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ISSN 1808-2645 Foto. Stockxpert Ano 10 - Edição nº 57 - Maio/Jun/2008 - Publicação Bimestral - Conselho Regional de Psicologia do Paraná sumário contato expediente contatoeditorial artigo contato Qualidade de vida e trânsito: O motorista do transporte coletivo urbano de Curitiba gerais notas psicólogodasilva Qualidade de Vida artigo contato Música e qualidade de vida capa matéria Contribuições da Psicologia para a Qualidade de Vida inquietaçõescontato A Ética de todos nós contatoartigo Apoio Psicológico aos Atletas Brasileiros durante as Paraolimpíadas em Atenas 2004: Um relato de Experiência Prática por dentro COF faz visitas ao interior contatoentrevista Equilíbrio para a Qualidade de Vida artigo contato Existem receitas para Viver com Qualidade? agenda novosinscritos contato O CRP-08 dá as boas-vindas aos novos inscritos de março e abril de 2008 Diretoria - Presidente: João Baptista Fortes de Oliveira - Vice-Presidente: Rosangela Lopes de Camargo Cardoso - Secretária: Marilda Andreazza dos Anjos - Tesoureiro: Celso Durat Junior Conselheiros Adriana Tié Maejima, Anaides Pimentel S. Orth, Beatriz Dorigo, Celso Durat Junior, Denise Matoso, Dionice Uehara Cardoso, Eugenio Pereira Paula Junior, João Baptista Fortes de Oliveira, Maria Elizabeth Haro, Maria Sezineide Cavalcante de Mélo, Márcia Regina Walter, Mariana P. Bacellar, Marilda Andreazza dos Anjos, Marina Pires Machado, Rosangela Lopes de Camargo Cardoso, Rosângela Maria Martins e Rosemary Parras Menegatti. Subsedes - Londrina Avenida Paraná, 297- 8° andar - sala 801 e 802 - Ed. Itaipu - CEP 86010-390 Fone: (43) 3026-5766/ (43) 8806-4740 Conselheira: Denise Matoso e-mail: [email protected] - Maringá Avenida Mauá, 2109 - sala 08 - CEP 87050-020 Fone: (44) 3031-5766/ (44) 8808-8545 Conselheira: Rosemary Parras Menegatti e-mail: [email protected] - Umuarama Rua Rui Ferraz de Carvalho, 4212 - CEP 87501-250 Fone: (44) 3055-4119/ (44) 8808-8553 Conselheira: Rosângela Maria Martins e-mail: [email protected] - Cascavel Rua Paraná, 3033 - sala 41 - CEP 85810-010 Fone: (45) 3038-5766/ (45) 8808-5660 Conselheira: Marina Pires Machado Coordenadora: Maria de Lourdes Ribeiro Oliveira e-mail: [email protected] Representações Setoriais - Campos Gerais Representante setorial efetivo: Marcos Aurélio Laidane - Fone: (41) 8802-0949 Representante suplente: Lúcia Wolf - Campo Mourão Conselheira: Maria Sezineide Cavalcanti de Mélo – Fone: (44) 8828-2290 Representante suplente: Patrícia Roehrig Domingues dos Santos - CRP-08/04858 - Guarapuava Representante efetiva: Egleide Montarroyos de Mélo - Fone: (42) 8801-8948 Representante suplente: Tânia Mansano - Foz do Iguaçu Representante efetiva: Mara Julci K. Baran - Fone: (45) 8809-7555 Representantes suplentes: Gláucia E. W. de Souza e Dayse Mara Bertoldi - Sudoeste Representante efetiva: Maria Cecília M. L. Fantin - Fone: (46) 8822-6897 Representante suplente: Geni Célia Ribeiro - Norte Pioneiro Representante efetiva: Sônia Maria Barone Lopes Fone: (43) 8813-3614 Representante suplente: Nucinéia Aparecida de Oliveira - Litoral Representante efetiva: Karin Bruckheimer - Fone: (41) 8848-1308 Representante suplente: Alan Mansano - Paranavaí Representante efetiva: Carla Christiane Amaral Barros Alécio – Fone: (44) 8828-2289 Representante suplente: Cláudia Lucio Chaves - União da Vitória Representante: Elizabeth Ulrich - Fone: (42) 8802-0714 Produção Contato: informativo bimestral do Conselho Regional de Psicologia 8 - Região. (ISSN - 1808-2645) Avenida São José, 699 - CEP 80050-350 - Cristo Rei - Curitiba - Paraná Fone: (41) 3013-5766. Fax: (41) 3013-4119 Site: www.crppr.org.br / e-mail: [email protected] Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão: Maxigráfica e Editora Ltda. Jornalista Responsável: Kelly Ayres (6186/DRT-PR) Projeto Gráfico: RDO Brasil - (41) 3338-7054 - www.rdobrasil.com.br Designer Responsável: Leandro Roth - Diagramação: Cristiane Borges. Ilustração (Psicólogo da Silva): Ademir Paixão Preço da assinatura anual (6 edições): R$ 20,00 Os artigos são de responsabilidade de seus autores, não expressando, necessariamente, a opinião do CRP-08. contatoeditorial Qualidade de vida é um assunto muito discutido atualmente. Mas o que será realmente qualidade de vida? O que é bom para uma pessoa, pode não ser para outra. Então pode haver uma generalização quanto ao significado de qualidade de vida? As matérias e artigos desta edição da Revista Contato indicam que a conquista pela Qualidade de Vida requer o equilíbrio nos diferentes ambientes em que se participa, além de bem estar físico e mental. As contribuições da Psicologia para a busca deste equilíbrio também são discutidas. A revista também apresenta o que está sendo discutido no CRP-08, ou seja, os assuntos em que o Sistema Conselhos de Psicologia está envolvido, o que acontece com relação à categoria e à profissão no Paraná e no Brasil e qual o posicionamento do regional em relação a isso. Ressalta-se ainda o quanto é importante a participação de todos os profissionais nessas discussões, pois os psicólogos paranaenses precisam se mobilizar em prol da profissão. Nesta Contato também está a divulgação da logomarca escolhida pelos profissionais para a entidade que os representa. O Plenário espera que os psicólogos se envolvam mais efetivamente no seu Conselho de representação profissional, que está de portas abertas para recebê-los. contatoartigo Qualidade de vida e trânsito: O Motorista do transporte coletivo urbano de Curitiba Valeria Cristina Morona (CRP-08/11550) Psicóloga, pós graduada em Gestão Estratégica de Pessoas. Atuante como Psicóloga do Trabalho em empresa de transporte coletivo urbano. A partir da Revolução Industrial, fala-se de qualidade a todo momento. As empresas têm se preocupado em oferecer qualidade principalmente ao cliente externo, capacitando para isso os funcionários internos para que estes ofereçam o melhor serviço ou o melhor produto. Inicialmente, a qualidade era voltada basicamente ao controle estatístico da produção, fazendo com que a inspeção do serviço fosse feita por amostragem, passando pela valorização do planejamento e culminando com o que Barçante e Castro (1995) chamam da Era da Qualidade Total, em que há “a aplicação da Qualidade em tudo o que se faz na empresa, em todos os seus níveis e áreas, inclusive os não ligados à produção propriamente dita” (Barçante e Castro, 1995, p.7). Dessa forma, o conceito de qualidade passa também a levar em consideração a Qualidade de Vida do trabalhador, que envolve a “percepção de bem estar, a partir das necessidades individuais, ambiente social e econômico em expectativas de vida.” (Linonge, 2001, p.238). Cañete ainda ressalta que o indivíduo saudável é aquele que consegue manter-se continuamente consciente e comprometido com a satisfação dessas suas necessidades e que conseqüentemente, contribui para a promoção dessa condição ou estado desse, junto a seus semelhantes e no ambiente que o cerca. “ (Cañete, 2004, p 390) Cañete apreende completamente a complementariedade dos conceitos de qualidade de vida no trabalho da seguinte forma: “... qualidade de vida no trabalho (QVT) e qualidade de vida sejam distintas, na prática estão interligadas e se interinfluenciam, de modo que insatisfações no trabalho podem causar desajuste na vida familiar e as relações sociais fora do trabalho, enquanto a insatisfação fora do trabalho exerce um papel negativo e desadaptador sobre o trabalho” (Cañete, 2004 p.395). 06 contato Assim, cuidar da saúde do funcionário significa cuidar também da saúde de sua família e, conseqüentemente, oferecer melhor Qualidade de Vida para muitas outras pessoas indiretamente ligadas à empresa. Qualidade de Vida, estresse e transporte coletivo urbano Ainda a bibliografia científica sobre transporte coletivo urbano é muito escassa. Encontram-se vários estudos sobre comportamento humano do trânsito, principalmente no que se refere a acidentes, mas pouco se fala dos motoristas profissionais, em especial condutores de veículos de transporte coletivo urbano. Dentre os motoristas profissionais da área, a maior queixa refere-se às condições que o trabalho oferece, possíveis causadoras do estresse. Derivada do latim, a palavra estresse foi empregada popularmente no século XVII significando fadiga, cansaço e, a partir do século XVIII e XIX, aparece relacionado com os termos força, esforço e tensão (Farias, 1992 In: Benevides-Pereira, A.M. (org) In: Benevides-Pereira, A.M. 2002, p. 24). Os estudos proliferam com o passar do tempo: as definições elaboradas pelos estudiosos têm vários pontos em comum, mas diferem basicamente ao como este se situa no sujeito: alguns colocam como natural e necessário, outros enfatizam o fato de este ser uma ameaça ao bem estar e à sobrecarga sofrida pelo organismo. O que é interessante ressaltar é que, com o passar do tempo, o referencial biológico vai passando para o biopsicológico e os estudos passam a enfocar diferentes pontos, como o estresse advindo de condições psicológicas. Há diferença entre estresse e agente estressor. O agente (ou estímulo estressor) é “um elemento que vem interferir no equilíbrio homeostático do organismo, ou tem a ver com as demandas que ele sofre. O agente estressor pode ter um caráter físico, cognitivo ou emocional”. Em alguns aspectos, os agentes estressores podem ser benignos e, por isso, não devem ser vistos sempre como ruins ao indivíduo. Os estressores físicos são provenientes do meio externo ou aqueles que interferem predominantemente no corpo do indivíduo. São exemplos: ruídos, frio, calor intenso e/ou persistente, acidentes, fome, excesso de exercícios físicos, alimentação pesada, utilização de drogas etc. Os estressores cognitivos são aqueles avaliados como ameaçadores à integridade física ou ao patrimônio (físico ou psi- Os estressores emocionais são sentimentos em que o componente afetivo se faz presente. São exemplos: morte, ira, casamento, divórcio, mudanças (casa, cidade, escola) etc. (In: Benevides-Pereira (org) 2002, p. 26) Segundo a autora, o estresse é “a resposta a esse estímulo, isto é, a necessidade de vir a aumentar o ajuste adaptativo para retornar ao estado de equilíbrio, reaver a homeostase inicial ou os recursos que a pessoa vem a dispender para fazer frente às demandas”. Seguindo este conceito, o estresse não pode ser considerado sempre de forma negativa, visto que procura reaver a homeostase perdida diante do agente estressor. Assim, seguindo o raciocínio de Benevides-Pereira, pode-se dizer que o trânsito é propício a apresentar agentes estressores das três classes citadas acima. O ambiente de trabalho do motorista do transporte coletivo urbano é repleto de agentes estressores físicos: o calor, o frio, os ruídos, horários a serem cumpridos e alimentação em horário irregular são fatores que, conjuntamente com os estressores cognitivos (possibilidade de envolvimento em assaltos e acidentes de trânsito), bem como emocionais (ansiedade, ira), podem propiciar maior índice de estresse negativo e doenças crônicas relacionadas a ele em comparação a outras funções. Esses agentes, por sua vez, atrelados à personalidade do indivíduo, bem como à situação em que o evento ocorre, podem propiciar maior facilidade no envolvimento com acidentes de trânsito. Como foi comentado anteriormente, é importante destacar que nem todo estresse tem que ser necessariamente negativo para a condução, já que pode ajudar, em alguns momentos, no estado de alerta e reação de que se necessita para o manejo dos veículos ou para evitar acidentes. Patologicamente falando, o estresse negativo envolve efeitos a longo prazo (ou negativos) – o estresse crônico ou distresse é o que pode ocasionar sérios efeitos ruins como geração de maiores níveis de hostilidade e comportamentos competitivos em relação a outros condutores; aumento da predisposição para uma condução mais imprudente e temerária (em decorrência da tomada de decisão, que desvaloriza a percepção do risco) (Hoffman e Legal in Hoffman e cols, 2003, p. 354). Fora os fatores de risco no trânsito para o próprio motorista e para os passageiros, as conseqüências do estresse diretamente sobre o profissional são inúmeras. Segundo Benevides-Pereira (In: Benevides-Pereira (org), 2002, p. 44), os sintomas são físicos (como fadiga, distúrbios do sono, perturbações gastrointestinais, transtornos cardiovasculares), psíquicos (lentificação do pensamento, perda de memória, impaciência, labilidade emocional, falta de atenção, etc.), comportamentais (irritabilidade, incapacidade de relaxar, comportamento de risco) e defensivo (tendência ao isolamento, perda de interesse pelo trabalho, absenteísmo). Tudo isso influencia diretamente na Qualidade de Vida do trabalhador de maneira global, alterando seu comportamento não apenas no trabalho, mas nos âmbitos social e familiar. O papel da empresa e da sociedade Visto que o estresse é algo presente no dia-a-dia do motorista do transporte coletivo e pode ocasionar prejuízo em termos de Qualidade de Vida para o profissional e para todos os passageiros, cabe às empresas e à sociedade como um todo adotar ações preventivas para este problema. As ações que se focam na interação do contexto do trabalho e o indivíduo, tratam de modificar as condições ocupacionais, a percepção do trabalhador e a forma de enfrentamento diante das situações de estresse ocupacional, tudo isto de modo integrado. É importante salientar que, no caso de solucionar problemas relacionados ao estresse crônico, as atuações devem focar-se no contexto social do trabalho. Ainda, cabe aos governantes e à população como um todo, a promoção de comportamentos saudáveis no trânsito, permeados pela responsabilidade e colaboração, diminuindo, dessa forma, alguns dos agentes estressores. Somente dessa forma poder-se-á diminuir o índice de estresse crônico e obter ganhos duplos: de um lado, promove-se a qualidade de vida do funcionário e, de outro, incentiva-se um trânsito mais saudável, garantindo também qualidade de vida a toda a população. referências - BARÇANTE, L. C.; CASTRO, G. C. de. Ouvindo a voz do cliente interno. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995. - BENEVIDES-PEREIRA, A.M. Burnout: o processo de adoecer pelo trabalho. In: BENEVIDES-PEREIRA, A.M. (org) Burnout: quando o trabalho ameaça o bem estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002, p. 21-91. - BITTENCOURT, C. e Cols. CAÑETE, I. in Gestão contemporânea de pessoas, Porto Alegre: Bookman, 2004. - LINONGI, A. C. Manual de treinamento e desenvolvimento. São Paulo: ABDR, 2001. - HOFFMANN, M. H. e LEGAL, E. J. Sonolência, estresse, depressão e acidentes de trânsito in: HOFFMANN e cols. Comportamento Humano do Trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, p. 343-358. contato 07 Foto. Marcel Iordan cossocial). São exemplos: a vivência ou eminência de um assalto, envolvimento em discussões, seleção de emprego, provas, etc. gerais notas O que acontece nas Subsedes e Representações Setoriais Subsede de Cascavel Com o intuito de obter maior participação dos psicólogos nas reuniões mensais, a subsede de Cascavel definiu que em cada mês a reunião será em um dia diferente para que todos tenham a oportunidade de participar. Desta forma, a agenda de reuniões de 2008 ficou a seguinte: - 10 de maio - sábado 16 de junho - segunda-feira 29 de julho - terça-feira 27 de agosto - quarta-feira - Comemoração do Dia do Psicólogo 11 de setembro - quinta-feira 17 de outubro - sexta-feira 22 de novembro - sábado 08 de dezembro - segunda-feira - encerramento do semestre A subsede também está realizando os grupos de estudo. A primeira reunião do grupo aconteceu no dia 23 de abril. Todas as reuniões acontecem na subsede localizada na Rua Paraná, 3033 - sala 41, Edifício Formato. Subsede de Umuarama Mesa-redonda sobre Contrato Terapêutico e Administrativo No dia 16 de abril, a subsede de Umuarama realizou a mesa-redonda “Contrato Terapêutico e Contrato Administrativo - Como eu faço”. O encontro aconteceu no auditório da Associação Comercial e Industrial de Umuarama (ACIU). Fizeram parte da mesa-redonda os psicólogos Wagner José Klöckner (CRP-08/04641), Maria de Fátima Volpato Viaro (CRP-08/8946), Susy Gleize Rossini Lima (CRP08/07120), Shirley Soares Pirolla (CRP-08/09452), Maria Sebastiana Zioberr (CRP-08/08909), Valéria Rodrigues de Jesus (CRP-08/09019) e o advogado Gabriel Soares Janeiro. Subsede de Londrina Nos dias 25 e 26 de julho será realizado, em Londrina, o Programa de Atualização em Avaliação Psicológica (PAAP). O evento, que acontece na própria subsede, tem início às 19h e término às 22h no primeiro dia. No segundo, o programa começa às 8h30 e será finalizado às 18h, com uma hora de intervalo para almoço. O PAAP é coordenado pela Comissão de Avaliação Psicológica e está acontecendo em várias cidades do Paraná. Em Londrina ministrará o evento a psicóloga Adriane Picchetto Machado (CRP-08/02571). O encontro é dirigido a profissionais e estudantes de Psicologia e tem como objetivo promover um espaço de discussão e atualização a respeito de Avaliação Psicológica. Serão abordados os seguintes assuntos: Reflexões sobre a Atualidade e as Perspectivas da Avaliação Psicológica; Técnicas de Avaliação Psicológica - Entrevista, Observação e Testes; Processo de Avaliação Psicológica nos Diferentes Contextos; Aspectos Éticos na Avaliação Psicológica e Produção de Documentos Legais Decorrentes da Avaliação Psicológica. 08 contato As inscrições podem ser feitas no site www.crppr.org.br e o valor é R$50,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (43) 3026-5766. Reunião com Psicólogos que atuam na Assistência Social No dia 11 de abril, também em Londrina, foi realizada reunião com psicólogos que atuam na Assistência Social. O encontro aconteceu na Secretaria de Ação Social do município. Subsede de Maringá Falando Sobre No dia 11 de junho acontece o próximo Falando Sobre - evento realizado todo mês pela subsede de Maringá, com a finalidade de discutir a Psicologia e suas ramificações. Os encontros acontecem sempre às 20 horas, na Biblioteca Municipal de Maringá, localizada na Av. XV de Novembro, 514. No dia 12 de março foi realizado o primeiro encontro de 2008 com o tema Relações Parentais, ministrado pelo psicólogo Alex Gallo. Participaram cerca de 100 convidados. No dia 9 de abril aconteceu o segundo encontro, que teve como tema “Vínculos entre casais”, ministrado pela psicóloga Elizabeth Regina Maio de Siqueira (CRP-08/01886). Nesse encontro participaram 50 pessoas. Já no dia 14 de maio o assunto apresentado foi Método Simonton – “Tratamento das emoções para a cura do câncer”, com a psicóloga Alessandra Herranz Gazquez (CRP-08-07526). Programação - Data: 11/06/2008 - Tema: O Trabalho do Psicólogo em uma Unidade de Terapia Intensiva – UTI. Psic. Carolina Gonçalves Cardoso Pereira (CRP-08/10816) Psic. Aline Mazambani (CRP-08/10768) - Data: 13/08/2008 - Tema: Violência Doméstica: aspectos psicológicos, contexto familiar e ações do Conselho Tutelar Psic. Rute Grossi Milani (CRP-08/05806) - Data: 10/09/2008 - Tema: Avaliação e acompanhamento psicológico na cirurgia da obesidade: é realmente necessário! Psic. Cristina Di Benedetto (CRP-08/04609) - Data: 08/10/2008 - Tema: A confirmar - Psic. Keila Mary Gabriel (CRP-08/05786) - Data: 12/11/2008 - Tema: A participação do psicólogo no acompanhamento de políticas públicas - Controle Social - Psic. Solange Izabel Marega Batista (CRP 08/04415) Litoral Nos dias 12 e 13 de abril foi realizado, no Litoral, o Programa de Atualização em Avaliação Psicológica (PAAP). O evento aconteceu no Núcleo Regional de Educação em Paranaguá. O PAAP é coordenado pela Comissão de Avaliação Psicológica e foi ministrado pela psicóloga Valéria Cristina Morona (CRP-08/11550). Sudoeste O PAAP também foi realizado em Pato Branco nos dias 16 e 17 de maio. Esse evento foi ministrado pela psicóloga Cassia Aparecida Rodrigues (CRP- 08/12944). Campos Gerais PAAP Nos dias 27 e 28 de junho será realizado em Ponta Grossa o PAAP, a ser sediado na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), o evento vai das 19h às 22h no primeiro dia e das 8h30 às 18h, com intervalo para almoço, no segundo dia. O ministrante será o psicólogo Nelson Fernandes Junior (CRP-08/07298). As inscrições podem ser feitas no site www.crppr.org.br e o valor é R$50,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3013-5766. Reuniões As reuniões da setorial de Campos Gerais acontecem na última Quarta-feira de cada mês, às 17h, no Centro Médico Psicológico e Social, localizado na rua Júlia Wanderley, 980, em Ponta Grossa. Norte Pioneiro Também nos dias 27 e 28 de junho o Norte Pioneiro recebe o PAAP. O programa acontecerá no município de Santo Antonio da Platina, no colégio Casucha. O encontro será realizado das 19h às 22h no primeiro dia e das 8h30 às 18h, com intervalo para almoço, no segundo dia. A ministrante será a psicóloga Theresinha Vian Rambo (CRP-08/12200). As inscrições podem ser feitas no site www.crppr.org.br e o valor é R$50,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3013-5766. Foz do Iguaçu As reuniões da setorial de Foz de Iguaçu são mensais e acontecem na última segunda-feira do mês. As últimas reuniões foram nos dias 28 de abril e 26 de maio. As próximas reuniões são: 30 de junho, 28 de julho, 25 de agosto, 29 de setembro, 27 de outubro e 24 de novembro. Os encontros são realizados no Centro Universitário de Foz do Iguaçu (Cesufoz). Guarapuava Avaliação Psicoeducacional Violência Doméstica é tema de encontro em Guarapuava A subsede de Maringá está realizando o curso de Avaliação Psicoeducacional. O último encontro aconteceu no dia 26 de abril. No dia 8 de maio foi realizado, em Guarapuava, um encontro debatendo o tema “Violência Doméstica”. O evento aconteceu na Foto. Alaa Hamed Unicampo. A psicóloga Carina Suder (CRP08/11346), falou sobre “O papel do Contexto mais amplo na repetição da Violência contra a Mulher”; a delegada titular da Delegacia da Mulher, Maritza Maria Haifi, abordou o tema central do evento, e o acadêmico de Direito, Antonio Guterbir, explicou sobre a “Lei Maria da Penha”. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 300 mil mulheres sofrem violência por parte dos maridos ou companheiros por ano no Brasil. Apesar das leis e informações, a violência doméstica ainda é grande. Reunião A setorial de Guarapuava realiza reunião na terceira segunda-feira de cada mês, às 19h30. Paranavaí As reuniões da setorial de Paranavaí estão acontecendo na primeira sexta-feira de cada mês, às 16h, no CAPS 1, situado à rua Guapori, em frente ao Colégio Estadual. As reuniões são abertas a todos os psicólogos. Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência Nos dias 8 e 9 de maio em Curitiba, aconteceu a Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Participaram, representando o CRP-08, as colaboradoras da Comissão de Psicologia Escolar/ Educacional, Theresinha Vian Rambo e Maria Eliane Oliveira Lutfi (CRP-08/00470). Também estavam presentes os deputados estaduais Antonio Belinatti, Reni Pereira e Rosane Ferreira. O objetivo do encontro foi discutir o Anteprojeto de Lei (PL) 05/08 apresentado pelo TJ-PR à Assembléia. O PL tem o objetivo de alterar a lei 11.719/97, através da qual os cargos dos profissionais foram, primeiramente, rebaixados de Técnico Superior, para “Técnico Especializado” e colocados em um Quadro Provisório. Posteriormente, com a citada lei, estes passaram ao cargo de “Técnico Judiciário”, ou seja, foram incluídos no Grupo Ocupacional Intermediário do Quadro de Pessoal TJ-PR, quando, pela formação profissional superior, deveriam ter sido incluídas no Grupo Ocupacional Superior, respeitada a atividade profissional (psicólogos, assistentes sociais e pedagogos). Após a reunião, outros encontros já foram realizados envolvendo os representantes dos profissionais e outras entidades. O CRP-08 está participando efetivamente das discussões. Psicologia no Ensino Médio O Sistema Conselhos de Psicologia realiza campanha para apoiar a inclusão da Psicologia como disciplina no Ensino Médio. O pedido é para que toda a categoria solicite aos deputados e senadores a inclusão da Psicologia nos Projetos de Lei que tramitam na Câmara e no Senado, tais como: PL 1641/2003, PLC 004/2008 e PL 6642/2006. Mais informações no site www.pol.org.br. Sistema Conselhos participa do Fórum Social do Mercosul Entre os dias 26 e 28 de abril foi sediado em Curitiba o Fórum Social do Mercosul. O Sistema Conselhos de Psicologia participou do evento, focando principalmente na questão da Democratização das Comunicações. O evento foi aberto ao público em geral. Vários representantes da categoria participaram de painéis e mesas de discussão. Psicólogo Acupunturista integra equipe do NASF A Portaria 154, de 24 de janeiro de 2008, foi reeditada após manifestação de diversas categorias da saúde e da Psicologia, dentre elas a ação conjunta entre Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura (Sobrapa) e Conselho Federal de Psicologia (CFP). Agora o psicólogo acupunturista fará parte das equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). A portaria cria para o psicólogo duas possibilidades de participação nas equipes do NASF, como psicólogo da Saúde Mental ou como psicólogo acupunturista. O NASF foi criado com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a partir da atenção básica. Reunião na AL discute situação de servidores do TJ-PR No dia 2 de abril foi realizada reunião ampliada na Assembléia Legislativa do Paraná para discutir a situação de 84 funcionários do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), profissionais de Psicologia, Serviço Social e Pedagogia, que estão no cargo de Técnico Judiciário, mas reivindicam que sejam incluídos no Grupo Ocupacional Superior. A reunião aconteceu das 10h às 11h30, na sala das Comissões, no terceiro andar da Assembléia Legislativa. Participaram da Audiência, representantes do CRP-08, Conselho Regional de Serviço Social (CRESS-11) e Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus). Reunião na Assembléia. Novos Contratados O CRP-08 já está com 11 novos empregados públicos. Entre os dias 7 e 9 de abril os aprovados no Concurso Público realizaram o treinamento interno. Após, já começaram a trabalhar. Em Curitiba são três auxiliares administrativo-financeiro (Karen Akemi Teramatsu, Simone Erika Saito e Nadja Alves Medeiros), uma orientadora fiscal (Anita Castro Menezes Xavier) e uma gestora da informação (Rosilaine Aparecida Pereira). Em Londrina tomaram posse um auxiliar administrativo-financeiro (Franco Yamasaki) e uma orientadora fiscal (Virginia Maria Bernardino). Em Cascavel é uma auxiliar administrativo-financeiro (Gabriela de Conto Bett) e uma orientadora fiscal (Graciela Bombardelli). Já em Maringá, um auxiliar administrativo financeiro (Carolina Cleopatra Codonho da Silva). Há ainda uma vaga a ser preenchida para auxiliar administrativo-finaceiro em Curitiba, que não foi preenchida devido a desistências de aprovados no Concurso. O próximo colocado será chamado. Mesa-redonda sobre Democratização da Comunicação Quartas-feiras no CRP As "Quartas-Feiras no CRP" continuam acontecendo cada mês com uma programação diferente. Em maio a Comissão de Psicologia Escolar/Educacional colocou em debate o tema Inclusão. No dia 7 de maio foi discutida a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Participaram Miriam Aparecida Graciano de Souza Pan (CRP-08/00729) a chefe do Departamento de Educação Especial do Governo do Estado, Neuza Soares de Sá, e a pedagoga da Secretaria Municipal da Educação, Larissa Pegozzi. No dia 14 foi apresentado o Psicocine, com o filme "Escritores da Liberdade". No dia 21 aconteceu a mesa-redonda "Dificuldades de Aprendizagem", com Maria Eliane Oliveira Lutfi e Maria Elizabeth Nickel Haro (CRP-08/00211). No dia 28 ocorreu a mesa-redonda sobre “A atuação do psicólogo na Inclusão” com Mari Ângela Calderari Oliveira (CRP-08/01374) e Maria de Fátima Minetto Silva contato 09 (CRP-08/03853). Em todos os encontros profissionais de renome participaram como debatedores. Em junho o tema das Quartas-feiras será “Relações Perigosas”, no mês seguinte: “Ética e Política”. Em agosto a Comissão de Psicologia do Esporte produzirá as "Quartas-feiras no CRP" com foco nas Olimpíadas, pois nesse mês serão realizados os jogos olímpicos. No dia 6 de agosto acontecerá a mesa-redonda "Rendimento Esportivo ou Rendimento Humano?". Outra mesaredonda será realizada no dia 13, com o tema "Olimpíadas e ParaOlimpíadas, o papel do Psicólogo do Esporte". No dia 20 será apresentado o Psicocine como o filme "Lendas da Vida". No dia 28 haverá outra mesa-redonda sobre "Qualidade de Vida na Atividade Física". Treinamento para Representantes Setoriais No dia 25 de abril, na sede do CRP-08, em Curitiba, foi realizado um treinamento com os representantes setoriais. No encontro foi explicado sobre o funcionamento do Sistema Conselhos de Psicologia, incluindo o papel do representante setorial e noções de orientação, fiscalização e ética. Na plenária do dia 26 de abril, os representantes relataram que o treinamento foi uma iniciativa bastante válida e que serviu para esclarecer dúvidas e organizar o trabalho. Também foi levantada a hipótese de haver continuidade na capacitação, pois além de embasar tecnicamente o profissional, o treinamento integrou todos os representantes. de abril. De acordo com o tesoureiro do Conselho, Celso Durat Jr, há uma inadimplência alta, cerca de 40% das anuidades ainda não foram pagas. A partir de maio começaram as recobranças. Sede, subsedes e representações setoriais elaboraram o plano de ação para 2008 com cursos, palestras, workshops, entre outros projetos, que visam aperfeiçoar o psicólogo, para a realização dos planos na íntegra é necessário o pagamento das anuidades. Convite da Comissão de POT A Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) convida os psicólogos que atuam nas organizações para participarem de grupo trabalho. As reuniões acontecem nas primeiras e terceiras quartas-feiras do mês, das 19h30 às 21h30. A experiência de outros psicólogos pode agregar valor aos trabalhos que a Comissão está desenvolvendo. Comissão de Comunicação Social A Comissão de Comunicação Social do CRP-08 apresentou na plenária do dia 26 de abril os novos critérios para publicação de artigos na revista Contato. Recentemente, foi criada no CRP-08 a Comissão Editorial, uma vertente da Comissão de Comunicação, composta de psicólogos que avaliam a qualidade dos artigos que serão publicados. Os critérios aprovados e que servirão de base para as próximas edições da revista: Reunião Telefônica da COF Critérios para envio do artigo A Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-08 voltou a realizar as reuniões telefônicas que envolvem representações setoriais e subsedes. A primeira reunião do ano aconteceu no dia 11 de abril. Segundo a conselheira e coordenadora da COF, Anaídes Pimentel Orth, a reunião é importante para troca de informações e para que todos saibam das demandas das regiões do estado. Deve conter pequeno currículo com: nome, nº de inscrição no respectivo Conselho, formação, especialização e atuação. Deve conter as Referências. O artigo pode ter até 12 mil caracteres (já incluindo referências), ou seja, cerca de quatro páginas em fonte Times New Roman, tamanho 12, entrelinhas simples. O artigo deve ser enviado para o e-mail da comunicação: [email protected]. A próxima reunião telefônica acontece no dia 20 de junho, das 8h às 9h. NAPP-08 Na plenária do dia 26 de abril, realizada na sede em Curitiba, foi apresentado o plano de ação de 2008 do Núcleo de Articulação em Políticas Públicas (NAPP-08) pelas colaboradoras Andréa Fernanda Silveira (CRP-08/06245) e Anita Machado (CRP08/08874). Durante a apresentação, a conselheira representante do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Sistema Conselhos de Psicologia, Maria Sezineide Cavalcante de Melo, falou sobre a necessidade de uma maior integração entre NAPP e CREPOP. Serão realizadas reuniões entre a conselheira e os colaboradores do NAPP. Também foi divulgado a contratação da técnica do CREPOP, Carmen Ribeiro. Uma das propostas é fazer um mapeamento detalhado dos representantes do CRP-08 em Conselhos de Controle Social. Também serão analisados outros Conselhos em que o CRP-08 pode fazer parte. Orçamento CRP-08 Durante a plenária do dia 26 de abril, também foi apresentado o orçamento de 2008 até o mês 10 contato Procedimento de avaliação de artigos O artigo será enviado, sem nome do autor, a dois pareceristas. Estes deverão ler e assinalar a lista de avaliação. Os pareceristas serão escolhidos por ordem alfabética. Os artigos serão avaliados conforme os critérios estabelecidos. Avaliação de cada critério Título: compatível com o conteúdo do texto. Objetividade: vai direto ao assunto. Clareza: se expressa de forma inteligível; fácil comunicação. Consistência: coerência das idéias. Linguagem: utiliza terminologia adequada, respeitando a norma culta da língua portuguesa. Qualidade geral do texto: a somatória dos itens acima; texto com introdução, desenvolvimento e conclusão. Aprovação Para cada item será dada nota de 1 a 5. Somente serão aprovados artigos com pontuação superior a 18 pontos. Os autores dos artigos receberão via e-mail o retorno da Comissão Editorial, com o seguinte texto: Caso o artigo seja aprovado sem alterações, é enviado ao autor com o seguinte texto: Seu artigo foi aprovado e em breve será publicado na revista Contato. Caso o artigo seja aprovado com alterações, é enviado ao autor com o seguinte texto: Seu artigo foi aprovado com algumas alterações. Por favor, leia e responda se está de acordo. Caso sua resposta seja positiva, em breve ele será publicado na revista Contato. Caso o artigo não seja aprovado, é enviado ao autor com o seguinte texto: Seu artigo não foi aprovado por (descrição dos motivos). Você poderá reformulá-lo e apresentar a nova versão. Plenárias no Interior Algumas plenárias do CRP-08 estão acontecendo nas subsedes no interior do Estado. Umuarama receberá o Plenário no dia 31 de maio. Em seguida, Maringá, no dia 19 de julho, e depois Cascavel, no dia 18 de outubro. Os encontros são sempre aos sábados, a partir das 9h. No dia 15 de março o encontro aconteceu em Londrina. Calendário de Plenárias As próximas plenárias acontecerão: - Maio: dia 31 (sábado, em Umuarama); - Junho: dia 06 (sexta) e 21 (Sábado); - Julho: dia 04 (sexta) e 19 (sábado em Maringá); - Agosto: dia 1º (sexta) e 16 (sábado); - Setembro: dia 12 (sexta) e 20 (sábado); - Outubro: dia 03 (sexta) e 18 (sábado, em Cascavel); - Novembro: dia 07 (sexta) e 22 (sábado); - Dezembro: dia 05 (sexta) e 20 (sábado). Debate sobre Psicologia Organizacional e do Trabalho A Associação Brasileira de Ensino da Psicologia (ABEP) e o Conselho Federal de Psicologia (CFP), promoveram a mesa redonda on line Diálogos com a Psicologia Organizacional e do Trabalho, no dia 15 de maio, em comemoração ao Dia do Trabalhador. O debate foi transmitido via Internet. 8º Congresso de Stress da ISMA-BR e 10º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho O International Stress Management Association (ISMA-BR) realiza entre os dias 24 e 26 de junho o 8º Congresso de Stress da ISMABR e 10º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho, como o tema Trabalho, Stress e Saúde: gerenciando as emoções - da teoria à ação. O encontro acontece no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.ismabrasil.com.br. psicólogodasilva Por Tonio Luna (CRP-08/07258) Qualidade de vida Ingressei na faculdade de Psicologia já mais velho, uns trinta e tantos. Recordo-me dos rostos dos meus colegas, a maioria mais jovem. Rostos curiosos, críticos, sonhadores e escolhidos pela Psicologia. Hoje a maioria já desistiu da profissão. Parece que não conseguiram dar à Psicologia o que ela queria. Tenho encontrado uns outros tantos psicólogos com bem mais tempo de profissão do que eu. Aprendi com alguns deles, os quais conseguiram passar pela barreira do narcisismo, o significado do encontro com quem atende. Encontro este que nos faz querer mais qualidade de vida por dar sentido à nossa existência. contato 11 artigo contato Música e qualidade de vida Melody Lynn Falco Raby CRP 08/12336 É possível observar em outros artigos que a música aparece com bastante freqüência em pesquisas como uma atividade prazerosa, relacionada ao bem estar e à qualidade de vida, para diversos tipos de pessoas e situações. Mas por que isso ocorre? Por que ouvimos e fazemos música? Por que a música é prazerosa? Essas e outras perguntas vêm encontrando respostas em diversas áreas do conhecimento, dentre elas a Psicologia. Em primeiro lugar, a música parece realmente fazer parte da história do homem. É consenso que não existe cultura sem música, e registros arqueológicos datam instrumentos musicais anteriores aos primeiros achados relacionados à agricultura. Tal constatação levanta a questão “música e evolução”, que vem recebendo argumentações favoráveis quanto à música como um comportamento evolutivo. Uma dessas argumentações, por exemplo, é o critério de que para se caracterizar um comportamento com função evolutiva devem existir evidências neuroanatômicas, uma vez que comportamentos especializados que evoluíram são tipicamente associados a sites neuroanatômicos (Levitin, 2006). Nesse sentido, as Neurociências vêm constantemente contribuindo com evidências neuroanatômicas da música no cérebro, e ressaltando a utilização, na decodificação da música, de uma série de 12 contato processos cognitivos não específicos da música (como atenção, identificação de padrões e estruturas, memória e outros). Os estudos reforçam a “capacidade natural” para a música que todos possuímos; em outras palavras, todos entendemos música, mesmo sem possuir o conhecimento específico acerca da Teoria Musical (salvo casos de alterações cerebrais; para exceções, o livro “Alucinações Musicais”, de Oliver Sacks, é indicado), concluindo assim que leigos possuem um sofisticado e implícito conhecimento sobre as regularidades musicais e que componentes estruturais da música como contornos melódicos e intervalos são codificados automaticamente pelo cérebro (Andrade, 2004). Mas, mesmo com evidências e estudos tão interessantes como os relacionados à participação da música na evolução do ser humano, continua a pergunta do como ela nos influencia. Para tal resposta, Sloboda (1990), entre outros, enfatiza a função emocional da música, colocando como motivo principal do envolvimento do ser humano com a música a sua capacidade de transmitir emoções. Desde a antigüidade essa característica é destacada, sendo conferido à música poderes mágicos e origem divina, capaz de produzir pessoas boas ou más, influenciar (afetar) o caráter, de acordo com sua forma. Em Platão, uma das mais citadas referências, “A República”, defende a educação pela música, pois “(...) o ritmo e a harmonia penetram mais fundo na alma e afetamna mais fortemente, trazendo consigo a perfeição, e tornando aquela perfeita (...)”. A percepção da emoção na música é então assunto antigo, e as respostas da ciência para a questão não se distanciam daquilo que conhecemos por experiência própria. Vários estudos têm demonstrado mudanças bioquímicas e eletrofisiológicas em resposta ao ouvir música e alguns pesquisadores têm encontrado que ouvir músicas ou canções familiares ativa estruturas neurais em regiões primitivas do cérebro. A percepção de consonâncias e dissonâncias aciona mecanismos associados aos estados emocionais de prazer e desprazer. Além disso, através do seu ritmo, a música estimula mecanismos neurais primitivos de relação temporal. “A música nos move porque, de todas as atividades humanas, é a que apresenta maior regularidade temporal.” (Levitin, 2006) Talvez a explicação de maior conteúdo estético, por assim dizer, seja a encontrada na Filosofia: a música permite a experimentação das emoções com distanciamento. Experimentamos, sofremos, nos alegramos, e até podemos alcançar uma melhor formulação de nossos sentimentos e emoções através da música. Como coloca Schopenhauer: “Tão fácil de entender e no entanto tão inexplicável, deve-se ao fato de que ela reproduz todas as emoções do mais íntimo do nosso ser, mas sem a realidade e distante da dor.” (Sacks, 2007, p.11). A função cognitiva se refere às atividades cognitivas que a música favorece, tais como memória, processamento de informação, aprendizagem, entre outros. Nesse sentido, diversos estudos mostram benefícios da educação musical ou mesmo do estímulo musical para o desenvolvimento e aprendizagem em geral. Já a função social envolve também argumentos em favor da evolução da música: ela teria surgido como uma ferramenta para a socialização, em favor da linguagem, das interações sociais ou coesão social, em ritos, e para a comunicação. Para os dias atuais, sabe-se que participar de atividades musicais promove autoestima, habilidades de socialização e trocas sociais significativas representando um papel na formação e expressão da identidade, principalmente na adolescência. Música: Ferramenta para qualidade de vida? Tendo em vista a influência da música sobre nós e os benefícios que pode acarretar, conclui-se que sim: a música é uma ferramenta para a qualidade de vida. Essa ferramenta pode ser usada desde cedo, na estimulação de bebês. Vários estudos demonstram uma série de benefícios através da estimulação de bebês pela música, favorecendo o desenvolvimento de - Andrade, P. (2004) Uma abordagem evolucionária e neurocientífica da música. Neurociência, v. 1 n. 1, p. 21-33. - Levitin, Daniel. (2006) Em busca da mente musical. In: Beatriz Ilari (organizadora). Em busca da mente musical: ensaios sobre os processos cognitivos em música - da percepção à produção. Curitiba: Editora da UFPR, p. 23-44. - Sacks, O. (2007) Alucinações musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Companhia das Letras. - Sloboda, J. (1990) The musical mind; The cognitive psychology of music. Oxford: Oxford University Press. habilidades emocionais, motoras e sociais, além das musicais propriamente ditas. Esther Beyer, da UFRGS é uma referência brasileira nesse campo de estudo. Na infância e na educação infantil esses benefícios continuam, sendo o benefício em habilidades cognitivas assunto bastante investigado, uma vez que a música aciona funções cognitivas importantes para diversas áreas, em especial a linguagem, matemática e raciocínio lógico. A música pode também ser instrumento de inclusão social, junto a crianças carentes e indivíduos deficientes, como observado em diversas iniciativas brasileiras. Ou pode melhorar a qualidade de vida no trabalho, seja pela escuta ou pela formação de corais de empresas; no esporte, em atividades de relaxamento ou pela escuta na rotina dos atletas. Além disso, ela pode ser um ótimo recurso terapêutico para adultos e idosos, recurso esse que pode ser incentivado pelos psicoterapeutas. Por fim, são grandes as contribuições da música em favor da qualidade de vida, em atu- ações junto a autistas, deficientes físicos e mentais, idosos, entre outros. A atividade musical envolve emoção, terapêutica, corpo, percepção e relações intra e interpessoais. Domínios esses que não são trabalhados isoladamente, mas sim em conjunto, interrelacionada e interdependentemente. Por esses motivos, e por tantos outros, que a música faz e continuará fazendo parte de nossas vidas. E você, já ouviu música hoje? contato 13 Foto. Julia Freeman A função emocional da música, então, é um fator a contar na justificativa da sua importância, atuando assim como reguladora de estados emocionais. Mas existem outras funções importantes: as funções social e cognitiva. referências capa matéria Contribuições da Psicologia para a Qualidade de Vida Foto. Stockxpert Muito se ouve falar em qualidade de vida, mas o que é isso realmente? Para o estudante Fabiano Morais, qualidade de vida é sinônimo de tranqüilidade e saúde. “É algo que tem que vir de dentro para fora. Você tem que estar bem com você mesmo”, comenta Morais. Já para a secretária Heloisa Espinola Didone, qualidade de vida é poder trabalhar e se sustentar com dignidade. “Podendo ter um momento de lazer quando possível”, complementa. A zeladora Cleide Barrankievickz acha que qualidade de vida é ganhar um bom salário para poder se sustentar, além de ter saúde e respeito com os outros. “É ter um país bem estruturado onde todos tenham trabalho, saúde e dignidade para viver”, elucida. Segundo o dicionário Aurélio, qualidade é “propriedade, atributo ou condição das coisas ou das pessoas capaz de distingui-las das outras e de lhes determinar a natureza. Numa escala de valores, qualidade que permite avaliar e, conseqüentemente, aprovar, aceitar ou recusar, qualquer coisa”. Já qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida e os sistemas de valores nos quais se insere, como em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Ela pode ser afetada de modo complexo pela saúde física, estado psicológico, relações sociais, relações com as características mais relevantes do seu meio ambiente. Qualidade de vida é um assunto com relevância mundial e a Psicologia está totalmente envolvida nisso, pois muitos procuram o tratamento psicológico para ter uma melhora no seu bem-estar e todas as áreas da Psicologia se envolvem de alguma forma no tema. Na área organizacional, o assunto é muito discutido. Para o psicólogo Raphael Henrique Castanho Di Lascio, qualidade de vida no trabalho é necessária. “Tudo é influenciado pelo trabalho e tudo influencia o trabalho”, afirma Di Lascio. O profissional precisa trabalhar em um ambiente tranqüilo, que dê boas condições salariais, precisa ser tratado com respeito e dignidade. A ergonomia e até mesmo as cores no local de trabalho podem influenciar o rendimento de um colaborador da empresa. Além da Psicologia Organizacional, outra área que estuda essas questões é a Psicologia Ambiental - um campo novo que estuda as relações do homem com o meio ambiente, tanto no sentido do impacto humano sobre o ambiente quanto o inverso. Como é um campo recente, começou a ser estudado efetivamente há cerca de duas décadas e ainda não é reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) como especialidade. De acordo com a psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Maria Cristina Neiva de Carvalho (CRP-08/01397), há algumas discussões se esse seria um campo discriminado ou uma vertente da Psicologia Social Comunitária - já reconhecida pelo CFP como especialidade. “Encontramos na literatura algumas discussões nesse sentido. Pois a Psicologia Ambiental vai trabalhar essencialmente em grupos, com as relações sociais entre o indivíduo e o meio ambiente, então nesse sentido ela guarda muita semelhança com as premissas da Psicologia Social Comunitária”, esclarece a psicóloga. A psicóloga Fernanda Rossetto (CRP-08/12857), que realiza projetos nesse campo, diz que o trabalho da Psicologia Ambiental é essencialmente interdisciplinar, envolvendo biólogo, engenheiro ambiental, arquiteto, entre outros. “O profissional de Psicologia é por excelência o profissional do comportamento humano, o psicólogo participar dessa equipe, é esencial e também um diferencial”, fala. O diferencial do psicólogo citado por Fernanda, também é comprovado pela psicóloga Daniele Barp (CRP08/12814), que faz projetos na área. Ela acredita que o psicólogo ao estudar o comportamento humano, proporciona chances de modificar esse comportamento. “Fala-se muito em sensibilizar a população para cuidar do meio ambiente, a mídia sempre está bombardeando com várias informações sobre a questão ambiental, mas percebemos que esse diferencial do psicólogo é que pode interferir e provocar a mudança de comportamento do indivíduo com relação ao meio ambiente”, explana Daniele. Psicologia Social com projetos de Políticas Públicas consegue realizar um trabalho efetivo na prevenção e no resgate da qualidade de vida. A modificação se refere ao modo como o ser humano trata o meio ambiente, seja a relação dele com a natureza ou com o local de trabalho. Maria Cristina acredita que os outros profissionais que estudam o meio ambiente não conseguem explicar porque determinada pessoa age de um jeito e não de outro. “Para conseguirmos as mudanças necessárias de comportamento, tem que haver um estudo profundo sobre as pessoas e a percepção delas sobre o meio ambiente”, fala a professora. Para ela, é necessário trabalhar com a percepção que o ser humano tem acerca do meio ambiente e, consequentemente, a sua ação sobre ele. No litoral do Paraná, entre 1997 e 2000, aconteceu o Projeto Meninas da Praia – idealizado pela psicóloga e conselheira do CRP-08, Karin Bruckheimer. Em 2006 o projeto retornou, em 2007 o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente elegeu o projeto para receber um financiamento, destinado para a compra da Casa, e ele se transformou em Programa, com ampliação das ações dirigidas às famílias. Os campos de atuação do psicólogo ambiental são diversos. Ele pode atuar em contexto educacionais, em organizacões, programas de gestão ambiental, na relação do indivíduo com a terra, “na verdade podemos trabalhar em qualquer local onde tem pessoas. O psicólogo ambiental pode trabalhar no sentido de transformar o ambiente, no ponto de vista da qualidade de vida”, fala Fernanda. A psicóloga Isabella Bello Seco (CRP-08/12813) que atua com Psicologia Ambiental na área organizacional, diz que a qualidade de vida está intimamente ligada à preservação ambiental. Ela acrescenta que tem percebido uma grande preocupação em torno da questão, mas que além dessa preocupação, há uma cobrança e uma pressão, tanto das empresas quanto da sociedade, para que sejam tomadas medidas que objetivem a minimização dos impactos ambientais decorrentes dos diferentes processos de industrialização. "A redução dos impactos ambientais interferem diretamente na qualidade de vida das comunidades em volta dessas empresas e dos próprios colaboradores. É preciso considerar se a busca por esta redução é um valor e demonstração de uma mudança da cultura da organização ou se objetiva unicamente o cumprimento de leis e manutenção da imagem da empresa", comenta. Isabella acrescenta que uma possível atuação do psicólogo neste sentido é desenvolver projetos que objetivem uma transformação efetiva do sistema principalmente no que diz respeito à cultura e valores relacionados ao meio ambiente. Na Psicologia Ambiental se trabalha muito com a questão da recuperação de um determinado lugar para promover uma qualidade de vida ou resgatá-la e também com a prevenção. Mas não é só no meio-ambiente que o bem-estar precisa ser resgatado ou preservado. A O programa preza a qualidade de vida de meninas de 10 a 18 anos da região litorânea do Paraná, tendo com objetivo diminuir a incidência de casos de exploração e abuso sexual, maus tratos, ou seja, a violência contra crianças e adolescentes em Matinhos. Para isso, busca potencializar o valor das meninas para suas próprias famílias e sociedade, tentando mostrá-las como pessoas que podem contribuir para a comunidade e não somente serem futuras mães ou objeto de exploração sexual. Nesse contexto o programa tenta fazer atividades e ações que ajudem as meninas a terem autoconhecimento, saberem quais são as vontades e desejos delas, sempre incentivando o estudo e apresentando técnicas e cuidados para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. A psicóloga Karin acredita que o projeto contribui para uma melhora na qualidade de vida das meninas. “Eu acredito que o projeto contribuiu pelo menos um pouco. Algumas meninas da 1ª fase já me deram depoimentos do que foi o Projeto naquele momento de vida delas, é compensador escutar como podemos auxiliar”, explica. Segundo Karin, para promover qualidade de vida, “precisa-se mais de criatividade e vontade de trabalhar do que dinheiro”, comenta. Ela conta que realiza algumas oficinas com as meninas que não envolvem muitos gastos, mas que devolvem a dignidade e a sensação de bem-estar para elas. Hoje o programa está com três grupos, dois no Centro de Matinhos, que atende meninas de Caiobá, Tabuleiro, Sertãozinho, Mangue Seco e Rivièra, e um no Núcleo do Perequê, que atende os demais balneários até chegar no contato 15 Albatroz. Entre 2007 e 2008 já passaram 130 meninas pelo projeto, que atualmente está com 40 meninas. “Durante quatro anos, o projeto funcionou também em Pontal do Paraná. Além disso, foi apresentado em São Paulo. Mas se pelo menos um profissional não vestir a camisa para que dê certo e tenha muita vontade política, nada permanece”, esclarece. atleta ter um acompanhamento psicológico. Mas, segundo Márcia, o número de profissionais da Psicologia que vão ainda é insuficiente. “Mas eu acho que o pensamento com relação à Psicologia no esporte já se modificou bastante. O comitê olímpico percebeu que é preciso um acompanhamento para que o atleta não saia frustrado, é preciso trabalhar a pressão que ele enfrenta”, diz a psicóloga do esporte. A Psicologia, de acordo com Karin, auxilia no resgate da qualidade de vida e também na questão da prevenção contra problemas que possam afetar a pessoa. “A Psicologia proporciona espaços para as pessoas pararem, respirarem e pensarem um pouco mais em si mesmas”, comenta. Mas esse pensamento começou a se modificar depois que o psicólogo Dietmar Samulski foi para as Paraolimpíadas e obteve resultados e muitos elogios. As Paraolimpíadas no Brasil apresenta resultados muito positivos, o número de medalhas é maior comparado aos atletas Olímpicos. Márcia conta que para os paratletas há mais patrocínio e programas de incentivo. “Não há tantos paratletas, por isso é mais fácil conseguir financiamento”, argumenta. Para se conquistar qualidade de vida é necessário equilíbrio. Além de estar bem emocionalmente e no ambiente de trabalho, é imprescindível que o indivíduo esteja bem com o seu corpo, ou seja, fisicamente. De acordo com a psicóloga do esporte e conselheira do CRP-08, Márcia Regina Walter, o esporte ajuda tanto no aspecto físico quanto no mental. “O esporte ajuda na socialização, na parte fisiológica, no emocional e no raciocínio. Se eu estou me sentindo bem com o meu corpo, vou ter harmonia com a minha mente”, explana Márcia. Muitos paratletas, antes de se tornarem pessoas com deficiência, já praticavam alguma atividade física, mas não conseguiam obter resultados tão positivos. A psicóloga do esporte explica que muitas pessoas que sofreram acidentes passam por várias dificuldades, mas conseguem se recuperar através do esporte. “Ao invés de ficar reclamando a pessoa com alguma deficiência que consegue se conscientizar de que pode ter uma vida normal, acaba vendo que tem uma força muito maior, um potencial muito maior do que aquilo que achava. Por isso que tem muita gente que descobre depois de um acidente, por exemplo, que pode ser um grande atleta”, elucida. Este ano o esporte será muito abordado por conta das Olimpíadas que acontecem entre 8 e 24 de agosto e das Paraolimpíadas entre 6 e 17 de setembro. Os jogos acontecem em Pequim. A Psicologia do Esporte trabalha com atletas, ou seja, com a qualidade de vida deles. O psicólogo desenvolve ações que envolvem o rendimento e a prevenção, os pais dos atletas - para evitar a pressão - e os excessos de treinamento. De acordo com Márcia, o atleta brasileiro não tem uma qualidade de vida adequada, pois faltam incentivos ao esporte. “Temos atletas brasileiros que estudam, trabalham e ainda treinam, porque não conseguem obter retorno financeiro com o esporte. E caso não obtenham o resultado esperado ainda sofrem muita pressão”, exemplifica a psicóloga. No Brasil os patrocinadores são poucos e não há Políticas Públicas em torno do esporte. “No papel há muita coisa, mas poucas ações são realizadas”, afirma Márcia. Nas Olimpíadas a Psicologia do Esporte atualmente está mais inserida, porque se percebeu que é necessário para o 16 contato A Psicologia do Esporte pode atuar em vários campos: academias, escolas, terceira idade, times, seleções e com atletas profissionais. Mas Márcia lembra que o psicólogo no contexto esportivo não pode confundir seu papel, que é o de apoiar e aconselhar o técnico, não interferindo em ações que são exclusivas do professor de educação física. Para ter qualidade de vida é necessária a atividade física. “E isso vai depender de cada um. Cada um tem que descobrir a atividade física que melhor se encaixa na sua personalidade”, explica. Dentro da Psicologia do Esporte tem muitos estudos falando sobre a personalidade. “Eu vou buscar uma atividade porque eu tenho um estilo de personalidade, dentro da atividade física a mesma coisa. Eu vou buscar aquela atividade porque eu me sinto bem fazendo aquilo”, comenta. O esporte é uma forma de amenizar as dificuldades, “porque ele transforma a vida das pessoas”, comenta. Em agosto, a Comissão de Psicologia do Esporte produzirá as "Quartas-feiras no CRP" como foco nas Olimpíadas e o tema Qualidade de Vida será abordado. inquietaçõescontato A Ética de todos nós Márcia Regina Walter (CRP-08/02054) Presidente da Comissão de Ética do CRP-08 Etimologicamente a palavra ética ethos é junção de dois vocábulos gregos: que significa morada do homem, morada do animal: covil, caverna, que dá o sentido de abrigo protetor, o homem encontra um estilo de vida e de ação no espaço do mundo. Acostuma-se com sua morada. Daí vem o costume, mas esta morada é passível de ser aperfeiçoada. O outro vocábulo significa comportamento que resulta de um repetir os mesmo atos – uma constante que manifesta o costume, o ato do indivíduo – tem-se aí o hábito. Tanto costume, quanto hábito são construídos.(Carvalho,2003). Estes dois vocábulos levam-nos a perceber que o espaço ético humano nasce daquilo que é possível, naquilo que pode ser necessário, ou naquilo livre e imprevisível, porque se dá dentro de possibilidades e probabilidades. Isto quer dizer que eu tenho o poder de fazer escolhas e que esta escolha tem haver com os costumes e hábitos construídos internamente e com o contexto histórico na qual estou inserido. Por isso que atitudes violentas que escutamos todos os dias nos noticiários contra a sociedade, com assaltos e seqüestros, nos causam uma comoção coletiva e nos fazem refletir sobre a natureza do ser humano e o argumento é um só “isto ou aquilo vai contra a natureza humana” ou “como alguém teve a coragem de fazer isto”. Coragem, utilizando o conceito de Aristóteles, é um justo meio termo, adequado ao homem, entre a temeridade e a covardia. Porém, se a coragem é uma virtude desejável então temos que questionar muitos comportamentos covardes, comuns em nossa sociedade atual, que busca geralmente apenas conforto, facilidade, segurança, o prazer e a saúde a qualquer preço. O homem, como diz Kant, ele é legislador e membro de uma sociedade ética: é legislador porque é ele que vê o que deve ser feito, e é membro ou súdito porque obedece aos deveres que a sua própria razão lhe formula. Neste sentido ele não tem um preço, mas uma dignidade, é o que Tugendhat chamaria uma ética do respeito à pessoa. No cenário profissional, as atitudes se refletem da mesma forma. O que deveria ser a busca da realização profissional passa a ser na sociedade atual o ser melhor e conquistar um espaço profissional a qualquer preço. Ainda citando Kant, a felicidade de realizar-se esta na consciência do dever cumprido, de ir em busca dos bens materiais, porque considera que ser feliz, neste aspecto, é um dever do homem, uma vez que um homem frustrado faz mal a si e aos outros.Temos obrigação de fazermos tudo para ser felizes, desde que seja tudo dentro do respeito aos demais. Não é a felicidade a qualquer preço. Atitudes antiéticas apresentam, por exemplo, aquelas pessoas que não vivem ao nível ético das escolhas entre o “agir bem”ou do “bem comum”.São pessoas que buscam simplesmente o prazer ou o poder, ou o proveito pessoal, ou as vantagens econômico-financeiras, em todas as ocasiões. A minha atitude ética profissional hoje é ter uma consciência individual que possa ser responsável socialmente. Isto quer dizer que a minha responsabilidade individual, perante o meu paciente, o meu colega, a sociedade é que vai garantir uma ética fundada em princípios e valores que norteiam o viver em comunidade. contatoartigo Apoio Psicológico aos Atletas Brasileiros durante as Paraolimpíadas em Atenas 2004: Um Relato de Experiência Prática Prof. Dr. Dietmar Samulski Universidade Federal de Minas Gerais Prof. Ms. Franco Noce Centro Universitário de Belo Horizonte Psicóloga Mara Raboni Escola Paulista de Medicina da UniFESP Introdução Nas últimas três décadas, o desporto paraolímpico alcançou níveis expressivos de rendimento, conseguindo cada vez mais espaço no cenário esportivo internacional. O Brasil obteve, nas Paraolimpíadas de Atenas em 2004, seu melhor resultado desde sua primeira participação nos jogos paraolímpicos, ficando no 16o lugar no ranking de medalhas (33 medalhas, sendo 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze). Na busca de melhores resultados, tem-se evidenciado a necessidade de melhoria das condições de treinamento esportivo e também de um melhor suporte científico e tecnológico para os atletas. Neste contexto, o suporte psicológico aparece como mais uma ferramenta de apoio aos atletas e equipes (veja MELLO, 2002; SAMULSKI & NOCE, 2002; SAMULSKI, 2001; SAMULSKI, 2003). A partir de 2002, após a participação do Brasil nas Paraolimpíadas de Sidney, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) deu continuidade e ampliou as avaliações de diferentes modalidades esportivas visando os jogos de Atenas 2004, na Grécia. O maior número de avaliações da psicologia do esporte, desde 2000, foram realizadas em 2003, quando criaram-se as seleções permanentes de atletas, bem como foi consolidada a Comissão Permanente de Avaliação do CPB. Na medida em que o Brasil foi conquistando mais vagas para disputar diferentes modalidades esportivas em Atenas, ocorreu um aumento significativo no número de equipes e de seus integrantes. Visando um acompanhamento mais efetivo e o desenvolvimento do perfil competitivo dos atletas, formou-se em 2004 uma comissão de suporte psicológico, orientada pelo psicólogo do esporte Prof. Dr. Dietmar Samulski, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), junto ao CPB. Os resultados das avaliações psicológicas foram repassados periodicamente a todos os técnicos nacionais das equipes permanentes através de relatórios diferenciados, os quais foram analisados de forma geral e individualmente, de acordo com a modalidade esportiva. Estes resultados contribuíram de forma eficiente na melhoria da qualidade dos treinos e no desenvolvimento do desempenho dos atletas e das equipes. O trabalho desenvolvido pela equipe de apoio psicológico foi realizado ao longo do ciclo paraolímpico de quatro anos. Este trabalho segue uma linha de atuação que foi planejada sistematicamente (Samulski & Noce, 2002a; Samulski & Noce, 2002b; Samulski et al, 2004) com a finalidade de auxiliar os atletas a desempenharem o máximo de suas capacidades. 18 contato Este artigo tem como finalidade, apresentar o trabalho da equipe de suporte psicológico no período antes e durante os Jogos Paraolímpicos de Atenas 2004. Atividades de apoio psicológico durante a fase de preparação dos atletas paraolímpicos De 1º a 9 de setembro foi realizada uma fase de preparação psicológica dos atletas e equipes brasileiras em Brasília. Para um melhor atendimento, as diferentes modalidades foram divididas entre o grupo de apoio psicológico. No geral, na fase de preparação foram aplicadas as seguintes medidas psicológicas: atendimentos psicológicos individualizados, técnicas de relaxamento e controle do estresse, técnicas de visualização, reuniões com as equipes e os técnicos, dinâmicas de grupo com o fim de estabelecer a união e o espírito de grupo, análise do comportamento técnico-tático nos esportes coletivos, rotinas psicológicas competitivas em diferentes modalidades esportivas. Os membros da equipe de apoio psicológico também realizaram várias ações específicas com diversas modalidades, tais como: dinâmica de relaxamento e visualização mental para tratamento de lesões com o judô; palestra e dinâmica sobre focalização no tênis de mesa; dinâmica para desenvolvimento de estratégias no resgate de confiança e motivação; desenvolvimento de rotina competitiva para o futebol 5, atletismo, tênis de mesa e natação; e dinâmica na piscina para o futebol 5. No total foram atendidas sete modalidades (futebol 7, futebol 5, tênis campo, tênis mesa, atletismo, halterofilismo, natação), perfazendo um total de quatro reuniões com a comissão técnica, seis acompanhamentos de treino, quatro rotinas competitivas desenvolvidas e um atendimento individualizado. A fase de preparação, em Brasília, foi importante também para aperfeiçoar o relacionamento com os dirigentes e técnicos, além de melhorar o entrosamento dentro do grupo de especialistas em Psicologia do Esporte. Atividades de apoio psicológico na Vila Olímpica Atendimento psicológico individualizado Na sede da administração da delegação brasileira, foi instalada uma sala de atendimento psicológico individualizado dentro do departamento médico, onde foi oferecido um serviço de atendimento em três turnos: manhã (9h às 12h), tarde (14h às 18h) e noite (18h às 21h). Na vila olímpica, no período de 10 a 28 de setembro, foram realizadas aproximadamente 110 sessões de atendimento psicológico. No quadro abaixo, pode-se observar os principais problemas psicológicos detectados na vila olímpica. Principais problemas psicológicos dos atletas nas Paraolimpíadas: Foi observado também em alguns técnicos e dirigentes um alto nível de ansiedade e estresse durante a competição de seus atletas, revelando a necessidade de cursos em técnicas de controle de estresse para os técnicos. No geral o relacionamento com os técnicos teve um caráter aberto onde se ressaltou a confiança mútua e uma comunicação efetiva. Palestras e dinâmica de grupos Ansiedade pré-competitiva; Nervosismo excessivo antes da competição; Dificuldades para dormir (insônia); Dificuldades de concentração mental; Problemas de motivação para treinos; Distúrbios emocionais (ansiedade elevada, episódios de depressão); Problemas de recuperação psicofísica; Problemas de controle da dor. Durante as Paraolimpíadas de Atenas em 2004, foram realizadas uma série de palestras e sessões de dinâmicas de grupos para as comissões técnicas e os atletas. (*) Rotinas psicológicas para a competição Estudos mostraram que atletas que aplicam rotinas de preparação mental antes ou durante a competição, tiveram um melhor desempenho que os atletas que não aplicaram tais técnicas (veja LOEHR, 1990; EBERSPÄCHER, 1990; ORLICK, 2000; GOULD & DAMARJIN, 2000; CREWS, 1993). Os atletas com problemas clínicos foram tratados sob orientação das psicólogas clínicas, as quais possuem formação e experiência compatíveis com as situações apresentadas (apenas três atletas apresentaram problemas psicológicos clínicos). Na maioria dos casos foram aplicadas técnicas cognitivas e comportamentais. Também foram realizados, com alguns técnicos, sessões de relaxamento com o fim de reduzir o nível de estresse e ansiedade. De acordo com Samulski (2002), uma rotina psicológica representa uma combinação de diferentes técnicas fisiológicas e psicológicas com o fim de estabilizar o comportamento emocional de atletas na competição e de ajudá-lo a dirigir sua atenção aos estímulos relevantes da tarefa a ser realizada. Elementos de uma rotina psicológica pode ser o estabelecimento de metas; regulação do nível de estresse e ativação; técnicas de imaginação e visualização; técnicas de atenção e concentração mental; auto-afirmações positivas para motivar-se em situações decisivas. Acompanhamento de treinos e competições Análise do comportamento técnico-tático nos jogos coletivos A equipe de suporte psicológico acompanhou praticamente os treinos de todas as equipes e atletas durante as Paraolimpíadas de Atenas em 2004. Para que isso fosse possível, cada membro da equipe de suporte psicológico ficou responsável por uma ou mais modalidades. No caso da natação e do basquete de cadeira de rodas, o acompanhamento psicológico foi realizado de forma exclusiva, sendo que cada modalidade possuía uma psicóloga a sua disposição. O futebol de cinco e o futebol de sete, juntamente com o judô, também contou com um psicólogo do esporte durante toda a fase de treinamento e competição. Além destas modalidades, o atletismo, halterofilismo, tênis de mesa e de campo, hipismo, goalball, esgrima; também tiveram um suporte psicológico durante os treinos. O comportamento técnico-tático é fator determinante no sucesso das equipes. Seus resultados são importantes para auxiliar a comissão técnica a tomar decisões para aumentar a eficácia da equipe em diferentes setores. Tem como finalidade ainda a motivação dos atletas servindo como elemento objetivo de avaliação das ações desempenhadas pelos mesmos. Foram desenvolvidos e aplicados formulários de análise e planilhas para cálculo das ações empreendidas nas modalidades coletivas (futebol de 5, futebol de 7 e basquete). Todo trabalho teve como foco a estabilização do atleta ou equipe diante do evento específico (competição), ou seja, orientações (técnicastáticas e psicológicas) para proporcionar equilíbrio ao atleta para que esse pudesse realizar seu desempenho sem a influencia de aspectos psicológicos perturbadores. Os relatórios gerados em cada partida eram analisados e encaminhados Foto. Pierre Benker Diversas competições, nas fases eliminatórias e finais, também foram acompanhadas durante as Paraolimpíadas. Nas competições foi observado o comportamento dos atletas sob pressão psicológica, a comunicação do técnico com os atletas e o comportamento técnico-tático (scout) nos esportes coletivos (futebol de 5, futebol de 7 e basquete). Para cada modalidade foi analisada a exigência técnica específica e, a partir deste ponto, elaborada uma planilha simples e eficiente de forma a ser preenchida por apenas uma pessoa. Após os dados serem coletados durante a partida, esses foram digitados e computados através de um programa a partir da plataforma do Microsoft Excel. Antes dos treinos foram realizadas conversas com os atletas e oferecidas dicas sobre concentração, motivação, visualização de técnicas, rotina de competição e atitude de vencedor. Os técnicos também foram orientados sobre a postura de liderança positiva e sobre estratégias de motivação e comunicação. Foto. Pierre Benker para a comissão técnica. Em reunião específica, os resultados eram repassados aos atletas e novas metas para o próximo jogo eram definidas. Observou-se um aumento significativo da motivação de muitos atletas que buscavam a melhoria da performance em cada fundamento avaliado. Conclusões e recomendações O setor de suporte psicológico apresentou uma boa integração dentro do departamento médico, especialmente com o setor de fisioterapia no trata- mento de atletas lesionados. Recomenda-se manter o sistema de integração do apoio psicológico dentro do departamento médico. O atendimento psicológico individualizado foi bastante efetivo e o feedback por parte dos atletas foi positivo. Do trabalho desenvolvido podemos retirar algumas recomendações: manter em competições futuras o sistema de atendimento psicológico personalizado, incluindo o trabalho do psicólogo clínico especializado; manter a comissão de avaliação e acompanhamento psicológico, instalada pelo CPB e transformá-la numa comissão permanente que desenvolva ações de suporte psicológico em longo prazo; inves tir futuramente em um sistema de Detecção e Desen volvimento de Talentos Paraesportivos. A comissão de avaliação psicológica poderia contribuir para o desenvolvimento de um projeto de detecção de talentos. Foi observado que alguns técnicos possuem poucos conhecimentos na área de ciências do esporte e, especificamente, na área da psicologia do esporte. Por esse motivo recomenda-se organizar um curso de capacitação em psicologia do esporte para técnicos, especialmente para técnicos de categorias de base. Palestras Público Alvo “Como lidar com as pressões psicológicas durante as paraolimpíadas”. “O herói e o ideal olímpico”. “Cumprindo a missão olímpica”. “A missão olímpica e a ativação ideal”. “Técnicas psicológicas (psicoregulação, visualização, concentração)”. “A importância de rotinas psicológicas para a competição”. “Desempenho e aspectos psicológicos” “Fatores determinantes do desempenho “Influência dos fatores psicológicos no desempenho” “Gerenciamento da atenção” “Técnicas de psicoregulação” Dinâmica de “coesão e liderança” Dinâmica de “pontos positivos” Clip de motivação “lances do basquete” Técnicos em geral Atletas de tênis de mesa Atletas de futebol de 5 Atletas de goalball Atletas em geral Atletas em geral Atletas de futebol de 7 Atletas de tênis de campo Atletas de tênis de mesa Atletas de tênis de mesa Atletas de natação Atletas de basquete Atletas de basquete Atletas de basquete (*) referências - Crews, D.Self regulation strategies in sport and exercise. In: SINGER, R. (Ed.), Handbook of research on sport psychology. New York: Macmillan, p.557-568, 1993. - Gould, D. & Damarjian, N. Treinamento Mental no Esporte. In: ELLIOTT, B. & MESTER,J. (Eds.), Treinamento no Esporte. São Paulo: Phorte Editora, p. 99-152, 2000. - Eberspächer, H. Entrenamiento mental: Un manual para entrenadores y deportistas. Zaragoza. INDE- Publicaciones, 1990. - Loehr, J. El juego mental. Madrid: Ediciones Tutor, 1990. - Mello, M. (Ed.), Paraolimpíadas Sidney 2000: Avaliação e prescrição do treinamento dos atletas brasileiros. São Paulo: Editora Atheneu, 99-133, 2002. - Orlick, T. In pursuit of excellence. Champaign: Human Kinetics, 2000. - Samulski, D. Psychological preparation of the Brazilian Paralympic athletes. In: ECSS – Abstract of the 6th Annual Congress of the ECSS. Cologne, 24-28th July, 168, 2001. - Samulski, D. Psicologia do Esporte: Um manual para a Educação Física, Fisioterapia e Psicologia. São Paulo: Manole, 2002. - Samulski, D. & Noce, F. Avaliação psicológica do esporte. In: Mello, M.T. (org). Paraolimpíadas de Sidney 2000: avaliação e prescrição do treina mento dos atletas brasileiros. São Paulo: Atheneu, 99-133, 2002a. - Samulski, D. & Noce, F. Perfil psicológico de atletas paraolímpicos brasileiros. Brasilian Journal of Sport Medicine, 8(4): 157-166, 2002b. - Samulski, D. Psychological support for paralympians. In: IOC Medical Commission (Ed.). Abstract of the VII IOC Olympic World Congress on Sport Sciences. Athens, 7-11th October, 2003. Behavioral Section, 3A, 2003. - Samulski, D.; Noce, F.; Anjos, D.; Lopes, M. Avaliação Psicológica. In: Mello, M.T. (org). Avaliação clínica e da aptidão física dos atletas paraolímpicos brasileiros: conceitos, métodos e resultados. São Paulo: Atheneu, 135-158, 2004. 20 contato por dentro COF faz visitas Entre os dias 25 e 28 de março, a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), por intermédio da orientadora fiscal Luciane Vieira, visitou três cidades do interior do Paraná. Nesta viagem foram realizadas ações de rotina, como vistorias de instalações a pessoas jurídicas, palestras em universidades a pedido das coordenações do curso de Psicologia, e reuniões com psicólogos da Rede Pública da região de Umuarama. No dia 25, a orientadora visitou Cascavel, onde realizou vistorias porque naquele momento a nova orientadora fiscal concursada para a região ainda não tinha assumido as funções – o que já está ocorrendo. Em Toledo, no dia 26, foi realizada na PUC a palestra “Profissão do Psicólogo no Brasil”, na aula Magna do curso de Psicologia. Compareceram estudantes, professores e profissionais de outras áreas. No dia 27 em Umuarama também foi realizada palestra no curso de Psicologia da Unipar. Segundo Luciane, os dois anfiteatros lotaram. “A recepção foi muito boa, as palestras bastante produtivas, pois tanto estudantes quanto profissionais tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o funcionamento e papel do CRP, assim como sobre legislação e ética profissional”, comenta. Ainda em Umuarama foram realizadas duas reuniões com psicólogos da Rede Pública da região. Frente ao número consi derável de profissionais daquela região que desenvolvem atividades ligadas a políticas públicas, o objetivo foi aproximar os profissionais para que compartilhassem conhecimentos e experiências. Foram convidados 60 psicólogos. O CRP08 obteve informações sobre o trabalho desses psicólogos e a realidade dentro dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), das prefeituras, entre outros programas do governo federal aos quais estão ligados. Os principais pontos apre sentados pelos profissionais estão relacionados ao desconhecimento do trabalho da Psicologia por parte dos gestores públicos, bem como da comunidade e ao número insuficiente de psicólogos para atender a demanda crescente. “A população e até mesmo os gestores não sabem o que o psicólogo pode fazer e os limites de atuação dentro da rede pública”, explica a orientadora fiscal sobre a queixa dos presentes na reunião. A partir disso, o CRP-08 sistematizou propostas para melhorar essas situações. Entre elas estão: preparar reuniões e seminários, orientar os psicólogos sobre a atuação em Gestão em Políticas Públicas, promover discussões sobre o papel e identidade do Psicólogo no CRAS e de outros profissionais divulgar o trabalho do psicólogo nas comunidades e para os gestores, e promover a mobilização para contratação de psicólogos via concursos públicos com salários dignos da importância da Psicologia na sociedade atual. De acordo com a conselheira e coordenadora geral da subsede de Umuarama, Rosangela Maria Martins, as ações estão sendo estudadas e serão colocadas em prática, por intermédio do Núcleo de Articulação em Políticas Públicas (NAPP), Foto. Arquivo CRP-08 ao interior visando sempre a qualificação teórico-técnica do psicólogo, para que cada vez mais ele preste bons serviços de Psicologia nos programas públicos do governo, confirmando as conquistas de campo de trabalho dos últimos anos. Rosangela comenta que os participantes da reunião querem continuar com atividades similares: “Esses encontros são importantes para o CRP-08 conhecer as demandas da categoria e para os psicólogos se informarem sobre as novidades ocorridas na profissão”. Ela ainda agradece a todos que compareceram e explica que é muito importante a participação de todos, pois os que lá estiveram se certificaram que o CRP está do lado do profissional no sentido de ampará-lo nas suas angústias relativas ao exercício profissional. Acrescenta que a orientadora fiscal Luciane foi acolhedora com os profissionais presentes e isso facilitou aos profissionais entenderem que a COF, antes de ser fiscalizadora, é orientadora, e que podem se dirigir ao CRP, sem medo, em qualquer caso de dúvida sobre o exercício profissional. entrevista contato Equilíbrio para a Qualidade de Vida O ambiente de trabalho é um dos lugares, senão o lugar, em que as pessoas passam mais tempo. São oito ou mais horas por dia, por isso falar em qualidade de vida sem falar em trabalho é praticamente impossível. Se as coisas não vão bem no trabalho, provavelmente o indivíduo não está tão bem. O psicólogo Raphael Henrique Castanho Di Lascio, mestre em Qualidade e Produtividade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professor da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e membro da Comissão Científica do 8º Congresso de Stress da International Stress Management Association (ISMA-BR), explica sobre o a importância do indivíduo estar em equilíbrio nos vários papéis que atua. Contato: No que o ambiente de trabalho interfere na qualidade de vida? Foto. Ramzi Hashisho Raphael Henrique Castanho Di Lascio: O que acontece ao longo do dia-a-dia pode acabar tornando um ambiente hostil, por isso é importante que o indivíduo tenha um ambiente de trabalho adequado, ou seja, um local onde as pessoas convivam em harmonia, com bons ganhos salariais e que sejam respeitadas. O salário é importante, mas não é o principal. Há pessoas que ganham altos salários e são infelizes, pois são muito cobradas e pressionadas. O importante para qualidade de vida é o bem-estar, e este se promove principalmente no ambiente de trabalho. C.: Mas o que é qualidade de vida para uma pessoa, pode não ser para outra? R. L.: Sim, pode. Isso é muito pessoal. O que difere não é a qualidade de vida, mas a forma como o indivíduo a vê. Ele tem que fazer aquilo que lhe dá prazer, mas para muitos isso não é tão fácil. Às vezes, pessoas comentam que há um complô contra elas, de acordo com Jung: “Se algo está mal no mundo, algo está mal comigo”, não é o mundo o culpado pelos problemas, é a pessoa que enxerga o mundo desse jeito. Eu acredito que a Psicologia auxilia muito nesse processo, pois faz com que a pessoa encontre o equilíbrio nas várias situações que enfrenta. Um ser humano completo é aquele que consegue desempenhar bem todos os seus papéis. C.: No que se baseou o trabalho que recebeu o prêmio Paul J. Rosch no Congresso do ISMA-BR em 2003? R.L.: Eu coordenei o trabalho, que foi realizado pelos alunos do 5° ano de Psicologia da UTP em 2002, Aldino Trevi san, Elizabeth Apa re ci da da Luz Voss, Sandra Isabel Fumie Doi e Simone Cristina Steilein, e concorreu com projetos de outros estados e países. Foi realizada uma análise de indicadores de qualidade de vida no trabalho dos funcionários de uma rede de joalherias em três shopping centers de Curitiba. A pesquisa visou identificar caminhos para a busca de uma qualidade de vida no trabalho, tendo como objetivo apontar os indicadores de insatisfação no trabalho e ações de melhoria para os funcionários das joalherias. Os resultados foram surpreendentes, pois a maioria dos indicadores apresentou índices de satisfação significativos, mas também houve alguns índices de insatisfação preocupantes. Dos 30 funcionários pesquisados, dez apresentaram níveis de insatisfação, com problemas de estresse (35%), mal estar físico (35%), comprometimento na vida (31%) pessoal e ansiedade generalizada (24%). Para estes foram sugeridas ações, como ginástica laboral para o combate ao mal estar físico, orientação para cuidados com a vida pessoal, intervenções para baixar a ansiedade e ações de combate ao estresse visando a melhoria da qualidade de vida dos funcionários. C.: O senhor disse que os resultados foram surpreendentes, pois apesar da carga horária de trabalho os funcionários apresentaram bons índices de satisfação. O que esses funcionários tinham? R. L.: Eles tinham plano de carreira, treinamento, boas possibilidades de ganho e flexibilidade de horários. Apesar da pressão para o cumprimento de metas, possuíam respeito e condições para exercer suas atividades. Já quando se tem um ambiente de trabalho hostil, a pressão e a cobrança interferem negativamente no rendimento do funcionário. C.: Para o trabalho de Mestrado em Qualidade e Produtividade na UFSC, o senhor realizou uma pesquisa sobre a qualidade de vida dos enfermeiros em um hospital. O que foi detectado? R. L.: Realizei a pesquisa em 2002 e detectei muitos problemas. O enfermeiro é um profissional extremamente importante para o restabelecimento do paciente, pois é ele quem acompanha o funcionamento do processo. Porém, apesar de sua importância, detectei que o enfermeiro não possuía um local adequado para tomar banho e para dormir. Eu fiquei decepcionado e isso é uma realidade em vários hospitais. Em muitos lugares há o quarto do médico, mas o enfermeiro não tem local para descansar. Acredito que todos os profissionais merecem respeito igual. mado por médicos, psicólogos e profissionais de outras áreas. Nossa idéia é estudar profundamente a influência do estresse na qualidade de vida. Vamos pensar em situações que causam o estresse e o que podemos fazer para entendê-las e amenizá-las. Porque não podemos acabar com o estresse, precisamos compreendê-lo e gerenciá-lo. estendida. O estresse sempre existiu ou é um mal da atualidade? R. L.: Ele sempre existiu. Até os homens da caverna tinham, pois quem não ficaria estressado em ter que caçar e de repente se tornar a caça. Em qualquer enfrentamento ou dificuldade ele está presente, podendo ser positivo ou negativo. O grupo percebeu que o Paraná tem poucos indicadores sobre estresse. Encontra-se pesquisa de São Paulo, Rio Grande do Sul e de vários estados brasileiros, mas não do Paraná. Queremos produzir indicadores que comprovem se Curitiba proporciona qualidade de vida aos seus moradores, como muito se fala. Vamos contribuir com artigos, Positivo quando proporciona condições e energias para que as pessoas realizem as atividades do dia-a-dia. Sem este estresse as pessoas se tornariam apáticas. Já o negativo provoca reações no corpo igual ao do estresse positivo. Mas estas se acumulam e podem causar problemas circulatórios e cardiovascu- C.: Como vai funcionar o Laboratório de Estudo e Pesquisa do Estresse? discussões e manuais que servirão como R. L.: Nós estamos criando, na Tuiuti, um laboratório de Estudo e Pesquisa no Estresse. O grupo é interdisciplinar, for- C.: Hoje em dia se fala bastante em drome do pânico e depressões. Muitas estresse, mas antigamente também vezes a origem do estresse está nas existia uma jornada de trabalho pequenas coisas do cotidiano. referência para o assunto. lares, gastrite, úlcera, dor de cabeça e no corpo, transtornos de ansiedade, sín- artigo contato Existem receitas para Viver com Qualidade? Comissão de POT (Psicologia Organizacional e do Trabalho): Regina Maria Denck (CRP 08/5127) Celina Cristina dos Santos (CRP 08/7119) Solange C. B. Wiegand (CRP 08/3266) Marta Naguel (CRP 08/8017) Emanuelle Cruz de Oliveira (CRP 08/8766) Daniela Leludak (CRP 08/4287) O que é qualidade de vida? Existe uma receita? Eis uma questão que atormenta, embala e envolve. Para a Organização Mundial da Saúde (OMC), qualidade de vida é a “percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Como se pode ver, para definir e usufruir de qualidade de vida, não há respostas prontas. Ela é muito subjetiva, depende da percepção de cada um. Para conceituar qualidade de vida, antes de tudo, é necessário cada indivíduo conhecer a si mesmo e o contexto no qual está inserido. Desta maneira, podemos dizer que qualidade de vida está ligada intimamente aos objetivos individuais, os quais são dinâmicos e intransferíveis. Dinâmicos porque são mutáveis e se modificam com o próprio desenvolvimento, e intransferíveis porque são vivenciados apenas pelo próprio indivíduo. Estes objetivos estão relacionados às crenças e valores repassados durante o início da estruturação da personalidade, por aqueles que a formam ou “deformam”, a desenvolvem ou 24 contato “engessam”. Crenças que limitam ou impulsionam para a conquista de objetivos. Assim, no contato com os familiares, amigos e outros relacionamentos ocorrem transmissão e internalização desses valores e crenças, constituindo a identidade do sujeito. Observa-se que a característica de mutabilidade destes valores se faz presente a partir do momento que o sujeito passa a interagir com novos grupos sociais. Questiona-se sobre a validade destes e sua funcionalidade. Pode optar por mudar ou não. Neste processo de decisão, haverá qualidade de vida se a escolha estiver vinculada à satisfação de suas necessidades mais intrínsecas. Ter uma escolha é melhor do que não se ter nenhuma. Se fosse dada uma melhor escolha, de acordo com os valores e crenças, com certeza esta já teria sido tomada. É aí que entra a quebra dos antigos paradigmas e o estabelecimento de novas metas/fronteiras/perspectivas. A responsabilidade de mu dança é da própria pessoa. Ninguém muda ninguém. Pessoas mudam quando se sentem incomodadas. Mudam quando querem. A decisão é subjetiva, individual. É preciso, neste momento, ter a coragem para a mudança. Tempo é vida e sempre há tempo para mudar comportamentos, pontos de vista, atitudes. E se a mudança é o resultado da perda do equilíbrio, o contato com crenças e valores diferentes dos seus provoca conflito e desequilíbrio interior. Reequilibrar-se pode gerar mudança. Mudam-se crenças, valores e atitudes. Até o simples fato de optar pelos valores aprendidos com os grupos sociais básicos já é resultado de mudança: toma-se consciência da diversidade de possibilidades e decide-se por uma alternativa. Já se transita no terreno da conscientização e do processo decisório. Assim, quanto mais a escolha estiver vinculada à satisfação de suas necessidades intrínsecas, mais qualidade de vida o indivíduo sente que possui. É no questionamento sobre o “quem sou eu e o que quero”, “o que me dá prazer e o que me completa”, que o ser humano encontra respostas sobre a verdadeira qualidade de vida. A qualidade no contexto de seu julgamento individual. Mas, considerando a vida como um sistema, o homem, um sistema complexo está inserido num sistema muito mais complexo, não pode ser uma ilha. No mínimo é um arquipélago. A compreensão deste contexto interativo e interdependente conduz à mudança de paradigmas, a questionamentos contínuos, na medida em que as expectativas de ontem são diferentes das de hoje e serão diferentes daquelas de amanhã. Nesta linha de pensamento, pessoas não nascem prontas, vão se fazendo com o tempo. Buscam valorização, reconhecimento, destacando os seus potenciais em detrimento das suas deficiências, superando suas fragilidades. Buscar a melhoria continuamente, praticar o “kaizen” (postura ou habilidade para pequenas e constantes melhorias), deve ser o objetivo fundamental. Correr riscos, desequilibrar-se, inovar para ser melhor. Ir além dos seus próprios limites. Sonhar acordado, com uma visão do futuro, com metas e objetivos. Transformar sonhos em realidade, com seus riscos e acertos. Definir o apego e decidir quando, como, porque e por quem se apegar ou desapegar! Cultivar valores nobres, ser humano, no seu contexto, num determinado momento, escreve e vive a sua. E elas serão tantas quantas pessoas existirem, multiplicadas pelas fases de suas vidas e pelos inúmeros desequilíbrios vividos. como aceitação e respeito, ou satisfazer expectativas individuais. O que contém mais qualidade de vida? Qualidade para quem? É por isso que viver é muito bom. Pela diversidade, pela possibilidade de mudar. Pela esperança de mudar para Receita para viver com qualidade? Sim, existem, e muitas. Cada melhor, pela certeza de que a qualidade de vida está dentro de cada um. agenda contato Centro Integrado de Psicologia e de Análise do Comportamento CIPAC - CRP-08-PJ/0122 - Promove: Evento: Ansiedade e Depressão de Acordo com a Análise do Comportamento ProfÀ. Dr. : Roberto Alves Banaco CRP 06/14.985-1 ProfÀ. Dr: Denis Roberto Zamignani CRP 06/52.088-7 Data: 20 e 21/06 de 2008 - Cidade: Foz do Iguaçu - PR Local: Rafain Palace hotel & Convention Center Informações e inscrições pelo site: www.nucleoparadigma.com.br Cursos em Avaliações Psicológicas Coordenação: Paulo Vaz - CRP 08/03118 Formação em Avaliação Psicológica- Nova turma em Julho /08 . Teste de Pfister 28/06/08- PMK 12/07/08- Palográfico -09/08/08- PMK (avançado) 23/08/08- HTP-John Buck 13/09/08- Bender 27/09/08- Z- Teste ( Técnica de Zulliger ) 5 -12- 19 - 26 de 10 / 08 . Inscrições Abertas! Informações: Rua Nunes Machado, 472-7À andar sl 702- Ctba (PR). (41)33235344 - (41) 91128187 - [email protected] Curso de Formação em Gestalt-Terapia Coordenadoras - Guisela Schmidt (CRP-08/2586) e Sonia Maria da Nova Cruz (CRP-08/1758) Direcionado a Psicólogos e estudantes a partir do 3À ano. Início: Agosto/2008 (3 anos de duração) Turma - Encontros semanais (quartas-feiras) Informações: (41) 3244-5384 com Guisela ou (41) 3026-4384 com Ana. Av. Sete de setembro, 5.388, 8À andar - cj 804 - Batel - Curitiba - PR. O grupo Psicosaúde oferece: Curso de Psicologia Hospitalar e Curso de Psicologia Hospitalar com ¯nfase em UTI - módulos I e II Hospitais: Vita Curitiba, Vita Batel e das Nações Início: Agosto/2008 Informações: (41) 3362-6633 ou 9971-4408 e-mail: [email protected] site: www.psicosaude.com.br De Avellar Consultoria, Treinamento e Desenvolvimento Humano Promove em Curitiba: Treinamento em EMDR - Terapia especialmente empregada no tratamento de transtorno de estresse pós-traumático. 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Subloco períodos em consultório de psicologia ótima localização (próximo ao Shopping Curitiba) e excelente infraestrutura. Contato pelo celular 91128187. Curitiba-PR. contato 25 inscritos novos O CRP-08 dá as boas-vindas aos novos inscritos de março e abril de 2008 novos inscritos Elaine Rodrigues da Silva - CRP-08/13360 Marcos Vinicius Cidreira Sallum - CRP-08/13362 Pedro Braga Carneiro - CRP-08/13363 Amanda Ribeiro Macedo - CRP-08/13364 Glaucon José Oleniki - CRP-08/13365 Marcella Mariah B. Benoliel - CRP-08/13366 Adriana Pires Mafra - CRP-08/13367 Paulo Henrique Azevedo Grande - CRP-08/13368 Priscila Helena Lemos Cruz - CRP-8/13369 Marcos Vinicius A. Bovo de Loiola - CRP-08/13370 Mirian Luciane Hanel - CRP-08/13371 Leticia Furlani Bodanese - CRP-08/13372 Iracilda de Lourdes Graboski - CRP-08/13373 Bárbara Bozza Martins - CRP-08/13374 Maria Bernardino Travagin - CRP-08/13375 Ester Oliveira Gomes - CRP-08/13376 Eloa do Amaral Harado - CRP-08/13377 Anabelle Bianchi - CRP-08/13378 Margareth de F. Banas Olstan - CRP-08/13379 Rejane Corrales Rodrigues Silva - CRP-08/13380 Priscila Hollveg Correa - CRP-08/13381 Monica Curioni Cardoso - CRP-08/13382 Elizabeth Cristina F. Cavalaro - CRP-08/13383 Marcia Valeria G. de Souza Garcia - CRP-08/13384 Angelica Berkenbroch - CRP-08/13385 Carolina Passos Bosse - CRP-08/13386 Andressa Schmidt Campos - CRP-08/13387 Juliana Ribeiro Amaral - CRP-08/13388 Ana Luisa Testa - CRP-08/13389 Eliza Salvadori de Oliveira - CRP-08/13408 Marcos Cesar Buchele Lyra - CRP-08/13486 Samarah Perszel de Freitas - CRP-08/13487 Fernanda Angélica dos Reis - CRP-08/13390 Isabelle Galafassi - CRP-08/13391 Gabriela Pagan Garcia - CRP-08/13392 Clarice Barreto Montosa - CRP-08/13393 Mariza Cecilio Janeiro - CRP-08/13394 Daniel Felipetto - CRP-08/13395 Patricia C. Brinholli Lebois - CRP-08/13396 Fabiani Mayumi Ito - CRP-08/13397 Regiane Cristina dos Passos - CRP-08/13398 Daniel Kazahaya - CRP-08/13399 Poliana de Lima Soares Plitz - CRP-08/13400 Tatiana Akemi Murate - CRP-08/13401 Juliana Roncaratti de Toledo - CRP-08/13402 Heloisa de Oliveira Kawata - CRP-08/13403 Jerusa Cristina Carlos Crespo - CRP-08/13404 Daniele da Cunha Pires - CRP-08/13405 Karen Mayumi Nakaya - CRP-08/13406 Leila Cristina Ferreira Omote - CRP-08/13407 Camila Midori de Almeida Costa - CRP-08/13439 Thais de Nigro Bastos - CRP-08/13440 Karla Dayane Franchini Valério - CRP-08/13441 Vinicius Frederico de Carli - CRP-08/13442 Lucimaira Cabreira - CRP-08/13443 Jaqueline Fachinetti da Silva - CRP-08/13444 Mazilde Fatima Bertolin - CRP-08/13445 26 contato Franciely Prado Parise - CRP-08/13409 Emilene Canfield Prado - CRP-08/13410 Kelly dos Reis Cavalcanti - CRP-08/13411 Silvio Sussumu Sakuma - CRP-08/13412 Karina Chiquetti Dubiella - CRP-08/13413 Dayenne K. Chimiti Pelegrini - CRP-08/13414 Eva Carolina Guimarães - CRP-08/13415 Fernanda Maria Schulz - CRP-08/13416 Beatriz Heidemann - CRP-08/13417 Patricia Bastos de Oliveira - CRP-08/13418 Marcia do Nascimento - CRP-08/13419 Daniela Sabadini - CRP-08/13420 Angelita da Silva Mendes - CRP-08/13421 Carina Furlaneto Frazatto - CRP-08/13422 Angela Minori Hattori - CRP-08/13423 Mariana Fernandes Martins - CRP-08/13424 Rafael Galbiatti de Britto - CRP-08/13425 Livia Batista Pereira da Silva - CRP-08/13426 Cristiane Ferreira Rallo - CRP-08/13427 Rafaely da Silva Dau - CRP-08/13428 Danielli Alves - CRP-08/13429 Sidnei Marins de Barros - CRP-08/13430 Luciana Minervino do Ângelo - CRP-08/13431 Juliana de Souza Junqueira Valias - CRP-08/13432 Anderson Rodrigues da Costa - CRP-08/13433 Camila Rafaela Demarchi - CRP-08/13434 Carla Alves Loto - CRP-08/13435 Mirian Setsuko Kuroda - CRP-08/13436 Eliel Pereira Diniz - CRP-08/13437 Gesiel Berlatto - CRP-08/13232 Vanessa Tramontin da Soler - CRP-08/13446 Sandra Regina Trojan - CRP-08/13447 Tiago Murilo Correia Neves - CRP-08/13448 Carlos Henrique Pires - CRP-08/13449 Monica Van Der Neut - CRP-08/13450 Cleumarise Cardoso - CRP-08/13451 Rafaelli de Fátima Sens - CRP-08/13452 Larissa Doldan Bettin - CRP-08/13453 Kauana de Oliveira Queiroz - CRP-08/13454 Maria Ines Amaro A. de Melo - CRP-08/13455 Lucimeire Barrozo V. Mansaneira - CRP-08/13456 Marcela Almeida Senedesi - CRP-08/13457 Priscila Maria Cunha - CRP-08/13458 Cristiane Garzan - CRP-08/13459 Angelica Martinelli dos Passos - CRP-08/13460 Vanessa Maira Nakashima - CRP-08/13461 Dulcelina Catafesta Simão - CRP-08/13462 Eneida Florisbela Andrade Dacampo - CRP-08/13463 Maria Paula Bihuna - CRP-08/13464 Priscila do Nascimento Mossane - CRP-08/13465 Jordana Nogueira Schwab - CRP-08/13466 Daisy Neufeldt - CRP-08/13467 Diego Sgarbossa Adur - CRP-08/13468 Silvia Cristina Paim de Moraes Mella - CRP-08/13469 Cristiane Kolakowski - CRP-08/13470 Ana Paula Skora Dalgut - CRP-08/13471 Luciana Machiavelli de Andrade - CRP-08/13472 Greyce Regina M.de Oliveira - CRP-08/13473 Janaina Silva de Andrade - CRP-08/13474 Luiza Batiston Prado - CRP-08/13475 Leda Gilse Purens - CRP-08/13476 Hellen Priscila Farias - CRP-08/13477 Flavio Obladen Ferreira - CRP-08/13478 Suzana Azulay Guimarães - CRP-08/13479 Gislane Esmanhoto - CRP-08/13480 Patricia Karolkiewicz - CRP-08/13481 Andreia Borges dos Reis - CRP-08/13488 Elisa Ferreira Garcia Hasselmann - CRP-08/13489 Lucia Helena Manfio Cianfarani - CRP-08/13490 Jordana Varassin R. R. de Oliveira - CRP-08/13492 Cláucia Janiana Marchiori - CRP-08/13493 Sofia Elizabeth Jimenez Guzman - CRP-08/13494 Daniele Letícia Baptista Jeannin - CRP-08/13495 Sirlene de Oliveira - CRP-08/13496 Vinicius Ribeiro Semprebom - CRP-08/13497 Marina Tavares Viotto - CRP-08/13498 Tercio Vieira de Camargo - CRP-08/13499 Erica Cerci Sicoli - CRP-08/13500 Ana Carolina Costa Silva - CRP-08/13501 Juliana Reginato Demenciano - CRP-08/13502 Cristiana Stringue Monteiro - CRP-08/13503 Diovana Diesel - CRP-08/13504 Elba Guimarães Leal - CRP-08/13505 Juliana Zanon Ferreira - CRP-08/13506, Bruno Eduardo Procopiuk Walter - CRP-08/13507 Denise Nassar - CRP-08/13508 Alessandra de Fatima Figueiredo - CRP-08/13509 Luciana de Paiva T. Quezini - CRP-08/13510 Natália Fernanda Galvanin - CRP-08/13511 Clério Tesch - CRP-08/13512 Marisa Garbrecht de Justi - CRP-08/13513 Aline Spaciari Matioli - CRP-08/13514 Andreia Loureiro - CRP-08/13515 Everton Eduardo Pizani - CRP-08/13516 Gizane da Silva - CRP-08/13517 Francieli Dalla Costa - CRP-08/13518 Luana Carolina da Rocha Souza - CRP-08/13519 Gislaine Assunção Afonso Alves - CRP-08/13520 Rajaa Hikmat Nasser Fahs - CRP-08/13521 Jane Margareth M. de Carvalho - CRP-08/13522 Taysa Accardi - CRP-08/13523 Danieli de Fátima Gorzynski - CRP-08/13524 Nicia Denise Bespalez Correa - CRP-08/13525 Lediane Karina Muller - CRP-08/13526 Silvana Aparecida A. Cardoso - CRP-08/13527 Jaqueline Becher - CRP-08/13528 Pollyana Basso - CRP-08/13529 Nathalie Cristina Guedes - CRP-08/13530 Fernando José Daibert de Araújo - CRP-08/13531 Vanessa Dionisio Meier - CRP-08/13532 Fernanda Martins Alcântara - CRP-08/13533 Alvarez Kelly da Costa Dantas - CRP-08/13534 Silmara Anghinoni Marin - CRP-08/13535 Sandra Lourdes Baccin - CRP-08/13536 Ines Miranda Celia - CRP-08/13537 Mariane Nami Pastuch - CRP-08/13538 Débora Trindade Lanna - CRP-08/13539 Christofer William Pellini Valenço - CRP-08/11233 Regiane Aparecida F. da Silva - CRP-08/13476 Sergio Roberto Hundzinski - CRP-08/13491 Juliana do Couto - CRP-08/13541 Paula Ferreira Ribeiro - CRP-08/13542 Haryanna de Lima Lobo - CRP-08/13543 Naiara Longoni Silveira CRP-08/13544 Jessica Possoli – CRP-08/13545 Mariana Pereira de Godoi - CRP-08/13546 Claudio Marcio Antunes Franco - CRP-08/13547 Tamy Baggio - CRP-08/13548 Daiane França de Souza - CRP-08/13549 Mario Mansueto Santos Lunardi - CRP-08/13550 Raquel Alves Gonzaga - CRP-08/13551 Juliano Farias Nascimento - CRP-08/13602 Priscila Maria Ferreira - CRP-08/13552 Daline Moina Galão Palma - CRP-08/13553 Nathalia Gasque Nascimento - CRP-08/13554 Larissa Francielly Borgo Rolim - CRP-08/13555 Grazielle Noro - CRP-08/13556 Anthonia de Campos - CRP-08/13557 Odette Amaral Bacaro - CRP-08/13558 Andreia Ayako Suzuki - CRP-08/13559 Ana Paula Schuler Foppa - CRP-08/13560 Tania Mara de Alencar R. Alves - CRP-08/13561 Alessandra Tuan - CRP-08/13562 Silvana D. A. de Lima da Silva - CRP-08/13563 Marcos Vinicius Teixeira Paim - CRP-08/13564 Deborah M. Souza B. de Oliveira - CRP-08/13565 Anna Flavia Garbin Pinto - CRP-08/13566 Thais Silveira Oliverio - CRP-08/13567 Paula Romão Delatorre - CRP-08/13568 Erika Mara Vargas - CRP-08/13569 Danielle Oliveira Trabuco - CRP-08/13570 Leila Jackeline Scarabelot - CRP-08/13571 Carla Cristina Percaroli - CRP-08/13572 Maria Ines Ruiz - CRP-08/13573 Amanda Dalva Leal - CRP-08/13574 Silvia Danielle Santana - CRP-08/13575 Nathalia Dias Bertocco - CRP-08/13576 Daniella Cristina M. Hernandes - CRP-08/13577 Daniela Cristina Silveira Marsola - CRP-08/13578 Maressa Furlan Vieira França - CRP-08/13579 Renata Andrade Camargo - CRP-08/13580 Thais Fernanda Gimenes - CRP-08/13581 Camila Inacio de Oliveira - CRP-08/13582 Ivne Vendrametto - CRP-08/13583 Andreia Aparecida Szabelski - CRP-08/13584 Nicole Caroline Maia de Almeida - CRP-08/13585 Roberto Sávio Sauer - CRP-08/13586 Nilda da Silva Machado de Freitas - CRP-08/13587 Marcelle Delmasquio Carleto - CRP-08/13588 Lizandra Aparecida Oldoni - CRP-08/13589 Eveline Mara Schreiner - CRP-08/13590 Mayra Christina da Silva - CRP-08/13591 Thalyta Manieri da Silva - CRP-08/13592 Anne Elise Castanho Espindula - CRP-08/13593 Michelle Dalazen - CRP-08/13594 Clislaine Rodrigues da Silva - CRP-08/13595 Odette Amaral Bacaro - CRP-08/13558 Andreia Ayako Suzuki - CRP-08/13559 Edela Feldmann Uhry - CRP-08/13600 Gabriela de Nardi Marra - CRP-08/13601 Alessandra Cristina Bäuml Dorigo - CRP-08/13603 Regina Célia Veiga da Fonseca - CRP-08/13604 Caroline Catelan Alexandre CRP-08/13605 Jordana Loureiro de Freitas CRP-08/13606 Isabella Tamye França Pereira - CRP-08/13607 Maisa Barbosa Brum - CRP-08/13608, Marcia Regina de Paiva Rocha - CRP-08/13609 inscrição por transferência Edlaine Santos Rodrigues da Silva - CRP-08/13482 Maria de Fatima Santos Marian - CRP-08/13483 Euclésio Rambo - CRP-08/13484 Dulcineia Maria de M. Wobeto - CRP-08/13485 Joy Schoner Lopes - CRP-08/13540 Leila Adriane Calegari Huscher - CRP-08/13596 Marco Antonio de Oliveira Branco - CRP-08/13597 Lilian Caroline Urnau - CRP-08/13598 Jair Carlos da Silva Junior - CRP-08/13599 reativação Rita de Cassia G. da Silva Romano - CRP-08/00448 Gicelia Imaculada de A. Mendes - CRP-08/03573 Lilian Mara Gheno - CRP-08/03792 Silvana Gonçalves Camilo - CRP-08/05763 Carla Cristina Ferreira Dalprá - CRP-08/06498 Marly Aparecida C. Prochamann - CRP-08/07263 Marcus Vinicius Beck Lima - CRP-08/07365 Xenia Danielle da Veiga - CRP-08/08099 Claudia Zapf - CRP-08/08494 Patricia do Nascimento - CRP-08/09116 Albertina Otilia Rocha Almeida Cruz - CRP-08/09520 Elizabeth Aparecida da Luz Voss - CRP-08/09554 Vanderli Ferreira - CRP-08/10261 Bruno Angelo Strapasson - CRP-08/10940. Silvana Gonçalves Francisco - CRP-08/05472 Roseane Mendes - CRP-08/06042 Azenilda Alexandre da C. Barbosa - CRP-08/06672 Ivina Glaucia Pinhati Garcia de Luza - CRP-08/08839 Andréa Luciana Dias Sachet - CRP-08/10059 Sandra Mara de Oliveira Carnieri - CRP-08/02456 Sueli Yoshie H. Aihara - CRP-08/02773 Ana Cristina Afara Gularte - CRP-08/05967 Claudia Haschich Santos - CRP-08/06199 Tania Faria Henrique - CRP-08/07010 Luciana Bachtold Pizza - CRP-08/08280 Silvia Baptista Ferraz - CRP-08/08572 Debora Cristina Maruci Alves - CRP-08/11001 Michele Midori I. Rodrigues - CRP-08/11808 Leticia Okada Carraro - CRP-08/11991 Alessandra Hubie Anzuategui - CRP-08/12117 reativação por transferência Ariane Madruga Monteiro Costa - CRP-08/07872 Tais Andrade Targa Meneghetti - CRP-0806856. inscrição secundária Dorivan Schmitt - CRP-08/IS-132. registro de pessoa jurídica Cadastro: Instituto de Desenvolvimento Corporativo do Paraná – IPDEC CRP-08/PJ-08/00346. Registro: A 100% Consultoria Empresarial Ltda CRP-08/PJ-08/00347, Extrato Consultoria SS Ltda CRP-08/PJ-08/00348. contato 27
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