturam diluições de uma
mesma substância? Obtemos uma nova diluição sinérgica ou mantém-se
cada diluição suas peculiaridades? Isso poderia ser comparado com a
música. Para tocar um acorde de dó no piano há que se combinar as notas
dó, mi, sol e dó. Mas se há outro piano com só uma corda afinada em mi e
outra corda afinada em lá, a corda em mi ressonará e começará a vibrar.
Significa que na informação combinada do acorde de dó, a peculiaridade da
corda ou da freqüência em mi permanece inalterada.
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Dependendo da fase em que se encontre o
proceso regulador, o organismo escolherá a
diluição correspondente dentre as do acorde de
potências.
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A partir da teoria da ressonância, só as fontes que tenham uma freqüência
idêntica ou muito similar aportarão energia e criarão ressonância entre o emissor
(o fármaco homeopático) e o receptor (a célula).
Como as funções corporais se manejam fundamentalmente mediante processos
autorreguladores que se caracterizam por um padrão de onda, para modular as
desregulações poderia ser necessário tanto a inibição como a estimulação do
fluxo. As distintas diluições têm efeitos diferentes sobre este padrão de onda, e a
diluição apropriada dentro da gama apresentada ressonará com o estado do
processo em função do estado em que se encontra a “onda”.
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INIBIÇÃO
ESTIMULAÇÃO
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As funções corporais se manejam principalmente por sistemas auto-reguladores
que mostram um padrão de onda durante a regulação. A desregulação e o
bloqueio destes sistemas supõem uma expressão deficitária da fase de inibição
ou da fase de estimulação que precisa ser corrigida. Isso pode ser realizado com
doses muito baixas (anti-homotóxicas) como maiores (medicina convencional) de
distintos componentes com efeitos estimuladores ou inibidores. Uma mesma
substância pode inclusive inibir em diluições menores uma função fisiológica, e
estimulá-la em diluições maiores. Assim, o efeito regulador está relacionado com
a substância e com a diluição.
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Imagem
• De todas as frequências do éter, um receptor de radio só
"captará" a mensagem da frequência a qual estiver sintonizado.
Todas as demais frequências seguem ali, mas não
infliuenciarão na entrega da mensagem.
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Para compreender o fenômeno de ressonância entre uma diluição da série de
potências apresentada e as necessidades da célula receptora poderíamos fazer
uma comparação com os sinais de rádio, que, procedentes de distintas
emissoras, chegam ao receptor que temos em casa. Embora todas as
freqüências das distintas emissoras estejam ao mesmo tempo no éter, só se
receberá a informação da emissora sintonizada pelo aparelho receptor.
Todas as demais freqüências seguem ali, mas não provocarão reação nem
emoção nenhuma, já que não foram recebidas por não haver ressonância entre
o emissor (a emissora de rádio) e o receptor (o aparelho de rádio) enquanto à
freqüência.
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Lista dos Homaccord (HA)
• Aconitum-HA
• Anacardium-HA
• Apis-HA
• Belladonna-HA
• Berberis-HA
• Ceanothus-HA
• Chelidonium-HA
• China-HA
• Cimicifuga-HA
• Cinnamomum-HA
• Cocculus-HA
• Colocynthis-HA
• Drosera-HA
• Dulcamara-HA
• Ferrum-HA
• Gelsemium-HA
• Glonoin-HA
• Graphites-HA
• Hamamelis-HA
• Ignatia-HA
• Melilotus-HA
• Mezereum-HA
• Natrium-HA
• Nux vomica-HA
• Phosphor-HA
• Plantago-HA
• Ranunculus-HA
• Sabal-HA
• Selenium-HA
• Veratrum-HA
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Graças ao número limitado de componentes que empregam os Homaccord, a
indicação de um destes componentes é muito específica. Os Homaccord tem
indicações pontuais. Dependendo do país se comercializa um máximo de 29
Homaccord distintos. De cada um deles enviamos a cada país uma
nomenclatura específica respeitando a sua indicação concreta.
Os Homaccord recebem nomes relacionados com seu componente principal e
seu quadro patogenético na Matéria Médica.
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Os Homaccord em padrões
terapêuticos
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Devido a sua indicação específica, os Homaccord freqüentemente são usados
em padrões terapêuticos complexos para completar aspectos das indicações
não cobertos pelos medicamentos básicos.
Os Homaccord somente se comercializam em gotas e ampolas. Sua presença
no mercado depende de cada país.
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Os Homaccord acentuan as sutilezas
das indicações. Raras vezes são
usados sozinhos, mas se empregam
mais para completar algum
medicamento básico ou algum plano
de tratamento individualizado.
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O ajuste fino dos padrões terapêuticos é feito com Homaccord. Raras vezes se
utilizam de forma isolada devido à especificidade de suas indicações, mas tem
demonstrado que originam efeitos sinérgicos se forem empregados junto com
outros medicamentos básicos apropriados.
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P. ex.: combinações para o aparelho locomotor
• Traumeel + Spascupreel +
• Gelsemium-HA se há dor cervical
• Ferrum-HA se há dor no ombro
• Colocyntis-HA se há dor lombar
•…
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Para exemplificar tal ajuste fino, podemos examinar os protocolos terapêuticos
normalizados para transtornos locomotores, nos que Traumeel se emprega
como fármaco regulador da inflamação. Spascupreel como miorrelaxante e o
Homaccord como medicamento topográfico específico do quadro patogenético.
Se o problema se encontra no pescoço, ou na zona occipitotrapezoidal, se
adiciona Gelsemium-Homaccord a Traumeel / Spascupreel. Se estiver no ombro
/ braço, se adiciona Ferrum-Homaccord. Colocynthis-Homaccord se adiciona
quando o paciente tem dor lombar. O Homaccord de cada um destes três
exemplos é específico para cada local em virtude do quadro patogenético do
componente principal: Gelsemium no primeiro, Ferrum metallicum no segundo e
Colocynthis no terceiro.
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