Público evangélico Buenos Aires em praça pública
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Público evangélico Buenos Aires em praça pública
A Arte e o Artista >>> Sex Shop >>>>>>>>>>>>>>> Público evangélico Ana Beatriz Marcarini Stael Nunes Jornal-laboratório - Jornalismo - Faesa - Vitória/ES - Setmbro de 2013 - Nº 79 Casais evangélicos buscam nas lojas eróticas apetrechos para apimentar o relacionamento >>> Pág 06 >>> MODA >>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Em praça pública Ana Nascimento O Projeto Fashion Bus tenta democratizar o acesso do público à moda, realizando desfiles em ruas e praças da Grande Vitória >>> Pág 07 Thainara Polito CULTURA >>> Helder Trefzger e Neusso Ribeiro expressam a arte de maneiras diferentes. Neusso construiu a Casa de Pedra. Helder rege a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo >>> Pág 04 e 05 >>> TURISMO >>>>>>>>>>>>>>>> Beatriz Dessaune Buenos Aires A encantadora Capital da Argentina tem ótima diversidade de atrações culturais e belos pontos turísticos >>> Pág 08 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>r>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências Setembro de 2013 >>> 1 OPINIÃO XII Jornada Científica e Cultural Ana Nascimento Pesquisa e ExTENSÃO >>> Inovação, Criatividade, Tecnologia e Sustentabilidade para o Século XXI Ana Nascimento (2º Per.) [email protected] >>> A XII Jornada Científica e Cultural 2013 da Faesa acontece entre os dias de 16 de Setembro e 25 de Outubro. O tema da Jornada desse ano será “Inovação, criatividade, tecnologia e sustentabilidade para o século XXI”. Os alunos da Faesa, professores, palestrantes convidados, representantes de empresas de diversas áreas poderão refletir a produção de conhecimento durante os dias do evento. A expectativa é que no mínimo quatro mil pessoas participem da Jornada. Palestrantes internacionais e de outros estados estarão presentes na Jornada. A palestra de abertura sobre o tema do evento ficou por conta do procurador geral do Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae), Adalberto Amorin. A Jornada agrupa ainda o Congresso de Engenharia e Computação (Conenco), o Simpósio de Biologia, a XI Semana do Cirurgião Dentista, a VII Semana de Comunicação, a Semana da Educação, a Semana de Enfermagem, a Semana de Gestão e Negócios, a XII Semana de Psicologia e o Workshop de Química. A coordenadora do Núcleo de Pesquisas, Extensão e Cultura da Faesa, Kelly Fabiane Santos Ricardo, conta que, além das apresentações culturais, oficinas, palestras, mesas-redondas, conferências, apresentação de trabalhos científicos e mini-cursos, a Jornada Científica terá, também, um dia de responsabilidade social. “É uma grande ação social na comunidade de Belo Monte e ilha de Santa Maria”. Seis cursos da Faesa estão envolvidos no projeto (Administração, Enfermagem, Comunicação, Direito, Odontologia e Psicologia) e o objetivo é atender cercar de mil pessoas. SABERES >>> Kelly Fabiane é responsável pela Jornada Internet Tecnologias da Comunicação >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Novas Gerações Agora, a tendência é essa: crianças não ganham mais uma Barbie ou carrinhos, elas ganham um celular ou um tablet com várias funções. Daqui uns anos, os bebês irão nascer com um mini-tablet nas mãos EXPEDIENTE Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social da Faesa Setembro de 2013 - Nº 79 Av. Vitória, 2.220 - Ilha de Monte Belo, Vitória, ES, CEP 29053-360 Telefone (027) 2122 4100 Versão em PDF: http:// www.faesadigital.com.br Presidente: Alexandre Nunes Theodoro Superintendente institucional: Guilherme A. Nunes Theodoro Campus Av. Vitória 2 >>> Setembro de 2013 Samsara Esteves (6° Per.) [email protected] >>> Hoje, precisamos da tecnologia para tudo. É difícil imaginar ficar sem elas, ou melhor, é difícil lidar com certas situações sem poder utilizá-las. As pessoas, e quando digo isso, me incluo, ficam “desesperadas” quando estão na rua e a bateria do celular está por um fio. Assim, não tem como verificar o Facebook, Twitter, Instagram ou trocar muitas mensagens pelo Whatsapp. A dependência está cada vez maior e isso pode se tornar um problema. Mas as tecnologias podem, também, ser de grande utilidade para a população. Lembram dos protestos no Brasil. Foram combinados pelo Twitter, Facebook. Muita coisa tem acontecido no mundo e a cada acontecimento vem uma enxurrada Faculdades Integradas Espírito-santenses Diretor Acadêmico – Juliano Silva Campana Coordenadora do Curso de Comunicação Social: Marilene Mattos Professores orientadores: Paulo Soldatelli Valmir Matiazzi Zanete Dadalto Textos e fotos: alunos do curso de Comunicação Social da Faesa Habilitações: Jornalismo, Publicidade e Propaganda de posts nas redes sociais com comentários, opiniões, fotos e vídeos sobre o fato. Enfim, as pessoas querem mostrar que sabem o que está acontecendo no mundo, mesmo com várias publicações de outros sobre o mesmo assunto. Será que isso é mesmo necessário? Bom, não sei. O que eu sei é que essa dependência está crescente e daqui uns anos, os bebês irão nascer com um mini-tablet nas mãos. Agora, a tendência é essa: com 10 anos ou menos, a criança não ganha mais uma Barbie ou carrinhos, ela ganha um celular ou um tablet com várias funções, sendo que nem é necessário, pois a criança tem somente os pais para telefonar. Isso realmente acontece e é aí que começa o “problema”, pois, com isso, as crianças começam a se afastar, a querer ficar só em seu mundinho da internet e perde um pouco da infância. Podemos perceber que a utilização das tecnologias de comunicação é crescente não só nas classes sociais A e B, mas, também, na chamada classe C, que tem se mostrado entendida do assunto. Antes, o sonho era comprar um computador. Agora, todos pulam essa fase e já compram um tablet. Mas, sim, não estou reclamando. De fato, o computador, celular (android) ou tablet, são importantes para nós: na escola, faculdade, trabalho, em relacionamentos e até mesmo para tentar mudar o país. Com a ajuda das tecnologias, principalmente das redes sociais, os jovens estão se unindo, conversando sobre o que têm os incomodado e saindo de trás do computa- dor para lutar por direitos. Esse foi o caso dos protestos. E foi o caso da Primavera Árabe. Uma onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para tirar ditadores do poder. E conseguiram. Daqui para frente esse tipo de utilização das tecnologias será visto com maior frequência, já que os jovens querem ser revolucionários, querem mudar o mundo. Todos esses meios de comunicação são úteis e, usados com cautela e atenção, ajudam as pessoas. Mas, todo cuidado é pouco, porque qualquer deslize pode prejudicar. Então, use, mas com moderação e o mais importante: viva. Saia do computador, deixe o celular na bolsa/bolso e passeie, viaje e quando voltar, pode até postar as fotos no Facebook. Eu curto. >>> Editorial >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> ‘Caldeirão’ cultural >>> Prezado leitor, a nova edição do Jornal Tendências apresenta dois artistas que encanta o público com artes bem distintas. E como definir essa arte? uma tarefa muito difícil e complicada. Contudo, podemos afirmar que é a maneira deles expressarem emoções, histórias e culturas. Por isso a arte é representada de várias maneiras: música, escultura, pintura, dança, poesia e mais um universo de outras manifestações artísticas. E nesse “caldeirão cultural” na página 4 você conhecerá a arte de Neusso Ribeiro. O artista transforma a natureza morta em arte viva. Neusso é responsável pela construção da Casa de Pedra, uma é referência da cultura capixaba. Já na página 5, é destaque outro artista: o maestro Helder Trefzger. Ele é o regente titular da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes). Trefzger explica um pouco da arte de ser maestro. A edição apresenta, ainda, na página 3, um “pedacinho” de Vitória. Pequenos depoimentos de pessoas que moram e são apaixonados pela Cidade. Vale a pena ler, também, a matéria da página 6. Sex Shops para evangélicos é o tema abordado. O assunto ainda é tabu, mas aos poucos começa a fazer parte das conversas desse público. Aproximar a moda do povo faz parte do projeto Fashion Bus. Os desfiles deixam as passarelas e “desembarcam” nas ruas da Grande Vitória. A matéria pode ser conferida na página 7. E nada melhor para fugir da rotina e dar um ‘chute’ no estresse do que viajar. Na página 8, aluna-repórter aproveitou um momento de lazer para escrever um pouco sobre a encantadora cidade de Buenos Aires. Uma boa Leitura e até nosso próximo encontro. Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES VITÓRIA ‘Pedacinhos’ de Vitória PANELA DE BARRO >>> Vitória é famosa pela produção das paneleiras de Goiabeiras, mas há muitas outras lembranças da cidade que cresce, se transforma, mas mantém suas origens Otavio Tonini Ludh_Myla Xavier Paneleiras de Goiabeiras Ludh-Myla Xavier (2º Per.) [email protected] Wagner Chaló (2º Per.) [email protected] Lembrar-se das paneleiras de Goiabeiras é lembrar-se de Vitória. A capital do Espírito Santo é mundialmente conhecida pela deliciosa “Moqueca Capixaba”. E um dos fatores que fazem esse sabor único no mundo é a panela de barro, produzida no Espírito Santo. E falar sobre as paneleiras, é falar um pouco da história de Vitória. A história das paneleiras é uma tradição transmitida de pais para filhos. As panelas eram feitas no quintal das casas. Cada família produzia e comercializava a panela produzida. O estilo rústico, panelas feitas de maneira artesanal, é marca registrada e está presente até hoje na produção. A modelagem do barro, o processo de queima da panela a céu aberto e a pintura com a utilização do tanino – retirado das cascas das árvores do mangue vermelho – atravessa o tempo e se mantém fiel na tradição da arte de fazer panelas de barro. E essas pessoas dispõem todo o tempo para manter a cultura capixaba viva. Outra característica marcante das paneleiras é a proximidade com o mangue. As casas e o desenvolvimento de Goiabeiras estão diretamente ligados à relação das pessoas com o mangue. O tempo passou e o bairro evoluiu. A produção das panelas deixou as casas e começou a ser feita em um galpão. Hoje, as paneleiras de Goiabeiras têm uma estrutura melhor que a do passado. Elas ganharam um galpão onde trabalham paneleiras e artesãos. Com 70 anos, Lucy Barbosa trabalha como paneleira e tem prazer de dizer que contribui para manter a descendência viva, dentro e fora do Brasil. Da mesma maneira, João Farias de Souza, 50, trabalha como artesão na produção de panelas. Há 40 anos, ele se dedica e cria panelas diferenciadas:em formato de porco, de peixe, entre outras que João mostra com todo carinho e brilho nos olhos. Rua Sete e o Centro de Vitória Memórias Ana Beatriz Marcarini Priscila Martins (6º Per.) [email protected] O Centro de Vitória, um dos bairros mais populares da Capital. O bairro tem 19 praças, seis museus e um parque. O lugar é centro de comércio. É centro religioso. O lugar difunde diferentes formas de expressão artística. Hoje, a capital capixaba possui espaços que têm como marca registrada a versatilidade e a qualidade das atrações, além de popularizem a arte, pois a maioria dos eventos é aberto ao público. Um exemplo que caracteriza bem essa mistura cultural da capital capixaba é a Rua Sete. O nome “Rua Sete de Setembro” recebeu esse nome PROGRESSO >>> Primeira escada rolante nas comemorações do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Na época era um havia, também, o famoso Britz Bar. O verdadeiro shopping. Lojas vendiam local era ponto de encontro da socieartigos de armarinho, cama e mesa e dade capixaba. cristais. As lojas de roupas mais sofisO morador antigo da rua, sapateiro ticadas tinham como endereço obri- tradicional, Luiz Carlos Passamani já gatório a Rua Sete. E foi justamente gastou muita sola de sapato durante nessa Rua, no edifício Antares, que foi 32 anos morando na cidade. Seu Luiz construída a Galeria Shopping 7. Ela conserta sapatos há anos e diz que o foi inaugurada com a primeira escada Centro e a Rua Sete se transformaram rolante da cidade de Vitória. Na rua muito desde a década de 60. Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências “Moro em Santo Antônio há 49 anos e no começo era muito precário. Não havia calçamento e quando chovia, alagava. A Prainha não existia. O que havia no local era apenas mangue, de onde eram retirados os peixes e os caranguejos para o consumo. A região foi aterrada desde o Cais da Lenha até Inhanguetá. O Cais ficava no rio Santa Maria, principal meio de transporte de mercadorias para a cidade. Para as pessoas, o bonde era o principal meio de locomoção. O ponto final era no Cemitério de Santo Antônio. O que eu mais gosto na região é a tranquilidade.” Adauto Galdino, 76, aposentado. “Antigamente, no Centro de Vitória, só passava um carro de 5 em 5 minutos. Tinha um ônibus para cada bairro. Só havia algumas lojas, “Principal”, “Pernambucanas”, “Elmo”, os bares tradicionais e o Café Praça Oito. A Beira-mar começava na Avenida Governador Bley. Em 1969, começaram a construir o que temos hoje. O bonde fazia o trajeto da Costa Pereira até Santo Antônio. E da Costa Pereira até Jucutuquara. Havia botes que atravessavam o mar até chegar ao Convento da Penha, em Vila Velha. Havia vários cinemas que lotavam de pessoas. Os policiais que andavam pelas ruas eram chamados de Cosme e Damião.” João Albanir Negrelli, 70 anos, trabalha com comércio no Centro de Vitória. Wagner Chaló >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Zanete Dadalto “Nos anos 60, isso aqui era lotado de botequins e lojas. A Rua Sete era o local ideal para as pessoas que gostavam e tinham dinheiro para gastar. Chegou o progresso e construíram o shopping. A rua foi esvaziando aos poucos. Seria interessante ver de novo o Centro e a Rua Sete como no passado”. Luiz Carlos, sapateiro >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Ana Nascimento João Albanir Negrelli, 70, comerciante O bonde fazia o trajeto da Costa Pereira até Santo Antônio. E da Costa Pereira até Jucutuquara. Havia botes que atravessavam o mar até chegar ao Convento da Penha, em Vila Velha. O bonde acabou em 1968. Os depoimentos ao lado foram registrados por Ana Nascimento (anacnnascimento@ gmail.com), Gabriela Pittol ([email protected]) e Márcia Lopes ([email protected]), do 2º período do curso de Jornalismo Setembro de 2013 >>> 3 CULTURA Thainara Polito ‘minha arte é vida... ...após a morte’ CASA DE PEDRA >>> Instalada em Jacaraípe, é um misto de galeria de arte, templo de paz e oficina de trabalho Thainara Polito (4° Per.) [email protected] >>> Desde garoto, o artista Neusso Ribeiro Neusso Ribeiro: “O mundo sem arte é um mundo sem cultura. A arte é tudo. O artista deve existir para fazer as esculturas, as pinturas, os poemas, as músicas, fazer a arte”. Suevelyn Nascimento Thainara Polito >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> aprendeu com o pai a trabalhar com madeiras de forma original. Na juventude, o rapaz sensível, se enxergou entrando num mundo que mudaria toda a vida: Neusso conheceu a arte. Em 1990, o artista teve a ideia de começar a construir uma casa bem diferente. Ele buscava encontrar um lugar fixo para a exposição dos próprios trabalhos e acabou criando uma construção que, hoje, é referência da cultura capixaba: a Casa de Pedra. Instalada em Jacaraípe, no município da Serra, a casa é um misto de galeria de arte, templo de paz e oficina de trabalho. Sozinho, o artista edificou pedra sobre pedra. A construção levou dois anos para ser concluída. Dentro da Casa, o artista a decorou com esculturas feitas pelas próprias mãos e criou ambientes de uma casa normal, com banheiro, cozinha e sala, mas tudo de forma original e rústica. Depois de pronta, em pouco tempo, a construção começou a receber visitantes de vários lugares do Estado. Com o passar do tempo, a Casa recebeu visitantes de fora do Espírito Santo e do Brasil. O lugar se tornou atração turística da Serra. A paixão de Neusso pela arte pode ser percebida em apenas alguns minutos de conversa. “A Casa de Pedra é uma referência. É um tipo de templo para mim. A arte significa tudo.” Perguntado se já se imaginou fazendo outra atividade, Neusso, sem sombra de dúvidas, balança a cabeça negativamente. O artista conta ainda que a escultura que levou mais tempo para ficar pronta foi o Cavalo de Tróia, obra do tamanho de uma pessoa, com 1,60 metros. Outra obra que chama atenção na casa é o pedaço de um tronco de árvore com a frase escrita: “Ouça aqui o som do universo.” A obra passa a sensação de um vão, de não existir nada. É apenas o som do universo. Na Casa de Pedra é possível ver, também, um pano esticado com pequenos pedaços de madeira que dizem: “Minha arte é vida após a morte.” Neusso relata que o trabalho reflete uma natureza morta tornada viva, pois o artista até hoje utiliza raízes e troncos recolhidos de árvores derrubadas e queimadas. A obra considerada mais especial pelo artista é a “Mão Grande”. A obra marca o momento em que o artista passa para a fase do reaproveitamento. O mais novo investimento do artista é o Projeto Santinha. Ele busca fazer objetos em tamanho reduzido, porém em grande quantidade.. Sensível e jovial, Neusso Ribeiro aproxima as pessoas da arte e completa a energia boa que emana da Casa de Pedra. Suevelyn Nascimento Thainara Polito PRESERVAÇÃO >>> Neusso Ribeiro, 55 anos, nasceu em Mucurici, norte do Espírito Santo. A Casa de Pedra, uma referência da cultura capixaba, é a principal obra de Neusso ECOLOGIA >>> A arte de Neusso é feita a partir de raízes e troncos que são recolhidos de árvores derrubadas e materiais da própria natureza morta >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> “Nas minhas obras procuro reaproveitar tudo. Pego raízes mortas e aproveito as formas para criar algo novo. A minha inspiração é na mãe natureza” . 4 >>> Setembro de 2013 Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES CULTURA Fotos: Stael Nunes PAIXÃO >>> Há 20 anos à frente da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, o maestro Helder Trefzger, explica que a profissão é muito mais que um simples mexer dos braços e da batuta Bravo, maestro! Stael Nunes (4° Per.) [email protected] >>> O regente é responsável por estabelecer a comunicação entre os instrumentistas, os vocais e a música. Cabe a ele coordenar e conduzir, por meio dos gestos e expressões, o ritmo e a velocidade de toda a orquestra. Logo, muito mais que um simples mexer de braços e da batuta, a arte da regência está ligada a fatores musicais, gestuais, vocais, pedagógicos e até mesmo psicológicos. Com 20 anos na direção da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo (Ofes), o maestro titular Helder Trefzger, nascido no Mato Grosso do Sul e apaixonado pelo Espírito Santo, revela que as responsabilidades de um maestro passam do aspecto meramente técnico. “Ser maestro é ser músico, é ser gestor, é ser formador de opinião. É sentir-se responsável por melhorar a vida das pessoas através da arte”. Apaixonado pela profissão desde adolescente, Trefzger fala que para seguir a carreira é necessário muito estudo e algum talento. Até se tornar um maestro renomado, o músico fez graduação em Regência de Orquestra na Universidade de Brasília e na Universidade de Minas Gerais. Depois fez Mestrado em Regência de Orquestra - Práticas Interpretativas na Univer- sidade do Rio de Janeiro. Além disso, participou de vários cursos no Brasil e no exterior. Trefzger já dirigiu, na condição de maestro convidado, várias orquestras do mundo. Dentre elas estão: Orquestra Artave (Portugal), a New World Young Orchestra (Brasil, Itália e Bulgária), a Orquestra Sinfônica de Bourgas (Bulgária) e a Orchestra Sinfonica di Roma (Vaticano). Como toda função de liderança, a regência também enfrenta os desafios e, novamente, perpassa as questões musicais. “A dificuldade inerente à profissão é conjugar um grupo grande e heterogêneo, com diferentes instrumentos, em torno de uma recriação artística. Lidamos, ainda, com o atendimento ao público e, também, com aspectos diversos, como gestão de pessoal, captação de recursos e gestão artística”, fala Trefzger. Movimentação Helder Trefzger diz que é preciso estabelecer uma comunicação entre o maestro e os músicos. Essa comunicação acontece não só pela ação dos braços, mas de todo o corpo. “Há sinais convencionados, principalmente em relação à quadratura da música, que indicam os compassos. Também há sinais que dizem respeito aos elementos interpretativos em uma recriação artística. O maestro os conjuga e a passa da forma mais clara aos músicos”. Esses sinais convencionados estão relacionados à velocidade e ao ritmo da música. O movimento para representá-los é feito com a mão direita. Já esses elementos representativos, expressam o >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> RESPONSABILIDADE >>> O maestro estabelece a comunicação entre instrument0s, vocais e a música Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> sentimento da música, se está calma ou vibrante, por exemplo. A mão esquerda é a que o representa para os músicos. Trefzger relata ainda que algumas pessoas acreditam que o maestro indica as notas das partituras (Dó, ré, mi, etc) com as mãos, porém ele não faz isso. “As notas já estão escritas na partitura, tanto na do maestro como nas partes individuais dos músicos. Então, no caso de um bom maestro, cada gesto é imprescindível e uma boa orquestra o segue à risca”, revela. Orquestra Com décadas de tradição, a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo é considerada um dos principais representantes culturais do Estado. Criada em 1977, inicialmente como uma orquestra de câmara, a Orquestra contava com poucos músicos. A Ofes se desenvolveu e, hoje, conta com cerca de 70 instrumentistas. Por regra, orquestras têm como repertório principal a música clássica ou erudita. Logo, obras dos grandes compositores Vivaldi, Mozart e Beethoven estão sempre presentes. Contudo, não somente de clássicos vive o repertório da Ofes. Obras contemporâneas, temas de filmes e até mesmo MPB compõem a lista de composições executadas pela orquestra no Estado e têm grande apelo do público capixaba “Ser maestro é ser músico, é ser gestor, é ser formador de opinião. É sentir-se responsável por melhorar a vida das pessoas através da arte”. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> “Sempre penso na música clássica como algo bom. Lembro-me de como ela me cativou pela beleza. E tenho vontade de compartilhar isso com as pessoas.” Setembro de 2013 >>> 5 COMPORTAMENTO Sex shop para evangélicos CASAMENTO >>> Os apetrechos são considerados “leves” e não há produtos para solteiros, homossexuais ou sadomasoquistas. A ideia é não deixar o casamento cair na rotina Fotos: Ana Beatriz Marcarini Ana Beatriz Marcarini (6º Per.) [email protected] Internet >>> Casais evangélicos estão quebrando tabus relacionados a sexo e sensualidade. Para incrementar a relação entre cônjuges, muitos buscam sex shops voltados para o público cristão. Essas lojas são comuns nos Estados Unidos e Europa e ganham cada vez mais espaço no Brasil. O mineiro Maicon Santos é pioneiro nesse segmento. Há 11 meses ele fundou o site ‘Sex Shop Gospel’, uma loja virtual que vende produtos eróticos dedicados ao público evangélico. Santos diz que a loja gospel se difere das demais lojas do segmento. “Vendemos apetrechos que podem ser usados somente por casais, para a satisfação do casal”. Ele também explica a vantagem da loja ser online. “Os clientes têm mais liberdade para comprar pela internet. Não temos produtos para solteiros, homossexuais ou de sadomasoquismo. Trabalhamos com produtos ‘leves’, usados por casais”, pontua. No Espírito Santo o assunto ainda é uma novidade, mas já ganha adeptos. Prova disso é o sex shop Noite Perfeita, localizado na região do Parque Moscoso, em Vitória. A loja é de um casal evangélico. Victor Souza e Izabeli de Castro Andrade inaugura- >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Alimentos considerados “pesados” pelos nutricionistas, frituras, doces ou massas, podem atrapalhar o desempenho sexual. É preferível pratos leves e de fácil digestão antes de fazer sexo >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Ariana Santos compra lingeries para apimentar a relação “O casamento é uma dádiva de Deus e o sexo com amor é uma manutenção dessa relação. Infelizmente, muitas relações caem na rotina”. Izabeli de Castro, proprietária do sex shop Noite Perfeita 6 >>> Setembro de 2013 CASAL >>> Izabeli e Victor são proprietários do sex shop Noite Perfeita sexuais. O Pastor Abílio Rodrigues, da Igreja Batista da Restauração, explica que aparelhos vibratórios, produtos anais e apetrechos que firam a santidade do casamento não são aconselháveis. Mas ele dá liberdade à criatividade. “Cremos que a criatividade pode ser exercida no casamento, só não pode é cair na pornografia”, explica. Há dois anos, durante um encontro de casais, o pastor Abílio levou os maridos que participavam do evento a um sex shop. O objetivo era que os homens presenteassem suas esposas e tornassem a relação sexual mais alegre. O pastor conta que a ideia foi muito bem recebida e eles compraram aquilo que queriam ver nas esposas. O pastor brinca e conta que tanto o marido quanto a mulher ganharam presentes. ram o espaço pensando em ajudar os casados a não deixarem a relação cair na rotina. Ela relata que a escolha do local foi intencional. O estabelecimento fica perto de várias lojas de artigos para noivas. Segundo Izabeli a região é boa, pois as pessoas estão preocupadas em começar a vida a dois. A vendedora Ariana Santos Silva, 27 sempre vai ao sex shop e garante que comprar lingeries e se arrumar para o marido faz parte do relacionamento de um casal. Ela explica que o relacionamento do casal en- tre quatro paredes não é pecado quando feito com respeito. “Desde que você esteja na presença do Senhor e faz as coisas certinhas, eu não acho que é pecado”. Apesar de todas as liberações, há algumas ressalvas sobre o que é permitido nas relações Boa parte dos encontros românticos começa com um bom jantar. E é nessa hora que o casal deve estar atento com o que será consumido. Isso porque alguns alimentos podem prejudicar o sexo. Ingerir alimentos pesados como frituras, doces ou massas diminui a disposição para o sexo e para qualquer outra atividade física. E, por mais que a pessoa queira aquele momento de prazer, o corpo fica mais lento, já que precisa de energia para digerir os alimentos. Então, se você achava que só cebola e alho que causam mau hálito - podem prejudicar um encontro a dois, fique atento para os outros alimentos que são 'inimigos' dos casais. ção sexual. Segundo a nutricionista Patrícia Casagrande, ingerir muita bebida alcoólica pode causar sonolência e diminuir a disposição para o sexo. Queijos, carne vermelha, massas, frituras (inclusive batata frita) e lanches de 'fast food' também não são uma boa pedida antes da relação sexual. O organismo fica focado em digerir a comida e manda uma sensação de relaxamento para o resto do corpo. Para investir As páginas funcionam como uma rede social onde as pessoas – que têm algum tipo de compromisso afetivo – se cadastram para conhecer outras pessoas. E essas páginas já somam mais de 30 mil cadastrados. Um dos sites para casados infiéis divulgou uma pesquisa que traça o perfil dos traidores no Brasil: 70% dos usuários são homens, com idade entre 30 e 50 anos, e já tem uma rela- ção estável há, pelo menos, cinco anos. Sobre as mulheres, a pesquisa aponta que 67% delas procuram parceiros de 40 a 50 anos. E 37% das usuárias preferem o período do almoço para encontrar os amantes. A pesquisa aponta, ainda que cerca de 65% dos homens e 32% das mulheres tiveram, ao menos, cinco casos. Enquanto isso, 79% dos homens e 77% das mulheres afirmam que têm casos extraconjugais para evitar o divórcio. Alimentos para a hora do sexo Para fugir As bebidas alcoólicas, principalmente o champanhe, que é famoso por ser uma bebida sexy , não devem ser consumidas em excesso antes da rela- A dica para um jantar romântico e depois uma boa noite de prazer é investir em um cardápio mais leve, com peixes e saladas. Outra dica é apostar nos alimentos afrodisíacos. "A pessoa pode consumir as frutas oleaginosas que são amendoim, castanha e nozes. Comidas da culinária mexicana e tailandesa, mais quentes, também estão liberadas, desde que não seja em grande quantidade", aconselha Patrícia. Internet facilita casos extraconjugais Dar uma olhadinha para uma pessoa bonita que passou, curtir muitas fotos de uma “amiga” na internet, conversar intimamente com pessoas em salas de bate-papo ou até ver conteúdo erótico em revistas ou na internet são coisas aceitáveis para uma pessoa solteira. Mas quando a pessoa que tem alguma dessas atitudes é compromissado, a situação continua sendo aceitável ou já vira traição? Pesquisas apontam que com o avanço da tecnologia, ficou mais fácil trair. No Brasil já há sites especializados em juntar interessados em trair os companheiros. Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES MODA Da passarela para as ruas e praças FASHION BUS >>> O projeto realizado por professores, alunos e ex-alunos do curso de Design de Moda da Faesa movimenta o público nas ruas da Grande Vitória Fotos: Ana Nascimento Ana Nascimento (2º Per.) [email protected] Gabriel Amado (2º Per.) [email protected] >>> Cinco desfiles de moda surpreenderam o público nas ruas da Grande Vitória. Eles foram organizados pelo projeto Fashion Bus, uma parceira de professores, alunos e exalunos do curso de Design de Moda da Faesa. O projeto tem como objetivo mostrar para a sociedade os conhecimentos adquiridos na sala de aula, além de democratizar o acesso do público à moda, tirando o desfile da passarela e levando-o para as ruas da Grande Vitória. Os desfiles foram realizados com o objetivo de criar uma perspectiva diferente nas pessoas ao verem a produção de moda em locais populares, entre eles a Praça Costa Pereira e a Assembleia Legislativa, em Vitória; a pracinha da Garoto, na Glória, e o shopping Praia da Costa, em Vila Velha; e Campo Grande, em Cariacica. “Na primeira edição do Fashion Bus não passamos por Campo Grande. Nesta ADMIRAÇÃO >>> O público parou para acompanhar os desfiles realizados nas praças e shoppings de Cariacica, Vila Velha e Vitória edição passamos pelo bairro. Passamos também pelo Shopping Praia da Costa, pois tem público e é de fácil acesso”, disse Josué Vasconcelos, um dos organizadores do Projeto e professor do curso de Design de Moda. Para as criações, o tema livre permitiu que os alunos abusassem da criatividade. Nos desfiles, havia looks com temática futurística e con- >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> A ideia da peça veio com a inspiração de um domingo em que eu assistia o musical “Chicago” na televisão. Laila de Abreu das peças e muitas dessas peças são feitas com algum conceito ou significado”. Em meio a tantas criações, surge uma dúvida: qual é o público alvo das peças de roupa? A estudante de design de moda da Faesa Zumira Altafim, 21, explica que as peças são para um público mais jovem e que está sempre ligado na moda. E, ainda, para o público que gosta de estar Cada look tem uma história >>> Os cinco desfiles realizados no 2° Fashio Bus apresentaram 20 modelos criados por 18 alunos. Do futurismo ao contemporâneo, passando por diversas tendências. A temática do desfile foi livre e os criadores ficaram à vontade para a confecção das roupas. A oportunidade de colocar em prática o aprendizado do curso foi bem aproveitada pelos alunos que usaram muita criatividade. Melindrosa Melindrosa: temporânea, provocando no público a curiosidade sobre a confecção, os materiais utilizados e a inspiração que resultou no processo de criação. A estilista Ana Meire, 44 anos, esteve presente no desfile realizado no Shopping Praia da Costa. “Está muito legal, pois muitas pessoas não estão acostumadas com esse tipo de evento. Nem todas as pessoas entendem o porquê “Por ser viciada em vintagens, a ideia da peça veio com o musical “Chicago” na televisão. Resolvi fazer minha versão de uma melindrosa que era famosa antigamente, pois queria que ela fosse famosa no meu tempo. Pensei, atualmente, nas blogueiras lançadoras de tendências. A personagem tinha que ter um estilo bem característico. Por isso as penas, plumas, pedrarias e os 35 metros de tecido para fazer a saia. Quis algo que fizesse as pessoas questionarem de onde ela veio, quem é ela. A peça conta a história de uma melindrosa que, ocasionalmente, veio parar no nosso século”. Laila de Abreu, 19, estudante de moda. Noite “Então, a inspiração vem da noite. Parece um pouco clichê, mas é que sempre gostei da noite e da calma que ela me traz. O céu e sua divisão de cores: no início tende a ser azul e depois o preto toma conta”. Letícia Nunes Garcia, 17, estudante de moda. Fraternidade é vermelha “O cinema é sempre uma das minhas principais referências. A peça foi inspirada no longa-metragem polonês, francês e suíço “Trois Couleurs: Rouge” (A Fraternidade é vermelha) que faz parte da trilogia das cores, do diretor Peças masculinas Não foram apenas as roupas femininas que chamaram atenção na 2ª edição do Fashion Bus. Apesar de estarem em número menor, as peças masculinas também puderam ser apreciadas pelo público. A estudante de moda da Faesa e criadora de uma peça masculina, Rafaela Figueredo, 20 anos, contou o porquê da Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências sempre bem-vestido e curte novidades. A 2ª edição do Projeto Fashion Bus foi bem aceita pelo público, despertando a curiosidade e a vontade de obter mais informações, além da apreciarem os modelos. Para os estudantes do curso de Design de Moda, o projeto foi muito importante para terem um trabalho exposto, conquistando mais credibilidade. Kieślowski”. Mayari Jubini, 18, estudante de moda. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Luz del Fuego “O look tem como foco a dançarina Luz delFuego, uma das primeiras naturalistas do Brasil e, também, por ter um casal de jibóias, Cornélio e Castorina. Os recortes e as estampas fazem alusão às jibóias que eram companheiras de dança. Os tecidos leves e transparentes transmitem o naturalismo tão admirado por Luz delFuego, trazendo como inspiração o corpo feminino. Remetem também ao estilo da época da dançarina”. Mayla Bulhões, 19, estudante. Luz del Fuego: A dançarina ficou conhecida por ser uma das primeiras naturalistas do Brasil. Mayla Bulhões escolha: “Eu escolhi fazer uma peça masculina, pois no Vitória Moda optei por fazer uma peça feminina. Agora, eu queria me testar como designer, fazendo uma peça masculina”. Setembro de 2013 >>> 7 VIAGEM Fotos: Beatriz Dessaune BUENOS AIRES >>> A capital da Argentina tem clima europeu, um povo acolhedor e uma ótima culinária. Oferece, também, uma diversidade de atrações culturais e belos pontos turísticos ‘Nosotros’ na terra dos ‘hermanos’ >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> A Plaza de Mayo (ou Praça de Maio) é um ponto de grande importância na história da Capital Argentina. E foi nessa Praça que se deu início ao processo de Independência da Argentina em 1810 A aluna viajou à Argentina para fazer turismo. Aproveitou a oportunidade e produziu o conteúdo jornalístico para o Jornal Tendências 8 >>> Setembro de 2013 Beatriz Dessaune (6° Per.) [email protected] >>> Quando alguém pergun- ta o que vem à cabeça quando falam da Argentina, a maioria com certeza responde futebol e tango. Apesar da identidade do País estar marcada por esse esporte e essa música, nossos vizinhos não se limitam a isso. Hoje, os “hermanos” têm a oferecer muito ao povo brasileiro. E Buenos Aires, cantada em versos e prosas, é o destino favorito de muitos brasileiros, pois a cidade reúne boa parte da cultura do povo da Argentina. A capital da Argentina possui um ar europeu que não é comum entre as demais cidades importantes da América Latina. Além disso, os bairros oferecem uma vasta diversidade de atrações e pontos turísticos. Desde La Boca a Puerto Madero, passando por San Telmo, Palermo e Recoleta. Buenos Aires consegue juntar toda a cultura, todos os costumes, toda a culinária e toda a identidade do povo argentino. Há histórias em todos os cantos da cidade. Da época de La Prata até o governo de Cristina Kirchner, inúmeras décadas se passaram. Apesar disso, a história da Argentina permanece em cada canto do território, principalmente na capital. As paredes de certas construções remetem tempos difíceis ou até, então, de glória. Até o cenário da política do povo argentino se modificou, mas continua por registrar marcas de um passado turbulento. A Plaza de Mayo (ou Praça de Maio) é um ponto de grande importância na história da Capital Argentina, tendo no entorno edificações marcadas por inúmeros anos de questões políticas, econômicas, sociais e culturais do País. E foi nessa Praça que se deu início ao processo de Independência da Argentina em 1810. Além disso, também é o local onde se reúnem as chamadas Mães da Praça de Maio que tiveram os filhos desaparecidos durante a ditadura militar. Quanto à história do País, a maioria dos argentinos destaca como momento triunfal do povo o governo de Juan Domingo Perón, que esteve no poder na Argentina de 1946 a 1955 e depois de 1973 a 1974. Os primeiros anos no poder, antes de ser exilado em um golpe militar, foram marcados pela luta a favor do povo, tendo ao lado a esposa Eva Perón. A figura carismática de Evita foi e continua sendo símbolo do Peronismo, período histórico em que ajudou o País a entrar em uma época de prosperidade. Eva faleceu aos 33 anos, vítima de câncer de útero. Manifestações artísticas por toda a cidade mostram que Evita é querida na Argentina. O mausoléu onde está enterrada é o mais visitado do Cemitério da Recoleta. Artes Buenos Aires respira arte em todos os cantos. Passeando pelas ruas e pontos de grande atração turística, os visitantes possuem garantia de que vão se surpreender com o que encontrarão pela frente. Chegando ao bairro La Boca, o visitante já encontra o Caminito, uma rua projetada para abrigar um pedaço generoso da arte do País. Esse local recebeu esse nome em homenagem ao famoso tango composto por Juan de Dios Filiberto, artista boquense de grande nome na história cultural da Argentina. Quem visita pela primeira vez se surpreende tanto pelas pequenas edificações de cores fortes que são símbolo do lugar, como, também, pelas pinturas que são “ganha-pão” de pequenos artistas de La Boca. O bairro da Recoleta é contrapondo à imagem suburbana de La Boca. Na Recoleta a riqueza dos habitantes é predominante. Carrega também uma fartura cultural. A Recoleta é um bairro marcado pelas famílias mais tradicionais do País, tendo construções de grande destaque: mansões e estátuas que remetem à arte neoclassicista. É nesse bairro que encontramos a Biblioteca Nacional, o Museu de Belas Artes, a Basília de Nossa Senhora de Pilar, o Centro Cultural da Recoleta, entre outros atrativos. Puerto Madero é um bairro novo de Buenos Aires. Uma área recuperada do antigo porto da cidade e que se transformou num excelente centro gastronômico. O ambiente é agradável e com vista para os diques do Rio de la Plata. No local há a “Ponte da Mulher”, que é uma atração pela bela arquitetura. Em Palermo, um dos maiores bairros e o mais “verde” de Buenos Aires, o lugar é cheio de praças, parques, lagos, jardins e muitas árvores nas ruas e avenidas. O local é ideal para caminhadas, fazer piqueniques e apenas descansar. O elegante bairro de San Telmo também não pode ficar de fora. Aos domingos, acontece a famosa feira de antiguidades e curiosidades. Há, ainda, várias lojas de antiquários e galerias de arte. O bairro é boêmio, charmoso e tem ótimas opções de bares, cafés e restaurantes. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Buenos Aires consegue juntar a cultura, os costumes, a culinária e toda a identidade do povo argentino >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES