Público evangélico Buenos Aires em praça pública

Transcrição

Público evangélico Buenos Aires em praça pública
A Arte e o Artista
>>> Sex Shop >>>>>>>>>>>>>>>
Público evangélico
Ana Beatriz Marcarini
Stael Nunes
Jornal-laboratório - Jornalismo - Faesa - Vitória/ES - Setmbro de 2013 - Nº 79
Casais evangélicos buscam
nas lojas eróticas apetrechos
para apimentar o relacionamento >>> Pág 06
>>> MODA >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Em praça pública
Ana Nascimento
O Projeto Fashion Bus tenta democratizar o acesso do público à moda, realizando desfiles
em ruas e praças da Grande
Vitória >>> Pág 07
Thainara Polito
CULTURA >>> Helder Trefzger e Neusso Ribeiro expressam a arte de maneiras diferentes. Neusso
construiu a Casa de Pedra. Helder rege a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo >>> Pág 04 e 05
>>> TURISMO >>>>>>>>>>>>>>>>
Beatriz Dessaune
Buenos Aires
A encantadora Capital da Argentina tem ótima diversidade
de atrações culturais e belos
pontos turísticos >>> Pág 08
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>r>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Jornal-laboratório
do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências
Setembro de 2013 >>> 1
OPINIÃO
XII Jornada Científica e Cultural
Ana Nascimento
Pesquisa e ExTENSÃO >>> Inovação, Criatividade,
Tecnologia e Sustentabilidade para o Século XXI
Ana Nascimento (2º Per.)
[email protected]
>>> A XII Jornada Científica e
Cultural 2013 da Faesa acontece entre os dias de 16 de
Setembro e 25 de Outubro. O
tema da Jornada desse ano será
“Inovação, criatividade, tecnologia e sustentabilidade para o
século XXI”. Os alunos da Faesa, professores, palestrantes
convidados,
representantes
de empresas de diversas áreas
poderão refletir a produção de
conhecimento durante os dias
do evento. A expectativa é que
no mínimo quatro mil pessoas
participem da Jornada.
Palestrantes internacionais
e de outros estados estarão
presentes na Jornada. A palestra de abertura sobre o tema
do evento ficou por conta do
procurador geral do Serviço de
Apoio as Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae), Adalberto Amorin.
A Jornada agrupa ainda o
Congresso de Engenharia e
Computação (Conenco), o Simpósio de Biologia, a XI Semana
do Cirurgião Dentista, a VII Semana de Comunicação, a Semana da Educação, a Semana
de Enfermagem, a Semana de
Gestão e Negócios, a XII Semana de Psicologia e o Workshop
de Química.
A coordenadora do Núcleo de
Pesquisas, Extensão e Cultura
da Faesa, Kelly Fabiane Santos
Ricardo, conta que, além das
apresentações culturais, oficinas, palestras, mesas-redondas, conferências, apresentação de trabalhos científicos e
mini-cursos, a Jornada Científica terá, também, um dia de
responsabilidade social. “É
uma grande ação social na comunidade de Belo Monte e ilha
de Santa Maria”. Seis cursos
da Faesa estão envolvidos no
projeto (Administração, Enfermagem, Comunicação, Direito,
Odontologia e Psicologia) e o
objetivo é atender cercar de
mil pessoas.
SABERES >>> Kelly Fabiane é responsável pela Jornada
Internet
Tecnologias da Comunicação
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Novas Gerações
Agora, a tendência é essa:
crianças não ganham mais
uma Barbie ou carrinhos,
elas ganham um celular
ou um tablet com várias
funções. Daqui uns anos,
os bebês irão nascer com
um mini-tablet nas mãos
EXPEDIENTE
Jornal-laboratório do
Curso de Comunicação
Social da Faesa
Setembro de 2013 - Nº 79
Av. Vitória, 2.220 - Ilha de
Monte Belo, Vitória, ES,
CEP 29053-360
Telefone (027) 2122 4100
Versão em PDF: http://
www.faesadigital.com.br
Presidente: Alexandre
Nunes Theodoro
Superintendente
institucional: Guilherme A.
Nunes Theodoro
Campus Av. Vitória
2 >>> Setembro de 2013
Samsara Esteves (6° Per.)
[email protected]
>>> Hoje, precisamos da tecnologia para tudo. É difícil
imaginar ficar sem elas, ou
melhor, é difícil lidar com
certas situações sem poder utilizá-las. As pessoas, e
quando digo isso, me incluo,
ficam “desesperadas” quando estão na rua e a bateria do
celular está por um fio. Assim, não tem como verificar o
Facebook, Twitter, Instagram
ou trocar muitas mensagens
pelo Whatsapp. A dependência está cada vez maior e isso
pode se tornar um problema.
Mas as tecnologias podem,
também, ser de grande utilidade para a população. Lembram dos protestos no Brasil. Foram combinados pelo
Twitter, Facebook.
Muita coisa tem acontecido
no mundo e a cada acontecimento vem uma enxurrada
Faculdades Integradas Espírito-santenses
Diretor Acadêmico –
Juliano Silva Campana
Coordenadora do Curso
de Comunicação Social:
Marilene Mattos
Professores orientadores:
Paulo Soldatelli
Valmir Matiazzi
Zanete Dadalto
Textos e fotos: alunos do
curso de Comunicação
Social da Faesa
Habilitações: Jornalismo,
Publicidade e Propaganda
de posts nas redes sociais
com comentários, opiniões,
fotos e vídeos sobre o fato.
Enfim, as pessoas querem
mostrar que sabem o que
está acontecendo no mundo,
mesmo com várias publicações de outros sobre o mesmo assunto. Será que isso é
mesmo necessário? Bom, não
sei. O que eu sei é que essa
dependência está crescente e
daqui uns anos, os bebês irão
nascer com um mini-tablet
nas mãos.
Agora, a tendência é essa:
com 10 anos ou menos, a
criança não ganha mais uma
Barbie ou carrinhos, ela ganha um celular ou um tablet
com várias funções, sendo
que nem é necessário, pois a
criança tem somente os pais
para telefonar. Isso realmente acontece e é aí que começa
o “problema”, pois, com isso,
as crianças começam a se
afastar, a querer ficar só em
seu mundinho da internet e
perde um pouco da infância.
Podemos perceber que a
utilização das tecnologias de
comunicação é crescente não
só nas classes sociais A e B,
mas, também, na chamada
classe C, que tem se mostrado entendida do assunto. Antes, o sonho era comprar um
computador. Agora, todos
pulam essa fase e já compram
um tablet. Mas, sim, não estou
reclamando. De fato, o computador, celular (android) ou
tablet, são importantes para
nós: na escola, faculdade, trabalho, em relacionamentos e
até mesmo para tentar mudar o país.
Com a ajuda das tecnologias, principalmente das redes sociais, os jovens estão se
unindo, conversando sobre
o que têm os incomodado e
saindo de trás do computa-
dor para lutar por direitos.
Esse foi o caso dos protestos. E foi o caso da Primavera
Árabe. Uma onda de protestos e revoluções ocorridas
no Oriente Médio e norte do
continente africano em que
a população foi às ruas para
tirar ditadores do poder. E
conseguiram.
Daqui para frente esse
tipo de utilização das tecnologias será visto com maior
frequência, já que os jovens
querem ser revolucionários,
querem mudar o mundo. Todos esses meios de comunicação são úteis e, usados com
cautela e atenção, ajudam as
pessoas. Mas, todo cuidado é
pouco, porque qualquer deslize pode prejudicar. Então,
use, mas com moderação e o
mais importante: viva. Saia
do computador, deixe o celular na bolsa/bolso e passeie,
viaje e quando voltar, pode
até postar as fotos no Facebook. Eu curto.
>>> Editorial >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
‘Caldeirão’ cultural
>>> Prezado leitor, a nova edição
do Jornal Tendências apresenta
dois artistas que encanta o público com artes bem distintas. E
como definir essa arte? uma tarefa muito difícil e complicada.
Contudo, podemos afirmar que
é a maneira deles expressarem
emoções, histórias e culturas.
Por isso a arte é representada de
várias maneiras: música, escultura, pintura, dança, poesia e mais
um universo de outras manifestações artísticas.
E nesse “caldeirão cultural”
na página 4 você conhecerá a
arte de Neusso Ribeiro. O artista
transforma a natureza morta em
arte viva. Neusso é responsável
pela construção da Casa de Pedra, uma é referência da cultura
capixaba. Já na página 5, é destaque outro artista: o maestro
Helder Trefzger. Ele é o regente
titular da Orquestra Filarmônica
do Espírito Santo (Ofes). Trefzger
explica um pouco da arte de ser
maestro.
A edição apresenta, ainda, na
página 3, um “pedacinho” de Vitória. Pequenos depoimentos de
pessoas que moram e são apaixonados pela Cidade.
Vale a pena ler, também, a matéria da página 6. Sex Shops para
evangélicos é o tema abordado. O
assunto ainda é tabu, mas aos
poucos começa a fazer parte
das conversas desse público.
Aproximar a moda do povo faz
parte do projeto Fashion Bus.
Os desfiles deixam as passarelas e “desembarcam” nas ruas
da Grande Vitória. A matéria
pode ser conferida na página 7.
E nada melhor para fugir da
rotina e dar um ‘chute’ no estresse do que viajar. Na página
8, aluna-repórter aproveitou
um momento de lazer para escrever um pouco sobre a encantadora cidade de Buenos Aires.
Uma boa Leitura e até nosso
próximo encontro.
Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES
VITÓRIA
‘Pedacinhos’ de Vitória
PANELA DE BARRO >>> Vitória é famosa pela produção das paneleiras de Goiabeiras, mas há
muitas outras lembranças da cidade que cresce, se transforma, mas mantém suas origens
Otavio Tonini
Ludh_Myla Xavier
Paneleiras de Goiabeiras
Ludh-Myla Xavier (2º Per.)
[email protected]
Wagner Chaló (2º Per.)
[email protected]
Lembrar-se das paneleiras de
Goiabeiras é lembrar-se de Vitória. A
capital do Espírito Santo é mundialmente conhecida pela deliciosa “Moqueca Capixaba”. E um dos fatores
que fazem esse sabor único no mundo é a panela de barro, produzida no
Espírito Santo. E falar sobre as paneleiras, é falar um pouco da história
de Vitória.
A história das paneleiras é uma
tradição transmitida de pais para filhos. As panelas eram feitas no quintal das casas. Cada família produzia
e comercializava a panela produzida.
O estilo rústico, panelas feitas de maneira artesanal, é marca registrada e
está presente até hoje na produção.
A modelagem do barro, o processo
de queima da panela a céu aberto e
a pintura com a utilização do tanino – retirado das cascas das árvores
do mangue vermelho – atravessa o
tempo e se mantém fiel na tradição
da arte de fazer panelas de barro. E
essas pessoas dispõem todo o tempo
para manter a cultura capixaba viva.
Outra característica marcante
das paneleiras é a proximidade com
o mangue. As casas e o desenvolvimento de Goiabeiras estão diretamente ligados à relação das pessoas
com o mangue. O tempo passou e o
bairro evoluiu. A produção das panelas deixou as casas e começou a ser
feita em um galpão. Hoje, as paneleiras de Goiabeiras têm uma estrutura
melhor que a do passado. Elas ganharam um galpão onde trabalham
paneleiras e artesãos.
Com 70 anos, Lucy Barbosa trabalha como paneleira e tem prazer
de dizer que contribui para manter
a descendência viva, dentro e fora
do Brasil. Da mesma maneira, João
Farias de Souza, 50, trabalha como
artesão na produção de panelas. Há
40 anos, ele se dedica e cria panelas
diferenciadas:em formato de porco,
de peixe, entre outras que João mostra com todo carinho e brilho nos
olhos.
Rua Sete e o Centro de Vitória Memórias
Ana Beatriz Marcarini
Priscila Martins (6º Per.)
[email protected]
O Centro de Vitória, um
dos bairros mais populares da
Capital. O bairro tem 19 praças, seis museus e um parque.
O lugar é centro de comércio.
É centro religioso. O lugar difunde diferentes formas de
expressão artística. Hoje, a
capital capixaba possui espaços que têm como marca
registrada a versatilidade e a
qualidade das atrações, além
de popularizem a arte, pois a
maioria dos eventos é aberto
ao público. Um exemplo que
caracteriza bem essa mistura
cultural da capital capixaba é
a Rua Sete.
O nome “Rua Sete de Setembro” recebeu esse nome PROGRESSO >>> Primeira escada rolante
nas comemorações do centenário da Independência
do Brasil, em 1922. Na época era um havia, também, o famoso Britz Bar. O
verdadeiro shopping. Lojas vendiam local era ponto de encontro da socieartigos de armarinho, cama e mesa e dade capixaba.
cristais. As lojas de roupas mais sofisO morador antigo da rua, sapateiro
ticadas tinham como endereço obri- tradicional, Luiz Carlos Passamani já
gatório a Rua Sete. E foi justamente gastou muita sola de sapato durante
nessa Rua, no edifício Antares, que foi 32 anos morando na cidade. Seu Luiz
construída a Galeria Shopping 7. Ela conserta sapatos há anos e diz que o
foi inaugurada com a primeira escada Centro e a Rua Sete se transformaram
rolante da cidade de Vitória. Na rua muito desde a década de 60.
Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências
“Moro em Santo Antônio há 49 anos e
no começo era muito precário. Não havia
calçamento e quando chovia, alagava. A
Prainha não existia. O que havia no local
era apenas mangue, de onde eram retirados os peixes e os caranguejos para o
consumo. A região foi aterrada desde o
Cais da Lenha até Inhanguetá. O Cais ficava no rio Santa Maria, principal meio de
transporte de mercadorias para a cidade.
Para as pessoas, o bonde era o principal
meio de locomoção. O ponto final era no
Cemitério de Santo Antônio. O que eu
mais gosto na região é a tranquilidade.”
Adauto Galdino, 76, aposentado.
“Antigamente, no Centro de Vitória, só
passava um carro de 5 em 5 minutos. Tinha um ônibus para cada bairro. Só havia
algumas lojas, “Principal”, “Pernambucanas”, “Elmo”, os bares tradicionais e o
Café Praça Oito. A Beira-mar começava
na Avenida Governador Bley. Em 1969,
começaram a construir o que temos hoje.
O bonde fazia o trajeto da Costa Pereira
até Santo Antônio. E da Costa Pereira até
Jucutuquara. Havia botes que atravessavam o mar até chegar ao Convento da Penha, em Vila Velha. Havia vários cinemas
que lotavam de pessoas. Os policiais que
andavam pelas ruas eram chamados de
Cosme e Damião.”
João Albanir Negrelli, 70 anos, trabalha
com comércio no Centro de Vitória.
Wagner Chaló
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Zanete Dadalto
“Nos anos 60, isso aqui era lotado
de botequins e lojas. A Rua Sete
era o local ideal para as pessoas
que gostavam e tinham dinheiro
para gastar. Chegou o progresso
e construíram o shopping. A rua
foi esvaziando aos poucos. Seria
interessante ver de novo o Centro e a
Rua Sete como no passado”.
Luiz Carlos, sapateiro
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Ana Nascimento
João Albanir Negrelli, 70, comerciante
O bonde fazia o trajeto da Costa
Pereira até Santo Antônio. E da Costa
Pereira até Jucutuquara. Havia botes
que atravessavam o mar até chegar ao
Convento da Penha, em Vila Velha. O
bonde acabou em 1968.
Os depoimentos ao lado foram registrados
por Ana Nascimento (anacnnascimento@
gmail.com), Gabriela Pittol ([email protected]) e Márcia Lopes ([email protected]), do 2º período do
curso de Jornalismo
Setembro de 2013 >>> 3
CULTURA
Thainara Polito
‘minha arte é vida...
...após a morte’
CASA DE PEDRA >>> Instalada em Jacaraípe, é um misto
de galeria de arte, templo de paz e oficina de trabalho
Thainara Polito (4° Per.)
[email protected]
>>> Desde garoto, o artista Neusso Ribeiro
Neusso Ribeiro:
“O mundo sem arte é um mundo sem cultura.
A arte é tudo. O artista deve existir para fazer
as esculturas, as pinturas, os poemas, as
músicas, fazer a arte”.
Suevelyn Nascimento
Thainara Polito
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aprendeu com o pai a trabalhar com madeiras de forma original. Na juventude, o rapaz
sensível, se enxergou entrando num mundo
que mudaria toda a vida: Neusso conheceu
a arte. Em 1990, o artista teve a ideia de começar a construir uma casa bem diferente.
Ele buscava encontrar um lugar fixo para a
exposição dos próprios trabalhos e acabou
criando uma construção que, hoje, é referência da cultura capixaba: a Casa de Pedra.
Instalada em Jacaraípe, no município da
Serra, a casa é um misto de galeria de arte,
templo de paz e oficina de trabalho. Sozinho,
o artista edificou pedra sobre pedra. A construção levou dois anos para ser concluída.
Dentro da Casa, o artista a decorou com
esculturas feitas pelas próprias mãos e
criou ambientes de uma casa normal, com
banheiro, cozinha e sala, mas tudo de forma original e rústica. Depois de pronta, em
pouco tempo, a construção começou a receber visitantes de vários lugares do Estado.
Com o passar do tempo, a Casa recebeu visitantes de fora do Espírito Santo e do Brasil.
O lugar se tornou atração turística da Serra.
A paixão de Neusso pela arte pode ser
percebida em apenas alguns minutos de
conversa. “A Casa de Pedra é uma referência.
É um tipo de templo para mim. A arte significa tudo.” Perguntado se já se imaginou
fazendo outra atividade, Neusso, sem sombra de dúvidas, balança a cabeça negativamente. O artista conta ainda que a escultura
que levou mais tempo para ficar pronta foi
o Cavalo de Tróia, obra do tamanho de uma
pessoa, com 1,60 metros.
Outra obra que chama atenção na casa é
o pedaço de um tronco de árvore com a frase escrita: “Ouça aqui o som do universo.”
A obra passa a sensação de um vão, de não
existir nada. É apenas o som do universo.
Na Casa de Pedra é possível ver, também,
um pano esticado com pequenos pedaços
de madeira que dizem: “Minha arte é vida
após a morte.”
Neusso relata que o trabalho reflete uma
natureza morta tornada viva, pois o artista
até hoje utiliza raízes e troncos recolhidos
de árvores derrubadas e queimadas. A obra
considerada mais especial pelo artista é a
“Mão Grande”. A obra marca o momento em
que o artista passa para a fase do reaproveitamento. O mais novo investimento do
artista é o Projeto Santinha. Ele busca fazer
objetos em tamanho reduzido, porém em
grande quantidade.. Sensível e jovial, Neusso Ribeiro aproxima as pessoas da arte e
completa a energia boa que emana da Casa
de Pedra.
Suevelyn Nascimento
Thainara Polito
PRESERVAÇÃO >>> Neusso Ribeiro, 55 anos, nasceu em Mucurici, norte do Espírito Santo.
A Casa de Pedra, uma referência da cultura capixaba, é a principal obra de Neusso
ECOLOGIA >>> A arte de Neusso é feita a partir de raízes e troncos que são
recolhidos de árvores derrubadas e materiais da própria natureza morta
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
“Nas minhas obras procuro reaproveitar
tudo. Pego raízes mortas e aproveito as
formas para criar algo novo. A minha
inspiração é na mãe natureza” .
4 >>> Setembro de 2013
Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES
CULTURA
Fotos: Stael Nunes
PAIXÃO >>> Há 20 anos à frente da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, o maestro Helder
Trefzger, explica que a profissão é muito mais que um simples mexer dos braços e da batuta
Bravo, maestro!
Stael Nunes (4° Per.)
[email protected]
>>>
O regente é responsável por estabelecer a
comunicação entre os
instrumentistas, os vocais e a música. Cabe a ele
coordenar e conduzir, por
meio dos gestos e expressões, o ritmo e a velocidade de toda a orquestra.
Logo, muito mais que um
simples mexer de braços
e da batuta, a arte da regência está ligada a fatores musicais, gestuais,
vocais, pedagógicos e até
mesmo psicológicos.
Com 20 anos na direção
da Orquestra Filarmônica
do Espírito Santo (Ofes),
o maestro titular Helder
Trefzger, nascido no Mato
Grosso do Sul e apaixonado pelo Espírito Santo,
revela que as responsabilidades de um maestro
passam do aspecto meramente técnico. “Ser maestro é ser músico, é ser
gestor, é ser formador de
opinião. É sentir-se responsável por melhorar a
vida das pessoas através
da arte”.
Apaixonado pela profissão desde adolescente,
Trefzger fala que para seguir a carreira é necessário muito estudo e algum
talento. Até se tornar um
maestro renomado, o
músico fez graduação em
Regência de Orquestra na
Universidade de Brasília e na Universidade de
Minas Gerais. Depois fez
Mestrado em Regência de
Orquestra - Práticas Interpretativas na Univer-
sidade do Rio de Janeiro.
Além disso, participou de
vários cursos no Brasil e
no exterior.
Trefzger já dirigiu, na
condição de maestro convidado, várias orquestras
do mundo. Dentre elas
estão: Orquestra Artave
(Portugal), a New World
Young Orchestra (Brasil, Itália e Bulgária), a
Orquestra Sinfônica de
Bourgas (Bulgária) e a
Orchestra Sinfonica di
Roma (Vaticano).
Como toda função de liderança, a regência também enfrenta os desafios
e, novamente, perpassa
as questões musicais. “A
dificuldade inerente à
profissão é conjugar um
grupo grande e heterogêneo, com diferentes
instrumentos, em torno
de uma recriação artística. Lidamos, ainda, com o
atendimento ao público
e, também, com aspectos
diversos, como gestão de
pessoal, captação de recursos e gestão artística”,
fala Trefzger.
Movimentação
Helder Trefzger diz que
é preciso estabelecer uma
comunicação entre o maestro e os músicos. Essa
comunicação
acontece
não só pela ação dos braços, mas de todo o corpo.
“Há sinais convencionados, principalmente em
relação à quadratura da
música, que indicam os
compassos. Também há
sinais que dizem respeito
aos elementos interpretativos em uma recriação
artística. O maestro os
conjuga e a passa da forma
mais clara aos músicos”.
Esses sinais convencionados estão relacionados
à velocidade e ao ritmo
da música. O movimento para representá-los é
feito com a mão direita.
Já esses elementos representativos, expressam o
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
RESPONSABILIDADE >>> O maestro estabelece a
comunicação entre instrument0s, vocais e a música
Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
sentimento da música, se
está calma ou vibrante,
por exemplo. A mão esquerda é a que o representa para os músicos.
Trefzger relata ainda
que algumas pessoas
acreditam que o maestro
indica as notas das partituras (Dó, ré, mi, etc) com
as mãos, porém ele não
faz isso. “As notas já estão
escritas na partitura, tanto na do maestro como
nas partes individuais
dos músicos. Então, no
caso de um bom maestro,
cada gesto é imprescindível e uma boa orquestra o
segue à risca”, revela.
Orquestra
Com décadas de tradição, a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo é
considerada um dos principais
representantes
culturais do Estado. Criada em 1977, inicialmente
como uma orquestra de
câmara, a Orquestra contava com poucos músicos.
A Ofes se desenvolveu e,
hoje, conta com cerca de
70 instrumentistas.
Por regra, orquestras
têm como repertório
principal a música clássica ou erudita. Logo,
obras dos grandes compositores Vivaldi, Mozart
e Beethoven estão sempre presentes. Contudo,
não somente de clássicos
vive o repertório da Ofes.
Obras
contemporâneas, temas de filmes e até
mesmo MPB compõem a
lista de composições executadas pela orquestra no
Estado e têm grande apelo do público capixaba
“Ser maestro é ser músico, é ser
gestor, é ser formador de opinião. É
sentir-se responsável por melhorar a
vida das pessoas através da arte”.
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“Sempre penso na música clássica
como algo bom. Lembro-me de
como ela me cativou pela beleza. E
tenho vontade de compartilhar isso
com as pessoas.”
Setembro de 2013 >>> 5
COMPORTAMENTO
Sex shop para evangélicos
CASAMENTO >>> Os apetrechos são considerados “leves” e não há produtos para solteiros,
homossexuais ou sadomasoquistas. A ideia é não deixar o casamento cair na rotina
Fotos: Ana Beatriz Marcarini
Ana Beatriz Marcarini (6º Per.)
[email protected]
Internet
>>> Casais evangélicos
estão quebrando tabus
relacionados a sexo e
sensualidade. Para incrementar a relação
entre cônjuges, muitos
buscam sex shops voltados para o público
cristão. Essas lojas são
comuns nos Estados
Unidos e Europa e ganham cada vez mais espaço no Brasil.
O mineiro Maicon Santos é pioneiro nesse segmento. Há 11 meses ele
fundou o site ‘Sex Shop
Gospel’, uma loja virtual que vende produtos
eróticos dedicados ao
público evangélico. Santos diz que a loja gospel
se difere das demais lojas do segmento. “Vendemos apetrechos que
podem ser usados somente por casais, para a
satisfação do casal”. Ele
também explica a vantagem da loja ser online.
“Os clientes têm mais
liberdade para comprar pela internet. Não
temos produtos para
solteiros, homossexuais
ou de sadomasoquismo.
Trabalhamos com produtos ‘leves’, usados por
casais”, pontua.
No Espírito Santo o
assunto ainda é uma
novidade, mas já ganha
adeptos. Prova disso é o
sex shop Noite Perfeita,
localizado na região do
Parque Moscoso, em
Vitória. A loja é de um
casal evangélico. Victor
Souza e Izabeli de Castro Andrade inaugura-
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Alimentos considerados “pesados”
pelos nutricionistas, frituras, doces ou
massas, podem atrapalhar o desempenho
sexual. É preferível pratos leves e de fácil
digestão antes de fazer sexo
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Ariana Santos compra lingeries para apimentar a relação
“O casamento é uma dádiva de Deus e o sexo
com amor é uma manutenção dessa relação.
Infelizmente, muitas relações caem na rotina”.
Izabeli de Castro, proprietária do sex shop Noite Perfeita
6 >>> Setembro de 2013
CASAL >>> Izabeli e Victor são proprietários do sex shop Noite Perfeita
sexuais. O Pastor Abílio Rodrigues, da Igreja
Batista da Restauração,
explica que aparelhos
vibratórios, produtos
anais e apetrechos que
firam a santidade do casamento não são aconselháveis. Mas ele dá liberdade à criatividade.
“Cremos que a criatividade pode ser exercida
no casamento, só não
pode é cair na pornografia”, explica.
Há dois anos, durante
um encontro de casais,
o pastor Abílio levou
os maridos que participavam do evento a um
sex shop. O objetivo era
que os homens presenteassem suas esposas e
tornassem a relação sexual mais alegre. O pastor conta que a ideia foi
muito bem recebida e
eles compraram aquilo
que queriam ver nas esposas. O pastor brinca e
conta que tanto o marido quanto a mulher ganharam presentes.
ram o espaço pensando
em ajudar os casados a
não deixarem a relação
cair na rotina.
Ela relata que a escolha do local foi intencional. O estabelecimento
fica perto de várias lojas
de artigos para noivas.
Segundo Izabeli a região
é boa, pois as pessoas
estão preocupadas em
começar a vida a dois.
A vendedora Ariana
Santos Silva, 27 sempre
vai ao sex shop e garante
que comprar lingeries e
se arrumar para o marido faz parte do relacionamento de um casal.
Ela explica que o relacionamento do casal en-
tre quatro paredes não
é pecado quando feito
com respeito. “Desde
que você esteja na presença do Senhor e faz as
coisas certinhas, eu não
acho que é pecado”.
Apesar de todas as
liberações, há algumas
ressalvas sobre o que é
permitido nas relações
Boa parte dos encontros românticos começa com um bom jantar.
E é nessa hora que o
casal deve estar atento
com o que será consumido. Isso porque alguns alimentos podem
prejudicar o sexo. Ingerir alimentos pesados
como frituras, doces
ou massas diminui a
disposição para o sexo
e para qualquer outra atividade física. E,
por mais que a pessoa
queira aquele momento de prazer, o corpo
fica mais lento, já que
precisa de energia para
digerir os alimentos.
Então, se você achava
que só cebola e alho que causam mau hálito
- podem prejudicar um
encontro a dois, fique
atento para os outros
alimentos que são 'inimigos' dos casais.
ção sexual. Segundo a
nutricionista Patrícia
Casagrande,
ingerir
muita bebida alcoólica
pode causar sonolência
e diminuir a disposição
para o sexo.
Queijos, carne vermelha, massas, frituras (inclusive batata
frita) e lanches de 'fast
food' também não são
uma boa pedida antes
da relação sexual. O
organismo fica focado
em digerir a comida e
manda uma sensação
de relaxamento para o
resto do corpo.
Para investir
As páginas funcionam
como uma rede social
onde as pessoas – que
têm algum tipo de compromisso afetivo – se cadastram para conhecer
outras pessoas. E essas
páginas já somam mais
de 30 mil cadastrados.
Um dos sites para
casados infiéis divulgou uma pesquisa que traça o
perfil dos traidores
no Brasil: 70% dos
usuários são homens, com idade
entre 30 e 50 anos,
e já tem uma rela-
ção estável há, pelo menos, cinco anos. Sobre
as mulheres, a pesquisa
aponta que 67% delas
procuram parceiros de
40 a 50 anos. E 37% das
usuárias preferem o período do almoço para
encontrar os amantes.
A pesquisa aponta,
ainda que cerca de 65%
dos homens e 32% das
mulheres tiveram, ao
menos, cinco casos. Enquanto isso, 79% dos
homens e 77% das mulheres afirmam que têm
casos
extraconjugais
para evitar o divórcio.
Alimentos para a hora do sexo
Para fugir
As bebidas alcoólicas, principalmente o
champanhe, que é famoso por ser uma bebida sexy , não devem
ser consumidas em
excesso antes da rela-
A dica para um jantar
romântico e depois uma
boa noite de prazer é investir em um cardápio
mais leve, com peixes
e saladas. Outra dica é
apostar nos alimentos
afrodisíacos. "A pessoa
pode consumir as frutas oleaginosas que são
amendoim, castanha e
nozes. Comidas da culinária mexicana e tailandesa, mais quentes,
também estão liberadas, desde que não seja
em grande quantidade",
aconselha Patrícia.
Internet facilita casos extraconjugais
Dar uma olhadinha
para uma pessoa bonita que passou, curtir
muitas fotos de uma
“amiga” na internet,
conversar intimamente
com pessoas em salas
de bate-papo ou até ver
conteúdo erótico
em revistas ou na
internet são coisas
aceitáveis para uma
pessoa
solteira.
Mas quando a pessoa que tem alguma dessas atitudes
é compromissado,
a situação continua
sendo aceitável ou
já vira traição? Pesquisas apontam que com
o avanço da tecnologia,
ficou mais fácil trair.
No Brasil já há sites
especializados em juntar interessados em
trair os companheiros.
Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES
MODA
Da passarela para as ruas e praças
FASHION BUS >>> O projeto realizado por professores, alunos e ex-alunos do curso
de Design de Moda da Faesa movimenta o público nas ruas da Grande Vitória
Fotos: Ana Nascimento
Ana Nascimento (2º Per.)
[email protected]
Gabriel Amado (2º Per.)
[email protected]
>>> Cinco
desfiles de moda
surpreenderam o público nas
ruas da Grande Vitória. Eles
foram organizados pelo projeto Fashion Bus, uma parceira
de professores, alunos e exalunos do curso de Design de
Moda da Faesa. O projeto tem
como objetivo mostrar para a
sociedade os conhecimentos
adquiridos na sala de aula,
além de democratizar o acesso do público à moda, tirando
o desfile da passarela e levando-o para as ruas da Grande
Vitória.
Os desfiles foram realizados com o objetivo de criar
uma perspectiva diferente nas
pessoas ao verem a produção
de moda em locais populares,
entre eles a Praça Costa Pereira e a Assembleia Legislativa,
em Vitória; a pracinha da Garoto, na Glória, e o shopping
Praia da Costa, em Vila Velha;
e Campo Grande, em Cariacica.
“Na primeira edição do
Fashion Bus não passamos
por Campo Grande. Nesta
ADMIRAÇÃO >>> O público parou para acompanhar os desfiles realizados nas praças e shoppings de Cariacica, Vila Velha e Vitória
edição passamos pelo bairro.
Passamos também pelo Shopping Praia da Costa, pois tem
público e é de fácil acesso”,
disse Josué Vasconcelos, um
dos organizadores do Projeto
e professor do curso de Design de Moda.
Para as criações, o tema livre permitiu que os alunos
abusassem da criatividade.
Nos desfiles, havia looks com
temática futurística e con-
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A ideia da peça veio
com a inspiração de
um domingo em que
eu assistia o musical
“Chicago” na televisão.
Laila de Abreu
das peças e muitas dessas peças são feitas com algum conceito ou significado”.
Em meio a tantas criações,
surge uma dúvida: qual é o
público alvo das peças de roupa? A estudante de design de
moda da Faesa Zumira Altafim, 21, explica que as peças
são para um público mais
jovem e que está sempre ligado na moda. E, ainda, para
o público que gosta de estar
Cada look tem uma história
>>> Os cinco desfiles realizados no 2° Fashio Bus apresentaram 20 modelos criados
por 18 alunos. Do futurismo
ao contemporâneo, passando
por diversas tendências.
A temática do desfile foi livre e os criadores ficaram à
vontade para a confecção das
roupas. A oportunidade de
colocar em prática o aprendizado do curso foi bem aproveitada pelos alunos que usaram muita criatividade.
Melindrosa
Melindrosa:
temporânea, provocando no
público a curiosidade sobre
a confecção, os materiais utilizados e a inspiração que resultou no processo de criação.
A estilista Ana Meire, 44
anos, esteve presente no desfile realizado no Shopping
Praia da Costa. “Está muito
legal, pois muitas pessoas não
estão acostumadas com esse
tipo de evento. Nem todas as
pessoas entendem o porquê
“Por ser viciada em vintagens, a ideia da peça veio com
o musical “Chicago” na televisão. Resolvi fazer minha versão de uma melindrosa que
era famosa antigamente, pois
queria que ela fosse famosa
no meu tempo. Pensei, atualmente, nas blogueiras lançadoras de tendências. A personagem tinha que ter um estilo
bem característico. Por isso
as penas, plumas, pedrarias e
os 35 metros de tecido para
fazer a saia. Quis algo que fizesse as pessoas questionarem de onde ela veio, quem é
ela. A peça conta a história de
uma melindrosa que, ocasionalmente, veio parar no nosso
século”. Laila de Abreu, 19, estudante de moda.
Noite
“Então, a inspiração vem da
noite. Parece um pouco clichê, mas é que sempre gostei
da noite e da calma que ela
me traz. O céu e sua divisão
de cores: no início tende a ser
azul e depois o preto toma
conta”. Letícia Nunes Garcia,
17, estudante de moda.
Fraternidade é vermelha
“O cinema é sempre uma
das minhas principais referências. A peça foi inspirada
no longa-metragem polonês,
francês e suíço “Trois Couleurs: Rouge” (A Fraternidade
é vermelha) que faz parte da
trilogia das cores, do diretor
Peças
masculinas
Não foram apenas as
roupas femininas que chamaram atenção na 2ª edição do Fashion Bus. Apesar de estarem em número
menor, as peças masculinas
também puderam ser apreciadas pelo público. A estudante de moda da Faesa e
criadora de uma peça masculina, Rafaela Figueredo,
20 anos, contou o porquê da
Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES - Tendências
sempre bem-vestido e curte
novidades.
A 2ª edição do Projeto
Fashion Bus foi bem aceita
pelo público, despertando a
curiosidade e a vontade de obter mais informações, além da
apreciarem os modelos. Para
os estudantes do curso de
Design de Moda, o projeto foi
muito importante para terem
um trabalho exposto, conquistando mais credibilidade.
Kieślowski”. Mayari Jubini, 18,
estudante de moda.
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Luz del Fuego
“O look tem como foco a
dançarina Luz delFuego, uma
das primeiras naturalistas
do Brasil e, também, por ter
um casal de jibóias, Cornélio
e Castorina. Os recortes e as
estampas fazem alusão às jibóias que eram companheiras de dança. Os tecidos leves
e transparentes transmitem o
naturalismo tão admirado por
Luz delFuego, trazendo como
inspiração o corpo feminino.
Remetem também ao estilo
da época da dançarina”. Mayla
Bulhões, 19, estudante.
Luz del Fuego:
A dançarina ficou
conhecida por ser
uma das primeiras
naturalistas do Brasil.
Mayla Bulhões
escolha: “Eu escolhi fazer
uma peça masculina, pois
no Vitória Moda optei por
fazer uma peça feminina.
Agora, eu queria me testar
como designer, fazendo uma
peça masculina”.
Setembro de 2013 >>> 7
VIAGEM
Fotos: Beatriz Dessaune
BUENOS AIRES >>> A capital da Argentina tem clima europeu, um povo acolhedor e uma ótima
culinária. Oferece, também, uma diversidade de atrações culturais e belos pontos turísticos
‘Nosotros’ na terra dos ‘hermanos’
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A Plaza de Mayo (ou
Praça de Maio) é um
ponto de grande
importância na história
da Capital Argentina. E
foi nessa Praça que se
deu início ao processo
de Independência da
Argentina em 1810
A aluna viajou à Argentina para
fazer turismo. Aproveitou a
oportunidade e produziu o
conteúdo jornalístico para o
Jornal Tendências
8 >>> Setembro de 2013
Beatriz Dessaune (6° Per.)
[email protected]
>>> Quando alguém pergun-
ta o que vem à cabeça quando
falam da Argentina, a maioria
com certeza responde futebol
e tango. Apesar da identidade do País estar marcada por
esse esporte e essa música,
nossos vizinhos não se limitam a isso. Hoje, os “hermanos” têm a oferecer muito
ao povo brasileiro. E Buenos
Aires, cantada em versos e
prosas, é o destino favorito de
muitos brasileiros, pois a cidade reúne boa parte da cultura do povo da Argentina.
A capital da Argentina possui um ar europeu que não é
comum entre as demais cidades importantes da América
Latina. Além disso, os bairros
oferecem uma vasta diversidade de atrações e pontos
turísticos. Desde La Boca a
Puerto Madero, passando por
San Telmo, Palermo e Recoleta. Buenos Aires consegue
juntar toda a cultura, todos
os costumes, toda a culinária
e toda a identidade do povo
argentino.
Há histórias em todos os
cantos da cidade. Da época
de La Prata até o governo de
Cristina Kirchner, inúmeras décadas se passaram. Apesar disso, a
história da Argentina
permanece em cada
canto do território,
principalmente na capital. As paredes de
certas construções remetem tempos difíceis
ou até, então, de glória.
Até o cenário da política do povo argentino se
modificou, mas continua por
registrar marcas de um passado turbulento.
A Plaza de Mayo (ou Praça
de Maio) é um ponto de grande importância na história
da Capital Argentina, tendo
no entorno edificações marcadas por inúmeros anos de
questões políticas, econômicas, sociais e culturais do
País. E foi nessa Praça que
se deu início ao processo de
Independência da Argentina
em 1810. Além disso, também é o local onde se reúnem
as chamadas Mães da Praça
de Maio que tiveram os filhos
desaparecidos durante a ditadura militar.
Quanto à história do País, a
maioria dos argentinos destaca como momento triunfal
do povo o governo de Juan
Domingo Perón, que esteve no poder na Argentina
de 1946 a 1955 e depois de
1973 a 1974. Os primeiros
anos no poder, antes de ser
exilado em um golpe militar,
foram marcados pela luta a
favor do povo, tendo ao lado
a esposa Eva Perón.
A figura carismática de Evita foi e continua sendo símbolo do Peronismo, período
histórico em que ajudou o
País a entrar em uma época
de prosperidade. Eva faleceu
aos 33 anos, vítima de câncer de útero. Manifestações
artísticas por toda a cidade
mostram que Evita é querida na Argentina. O mausoléu
onde está enterrada é o mais
visitado do Cemitério da Recoleta.
Artes
Buenos Aires respira arte
em todos os cantos. Passeando pelas ruas e pontos de
grande atração turística, os
visitantes possuem garantia
de que vão se surpreender
com o que encontrarão pela
frente. Chegando ao bairro La
Boca, o visitante já encontra o
Caminito, uma rua projetada
para abrigar um pedaço generoso da arte do País. Esse
local recebeu esse nome em
homenagem ao famoso tango
composto por Juan de Dios
Filiberto, artista boquense
de grande nome na história
cultural da Argentina. Quem
visita pela primeira vez se
surpreende tanto pelas pequenas edificações de cores
fortes que são símbolo do
lugar, como, também, pelas
pinturas que são “ganha-pão”
de pequenos artistas de La
Boca.
O bairro da Recoleta é
contrapondo à imagem
suburbana de La Boca. Na
Recoleta a riqueza dos habitantes é predominante.
Carrega também uma fartura cultural. A Recoleta é
um bairro marcado pelas
famílias mais tradicionais
do País, tendo construções
de grande destaque: mansões e estátuas que remetem
à arte neoclassicista. É nesse
bairro que encontramos a
Biblioteca Nacional, o Museu de Belas Artes, a Basília
de Nossa Senhora de Pilar, o
Centro Cultural da Recoleta,
entre outros atrativos.
Puerto Madero é um bairro
novo de Buenos Aires. Uma
área recuperada do antigo porto da cidade e que se
transformou num excelente
centro gastronômico. O ambiente é agradável e com vista para os diques do Rio de la
Plata. No local há a “Ponte da
Mulher”, que é uma atração
pela bela arquitetura.
Em Palermo, um dos maiores bairros e o mais “verde”
de Buenos Aires, o lugar é
cheio de praças, parques, lagos, jardins e muitas árvores
nas ruas e avenidas. O local é
ideal para caminhadas, fazer
piqueniques e apenas descansar. O elegante bairro de
San Telmo também não pode
ficar de fora. Aos domingos,
acontece a famosa feira de
antiguidades e curiosidades.
Há, ainda, várias lojas de antiquários e galerias de arte. O
bairro é boêmio, charmoso e
tem ótimas opções de bares,
cafés e restaurantes.
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Buenos Aires consegue
juntar a cultura, os
costumes, a culinária
e toda a identidade do
povo argentino
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Tendências - Jornal-laboratório do curso de Jornalismo da Faesa - Vitória/ES