Manual de plantio de Eucalipto

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Manual de plantio de Eucalipto
MANUAL PLANTIO DE EUCALIPTO
Setor Florestal Brasileiro conta com, aproximadamente, 530 milhões de hectares de Florestas
Nativas, 43,5 milhões de hectares em Unidades de Conservação Federal e 4,8 milhões de
hectares de Florestas Plantadas com pinus, eucalipto e acácia-negra.
Com a exploração de áreas de Florestas Nativas mais a exploração das Florestas Plantadas
gera mais de 2 milhões de empregos, contribui com mais de US $ 20 bilhões para o PIB,
exporta mais de US$ 4 bilhões (8% do agro negócio) e contribui com 3 bilhões de dólares em
impostos, ao ano, arrecadados de 60.000 empresas.
As Florestas Plantadas estão distribuídas estrategicamente, em sua maioria, nos estados do
Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Essas florestas plantadas visam a garantia do suprimento de matéria-prima para as indústrias
de papel e celulose, siderurgia a carvão vegetal, lenha, serrados, compensados e lâminas e,
painéis reconstituídos (aglomerados, chapas de fibras e MDF).
Apesar da participação das plantações florestais estarem aumentando em todos os segmentos
em relação a das Florestas Nativas, o setor acredita que com base nas expectativas de
crescimento de demanda, haverá uma necessidade de plantio em torno de 630 mil hectares ao
ano, ao invés dos 200 mil hectares atuais. A Sociedade Brasileira de Silvicultura - SBS distribui
essa necessidade de plantio como sendo: 170 mil ha. / ano para celulose, 130 mil ha. / ano
para madeira sólida, 250 mil ha. / ano para carvão vegetal e 80 mil ha. / ano para energia.
Com base nesses dados observa-se a importância do eucalipto por ser uma espécie de uso
múltiplo com possibilidade de atender a todos os segmentos acima descritos, principalmente
para papel e celulose e energia onde historicamente deu contribuição especial.
O segmento de celulose e papel transformam-se no principal fornecedor de matéria prima para
os demais segmentos que usam madeira paras desdobro. Dessa produção a maior demanda é
da indústria de madeira serrada, vindo a seguir a produção de celulose de fibra longa e
compensados.
O eucalipto foi introduzido no Brasil em 1904, com o objetivo de suprir as necessidades de
lenha, postes e dormentes das estradas de ferro na região Sudeste. Na década de 50 passa a
ser produzido, como matéria prima, para o abastecimento das fábricas de papel e celulose.
Apresenta-se como uma espécie vegetal de rápido crescimento e adaptada para as situações
edafobioclimáticas brasileira. Durante o período dos incentivos fiscais, na década de 60, sua
expansão foi ampliada. Esses incentivos perduraram até meados dos anos 80. Esse período foi
considerado um marco na silvicultura brasileira dado os efeitos positivos que gerou no setor.
A partir do término dos incentivos fiscais houve um crescimento marginal negativo no plantio de
eucaliptos. Exceção disso ocorreu naqueles feitos independentes dos investimentos das
indústrias de papel e celulose e de siderúrgicas a carvão vegetal. Atualmente a área plantada
com eucaliptos atinge 2,9 milhões de hectares
O eucalipto, em 1999, tinha uma área plantada de 2,9 milhões de hectares. As maiores áreas
estão localizadas nos Estados de Minas Gerais (51,8%), São Paulo (19,4%), Bahia (7,2%) e
Espírito Santo (5,1%).
Segundo a SBS (2001), 70% das áreas com plantio florestais (eucalipto e pinus) pertencem a
empreendimentos verticalizados, predominantemente de papel e celulose.
Indicações de Espécies
Segundo dados do Censo Agropecuário de 1995/96, os plantios de eucalipto, nos principais
estados produtores, se concentram em áreas superiores a 1,0 mil hectares tais como nos
estados de Minas Gerais (83%), São Paulo (63%), Espírito Santo (79%), a exceção de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul onde predominam em áreas inferiores a 50 hectares (52% e
46%, respectivamente).
Os plantios anuais realizados pelas indústrias ligadas a Associação Brasileira de Celulose e
Papel (Bracelpa) tendem a crescer de forma significativa, fruto do crescimento da demanda do
próprio setor.
O Brasil em termos climáticos para o cultivo do eucalipto possui duas regiões: tropical e
subtropical. A região sudeste, predominantemente tropical e não sujeita a geada de forte
intensidade, concentra a maior área de plantio. Esse é primeiro parâmetro que delimita o uso
das espécies de eucalipto para plantio. O outro é a finalidade do uso da matéria-prima do
eucalipto.
Para atender demandas regionais, a Embrapa em parceria com empresas privadas e
instituições públicas avalia desde 1985, 12 importantes espécies em 172 experimentos
localizados em nove estados. Esse estudo, ao lado do aperfeiçoamento das técnicas
silviculturais, vem propiciando, nas últimas décadas, a expansão da produção pelo aumento da
área plantada e pela melhoria na produtividade. Cerca de 3 milhões de hectares já são
plantados com Eucaliptos, e em alguns casos, o rendimento se aproxima dos 50 m3 de
madeira por hectare/ano.
As espécies indicadas para a região subtropical são E. benthamii (comprovadamente resistente
à geada) e E. dunnii (resistência parcial a geadas) (Tabela 1). Para áreas situadas em regiões
acima do paralelo 24º Sul, de clima predominantemente tropical, as mais indicadas são E.
grandis, E. urophylla, E. saligna, e E. cloeziana para plantios com mudas formadas a partir de
sementes de pomares e áreas de produção de sementes. Plantios de sementes híbridas das
espécies, E. grandis e E. urophylla, podem ser realizados nas regiões tropicais, independente
de testes locais. Para plantios de mudas, formadas por clonagem, são recomendados testes de
comportamento do crescimento, e definição do uso da matéria prima.
Produção de Mudas
Implantação da floresta depende, dentre outros fatores, da utilização de mudas saudáveis, com
bom diâmetro de colo, raízes bem formadas, relação parte aérea / sistema radicular adequada,
e nutridas adequadamente. Isto garantirá melhor índice de sobrevivência no plantio, maior
resistência a estresses ambientais e maior crescimento inicial, influenciando diretamente na
qualidade
final
da
floresta.
As técnicas a serem adotadas para a produção das mudas devem atender às necessidades de
cada produtor, em termos de disponibilidade e localização de área, grau de tecnologia e dos
recursos
financeiros
disponíveis.
Existem vários fatores que determinam o método de produção a ser utilizado. Dentre eles,
podem se destacar:
Área de Coleta de Sementes (ACS)
ACS é um povoamento comercial considerado de boa qualidade, onde algumas árvores de
melhor qualidade aparente (melhor fenótipo) são selecionadas para a coleta de sementes.
Como essas árvores matrizes não são selecionadas com base no seu valor genético e, ainda,
são polinizadas por qualquer árvore em sua volta, o valor genético das suas sementes é
limitado.
Portanto, o viveirista deverá planejar a operação de produção de mudas, considerando que um
grande número de delas deverá ser descartado no processo, devido à grande freqüência de
plantas de baixo vigor, má formação e com outros defeitos. A vantagem dessa categoria de
semente é o baixo custo e a segurança de maior adaptabilidade ao local de produção.
Área de Produção de Sementes (APS)
APS é um povoamento isolado de outros da mesma ou de espécies afins, de excelente
desempenho quanto à produtividade e à qualidade das árvores, que é submetido a desbastes
seletivos, em várias etapas, deixando somente as melhores árvores. Nesse processo, abre-se
um amplo espaçamento entre as árvores, proporcionando condições para que as
remanescentes desenvolvam suas copas e produzam grandes quantidades de semente. As
sementes produzidas na APS são de qualidade genética melhor do que da ACS porque são
produzidas por árvores selecionadas, polinizadas por outras, também, selecionadas na mesma
intensidade. Mesmo assim, o grau de melhoramento obtido ainda é modesto, visto que a
intensidade de seleção que se pode aplicar é limitada pela quantidade de árvores existente no
povoamento e a quantidade que precisa ser deixada para produção de sementes. A grande
vantagem da APS é a combinação do melhoramento genético na produtividade e qualidade
com o melhoramento na adaptabilidade ao local, já que ambos os genitores estão entre os de
melhor
adaptabilidade
na
população.
Sementes coletadas de uma APS poderão ser usadas na formação de povoamentos
destinados à formação de APSs de gerações sucessivas de seleções massais, gerando
sementes de melhor qualidade genética a cada geração no processo. Assim, é importante que
se conheça o histórico da APS de onde se originou a semente.
Pomar de Sementes (PS)
O pomar de sementes é o povoamento constituído de matrizes com alto grau seleção genética,
manejado e destinado a produzir sementes melhoradas. Normalmente, ele é composto de
clones de um número reduzido de árvores de alto valor genético, ou de mudas produzidas com
suas sementes. As árvores matrizes componentes do pomar são selecionadas para algumas
características específicas como alta produtividade em alguma região específica, rápido
crescimento, densidade da madeira, tolerância a fatores adversos do ambiente etc. Portanto, o
tipo de cada pomar precisa ser especificado quanto às características de seleção a que seus
componentes foram submetidos. A qualidade genética das sementes produzidas no pomar é
da melhor possível, originando mudas com maior vigor e homogeneidade e pequeno número
de descartes. Com esse tipo de semente, aumenta-se a eficiência do viveiro, bem como a
produtividade da floresta formada com essas mudas.
Substratos
A definição do substrato a ser utilizado num viveiro florestal, depende da análise de uma série
de fatores, dentre eles destacando-se:
a) Espécie a ser semeada,
b) Disponibilidade próxima do local do viveiro de matérias-primas para composição do
substrato, caso a decisão seja a produção própria do produto.
c) Sistema de irrigação utilizado nas diferentes etapas da produção da muda (semeadura,
crescimento e rustificação)
d) Tipo de embalagem utilizada
e) Relação custo/benefício
Atualmente, o uso do solo puro como substrato para viveiros hoje, não tem sido muito utilizado
por diversas razões, podendo-se destacar entre elas, o problema ambiental criado com a
retirada do solo, principalmente em grandes quantidades, e a dificuldade de manuseio do
mesmo no viveiro, pois solo é pesado para manuseio, se for de superfície, pode carregar
sementes de plantas invasoras e esporos de patógenos, e é impróprio para a utilização em
recipientes como os tubetes plásticos.
Existem vários componentes que podem ser utilizados para a produção de substratos,
classificados como inertes: vermiculita (nome comercial de produto a base de mica expandida),
casca de arroz carbonizada, moinha de carvão vegetal e, orgânicos: turfa, bagaço de cana
decomposto, fibra de coco, estercos de bovino, aves e suínos, cascas de pínus ou eucaliptos,
compostos derivados de resíduos orgânicos, etc.
Cada um destes componentes, apresenta suas peculiaridades com relação a teor de nutrientes
(macros e micros) e a disponibilização dos mesmos às mudas, condutividade elétrica,
capacidade de retenção e disponibilização de água, compactação sob irrigação, granulometria
e porosidade, etc.
A produção de substratos normalmente envolve conhecimentos específicos sobre as
características físico-químicas de seus componentes, a maneira pela qual interagem quando
misturados, e suas implicações na produção das mudas, variam em função da espécie e tipo
de produção (sementes/estaquia), do sistema de irrigação disponível no viveiro, e da
disponibilidade local dos componentes a serem utilizados.
É desejável que o substrato possua características como: Porosidade: é determinada pelo grau
de agregação e estruturação das partículas que compõem o substrato, devendo apresentar um
bom equilíbrio entre os microporos que retém água, e os macroporos que retém ar. Esse
equilíbrio é que determinará a capacidade de drenagem do substrato.
Retenção de umidade: de grande importância para se determinar o regime de irrigação, a
retenção de umidade é determinada pelo teor e quantidade e qualidade dos componentes do
substrato, principalmente a matéria orgânica e alguns tipos de material inerte, como a
vermiculita.
Alguns materiais como a fibra de coco, retém grande quantidade de água , o que pode reduzir
substancialmente a necessidade de irrigações ao longo do dia, principalmente no inverno.
Granulometria: é recomendável que os componentes do substrato apresentem densidade
semelhantes, para evitar fracionamento das partes, principalmente no momento do enchimento
das recipientes, quando se utiliza mesa vibradora. Componentes muito finos, também podem
interferir na capacidade de drenagem do substrato, o que é prejudicial para a formação das
mudas.
pH: A acidez de um substrato é medida ao final da mistura de componentes, devendo variar
entre 6 a 6,5 (medido em H2O). Valores abaixo ou acima desta faixa trazem problemas à
formação das mudas devido a indisponibilidade de alguns nutrientes e fitotoxidez. O ajuste do
pH do substrato (acidificação ou calagem) nem sempre fornece bons resultados, por isso, a
escolha de componentes da mistura que variem o pH dentro da faixa recomendada, e a
mistura resultante mantém-se dentro da faixa de tolerância, com um bom poder tampão,
facilita o manejo deste parâmetro.
Características químicas desejáveis:
pH em H2O = 6,0 a 6,5
Fósforo = 300 a 600 g/cm3
Potássio (níveis de (K/T x 100) = 5 a 8%
Cálcio + Magnésio (níveis de Ca + Mg/T x 100) = 85 a 95%
Obs.: T = capacidade de troca catiônica
Procedimentos de preparo do substrato
Os componentes devem ser acondicionados perto do local onde será realizada a mistura,
preferencialmente, previamente peneirados (p. e. terra ou areia) e beneficiados (p. e. casca de
arroz ou húmus).
A mistura deve ser realizada após determinação das proporções de cada componente (peso ou
volume), com o uso de pás ou misturadores elétricos (betoneiras ou equipamentos específicos
para viveiro) (Figura 1).
O produto final, deverá estar homogeneizado, sem apresentar fracionamento entre os
componentes. Para a sua utilização, deverá ser previamente umedecido, porém sem
apresentar escorrimento quando apertado na mão.
Figura 1. Misturador para substrato (CESP).
No momento da utilização deve-se realizar a adubação do substrato, realizando-se a mistura
novamente com a utilização de pás ou equipamento elétrico, para a melhor homogeneização.
Algumas proporções possíveis de misturas:
Tipo 1:
Casca de pínus decomposta e moída (triturador de martelo): 33,3%
Húmus: 33,3%
Carvão de palha de arroz: 33,3%
Tipo 2:
Casca de pínus decomposta e moída: 25%
Carvão de palha de arroz: 25%
Vermiculita fina: 25%
Turfa ou húmus: 24%
Solo vermelho: 1%
Sugestão de adubação (considerando-se 1 m3 de substrato):
Sulfato de amônio: 800 g
Cloreto de potássio: 200 g
Super fosfato simples: 4000 g
FTE BR 10 *: 1000 g
(*) produto comercial para adubação de micronutrientes
Os componentes, proporções e adubações sugeridas, apenas ilustram algumas possibilidades,
devendo ser adaptados de acordo com as necessidades de cada produtor.
Outro aspecto que deve ser considerado, no caso da produção de substrato pelo viveirista, é a
necessidade de se processar a desinfecção do mesmo, para eliminação de fungos patogênicos
e sementes de invasoras que podem estar misturadas nos componentes orgânicos do
substrato. Uma possibilidade, no caso de pequenas quantidade, é espalhar o substrato em
uma camada não maior que 10 cm sobre uma lona preta, e recobri-lo com esse mesmo
material, sob o sol. Decorridos 48 horas, estará pronto para o uso. Para quantidades maiores,
pode-se utilizar vapor para a esterilização, realizada com o uso de equipamentos próprios
alimentados com lenha, gás ou óleo combustível, de acordo com a preferência do produtor.
Sistemas de plantio
Considerações gerais sobre o plantio
O plantio e uma das operações mais importantes para o sucesso da implantação de florestas.
A adoção do sistema adequado requer uma definição clara de objetivos e usos potenciais dos
produtos e subprodutos que se espera da floresta. O sucesso de um plantio e a obtenção de
povoamentos produtivos e com madeira de qualidade deve ser pautado por práticas
silviculturais como: a escolha e limpeza da área, controle de pragas e doenças, definição do
método de plantio e tratos culturais.
O plantio se caracteriza pela colocação da muda no campo. Pode ser mecanizado, manual ou
semi mecanizado, dependendo da topografia, recursos financeiros e disponibilidade de mão de
obra e/ou equipamentos.
- O plantio mecanizado ou semi mecanizado aplica-se onde a topografia e plana possibilitando
o uso de plantadoras traquinadas por tratores. As plantadoras, normalmente, fazem o
sulavento, distribuem o adubo e efetivam o plantio. No sistema semi mecanizado, as operações
de preparo de solo e tratos culturais são mecanizados, o plantio propriamente dito e´ manual.
- O plantio manual e recomendado para áreas declivosas ou em situações onde não e´ viável o
uso de maquinas agrícolas.
Os plantios de eucaliptos realizados no sul do Brasil, em sua maioria , adota o sistema manual
em função da rusticidade da espécie, da disponibilidade de mão de obra e em muitas situações
pelas condições topográficas.
Alguns fatores importantes devem ser definidos previamente antes do plantio propriamente
dito, com destaque para o espaçamento de plantio, as operações de manejo, os tratos culturais
e a adubação das mudas. Constituem-se operações básicas para a implantação de um maciço
florestal o preparo de solo e plantio.
Preparo do solo
Planejamento do plantio
No planejamento definem-se as vias de acesso e o dimensionamento/posicionamento dos
talhões, ações que facilitarão as operações de plantio, tratos culturais, operações de proteção,
principalmente controle de fogo e as operações de retirada da madeira.
Observe-se que o dimensionamento/posicionamento dos talhões assume importância
estratégica, pois as operações de exploração (derrubada e retirada da madeira) são
responsáveis por mais de 30% do custo da madeira produzida e colocada no pátio da fabrica
Construções de estradas
A construção das vias de acesso devem considerar a distancia máxima do arraste ou
transporte da madeira no interior da floresta, que por razoes técnicas e econômicas não devem
ultrapassar os 150 m. Assim, os talhões devem ser dimencionados com no máximo 300 m de
largura, com cumprimento variando de 500 a l000 m.
A definição do tamanho do talhão é importante também para a proteção da floresta em caso de
incêndio, por exemplo, em áreas declivosas, a distância de arraste não deve exceder a 50 m.
Aceiros
Os aceiros separam os talhões e servem de ligação às estradas de escoamento da produção.
Podem ser internos ( com largura de 4 a 5 m) ou de divisa ( com largura de 15 m).
Recomenda-se ainda que a cada 4 ou 5 talhões estabeleça-se aceiros internos de 10 m de
largura. É desejável que os aceiros possuam leitos carroçáveis com aproximadamente 60 % da
largura.
A área total ocupada por aceiros, considerando áreas planas ou suavemente onduladas deve
ser de 5% da área útil.
Limpeza
A limpeza da área para plantio corresponde às operações de derrubada, remoção e
enleiramento da vegetação/resíduos da exploração.
Na limpeza recomenda-se retirar apenas o material lenhoso aproveitável, como por exemplo a
lenha ( energia ou carvão) e madeira para serraria, moirões etc, sendo que o restante do
material, considerado como resíduo da exploração, deve permanecer no campo como uma
importante reserva de nutrientes.
Dependendo da densidade da vegetação a ser retirada e da topografia do local (observe-se os
aspectos legais), pode-se utilizar equipamentos e/ou maquinas pesadas.
Dentre eles podemos citar o correntão, indicado para áreas de capoeira e cerradões; laminas
frontais empuradeiras ou frontais cortadeiras. As laminas frontais cortadeiras são mais
apropriadas pois fazem menor
Preparo do solo propriamente dito
As áreas destinadas ao cultivo de essências florestais devem receber cuidados especiais, visto
que dela dependerá, em grande parte, o resultado econômico da atividade.
O principal objetivo do preparo da área é oferecer condições adequadas ao plantio e
estabelecimento das mudas no campo. Como condições adequadas podemos considerar a
redução da competição por ervas daninhas, melhoria das condições físicas do solo ( ausência
de compactação) e a presença de resíduos da exploração (folhas e galhos devidamente
trabalhados para não prejudicarem as operações que demandam uso de maquinas).
Estes resíduos são importantes na manutenção da matéria orgânica
consequentemente na ciclagem e disponibilização de nutrientes às plantas.
no solo
e
Recipientes
A escolha do recipiente determina todo o manejo do viveiro, o tipo de sistema de irrigação a ser
utilizado e sua capacidade de produção anual.
Dentre os tipos de recipientes que podem ser utilizados na produção de mudas de pínus,
podem-se citar:
a) Sacos plásticos: ainda hoje utilizados, porém seu uso vem diminuindo gradualmente, devido
a grande quantidade de substrato ou solo necessário ao seu enchimento, peso final da muda
pronta, área ocupada no viveiro, diminuindo a produção/m2, maior necessidade de mão-deobra em relação à outros tipos de recipientes e, dificuldades de transporte, além de gerar
grande quantidade de resíduos no ato do plantio devido ao seu descarte. Tem como vantagem
o baixo custo, a possibilidade de utilização de sistemas de irrigação simples, e a possibilidade
de obter mudas de maior tamanho, valorizadas para ornamentação, dependendo da espécie
semeada.
b) Laminado de pínus: com características semelhantes às dos sacos plásticos, este tipo de
embalagem apresenta como vantagem, a possibilidade de utilização de toretes de madeira,
refugo de grandes laminadoras, que ainda podem ser desdobrado em lâminas por pequenos
tornos, a custo bastante reduzido. As suas desvantagens são as mesmas dos sacos plásticos,
e requer mão-de-obra para a sua confecção. Necessita de um bom controle do tempo de
formação das mudas, para que não se degrade antes do período de plantio devido ao ataque
de fungos decompositores de madeira e, requer cuidados no transporte, visto que, por não ter
fundo, pode desagregar e perder o substrato, expondo as raízes e causando o seu
ressecamento, o que compromete a sobrevivência das mudas no campo.
c) Tubetes plásticos: utilizados na capacidade de 50 cm3 e acondicionados em bandejas
próprias, são as recipientes que melhor aceitação tem no mercado atualmente. Apresenta
como vantagens o uso racional da área do viveiro, permitindo o acondicionamento de um
número grande de mudas, a possibilidade de automatização do sistema de produção de
mudas, desde o enchimento das recipientes, até a semeadura e expedição das bandejas para
a área de germinação. Os tubetes também possibilitam a sua reutilização, que pode chegar a 5
anos, dependendo da qualidade do plástico utilizado na sua confecção e do armazenamento
adequado à sombra.
O uso de tubetes requer um cronograma rígido de produção e expedição de mudas para o
campo. A manutenção das mudas por um período muito além do período de rustificação pode
causar problemas de enovelamento de raízes e deficiências nutricionais, o que se traduz em
menor sobrevivência das mudas no campo no plantio, ou mortes posteriores, por problemas de
má capacidade de absorção de água da planta ou tombamentos pelo vento das árvores devido
à má distribuição das raízes no solo em função do enovelamento acontecido na fase de viveiro
(fotos 1 e 2).
Enchimento de recipientes
A colocação do substrato nas recipientes, requer cuidados para se evitar que o mesmo tornese compactado, prejudicando a germinação das sementes e o desenvolvimento do sistema
radicular, o que pode comprometer a sobrevivência das mudas no plantio e o desenvolvimento
futuro da árvore. Para recipientes de enchimento manual, como os sacos plásticos e laminados
de pínus, apenas a experiência poderá definir o quanto o substrato poderá ser compactado
manualmente de modo a não se desagregar na hora da retirada da muda, e ao mesmo tempo
permitir
um
bom
desenvolvimento
do
sistema
radicular.
No caso dos tubetes, existem máquinas próprias para a atividade de enchimento de substrato,
também conhecidas com mesas vibratórias, que permitem dosar a quantidade de substrato e a
compactação do mesmo por todo o perfil da embalagem de maneira adequada (Figura 1).
É importante ressaltar, que para qualquer tipo de embalagem ou substrato, no momento do
enchimento, este deve estar umedecido (nunca encharcado), para a melhor agregação das
partículas e a compactação adequada. Substratos secos não agregam as partículas e não
permitem compactação, e no caso de recipientes sem fundo como laminados e tubetes,
escoam pela parte de baixo.
Sistemas de irrigação
A irrigação é uma dos fatores de maior importância do viveiro. O excesso e a falta d'água,
podem comprometer qualquer uma das fases de formação das mudas.
À escolha do equipamento adequado, associa-se o manejo do sistema como um todo, onde
devem ser considerados dentre outros fatores, o tipo de substrato e recipientes utilizados pelo
produtor, a espécie escolhida para a produção de mudas, a fase em que a muda se encontra
de desenvolvimento (germinação incluindo repicagem, crescimento ou rustificação), a época do
ano em que se está produzindo, a região onde está instalado o viveiro em função da
temperatura e do regime de chuvas e, hora do dia em que se está realizando a operação de
irrigação.
Assim, em regiões calor intenso com inverno ameno, normalmente, a exigência das mudas por
água em qualquer fase do desenvolvimento é maior que em regiões de clima temperado. Por
outro lado, alguns tipos de substratos, por terem menor capacidade de retenção de água,
exigem que se aplique mais água a cada irrigação, ou que se aumente a freqüência das
mesmas.
As horas do dia em que deverão ocorrer a irrigação também merecem atenção. Nos períodos
mais quentes do dia, geralmente entre 12 a 14h30' não se deve praticar a irrigação, sob pena
de queimar as mudas. É recomendável que a mesma se processe nas primeiras horas do dia,
após as 15h00' e ao entardecer. O tempo que o sistema deve permanecer ligado, e o número
de irrigações ao longo do dia, deve ser determinado pela experiência, observando-se se após a
irrigação se processar o substrato se encontra suficientemente úmido sem estar encharcado, e
se no intervalo entre uma irrigação e outra, não ocorre murchamento das mudas por falta de
água.
É importante ressaltar, que para cada etapa de formação das mudas, e para diferentes tipos de
recipientes, existem diferentes sistemas de irrigação, com bicos de diferentes vazões, pressão
de trabalho e área de cobrimento (Figura 1).
Existem no mercado empresas especializadas que prestam assessoria e ajudam o produtor a
determinar o melhor equipamento para o seu sistema de produção.
Irrigação por aspersão em mudas de Pinus taeda em início da fase de rustificação
Etapas de formação das mudas
A formação das mudas de eucalitpo é uma das fases mais importantes de sua produção e se
constitui de etapas às quais devermos dedicar o máximo esmero.
1. Semeadura
2. Crescimento das mudas
3. Rustificação das mudas
Preparo da semeadura e semeio
As sementes de eucaliptos, por seu tamanho, apresentam-se muitas vezes, com uma
quantidade alta de material inerte misturado, principalmente sementes não fecundadas,
reduzindo o número de sementes viáveis por kg. É recomendável passar a semente por um
separador de ar. Este procedimento aumenta a eficiência da semeadura, evitando que
sementes vazias sejam semeadas no lugar das férteis. Com o uso de peneiras classificadoras
(malhas de 2,0 mm; 1,68 mm; 1,41 mm e 1,19 mm) e agitador mecânico, pode-se separar as
sementes do lote a ser semeado por tamanho. Este procedimento aumenta o seu teor de
pureza e a velocidade de germinação das sementes. Recomenda-se semear as sementes
grandes em lotes separados das pequenas, de modo a aumentar a eficiência do viveiro.
O processo de semeadura pode ocorrer manualmente ou com o uso de equipamento
automático, próprio para esse fim (Figura 1), com diferentes concepções e produtividades, que
podem ser adquiridas no mercado. O que determinará a escolha do método a ser empregado é
a quantidade de mudas a ser produzida anualmente, justificando-se ou não a mecanização da
atividade e, qual o porte do equipamento a ser comprado.
Máquina à vácuo para semeadura
A semeadura manual é vantajosa para pequenas quantidades de sementes, porém, alguns
cuidados
devem
ser
observados:
Após o enchimento das recipientes, proceder uma cavidade rasa central no substrato com uma
pequena haste com diâmetro aproximado de 0,7 cm, que pode ser de madeira. A profundidade
da cavidade não deve superar o tamanho da semente deitada. Este procedimento evita que a
semente seja enterrada a uma profundidade que impossibilite a germinação, e ao mesmo
tempo que seja sua deposição ocorra de forma descentralizada, encostada na parede do
tubete,
o
que
compromete
o
desenvolvimento
das
raízes.
A semeadura manual é feita com a utilização de seringas dosadoras, que permitem regulagem
em função do tamanho médio das sementes.
Peneirar sobre os tubetes semeados uma fina camada do próprio substrato ou vermiculita fina
pura, estando o material levemente umedecido. Essa camada não deve ser maior que metade
da altura da semente deitada (aproximadamente 1 mm), para permitir a manutenção da
umidade sobre a semente, sem contudo enterrá-las.
O uso do semeador automático dispensa a marcação das cavidades, e muitos modelos
realizam o recobrimento das sementes com vermiculita em apenas uma operação. A eficiência
da máquina aumenta muito com a utilização das sementes previamente peneiradas e
separadas por tamanho.
Repicagem
Normalmente, devido ao pequeno tamanho das sementes de eucaliptos, não se consegue
semear apenas uma por embalagem, principalmente no caso da semeadura manual,
produzindo-se um número que pode ser grande de plântulas por recipiente, e que
necessariamente deverão ser removidas mantendo-se apenas uma. A utilização da repicagem
aumenta o aproveitamento das sementes germinadas, reduzindo custos na compra deste
insumo e, permitindo um ganho de tempo no cronograma de formação de novas mudas.
O processo de repicagem deve ser realizado à sombra, quando as plântulas se apresentarem
com um tamanho entre 2,5 a 3,0 cm, e o arranque só deverá se realizado após uma irrigação
profunda do substrato, de modo a torná-lo o mais solto possível. Deve-se selecionar para
permanecer no recipiente a plântula mais central e vigorosa, retiradas todas as outras,
descartando-se da repicagem as que não apresentarem tamanho adequado, ou não estiverem
sadias e vigorosas.
As plântulas selecionadas para a repicagem são transportadas para pequenos recipientes
plásticos rasos, cheios de água. Deve-se promover a repicagem o mais rapidamente possível.
Os recipientes que receberão as novas mudinhas, também deverão estar previamente
irrigados. Procede-se então um furo central no substrato, com o uso de um furador de madeira
com o diâmetro aproximado de 8 mm, e uma profundidade de 3,5 a 4,0 cm, onde serão
inseridas as plântulas a serem repicadas, após passarem por uma pequena poda de raiz, para
a eliminação das radículas laterais. Após a inserção da mudinha no furo, tapá-lo com uma
pequena quantidade de substrato fresco e pouco úmido, mas não totalmente seco. Nesta
etapa, deve-se evitar o enovelamento da raiz e, o enterramento excessivo dos caules,
mantendo-se as folhas cotiledonares acima do substrato. Para tanto, é necessário puxar
levemente a plântula para cima.
Comprimir levemente o substrato ao redor da muda, evitando-se o esmagamento do caule.
Proceder imediatamente uma irrigação, mantendo o substrato sempre úmido, porém sem
encharcamento. As mudas permanecerão à sombra (sombrite 50%) por um período de 10 a 15
dias, até o seu completo pegamento, irrigadas de modo a evitar o tombamento da parte aérea.
Após este período, entram na seqüência normal de produção, recebendo as primeiras
adubações de arranque.
Sombreamento
As sementes requerem um período de aproximadamente uma semana de sombra para a sua
perfeita germinação, devendo então serem descobertas.
No caso da utilização de sacos plásticos e laminados de pínus que podem ser encanteiradas
no chão, pode-se utilizar materiais como capim seco, folhas secas de palmeiras, esteiras
rústicas de colmos de bambus para proteger as sementes do sol. Essas proteções não devem
ser muito compactas, para permitir a circulação de ar, e a passagem de um pouco de luz (em
torno de 50%).
No caso de sistemas com maior grau de tecnologia, que se utilizem de tubetes, pode-se utilizar
de mantas plásticas (sombrite), que podem ser adquiridas com diferentes graus de
interceptação da luz. Geralmente, esses sistemas contemplam o uso de casas de germinação,
que nada mais são que estufas plásticas apropriadas para este fim (Figura 1). Neste caso,
consegue-se uma vantagem inicial, que é a proteção contra as geadas, no caso de
semeaduras em época de inverno e, das chuvas fortes, que costumam provocar a perda das
sementes por lavagem do substrato
Casa de germinação com cobertura de plástico e sombrite 50%
Decorrido o período de germinação, as mudinhas devem ser descobertas do sombrite, sendo
transferidas para estufas semelhantes, recobertas apenas com plástico ou, transferidas para
pleno sol.
O processo completo envolvendo as duas fases, requer um tempo aproximado de 7 a 10 dias
no verão, e de 10a 15 no inverno.
Irrigação
Durante a de germinação das sementes e do início de crescimento das mudas, a irrigação das
mudas requer extremo cuidado, pois são fases muito sensíveis à falta ou excesso de água.
Cuidados como hora ideal para o seu procedimento, freqüência, qualidade da água e
encharcamento, já foram discutidos no item Sistemas de irrigação.
Recomenda-se durante todo esse período o consumo de não mais que 6 l de água/m2 de
viveiro/dia. Essa quantidade deve ser ajustada para cada região, tipo de substrato utilizado, e
período do ano em que as mudas estão sendo produzidas.
A Figura 1 é ilustrativa doe efeitos negativos do excesso de água na etapa de germinação, que
se torna irregular, além da formação de algas verdes em abundância, que competem com as
plântulas por luz e nutrientes.
Adubação
Na fase de germinação das sementes, não se recomenda o uso de adubações.
Os substratos adquiridos no mercado, normalmente já vem com uma quantidade de nutrientes
suficiente para as necessidades nutricionais das plântulas neste período inicial.
Para os substratos formulados pelo produtor, deve-se proceder a incorporação de adubos
conforme mencionado no item 2 - Substratos.
Densidade de mudas
Nesta etapa, as mudas apresentam um aumento das necessidades nutricionais e de consumo
de água, devido à aceleração do seu metabolismo. Ocorre também uma busca mais intensa
das plantas por luz solar, resultando na necessidade de modificações no manejo que vinha
sendo adotado para a fase de germinação.
No caso de utilização de sacos plásticos ou laminados de pínus, é possível manter as mudas
no espaçamento original da montagem dos canteiros (100% de ocupação do solo), devido ao
tamanho dos recipientes. Já para os tubetes, deve-se adotar a intercalação das mudas, com
ocupação de 50% da área de cada bandeja. Esta prática permite aeração melhor entre as
mudas, reduzindo o risco de contaminação com fungos fitopatogênicos, possibilita melhor
irrigação e aplicação de adubos e, permite melhor insolação das mudas.
Irrigação
A irrigação das mudas nesta fase deve sofrer um aumento em relação à de germinação ser
condizente com o aumento da biomassa das plantas, e de seu maior metabolismo.
As recomendações sobre os horários para se processá-las, bem como os cuidados com
encharcamento ou falta d'água, são as mesmas em relação à fase de germinação.
As quantidades de água a serem aplicadas variam em função do período do ano, do tipo de
substrato e, da embalagem utilizada. No caso dos tubetes, no verão, recomenda-se uma
aplicação que não deve ultrapassar 13 l/m2 de viveiro/dia. No entanto, os ajustes devem ser
feitos pelo viveirista para cada situação, verificando o estado de turgidez das mudas e o
escorrimento de água do substrato quando apertado entre os dedos.
Adubação
Devido ao ritmo acelerado de crescimento nesta fase, as mudas precisam de uma
suplementação maior de nutrientes, sob pena de apresentarem deficiências que comprometem
o
seu
desenvolvimento
e
podem
levar
à
morte.
Imediatamente após a saída da fase de germinação, não se recomenda uma adubação muito
carregada, para que as mudas não tenham os tecidos mais jovens e menos lignificados
queimados pelo adubo. Dentre várias possibilidades, sugere-se a separação da adubação
nesta etapa em duas fases distintas:
a) Adubação de arranque (1a a 3a semana após a saída da fase de germinação):
Super fosfato simples: 4,6 g/l
Sulfato de amônio: 0,3 g/l
Cloreto de potássio: 2,1 g/l
FTE BR 10: 0,5 g/l
Solubilizar os adubos em água e aplicar 3 l dessa solução para cada 1000 tubetes (6 a 8
aplicações intercaladas a cada 3 dias).
Antes da aplicação da solução de adubos, é importante reduzir-se a irrigação das mudas,
provocando um pequeno murchamento das mudas, de modo a otimizar o aproveitamento da
solução, que de outra forma se perderia por saturação de água no substrato. As aplicações
devem ser realizadas às primeiras horas do dia, ou ao entardecer, e nunca nos horários de
maior insolação e calor. Após a adubação, proceder imediatamente uma irrigação para
lavagem da parte aérea, evitando a queima das acículas pelos adubos, especialmente o sulfato
de amônio.
O ritmo proposto entre as aplicações, mantém a quantidade de nutrientes no substrato,
acelerando o ritmo de crescimento das plantas, ao evitar uma quebra da disponibilidade dos
mesmos se os intervalos de aplicações fossem esparsos.
b) Adubação de crescimento (iniciada após a adubação de arranque):
Uréia: 8,0 g/l
Yoorim MG (ou super fosfato simples): 6,0 g/l
Cloreto de potássio: 6,0 g/l
FTE BR 10: 0,5 g/l
Solubilizar os adubos em água e aplicar 3 l dessa solução para cada 1000 tubetes (5 a 20
aplicações intercaladas a cada 3 ou 4 dias).
As adubações podem ser processadas manualmente, com a utilização de regadores, o que
exige mão-de-obra previamente treinada para se evitar a aplicação irregular dos adubos, ou
com o uso de aplicadores automáticos, que processam as adubações nas concentrações e
horas pré estabelecidas (Figura 1)
Sistema de aplicação de adubo por condutividade elétrica.
A aquisição destes sistemas é definida em função do tamanho do viveiro e a quantidade de
mudas a ser produzida anualmente
Padronização das mudas
Ao final das adubações de crescimento, as mudas devem estar vigorosas, com a copa bem
formada e o sistema radicular abundante, notando-se nas extremidades das raízes
secundárias, as formações dicotômicas próprias das micorrizas. Nesta etapa, o tamanho das
copas deve estar se aproximando ao comprimento dos tubetes, mantendo uma relação parte
aérea/sistema radicular de 1:1 aproximadamente e, com o diâmetro de colo aproximando-se de
3
mm.
Deve-se processar uma seleção das mudas e, as que estiverem fora de padrão, Rustificação
das mudas
A etapa de rustificação trata da preparar a muda fisiologicamente para o plantio e as primeiras
semanas que o sucedem.
Nesta etapa, as mudas deverão ser preparadas para a ida ao campo, com reserva nutricional
disponível para o pronto crescimento e, ao mesmo tempo, resistentes ao estresse provocado
pelas atividade de plantio (falta de água, retirada dos tubetes e transporte).
Algumas práticas de rustificação das mudas envolvendo manejo do regime de água e
adubação podem minimizar esses problemas.
Durante o processo de rustificação deve-se, portanto, considerar os seguintes
Irrigação
A irrigação para rustificação das mudas deve ser paulatinamente diminuída, permitindo um leve
murchamento dos ápices, porém, sem crestamento. O processo de rustificação deve ocorrer
num prazo de 10 a 15 dias no máximo, e a freqüência deverá partir de duas até uma vez por
dia.
Adubação
Antes de proceder as adubações de rustificação, proceder a lavagem acentuada das acículas
para arraste de nitrogênio. Após a lavagem, cortar a irrigação até leve murchamento dos
ápices, porém, sem crestamento.
A formulação apresentada permite que a haja uma diminuição do ritmo do crescimento em
altura das mudas, ao mesmo tempo, favorecendo o desenvolvimento do sistema radicular e
engrossamento do diâmetro do colo, o que se traduz em menos tecidos túrgidos e maior
reserva nutricional para o período inicial pós plantio, quando as raízes deverão iniciar a
exploração do solo ao seu redor. As concentrações e produtos apresentados podem ser
ajustadas de acordo com as necessidades do produtor.
Sulfato de amônio: 5,0 g/l
Super fosfato simples ou Yoorim MG: 10,0 g/ l
Cloreto de potássio: 4,0 g/l
FTE BR 10: 0,5 g/l
Solubilizar os adubos em água e aplicar 3 l dessa solução para cada 1000 tubetes (aplicações
intercaladas a cada 3 ou 4 dias para um máximo de ocupação de 500 tubetes/m2).
Na etapa de rustificação, o excesso de chuvas pode acarretar deficiências sérias de nitrogênio
e eventualmente potássio. O produtor deve ficar atento aos sintomas de deficiência nutricional
que eventualmente o lote passe a apresentar, e providenciar as correções necessárias.
Padronização das mudas
As mudas após o final da etapa de rustificação, deverão passar por um processo de seleção e
padronização. Mudas que estiverem fora dos padrões estabelecidos, deverão regressar à fase
de rustificação ou, eventualmente, para a de crescimento.
Altura da parte aérea: 14 a 15 cm
Diâmetro de colo: 3 a 4 mm
Sistema radicular ocupando toda a área interna do tubete com bom desenvolvimento e
coloração branca (Figura 1)
Detalhe de sistema radicular bem conformado
Nutrição, Adubação e Calagem.
Importância da nutrição mineral
Embora o eucalipto tenha rápido crescimento, este é muito variável. Os principais fatores que
interferem no crescimento estão relacionados com o material genético utilizado e com as
condições de solo onde é plantado. Geralmente, são utilizados os solos de baixa fertilidade
natural, sendo necessária sua correção com a aplicação de fertilizantes.
Avaliações nutricionais em plantios de Eucalyptus spp são importantes para recomendações de
uso de fertilizantes minerais, pois propiciam melhor aproveitamento dos nutrientes, resultando
em aumento da produtividade florestal. A amostragem correta das árvores é fundamental, para
o sucesso dos estudos nutricionais.
Recomendações de amostragem foliar
Recomenda-se coletar amostras, em árvores dominantes, de folhas recém maduras do meio
da copa, durante o verão. Dependendo do regime de chuva e temperatura no período, algumas
variações podem ocorrer e neste caso as folhas que deverão ser amostradas podem não estar
completamente formadas e/ou ainda não totalmente madura.
As folhas devem estar completamente formadas. Nestas condições as folhas apresentam
seguintes características morfológicas: aspecto e cor: lisa e brilhante, com coloração verde
escura na parte superior e verde pálida na inferior; forma: lanceolada.
Recomenda-se que cada amostra seja composta por no mínimo no mínimo 3 árvores
dominantes. O número total de amostras compostas, por área, depende entre outros do local,
tipo de solo e do material genético plantando.
Em termos práticos recomenda-se a coleta de 10 a 20 amostras compostas, por gleba.
A interpretação das analises expressas em concentração do elemento nutriente nas folhas nos
da idéia da necessidade de reposição do nutriente deficiente.
Tabela. Teores de macro e micronutrientes considerados adequados para o Eucalyptus.
Teores
Observados *
Elemento) Mínimos Máximos
Teores
Adequandos *
N
(mg/g) 8,1
23,0
20,0
- 22,0
P
(mg/g) 0,7
1,3
0,9
- 1,4
K
(mg/g) 3,8
11,4
7,5
- 8,3
Ca (mg/g) 3,8
15,1
3,8
- 6,0
Mg (mg/g) 1,2
3,4
2,6
- 6,2
B
(µg/g) 12,0
104,0
20,0
- 60,0
Fe (µg/g) 62,0
491,0
80,0
- 200,0
Mn (µg/g) 151,0
2875,0
300,0 - 700,0
Zn (µg/g) 2,0
39,0
10,0
- 15,0
Adubção e calagem
Adubo mineral
Os nutrientes mais freqüentemente utilizados nas adubações de espécies florestais são o N, P,
K, e com menor freqüência o B e o Zn. O Ca e Mg são aplicados através de calagem. Em
plantações florestais é comum o uso de adubo simples, formado por apenas um composto
químico. Neste caso, normalmente são utilizados: Sulfato de amônio e uréia, como fontes de
nitrogênio; Superfosfato simples; Superfosfato triplo e Fosfato natural, como fontes de fósforo;
Cloreto de potássio e Sulfato de potássio, como fontes de potássio; - Bórax, como fonte de
boro.
Além dos adubos simples, existem os adubos formados a partir da mistura de dois ou mais
fertilizantes, os quais, representados por formulações, são denominados de adubos mistos. A
formulação do fertilizante varia de região para região, e de acordo com a cultura que será
aplicado. De maneira geral, na atividade florestal, o fósforo é colocado em maior quantidade
que os outros elementos, por ser normalmente aquele presente em menor concentração no
solo.
Calagem
O calcário é o corretivo mais usado para a correção do solo. Além de ser o mais disponível, é o
mais barato. Normalmente, é recomendada a aplicação de calcário dolomitico, que contém
além do Ca, concentração mais elevada de Mg.
Calcário
teor de MgO (%) teor de CaO (%)
Cálcico ou calcítico até 5
45 - 55
Magnesiano
5,1 - 12
33 - 44
Dolomitico
mais de 12
25 - 32 .
Épocas de aplicação
Identificada a necessidade de se fazer correções no solo, o próximo passo é determinar a
época mais adequada para aplicar o calcário e o fertilizante. A calagem é realizada durante o
preparo do solo e a adubação depende da espécie florestal utilizada, do solo, da idade das
plantas e da intensidade da colheita. Quando o solo é muito ácido (p./ex.: pH abaixo de 4,0) ou
apresenta baixos teores de Ca e Mg, a aplicação de calcário antes do plantio e durante a
rotação da cultura é necessária.
Normalmente, a adubação é realizada em duas etapas. A primeira, chamada de adubação
fundamental, é feita antes ou no momento do plantio, utilizando nitrogênio, fósforo e potássio. A
segunda, também chamada de adubação de manutenção, é realizada quando as árvores tem
entre 30 a 36 meses de idade. Nesse caso, é recomendado, para solos de baixa fertilidade, a
aplicação de 90 kg/ha de Cloreto de potássio (ou aproximadamente 50 g/ planta) e cerca de 2
toneladas de calcário por hectare. Em solos com altos teores de cálcio e magnésio, a
adubação de manutenção é realizada apenas com o Cloreto de Potássio.
Recomendação de calagem
De uma forma geral, as espécie florestais plantadas no Brasil são tolerantes à acidez do solo.
A calagem tem como objetivo maior elevar os teores de Ca e Mg nos solos do que a correção
do pH. Normalmente, as quantidades recomendadas elevam o pH a valores próximos a 5,5.
Dois métodos são recomendados para determinar a quantidade de calcário à ser aplicado. Um
método é baseado nos teores de Al no solo e o outro nos teores de Ca e Mg, conforme
mostrados a seguir:
A calagem é recomendada para elevar os teores de Ca e Mg no solo. Neste caso deve-se
aplica-lo antes do plantio e durante a rotação, juntamente com a adubação de manutenção. É
recomendada quando o solo é muito ácido (pH < 5,0) ou quando apresentar baixos teores de
Ca e Mg. O objetivo é elevar o solo a um pH próximo a 5,5 e/ou a Saturação de Bases entre 40
- 50%.
1. Com base nos teores de alumínio do solo:
t calcário/ha = 0,2 x mmol (+) Al+³ / dm³ no solo
Exemplo: teor de Al+³ no solo = 10 mmol(+) / dm³
t calcário/ha = 0,2 x 10 = 2
Recomendação = aplicação de 2 toneladas de calcáreio/ha
2. Com base nos teores de Ca e Mg do solo
t calcário/ha = 2 x [ 20 - (mmol(+) Ca+2 + Mg+2 / dm³ de solo)]
Exemplo: teor de Ca+2 + Mg+2 no solo = 19 mmol(+) / dm³
t calcário/ha = 2 x [20 - 19] = 2
Recomendação = Aplicação de 2 t /ha de calcário
Na prática não é aconselhável aplicar doses muito elevadas de calcário, pois além de se tornar
onerosa ela pode interferir na estrutura do solo e na microfauna. Assim, o ideal é aplicar no
máximo 2 toneladas. Caso seja necessário uma aplicação maior, por exemplo 4 toneladas, é
aconselhável dividir em 2 aplicações. A primeira aplicação antes do plantio e a segunda
quando o plantio estiver com 30 a 36 meses de idade, isto é, junto a adubação de manutenção.
Recomendação de adubação mineral
Não existem recomendações de adubação baseadas apenas nas análises de solo, e
especificas para as diferentes espécies florestais plantadas nos diferentes tipos de solo. De
maneira geral, pode-se recomendar a seguinte adubação:
Interpretação dos teores de P e K no solo, com base nos resultados da análise química
Teores no solo Interpretação
Baixo
Médio
Alto
P (mg/dm³)
menor ou igual a 3,0 maior que 3 e menor que 7
K (mmol(+)/dm³) menor ou igual a 0,5 maior que 0,5 e menor que 1,5
maior ou igual a 7
maior ou igual a 1,5
Recomendação de adubação com fertilizante mineral para eucaliptos, com base nos
teores de P e K do solo.
Interp.
P
B
B
M
M
A
A
Interp.
K
B
M/A
B
M/A
B
M/A
N
P205
K20 Fórmula
kg/ha
g/pl
30
30
30
30
30
30
120
120
90
90
60
60
60
45
60
45
60
30
375
400
300
320
220
300
220
240
180
190
130
180
08-32-16
10-30-10
08-30-20
08-28-16
08-28-16
10-20-10
B= baixo; M= médio; A=alta
As quantidades de adubos sugeridas são com base em um plantio no espaçamento 3m x 2m, o
que representa uma população de 1666 árvores/ha.
Adubação de plantio
A regra é colocar o adubo o mais perto possível da muda. O adubo pode ser aplicado na cova
ou no sulco de plantio. No primeiro caso o adubo deve ser colocado no fundo da cova antes do
plantio, bem misturado com a terra para evitar danos à raiz das mudas No segundo caso o
adubo é distribuído no fundo do sulco de plantio, aberto pelo sulcador, ou outro implemento
agricola.
Adubação de cobertura
Embora não seja uma prática comum a adubação de cobertura é indicada, pois ela
complementa a adubação de plantio. No caso de não se fazer a adubação de cobertura, a
quantidade recomendada para plantio e cobertura devem ser aplicadas no ato do plantio .
A adubação de cobertura é feita aproximadamente 3 meses após o plantio. O adubo é
distribuído ao lado das plantas, em faixas ou em coroamento. Após aplicação é recomendado
cobri-lo com terra.
Adubação de manutenção
Tem como objetivo fornecer K, Ca e Mg para as plantas. Deve ser aplicada quando as plantas
tiverem de 2,5 a 3,0 anos de idade. Nos caso de solo muito ácido ou baixos teores de Ca e Mg,
é recomendando aplicar juntamente com o potássio, o calcário dolomitico na quantidade de 2,0
toneladas por hectare.
A aplicação é feita distribuindo o adubo e o Calcário entre as linhas de plantio. Após aplicação
deve fazer uma incorporação superficial, isto é, a aproximadamente 5,0 cm de profundidade.
Pragas
O eucalipto foi introduzido no Brasil na década de 40 se adaptando as diferentes regiões do
Brasil. Sua proximidade taxonômica com diversas espécies brasileiras favoreceu a adaptação
de muitos insetos, logo após o início dos plantios. Os extensos plantios homogêneos e
contínuos, distribuídos por todo o Brasil forneceram grande quantidade de alimentos a estes
insetos.Aliada a disponibilidade de alimento a baixa diversidade interferiu no equilíbrio
ecológico destes insetos possibilitando seu aumento populacional descontrolado, tornando-os
pragas.
Formigas
Formigas cortadeiras
As formigas cortadeiras, conhecidas desde o século XVI e, já relatadas pelo Jesuíta José de
Anchieta em 1560 (Mariconi, 1970), são consideradas até hoje como o principal problema
entomológico das florestas brasileiras. No Brasil estes insetos são chamados de saúvas ou
quenquéns A primeira pertence ao gênero Atta com 10 espécies e 3 subespécies e a segunda
aos gêneros Acromyrmex, com 20 espécies e nove subespécies (Della Lucia et. al., 1993, cap.
3), e menos importante, os gêneros Sericomyrmex (9 espécies), Trachymyrmex (12 espécies) e
Mycocepurus
(3
espécies)
(Anjos
et.
al.,
1998).
Segundo Anjos, 1998 há estudos indicando que cerca de 75% dos custos e tempo gastos no
manejo integrado de pragas em florestas plantadas, ou 30% dos gastos totais até o terceiro
ciclo eram destinados ao manejo integrado de formigas. O desfolhamento causado por
formigas pode reduzir a produção de madeira no ano seguinte em um terço e, se isto ocorrer
no primeiro ano de plantio, a perda total do ciclo pode chegar a 13% da colheita. Em
ecossistemas tropicais as formigas consomem em média 15% da produção florestal.
Para o controle de formigas são utilizados principalmente produtos químicos na forma de iscas.
No entanto o manejo adequado dos plantios juntamente com o monitoramento é fundamental
para o sucesso deste controle
Formigas Saúvas
Saúvas são formigas cortadeiras do gênero Atta. Diferem-se das quenquéns por serem
maiores e possuirem apenas três pares de espinhos no dorso do tórax. Ocorrem somente na
América, sendo sua dispersao do sul dos EUA até a Argentina. Seus ninhos são denominados
sauveiros e são facilmente reconhecidos pelo monte de terra solta na superfície (Gallo et. al.
2002). A seguir serão listadas as espécies de saúvas e sua distribuição no território Nacional
de acordo com Della Lucia et. al., (1993).
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
Atta bisphaerica Forel, 1908 - "Saúva-mata-pasto" - SP, MG, RJ, Norte e Sul do Mato
Grosso.
Atta capiguara Gonçalves, 1944 - "Saúva-parda" - SP, MT e MG.
Atta cephalotes (L., 1758)- "Saúva-da-mata" - AM, RO, RR, PA, AP, MA, PE (Recife e
arredores) e Sul da BA. Provavelmente, ocorre no AC e Norte do MT.
Atta goiana Gonçalves, 1942 - "Saúva" - GO e MT.
Atta laevigata (F. Smith, 1858)- "Saúva-de-vidro" - SP, AM, RR, PA, MA, CE, PE, AL,
BA, MG, RJ, MT, GO e Norte do PR. Provavelmente, ocorre em RO, PI e SE.
Atta opaciceps Borgmeier, 1939 - "Saúva-do-sertão-do-nordeste" -PI, CE, RN, PB, PE,
SE e Nordeste da BA. Provavelmente ocorre em AL.
Atta robusta Borgmeier, 1939 - "Saúva-preta" - RJ.
Atta sexdens piriventris Santschi, 1919 - "Saúva- limão -sulina" - SP, Sul do PR, SC e
RS
Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908- "Saúva-limão" - SP, MG (Sul e centro), ES, RJ,
Sul do MT, Sul de GO e Norte e Oeste do PR.
Atta sexdens sexdens (L., 1758)- "Formiga-da-mandioca" - AM, AC, RO, RR., PA, AP,
Norte do MT, Norte de GO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA e Norte de MG.
Atta silvai Gonçalves, 1982- "Saúva" - Sul da BA.
Atta vollenweideri Forel, 1939 - "Saúva" - RS e MT.
Em Minas Gerais, as espécies mais frequentes e abundantes são: A. sexdens rubropilosa, A.
laevigata e A. bisphaerica.
Formigas quenquéns
São formigas cortadeiras, principalmente do genero Acromyrmex. Os formigueiros deste
gênero são pequenos e geralmente de poucos compartimentos (panelas). As operárias variam
muito de tamanho, mas geralmente são bem menores que as saúvas.
A ocorrência destas formigas vai desde a Califórnia (EUA) até a Patagônia, encontrando-se
espécies deste gênero na América Central, Cuba, Trinidad e América do Sul, exceto no Chile
As únicas espécies que não são da Região Neotropical são Acromyrmex versicolor versicolor
(Pergande) e A. versicolor chisosensis (Wheeler).
Comumente, encontram-se variações individuais na proporção dos espinhos do tronco e da
cabeça em espécimens pertencentes à mesma colônia. A caracterização taxonômica realizada
com base na proporção forma dos espinhos do tronco, o tipo de esculturação tegumentar e
disposição dos tubérculos no gáster (GONÇALVES, 1961) são sinais facilmente visualizados
nas operárias máximas.
Com as modificações nomenclaturais no subgénero Moellerius feitas por FOWLER (1988) e as
duas formas neárticas, além da descrição de Acro,nyrmexdiasi (GONÇALVES, 1983), o gênero
conta atualmente com 63 espécies nominais. Dessas, 20 espécies e nove subespécies foram
constatadas no Brasil. No Estado de São Paulo, dados sobre a atualização da distribuição
geográfica do gênero apontam 11 espécies seis subespécies (ANDRADE e PORTI, 1993)
Acromyrmex ambiguus Emry, 1887- ?Quenquém-preto-brilhante?- SP, BA e RS.
2. Acromyrmex aspersus (F. Smith, 1858)- ?Quenquém-rajada? - MG, SP, BA, ES, RJ, MT, PR,
SC e RS.
3. Acromyrmex coronatus (Fabricius, 1804) - ?Quenquém-de-árvore? SP, PA, CE, BA, ES, MG,
RJ, MT, GO, SC e MS.
4. Acromyrmex crassispinus Forel, 1909 - ?Quenquém-de-cisco e quenquém? - SP, RJ, RS,
MCI e DF.
5. Acromyrmex diasi (Gonçalves, 1983 - DF (Brasília).
6. Acromyrmex disciger Mayr, 1887 - ?Quenquém-mirim e formiga--carregadeira? - SP?, RJ,
MG, PR E SC.
7. Acromyrmex heyeri Forel, 1899- ?Formiga-de-monte-vermelha? PR, SC, RS e SP.
8. Acromyrmex hispidus fallAx Santschi, 1925- ?Formiga-mineira? PR, -SC, SP e RS.
9. Acromyrmex hispidus formosus Santschi, 1925 - PR de acordo com KEMPF (1972).
10. Acromyrmex hystrix (Latreille, 1802) - ?Quenquém-de-cisco-da--amazônia? - AM, PA, RO,
GO, BA e MT.
11. Acromyrmex landolti balzani Emery, 1890- ?Boca-de-cisco, formiga-rapa-rapa, formigarapa e formiga-meia-lua? - SP, MG, SC, GO e MS (MAYHÉ-NUNES, 1991).
12. Acromyrmex landolti fracticornis Forel, 1909 - MT e MS.
13. Acromyrmex landolti landolti Forel, 1884- AM, PA, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, BA, MG,
MT e AC.
14. Acromyrmex laticeps laticeps Emery, 1905 - ?Formiga-mineira e formiga-mineira-vermelha?
- SC, RS e PR
15. Acromyrmex laticeps nigrosetosus Forel, 1908- ?Quenquém-campeira?
16. SP, AM, PA, MG, MA, ,MT, GO, RO, BA e SC
17. Acromyrmex lobicornis Emery, 1887- ?Quenquém-de-monte-preta e formiga-de-montepreta? - BA e RS.
18. Acromyrmex lundi carli Santschi, 1925 - AM e PA.
19. Acromyrmex lundi lundi (Guérin, 1838) - ?Formiga-mineira-preta, quenquém-mineira e
quenquém-mineira-preta? - RS.
20. Acromyrmex lundi pubescens Emery, 1905 - MT.
21. Acromyrmex muticinodus (Forel 1901)-?Formiga-mineira?- CE, ES, RJ, SP, SC, MG e PR.
22. Acromyrmex niger (F. Smith, 1858)- SC, SP, CE, MG, RJ, ES e PR.
23. Acromyrmex nobilis Santschi, 1939 - AM.
24. Acromyrmex octospinosus (Reich, 1793) - ?Carieira e quenquém-mineira-da-amazônia? AM, PA e RR.
25. Acromyrmex rugosus rochai Forel, 1904 - ?Fortniga-quiçaçá? - SP CE, MT e DF.
26. Acromyrmex rugosus rugosus (F. Smith, 1858) - ?Saúva, formiga-lavradeira e formigamulatinha? - MS, RS, SP, PA, MÁ, PI, CE, RN, PB, PE, SE, BA, MG, MT e GO.
27. Acromyrmex striatus (Roger, 1863)- ?Formiga-de-rodeio e formiga de-eira? - SC e RS.
28. Acromyrmex subterraneus bruneus Forel, 1911 - ?Quenquém-de-cisco-graúcha.? -SP, CE,
BA, RJ, SC, MG e ES.
29. Acromyrmex subterraneus molestans Santschi, 1925 - ?Quenquém--caiapó-capixaba? CE, MG, ES, RJ, BA e SP, de acordo com AEDRADE e PORTI (1993).
30. Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 - ?Caiapó? -SP, AM, CE, RN, MG, RJ,
MT, PR, SC e RS
Cupins
Lagartas
As Lagartas consideradas pragas do Eucalyptus no Brasil podem ser classificadas em
desfolhadoras e broqueadoras.
As lagarta consideradas pragas do Eucalyptus no Brasil podem ser classificadas em
desfolhadoras e broqueadoras
Lagartas desfolhadoras
Lagartas broqueadoras
Besouros
Os besouros podem ser classificados como desfolhadores , coleobrocas e besouro de raízes.
Os besouros constituem um grupo de insetos muito importantes para a silvicultura brasileira.
Existem como pragas do eucalipto besouros desfolhadores, besouros coleobrocas e besouros
de raízes
Besouros desfolhadores
Os besouros desfolhadores constituem um grupo de insetos muito importantes para a
silvicultura brasileira. Estes estão incluídos em diversas famílias, principalmente as de
Chrysomelidae, Curculionidade, Scarabaeidae, Buprestidae. Dentro deste grupo a principal
espécie que apresenta importância para o setor florestal brasileiro é Costalimaita ferruginea.
Gonipterus scutellatus (Coleoptera: Curculionidade) é uma das piores pragas nativa dos
eucaliptais na Australia. Ele foi introduzido na Argentina em 1926 e, 30 anos depois, foi
encontrado nos eucaliptais do Rio Grande do Sul. Mais cerca de 30 anos e já está em São
Paulo. Não tardará e esta praga chegará aos maciços florestais de Minas Gerais, Espírito
Santo e Bahia. Outros insetos nativos do Brasil, como as de Naupactus, também atacam as
essências florestais. A família Buprestidae apresenta vàrias espécies de besouros que atacam
as folhas novas, mas principalmente roem os ponteiros e galhos tenros de eucaliptais jovens.
Suas espécias são ainda mal conhecidas pela Entomologia Florestal brasileira. A família
Scarabaeidade apresenta espécies desfolhadoras vorazes em muitos tipos de essências
florestais no Brasil, como Bolax flavolineatus, por exemplo. Tanto as larvas quantos os
besouros adultos são pragas de resflorestamentos de eucalipto e de várias culturas agrícolas.
1. Gonipterus gibberus (Boisduval, 1835) (Coleoptera: Curculionidae) - PR, RS e SC.
2. Gonipterus scutellatus (Gyllenhal, 1833) (Coleoptera: Curculionidae) - PR, RS e SC.
3. Sternocolaspis quatuordecimcostata (Lefréve, 1877) (Coleoptera: Chrysomelidae) - PA,
RN, MA, BA, SP, SC, PR
4. Costalimaita ferruginea vulgata (Lefréve, 1885) (Coleoptera: Chrysomelidae) - RN, PA,
MA, BA, GO, SP e PR
5. Bolax flavolineatus (Mann., 1829) (Coleoptera: Scarabaeidae)
6. Psylloptera spp. (Coleoptera: Buprestidae) SP, PR, BA....
Besouros coleobrocas
Platypus sulcatus (Chapius, 1865) (Coleoptera: Platipodidae) - SP, RS, PR
Phoracantha semipunctata (Fabricius, 1775) (Coleoptera: Cerambycidae) - origem australiana.
No Brasil foi detectada em 1950.
Achryson surinamum (L. 1767) (Coleoptera: Cerambycidae)
Mallodon spinibarbis (L. 1758) (Coleoptera: Cerambycidae
Besouro-de-raízes
Migdolus fryanus (Westwood, 1863). (Coleoptera: Cerambycidae)
Sugadores
Dentre os insetos que sugam a seiva e provocam danos no eucalipto, podem ser citados, os
psilideos, cigarrinhas, trips e pulgões. Estes primeiros são compostos por insetos de origem
australiana com introdução recente no Brasil
Para controle das principais pragas do eucalipto deve-se, sempre, considerar possibilidades de
manejo integrado, de controle biológico; inclusive utilizando-se insetos parasitóides e
predadores de pragas .
Sugadores
Os insetos sugadores são de grande importância para o eucaliptos por agrigarem os psilideos,
insetos saltadores, semelhante a pequenas cigarrinhas, pertencentes a Ordem Homoptera,
superfamília Psylloidea (Hodkinson, 1988
Sugadores
Psilideos
São chamados ?Psilideos? insetos saltadores, semelhante a pequenas cigarrinhas,
pertencentes a Ordem Homoptera, superfamília Psylloidea (Hodkinson, 1988). Dentro deste
grupo, são conhecidas em todo o mundo, cerca de 2500 espécies, sendo que a maioria se
desenvolve em plantas lenhosas, dicotiledôneas (Burckhardt, 1994). Grande parte dos insetos
da família Psyllidae são de origem Australiana sendo que a maioria das espécies se
desenvolvem em eucaliptos ou outras Mirtaceas. Dentro desta família, o gênero Ctenarytaina
Ferris e Klyver tem a mais ampla distribuição natural, indo desde a Índia e Sudeste da Ásia até
a Austrália, Nova Zelandia e algumas ilhas do Pacífico (Burkchardt, 1998). Algumas espécies
de Ctenarytaina tem sido introduzidas em outros continentes juntamente com seu hospedeiro,
o eucalipto (Taylor, 1997).
A espécie mais conhecida do gênero, Ctenarytaina eucalypti , ocorre naturalmente no sudeste
da Austrália e Tasmania e foi introduzida na Nova Zelândia, Papua, Nova Guine, Sri Lanka,
África do Sul, Ilhas Canárias, Califórnia e Europa( França, Itália, Portugal, Espanha, Ilhas
Madeira, Inglaterra e Alemanha).
No Brasil foi realizado levantamentos destes psilideos no Estado do Paraná e São Paulo,
sendo encontrada três espécies, sendo uma delas também encontrada em Goiás.
Possivelmente estes insetos estejam presentes nas demais regiões, podendo ainda haver
também outras espécies ainda não coletadas nos levantamentos realizados anteriormente. A
primeira ocorrência de C. eucalypti, no Brasil, foi relatada por Burckhardt, et. al. (1999), em
mudas de E. dunnii, no município de Colombo, PR.
Ctenarytaina sp. foi observada em plantações de Eucalyptus grandis, no município de Arapoti,
Norte do Paraná em 1992 (Iede et. all. 1996). Em 1997 foi descrita a espécie Ctenarytaina
spatulata (Taylor 1997). Esta espécie de origem australiana se espalhou por vários países. Foi
observada em 1990 nas Ilhas do Sul em Nova Zelândia, em 1991 na Califórnia, USA, 1992 no
Norte do Paraná, Brasil e em 1994 próximo a Montevidéu, no Uruguai.
Para controle das principais pragas do eucalipto deve-se, sempre, considerar possibilidades de
manejo integrado, de controle biológico, inclusive utilizando-se insetos parasitóides e
predadores de pragas.
As populações de insetos são reguladas por forças físicas, nutricionais e biológicas. Em
condições normais, estas forças contrabalançam a enorme capacidade reprodutiva dos insetos,
que poderiam alcançar populações assustadoras, caso estas forças fossem retiradas.
Na floresta os insetos benéficos estão principalmente em dois grandes grupos: Predadores,
que se alimentam externamente e devoram suas presas (Tompson, 1943) e parasitóides que
vivem sobre o hospedeiro ou dentro dele e, gradualmente o consome. As diferenças entre
parasitóides e predadores não são rígidas. Os parasitóides usualmente são capazes de
alimentar se e completar seu ciclo de vida em um único hospedeiro, enquanto o predador
alimenta-se de vários indivíduos, movendo-se livremente para procurar outras presas. A
maioria dos parasitóides pertence às ordens Hymenoptera e Diptera.
Alguns parasitóides atacam diferentes hospedeiros e outros são limitados a alguns poucos, ou
apenas um hospedeiro. Por outro lado, uma única espécie pode servir de hospedeiro para
diferentes espécies de parasitóides. Os parasitóides também não estão livres de inimigos
naturais, eles podem ser atacados por outros parasitóides (hiperparasitismo) (Furnis &
Carolin,1977).
A manipulação das forças biológicas se constitui numa das ferramentas mais poderosas do
Manejo Integrado de Pragas (MIP), na agricultura ou na floresta e que envolve um grande
número de técnicas. No que se refere aos aspectos biológicos do MIP estas técnicas podem
ser sintetizadas em três linhas: o uso de técnicas culturais, o controle biológico e o uso de
plantas resistentes. Os estudos de resistência de plantas se aproximaram do MIP em 1950,
focado nas estratégias de defesas da planta e seus efeitos nos insetos herbívoros e em menor
extensão, nos efeitos dos insetos na planta. Mais recentemente, estes estudos incluíram as
interações entre plantas e o terceiro nível trófico, observando a interação tritrófica da
perspectiva de cada componente. (Vinson, 1999). As técnicas culturais compreendem o
manejo da cultura, englobando todas práticas que a beneficiam e, de maneira indireta
influencia na dinâmica populacional dos insetos, tais como capina, roçagem, desbastes,
adubação, etc...
Os insetos destrutivos fazem parte dos ecossistemas florestais e tem impacto significativo na
produtividade e outros valores da floresta, no entanto estes impactos adversos podem ser
evitados ou mantidos abaixo dos níveis de dano econômico, através de medidas ecológicas,
compatíveis com o manejo florestal (Waters & Stark, 1980) e integradas às outras atividades
que conduzem a floresta ao seu objetivo final, seja ele a produção de madeira, celulose, papel,
paisagístico ou ambiental.
Controle biológico é um fenômeno natural que regula o número de plantas e animais com a
utilização de inimigos naturais (agentes de mortalidade biótica) mantendo as populações
(excluindo o homem possivelmente) em estado de equilíbrio com o ambiente (Bosch, et al.
1973), flutuando dentro de certos limites (Berti Filho, 1990). Uma vez que os insetos perfazem
um total de 80% (talvez 1-1.5 milhões de espécie) de todos os animais terrestres, a inibição
parcial de controle biológico natural geraria conseqüências inimagináveis. O homem poderia
não sobreviver à intensa competição com comida e fibra e ele enfrentaria problemas
relacionados à saúde devido a doenças transmitidas por insetos. Nestes termos, o controle
biológico, então, é de grande importância para nós e, provavelmente crítico a nossa
sobrevivência. (Bosch, et al. 1973).
O controle biológico no Brasil
Controle biológico é um fenômeno natural que, quando aplicado adequadamente o um
problema de praga, pode prover uma solução relativamente permanente, harmoniosa, e
econômica. Mas por ser o controle biológico uma manifestação da associação natural de tipos
diferentes de organismos vivos, i.e., parasitóides e patógenos com os hospedeiros e,
predadores com as presas, o fenômeno é dinâmico, sujeito às perturbações por fatores outros
como, as mudanças no ambiente, processos adaptativos e, limitações dos organismos
envolvidos em cada caso (Huffaker & Mensageiro, 1964 apud. Bosch, et al. 1973).
Quando se discute o manejo de pragas é necessário lembrar que existe mais de um milhão de
espécies de insetos, mas apenas um pequeno percentual é considerado praga. Embora a
maior parte do trabalho dos entomologistas concentra-se em matar estas pragas (Pyle et al.,
1981), é indiscutível o papel benéfico de muitos insetos para o homem. O fato dos insetos
estarem associados com algo maléfico (pragas e vetores) para a maioria da sociedade, torna
difícil conscientizar a população sobre a necessidade de conservá-los.
Dentre as razões citadas por pragas Pyle et al., (1981), do porquê conservar populações de
insetos, estão os valores intelectuais, ecológicos e econômicos. Do ponto de vista econômico,
os insetos estão quase sempre associados a prejuízos. No entanto, não está bem claro para a
povo as possibilidades de lucros oriundos dos insetos, que podem ser uma enorme fonte de
lucros, basta lembrar as abelhas e o bicho da seda, que mobilizam criadores, indústria e
comércio em todo mundo. Um mercado recente, que tem mobilizado um grande número de
pessoas é a produção e comercialização de parasitóides e predadores para uso na agricultura
e florestas.
O controle biológico clássico no Brasil iniciou em 1921, com a importação de Prospaltella
berlesi (Aphelinidae) dos Estados Unidos para o controle de Pseudaulacaspis pentagona no
pessegueiro. Em 1929, foi introduzido da Uganda o parasitóide Prorops nasuta para controlar
a broca do café (Hypothenemus hampei), dentro de um programa que continuou por vários
anos, com a criação e distribuição deste parasitóide (denominada de vespa da Uganda), por
mais de duas mil propriedades até 1939.
Após esta data outros inimigos naturais foram introduzidos para o controle desta broca, como o
braconideo Heterospilus coffeicola (Gonçalves, 1990) e vários outros para o controle de
diversas pragas nas culturas da macieira, café, cana de açúcar, citrus, cacau e outras. (Berti
Filho, 1990). Os sucessos alcançados nos primeiros programas incentivaram vários
pesquisadores e instituições a investirem no controle biológico sendo publicados mais de 1400
trabalhos nas últimas duas décadas na área de entomopatógenos (Alves, 1998), com ênfase
aos bioinseticidas virais e bacterianos.
Na área florestal vários projetos com ênfase no controle biológico podem ser referenciados, tais
como:
1. O uso de Trichogramma sp. (Hymenoptera Trichogrammtidae) no controle de lagartas
desfolhadoras de Eucalyptus spp., coordenado pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG (Berti Filho, 1990) que em 1982 liberou 168.000 indivíduos de Trichogramma soaresi
na tentativa de controlar um foco de Blera varana Schaus em Eucalyptus cloeziana F. Muell.
em Minas Gerais (Zanúncio, et al. 1993).
2. Programa de controle de lagartas desfolhadoras do eucalipto com uso de predadores, como
Podisus nigrolimbatus Spínola (Hemiptera: Pentatomidae) e P. connexivus Bergroth,
coordenado pela Universidade Federal de Viçosa -UFV, em convênio com diversas empresas
florestais em Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Espirito Santo. (Zanúncio, et al. 1993).
3. O controle da vespa da Madeira Sirex noctilio Fabricius com a introdução do nematóide
Deladenus siricidicola Bedding seu principal inimigo natural e posteriormente os parasitóides
Megarhyssa nortoni (Cresson) e Rhyssa persuasoria (L.). O parasitóide Ibalia leucospoides
Hochenwald foi introduzido naturalmente junto com a praga (Iede & Penteado, 2000). A vespa
da madeira foi observada, no Brasil, pela primeira vez em 1988 (Iede & Penteado, 1988) e no
ano seguinte iniciou o programa de controle, coordenado pela Embrapa Florestas, no Paraná,
em cooperação com diversas empresas florestais que plantam Pinus sp. no Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná.
Além destes, muitos trabalhos individuais ou em grupos têm apresentado alternativas ao
controle de pragas florestais, com a identificação de inimigos naturais, testes de eficiência para
predadores, parasitóides e microorganismos, principalmente vírus e bactérias. Dentro do
controle biológico de formigas cortadeiras, principal praga florestal no Brasil, podem ser citados
os trabalhos de Alves & Sosa Gomez, 1983; Anjos, et al. 1993; Della Lucia, et. al., 1993; Silva
& Diehl-Fleig, 1995 e Specht, et al., 1994
Insetos parasitóides
No controle de pragas do eucalipto uma das linhas de pesquisa atuais tem sido o uso de
parasitóides
Principais espécies de hemipteros predadores utilizados em florestas
Doenças
O eucalipto pode ser atacado por vários patógenos, principalmente fungos, desde mudas até
árvores adultas. As doenças causam significativos impactos econômicos, de acordo com a
espécie atacada e da época do ano. As principais doenças que ocorrem nos eucaliptos são:
Algumas doenças de origem abiótica são importantes, pela intensidade e freqüência com que
têm sido verificadas, na cultura do eucalipto. Geralmente, as doenças de origem abiótica são
decorrentes de fatores adversos e estressantes do ambiente. Durante ou após a ação do fator
adverso, as árvores podem tornar-se suscetíveis à infecção de patógenos secundários. Os
principais patógenos secundários (também chamados de doenças abióticas) observados são:
Seja qual for o problema, a prescrição de medidas de controle eficientes depende da correto e
completo diagnóstico do agente causal. Outro aspecto importante a ser ressaltado é que a
implementação de uma medida de controle precisa ser balizada entre sua viabilidade técnica e
a econômica. Por vezes, a medida mais eficiente e econômica pode provocar impactos
ambientais indesejáveis, como por exemplo a contaminação ambiental por agrotóxico.
Tombamento
SINTOMAS E SINAIS
Lesão necrótica na
região do colo da
plântula;
Murcha, enrolamento e
secamento de
cotilédones;
CAUSAS
Ataque de fungos na fase de
germinação, destruindo as
plântulas;
Uso de substratos
contaminados por fungos de
solo;
CONTROLE
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de
irrigação livres de patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes
suspensos;
Tombamento de
Condições de alta umidade no Evitar o sombreamento excessivo das
plântulas em reboleira e viveiro.
mudas;
sua morte.
Raleio das plântulas, o mais cedo
possível;
Seleção e descarte das plantas
doentes e mortas;
Retirada de recipientes sem mudas e
com mudas mortas e de folhas caídas
e senescentes;
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos
de amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso
de calor (vapor, água quente ou
solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de
agentes de controle biológico
Podridão-da-raiz
SINTOMAS E
SINAIS
CAUSAS
CONTROLE
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de
irrigação livres de patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes
suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das
mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
Seleção e descarte das plantas doentes e
mortas;
Murcha e morte
Retirada de recipientes sem mudas e com
de mudas;
Ataque dos fungos Phytophthora mudas mortas e de folhas caídas e
Lesões necróticas sp., Pythium sp. E Fusarium sp. senescentes;
em raízes.
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de
amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de
calor (vapor, água quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes
de controle biológico.
Mofo-cinzento
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
Enrolamento de folhas, seca e
queda das mesmas;
Ataque do fungo
Formação de mofo
Botrytis cinerea
acinzentado sobre as plantas
afetadas.
CONTROLE
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de
irrigação livres de patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes
suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das
mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
Seleção e descarte das plantas doentes e
mortas;
Retirada de recipientes sem mudas e com
mudas mortas e de folhas caídas e
senescentes;
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de
amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de calor
(vapor, água quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes de
controle biológico.
Murcha e morte de mudas;
Lesões necróticas em raízes.
Podridão-de-estaca
SINTOMAS E SINAIS CAUSAS
CONTROLE
Além das medidas anteriormente
Secamento e morte de
citadas:
estacas;
Ataque dos fungos Cylindrocladium Descontaminação de brotações e
Lesões escuras na
candelabrum, Colletotrichum sp.,
recipientes com hipoclorito de
base ou em outras
Fusarium sp. e Rhizoctonia solani
sódio e/ou fungicidas;
partes da estaca.
Pulverização de estufas com
sulfato de cobre.
Esporotricose do eucalipto
SINTOMAS E SINAIS
Infecção da haste principal de mudas e porção
apical de brotações de minicepas;
Lesões arroxeadas em folhas;
Anelamento e morte de caules e pecíolos.
CAUSAS
CONTROLE
Ataque do fungo
Sporothrix eucalypti
Uso de controle
químico
Oídio
SINTOMAS E SINAIS
Enrugamento e deformação de folhas
jovens e brotações;
CAUSAS
CONTROLE
Ataque do fungo Aplicação de fungicidas em
Oidium sp.
mudas severamente afetadas
Aspecto acanoado das folhas adultas;
Formação de uma película pulverulenta e
esbranquiçada sobre as folhas.
Murcha bacteriana do eucalipto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
Avermelhamento ou amarelecimento
da copa em árvores com idade entre 4
e 8 meses;
Murcha da folhagem e queda parcial Ataque da bactéria
de folhas;
Ralstonia
Secamento da copa;
solanacearum.
Ao cortar-se a planta, ocorre
exsudação de pús bacteriano no
caule.
CONTROLE
Evitar o plantio de mudas
passadas;
Usar mudas produzidas em
tubetes suspensos;
Evitar o dobramento e a
compactação da extremidade
das raízes no plantio;
Evitar preparo de solo que
favoreça o afogamento do
coleto;
Uso de espécies ou
procedências resistentes.
Enfermidade rosada ou rubelose
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
CONTROLE
Lesões e sinais em galhos e na haste
principal de árvores com idade entre 2 a 5 Ataque do fungo
Uso de espécies ou
anos;
Corticium salmonicolor. procedências resistentes
Mortalidade de galhos e hastes.
Cancro-do-eucalipto
SINTOMAS E SINAIS
Secamento da copa e morte de árvores
jovens (5 meses em diante) por
estrangulamento da colo;
Fendilhamento da casca e seu
intumescimento;
Formação de cancro no tronco, com
depressão e rompimento da casca em
fitas;
Aparecimento de gomose (exsudação
de quino).
CAUSAS
CONTROLE
Ataque do fungo
Cryphonectria
cubensis.
Uso de populações resistentes
(espécies, procedências,
híbridos e clones).
Ferrugem
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
Pontuações cloróticas em folhas jovens e
caule em formação;
Formação de pústulas de coloração amareloAtaque do fungo
vivo sobre lesões (esporos do fungo);
Puccinia psidii.
Formação de verrugas nas lesões:
Seca e morte de tecidos afetados, com
aspecto de queima.
CONTROLE
Uso de controle químico em
viveiros;
Uso de espécies e
procedências resistentes
Mancha de cilindrocladium
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
CONTROLE
Lesões no ápice ou bordos do limbo
foliar que podem atingir toda a folha;
Manchas de coloração marrom-claro a
Ataque de fungos do gênero
marrom arroxeado e cinza;
Cylindrocladium.
Queda de folhas lesionadas;
Desfolha intensa;
Lesões necróticas em ramos.
Uso de controle químico
em viveiros;
Uso de espécies e
procedências resistentes.
Podridão-de-cerne
SINTOMAS E SINAIS
Ausência de sintomas externos;
Podridão interna de coloração
esbranquiçada ou parda que ocorre mais
pronunciadamente na região medular.
CAUSAS
CONTROLE
Associação de vários grupos Uso de espécies
de fungos decompositores de resistentes ao
madeira.
problema.
Doenças foliares secundárias
Complexos etiológicos
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
CONTROLE
Seca de ponteiros do
Ataque de espécies dos fungos
Vale do Rio Doce
Coniella fragariae, Mycosphaerella
(SPEVRD):
spp. e Kirramyces epicocoides,
Sintomas em plantas com
Rhizoctonia solani.
mais de 1 ano.
Seca de ponteiros de
Arapoti (SPEA):
Sintomas em plantas com
Fatores ambientais favorecem a
menos de 7 meses.
ocorrência de distúrbios
Secamento das porções
fisiológicos, predispondo as
apicais dos ramos e
árvores ao ataque de insetos e a
galhos;
associação de patógenos
Redução do crescimento;
secundários.
Perda de touças e
árvores severamente
afetadas.
Seca de ponteiros por
falta de Boro:
Encarquilhamento de
folhas jovens;
Clorose das bordas do
limbo até ocorrer
necrose;
Ramos flácidos sem
forma cilíndrica;
Fendilhamento da casca,
formação de cancro e
estrangulamento da
haste;
Bifurcação do tronco.
Fatores ambientais favorecem a
ocorrência de distúrbios
fisiológicos, predispondo as
árvores ao ataque de insetos e a
associação de patógenos
secundários.
Seca da saia do
Eucalyptus viminalis:
Secamento geral da
folhagem;
Morte de árvores.
Deficiência de boro na planta e
associação de fungos do gênero
Botryosphaeria em cancros de
haste e tronco.
O retorno das condições
ambientais normais pode
promover a recuperação do
desenvolvimento normal das
árvores;
No caso da seca por falta de
boro, a aplicação do elemento no
solo, durante o plantio pode
evitar ou minimizar e os efeitos
do problema;
Plantio de espécies resistentes
ao problema;
Existe tolerância das plantas ao
problema da SPEVRD E SPEA,
a partir do quarto ano.
Algumas doenças de origem abiótica são importantes, pela intensidade e freqüência com que
têm sido verificadas, na cultura do eucalipto. Geralmente, as doenças de origem abiótica são
decorrentes de fatores adversos e estressantes do ambiente. Durante ou após a ação do fator
adverso, as árvores podem tornar-se suscetíveis à infecção de patógenos secundários. Os
principais patógenos secundários (também chamados de doenças abióticas) observados são:
Seja qual for o problema, a prescrição de medidas de controle eficientes depende da correto e
completo diagnóstico do agente causal. Outro aspecto importante a ser ressaltado é que a
implementação de uma medida de controle precisa ser balizada entre sua viabilidade técnica e
a econômica. Por vezes, a medida mais eficiente e econômica pode provocar impactos
ambientais indesejáveis, como por exemplo a contaminação ambiental por agrotóxico
Afogamento do coleto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
CONTROLE
Intumescimento do colo
Plantas com pouco
desenvolvimento
Seca e morte de
plantas.
Enterrio de parte do caule das
mudas no plantio
Aterramento da muda no campo
decorrente de tratos culturais ou
enxurrada.
Cuidados no plantio e no preparo
de solo para evitar o afogamento
Enovelamento das raízes
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
Plantio de mudas com
Plantas com pouco
sistema radicular enovelado
desenvolvimento
Entortamento de raízes no
Seca e morte de plantas.
plantio.
CONTROLE
Evitar o aproveitamento de mudas
passadas e com raízes enoveladas
Evitar o entortamento de raízes
durante o plantio.
Gomose
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS
Ferimentos mecânicos
Injúrias de insetos
Ventos fortes
Escorrimento de quino (goma)
Plantas parasitas
em alguns pontos do tronco.
Desordens fisiológicas por
fatores adversos de clima e
solo.
CONTROLE
Evitar a ocorrência do fator
injuriante, quando possível
Uso de espécies ou
procedências bem adaptadas à
região.
Pau-preto
SINTOMAS E SINAIS
Escorrimento de quino e posterior
oxidação em numerosos pontos do
tronco.
CAUSAS
CONTROLE
Uso de espécies ou
Sem conhecimento
procedências bem adaptadas
completo de sua origem.
à região.
Geada
SINTOMAS E SINAIS CAUSAS
Desde queima de
ponteiros até a perda
total da copa
Resfriamento brusco da temperatura
Queima e bronzeamento ambiente e congelamento, com ou sem
da folhagem
formação de crosta de gelo sobre a planta.
Morte de mudas árvores
jovens.
CONTROLE
Proteção de mudas em
viveiros
Uso de espécies ou
procedências tolerantes
ou resistentes.
Granizo
SINTOMAS E SINAIS
Desfolhamento e
descascamento de ramos,
hastes e árvores
Surgimento de pequenos
cancros em ramos e hastes
Seca de ramos e morte de
árvores.
CAUSAS
CONTROLE
Como o problema decorre de um evento
Queda de granizo
climático, ocasional e localizado, não existe
ou chuva de pedra.
meio de se evitar.
Manejo de plantações para desdobro
O volume de madeira, em um determinado sítio em determinado espaço de tempo, aumenta
com o aumento do número de árvores por hectare. No entanto, o diâmetro das árvores tende a
diminuir com o aumento do número de árvores, e os custos das mudas e da implantação do
povoamento a aumentar.
Portanto, para decisão final em relação a espaçamento inicial e condução do povoamento mais
ou menos adensado, é necessário estimar os custos financeiros e compará-los com a receita
esperada. Evidentemente, o produto final desejado e suas dimensões devem igualmente ser
levadas em consideração, bem como a qualidade da madeira que varia em função da idade e
do manejo adotado.
Embora, fixando-se o período de tempo, para que maiores volumes sejam obtidos em plantios
com espaçamentos mais estreitos, existe tendência de desenvolvimento de árvores mal
formadas se o povoamento for mantido excessivamente adensado por período muito longo.
Igualmente há aumento do número de árvores suprimidas e mortas. Isto ocorre devido ao fato
de cada sítio comportar um máximo de área basal, levando o crescimento das árvores
remanescentes a ocorrer apenas devido à supressão das árvores menos desenvolvidas e
morte das árvores dominadas. Naturalmente, este é um processo lento que pode ser
antecipado pela prática do desbaste. O desbaste tem ainda a vantagem de permitir o
aproveitamento da madeira das árvores suprimidas.
Desbaste
Os desbastes de plantios florestais são necessários quando se deseja obter toras de diâmetros
elevados ao final da rotação. Este é o caso da produção de toras para serraria e de postes de
grandes dimensões. Quando o objetivo for a produção do maior volume possível de madeira
de pequenos diâmetros, em espaço de tempo menor até o corte final, os desbastes não são
necessários.
Como cada sítio permite apenas um determinado valor limite de área basal, reduzindo o
número de árvores, a área basal máxima se distribuirá por um número menor de árvores
remanescentes que atingirão diâmetros maiores. A estratégia mais recomendável é manter o
povoamento crescendo em taxas próximas do máximo incremento corrente anual em área
basal, o que pode ser conseguido por desbastes leves e freqüentes.
O primeiro, ou primeiros desbastes, devem ser pesados para eliminar também árvores mal
formadas, tortas, bifurcadas e doentes, mesmo que apresentem dimensões elevadas. Deve-se
evitar a retirada de grupos de árvores e procurar manter uma distribuição uniforme de
espaçamento entre as árvores remanescentes. Isto evita a formação de clareiras e o
crescimento de plantas invasoras entre as árvores. Evita-se também o surgimento de número
excessivo de brotações de gemas epicórmicas, que podem prejudicar a qualidade da madeira.
Este último inconveniente ocorre devido ao estimulo pela luz de gemas dormentes ao longo do
fuste e também quando as árvores entortam devido a desbastes excessivos.
A demarcação do desbaste é uma operação especializada para a qual é necessário
treinamento e discernimento para reconhecer as árvores que devem ser retiradas e as que
devem permanecer e a importância de uma distribuição adequada de espaço entre as árvores.
Para assegurar-se que o número de árvores preconizado por hectare permaneça após o
desbaste é recomendável indicar-se o comprimento de duas linhas de árvores que conterão 10
árvores, por exemplo, ao final do desbaste. Um método simples de calcular consiste em
multiplicar o número remanescente de árvores pela distância entre linhas, dividir este valor pela
área de um hectare (10000 m2 ). Em seguida dividir-se 5 (número de árvores em uma linha)
pelo valor anteriormente obtido. O valor resultante é o comprimento de duas linhas onde devem
ser deixadas dez árvores. Aplicando para uma distância entre linhas de 3 m:
3 m X 500 = 1500 m / 10000 m2 = 0,15 m-1
5 / 15 m-1= 33,3 m.
Portanto, para obter-se a densidade de plantas remanescente pretendida (500 árvores/ha) é
necessário deixar-se dez árvores a cada 33 m de linha dupla.
Deve ser mencionado que não é necessário deixar-se sempre, por exemplo, cinco árvores em
cada linha de 33 m, pode-se se necessário deixar quatro árvores em uma liDeve ser
mencionado que não é necessário deixar-se sempre, por exemplo, cinco árvores em cada linha
de 33 m, pode-se se necessário deixar quatro árvores em uma linha e seis na outra, e assim
por diantenha e seis na outra, e assim por diante
Sistemas de desbaste
Do ponto de vista econômico e operacional, em grandes áreas é preferível executar-se o corte
e extração de madeira mecanizados ao invés do manual, desta maneira é mais econômico
fazer-se desbaste sistemático e não o seletivo, no primeiro desbaste. Aplica-se também
quando não houver interesse no manejo da rebrota das touças, ou então para espécies que
não apresentem rebrota satisfatória. Nos demais casos os desbastes seletivos são os mais
recomendáveis.
Em geral, nos desbastes sistemáticos se retira totalmente uma linha a cada três linhas de
árvores e se efetua o desbaste seletivo, nas duas linhas remanescentes, nos desbastes
subsequentes.
Este sistema de desbaste é recomendável para plantios muito homogêneos ou seja aqueles
plantados com material genético selecionado e com técnicas silviculturais adequadas.
Produção de madeira para desdobro
As recomendações que serão apresentadas a seguir aplicam-se ao Eucalyptus grandis mas
em princípio podem também ser utilizadas para outras espécies de eucalipto.
O aproveitamento das toras para serraria é tanto mais elevado quanto maior for o diâmetro da
tora. Assim, quanto mais cedo o povoamento atingir diâmetros elevados mais lucrativo será o
empreendimento florestal. Para atingir este objetivo, os desbastes pesados e precoces são
recomendáveis por estimularem precocemente o crescimento em diâmetro. Entretanto, a
madeira produzida em idades jovens dos povoamentos, nos quinze primeiros anos de
crescimento de Eucalyptus grandis, é de qualidade inferior com elevadas tensões de
crescimento. Para aumentar a proporção de madeira de boa qualidade, e limitar a madeira de
qualidade inferior a um pequeno cilindro central, deve-se executar desbastes leves
inicialmente. Devem também ser atrasados, pelo menos para permitirem a retirada de madeira
com dimensões adequadas e mais interessantes do ponto de vista comercial. Os desbastes
devem ser leves até o décimo quinto ano e mais pesados após essa idade.
Para evitar fustes deformados e supressão exagerada de copa viva, os demais desbastes
devem
ser
repetidos
em
intervalos
mais
curtos.
Os regimes de desbaste que vem sendo adotados na silvicultura brasileira não seguem a
proposta apresentada. De modo geral adotam-se desbastes precoces e pesados com o
objetivo de produzir toras de 35 a 45 cm de diâmetro em rotações curtas de 15 a 18 anos. Este
regime tem o inconveniente de produzir elevada proporção de madeira juvenil, de baixa
qualidade, no cilindro central da tora. Entretanto, é mais versátil em termos de permitir alterar o
objetivo para a madeira produzida em função de alterações de mercado. Possibilita ainda maior
gama de produtos, em menor tempo, que pode ser interessante comercialmente. Por outro
lado, prolongar a rotação para muito mais de 35 anos com o objetivo de aumentar a proporção
de madeira de alta qualidade, aumenta o risco de ocorrência de podridão do cerne.
Visando assegurar a adoção de manejo específico para o povoamento e a região de interesse,
considerando o potencial de produção e o sortimento específicos do povoamento florestal,
como função da idade e dos regimes de manejo, é necessário utilizar simuladores de
crescimento e produção. Existe no mercado nacional, em fase de implantação, o simulador de
crescimento e produção denominado SISEUCALYPTUS. Este simulador, desenvolvido pela
EMBRAPA, pode ser uma ferramenta de extrema importância para a definição do regime de
desbastes ideal para cada povoamento e situação de mercado.A proposta apresentada acima
é apenas uma sugestão que pode ser aplicada em princípio, entretanto deve ser reconsiderada
quando houver disponibilidade de dados de inventário e informações de mercado para cada
caso
Condução da brotação das cepas
A eliminação das cepas é a melhor alternativa quando não houver perspectivas de mercado ou
interesse na produção de madeira de menores dimensões que poderiam ser obtidas mantendose as brotações das cepas. A produção de madeira das árvores remanescentes é maior no
caso de eliminação das cepas
A condução das cepas, quando desejável, se faz pela retirada dos brotos extranumerários e
manutenção de dois a três brotos por cepa. Os brotos a serem mantidos devem ser bem
distribuídos e implantados no tronco o mais próximo possível do solo. Para selecionar
corretamente os brotos é necessário aguardar o crescimento dos brotos por pelo menos um
ano ou até que ocorra diferenciação clara entre os brotos
Coeficientes técnico
O modelo típico de sistema de produção apresentado envolve o cultivo do eucaliptos em áreas
dobradas e de cerrados o que determina coeficientes técnicos para dois diferentes sistemas de
produção. No primeiro, prevalecem as áreas dobradas, mais dependentes no uso de mão-deobra, enquanto que no segundo, nas áreas de cerrados, o sistema de produção se desenvolve
mais com o uso da mecanização.
Observa-se que a produção em áreas de cerrados permite um maior número de plantas por
hectare. Entretanto, na produção final, os retornos financeiros, tanto no cerrados quanto nas
áreas dobradas os benefícios econômicos são muito próximos.
Durante o levantamento das informações, optou-se por não colocar os custos de
administração. Considerando-se os valores de 2% à 3%, observa-se que as atividades tem
retorno muito pequeno na produção de Eucalipto. Provavelmente, as empresas que utilizam
máquinas e equipamentos próprios, bem como terra de baixo custo de oportunidade, fato que
fazem com que os custos sejam menores.
Coeficientes técnicos e econômicos dos sistemas de produção de Eucalyptus no
Sudeste do Brasil
Especificação
Áreas dobradas
Áreas de cerrados
Mudas (ha)
1000
1666
Replantio (5 a 10%)
50
166
Vendas raízes/tocos
(40 m3) R$ 320,00
(20 m3) R$ 160,00
Vendas do desbaste
(165 m3) R$ 1.980,00
235 (m3) R$ 2.820,00
Vendas 7 ano
(265 m3) R$ 5.300,.00 (260 m3) R$ 4.680,00
Insumos
739,25
870,05
Serviços
1.451,57
1.286,97
Outros custos
3,737,42
3.842,42
Custo total
5.928,24
5.999,44
Receita (R$/há)
7.400,00
7.620,00
VPL (R$/ha)
436,21
546,81
VPLA (R$/ha)
78,14
97,95
TIR (%)
11,26%
12,08%
Mercado e comercialização
A participação brasileira de produtos florestais no mercado mundial é de 2% considerando-se
os dados agregados de diferentes áreas, incluindo o eucaliptos.
No caso do comércio de papel, o Brasil ocupa o 11º produtor mundial, com 2,2% da produção.
Já no caso do comércio de celulose, são 4,2% onde o Brasil é o 7º colocado como produtor
mundial.
No caso do comércio de madeira serrada a posição brasileira é de 5º produtor mundial, com
uma participação relativa de 4,3%.
Da mesma forma do comércio de compensados a participação brasileira é de 2,9% enquanto
de painéis reconstituídos esse valor cresce para 3% e para 11,1% do comércio de chapas
duras.
Nos níveis atuais de plantios de eucalipto há uma expectativa de atendimento da demanda até
2007. Mas, há, ainda, a possibilidade de ampliação da produção nacional de eucaliptos em 3
milhões de toneladas até 2005. Outra alternativa, é o da necessidade de ser ampliada a
produção de celulose em 3 milhões de toneladas até 2005.
Com relação à madeira serrada, espera-se um crescimento, no consumo, de 3% ao ano. Por
outro lado, prevê-se um aumento no consumo de eucalipto para a produção de madeira
serrada, através de um maior domínio do processo de secagem e produção de painéis
reconstituídos.
Da mesma forma, estima-se um aumento na produção de móveis em 12%, até 2004, com forte
potencial técnico para incorporação de eucalipto como fonte de matéria-prima. Logo, as
perspectivas de mercado, para madeira de origem do Eucalyptus, são otimistas
TRANSPORTE E RECEPÇÃO DAS MUDAS
As mudas devem ser transportadas em veículos fechados para evitar a desidratação e demais
injúrias causadas pelo vento. Poderão ir diretamente para o plantio ou ainda para um viveiro de
espera. A função do viveiro de espera é apenas o de regular o fluxo de mudas enviadas para o
local de plantio.
MANTER AS MUDAS SOB PLENO SOL
As mudas devem ser mantidas sob pleno sol, pois é nesta condição que são produzidas e
serão plantadas. Não colocá-las em ambientes sombreados, pois isto prejudicará o
estabelecimento da muda no campo. Observar também que neste local não existam
formigueiros e também a presença de animais que poderão danificar as mudas
Retirada da Muda do tubete
PREPARAÇÃO DO SOLO
A preparação do solo é fundamental para o estabelecimento e crescimento das mudas.
Descompactação e práticas de controle da erosão são os principais aspectos a serem
observados. A adubação deverá ser feita após análise prévia do solo e recomendada por
profissional competente.
Colocação na cova
PLANTAR O MAIS BREVE POSSÍVEL
As mudas não devem ultrapassar quinze dias. Tempos maiores de espera prejudicarão
sensivelmente o estado nutricional da muda, bem como podem causar danos ao sistema
radicular.
COMBATER AS FORMIGAS CORTADEIRAS
É outra tarefa fundamental e deve ser realizada antes do plantio e repetida pelo menos três
vezes após a realização do mesmo, em intervalos quinzenais. A escolha e a aplicação correta
do formicida são chaves para o sucesso no combate a esta, que na maioria dos casos, é a
principal praga a ser controlada.
Ligeira compactação da terra
ADUBAÇÃO
O fornecimento de nutrientes no plantio traz resultados muito bons para o desenvolvimento da
muda desde que feita de forma correta e na medida certa. Sempre que possível deve-se fazer
a análise do solo e seguir as recomendações de um técnico.
ESPAÇAMENTO
É importante a definição prévia do espaçamento, tanto para dimensionar a quantidade de
mudas a ser adquirida, quanto para nortear as operações de preparo do solo.
Normalmente, para o eucalipto, o espaçamento mais utilizado é o de 3 metros entre as linhas e
2 metros entre as mudas, o que corresponde a 1.666 mudas por hectare.
MANTER A MUDA SEM A PRESENÇA DE COMPETIÇÃO COM O MATO
É uma medida importante para que a muda possa se estabelecer mais rapidamente através de
maior disponibilidade de água e de nutrientes.
A madeira de eucalipto é utilizada para o abastecimento da maior parte da indústria de base
florestal no Brasil. Em 2004, de acordo com relatório da Bracelpa, foram consumidos pelo setor
de celulose e papel 34.113.000 m³ de madeira proveniente de reflorestamento com eucalipto,
2.475.000 m³ pelo setor de geração de energia e 340.000 m³ pelo setor de serraria.
Além dos setores industriais, existe grande consumo de madeira, em pequena escala, que não
é devidamente quantificado, mas que quando somado representa significativa parcela do
consumo total. Trata-se do consumo doméstico de madeira, principalmente como lenha.
Segundo Mata (2000), a crise de oferta de lenha no meio rural é resultado da falta de estudos
sobre regulação da produção em função do manejo dos estoques remanescentes e a
implantação de florestas para produção de madeira para lenha nas pequenas propriedades.
Acrescenta-se, ainda, que a floresta implantada em pequenas propriedades pode ser utilizada
para outros fins, como obtenção de moirões para cerca, estacas, cabos de ferramentas etc.
A escolha do eucalipto para suprir o consumo de madeira, tanto em escala industrial como para
pequenos consumidores, está relacionada a algumas vantagens da espécie, tais como rápido
crescimento; características silviculturais desejáveis (incremento, forma, desrama etc.); grande
diversidade de espécies, possibilitando a adaptação da cultura às diversas condições de clima
e solo; facilidades de propagação, tanto por sementes como por via vegetativa; e
possibilidades de utilização para os mais diversos fins, o que justifica sua aceitação no
mercado. Às características desejáveis citadas, somam-se o conhecimento acumulado sobre
silvicultura e manejo do eucalipto e ao melhoramento genético, que favorecem ainda mais a
utilização do gênero para os mais diversos fins.
Apesar de serem descritas cerca de 700 espécies do gênero Eucalyptus, os plantios são
restritos a poucas espécies, podendo-se citar, principalmente, Eucalyptus grandis, E. urophylla,
E. saligna, E. camaldulensis, E. tereticornis, E. globulus, E. viminalis, E. deglupta, E. citriodora,
E. exserta, E. paniculata e E. robusta. Ressalta-se que, no Brasil, as espécies E. cloezina e E.
dunnii são consideradas promissoras para as regiões central e sul, respectivamente.
A possibilidade de uso da madeira de eucalipto para diversos fins tem estimulado a
implantação de florestas de uso múltiplo. Dessa forma, muitos estudos estão sendo realizados
para melhor se aproveitar o potencial econômico da floresta, destacando-se melhoramento de
material genético e manejo silvicultural (teste de espaçamentos, idade de corte e técnicas
silviculturais). De modo geral, com o uso múltiplo, pretendem-se obter de uma área implantada
variados tipos de produtos, ou seja, diferentes finalidades para uma mesma floresta. Maiores
esclarecimentos sobre o uso múltiplo de eucalipto podem ser obtidas no endereço
http://www.tume.esalq.usp.br/.
Escolha da espécie
A definição da espécie a ser plantada é a primeira etapa de um projeto de reflorestamento,
levando-se em consideração o objetivo da produção (uso da madeira) e as condições
edafoclimáticas (solo e clima) da região. Cada espécie se desenvolve em um ambiente
adequado e por isso é indicado, sempre que possível, realizar testes para averiguar a
adaptação do material ao ambiente, tanto para sementes quanto para clones. Entretanto, se
não for possível a realização de testes, e tampouco houver dados experimentais da região,
sugere-se que a escolha do material genético seja feita a partir de procedências cujas
condições de origem sejam semelhantes ao local do plantio, sobretudo latitude, altitude,
temperatura média anual, precipitação média anual, déficit hídrico e tipos de solos.
O mercado consumidor é um aspecto fundamental durante o planejamento do projeto de
reflorestamento. É importante conhecer as exigências do mercado quanto à característica do
produto, assim como as técnicas que otimizam a relação custo/benefício. A obtenção de maior
retorno econômico depende da escolha adequada da espécie. Ainda sobre mercado
consumidor, sugere-se que sejam avaliadas as distâncias entre a área de plantio e as unidades
de beneficiamento ou utilização, pois o custo de transporte é um dos componentes mais caros
do preço da madeira.
Abaixo segue uma relação de espécies de eucalipto indicadas em função dos usos, do solo e
do clima.
Espécies de eucalipto indicadas em função do uso:
• Celulose: E. alba, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. saligna, E. urophylla e E. grandis x E.
urophylla (híbrido). UROGRANDIS
• Lenha e carvão: E. brassiana, E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E.
deglupta, E. exserta, E. globulus, E. grandis, E. maculata, E. paniculata, E. pellita, E. pilularis,
E. saligna, E. tereticornis, E. tesselaris e E. urophylla. híbrido). UROGRANDIS
• Serraria: E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E.
maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. punctata, E.
resinifera, E. robusta, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla. híbrido). UROGRANDIS
• Móveis: E. camaldulensis, E. citriodora, E. deglupta, E. dunnii, E. exserta, E. grandis, E.
maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinifera, E. saligna e E. tereticornis.
híbrido). UROGRANDIS
• Laminação: E. botryoides, E. dunnii, E. grandis, E. maculata, E. microcorys, E. pilularis, E.
robusta, E. saligna e E. tereticornis. híbrido). UROGRANDIS
• Caixotaria: E. dunnii, E. grandis, E. pilularis e E. resinifera. híbrido). UROGRANDIS
• Construções: E. alba, E. botryoides, E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. deglupta,
E. maculata, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. resinifera, E. robusta, E. tereticornis e
E. tesselaris. híbrido). UROGRANDIS
• Dormentes: E. botryoides, E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. deglupta,
E. exserta, E. maculata, E. maidenii, E. microcorys, E. paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E.
punctata, E. robusta e E. tereticornis.
• Postes: E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. maculata, E. maidenii, E. microcorys,
E. paniculata, E. pilularis, E. punctata, E. propinqua, E. tereticornis e E. resinifera.
• Estacas e moirões: E. citriodora, E. maculata e E. paniculata.
• Óleos essenciais: E. camaldulensis, E. citriodora, E. exserta, E. globulus, E. smithii e E.
tereticornis.
• Taninos: E. camaldulensis, E. citriodora, E. maculata, E. paniculata e E. smithii.
Espécies de eucalipto indicadas em função do clima:
• Úmido e quente: E. camaldulensis, E. deglupta, E. robusta, E. tereticornis e E. urophylla.
híbrido). UROGRANDIS
• Úmido e frio: E. botryoides, E. deanei, E. dunnii, E. globulus, E. grandis, E. maidenii, E.
paniculata, E. pilularis, E. propinqua, E. resinifera, E. robusta, E. saligna e E. viminalis.
• Subúmido úmido: E. citriodora, E. grandis, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla. híbrido).
UROGRANDIS
• Subúmido seco: E. camaldulensis, E. citriodora, E. cloeziana, E. maculata, E. pellita, E.
pilularis, E. pyrocarpa, E. tereticornis e E. urophylla. híbrido). UROGRANDIS
• Semiárido: E. brassiana, E. camaldulensis, E. crebra, E. exserta, E. tereticornis e E.
tessalaris.
Espécies de eucalipto indicadas em função do solo:
• Argilosos: E. citriodora, E. cloeziana, E. dunnii, E. grandis, E. maculata, E. paniculata E.
pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, e E. urophylla. híbrido). UROGRANDIS
• Textura média: E. citriodora, E. cloeziana, E. crebra, E. exserta, E. grandis, E. maculata, E.
paniculata, E. pellita, E. pilularis, E. pyrocarpa, E. saligna, E. tereticornis e E. urophylla.
híbrido). UROGRANDIS
• Arenosos: E. brassiana, E. camaldulensis, E. deanei, E. dunnii, E. grandis, E. robusta E.
saligna, E. tereticornis e E. urophylla. híbrido). UROGRANDIS
• Hidromórficos: E. robusta.
• Distróficos: E. alba, E. camaldulensis, E. grandis, E. maculata, E. paniculata, E. pyrocarpa e
E. propinqua.
.
.
. Sistemas de produção de mudas de eucalipto e pinus
CONTATO
FONE /FAX *55 (*18) 3646-1337
*55 (*18) celular TIM8162-4717
*55 (*18) celular TIM8162-4718
celular vivo*55 (*18) 9729-9265
*55 (*18) celular vivo9763-0304
celular vivo*55 (*18) 9742-1339
CONTATO VIA E-mail
[email protected] (setor vendas)
[email protected]
[email protected]
http:// www.sementescaicara.com.br
http:// www.sementescaicara.com
QUALQUER TIPO DE REPRODUÇÃO PERMITIDA DESDE QUE CITADA A FONTE. :
SEMENTES CAIÇARA MARCA REGISTRADA

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