baixar revista - Conselho Regional de Psicologia do Paraná

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baixar revista - Conselho Regional de Psicologia do Paraná
ISSN 1808-2645
Foto. Stockxpert
Ano 10 - Edição nº 57 - Maio/Jun/2008 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná
sumário
contato
expediente
contatoeditorial
artigo
contato
Qualidade de vida e trânsito:
O motorista do transporte
coletivo urbano de Curitiba
gerais
notas
psicólogodasilva
Qualidade de Vida
artigo
contato
Música e qualidade de vida
capa
matéria
Contribuições da
Psicologia para a
Qualidade de Vida
inquietaçõescontato
A Ética de todos nós
contatoartigo
Apoio Psicológico aos Atletas
Brasileiros durante as Paraolimpíadas em
Atenas 2004: Um relato
de Experiência Prática
por
dentro
COF faz visitas ao interior
contatoentrevista
Equilíbrio para a
Qualidade de Vida
artigo
contato
Existem receitas para Viver
com Qualidade?
agenda
novosinscritos
contato
O CRP-08 dá as boas-vindas
aos novos inscritos
de março e abril de 2008
Diretoria
- Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira
- Vice-Presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso
- Secretária: Marilda Andreazza dos Anjos
- Tesoureiro: Celso Durat Junior
Conselheiros
Adriana Tié Maejima, Anaides Pimentel S. Orth, Beatriz Dorigo, Celso Durat Junior, Denise
Matoso, Dionice Uehara Cardoso, Eugenio Pereira Paula Junior, João Baptista Fortes de Oliveira,
Maria Elizabeth Haro, Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Márcia Regina Walter, Mariana P.
Bacellar, Marilda Andreazza dos Anjos, Marina Pires Machado, Rosangela Lopes de Camargo
Cardoso, Rosângela Maria Martins e Rosemary Parras Menegatti.
Subsedes
- Londrina
Avenida Paraná, 297- 8° andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu - CEP 86010-390
Fone: (43) 3026-5766/ (43) 8806-4740
Conselheira: Denise Matoso
e-mail: [email protected]
- Maringá
Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020
Fone: (44) 3031-5766/ (44) 8808-8545
Conselheira: Rosemary Parras Menegatti
e-mail: [email protected]
- Umuarama
Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250
Fone: (44) 3055-4119/ (44) 8808-8553
Conselheira: Rosângela Maria Martins
e-mail: [email protected]
- Cascavel
Rua Paraná, 3033 - sala 41 - CEP 85810-010
Fone: (45) 3038-5766/ (45) 8808-5660
Conselheira: Marina Pires Machado
Coordenadora: Maria de Lourdes Ribeiro Oliveira
e-mail: [email protected]
Representações Setoriais
- Campos Gerais
Representante setorial efetivo: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (41) 8802-0949
Representante suplente: Lúcia Wolf
- Campo Mourão
Conselheira: Maria Sezineide Cavalcanti de Mélo – Fone: (44) 8828-2290
Representante suplente: Patrícia Roehrig Domingues dos Santos - CRP-08/04858
- Guarapuava
Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mélo - Fone: (42) 8801-8948
Representante suplente: Tânia Mansano
- Foz do Iguaçu
Representante efetiva: Mara Julci K. Baran - Fone: (45) 8809-7555
Representantes suplentes: Gláucia E. W. de Souza e Dayse Mara Bertoldi
- Sudoeste
Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 8822-6897
Representante suplente: Geni Célia Ribeiro
- Norte Pioneiro
Representante efetiva: Sônia Maria Barone Lopes Fone: (43) 8813-3614
Representante suplente: Nucinéia Aparecida de Oliveira
- Litoral
Representante efetiva: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8848-1308
Representante suplente: Alan Mansano
- Paranavaí
Representante efetiva: Carla Christiane Amaral Barros Alécio – Fone: (44) 8828-2289
Representante suplente: Cláudia Lucio Chaves
- União da Vitória
Representante: Elizabeth Ulrich - Fone: (42) 8802-0714
Produção
Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645)
Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná
Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119
Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected]
Tiragem: 10.000 exemplares.
Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda.
Jornalista Responsável: Kelly Ayres (6186/DRT-PR)
Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br
Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Cristiane Borges.
Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão
Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00
Os artigos são de responsabilidade de seus autores,
não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08.
contatoeditorial
Qualidade de vida é um assunto muito discutido
atualmente. Mas o que será realmente qualidade de vida?
O que é bom para uma pessoa, pode não ser para outra.
Então pode haver uma generalização quanto ao significado de qualidade de vida?
As matérias e artigos desta edição da Revista
Contato indicam que a conquista pela Qualidade de Vida
requer o equilíbrio nos diferentes ambientes em que se
participa, além de bem estar físico e mental. As contribuições da Psicologia para a busca deste equilíbrio
também são discutidas.
A revista também apresenta o que está sendo discutido no CRP-08, ou seja, os assuntos em que o Sistema
Conselhos de Psicologia está envolvido, o que acontece
com relação à categoria e à profissão no Paraná e no
Brasil e qual o posicionamento do regional em relação a
isso. Ressalta-se ainda o quanto é importante a participação de todos os profissionais nessas discussões, pois
os psicólogos paranaenses precisam se mobilizar em
prol da profissão.
Nesta Contato também está a divulgação da logomarca escolhida pelos profissionais para a entidade que os
representa. O Plenário espera que os psicólogos se
envolvam mais efetivamente no seu Conselho de representação profissional, que está de portas abertas para
recebê-los.
contatoartigo
Qualidade de vida e trânsito:
O Motorista do transporte
coletivo urbano de Curitiba
Valeria Cristina Morona (CRP-08/11550)
Psicóloga, pós graduada em
Gestão Estratégica de Pessoas.
Atuante como Psicóloga do Trabalho em
empresa de transporte coletivo urbano.
A partir da Revolução Industrial, fala-se de qualidade a
todo momento. As empresas têm se preocupado em oferecer qualidade principalmente ao cliente externo, capacitando para isso os
funcionários internos para que estes ofereçam o melhor serviço ou
o melhor produto.
Inicialmente, a qualidade era voltada basicamente ao controle estatístico da produção, fazendo com que a inspeção do
serviço fosse feita por amostragem, passando pela valorização do
planejamento e culminando com o que Barçante e Castro (1995)
chamam da Era da Qualidade Total, em que há “a aplicação da
Qualidade em tudo o que se faz na empresa, em todos os seus
níveis e áreas, inclusive os não ligados à produção propriamente
dita” (Barçante e Castro, 1995, p.7).
Dessa forma, o conceito de qualidade passa também a
levar em consideração a Qualidade de Vida do trabalhador, que
envolve a “percepção de bem estar, a partir das necessidades individuais, ambiente social e econômico em expectativas de vida.”
(Linonge, 2001, p.238).
Cañete ainda ressalta que
o indivíduo saudável é aquele que consegue
manter-se continuamente consciente e
comprometido com a satisfação dessas suas
necessidades e que conseqüentemente, contribui
para a promoção dessa condição ou estado desse,
junto a seus semelhantes e no ambiente que o
cerca. “ (Cañete, 2004, p 390)
Cañete apreende completamente a complementariedade
dos conceitos de qualidade de vida no trabalho da seguinte forma:
“... qualidade de vida no trabalho (QVT) e
qualidade de vida sejam distintas, na prática estão
interligadas e se interinfluenciam, de modo que
insatisfações no trabalho podem causar desajuste
na vida familiar e as relações sociais fora do
trabalho, enquanto a insatisfação fora do trabalho
exerce um papel negativo e desadaptador sobre o
trabalho” (Cañete, 2004 p.395).
06 contato
Assim, cuidar da saúde do funcionário significa cuidar
também da saúde de sua família e, conseqüentemente, oferecer
melhor Qualidade de Vida para muitas outras pessoas indiretamente ligadas à empresa.
Qualidade de Vida, estresse
e transporte coletivo urbano
Ainda a bibliografia científica sobre transporte coletivo
urbano é muito escassa. Encontram-se vários estudos sobre comportamento humano do trânsito, principalmente no que se refere a
acidentes, mas pouco se fala dos motoristas profissionais, em especial condutores de veículos de transporte coletivo urbano.
Dentre os motoristas profissionais da área, a maior queixa
refere-se às condições que o trabalho oferece, possíveis causadoras do estresse.
Derivada do latim, a palavra estresse foi empregada popularmente no século XVII significando fadiga, cansaço e, a partir do
século XVIII e XIX, aparece relacionado com os termos força,
esforço e tensão (Farias, 1992 In: Benevides-Pereira, A.M. (org)
In: Benevides-Pereira, A.M. 2002, p. 24). Os estudos proliferam
com o passar do tempo: as definições elaboradas pelos estudiosos
têm vários pontos em comum, mas diferem basicamente ao como
este se situa no sujeito: alguns colocam como natural e necessário,
outros enfatizam o fato de este ser uma ameaça ao bem estar e à
sobrecarga sofrida pelo organismo. O que é interessante ressaltar é
que, com o passar do tempo, o referencial biológico vai passando
para o biopsicológico e os estudos passam a enfocar diferentes
pontos, como o estresse advindo de condições psicológicas.
Há diferença entre estresse e agente estressor. O agente (ou
estímulo estressor) é “um elemento que vem interferir no equilíbrio homeostático do organismo, ou tem a ver com as demandas
que ele sofre. O agente estressor pode ter um caráter físico, cognitivo ou emocional”. Em alguns aspectos, os agentes estressores
podem ser benignos e, por isso, não devem ser vistos sempre como
ruins ao indivíduo.
Os estressores físicos são provenientes do meio externo ou
aqueles que interferem predominantemente no corpo do indivíduo.
São exemplos: ruídos, frio, calor intenso e/ou persistente, acidentes, fome, excesso de exercícios físicos, alimentação pesada,
utilização de drogas etc.
Os estressores cognitivos são aqueles avaliados como
ameaçadores à integridade física ou ao patrimônio (físico ou psi-
Os estressores emocionais são sentimentos em que o
componente afetivo se faz presente. São exemplos: morte, ira,
casamento, divórcio, mudanças (casa, cidade, escola) etc. (In:
Benevides-Pereira (org) 2002, p. 26)
Segundo a autora, o estresse é “a resposta a esse estímulo, isto é, a necessidade de vir a aumentar o ajuste adaptativo
para retornar ao estado de equilíbrio, reaver a homeostase inicial
ou os recursos que a pessoa vem a dispender para fazer frente às
demandas”. Seguindo este conceito, o estresse não pode ser considerado sempre de forma negativa, visto que procura reaver a
homeostase perdida diante do agente estressor.
Assim, seguindo o raciocínio de Benevides-Pereira,
pode-se dizer que o trânsito é propício a apresentar agentes
estressores das três classes citadas acima. O ambiente de trabalho do motorista do transporte coletivo urbano é repleto de
agentes estressores físicos: o calor, o frio, os ruídos, horários a
serem cumpridos e alimentação em horário irregular são fatores
que, conjuntamente com os estressores cognitivos (possibilidade de envolvimento em assaltos e acidentes de trânsito), bem
como emocionais (ansiedade, ira), podem propiciar maior índice
de estresse negativo e doenças crônicas relacionadas a ele em
comparação a outras funções.
Esses agentes, por sua vez, atrelados à personalidade do
indivíduo, bem como à situação em que o evento ocorre, podem
propiciar maior facilidade no envolvimento com acidentes de
trânsito. Como foi comentado anteriormente, é importante
destacar que nem todo estresse tem que ser necessariamente
negativo para a condução, já que pode ajudar, em alguns
momentos, no estado de alerta e reação de que se necessita para
o manejo dos veículos ou para evitar acidentes. Patologicamente
falando, o estresse negativo envolve efeitos a longo prazo (ou
negativos) – o estresse crônico ou distresse é o que pode ocasionar sérios efeitos ruins como geração de maiores níveis de
hostilidade e comportamentos competitivos em relação a outros
condutores; aumento da predisposição para uma condução mais
imprudente e temerária (em decorrência da tomada de decisão,
que desvaloriza a percepção do risco) (Hoffman e Legal in
Hoffman e cols, 2003, p. 354).
Fora os fatores de risco no trânsito para o próprio
motorista e para os passageiros, as conseqüências do estresse
diretamente sobre o profissional são inúmeras. Segundo
Benevides-Pereira (In: Benevides-Pereira (org), 2002, p. 44), os
sintomas são físicos (como fadiga, distúrbios do sono, perturbações gastrointestinais, transtornos cardiovasculares), psíquicos (lentificação do pensamento, perda de memória,
impaciência, labilidade emocional, falta de atenção, etc.), comportamentais (irritabilidade, incapacidade de relaxar, comportamento de risco) e defensivo (tendência ao isolamento, perda de
interesse pelo trabalho, absenteísmo). Tudo isso influencia diretamente na Qualidade de Vida do trabalhador de maneira global,
alterando seu comportamento não apenas no trabalho, mas nos
âmbitos social e familiar.
O papel da empresa e da sociedade
Visto que o estresse é algo presente no dia-a-dia do
motorista do transporte coletivo e pode ocasionar prejuízo em
termos de Qualidade de Vida para o profissional e para todos os
passageiros, cabe às empresas e à sociedade como um todo adotar ações preventivas para este problema.
As ações que se focam na interação do contexto do trabalho e o indivíduo, tratam de modificar as condições ocupacionais, a percepção do trabalhador e a forma de enfrentamento
diante das situações de estresse ocupacional, tudo isto de modo
integrado. É importante salientar que, no caso de solucionar
problemas relacionados ao estresse crônico, as atuações devem
focar-se no contexto social do trabalho.
Ainda, cabe aos governantes e à população como um
todo, a promoção de comportamentos saudáveis no trânsito, permeados pela responsabilidade e colaboração, diminuindo, dessa
forma, alguns dos agentes estressores.
Somente dessa forma poder-se-á diminuir o índice de estresse
crônico e obter ganhos duplos: de um lado, promove-se a qualidade de
vida do funcionário e, de outro, incentiva-se um trânsito mais saudável, garantindo também qualidade de vida a toda a população.
referências
- BARÇANTE, L. C.; CASTRO, G. C. de. Ouvindo a voz do cliente interno. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.
- BENEVIDES-PEREIRA, A.M. Burnout: o processo de adoecer pelo trabalho. In: BENEVIDES-PEREIRA, A.M. (org) Burnout:
quando o trabalho ameaça o bem estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002, p. 21-91.
- BITTENCOURT, C. e Cols. CAÑETE, I. in Gestão contemporânea de pessoas, Porto Alegre: Bookman, 2004.
- LINONGI, A. C. Manual de treinamento e desenvolvimento. São Paulo: ABDR, 2001.
- HOFFMANN, M. H. e LEGAL, E. J. Sonolência, estresse, depressão e acidentes de trânsito in: HOFFMANN e cols. Comportamento
Humano do Trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, p. 343-358.
contato 07
Foto. Marcel Iordan
cossocial). São exemplos: a vivência ou eminência de um
assalto, envolvimento em discussões, seleção de emprego,
provas, etc.
gerais
notas
O que acontece nas Subsedes e
Representações Setoriais
Subsede de Cascavel
Com o intuito de obter maior participação
dos psicólogos nas reuniões mensais, a subsede de
Cascavel definiu que em cada mês a reunião será em
um dia diferente para que todos tenham a oportunidade de participar. Desta forma, a agenda de reuniões
de 2008 ficou a seguinte:
-
10 de maio - sábado
16 de junho - segunda-feira
29 de julho - terça-feira
27 de agosto - quarta-feira - Comemoração
do Dia do Psicólogo
11 de setembro - quinta-feira
17 de outubro - sexta-feira
22 de novembro - sábado
08 de dezembro - segunda-feira - encerramento
do semestre
A subsede também está realizando os grupos de estudo. A primeira reunião do grupo aconteceu
no dia 23 de abril. Todas as reuniões acontecem na
subsede localizada na Rua Paraná, 3033 - sala 41,
Edifício Formato.
Subsede de Umuarama
Mesa-redonda sobre Contrato Terapêutico e
Administrativo
No dia 16 de abril, a subsede de Umuarama
realizou a mesa-redonda “Contrato Terapêutico e
Contrato Administrativo - Como eu faço”. O encontro aconteceu no auditório da Associação Comercial
e Industrial de Umuarama (ACIU). Fizeram parte da
mesa-redonda os psicólogos Wagner José Klöckner
(CRP-08/04641), Maria de Fátima Volpato Viaro
(CRP-08/8946), Susy Gleize Rossini Lima (CRP08/07120), Shirley Soares Pirolla (CRP-08/09452),
Maria Sebastiana Zioberr (CRP-08/08909), Valéria
Rodrigues de Jesus (CRP-08/09019) e o advogado
Gabriel Soares Janeiro.
Subsede de Londrina
Nos dias 25 e 26 de julho será realizado, em
Londrina, o Programa de Atualização em Avaliação
Psicológica (PAAP). O evento, que acontece na
própria subsede, tem início às 19h e término às 22h
no primeiro dia. No segundo, o programa começa às
8h30 e será finalizado às 18h, com uma hora de intervalo para almoço.
O PAAP é coordenado pela Comissão de
Avaliação Psicológica e está acontecendo em
várias cidades do Paraná. Em Londrina ministrará
o evento a psicóloga Adriane Picchetto Machado
(CRP-08/02571).
O encontro é dirigido a profissionais e estudantes de Psicologia e tem como objetivo promover
um espaço de discussão e atualização a respeito de
Avaliação Psicológica. Serão abordados os seguintes
assuntos: Reflexões sobre a Atualidade e as Perspectivas da Avaliação Psicológica; Técnicas de
Avaliação Psicológica - Entrevista, Observação e
Testes; Processo de Avaliação Psicológica nos
Diferentes Contextos; Aspectos Éticos na Avaliação
Psicológica e Produção de Documentos Legais
Decorrentes da Avaliação Psicológica.
08 contato
As inscrições podem ser feitas no site
www.crppr.org.br e o valor é R$50,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (43)
3026-5766.
Reunião com Psicólogos que atuam
na Assistência Social
No dia 11 de abril, também em Londrina,
foi realizada reunião com psicólogos que atuam na
Assistência Social. O encontro aconteceu na
Secretaria de Ação Social do município.
Subsede de Maringá
Falando Sobre
No dia 11 de junho acontece o próximo
Falando Sobre - evento realizado todo mês pela subsede de Maringá, com a finalidade de discutir a
Psicologia e suas ramificações. Os encontros acontecem sempre às 20 horas, na Biblioteca Municipal de
Maringá, localizada na Av. XV de Novembro, 514.
No dia 12 de março foi realizado o primeiro
encontro de 2008 com o tema Relações Parentais,
ministrado pelo psicólogo Alex Gallo. Participaram
cerca de 100 convidados. No dia 9 de abril aconteceu
o segundo encontro, que teve como tema “Vínculos
entre casais”, ministrado pela psicóloga Elizabeth
Regina Maio de Siqueira (CRP-08/01886). Nesse
encontro participaram 50 pessoas.
Já no dia 14 de maio o assunto apresentado
foi Método Simonton – “Tratamento das emoções
para a cura do câncer”, com a psicóloga Alessandra
Herranz Gazquez (CRP-08-07526).
Programação
- Data: 11/06/2008
- Tema: O Trabalho do Psicólogo em uma
Unidade de Terapia Intensiva – UTI.
Psic. Carolina Gonçalves Cardoso Pereira
(CRP-08/10816)
Psic. Aline Mazambani (CRP-08/10768)
- Data: 13/08/2008
- Tema: Violência Doméstica: aspectos
psicológicos, contexto familiar e ações do
Conselho Tutelar
Psic. Rute Grossi Milani (CRP-08/05806)
- Data: 10/09/2008
- Tema: Avaliação e acompanhamento
psicológico na cirurgia da obesidade:
é realmente necessário!
Psic. Cristina Di Benedetto (CRP-08/04609)
- Data: 08/10/2008
- Tema: A confirmar
- Psic. Keila Mary Gabriel (CRP-08/05786)
- Data: 12/11/2008
- Tema: A participação do psicólogo no
acompanhamento de políticas
públicas - Controle Social
- Psic. Solange Izabel Marega Batista
(CRP 08/04415)
Litoral
Nos dias 12 e 13 de abril foi realizado, no
Litoral, o Programa de Atualização em Avaliação
Psicológica (PAAP). O evento aconteceu no Núcleo
Regional de Educação em Paranaguá. O PAAP é
coordenado pela Comissão de Avaliação Psicológica
e foi ministrado pela psicóloga Valéria Cristina
Morona (CRP-08/11550).
Sudoeste
O PAAP também foi realizado em Pato
Branco nos dias 16 e 17 de maio. Esse evento foi
ministrado pela psicóloga Cassia Aparecida
Rodrigues (CRP- 08/12944).
Campos Gerais
PAAP
Nos dias 27 e 28 de junho será realizado
em Ponta Grossa o PAAP, a ser sediado na
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o
evento vai das 19h às 22h no primeiro dia e das
8h30 às 18h, com intervalo para almoço, no segundo dia. O ministrante será o psicólogo Nelson Fernandes Junior (CRP-08/07298).
As inscrições podem ser feitas no site
www.crppr.org.br e o valor é R$50,00. Mais
informações podem ser obtidas pelo telefone
(41) 3013-5766.
Reuniões
As reuniões da setorial de Campos Gerais
acontecem na última Quarta-feira de cada mês, às
17h, no Centro Médico Psicológico e Social, localizado na rua Júlia Wanderley, 980, em Ponta Grossa.
Norte Pioneiro
Também nos dias 27 e 28 de junho o Norte
Pioneiro recebe o PAAP. O programa acontecerá no
município de Santo Antonio da Platina, no colégio
Casucha. O encontro será realizado das 19h às 22h no
primeiro dia e das 8h30 às 18h, com intervalo para
almoço, no segundo dia. A ministrante será a psicóloga Theresinha Vian Rambo (CRP-08/12200).
As inscrições podem ser feitas no site
www.crppr.org.br e o valor é R$50,00. Mais
informações podem ser obtidas pelo telefone
(41) 3013-5766.
Foz do Iguaçu
As reuniões da setorial de Foz de Iguaçu
são mensais e acontecem na última segunda-feira do
mês. As últimas reuniões foram nos dias 28 de abril e
26 de maio. As próximas reuniões são: 30 de junho,
28 de julho, 25 de agosto, 29 de setembro, 27 de outubro e 24 de novembro. Os encontros são realizados
no Centro Universitário de Foz do Iguaçu (Cesufoz).
Guarapuava
Avaliação Psicoeducacional
Violência Doméstica é tema de
encontro em Guarapuava
A subsede de Maringá está realizando o
curso de Avaliação Psicoeducacional. O último
encontro aconteceu no dia 26 de abril.
No dia 8 de maio foi realizado, em
Guarapuava, um encontro debatendo o tema
“Violência Doméstica”. O evento aconteceu na
Foto. Alaa Hamed
Unicampo. A psicóloga Carina Suder (CRP08/11346), falou sobre “O papel do Contexto
mais amplo na repetição da Violência contra
a Mulher”; a delegada titular da Delegacia da
Mulher, Maritza Maria Haifi, abordou o
tema central do evento, e o acadêmico de
Direito, Antonio Guterbir, explicou sobre a
“Lei Maria da Penha”.
De acordo com a Organização das Nações
Unidas (ONU), cerca de 300 mil mulheres sofrem
violência por parte dos maridos ou companheiros por
ano no Brasil. Apesar das leis e informações, a violência doméstica ainda é grande.
Reunião
A setorial de Guarapuava realiza reunião na
terceira segunda-feira de cada mês, às 19h30.
Paranavaí
As reuniões da setorial de Paranavaí estão
acontecendo na primeira sexta-feira de cada mês, às
16h, no CAPS 1, situado à rua Guapori, em frente ao
Colégio Estadual. As reuniões são abertas a todos os
psicólogos.
Conferência dos Direitos da
Pessoa com Deficiência
Nos dias 8 e 9 de maio em Curitiba, aconteceu a Conferência dos Direitos da Pessoa com
Deficiência. Participaram, representando o CRP-08,
as colaboradoras da Comissão de Psicologia Escolar/
Educacional, Theresinha Vian Rambo e Maria Eliane
Oliveira Lutfi (CRP-08/00470).
Também
estavam presentes os
deputados estaduais Antonio Belinatti, Reni Pereira e Rosane Ferreira.
O objetivo do encontro foi discutir o Anteprojeto de Lei (PL) 05/08 apresentado pelo TJ-PR à
Assembléia. O PL tem o objetivo de alterar a lei
11.719/97, através da qual os cargos dos profissionais
foram, primeiramente, rebaixados de Técnico Superior, para “Técnico Especializado” e colocados em
um Quadro Provisório. Posteriormente, com a citada
lei, estes passaram ao cargo de “Técnico Judiciário”,
ou seja, foram incluídos no Grupo Ocupacional
Intermediário do Quadro de Pessoal TJ-PR, quando,
pela formação profissional superior, deveriam ter
sido incluídas no Grupo Ocupacional Superior,
respeitada a atividade profissional (psicólogos, assistentes sociais e pedagogos).
Após a reunião, outros encontros já foram
realizados envolvendo os representantes dos profissionais e outras entidades. O CRP-08 está participando efetivamente das discussões.
Psicologia no Ensino Médio
O Sistema Conselhos de Psicologia realiza
campanha para apoiar a inclusão da Psicologia como
disciplina no Ensino Médio. O pedido é para que toda
a categoria solicite aos deputados e senadores a
inclusão da Psicologia nos Projetos de Lei que tramitam na Câmara e no Senado, tais como: PL
1641/2003, PLC 004/2008 e PL 6642/2006. Mais
informações no site www.pol.org.br.
Sistema Conselhos participa do
Fórum Social do Mercosul
Entre os dias 26 e 28 de abril foi sediado em
Curitiba o Fórum Social do Mercosul. O Sistema
Conselhos de Psicologia participou do evento, focando principalmente na questão da Democratização das
Comunicações. O evento foi aberto ao público em
geral. Vários representantes da categoria participaram
de painéis e mesas de discussão.
Psicólogo Acupunturista integra
equipe do NASF
A Portaria 154, de 24 de janeiro de 2008,
foi reeditada após manifestação de diversas categorias da saúde e da Psicologia, dentre elas a ação
conjunta entre Sociedade Brasileira de Psicologia
e Acupuntura (Sobrapa) e Conselho Federal de
Psicologia (CFP). Agora o psicólogo acupunturista
fará parte das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde
da Família (NASF).
A portaria cria para o psicólogo duas possibilidades de participação nas equipes do NASF,
como psicólogo da Saúde Mental ou como psicólogo
acupunturista.
O NASF foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da
Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica.
Reunião na AL discute situação
de servidores do TJ-PR
No dia 2 de abril foi realizada reunião
ampliada na Assembléia Legislativa do Paraná para
discutir a situação de 84 funcionários do Tribunal de
Justiça do Paraná (TJ-PR), profissionais de Psicologia, Serviço Social e Pedagogia, que estão no
cargo de Técnico Judiciário, mas reivindicam que
sejam incluídos no Grupo Ocupacional Superior.
A reunião aconteceu das 10h às 11h30, na
sala das Comissões, no terceiro andar da Assembléia
Legislativa. Participaram da Audiência, representantes do CRP-08, Conselho Regional de Serviço
Social (CRESS-11) e Sindicato dos Servidores do
Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus).
Reunião na Assembléia.
Novos Contratados
O CRP-08 já está com 11 novos empregados públicos. Entre os dias 7 e 9 de abril os
aprovados no Concurso Público realizaram o
treinamento interno. Após, já começaram a trabalhar.
Em Curitiba são três auxiliares administrativo-financeiro (Karen Akemi Teramatsu,
Simone Erika Saito e Nadja Alves Medeiros),
uma orientadora fiscal (Anita Castro Menezes
Xavier) e uma gestora da informação (Rosilaine
Aparecida Pereira). Em Londrina tomaram
posse um auxiliar administrativo-financeiro
(Franco Yamasaki) e uma orientadora fiscal
(Virginia Maria Bernardino). Em Cascavel é
uma auxiliar administrativo-financeiro (Gabriela de Conto Bett) e uma orientadora fiscal
(Graciela Bombardelli). Já em Maringá, um auxiliar administrativo financeiro (Carolina Cleopatra Codonho da Silva).
Há ainda uma vaga a ser preenchida para
auxiliar administrativo-finaceiro em Curitiba, que
não foi preenchida devido a desistências de
aprovados no Concurso. O próximo colocado será
chamado.
Mesa-redonda sobre
Democratização da Comunicação
Quartas-feiras no CRP
As "Quartas-Feiras no CRP" continuam
acontecendo cada mês com uma programação
diferente. Em maio a Comissão de Psicologia
Escolar/Educacional colocou em debate o tema
Inclusão.
No dia 7 de maio foi discutida a Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva. Participaram Miriam Aparecida
Graciano de Souza Pan (CRP-08/00729) a chefe do
Departamento de Educação Especial do Governo do
Estado, Neuza Soares de Sá, e a pedagoga da
Secretaria Municipal da Educação, Larissa Pegozzi.
No dia 14 foi apresentado o Psicocine, com o filme
"Escritores da Liberdade". No dia 21 aconteceu a
mesa-redonda "Dificuldades de Aprendizagem",
com Maria Eliane Oliveira Lutfi e Maria Elizabeth
Nickel Haro (CRP-08/00211). No dia 28 ocorreu a
mesa-redonda sobre “A atuação do psicólogo na
Inclusão” com Mari Ângela Calderari Oliveira
(CRP-08/01374) e Maria de Fátima Minetto Silva
contato 09
(CRP-08/03853). Em todos os encontros profissionais de renome participaram como debatedores.
Em junho o tema das Quartas-feiras será
“Relações Perigosas”, no mês seguinte: “Ética e
Política”.
Em agosto a Comissão de Psicologia do
Esporte produzirá as "Quartas-feiras no CRP"
com foco nas Olimpíadas, pois nesse mês serão
realizados os jogos olímpicos. No dia 6 de agosto
acontecerá a mesa-redonda "Rendimento Esportivo ou Rendimento Humano?". Outra mesaredonda será realizada no dia 13, com o tema
"Olimpíadas e ParaOlimpíadas, o papel do Psicólogo do Esporte". No dia 20 será apresentado o
Psicocine como o filme "Lendas da Vida". No dia
28 haverá outra mesa-redonda sobre "Qualidade
de Vida na Atividade Física".
Treinamento para Representantes Setoriais
No dia 25 de abril, na sede do CRP-08, em
Curitiba, foi realizado um treinamento com os representantes setoriais. No encontro foi explicado
sobre o funcionamento do Sistema Conselhos de
Psicologia, incluindo o papel do representante setorial e noções de orientação, fiscalização e ética.
Na plenária do dia 26 de abril, os representantes relataram que o treinamento foi uma iniciativa
bastante válida e que serviu para esclarecer dúvidas e
organizar o trabalho. Também foi levantada a
hipótese de haver continuidade na capacitação, pois
além de embasar tecnicamente o profissional, o
treinamento integrou todos os representantes.
de abril. De acordo com o tesoureiro do Conselho,
Celso Durat Jr, há uma inadimplência alta, cerca de
40% das anuidades ainda não foram pagas. A partir
de maio começaram as recobranças.
Sede, subsedes e representações setoriais
elaboraram o plano de ação para 2008 com cursos,
palestras, workshops, entre outros projetos, que
visam aperfeiçoar o psicólogo, para a realização dos
planos na íntegra é necessário o pagamento das
anuidades.
Convite da Comissão de POT
A Comissão de Psicologia Organizacional
e do Trabalho (POT) convida os psicólogos que
atuam nas organizações para participarem de grupo
trabalho. As reuniões acontecem nas primeiras e terceiras quartas-feiras do mês, das 19h30 às 21h30. A
experiência de outros psicólogos pode agregar valor
aos trabalhos que a Comissão está desenvolvendo.
Comissão de Comunicação Social
A Comissão de Comunicação Social do
CRP-08 apresentou na plenária do dia 26 de abril os
novos critérios para publicação de artigos na revista
Contato. Recentemente, foi criada no CRP-08 a
Comissão Editorial, uma vertente da Comissão de
Comunicação, composta de psicólogos que avaliam a
qualidade dos artigos que serão publicados.
Os critérios aprovados e que servirão de
base para as próximas edições da revista:
Reunião Telefônica da COF
Critérios para envio do artigo
A Comissão de Orientação e Fiscalização
(COF) do CRP-08 voltou a realizar as reuniões telefônicas que envolvem representações setoriais e subsedes. A primeira reunião do ano aconteceu no dia 11
de abril. Segundo a conselheira e coordenadora da
COF, Anaídes Pimentel Orth, a reunião é importante
para troca de informações e para que todos saibam
das demandas das regiões do estado.
Deve conter pequeno currículo com:
nome, nº de inscrição no
respectivo Conselho, formação,
especialização e atuação.
Deve conter as Referências.
O artigo pode ter até 12 mil
caracteres (já incluindo
referências), ou seja, cerca de
quatro páginas em fonte
Times New Roman, tamanho 12,
entrelinhas simples.
O artigo deve ser enviado para o
e-mail da comunicação:
[email protected].
A próxima reunião telefônica acontece no
dia 20 de junho, das 8h às 9h.
NAPP-08
Na plenária do dia 26 de abril, realizada na
sede em Curitiba, foi apresentado o plano de ação de
2008 do Núcleo de Articulação em Políticas Públicas
(NAPP-08) pelas colaboradoras Andréa Fernanda
Silveira (CRP-08/06245) e Anita Machado (CRP08/08874). Durante a apresentação, a conselheira
representante do Centro de Referência Técnica em
Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do
Sistema Conselhos de Psicologia, Maria Sezineide
Cavalcante de Melo, falou sobre a necessidade de
uma maior integração entre NAPP e CREPOP. Serão
realizadas reuniões entre a conselheira e os colaboradores do NAPP. Também foi divulgado a contratação da técnica do CREPOP, Carmen Ribeiro.
Uma das propostas é fazer um mapeamento detalhado dos representantes do CRP-08 em
Conselhos de Controle Social. Também serão analisados outros Conselhos em que o CRP-08 pode
fazer parte.
Orçamento CRP-08
Durante a plenária do dia 26 de abril, também foi apresentado o orçamento de 2008 até o mês
10 contato
Procedimento de avaliação de artigos
O artigo será enviado, sem nome
do autor, a dois pareceristas.
Estes deverão ler e assinalar a
lista de avaliação.
Os pareceristas serão escolhidos por
ordem alfabética.
Os artigos serão avaliados conforme
os critérios estabelecidos.
Avaliação de cada critério
Título: compatível com o
conteúdo do texto.
Objetividade: vai direto ao assunto.
Clareza: se expressa de forma
inteligível; fácil comunicação.
Consistência: coerência das idéias.
Linguagem: utiliza terminologia
adequada, respeitando a norma culta
da língua portuguesa.
Qualidade geral do texto:
a somatória dos itens acima;
texto com introdução,
desenvolvimento e conclusão.
Aprovação
Para cada item será dada nota de
1 a 5. Somente serão aprovados
artigos com pontuação
superior a 18 pontos.
Os autores dos artigos receberão via
e-mail o retorno da Comissão
Editorial, com o seguinte texto:
Caso o artigo seja aprovado sem
alterações, é enviado ao autor
com o seguinte texto:
Seu artigo foi aprovado e em breve
será publicado na revista Contato.
Caso o artigo seja aprovado com
alterações, é enviado ao autor com
o seguinte texto:
Seu artigo foi aprovado com
algumas alterações. Por favor, leia
e responda se está de acordo.
Caso sua resposta seja positiva,
em breve ele será publicado na
revista Contato.
Caso o artigo não seja aprovado,
é enviado ao autor com
o seguinte texto:
Seu artigo não foi aprovado por
(descrição dos motivos).
Você poderá reformulá-lo e
apresentar a nova versão.
Plenárias no Interior
Algumas plenárias do CRP-08 estão
acontecendo nas subsedes no interior do Estado.
Umuarama receberá o Plenário no dia 31 de maio.
Em seguida, Maringá, no dia 19 de julho, e depois
Cascavel, no dia 18 de outubro. Os encontros são
sempre aos sábados, a partir das 9h. No dia 15 de
março o encontro aconteceu em Londrina.
Calendário de Plenárias
As próximas plenárias acontecerão:
- Maio: dia 31 (sábado, em Umuarama);
- Junho: dia 06 (sexta) e 21 (Sábado);
- Julho: dia 04 (sexta) e 19 (sábado em
Maringá);
- Agosto: dia 1º (sexta) e 16 (sábado);
- Setembro: dia 12 (sexta) e 20 (sábado);
- Outubro: dia 03 (sexta) e 18
(sábado, em Cascavel);
- Novembro: dia 07 (sexta) e 22 (sábado);
- Dezembro: dia 05 (sexta) e 20 (sábado).
Debate sobre Psicologia Organizacional
e do Trabalho
A Associação Brasileira de Ensino da
Psicologia (ABEP) e o Conselho Federal de
Psicologia (CFP), promoveram a mesa redonda
on line Diálogos com a Psicologia Organizacional e do Trabalho, no dia 15 de maio, em
comemoração ao Dia do Trabalhador. O debate
foi transmitido via Internet.
8º Congresso de Stress da ISMA-BR e
10º Fórum Internacional de
Qualidade de Vida no Trabalho
O International Stress Management
Association (ISMA-BR) realiza entre os dias 24 e
26 de junho o 8º Congresso de Stress da ISMABR e 10º Fórum Internacional de Qualidade de
Vida no Trabalho, como o tema Trabalho, Stress e
Saúde: gerenciando as emoções - da teoria à ação.
O encontro acontece no Centro de Eventos Plaza
São Rafael, em Porto Alegre, no Rio Grande do
Sul. Mais informações podem ser obtidas pelo site
www.ismabrasil.com.br.
psicólogodasilva
Por Tonio Luna (CRP-08/07258)
Qualidade
de vida
Ingressei na faculdade de Psicologia já mais velho, uns trinta e tantos. Recordo-me dos rostos dos meus colegas, a
maioria mais jovem. Rostos curiosos, críticos, sonhadores e escolhidos pela Psicologia. Hoje a maioria já desistiu da profissão. Parece que não conseguiram dar à Psicologia o que ela queria.
Tenho encontrado uns outros tantos psicólogos com bem mais tempo de profissão do que eu. Aprendi com alguns
deles, os quais conseguiram passar pela barreira do narcisismo, o significado do encontro com quem atende. Encontro este
que nos faz querer mais qualidade de vida por dar sentido à nossa existência.
contato 11
artigo
contato
Música e qualidade de vida
Melody Lynn Falco Raby
CRP 08/12336
É possível observar em outros
artigos que a música aparece com
bastante freqüência em pesquisas
como uma atividade prazerosa, relacionada ao bem estar e à qualidade
de vida, para diversos tipos de pessoas e situações. Mas por que isso
ocorre? Por que ouvimos e fazemos
música? Por que a música é prazerosa? Essas e outras perguntas vêm
encontrando respostas em diversas
áreas do conhecimento, dentre elas a
Psicologia.
Em primeiro lugar, a música
parece realmente fazer parte da história do homem. É consenso que não
existe cultura sem música, e registros
arqueológicos datam instrumentos
musicais anteriores aos primeiros
achados relacionados à agricultura.
Tal constatação levanta a questão
“música e evolução”, que vem
recebendo argumentações favoráveis
quanto à música como um comportamento evolutivo.
Uma dessas argumentações,
por exemplo, é o critério de que para
se caracterizar um comportamento
com função evolutiva devem existir
evidências neuroanatômicas, uma
vez que comportamentos especializados que evoluíram são tipicamente
associados a sites neuroanatômicos
(Levitin, 2006). Nesse sentido, as
Neurociências vêm constantemente
contribuindo com evidências neuroanatômicas da música no cérebro, e
ressaltando a utilização, na decodificação da música, de uma série de
12 contato
processos cognitivos não específicos
da música (como atenção, identificação de padrões e estruturas, memória e outros).
Os estudos reforçam a “capacidade natural” para a música que
todos possuímos; em outras palavras,
todos entendemos música, mesmo
sem possuir o conhecimento específico acerca da Teoria Musical (salvo
casos de alterações cerebrais; para
exceções, o livro “Alucinações Musicais”, de Oliver Sacks, é indicado),
concluindo assim que leigos possuem um sofisticado e implícito conhecimento sobre as regularidades
musicais e que componentes estruturais da música como contornos
melódicos e intervalos são codificados automaticamente pelo cérebro
(Andrade, 2004).
Mas, mesmo com evidências e
estudos tão interessantes como os
relacionados à participação da música na evolução do ser humano, continua a pergunta do como ela nos
influencia. Para tal resposta, Sloboda
(1990), entre outros, enfatiza a
função emocional da música, colocando como motivo principal do
envolvimento do ser humano com a
música a sua capacidade de transmitir emoções.
Desde a antigüidade essa característica é destacada, sendo conferido à música poderes mágicos e
origem divina, capaz de produzir
pessoas boas ou más, influenciar
(afetar) o caráter, de acordo com sua
forma. Em Platão, uma das mais
citadas referências, “A República”,
defende a educação pela música,
pois “(...) o ritmo e a harmonia penetram mais fundo na alma e afetamna mais fortemente, trazendo consigo a perfeição, e tornando aquela
perfeita (...)”.
A percepção da emoção na
música é então assunto antigo, e as
respostas da ciência para a questão
não se distanciam daquilo que conhecemos por experiência própria.
Vários estudos têm demonstrado
mudanças bioquímicas e eletrofisiológicas em resposta ao ouvir música
e alguns pesquisadores têm encontrado que ouvir músicas ou canções
familiares ativa estruturas neurais em
regiões primitivas do cérebro. A percepção de consonâncias e dissonâncias aciona mecanismos associados
aos estados emocionais de prazer e
desprazer. Além disso, através do seu
ritmo, a música estimula mecanismos
neurais primitivos de relação temporal. “A música nos move porque, de
todas as atividades humanas, é a que
apresenta maior regularidade temporal.” (Levitin, 2006)
Talvez a explicação de maior
conteúdo estético, por assim dizer,
seja a encontrada na Filosofia: a
música permite a experimentação das
emoções com distanciamento. Experimentamos, sofremos, nos alegramos, e até podemos alcançar uma
melhor formulação de nossos sentimentos e emoções através da música.
Como coloca Schopenhauer: “Tão
fácil de entender e no entanto tão
inexplicável, deve-se ao fato de que
ela reproduz todas as emoções do
mais íntimo do nosso ser, mas sem a
realidade e distante da dor.” (Sacks,
2007, p.11).
A função cognitiva se refere às
atividades cognitivas que a música
favorece, tais como memória, processamento de informação, aprendizagem, entre outros. Nesse sentido,
diversos estudos mostram benefícios
da educação musical ou mesmo do
estímulo musical para o desenvolvimento e aprendizagem em geral.
Já a função social envolve
também argumentos em favor da
evolução da música: ela teria surgido
como uma ferramenta para a socialização, em favor da linguagem, das
interações sociais ou coesão social,
em ritos, e para a comunicação. Para
os dias atuais, sabe-se que participar
de atividades musicais promove
autoestima, habilidades de socialização e trocas sociais significativas
representando um papel na formação
e expressão da identidade, principalmente na adolescência.
Música: Ferramenta para
qualidade de vida?
Tendo em vista a influência da
música sobre nós e os benefícios que
pode acarretar, conclui-se que sim: a
música é uma ferramenta para a qualidade de vida. Essa ferramenta pode
ser usada desde cedo, na estimulação
de bebês. Vários estudos demonstram uma série de benefícios através
da estimulação de bebês pela música,
favorecendo o desenvolvimento de
- Andrade, P. (2004) Uma abordagem evolucionária e neurocientífica da
música. Neurociência, v. 1 n. 1, p. 21-33.
- Levitin, Daniel. (2006) Em busca da mente musical. In: Beatriz Ilari
(organizadora). Em busca da mente musical: ensaios sobre os processos
cognitivos em música - da percepção à produção. Curitiba: Editora da
UFPR, p. 23-44.
- Sacks, O. (2007) Alucinações musicais: relatos sobre a música e o
cérebro. São Paulo: Companhia das Letras.
- Sloboda, J. (1990) The musical mind; The cognitive psychology
of music. Oxford: Oxford University Press.
habilidades emocionais, motoras e
sociais, além das musicais propriamente ditas. Esther Beyer, da
UFRGS é uma referência brasileira
nesse campo de estudo. Na infância e
na educação infantil esses benefícios
continuam, sendo o benefício em
habilidades cognitivas assunto bastante investigado, uma vez que a
música aciona funções cognitivas
importantes para diversas áreas, em
especial a linguagem, matemática e
raciocínio lógico.
A música pode também ser
instrumento de inclusão social, junto
a crianças carentes e indivíduos deficientes, como observado em diversas iniciativas brasileiras. Ou pode
melhorar a qualidade de vida no
trabalho, seja pela escuta ou pela
formação de corais de empresas; no esporte, em atividades
de relaxamento ou pela escuta
na rotina dos atletas. Além
disso, ela pode ser um ótimo
recurso terapêutico para adultos e
idosos, recurso esse que pode ser
incentivado pelos psicoterapeutas.
Por fim, são grandes as contribuições da música em
favor da qualidade
de vida, em atu-
ações junto a autistas, deficientes físicos e mentais, idosos, entre outros.
A atividade musical envolve
emoção, terapêutica, corpo, percepção e relações intra e interpessoais. Domínios esses que não são
trabalhados isoladamente, mas sim
em conjunto, interrelacionada e
interdependentemente. Por esses
motivos, e por tantos outros, que a
música faz e continuará fazendo
parte de nossas vidas.
E você, já ouviu música hoje?
contato 13
Foto. Julia Freeman
A função emocional da música, então, é um fator a contar na justificativa da sua importância, atuando assim como reguladora de estados
emocionais. Mas existem outras
funções importantes: as funções
social e cognitiva.
referências
capa
matéria
Contribuições da Psicologia para a
Qualidade de Vida
Foto. Stockxpert
Muito se ouve falar em qualidade de vida, mas o que é
isso realmente? Para o estudante Fabiano Morais, qualidade
de vida é sinônimo de tranqüilidade e saúde. “É algo que tem
que vir de dentro para fora. Você tem que estar bem com você
mesmo”, comenta Morais. Já para a secretária Heloisa
Espinola Didone, qualidade de vida é poder trabalhar e se sustentar com dignidade. “Podendo ter um momento de lazer
quando possível”, complementa. A zeladora Cleide Barrankievickz acha que qualidade de vida é ganhar um bom
salário para poder se sustentar, além de ter saúde e respeito
com os outros. “É ter um país bem estruturado onde todos tenham trabalho, saúde e dignidade para viver”, elucida.
Segundo o dicionário Aurélio, qualidade é “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas
capaz de distingui-las das outras e de lhes determinar a
natureza. Numa escala de valores, qualidade que permite
avaliar e, conseqüentemente, aprovar, aceitar ou recusar,
qualquer coisa”. Já qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida e os sistemas de valores nos
quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Ela pode ser afetada de
modo complexo pela saúde física, estado psicológico,
relações sociais, relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente.
Qualidade de vida é um assunto com relevância
mundial e a Psicologia está totalmente envolvida nisso, pois
muitos procuram o tratamento psicológico para
ter uma melhora no seu
bem-estar e todas as áreas da
Psicologia se envolvem de
alguma forma no tema.
Na área organizacional, o assunto é muito discutido. Para o psicólogo Raphael
Henrique Castanho Di Lascio,
qualidade de vida no trabalho é
necessária. “Tudo é influenciado pelo trabalho e tudo influencia o trabalho”, afirma Di
Lascio. O profissional precisa trabalhar em um ambiente tranqüilo, que dê boas condições salariais, precisa ser tratado com
respeito e dignidade.
A ergonomia e até mesmo as cores no local de trabalho podem influenciar o rendimento de um colaborador da
empresa. Além da Psicologia Organizacional, outra área que
estuda essas questões é a Psicologia Ambiental - um campo
novo que estuda as relações do homem com o meio ambiente, tanto no sentido do impacto humano sobre o ambiente
quanto o inverso.
Como é um campo recente, começou a ser estudado
efetivamente há cerca de duas décadas e ainda não é reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) como
especialidade. De acordo com a psicóloga e professora da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Maria
Cristina Neiva de Carvalho (CRP-08/01397), há algumas discussões se esse seria um campo discriminado ou uma vertente
da Psicologia Social Comunitária - já reconhecida pelo CFP
como especialidade. “Encontramos na literatura algumas discussões nesse sentido. Pois a Psicologia Ambiental vai trabalhar essencialmente em grupos, com as relações sociais entre
o indivíduo e o meio ambiente, então nesse sentido ela guarda
muita semelhança com as premissas da Psicologia Social
Comunitária”, esclarece a psicóloga.
A psicóloga Fernanda Rossetto (CRP-08/12857), que
realiza projetos nesse campo, diz que o trabalho da Psicologia
Ambiental é essencialmente interdisciplinar, envolvendo biólogo, engenheiro ambiental, arquiteto, entre outros. “O profissional de Psicologia é por excelência o profissional do comportamento humano, o psicólogo participar dessa equipe, é
esencial e também um diferencial”, fala.
O diferencial do psicólogo citado por Fernanda, também é comprovado pela psicóloga Daniele Barp (CRP08/12814), que faz projetos na área. Ela acredita que o psicólogo ao estudar o comportamento humano, proporciona
chances de modificar esse comportamento. “Fala-se muito em
sensibilizar a população para cuidar do meio ambiente, a mídia
sempre está bombardeando com várias informações sobre a
questão ambiental, mas percebemos que esse diferencial do
psicólogo é que pode interferir e provocar a mudança de comportamento do indivíduo com relação ao meio ambiente”,
explana Daniele.
Psicologia Social com projetos de Políticas
Públicas consegue realizar um trabalho
efetivo na prevenção e no resgate da
qualidade de vida.
A modificação se refere ao modo como o ser humano
trata o meio ambiente, seja a relação dele com a natureza ou
com o local de trabalho. Maria Cristina acredita que os outros
profissionais que estudam o meio ambiente não conseguem
explicar porque determinada pessoa age de um jeito e não de
outro. “Para conseguirmos as mudanças necessárias de comportamento, tem que haver um estudo profundo sobre as pessoas e a percepção delas sobre o meio ambiente”, fala a professora. Para ela, é necessário trabalhar com a percepção que
o ser humano tem acerca do meio ambiente e, consequentemente, a sua ação sobre ele.
No litoral do Paraná, entre 1997 e
2000, aconteceu o Projeto Meninas
da Praia – idealizado pela psicóloga e conselheira do CRP-08, Karin
Bruckheimer. Em 2006 o projeto
retornou, em 2007 o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente elegeu o projeto para receber um financiamento, destinado para a
compra da Casa, e ele se transformou em
Programa, com ampliação das ações dirigidas às famílias.
Os campos de atuação do psicólogo ambiental são
diversos. Ele pode atuar em contexto educacionais, em organizacões, programas de gestão ambiental, na relação do indivíduo com a terra, “na verdade podemos trabalhar em qualquer local onde tem pessoas. O psicólogo ambiental pode trabalhar no sentido de transformar o ambiente, no ponto de vista
da qualidade de vida”, fala Fernanda.
A psicóloga Isabella Bello Seco (CRP-08/12813) que
atua com Psicologia Ambiental na área organizacional, diz que
a qualidade de vida está intimamente ligada à preservação
ambiental. Ela acrescenta que tem percebido uma grande
preocupação em torno da questão, mas que além dessa preocupação, há uma cobrança e uma pressão, tanto das empresas
quanto da sociedade, para que sejam tomadas medidas que
objetivem a minimização dos impactos ambientais decorrentes dos diferentes processos de industrialização. "A redução
dos impactos ambientais interferem diretamente na qualidade
de vida das comunidades em volta dessas empresas e dos
próprios colaboradores. É preciso considerar se a busca por
esta redução é um valor e demonstração de uma mudança da
cultura da organização ou se objetiva unicamente o cumprimento de leis e manutenção da imagem da empresa", comenta. Isabella acrescenta que uma possível atuação do psicólogo
neste sentido é desenvolver projetos que objetivem uma transformação efetiva do sistema principalmente no que diz
respeito à cultura e valores relacionados ao meio ambiente.
Na Psicologia Ambiental se trabalha muito com a
questão da recuperação de um determinado lugar para
promover uma qualidade de vida ou resgatá-la e também
com a prevenção. Mas não é só no meio-ambiente que o
bem-estar precisa ser resgatado ou preservado. A
O programa preza a qualidade de vida de
meninas de 10 a 18 anos da região litorânea do
Paraná, tendo com objetivo diminuir a incidência
de casos de exploração e abuso sexual, maus tratos, ou seja, a
violência contra crianças e adolescentes em Matinhos. Para
isso, busca potencializar o valor das meninas para suas
próprias famílias e sociedade, tentando mostrá-las como pessoas que podem contribuir para a comunidade e não somente
serem futuras mães ou objeto de exploração sexual. Nesse
contexto o programa tenta fazer atividades e ações que ajudem
as meninas a terem autoconhecimento, saberem quais são as
vontades e desejos delas, sempre incentivando o estudo e apresentando técnicas e cuidados para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez.
A psicóloga Karin acredita que o projeto contribui para
uma melhora na qualidade de vida das meninas. “Eu acredito
que o projeto contribuiu pelo menos um pouco. Algumas
meninas da 1ª fase já me deram depoimentos do que foi o
Projeto naquele momento de vida delas, é compensador escutar como podemos auxiliar”, explica.
Segundo Karin, para promover qualidade de vida,
“precisa-se mais de criatividade e vontade de trabalhar do que
dinheiro”, comenta. Ela conta que realiza algumas oficinas
com as meninas que não envolvem muitos gastos, mas que
devolvem a dignidade e a sensação de bem-estar para elas.
Hoje o programa está com três grupos, dois no Centro
de Matinhos, que atende meninas de Caiobá, Tabuleiro,
Sertãozinho, Mangue Seco e Rivièra, e um no Núcleo do
Perequê, que atende os demais balneários até chegar no
contato 15
Albatroz. Entre 2007 e 2008 já passaram 130 meninas pelo
projeto, que atualmente está com 40 meninas. “Durante
quatro anos, o projeto funcionou também em Pontal do
Paraná. Além disso, foi apresentado em São Paulo.
Mas se pelo menos um profissional não vestir a
camisa para que dê certo e tenha muita vontade
política, nada permanece”, esclarece.
atleta ter um acompanhamento psicológico. Mas, segundo
Márcia, o número de profissionais da Psicologia que vão
ainda é insuficiente. “Mas eu acho que o pensamento com
relação à Psicologia no esporte já se modificou bastante. O
comitê olímpico percebeu que é preciso um acompanhamento para que o atleta não saia frustrado, é preciso trabalhar a
pressão que ele enfrenta”, diz a psicóloga do esporte.
A Psicologia, de acordo com
Karin, auxilia no resgate da qualidade
de vida e também na questão da
prevenção contra problemas que
possam afetar a pessoa. “A Psicologia proporciona espaços para as
pessoas pararem, respirarem e pensarem
um pouco mais em si mesmas”, comenta.
Mas esse pensamento começou a se modificar depois
que o psicólogo Dietmar Samulski foi para as Paraolimpíadas
e obteve resultados e muitos elogios. As Paraolimpíadas no
Brasil apresenta resultados muito positivos, o número de
medalhas é maior comparado aos atletas Olímpicos. Márcia
conta que para os paratletas há mais patrocínio e programas
de incentivo. “Não há tantos paratletas, por isso é mais fácil
conseguir financiamento”, argumenta.
Para se conquistar qualidade de
vida é necessário equilíbrio. Além de estar
bem emocionalmente e no ambiente de
trabalho, é imprescindível que o indivíduo
esteja bem com o seu corpo, ou seja, fisicamente. De acordo com a psicóloga do
esporte e conselheira do CRP-08, Márcia
Regina Walter, o esporte ajuda tanto no
aspecto físico quanto no mental. “O esporte
ajuda na socialização, na parte fisiológica, no
emocional e no raciocínio. Se eu estou me
sentindo bem com o meu corpo, vou ter harmonia com a minha mente”, explana Márcia.
Muitos paratletas, antes de se tornarem pessoas com
deficiência, já praticavam alguma atividade física, mas não
conseguiam obter resultados tão positivos. A psicóloga do
esporte explica que muitas pessoas que sofreram acidentes
passam por várias dificuldades, mas conseguem se recuperar através do esporte. “Ao invés de ficar reclamando a pessoa com alguma deficiência que consegue se conscientizar
de que pode ter uma vida normal, acaba vendo que tem uma
força muito maior, um potencial muito maior do que aquilo que achava. Por isso que tem muita gente que descobre
depois de um acidente, por exemplo, que pode ser um
grande atleta”, elucida.
Este ano o esporte será muito abordado
por conta das Olimpíadas que acontecem entre 8 e 24 de agosto e das Paraolimpíadas entre 6 e 17 de setembro. Os jogos
acontecem em Pequim. A Psicologia do Esporte trabalha com
atletas, ou seja, com a qualidade de vida deles. O psicólogo
desenvolve ações que envolvem o rendimento e a prevenção,
os pais dos atletas - para evitar a pressão - e os excessos de
treinamento.
De acordo com Márcia, o atleta brasileiro não tem uma
qualidade de vida adequada, pois faltam incentivos ao esporte.
“Temos atletas brasileiros que estudam, trabalham e ainda
treinam, porque não conseguem obter retorno financeiro com
o esporte. E caso não obtenham o resultado esperado ainda
sofrem muita pressão”, exemplifica a psicóloga. No Brasil os
patrocinadores são poucos e não há Políticas Públicas em torno
do esporte. “No papel há muita coisa, mas poucas ações são
realizadas”, afirma Márcia.
Nas Olimpíadas a Psicologia do Esporte atualmente
está mais inserida, porque se percebeu que é necessário para o
16 contato
A Psicologia do Esporte pode atuar em vários campos:
academias, escolas, terceira idade, times, seleções e com atletas profissionais. Mas Márcia lembra que o psicólogo no contexto esportivo não pode confundir seu papel, que é o de
apoiar e aconselhar o técnico, não interferindo em ações que
são exclusivas do professor de educação física.
Para ter qualidade de vida é necessária a atividade física. “E isso vai depender de cada um. Cada um tem que descobrir a atividade física que melhor se encaixa na sua personalidade”, explica. Dentro da Psicologia do Esporte tem muitos
estudos falando sobre a personalidade. “Eu vou buscar uma
atividade porque eu tenho um estilo de personalidade, dentro
da atividade física a mesma coisa. Eu vou buscar aquela atividade porque eu me sinto bem fazendo aquilo”, comenta.
O esporte é uma forma de amenizar as dificuldades,
“porque ele transforma a vida das pessoas”, comenta. Em
agosto, a Comissão de Psicologia do Esporte produzirá as
"Quartas-feiras no CRP" como foco nas Olimpíadas e o tema
Qualidade de Vida será abordado.
inquietaçõescontato
A Ética de todos nós
Márcia Regina Walter
(CRP-08/02054)
Presidente da Comissão de
Ética do CRP-08
Etimologicamente a palavra ética
ethos é junção de dois vocábulos gregos:
que significa morada do homem, morada do
animal: covil, caverna, que dá o sentido de
abrigo protetor, o homem encontra um estilo de vida e de ação no espaço do mundo.
Acostuma-se com sua morada. Daí vem o
costume, mas esta morada é passível de ser
aperfeiçoada. O outro vocábulo significa
comportamento que resulta de um repetir os
mesmo atos – uma constante que manifesta
o costume, o ato do indivíduo – tem-se aí o
hábito. Tanto costume, quanto hábito são
construídos.(Carvalho,2003).
Estes dois vocábulos levam-nos a
perceber que o espaço ético humano nasce
daquilo que é possível, naquilo que pode ser
necessário, ou naquilo livre e imprevisível,
porque se dá dentro de possibilidades e
probabilidades. Isto quer dizer que eu tenho
o poder de fazer escolhas e que esta escolha
tem haver com os costumes e hábitos construídos internamente e com o contexto
histórico na qual estou inserido.
Por isso que atitudes violentas que
escutamos todos os dias nos noticiários contra a sociedade, com assaltos e seqüestros,
nos causam uma comoção coletiva e nos
fazem refletir sobre a natureza do ser
humano e o argumento é um só “isto ou
aquilo vai contra a natureza humana” ou
“como alguém teve a coragem de fazer isto”.
Coragem, utilizando o conceito de Aristóteles, é um justo meio termo, adequado ao
homem, entre a temeridade e a covardia.
Porém, se a coragem é uma virtude desejável então temos que questionar muitos comportamentos covardes, comuns em nossa
sociedade atual, que busca geralmente apenas conforto, facilidade, segurança, o prazer
e a saúde a qualquer preço.
O homem, como diz Kant, ele é legislador e membro de uma sociedade ética:
é legislador porque é ele que vê o que deve
ser feito, e é membro ou súdito porque
obedece aos deveres que a sua própria
razão lhe formula. Neste sentido ele não
tem um preço, mas uma dignidade, é o que
Tugendhat chamaria uma ética do respeito
à pessoa.
No cenário profissional, as atitudes
se refletem da mesma forma. O que deveria ser a busca da realização profissional
passa a ser na sociedade atual o ser melhor
e conquistar um espaço profissional a
qualquer preço. Ainda citando Kant, a felicidade de realizar-se esta na consciência
do dever cumprido, de ir em busca dos
bens materiais, porque considera que ser
feliz, neste aspecto, é um dever do homem,
uma vez que um homem frustrado faz mal
a si e aos outros.Temos obrigação de fazermos tudo para ser felizes, desde que seja
tudo dentro do respeito aos demais. Não é
a felicidade a qualquer preço.
Atitudes antiéticas apresentam,
por exemplo, aquelas pessoas que não
vivem ao nível ético das escolhas entre o
“agir bem”ou do “bem comum”.São pessoas que buscam simplesmente o prazer
ou o poder, ou o proveito pessoal, ou as
vantagens econômico-financeiras, em
todas as ocasiões.
A minha atitude ética profissional
hoje é ter uma consciência individual que
possa ser responsável socialmente. Isto
quer dizer que a minha responsabilidade
individual, perante o meu paciente, o meu
colega, a sociedade é que vai garantir uma
ética fundada em princípios e valores que
norteiam o viver em comunidade.
contatoartigo
Apoio Psicológico aos Atletas Brasileiros
durante as Paraolimpíadas em Atenas 2004:
Um Relato de Experiência Prática
Prof. Dr. Dietmar Samulski
Universidade Federal de Minas Gerais
Prof. Ms. Franco Noce
Centro Universitário de Belo Horizonte
Psicóloga Mara Raboni
Escola Paulista de Medicina da UniFESP
Introdução
Nas últimas três décadas, o desporto paraolímpico alcançou
níveis expressivos de rendimento, conseguindo cada vez mais espaço no
cenário esportivo internacional. O Brasil obteve, nas Paraolimpíadas de
Atenas em 2004, seu melhor resultado desde sua primeira participação
nos jogos paraolímpicos, ficando no 16o lugar no ranking de medalhas
(33 medalhas, sendo 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze). Na busca
de melhores resultados, tem-se evidenciado a necessidade de melhoria
das condições de treinamento esportivo e também de um melhor suporte
científico e tecnológico para os atletas. Neste contexto, o suporte psicológico aparece como mais uma ferramenta de apoio aos atletas e
equipes (veja MELLO, 2002; SAMULSKI & NOCE, 2002; SAMULSKI, 2001; SAMULSKI, 2003).
A partir de 2002, após a participação do Brasil nas
Paraolimpíadas de Sidney, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) deu
continuidade e ampliou as avaliações de diferentes modalidades esportivas visando os jogos de Atenas 2004, na Grécia. O maior número de
avaliações da psicologia do esporte, desde 2000, foram realizadas em
2003, quando criaram-se as seleções permanentes de atletas, bem como
foi consolidada a Comissão Permanente de Avaliação do CPB.
Na medida em que o Brasil foi conquistando mais vagas para disputar diferentes modalidades esportivas em Atenas, ocorreu um aumento
significativo no número de equipes e de seus integrantes. Visando um
acompanhamento mais efetivo e o desenvolvimento do perfil competitivo
dos atletas, formou-se em 2004 uma comissão de suporte psicológico, orientada pelo psicólogo do esporte Prof. Dr. Dietmar Samulski, da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao CPB.
Os resultados das avaliações psicológicas foram repassados periodicamente a todos os técnicos nacionais das equipes permanentes através
de relatórios diferenciados, os quais foram analisados de forma geral e
individualmente, de acordo com a modalidade esportiva. Estes resultados
contribuíram de forma eficiente na melhoria da qualidade dos treinos e no
desenvolvimento do desempenho dos atletas e das equipes.
O trabalho desenvolvido pela equipe de apoio psicológico foi
realizado ao longo do ciclo paraolímpico de quatro anos. Este trabalho
segue uma linha de atuação que foi planejada sistematicamente (Samulski
& Noce, 2002a; Samulski & Noce, 2002b; Samulski et al, 2004) com a
finalidade de auxiliar os atletas a desempenharem o máximo de suas
capacidades.
18 contato
Este artigo tem como finalidade, apresentar o trabalho da equipe
de suporte psicológico no período antes e durante os Jogos
Paraolímpicos de Atenas 2004.
Atividades de apoio psicológico durante
a fase de preparação dos atletas paraolímpicos
De 1º a 9 de setembro foi realizada uma fase de preparação psicológica dos atletas e equipes brasileiras em Brasília. Para um melhor
atendimento, as diferentes modalidades foram divididas entre o grupo de
apoio psicológico.
No geral, na fase de preparação foram aplicadas as seguintes
medidas psicológicas: atendimentos psicológicos individualizados, técnicas de relaxamento e controle do estresse, técnicas de visualização,
reuniões com as equipes e os técnicos, dinâmicas de grupo com o fim de
estabelecer a união e o espírito de grupo, análise do comportamento técnico-tático nos esportes coletivos, rotinas psicológicas competitivas em
diferentes modalidades esportivas.
Os membros da equipe de apoio psicológico também
realizaram várias ações específicas com diversas modalidades, tais
como: dinâmica de relaxamento e visualização mental para tratamento de lesões com o judô; palestra e dinâmica sobre focalização no tênis
de mesa; dinâmica para desenvolvimento de estratégias no resgate de
confiança e motivação; desenvolvimento de rotina competitiva para o
futebol 5, atletismo, tênis de mesa e natação; e dinâmica na piscina
para o futebol 5.
No total foram atendidas sete modalidades (futebol 7, futebol 5,
tênis campo, tênis mesa, atletismo, halterofilismo, natação), perfazendo
um total de quatro reuniões com a comissão técnica, seis acompanhamentos de treino, quatro rotinas competitivas desenvolvidas e um
atendimento individualizado.
A fase de preparação, em Brasília, foi importante também
para aperfeiçoar o relacionamento com os dirigentes e técnicos, além
de melhorar o entrosamento dentro do grupo de especialistas em
Psicologia do Esporte.
Atividades de apoio psicológico
na Vila Olímpica
Atendimento psicológico individualizado
Na sede da administração da delegação brasileira, foi instalada
uma sala de atendimento psicológico individualizado dentro do departamento médico, onde foi oferecido um serviço de atendimento em três
turnos: manhã (9h às 12h), tarde (14h às 18h) e noite (18h às 21h). Na
vila olímpica, no período de 10 a 28 de setembro, foram realizadas
aproximadamente 110 sessões de atendimento psicológico. No quadro
abaixo, pode-se observar os principais problemas psicológicos detectados na vila olímpica.
Principais problemas psicológicos dos atletas nas
Paraolimpíadas:
Foi observado também em alguns técnicos e dirigentes um alto
nível de ansiedade e estresse durante a competição de seus atletas, revelando a necessidade de cursos em técnicas de controle de estresse para os
técnicos. No geral o relacionamento com os técnicos teve um caráter
aberto onde se ressaltou a confiança mútua e uma comunicação efetiva.
Palestras e dinâmica de grupos
Ansiedade pré-competitiva;
Nervosismo excessivo antes da competição;
Dificuldades para dormir (insônia);
Dificuldades de concentração mental;
Problemas de motivação para treinos;
Distúrbios emocionais (ansiedade elevada, episódios
de depressão);
Problemas de recuperação psicofísica;
Problemas de controle da dor.
Durante as Paraolimpíadas de Atenas em 2004, foram realizadas
uma série de palestras e sessões de dinâmicas de grupos para as comissões técnicas e os atletas. (*)
Rotinas psicológicas para a competição
Estudos mostraram que atletas que aplicam rotinas de preparação
mental antes ou durante a competição, tiveram um melhor desempenho
que os atletas que não aplicaram tais técnicas (veja LOEHR, 1990;
EBERSPÄCHER, 1990; ORLICK, 2000; GOULD & DAMARJIN,
2000; CREWS, 1993).
Os atletas com problemas clínicos foram tratados sob orientação
das psicólogas clínicas, as quais possuem formação e experiência compatíveis com as situações apresentadas (apenas três atletas apresentaram
problemas psicológicos clínicos). Na maioria dos casos foram aplicadas
técnicas cognitivas e comportamentais. Também foram realizados, com
alguns técnicos, sessões de relaxamento com o fim de reduzir o nível de
estresse e ansiedade.
De acordo com Samulski (2002), uma rotina psicológica representa uma combinação de diferentes técnicas fisiológicas e psicológicas
com o fim de estabilizar o comportamento emocional de atletas na competição e de ajudá-lo a dirigir sua atenção aos estímulos relevantes da
tarefa a ser realizada. Elementos de uma rotina psicológica pode ser o
estabelecimento de metas; regulação do nível de estresse e ativação; técnicas de imaginação e visualização; técnicas de atenção e concentração
mental; auto-afirmações positivas para motivar-se em situações decisivas.
Acompanhamento de treinos e competições
Análise do comportamento técnico-tático nos jogos coletivos
A equipe de suporte psicológico acompanhou praticamente os
treinos de todas as equipes e atletas durante as Paraolimpíadas de Atenas em
2004. Para que isso fosse possível, cada membro da equipe de suporte psicológico ficou responsável por uma ou mais modalidades. No caso da
natação e do basquete de cadeira de rodas, o acompanhamento psicológico
foi realizado de forma exclusiva, sendo que cada modalidade possuía uma
psicóloga a sua disposição. O futebol de cinco e o futebol de sete, juntamente com o judô, também contou com um psicólogo do esporte durante
toda a fase de treinamento e competição. Além destas modalidades, o
atletismo, halterofilismo, tênis de mesa e de campo, hipismo, goalball,
esgrima; também tiveram um suporte psicológico durante os treinos.
O comportamento técnico-tático é fator determinante no sucesso
das equipes. Seus resultados são importantes para auxiliar a comissão técnica a tomar decisões para aumentar a eficácia da equipe em diferentes
setores. Tem como finalidade ainda a motivação dos atletas servindo
como elemento objetivo de avaliação das ações desempenhadas pelos
mesmos.
Foram desenvolvidos e aplicados formulários de análise e planilhas para cálculo das ações empreendidas nas modalidades coletivas
(futebol de 5, futebol de 7 e basquete).
Todo trabalho teve como foco a estabilização do atleta ou equipe
diante do evento específico (competição), ou seja, orientações (técnicastáticas e psicológicas) para proporcionar equilíbrio ao atleta para que
esse pudesse realizar seu desempenho sem a influencia de aspectos psicológicos perturbadores.
Os relatórios gerados
em cada partida
eram analisados
e encaminhados
Foto. Pierre Benker
Diversas competições, nas fases eliminatórias e finais, também foram acompanhadas durante as Paraolimpíadas. Nas competições foi observado o comportamento dos atletas sob pressão psicológica, a comunicação do técnico com os atletas e o comportamento técnico-tático (scout) nos esportes coletivos (futebol de 5, futebol
de 7 e basquete).
Para cada modalidade foi analisada a exigência
técnica específica e, a partir deste ponto,
elaborada uma planilha simples e eficiente de forma a ser preenchida
por apenas uma pessoa. Após
os dados serem coletados
durante a partida, esses
foram digitados e
computados através
de um programa a
partir da plataforma do Microsoft Excel.
Antes dos treinos foram realizadas conversas com os atletas e
oferecidas dicas sobre concentração, motivação, visualização de técnicas, rotina de competição e atitude de vencedor. Os técnicos também
foram orientados sobre a postura de liderança positiva e sobre estratégias
de motivação e comunicação.
Foto. Pierre Benker
para a comissão técnica. Em reunião
específica, os resultados eram repassados aos atletas e novas metas
para o próximo jogo eram
definidas. Observou-se um
aumento significativo da
motivação de muitos atletas que buscavam a melhoria da performance
em cada fundamento
avaliado.
Conclusões
e recomendações
O setor de suporte psicológico apresentou uma boa integração
dentro do departamento
médico, especialmente com o
setor de fisioterapia no trata-
mento de atletas lesionados. Recomenda-se manter o sistema de
integração do apoio psicológico dentro do departamento médico.
O atendimento psicológico individualizado foi bastante
efetivo e o feedback por parte dos atletas foi positivo. Do trabalho
desenvolvido podemos retirar algumas recomendações: manter em
competições futuras o sistema de atendimento psicológico personalizado, incluindo o trabalho do psicólogo clínico especializado;
manter a comissão de avaliação e acompanhamento psicológico,
instalada pelo CPB e transformá-la numa comissão permanente
que desenvolva ações de suporte psicológico em longo prazo;
inves tir futuramente em um sistema de Detecção e Desen volvimento de Talentos Paraesportivos. A comissão de avaliação
psicológica poderia contribuir para o desenvolvimento de um projeto de detecção de talentos.
Foi observado que alguns técnicos possuem poucos conhecimentos na área de ciências do esporte e, especificamente, na
área da psicologia do esporte. Por esse motivo recomenda-se organizar um curso de capacitação em psicologia do esporte para técnicos, especialmente para técnicos de categorias de base.
Palestras
Público Alvo
“Como lidar com as pressões psicológicas durante as paraolimpíadas”.
“O herói e o ideal olímpico”.
“Cumprindo a missão olímpica”.
“A missão olímpica e a ativação ideal”.
“Técnicas psicológicas (psicoregulação, visualização, concentração)”.
“A importância de rotinas psicológicas para a competição”.
“Desempenho e aspectos psicológicos”
“Fatores determinantes do desempenho
“Influência dos fatores psicológicos no desempenho”
“Gerenciamento da atenção”
“Técnicas de psicoregulação”
Dinâmica de “coesão e liderança”
Dinâmica de “pontos positivos”
Clip de motivação “lances do basquete”
Técnicos em geral
Atletas de tênis de mesa
Atletas de futebol de 5
Atletas de goalball
Atletas em geral
Atletas em geral
Atletas de futebol de 7
Atletas de tênis de campo
Atletas de tênis de mesa
Atletas de tênis de mesa
Atletas de natação
Atletas de basquete
Atletas de basquete
Atletas de basquete
(*)
referências
- Crews, D.Self regulation strategies in sport and exercise. In: SINGER, R. (Ed.), Handbook of research on sport psychology. New York: Macmillan,
p.557-568, 1993.
- Gould, D. & Damarjian, N. Treinamento Mental no Esporte. In: ELLIOTT, B. & MESTER,J. (Eds.), Treinamento no Esporte. São Paulo: Phorte
Editora, p. 99-152, 2000.
- Eberspächer, H. Entrenamiento mental: Un manual para entrenadores y deportistas. Zaragoza. INDE- Publicaciones, 1990.
- Loehr, J. El juego mental. Madrid: Ediciones Tutor, 1990.
- Mello, M. (Ed.), Paraolimpíadas Sidney 2000: Avaliação e prescrição do treinamento dos atletas brasileiros. São Paulo: Editora Atheneu,
99-133, 2002.
- Orlick, T. In pursuit of excellence. Champaign: Human Kinetics, 2000.
- Samulski, D. Psychological preparation of the Brazilian Paralympic athletes. In: ECSS – Abstract of the 6th Annual Congress of the ECSS. Cologne,
24-28th July, 168, 2001.
- Samulski, D. Psicologia do Esporte: Um manual para a Educação Física, Fisioterapia e Psicologia. São Paulo: Manole, 2002.
- Samulski, D. & Noce, F. Avaliação psicológica do esporte. In: Mello, M.T. (org). Paraolimpíadas de Sidney 2000: avaliação e prescrição do treina
mento dos atletas brasileiros. São Paulo: Atheneu, 99-133, 2002a.
- Samulski, D. & Noce, F. Perfil psicológico de atletas paraolímpicos brasileiros. Brasilian Journal of Sport Medicine, 8(4): 157-166, 2002b.
- Samulski, D. Psychological support for paralympians. In: IOC Medical Commission (Ed.). Abstract of the VII IOC Olympic World Congress on Sport
Sciences. Athens, 7-11th October, 2003. Behavioral Section, 3A, 2003.
- Samulski, D.; Noce, F.; Anjos, D.; Lopes, M. Avaliação Psicológica. In: Mello, M.T. (org). Avaliação clínica e da aptidão física dos atletas
paraolímpicos brasileiros: conceitos, métodos e resultados. São Paulo: Atheneu, 135-158, 2004.
20 contato
por
dentro
COF faz visitas
Entre os dias 25 e 28 de março, a
Comissão de Orientação e Fiscalização
(COF), por intermédio da orientadora fiscal
Luciane Vieira, visitou três cidades do interior do Paraná. Nesta viagem foram realizadas ações de rotina, como vistorias de
instalações a pessoas jurídicas, palestras em
universidades a pedido das coordenações
do curso de Psicologia, e reuniões com
psicólogos da Rede Pública da região de
Umuarama.
No dia 25, a orientadora visitou
Cascavel, onde realizou vistorias porque
naquele momento a nova orientadora fiscal
concursada para a região ainda não tinha
assumido as funções – o que já está ocorrendo.
Em Toledo, no dia 26, foi realizada
na PUC a palestra “Profissão do Psicólogo
no Brasil”, na aula Magna do curso de
Psicologia. Compareceram estudantes,
professores e profissionais de outras áreas.
No dia 27 em Umuarama também foi realizada palestra no curso de Psicologia da
Unipar. Segundo Luciane, os dois anfiteatros lotaram. “A recepção foi muito boa,
as palestras bastante produtivas, pois tanto
estudantes quanto profissionais tiveram a
oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o
funcionamento e papel do CRP, assim
como sobre legislação e ética profissional”, comenta.
Ainda em Umuarama foram realizadas duas reuniões com psicólogos da
Rede Pública da região. Frente ao número
consi derável de profissionais daquela
região que desenvolvem atividades ligadas
a políticas públicas, o objetivo foi aproximar os profissionais para que compartilhassem conhecimentos e experiências.
Foram convidados 60 psicólogos. O CRP08 obteve informações sobre o trabalho
desses psicólogos e a realidade dentro dos
Centros de Referência de Assistência
Social (CRAS), das prefeituras, entre outros programas do governo federal aos
quais estão ligados.
Os principais pontos
apre sentados
pelos profissionais estão
relacionados ao desconhecimento do trabalho da Psicologia
por parte dos gestores públicos, bem como
da comunidade e ao número insuficiente de
psicólogos para atender a demanda crescente. “A população e até mesmo os
gestores não sabem o que o psicólogo pode
fazer e os limites de atuação dentro da rede
pública”, explica a orientadora fiscal sobre
a queixa dos presentes na reunião.
A partir disso, o CRP-08 sistematizou
propostas para melhorar essas situações. Entre
elas estão: preparar reuniões e seminários, orientar os psicólogos sobre a atuação em Gestão
em Políticas Públicas, promover discussões
sobre o papel e identidade do Psicólogo no
CRAS e de outros profissionais divulgar o trabalho do psicólogo nas comunidades e para os
gestores, e promover a mobilização para contratação de psicólogos via concursos públicos
com salários dignos da importância da
Psicologia na sociedade atual.
De acordo com a conselheira e
coordenadora geral da subsede de Umuarama, Rosangela Maria Martins, as ações
estão sendo estudadas e serão colocadas em
prática, por intermédio do Núcleo de
Articulação em Políticas Públicas (NAPP),
Foto. Arquivo CRP-08
ao interior
visando sempre a qualificação
teórico-técnica do psicólogo, para que cada
vez mais ele preste bons serviços de
Psicologia nos programas públicos do governo, confirmando as conquistas de campo
de trabalho dos últimos anos.
Rosangela comenta que os participantes da reunião querem continuar com
atividades similares: “Esses encontros são
importantes para o CRP-08 conhecer as
demandas da categoria e para os psicólogos
se informarem sobre as novidades ocorridas
na profissão”. Ela ainda agradece a todos
que compareceram e explica que é muito
importante a participação de todos, pois os
que lá estiveram se certificaram que o CRP
está do lado do profissional no sentido de
ampará-lo nas suas angústias relativas ao
exercício profissional.
Acrescenta que a orientadora fiscal
Luciane foi acolhedora com os profissionais
presentes e isso facilitou aos profissionais
entenderem que a COF, antes de ser fiscalizadora, é orientadora, e que podem se dirigir ao CRP, sem medo, em qualquer caso de
dúvida sobre o exercício profissional.
entrevista
contato
Equilíbrio para a Qualidade de Vida
O ambiente de trabalho é um dos
lugares, senão o lugar, em que as pessoas
passam mais tempo. São oito ou mais
horas por dia, por isso falar em qualidade
de vida sem falar em trabalho é praticamente impossível. Se as coisas não vão
bem no trabalho, provavelmente o indivíduo não está tão bem. O psicólogo Raphael
Henrique Castanho Di Lascio, mestre em
Qualidade e Produtividade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
professor da Universidade Tuiuti do
Paraná (UTP) e membro da Comissão
Científica do 8º Congresso de Stress da
International Stress Management Association (ISMA-BR), explica sobre o a
importância do indivíduo estar em equilíbrio nos vários papéis que atua.
Contato: No que o ambiente de trabalho
interfere na qualidade de vida?
Foto. Ramzi Hashisho
Raphael Henrique Castanho Di Lascio: O
que acontece ao longo do dia-a-dia pode
acabar tornando um ambiente hostil, por
isso é importante que o indivíduo tenha um ambiente de
trabalho adequado, ou
seja, um local onde as
pessoas convivam em
harmonia, com
bons
ganhos salariais e que sejam respeitadas. O
salário é importante, mas não é o principal.
Há pessoas que ganham altos salários e são
infelizes, pois são muito cobradas e pressionadas. O importante para qualidade de
vida é o bem-estar, e este se promove principalmente no ambiente de trabalho.
C.: Mas o que é qualidade de vida para
uma pessoa, pode não ser para outra?
R. L.: Sim, pode. Isso é muito pessoal. O
que difere não é a qualidade de vida, mas
a forma como o indivíduo a vê. Ele tem
que fazer aquilo que lhe dá prazer, mas
para muitos isso não é tão fácil. Às vezes,
pessoas comentam que há um complô
contra elas, de acordo com Jung: “Se
algo está mal no mundo, algo está mal
comigo”, não é o mundo o culpado pelos
problemas, é a pessoa que enxerga o
mundo desse jeito.
Eu acredito que a Psicologia auxilia muito nesse processo, pois faz com
que a pessoa encontre o equilíbrio nas
várias situações que enfrenta. Um
ser humano completo é aquele que
consegue desempenhar bem todos os seus papéis.
C.: No que se baseou o trabalho
que recebeu o prêmio
Paul J. Rosch no Congresso
do ISMA-BR em 2003?
R.L.: Eu coordenei o trabalho, que foi realizado pelos alunos do 5° ano de
Psicologia da UTP em
2002, Aldino Trevi san,
Elizabeth Apa re ci da
da Luz Voss, Sandra
Isabel Fumie Doi
e Simone Cristina
Steilein, e concorreu com projetos de outros estados e países.
Foi realizada uma análise de indicadores de qualidade de vida no trabalho
dos funcionários de uma rede de joalherias em três shopping centers de Curitiba.
A pesquisa visou identificar caminhos
para a busca de uma qualidade de vida no
trabalho, tendo como objetivo apontar os
indicadores de insatisfação no trabalho e
ações de melhoria para os funcionários
das joalherias.
Os resultados foram surpreendentes, pois a maioria dos indicadores
apresentou índices de satisfação significativos, mas também houve alguns
índices de insatisfação preocupantes. Dos
30 funcionários pesquisados, dez apresentaram níveis de insatisfação, com
problemas de estresse (35%), mal estar
físico (35%), comprometimento na vida
(31%) pessoal e ansiedade generalizada
(24%). Para estes foram sugeridas ações,
como ginástica laboral para o combate ao
mal estar físico, orientação para cuidados
com a vida pessoal, intervenções para
baixar a ansiedade e ações de combate ao
estresse visando a melhoria da qualidade
de vida dos funcionários.
C.: O senhor disse que os resultados
foram surpreendentes, pois apesar da
carga horária de trabalho os
funcionários apresentaram bons
índices de satisfação. O que esses
funcionários tinham?
R. L.: Eles tinham plano de carreira, treinamento, boas possibilidades de ganho e
flexibilidade de horários. Apesar da
pressão para o cumprimento de metas,
possuíam respeito e condições para
exercer suas atividades. Já quando se tem
um ambiente de trabalho hostil, a pressão
e a cobrança interferem negativamente
no rendimento do funcionário.
C.: Para o trabalho de Mestrado em
Qualidade e Produtividade na UFSC,
o senhor realizou uma pesquisa sobre
a qualidade de vida dos enfermeiros em
um hospital. O que foi detectado?
R. L.: Realizei a pesquisa em 2002 e
detectei muitos problemas. O enfermeiro
é um profissional extremamente importante para o restabelecimento do paciente, pois é ele quem acompanha o funcionamento do processo. Porém, apesar
de sua importância, detectei que o enfermeiro não possuía um local adequado
para tomar banho e para dormir. Eu
fiquei decepcionado e isso é uma realidade em vários hospitais. Em muitos
lugares há o quarto do médico, mas o
enfermeiro não tem local para descansar.
Acredito que todos os profissionais
merecem respeito igual.
mado por médicos, psicólogos e profissionais de outras áreas. Nossa idéia é
estudar profundamente a influência do
estresse na qualidade de vida. Vamos
pensar em situações que causam o
estresse e o que podemos fazer para
entendê-las e amenizá-las. Porque não
podemos acabar com o estresse, precisamos compreendê-lo e gerenciá-lo.
estendida. O estresse sempre existiu
ou é um mal da atualidade?
R. L.: Ele sempre existiu. Até os homens
da caverna tinham, pois quem não ficaria
estressado em ter que caçar e de repente
se tornar a caça. Em qualquer enfrentamento ou dificuldade ele está presente,
podendo ser positivo ou negativo.
O grupo percebeu que o Paraná
tem poucos indicadores sobre estresse.
Encontra-se pesquisa de São Paulo, Rio
Grande do Sul e de vários estados
brasileiros, mas não do Paraná. Queremos produzir indicadores que comprovem se Curitiba proporciona qualidade
de vida aos seus moradores, como muito
se fala. Vamos contribuir com artigos,
Positivo
quando
proporciona
condições e energias para que as pessoas
realizem as atividades do dia-a-dia. Sem
este estresse as pessoas se tornariam
apáticas. Já o negativo provoca reações
no corpo igual ao do estresse positivo.
Mas estas se acumulam e podem causar
problemas circulatórios e cardiovascu-
C.: Como vai funcionar o Laboratório de
Estudo e Pesquisa do Estresse?
discussões e manuais que servirão como
R. L.: Nós estamos criando, na Tuiuti, um
laboratório de Estudo e Pesquisa no
Estresse. O grupo é interdisciplinar, for-
C.: Hoje em dia se fala bastante em
drome do pânico e depressões. Muitas
estresse, mas antigamente também
vezes a origem do estresse está nas
existia uma jornada de trabalho
pequenas coisas do cotidiano.
referência para o assunto.
lares, gastrite, úlcera, dor de cabeça e no
corpo, transtornos de ansiedade, sín-
artigo
contato
Existem receitas
para Viver com Qualidade?
Comissão de POT
(Psicologia Organizacional
e do Trabalho):
Regina Maria Denck (CRP 08/5127)
Celina Cristina dos Santos (CRP 08/7119)
Solange C. B. Wiegand (CRP 08/3266)
Marta Naguel (CRP 08/8017)
Emanuelle Cruz de Oliveira (CRP 08/8766)
Daniela Leludak (CRP 08/4287)
O que é qualidade de vida?
Existe uma receita? Eis uma questão
que atormenta, embala e envolve. Para
a Organização Mundial da Saúde
(OMC), qualidade de vida é a “percepção do indivíduo de sua posição na
vida, no contexto da cultura e sistema
de valores nos quais ele vive e em
relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Como
se pode ver, para definir e usufruir de
qualidade de vida, não há respostas
prontas. Ela é muito subjetiva,
depende da percepção de cada um.
Para conceituar qualidade de
vida, antes de tudo, é necessário cada
indivíduo conhecer a si mesmo e o
contexto no qual está inserido. Desta
maneira, podemos dizer que qualidade
de vida está ligada intimamente aos
objetivos individuais, os quais são
dinâmicos e intransferíveis. Dinâmicos porque são mutáveis e se modificam com o próprio desenvolvimento,
e intransferíveis porque são vivenciados apenas pelo próprio indivíduo.
Estes objetivos estão relacionados às
crenças e valores repassados durante o
início da estruturação da personalidade, por aqueles que a formam ou
“deformam”, a desenvolvem ou
24 contato
“engessam”. Crenças que limitam ou
impulsionam para a conquista de objetivos. Assim, no contato com os familiares, amigos e outros relacionamentos ocorrem transmissão e internalização desses valores e crenças, constituindo a identidade do sujeito. Observa-se que a característica de mutabilidade destes valores se faz presente
a partir do momento que o sujeito
passa a interagir com novos grupos
sociais. Questiona-se sobre a validade
destes e sua funcionalidade. Pode
optar por mudar ou não. Neste processo de decisão, haverá qualidade de
vida se a escolha estiver vinculada à
satisfação de suas necessidades mais
intrínsecas.
Ter uma escolha é melhor do
que não se ter nenhuma. Se fosse dada
uma melhor escolha, de acordo com os
valores e crenças, com certeza esta já
teria sido tomada. É aí que entra a quebra dos antigos paradigmas e o estabelecimento de novas metas/fronteiras/perspectivas.
A responsabilidade de mu dança é da própria pessoa. Ninguém
muda ninguém. Pessoas mudam
quando se sentem incomodadas.
Mudam quando querem. A decisão é
subjetiva, individual. É preciso, neste
momento, ter a coragem para a
mudança. Tempo é vida e sempre há
tempo para mudar comportamentos,
pontos de vista, atitudes.
E se a mudança é o resultado da
perda do equilíbrio, o contato com
crenças e valores diferentes dos seus
provoca conflito e desequilíbrio interior. Reequilibrar-se pode gerar
mudança. Mudam-se crenças, valores
e atitudes. Até o simples fato de optar
pelos valores aprendidos com os grupos sociais básicos já é resultado de
mudança: toma-se consciência da
diversidade de possibilidades e
decide-se por uma alternativa. Já se
transita no terreno da conscientização
e do processo decisório. Assim, quanto mais a escolha estiver vinculada à
satisfação de suas necessidades
intrínsecas, mais qualidade de vida o
indivíduo sente que possui.
É no questionamento sobre o
“quem sou eu e o que quero”, “o que
me dá prazer e o que me completa”,
que o ser humano encontra respostas
sobre a verdadeira qualidade de vida.
A qualidade no contexto de seu julgamento individual.
Mas, considerando a vida como
um sistema, o homem, um sistema
complexo está inserido num sistema
muito mais complexo, não pode ser
uma ilha. No mínimo é um arquipélago. A compreensão deste contexto
interativo e interdependente conduz à
mudança de paradigmas, a questionamentos contínuos, na medida em que
as expectativas de ontem são diferentes das de hoje e serão diferentes
daquelas de amanhã.
Nesta linha de pensamento,
pessoas não nascem prontas, vão se
fazendo com o tempo. Buscam valorização, reconhecimento, destacando os seus potenciais em detrimento
das suas deficiências, superando suas
fragilidades.
Buscar a melhoria continuamente, praticar o “kaizen” (postura
ou habilidade para pequenas e constantes melhorias), deve ser o objetivo
fundamental. Correr riscos, desequilibrar-se, inovar para ser melhor. Ir
além dos seus próprios limites.
Sonhar acordado, com uma visão do
futuro, com metas e objetivos.
Transformar sonhos em realidade,
com seus riscos e acertos. Definir o
apego e decidir quando, como,
porque e por quem se apegar ou
desapegar! Cultivar valores nobres,
ser humano, no seu contexto, num
determinado momento, escreve e
vive a sua. E elas serão tantas quantas pessoas existirem, multiplicadas
pelas fases de suas vidas e pelos
inúmeros desequilíbrios vividos.
como aceitação e respeito, ou satisfazer expectativas individuais. O que
contém mais qualidade de vida?
Qualidade para quem?
É por isso que viver é muito bom.
Pela diversidade, pela possibilidade de
mudar. Pela esperança de mudar para
Receita para viver com qualidade? Sim, existem, e muitas. Cada
melhor, pela certeza de que a qualidade
de vida está dentro de cada um.
agenda
contato
Centro Integrado de Psicologia e de Análise do Comportamento
CIPAC - CRP-08-PJ/0122 - Promove:
Evento: Ansiedade e Depressão de Acordo com a Análise do Comportamento
ProfÀ. Dr. : Roberto Alves Banaco CRP 06/14.985-1
ProfÀ. Dr: Denis Roberto Zamignani CRP 06/52.088-7
Data: 20 e 21/06 de 2008 - Cidade: Foz do Iguaçu - PR
Local: Rafain Palace hotel & Convention Center
Informações e inscrições pelo site: www.nucleoparadigma.com.br
Cursos em Avaliações Psicológicas
Coordenação: Paulo Vaz - CRP 08/03118
Formação em Avaliação Psicológica- Nova turma em Julho /08 .
Teste de Pfister 28/06/08- PMK 12/07/08- Palográfico -09/08/08- PMK (avançado)
23/08/08- HTP-John Buck 13/09/08- Bender 27/09/08- Z- Teste
( Técnica de Zulliger ) 5 -12- 19 - 26 de 10 / 08 .
Inscrições Abertas! Informações: Rua Nunes Machado, 472-7À andar
sl 702- Ctba (PR). (41)33235344 - (41) 91128187 - [email protected]
Curso de Formação em Gestalt-Terapia
Coordenadoras - Guisela Schmidt (CRP-08/2586)
e Sonia Maria da Nova Cruz (CRP-08/1758)
Direcionado a Psicólogos e estudantes a partir do 3À ano.
Início: Agosto/2008 (3 anos de duração)
Turma - Encontros semanais (quartas-feiras)
Informações: (41) 3244-5384 com Guisela ou (41) 3026-4384 com Ana.
Av. Sete de setembro, 5.388, 8À andar - cj 804 - Batel - Curitiba - PR.
O grupo Psicosaúde oferece:
Curso de Psicologia Hospitalar e Curso de Psicologia Hospitalar
com ¯nfase em UTI - módulos I e II
Hospitais: Vita Curitiba, Vita Batel e das Nações
Início: Agosto/2008
Informações: (41) 3362-6633 ou 9971-4408
e-mail: [email protected]
site: www.psicosaude.com.br
De Avellar Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano
Promove em Curitiba: Treinamento em EMDR - Terapia especialmente empregada
no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático.
Nível 1 (Introdutório) - Data: De 23 a 25 de maio de 2008
Nível 2(Avançado) - Data: De 25 a 27 de abril de 2008
Nível Intermediário - Data: De 8 a 10 de agosto de 2008
VAGAS LIMITADAS - Coordenação: Deuza Maria de Avellar - CRP-08/05996
Informações: (41) 3338-8547 ou
www.emdrparana.com.br ou [email protected]
Workshop Internacional
Violência, Família e Sociedade: Dilemas e Soluções
6, 7 e 8 de novembro
Informações: (41) 3203-8647
[email protected]
Curitiba-PR
Classificados
Sublocam-se salas para profissionais de saúde em clínica com ótima localização e estrutura. Dispomos de sala para
grupos, palestras e cursos. Informações: (41)3233-7364 ou na Rua Visconde do Rio Branco, 449. Curitiba- PR.
Subloca-se sala decorada, centro de Curitiba por hora ou período. Informações com Estela 9982-0636 ou 3022-3029. Curitiba-PR.
Sublocação de sala por horário, 10 ou 20 horas semanais. Mais informações falar com Fernanda M. Alcântara.
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Contato pelo celular 91128187. Curitiba-PR.
contato 25
inscritos
novos
O CRP-08 dá as boas-vindas
aos novos inscritos de março e abril de 2008
novos inscritos
Elaine Rodrigues da Silva - CRP-08/13360
Marcos Vinicius Cidreira Sallum - CRP-08/13362
Pedro Braga Carneiro - CRP-08/13363
Amanda Ribeiro Macedo - CRP-08/13364
Glaucon José Oleniki - CRP-08/13365
Marcella Mariah B. Benoliel - CRP-08/13366
Adriana Pires Mafra - CRP-08/13367
Paulo Henrique Azevedo Grande - CRP-08/13368
Priscila Helena Lemos Cruz - CRP-8/13369
Marcos Vinicius A. Bovo de Loiola - CRP-08/13370
Mirian Luciane Hanel - CRP-08/13371
Leticia Furlani Bodanese - CRP-08/13372
Iracilda de Lourdes Graboski - CRP-08/13373
Bárbara Bozza Martins - CRP-08/13374
Maria Bernardino Travagin - CRP-08/13375
Ester Oliveira Gomes - CRP-08/13376
Eloa do Amaral Harado - CRP-08/13377
Anabelle Bianchi - CRP-08/13378
Margareth de F. Banas Olstan - CRP-08/13379
Rejane Corrales Rodrigues Silva - CRP-08/13380
Priscila Hollveg Correa - CRP-08/13381
Monica Curioni Cardoso - CRP-08/13382
Elizabeth Cristina F. Cavalaro - CRP-08/13383
Marcia Valeria G. de Souza Garcia - CRP-08/13384
Angelica Berkenbroch - CRP-08/13385
Carolina Passos Bosse - CRP-08/13386
Andressa Schmidt Campos - CRP-08/13387
Juliana Ribeiro Amaral - CRP-08/13388
Ana Luisa Testa - CRP-08/13389
Eliza Salvadori de Oliveira - CRP-08/13408
Marcos Cesar Buchele Lyra - CRP-08/13486
Samarah Perszel de Freitas - CRP-08/13487
Fernanda Angélica dos Reis - CRP-08/13390
Isabelle Galafassi - CRP-08/13391
Gabriela Pagan Garcia - CRP-08/13392
Clarice Barreto Montosa - CRP-08/13393
Mariza Cecilio Janeiro - CRP-08/13394
Daniel Felipetto - CRP-08/13395
Patricia C. Brinholli Lebois - CRP-08/13396
Fabiani Mayumi Ito - CRP-08/13397
Regiane Cristina dos Passos - CRP-08/13398
Daniel Kazahaya - CRP-08/13399
Poliana de Lima Soares Plitz - CRP-08/13400
Tatiana Akemi Murate - CRP-08/13401
Juliana Roncaratti de Toledo - CRP-08/13402
Heloisa de Oliveira Kawata - CRP-08/13403
Jerusa Cristina Carlos Crespo - CRP-08/13404
Daniele da Cunha Pires - CRP-08/13405
Karen Mayumi Nakaya - CRP-08/13406
Leila Cristina Ferreira Omote - CRP-08/13407
Camila Midori de Almeida Costa - CRP-08/13439
Thais de Nigro Bastos - CRP-08/13440
Karla Dayane Franchini Valério - CRP-08/13441
Vinicius Frederico de Carli - CRP-08/13442
Lucimaira Cabreira - CRP-08/13443
Jaqueline Fachinetti da Silva - CRP-08/13444
Mazilde Fatima Bertolin - CRP-08/13445
26 contato
Franciely Prado Parise - CRP-08/13409
Emilene Canfield Prado - CRP-08/13410
Kelly dos Reis Cavalcanti - CRP-08/13411
Silvio Sussumu Sakuma - CRP-08/13412
Karina Chiquetti Dubiella - CRP-08/13413
Dayenne K. Chimiti Pelegrini - CRP-08/13414
Eva Carolina Guimarães - CRP-08/13415
Fernanda Maria Schulz - CRP-08/13416
Beatriz Heidemann - CRP-08/13417
Patricia Bastos de Oliveira - CRP-08/13418
Marcia do Nascimento - CRP-08/13419
Daniela Sabadini - CRP-08/13420
Angelita da Silva Mendes - CRP-08/13421
Carina Furlaneto Frazatto - CRP-08/13422
Angela Minori Hattori - CRP-08/13423
Mariana Fernandes Martins - CRP-08/13424
Rafael Galbiatti de Britto - CRP-08/13425
Livia Batista Pereira da Silva - CRP-08/13426
Cristiane Ferreira Rallo - CRP-08/13427
Rafaely da Silva Dau - CRP-08/13428
Danielli Alves - CRP-08/13429
Sidnei Marins de Barros - CRP-08/13430
Luciana Minervino do Ângelo - CRP-08/13431
Juliana de Souza Junqueira Valias - CRP-08/13432
Anderson Rodrigues da Costa - CRP-08/13433
Camila Rafaela Demarchi - CRP-08/13434
Carla Alves Loto - CRP-08/13435
Mirian Setsuko Kuroda - CRP-08/13436
Eliel Pereira Diniz - CRP-08/13437
Gesiel Berlatto - CRP-08/13232
Vanessa Tramontin da Soler - CRP-08/13446
Sandra Regina Trojan - CRP-08/13447
Tiago Murilo Correia Neves - CRP-08/13448
Carlos Henrique Pires - CRP-08/13449
Monica Van Der Neut - CRP-08/13450
Cleumarise Cardoso - CRP-08/13451
Rafaelli de Fátima Sens - CRP-08/13452
Larissa Doldan Bettin - CRP-08/13453
Kauana de Oliveira Queiroz - CRP-08/13454
Maria Ines Amaro A. de Melo - CRP-08/13455
Lucimeire Barrozo V. Mansaneira - CRP-08/13456
Marcela Almeida Senedesi - CRP-08/13457
Priscila Maria Cunha - CRP-08/13458
Cristiane Garzan - CRP-08/13459
Angelica Martinelli dos Passos - CRP-08/13460
Vanessa Maira Nakashima - CRP-08/13461
Dulcelina Catafesta Simão - CRP-08/13462
Eneida Florisbela Andrade Dacampo - CRP-08/13463
Maria Paula Bihuna - CRP-08/13464
Priscila do Nascimento Mossane - CRP-08/13465
Jordana Nogueira Schwab - CRP-08/13466
Daisy Neufeldt - CRP-08/13467
Diego Sgarbossa Adur - CRP-08/13468
Silvia Cristina Paim de Moraes Mella - CRP-08/13469
Cristiane Kolakowski - CRP-08/13470
Ana Paula Skora Dalgut - CRP-08/13471
Luciana Machiavelli de Andrade - CRP-08/13472
Greyce Regina M.de Oliveira - CRP-08/13473
Janaina Silva de Andrade - CRP-08/13474
Luiza Batiston Prado - CRP-08/13475
Leda Gilse Purens - CRP-08/13476
Hellen Priscila Farias - CRP-08/13477
Flavio Obladen Ferreira - CRP-08/13478
Suzana Azulay Guimarães - CRP-08/13479
Gislane Esmanhoto - CRP-08/13480
Patricia Karolkiewicz - CRP-08/13481
Andreia Borges dos Reis - CRP-08/13488
Elisa Ferreira Garcia Hasselmann - CRP-08/13489
Lucia Helena Manfio Cianfarani - CRP-08/13490
Jordana Varassin R. R. de Oliveira - CRP-08/13492
Cláucia Janiana Marchiori - CRP-08/13493
Sofia Elizabeth Jimenez Guzman - CRP-08/13494
Daniele Letícia Baptista Jeannin - CRP-08/13495
Sirlene de Oliveira - CRP-08/13496
Vinicius Ribeiro Semprebom - CRP-08/13497
Marina Tavares Viotto - CRP-08/13498
Tercio Vieira de Camargo - CRP-08/13499
Erica Cerci Sicoli - CRP-08/13500
Ana Carolina Costa Silva - CRP-08/13501
Juliana Reginato Demenciano - CRP-08/13502
Cristiana Stringue Monteiro - CRP-08/13503
Diovana Diesel - CRP-08/13504
Elba Guimarães Leal - CRP-08/13505
Juliana Zanon Ferreira - CRP-08/13506,
Bruno Eduardo Procopiuk Walter - CRP-08/13507
Denise Nassar - CRP-08/13508
Alessandra de Fatima Figueiredo - CRP-08/13509
Luciana de Paiva T. Quezini - CRP-08/13510
Natália Fernanda Galvanin - CRP-08/13511
Clério Tesch - CRP-08/13512
Marisa Garbrecht de Justi - CRP-08/13513
Aline Spaciari Matioli - CRP-08/13514
Andreia Loureiro - CRP-08/13515
Everton Eduardo Pizani - CRP-08/13516
Gizane da Silva - CRP-08/13517
Francieli Dalla Costa - CRP-08/13518
Luana Carolina da Rocha Souza - CRP-08/13519
Gislaine Assunção Afonso Alves - CRP-08/13520
Rajaa Hikmat Nasser Fahs - CRP-08/13521
Jane Margareth M. de Carvalho - CRP-08/13522
Taysa Accardi - CRP-08/13523
Danieli de Fátima Gorzynski - CRP-08/13524
Nicia Denise Bespalez Correa - CRP-08/13525
Lediane Karina Muller - CRP-08/13526
Silvana Aparecida A. Cardoso - CRP-08/13527
Jaqueline Becher - CRP-08/13528
Pollyana Basso - CRP-08/13529
Nathalie Cristina Guedes - CRP-08/13530
Fernando José Daibert de Araújo - CRP-08/13531
Vanessa Dionisio Meier - CRP-08/13532
Fernanda Martins Alcântara - CRP-08/13533
Alvarez Kelly da Costa Dantas - CRP-08/13534
Silmara Anghinoni Marin - CRP-08/13535
Sandra Lourdes Baccin - CRP-08/13536
Ines Miranda Celia - CRP-08/13537
Mariane Nami Pastuch - CRP-08/13538
Débora Trindade Lanna - CRP-08/13539
Christofer William Pellini Valenço - CRP-08/11233
Regiane Aparecida F. da Silva - CRP-08/13476
Sergio Roberto Hundzinski - CRP-08/13491
Juliana do Couto - CRP-08/13541
Paula Ferreira Ribeiro - CRP-08/13542
Haryanna de Lima Lobo - CRP-08/13543
Naiara Longoni Silveira CRP-08/13544
Jessica Possoli – CRP-08/13545
Mariana Pereira de Godoi - CRP-08/13546
Claudio Marcio Antunes Franco - CRP-08/13547
Tamy Baggio - CRP-08/13548
Daiane França de Souza - CRP-08/13549
Mario Mansueto Santos Lunardi - CRP-08/13550
Raquel Alves Gonzaga - CRP-08/13551
Juliano Farias Nascimento - CRP-08/13602
Priscila Maria Ferreira - CRP-08/13552
Daline Moina Galão Palma - CRP-08/13553
Nathalia Gasque Nascimento - CRP-08/13554
Larissa Francielly Borgo Rolim - CRP-08/13555
Grazielle Noro - CRP-08/13556
Anthonia de Campos - CRP-08/13557
Odette Amaral Bacaro - CRP-08/13558
Andreia Ayako Suzuki - CRP-08/13559
Ana Paula Schuler Foppa - CRP-08/13560
Tania Mara de Alencar R. Alves - CRP-08/13561
Alessandra Tuan - CRP-08/13562
Silvana D. A. de Lima da Silva - CRP-08/13563
Marcos Vinicius Teixeira Paim - CRP-08/13564
Deborah M. Souza B. de Oliveira - CRP-08/13565
Anna Flavia Garbin Pinto - CRP-08/13566
Thais Silveira Oliverio - CRP-08/13567
Paula Romão Delatorre - CRP-08/13568
Erika Mara Vargas - CRP-08/13569
Danielle Oliveira Trabuco - CRP-08/13570
Leila Jackeline Scarabelot - CRP-08/13571
Carla Cristina Percaroli - CRP-08/13572
Maria Ines Ruiz - CRP-08/13573
Amanda Dalva Leal - CRP-08/13574
Silvia Danielle Santana - CRP-08/13575
Nathalia Dias Bertocco - CRP-08/13576
Daniella Cristina M. Hernandes - CRP-08/13577
Daniela Cristina Silveira Marsola - CRP-08/13578
Maressa Furlan Vieira França - CRP-08/13579
Renata Andrade Camargo - CRP-08/13580
Thais Fernanda Gimenes - CRP-08/13581
Camila Inacio de Oliveira - CRP-08/13582
Ivne Vendrametto - CRP-08/13583
Andreia Aparecida Szabelski - CRP-08/13584
Nicole Caroline Maia de Almeida - CRP-08/13585
Roberto Sávio Sauer - CRP-08/13586
Nilda da Silva Machado de Freitas - CRP-08/13587
Marcelle Delmasquio Carleto - CRP-08/13588
Lizandra Aparecida Oldoni - CRP-08/13589
Eveline Mara Schreiner - CRP-08/13590
Mayra Christina da Silva - CRP-08/13591
Thalyta Manieri da Silva - CRP-08/13592
Anne Elise Castanho Espindula - CRP-08/13593
Michelle Dalazen - CRP-08/13594
Clislaine Rodrigues da Silva - CRP-08/13595
Odette Amaral Bacaro - CRP-08/13558
Andreia Ayako Suzuki - CRP-08/13559
Edela Feldmann Uhry - CRP-08/13600
Gabriela de Nardi Marra - CRP-08/13601
Alessandra Cristina Bäuml Dorigo - CRP-08/13603
Regina Célia Veiga da Fonseca - CRP-08/13604
Caroline Catelan Alexandre CRP-08/13605
Jordana Loureiro de Freitas CRP-08/13606
Isabella Tamye França Pereira - CRP-08/13607
Maisa Barbosa Brum - CRP-08/13608,
Marcia Regina de Paiva Rocha - CRP-08/13609
inscrição por transferência
Edlaine Santos Rodrigues da Silva - CRP-08/13482
Maria de Fatima Santos Marian - CRP-08/13483
Euclésio Rambo - CRP-08/13484
Dulcineia Maria de M. Wobeto - CRP-08/13485
Joy Schoner Lopes - CRP-08/13540
Leila Adriane Calegari Huscher - CRP-08/13596
Marco Antonio de Oliveira Branco - CRP-08/13597
Lilian Caroline Urnau - CRP-08/13598
Jair Carlos da Silva Junior - CRP-08/13599
reativação
Rita de Cassia G. da Silva Romano - CRP-08/00448
Gicelia Imaculada de A. Mendes - CRP-08/03573
Lilian Mara Gheno - CRP-08/03792
Silvana Gonçalves Camilo - CRP-08/05763
Carla Cristina Ferreira Dalprá - CRP-08/06498
Marly Aparecida C. Prochamann - CRP-08/07263
Marcus Vinicius Beck Lima - CRP-08/07365
Xenia Danielle da Veiga - CRP-08/08099
Claudia Zapf - CRP-08/08494
Patricia do Nascimento - CRP-08/09116
Albertina Otilia Rocha Almeida Cruz - CRP-08/09520
Elizabeth Aparecida da Luz Voss - CRP-08/09554
Vanderli Ferreira - CRP-08/10261
Bruno Angelo Strapasson - CRP-08/10940.
Silvana Gonçalves Francisco - CRP-08/05472
Roseane Mendes - CRP-08/06042
Azenilda Alexandre da C. Barbosa - CRP-08/06672
Ivina Glaucia Pinhati Garcia de Luza - CRP-08/08839
Andréa Luciana Dias Sachet - CRP-08/10059
Sandra Mara de Oliveira Carnieri - CRP-08/02456
Sueli Yoshie H. Aihara - CRP-08/02773
Ana Cristina Afara Gularte - CRP-08/05967
Claudia Haschich Santos - CRP-08/06199
Tania Faria Henrique - CRP-08/07010
Luciana Bachtold Pizza - CRP-08/08280
Silvia Baptista Ferraz - CRP-08/08572
Debora Cristina Maruci Alves - CRP-08/11001
Michele Midori I. Rodrigues - CRP-08/11808
Leticia Okada Carraro - CRP-08/11991
Alessandra Hubie Anzuategui - CRP-08/12117
reativação por transferência
Ariane Madruga Monteiro Costa - CRP-08/07872
Tais Andrade Targa Meneghetti - CRP-0806856.
inscrição secundária
Dorivan Schmitt - CRP-08/IS-132.
registro de pessoa jurídica
Cadastro: Instituto de Desenvolvimento Corporativo do Paraná – IPDEC CRP-08/PJ-08/00346.
Registro: A 100% Consultoria Empresarial Ltda CRP-08/PJ-08/00347, Extrato Consultoria SS Ltda CRP-08/PJ-08/00348.
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