Campanha salarial exige luta contra intransigência do governo
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Campanha salarial exige luta contra intransigência do governo
Informativo do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia | Abril de 2014 | Ano XII | Nº 7 Foto: Imprensa / Condsef Campanha salarial exige luta contra intransigência do governo flacionária e valorização do salário-base. E também a incorporação das gratificações, o cumprimento de acordos e protocolos de intenção e a recusa de qualquer projeto ou reforma que retire ou ameace direitos dos trabalhadores. Os servidores exigem ainda paridade entre ativos e aposentados, reajuste de benefícios e antecipação, para este ano, da parcela de 2015 do acordo firmado em 2012. SPFs baianos farão ato unificado em Salvador Carro de som fez muito barulho na Esplanada dos Ministérios Estado de greve, com indicativo para que todos os sindicatos iniciem paralisação até 29 de abril. Este foi o consenso entre as lideranças sindicais que se encontraram dia 20 em Brasília durante a segunda reunião ampliada da FENAJUFE de 2014. O posicionamento definido nesta Campanha Salarial é uma reação à atitude intransigente do governo em relação às reivindicações dos servidores públicos federais por melhoria efetiva de salários e melhores condições de trabalho. Exemplo da disposição dos servidores SPFs definem ato unificado dia 8 em Salvador Pág. 04 baianos de endurecer a luta pelos seus direitos foi vista já no último dia 19, no Tribunal Regional do Trabalho, no Comércio, quando praticamente todas as 39 varas ficaram esvaziadas em adesão ao Dia Nacional de Paralisação. O mesmo aconteceu no TRE. Na Justiça Federal diversas Unidades fecharam o atendimento ao público. PAUTA GERAL A categoria exige política salarial permanente, com definição da data-base dos federais em 1º de maio, reposição in- Autogestão em saúde no TRT-5 começa em 2014 Pág. 09 Foto: Bernardo de Menezes/Sindjufe-Ba Os servidores federais baianos tem se reunido em Salvador e agendaram um ato unificado para o dia 8 de abril, no TRT5. Acontecerá um debate às 13 horas sobre o tema “é possível conquistar aumento salarial em 2014?”, e logo após faremos um ato público no mesmo local. Veja mais detalhes nesse boletim. Em assembleia, servidores do TRT5 apoiaram a mobilização em nível nacional TRE-BA consolida 30 horas mas mobilização continua Pág. 9 Orçamento e dívida pública é tema de curso do Núcleo Baiano Pág. 10 Sindical. O servidor Cristiano propôs que o sindicato realize um Seminário Estadual de Carreira, unificando e aprofundando esses estudos no Estado, e a assembleia aprovou essa indicação. O servidor Sérgio Lassere foi muito aplaudido quando, após sua fala, leu a música “Comportamento Geral” de Gonzaguinha “Você deve notar que não tem mais tutu / e dizer que não está preocupado / Você deve lutar pela xepa da feira / e dizer que está recompensado / Você deve estampar sempre um ar de alegria / e dizer: tudo tem melhorado /.../ Você deve aprender a baixar a cabeça / E dizer sempre: “Muito obrigado” / São pala- na luta pelo resgate do poder aquisitivo. O nível de perda calculado é de 46%, cabendo aos trabalhadores aproveitar a oportunidade para brigar por seus direitos. O momento é de grande insatisfação popular, demonstrada nas ruas ainda em junho de 2013 e reafirmada este ano com os fortes protestos contra os gastos exorbitantes de dinheiro público com a Copa. Tais manifestações fizeram despencar a popularidade de Dilma Rousseff que, amedrontada, prepara inclusive um forte esquema de repressão e intimidação nas ruas. O coordenador Alberto Rajy lembrou que o governo federal e o STF estão mais unidos que nunca na meta de achatar o salário dos servidores, que está congelado há 7 anos. Diante desse quadro os servidores em todos os fóruns decidiram endurecer na luta e definiram um calendário de mobilização que prevê paralisação de 24 horas no dia 9 de abril, e a FENAJUFE já aprovou o estado de greve. Os trabalhadores também falaram sobre o plano de autogestão, PJe e outras pautas específicas desse Tribunal. A disposição é de aumentar a pressão sobre o Ministério do Planejamento no sentido de obter uma resposta da ministra Miriam Belchior sobre as reivindicações. Foto: Bernardo de Menezes/Sindjufe-Ba Foto: Edely Gomes/Sindjufe-Ba Na Bahia, mobilização avança no TRT, TRE e na Justiça Federal 2 JF No Dia Nacional de Paralisação (19/03), os servidores do Tribunal Regional Eleitoral na Bahia participaram de uma assembleia setorial onde os coordenadores voltaram a destacar a necessidade de união da categoria na Campanha Salarial de 2014. “Este é um ano de avanço e consolidação das conquistas. E é também um ano-chave por dois motivos: a Copa do Mundo e as eleições. É por isso que a luta precisa se consolidar, disse a coordenadora do SINDJUFE-BA, Lindinalva Ribeiro. Na assembleia dos servidores do TRE, também foi lembrada a resolução que estabelece a utilização do sistema de ponto e banco de horas. O sindicato se reuniu mais de uma vez com a diretoria do órgão em busca de esclarecimentos quanto ao texto da resolução, que atualmente dá margem à interpretação de que os servidores não teriam mais direito à jornada de trabalho flexível. É necessário uma posição clara da direção do tribunal para os servidores adequarem sua rotina à jornada semanal de 30 horas, recentemente conquistada. Os servidores do TRE marcaram outra setorial para o dia 28 de abril para avançar na mobilização. Já na Justiça Federal, um dos assuntos destacados na assembleia pelos coordenadores do SINDJUFE-BA foi a criação da 4ª turma recursal, sem o devido provimento de cargos. O coordenador jurídico Francisco Filho lembrou que o sindicato está trabalhando jurídica, administrativa Abril de 2014 Foto: Bernardo de Menezes/Sindjufe-Ba TRE Justiça Federal e politicamente para evitar que isso se concretize e que o sindicato terá reunião com a juíza coordenadora das TRs em seguida (ver informe específico sobre isso). Como ocorreu em outras unidades, os servidores da JF participaram da paralisação de 24 horas fechando o atendimento e só dando andamento às urgências. A atermação dos JEFs também paralisou, a TR fechou o atendimento e os servidores trabalharam vestindo roupas da cor preta, em sinal de protesto. A coordenadora Denise Carneiro repassava a todo momento aos servidores as mensagens enviadas pelo servidor Gésner Braga, que estava em Brasília participando do Ato Nacional (ver informe específico sobre esse ato na página 4). Os servidores se revezaram em falas, todos também convidando a categoria à união no movimento, não apenas com os demais servidores públicos, como internamente no Judiciário e também nos Órgãos. A servidora Myrtô Magalhães pediu ao sindicato que lutasse mais pelo PL 319, pois o cargo de técnico está com remuneração bastante reduzida e esse PL traz a incorporação do AQ de curso superior e propôs também que o sindicato marque uma assembleia para discutir o que será feito com o valor do Imposto Foto: Bernardo de Menezes/Sindjufe-Ba Servidores do TRE ouviram informes da campanha salarial de 2014 e manifestaram disposição de enfrentar governo federal com disposição Trabalhadores do TRT5 se manifestaram contra à divisão da categoria e a favor da união na luta por reajuste Aviso no TRT do Comércio indicava paralisação vras que ainda te deixam dizer / Por ser homem bem disciplinado / Deve pois só fazer pelo bem da Nação / Tudo aquilo que for ordenado / Pra ganhar um Fuscão no juízo final / E diploma de bem comportado / Você merece, você merece / Tudo vai bem, tudo legal / Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé / Se acabarem com o teu Carnaval?” TRT Durante a assembleia realizada no Dia Nacional de Paralisação (19), o coordenador Hilton Coelho relembrou aos servidores do TRT5 as perdas acumuladas desde junho de 2006 (com base no acumulado do ICV-Dieese) e do consenso sobre a necessidade de obter uma vitória TRE-BA Abril de 2014 3 Os servidores federais de diversas categorias reafirmaram num ato em frente ao Ministério do Planejamento, dia 19, a disposição de aderir a uma paralisação por tempo indeterminado se persistir o silêncio do governo em relação às reivindicações da categoria. Novamente, representantes das entidades que compõem o Fórum em Defesa dos Servidores Públicos foram recebidas pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério, Sérgio Mendonça, a quem lembraram que mais pressão está por vir neste primeiro semestre. Faixas e cartazes exibidos em frente ao prédio do ministério, bem como um carro de som, advertiam a todo momento que nesta reta final para a Copa do Mundo (em junho) os trabalhadores voltarão às ruas para protestar, juntamente com parcela significativa de brasileiros insatisfeitos com a atual situação do país. Dentre os principais motivos de descontentamento está a falta de investimento oficial em um serviço público de qualidade, e isto inclui salários que motivem o servidor público. JORNADAS DE JUNHO Desde as chamadas “jornadas de junho”, que sacudiram o país ano passado, vem sendo denunciados os gastos exorbitantes do governo federal com os preparativos da Copa e o total desprezo do Planalto às necessidades salariais dos trabalhadores federais. Dentro das mobilizações da categoria, que integram a Campanha Salarial Unificada de 2014, foi proposto um Dia Nacional de Lutas 9 de abril, com atividades em todo o Brasil. E um novo ato em Brasília no dia 29 de abril. O servidor Gesner Braga, presente no ato unificado, relatou que após a negativa do MPOG em receber os servidores, todos foram para a Secretaria das Relações do Trabalho onde ouviram a negativa em negociar salário antes de 2016. INFLEXIBILIDADE O Secretário Sérgio Mendonça afirmou que o governo só pode aceitar negociar algum benefício que não traga impacto no orçamento e mais nada. “Quando foi informado que o MPOG não nos receberia por ‘ordens superiores’, ficou claro que o governo federal não aceita negociar nada conosco, nem sequer nos receber!” lamentou o servidor. Por isso, a fala do secretário não foi recebida como surpresa, apenas com indignação, por todos os presentes. Em seguida, na reunião do Fórum de Entidades, o conjunto do funcionalismo decidiu elevar o tom e cobrar a abertura das negociações com o recrudescimento máximo da pressão. Foto: Imprensa/Condsef Em reunião em São Paulo o Fórum de Entidades ocorrida no dia 27 de abril os servidores federais decidiram realizar atos unificados nos Estados. Na Bahia o Fórum se reuniu no dia 31 no SINDJUFE-BA e aprovou ratificar essa decisão e seguir unidos também aqui na Bahia. ATO UNIFICADO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS Faixa em frente ao Ministério do Planejamento lembrou reivindicações de quem tem perda histórica de 56% Abril de 2014 é aprovado por servidores em Brasília AMPLIADA DA FENAJUFE FOI MARCADA PELA INSATISFAÇÃO DA CATEGORIA ATO UNIFICADO NOS ESTADOS 4 ESTADO DE GREVE Acontecerá no dia 8 no trt5 às 13 h A segunda reunião ampliada da Fenajufe ratificou a necessidade de reforçar a mobilização, com greve por tempo indeterminado no Judiciário Federal e no MPU. “Temos que lutar tanto para garantir recursos para o aumento do servidor, quanto para barrar este projeto (projeto de carreira específica, que contempla somente o STF) que tenta nos dividir. Mas a gente só vai conseguir isso se a gente lutar, marcar o calendário de mobilização e sair daqui preparando a greve”, disse na oportunidade Raquel Morel, que integrou a delegação do sindicato de São Paulo (Sintrajud-SP). Confira o calendário de mobilização nacional aprovado na Ampliada • Estado de greve desde já contra qualquer proposta que não contemple as reivindicações do conjunto da categoria; • 28/03 a 05/04 – Rodada de assembleias nos estados para discutir o calendário e o indicativo de greve; • 02/04 – Ato nacional no Supremo Tribunal Federal; • 09/04 – Dia Nacional de Paralisação, a ser discutido nos Estados; • 22 a 28/04 – Semana Nacional de Mobilização para a construção da greve; • 29/04 – Indicativo de data limite para que todos os sindicatos estejam em greve; • 10/05 – Reunião Ampliada da Fenajufe. Pauta entregue em janeiro A pauta geral de reivindicações dos SPFs foi protocolada no dia 23 de janeiro, por meio de ofício no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Contudo, gestores do Ministério descumpriram a promessa de dar às lideranças sindicais uma resposta até o Carnaval. Em lugar disso, avisaram que o governo federal só aceita discutir reposição salarial em 2016. A Fenajufe indicou a realização de rodada de assembleias nos estados, de 28 de março a 5 de abril, para avaliar o indicativo da ampliada. Também foi tirada uma semana nacional de mobilização para a construção da greve, de 22 a 28 de abril. Foi reforçada ainda a luta unificada com os demais servidores públicos federais. Fotos: Joana Darc Funcionalismo decide aumentar pressão no Ministério do Planejamento Abril de 2014 5 Tem dinheiro para quem? Para a Copa R$ 12,541 bilhões para reajuste e alteração de estrutura de carreira, e R$ 2,839 bilhões O Brasil está a praticamente dois mepara provimento de novos cargos. Entreses da Copa do Mundo de Futebol e o tanto, quase a totalidade dos R$ 12,541 servidor público inconformado com a bilhões se referem à segunda parcela do postura do governo federal que, de coO ano começou com uma notícia boa reajuste de 5% ao ano, por três anos, que fres abertos para os cartolas da FIFA, vem para o governo e que, pelo menos em não cobre sequer a inflação do período. mostrando total indiferença às suas rei- tese, seria boa também para os brasileiNa segunda quinzena de fevereiro, os vindicações básicas: um salário justo e ros: a arrecadação de impostos e con- brasileiros em geral e o servidor público melhores condições de trabalho. O argu- tribuições federais em janeiro registrou em particular receberam mais um golpe mento é o mesmo de sempre: não há di- número recorde em comparação à recei- do Planalto: o anúncio de um corte de nheiro disponível para o serviço público. ta obtida em qualquer mês da história, R$ 44 bilhões no orçamento federal, que Os servidores públicos federais (em ple- alcançando R$ 123,667 bilhões, contra afetará diversas áreas sociais. O total de na campanha salarial) e parte da popula- R$ 122,548 bilhões de janeiro do ano pas- R$ 13,5 bilhões dos corte ocorrerá nas ção minimamente informados chamadas “despesas obrigatósobre o assunto estão convictos rias” (tais como a Previdência). de que os excessivos gastos púOs outros R$ 30,5 bilhões foram blicos com o evento esportivo sicortados das chamadas “despenalizam muito mais um rombo sas discricionárias”, ou seja, que orçamentário do que um legado o governo não tem a obrigação social, conforme já se tem notide gastar. ciado há vários meses. Esta realidade é mais um forAliás, um dos grandes motivos te argumento contra a alegação dos protestos verificados nas do governo de que os servidoruas ainda em junho de 2013 foi res públicos seriam os respona exacerbação dos gastos com a sáveis pelos déficits nas contas Copa, notadamente quanto ao públicas. Na realidade, o rombo alto custo da construção dos 12 das contas está na dívida púestádios em cidades-sede. Nada blica, que nunca foi auditada, menos que R$ 8,5 bilhões foram como manda a Constituição Fereservados para as arenas e todo No Distrito Federal, agentes da repressão treinam no Estádio Mané Garrincha deral, há 25 anos descumprida esse dinheiro vem através do innesse aspecto – assevera Maria vestimento público. sado (já corrigido pela inflação), segundo Lúcia Fatorelli. Vale lembrar que um levantamento informou a Receita Federal. atualizado em fevereiro pelo Tribunal O governo diz que a receita sinaliza a de Contas da União (TCU) apontou que consolidação dos alicerces da economia o custo global do evento subiu R$ 1,7 bi- para alcançar o superávit primário (pouUm estudo de 2010 da Fiesp (Federalhão em relação ao último balanço, pro- pança necessária para o pagamento de jução das Indústrias do Estado de São Pauduzido em setembro. Passou de R$ 23,35 ros da dívida pública) de 1,91% do Produbilhões para R$ 25,09 bilhões. Não foi to Interno Bruto (PIB) anunciado para este lo) mostrou que a corrupção custa ao incluído nesse levantamento os gastos ano. E a todo momento ouvimos falas do Brasil entre R$ 49,5 e R$ 69,1 bilhões por com estrutura que servirão apenas para o governo e da mídia elogiando a economia ano. Tomando o valor mais alto e fazenevento como segurança, modificação do com os gastos públicos para elevar esse do a correção cambiária atual, o montantrânsito nas proximidades, intensa cam- superávit. Isso inclui manter congelados te de valores desviados dos cofres públicos brasileiros equivaleria a 3% do PIB de panha de marketing para “convencer” os aumentos salariais dos servidores. o público que esse evento será positivo Conforme informação de Maria Lúcia US$ 2,3 trilhões do país. Esse valor é o triao País, etc., há também as isenções de Fatorelli (coordenadora nacional do Mo- plo do sofrido por toda a Europa em corimpostos, os gastos com as “FANFESTs” vimento Auditoria Cidadã da Dívida Pú- rupção, e lá, onde os Países pesquisados e o pior, a quebra da autonomia nacio- blica), enquanto o orçamento 2014 (PLOA tem o PIB muito maior que o do Brasil. Entre 180 países, o Brasil está na 75ª conal tornando a FIFA a grande gerente de 2014) preserva o privilégio da dívida, a locação, no ranking da corrupção elabotoda a área por ela solicitada, modifican- mesma peça prevê uma queda dos gastos do a legislação nacional. com pessoal em relação à Receita Corren- rado pela Transparência Internacional. Enquanto isso o combate efetivo à corte Líquida, comparativamente a 2013. Intimidação O Anexo 5 do PLOA 2014, que inclui to- rupção se reduz a alguns episódios, onde Com o Brasil na vitrine do planeta, por dos os aumentos de gastos com pessoal, o desfecho de prisão dos culpados são ocasião da Copa, foram pensadas estraté- prevê R$ 15,380 bilhões para 2014, sendo casos isolados. gias para inibir a voz das ruas, mediante leis cerceadoras da liberdade de expressão. Foto: Andre Borges/ComCopa Para a dívida Para a Corrupção 6 Abril de 2014 Mais turmas recursais sem o provimento do quadro é sucateamento, diz SINDJUFE-BA Os coordenadores do SINDJUFE-BA acompanham de perto o desdobramento do programa do TRF1, de implantar turmas recursais sem o provimento de quadro. A implantação deste programa significaria para o servidor a imposição de uma jornada de trabalho ainda mais penosa e piora na prestação dos serviços, o que é incompatível com os avanços desejados pela categoria em termos de condições de trabalho. Como uma das frentes de ação, o SINDJUFE-BA ingressou com procedimento de controle administrativo perante o Conselho da Justiça Federal para que seja anulada a Resolução/Presi/Cenag 24, de 15 de dezembro de 2011, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, pois reduz indevidamente o quadro de servidores, cria varas do juizado especial sem prover cargos de oficial de justiça e usurpa a competência do próprio Conselho da Justiça Federal para regulamentar os quantitativos da Lei 12.011/2009. Segundo o coordenador jurídico do sindicato, Francisco Filho, a Lei 12.665/2012 criou 75 (setenta e cinco) turmas recursais dos Juizados Especiais Federais, no âmbito de toda a Justiça Federal, sem os respectivos quadros de servidores, analistas, técnicos, agentes de segurança e oficiais de Justiça, sendo 25 turmas no TRF1; 10 turmas no TRF2; 18 turmas no TRF3; 12 turmas no TRF4 e 10 turmas no TRF5. Com a criação das turmas recursais foi também autorizada a criação de 225 (duzentos e vinte e cinco) cargos de juízes federais, levando-se em consideração a proporcionalidade das turmas criadas, como se as turmas recursais funcionassem apenas com a presença dos dignos magistrados. Extraoficialmente comenta-se que serão criadas vagas para estagiários e prestadores, o que é profundamente perigoso, ilegal, e contribui para a precarização do trabalho e sucateamento da Justiça. Perigo A portaria 196/2013 autorizou a inauguração da 3ª Turma Recursal na Bahia em 06 de dezembro de 2013, que não estabeleceu a criação de cargos, deixando no ar que as turmas serão reestruturadas, com a criação de uma comissão para o provimento de cargos. Em 10 de janeiro deste ano, o TRF1 expediu portaria de número 1 dispondo sobre a localização das turmas recursais em toda a jurisdição do Tribunal, com os respectivos cargos de juízes federais, sem o respectivo quantitativo de servidores para o preenchimento do quadro, o que vem causando nos servidores, que serão redistribuídos em prejuízo a saúde e as condições de trabalho. Na referida Portaria, o TRF1 criou a 4ª Turma Recursal na Bahia e mais uma vez não atentou para a necessidade de haver o quantitativo necessário de cargos de servidores, mas somente de juízes. Isto simplesmente inviabiliza o funcionamento, pois a criação da 3ª turma Recursal já teve o preenchimento do quadro com servidores que seriam nomeados para outras varas federais, gerando grave crise funcional, prejudicando a saúde e as condições de trabalho que já não estão mais razoáveis. A Resolução PRESI/SECGE 4, de 6 de fevereiro de 2014, redefiniu os quadros de servidores efetivos e de funções comissionadas das turmas recursais permanentes dos juizados especiais federais da Primeira Região, onde deixou evidente, na alínea “e” de seu considerando, que a criação de nove turmas recursais permanentes na 1ª região sem a correspondente criação de quadro de pessoal e de funções comissionadas requer a redistribuição dos cargos efetivos e das funções comissionadas existentes nas turmas recursais em funcionamento e daqueles destinadas as turmas recursais pela portaria PRESI/CENAG 499/2010. Outra frente de luta, é a mobilização. O SINDJUFE-BA tem se reunido com os servidores, com a Juiza coordenadora das TRs, e solicitado audiência com magistrados do TRF1, para convencê-los do óbvio: não se faz justiça sem o servidor. Pressa em implantar PJe prejudica o servidor e a própria produção No momento que se faz sérios questionamentos sobre a eficácia da forma de implantação do processo judicial eletrônico (PJe) sem outros interesses que não o de aumentar produtividade e superar metas, uma vitória em favor do bom senso foi obtida este mês: por meio da portaria 125, de 27 de fevereiro, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, suspendeu as atividades relacionadas à implantação do programa na Justiça Eleitoral. A decisão considera o contido na resolução nº 23.393/2013, que regulamenta PJe na Eleitoral, e a estrutura necessária para o planejamento e a execução das eleições de 2014. Já em janeiro deste ano, o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coê- lho, enviou ofício ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitando a realização de testes públicos de vulnerabilidade e de estabilidade no sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJe). A solicitação veio após o apagão sofrido pelo PJe no dia 15 de janeiro, quando uma atualização do sistema operacional Java impediu o envio de processos. A OAB pediu que testes fossem feitos por meio de órgãos independentes. Para o seu presidente, o pedido visa à preservação dos direitos e das garantias fundamentais, do devido processo legal e da segurança jurídica. Foram relatadas à OAB, por suas seccionais e por advogados de todo o país, gravíssimas inconsistências e indisponibilidade de acesso ao PJe. Segundo Marcus Vinicius, ao contrário do que afirma o site do CNJ, a Ordem não possui registro do recebimento de informações acerca da necessidade de atualização do programa Java nem da maneira correta de fazer essa atualização. O apagão do sistema operacional do PJe afetou o trabalho de advogados de todo o país, que se viram impedidos de dar encaminhamento a processos, ações etc. Segundo o presidente da OAB Nacional, a falha é a evidência clara da pressa em implantar o serviço. “A implantação gradual é a forma mais correta para evitar problemas, pois todo sistema está sujeito a falhas”, avalia Marcus Vinicius. “Há de se levar em conta a acessibilidade e a infraestrutura tecnológica de cada região do país para que não voltemos a ver situações como esta.” Abril de 2014 7 O papel do sindicato de servidores públicos Denise Carneiro* Esse artigo está dividido em duas partes: a primeira, abaixo, trata de especificidades da nossa categoria, e a segunda, mais geral – a ser publicada no próximo nº - insere nossa atuação em um palco maior, cenário nacional da luta dos trabalhadores. Servidores públicos também são trabalhadores. Infelizmente essa constatação deixou de ter mão dupla após os servidores serem eleitos pela mídia e governos como o “inimigo público” e essa ideia moldou os comportamentos ofensivo, dos trabalhadores de fora da máquina pública, e defensivo, dos servidores em um processo histórico que vem alimentando um abismo entre nós, extremamente confortável aos governos e suas relações promíscuas de poder. Mas, a cada dia percebemos inexoravelmente de que lado estamos nessa moeda: sempre do lado de baixo, no mesmo lugar dos demais trabalhadores. E apenas a nossa união poderá derrotar o que nos oprime, como previu Marx “a única potência social que os trabalhadores possuem é o seu número”. E, se enquanto trabalhadores, temos um papel estratégico na mudança da lógica do capital mostrando a todos que essa cantada mobilidade social dentro desse sistema intrinsecamente excludente é apenas um canto de sereia, também enquanto trabalhadores temos necessidades que não poderão ser esquecidas no caminho nem colocadas na prateleira com a ilusão de que serão extintos simultânea e automaticamente com a extinção do capitalismo... Sim, nós temos necessidades pelas quais um sindicato dito de “vanguarda” também precisa se ocupar. Liberar um “peão” do jugo adversário às vezes pode ser importante na estratégia do xeque-mate. Um sindicato deve minimizar sempre que possível os prejuízos e os pesos a mais colocados nos ombros dos trabalhadores e das trabalhadoras. Nós precisamos viver um dia após o outro, e cuidar de alguns imediatismos também, dentro e fora dos Tribunais, ir às ruas, disputar os discursos, se fazer presente em todos os espaços de poder, dialogar com a institucionalidade se for preciso para arregimentar pequenos avanços para os trabalhadores, cidadãos, grupos chamados “minorias” etc. Porém, sem perder de vista a luta geral, pois, mais do que “diminuir” a opressão, queremos acabar com ela. Precisamos lutar por saúde, condições de trabalho, programas de prevenção as doenças ocupacionais, por redução de jornada e qualidade de vida, por respeito e contra o assédio moral, por maior atenção à saúde psicológica e emocional, pelo pagamento de passivos que temos direito nos contra-cheques e nos são negados pelos governos, por ganhos indiretos como elevação nos valores dos benefícios etc., inserir no nosso cotidiano o combate a relações coadjuvantes da nossa opressão como o machismo, homofobia, racismo etc., injetar trabalhadores nos espaços institucionais para ter nos parlamentos uma voz dissonante da lógica do poder. Praticar a democracia de classe é nosso dever. Saber ouvir e respeitar a heterogeneidade característica da categoria a que pertencemos. Como dirigentes contribuir para formação política semeando os avanços necessários, e como servidor, não se descolar do pensamento médio dos colegas para não perder a identidade, base de massa, confiança, e representatividade entre nossos pares, pois sem uma tática coerente, a estratégia se esvazia na solidão departamental de líderes iluminados. Não apenas a frase: “servidor público é trabalhador” deve ter mão dupla. A frase “o sindicato é dos trabalhadores” igualmente precisa ser provada cotidianamente. Manter viva a relação dialética sindicatoXtrabalhador, de forma dinâmica, trará avanços aos dois lados, pois o primeiro não existe sem o segundo, e o segundo é será ainda mais explorado se o primeiro optar por se omitir das lutas cotidianas. *Denise Carneiro é servidora da Justiça Federal e coordenadora do SINDJUFE-BA Espaço Unidade de Ação realiza encontro em São Paulo de mobilização contra os gastos públicos absurdos da Copa, como parte do manifesto “Vamos voltar às ruas - Na Copa vai ter luta”. Os participantes se dividiram em 14 grupos temáticos para debater uma série de eixos apontados como centrais na luta, como a reforma agrária, a violência e opressão aos trabalhadores, serviço público, transporte, moradia, educação pública e saúde do trabalhador. Foi lembrado que entre os dias 1º e 3 de maio, acontece o I Encontro de Atingidos por Megaeventos e Megaempreendimentos, em Belo Horizonte (MG). Para abril e maio está prevista a realização de plenáFoto: CSP-Conlutas O Encontro Nacional do Espaço Unidade de Ação, realizado em São Paulo no dia 22, não discutiu apenas estratégias Público compareceu em massa ao Encontro Nacional do Espaço de Unidade de Ação, promovido em São Paulo 8 Abril de 2014 rias nos estados para organizar o calendário de lutas. Isto inclui a realização de um ato nacional contra a criminalização das lutas, com dirigentes, ativistas e a população em geral. O evento estará vinculando ao aniversário dos 50 anos do golpe militar de 1964. Haverá também o Dia Internacional contra as Remoções da Copa, marcado para 15 de maio. Ficou decidido ampliar essa iniciativa. Em abril e maio, ocorrerá uma jornada de lutas em defesa do ‘direito à cidade’, que inclui moradia, transporte e mobilidade, saneamento etc. Para o período dos jogos da Copa, por exemplo, ocorrerão manifestações nos estados conforme definição dos encontros e plenárias estaduais. Autogestão em saúde no TRT5 começa ainda este ano Os estudos visando implantar um sistema de autogestão no atendimento de saúde dos servidores do TRT5 estão adiantados. André Liberato, um dos servidores à frente dos estudos de um modelo que atenda aos interesses do servidor baiano, disse que a ideia nes- tes primeiros passos do processo é mudar gradativamente, para que se tenha uma visão gerencial focada na prevenção. Isso se iniciará ainda em 2014. E se tudo correr conforme as expectativas, a autogestão estará consolidada definitivamente em maio de 2015. Nas últimas assembleias setoriais, promovidas pelo SINDJUFE-BA nos dias 20 e 21/02 (no Comércio e em Nazaré), os servidores voltaram a discutir o assunto e tiraram diversas dúvidas. Sabe-se que a autogestão é um modelo vantajoso para o servidor, inclusive do ponto de vista econômico, pois o livra de um comprometimento financeiro mensal geralmente alto e nem sempre Foto: Bernardo de Menezes/Sindjufe-Ba ARTIGO Coordenador licenciado Lourival Matos fala daos servidores do TRT de Nazaré condizente com o serviço oferecido, além de ser gerido por servidores do tribunal. Porém, o sindicato tem buscado a participação do servidor em todo o processo. Existe no site do SINDJUFE-BA uma enquete sobre a autogestão, com as opções intituladas “A FAVOR”, “CONTRA” E “NÃO SEI, QUERO SABER MAIS” e botões para votar e ver o resultado. Até o momento, 52% dos votos foram a favor, 18% contra e 30% disseram querer saber mais. É sempre pertinente lembrar a lamentável inobservância, pelos governos, do preceito constitucional que reza em seu artigo 196: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. Servidores do TRE ratificam apoio à mobilização da Campanha Salarial Unificada A luta pela garantia da jornada de 30 horas foi lembrada em mais uma assembleia setorial dos servidores do Tribunal Regional Eleitoral, realizada no último dia 27. O encontro reuniu mais de 100 pessoas, que ouviram dos coordenadores SINDJUFE-BA informes sobre a Campanha Salarial Unificada de 2014 e indicaram a entrada em estado de greve após o dia 9 de abril. Os trabalhadores também aprovaram o indicativo de greve por tempo indeterminado a partir do dia 29 de abril. Na assembleia, estava a coordenadora Lindinalva Ribeiro, que junto com Jailson Lage, Lourival Matos e Suely representaram os servidores baianos na reunião ampliada da Fenajufe do último dia 20, em Brasília. Ela disse que o TRE vem funcionando num esquema de alta demanda de serviços, sem a devida contrapartida em número de servidores. A conquista das 30 horas semanais foi uma importante vitória, mas sua manutenção depende de vigilância, força e união da categoria. Esta jornada possibilita ao servidor dedicar mais tempo do dia à família, a atividades acadêmicas e ao lazer, por exemplo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua saúde não apenas como a ausência de doença, mas como o estado de perfeito bem-estar fisico, mental e social. Neste sentido, não é difícil encontrar diversas pesquisas que demonstram a forte correlação entre a extensão da jornada de trabalho, a ocorrência de acidentes e o aparecimento de determinadas moléstias entre os trabalhadores. Tais problemas são muito comuns em ambiente de demanda excessiva sem a contrapartida em número de funcionários. Abril de 2014 9 Mais vítimas do machismo: diretora sindical e seu filho são assassinados em Pernambuco goria provando que ninguém está imune a sofrer violências causadas por preconceitos. A coordenadora Denise Carneiro lembra que “existe uma hierarquia de preconceitos”, fazendo analogia com uma pirâmide, ela afirma que no topo Foto: Simpere/Divulgação A dirigente do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), Sandra Fernandes, e seu filho Cauã, de apenas 10 anos, foram assassinados em meados de fevereiro. O namorado de Sandra confessou o crime e foi preso. Foram nove facadas desferidas contra a professora da rede municipal de Recife e 11 contra a criança. Segundo dados de 2012 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 5,6 mil mulheres são assassinadas a cada ano no Brasil. Ou seja, mais de 15 mulheres perdem a vida diariamente de forma trágica, vítimas dos seus companheiros e ex-companheiros. E a Bahia ocupa o segundo lugar na violência contra as mulheres no Brasil. Núcleo da Diversidade A Diretoria do SINDJUFE aprovou a criação de um Núcleo que trate das opressões, para trazer esse tema à cate- Dirigente Sandra é mais uma das milhares de vítimas da violência contra a mulher no país Núcleo Baiano promove curso sobre orçamento e dívida pública Logo após sua criação, o Núcleo protocolou requerimento de informações e pedido de audiência nas secretarias da Fazenda do Estado e Município com o objetivo de ter acesso aos números da dívida dos respectivos órgãos. Colocou outdoors nas ruas expondo a repartição desastrada do orçamento público, e levou para as ruas esse assunto de forma pitoresca e divertida participando da Mudança do Garcia, espaço de protesto no carnaval de Salvador. O objetivo dessas ações é conscientizar a população a respeito da dívida pública e de como ela interfere no investimento de setores essenciais como educação, saúde, segurança, habitação, transporte, etc. De acordo com dados da Auditoria Cidadã da Dívida, até o dia 17 de fevereiro deste ano, a dívida pública sugou dos cofres públicos 203 bilhões de reais, o que equivale a cerca de 65% do gasto federal. A próxima reunião do Núcleo Baiano acontecerá no dia 7 de abril, às 10h na sede do Sindijufe, Grupo formado em janeiro é composto por sindicalistas em Sussuarana. e membros da sociedade civil organizada Foto: Bernardo de Menezes/Sindjufe-Ba O Núcleo Baiano da Auditoria Cidadã da Dívida Publica, criado em janeiro deste ano, tem promovido uma série de atividades. Uma delas será o curso técnico “Conceitos e Normas Sobre Orçamento e Dívida Pública” destinado a apresentar uma introdução aos conceitos que permeiam a dívida pública brasileira. O curso acontecerá no dia 28 de abril na sede da AEPET (Edf Max Center, sala 443, Itaigara). O curso é gratuito e aberto ao público. 10 Abril de 2014 dessa pirâmide há o “homem, branco, hétero e rico” e que entre os de fora do grupo dos ricos - que reina hegemonicamente - , todas as demais camadas se consideram superior umas às outras. Nas bases há os grupos que mais sofrem das opressões, que são as mulheres, negros e gays. Sem esquecer de outros grupos que sofrem com a exclusão, como índios, portadores de necessidades especiais etc., a coordenadora pretende que esse Núcleo discuta tudo que signifique opressão. “É injustificável e inadmissível que em pleno século XXI ainda se matem pessoas por serem mulheres, por serem negros, por serem gays!” O SINDJUFE-BA sediou nesse mês de março, em homenagem ao mês da mulher, uma reunião de uma Comissão de Mulheres para debater a promoção de atividades que trate principalmente da violência contra a mulher, o que alcança índices de feminicídio absurdos e inaceitáveis. SINDJUFE-BA realizou evento de formação política O Sindjufe promoveu nesse final de semana um curso de formação política com o seguinte tema: Curso de História do Movimento Sindical Brasileiro.- Do século IX até a atualidade – ministrado pelo Professor do IFBA Daniel Romero. O conteúdo versou sobre tópicos importantes para conhecermos a história do movimento sindical e compreendermos suas peculiaridades e sua importância. Graças essa luta histórica o trabalho assalariado foi regulamentado, garantindo algum direito aos trabalhadores. Todos devem lembrar que a carga horária de trabalho já foi de 16 horas/dia, sem direito a férias, etc. Foi com muita luta que alcançamos o que temos hoje. Porém nessas últimas décadas os avanços em relação a direitos se estagnaram. E em relação ao serviço público diversas conquistas previstas na Lei 8112 tem sido surrupiados ferozmente. Por isso é necessário reforçar nossa organizaçao para, não só evitar a continuidade das perdas, como recuperar o que nos foi tirado e ampliar os nossos direitos. O curso pretende, além de fornecer elementos históricos, mostrar como a luta sindical não pode se limitar a busca por salário nem pequenas conquistas locais, mas também e principalmente à luta global contra o sistema que oprime o trabalhador. JURÍDICO Quintos (VPNI) terão reajuste Os servidores do Poder Judiciário Federal, do Poder Executivo e Legislativo têm passivos a perceber da UNIÃO FEDERAL, reconhecidos administrativamente e tratados como quintos ou VPNI. Desde 2006 estão sendo ajuizadas ações ordinárias de conhecimento para a percepção do passivo, estando em pendência até então em função de um Recurso Extraordinário 638.114/CE, tramitando no Supremo Tribunal Federal. O Subprocurador-Geral da República Rodrigo Janot Monteiro de Barros opinou pelo provimento do Recurso Extraordinário, de forma contraditória, uma vez que ao mesmo tempo em que defende o provimento do Recurso, deixa claro em sua minuta que a incorporação de quintos “tratada nos presentes autos, tem natureza estritamente infraconstitucional”. Algumas decisões transitaram em julgado e favoreceu grupos de servidores, que receberam o principal e os juros e correção monetária pelo índice da caderneta de poupança. A questão não é tão simples como parece, porque pode ter gerado enormes prejuízos aos servidores que já o receberam, como parte dos servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, em processo movido pela ANAJUSTRA, em função da declaração de inconstitucionalidade 4.357/DF, que declarou a Inconstitucionalidade por arrastamento do art. 5º, da Lei 11.960/2009. A decisão proferida pelo STF causou alteração do entendimento anterior do STJ, que consignou em sua jurisprudência que os juros moratórios devem ser calculados com base no índice oficial de remuneração básica e juros aplicados a caderneta de poupança, nos termos da regra do art. 1º-F, da Lei 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09. Porém, Para a correção monetária, por força da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 5º da Lei 11.960/09, foi decidido pela aplicação do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, uma vez que reflete a inflação acumulada no período, não se optando pelo INPC, que tem um índice menor, em função de seu alcance. O processo de quintos em tramite no STF, numerado como RE 638.115/CE, tendo como relator o Ministro Gilmar Mendes, está sendo acompanhado pelo SINDJUFE-BA, e o parecer do Ministério Público já foi apresentado. A Coordenação Jurídica esta catalogando todos os processos com os substituídos sindicalizados, atualizando a filiação ou não filiação do substituído, visando a proteção do seu direito aos passivos de quintos já que apenas terá direito aos valores os servidores filiados ao Sindicato. Os servidores do Tribunal Regional do trabalho da 5ª Região que receberam os quintos em processo patrocinado pela ANAJUSTRA, não têm mais direito as diferenças pela nova regra de cálculo, em função do transito em julgado da decisão, pela coisa julgada. Pela nova regra de cálculo as diferenças são maiores em função da não aplicação do índice de caderneta de poupança, o que equivale a um aumento de 10% (dez por cento), a cada ano do valor recebido, a partir de 2009. Os servidores do Tribunal Regional Eleitoral que receberam administrativamente, a Coordenação Jurídica encaminhou ofício solicitando os juros aplicados e a compensação de mora, para verificar se houve prejuízo no cálculo do passivo, uma vez que, a sistemática de cálculo atual, geraria um acréscimo de 10% (dez por cento) ao ano sobre o valor recebido, desde 2009, o que é um enorme prejuízo, considerando os valores dos passivos. Fonte: ADI 4.357/DF e Resp repetitivo 1.270.439/PR. A Corte Especial Administrativa do Superior Tribunal de Justiça exarou decisão para mandar pagar os passivos dos quintos dos servidores do quadro do STJ, e segundo tomamos conhecimentos, a decisão será levada para o Conselho da Justiça Federal, no intuito de estender a decisão para os Servidores da Justiça Federal de primeira e segunda instância. É preciso que os servidores estejam substituídos nos processos judiciais, filiados a entidade, para evitar prejuízos ao passivo, sem acreditar de forma absoluta no pagamento administrativo, e uma vez saindo este pagamento, fiscalizaremos para saber se o pagamento foi correto, e em não sendo, reivindicar as diferenças e cálculos equivocados. O SINDJUFE-BA ingressou com requerimento administrativo nos Tribunais Superiores requerendo reajuste de quintos, com fundamento na Lei 10.475/2002, tendo obtido parecer favorável do Relator e do CSJT, que encaminhou a decisão para o CNJ, em função do alcance uniforme do Poder Judiciário Federal na União. Estamos acompanhando o andamento no CNJ. SINDJUFE consegue proventos integrais para os servidores O SINDJUFE-BA obteve liminar em tutela Antecipada, concedida pela 7ª Vara Federal de Salvador, favorecendo servidora filiada a entidade que estava percebendo proventos proporcionais. A Aposentadoria por invalidez permanente tem dois critérios distintos de cálculo. O primeiro é aquele em que o servidor foi acometido por doenças ocupacionais ou doenças especificadas em lei e garante a integralidade dos proventos na aposentadoria. O segundo critério de cálculo é aquele que o servidor não foi acometido por doenças ocupacionais ou doenças não especificadas em lei. Nestes casos em que não tem relação com o trabalho ou as doenças não estão especificadas em lei, o calculo é feito com fundamento na Emenda 70/2013, combinado com o inicio do Inciso I, do artigo 40 da Constituição Federal, culminando com a proporcionalidade dos proventos, considerando se homem os 35 anos de serviço e se mulher, os 30 anos de serviço. Garantiu também para esse tipo de aposentadoria a paridade com os servidores em atividade, desde que tenha ingressado no serviço público até o dia 31/12/2003, mas aposentado posteriormente. Ocorre que quando as doenças não estão especificadas em lei, o servidor aposentado por invalidez cai para a regra da proporcionalidade, mesmo que a doença seja grave, contagiosa ou incurável. Considerando o entendimento de que sendo as doenças graves, contagiosa e incurável, corrigimos liminarmente mais esta injustiça cometida com o servidor. Esta é a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça. Agradecemos ao Dr. Claudio Andrade, advogado do SINDJUFE-BA que conduziu esta Ação e obteve mais esta vitória. Servidor não precisa devolver valores recebidos “de boa fé” O SINDJUFE-BA solicita aos servidores que não assinem documentos oriundos dos setores de RH do poder Judiciário se comprometendo a devolver quantias recebidas “de boa fé”. São recebimentos clas- Abril de 2014 11 obrigatoriedade de reposição das importâncias já recebidas de boa-fé, até a data do conhecimento da decisão pelo órgão competente.” SUMULA 249: “É dispensada a reposição de importâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusável de interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, a vista de presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariais.” O Superior Tribunal de Justiça também já firmou jurisprudência sobre a não devolução dos valores de quantias recebidas de boa fé, por erro da administração, em julgamento de Recurso Especial nº 432.157-BA (2013/0379450-0), em processo judicial sustentado pelo SINDJUFE-BA, substituindo servidor do Poder Judiciário federal, com a seguinte ementa: ADMINISTRATIVO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PAGAMENTO A MAIOR FEITO INDEVIDAMENTE DE BOA-FÉ. DESCABIMENTO DA PRETENSÃO ADMINISTRATIVA DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES. AGRAVO DESPROVIDO. Coordenação Jurídica – SINDJUFE-BA. A ditadura militar e a desarticulação sindical Fotos: Agência Brasil No ano que marca o cinquentenário da deflagração do golpe militar no Brasil, várias reflexões são manifestadas em diferentes setores, inclusive no sindicalismo. Quando se parte do pressuposto de que liberdade sindical e justiça social têm estreita relação e ambas só são plenas em um país livre, é fácil deduzir os estragos causados ao sindicalismo brasileiro pela ditadura. A asfixia dos sindicatos e a falta de liberdade na imprensa e na política foram elementos estratégicos para um governo autoritário que, já em 1964 (primeiro ano do regime), criou a Lei de Greve. Esta lei sujeitava as paralisações de trabalhadores à intervenção do Poder Executivo e do Ministério Público. E em 68, com o AI5, um Que a Petrobras fez um péssimo negócio ao comparar uma refinaria americana (Pasadena, no Texas) em 2006 é de conhecimento geral. Os próprios dirigentes da estatal admitem isso. Cabe agora à CPI proposta apurar o caso e esclarecer ao público brasileiro detalhes ainda não informados pelo governo federal e, ao que tudo indica, não sairão com facilidade da boca dos que forem convidados a falar. Muitos já cogitam que tipo de alegação brasileiros: no início de 2005, a refinaria foi comprada pela belga Astra Oil Company por US$ 42,5 milhões. Em setembro de 2006, a Astra alienou à Petrobras 50% da refinaria, mediante o pagamento de US$ 360 milhões. Isto significa que vendeu metade da refinaria por mais de oito vezes o que pagou pelo patrimônio inteiro. Como a Astra Oil queria vender 50% que permaneciam no seu patrimônio e houve desentendimentos (ainda obscuros), a companhia europeia ajuizou uma ação que resultou na condenação da Petrobras. Desta forma, a estatal brasileira pagou à Astra US$ 820 milhões, pondo fim ao litígio. Somadas as duas parcelas, US$ 360 milhões em setembro de 2006 mais US$ 820 milhões em junho de 2009, a Astra Oil embolsou da Petrobras US$ 1,180 bilhão por uma refinaria que em 2005 lhe custara US$ 42,5 milhões. Inépcia? Leviandade? Gestão temerária? Prevaricação? O povo brasileiro exige uma resposta e punição dos culpados. A QUEDA Num contexto marcado por uma economia desorganizada e um cenário político confuso, não é de surpreender o fato de os sindicatos terem contribuido significativamente para a derrubada do regime ditatorial no Brasil, sobretudo na fase final de sua longa existência de 21 anos, ajudando a pavimentar o caminho para as “diretas, já!” (que, aliás, ainda não viriam na eleição de Tancredo). Afinal de contas, o movimento sindical, na melhor acepção do termo, caracteriza-se principalmente pelo espírito combativo. Um espírito forjado ainda nos tempos em que trabalhadores eram tratados como semiescravos, incluindo aí mulheres e crianças. Uma semiescravidão que era considerada normal pelas sociedades pré e pós-Revolução Industrial. O SINDJUFE-BA cobrou do presidente do TRT5, Valtércio Oliveira, a reinstalação da mesa de negociação permanente, conforme requerimento protocolado em janeiro e reiterado agora, no início de março. Alberto Rajy e Lourival Matos disseram ao presidente que parte significativa de servidores está recebendo a cobrança de (com pagamento em dinheiro) de suposta dívida de horas não compensadas, que seriam derivadas da greve de 2011. Entendendo que esta “compensação de horas” é injustificada, os coordenadores do SINDJUFE já deram entrada num requerimento propondo a suspensão imediata da cobrança, conforme ficou definido na reunião com o presidente do TRT5, realizada na última terça-feira. Valtércio Oliveira admitiu que em 2013 houve reposição do alegado trabalho acumulado, embora o CNJ tenha devolvido (sem apreciar) projetos do TRT5 que dizem respeito ao aumento do número de servidores e a criação de nove VTs (com aprovação tanto no TST como no CSJT). Isto, levando-se em consideração o que preconiza a Resolução 184/CNJ (que dispõe sobre os critérios para criação de cargos, funções e unidades judiciárias no âmbito do Poder Judiciário) e a produtividade do TRT5 entre 2011 e 2012 (com quase um ano de paralisações). O coordenador Alberto Rajy aproveitou o encontro para obter informações mais recentes sobre a obra do complexo do CAB. Oliveira argumentou que há muitos complicadores para o seu avanço, como falhas no projeto estrutural e impugnações das construtoras interessadas, além das dificuldades burocráticas em contratar serviços e fazer pequenas compras, como lâmpadas, por exemplo. E que, apesar disso, busca saídas administrativas e jurídicas não só junto ao TST como também no próprio TCU, responsável pela fiscalização financeira da obra. Foto: Sindjufe-Ba ga-se de passagem, por meio de financiamento dos Estados Unidos (apoiadores do movimento destinado a afastar de vez o “perigo” comunista). Sob a égide da Lei de Segurança Nacional, o poder dominante pôde conservar a estabilidade política da sociedade, apostando desta forma Protesto em SP contra ex-militares e policiais acusados num distanciamento cada vez de tortura e homicídios durante regime de exceção maior da tão temida “ameaça golpe dentro do golpe, o Brasil de então co- soviética”. Assim como estudantes, polítinheceu a verdadeira face da ditadura. cos, artistas e intelectuais inconformados, Entre 1964 a 1985, o país vivenciou uma diretores sindicais foram presos, cassados determinada fase chamada de “milagre e exilados, num tempo em que manifestabrasileiro”, marcado porém por uma de- ções públicas eram proibidas. vastadora repressão política e acompaBaixa representação política e sindical nhado de um aumento substancial da marcou uma fase em que o Ministério do dívida externa e com grande defasagem Trabalho controlava com pulso forte as reaos salários dos trabalhadores. Apesar dis- presentações dos trabalhadores. Como em so, o país viveu durante um período certa outros setores, estas representações tamprosperidade econômica, alcançada, di- bém tinham agentes do governo infiltrados. Abril de 2014 Sucessora de Gabrielli, Graça Foster herdou o ‘abacaxi’ resultante da compra da refinaria americana será colocada na mesa. Será que a culpa maior recairá sobre a economia mundial, com suas “surpresas” e reviravoltas? Ou serão alegadas decisões erradas, equivocadas, por parte de quem não teria a intenção de provocar tamanho prejuízo ao Brasil? Mas, provocou! Certamente, num país onde a impunidade incentiva os desmandos e abusos, certamente será impossível ver alguém admitir que a negociação foi feita com o propósito de desviar dinheiro em proveito particular. Aliás, quando ao quesito “decisão equivocada”, a presidenta Dilma Rousseff já se adiantou informando em nota que cláusulas fundamentais eram desconhecidas antes do fechamento do bilionário negócio. Sim, e aí, presidenta? Só isso basta? O processo de compra da obsoleta refinaria levou cerca de 20 dias. Especialistas estimam que a etapa de análise de informações de uma empresa, neste tipo de negócio, consome, em média, de dois a três meses. Só para relembrar, eis a dimensão da “brincadeira” feita com o dinheiro dos TRT-5: SINDJUFE-BA pede suspensão de cobrança pela greve de 2011 Estudantes fazem protesto em frente ao STF contra a impunidade nos crimes da ditadura militar 12 Petrobras-Pasadena: Inépcia? Leviandade? Gestão temerária? Prevaricação? Ou tudo junto? Foto: Agência Brasil sificados como “de boa fé” os que aconteceram por iniciativa da administração em virtude de erro escusável de interpretação de lei por parte do órgão/entidade. Fomos informados de ocorrências de cobrança por parte dos Departamentos de RH, para que alguns servidores devolvam esses valores, contrariando a legislação e jurisprudência pacificada nos Tribunais Superiores e TCU. O Tribunal de Contas da União tem duas súmulas: SÚMULA 106: “O julgamento, pela ilegalidade, das concessões de reforma, aposentadoria e pensão, não implica por si só a Albeerto Rajy e Lourival Matos pediram a Valtércio Oliveira suspensão de cobrança indevida Abril de 2014 13 Não a criminalizaçao dos movimento sociais No Brasil crescem as ações policiais e as medidas judiciais contra as mobilizações, as greves e as manifestações dos trabalhadores. O aparato repressivo do Estado espanca ativistas em greve, prende, tortura e muitas vezes mata lideranças do campo e dos movimentos sociais urbanos. A Justiça julga greves ilegais e abusivas. Além disso, impõe os interditos proibitórios, que são as famigeradas ações judiciais utilizadas indevidamente por empresas para inviabilizar os movimentos grevistas e as próprias entidades sindicais, por meio de multas vultosas a essas entidades. Assim acabam na prática com o direito à greve, garantido na Constituição Federal de 1988. Já no campo, sua função é evitar as ocupações de terras sob a alegação de que o direito de posse ou de propriedade está sendo ameaçado. Desta forma determina-se a reintegração de posse aos latifundiários contra as ocupações pela reforma agrária e decretasse a prisão e a condenação de lideranças dos sem terra. Não raro, esses confrontos resultam em mortes de trabalhadores, essas, porém, ficam impunes. O mesmo acontece com as ocupações na cidade, as ocupações urbanas. Os que lutam por moradia ainda sofrem com os despejos cujos terrenos são utilizados para a especulação imobiliária promovida pelas grandes construtoras. Ao se utilizarem desses recursos, patrões, latifundiários, empreiteiros e seus governantes corruptos protegem unicamente seus interesses. É importante frisar que essas medidas foram utilizadas com freqüência nos tempos de Ditadura Militar. Entretanto, sobrevivem aos governos do PSDB e do PT, ainda que a Constituição Federal assegure a livre organização dos trabalhadores. Ao criminalizarem as lutas, os poderosos, pasmem, estão criminalizando a pobreza. Buscam transformar em crime o direito de lutar por moradia, por terra e por uma vida digna, que deveriam ser garantidos pelo Estado. Eles estão criminalizando os trabalhadores que lutam por direitos sociais e trabalhistas e contra a exploração nas empresas. Isso não é crime. Crime é punir os que lutam pelo justo direito à alimentação, à moradia, à terra, ao trabalho, aos salários e aos direitos sociais e trabalhistas. Salvador Diante disso, o sindjufe-bahia se incorpora as vozes de todos aqueles que se opõem as posturas da força policial á militantes sociais que lutam pela consolidação de direitos essenciais para a vida dos trabalhadores. Por isso, repudiamos a ação de alguns agentes da guarda municipal que em Salvador , no dia 29 de março de 2014, reprimiu e prendeu 18 jovens ativistas sob a acusação de dano qualificado e desacato à autoridade e alguns de formação de quadrilha durante uma mobilização que questionava a contradição entre os altos investimentos para a copa do mundo e o insuficiente recurso financeiro destinados para as áreas sociais como saúde, educação, segurança pública e trasporte público. Assim como estes ativistas, defendemos que a prioridade dos recursos públicos da cidade de Salvador, Estado e País, devem ser para efetivação dos direitos sociais, para construção de uma Cidade, Estado e País sem pobreza, com segurança, com acesso igualitário a saúde, educação,emprego e lazer. Toda solidariedade aos ativistas presos! Fonte: CSP-Conlutas Editado sob responsabilidade da Diretoria do SINDJUFE-BA Av. Ulisses Guimarães, 3302 Edf. CAB Empresarial | Sussuarana 1º Andar | Cep. 41213-000 Salvador | BA Tel/Fax: (71) 3241.1131 | 3241. 2027 E-mail: [email protected] Site: www.sindjufeba.org.br Jornalista: Bernardo de Menezes DRT 1267-BA Editoração Eletrônica: Lucca Duarte Tiragem: 2.500 exemplares 14 Abril de 2014