BÊNÇÃO TRÂNSITO CAPUCHINHOS

Transcrição

BÊNÇÃO TRÂNSITO CAPUCHINHOS
Acesse ao nosso site: www.ocapuchinho.com.br
Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano X - Edição Especial - 2009
BÊNÇÃO
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TR
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U
CAP
Mensagem ao Leitor
A BÊNÇÃO DE CARROS E TRÂNSITO
BÊNÇÃOS – Edição Especial
Brindamos nossos caros leitores e admiradores do jornal da
paróquia N. Sra. das Mercês, “O Capuchinho”, com esta primorosa
edição especial, sobre os temas: bênção, trânsito, grupos de Entreajuda, de apoio e o trabalho no atendimento dos freis capuchinhos.
Durante a primeira sexta-feira de 2008 e ao longo deste ano,
surgiu a idéia de preparar edição especial deste nosso jornal para a
primeira sexta-feira de 2009 com temas relativos a esse dia. O pároco, fr. Alvadi Marmentini, apoiou a idéia e ajudou a idealizar esta
edição especial, que será valioso meio de comunicação religiosa a
todos os que freqüentam a Igreja dos Capuchinhos das Mercês.
Frei Ovídio Zanini, como excelente escritor, traz, com muita clareza e humor, artigos sobre as diversas modalidades de bênçãos
e sobre as leis do trânsito. Fez a distinção sobre as superstições,
crendices, uso de mandingas, feitiços, sobre ditos populares, sorte, azar e atribuições ao poder do demônio e de Deus.
A parapsicóloga Nelly Kirten resume os passos da celebração
da Entreajuda e fala dos diversos trabalhos dos grupos de apoio
e terapia que surgiram na paróquia a partir da Entreajuda.
O casal Mauro e Cecília de Oliveira escreve sobre mudanças que
ocorrem na adolescência e o envolvimento de jovens com drogas.
O Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Curitiba, Dom
Moacyr José Vitti, com carta de 2004, autoriza a Celebração da
Entreajuda e esclarece que é bíblico o procedimento feito nesta
Celebração. Elogiou os frades capuchinhos neste novo método
de Evangelizar, unindo “Fé e Ciência”.
Os Freis Capuchinhos estão sempre à disposição para acolher
e abençoar diariamente, nos horários estabelecidos. Para melhor
acolher o povo, estão distribuídos em diversos setores: há os que
atendem na paróquia; outros atendem confissões; os que atendem
na portaria para abençoar pessoas, veículos, objetos de devoção
e distribuem pão; os que saem do convento, sempre com prévio
agendamento, e vão benzer empresas, escolas, estabelcimentos
diversos, casas; vão aos hospitais e ministram a Unção dos Enfermos; vão às capelas mortuárias e fazem exéquias.
Desejamos a todos os leitores, aos que procuram nossa paróquia para bênçãos, aos participantes da celebração de Entreajuda, aos que vêm buscar apoio, que sejam iluminados pelo
Espírito Santo, fazendo-os entender o uso correto deste do tão
benéfico sacramental das Bênçãos.
A redação
Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês
Para que a bênção do seu carro se torne um momento de graça e de tomada de consciência dos seus direitos e deveres no trânsito, e para evitar mal-entendidos e possíveis crendices, a paróquia das Mercês achou conveniente publicar e divulgar este pequeno
jornal. Leia com atenção e reflita, pois é para seu e nosso bem.
BÊNÇÃO DA PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO ANO
NA IGREJA N. Sra. DAS MERCÊS
Frei Nereu José Bassi.
EXPEDIENTE da Secretaria paroquial:
Das 8h até 18h
ENTREAJUDA
MISSAS horário
Quinta-feira:
Segunda-feira: Terça e quarta-feira: Quinta-feira: Sexta-feira: Sábado: Domingo: 6h30
6h30 e 19h
6h30 e 18h30
6h30, 15h e 19h
Novena: 8h30
6h30, 17h e 19h
6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h
e 19h
9h, 14h30, 16h30,
19h30 e 21h
BÊNÇÃOS
De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30
e das 14h às 18h
Sábado: das 9h30 às 12h00
e das 14h às 17h
Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606
*Domingos e feriados não há expediente.
Expediente do Boletim
Pároco: Frei Alvadi P. Marmentini. Vigários paroquiais: Fr. Pedro Cesário Palma e Fr. Ovídio Zanini. Jornalista responsável: Janaina Martins Trindade - DRT nº 6595. Revisor: Frei Dionysio Destéfani. Coordenadora: Erotides F. Carvalho. Fotógrafa: Sueli F. Assunção e Mayra Cr. Armentano Silvério. Colaboradores: Irmãs Vicentinas - Lúcia H. Zouk (Catequese), Rosecler Schmitz, Sueli Rodaski (OFS), Marcos de Lacerda Pessoa, Welcidino C. da Silva, Nelly Kirsten, Flávio Wosniack, Valter Kisielewicz, Rita de C. Munhoz, Marisa Cremer, Secretárias
da Paróquia. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 20.000 exemplares.
2 - Ano X - Edição Especial
Frei Nereu, sempre criativo, lembrou que os freis
capuchinhos do Rio de Janeiro tinham o costume
das bênçãos nas primeiras sextas-feiras de cada
mês. Com a permissão de D. Manoel, iniciou em
1955 a bênção dos carros e pessoas na primeira
sexta-feira do ano. Este costume abençoado continua até hoje, sempre mais participado.
Atualmente, uns trinta freis estão à disposição
dos motoristas e do povo, e mais de 3.000 pessoas e 35.000 carros são abençoados na primeira
sexta-feira do ano na paróquia de Nossa Senhora
das Mercês, das 6 às 21h.
Além disso, é bom lembrar que em todos os
dias úteis há freis capuchinhos atendendo e abençoando carros e motoristas e outras pessoas.
Frei Nereu dizia que, em tempos idos, a sextafeira era considerada dia de azar. Por isso, iniciou
a primeira sexta-feira do ano como dia de bênção e
de felicidade, e deu muito certo.
SENTIDO DA BÊNÇÃO
ENDEREÇO da paróquia e convento
Av. Manoel Ribas, 966 - 80810-000 CURITIBA-Pr
Tel. paróquia: 041/ 3335.5752 (sec.) - Tel. convento: 041/ 3335.1606 (freis)
Um pouco de história
Frei Nereu José Bassi do Valle, de feliz memória,
pároco da paróquia de Nossa Senhora das Mercês,
em Curitiba, iniciou em julho de 1952, no domingo
mais próximo da festa de São Cristóvão, patrono
dos motoristas, a prática da bênção dos carros.
Logo se tornou uma grande festa. Desde então, milhares de motoristas de toda Curitiba e municípios
limítrofes vinham abençoar seus carros na Avenida
Manoel Ribas, na quadra defronte à Igreja das Mercês.
Em 1955, D. Manoel da Silveira D’Elboux, arcebispo de Curitiba, criou a paróquia de São Cristóvão na Vila Guairá (Curitiba) e pediu aos freis capuchinhos para assumi-la. Sendo que os capuchinhos
não tinham um frei disponível, D. Manoel pediu a
Frei Nereu permissão para repassar a festa de São
Cristóvão para a nova paróquia da Vila Guaíra, e
assim foi feito.
Só compreendemos e sentimos através de
imagens ou sinais. Como diziam os antigos filósofos gregos, nada há na inteligência que não passe
pelos sentidos. Toda bênção é sinal positivo, quer
dizer, que captamos com nossos sentidos exteriores.
Jesus Cristo instituiu bênçãos fundamentais de
salvação que chamamos de sacramentos. Para nós
católicos, os sacramentos são sete, nem mais e
nem menos: batismo, crisma, reconciliação, eucaristia, ordem, unção dos enfermos e matrimônio.
Cristo Jesus utilizou também outros muitos sinais de graças, como imposição das mãos, toques
– especialmente na fímbria de seu manto e de sua
túnica –, banhos em piscinas tidas como milagrosas, uso de sua saliva - que os judeus entendiam
como sinal da pessoa e outros.
Por sua vez, a Igreja Católica catalogou e normalizou todos estes sinais e acrescentou outros para
provocar e aumentar nossa fé na proteção divina. A
estes sinais utilizados por Jesus Cristo e a tantos
outros normalizados pela Igreja chamamos sacramentais, como o terço que muitos conservam no
carro, bênção da água, de cinzas e sal, de medalhas e crucifixos, de escapulários e outras gargantilhas, de fitinhas e pulseiras, de casas e carros,
de motocas e bicicletas, de roupas e alimentos, de
empresas e fazendas, de animais e plantações, e
muitos outros.
A bênção dos carros é para o usuário
Para as coisas em si nada muda. As coisas já
estão abençoadas pela criação divina que á maior
bênção, a bênção fundamental. São as pessoas
que vão sentir no coração que as coisas estão
abençoadas e então irão utilizá-las com respeito.
Abençoamos para despertar em nós a fé nas
bênçãos de Deus em sua criação. É preciso ter
consciência e fé de que Deus sempre está nos
abençoando, porque Ele é bênção em pessoa.
Como faz bem ouvir pessoas dizendo: “Eu me sinto
uma pessoa abençoada”!
Há muita mais necessidade de sentir a bênção
de Deus do que pedir. Jesus sempre dizia: “Basta
que tenha fé! Não tenha medo”! Tanto a fé como
o medo ou fé negativa faz acontecer. Trata-se principalmente da fé emocional ou imaginativa e não
apenas intelectual ou teórica. Como dissemos, o
que a gente acredita ou imagina, começa acontecer porque é a cabeça que programa nosso corpo
exterior e nossa vida.
Fé e crendice
Nada aproxima tanto de Deus como a fé esclarecida, e nada afasta tanto como a fé ignorante ou
crendice. Nada melhor e nada pior que uma boa ou
falsa religião.
Fé e ciência devem andar de mãos juntas. Quando a fé discorda da ciência, fique com esta e deixe
aquela ou modifique-a, porque o critério da ciência
é a evidência e o critério da fé é a confiança em
Deus perante coisas obscuras. Toda ciência verdadeira vem de Deus.
A fé pode ser temerária ou esclarecida
É temerária, alienada ou mágica, quando espera
que Deus resolva nossos problemas sem a gente
assumir nossa parte na aliança, quando confiamos
no poder mágico de objetos inanimados. A fé é esclarecida quando confia que pessoas ou objetos
abençoados funcionam como indutores psicológicos e aumentam nossa responsabilidade.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 3
O PERIGO DA SUPERSTIÇÃO
Não utilize superstições em seu carro,
porque são alienações ou fugas de seus deveres. Precisamos de fé iluminada. Não devemos tornar superstição esta nossa fé que é confiança em
Deus, e um só é o nosso Deus.
A superstição é confiança em criaturas, ou
seja, alienação e
idolatria. Não devemos acreditar
em certos tipos
abusivos de correntes de oração
(nove cópias a
nove
pessoas)
nem em orações
ditas fortes com
poder em si, orações a santos de causas urgentes e impossíveis
mandando fazer mil cópias por determinado preço,
pragas, feitiços, urucubaca, mandingas, inveja, horóscopos, destinos negativos, trabalhos feitos, despachos, vodus, não passar debaixo de escada, dia
13 sexta-feira de lua cheia, usar fitinhas para dar
nós e desenhos de sandálias para obter graças,
valor mágico do número fixo de velas, uso de figas,
de amuletos e quebrantes, crer em benzimentos e
fórmulas mágicas, promessas temerárias, e por ai
afora.
Esta maneira de proceder faz estragos no meio
do povo e deforma a verdadeira religião. É exploração comercial do povo e um jeito de multiplicar
como que deuses, dando a alguns santos poderes
exclusivos.
Não existem santos de causas urgentes e específicas. No céu, os anjos e os ressuscitados têm
o mesmo poder de intercessão com e por Cristo
ao Pai.
Na Casa do Pai não existem santos canonizados e não canonizados, nem santo mais poderoso
que outros. Isso é bom aqui na terra. O único poder
de mediação é Cristo Jesus.
Superstições curam?
O supersticioso tanto acredita em curas como
programa novas doenças. Curas supersticiosas podem provocar mais doenças porque formam uma
mentalidade alienada. O maior problema da superstição é provocar a ocultação dos sintomas de
doenças sem curar o órgão doente.
Li, nestes dias, que mais de 60% da população
do Brasil busca mais a cura em superstições do
que em médicos. É fácil curar os sintomas, mas
difícil curar o órgão doente. Eu tinha erisipela e os
antibióticos não estavam curando. Perguntei ao médico: “Benzedeira cura”? E ele
me respondeu:
“Sim, mas só se
for Benzetacil”,
que é um poderoso antibiótico.
Engraçado!
Que fazer com
superstições?
Preste um serviço à sua Igreja. Quando encontrar estas superstições em altares e bancos da
sua igreja, retire-as sem medo algum e jogue-as no
lixo, na certeza de que Deus irá abençoar você. Em
sua mente, repita este pensamento: Nada faz tanto
bem como a religião bem entendida, e nada faz tanto mal como a religião mal entendida.
VALOR DAS SIMPATIAS
Viva com simpatia!
Toda bênção é,
de certa forma, uma
simpatia que se torna
sacramental porque
potenciada pela fé.
Simpatia não é superstição. Dirija seu
carro com simpatia,
que é energia positiva
mais poderosa que a
antipatia. A simpatia
precisa de sinais ou
imagens positivas de
coisas e pessoas.
Devemos cultivar no coração a prática da simpatia
natural das criaturas. Elas são simpáticas como
nossas irmãs que nos fazem bem. Deus nos abençoa sempre através das criaturas, imagens da sua
bondade. Feliz de quem se deixa abençoar pelas
criaturas de Deus! Foi Deus que nos criou com tendência para utilizar e simpatizar com tudo o que é
verdadeiro, bom e belo para nossa felicidade.
Utilize simpatias
Conhecemos simpatias para curar erisipelas,
cobreiros, verrugas, alergias e outras doenças, especialmente da pele. Julga-se que 86% de nossas
doenças procedem do corpo interior.
Simpatias são programações mentais, induções
psicológicas positivas, como, certas pulseiras e fi-
4 - Ano X - Edição Especial
tas do Senhor do Bom Fim, usar arruda na orelha
para dar sorte, usar certa folhagem na entrada dos
bancos, três batidas na mesa para afastar males,
comer carne de porco e usar roupa branca no início do Ano, benzer carros na primeira sexta-feira do
ano e outras.
Às vezes, simpatias e sacramentais se confundem. Nas simpatias utiliza-se mais o valor psicológico da imagem positiva das coisas; e nos sacramentais da Igreja utiliza-se mais o poder da fé
teologal ou confiança em Deus. Não é errado fazer
simpatias. Podemos usar simpatias desde que
sejam esclarecidas e não bobas nem absurdas.
Neste caso, podem confundir-se com superstições.
Proteja com simpatia a própria vida, casa, folhagens e animais domésticos.
Valor da simpatia
Pela simpatia comunicamos bem-estar aos outros, enfim, certa imunidade ou defesa contra os
males. A simpatia neutraliza a antipatia. A simpatia só e sempre faz bem a nós e aos outros. Cultive imagens de proteção divina. Renove em seu
coração as grandes verdades da fé e da vida real:
filiação e herança de Deus, sacerdócio, profecia e
reinado, corpo perfeito, casa própria, família e tantos outros valores. Esta repetição vai formando seu
interior de forma positiva.
Quando não utilizamos bem nossa cabeça culpamos outros, até o diabo, por nossos erros e males, como fez Adão com Eva e esta com a serpente.
Nunca esqueça que os maus agouros ou antipatias somente fazem mal para quem acredita ou tem
medo delas. O mesmo vale para as simpatias que
só fazem bem para quem as valoriza e cultiva. Dependem da lei de Psicologia que diz: As coisas produzem o efeito que acreditamos ou imaginamos.
Repetimos: as antipatias em si e de per si não
têm força alguma para quem tem sua mente ou
seu interior ocupado por Deus. Deixe-se abençoar e jamais amaldiçoar. Seja sempre anjo e jamais
urubu.
Viva como aliado de Deus e não como alienado!
Deus sempre nos protege porque é o melhor
dos pais e nos ama infinitamente. Porém, isso pouco ou de nada adianta se não fizermos nossa parte.
Nossa convivência com Deus é em forma de
aliança e não de escravidão ou alienação. Somos
realmente livres. Deus nos protege mesmo que
não peçamos sua proteção, desde que façamos
nossa parte na aliança. É bom lembrar do precioso
texto de Mc 11, 24: “Tudo o que vocês pedirem a
Deus na oração, acreditem que já foi dado e assim
acontecerá”.
Como é que se explica, então, o conhecido e
abusado “pedi e recebereis”? Obviamente fica assim: “Pedi (acreditando que Deus já atendeu; fazei
vossa parte na aliança) e recebereis”. Não adianta
pedir a Deus de braços cruzados que nos mande
frangos assados do céu.
Lembra da piada daquele homem que sempre
pedia a Deus a graça de ganhar na loteria? Depois
de um tempo de insistência, Deus perdeu a paciência e disse: “Por favor, meu filho, ao menos compre
o bilhete”!
DESTINO
Da parte de Deus, seu destino
é o melhor de todos.
Dirija seu carro na certeza e confiança de que
Deus com seus anjos e santos está sempre cuidando de você e dos seus. A fé faz acontecer o que
se acredita. Ter medo de um destino negativo pode
fazê-lo acontecer porque medo é uma programação
mental. Para os gregos o destino era uma divindade chamada Moira.
O grande problema que atormentou a Teologia
durante séculos foi a possibilidade de destinos negativos programados por Deus, na idéia de predestinação negativa. Nada deforma tanto a imagem do
Deus cristão.
Da parte de Deus nosso destino é o paraíso (Ef
1, 3-14), mas temos liberdade de escolher o inferno ou a vida sem Deus. Nosso destino depende
de nós.
Sorte e azar seriam destinos?
Muita gente acredita que sim. Fala-se que alguns têm pé quente e outros, pé frio. Conhecemos
pessoas que ganharam diversas vezes na
loteria; e outras, mesmo jogando muito,
não ganharam nunca, como eu!
Estes jogos são chamados de jogos
de azar, quer dizer, não tem leis estabelecidas. Dependem de estatística. Não
dependem de fé, de trabalhos feitos, de
santos protetores e coisas assim.
Nunca soube que um papa tenha
ganhado na loteria, provavelmente porque nunca jogou. Lembro que, num ano,
a cada mês comprava 100 números da
Sena de Sílvio Santos, e não ganhei nunca. Obviamente parei de comprar. Deus
tem poder de fazer alguém ganhar e ter
muita sorte. Seria milagre, mas não lei
costumeira. Que eu saiba, isso jamais
aconteceu, porque Deus fez aliança conosco e essas coisas dependem de nós.
Deus nos criou com inteligência para não
fazer asneiras.
Sorte e azar
dependem da
estatística e,
principalmente,
da sabedoria de vida.
Com sabedoria e conhecimento podemos
formar maravilhosos destinos
para nós, fazer excelentes
negócios, defender-nos de ladrões e espertalhões, evitar
desastres e assim por diante.
Azar ou falta de sorte dependem de erros ou acertos de
nossa parte.
Deus sempre só
quer nosso bem
Nenhum destino negativo
acontece por vontade de Deus,
mas apenas por nossa culpa,
contra a vontade de Deus,
quando não praticamos seus
mandamentos. Não adianta
proteção divina se permanecermos em erros e pecados.
Os males não são criaturas
nem permissões e nem provações de Deus, mas
opções nossas. Deus não criou o inferno ou a desgraça, mas predestinou a todos nós para seu paraíso (Ef 1, 3-14), porém respeita nossa liberdade.
O inferno é viver sem Deus ou contra Ele, enfim
opção humana consciente e definitiva, por mais absurda que seja.
Será que Deus castiga?
Uma das idéias ou crenças que mais prejudicou
a humanidade foi acreditar em castigos divinos.
Na Bíblia se fala muito destes castigos porque
se confundem leis de natureza com vontade de
Deus. Quando chove, a Bíblia diz que foi uma ordem de Deus. Assim com todos os fenômenos da
vida terrestre. Por isso, é sempre Deus que castiga
ou abençoa. È uma crença vinda das religiões pagãs. Os deuses pagãos não fazem só o bem para
seus subordinados, mas fazem o que lhes parece
melhor ou pior, conforme dá na veneta deles.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 5
Autonomia da natureza
A reflexão teológica purificou a imagem de nosso Deus, do Deus de Jesus Cristo. Descobrimos,
então, que Deus criou a natureza autônoma, com
leis próprias que Ele mesmo respeita. É o capítulo
da teologia que chamamos de autonomia do universo, que também nós devemos respeitar e desenvolver pela Ecologia.
Os fenômenos da natureza, como, enchentes,
terremotos, tempestades, trovões, estiagens, ventanias, doenças, desastres e outros, acontecem conforme leis da natureza, muitas vezes alteradas por
nós. Compete a nós zelar pela ordem no universo.
Não confundir falhas humanas
com vontade de Deus
Jamais um carro irá desastrar por determinação
divina, mas por falhas humanas, como dissemos acima, contra a vontade de Deus que só
e sempre quer nosso bem.
O carro não tem cabeça, ao menos por
enquanto. Quem tem e deve usar a cabeça
é seu condutor, enfim, somos nós. Quando
pedimos a bênção para nosso carro, é para
tomar consciência de que a boa viagem está
assegurada da parte de Deus e que só falta
fazer bem nossa parte.
No velório de pessoas que morreram em
desastres de trânsito ou de qualquer outro
modo, é fácil ouvir pessoas dizendo em alto
e bom som: “Foi Deus que quis assim. Paciência”! Parece blasfêmia. É sempre a confusão entre deuses ou ídolos pagãos e nosso
Deus cristão.
O DEVER DA VIRTUDE DA ALEGRIA
Viaje com alegria
Ao dirigir seu carro, especialmente em viagens
maiores, não fique lembrando dívidas, problemas
de família e outros, porque estas lembranças produzem preocupação, ansiedade e tristeza, enfim,
podem até provocar desastres.
Comprometa-se a dirigir com alegria “porque a
alegria do coração aumenta os seus dias e porque
a tristeza matou muita gente” (Eclo 30, 22-23).
Temos tendência para a tristeza porque nascemos em estado de pecado original e com milhares
de memórias ou programações mentais negativas e,
a mais, com doenças e fracassos na vida. A tristeza
é um sentimento que atua no corpo. Vimos acima
que são imagens que desenvolvem sentimentos.
DEIXAR-SE ABENÇOAR
Viaje com simpatia!
Toda viagem com seu carro é um encontro com
maravilhas da natureza. Transforme sua viagem num
compromisso de vida e não de preocupações. Deus
está sempre a seu lado e não dá bênçãos no varejo ou no picado como mercadorias em supermercados. Ele é pessoalmente bênção, sempre bênção,
bênção para todos, mas nós raramente tomamos
consciência das bênçãos de Deus. Cada criatura de
Deus tem uma bênção para nós com seu determinado valor. As criaturas são anjos com suas mensagens positivas que nos manifestam Deus.
Cada criatura é uma aparição
de Deus em miniatura,
em ponto pequeno, como que de costas. São
diáfanas, quer dizer, através delas podemos e devemos ver Deus que sempre e só aparece para nós
escondido, em imagens, por comparação, no mistério, como que de costas.
Devemos sentir liberdade quando contemplamos andorinhas ou gaivotas voando e formando no
espaço os desenhos da primavera e verão. Uma
árvore florida nos mostra um pouco da beleza de
Deus. O lago sereno nos dá a bênção da paz. Como
faz bem admirar numa galinha com seus pintinhos
num sinal da ternura infinita de Deus. Um casal de
namorados nos faz pensar que só em Deus descansa nosso coração. E assim por diante.
Cultive sua sensibilidade
Os gregos, quando refletiam sobre a sensibilidade que devemos ter com as criaturas, falavam de
estética ou erótica, enfim do encantamento sensível perante o belo.
Como diz um Salmo, às vezes somos como as
estátuas que têm olhos e não vêem, ouvidos e não
ouvem, mãos e não apalpam, nariz e não cheiram,
boca e não degustam.
6 - Ano X - Edição Especial
Catullo da Paixão Cearense, poeta do sertão,
em seu poema Luar do Sertão, na última estrofe,
diz assim: “A gente fria desta terra, sem alma nem
poesia, não se importa com a lua nem luar do sertão. Enquanto a onça, lá na verde capoeira, leva
uma hora inteira, vendo a lua a meditar”.
Pare, olhe e passe!
Diante das criaturas, pare, olhe e passe como
devemos fazer antes de passar por uma ferrovia.
Assim elas vão ficar armazenadas em sua mente
fazendo bem.
Quando vai viajar ou utilizar alguma coisa, algum
documento ou projeto concentre-se e tome consciência de que Deus está abençoando você. Costumamos fazer o sinal da cruz, e isso é excelente.
Quando Constantino, imperador de Roma, estava em guerra contra adversários mais numerosos e
poderosos, não conseguindo dormir em sua tenda
de campanha, saiu e contemplou o céu estrelado.
Viu entre as estrelas uma grande cruz com um letreiro que dizia: “Neste sinal vencerás”! Assumiu
então a cruz como emblema de suas tropas e venceu.
Como evitar a tristeza
Para evitar a tristeza, você deve cultivar imagens
positivas de Deus e dos seus anjos, da natureza e
de você mesmo, enfim, cultivar sua auto-estima.
Relembre: quando puder, relaxe e se concentre
e imagine coisas positivas. Para evitar a tristeza é
bom olhar para traz. Mais da metade da população
mundial não possui os valores que você tem.
Quantos milhões são cegos, surdos, mudos,
aleijados, excepcionais, leprosos, bandidos e presos! Há mais de um bilhão de alcoólatras no mundo e quantos milhões são drogados que só conseguem vegetar fugindo da vida! Quantos bilhões
morando em favelas!
Melhore sua serotonina
Alegria é ter consciência dos valores e agradecer a Deus. Quando ficamos alegres desenvolvemos a serotonina que ativa positivamente nossos
neurônios, provocando o bom humor.
Quando ficamos tristes, bloqueamos a serotonina e desenvolvemos exageradamente o cortisol,
que nos faz entrar num estado de mau humor. Mau
humor, na Bíblia, era considerado como ação do
demônio, - entendido como naqueles tempos.
Verifique com o médico ou psiquiatra se o seu
mau humor e depressão provêm de causas emocionais ou físicas, como gastrite, problemas de fígado,
hiper ou hipotensão, ou de algum remédio que atua
no sistema nervoso central.
CONTÁGIO PSICOLÓGICO
Realidade do contágio psicológico
Ao viajar com seu carro, procure se libertar de
contágios psicológicos negativos. Vivemos em grupos ou comunidades em forma de vilas, distritos e
cidades, municípios, estados e nação. Formamos
um só corpo e somos co-responsáveis. Um membro doente ou negativo faz sofrer o corpo inteiro.
No trânsito, a consciência da própria co-responsabilidade é fundamental.
Às vezes, vêm certas pessoas na casa da gente
e as folhagens murcham, as pessoas e animais
domésticos adoecem, a empresa começa ir mal e
coisas assim. É o contágio negativo.
Contágio
psicológico positivo
e negativo
Queremos
aqui
refletir
um pouco sobre o contágio
psicológico
negativo, também chamado
de antipatia,
porque já refletimos acima sobre simpatias.
Quem não
teve experiên-
cias de influências negativas? Devemos ter nosso
corpo interior ocupado por anjos ou coisas positivas. Cabeça vazia, mesmo limpa, torna-se oficina
do diabo. Onde há anjos, os demônios se retiram.
O exemplo de São Paulo
Escreva num bilhete a frase espetacular de São
Paulo na Carta aos Romanos: “Se Deus está conosco, quem estará contra nós? Quem nos separará do amor de Cristo (que é nossa felicidade)? A
tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada? Em tudo isto somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos
nem os principados, nem o presente nem o futuro,
nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza,
nem nenhuma outra criatura poderá nós separar do
amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso
Senhor” (Rm 8, 31b.35.37-39).
Guarde este bilhete em sua carteira ou bolsa e,
sempre que tiver medo, leia com fé.
Seja vigilante
Sempre há pessoas que nos querem prejudicar,
como aconteceu com Jesus. Estas antipatias fazem mal para quem tem medo ou acredita nelas.
Inveja ou antipatia podem provocar o contágio
negativo e realmente fazer mal a quem está sem
imunidade interior, a quem vive como esponja absorvendo o negativo.
Nenhum demônio e ninguém podem fazer mal
ao seu interior se estiver ocupado por memórias
positivas. Nem Deus se atreve a invadir nossa privacidade. Ele só entra se abrirmos a porta (Ap 3,
20).
Deus nos deu o controle de nossas vidas e ninguém pode perturbar nosso interior se tivermos anjos ou coisas boas no coração. Quando nos descuidamos, os demônios ou coisas negativas voltam.
Devemos adquirir imunidade interior. Seria horrível
se fôssemos escravos ou dependentes da antipatia dos outros.
Pratique
o jejum e
oração interior
ou
higiene
mental como Jesus sempre ensinou. Jejum interior
é jejum ou abstinência de ódio e
inveja, de complexos de inferioridade e de orgulho,
enfim jejum de demônios ou programações mentais
negativas. Oração
interior é imaginar
todas as realidades positivas da
vida, especialmente Deus.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 7
MEDO
LEIS DO CÉREBRO
Quando alguém comete uma asneira, é comum
ouvir dizer: “Onde você está com a cabeça”? Sua
viagem será tranqüila da parte de Deus, mas isso
não basta. Você deve fazer sua parte, consciente e
livremente, caso contrário, nada feito.
Deus respeita sua parte e privacidade. Nossa
parte é usar bem a cabeça. Vamos, pois, fazer algumas reflexões sobre as principais leis do nosso
cérebro.
Primeira lei:
Por criação divina, nossa vida é programada por
nosso cérebro. A cabeça da gente funciona sempre,
em movimento perpétuo, mesmo inconscientemente como no sono e em estado de coma. Quando
pára, morremos. Então, o corpo interior separa-se
do exterior. Este vai para o cemitério porque é pó,
e aquele ressuscita. Diz um prefácio da missa: “A
vida não é tirada, mas transformada”.
Por isso, devemos estar vigilantes para que
nossa mente esteja sempre ocupada com imagens
positivas. É importante jamais programar a cabe-
ça de crianças e nem de adultos com sugestões
negativas. Dizer a uma criança e adolescente que
é feia, burra, orelhuda e que não vai prestar para
nada, pode programá-la assim e fazê-la viver sem
auto-estima ou em complexo de inferioridade. Diz
o Eclesiástico: “Não há homem pior do que aquele
que se deprecia” (Eclo 14, 4a).
memórias ou códigos mentais que nossos pais
herdaram dos antepassados até do Adão e Eva de
cada raça ou que adquiriram ao longo da vida.
Trata-se da descoberta do DNA (Ácido Desoxirribo Nucléico) feita na década dos 1970. Não temos
vidas passadas, mas nascemos com memórias vivas dos antepassados.
Segunda lei:
Nosso cérebro só se programa com imagens e
não com teorias. No passado, valorizávamos quase
apenas o Q. I. ou Quociente Intelectual; hoje, valorizamos sempre mais o Q. E. ou Quociente Emocional.
Maria de Nazaré, mãe de Jesus, era analfabeta,
mas possuía admirável controle interior ou emocional. Quem não sonha de imitar Maria, Nossa Senhora? Minha mãe também se chamava Maria e
também era analfabeta, mas tinha tanta sabedoria
emocional que não troco minha mãe por nenhuma
outra mulher cheia de diplomas universitários, por
mais valor que isso represente.
Terceira lei:
Aquilo que a gente imagina começa acontecer. É
“o segredo” divulgado num recente best-seller em
livro e DVD. As coisas fazem o efeito que imaginamos ou acreditamos emocionalmente.
A melhor máquina do universo é o cérebro humano com seus diversos nomes, cada qual com
seu valor: corpo interior, mente, cabeça, coração,
imaginação, neurônios.
Quando alguém faz besteiras, as pessoas dizem: “Onde você está com a cabeça? Ligue-se!
Toque-se”! Ser feliz é usar positivamente a própria
cabeça.
Quarta lei:
A mente da
gente nunca pode
se ocupar com
duas coisas ao
mesmo tempo:
ou está no positivo ou no negativo
e isto depende de
nós, que somos
e devemos ser
os únicos donos
dela.
O segredo da cura interior é evitar as somatizações negativas ou doenças, conservando sempre a
cabeça no positivo. Quando a gente não cuida, as
memórias ou códigos mentais negativos emergem
do subconsciente e perturbam nossa vida em forma de males emocionais e físicos.
A descoberta do DNA
Nascemos de duas células: óvulo e espermatozóide, cada qual com 23 cromossomos, e cada um
destes com no mínimo 4.000 e máximo 100.000
8 - Ano X - Edição Especial
Dirija seu carro com confiança
e segurança porque o medo programa coisas
negativas. Medo refere-se ao instinto ou impulso
de sobrevivência. Temos medo de morrer.
Medo é sempre atitude negativa perante a vida.
Medo pode ser sentimento normal diante de ameaças à vida. Neste caso, confunde-se com prudência.
A síndrome do pânico
acontece quando o medo é neurótico ou fora
de controle. Tem origem em memórias traumáticas
que podem ser genéticas (DNA), congênitas ou recebidas no tempo da gestação, e/ou adquiridas ao
longo da vida.
Nosso cérebro é comandado e programado por
estes códigos mentais. Isso explica porque há tanta gente com síndrome do pânico por isso ou aquilo e nem sequer sabem por quê. A cura só pode ser
obtida através da neutralização destas memórias
negativas, antigamente chamadas de demônios,
espíritos malignos, filhos das trevas.
No tempo de Jesus, por influência dos gregos e
romanos, chamava-se de demônio a todo problema
de origem desconhecida, como loucura, depressão,
epilepsia. Não esqueça a frase luminosa do Ecle-
siástico: “Quando o homem acusa o demônio está
acusando a si mesmo” (Eclo 21, 27).
Só você pode curar-se de problemas emocionais
Lembre que memórias negativas não se curam
com elementos químicos, mas psicológicos ou
emocionais. Por melhores que sejam, psicotrópicos e calmantes não curam problemas emocionais, mas apenas acalmam o corpo exterior. Isso
é excelente porque permite o controle interior e só
este realmente pode curar ou neutralizar problemas emocionais. Acabado o efeito dos remédios
químicos, os problemas voltam a acontecer, como
acontece com álcool e drogas.
O medo faz acontecer o que se teme
Medo é programação mental negativa que foi
criada por imagens negativas, como de desastres
e morte. Não é possível eliminar estas imagens do
seu consciente ou do subconsciente.
Se você é uma pessoa perturbada por síndrome
do medo ou pânico, quando puder relaxe, concentre-se e reprograme-se com imagens de segurança e proteção, especialmente de ordem religiosa.
Jesus sempre dizia: “Não tenha medo, mas tenha
fé”!
Regrida conscientemente ao passado quando
aconteceram fatos traumáticos e neutralize com
imagens de Jesus, Nossa Senhora e anjos cuidando e protegendo você. Estas imagens irão programar sua mente para a confiança e segurança interior.
BÊNÇÃO E MALDIÇÃO
Traumas são experiências negativas fortes
que podem ter sido recebidas durante a gestação, chamados congênitos, ou/e adquiridos na
vida e que nos escravizam, como, grandes sus¬tos,
trovões e raios, enchentes, desastres, assaltos,
traições, assassinatos, incêndios e calúnias.
A cura depende da neutralização destes traumas com imagens positivas, especial¬mente religiosas. As memórias inconscientes são indeléveis
e tão ativas como as conscientes. Não é possível
eliminá-las.
As memórias positivas devem ser cultivadas e melhoradas; e as negativas - na Bíblia
conhecidas como demônios
- podem e devem ser neutralizadas. Demônios ou códigos
mentais negativos não se expulsam, mas se neutralizam.
Seja filho da bênção!
Quando vai viajar com seu carro, seja filho da
bênção e jamais da maldição. Maldição é o contrário de bendição, termo contraído em bênção.
Vimos que benção ou sinal que sugestiona e
programa nossa mente para obter bons resultados é sempre simpatia.
Maldição é antipatia, ou sinal que induz nossa mente para coisas negativas. Feitiços, bruxarias, urucubaca, macumba, males feitos, mau
olhado, inveja, trabalhos negativos, despachos,
mandingas, pragas, vodus, maus encostos, influências demoníacas, cargas negativas, castigos
hereditários, destinos negativos, karmas, horóscopos negativos, maus agouros, e por ai afora,
podem ser considerados como maldições.
As maldições não produzem efeito de per si,
não têm poder intrínseco, mas apenas em quem
acredita ou tem medo delas, enfim pelo contágio psicológico ou emocional.
Repetimos diversas vezes que o medo faz
acontecer o que se teme, porque é uma programação mental negativa. Lembre que as coisas
fazem em nós o efeito que imaginamos ou acreditamos ou tememos.
O costume de amaldiçoar
Conhecemos pessoas, casas e até cidades
amaldiçoadas. O salmo 109 (108) das maldições foi retirado pela Igreja da Liturgia das Ho-
ras.
Lembramos da maldição simbólica de Jesus
sobre a figueira estéril que secou. A figueira estéril representa o povo e as pessoas que não
crescem para Deus e se obstinam no mal.
Em Lucas há maldições que contrastam com
as bem-aventuranças.
Os condenados à crucificação, também Jesus,
eram considerados malditos naquela época.
Numa grande celebração religiosa, os antigos sacerdotes da Samaria proclamavam bênçãos no Monte de Garizim e maldições no Monte Ebal.
Ouvimos falar de maldições até a terceira
e quarta geração. São maneiras de expressar
a possibilidade de bens e de males, genéticos
e adquiridos. De certa forma, todo bem é uma
bênção e todo mal é uma maldição.
Bênção e maldição
dependem da gente
Na verdade, somos nós que nos abençoamos
e nos amaldiçoamos. Quando fazemos o bem,
nos abençoamos; quando fazemos o mal, nos
amaldiçoamos ou provocamos males. Nunca se
deixe amaldiçoar. Maldição só pega em quem
acredita nisso ou tem medo. Quando alguém
amaldiçoa você, abençoe-se imaginando Jesus
abençoando você ou peça a alguém que abençoe você.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 9
Relaxe e se concentre!
Não devemos ser como esponjas que absorvem
sujeiras de todo tipo. Devemos ter o corpo interior
ou nossa mente ocupada com anjos ou elementos
positivos. Quando a gente não está vigilante e deixa a cabeça vazia, logo ela se torna oficina do diabo, como diz um provérbio.
Sempre que puder, relaxe como quando a gente
espreguiça, que é um método natural, quer dizer,
que ninguém ensinou para nós. Todos sabemos
espreguiçar, também os gatos e cachorros. Este relaxamento pode durar uns sete segundos apenas.
A seguir, concentre-se. A concentração pode ser
feita com um dos cinco sentidos exteriores. Pode ser
visual, auditiva, olfativa, gustativa e tátil. Preste atenção numa chuva ou música suave, enfim em qualquer
som agradável. Fixe seu olhar numa árvore florida,
num panorama bonito, numa criatura que o encanta. Sinta o carinho da brisa, o envolvimento das suas
vestes ou da água no seu banho, a graça de um beijo
e de um abraço. Deguste com calma o que come ou
bebe. Deixe-se elevar por aromas e perfumes.
Feito o relax e concentração, reprograme-se
Por que dizemos reprogramação? Por que, em geral, temos programas mentais negativos conscientes e inconscientes que devem ser neutralizados.
Nosso computador mental não tem a tecla Delete que elimina códigos ou lembranças negativas,
mas temos, sim, a tecla Excluir que remete estes
códigos negativos para a Lixeira ou baú interior, que
é nosso subconsciente. E seja vigilante, porque na
hora de descuido estas imagens negativas emer-
gem e continuam a nos fazer mal.
Deixar-nos abençoar ou amaldiçoar depende de
nós. Existem por toda parte mochos e urubus, enfim aves de mau agouro que querem nos prejudicar.
SEJA UMA BÊNÇÃO!
Espalhe simpatia!
Nas viagens com seu carro, procure ser uma
pessoa que irradia simpatia. Seja sempre uma bênção para os irmãos e jamais maldição ou urubu.
Este foi o pedido que Deus fez a Abraão (Gn 12,
2b). Todos devemos ser filhos da bênção.
A bênção não é monopólio
do papa nem dos bispos e nem dos padres ou
pastores nem das benzedeiras. É um direito e dever de todos os filhos e filhas de Deus. É tão bonito
quando os avós abençoam seus netos; os pais, a
seus filhos; os filhos, a
seus pais; os irmãos, a
seus irmãos; os amigos,
a seus amigos.
Quando você encontrar pessoas com problemas, abençoe em nome
de Deus. Ninguém de nós
tem poder de abençoar
em nome próprio. Este
poder nos é dado no batismo, como filhos e filhas
de Deus.
Formas litúrgicas
de bênçãos
Obviamente, existem formas comuns de bênçãos e formas litúrgicas ou indicadas pela Igreja.
Há pessoas que se dedicam a abençoar e que
apresentam sinais do poder de Deus que a Igreja
lhes consagrou, como batina, estola e aspersório.
É o caso dos padres.
Na paróquia das Mercês tornou-se tradicional a
bênção que os freis capuchinhos dão para pessoas
que os procuram, especialmente a bênção de carros no ano todo, e de forma particular, na primeira
sexta-feira do ano. Esta tradição é um sinal simpático que desperta nossa fé.
Como abençoar
Quando quiser abençoar e não encontra nenhum
padre, abençoe você do seu jeito, com sua fé. Reze
um Pai-nosso e abençoe a água e um pouco de
sal, misture o sal com a água, apanhe um pequeno
ramo verde e abençoe as sementes que vai utilizar,
sua motoca e seu carro, sua casa, os móveis da
casa, sua empresa e máquinas, sua chácara, suas
roças, seus remédios e comidas.
O importante é sua fé ou sua convicção de que
DIREÇÃO DEFENSIVA
Exame
Quando vamos renovar a Carteira Nacional de
Habilitação, a partir de 2005, somos obrigados a
prestar um exame dos conhecimentos básicos do
trânsito.
O trânsito é um exercício de preservação da vida
própria e dos outros, da saúde e do meio ambiente.
Os conselhos e normas para evitar acidentes, que colocamos no final, se referem à direção defensiva, que
é reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer a você, aos seus
acompanhantes e aos outros usuários da estrada.
Ao assumir o volante do seu carro, lembre-se
do princípio da corresponsabilidade. Acidentes não
10 - Ano X - Edição Especial
acontecem por acaso nem por obra do destino ou
azar.
Cuide-se também dos outros
Na estrada, não cuide apenas de você. Isso não
é tão difícil. Cuide principalmente dos outros que
podem estar menos atentos.
Lembre-se que os prejuízos de desastres automobilísticos custam uns dez bilhões de reais por
ano aos cofres da nação brasileira, que somos nós.
Quando encontrar placas pedindo para diminuir
a velocidade por diversos motivos, obedeça porque
elas pretendem preservar sua vida e a vida dos
outros, também de animais.
tudo está abençoado por Deus. Lembre-se que
Deus sempre abençoa, mas nós pouco percebemos e, por isso, devemos fazer sinais.
Deus ensina a abençoar
“Iahweh falou a Moisés e disse: “Fala a Aarão e
a seus filhos e dize-lhes: Assim abençoareis os filhos
de Israel: Iahweh te abençoe e te guarde! Iahweh
faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te seja benigno! Iahweh mostre para ti sua face e te conceda
a paz” (Nm 6, 23-27)!
Sem Deus, a bênção torna-se superstição. O
importante nas bênçãos é provocar a fé através de
gestos e palavras.
LEIS DO TRÂNSITO
Questão
de controle
emocional
É excelente e
muito útil a bênção
para nossos carros,
com a qual os motoristas se comprometem a dirigir conforme as leis do trânsito.
Dirigir bem não é apenas uma questão de inteligência. Alguém pode ter recebido nota dez no
exame intelectual de renovação da carteira pelo
DETRAN e ser péssimo motorista.
Dirigir bem é principalmente uma questão emocional ou da imaginação correta, enfim, uma questão da cabeça que antigamente chamávamos de
coração. Precisamos de imagens de atenção e proteção como as placas de sinalização.
o nível de água no sistema de limpador de parabrisas, o funcionamento e regulagem dos faróis e
lanternas, a situação dos pneus. Quando notar algum defeito em seu carro, mande verificar antes
que seja tarde.
Dirigir é um exercício de cidadania,
de controle interior e de convivência com os outros motoristas.
Ao dirigir, devemos compreender que outros possam ter mais pressa que nós ou sejam impulsivos.
Não se irrite com ultrapassagens abusivas porque
isso irá deixá-lo nervoso. Reze para que Deus os
abençoe e tenha compaixão deles.
7. Quando estiver chovendo, diminua a velocidade, especialmente em
desníveis e baixadas que
podem represar água e
provocar hidroplanagem
ou aquaplanagem. Segure a direção com firmeza.
Não adianta frear numa
poça de água. É pior!
4. Não ultrapasse pelo acostamento por motivos
óbvios.
5. Respeite bicicletas e motocas como se fossem carros. Obviamente, os que utilizam bicicletas
e motocas obedeçam também aos sinais do trânsito.
6. Se estiver muito cansado ou tomou remédios que produzem sonolência, não dirija porque o
trânsito exige perene vigilância. O sono no trânsito
pode produzir o sono eterno.
13. Ao dirigir, fique atento e não se concentre
em dívidas e problemas nem em placas chamativas de propaganda. Você pode e deve observar de
passagem ou de relance quadros bonitos da natureza que seguidamente lhe aparecem, pois
isso lhe faz bem e o
conserva despertado.
Se aparecer um panorama muito lindo e
você quer contemplar,
pare o carro, desça e
contemple.
14. Não desça ladeiras longas com seu
carro em ponto morto ou banguela, como se diz,
pois poderá travar a direção ou ter dificuldade de
engatar uma marcha e, se utilizar continuamente
o freio, ele poderá esquentar demais e vir a falhar.
15. Respeite e favoreça outros motoristas permitindo que
entrem na fila e que ultrapassem você. Conserve a calma.
Não dirija seu carro como se
fosse competição de velocidade. Não se considere dono da
estrada.
Seguem aqui as principais leis do trânsito
1. Não dirija depois de haver
ingerido bebida alcoólica além do
mínimo permitido. Como disse alguém, “se alguém quiser se matar,
pode – porque não adianta proibir,
mas respeite a vida dos outros; e se ele não respeitar, que entre a polícia em ação”.
2. Respeite o pedestre e
que o pedestre respeite o
carro. Não ultrapasse sinais
de forma intempestiva, mas
prudente. Diria mais, respeite também os animais
porque eles não têm cabeça
inteligente como nós e não fizeram estudos sobre
o trânsito. Por isso, não corra mais do permitido.
Quem tem pressa vai devagar.
3. Sempre que conveniente,
verifique a suspensão para garantir a estabilidade do seu carro. Verifique o nível de combustível, de óleo no freio e no sistema
de transmissão ou câmbio e no
reservatório de transmissão automática, de água no radiador
em veículos refrigerados a água,
8. Especialmente nas
vias rápidas, não corra
muito perto dos carros
da frente, mas a uma distância de ao menos dois
segundos, que permita
frear com eficiência. A
80 km/h seu carro percorre uns 20 metros por
segundo.
9. Utilize o cinto de segurança ou air-bag, feitos
para salvar sua vida.
10. Dirija com prudência e não com medo, pois
o medo é imaginação de
desastre, e o que a gente
imagina pode acontecer.
Para dirigir com segurança
ou sem medo, imagine que
há pessoas queridas esperando você em casa.
Imagine Jesus, Nossa Senhora e anjos ao seu lado
protegendo você.
16. Não jogue lixo pela janela do seu carro. É
uma falta de respeito, de ecologia e de limpeza pública. Isso é próprio de marginais.
17. Transporte crianças com até dez anos
no banco traseiro e
com cinto de segurança
apropriado.
18. Não utilize celular ao dirigir. Segure o volante com as duas mãos.
19. Evite apoiar ou descansar os pés nos pedais
quando não os estiver utilizando, pois isto poderá
prejudicar freios e embreagem.
12. É excelente trazer no carro alguma imagem
que lhe dá confiança, como o terço, fotos de pessoas queridas, de anjos, de S. Cristóvão e outras.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 11
21. Lembre que
numa rotatória a preferência de passagem
é do veículo que já
estiver circulando na
mesma.
22. À noite, mesmo em vias iluminadas, utilize
os faróis baixos ligados.
23. Não transporte animais soltos em seu carro.
24. Não dirija com chinelos. Utilize calçado bem
fixo aos seus pés.
25. Quando for ultrapassar um veículo de transporte coletivo (ônibus) que esteja parado para em-
barque ou desembarque de passageiros, reduza a
velocidade, pois alguém poderá tentar atravessar a
pista inadvertidamente.
26. Por respeito, educação e cidadania procure
diminuir o barulho
do seu carro. Não
“envenene” seu
carro,
especialmente motocicleta. Seja um bom
concidadão e não
troglodita. Viver é
conviver. Lembre
do princípio de
corresponsabilidade.
27. Ao dirigir, não basta cuidar de você. Isso é até
fácil. Mais difícil e necessário é cuidar dos outros.
28. Se viajar de motocicleta
- não mude constantemente de faixa;
- não ultrapasse pela direita;
- não corra demais;
- não circule ou não “costure” entre veículos em
movimento;
- guarde distância segura;
- não transporte crianças com menos de sete
anos;
- utilize o farol aceso de dia e de noite;
- em tempo de chuva e neblina utilize roupas
claras e reflexivas;
- conduza pela direita, no meio da faixa ou mais
à direita ou no bordo direito da pista.
COMO AGIR EM ACIDENTES
1. O primeiro a chegar num acidente de trânsito,
faça o que lhe parecer óbvio para ajudar. Coloque
o triângulo de sinalização do acidente numa distância conforme a velocidade permitida no local: a 40,
80, ou 100 metros. Se o acidente aconteceu perto
de um declive ou ponte, repetir estas distâncias
após este declive.
2. Se encontrar um acidente com vítimas bastante machucadas ou desmaiadas e se estiverem
presas às ferragens, não faça nada que possa piorar seu estado. Não movimente a vítima, não faça
torniquetes, não tire o capacete de um motociclista
e não dê nada para beber. Chame quanto antes
possível:
SAMU:
SIAT/Resgate:
Polícia Rodoviária Federal: Policia Rodoviária Estadual:
fone 192;
fone 193;
fone 191;
fone 198.
3. Quando num acidente houver acúmulo de
curiosos, não complique. Siga em diante, a não ser
que você seja um técnico em primeiros socorros.
Se houver ali a Polícia Rodoviária, obedeça a seus
comandos.
4. Em colisões com postes, se algum cabo cair e
estiver na pista ou sobre o carro, não toque nele, não
tente retirá-lo com as mãos, pois pode estar energizado. E quem estiver no carro permaneça nele, pois
ENCONTROS DE FREI ZANINI
ENCONTRO DE CONTROLE
OU CURA INTERIOR
Obviamente, a grande lei na direção do carro
é a cabeça. Ela comanda nossas ações. Quando
alguém comete uma asneira, dizemos: “Onde ele
estava com a cabeça”?
Não há nada mais importante em nossa vida do
que o controle interior ou emocional, pois é daqui
que procedem as fontes da vida – para quem cuida! – e as fontes da morte – para quem não cuida.
Aos domingos, no salão paroquial da igreja das
Mercês, das 15 às 18 horas, Frei Zanini ministra um
encontro de cura interior e de reprogramação mental. Basta vir às 15 horas, adquirir o ingresso de R$
20,00 (vinte reais) para as despesas do encontro,
ouvir as instruções, praticar os exercícios práticos,
participar do lanche e, no final, você troca seu ingresso por um CD ou livro de relaxamento e reprogramação mental para exercitar em casa.
12 - Ano X - Edição Especial
Na secretaria da paróquia das Mercês (Avenida Manoel Ribas 966) você pode adquirir o DVD
“Cura interior e reprogramação mental” do Frei Ovídio Zanini. É um filme com 90 minutos de projeção
dividido em doze capítulos. Apresenta as melhores
orientações para sua saúde e estabilidade emocional. É um excelente presente para pessoas amigas
que moram fora de Curitiba e desejam aprender a
se libertar de problemas emocionais.
Ninguém vai poder curar você de seus problemas emocionais porque só você é dono de sua cabeça. Mas outros podem ensinar você a se curar
de sua depressão, fobias e impulsões como alcoolatria, tabagismo, bulimia (comer demais) e outros
problemas de ordem emocional.
Lembre-se que o corpo exterior não tem vida
própria, mas vive e somatiza o que temos no interior. Depende de nós neutralizarmos os códigos
mentais negativos, antigamente conhecidos como
demônios.
Todas as páginas, de 3 a 12, são de autoria de
frei Ovídio Zanini, capuchinho.
assim estará protegido de
choque elétrico por causa
dos pneus que isolam, se
estiverem íntegros. Chame
pelo Socorro de Emergências conforme o número de
telefones logo acima.
5. Por motivos óbvios,
junto à Carteira de Habilitação anote o local e telefones de sua moradia ou
do local de seu trabalho,
juntamente com os telefones de socorro.
DROGAS, ADOLESCÊNCIA E TRÂNSITO
Os conflitos da adolescência
sempre existiram.
A adolescência é o amadurecimento emocional e a puberdade
o amadurecimento físico. Essas
mudanças da puberdade geram
enorme conflito, o que contribui para o amadurecimento emocional.
É nesse momento que surgem as mudanças:
alterações no corpo, na voz, e outras transformações ocorrem sem que possam exercer algum controle sobre elas.
O adolescente se
sente impotente para
controlar essas transformações. E na vontade
de não “perderem” seus
corpos, o marcam com
tatuagens ou piercings,
ou até se sentem envergonhados de seu próprio
corpo. Um corpo diferente, desconhecido, novo.
É em meio a todos
esses conflitos que as
drogas lícitas e ilícitas surgem como elemento capaz de solucioná-los. Oferecem a fuga à realidade
e, por alguns instantes, sob o efeito dela, se sentem os “todo-poderosos”, independentes (pois se
torna “onipotente de fato”).
Diante de tantas transformações, na ânsia de
conquistar a tão sonhada independência, que o jovem se junta a grupos. A busca pela independência
o leva a ser dependente das regras desse grupo e
muitas vezes dependente da droga.
É nesse ajuntamento que ele consegue, muitas
vezes, ser ouvido na sua “linguagem”, pois para
eles os pais são ultrapassados, caretas e não sabem nada da vida.
Muitas vezes, a regra desse grupo é se
drogar.
E se em casa não
houve diálogo suficientemente capaz de
envolvê-lo, ele fácil e
fatalmente, cederá a
essas regras. O adolescente crê piamente que, no momento
em que resolver parar
com a droga, irá conseguir.
Infelizmente esse mesmo jovem não conta com
o poder destrutivo dessas substâncias, que atuarão até mesmo na sua vontade em parar de usálas.
A linha limite entre o prazer que
a droga dá e a sua dependência é
imperceptível. Um simples prazer, até
mesmo em nível social, pode levar
a um caminho sem volta. O início é
sempre inocente: curiosidade, desejo de ser aceito, a sensação de onipotência e outras mais.
É importante lembrar, pelos aspectos epidemiológicos que: 24,6% dos estudantes já experimentaram alguma droga ilícita e 3,2% fazem uso de
substâncias psicoativas, além do álcool e tabaco.
Por isso, é importante salientar que esse uso não é proveniente apenas desse aspecto, pois
não há causa única para o uso de
drogas. São problemas humanos
multifatoriais: familiares, escolares, profissionais e os grupos (já
citado).
O indivíduo procura na droga,
inclusive no álcool, uma forma de alienação, adaptação ou convivência com seus problemas não resolvidos, ou a falsa solução para eles.
A droga promove o afastamento da família, ansiedade, perda da saúde, perda dos amigos, decadência financeira, acidentes de trabalho, impotência, perda do autocontrole e envolvimentos em
acidentes de trânsito.
Neste parâmetro, é importante mencionar alguns fatos:
No Brasil, estudantes do 1º e 2º grau,
de Escolas públicas
e particulares, 65%
já consumiram álcool,
sendo apenas 18,5%
uso regular.
O abuso de álcool
e drogas corresponde
a 50% dos suicídios e
o maior índice corresponde a acidentes de carros, onde o fator é de 80
a 90% decorrente ao consumo de álcool.
Acidentes com veículos motores constituem a
principal causa de morte em jovens de 15 a 19
anos de idade.
O risco de envolvimento em acidentes de trânsito fatais na adolescência, especialmente entre 16
e 19 anos de idade, é três a quatro vezes maiores
do que em qualquer outro grupo etário.
Para cada adolescente morto em acidente com
veículo motor, ocorrem cerca de cem lesões não
fatais. Portanto, acidentes de trânsito resultam,
também, em graves seqüelas.
Com isso, os principais fatores de risco são:
- Características próprias da adolescência;
- Sexo masculino;
- Falta de habilitação e tempo de habilitação;
- Período dos acidentes – noite, causas;
- Excesso de velocidade;
- Não utilização de equipamentos de segurança;
- Consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas.
Os adolescentes estão sempre em busca de
conquistar a sua independência e de estabelecer
a sua identidade.
Nesta situação, engloba-se toda a família, que
também tem sua participação como fator de risco:
Fator genético, pais ausentes, falta de limites, falta
de diálogo, falta de Amor.
Nada mais importante como a prevenção e o
alerta do que mencionar as conseqüências do uso
de álcool e drogas na adolescência.
Pessoas que se sentirem tocadas
por essa matéria,
e quiserem ter mais conhecimentos,
procurem o AMOR-EXIGENTE,
que funciona
em todas as quintas-feiras
na Paróquia das Mercês
no horário das 20 às 22h.
Telefone para contato:
(41) 3272-5180 ou 9183-8803.
Mauro e Cecília de Oliveira
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 13
O QUE É A CELEBRAÇÃO DE ENTREAJUDA
VOCÊ SABE O QUE SE FAZ NA CELEBRAÇÃO DE
ENTREAJUDA EM TODAS ÀS QUINTAS-FEIRAS?
Acompanhe os seguintes passos:
Um novo jeito de ser Igreja nos tempos de hoje,
onde a fé e ciência caminham juntas,
acolhendo e evangelizando o povo de Deus.
INÍCIO DA CELEBRAÇÃO DE ENTREAJUDA
No início, era um ideal, um sonho; hoje, uma
realidade!
A Celebração de Entreajuda foi pautada, desde
o início, nos ensinamentos do Evangelho.
“Eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude” disse Jesus em Jo 10,10. Sabemos que toda
sua vida foi voltada para minorar o sofrimento do povo
de seu tempo, ora curando ou abençoando, pregando
a Boa Nova e transmitindo esperança. A todos Jesus
foi mostrando o caminho para se chegar ao Pai.
E os freis capuchinhos – a exemplo de S. Francisco de Assis e fiéis à missão que Jesus transmitiu a seus discípulos e, através deles, a todos nós
hoje – acolhem com carinho as milhares de pessoas sofridas que os procuram, em busca de consolo
e orientação para inúmeros problemas.
Esta realidade foi a motivação maior que despertou o grande ideal de frei Alvadi Pedro Marmentini, iniciador da Celebração de Entreajuda, de unir a
Fé à Ciência, utilizando técnicas e métodos não só
religiosos, mas também psicológicos para melhor
ajudar o povo de Deus que sofre.
Com esse objetivo e fundamentado nos ensinamentos do Evangelho, no Documento 56 da CNBB,
“RUMO AO NOVO MILÊNIO”, e ainda, do Concílio Vaticano II , através do documento “Gaudium et Spes” –
que fala sobre a importância da ciência no auxílio à
fé – frei Alvadi conseguiu a aprovação do Arcebispo
Metropolitano de Curitiba, para dar início a Celebração da Entreajuda.
A primeira Celebração de Entreajuda foi feita
aos 23 de setembro de 2001 às 15 horas. A Igreja
das Mercês ficou pequena para acolher a multidão
de pessoas. Por isso, desde o início tornou-se necessário criar mais horários para comportar o afluxo de pessoas.
Com o andar do tempo, os horários foram ampliados e, hoje, as Celebrações são feitas nos seguintes horários: 9h; 14h30; 16h30; 19h30; e 21h.
ARCEBISPO aprova a Entreajuda
“Aos Reverendíssimos Frades Menores Capuchinhos Paróquia Nossa Senhora das Mercês”
Assunto: Celebração de Entreajuda
Desde quando fui bispo auxiliar, tomei conhecimento do trabalho pastoral que nossos queridos
frades capuchinhos vêm desenvolvendo no atendimento às pessoas que necessitam de ajuda, especialmente no campo espiritual e psicológico na
igreja das Mercês.
É um trabalho louvável. Unir Fé e Ciência para
servir ao povo sofrido através de técnicas e métodos não só religiosos, mas também psicológicos.
Na entrada do Novo Milênio, o Papa exorta todos
os católicos a evangelizar com novo ardor, novos
métodos e novas expressões. Este método vem
sendo realizado, com sucesso, desde 2001, proporcionando a muitas pessoas a superação de problemas pessoais, dando novo sentido à vida. Esse
método é realizado através do relaxamento, da Palavra de Deus, da Confissão, da Eucaristia, da imposição das mãos e da bênção. Os textos bíblicos
escolhidos na Celebração da Entreajuda referem-se
ao cultivo da interioridade, da paz e alegria interior,
do perdão e da auto-estima e partilha.
Durante a Celebração da Entreajuda, há freis que
atendem as confissões, oferecendo aos fiéis com
este sacramento as possibilidades de obterem o
perdão das próprias faltas e, ao mesmo tempo, reconciliarem-se com a Igreja. A celebração da Eucaristia, nas quintas-feiras, proporciona o encontro com
Jesus na palavra e na comunhão. É o próprio Cristo
14 - Ano X - Edição Especial
Jesus, vindo ao encontro dos fiéis como médico e
remédio, curando, perdoando, animando, revigorando a fé, alimentando a esperança, proporcionando
alegria, iluminando a mente, o coração e o caminho.
O gesto da imposição das mãos, felizmente,
também começa a ser de novo valorizado no contexto do Cristianismo. Nas Celebrações da Entreajuda, o gesto das mãos dadas quer ser o canal
por onde se dá e se recebe esta energia que alivia,
consola, fortalece e cura. Aproximar-se, tocar e rezar de mãos dadas faz parte da liturgia. A bênção
é uma constante nas Sagradas Escrituras. Jesus
curava abençoando, impondo as mãos, tocando as
pessoas doentes, afastando as memórias negativas ou demônios (Mc 7,33; Jo 9,6-11).
Nas Celebrações da entreajuda os freis abençoam todos os fiéis presentes, fotos de pessoas, pedidos por escrito, água, sal, óleo, roupas, documentos,
imagens, terços, remédios, carteiras de motorista e
de trabalho, inscrições em concursos e vestibulares,
processos na justiça e outros projetos e objetos significativos colocados diante da mesa do altar. Para
não confundir com os sete sacramentos instituídos
por Cristo e que produzem graça pro si, a Igreja católica chama de sacramentais a estas coisas abençoadas, que produzem graças conforme a fé dos fiéis.
Nossos queridos freis, obedientes, pedem ao Arcebispo a aprovação e o apoio para estas Celebrações
de Entreajuda. Segundo a instrução Redemptionis
Sacramentum da Congregação para o Culto Divino e
a Disciplina dos Sacramentos, no número 19, afirma:
“O Bispo Diocesano, primeiro dispensador dos mistérios de Deus, é moderador, promotor e guarda de toda
a vida litúrgica na Igreja particular a ele confiada”.
No número 177, diz: “Devendo defender a unidade
da Igreja universal, urgir a observância de todas as
leis eclesiásticas. Vigie para que não se introduzam
abusos na disciplina eclesiástica, principalmente no
ministério da palavra, na celebração dos sacramentos e sacramentais e no culto de Deus e dos santos”.
Portanto, desde que sejam observadas todas
as normas litúrgicas na celebração da Eucaristia
e demais Sacramentos, dou o meu assentimento
nessas celebrações de Entreajuda.
1. ACOLHIDA
Uma equipe de voluntários treinados acolhem e orientam as pessoas na entrada da
Igreja, sobretudo os que chegam pela primeira
vez.
A este primeiro gesto, somam-se a saudação e acolhida carinhosa do frei que conduz a
Celebração.
2. RELAXAMENTO
A técnica de relaxamento sempre é conduzida por um profissional, isto è, um terapeuta voluntário, um psicólogo ou parapsicólogo.
Eles se revezam semanalmente.
É importantíssimo chegar antes de iniciar
o relaxamento, para bem aproveitar dos benefícios da Celebração de Entreajuda. As
técnicas de relaxamento harmonizam nosso
cérebro, acalmam e ordenam nossos pensamentos, produzindo equilíbrio e harmonia.
Através do relaxamento alcançamos o nível
alfa, que é o estado mental ideal para a oração e, portanto, para o contato mais íntimo e
profundo com Deus e consigo mesmo.
Quando relaxamos, a maioria de nossos
conflitos mentais e emocionais regridem,
abrindo os caminhos do auto-equilíbrio e da
auto cura.
Os benefícios do relaxamento são enormes
e cada vez mais reconhecidos pela classe médica: controla e cura o estresse; fortalece a fé
e a esperança; cria condições de saúde física
e emocional; altera as ondas cerebrais, reduzindo a excitabilidade; previne, reduz e cura
a insônia; harmoniza os ritmos
cardíacos e respiratórios; prolonga
a idade biológica;
rejuvenesce
e
traz muitos outros benefícios.
Criar um hábito
de relaxar alguns
minutos
diariamente é um ato de
amor a si mesmo,
pois melhora a
qualidade de vida,
abrindo as portas
do subconsciente
para ouvir a voz
do íntimo, onde
se estabelecem a
paz e a harmonia.
3. PALAVRA
DE DEUS
Um dos grandes passos da Celebração de
Entreajuda é, sem dúvida, a mensagem feita
pelo celebrante, sempre baseada na Palavra
de Deus, que é poderosa. Os céus e a terra
foram criados pelo poder da Palavra de Deus.
Os textos bíblicos escolhidos para a Celebração da Entreajuda referem-se ao cultivo da
interioridade, da paz e alegria interior, do perdão, da auto-estima e partilha.
De nada adianta ouvirmos a Palavra de Deus
sem interioridade. É como semente semeada
entre pedras, que os pássaros comem, ou em
terreno sem profundidade ou num coração
sufocado por espinheiros, onde pode
até germinar, mas
logo murcha e seca.
A Celebração de Entreajuda ensina a cultivar a vida interior.
A finalidade principal dessa parte não
é transmitir teorias
ou doutrinas, mas
mensagens de libertação, de cura e realização pessoal.
4. CONFISSÃO
A Confissão é um
dos principais sacramentos da Igreja Católica. Na carta apostólica do Papa João
Paulo II há seguinte
recomendação: “To-
dos os sacerdotes, com faculdade de administrar o sacramento da penitência, mostrem-se
sempre e plenamente dispostos a administrálo todas as vezes que os fiéis pedirem”
A Paróquia das Mercês, fiel aos ensinamentos de Cristo e de seus sucessores, procura sempre fazer o melhor pelas pessoas que
buscam, na confissão, o caminho para a cura
interior e orientação diante de tantos problemas que atormentam o coração e a mente das
pessoas.
Durante todas as celebrações de quintafeira, há sempre um ou dois freis formados em
Psicologia e ou Parapsicologia, atendendo não
somente para confissão e orientação espiritual, mas também para orientação psicológica.
5. EUCARISTIA
O ponto alto da Celebração de Entreajuda
das quintas-feiras é a Comunhão. É Jesus que
vem na Eucaristia , como caminho, verdade e
vida e fala a cada pessoa: “Venha a mim, você
que está doente, cansado, desanimado, triste
ou desesperado, eu o aliviarei; eu o sustentarei, pois o meu corpo é a verdadeira comida e
o meu sangue é a verdadeira bebida”.
Na Eucaristia, Jesus vem ao encontro de
cada pessoa que crê Nele, como médico, ou
como terapeuta, curando, perdoando, animando, revigorando a fé, alimentando a esperança, proporcionando alegria, iluminando a mente e o coração de cada participante.
A Celebração de Entreajuda abre caminho
para buscar em Jesus, presente na Eucaristia, orientação e força para superar e ou solucionar os mais variados problemas do ser
humano.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 15
6. O PODER DO TOQUE:
Uma corrente de energia
Após a Comunhão, os participantes são convidados a se darem as mãos, ou tocarem o ombro
de quem está próximo. É um momento de rezar
uns pelos outros; um momento especial de entreajuda. Forma-se, então, grande corrente energética, com a qual se partilha a fé, a esperança,
o amor, a gratidão e toda energia que une a todos
como irmãos e filhos do mesmo Pai. Esse gesto
é simples, mas os resultados têm sido surpreendentes, pois o contato físico transmite amor, carinho, e pode desencadear alterações metabólicas
e químicas no corpo, as quais ajudam a curar.
Ao longo da história, o poder do toque físico
tem sido associado aos mais impressionantes
e misteriosos relatos de cura. Desde o tempo
das cavernas, o homem usava o contato físico
com o objetivo de curar ou aliviar a dor. A ciência, hoje, comprova o poder do toque sobre
o funcionamento não só do corpo físico, mas
também sobre as emoções do ser humano.
Nas Celebrações de Entreajuda, o gesto das mãos dadas forma verdadeiro canal
de energia, que consola, fortalece, alivia e
cura. Aproximar-se, tocar o outro, segurar sua
mão... é gesto de acolhida, de fraternidade
universal, que deve unir todos os seres humanos independente de crença religiosa ou de
classe social.
A corrente energética da Entreajuda une
não somente as pessoas presentes à celebração, mas também alcança mentalmente a
todos os que são lembrados naquele momento. Aqui entra a comunicação telepática, cuja
realidade é hoje científicamente comprovada.
Ao dar as mãos ou tocar o ombro , devese desejar o melhor para a pessoa que está
próxima e para todos os que cada um traz em
16 - Ano X - Edição Especial
sua mente. E, ao sintonizar-se neste canal de
energia, de paz e harmonia, cada um receberá
também o que os outros estão imaginando e
desejando.
7. A BÊNÇÃO
Este é o momento da Entreajuda em que
são abençoadas todas as pessoas presentes, como também, os pedidos escritos, que
são colocados em cestinha especial e todos
os objetos que as pessoas trazem: água, roupas, sal, documentos, carteiras de trabalho,
terços, remédios, inscrições em concursos e
vestibulares e outros. A bênção é uma constante nas Sagradas
Escrituras. Jesus curava abençoando, impondo as mãos e tocando as pessoas doentes. O
valor da bênção é a indução psicológica positiva que provoca e aumenta a fé que realmente
cura. A pessoa, que se sente abençoada, entra em contato com a harmonia e faz acontecer o que sente e acredita.
8. DEPOIMENTOS
Em todas as celebrações de Entreajuda, é
reservado um momento para os testemunhos.
É a forma de manifestar publicamente a gratidão a Deus pelos benefícios recebidos.
Agradecer é a melhor maneira de pedir.
Quem agradece tem consciência dos favores
recebidos, e “àquele que tem, lhe será dado
em abundância” (Mt 13,12).
O testemunho refere-se a uma experiência
vivida, graças à participação na Entreajuda e
desperta nos ouvintes a fé, a gratidão e a esperança. Além disso, gera discípulos, como o
testemunho dos apóstolos e dos mártires.
A pessoa, que vai dar algum testemunho,
deve ser movida pela humildade e profunda
gratidão. O depoimento deve ser breve, objetivo, claro e específico, relacionado com a
Celebração de Entreajuda e não com graças
alcançadas em outras circunstâncias.
Nestes sete anos de Entreajuda, milhares
de pessoas passaram por essa Igreja e foram
beneficiadas de alguma forma. Relatos emocionantes de inúmeras pessoas testemunharam terem sido agraciadas com curas de doenças tidas como incuráveis. Outras tantas se
libertaram do vício de drogas, sem contar as
centenas de pessoas que alcançaram graças
extraordinárias que harmonizaram suas vidas.
9. IMPOSIÇÃO DE MÃOS
‘No momento final da Celebração de Entreajuda,
todos os participantes recebem a imposição das
mãos. É motivo de alegria e gratidão, ver a Igreja
católica voltando a praticar a técnica ensinada e
praticada por Jesus.
O povo daquele tempo trazia os doentes e pessoas sofridas até Jesus e Ele os curava impondolhes as mãos. Basta reler os textos do Evangelho:
Marcos 7,31; 16,14-18; 8,22-25. E Jesus afirma:
“Aquele que crê em mim, fará as obras que eu faço
e fará ainda maiores do que estas” (João 14,12).
Hoje, a Ciência comprova o que os povos primitivos há muito sabiam: o contato físico exerce
efeitos benéficos sobre o funcionamento interno do
corpo. O gesto de impor as mãos transmite amor e
pode desencadear alterações metabólicas e químicas no corpo, as quais auxiliam na cura. A estimulação tátil e a emoção podem controlar a endorfina,
(hormônio natural que alivia a dor) o que proporciona uma sensação de bem estar.
Richard Gordon em seu livro “A Cura pelas
Mãos” assim escreve: “Através de nossas mãos
podemos canalizar o amor existente em nossos corações no sentido de aliviar o sofrimento daqueles
que nos rodeiam. O amor é o melhor curador. Saber
que há alguma coisa que eu possa dar através das
mãos e que ajuda as pessoas experimentar vida e
saúde, é uma das mais lindas maneiras de partilhar nossos dons”.
O médico americano Dr. Neil Solomon escreveu em
sua coluna médica no Los Angeles Times: “Nesta era
de drogas miraculosas, amor, carinho e ternura ainda
são complementos importantes ao tratamento”. Ele
comenta, baseado em experiências, que o toque das
mãos entre os profissionais de saúde e os pacientes,
pode ser tão eficaz quanto os medicamentos.
Nas Celebrações de Entreajuda temos um grupo
de voluntários treinados, que crêem em Jesus, que
energizam com fé, que partilham suas energias ajudando os freis na imposição de mãos. Toda energia
vem de Deus. Por isso, sempre é bom lembrar que
nossas mãos são apenas canais das graças e bênçãos de Deus. A energia curadora ou restauradora
apenas passa por nós, fazendo de nossas mãos
um prolongamento das mãos de Jesus.
A cura pela imposição de mãos é a mais legítima medicina do amor, a mais necessária para os
dias de hoje. Por isso, os freis capuchinhos da Igreja das Mercês, há sete anos vem utilizando essa
técnica nas Celebrações de Entreajuda.
AÇÃO SOCIAL
Sempre é mais feliz quem dá do que aquele que
recebe. Os participantes da Celebração de Entreajuda foram incentivados, desde o início, a trazerem
um quilo de alimento, como forma de reconhecimento pelos inúmeros benefícios recebidos de
Deus, não somente espirituais, mas também tantas riquezas materiais.
A Paróquia das Mercês, desde 2000 e por sugestão do pároco frei Alvadi, adotou a Paróquia
Nossa Senhora da Luz, em Curitiba-CIC. Além de
colaborar com 10% da arrecadação do dízimo paroquial, também são enviados, mensalmente, roupas, calçados, cobertores e cestas básicas para
mais de 150 famílias cadastradas. A maioria desses alimentos nos chegam através da Celebração
de Entreajuda.
Os documentos da Doutrina Social da Igreja nos
exortam que, além da caridade cristã de partilhar
o pão, existe a necessidade da promoção humana.
Promover é capacitar a pessoa para que ela mesma, com seu trabalho, possa auto-sustentar-se e
manter sua família.
Com o percentual do dízimo paroquial e outras
doações em dinheiro, é realizado o trabalho de
promoção humana naquela comunidade.
A partir de 2008, nossa Paróquia adotou mais
uma Comunidade carente: a Paróquia de Almirante
Tamandaré, para onde são enviados mensalmente cestas básicas, roupas e uma porcentagem do
dízimo paroquial, para o trabalho de promoção humana.
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 17
CONHEÇA AS RAMIFICAÇÕES DO
MOVIMENTO DE ENTREAJUDA
Como toda árvore frondosa bem cuidada, a
Celebração da Entreajuda, que completou sete
anos, criou raízes. Ramificou-se, alargou os
horizontes e continua crescendo. Hoje temos
um MOVIMENTO DE ENTREAJUDA.
O testemunho de doação dos freis e, a princípio, de pequeno grupo de voluntários, funcionou como ímã, atraindo mais pessoas, inclusive da área da saúde, para prestar algum
serviço voluntário.
Em 2004, por exemplo, foi organizado o
Centro franciscano de Voluntariado, onde os
profissionais se revezam durante a semana
toda, prestando atendimento individual e em
grupo, a pessoas carentes de recursos financeiros.
Contamos hoje com mais de 30 profissionais voluntários, entre parapsicólogos, psicólogos, acupunturistas, massoterapeutas,
reikianos, fisioterapeutas, arquiteta e professoras de Ioga.
Na busca incessante de melhorar cada vez
mais a qualidade de vida do ser humano, foram se formando grupos diferentes, conforme
a necessidade das pessoas que procuram ajuda junto à Igreja das Mercês.
Veja a seguir, a relação dos diversos grupos. Você também poderá fazer parte de algum desses grupos.
ENCONTROS DE ENTREAJUDA
Você já ouviu falar dos famosos Encontros
de Entreajuda do frei Zanini? Em todos os
domingos, das 15 às 18 horas, lá está ele, no
Salão Paroquial, levando seus conhecimentos,
sua sabedoria, seu carinho, para tantas pessoas que estão em busca de libertação e de
cura interior.
Com a inteligência de escritor, frei Zanini
encontrou método eficiente de continuar evangelizando através dos seus inúmeros livros e
fitas de relax e programação mental, onde se
pode encontrar uma receita para cada problema.
GRUPO DOS SENSITIVOS
Em 2003, por causa do número cada vez
maior de pessoas em busca de orientação
parapsicológica e em vista das mais diversas
manifestações paranormais, iniciamos a primeira terapia de grupo, especialmente direcionada para pessoas sensitivas.
Com o objetivo de aprofundar o estudo
da paranormalidade e aprender a canalizar a
energia, o grupo se reúne em todas às quintas-feira, às 17h30, sob a coordenação da parapsicóloga Nelly Kirsten.
CURSO DE PARAPSICOLOGIA
PARA MÃES E PAIS
A vida e as programações mentais iniciam
no ventre materno. Hoje é cientificamente
comprovado a influência que a mãe exerce sobre o feto em gestação.
Os pais podem, hoje, com os conhecimentos da medicina, da parapsicologia e da psicologia, planejar e gerar filhos saudáveis, equilibrados e felizes.
Foi com esse objetivo, que em julho de
2003, realizamos o primeiro curso para mães
gestantes na linha da parapsicologia.
A partir de 2008, esse curso ampliou-se
para pais, mães e pessoas em geral. Funciona em três horários e dias diferentes: Nas
terças-feiras das 15 às 16h30 com as parapsicólogas: Ana Maria F. Arana e Nelly Kirsten;
nas quintas-feiras, às 10h com José Leveck e
às 19h30h. com Flavio Wosniack.
AMIGOS SOLIDÁRIOS NA DOR E NO LUTO
É um grupo em que as pessoas se encontram
para trocar idéias e experiências entre os que
perderam algum ente querido, através do processo de elaboração do luto, de compartilhar suas
vivências e resgatar o sentido para suas vidas.
Os encontros dos Amigos na dor e no luto favorecem a abertura para que cada pessoa conte
sua história de perda. Poder falar e ouvir, é uma
terapia. Certamente, a vivência da dor de perder
alguém, deixa cicatrizes em nosso ser, que precisam e podem ser transformadas de maneira que
possamos viver, apesar da saudade, uma vida
com qualidade.
O Grupo funciona em dois horários: nas quintas-feiras: às 14h30 e 19h30 Toda e qualquer
pessoa pode participar, independente de crença
religiosa ou posição social.
GRUPO DO AMOR EXIGENTE:
Esse grupo é coordenado por um casal e fun-
ciona como terapia de grupo para pais e familiares, cujos filhos têm envolvimento com drogas.
O grupo se reúne em todas as quintas-feiras
às 20h, no Centro de Pastoral.
GRUPO DE APOIO E PREVENÇÃO DO CÂNCER
Você também poderá se beneficia deste grupo.
É o grupo de terapia mais recente e começou em 2008, por iniciativa do nosso pároco frei
Alvadi Pedro Marmentini, que em sua profunda
sensibilidade está sempre atento aos sofrimentos do outro.
Percebendo que, cada vez mais o ser humano
sofre em conseqüência de emoções reprimidas,
que vão intoxicando o organismo e gerando doenças na vida das pessoas, inclusive o câncer,
frei Alvadi fez nascer mais este ramo na grande
árvore da Entreajuda.
Hoje, a Ciência prova que a mente afeta o corpo. Os sentimentos geram emoções positivas ou
negativas que ficam gravadas no subconsciente. Sem que a pessoa perceba, essas emoções
negativas destroem lentamente o sistema imunológico e mais cedo ou mais tarde, a doença
aparece.
Encontrar a causa emocional e mental e harmonizar-se, é o segredo e o caminho para a cura.
Se a causa da doença não for curada, ela pode
voltar. Quando as questões estressantes do passado ou do presente são resolvidas, as emoções
se acalmam, o sistema imunológico se fortalece
e o câncer pode ser revertido.
O Grupo de Apoio e Prevenção do Câncer foi
criado com o objetivo de minimizar a dor, o sofrimento e a doença, através da partilha, do apoio
mútuo, utilizando técnicas terapêuticas que harmonizam as emoções, prevenindo o aparecimento de novas doenças e abrindo caminhos para a
cura.
O Grupo se reúne em todas as quintas-feiras,
às 10h, no Salão Paroquial. Venha conhecer-nos!
Grupo de apoio e prevenção ao cancêr.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Revendo os passos da Celebração de Entreajuda,
e as diversas ramificações decorrentes, que formam
hoje o MOVIMENTO DE ENTREAJUDA, podemos concluir que é verdadeiro trabalho missionário, dinamizando a vivência do Evangelho nos dias de hoje.
18 - Ano X - Edição Especial
Os dirigentes do Movimento da Entreajuda têm
visão holística do ser humano, isto é, o ser integral
com corpo, mente e espírito. Por isso, fica bem claro que Ciência e Religião se unem para harmonizar
o ser humano como um todo.
As milhares de pessoas, que chegam à Igreja
das Mercês em todas as quintas-feiras, têm fome
e sede de palavras e atitudes que despertem a fé
e a esperança das pessoas que têm sede de Deus.
Nelly Kirsten
Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 19
AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA DAS MERCÊS
Almirante Tamandaré
Mensalmente a paróquia das Mercês presta assistência promocional a duas paróquias:
- Paróquia da Vila N. Sra. da Luz e
- Paróquia de Almirante Tamandaré.
Nesta página, alguns destaques com nossos irmãos e irmãs assistidos.
Almirante Tamandaré
Almirante Tam
andaré
Almirante
Tamandaré
Vila
Vila
Vila
20 - Ano X - Edição Especial

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