Curt - Signus Editora
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CUR TA S RT VENDAS DA PARMALAT CAEM 70% O Brasil é o país mais atingido pela crise financeira que assolou a Parmalat. As vendas da empresa no mercado nacional apresentaram retração de 70% no primeiro quadrimestre de 2004. As vendas caíram, na comparação dos períodos 2003/2004, de R$ 457 milhões para R$ Vendas da multinacional chegaram a R$ 135,6 mi 135,6 milhões. A atividade na unidade brasileira registrou prejuízo de R$ 43,8 milhões. Segundo relatório da matriz italiana, o quadro adverso das atividades no Brasil se deve”à série crise financeira encontrada” e “ao fato das autoridades locais não aprovarem a concordata”, o que fez com que a gestão do negócio se tornasse mais difícil. O balanço prévio não auditado, elaborado pela administração judicial brasileira, confirma que desde dezembro de 2003 os resultados da companhia vêm se deteriorando. NOVA FÁBRICA DE PRODUTOS SUÍNOS DA SEARA No final de abril, a Seara Alimentos inaugurou uma nova fábrica de produtos cozidos de carne suína, no município de Seara, oeste de Santa Catarina. Anualmente, a unidade produzirá 8 mil toneladas de alimentos e irá faturar aproximadamente R$ 60 milhões. O projeto custou US$ 2 milhões e vai gerar 200 empregos diretos. “O boom momento do agronegócio brasileiro e o crescimento da demanda por carne suína, tanto no Brasil como no exterior, foram os principais fatores para que a Seara decidisse pela construção da nova planta”, disse Pedro Benur Bohrer, diretor geral de operações da empresa. CASA VALDUGA É PREMIADA INTERNACIONALMENTE A vinícola brasileira Casa Valduga foi agraciada com medalhas de ouro e de prata no concurso Hyatt Wine Awards, realizado em maio último, no Hotel Grand Hyatt São Paulo. Reconhecido pela L’Office International de la Vigne et du Vin (OIV), mais importante órgão do setor no mundo, o prêmio máximo foi dado ao Casa Valduga Persona Maria Malvasia 2003, vinho de coloração amarelo esverdeado e aroma frutal. As medalhas de prata ficaram com os vinhos Casa Valduga Premium Cabernet Franc 1999 e Premium Cabernet Sauvignon 1999. Neste concurso foram avaliadas 150 amostras brasileiras por um corpo de jurados da Itália, Espanha, França, Bélgica, Alemanha e Brasil. COOP AGORA VENDE HAMBÚRGUER PRÓPRIO A Coop - Cooperativa de Consumo adicionou um novo produto ao portfólio de 298 alimentos que levam a marca da empresa. O hambúrguer bovino Coop Plus, nas versões a granel e em caixa com 10 unidades, começou a ser comercializado em abril. Nos 30 dias em que apareceu nas prateleiras das 21 lojas da Coop no ABC paulista e em cidades do interior do Estado, 10 foram vendidas 50 mil unidades do produto a granel. “A qualidade dos nossos produtos é um fator relevante”, ressalta Eduardo Fernandes Jr., gerenciador de marca própria da Coop. Segundo ele, o bom desempenho nas vendas do hambúrguer a granel deve-se à maior comodidade que o produto oferece em termos de opção de volume. Até o ano que vem, a Coop pretende aumentar para 400 itens o portfólio de produtos com marca da própria cooperativa. TESTE REPROVA PAÇOCAS NATURITA E RIBEIRÃO Aproveitando a época de Festas Juninas, a Pro Teste (entidade vinculada à Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) avaliou a qualidade de 14 marcas de paçocas de amendoim presentes no mercado nacional, em formato de rolha ou tablete: Amor Sing’s, Covizzi, Deliçoca, Doll, Irlo Crem, Mandubim, Minduito, Moreninha do Rio, Naturita, Paçoquinha, Paçoquita, Ribeirão, Rolhitas e Verinha. Dentre elas, as paçocas Naturita e Ribeirão foram reprovadas no teste que mede a quantidade de aflatoxinas, que contaminam o amendoim (matéria-prima do produto) e podem causar graves problemas à saúde do consumidor. De acordo com a Pro Teste, a legislação brasileira é conivente em relação ao fato, uma vez que não estabelece limites para cada tipo de aflatoxina e o máximo permitido mediante a soma de todas elas é muito alto. Além disso, não existem normas para avaliação de microorganismos B. cereus, bolores, clostrídios e S. aureus, cuja presença também pode acarretar riscos à saúde humana, informa a entidade. A Pro Teste reivindica a revisão da legislação brasileira, utilizando como parâmetro as normas da União Européia. A entidade recomendou o consumo de duas das paçocas testadas (Rolhitas e Paçoquinha). SETOR DE DIETÉTICOS GANHA NOVA FÁBRICA Especialista na produção de alimentos dietéticos e funcionais, a Linea acaba de inaugurar a terceira fábrica na cidade de São Paulo, onde vai produzir as linhas de adoçante líquido e em pó, bolos, achocolatado líquido e em pó, geléia e shake líquido e em pó. A nova unidade deve elevar em 30% o volume de mercadorias fornecidas pela Linea, bem como possibilitar crescimento de 25% (em quatro anos) da receita anual da empresa, hoje de R$ 12 milhões. Com 550 metros quadrados, vai abrigar os departamentos de produção, qualidade, vendas e administração geral. A empresa, equipada com maquinário de ponta, está em consonância com as normas de Boas Práticas de Fabricação-BPF e de Higiene Pessoal e Processo-GMP, já que se dispõe a desenvolver alimentos especiais para dietas e destinados a diabéticos. Há 30 anos no mercado, a Linea quer aumentar em até 40% a presença de seus produtos nos principais pontos-de-venda, a partir de 2008. MESTRINER É REELEITO PRESIDENTE DA ABRE Após dois anos de gestão, Fábio Mestriner foi reeleito presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre) para o biênio 2004/2005, em eleição de toda a diretoria da entidade. Entre os desafios que fazem parte da agenda do executivo neste mandato estão a continuidade do projeto de inclusão da embalagem na pauta de exportações do Brasil, o desenvolvimento e regionalização das atividades da entidade e o estímulo à integração de toda cadeia produtiva. Diretor da Packing BRASIL ALIMENTOS - nº 25 - Maio/Junho de 2004 CUR TA S RT Design e professor do curso de Design de Embalagem da ESPM, Mestriner vai conduzir os projetos da Abre ao lado de um novo Conselho Administrativo, formado por companhias diferentes das que participaram da gestão passada. Fundada em 1967, a Abre abrange toda a cadeia produtiva da embalagem: fornecedores de matérias-primas, agências de design e indústria transformadora. Nos últimos dois anos de mandato, 90% das metas programadas pela associação foram atingidas. SEARA LUCRA R$ 10 MILHÕES NO TRIMESTRE A Seara registrou lucro de R$ 10 milhões no primeiro trimestre deste ano, 23,5% superior em relação ao mesmo período de 2003. A receita bruta do frigorífico atingiu R$ 556,2 milhões 27,7% a mais que igual trimestre do último ano. Os embarques da Seara subiram 24,6%, somando 107,3 mil t. A Seara comunicou que o bom desempenho no período foi impulsionado pelas exportações. O frigorífico informou que houve Melhora no mix de produtos para exportação melhora no mix de produtos destinados ao mercado internacional. As exportações de carne de frango foram favorecidas pela gripe aviária que assola países asiáticos e os Estados Unidos. As vendas externas da Seara totalizaram US$ 399,4 milhões, aumento de 35,3% em relação ao mesmo trimestre de 2003. No mercado interno, a empresa comercializou menos frango n natura. O volume comercializado foi de 10,1 mil t, retração de 19,8%. Já os itens industrializados apresentaram redução de 2,7%, para 28,5 mil t. A queda das vendas no mercado local, segundo a Seara, devese ao aumento de 10% no preço de produtos industrializados, pela alta dos custos de produção e aumento da Cofins. KRAFT FOODS VENDE MARCA IRACEMA A Kraft Foods Brasil confirmou a venda de sua marca Iracema, de negócios de castanha de caju, para o britânico Bond Group. O contrato já foi fechado e os novos donos assumem as atividades em junho. A operação inclui as três unidades da marca, localizadas em Fortaleza (CE), e todos os seus ativos. As três fábricas, juntas, beneficiam 60 mil t/ano do produto. Os 3,2 mil empregados da Kraft serão absorvidos pelo grupo britânico. O acordo prevê o fornecimento, por parte da Bond, de 50% da produção de castanha de caju para a Kraft suprir suas vendas no mercado norte-americano. O valor da operação não foi revelado. A Kraft Foods também comunicou a desativação de sua unidade de produtos secos - sobremesas e fermento em pó da marca Royal e das bebidas em pó Ki-Suco e Q-Refres-Ko - em Jundiaí (SP). A empresa disse que toda a produção da fábrica paulista será transferida para o seu complexo industrial localizado em Curitiba (PR). O complexo já havia recebido a fábrica da Lacta. O processo de transferência levará 16 meses. Dos 500 funcionários da unidade de Jundiaí, a empresa aproveitará apenas 100. BRASIL ALIMENTOS - nº 25 - Maio/Junho de 2004 DEL VALLE EXPORTA SUCO À BASE DE SOJA A Sucos Del Valle iniciou a exportação de seu recente lançamento - o suco à base de soja. Os embarques deverão representar 30% das vendas externas da subsidiária brasileira em 2004 e 10% da produção. A empresa informou que já há contratos de venda da bebida para clientes da Austrália, China, Líbia, Portugal, Bolívia e Moçambique. Estes mercados já consomem os sucos de frutas prontos para beber do grupo. A expectativa da Del Valle é que o suco à base de soja aumente o faturamento da empresa para R$ 190 milhões este ano, ante os R$ 165 milhões de 2003. EXPORTAÇÕES DE FRANGO CRESCEM 58% Segundo dados da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), as exportações nacionais de carne de frango em abril registraram US$ 161,8 milhões, 58% superior em relação ao mesmo mês de 2003. Em volume, os embarques totalizaram 139,7 mil t, retração de 3,2% em comparação a abril do último ano. No quadrimestre deste ano, as exportações atingiram US$ 738,1 milhões, aumento de 41,3%. Já em volume, o acréscimo foi de 6,2%, com os embarques alcançando 680 mil t. MEL TEM BOA RECEITA COM EXPORTAÇÕES Segundo dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (Sebrae-RN), o setor de apicultura do estado exportou 1 milhão kg de mel em 2003. As vendas externas do estado potiguar geraram uma receita de US$ 1,43 milhão no exercício. A expectativa é que neste ano a receita atinja cerca de US$ 2 milhões, com a exportação de 1,5 milhão kg do produto. De acordo com estudos do Sebrae, o número de apicultores, em dois anos, saltou de 500 para 3 mil. Isto gerou aproximadamente 9 mil empregos diretos em quase todos os municípios do Rio Grande do Norte. As exportações brasileiras movimentaram US$ 40 milhões no ano passado. O Sebrae comunicou que o crescimento no País se deve à profissionalização do setor, que criou novas oportunidades para comercializar o produto no exterior. Apenas o Projeto Apis (Apicultura Integrada e Sustentável), promovido pelo Sebrae-RN, capacitou aproximadamente 2 mil apicultores em um ano e meio. BRASIL PODE FORNECER ALIMENTOS À ONU A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostrou ao diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentação das Nações Unidas (PMA/ONU), James Morris, a viabilidade da inclusão das cooperativas de agricultura familiar na pauta de fornecedores do PMA. O dirigente esteve acompanhado de Zoraida Mesa, diretora do programa para a América Latina. Desde 1995 o Brasil não participava do programa da ONU. A proposta do governo federal é que a Conab, entidade responsável pela compra dos principais produtos dos agricultores familiares e dos assentados da Reforma Agrária em todos os estados da federação, articule a venda dos itens à ONU. O PMA é o maior comprador de alimentos do hemisfério sul. Na ONU, é o responsável pela ajuda humanitária, com distribuição de alimentos a populações famintas de todo o mundo. Em 2003, o programa beneficiou aproximadamente 110 milhões de pessoas afetadas pelos efeitos da fome e da subnutrição de 82 países. 11 CUR TA S RT MARCAS DE ACHOCOLATADOS SÃO AUTUADAS O Instituto de Pesos e Medidas estadual está autuando mais de dez marcas de achocolatados em pó de todo o País. Segundo o órgão, as marcas possuem espaço vazio nas embalagens superior aos 10% permitidos pela lei. Os fabricantes alegam que o problema é técnico e que, durante o transporte, o produto sofre uma compactação. Entretanto, eles defendem-se dizendo que ocorre alteração no peso líquido - que corresponde ao mencionado nos potes. O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualificação Industrial (Inmetro), que solicitou a fiscalização aos Ipems, ainda não tem o levantamento das marcas autuadas. Entretanto, pesquisa feita pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), alertou que as marcas Nescau e Nesquik estariam entre as poucas que conseguem atender às exigências sobre espaço interno. A fiscalização levou redes de supermercados a suspender encomenda de marcas próprias. A Cinalp, empresa de marca própria, foi multada e está recorrendo junto ao Inmetro. As multas aplicadas pelos Ipems variam de R$ 300 a R$ 5 mil, dependendo dos critérios adotados e das irregularidades encontradas. SADIA INVESTE R$ 45 MI EM PONTA GROSSA A Sadia está investindo R$ 45 milhões em sua unidade de Ponta Grossa (PR) para fortalecer as operações de itens de maior valor agregado como a linha de pratos prontos e doces, da marca Miss Daisy. Do total, R$ 15 milhões serão destinados para partos prontos e doces e R$ 30 milhões serão aplicados na construção Sadia destinará R$ 30 mi para linha doces de um centro de estocagem e distribuição, com um armazém de 8 mil m². A instalação terá capacidade de produção de 40 mil t. Para 2004, a Sadia comunicou um plano de investimentos de R$ 150 milhões. TROPICAL INICIA EMBARQUE DE LINHA DE SUCOS A Tropical Indústria de Alimentos Ltda., fabricante dos sucos Tial, começou a embarcar em maio a linha de sucos de néctar de frutas Fresh. Os principais mercados a serem abastecidos com o produto são Estados Unidos, Angola, Moçambique, Aruba e Itália. Os novos produtos estão sendo apresentados na 20ª Convenção Paulista de Supermercados e Feira de Equipamentos, Produtos e Serviços, promovida pela Associação Paulista de Supermercados (APAS), de 10 a 13 de maio no Expo Center Norte. Os sucos de fruta Fresh de goiaba, maracujá, abacaxi, manga, papaia e pêssego serão comercializados no exterior antes de chegar ao mercado brasileiro. Nos Estados Unidos, os produtos terão embalagens em inglês e espanhol, já que o mercado hispânico é bastante significativo afirma a empresa. No evento, a Tropical também apresenta ao mercado varejista o novo néctar de uva Tial. A empresa participa da feira em conjunto com sua parceira norte-americana Ocean Spray 12 Cranberries, Inc. A Tropical fornece os sucos nos sabores cranberrie tradicional, light, e os mix com uva e pêssego a Ocean. Estes itens são fabricados na sua unidade fabril de Visconde de Rio Branco (MG). A linha de produtos Ocean Spray poderá ser apreciada pelo público do evento. MT DESENVOLVE PROGRAMA PARA EXPORTAÇÃO O governo do Mato Grosso lançará um Programa Estadual para o Desenvolvimento da Fruticultura até o mês de julho deste ano. O secretário de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso, Homero Pereira, afirmou que parte dos recursos será oriunda do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo estudo realizado, em 2001, pela empresa de consultoria e planejamento Conplan, o estado produz dez frutas — abacaxi, banana, manga, mamão, uva, maracujá, limão, laranja, coco e caju. O secretário disse que o estudo ajudará o Mato Grosso a construir o projeto para o desenvolvimento da fruticultura, estabelecer um cronograma de trabalho com visitas em outros estados, absorvendo experiências positivas que possam ser aplicadas ainda no primeiro semestre de 2004. Atualmente, o Mato Grosso importa mais de 70% dos produtos hortifrutigranjeiros que consome. O programa tem como objetivo reverter essa situação. Inicialmente, o estado quer garantir o abastecimento do mercado local para, posteriormente, exportar as frutas para outros países. A Delegacia Federal de Agricultura de Mato Grosso (DFA/MT) trabalhará em parceria com o governo estadual na elaboração do programa. A DFA atuou em uma comissão formada por instituições públicas e privadas, que deu suporte ao trabalho. Participaram da comissão, a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer), o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), a Universidade Federal de Mato Grosso e a Sociedade Mato-grossense de Fruticultura. DUAS RODAS CONSTRÓI UNIDADE NA ARGENTINA A Duas Rodas anunciou a construção de uma nova unidade em Buenos Aires, na Argentina, além da ampliação das exportações e o reforço de suas operações no mercado chileno. A fábrica no país vizinho terá 6 mil m² e a empresa aproveitará parte da estrutura de produção existente. A unidade demandará recursos de R$ 4 milhões. A expectativa da Duas Rodas é que o faturamento da filial Argentina dobre para R$ 14 milhões em 2005. No Chile, a empresa prevê que a unidade industrial aumente o faturamento em 15% este ano. A Duas Rodas informa que a subsidiária chilena deve contribuir com receitas de R$ 7 milhões ao grupo. Em 2004, a empresa projeta para o Brasil investimentos de R$ 25 milhões, que serão aplicados em novas tecnologias, visando a redução dos custos de produção e a melhoria da qualidade de produtos exportados, como os flocos de frutas e o pirê de banana. A empresa tem como objetivo alcançar um faturamento de R$ 260 milhões em 2004. STEVIAFARMA PRODUZIRÁ ISOFLAVONA DE SOJA A Agência de Inovação da Unicamp (Inova), a Unicamp e a Steviafarma, indústria especializada em produção de fitoterápicos, assinarão o primeiro contrato de uma das 300 patentes da Universidade Estadual de Campinas. O contrato BRASIL ALIMENTOS - nº 25 - Maio/Junho de 2004 CUR TA S RT dará a Steviafarma o direito de usar a tecnologia agregada ao processo de extração da isoflavona de soja. A isoflavona aglicona tem propriedade anticancerígena, de mama e próstata, é antioxidante e reduz níveis de colesterol ruim que se acumulam em artérias. A estratégia da Steviafarma é utilizar o produto no mercado de reposição hormonal, em substituição ao estrógeno, hormônio feminino usado por mulheres durante o período da menopausa. A empresa diz que a isoflavona é melhor no tratamento de reposição hormonal, pois se trata de um medicamento fitoterápico. Atualmente, grande parte das mulheres usa hormônios sintéticos. Há suspeitas que estes embutem o risco de desenvolvimento de cânceres. A companhia informou que começará a produção industrial da isoflavona a partir de 2005. O contrato de licenciamento de patente será assinado no dia 26 de maio. O investimento inicial será de R$ 100 mil. O produto terá que ter o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser comercializado. MARS: DISPUTA PELA CHOCOLATES GAROTO O grupo norte-americano Mars entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) documento em que expressa interesse na compra da Chocolates Garoto. A Mars informou que só entra na briga caso o órgão mantenha a decisão de obrigar a multinacional suíça a vender a Garoto. A única companhia, até então, que tinha anunciado interesse na aquisição da Garoto era a companhia britânica Cadbury. Segundo a Mars, essa é a oportunidade de tornar a operação brasileira de chocolates tão interessante quanto no resto do mundo. A Mars não revela o valor de quanto está disposta a pagar pelos 21% de mercado da Garoto. A empresa informou que a fábrica capixaba incrementaria o portfólio de produtos da Mars com os bombons e as barras de chocolate. Em 2003, o faturamento da Mars no Brasil foi de R$ 400 milhões. Deste total, apenas 20% foram oriundos do segmento de chocolates, como o Twix e o M&M. Cerca de 70% do faturamento veio das vendas de rações para animais domésticos como a Pedigree, Whiskas e Trill. MINERVA INAUGURA UNIDADE EM GOIÁS O Frigorífico Minerva inaugura, em maio, sua mais nova unidade de abate de animais no município de Palmeiras (GO). A expectativa da empresa é de ampliar sua capacidade de abate em 58%, para 2.700 animais/dia. A Minerva exporta 80% de sua produção para aproximadamente oitenta países. O mais novo mercado que a companhia quer ingressar é o Japão, onde prevê uma grande disputa com produtores australianos de carne. A Minerva informou que a Austrália ficou com praticamente todo mercado nipônico de carne bovina, depois de constatado um caso da doença da vaca louca nos Estados Unidos, principal exportador do produto para o Japão. Atualmente, o grupo está abastecendo o mercado do Oriente Médio. A Minerva pretende, em médio prazo, comercializar carne in natura para os Estados Unidos. MINIFÁBRICAS DE CASTANHAS DE CAJU NO CE A revitalização de três minifábricas de castanha de caju no Ceará proporcionou aos produtores do estado um aumento na renda com o beneficiamento da fruta. O produto in natura, que antes era vendido entre R$ 0,70 a R$ 1,00 o quilo, agora é BRASIL ALIMENTOS - nº 25 - Maio/Junho de 2004 comercializado, beneficiado, por até R$ 15,00 o quilo. As minifábricas dos municípios de Pacajus, Chorozinho e Icapuí, que pertencem ao programa Trabalho e Cidadania, da Fundação Banco do Brasil, já permitem melhores condições de trabalho a cerca de 200 famílias. Os produtores ganharam equipamentos, além de treinamento para dar mais qualidade ao que produzem. O projeto de revitalização conta com a parceria da Embrapa, Conab, Sebrae, Incra e Universidade Federal do Ceará. A expectativa é de geração de 166 postos de trabalho diretos e 240 indiretos. O estado do Ceará responde por metade de toda a área de cajueiros nativos do Brasil - cerca de 364 mil ha. A expectativa é que, com as minifábricas, a produção alcance 250 kg/dia de castanha, totalizando 120 mil t/ano. BRASIL COMERCIALIZOU 12,6 MIL T DE LÁCTEOS No mês de abril, as exportações de produtos lácteos renderam ao Brasil US$ 4,6 milhões, 250% a mais que o mesmo período de 2003. Em volume, as exportações de abril somaram 4,3 mil t, crescimento de 20,4% na comparação com igual período do último ano. O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Rodrigo Alvim, acredita que este ano o Brasil passe de um país importador de lácteos para um grande exportador do setor. Isto, caso sejam mantidas as atuais tendências do mercado, conclui Alvim. O Brasil, em abril, ampliou a venda de produtos de maior valor agregado, como o leite em pó e queijos, para o mercado internacional. As importações de lácteos registraram redução de 31,9% Exportações de lácteos sobem 250% em abril, atingindo 3,7 mil t (US$ 5,4 milhões). Já no primeiro quadrimestre de 2004, as exportações somaram 12,6 mil t de produtos lácteos; 46,6% superior em relação ao mesmo período de 2003. As importações do quadrimestre somaram 15 mil t, 55,5% a menos que em igual período do ano passado. A receita de exportações do período somou US$ 16,5 milhões, aumento de 83,3% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2003. Os principais mercados dos produtos lácteos brasileiros são o Iraque, Argélia, Angola, Estados Unidos e Trinidad Tobago. SORVETE DIPPIN’DOTS SERÁ PRODUZIDO NO BRASIL O microbiologista norte-americano Curt Jones quer trazer para o mercado brasileiro a produção de sorvetes caseiros congelados. Jones é especialista em criogenia, técnica de congelamento com nitrogênio líquido a baixíssimas temperaturas. O microbiologista quer construir uma fábrica, orçada em US$ 1 milhão, no Brasil, ainda este ano. O objetivo é produzir o Dippin’Dots, sorvete congelado pela técnica da criogenia. A unidade deve ser construída em São Paulo. 13
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