Livro da ACCC – 10 anos – versão web
Transcrição
Livro da ACCC – 10 anos – versão web
OS DEZ ANOS DA ACADEMIA CATARINENSE DE CIÊNCIAS C O N TÁ BE I S APOIO No fim das contas, é da vida que falamos Quem pensa que a Contabilidade se resume a contar dinheiro está enganado. Quem acha que as Ciências Contábeis apenas medem o fluxo financeiro, alheias ao que ele representa, também não conhece a profissão. Qualquer Contador sabe que por trás de todas aquelas planilhas e balanços, de todos aqueles indiscutíveis números estão pessoas, emoções, esperanças, alguns projetos de futuro que falham, outros que são bem sucedidos. Todos os Contadores sabem que, no dia-a-dia da função, os números são o que menos importa, já que o resultado final é a vida das pessoas. Por perceber essa grande importância que têm as Ciências Contábeis, há tempos observava que, em Santa Catarina, precisávamos valorizar a história e as tradições que formaram as bases da Contabilidade no Estado. QUANDO SURGIU ENTRE COLEGAS contemporâneos da Academia Brasileira de Ciências Contábeis a ideia da criação da Academia Catarinense, percebi que era o que precisávamos para conceder o devido valor à Contabilidade de Santa Catarina. Conforme minha memória e de acordo com os registros históricos, a ideia inicial para viabilizar a institucionalização da Academia Catarinense de Ciências Contábeis surgiu da participação dos Professores Flávio da Cruz e Lindomar Antonio Fabro na reunião anual, Wanderlei Pereira das Neves PRESIDENTE GE STÃO DE 2 0 1 2 / 2 0 1 3 exercício de 2002, da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, realizada na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, em São Paulo, na ocasião em que a mesma comemorava o seu centenário. Inicialmente foram realizados contatos e intercâmbio de informações, de experiências vivenciadas e obtidos modelos de Estatuto e Regimento, que foram repassados para uma equipe composta pelos Professores Sílvio Lehmkuhl Meyer, Nélio Herzmann, João Carlos de Carvalho; por funcionários do Conselho Regional de Contabilidade e do Departamento de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina. Para a composição do quadro de acadêmicos foram estabelecidas algumas diretrizes que deveriam nortear o processo, dentre as quais: a) compor uma representação pluralista ao longo do território catarinense como um todo, procurando fugir da exclusividade da capital do Estado; b) não ficar restrito a uma composição machista e centralista; c) valorizar diferentes faixas etárias e dar um sentido histórico de reconhecimento a personalidades sociais da área profissional; d) buscar, com o tempo, autonomia administrativa e condições patrimoniais próprias. A data de 22 de setembro, escolhida por consenso para a fundação da academia, marca o início do primeiro curso de Contabilidade considerado de nível superior no Brasil. Depois de instituída a entidade, com a agregação de bacharéis em Ciências Contábeis residentes nas cidades de Blumenau, Chapecó, Criciúma, Florianópolis, Joinville, Tubarão e São Miguel do Oeste, foi constituída uma Comissão composta por Calixto Fortunato Loss, Elias Fernandes Eufrásio e Nélio Herzmann, que ficou encarregada de fazer as adaptações entre o modelo definitivo que deveria ir a registro cartorial, já adaptado ao Novo Código Civil Brasileiro (lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002). Feitas as adaptações, no dia 19 de dezembro foi realizada a Assembleia Geral que aprovou o Estatuto Social, registrado no Cartório de Registros Civil de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, situado na Rua Vidal Ramos, nº 53, sala 106, Edifício Cristal Center, no município de Florianópolis - Santa Catarina, pelo protocolo 192100, do livro 30 A, sob o nº 186.423 no Livro B 406, às folhas 241, no dia 31 de janeiro de 2004. A valorização da profissão de Contador, a discussão de perspectivas e de novas tecnologias, o incentivo às atividades acadêmicas e à divulgação científica encontram na Academia Catarinense de Ciências Contábeis o abrigo que eu havia sonhado. Para mim, é uma imensa honra participar desta entidade e um prazer conviver com meus colegas acadêmicos, estes que estão entre os mais importantes e experientes Contadores catarinenses. Sumário A E N T I DA D E Origem Objetivos Galeria de diretorias AC A D Ê M I C O S Atuais integrantes Antônio Adolpho Maresch Ardinete Rover 3 Calixto Fortunato Loss 4 Carlos Passoni Junior 5 Dirceu Paulo do Nascimento 6 Dourival Giassi 7 Eli Oliveira de Souza 8 Elias Fernandes Eufrásio 9 Flávio da Cruz 10 Francisco Antônio Zanon (in memoriam) 11 Guilherme Júlio da Silva 12 Ieda Margarete Oro 13 Ilse Maria Beuren 14 João Carlos dos Santos 15 Joceli José Coelho 16 José Nilton Junckes 17 Juarez Domingues Carneiro 18 Lindomar Antônio Fabro 19 Luciano Rosa 20 Manfredo Krieck 21 Nélio Herzmann 22 Nilson José Göedert 23 Nilton Hausmann 24 Nivaldo João dos Santos 25 Oldoni Pedro Floriani 26 Rainoldo Uessler 27 Rubens Diniz (in memoriam) 28 Sérgio Faraco 29 Silvio Lehmkuhl Meyer 30 Valério Matos 31 Waltamir Barreiros 32 Wanderlei Pereira das Neves 9 10 11 15 1 16 2 18 E S TAT U T O E R E G I M E N T O Estatuto Social Regimento interno 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70 72 74 76 78 83 90 A ENTIDADE O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S Origem A Academia Catarinense de Ciências Contábeis foi fundada no dia 22 de setembro de 2003, em assembleia realizada no auditório do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC). Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento das Ciências Contábeis e estimular o aperfeiçoamento técnico-cultural dos profissionais da contabilidade, assumiram 32 membros, escolhidos por terem reconhecido saber e pelos serviços prestados à classe. Pioneiros Membros fundadores da ACCC por ordem alfabética »» Antônio Adolpho Maresch »» Ardinete Rover »» Calixto Fortunato Loss »» Carlos Passoni Júnior »» Dirceu Paulo do Nascimento »» Dourival Giassi »» Eli Oliveria de Souza »» Elias Fernandes Eufrazio »» Flávio da Cruz »» Francisco Antônio Zanon (falecido) »» Guilherme Júlio da Silva »» Ieda Margarete Oro »» Ilse Maria Beuren »» João Carlos dos Santos »» Joceli José Coelho »» José Nilton Jünckes »» Juarez Domingues Carneiro »» Lindomar Antônio Fabro »» Luciano Rosa »» Manfredo Krieck »» Nélio Herzmann »» Nilson José Goedert »» Nilton Haussmann »» Nivaldo João dos Santos »» Oldoni Pedro Floriani »» Rainoldo Uessler »» Rubens Diniz (falecido) »» Sergio Faraco »» Silvio Lehmkuhl Meyer »» Valério José de Matos »» Waltamir Barreiros »» Wanderlei Pereira das Neves 9 10 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S Objetivos A troca de experiências, o registro histórico, o aperfeiçoamento técnico, científico e profissional das Ciências Contábeis, a divulgação da sua importância para todas as atividades humanas e, acima de tudo, a colaboração para o desnvolvimento do País. Eram estas as ideias que conduziram a fundação da ACCC. Conforme o Estatuto, a Academia, enquanto instituição de caráter científico e cultural, tem como objetivos e finalidades: I Congregar pessoas de saber reconhecido no meio contábil – acadêmico; II Promover o desenvolvimento científico e cultural das Ciências Contábeis; III Estimular o aperfeiçoamento técnico-científico e cultural dos profissionais das Ciências Contábeis; IV Estimular a integração do conhecimento contábil e de pessoas do meio contábil com outras áreas de conhecimento e pessoas de outros meios profissionais; V Fomentar a difusão científica do conhecimento contábil; e, VI Contribuir para a educação e o bem-estar social do país. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S Galeria de diretorias A diretoria atual foi eleita em 19 de setembro de 2011, com mandato de dois anos, reeleita em 24 de outubro de 2013, tendo como integrantes os acadêmicos: Wanderlei Pereira das Neves DI R E TOR- P R E SI DE N T E Flávio da Cruz D I R E T O R - S E C R E TÁ R I O Lindomar Antonio Fabro DI R E TOR- T E S OU R E I R O Sérgio Faraco D I R E T O R D E R E L AÇ Õ E S C O M A C O M U N I DA D E C O N TÁ B I L José Nilton Junckes D I R E T O R D E PAT R I M Ô N I O Silvio Lehmkuhl Meyer, Eli Oliveira de Souza, Nivaldo João dos Santos (TITULARES) Elias Fernandes Eufrásio (SUPLENTE) CONSELHO FISCAL 11 12 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S Diretorias anteriores Flávio da Cruz PRESIDENTE ENTRE 05/2009 E 08/2011 Manfredo Krieck PRESIDENTE ENTRE 12/2005 E 04/2009 Flávio da Cruz PRESIDENTE ENTRE 12/2003 E 12/2005 Primeira diretoria, eleita após aprovação do Estatuto da Entidade DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA Luciano Rosa (Dir. Secretário), Lindomar Antonio Fabro (Dir. Tesoureiro), José Nilton Junckes (Dir. de Patrimônio), e Nivaldo João dos Santos (Dir. de Relações com a Comunidade Contábil). O Conselho Fiscal era composto pelos Contadores Silvio Lehmkuhl Meyer, Rubens Diniz, Elias Fernandes Eufrásio e Manfredo Krieck (Suplente). DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA Eli Oliveira de Souza (Dir. Secretário), Oldoni Pedro Floriani (Dir. Tesoureiro), Wanderlei Pereira Neves (Dir. de Patrimônio) e Sergio Faraco (Dir. de Relações com a Comunidade Contábil). O Conselho Fiscal era formado por Lindomar Antonio Fabro, Silvio Lehmkuhl Meyer, Rainoldo Uessler e Rubens Diniz. Durante esta gestão, foi criado um acervo com livros e artigos publicados pelos acadêmicos, de incentivo à produção científica na área da Ciência Contábil DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA João Carlos dos Santos (Dir. Secretário), Lindomar Antonio Fabro (Dir. Tesoureiro), Sergio Faraco (Dir. de Relações com a Comunidade Contábil) e Nélio Herzmann (Dir. de Patrimônio). O Conselho Fiscal era formado por Silvio Lehmkuhl Meyer, Rainoldo Uessler, Rubens Diniz e Manfredo Krieck. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S Acadêmicos 13 Na foto da página anterior, integrantes da ACCC reunidos nas dependências do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S Atuais integrantes Os acadêmicos que constituem a ACCC, todos fundadores da instituição, são os seguintes: 1 Antonio Adolpho Maresch 17 Juarez Domingues Carneiro 2 Ardinete Rover 18 Lindomar Antonio Fabro 3 Calixto Fortunato Loss 19 Luciano Rosa 4 Carlos Passoni Junior 20 Manfredo Krieck 5 Dirceu Paulo do Nascimento 21 Nélio Herzmann 6 Dourival Giassi 22 Nilson Jose Goedert 7 Eli Oliveira de Souza 23 Nilton Hausmann 8 Elias Fernandes Eufrásio 24 Nivaldo Joao dos Santos 9 Flavio da Cruz 25 Oldoni Pedro Floriani 10 Francisco Antonio Zanon (falecido) 26 Rainoldo Uessler 11 Guilherme Julio Da Silva 27 Rubens Diniz (falecido) 12 Ieda Margarete Oro 28 Sergio Faraco 13 Ilse Maria Beuren 29 Silvio Lehmkuhl Meyer 14 João Carlos dos Santos 30 Valério Jose de Matos 15 Joceli Jose Coelho 31 Waltamir Barreiros 16 Jose Nilton Junckes 32 Wanderlei Pereira das Neves 15 16 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 1 Antônio Adolpho Maresch Só o amor e a solidariedade podem construir alguma coisa. É preciso reconhecer em cada pessoa os seus valores positivos.” Antônio Adolpho Maresch é Contador, bacharel em Ciências Econômicas e pós-graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau (Furb). É professor aposentado pela Unoesc (Universidade do Oeste de Santa Catarina) e membro do Conselho de Administração da Fundação dessa instituição (Funoesc). Desenvolve atividade de perito contábil nas diversas varas da Justiça Estadual e Federal, na circunscrição de Joaçaba, além de oferecer consultoria contábil, fiscal e econômico-financeira. É tradutor de português-alemão e alemão-português. Raízes Antônio Adolpho Maresch nasceu em agosto de 1929, filho de imigrantes europeus, na Linha Santo Antônio do Caraguatá, distante cerca de oito quilômetros da sede do atual município de Joaçaba. A ligação com a cidade era feita por uma precária estrada de terra. Engenheiro agrônomo, o pai era austríaco, o que rendeu a Antônio dupla nacionalidade. A mãe, de nacionalidade alemã, era enfermeira. O casal chegou ao local em 1928, começando ali, em meio à mata ainda virgem, a desenvolver atividades agrícolas. Com grande espírito empreendedor, o pai acabou se dedicando, de forma pioneira, à fruticultura de clima temperado, após pesquisar as variedades que melhor se adaptavam às condições climáticas da região do Meio-Oeste catarinense. Empenhou-se também no cultivo de hortaliças. Ao atingir a idade escolar, Antônio Adolpho Maresch passou a frequentar a escola primária local, durante um período do dia. No outro, ajudava os pais nas lides da lavoura e executava as tarefas da escola. Em 1943, prestou o exame de admissão para o ginásio, procedimento então obrigatório. A aprovação no exame representou uma grande vitória para o menino, egresso de um estabelecimento de ensino rural, e abriu-lhe as portas do Ginásio Frei Rogério, dos Irmãos Maristas, em Joaçaba, onde estudou em regime de internato por quatro anos. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Aos 17 anos, retornou à casa paterna para ajudar no cultivo de frutas e hortaliças. Três anos depois, incompatibilidades com o pai levaram Antônio Adolpho Maresch a se mudar para Joaçaba, onde ingressou na recém-inaugurada agência da Caixa Econômica Federal, na função de caixa. O emprego lhe permitiu frequentar o curso noturno do Colégio Comercial Frei Rogério, formando-se Técnico em Contabilidade em 1955. Formação Acadêmica Antônio Adolpho Maresch é formado em Ciências Econômicas e em Ciências Contábeis, ambos os cursos pelo Instituto de Ciências Sociais do Paraná, em Curitiba. Pós-graduado em Ciências Contábeis, pela Furb, no ano de 1980. Atividade Profissional Trabalhou na Caixa Econômica Federal, agência de Joaçaba, durante quase oito anos. Depois de sair da instituição, em 1957, foi corretor de imóveis por um curto período de tempo, até abrir em 1959 a empresa Escritório Juridicontábil, da qual foi sócio-fundador, diretor e responsável técnico até o ano de 2005. De 1973 a 1978, também trabalhou como diretor administrativo da fábrica de máquinas agrícolas Triton S.A., de Luzerna, e de 1981 a 1993, como gerente administrativo da fábrica de embalagens de papel e plástico Incoplastic, em Joaçaba. De 1965 até hoje, desenvolve atividades de consultoria contábil, fiscal e econômico-financeira, bem como de perícia contábil nas Justiças Estadual e Federal, e faz traduções de textos do alemão para o português e vice-versa. Magistério Lecionou Latim e Inglês, no Colégio Cristo-Rei, das Irmãs Salvatorianas, e Inglês e Contabilidade, no Colégio Comercial Joaçabense, ambos em Joaçaba. Como professor universitário, lecionou por 30 anos na, hoje, Unoesc, campus Joaçaba. No curso de Administração, foi responsável pelas disciplinas de Estrutura e Análise de Balanço (I e II), Análise de Custo e Administração Financeira e Orçamentária (I e II). Já no curso de Direito, ministrou Contabilidade para não Contadores. Em Ciências Contábeis, foi responsável pelas cadeiras Estrutura e Análise de Balanço (I e II), Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Contabilidade Comercial ou Intermediária, Administração Financeira e Orçamentária (I e II), Orçamento Empresarial, Laboratório Contábil e Trabalho de Conclusão de Curso (orientador). Coordenou o curso de Ciências Contábeis de 1988 a 1993. Atividades Comunitárias Presidente, de 1950 a 1962, da Associação Rural de Joaçaba, entidade sem fins lucrativos, que tinha por objetivo congregar agricultores e pecuaristas da região de Joaçaba, provendo-os – a preço de custo e isenção de impostos – de insumos e medicamentos agropecuários básicos, equipamentos e máquinas. No período de 1977 a 1986, Antônio Maresch foi diretor-geral da Fundação Educacional Oeste de Santa Catarina, hoje denominada Fundação Universidade do Oeste de Santa Catarina (Funoesc), mantenedora, na época, da Faculdade de Administração e Faculdade de Pedagogia e Estudos Sociais. Presidiu o Conselho Curador da instituição (1987 a 1992) e, atualmente, é membro do Conselho de Administração. Homenagens No período de 1976 a 2005, foi homenageado por inúmeras turmas de formandos, como paraninfo, patrono, nome de turma e amigo de turma. Em 2005, recebeu o troféu “Contabilista Empreendedor” na 24ª Convenção dos Contabilistas de Santa Catarina (Contesc). Em 12/12/2012, foi agraciado com o prêmio “Destaques da Contabilidade 2012”, em solenidade realizada no CRCSC. C O N TATO (49) 3522-1233 | [email protected] 17 18 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 2 Ardinete Rover O maior valor de minha vida: minha família, base sólida e forte, que me faz ser mais humana e comprometida com o outro na sociedade.” Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Contadora Ardinete Rover é professora na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), campus de Joaçaba, de disciplinas ligadas às áreas Contábil e de Gestão. Além de docente, é pesquisadora, função que exerce desde a graduação. Atua também na Educação a Distância da instituição, como Coordenadora do Curso Superior em Processos Gerenciais e como professora nas disciplinas Metodologia Científica e da Pesquisa. É autora do livro Diretrizes para Elaboração de Trabalhos Científicos, publicado pela Editora Unoesc em 2007, com edição atualizada em 2013. Na área Contábil, o foco de sua pesquisa é a relação entre os egressos do Curso de Ciências Contábeis da Unoesc, Campus Joaçaba e o mercado de trabalho, tema que já rendeu três trabalhos, reunindo dados desde a formação da primeira turma, em 1989, até os formandos de 2005. Entre 2013 e 2014, nova pesquisa sobre o tema está sendo realizada. Raízes Natural de Herval d’Oeste, pequena cidade do Meio-Oeste catarinense, Ardinete Rover nasceu em uma família relativamente grande (possui cinco irmãos) e humilde. Estudou até a quarta série na Escola Isolada Santa Luzia, na vila de Barra Verde. A partir da quinta série, passou a estudar na Escola de Educação Básica Melo e Alvim. As dificuldades financeiras nessa época foram muitas. Somente quando começou o ensino médio – Curso Técnico em Contabilidade realizado no Colégio CNEC – teve a oportunidade de ganhar o primeiro tênis de verdade, Olimpikus, branco e de couro; nessa época, passou a morar na cidade. Aplicada, teve um bom desempenho nos estudos e, a partir do ensino médio, dedicou-se à área contábil. Trajetória profissional Aos 13 anos, atendendo a um desejo do pai, fez um estágio voluntário de cinco meses num escritório local, sendo, após, imediatamente contratada. Dessa experiência surgiu o gosto pela área contábil. Trabalhando principalmente na parte fiscal, veio a coordenar esse setor da empresa, enquanto cursava o ensino médio – Técnico em Contabilidade. Depois de três anos, surgiu a oportunidade de trabalhar em uma empresa maior, como responsável pela Contabilidade do setor pessoal e do controle financeiro. Neste segundo emprego permaneceu por mais de doze anos. Concluiu, durante esse período, o curso de Ciências Contábeis e a espe- O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS cialização em Contabilidade Gerencial e Finanças. Quando foi convidada para trabalhar na Unoesc, mesmo para exercer uma função de menor importância e remuneração, aceitou prontamente, diante da perspectiva de crescimento profissional. Assumiu na universidade a função de secretária do Departamento de Ciências Contábeis do qual, depois de três anos, passou a ser um dos docentes, atuando, durante seis anos, como coordenadora do curso. Nesta função, firmou várias parcerias com o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC). Graças a elas, a Unoesc pôde oferecer diversos cursos, voltados à qualificação de profissionais e de alunos da região, e oferecer duas turmas especiais de Ciências Contábeis integradas exclusivamente por técnicos em Contabilidade, dispensando estes do tradicional exame vestibular. Magistério Superior Como secretária na Unoesc e já com uma das especializações concluída, enfrentou o primeiro desafio no magistério: lecionar a disciplina de Teoria da Contabilidade, oferecida pela primeira vez na instituição. Foi uma experiência muito importante, que marcou o início de sua trajetória como docente. Após aprovação no Mestrado em Administração, foi contratada como professora, atividade que exerce atualmente, ministrando várias disciplinas. O gosto pela leitura e pesquisa traduziu-se, também, em vários projetos de especialização que elaborou e coordena na universidade desde 2003, nas áreas de Auditoria e Controladoria, Custos Gerenciais, Gestão Financeira, entre outras. Trabalho Comunitário Ardinete Rover mantém um trabalho bastante expressivo junto à comunidade. Participa da Associação de Moradores e é membro da Associação São Vicente de Paula, que atua em projetos voltados a pessoas carentes. As ações incluem a distribuição de cestas básicas, visita às famílias e encaminhamento para o mercado de trabalho, realização de oficinas de bordado, tricô e de cozinha básica e a promoção de eventos como o Natal de Luz com Papai Noel e o Dia das Crianças. Formação Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (2000), Ardinete Rover possui especializações em Contabilidade Gerencial e Finanças (1995) e Recursos Humanos (2000) pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. Formou-se em Ciências Contábeis na Universidade do Oeste de Santa Catarina (1993). Produção científica É autora do livro Diretrizes para Elaboração de Trabalhos Científicos, publicado pela Editora Unoesc em 2007, com edição atualizada em 2013. Na área Contábil, o foco na pesquisa é a relação entre os egressos do Curso de Ciências Contábeis da Unoesc – Campus Joaçaba – e o mercado de trabalho, tema que já foi alvo de três pesquisas que reúnem dados coletados entre os integrantes da primeira turma, de 1989, até entre os formandos de 2005. Entre 2013 e 2014, nova pesquisa sobre o tema que está sendo realizada. Outras informações Elaborou e coordenou projetos como o Curso Superior Sequencial da Micro e Pequena Empresa e o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial, os quais muitos dos alunos há muito tempo não estudavam, o que contribuiu para o desenvolvimento de negócios e da região. Pela marcante atuação no Curso de Ciências Contábeis, é homenageada todos os anos nas formaturas. Hoje, além de docente e pesquisadora, atua como assessora da coordenação curso. Na adolescência, foi catequista na sua comunidade, atividade a que se dedicou por mais de dez anos; no início, os alunos eram até mais velhos que ela, mesmo assim, sempre foi respeitada. Manifestava-se, já nessa época, a vocação de dedicar parte do seu tempo a outras pessoas, o que a faz participar, até hoje, de trabalhos voluntários. C O N TATO (49) 9995-0114 | [email protected] 19 20 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 3 Calixto Fortunato Loss Todos os movimentos de planejar, pensar, raciocinar... são muito importantes, mas agir é imprescindível.” F R A SE C R IA DA P OR C A L I X TO, Q U E SE RV I U D E I N SP I R AÇ ÃO PA R A A DE F I N IÇ ÃO DA M I S S ÃO D E SUA E M P R E S A . Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Comunitária Regional do Oeste de Santa Catarina Unochapecó, então Centro de Ensino Superior da Fundeste, Calixto Fortunato Loss ocupa atualmente o cargo de diretor da Hectra Negócios Contábeis SS Ltda, empresa que atua nas áreas contábeis e de administração de empresas. Possui algumas especializações em áreas da Contabilidade e mestrado em Administração, pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professor titular e dirigente universitário há 16 anos, atuando em cursos de graduação e pósgraduação. Atua, ainda, como perito Contador (judicial e extrajudicial). Integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico do Município de Chapecó, sendo membro da Assembleia Geral da Fundação Universitária do Desenvolvimento do Oeste (Fundeste), entidade mantenedora da Unochapecó. Raízes Calixto Fortunato Loss nasceu em Chapecó/SC, no dia 11 de dezembro de 1964, sendo o quarto dos cinco filhos de Ruy (in memoriam) e Sylvia. De família menos favorecida economicamente, aos 10 anos já participava das atividades agrícolas desenvolvidas pelos pais no interior do município. Antes de se mudar para a cidade de Chapecó, aos 14 anos, trabalhou em uma serraria em que o pai era capataz. Ainda não tinha 16 anos quando – após conseguir seu primeiro trabalhado formal como faxineiro em uma oficina de tratores agrícolas – ingressou no Colégio de Formação Marista, como interno. Nessa escola, ficou por três anos, até ser recrutado para o Serviço Militar, no ano de 1983, em Brasília/DF, no Batalhão da Guarda Presidencial – BGP. De volta a Chapecó, concluiu os estudos de segundo grau e se tornou funcionário público federal no Ministério da Agricultura. Carreira No Ministério da Agricultura, como Agente Administrativo, exerceu as atividades de coordenador administrativo da Unidade Regional, localizada em Chapecó. Era ainda acadêmico do curso de Ciências Contábeis, quando passou em processo seletivo para a área de Contabilidade da Sadia S.A. Desencantado com o serviço público, aceitou o novo desafio e, antes mesmo de concluir a graduação, já atuava como analista contábil e assessorava a direção da O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS empresa. Foram 10 anos de vínculo com a Sadia, período em que desempenhou atividades estratégicas – como a avaliação e recepção de empresas e marcas adquiridas –, chegando a ser o responsável pelo plano de investimento da empresa. Nesse intervalo, tornou-se especialista em Patrimônio Empresarial, condição que lhe rendeu convite para assumir a área de Patrimônio da Cooperativa Central Oeste Catarinense Ltda – Aurora, como gestor da construção da planta industrial frigorífica mais moderna na época. Foram dois anos nesta empresa, até que, em 1992, ingressou como docente titular na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), campus Chapecó (atual Unochapecó), onde já lecionava como professor convidado havia dois anos. Atividade Privada Doze anos de trabalho na Sadia S.A. e na Cooper Aurora contribuíram em muito para o sucesso nas atividades de gestor universitário na Unochapecó, que se estenderam por nove anos: três anos na função de coordenador Administrativo Financeiro da instituição e seis anos como diretor de Centro. Também exerceu a atividade de auditoria e de coordenador do Curso de Ciências Contábeis. Como coordenador Administrativo Financeiro, por diversas oportunidades assumiu interinamente o cargo de Vice-Reitor (na época pró-reitor). Desde sua vinculação efetiva à Universidade, vem ocupando diversas cadeiras em colegiados e conselhos, tendo sido um dos responsáveis pela modernização dos processos de gestão da instituição, participando da cisão do Campus Chapecó da então Unoesc, que resultou na criação da atual Unochapecó. Formação acadêmica Logo após a graduação em Ciências Contábeis, Calixto realizou vários cursos de aperfeiçoamento e dois cursos de pós-graduação lato sensu, ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o primeiro em Contabilidade Gerencial e o segundo em Planejamento Tributário. Em 2001, concluiu o curso de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado, também na UFSC. Empreendedor Depois de sair da Cooper Aurora, abriu uma empresa de prestação de serviços na área da Contabilidade, inicialmente focada em atividades típicas de escritório deste setor. Com o passar dos anos, a empresa se modernizou e hoje atua nas áreas de assessoria empresarial e planejamento tributário. Na Hectra Negócios Contábeis SS Ltda. tem como sócio o Contador Kermis Marins Silva e uma equipe de quase 20 colaboradores. Magistério Calixto é professor titular na Universidade Comunitária Regional de Chapecó – Unochapecó há quase 20 anos. Atua nos cursos de graduação em Ciências Contábeis, Administração, Economia, Engenharia Civil e Sistemas de Informações. Na pós-graduação, além da atividade como professor nas disciplinas de Contabilidade, Controladoria e Perícia, foi e é coordenador de diversos cursos. Tanto na graduação como na pós-graduação, já orientou inúmeros trabalhos de monografia e de conclusão de curso. Perícia O trabalho como Contador na atividade privada e sua experiência no magistério levaram Calixto à área de Perícia Contábil. Atuando há mais de 15 anos em trabalhos periciais judiciais e extrajudiciais, tem como maior vinculação os processos de falência e recuperação de empresas, avaliação e arbitragem patrimonial, tributária e causas cíveis, como recuperação de haveres, revisão de contratos e liquidação de sentença. C O N TATO (49) 8801-4243 | [email protected]. 21 22 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 4 Carlos Passoni Junior A carreira na Contabilidade está alicerçada em muito estudo, muito trabalho e responsabilidade, apoiada numa boa rede de relacionamentos.” Formado em Contabilidade e Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carlos Passoni Junior atuou na iniciativa privada, com destaque para a Coca-Cola, onde foi Contador e diretor financeiro. Presidiu o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) durante quatro anos e ocupou outros importantes cargos públicos. Sua carreira na vida pública foi tão inspiradora que lhe faz pensar em escrever um livro sobre sua trajetória nos governos Colombo Sales (1971-1975), Konder Reis (1975-1978), Jorge Bornhausen/ Henrique Córdova (1978-1983) e Esperidião Amin (1983-1987). Dedica-se, desde 1966, ao ensino superior e, atualmente, coordena cursos de pós-graduação em duas universidades. Foi patrono ou paraninfo de mais de 20 cursos de graduação na UFSC e na Esag/Udesc. Raízes Carlos Passoni Junior nasceu em 31 janeiro de 1934, em Ponta Grossa, Paraná, e começou a conhecer o sudoeste e o sul do país logo cedo. Até os 17 anos morou no interior de São Paulo, em Curitiba, Joinville e Blumenau. As mudanças constantes se davam porque seu pai – gerente da Singer – era transferido com frequência. Nesse período, contou com o apoio da família, base de sua boa formação escolar. Em 1951 chegou a Florianópolis, onde alicerçou sua vida profissional e continuou seus estudos, ingressando no curso de Técnico em Contabilidade na Academia do Comércio de Santa Catarina. Aliando livros à prática, exerceu o cargo de tarefeiro – como, então, eram chamados os estagiários – na Caixa Econômica Federal. Por influência de professores, a decisão de seguir a carreira contábil aconteceu nesse período. Aos 19 anos, dando início à trajetória no setor privado, já trabalhava em Contabilidade em uma loja de eletrodomésticos na capital catarinense. Formação acadêmica Graduado, em 1953, Técnico em Contabilidade pela Academia de Comércio, Passoni ingressou no curso de Economia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Na mesma instituição também frequentou o curso de Ciências Contábeis, acumulando no currículo, em 1966, mais uma graduação. Na década de 70, conquistou o título de Bacharel em Administração, também pela UFSC. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Vida profissional Magistério Depois de trabalhar como Contador em pequenas empresas, em 1969 entrou na multinacional Coca-Cola, em Florianópolis, na fábrica instalada no bairro José Mendes. Onze anos mais tarde – época em que a Coca-Cola chegou a Blumenau, Chapecó e Antônio Carlos –, foi requisitado para ficar à frente da direção financeira da Companhia. Em 1993, o grupo Vonpar de Porto Alegre assumiu o negócio, levando ao seu afastamento da empresa. Paralelamente ao trabalho em empresas privadas e públicas, dedicou-se ao magistério. Em 1966, foi aprovado no concurso para professor da Udesc/Esag (Universidade Estadual de Santa Catarina/Escola Superior de Administração e Gerência), em segundo lugar, e para professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em primeiro lugar. Da Esag, criada em 1966, foi professor fundador. Como professor universitário, ministrou as disciplinas Contabilidade e Análise de Balanços, tanto na UFSC quanto na Esag/Udesc. Em 1983, aposentou-se pelo Banco do Brasil e exonerou-se da UFSC, passando a voltar suas atenções apenas para a Esag, onde permaneceu na ativa até 1996. Nesse período foi diretor-geral da instituição por dois mandatos. De 1996 a 2005 coordenou cursos de pós-graduação, mesmo sem vínculo empregatício. Depois de 2006, desenvolveu a mesma atividade na Unica (Centro de Educação Superior, atual Faculdade Sociesc) e no Cesusc (Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina). Nestas três últimas instituições, Passoni Junior planejou e coordenou cerca de 50 cursos de pós-graduação. Foi o responsável pela pós-graduação MBA Executivo Internacional em Administração Global, na Única, e pela de Administração em Gestão de Negócios, no Cesusc. Contabilidade Pública Pensando em uma vida estável e em crescimento profissional, investiu em concursos públicos. Foi aprovado nos três concursos que prestou: dois para setores distintos do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários e um para o Banco do Brasil. Optou por atuar na instituição bancária. Na época, o governo disponibilizava certos profissionais que passavam em concursos federais para trabalhar em outras instituições públicas. Seguindo esta linha, em janeiro de 1955, ingressou no Banco do Brasil e, em março de 1971, foi requisitado pelo governo estadual para ser diretor do Besc, cargo que ocupou por quatro anos, e mais quatro como presidente da instituição. Estava à frente da estatal quando, em 1987, o governo Sarney decretou administração compartilhada em oito bancos oficiais de estados brasileiros, por conta da debilidade financeira dessas instituições. O processo aberto pelo Banco Central do Brasil, que promoveu ampla auditoria em todos os atos da gestão 1983 a 1987 do Besc, acabou sendo arquivado. Outro importante cargo ocupado por Carlos Passoni Junior na Contabilidade pública aconteceu na Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, órgão no qual foi secretário adjunto de Dieter Schmidt, no período de 1978 a 1983 – Governo Jorge Bornhausen/Henrique Córdova. Foi ainda diretor de operações do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc), de 1975 a 1978, no Governo Konder Reis. Publicações É coautor do livro Ensaios Sobre Economia Catarinense, com Alcides Abreu e Carlos Gevaerd, publicado no fim da década de 70. C O N TATO (48) 9982-8588 | [email protected] 23 24 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 5 Dirceu Paulo do Nascimento A Contabilidade para mim foi paixão à primeira vista.” Contador e pós-graduado em Contabilidade pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), é professor titular do Instituto Fayal de Ensino Superior (IFES). Antes, foi professor da Univali, instituição onde coordenou a implantação da disciplina Laboratório Contábil, como trabalho de conclusão de curso. É empresário contábil, com escritório em Itajaí. Raízes Dirceu Paulo do Nascimento nasceu em Itajaí, em 28 de dezembro de 1943. O primeiro trabalho marcou-o para toda a vida. Vindo de uma família de poucas posses, aos 14 anos foi trabalhar em um escritório de Contabilidade e gostou tanto que decidiu ser esta a atividade que gostaria de exercer por um longo período de tempo. Graças a uma bolsa de estudo, conseguiu concluir o curso Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica do Comércio de Itajaí e, com o diploma na mão, abriu o Escritório de Contabilidade Nascimento, que depois deu lugar à Organização Contábil Nasper e, mais tarde, resultou na DPN Serviços Contábeis, que dirige até hoje. Trajetória Profissional Em 1963, dois anos antes de constituir seu primeiro escritório, começou a trabalhar no Banco Nacional do Comércio (que depois se tornaria Sulbrasileiro, Meridional e, finalmente, Santander). Passados cinco anos, porém, decidiu pedir as contas, já que o escritório de Contabilidade, que mantinha em casa, lhe garantia uma remuneração quase três vezes superior à obtida como bancário. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Educação Outras atividades Como Itajaí não possuía curso de Ciências Contábeis, em 1978 começou a frequentar o curso na Furb, para um ano depois pedir transferência para Itajaí, na primeira turma de Ciências Contábeis oferecida pela então Fepese (hoje Univali). Em 1984, finalizou a pós-graduação em Contabilidade, pela Univali. Foi conselheiro do CRCSC de 1998 a 2007 e é sócio-fundador da Associação dos Contabilistas de Itajaí, entidade que deu origem, posteriormente, ao Sindicato dos Contabilistas (Sindicont) local. Exerceu os cargos de diretor e delegado para a Região de Itajaí do Sescon Santa Catarina (gestão 2005/2007). Magistério (47) 3348-8467 | [email protected] Assim que se formou, foi convidado pela então Fepese para dar aula no curso de Ciências Contábeis, como professor de Contabilidade Comercial e Geral e, mais tarde, de Fiscal e Tributária. Entrou na condição de substituto, mas em pouco menos de dois anos, já tinha sido efetivado. Seu maior orgulho foi o de ter sido o idealizador e responsável pela implantação da disciplina Laboratório Contábil, como trabalho de conclusão de curso. Nela os estudantes precisam colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo do curso e montar uma empresa e todos os seus serviços. Dessa forma, o Contador Dirceu Paulo do Nascimento pôde praticar o que bem conhecia: o fazer contábil, pois sempre foi um profissional mais dedicado a ensinar como as tarefas devem ser executadas do que a refletir sobre o saber contábil. Em julho de 2004, após deixar a Univali, passou a exercer o cargo de professor titular do Instituto Fayal, nas disciplinas de Elaboração das Demonstrações Financeiras e Contabilidade Imobiliária. C O N TATO 25 26 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 6 Dourival Giassi A profissão escolhida não define o caráter da pessoa, mas é o caráter da pessoa que determina sua conduta profissional.” Bacharel em Ciências Contábeis (1987) pela Escola Superior de Ciências Contábeis e Administrativas (ESCCA), Licenciado em Desenho e Plástica (1978) pela Faculdade de Ciências e Educação de Criciúma (Faciecri), ambas incorporadas, em 1997, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) mantida pela Fundação Educacional de Criciúma (Fucri), Dourival Giassi é professor do Curso de Ciências Contábeis da referida Universidade. É mestre em Gestão de Negócios e Formação Profissional Latino-americana (1999) pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais (UCES) da Argentina. Raízes Dourival nasceu em 21 de maio de 1951, na localidade rural denominada São João, pertencente ao município de Criciúma, onde reside. De origem humilde, neto de Luiz Giassi e Bárbara Piazzolli, ambos imigrantes italianos com parcos recursos e que tiveram muitos filhos. Os homens da família dedicavam-se ao cultivo da terra, posteriormente aos trabalhos nas minas de carvão e à carpintaria. As filhas ocupavam-se das atividades domésticas e de tarefas relacionadas à agricultura. Dourival é filho de uma dessas moças, Florentina Giassi, que mais tarde se tornou costureira e, com rendimentos provindos desta ocupação, pôde arcar com a formação técnica do menino, o que fez diligentemente, pois sempre teve claro para si a importância dos estudos. Dourival e sua mãe possuem também a nacionalidade italiana. Quando o avô Luiz Giassi se desfez da propriedade rural na localidade de São João e veio residir em região próxima do centro de Criciúma, Florentina e Dourival continuaram residindo com ele, o que possibilitou ao neto o acesso a melhor educação formal. Assim, Dourival frequentou o Curso Primário Elementar no Grupo Escolar Professor Lapagesse (1963) e foi aprovado no exame de admissão para ingressar no Ginásio Normal Nicolau Pederneiras (1967). Como “segundo grau” cursou a Escola Técnica de Comércio de Criciúma que funcionava no Grupo Escolar Coelho Neto, localizado no bairro Operária Nova, na qual ob- O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS teve o Diploma de Técnico em Contabilidade (1970). Todos os estudos foram realizados em educandários da cidade de Criciúma. Ainda adolescente, por certo período, atuou como ajudante de pedreiro, de carpinteiro e também em uma pequena fábrica de ladrilhos hidráulicos produzindo “elemento cimentício vazado” (hoje denominado cobogó). Posteriormente fez trabalhos de datilografia, pois, afinal, tinha feito curso para isso. Atividade Profissional Passou a trabalhar formalmente em 1968, quando foi contratado como auxiliar de escritório pelo Hospital Santa Catarina Ltda (HSCL), de Criciúma, para atuar no setor de contas. Em 1972, tendo o Hospital São João Batista (HSJBL) adquirido o HSCL, foi transferido para a nova entidade onde permaneceu até o final daquele ano. Iniciou o ano de 1973 prestando serviços à Meller & Cia Ltda, na função inicial de auxiliar de escritório. Posteriormente, assumiu a Contabilidade desta empresa, onde atuou até meados de 1977. Foi, então, admitido como Contador na T. Althoff & Cia. que, mais tarde, teve sua razão social alterada para Althoff Supermercados Ltda. Permaneceu nesta empresa até 1989. Tendo em vista que já atuava, desde o segundo semestre de 1987, como professor horista do Curso de Ciências Contábeis, que pertencia à Escola Superior de Ciências Contábeis e Administrativas (ESCCA), na qual tinha se graduado, em 1989 Dourival transferiu-se para o quadro de docentes de tempo integral desta escola. Em 1991, assumiu o cargo de Diretor da instituição, com mandato de quatro anos. Ainda neste ano, o mandato foi convertido para Coordenador do Curso de Ciências Contábeis porque ocorreu a fusão das quatro unidades mantidas pela Fucri (ESCCA, Faciecri, Escola Superior de Desportos – Esede e Escola Superior de Tecnologia – Estec) na Unifacri – União das Faculdades de Criciúma, embrião preparatório para transformação destas na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) em 1997. Consolidada a Universidade, em 2007 deixou a coordenação do Curso e assumiu o cargo de Diretor da Unidade Acadêmica de Ciências Sociais Aplicadas (Unacsa) até meados de 2009 e, a partir desta data, até início de julho de 2013, ocupou a função de Pró-reitor de Administração e Finanças da Instituição. Ainda como professor do Curso de Ciências Contábeis, foi eleito, em 13 de novembro de 2013, Coordenador Adjunto, com mandato de três anos. Foi delegado do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), região de Criciúma, pelo período de agosto de 1993 a julho de 2006. Atividade Docente A inserção como docente na Unesc ocorreu de forma ocasional, se transformou em carreira e fez Dourival assumir não só o trabalho de “professor”, mas sobretudo, o de educador em tempo integral. E o fez participar, com afinco, da vida universitária como um todo. O lecionar iniciou-se no segundo semestre de 1987, logo após ter colado grau como Bacharel em Ciências Contábeis. Desde então, leciona as disciplinas de Contabilidade Introdutória (I e II). Foi responsável também pelas disciplinas de Contabilidade Comercial (I e II) e Contabilidade, Meio Ambiente e Responsabilidade Social, do Curso de Ciências Contábeis, e de Noções de Contabilidade, do Curso de Ciência da Computação. É orientador de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). Fez parte do Conselho Curador e do Conselho Superior da Administração da Fundação Educacional de Criciúma (Fucri) e do Conselho Universitário da Universidade. Participou em diversas comissões de constituição e reformulações de estatutos e regimentos da Fundação e da Universidade. C O N TATO (48) 3431-2636 | [email protected] 27 28 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 7 Eli Oliveira de Souza Somente chegaremos a um determinado destino se iniciarmos a caminhada em sua direção.” Formado em Ciências Contábeis pela Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina – Fessc (atual Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul), atualmente exerce as funções de Contador, prestando serviços de assessoria, consultoria e perícia contábil. É mestre em Gestão de Negócio e Formação Profissional, pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais, da Argentina, e Doutor em Ciências Empresariais, pela Universidade do Museu Social Argentino. Preside, atualmente, o Sindicato dos Contabilistas de Tubarão. Raízes Nascido em janeiro de 1951, em Tubarão/SC (na época, no distrito de Capivari – hoje município de Capivari de Baixo), com aproximadamente 10 anos já ajudava o pai na produção de calçados femininos. A partir dos 14 anos, Eli Oliveira de Souza começou a estudar à noite, na Escola Técnica de Comércio de Tubarão. Durante o dia, trabalhava em casas comerciais e, posteriormente, numa pequena fábrica de pratos de papelão, com o objetivo de obter recursos para cobrir os gastos com seus estudos. Quando frequentava o curso de Técnico em Contabilidade, teve seus primeiros contatos com a atividade contábil. Em agosto de 1968, ingressou como aprendiz (hoje estagiário) no Escritório Contábil de Juarez Bittencourt. Desde então, todas as funções que vem exercendo têm ligação direta ou indireta com a Contabilidade. Trajetória profissional Após um período de aprendizagem de seis meses no Escritório Contábil Juarez Bittencourt, passou a atuar como funcionário do Escritório Contábil Abelardo J. Costa. A condição financeira foi melhorando e, no momento em que concluiu o Curso de Técnico em Contabilidade (dezembro de 1971), Eli Oliveira de Souza adquiriu o escritório, em parceria com dois outros técnicos. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS No início de maio de 1972, transferiu-se para São Paulo, onde atuou como responsável pela Contabilidade da Compel Engenharia SA. Em janeiro de 1974, voltou ao Estado, especificamente a Florianópolis, para ser o responsável pela Contabilidade de outras empresas de engenharia e construção, atividade que exerceu por cinco anos. De volta à cidade de Tubarão, onde permanece até a presente data, passou a prestar serviços de Contabilidade a empresas madeireiras e de engenharia e terraplenagem. Magistério Em 1980, Eli Oliveira de Souza ingressou na Fessc (Fundação Educacional do Sul de Santa Catarina), atuando no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. Após a conclusão do Curso de Ciências Contábeis e a realização de especializações, ele passou a lecionar, acumulando funções como a de coordenador administrativo do Centro Tecnológico, chefe de departamento, membro da equipe de transformação da Fessc na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), gerente financeiro e responsável pela Contabilidade da instituição, dentre outras. Após sair da Unisul, em 1998, atuou como professor na Fundação Educacional Barriga Verde, na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Embora atualmente não esteja lecionando, ainda integra o corpo docente da Unesc. Paralelamente ao magistério, sempre manteve um bom volume de trabalho relacionado com a Contabilidade. Atualmente, Eli Oliveira de Souza participa como sócio do Centro de Educação e Formação Continuada (CEFEC), atua na prestação de serviços de assessoria e consultoria a empresários e empresa e realiza perícias contábeis. Graduação e pós-graduação Contador pela Fessc, Eli Oliveira de Souza possui especialização em Contabilidade (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC) e em Economia Empresarial (Unisul), Mestrado em Gestão de Negócio e Formação Profissional, pela Universidade de Ciências Empresariais e Sociais (UCES), na Argentina (1998), e Doutorado em Ciências Empresariais, pela Universidade do Museu Social Argentino (UMSA, 2007). Outras Informações »»Foi membro do Conselho Consultivo da Fundação Brasileira de Contabilidade. »»Conselheiro titular do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) durante três mandatos (doze anos); »»Diretor Regional do SESCON/SC (Diretoria Regional de Tubarão). »»Foi Presidente do Conselho Municipal de Contribuintes de Tubarão na gestão 2011-2013. »»Membro da diretoria do Sindicato dos Contabilistas de Tubarão desde 1997, tendo exercido a presidência nas gestões 2010-2011 e 20122013. Atualmente responde pela Diretoria Administrativa da entidade. »»Atualmente exerce a função de Diretor de Relações Públicas e Sociais da FECONTESC – Federação dos Contabilistas de Santa Catarina - gestão 2014-2017. C O N TATO (48) 9986-0001 | [email protected] 29 30 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 8 Elias Fernandes Eufrásio Com os recursos que temos hoje, só não é um bom profissional quem não quer. Ouço muito as pessoas falarem em desemprego, mas quem se prepara, se dedica e estuda, chega lá. Época de universidade é época de recolhimento, de deixar o barzinho e a boate de lado.” Ex-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Florianópolis e ex-conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade (CRCSC), Elias Fernandes Eufrásio é consultor de diversas empresas e atua em questões tributárias, societárias, de movimentação de patrimônios e, especialmente, na sucessão de empresas familiares. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde se formou, foi professor do curso de Ciências Contábeis entre 1983 e 2002. É especialista em Desenvolvimento Gerencial pela Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Atua como Conselheiro do Carf - Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, com sede em Brasilia, órgão que trata do contencioso administrativo fiscal. Raízes Elias Fernandes Eufrásio nasceu em Laguna, em 30 de março de 1948. Seus pais, em busca de melhores oportunidades para os filhos, mudaram-se para Criciúma quando Eufrásio, como é conhecido, tinha apenas um ano de idade. Na cidade sul-catarinense ele completou o estudo primário e o segundo grau. Por pouco Eufrásio não seguiu a vida religiosa. Apesar de sonhar com a carreira médica, o menino foi eleito o “padre da família”, o que seria, para os pais, a certeza de uma educação sólida. Eufrásio, então, cursou o seminário no Educandário São Joaquim, em São Ludgero, e fez o ginásio no Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Tubarão. Formação acadêmica Como percebeu que não tinha vocação para a vida religiosa e queria conquistar a independência econômica, Elias Fernandes Eufrásio retornou a Criciúma, para estudar no Colégio Marista, onde terminou o segundo grau. Em seguida, ingressou na Escola Técnica de Comércio, onde se formou e obteve o registro número 6.475 no CRCSC. Carreira profissional - início Em Criciúma, Eufrásio trabalhou no Banco Indústria e Comércio do Estado de Santa Catarina (BDE) que, mais tarde, viria a se transformar no Banco do Estado de Santa Catarina (Besc). O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Apesar de jovem, foi destacado para atuar na área de análise do cadastro das empresas para concessão de crédito. Depois desta experiência, decidiu trocar o foco de atuação e ingressou na área contábil industrial e comercial. Assumiu, assim, a Contabilidade da Indústria de Confecções Águia Ltda., em Criciúma. Já casado e com a filha Márcia ainda bebê, Eufrásio ouviu do médico que a menina deveria morar perto do mar. A família, então, decidiu mudar-se para Florianópolis. Logo que chegou, Eufrásio foi contratado para o setor contábil das Casas Leão. Um dia, lendo o jornal O Estado, soube que as Organizações Hoepcke que, na época, eram compostas por várias empresas importantes em Santa Catarina, precisavam de um contador. O requisito principal para a função era a formação superior. Durante a entrevista, Eufrásio falou sobre sua experiência e pediu uma chance para, pelo menos, fazer a prova de conhecimentos obrigatória para a seleção do profissional. Para surpresa, tirou o primeiro lugar e foi o escolhido dentre outros 20 contabilistas, todos diplomados. Desta seleção, participou o Diretor Financeiro pelas empresas Hoepcke, o acadêmico Nilton Hausmann, por quem Eufrásio tem um carinho muito grande. Graduação e Pós-graduação Naquela época, finais dos anos 1970, Eufrásio prestou o vestibular e foi aprovado para o curso de Ciências Contábeis da UFSC. A administração das empresas Hoepcke permitiu que ele frequentasse as aulas pela manhã e trabalhasse no período vespertino. A faculdade foi concluída em 1982 e Eufrásio ainda permaneceu por 10 anos com o grupo Hoepcke. Eufrásio fez especialização em Desenvolvimento Gerencial pela Esag/Udesc, em 1986, e participou de um curso, em 1993, sobre a Comunidade Europeia, na Universidade do Porto (Portugal). Mais recentemente, participou, nos Estados Unidos, do curso Como ingressar no mercado norte americano, ministrado pela Brazilian American Chamber of Commerce of Florida, Inc. Magistério No dia da formatura, Eufrásio foi convidado a ingressar na UFSC como professor. Poucos meses depois, prestou o concurso e foi aprovado iniciando sua carreira como docente em 1983. Dezenove anos depois, afastou-se da função por ter sido diagnosticado com nódulos nas cordas vocais. Submetido a duas cirurgias, enfrentou um novo desafio em sua vida: a reeducação da voz e o tratamento com uma fonoaudióloga. Carreira profissional – atual Em março de 1983, mesmo ano em que passou a lecionar na UFSC, Eufrásio ingressou nas empresas Portobello, onde trabalhou por 28 anos. Nesse período à frente da corporação como Controller, coordenou a abertura de capital da Cerâmica Portobello, implementou e coordenou o comitê tributário na empresa e desenvolveu algumas reorganizações societárias. Nos últimos 10 anos desse período, passou a exercer o cargo de Assessor Tributário. Junto a outras empresas, Eufrásio tem se dedicado a matérias tributárias e a questões societárias, principalmente visando à sucessão em empresas familiares. Outro foco de seu trabalho é a pesquisa da legislação tributária voltada, sobretudo, para o desenvolvimento do planejamento tributário aplicado à Contabilidade. Desde 2010, Eufrásio ocupa uma cadeira no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – Carf, sendo responsável por julgar recursos fiscais no contencioso administrativo fiscal, vinculado ao Ministério da Fazenda (Receita Federal do Brasil). Eufrásio foi indicado para o Carf pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), na cota da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A partir de 2006, passou a atuar como consultor para diversas Empresas de Santa Catarina, à frente de sua empresa de consultoria, a MCR Contadores Associados SS Ltda. C O N TATO (48) 9971-2801 | [email protected] 31 32 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 9 Flávio da Cruz Quando no exercício da liberdade sobre o uso de seu tempo, as pessoas fazem aquilo que lhes parece mais importante.” Mestre em Administração Pública, Contador e Auditor, Flávio da Cruz é professor e pesquisador do Depto. de Ciências Contábeis do Centro Socioeconômico (CSE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi funcionário do Tribunal de Contas, Contador do Serviço Público Federal e de prefeituras. Integrou o quadro da Esag-Udesc por 20 anos, tendo sido o único professor negro dessa cinquentenária instituição. Atua na Fundação de Estudos Socioeconômicos (Fepese) e na Fundação de Estudos Superiores em Administração e Gerência (Fesag). É autor dos livros Contabilidade e Movimentação Patrimonial do Setor Público (edição do autor) e Auditoria Governamental (Editora Atlas). É o organizador e coautor dos livros Comentários à Lei 4.320 (Atlas), Controle Interno nos Municípios (Atlas), A Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada (Atlas) e Contabilidade de Custos para Entidades Estatais: Metodologia e Casos Simulados (Editora Fórum). Raízes Nascido em maio de 1951, em Santo Amaro da Imperatriz, na região da Grande Florianópolis, Flávio da Cruz, como a maioria dos adolescentes daquela época, teve que trabalhar muito cedo para comprar o uniforme, os calçados e o material escolar. Aos oito anos, começou como engraxate, depois trabalhou como boia-fria, na colheita de abacaxi, e como vendedor de amendoim e de laranjas. Essas atividades lhe proporcionaram recursos financeiros para concluir o ensino fundamental. Continuou seus estudos em Santo Amaro, na Escola Técnica de Comércio Charles Edgard Moritz, instituição de origem cenecista, que oferecia curso profissionalizante de Técnico em Contabilidade. Antes mesmo de se formar, aos 17 anos, Flávio trabalhou um curto período na filial da Companhia Madeireira Santo Amaro (Ciama), em São José, na Grande Florianópolis. Fixou-se na prática contábil em seu segundo emprego, na Fábrica de Móveis São José, em Águas Mornas – Grande Florianópolis. Vida profissional Enquanto Contador da Fábrica de Móveis São José, Flávio também atuava como professor de Educação Física na Escola Isolada Maria Margarida de Carvalho, e dessa disciplina e, ainda, de Português e de Matemática, no Ginásio Normal José Adão Lehmkuhl, ambas de Águas Mornas. Em 1971, foi aprovado no concurso público, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE), para o cargo de Analista O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS de Contas dos Municípios. No mesmo ano, ingressou no curso de Ciências Contábeis da UFSC. Após algum tempo no TCE, foi aprovado em concurso para a posição de Contador Geral de Balneário Camboriú, cargo ocupado entre 1974 e 1975. No ano seguinte, por meio de outro concurso público, conquistou a posição de Contador do Serviço Público Federal junto à Delegacia Regional do Trabalho, na qual permaneceu até 1988. Magistério Na década de 1970, começou a lecionar Contabilidade Industrial, na Academia do Comércio de Santa Catarina e na Escola do Comércio Sena Pereira, ambas em Florianópolis. Em 1982, ficou em primeiro lugar no concurso para professor da UFSC, na cadeira Estrutura de Balanço. Em 1985, foi contratado pela então Fundação Educacional do Estado de Santa Catarina (Feesc) para ministrar a cadeira Contabilidade Pública na Esag. Em 1991, Flávio passou a ser o responsável pela disciplina Orçamento Empresarial, o que lhe garantiu um contato bastante estreito com as empresas catarinenses. Pós-Graduação É mestre em Administração pela UFSC, com a dissertação O Orçamento Uno e o Legislativo: caso Brasil (1986). Possui também especialização em Administração de Empresas (Udesc/1981) e Treinamento de Profissionais para Capacitação de Recursos Humanos (UFSC/Fucat/80). Publicações A sua estada no Tribunal de Contas do Estado lhe revelou a carência de livros voltados à área da Contabilidade Pública. Aproveitou, então, as apostilas que utilizava como professor e organizou-as em formato de livro, sob o título Contabilidade e Movimentação Patrimonial do Setor Público. A publicação da obra, com 226 páginas e tiragem de mil exemplares, consumiu todas as suas economias, tendo custado, na época, o equivalente ao valor de um automóvel Gol 1.000. A venda foi feita a conta-gotas no decorrer dos 15 anos seguintes. Hoje, o texto pode ser obtido gratuitamente, via internet, pelo e-mail [email protected]. Depois do primeiro, o segundo livro veio de forma mais fácil e ganhou o respaldo da editora Atlas e um prefácio assinado pelo professor doutor Lopes de Sá, considerado uma referência mundial na área da Ciência Contábil. A obra Auditoria Governamental teve boa aceitação no mercado, refletindo o ineditismo do tema. Os demais livros foram uma decorrência natural: por causa do sucesso da publicação anterior, a Editora Atlas encomendou outras obras, que Flavio da Cruz coordenou e desenvolveu junto com outros pesquisadores do Estado. Assim nasceram Comentários à Lei 4320; Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada e Controle Interno nos Municípios. Um pouco diferente foi a origem de seu maior sucesso editorial, o livro Lei de Responsabilidade Fiscal, editado pela Atlas em 2000, que hoje já se encontra na 6ª edição, com mais de 15 mil exemplares vendidos. Produzido em parceria com quatro pesquisadores catarinenses, ele foi elaborado durante um curso de pós-graduação realizado na UnB, em Brasília. Outras informações Além de membro e primeiro presidente da Academia Catarinense de Ciências Contábeis (cadeira 9), também integra a Academia Brasileira de Ciências Contábeis (cadeira 50) e a Academia Santoamarense de Letras (cadeira 16), que tem como patrono o poeta Cruz e Sousa. Na década de 80, junto com outros integrantes do movimento negro catarinense e do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, promoveu uma pesquisa para desmistificar os boatos acerca da existência de descendentes do poeta Cruz e Sousa. O estudo resultou no livro Reencontro com Cruz e Sousa que, em 1991, ganhou o prêmio Silvio Romero da Academia Brasileira de Letras. C O N TATO (48) 9961-4646 | [email protected] 33 34 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 10 Francisco Antônio Zanon (in memoriam) Francisco Zanon tinha uma legião de amigos, evitava conflitos de qualquer forma e sempre tinha uma palavra amiga para dar. Francisco Antônio Zanon dedicou sua vida à Contabilidade. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1974, dirigiu a Empresa Brasileira de Contabilidade (EBC), foi vice-presidente do Sescon Grande Florianópolis e interventor e conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC). Faleceu em 2004. Raízes Nascido em 15 de Janeiro de 1953, na Cidade de Capinzal/SC, Francisco Antônio Zanon teve uma infância humilde. Seu pai, Riciere Zanon, tinha uma pequena borracharia e sua mãe, Bernardina Zanon, era professora do ensino fundamental. Filho mais velho do casal, teve dois irmãos, Flávio Paulo Zanon e Sonia Regina Zanon. Em 1973, Francisco casou-se com Sonia, companheira de todas as horas, que o acompanhou até o fim da vida. Tiveram uma relação de muito carinho e respeito e, desta união, nasceram Henrique e Francine, que seguem os caminhos do pai – ambos formados em Ciências Contábeis – e administram o escritório de Contabilidade deixado de herança. Francisco foi um chefe de família rígido e ao mesmo tempo carinhoso. Fazia sempre questão de todos estarem à mesa na hora das refeições. Não mediu esforços para dar aos filhos uma educação de excelência e uma vida digna a toda sua família. Com certeza, nisto foi um vencedor. O escritório consumia muito do seu tempo mas, nos raros momentos de lazer, refugiava-se com toda a família na Praia do Campeche, em Florianópolis. Naquele tempo, a região do Campeche era muito tranquila e Francisco conseguia, assim, desligar-se um pouco das responsabilidades profissionais diárias para ler livros à sombra das árvores e para tratar de seu canarinho. Sempre fiel e prestativo, durante sua vida, Francisco reuniu uma legião de colegas e amigos queridos que, até hoje, sentem muito sua falta. Evitava conflitos de qualquer forma e sempre tinha uma palavra amiga para dar. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Histórico Acadêmico Francisco iniciou sua formação estudantil na Escola Básica Deputado Augusto Bresola, em Campos Novos/SC, durante os anos de 1960 e 1963. Em 1964 foi morar na cidade de Lages/SC para realizar o antigo Curso Ginasial, no Seminário Diocesano de Padres Seculares, no qual estudou até 1968. Ainda em 1968, fixou residência em Florianópolis/SC e, em 1969, matriculou-se no Curso Técnico em Contabilidade da Academia do Comércio de Santa Catarina, concluindo-o no mesmo ano. No ano de 1972, Francisco ingressou na Universidade Federal de Santa Catarina, inicialmente no Curso de Direito, no qual permaneceu até 1973, cursando até a 4ª Fase. Em 1974, iniciou graduação em Ciências Contábeis e tornou-se Bacharel em 1980. Durante os anos de 1974 e 2001 realizou dezenas de cursos de aperfeiçoamento profissional nas mais diferentes áreas, complementando sua formação acadêmica. Histórico Profissional Uma vida inteira dedicada à Contabilidade. Estas seriam as melhores palavras para descrevermos em uma única frase a trajetória profissional de Francisco Antonio Zanon. Quando veio morar em Florianópolis, em 1968, Francisco logo conseguiu emprego numa loja de móveis, a Modelar, na função de office-boy. Promovido mais tarde à função de Contador Júnior, permaneceu na empresa por quatro anos. Em 1972 ingressou na Indústria de Carrocerias Diegoli, na função de Técnico em Contabilidade. Em 1973 e foi para o Escritório Contábil Sensato, por um curto período de três meses, também no mesmo cargo. No mesmo ano, foi trabalhar na Rádio e Televisão Cultura, acumulando as funções de Técnico Contábil, de responsável pelo Setor de Importações e pelo Departamento de Acionistas. Em 1979, após a venda da emissora para um grupo econômico de fora do Estado, Antônio pediu demissão da empresa e adquiriu um pequeno escritório de Contabilidade que contava com 10 empresas-clientes e um empregado. Nascia, assim, a Sercoplan Escritório Contábil que, em 1994, mudou sua razão social para EBC – Empresa Brasileira de Contabilidade. Entre os anos de 1993 e 1999, ocupou a 2ª Vice-Presidência do Sescon Grande Florianópolis. Em 1996, por indicação do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina, passou a fazer parte do Colégio de Vogais da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina, no qual manteve-se até 2004. A atuação de Francisco no Conselho Regional de Contabilidade (CRCSC) iniciou-se em maio de 1995, quando o Conselho Federal de Contabilidade o nomeou interventor em sua seção catarinense. Cumpridas as metas traçadas pelo CFC, foi o CRCSC devolvido aos contabilistas catarinenses em janeiro de 1996. Entre 1996 e 1997, integrou o Quadro de Conselheiros do CRCSC, inicialmente como suplente. A partir de 1997, passou a atuar como conselheiro efetivo. Foi membro das Câmaras de Fiscalização e de Registro, ocupando, nesta última, a vice-presidência. Permaneceu no quadro de conselheiros até 18 de outubro de 2004, data de seu falecimento. Desempenhou todas essas atividades até o fim da vida. Sempre foi muito bem quisto por todos os colegas e amigos contadores e, por conta disso, recebeu homenagens póstumas. Em 2005, o CRCSC inaugurou o “Espaço Cultural Francisco Antônio Zanon”. Naquela ocasião foi realizada exposição de quadros do Contador Marcelo Souto, saudoso amigo. Também no ano de 2005, nas dependências da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina, foi inaugurado o “Plenário de Vogais Francisco Antônio Zanon”. Foram, no total, 36 anos de muito trabalho, esforço e dedicação a toda a classe de contabilistas do Estado de Santa Catarina. 35 36 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 11 Guilherme Júlio da Silva O homem é ele mesmo e suas circunstâncias.” Presidente da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese) e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Guilherme Júlio da Silva é formado em Ciências Econômicas por esta mesma universidade e em Ciências Contábeis pelo Instituto Superior de Estudos Contábeis (Isec), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. Especializou-se em Mercado de Capitais, no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e fez mestrado em Ciências Contábeis pelo Isec – FGV. Na administração pública, chefiou a diretoria de Administração Financeira do Estado de Santa Catarina (1991 – 1993) e foi secretário de Planejamento e Fazenda (1994). Carreira profissional – Início Nascido em Florianópolis em 17 de junho de 1947, Guilherme Júlio da Silva foi escriturário da Empresa Meridional de Cinema (1967) e gerente da Fábrica de Molas Luz Ltda. (19681970), antes de ingressar como aluno na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em 1979, ele já era professor desta instituição, além de funcionário da secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina, quando mudou-se para o Rio de Janeiro buscando mais conhecimentos em sua área. O período mais desafiador de sua carreira aconteceu durante o madato do governador Vilson Kleinübing, quando Guilherme chefiava a diretoria de Administração Financeira do Estado de Santa Catarina (1991 – 1993) e estava à frente da Secretaria de Planejamento e Fazenda (1994). Como funcionário público, teve passagens pela Fucabem, como chefe de planejamento (1976 – 1977), e pelo Programa Especial de Apoio à Capitalização de Empresas (Procape), como analista de projetos, diretor operacional e superintendente (1977 – 1986). Em 1994, presidiu os conselhos de administração do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), do Banco de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Badesc), da Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina (Codesc) e o conselho de Política Financeira e Salarial do Estado de Santa Catarina, ligado à Secretaria da Fazenda. No mesmo ano, integrou a Junta de Representação do Banco Regional de O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e representou a Secretaria da Fazenda no conselho deliberativo do Sebrae. Graduação e Pós-graduação Guilherme terminou o curso de Ciências Econômicas na UFSC em 1975 mas, em busca de uma melhor formação na área financeira, decidiu cursar outra faculdade. Quatro anos depois, iniciava a graduação em Ciências Contábeis no Instituto Superior de Estudos Contábeis (Isec) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. Na época, a FGV era o celeiro dos mais influentes economistas do país, como Mário Henrique Simonsen, Roberto Campos e Carlos Langoni, pessoas com quem os alunos conviviam diariamente nas salas de aula e nos corredores. Muitos deles viriam a ser ministros da Economia. Em 1982, Guilherme cursou especialização em Mercado de Capitais, no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) e, em 1987, retornou ao Isec – FGV para fazer o mestrado em Ciências Contábeis. Magistério Guilherme já deu aula em cursos de especialização em diversas cidades brasileiras. Na UFSC, leciona, desde 1981, no departamento de Ciências Contábeis, onde também exerceu os cargos de coordenador e subcoordenador de curso. Aos 24 anos, começou a lecionar na rede estadual de ensino (1971 – 1973) e, posteriormente, dirigiu o Educandário 25 de Novembro, em Florianópolis. Contabilidade Pública A área mais promissora da Contabilidade, na avaliação de Guilherme, é a administração pública, embora a considere defasada de bons profissionais. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), aliada à vigilância exercida pelo Ministério Público, imprensa e sociedade civil, valorizou o trabalho do Contador e enfatizou o controle interno e externo das instituições públicas. Entre 1977 e 2005, atuou como consultor da prefeitura de Itajaí. Em 2005, também trabalhou em auditorias nas prefeituras de Imbituba e Criciúma. Carreira profissional – atual Guilherme é presidente, desde 2006, da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese), fundação de apoio aos projetos de pesquisa e extensão realizados pela UFSC. Publicações Na produção bibliográfica de Guilherme, destacam-se artigos nas áreas de auditoria e contabilidade. Entre artigos seus publicados pela Revista Brasileira de Contabilidade, estão Uma Análise Comparativa entre a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, da Demonstração do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado e Argentina e Brasil – Balanço Patrimonial. C O N TATO (48) 9116-8400 | [email protected] 37 38 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 12 Ieda Margarete Oro A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.” MARCEL PROUST Bacharel em Ciências Contábeis pelas Faculdades Reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Econômicas de Palmas (Facepal), possui especialização em Gerência Contábil e Auditoria e mestrados em Ciências Sociais Aplicadas e em Ciências Contábeis. Posteriormente cursou o mestrado em Ciências Contábeis na Universidade Regional de Blumenau e, a partir de 2011, cursa o doutorado em Ciências Contábeis na mesma instituição. Professora titular da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), campus de São Miguel do Oeste, desde 1994, ministra disciplinas em vários cursos, com ênfase para Ciências Contábeis. Tem experiência em coordenação de cursos de graduação e pós-graduação, com atuação efetiva desde 1995. Atua em pesquisas, com ênfase para Controles de Gestão, Controladoria, Empresas Familiares, Educação, Ensino e Formação Profissional. Raízes Ieda Margarete Oro nasceu em Descanso/SC, no dia 8 de maio de 1968. Residiu nessa cidade até os 18 anos, trabalhando em negócios da família. Em dezembro de 1987, mudou-se para Palmas/PR e atuou como estagiária na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil até a conclusão da graduação. Experiência na área contábil Depois de concluída a graduação e a especialização em Gerência Contábil e Auditoria, pela instituição Faculdades de Ciências e Humanidades de Pato Branco (Funesp), Ieda buscou experiência profissional no meio empresarial, com a implantação de um escritório de Contabilidade na sua cidade natal, onde atuou por dois anos (1995 a 1997). A partir de 1998, passou a exercer atividade como perita trabalhista e cível. Atividades na Universidade Em 1994, iniciou atividade acadêmica na Unoesc, Campus de São Miguel do Oeste. O curso de Administração foi o primeiro em que trabalhou como professora, atuando nas disciplinas de Contabilidade. Em fevereiro de 1995, a direção da Universidade convidou-a para assumir a implantação do curso de Ciências Contábeis, como coordenadora e professora de Componentes Curriculares de Contabilidade. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Permaneceu no cargo de coordenadora até 2004, o que lhe proporcionou experiências extremamente importantes e o contato com muitos pesquisadores, estudantes e lideranças contábeis e empresariais, impulsionando o seu crescimento profissional e pessoal. Durante a gestão acadêmica, pôde compor uma equipe de professores qualificados e dedicados, cujo trabalho resultou na conquista, pelo curso, de dois conceitos “A” consecutivos, graças ao bom desempenho obtido pelos alunos nos provões do MEC aplicados em 2002 e 2003. Em julho de 2004, assumiu a Diretoria da Área das Ciências Sociais Aplicadas, onde permaneceu até janeiro de 2006, desenvolvendo projetos de ensino, pesquisa e extensão. Em maio de 2008, assumiu a Diretoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão na Unoesc – campus de São Miguel do Oeste, permanecendo até dezembro de 2011. Carreira profissional – atual Atualmente exerce a atividade de Professora da graduação e da especialização nos campus da Unoesc e é colaboradora do Mestrado Profissional em Administração da Unoesc, oferecido no campus de Chapecó-SC. Entidades Em 2000, Ieda Margarete Oro presidiu a Associação Cultural, Recreativa e Esportiva dos Funcionários e Professores da Unoesc/SMO. Foi também, de 2003 a 2004, conselheira e vice-presidente da Extremo Oeste Agência de Crédito (Extracredi), instituição que financia micro e pequenos negócios. Participou da diretoria do Sindicato dos Contadores de São Miguel do Oeste (2002 a 2005) e integrou o Conselho de Gestão e Conselho Universitário da Unoesc. Graduação e Pós-graduação Outras informações A partir de 2011, cursa o doutorado em Ciências Contábeis na Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb) onde tem como orientador o professor doutor Carlos Eduardo Facin Lavarda. Em 2006, obteve o título de Mestre em Ciências Contábeis, pela Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), com a dissertação Avaliação da eficiência de empresas familiares brasileiras utilizando a análise envoltória de dados, que teve como orientadora a professora doutora Ilse Maria Beuren. Este foi o seu segundo mestrado: em 2000, defendeu na instituição Faculdades Reunidas de Administração Ciências Contábeis e Econômicas de Palmas (Facial) a dissertação Uma contribuição para harmonização dos currículos do curso de Ciências Contábeis nos países que integram o Mercosul, na área de Ciências Sociais Aplicadas/Administração. »»Foi homenageada diversas vezes pelos formandos do curso de Ciências Contábeis da Unoesc – campus de São Miguel do Oeste-SC. »»Tem participação ativa em congressos e seminários, com apresentação de artigos ligados a temas da área contábil. C O N TATO (49) 8407-0480 | [email protected] 39 40 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 13 Ilse Maria Beuren O conhecimento só será cumulativo e não envelhecerá se for constantemente renovado.” Doutora em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo (FEA/USP), Mestre em Ciências Contábeis pela Fundação Getúlio Vargas (Isec/ FGV), Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA/UFRGS) e Graduada em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Univates, Ilse Maria Beuren iniciou sua vida profissional no meio empresarial, para mais tarde se dedicar à vida acadêmica. Raízes Ilse Maria Beuren nasceu em 27 de julho de 1956, em Lajeado, Rio Grande do Sul. Concluído o curso de graduação em Ciências Contábeis, a busca por maior titulação para exercer a atividade docente exigiu dela mudança para centros maiores. Ilse optou por Porto Alegre, Rio Grande do Sul, inicialmente para participar de um curso de especialização em nível lato sensu na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Com a aprovação no processo seletivo do Mestrado em Administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a permanência de mais dias em Porto Alegre foi inevitável. Embora o objetivo de maior titulação já estivesse sendo cumprido, a aprovação no processo seletivo do Mestrado em Ciências Contábeis na FGV, no Rio de Janeiro, implicou sua mudança para aquela cidade. A aprovação no concurso para professora da Universidade Federal de Santa Catarina definiu seu rumo para uma residência definitiva, em Florianópolis. Para cursar, mais tarde, o doutorado em São Paulo, organizou uma logística que lhe permitiu retornar todos os finais de semana a Florianópolis, cidade que adotou para viver. Trajetória profissional Até concluir sua graduação em Ciências Contábeis, diversas foram as empresas por onde Ilse passou até descobrir sua vocação docente. Enquanto ministrava aulas de Contabilidade no Colégio Cenecista de Santa Clara do Sul, no Rio Grande do Sul, e, mais adiante, na graduação de O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Ciências Contábeis da Univates, em Lajeado, no mesmo Estado, suas atividades na iniciativa privada prevaleciam. Entre as empresas em que teve maior oportunidade de aplicar os conceitos contábeis se destaca a Apomedil S.A. – Veículos. Já a oportunidade para se aproximar das funções do órgão administrativo da controladoria surgiu na Cia. de Cigarros Souza Cruz. A busca por maior titulação acadêmica a afastou de vez das atividades empresariais e a fez dedicar-se definitiva e exclusivamente às atividades acadêmicas. Magistério Concluída a graduação em Ciências Contábeis, em 1980, a candidatura a uma vaga para atuar como docente na Univates tornou-se prioridade. Nessa instituição atuou como docente entre 1982 e 1989, além de ocupar, por dois mandatos, a Chefia do Departamento de Ciências Contábeis. Em seguida tomou posse na Universidade Federal de Santa Catarina, onde atuou como docente de 1989 a 2003. Em seguida assumiu um novo desafio, o de criar o Mestrado em Ciências Contábeis, seguido da criação do curso de doutorado na Universidade Regional de Blumenau, onde atuou como docente e coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis no período de 2003 a 2012. Ainda em 2012, foi empossada como professora titular na Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Produção científica É autora/organizadora de cinco livros e de vinte capítulos de livros. Possui 270 artigos publicados em periódicos científicos e outros 315 trabalhos em congressos científicos da área contábil no Brasil e no exterior. Outras informações »» É membro efetivo do Comitê Assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na área de Administração/Contabilidade/Economia, desde julho de 2013. »» Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A »» Criou e foi editora do periódico científico Revista Universo Contábil, no período de 2005 a 2012. »» Participou da criação da Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, em 2006, na cidade de Vitória, no Espírito Santo. Nos biênios de 2006-2007 e 2008-2009 exerceu o cargo de Diretora Científica, e nos biênios 2010-2011 e 2011-2013 ocupou a posição de Presidente desta Associação. »» Atuou como Diretora Científica da Associação Brasileira de Custos (ABCustos) no biê nio 2007-2008 e como vice-presidente no biênio de 2009-2010. »» Foi membro do Comitê Assessor da área de Administração/Contabilidade/Turismo da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no triênio 2005-2007. C O N TATO (48) 9981-6921 | [email protected] 41 42 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 14 João Carlos dos Santos Quem faz, faz para si.” DI Z IA O PA I DE J OÃO C A R LO S Q UA N D O O O R I E N TAVA E A SE U S O N Z E I R M ÃO S A T R A BA L HA R , E S T U DA R E SE M A N T E R D E N T R O DA L E I .” João Carlos dos Santos dedicou a vida à Contabilidade pública. Sua formação de Técnico em Contabilidade e Contador foi fortalecida com especializações em Contabilidade e em Administração Pública. Contribuiu para a padronização da Contabilidade no setor imobiliário e na construção civil, enquanto funcionário do Instituto Brasileiro de Assistência Gerencial a Pequenas e Médias Empresas de Santa Catarina (Ibagesc). Atuou também no Instituto da Previdência do Estado de Santa Catarina (Ipesc) e em outras instituições do setor público. Foi Presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), entidade da qual também é ex-diretor-executivo. Raízes Natural de Florianópolis, construiu toda a sua trajetória profissional e pessoal na Capital catarinense. Aos 12 anos já ajudava o avô na loja de materiais de higiene, alimentos e fumo de corda no Mercado Público Municipal. A decisão de seguir carreira na Contabilidade veio dois anos mais tarde, quando começou a acompanhar o trabalho de seu pai, Dercílio José dos Santos, que era Técnico em Contabilidade e trabalhava no IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários). Logo, buscou qualificação profissional e, em 1965, ingressou na Escola Técnica de Comércio Senna Pereira. O primeiro emprego com carteira assinada foi o de office-boy na André Maykot & Cia, empresa que vendia desde alimentos até material de construção. Formação acadêmica Depois do curso Técnico em Contabilidade, concluído em 1968, João Carlos dos Santos cursou Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mais tarde, especializou-se em Contabilidade, também na UFSC, e em Administração Pública na Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). Vida profissional Além da experiência no setor público, João Carlos dos Santos atuou também em empresas privadas. Passou pela Remington Rand do Brasil, O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS onde foi auxiliar de escritório e subcontador por três anos. Na mesma época em que deixou essa empresa, em 1968, assumiu a chefia do setor de cobrança da empresa Confinance – Companhia Financeira de Investimento, Crédito e Financiamento. Também foi Contador dessa empresa, em 1970. Contabilidade pública A Confinance foi a última empresa privada em que atuou. Depois de passar em dois concursos públicos, um para a Secretaria da Fazenda do Estado de Santa Catarina e outro para o Instituto Brasileiro de Assistência Gerencial a Pequenas e Médias Empresas de Santa Catarina (Ibagesc) – que mais tarde passou a se chamar Ceag e, depois, transformou-se no Sebrae – João Carlos dos Santos dedicou-se por completo à Contabilidade pública. No Ibagesc, contribuiu para a padronização da Contabilidade no setor imobiliário e da construção civil, ministrando palestras nas principais cidades do Estado. Na Secretaria do Estado da Fazenda de Santa Catarina trabalhou como auxiliar técnico de controle interno, técnico em Contabilidade e Contador seccional. De 1977 a 1996, fez parte do corpo de funcionários do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Ipesc), ocupando diversos cargos, entre eles o de diretor de Programas Habitacionais e Gerência de Administração Financeira. Aposentou-se nessa instituição, mas não parou de trabalhar. Entidades Contábeis Foi presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), nos anos de 1986 e 1987, e conselheiro suplente do Conselho Federal de Contabilidade, de 1990 até 1993. Quando presidente, enfrentou a difícil tarefa de administrar o CRCSC, numa época em que os recursos eram escassos, o que exigia um grande esforço dos conselheiros e funcionários no sentido de desenvolver um trabalho junto aos profissionais para arrecadar as anuidades e, também, para incentivar o registro no órgão de classe e promover a capacitação profissional. Em 1995, voltou ao Conselho, mas desta vez como coordenador da Junta Governativa, indicada pelo Conselho Federal de Contabilidade, para investigar e sanar as irregularidades constatadas na gestão da entidade. Os administradores do Conselho na época foram afastados e responsabilizados judicialmente. Em 1996, foi nomeado diretor-executivo do CRCSC, permanecendo no cargo até 2004. Nos quatro últimos anos desse período, ocupou, paralelamente, o cargo de Ouvidor. Em 2004, foi gerente administrativo do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (Igeof) e, em 2005, diretor administrativo e financeiro do Instituto Virtual de Estudos Avançados (Vias). No ano de 2010, a convite da presidência do CRCSC, reassumiu o cargo de diretor-executivo da entidade. Prêmios Foi o aluno destaque (1º colocado) de sua turma na Escola Técnica de Comércio Senna Pereira. Na Universidade Federal de Santa Catarina repetiu o feito: ganhou a medalha “Mérito Universitário”, concedido ao 1º aluno da classe. C O N TATO (48) 3733-8445 | [email protected] 43 44 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 15 Joceli José Coelho A nossa área precisa de dignidade, postura, concorrência leal, honestidade, ética, como em todas as outras profissões.” Sócio de um escritório de advocacia, em São José/SC, Joceli José Coelho atua como perito contábil junto à Justiça Estadual Cível, à Justiça Federal e à Justiça do Trabalho. Formou-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e foi professor da instituição entre 1978 e 1995. Na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), campus Palhoça, leciona desde o final da década de 1990. Participou de diversos processos de avaliação para credenciar o funcionamento de cursos de Ciências Contábeis no Brasil. Carreira profissional – início Joceli José Coelho frequentou o curso Técnico em Contabilidade no Colégio Comercial Pio XII, no bairro Estreito, em Florianópolis, entre os anos de 1963 e 1965. Após formado, ingressou como subcontador na Usina de Açúcar Adelaide S/A (Usati), em Florianópolis, ficando até 1969, quando pediu demissão por não conseguir apoio ao seu projeto de conciliar o trabalho com o estudo. No ano seguinte, prestou o vestibular e foi aprovado para o curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Na Móveis Novo Mundo, empresa onde trabalhou a partir de 1969, recebeu o suporte necessário para continuar seus estudos. Seus antigos patrões na Usati ainda lhe ofereceram um salário melhor para que ele voltasse ao antigo emprego, mas o objetivo do jovem, naquele momento, era um só: poder estudar, com tranquilidade e sem pressão. Graduação e Pós-graduação Joceli formou-se na UFSC em 1974 e, dois anos depois, um incêndio destruiu a Móveis Novo Mundo. Paralelamente aos estudos, atuou como técnico em Contabilidade e diretor adjunto da Sociedade Médico Hospitalar de Santa Catarina Ltda., de 1971 a 1974. Após a graduação e o incêndio na Novo Mundo, diversas oportunidades começaram a aparecer: Joceli foi diretor-financeiro da Martelam Ltda. (1974 a 1976), O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS assistente contábil, fiscal e trabalhista da Primor Doces e Caramelos Ltda., em Tijucas (1976 a 1978), e da Carpesul, em Florianópolis (1977 a 1978). Na Engebras, em 1977, foi auditor contábil. Ajudou a implantar algumas novidades, como o sistema de custo hospitalar no Hospital Sagrada Família Ltda., em 1973, e o sistema contábil mecanizado, na Construtora Muricy, ambas na capital catarinense. As diversas experiências profissionais vividas na década de 1990 levaram Joceli a buscar novos conhecimentos. Ele, então, retornou à UFSC como aluno, em 1982, para um curso de especialização em Contabilidade. Magistério Em 1978, prestou concurso público para lecionar no curso de Ciências Contábeis da UFSC. Entre 23 candidatos, ele e Lindomar Antônio Fabro foram selecionados para as duas vagas existentes. Até a aposentadoria, em março de 1995, Joceli ministrou as disciplinas de Contabilidade Introdutória, Contabilidade Industrial e Análise Contábil. Em 17 anos na instituição, exerceu diversas funções, além do magistério: foi chefe do departamento de Ciências Contábeis em dois períodos, diretor do Centro Sócio Econômico, coordenador de estágios curriculares e de cursos de pós-graduação. A experiência em vários postos na UFSC o credenciou a avaliar o funcionamento de diversos cursos de Ciências Contábeis no Brasil, como o da Faculdade de Ciências Contábeis de Fátima do Sul (MS), da Faculdade de Ciências Econômicas de Vinhedos, em Bento Gonçalves (RS), da Faculdade Integrada de Araucária (RS), do Centro Cibernético Gay-Lussac, em Niterói (RJ), da Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências Humanas, em São Paulo (SP), da Faculdade SPEI, em Curitiba (PR), da Universidade de Santa Cruz do Sul (RS) e de outras. Entre 1995 e 1996, Joceli José Coelho voltou à UFSC como professor substituto por tempo determinado, nas cadeiras de Contabilidade Introdutória e Análise de Balanço I e II, e coordenou o curso de Especialização em Planejamento Tributário, de 1996 a 1997. Desde o final da década de 1990, é professor de Ciências Contábeis na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Palhoça, nas disciplinas de Contabilidade Geral e Análise de Balanço. Carreira profissional – atual Desde 1985, Joceli José Coelho atua como perito contábil junto à Justiça Estadual Cível e Justiça Federal e, a partir de 1998, junto à Justiça do Trabalho. É sócio de um escritório de advocacia, no bairro Kobrasol, em São José. Curiosidades As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) já contemplam algumas análises que Joceli José Coelho começou a desenvolver em 1985, como a Origem e a Aplicação de Recursos. Em 1990, o livro Normas Contábeis e Demonstrações Financeiras, de Hugo da Rocha Braga, também chamava a atenção sobre o assunto. C O N TATO (48) 8411.9959 | [email protected] 45 46 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 16 José Nilton Junckes As Ciências Contábeis encarregam-se, basicamente, de avaliar o passado das organizações. Ao interpretar tais dados, os contadores acabam por reunir ferramentas que lhes permitem compreender o presente. E quanto mais dedicado é o profissional, mais precisas são suas avaliações do futuro.” Contador pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), José Nilton Junckes presta consultoria empresarial nas áreas tributária e contábil, atendendo empresas de vários estados do país. Membro da junta governativa que, em 1995, saneou o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) durante o período de intervenção decretado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), tornou-se conselheiro da entidade em novembro daquele ano. Foi vice-presidente de Registro e de Administração e Finanças do CRCSC. Em 2010, assumiu como conselheiro suplente no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), atuando na Câmara de Registro. Raízes José Nilton Junckes nasceu no município de Angelina, região metropolitana de Florianópolis, primeiro filho de Raulino e Inelda. O pai era madeireiro e a mãe se dedicava ao lar. Aos oito anos, foi morar com os tios na Capital, tendo cursado o primeiro grau na Escola Básica Edith Gama Ramos, no Bairro Capoeiras. Trajetória Profissional Seu primeiro emprego foi na área contábil. Aos 16 anos, antes mesmo de concluir o curso de Técnico em Contabilidade, começou a trabalhar na Construtora Nobile Ltda., exercendo atividades relacionadas ao controle de contas a receber e pagar e à tesouraria Pouco mais de um ano depois, José Nilton ingressou na Construtora e Incorporadora Jonck Ltda. como auxiliar administrativo, passando posteriormente a gerente financeiro-administrativo e a Contador. Ficou nesta empresa por oito anos, saindo para montar, em 1984, o seu próprio empreendimento: Jomipa Empreendimentos Contábeis Ltda. Focado na prestação de serviços contábeis e fiscais e, também, na área de recursos humanos, o escritório chegou a atender simultaneamente a mais de cem empresas dos setores comercial e industrial. Entre as atividades exercidas, figuravam perícias contábeis e consultoria empresarial, fiscal e tributária. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Em 2001, José Nilton constituiu a JNJ Consultoria Empresarial, que presta consultoria empresarial nas áreas tributária e contábil, atendendo empresas de vários estados do país. Formação acadêmica Concluiu em dezembro de 1978 o curso de Técnico em Contabilidade, na extinta Escola Técnica do Comércio São Marcos, localizada na Rua Marechal Guilherme, centro de Florianópolis. Formou-se em Ciências Contábeis, em julho de 1986, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Entidades de classe Ingressou no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina em maio de 1995, designado pelo então presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), José Maria Martins Mendes, conforme Resolução CFC nº 784/95, datada de 5 de maio daquele ano. Sua missão era sanar os problemas verificados na administração do CRC de Santa Catarina e que levaram e entidade a ficar sob o regime de intervenção do CFC. Junto com mais dois profissionais da Contabilidade, José Nilton integrava a junta governativa responsável por apurar os atos cometidos na gestão anterior e corrigi-los, colocando novamente o CRCSC dentro dos princípios da moralidade e do correto uso dos recursos arrecadados da classe contábil. A intervenção terminou em janeiro de 1996, com a entidade sendo entregue saneada e com sua estrutura moralizada. Ao final desse período, José Nilton assumiu como conselheiro suplente, escolhido em eleições realizadas em novembro de 1995, para um mandato de quatro anos. Eleito conselheiro titular em novembro de 1997 (mandato 1998 / 2001) e em 2005 (mandato 2006 / 2010), durante esses dois períodos ocupou a vice-presidência de Registro (biê- nios 1998/1999 e 2000/ 2001) e a vice-presidência de Administração e Finanças (biênios 2006/2007 e 2008/2009). Na condição de vice-presidente de Registro participou, em 1998, do grupo criado pelo CFC para reformular e aperfeiçoar as normas de registro profissional. Em 2010, assumiu como conselheiro suplente no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), atuando na Câmara de Registro. Outras Atividades Em 2014 assumiu como diretor administrativo na Fundação Brasileira de Contabilidade. De 2002 a 2004, integrou a Comissão Nacional de Elaboração de Provas do Exame de Suficiência para Contadores e Técnicos em Contabilidade. Instituído pelo Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC nº 853/99 (posteriormente alterada pelas Resoluções 928/02, 933/02 e 994/04 do mesmo órgão de classe), o Exame de Suficiência – que vigorou de 2002 a 2005 – era requisito obrigatório para a obtenção do registro profissional no Sistema CFC/CRCs. Representando o CRCSC, José Nilton foi vogal suplente da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), durante oito anos. Na Justiça do Trabalho, exerceu, no triênio 1998/2001, a função de Juiz Classista Temporário de 1° Grau Suplente, representante dos empregadores, na 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Florianópolis. Ministrou, por vários anos, curso específico sobre legislação, contabilidade e custos para atividades imobiliárias, destinado a administradores, contadores e outros profissionais ligados às áreas de custos e de contabilidade das empresas do ramo imobiliário. C O N TATO (48) 9982-3377 | [email protected] 47 48 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 17 Juarez Domingues Carneiro O trabalho desenvolvido pela Contabilidade obedece à normas e, acima de tudo, à ética e à transparência.” Juarez Domingues Carneiro é mestre em Engenharia da Produção, doutorando em Contabilidade em Portugal, Contador, administrador e advogado. Professor de pós-graduação em algumas universidades catarinenses, além de ter sido coordenador de cursos de Ciências Contábeis, ele conseguiu unir carreira acadêmica, profissional e classista. Transitando tanto na área privada, em empresas de consultoria, como na pública, na direção de secretarias de Estado, tornou-se, em 2010, o primeiro catarinense a presidir o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), entidade que congrega quase 500 mil profissionais. Foi o primeiro brasileiro a Presidir o GLENIF – Grupo Latinoamericano de Emissores de Informações Financeiras. Juarez é coautor de dois livros, publicou diversos artigos em periódicos e redigiu dezenas de textos para jornais e revistas. Participou de várias apresentações de trabalhos e proferiu palestras em congressos no Brasil e no Exterior. Foi membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Contabilidade. Foi também vicepresidente do Figueirense FC. Raízes Nascido em Florianópolis, em 3 de maio de 1959, Juarez Domingues Carneiro adquiriu os primeiros ensinamentos na área contábil com o pai, que era fiscal da Secretaria Estadual da Fazenda de Santa Catarina (SEF/SC). Frequentou o curso técnico de Contabilidade na antiga Academia São Marcos. Formação acadêmica Aos 18 anos, Juarez ingressou no curso de Administração na Escola Superior de Administração e Gerência (Esag/Udesc). Seis meses depois, foi aprovado no vestibular para Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Frequentou os dois cursos ao mesmo tempo. Em 1978, começou a ministrar Técnicas Comerciais no Centro de Estudos Pré-Universitários (Cepu). Um ano depois, lecionava na Academia de Comércio de Santa Catarina (ACSC). Em 1984, Juarez prestou vestibular para Direito na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Foi aprovado e, em seguida, conseguiu transferência para a UFSC, onde graduou-se em 1990. Cursos de pós-graduação Especialista em Organização, Sistemas e Métodos (OSM), pela UFSC, e em Quality Schools Leadership Training Program, pela Pennsylvania State University, nos Estados Unidos, Juarez é mestre em Engenharia de Produção e doutorando em Engenharia e Gestão do Conhecimento, ambos pela UFSC. Defenderá, em setembro de 2014, sua tese de doutorado em Contabilidade pela Universidade do Minho e de Aveiro, em Portugal. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Trajetória Profissional Em 1978, Juarez iniciou estágio na Telecomunicações de Santa Catarina (Telesc) e teve o primeiro contato com Organização, Sistemas e Métodos (OSM), uma das áreas que viriam a marcar sua trajetória. Em 1981, já administrador, passou em concurso público para Técnico em Contabilidade no Instituto de Previdência Social de Santa Catarina (Ipesc), onde esteve por um ano, na função de analista de OSM. Na sequência, ingressou na Cerâmica Portobello, em Tijucas (82/84), e na Indústria Carboquímica Catarinense (ICC), em Imbituba (83/86), também na área de OSM. Entre 1986 e 2002, atuou no Serviço Social da Indústria (SESI/SC) como assessor de OSM. Foi também procurador da instituição. Em 1985, montou, em parceria com irmãos, a Carneiro Escritório Técnico Contábil (Cetecol), da qual desligou-se em 2000. Em 1990, constituiu um escritório de advocacia, atuando em várias áreas do Direito e, de 2004 a 2013, foi diretor e sócio da Martinelli Auditores, de Joinville. Em 2014, passou a ser sócio da KPMG Assurance Services, sediada em São Paulo. Iniciativa Pública Em 1995, Juarez foi cedido pelo SESI/SC para a administração estadual, como gerente de projetos da Secretaria Extraordinária da Qualidade e Produtividade. Ficou nesta até 1998, quando começou a trabalhar como juiz classista substituto do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SC). Em 2001, assumiu como procurador municipal da Prefeitura de São José. Em 2003, ajudou a criar a Secretaria de Estado da Organização do Lazer, da qual foi diretor administrativo. Magistério Em 1997, tornou-se professor da pós-graduação em Gerência da Qualidade no Serviço Público da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Entre 1998 e 2007, passou a lecionar na Univali, campus Biguaçu, tendo sido coordenador de curso e de pós-graduação. Entre 2007 e 2009, foi professor do Cesusc, onde assumiu a coordenação do curso de Ciências Contábeis. Desde 2010, leciona somente em cursos de pós-graduação. Trajetória classista Na década de 1980, Juarez iniciou sua trajetória como liderança classista no Sindicado dos Contabilistas da Grande Florianópolis (Sincópolis), do qual foi presidente. Em 1990, ocupou a vice-presidência da Federação dos Contabilistas de Santa Catarina (Fecontesc). Já em 1994, ingressou no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), como conselheiro suplente. Em 1996, tornou-se titular, ocupando a vice-presidência de Administração e Finanças por dois anos. Presidiu a entidade por dois mandatos consecutivos (2000/2003). Em 2011, foi o primeiro presidente do Grupo Latino-americano de Emissores de Informações Financeiras (Glenif), entidade que congrega países da América Latina. Em 2014, tornou-se presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), com sede em Brasília, sendo o primeiro catarinense eleito para o cargo. Conselho Federal Em 2003, ingressou como conselheiro suplente no Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Em 2007, já como titular, passou a ocupar a Vice-Presidência de Desenvolvimento Operacional. No CFC, foi o primeiro coordenador do programa Contabilizando o Sucesso, que teve mais de 10 mil alunos formados em todo o país. Também nesse período coordenou um projeto internacional para transferência de conhecimentos da profissão contábil a outros países de língua portuguesa, em parceria com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) de Portugal. Em janeiro de 2010, tornou-se o primeiro catarinense a presidir o CFC, sendo eleito por unanimidade e reeleito da mesma forma em 2012, concluindo seu mandato em 2013. Publicações Juarez é coautor dos livros Proposta Nacional de Conteúdos para o Curso de Graduação em Ciências Contábeis e Proposta de Conteúdo Programático para Cursos de Ciências Contábeis e Gestão Fiscal Responsável. C O N TATO (48) 9923-8907 | [email protected] 49 50 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 18 Lindomar Antônio Fabro Família, o verdadeiro sustentáculo para todos os momentos.” Contador, perito contábil judicial, pós-graduado em Contabilidade pela UFSC, é Lindomar Antônio Fabro professor aposentado desta instituição e da Unisul. Patrono e primeiro ocupante da cadeira de número 34 da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, Conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) desde 1998, trabalha há mais de 12 anos como voluntário na Irmandade do Divino Espírito Santo. É casado com Sônia Maria Luckmann Fabro, tendo dois filhos: Felipe e Gustavo Luckmann Fabro. Raízes Natural de Urussanga-SC, transferiu-se com a família para Florianópolis, em 1961, depois de passagens por Urubici, Tubarão e outras cidades. Com pouco mais de 12 anos, ajudava o avô a plantar frutas e verduras num terreno localizado no bairro Capoeiras, dedicando-se paralelamente aos estudos. Trajetória profissional Aos 15 anos, foi trabalhar em uma farmácia, fazendo manipulação de remédios, em meio a balanças de precisão e outros artefatos. Ingressou, em 1965, como oficce-boy no Grupo Brasilpinho S.A, onde permaneceu por 13 anos e saiu como auditor interno da empresa, após ocupar as funções de auxiliar contábil e Contador. Durante esse período, desenvolveu as atividades de orientação e supervisão de todo o sistema contábil do grupo, composto pelas empresas Madeireira Brasilpinho S/A, Empreendimentos Massiambu S/A, Reflorestadora Scherer Ltda, Madeireira Criciúma Ltda e Kobrasol Empreendimentos Imobiliários Ltda. Formação Cursou o Ginásio Normal Haroldo Callado, formou-se Técnico em Contabilidade pela Escola Técnica de Comércio Senna Pereira, bacharelou-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e concluiu a pós-graduação em nível de especialização em Contabilidade, também pela UFSC. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Magistério Trabalho Comunitário Passou no concurso para professor de Ciências Contábeis da UFSC em 1978. Na instituição, Lindomar Antônio Fabro lecionou as disciplinas de Contabilidade I e II, Laboratório Contábil I, Contabilidade Comercial I e II e Estrutura de Balanço para os cursos de Ciências Contábeis, Administração e Economia. Foi o responsável, junto com o professor Silvio L. Meyer, pela implantação do Núcleo de Estudos Contábeis (Laboratório Contábil I), disciplina que simulava operações típicas de uma empresa comercial. Na UFSC exerceu diversas atividades administrativas entre elas a chefia do Departamento de Ciências Contábeis em dois mandatos. Foi consultor do MEC em processos de autorização para funcionamento e reconhecimento de cursos de Ciências Contábeis em diversas universidades brasileiras. Aposentou-se como Professor Adjunto IV em 1995. Após sua aposentadoria na UFSC, foi convidado a lecionar na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) para os cursos de Ciências Contábeis, Administração e Negócios, Relações Internacionais e Engenharia de Produção. Foi por inúmeras vezes homenageado como patrono, paraninfo e nome de turma. Também foi professor do Centro de Educação Superior-Única e Faculdades Barddal. É entusiasta e defensor da Escola Neopatrimonialista da Ciência Contábil, idealizada pelo saudoso colega e amigo imortal Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá. Participa como Irmão e Conselheiro da Irmandade do Divino Espírito Santo, entidade filantrópica católica fundada em 1773, que hoje atende em torno de 1000 crianças carentes em seus diversos projetos. Vem alternando suas atribuições entre o conselho fiscal e conselho consultivo, além de dar assessoria na área contábil da entidade. Participa ativamente da organização da festa do Divino Espírito Santo, promovida anualmente na Praça Getúlio Vargas, em Florianópolis, que garante uma parcela considerável dos recursos necessários para a Irmandade desenvolver suas atividades. Iniciativa Privada Mesmo considerando o magistério a sua vocação, Lindomar Antônio Fabro prestou, por muitos anos, assessoria contábil para pequenas empresas da região da Grande Florianópolis. De 1996 até recentemente, também desenvolveu a atividade de perito contábil judicial , nas diversas varas da Justiça Federal e Estadual, na circunscrição de Florianópolis. Outras informações »»Conselheiro do CRCSC desde 1998, atuou nas câmaras de Registro, Controle Interno e Fiscalização. Atualmente é membro da Câmara de Registro, de diversas comissões e Coordenador Executivo de Editoração de livros do CRCSC e da Revista Catarinense da Ciência Contábil. »»Homenageado com o troféu “Contabilista Destaque 1992”, conferido pelo Sindicato dos Contabilistas da Grande Florianópolis. »»É membro atuante do Movimento de Cursilho de Cristandade-MCC, órgão ligado à igreja católica, tendo como objetivo a evangelização de ambientes. »»Membro Titular do Conselho de Curadores da Fepese – Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos de Florianópolis. »»É membro da Associação Científica Internacional Neopatrimonialista (ACIN). C O N TATO (48) 9980-1051 | [email protected] 51 52 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 19 Luciano Rosa O profissional de Ciências Contábeis deve ser ético, crítico e com capacidades técnicas e não técnicas, como a habilidade nas relações pessoais e na comunicação. Ele deve contemplar conhecimentos, habilidades e atitudes voltados ao mercado de trabalho globalizado. Hoje, não podemos pensar num profissional voltado apenas para o mercado de São José e de Florianópolis. Ele pode atuar localmente, mas precisa ter saberes globalizados. Por exemplo, se ele atua numa multinacional, ele deve ter conhecimento sobre a cultura e sobre a história do país desta empresa.” Doutor pela Universidade de Valência, na Espanha, Luciano Rosa ministrou aulas em várias instituições de ensino superior do Estado, sendo até recentemente o coordenador do curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal de São José (USJ). Na tese defendida na universidade europeia, pesquisou os desafios na formação dos profissionais no Brasil, Espanha e Portugal, face às mudanças no mercado de trabalho globalizado. Luciano é graduado em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Administração e em Ciências Contábeis, ambas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desde 1990, atua nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Florianópolis, ligadas ao Tribunal Regional de Trabalho (TRT). Raízes Nascido em Florianópolis no dia 5 de outubro de 1959, Luciano Rosa é filho de Hudson Rosa e Elenice Santos Rosa. Concluiu o ensino médio na Escola Técnica Federal de Santa Catarina (atual IFSC), em 1978. Graduação e Pós-graduação Entre os destaques da formação acadêmica de Luciano está o grau de doutor, obtido na Universidade de Valência (Espanha), em 2007, com a defesa da tese La Formación del Profesional Contable frente a las necesidades del Mercado del Trabajo: Un estudo comparativo entre Brasil, España y Portugal. O doutorado, reconhecido pela Comunidade Européia e expedido pelo reino da Espanha, é valiado por especialistas na área contábil de três países europeus. Na mesma instituição espanhola, Luciano conquistou o título de mestre em Contabilidade, em 2002, sob a orientação do professor Gregorio Labatut Serer. Anteriormente, defendera dissertação de mestrado em Engenharia de Produção, na UFSC, intitulada As Transformações Contemporâneas da Contabilidade: Reflexos na Formação dos Profissionais em Ciências Contábeis no Sul do Brasil (1999), orientado pelo professor doutor Antônio Diomário de Queiroz. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Luciano tem três graduações: em Direito (Univali, 2000), em Administração (UFSC, 1988) e em Ciências Contábeis (UFSC, 1985). Além disso, cursou uma especialização em Auditoria, na UFSC, em 1987. Magistério Até o primeiro semestre de 2008, Luciano foi professor e coordenou o curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal de São José (USJ), além de integrar o Conselho Universitário da instituição. Lecionou também como professor titular na Faculdade Barddal de Ciências Contábeis (2004 – 2007) e no Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc), em 2005. Ensinou, ainda, na Escola Técnica de Comércio de Santa Catarina (1988 – 1989), na Faculdade Decisão (2003 2004), ambas em Florianópolis, na Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb), entre 2003 e 2004, e na UFSC, em 1993, as disciplinas Contabilidade Sindical, Contabilidade de Cooperativas e Contabilidade Geral. Como docente, sua mais longa experiência foi adquirida na Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de 1993 a 2006, com passagens como coordenador de curso, professor, coordenador de cursos de pós-graduação e membro do comitê de avaliação de projetos de pesquisa. Entidades Luciano atuou como conselheiro no Conselho Estadual de Educação (2003), no Conselho de Contribuintes do Estado de Santa Catarina (CCESC), entre 1989 e 2003, e no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), no ano 2000. Durante quatro anos (2000-2004) integrou o conselho editorial da Revista CRC & Você. Atua como perito contábil desde 1990, nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Florianópolis, ligadas ao Tribunal Regional de Trabalho (TRT). Publicações Na produção bibliográfica de Luciano, estão participações em comunicações e resumos publicados em anais de congressos, muitos deles voltados às áreas de formação profissional e ao mundo do trabalho, educação, controle de gestão e perícia contábil. Rosa já orientou 63 trabalhos de conclusão de curso de graduação em Ciências Contábeis na Univali. C O N TATO (48) 9989-1999 e [email protected] 53 54 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 20 Manfredo Krieck Carrego a convicção de que todo o reconhecimento que eu possa ter tido até hoje foi fruto do meu trabalho. É como se fosse uma filosofia de vida: trabalhar.” Formado em Ciências Contábeis, Economia e Administração. É Mestre em Administração Moderna de Negócios pela Universidade Regional de Blumenau (Furb) e Pós-graduado em Auditoria pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau (Furb). Ministra cursos de pós-graduação na área contábil, em instituições de ensino superior em diversos estados. Autor do livro Custos e Preços Sugeridos de Venda, em parceria com o também professor José Reinaldo Theiss. É sócio-fundador da Actus Auditores Independentes S/S e da Learned Consultores Associados. Membro da Comissão Administradora do Exame de Qualificação Técnica (CAE) do Conselho Federal de Contabilidade e do Subcomitê Técnico do Projeto XBRL (Extensible Business Reporting Language). Em 2004, foi homenageado pelo Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina, com o troféu “Destaque da Contabilidade”. Início Natural de Lontras (SC). Seus pais eram agricultores. Trabalhou com atividades agrícolas até 15 anos de idade. O mais novo de quatro irmãos, foi o único que continuou os estudos, graças ao esforço de toda a família. Estudou em escola pública até o sexto ano. Já o ginasial foi concluído no Colégio Sinodal Ruy Barbosa, em Rio do Sul (SC). Iniciou o curso Técnico em Contabilidade no Colégio Dom Bosco, também em Rio do Sul, e o concluiu na Escola Técnica de Comércio, de Lages (SC), em 1967, ano em que prestou o serviço militar. Trajetória Profissional Iniciou sua trajetória profissional na área contábil em janeiro de 1965 como auxiliar contábil. Desempenhou também as funções de escriturário contábil-fiscal, encarregado de recursos humanos e na área financeira, em diversas empresas em Rio do Sul. Em 1971, atuou como estagiário em empresa de grande porte, em Blumenau (SC), o que resultou em convite para trabalhar como auditor interno. Em 1972, já formado em Administração, iniciou suas atividades na área de auditoria interna, onde seguiu carreira, alcançando a função de gerente. As experiências colhidas como empregado, conjugadas com sua formação acadêmica, foram determinantes para sua nova fase na condição de empreendedor. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Empreendedorismo Sua trajetória nesta área iniciou-se em 1968, na condição de sócio de uma empresa prestadora de serviços contábeis, a Orcon Ltda, em Rio do Sul. Sua visão empreendedora, aliada a sua experiência na área de auditoria, levaram-no a constituir, em 1984, a Actus Auditores Independentes, em parceria com outros colegas contadores. Das experiências na área de magistério e treinamento de pessoas, resultou em 2000 a constituição, em parceria com outros profissionais, da Learned Consultores Associados Ltda, especialmente voltada às atividades de Educação Profissional Continuada na área contábil e de auditoria. Foi ainda sócio em outros empreendimentos, porém não ligados a sua área de formação profissional. Graduação e Pós-graduação A trajetória iniciou-se com a sua graduação em Administração pela Unidavi, em Rio do Sul, no ano de 1971. Insatisfeito com sua formação, concluiu também, em nível de bacharelado, o curso de Ciências Econômicas, na Furb, em Blumenau. A sua visão de longo prazo o fez ingressar e concluir, em 1976, o curso de Ciências Contábeis, na Furb, em Blumenau. Em busca de seu aperfeiçoamento, pós-graduou-se, em nível de especialização, em Ciências Contábeis, curso oferecido de forma inédita pela Furb, seguido da especialização em Auditoria, oferecido pela UFSC, em Florianópolis (SC). A sua maior titulação, a de Mestre em Administração e Gestão Moderna de Negócios, foi conquistada em 2001, mediante dissertação apresentada sobre Qualidade da Gestão da Micro e Pequena Empresa Blumenauense: Questionamento e Proposta de Otimização. Atividades de Magistério Ingressou na atividade de magistério em 1979, como professor na Furb, lecionando as disciplinas de Auditoria Contábil e Perícias Contábeis, em nível de Graduação. Em nível de pós-graduação, iniciou suas atividades como professor em 1986, ainda na condição de especialista. Atualmente, leciona em diversas instituições de ensino superior espalhadas pelo Brasil e, em especial, no Estado de Santa Catarina. Relações com a categoria A experiência profissional na área contábil e de magistério renderam-lhe convites paraa participar em atividades desenvolvidas pelo CRCSC. Junto ao Conselho Federal de Contabilidade, participa como membro da Comissão Administradora do Exame de Qualificação Técnica (CAE), responsável pela elaboração e correção das provas aplicadas aos profissionais interessados em atuar como auditores independentes, mediante seu cadastro no CNAI. Participa ainda do Subcomitê Técnico do Projeto XBRL, instituído pela Portaria CFC nº 29/11. Publicações É coautor do livro Custos e Preços Sugeridos de Venda (já em sua quarta edição), em parceria com o também professor José Reinaldo Theiss, pela Editora Odorizzi, de Blumenau. Possui também artigos publicados em periódicos, tais como a Revista Brasileira de Contabilidade. Atividades sociais A sua participação, na condição de voluntário, é uma de suas marcas registradas. Atuou como presidente do Conselho Curador do Hospital Santo Antônio, em Blumenau. Suas experiências nesta instituição foram relevantes no seu aprendizado e aprimoramento como cidadão. Atua ainda como diretor administrativo-financeiro em diversas instituições sem fins lucrativos, entre as quais destacam-se a Acib – Associação Comercial e Industrial de Blumenau; e a Blusoft – Polo Tecnológico de Informação e Comunicação da Região de Blumenau. CONTATO (47) 9985-0227 | [email protected] 55 56 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 21 Nélio Herzmann Tenho minha mãe como exemplo de vida, pois meu pai morreu quando tinha 21 anos. Foi ela que criou os filhos, sozinha. Desta luta, consegui extrair a força e a perseverança, que me acompanham em minha vida.” Mestre em Administração, Contador e advogado, Nélio Herzmann é professor da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), onde ocupa o cargo de coordenador do curso de Ciências Contábeis (virtual). Foi funcionário concursado por 25 anos do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e, atualmente, junto com o magistério, trabalha como perito contábil, auditor e advogado em seu escritório. É autor do livro Contabilidade Gerencial e coautor de outros livros na área da contabilidade pública. Raízes Descendente de alemães, Nélio Herzmann nasceu em Santo Amaro da Imperatriz em 25 de setembro de 1948. De família humilde, de quatro irmãos, quando jovem costumava brincar com as outras crianças no centro da pacata cidade e estudava na única escola pública do município. O pai era motorista de caminhão e chegou a ser proprietário de um posto de gasolina. Com 11 anos, depois do insucesso dos negócios da família, veio para Florianópolis, instalando-se no bairro Capoeiras. Na Capital, também estudou em escola pública. Dos irmãos, foi o único que se envolveu mais seriamente com os estudos. Trajetória profissional Aos 13 anos, Nélio decidiu parar de estudar para trabalhar informalmente e ajudar nas contas da casa. Com sorte, conseguiu ingresso na Marinha Brasileira. Começou exercendo funções pesadas, embarcando em um navio para várias viagens pela costa brasileira e de missões internacionais a outros países da América do Sul. Com experiência, foi para o Ministério da Marinha, no Rio de Janeiro. Passou a exercer serviços burocráticos e teve o primeiro contato com a atividade que iria marcar a sua vida. Saiu da Marinha com 21 anos e voltou a Florianópolis, onde, por intermédio da mãe, começou a trabalhar em um dos primeiros escritórios de Contabilidade da cidade, a Orsecon - Organizações em Serviços Contábeis Ltda. Auxiliava nas questões burocráticas da empresa. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Enquanto trabalhava, sem ter concluído o ensino fundamental (estudou até a 5ª série), passou no concurso público para auxiliar administrativo na Caixa Econômica Estadual (mais tarde Bescri, que foi posteriormente incorporada ao Sistema Financeiro Besc), onde fez carreira por 25 anos, chegando a exercer o cargo de Chefe de Departamento e assessor de diretoria. Somente com 40 anos, em 1987, decidiu voltar a estudar. Nélio concluiu, então, o ensino fundamental no Instituto Estadual de Educação, começou a estudar em casa para finalizar o ensino médio, via curso supletivo, e para prestar vestibular. Preparado, passou para o curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formação Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com especialização em Planejamento Tributário pela mesma instituição. Também é graduado em Direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e possui o título de Mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O tema da dissertação foi Gestão Estratégica das Organizações. Magistério Assim que concluiu o curso de Ciências Contábeis, Nélio começou a dar aula como professor substituto na UFSC, onde ministrou disciplinas de Auditoria Fiscal, Contábil e Contabilidade Básica. Passou a lecionar também na turma de pós-graduação, nos mesmos campos disciplinares. Foi professor horista e coordenador de pós-graduação na Udesc, onde ensinou Contabilidade Básica. Já na Unisul, depois de finalizar o curso de Direito, Nélio ampliou sua carreira no magistério, tornando-se professor celetista e coordenador do curso de Ciências Contábeis da instituição. Lecionou Contabilidade Gerencial e Avançada, Auditoria, Direito Tributário, dentre outras disciplinas. Contabilidade Pública Até os 47 anos trabalhou no Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), inicialmente como caixa executivo (ainda na antiga Caixa Econômica Estadual), passando depois a chefe de departamento. Aposentou-se cedo e começou a dedicar a carreira ao magistério. Em parceria com outros contabilistas e amparado pela experiência adquirida em cursos superiores e empresas privadas, começou também a atuar na área de auditoria, sua “menina dos olhos”. Iniciativa Privada Antes mesmo de ingressar como concursado na Caixa Econômica Estadual, trabalhou em escritórios de Contabilidade. Atualmente, divide o tempo entre o ensino na Unisul e sua atividade de Consultoria e Advocacia. Publicações Publicou, em 2004, o livro Contabilidade Gerencial. Complementou obras de outros autores, acrescentando capítulos importantes sobre a Contabilidade. Em parceria com o também Contador e membro da Academia Catarinense de Contabilidade, Flávio da Cruz, participou do livro Lei de Responsabilidade Fiscal Comentada, publicado em 2001 pela Editora Atlas. Também junto com Cruz, é coautor do livro Comentários à Lei 4320, Orçamento e Contabilidade Pública, publicado em 2000, pela Atlas. Nos anos seguintes, publicou pela Unisul os livros Auditoria Contábil, Fundamentos Constitucionais e Contabilidade e Planejamento Tributário. Curiosidades Sempre foi apaixonado por esportes e motocicletas. Mostrava habilidade nos jogos de futebol, quando integrante do time da Marinha, e possui uma Yamaha XT-600, para os passeios aos finais de semana. C O N TATO (48) 9963-9173 | [email protected] 57 58 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 22 Nilson José Göedert No nosso dia-a-dia na RG Contadores, mostramos que os dados fornecidos pela Contabilidade são imprescindíveis para subsidiar a administração de uma empresa que quer ser bem-sucedida no mercado.” Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nilson José Göedert é pós-graduado em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), consultor de empresas, diretor da RG Contadores Associados e membro do Conselho de Administração de várias empresas. Presidiu o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) por dois mandatos – biênios 2004/2005 e 2006/2007. Antes de presidente, foi vice-presidente de Administração e Finanças da entidade – biênios 2000/2001 e 2002/2003. Diretor-financeiro da Associação dos Conselhos Profissionais de Contabilidade de Santa Catarina (Ascop), de 2004 a 2008, Nilson também é sócio, há 20 anos, da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo e CDLSJ), tendo ocupado o cargo de vice-presidente de Administração da entidade nas gestões 2009/2011 e 2011/2013. Raízes Nascido em Antônio Carlos, região da Grande Florianópolis, em 13 de agosto de 1955, Nilson José Göedert desde garoto ajudava os pais na pequena propriedade rural e na olaria que possuíam. Após completar o ensino fundamental na escola Altamiro Guimarães, mudou-se, aos 15 anos, para Florianópolis, já que em sua cidade não havia escola de segundo grau. Para se manter estudando na Capital, trabalhou de março de 1971 a junho de 1974 na empresa Ocratic Escritório Contábil, de propriedade de um amigo da família. Iniciou como office-boy, em troca de cama e comida, mas já no segundo ano exercia função no departamento fiscal. A partir do terceiro ano, passou a ser o responsável pela Contabilidade. Nesse período, concluiu, no período noturno, o curso de Técnico em Contabilidade na Academia de Comércio de Santa Catarina. Carreira profissional – início Seis meses depois de formado na Academia de Comércio, Nilson abriu a sua própria empresa. Eram apenas ele, um sócio e o office-boy. Em 1979, visualizou uma nova oportunidade e foi trabalhar no Laboratório Santa Luzia que, na época, procurava se firmar no mercado, ainda distante da liderança no setor que depois conquistou. Há 34 anos, eram apenas 12 funcionários contra os mais de 700 que atualmente integram o quadro de colaboradores. No Santa Luzia, foi gerente administrativo e financeiro e responsável pela Contabilidade. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Em 1984, com um sócio e sua irmã Solange, fundou sua atual empresa, a RG Contadores Associados que, naquela época, ainda se denominava RG Contabilidade e Assessoria. Por causa do compromisso no Santa Luzia, Nilson trabalhava na RG à noite. Consolidação profissional A partir de 1986, o Laboratório Santa Luzia passou a ser atendido pela RG Contadores tornando-se o primeiro grande cliente do escritório. Ao longo dos mais de 28 anos subsequentes, a RG se firmou no mercado por oferecer um serviço diferenciado, focado na capacidade de gerar informações estratégicas para o desenvolvimento de seus usuários. Na época, era uma das poucas empresas da área contábil no Estado a praticar a Contabilidade Gerencial, demonstrando que o papel do Contador vai muito além do simples cálculo de impostos e atendimento às legislações comerciais, previdenciárias e legais. Formação acadêmica Em busca de mais conhecimento, em 1985, Nilson foi aprovado no vestibular para Ciências Contábeis, na UFSC. Os quatro anos e meio de aprendizado ampliaram os seus horizontes e o motivaram a cursar um MBA e a ingressar em entidades de classe – como o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC). Formado também em Consultoria pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) em 2003, foi professor do curso de pós-graduação da Furb, em Blumenau (2006), e palestrante em vários eventos contábeis realizados no país, como semanas acadêmicas, jornadas e convenções. Somente em instituições de ensino superior do Estado, proferiu mais de 300 palestras, sempre sobre temas contábeis e tributários. Em sua bagagem, possui mais de 1.500 horas de eventos ligados às áreas contábil e tributária. Entidades de classe Em 1998, foi eleito conselheiro do CRCSC, assumindo, em 2000, a vice-presidência de Administração e Finanças, que ocupou até o final de 2003. Por dois mandados (2004/2005 e 2006/2007), Nilson presidiu a entidade, tendo adotado uma série de ações voltadas à profissionalização da gestão e à melhoria no atendimento. Entre 2009 e 2013, assumiu a vice-presidência de Administração da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo), da qual é sócio há quase 20 anos por meio da RG Contadores Associados. Paralelamente assumiu a mesma função no CDL de São José. Em agosto de 2009, assumiu como membro do Conselho de Contribuintes de São José, cargo que ocupa ainda hoje. Em 2010, assumiu o Cargo de Presidente do GBrasil – Grupo Brasil de empresas contábeis, para um mandato de 2 anos, sendo reeleito em 2012 por mais 2 anos. Essa entidade congrega uma aliança empresarial contábil, com representatividade em todos os Estados. Entidades assistenciais Além de uma atuação destacada em entidades de classe e empresariais, Nilson participa ativamente de campanhas e de entidades filantrópicas e comunitárias. É sócio-fundador e primeiro presidente da Associação de Pais do Educandário Imaculada Conceição; contribuinte solidário há mais de 20 anos da Creche Vinde a Mim as Criancinhas e da creche Pai Herói, ambas localizadas no município de São José. Também, por mais de 10 anos, foi diretor da Sociedade Esportiva Estrela Azul, em Antônio Carlos, tendo presidido a entidade no ano de 1983. C O N TATO (48) 9971-1421 | [email protected] 59 60 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 23 Nilton Hausmann A dedicação às causas do nosso dia-a-dia, com motivação e perseverança, juntamente com a paciência e compreensão do ser humano, constituem fatores preponderantes para o sucesso profissional e pessoal.” Nilton Hausmann formou-se bacharel em Ciências Contábeis e pós-graduou-se em Gerência Industrial pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instituição pela qual aposentou-se como professor. Desenvolve as atividades de consultor contábil, econômico e financeiro de empresas privadas e de perito contábil nas varas da Justiça Estadual e Federal. Atua também como consultor societário nos processos de incorporação, fusão e cisão de sociedades, bem como nos projetos de planejamento sucessório familiar de empresas de capital fechado. Raízes Nilton nasceu em abril de 1947 na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina e, aos 2 anos de idade, com seus pais descendentes de alemães e sua irmã, mudou-se para Blumenau, especificamente para o bairro Itoupava Central, onde a colonização alemã era predominante. Seus pais dedicavam-se à atividade de comercialização de produtos alimentícios, no segmento varejista para famílias de baixa renda. Aos 7 anos de idade iniciou sua formação escolar primária no Grupo Escolar D. Pedro I, concluindo esta etapa aos 11 anos de idade. Nesta fase da vida, começou a trabalhar em pequenas tarefas na atividade comercial de seus pais, que lhe ensinaram regras básicas para atendimento e recepção de pessoas e lhe permitiram a prática do idioma alemão em todos os sentidos da expressão oral e escrita. Aos 12 anos de idade, prestou o exame de admissão para o ginásio, obtendo a 9ª colocação no ranking geral. Após esta etapa vitoriosa, Nilton iniciou o curso ginasial no Colégio Pedro II, de Blumenau, onde estudou até o 2º ano, transferindo-se, então, em 1959, para o Colégio Dom Bosco de Rio do Sul, onde concluiu o curso ginasial e cursou o primeiro ano do científico (2º grau) que, na época, constituía o limite pedagógico do educandário. Em 1965, transferiu-se para Florianópolis/SC, para continuar o 2º grau, e matriculou-se na Escola Técnica Nereu Ramos onde, em 1966, concluiu o curso de Técnico em Contabilidade. Em 1967, prestou vestibular para Ciências Eco- O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS nômicas na UFSC e foi aprovado entre os 20 primeiros colocados. Em 1969, Nilton optou pelo Curso de Ciências Contábeis, no qual formou-se em 1971. Na formatura, foi agraciado com a medalha de outro de melhor aluno. Formação acadêmica Nilton é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina e pós- graduado em Gerência Industrial também pela UFSC. Atividade profissional Nilton foi Assessor Técnico Instrutivo do Tribunal de Contas do Estado, Contador da Fábrica de Rendas e Bordados Hoepcke S/A, da qual, posteriormente, foi diretor administrativo e financeiro. Em junho de 2001, foi eleito vice-presidente corporativo da referida empresa encerrando seu mandato em dezembro de 2004. Na década de 1980, exerceu o mandato de diretor administrativo e financeiro da empresa holding do Grupo Hoepcke. No período de 1980 a 1982, foi membro efetivo do Conselho Fiscal da Caixa Econômica Estadual de Santa Catarina. Entre 2001 e 2008, integrou o Conselho de Administração da empresa Biguaçu Transportes Coletivos. Participou das auditorias realizadas nas prefeituras de Florianópolis/SC e Balneário Camboriú em 2001. Em outubro de 1989, juntamente com seu filho também Contador, Luciano Melquiades Hausmann, Nilton criou a sociedade NH Consultoria, Auditoria e Sistemas Contábeis que tinha como principais objetivos os serviços de consultoria nas áreas de Contabilidade, Custos e Finanças. E janeiro de 2007, para adequar-se à legislação do Simples Nacional, foi alterado o objeto social e o nome da NH, que passou a denominar-se NH Serviços Contábeis Ltda SS EPP, dedicada exclusivamente aos serviços contábeis. As atividades de Consultoria ficaram a cargo da pessoa física do profissional autônomo Nilton Hausmann. Magistério Em março de 1972, Nilton prestou concurso público para a UFSC e foi nomeado professor auxiliar do Departamento de Ciências Contábeis, em regime de 20 horas e, a partir de 1980, passou para o regime de 40 horas. Permaneceu na universidade por 25 anos e aposentou-se como professor adjunto IV. A partir de 1980, lecionou nos cursos de pós-graduação promovidos pela UFSC não só em Santa Catarina, mas também nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Amazonas. Atuou também como Professor dos cursos de MBA promovidos pela Fundação de Estudos Superiores de Administração e Gerência (Fundação ESAG) e pelo Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina (Cesusc). Nilton lecionou a disciplina de Contabilidade de Empresas, nos cursos promovidos pelo Laboratório de Ensino à Distância da UFSC, entre 1997 e 2000. Entre estes, destacam-se o curso ministrado para IBGE do Rio de Janeiro, com participantes espalhados pelo Brasil, e o curso direcionado à empresa Bunge Alimentos de Gaspar (SC). Obras e textos publicados »»Em 2001, em coparticipação com Editora Plus Saber, Nilton Hausmann publicou o livro Contabilidade Gerencial em 10 Aulas, de sua autoria. »»Em 1997, foi editado o vídeo em CD que integrou o kit de materiais didáticos da disciplina Contabilidade de Empresas, utilizado pelo IBGE no treinamento a distância em todo território nacional. »»Em 1997, foi editada e publicada a Apostila da disciplina Contabilidade de Empresas utilizada para o treinamento a distância do IBGE em todo território nacional. C O N TATO (48) 3324-0249| [email protected] 61 62 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 24 Nivaldo João dos Santos Colocar a alma naquilo que se faz e se esforçar ao máximo para fazer o melhor possível. O trabalho sério e de qualidade será sempre reconhecido.” Contador e professor da UFSC, Nilvado João dos Santos é doutor em Engenharia de Produção e Especialista em Auditoria pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atuou durante 24 anos na Eletrosul, nas áreas de contabilidade, custos, finanças, planejamento empresarial e gestão da qualidade. Realiza perícias e consultorias nas áreas de custos; avaliação econômica e financeira de empresas; apuração de haveres de sócio; diagnóstico empresarial e reestruturação administrativa, financeira e societária de empresas. Raízes Nascido em Paulista, Pernambuco, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro quando tinha 12 anos, em busca de uma vida melhor. Na capital, seu pai abriu uma pequena mercearia, que nunca chegou a dar o retorno esperado. Para ajudar no orçamento, todos os oito filhos começaram a trabalhar bem cedo. Com 14 anos, Nivaldo João dos Santos estava empregado numa agência de publicidade como office-boy. Aos 17, trabalhava em um escritório de Contabilidade copiando livro Diário. Entrou para a Petrobras, como estagiário, aos 19 anos. Formação acadêmica De 1971 a 1973, fez o curso técnico na Escola Técnica de Comércio do Rio de Janeiro – um dos primeiros e mais tradicionais estabelecimentos de ensino técnico em Contabilidade do país. Em 1974, ingressou no curso de Ciências Contábeis da Universidade Católica de Petrópolis. Um ano após entrar na faculdade foi admitido na Eletrosul, no Rio de Janeiro. Em virtude da transferência para Florianópolis, acabou perdendo dois anos de estudo. Formou-se em Ciências Contábeis pela UFSC, em 1980. Em 2011 obteve título de doutor em Engenharia de Produção (UFSC) com a tese Metodologia para determinação do valor econômico de empresas de capital fechado em processos de apuração de haveres de sócio. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Trajetória profissional Entidades No início, a Eletrosul funcionava bem no centro de Florianópolis, nos edifícios Aliança e Carlos Meyer, ambos na rua Felipe Schmidt. Começou na estatal como auxiliar da Contabilidade, passando depois a exercer cargos gerenciais, como chefe da divisão custos e da divisão contas a pagar. Em 1999, quando se desligou da empresa, trabalhava na assessoria da presidência. Presidente do Conselho Fiscal da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese), de 2008 a 2012. Conselheiro do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) de 2002 a 2005, tendo sido vice-presidente de Desenvolvimento Profissional no biênio 2004/2005. Foi diretor financeiro e membro do Conselho de Administração da Cooperativa de Consumo dos Empregados dos Estabelecimentos Produtores, Transmissores e Distribuidores de Energia Elétrica Ltda., de 1985/1987, e também Contador da Associação de Profissionais da Eletrosul (Aprosul), no período de 1983/1985. Magistério Em 1987, ao concluir o curso de Especialização em Auditoria, pela UFSC, recebeu convite para ser professor horista nessa instituição. Em 1991, por meio de concurso público, passou a ser professor com dedicação parcial (20 horas). Em 1999, optou por sair da Eletrosul e ser professor em regime de dedicação exclusiva da UFSC. Na UFSC, ministra disciplinas na graduação e em cursos de especialização: Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Perícias Contábeis e Avaliação de Empresas (perícias societárias). Ministra disciplinas em cursos de pós-graduação em diversas universidades no Brasil: Controladoria; Perícias Contábeis e Avaliação de Empresas. É autor de diversos trabalhos apresentados em congressos e publicados em periódicos, no Brasil e no exterior. CONTATO (48) 9981-0366 | [email protected] 63 64 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 25 Oldoni Pedro Floriani A trajetória da Artex mostrou-me a necessidade de se fazer um bom planejamento sucessório, tendo a consciência de que somos apenas passageiros neste mundo, mas que a Entidade precisa perdurar. E, para isso, é preciso ter sempre alguém preparado para a sucessão.” Contador e bacharel em Ciências Econômicas, Oldoni Pedro Floriani é professor titular da Universidade Regional de Blumenau (Furb) desde 1980, atualmente ministrando as disciplinas de Auditoria e Contabilidade Avançada. Mestre em Gestão Moderna de Negócios e especialista em Ciências Contábeis (Furb) e em Auditoria, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é autor dos livros Empresa Familiar ou... Inferno Familiar (1ª edição e 2ª Edição revisada e atualizada) e Perpetuação das Sociedades à Luz do Direito Civil, ambos editados pela Juruá Editora. Sócio-fundador da Actus Auditores Independentes S/S, com sede em Blumenau, desde maio de 1984. É membro do Lira Circolo Italiano di Blumenau, praticamente desde a sua fundação, no qual mantém profundos laços de amizade, sendo um grande apreciador da cultura italiana. Raízes Nascido em 10 de novembro de 1951, em Rio dos Cedros (SC), Oldoni Pedro Floriani vem de família com tradição comercial e agroindustrial, o que o levou a desenvolver desde cedo o espírito empreendedor. Seus bisavós paternos, italianos, investiram na atividade rural, agregando ao longo do tempo outros ramos. Como a família era grande – mais de 10 irmãos – o pai de Oldoni, Lívio Floriani, ingressou no serviço público federal em busca de outras perspectivas de trabalho. Sua morte prematura, aos 43 anos, marcou e mudou radicalmente a vida de Oldoni, o mais velho dos cinco filhos e o único homem – a irmã mais nova tinha apenas dois anos na época e veio a falecer em seguida. Aos 17 anos, começou a trabalhar na empresa familiar Tercílio Marchetti S.A., ao lado de sua casa, que fabricava, inicialmente, ferramentas agrícolas e, mais tarde, molas utilizadas em automotores. Trajetória Oldoni fez o curso Técnico em Contabilidade, em Timbó (SC) e, em 1971, entrou para a Faculdade de Ciências Econômicas da Furb, pois naquela época a instituição não oferecia o curso de Ciências Contábeis. De 1971 a 1973, trabalhou na Contabilidade do Hospital Santa Isabel e, posteriormente, como chefe de escritório na loja de eletrodomésticos Utilar. Em 1974, transferiu-se para a área comercial da Universal Veículos, concessionária Ford, desempenhando o cargo de executivo de vendas. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Tanto a Utilar como a Universal Veículos acabaram adquiridas pela tradicional Família Zadrozny, detentora do controle majoritário da Artex S/A Fábrica de Artefatos Têxteis, além de possuir mais 30 outros empreendimentos. Essa mudança foi um divisor de águas na vida de Oldoni, pois o contato direto com os novos proprietários lhe abriu as portas para a área de auditoria. Por intermédio de Carlos Curt Zadrozny, em 1º de julho de 1974 – ano em que se formou bacharel em Ciências Econômicas – assumiu uma vaga na auditoria interna da Artex. “Começamos praticamente do zero, e os conhecimentos básicos de auditoria foram adquiridos a partir de um treinamento de 15 dias na Price Waterhouse, em São Paulo”, lembra Oldoni. Educação Oldoni começou, em 1976, o curso de Ciências Contábeis, na Furb, seguido de uma pós-graduação em nível de especialização em Ciên cias Contábeis, concluída em 1979. Um ano depois, foi convidado pela Furb para ensinar Contabilidade e, mais tarde, Contabilidade Avançada e Auditoria, disciplinas que continua a ministrar até hoje. De 1985 a 1986, tornou-se pós-graduado, em nível de especialização, em Auditoria, pela UFSC. Em 1998, pela Furb, obteve o título de Mestre em Gestão Moderna de Negócios. Passou, então, a lecionar Auditoria, Perícia, Contabilidade Gerencial, Gestão Estratégica de Empresas Familiares e Controladoria em cursos de pós-graduação de diversas universidades do Brasil, como a UFSC e a Universidade de Taubaté (Unitau). Consolidação Em 1984, após 10 anos na Artex como auditor interno, deixo-a para fundar a Actus Auditores Independentes S/S, em sociedade com colegas também oriundos de empresas da família Zadrozny. Em pouco mais de 20 anos, a Actus, com sede em Blumenau, firmou-se como uma das principais empresas de auditoria do Estado, atuando também em outras regiões do Brasil e do exterior. Em 2002, ingressou como sócio na Learned Consultores Associados Ltda., voltada à capacitação profissional, oferecendo cursos em áreas como Contabilidade, auditoria, planejamento tributário, perícia, empresas familiares e governança corporativa. Além de Santa Catarina, a empresa opera também em outros estados brasileiros. Livros O fato de vir de uma família de empreendedores, e de ter visto de perto o auge e a decadência do Grupo Artex, levou Oldoni a pesquisar o universo das empresas familiares, concentrando-se na questão da sucessão, ponto nevrálgico que levou ao desaparecimento ou à mudança no controle de vários empreendimentos tradicionais. Quando ingressou na Artex, em 1974, apenas o nome da companhia abria a seus funcionários as portas de qualquer instituição do país. Ao longo de 20 anos, todo esse poderio foi se reduzindo, e a companhia acabou sendo vendida. Para melhor entender esse processo, Oldoni viajou a estudo, em 1997, à Itália, país em que predomina a estrutura familiar. Fruto desse estudo, aprofundado na sua dissertação de mestrado em Gestão Moderna de Negócios, pela Furb, nasceu o livro Empresa Familiar ou....Inferno Familiar?, publicado em 2002 pela Juruá Editora. Na mesma área, em 2005, publicou a obra Perpetuação das sociedades à luz do Direito Civil (Juruá Editora), prefaciada pelo empresário fundador do Grupo Weg, Egon João da Silva. Já em 2007, lançou a segunda versão atualizada do livro Empresa Familiar ou....Inferno Familiar?, com prefácio do presidente do Conselho de Administração da Eletro Aço Altona, Bernardo Wolfgang Werner. Oldoni integrou o grupo que elaborou o material sobre cooperativismo, utilizado em curso da Unisul Virtual, sendo o responsável pelo capítulo sobre cooperativas de consumo (livro 2). É autor de diversos artigos publicados em periódicos como a Revista Brasileira de Contabilidade. C O N TATO (47) 9982-1414 | [email protected] 65 66 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 26 Rainoldo Uessler A verdade dos números faz da Contabilidade uma ciência exata. O que o Contador não pode esquecer, no entanto, é que por traz dos números está a realidade e a imprevisibilidade da vida humana.” Contador, pós-graduado em administração pública pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e em Administração Financeira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV - RJ), Rainoldo Uessler é perito atuante nas Justiças Federal, Comum e do Trabalho. Integrou o grupo de estudos de perícias contábeis do Conselho Federal de Contabilidade. Professor aposentado da UFSC, onde ministrou as disciplinas de Análise de Balanços e Perícias Contábeis, foi diretor de Economia e Finanças do Tribunal de Justiça por 22 anos, período em que concebeu e implantou os serviços de administração financeira, contábil e patrimonial naquele Poder. Também foi o idealizador e responsável pela implantação do Fundo de Reaparelhamento do Judiciário. Ex-secretário de Justiça e Administração (gestão Vilson Kleinubing), é, hoje, diretor-presidente do Instituto Professor Rainoldo Uessler, empresa especializada em perícias judiciais, extrajudiciais, consultorias empresariais, avaliações de empresas e cursos. Raízes Filho de pequenos agricultores, numa família de sete irmãos, nasceu em Taió, onde residiu até os dois anos, transferindo-se depois para Dona Ema. Até os 12 anos, Rainoldo Uessler trabalhou na roça, junto com os pais e irmãos, o que o impediu de se dedicar aos estudos. Com apenas o terceiro ano primário, mudou-se aos 14 anos para Blumenau, seguindo o caminho aberto por um de seus irmãos, que tinha conseguido colocação em uma empresa da cidade. O primeiro emprego foi numa lavanderia, como entregador: em uma das mãos carregava os ternos dos clientes e com a outra dirigia a bicicleta. Pouco mais de um ano depois, entrou para a Companhia Hering, inicialmente como servente e depois como tecelão. Aproveitou esse período para fazer diversos cursos avulsos, como de datilografia, português e matemática. Saiu do emprego para servir à Aeronáutica, em Florianópolis, quando viu a possibilidade de complementar seus estudos. Início Ficou na Aeronáutica por um ano e 10 meses, tempo em que fez o curso de nivelamento, necessário para entrar no ginásio, com duração de um ano, oferecido pela Escola Alferes Tiradentes, instituição comandada pela professora Olga Brasil. Com 20 anos – depois de passar no exame de admissão – começou o ginásio no Colégio Pio XII, no bairro Estreito, de onde se transferiu um ano depois para o Antonieta de Barros, no centro de Florianópolis. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Contabilidade Um fato curioso definiu a sua carreira profissional. Atleta, quando estava prestes a entrar no Instituto Estadual de Educação, optou por ir para a Academia de Comércio de Santa Catarina, pois queria participar da final sul-americana de remo, em Lima, no Peru. Na sua avaliação, o ensino na Academia não era tão “puxado”, o que lhe permitiria se ausentar por 20 dias e, o mais importante, não perder o ano. Essa decisão levou-o a arquivar o projeto de ser engenheiro e abriu-lhe as portas para a Contabilidade. Serviço Público Durante a Academia, ingressou por concurso público no Juizado de Menores, como escriturário datilógrafo. Quando o então desembargador Marcílio Medeiros assumiu o Tribunal de Justiça, determinou que o órgão passasse a prestar contas ao Tribunal de Contas. Para isso, pediu à Secretaria da Fazenda que capacitasse uma equipe de funcionários. Integrando esse grupo, Rainoldo Uessler se destacou dos demais e passou a ser, em 1970 (mesmo ano em que se formou Técnico em Contabilidade), o supervisor de Implantação do Serviço Contábil do Poder Judiciário de Santa Catarina, sendo posteriormente nomeado diretor de Economia e Finanças do Tribunal de Justiça. Ficou no órgão até 1989, quando se aposentou. Dois anos depois, foi convidado a retornar, com o objetivo de implantar no Estado o Fundo de Reaparelhamento do Judiciário. Em fevereiro de 1992, tomou posse como secretário de Justiça e Administração, a convite do governador Vilson Kleinubing, permanecendo no cargo por um ano e três meses. Educação / Magistério Um mês após se formar em Ciências Contábeis pela UFSC, em julho de 1975, passou no concurso para professor da instituição, ministrando as disciplinas Contabilidade Hospitalar e Contabilidade Geral. Mais tarde, passou a dar aulas de Análise de Balanços e Perícias Contábeis. Fez Mestrado em Administração Pública na UFSC, obtendo o título de especialista. Também possui especialização em Administração Financeira, pela Fundação Getúlio Vargas. Aposentou-se como professor na UFSC em 2005. Atividade Atual Em fevereiro de 1996, fundou o Instituto Professor Rainoldo Uessler, empresa especializada na área de perícias judiciais, extrajudiciais, consultorias empresariais, avaliações de empresas e cursos, onde exerce o cargo de diretor-presidente. Atualmente, é o interventor federal do Grupo Cipla, de Joinville, tendo sido objeto de uma matéria publicada na Revista Veja, de agosto de 2007, que mostrou as dificuldades encaradas por ele para recuperar a empresa, enfrentando a sabotagem de militantes radicais remanescentes na fábrica. Hoje, depois de vários contratempos, os salários estão sendo pagos em dia e a empresa volta a dar mostras de ser viável financeiramente. Curiosidades »»Sua formação deve muito aos três anos de ginásio feitos no Colégio Antonieta de Barros. Na instituição, dirigida por Leonora de Barros, irmã de Antonieta – a primeira mulher a ser eleita deputada estadual em Santa Catarina – estudou francês, latim e inglês. »»Quando ainda era aluno no Curso de Ciências Contábeis da UFSC e trabalhava no Tribunal de Justiça, encontrou tempo para ministrar, por um ano, aula de Contabilidade Industrial, na Academia de Comércio de Santa Catarina. »»Desde os 14 anos pratica o Remo. Aprendeu o esporte no Clube Náutico América, de Blumenau, que defendeu por quatro anos em campeonatos estaduais. Em Florianópolis, foram 10 anos pelo Clube Náutico Riachuelo. Naquela época, o remo era mais popular do que o próprio futebol, na capital catarinense C O N TATO (48) 3224-0257 | [email protected] 67 68 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 27 Rubens Diniz (in memoriam) O Contador, hoje, é um gestor, um gerente que se envolve com os destinos da empresa. E a tecnologia veio contribuir significativamente com este profissional.” Funcionário público aposentado, Rubens Diniz é bacharel em Ciências Contábeis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1971. Ingressou como professor na instituição e lecionou de 1973 a 1999. Na sua trajetória profissional, destaca-se a experiência na área da administração pública, como oficial fazendário do Tesouro do Estado, diretor geral de controle e técnico de controle externo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina até a aposentadoria, em 1990. Pela UFSC, especializou-se em Auditoria e em Planejamento Local Integrado. Raízes Nascido em Santo Amaro da Imperatriz no dia 25 de janeiro de 1941, numa família de 10 irmãos, Rubens Diniz chegou a Florianópolis no final da década de 1950, em busca de melhores perspectivas acadêmicas. Em sua cidade natal, concluiu, em 1958, aos 17 anos, o Curso Normal Regional (Professor Regionalista), expedido pelo Ginásio Normal Ivo D´Aquino. Formação e carreira Já na capital, Rubens frequentou o curso Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Senna Pereira, no bairro Estreito, – uma das mais reputadas da época – na qual seu irmão, Florisvaldo Diniz, um dos principais incentivadores da mudança de Rubens para Florianópolis, lecionava Direito Comercial. No mesmo período, Rubens Diniz começou a trabalhar na área contábil, como gerente, procurador e Contabilista da Imobiliária Ressacada Ltda. (1958-1964). Após ter conquistado o diploma na Escola Técnica de Comércio Senna Pereira, em 1961, Rubens ingressou como professor na própria instituição tendo, até janeiro de 1964, lecionado as disciplinas de Contabilidade Geral e de Contabilidade Comercial. No mesmo ano, com a eleição de seu pai, Clemente Tiago Diniz, para a prefeitura de Santo Amaro da Imperatriz, retornou à cidade natal, para atuar como secretário-geral e Contabilista, a pedido do próprio prefeito, onde permaneceu de março de 1964 a dezembro de O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS 1969. Nesse período, Diniz não abandonou o ambiente acadêmico. Entre 1965 e 1969, foi professor de Contabilidade Pública e Técnica Orçamentária e de Contabilidade Industrial e Agrícola na Escola Técnica de Comércio Charles Edgar Moritz, instituição que também dirigiu entre 1966 e 1967. Graduação e Pós-graduação Com experiência prática suficiente na bagagem, Rubens decidiu retornar a Florianópolis em busca de mais conhecimentos acadêmicos. Ingressou no curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e formou-se bacharel em 1971. Dois anos mais tarde, foi aprovado em concurso público para o cargo de professor na instituição, ficando até se aposentar, em 1999. Nos últimos cinco anos desse período, foi coordenador-chefe do curso de Ciências Contábeis e liderou a implantação do novo currículo, considerado mais moderno e com teorias mais aprofundadas. Magistério Além da UFSC, atuou em outras instituições de ensino superior. Na Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), foi professor titular de Contabilidade Pública e Técnica Orçamentária (1975 – 1988). Ali, também chefiou, em 1985, o Departamento de Contabilidade, Finanças e Controle. Rubens também fez carreira na Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb) como professor titular de Contabilidade Pública e Técnica Orçamentária, entre os anos de 1975 e 1976. Contabilidade Pública Os trabalhos de maior destaque na carreira de Rubens estão vinculados à Contabilidade pública, como o período em que trabalhou na prefeitura de Santo Amaro da Imperatriz e, também, ao ingresso, em 1968, por meio de concurso, no Tesouro do Estado, como oficial fazendário. Dois anos mais tarde, assumiu como diretor geral de controle e como técnico de controle externo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, ficando no posto até aposentar-se, em 1990. A época como servidor público em um setor estratégico foi muito gratificante para Rubens. Isso porque a Constituição Federal de 1969 passou a exigir que as prefeituras realizassem a fiscalização contábil, financeira e orçamentária dos seus gastos públicos. A novidade fez com que jovens funcionários, como Rubens, se empenhassem ao máximo para aprender e implantar as novas regras previstas na lei máxima do país. Buscando aprofundar seus conhecimentos, Rubens concluiu os cursos de especialização em Auditoria, em 1986, e de aperfeiçoamento em Planejamento Local Integrado, em 1970, ambos oferecidos pela UFSC. Graças à experiência, ele foi convidado pela Esag a executar diversos trabalhos de auditoria e a implantar sistemas contábeis em várias prefeituras catarinenses entre 1973 e 1988. Curiosidades »»Rubens Diniz é irmão da artista plástica Eli Heil, com quem foi morar quando chegou a Florianópolis, no final da década de 1950. Eli (nascida Eli Malvina Diniz) morava na rua Crispim Mira com o marido, José Urbano Heil. A família Diniz fez história não apenas nas artes plásticas. O irmão Florisvaldo, 15 anos mais velho, foi o primeiro reitor da Faculdade de Direito e Ciências Sociais, de Itajaí, e que veio a ser, mais tarde, o embrião para a formação da atual Universidade do Vale do Itajaí (Univali). »»Juntamente com a esposa Zaida Catarina da Silva Diniz, Rubens integrou as Equipes de Nossa Senhora, movimento de casais ligado à Igreja Católica. Por conta desse trabalho voluntário, Zaida e Rubens publicaram diversos livretos sobre a espiritualidade conjugal. 69 70 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 28 Sergio Faraco Ninguém formado em Ciências Contábeis fica desempregado, a não ser que a pessoa não queira trabalhar. As possibilidades de emprego são muito grandes: auditor, professor, fiscal de tributos, perito contábil, investigador contábil...” Contador, bacharel em Direito e pós-graduado em Auditoria, Sergio Faraco tem sua trajetória marcada pela participação em entidades da classe contábil. Em janeiro de 2010, assumiu o quarto mandato como presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), totalizando oito anos à frente da instituição (gestões 1996/1997, 1998/1999, 2008/2009 e 2010 e 2011). Também já presidiu o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis da Grande Florianópolis (Sescon) e a Associação dos Conselhos Profissionais de Santa Catarina (Ascop). Empresário contábil, foi o primeiro catarinense a chegar à vicepresidência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), cargo que ocupou de 2002 a 2005, inicialmente como vice-presidente de Fiscalização e Registro e, após, de Administração. De 2006 a 2007, foi conselheiro suplente do CFC. Raízes A família queria que ele fosse médico, mas Sergio Faraco, nascido em Florianópolis no dia 16 de março de 1950, optou pela profissão de Contabilista, por sua afinidade com cálculos. Foi um concurso público, para bacharel em Ciências Contábeis no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que chamou a sua atenção. A possibilidade de atuar em diversas frentes, aliada ao fascínio pelos números, fez o jovem decidir-se pela carreira contábil. Em seu período universitário, estagiou no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), sendo responsável pela previsão orçamentária e pelo pagamento de 569 empregados. Também atuou no setor de pessoal da Texaco Brasil S.A. Produtos de Petróleo. Logo após a formatura, em 1977, Sergio montou um escritório de Contabilidade, no bairro Estreito, com apenas duas pessoas, ele e o office-boy, e oito postos de gasolina da região como clientes. Trinta anos depois, são cerca de 25 empregados e uma carteira de 180 clientes, com foco no comércio varejista e em empresas prestadoras de serviços. Formação acadêmica A necessidade de ampliar o universo da Contabilidade, cada vez mais diversificado e competitivo, fez com que Sergio buscasse aprimorar seus conhecimentos. Em 1984, ele cursou uma especialização em Auditoria na Universida- O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS de Federal de Santa Catarina (UFSC), mesma instituição que havia lhe dado, 12 anos antes, o título de bacharel em Ciências Contábeis. A curiosidade não parou por aí. Em agosto de 2003, Faraco formou-se em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Entidades O engajamento de Sergio em entidades de classe tem sido o foco de sua carreira como Contabilista, paralela à sua atuação como sócio-proprietário da Faracon Contadores Associados Ltda. Em sua opinião, a participação dos contabilistas em entidades de classe é fundamental para o fortalecimento e aprimoramento da profissão. No Conselho Federal de Contabilidade, já foi vice-presidente de Fiscalização e Registro (2004/2005) e de Administração (2002/ 2003), completando seis anos de vivência na instituição, os dois últimos como conselheiro suplente. Em Santa Catarina, Sergio, depois de presidir por quatro anos o Conselho Regional de Contabilidade (1994/1997), foi novamente escolhido em janeiro de 2008 para comandar a entidade, no biênio 2008/2009. Ao término desse período, foi reeleito para mais um mandato (gestão 2010/2011). Também dirigiu o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis da Grande Florianópolis (Sescon) e a Associação dos Conselhos de Profissionais Liberais do Estado de Santa Catarina (Ascop). Carreira profissional Outra ênfase em sua carreira tem sido a realização de palestras, em vários locais do país, sobre temas ligados à Contabilidade. Foi a forma que encontrou para dividir com diferentes públicos – de profissionais a estudan- tes – o que aprendeu em 30 anos de carreira. Os temas principais de suas palestras são as perspectivas da profissão contábil na época da globalização, a Contabilidade como uma profissão de futuro, fraudes corporativas, ética e marketing. Entre os momentos que ele destaca como os mais importantes no contato com o público, estão a aula magna proferida para calouros do curso de Ciências Contábeis da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), em Lages, para cerca de 200 alunos. Sergio também destaca a palestra sobre pontos relacionados à Dimob/Coaf, que encerrou o 2º Encontro Sul-Brasileiro de Corretores de Imóveis, realizado em 2007, em Florianópolis, para cerca de 1,2 mil pessoas. Curiosidades »»Na profissão, Sergio Faraco contou com o apoio de pessoas que ainda hoje são lembradas com admiração. Ainda jovem, quando estagiava no Departamento de Estradas de Rodagem (DER), teve o incentivo de Ricardo Saporiti e César Amin Ghanen Sobrinho, seus superiores no órgão. »»Mais tarde, José Maria Mendes, então presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e Décio Sardá, na época membro do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), o estimularam a concorrer à presidência da entidade local. »»Ele é casado e tem dois filhos: Taís de Lima Faraco, 6 anos, e Michel Colombo de Medeiros Faraco, 24. C O N TATO (48) 9982-5000 | [email protected] 71 72 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 29 Silvio Lehmkuhl Meyer No último dia 31, enquanto não fechasse o balanço do ano, não era possível sair do banco. A gente via todos indo para o baile, e nós lá...” Silvio Lehmkuhl Meyer formou-se no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1968. Foi professor da instituição entre 1973 e 2003, tendo ocupado diversos cargos nas áreas de chefia e de pesquisa. Durante esse período, ajudou a idealizar e a implantar o escritóriomodelo do curso de Ciências Contábeis e a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese). Também foi funcionário do Banco do Brasil de 1952 a 1981, em postos localizados em Florianópolis, Lages e Foz do Iguaçu (PR). Raízes e formação Nascido em 7 de maio de 1933, em Florianópolis, Silvio Lehmkuhl Meyer envolveu-se com a Contabilidade bem antes de optar pelo curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Formado técnico em Contabilidade pela Academia de Comércio de Santa Catarina, localizada no centro de Florianópolis, em 1952, com a aprovação no concurso público para ingressar no Banco do Brasil, Silvio mudou-se para Lages, onde o aguardava um posto de trabalho como escriturário. Na cidade do planalto serrano catarinense permaneceu dois anos. Após esse período, retornou à sua cidade natal, onde ficou por mais dois até ser transferido para Foz do Iguaçu (PR). Carreira profissional – início Ao voltar a Florianópolis, já casado, Silvio Lehmkuhl Meyer ingressou no curso de Ciências Contábeis na UFSC e formou-se bacharel no dia 2 de dezembro de 1968. Na época, as aulas aconteciam na Faculdade de Ciências Econômicas de Santa Catarina, instalada na rua Almirante Alvim (atual prédio do Badesc – Agência Catarinense de Fomento S.A.). Magistério Como era comum na época aos recém-formados que tinham um bom desempenho na graduação, Silvio Lehmkuhl Meyer foi convidado por seus professores a prestar concurso público O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS para lecionar na UFSC. Foi admitido no dia 10 de agosto de 1973 e permaneceu na instituição até 7 de maio de 2003, após lecionar nos cursos de Ciências Contábeis, Economia e Administração. Neste período, também desempenhou as funções de membro do colegiado do curso de Ciências Contábeis (1987 a 1989), de coordenador de pesquisa do departamento de Ciências Contábeis (janeiro a dezembro de 1994), subchefe em dois períodos (1989 - 1993 e maio a junho 1995), além de chefe do departamento de Ciências Contábeis entre 1995 e 1999. Ao lado do Contador Lindomar Antônio Fabro, ajudou a fundar o escritório-modelo do curso de Ciências Contábeis da UFSC. Bancos e comércio Além do magistério, outra atividade profissional em que Silvio Lehmkuhl Meyer especializou-se é a contabilidade bancária e comercial. Carreira profissional – atual Aposentou-se do Banco do Brasil no dia 7 de setembro de 1981 e da UFSC em 7 de maio de 2003. Atualmente, é voluntário do setor contábil da Ação Social Imaculada Conceição. Entidades Foi um dos sócios-fundadores da Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese), da qual também foi diretor. Na década de 1960, militou no Sindicato dos Bancários de Florianópolis. Curiosidades »»Filho de Hugo e Odete Meyer, já falecidos, morou em Sambaqui em 1939, por conta das atividades do pai, fiscal aduaneiro da alfândega de Florianópolis, encarregado de fiscalizar a circulação de contrabando nos navios que trafegavam pela Baía Norte. A casa onde a família Meyer viveu permanece no mesmo local. Silvio guarda memórias agradáveis da época, pois foi ali que aprendeu a ler. As primeiras palavras foram “Leite Moça”, escritas numa lata de leite condensado. »»A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) também deixou marcas. Descendente de alemães, Hugo Meyer não admitia que se falasse alemão em casa. O medo do pai era de que a família pudesse sofrer retaliações caso fosse vinculada ao nazismo, linha política que vinha sendo combatida com punhos de ferro pelos países “aliados”. »»Como as demais entidades que congregavam trabalhadores no país, o Sindicato dos Bancários de Florianópolis também foi vítima da repressão vivida durante o regime militar pós-1964. As Forças Armadas ordenaram que a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) interviesse no sindicato “comunista”, punisse e transferisse algumas lideranças. O destino de Silvio Lehmkuhl Meyer e de sua esposa, grávida, seria o município de Feira de Santana (BA). “Só que a DRT tinha uma mulher espetacular (Almira) na direção local e que se negou a fazer qualquer coisa. Disse que conhecia todos nós e que não éramos comunistas. Foi um período de muita tensão, uma época de muito nervosismo”, recorda Silvio. »»Silvio Lehmkuhl Meyer é casado e tem cinco filhos (três homens e duas mulheres). C O N TATO (48) 3222-4151 | [email protected] 73 74 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 30 Valério Matos Um gol bonito vale tanto quanto um gol qualquer.” Contador, administrador e economista, Valério José de Matos é sócio-fundador (1976) da Valério Matos S/C de Auditoria, com sede em Florianópolis. Anteriormente, exerceu os cargos de contador e gerente da Caixa Econômica do Estado de Santa Catarina. Elaborou diversos trabalhos de perícias contábeis e implantou vários sistemas de Contabilidade e plano de contas quando da adequação à nova Lei das Sociedades Anônimas. Foi presidente do Lagoa Iate Clube, membro do Conselho Fiscal e viceprovedor da Irmandade do Senhor dos Passos, sendo atualmente consultor administrativo e financeiro da Associação Catarinense para Integração do Cego – Acic. Também teve participação destacada em entidades empresariais, integrando o Conselho Superior da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) – gestão 2007/2009. Apesar de torcedor do Figueirense, foi diretor-financeiro do Avaí FC em 1973, quando o time sagrou-se campeão estadual. Início Nascido em dezembro de 1932, na Praia Comprida, em São José (SC), Valério Matos começou a trabalhar aos 15 anos, como auxiliar de ferreiro, ajudando o seu pai, Zé Matos, o ferreiro da Praia Comprida. Exerceu essa atividade por três anos. Em 1950, prestou serviço militar obrigatório no 14º Batalhão de Caçadores, ficando no exército por mais um ano na patente de cabo. Tornou-se funcionário da Base Aérea de Florianópolis (1951/1953) e, após, do Tesouro do Estado de Santa Catarina (1954/1956). Já como técnico em Contabilidade, formado pela Academia de Comércio de Santa Catarina, Valério começou a trabalhar na Carioni & Irmãos, em 1956, inicialmente como comerciário e, após, como Contador. Saiu do grupo para ser assessor contábil na Escola Técnica Federal de Santa Catarina e Contador de várias empresas, sem manter com elas um vínculo empregatício. Trajetória Profissional Em 1969, Valério ingressou na Caixa Econômica Estadual que, mais tarde, se transformaria no Bescri (Besc S.A. Crédito Imobiliário). Neste, começou como Contador, passou a gerente e, depois, coordenador geral de Planejamento, cargo extremamente importante na época. A partir de 1975, ano em que se desligou da Caixa Econômica Estadual, iniciou atividades como auditor externo independente e, meses depois, fundou a Valério Matos S/C de Auditoria, primeira empresa de auditoria “genuinamente” florianopolitana. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS O tino para os negócios levou Valério a criar, na década de 1980, a Valer Administração e Serviços Ltda., empresa voltada a um mercado que começava, então, a despontar: o de tíquetes refeição. A Valer acabou se tornando, por um bom tempo, líder da Grande Florianópolis em seu segmento. O sucesso despertou interesse e preocupação da concorrência – formada por grandes empresas de fora do Estado – a tal ponto que uma destas se propôs a comprar a marca por um período de 20 anos, apenas com o intuito de tirá-la do mercado. Educação O diploma de Técnico em Contabilidade não foi suficiente para suprir a sede de conhecimento do filho do ferreiro da Praia Comprida. Em 1963, Valério formou-se em Economia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Também por essa instituição, concluiu, em 1966, o curso de Ciências Contábeis e, em 1972, o de Administração. Futebol A vida de Valério foi permeada por uma paixão: o futebol, que começou a praticar ainda menino. Aos 17 anos, foi aspirante no Paula Ramos Esporte Clube, de Florianópolis, sagrando-se campeão da cidade. Um ano depois, participava da Seleção Catarinense, jogando contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro da Juventude Amadorista. Considerado um dos mais perfeitos jogadores da história do futebol catarinense, colecionou títulos durante os 15 anos dedicados profissionalmente ao esporte, incluido o de campeão estadual pelo Paula Ramos, em 1959. Nas décadas de 1949 a 1960, quando ainda não havia o domínio de Avaí e Figueirense, o Paula Ramos era um dos times “fortes” do Estado. Valério também integrou a equipe do Figueirense entre 1963 e 65. Em 1960, foi titular da Seleção Catarinense, considerada na época a “Seleção de Ouro”. Em 2005, recebeu a “Comenda João Havelange”, concedida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por indicação do presidente da Federação Catarinense, Delfim de Pádua Peixoto Filho, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento do futebol catarinense. Outras experiências Mesmo sem saber cozinhar, montou um dos restaurantes mais famosos de Florianópolis, o Pirão, ponto de encontro de políticos, artistas e pessoas de destaque, que funcionou entre 1987 e 2002. A história da cidade, neste período, passou pelas mesas do Pirão e ficou gravada nos depoimentos e mensagens deixadas pelos visitantes em vários livros que Valério guarda com carinho e zelo. Também privilegiando a cultura local, foi inaugurado, neste período, o Pirão do Mercado Público, instalado numa das torres do edifício histórico. Participação Social Foi diretor-tesoureiro (1975/1979) e presidente (1979/1983) do Lagoa Iate Clube, em Florianópolis, e tesoureiro e conselheiro da Associação Catarinense para a Integração do Cego – Acic (1977/2002). Atualmente ocupa o cargo de consultor Administrativo e Financeiro da entidade. Situação atual Delegou aos filhos e sócios a administração da Valério Matos S/C de Auditoria que, depois de reestruturada, passou a ser VGA & Valério Matos Auditores Independentes. Voltando às origens, Valério dedica boa parte de seu tempo à arte de trabalhar o ferro numa oficina instalada em seu sítio. A partir de 2007, passou a administrar, por meio da Valer Comércio de Imóveis Ltda., com sede em Santo Amaro da Imperatriz, um condomínio com oito lotes. Outras informações »»Contador e Assessor Financeiro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de Santa Catarina – 1968/1975. »»Diretor-superintendente da Fundação Instituto Nacional de Artes Culinárias (Finac), de 1999 a 2003. C O N TATO (48) 3028-7776 | [email protected] 75 76 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 31 Waltamir Barreiros Não só estou feliz com a minha profissão como a indico a qualquer jovem que queira iniciar uma carreira promissora. A Contabilidade exige muito do profissional, mas retribui com muitas compensações, oferecendo um leque grande de opções no mercado de trabalho. Quem se dispuser a trabalhar com dedicação e buscar o melhor resultado no desempenho de suas funções estará na direção do sucesso e certamente terá pela Contabilidade uma grande paixão.” Gerente do Departamento de Governança Tributária da Tractebel, Waltamir Barreiros é formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pós-graduado em Auditoria, pela mesma instituição. Na UFSC, leciona no Departamento de Ciências Contábeis desde agosto de 1985. É presidente do Conselho Fiscal da Energia Sustentável do Brasil S.A., detentora da concessão da Usina Hidrelétrica Jirau, localizada no Rio Madeira, Rondônia; representa a Tractebel junto à Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e coordena o grupo de tributação da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), sediada em Brasília. Raízes e formação Waltamir Barreiros nasceu na cidade mineira de Conselheiro Pena e, após o falecimento do pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde seus irmãos já tinham fixado residência. Carreira profissional – início Aos 16 anos, enquanto frequentava o curso Técnico em Contabilidade, começou a trabalhar no escritório de uma indústria de sabão, lidando com notas fiscais e com o faturamento da empresa. Após esta experiência, trabalhou na Gumex S.A. Indústria de Perfumaria onde, então, pôde aprofundar alguns conhecimentos na área contábil. Mais tarde, no escritório de Contabilidade de um conterrâneo seu, no Rio de Janeiro, Barreiros passou a atender a contabilidade de empresas com diferentes perfis. Em março de 1975, foi admitido na Eletrosul e, com a transferência do escritório central da empresa para Florianópolis, Waltamir fez nova mudança, com o objetivo de ficar apenas dois anos. Está na capital catarinense há mais de 30 anos. Graduação e Pós-graduação Formou-se em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1983, e fez pós-graduação em Auditoria na mesma instituição, em 1985, ano em que começou a O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS lecionar. Iniciou o mestrado em Engenharia de Produção na UFSC e, após ter concluído todos os créditos, não pôde apresentar a dissertação para obtenção do título em virtude de demandas profissionais com a cisão da Eletrosul, da qual era Contador, seguida da privatização da atual Tractebel, onde também era o Contador. Magistério Waltamir é professor do departamento de Ciê ncias Contábeis da UFSC desde agosto de 1985. Entre as disciplinas ministradas estão Contabilidade I, Contabilidade II, Estrutura de Balanços, Contabilidade e Análise de Balanços, Contabilidade Rural, Normas Internacionais de Contabilidade e Contabilidade Tributária. Carreira profissional – atual Até 1997, ele exerceu diversas funções na Eletrosul, até chegar ao posto de gerente do Departamento de Contabilidade. Após a cisão parcial da empresa, Waltamir foi transferido para a Tractebel Energia S.A, onde exerceu, até junho de 2005, a função de gerente do Departamento de Contabilidade da holding e de suas controladas, quando passou a ocupar o cargo de gerente do Departamento de Governança Tributária da Tractebel. Proferiu palestras e participou de painéis em diversos eventos de nível nacional em capitais do sul, sudeste e nordeste do país. Entidades Além de membro da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, Barreiros é presidente do Conselho Fiscal da Energia Sustentável do Brasil S.A., empresa detentora da concessão da Usina Hidrelétrica de Jirau, localizada no Rio Madeira, em Rondônia; representa a Tractebel junto à Câmara de Assuntos Tributários e Legislativos da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e coordena o grupo de tributação da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), sediada em Brasília. Foi diretor de Relações Institucionais e posteriormente vice-presidente da Região Sul da Associa- ção Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica (Abraconee), sediada em Brasília; diretor financeiro e membro do Conselho de Administração da Cooperativa de Consumo dos Empregados dos Estabelecimentos Produtores, Transmissores e Distribuidores de Energia Elétrica Ltda. (Cooenergia), com sede em Florianópolis; membro titular do Conselho Fiscal e posteriormente do Conselho de Curadores da Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social – Elos, em Florianópolis; membro do Grupo Tributação do então Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE, com sede em São Paulo; membro do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Concessionárias de Energia (ABCE), sediada em São Paulo, e membro suplente do Conselho Deliberativo da Previg – Sociedade de Previdência Complementar, com sede em Florianópolis. Outras informações Em novembro de 2001, Waltamir recebeu o Diploma Mérito Social, RS – 2001, conferido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. Curiosidades »»A chegada da Eletrosul a Florianópolis em 1975, mudou o perfil da então pacata cidade. A empresa incentivava a transferência de seus funcionários, oferecendo-lhes bons salários para que permanecessem na capital catarinense. Isso acabou inflacionando o mercado imobiliário e fez com que os moradores nativos começassem a conviver com novos habitantes, vindos de Estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Para muitos, Florianópolis nunca mais seria a mesma após a chegada da Eletrosul ao bairro Pantanal e à instalação do campus da UFSC na vizinha Trindade. »»Waltamir Foi um dos fundadores e primeiro diretor financeiro do Bloco Carnavalesco Consulado do Samba, hoje Grêmio Recreativo e Escola de Samba Consulado. C O N TATO (48) 9961-2384 | [email protected] 77 78 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ACADÊMICOS 32 Wanderlei Pereira das Neves Como gestor público, é importante saber equilibrar a equação entre o técnico e o político. O trabalho de convencimento e a superação das dificuldades que a administração coloca ao profissional são exercícios diários e desafiadores.” Formado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Wanderlei Pereira das Neves tem especialização em Auditoria Governamental pela mesma instituição e mestrado em Administração pela Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Ocupa atualmente o cargo de diretor de Captação de Recursos e da Dívida Pública da Secretaria de Estado da Fazenda. Fundou e presidiu a Associação dos Servidores do Controle Interno do Estado de Santa Catarina (Ascisc) de 2005 a 2008. Em mais de 25 anos de serviço público, trabalhou ao lado de sete governadores e 15 secretários da Fazenda. Raízes e formação Wanderlei Pereira das Neves nasceu em Gravatal/ SC, no dia 10 de dezembro de 1963. Aos 18 anos, trabalhava na lanchonete e na olaria da família. Exercia, também, atividades na pecuária, ajudando os pais que tinham uma pequena propriedade. Em agosto de 1982, veio para a capital em busca de melhores perspectivas profissionais, Wanderlei, então, atuou como estagiário na secretaria de Estado da Cultura, Esporte e Turismo, na Biblioteca Pública do Estado, na Caixa Econômica Federal e como funcionário no Bamerindus Crédito Imobiliário (antiga Associação de Poupança e Empréstimo do Estado de Santa Catarina – Apesc). Formação acadêmica Enquanto estudante de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Wanderlei foi monitor do escritório-modelo sob a supervisão do professor Lindomar Antônio Fabro que, hoje, é seu colega nas Academias Brasileira e Catarinense de Ciências Contábeis. Graduação e Pós-graduação Wanderlei formou-se na UFSC, em 1987. Pós-graduou-se em Auditoria Governamental e, a seguir, em Contabilidade Prática Avançada a Distância – ESAF-DF/1999. O mestrado em Administração obteve pela Escola Superior de Administração e Gerência (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com a dissertação Gestão financeira: um sistema de fluxo de caixa para a administração pública. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ACADÊMICOS Contabilidade Pública Carreira profissional – atual Wanderlei era ainda universitário quando passou em concurso de nível médio para o Ministério da Fazenda, de onde logo saiu, convocado para o Instituto de Administração e Previdência Social (Iapas). A aprovação em novo concurso o levou à Secretaria de Estado da Fazenda, onde atuou como auxiliar técnico de controle interno até ser aprovado, em novo concurso, para auditor interno do poder executivo, cargo efetivo que ocupa até hoje. Em 1989, tornou-se chefe de contabilidade financeira do governo. Em 1995, Wanderlei, já como auditor interno, assumiu pela primeira vez a diretoria de Contabilidade Geral da Secretaria da Fazenda. A seguir, ocupou a diretoria do Tesouro do Estado, desenvolvendo, em 1997, o Sistema de Fluxo de Caixa do Governo do Estado, que viria a ser tema de sua dissertação de mestrado. O sistema serviu de inspiração para outros estados brasileiros. Wanderlei coordenou, em 2005, a implantação do sistema financeiro de conta única de Santa Catarina, iniciativa que ajudou a elevar a arrecadação do Estado. De 2004 a 2010 presidiu o grupo gestor encarregado da contratação, desenvolvimento e implantação do Sistema Integrado de Planejamento e Gestão Fiscal – Sigef, responsável por toda a gestão orçamentária, financeira e contábil do Estado, metodologia que ganhou destaque nacional. Em Rio Branco (AC), Wanderlei auxiliou na elaboração do plano plurianual, após a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2001. Atualmente, Wanderlei Pereira das Neves é diretor de Captação de Recursos e da Dívida Pública da Secretaria de Estado da Fazenda e diretor presidente da Santa Catarina Participação e Investimentos S/A (Invesc). Magistério Wanderlei foi professor do curso de Ciências Contábeis da UFSC de 1999 a 2000. Entre 1998 e 2003, lecionou na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Paralelamente, proferiu palestras, coordenou seminários e planejou cursos, especialmente nas áreas de planejamento, de contabilidade pública e de auditoria governamental, foco de sua carreira. Ministrou também cursos de pós-graduação organizados por diversas entidades, dentre elas o Instituto Catarinense de Pós-Graduação (ICPG), a Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese), a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Faculdade Atual da Amazônia (FAA). Entidades Wanderlei é fundador e primeiro presidente (2005–2008) da Associação dos Servidores do Controle Interno do Estado de Santa Catarina (Ascisc). Foi conselheiro-suplente do Conselho Regional de Contabilidade (CRCSC), e representa a secretaria de Estado da Fazenda junto ao grupo de gestores financeiros dos Estados e do Distrito Federal (Gefin). Entre as conquistas à frente destas entidades, destacam-se a criação da carreira de Contador da Fazenda Estadual e a realização de dois concursos públicos, em 2003 e 2009, que levaram à estruturação da sólida carreira de Contador Público e ao fortalecimento da estrutura contábil do Estado, ações que acabaram por se tornar referência para vários outros estados. Homenagens e premiações: Recebeu homenagem da UFSC, como Ex-Aluno de Destaque do Curso de Ciências Contábeis, nas comemorações dos 38 anos do Centro Sócio Econômico daquela universidade (2008). Recebeu, do Estado, Diploma e Medalha do Mérito Funcional Alice Guilhon Gonzaga Petrelli (2010). Curiosidades Jogou futebol por 10 anos pelo Grêmio Desportivo Gravatalense e pelo Termas Futebol Clube, ambos de Gravatal. Na capital, Wanderlei representou durante dois anos o Caeirense na Liga de Futebol Amador. É sócio do Veteranos Unidos de Gravatal (Vugra) e ainda se arrisca em “peladas”. C O N TATO (48) 8801-8265 | [email protected] 79 estatuto e regimento 82 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S Estatuto Social CAPÍTULO I Da Denominação, Sede, Duração, Princípios, Caráter, Objetivos e Finalidades, Patrimônio, Receitas e Área de Atuação SEÇÃO I Da Denominação, Sede, Duração e Princípios Art. 1° - A ACADEMIA CATARINENSE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS é uma associação civil organizada para fins não econômicos, pessoa jurídica de direito privado, que se regerá pelo disposto no presente estatuto, pelo regimento geral, pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, mormente Artigos 53 a 61, e demais disposições legais em vigor aplicáveis à espécie. Parágrafo único - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis não distribui entre os seus associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores eventuais, seus excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferido mediante o exercício de suas atividades ou recebidos por meio de doações ou qualquer outra forma de ingresso, e os aplica integralmente na consecução do seu objetivo social. Art.2° - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis terá sua sede na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, e foro jurídico na mesma cidade e Comarca. Parágrafo Unico: A Academia terá uma Secretaria Executiva sediada na cidade que a Diretoria eleita determinar. Art. 3°- O período de duração da Academia Catarinense de Ciências Contábeis é por prazo indeterminado. Art. 4° - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis, no desenvolvimento de suas atividades, observará os seguintes princípios e práticas: I - Princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência, e não fará qualquer discriminação de raça, cor, gênero ou religião. II - Práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório. Parágrafo único. E vedada à academia imiscuir-se em assuntos de natureza política ou religiosa. SEÇÃO II Do Caráter, Objetivo e Finalidades Art. 5º - Os objetivos e finalidades da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, instituição de caráter científico e cultural, consistem em: I - congregar pessoas de saber reconhecido no meio contábil - acadêmico; II - promover o desenvolvimento científico e cultural das Ciências Contábeis; III - estimular o aperfeiçoamento técnico-científico e cultural dos profissionais das Ciências Contábeis; IV - estimular a integração do conhecimento científico contábil e de pessoas do meio contábil com outras áreas de conhecimento e pessoas de outros meios profissionais; V - fomentar a difusão científica do conhecimento contábil; VI - contribuir para a educação e o bem estar social do país; Art. 6° - Para cumprir seus propósitos colimados a Academia Catarinense de Ciências Contábeis atuará por meio da execução direta, ou em parceria nos projetos, programas e planos de desenvolvimento das Ciências Contábeis; organizará e administrará biblioteca que reúna acervo pertinente à arte, ciência e filosofia da Contabilidade; promoverá reuniões ordinárias, sessões especiais e solenes, conferências, palestras, cursos, exposições e festas de caráter cívico-contábil; participará em eventos de ca- 83 84 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ESTATU TO SO CIAL ráter educativo e de difusão científica, relativos ao meio contábil; em consonância com o regimento interno e próprio, atribuirá homenagens especiais e honoríficas a seus membros efetivos, a outras pessoas (físicas) e instituições; prestará concurso por todos os meios a fim de que se tenha concreta e ampla divulgação dos trabalhos e estudos de autoria de seus Acadêmicos; prestará colaboração às autoridades educacionais no sentido da qualificação do “estado da arte” dos conhecimentos contábeis; constituirá grupos de estudos, celebrará contratos, convênios, termos de parceria, comporá e participará de câmaras setoriais, técnicas ou científicas, entabulará acordos com os organismos e entidades nacionais e internacionais, públicas ou privadas. Tudo fará, sem eleger entre os itens aqui citados, prioritários, mas usará aqueles necessários à consecução de seus objetivos e finalidades. Parágrafo único. As atuações neste Artigo elencadas, não possuem ordem de privilégio ou prioridades para execução, são, todas, tidas como necessárias ao alcance dos propósitos, e a execução de uma, outra ou todas, individuais ou em conjunto, constitui-se como objeto social da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, sem o fim lucrativo. Art. 7° - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis terá um Regimento Interno que, aprovado pela Assembleia Geral, disciplinará o seu funcionamento. SEÇÃO III Do Patrimônio Art. 8° - Constituem o patrimônio da Academia Catarinense de Ciências Contábeis os bens móveis, imóveis, legados, doações, rendas próprias e pelo acervo literário. Parágrafo primeiro - O patrimônio da Academia é indivisível e os associados não participam - titularidade - do mesmo. Parágrafo segundo - É defeso aos membros da Diretoria, em conjunto ou individualmente, obrigar a Academia em operações estranhas aos objetivos e finalidades definidos, ou contrárias à Lei, ou ainda gravar e ofertar o patrimônio da Academia para penhoras ou alienação, salvo por deliberação da Assembleia Geral. Art. 9º - As receitas da Academia serão constituídas pelas contribuições dos acadêmicos conforme estabelecido em Assembleia Geral e disciplinada no Regimento Interno, pelos créditos provenientes de aplicações financeiras, por legados, doações e subvenções pignoratícias. CAPÍTULO II Do Quadro Acadêmico. Art. 10 - 0 número de associados da Academia Catarinense de Ciências Contábeis é de 50 membros, pessoas físicas que preenchendo os requisitos e sejam acolhidas nos termos deste Estatuto e do Regimento Interno designados “Acadêmicos”. Parágrafo primeiro - São requisitos para integrar o quadro social da Academia Catarinense de Ciências Contábeis: a) Possuir formação acadêmica superior com titulação de Bacharel em Ciências Contábeis; b) Registrado no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina, categoria Contador; c) Ser pessoa que possua conduta ilibada, aderida aos bons costumes, à moral e à ética; d) Não possuir gravame de interdição ou impedimento civil ou criminal; e) Declarar conhecer e acolher como próprios os objetivos e finalidades da Academia listados no Artigo 5° deste estatuto. Parágrafo segundo - Cada Acadêmico ocupa uma cadeira no quadro acadêmico, da qual é patrono. Art.11 - Os Acadêmicos são distinguidos entre “Titulares Fundadores” e “Titulares”. Parágrafo primeiro - São Acadêmicos Titulares Fundadores os participantes da Assembleia de Fundação signatários da respectiva ata. Parágrafo segundo - São Acadêmicos Titulares aqueles que atendam aos requisitos do Artigo décimo deste estatuto, e que forem admitidos em conformidade com o que dispõe este Estatuto e o Regimento Interno da Academia. Parágrafo terceiro. A qualidade de associado - Acadêmico - é intransferível, bem como não atribui aos mesmos, participação - titularidade - no patrimônio da Academia. Art. 12 - São direitos do Acadêmico: I - integrar a Assembleia Geral da Academia; O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ESTATU TO SO CIAL II - votar e ser votado para cargos e funções diretivas na estrutura da Academia; III - indicar, para homologação nos termos regimentais, novos membros à Academia; IV - propor, nos termos regimentais, a concessão de títulos e honrarias; V - contribuir e colaborar para a consecução dos objetivos e finalidades da Academia; VI - utilizar os serviços e o patrimônio, mantidos pela Academia, observada a regulamentação específica; VII - apresentar, para deliberação conforme definição regimental, propostas para realização de estudos, pesquisas e outras atividades/eventos de caráter acadêmico científico; VIII - solicitar exclusão de Acadêmicos do quadro social, bem como o próprio, observado as disposições estatutárias e regimentais; e, IX - exercer quaisquer outros direitos previstos no Estatuto. Art. 13 - São deveres do Acadêmico: I - cumprir e fazer cumprir os ordenamentos da Academia e as deliberações da Assembleia Geral; II - - zelar pela boa guarda e licitude do patrimônio da Academia; III - contribuir e defender a construção e manutenção de boa e digna imagem da Academia; IV - prestigiar a Academia por todos os meios ao seu alcance e propagar o espírito associativo e cultural na classe contábil; V - participar dos eventos e ações promovidos pela Academia; VI - aceitar, salvo motivo de força maior, foro íntimo ou outra circunstância relevante, o exercício de qualquer função eletiva, comissão, encargo ou atribuição da Academia; VII - ser adimplente com suas obrigações sociais e acadêmicas; VIII - não tomar deliberação, posição ou participação de interesse e em nome da Academia de forma individual e sem prévio pronunciamento da Academia; e, IX - não fazer manifestações de caráter político ou religioso nas dependências da Academia. Art. 14 - Os associados não responderão, solidária e nem subsidiariamente, pelas obrigações, compromissos e encargos assumidos pela Academia Catarinense de Ciências Contábeis. Art. 15 - A vacância e de uma cadeira será configurada quando por: I - passamento do titular; II - exclusão do titular; ou, III - renúncia do titular. Art. 16 - A exclusão de Acadêmico se dará quando: I - constatado que um o mais Acadêmicos estão pondo em risco a continuidade da Academia, em virtude de ato de inegável gravidade; II - por medida judicial, que tenha tido iniciativa da maioria dos demais Acadêmicos, motivada por constatação de falta grave no cumprimento de suas obrigações para com a Academia. Parágrafo primeiro - A exclusão de Acadêmico, na forma do inciso I deste Artigo, somente poderá ser determinada em assembleia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu comparecimento e o exercício do direito de defesa. Parágrafo segundo - Será de pleno direito excluído do quadro de associados o acadêmico declarado falido ou interditado. Parágrafo terceiro - Toda e qualquer ação, para deliberação de exclusão, deve ser operada na forma estabelecida regimentalmente. CAPÍTULO III Dos órgãos da Academia Art. 17 - São órgãos da Academia Catarinense de Ciências Contábeis: I - a Assembleia Geral dos Acadêmicos; II - o Conselho Fiscal; III - a Diretoria. Parágrafo primeiro - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis não remunera, sob qualquer forma, os cargos e membros do Conselho Fiscal e da Diretoria Executiva, cujas atuações são inteiramente gratuitas. Parágrafo segundo - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis adotará práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes, a coibir a obtenção de forma individual ou coletiva, de benefícios e vantagens pessoais, em decorrência da participação nos processos decisórios. 85 86 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ESTATU TO SO CIAL SEÇÃO I Da Assembleia Geral Art. 18 - A Assembleia Geral da Academia Catarinense de Ciências Contábeis é órgão de instância superior em matéria administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar, sendo sua natureza: normativa, consultiva e deliberativa. Art. 19 - A Assembleia Geral é constituída pela totalidade dos Acadêmicos em pleno gozo de seus direitos sociais. Art. 20 - A Assembleia Geral da Academia Catarinense de Ciências Contábeis será presidida pelo Diretor Presidente, exceto nos casos de convocação extraordinária pelo Conselho Fiscal ou por pelo menos cinquenta por cento dos membros Acadêmicos, sendo que para qualquer dos casos, o presidente escolherá um Secretario para o exercício das funções inerentes a este cargo. Parágrafo primeiro - Nos casos de assembleia convocada pelo conselho fiscal ou por pelo menos cinquenta por cento dos Acadêmicos, a reunião será presidida por Acadêmico eleito entre os presentes, exclusive o presidente ou qualquer outro membro da Diretoria, ou do Conselho Fiscal e Diretoria quando a convocação não for efetuada por estes. Parágrafo segundo - Sempre serão extraordinárias as Reuniões da Assembleia não convocadas pelo Diretor Presidente. Art. 21 - Compete à Assembleia Geral: I - deliberar, aprovando ou não o presente Estatuto, bem como eventuais propostas de alteração; II - eleger, empossar e destituir os membros da Diretoria e do Conselho Fiscal; III - deliberar, aprovando ou não o Regimento Interno, bem como eventuais propostas de alteração; IV - decidir sobre ingresso de novos Acadêmicos Titulares; V - decidir sobre exclusão e pedido de retirada - renúncia - de acadêmico; VI - examinar e deliberar sobre o balanço patrimonial de cada exercício, bem como sobre a prestação de contas anual da administração, ouvindo-se parecer prévio do Conselho Fiscal; VII - deliberar sobre o planejamento e orçamento para o exercício seguinte; VIII - decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar bens patrimoniais que não estejam sob a condição de proibição para o desfazimento ou gravame; IX - decidir sobre a contratação de auditoria externa e independente; X - decidir sobre a dissolução/extinção da Academia Catarinense de Ciências Contábeis; XI - resolver os casos omissos neste Estatuto. Art. 22 - A Assembleia Geral reunir-se-á ordinariamente, duas vezes a cada ano, ou extraordinariamente sempre que houver necessidade por convocação do seu Presidente, ou pelo Conselho Fiscal, ou por, pelo menos, cinquenta por cento dos seus membros. Parágrafo único - As reuniões anuais ordinárias da Assembleia Geral serão realizadas nos períodos de fevereiro a março para decidir sobre a prestação de contas da administração e Balanço Patrimonial e no período de outubro a novembro para decidir sobre o Planejamento e Orçamento da Academia, respectivamente incisos VI e VII do Artigo 21 deste Estatuto, bem como para tratar de outras matérias inclusas na ordem do dia. Art. 23 - As Assembleias serão convocadas através de edital de convocação, dirigido a cada um dos membros e com declaração de recebimento também expressa e/ou por meio de publicação em jornais de circulação nas áreas que compreendem e/ou se localizam as sedes dos associados, tudo com antecedência mínima de 7 (sete) dias, e somente poderão deliberar sobre matérias especificadas na ordem do dia, ou incluídas por deliberação, favorável para inclusão, de pelo menos dois terços dos presentes. Parágrafo único - Nos casos de urgência, o prazo acima estipulado poderá deixar de ser observado, com a própria Assembleia Geral analisando a ocorrência ou não da situação ensejadora deste expediente excepcional, decidindo assim pela validade ou não da Reunião da Assembleia Geral. Art. 24 - As Assembleias Gerais, ordinárias ou extraordinárias, instalar-se-ão e funcionarão em primeira chamada, com a presença de pelo menos 2/3 (dois terços) dos seus membros e, em segunda chamada, a qual somente ocorrerá exatamente trinta minutos após a primeira, com a presença da maioria absoluta dos seus membros. Parágrafo primeiro - Para as deliberações a que se referem os incisos I a IX do Artigo 21 deste estatuto, é exigido o voto concorde de pelo menos 2/3 dos presentes à assembleia que para aqueles fins serão convocadas e, para as demais matérias as deliberações poderão ser tomadas pela maioria simples dos presentes, obedecido o disposto no Artigo 41 deste estatuto. Parágrafo segundo - Não será válida a representação por procuração. Art. 25 - De cada Assembleia Geral será lavrada ata, em livro próprio a qual refletirá, ainda que de forma resumida, as decisões tomadas, devendo ser assinada pelos membros presentes. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ESTATU TO SO CIAL SEÇÃO II Do Conselho Fiscal Art. 26 - O Conselho Fiscal da Academia Catarinense de Ciências Contábeis é órgão de instância curadora e natureza fiscalizadora. Parágrafo primeiro - O Conselho Fiscal é constituído por 4 (quatro) membros, sendo 3 (três) membros titulares e 1 (um) membro suplente, todos associados em pleno gozo de seus direitos, não pertencentes ao quadro de membros da Diretoria Executiva, eleitos para um mandato de 3 (três) anos não coincidentes com o período de mandato da Diretoria Executiva, podendo ocorrer uma recondução para igual período de mandato. Parágrafo segundo - Os membros do Conselho Fiscal não são remunerados pela função que exercerem. Parágrafo terceiro - Para auxiliar o Conselho Fiscal poderão ser contratados anualmente serviços de auditoria externa independente, ouvindo-se a Assembleia Geral. Parágrafo quarto - A escolha dos membros do conselho fiscal se dará por processo eletivo na assembleia geral, com voto individual e secreto, sendo conduzido à presidência do conselho Acadêmico com maior número de votos, os demais, em ordem de maior votação para menor votação, serão: os 02 (dois) mais votados, membros titulares juntamente com o presidente, o menos votado, suplente do conselho. Parágrafo quinto - Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente, até o seu término. Art. 27 - Compete ao Conselho Fiscal: I - examinar semestralmente as contas, livros, registros e demais documentos da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, emitindo parecer que será anexado ao relatório da Diretoria Executiva. II - manifestar-se em todas as situações assim determinadas por este Estatuto Social, e extraordinariamente à As- sembleia Geral, sempre que detectar irregularidade ou desvirtuamento dos objetivos da Academia Catarinense de Ciências Contábeis. III - opinar sabre os relatórios da administração, financeiros e contábeis e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo parecer a ser encaminhado à Assembleia Geral. IV - organizar conjuntamente com a Diretoria, para que se dê publicidade, por meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, o relatório de atividades e das demonstrações financeiras e contábeis da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, as de tributos administrados pelas Receitas Federal, Estadual e Municipal, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão. V - requisitar da Diretoria Executiva, a qualquer tempo, documentação comprobatória das operações econômico-financeiras realizadas pela Academia. VI - convocar extraordinariamente a Assembleia Geral, sempre que negado pelo presidente da assembleia, a pedido de convocação extraordinário efetuado justificadamente. VII - solicitar e acompanhar o trabalho de eventuais auditores externos independentes; Art. 28 - O Conselho Fiscal se reunirá ordinariamente a cada 06 (seis) meses e, extraordinariamente, sempre que necessário. Art. 29 - O Presidente do Conselho Fiscal ocupará uma cadeira na mesa condutora dos trabalhos da Assembleia Geral ordinária e/ou extraordinária, exceto quando na função de presidente extraordinário da Assembleia, oportunidade que ocupará somente este assento. SEÇÃO III Da Diretoria Executiva Art. 30 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis será administrada por uma Diretoria, que é órgão de instância administrativa e natureza executiva com a seguinte estrutura, eleita e empossada pela Assembleia Geral: I - Um(a) Diretor(a) Presidente; II - um(a) Diretor(a) Secretário(a); III - um(a) Diretor(a) Tesoureiro(a); IV - um(a) Diretor(a) de Relações com a Comunidade Contábil; e, V - um(a) Diretor(a) de Patrimônio. Parágrafo primeiro - Os membros da Diretoria serão eleitos para cumprir mandato de 02 anos, permitida uma recondução subsequente ou outras, desde que obedecido intervalo temporal de 05 anos, contados a partir do primeiro ano subsequente ao do último mandato do interessado na recondução. Parágrafo segundo - Ocorrendo a hipótese de impedimento ou ausências temporárias, inclusive licença, a Dire- 87 88 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S ESTATU TO SO CIAL toria designará entre os seus integrantes um substituto, que responderá cumulativamente pelas funções em “exercício temporário”. Art. 31 - A vacância definitiva dos cargos da diretoria executiva será suprida por procedimentos de igual molde ao ordinário, para que sempre se cumpra o mandato original pelo novo eleito. Art. 32 - Compete a Diretoria Executiva: I - cumprir e fazer cumprir o Estatuto, o Regimento Interno e as deliberações das Assembleias Gerais; II - movimentar os recursos financeiros da Academia Catarinense de Ciências Contábeis; III - apresentar e manifestar-se sobre os procedimentos de prestação de contas, incluídos os procedimentos inerentes à matéria que devem ser apresentados ao Conselho Fiscal, e posteriormente à Assembleia Geral, tudo em tempo hábil para que se cumpra o disposto no Artigo 22 e parágrafo único deste Estatuto. IV - reunir-se com instituições públicas e privadas para mútua colaboração em atividades de interesse comum; V·- propor a contratação de serviços de auditoria externa e independente; VI - deliberar sobre a admissão ou demissão de empregados; VII - elaborar e propor o planejamento e orçamento de receitas, gastos e investimentos para submeter à Assembleia Geral. VIII - Propor sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar bens patrimoniais. Art. 33 - Compete ao Diretor(a) Presidente: I - representar a Academia Catarinense de Ciências Contábeis, ativa e passivamente em juízo ou fora dele, para todos os casos lícitos e inerentes ao cumprimento e alcance dos fins e objetivos da Academia; II - convocar e presidir as reuniões da Diretoria, bem como convocar e presidir as reuniões da Assembleia Geral, obedecido o que demanda este estatuto; Art. 34 - Os recursos financeiros depositados em contas bancárias próprias, serão movimentados, conjuntamente, pelo Diretor(a) Presidente e Diretor(a), Tesoureiro(a). Art. 35 - Compete ao Diretor(a) Secretário(a), além das atribuições regimentais, substituir o Diretor Presidente em seus impedimentos ou ausências temporárias. Art. 36 - Obedecido o que determina este Estatuto o Regimento Interno fixará as atribuições e competências necessárias a cada Diretor(a) a fim do cumprimento e atendimento administrativo e executivo da Academia. Parágrafo único - Os membros da Diretoria não são remunerados pela função/cargo que exercerem. CAPÍTULO IV Do Exercício Social, da Contabilidade e dos Livros Art. 37 - O exercício social coincide como o ano civil, sendo que ao seu final serão elaboradas as demonstrações financeiras para a apreciação do Conselho Fiscal, que juntamente com o relatório da Diretoria Executiva, serão encaminhados à Assembleia Geral Ordinária. Art. 38 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis não distribuirá lucros, vantagens ou bonificações a dirigentes, conselheiros e associados, sob forma alguma. Art. 39 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis registrará todas as suas operações econômicas, financeiras e patrimoniais, obedecendo aos princípios fundamentais de contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade, fazendo por profissional devidamente habilitado, funcionário ou empresa de contabilidade, o qual será contratado pela Diretoria Executiva. Art. 40 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis terá para registro de seus atos os seguintes livros, além dos que legalmente são exigidos: I - Livro de Registro de Atas das Assembleias Gerais; II - Livro Registro de Atas da Diretoria Executiva; III - Livro de Registro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal; IV - Livro de Inscrição e Controle de dados dos Acadêmicos. Parágrafo primeiro - Todos os livros descritos nos incisos I a IV poderão ser elaborados por sistemas informatizados, através de fichas ou formulários, e levados ao registro em Cartório competente. Parágrafo segundo - O controle e a guarda de todos os livros serão de responsabilidade da Diretoria Executiva da Academia Catarinense de Ciências Contábeis. O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S ESTATU TO SO CIAL CAPÍTULO V Da Extinção da Academia Art. 41 - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis extinguir-se-á nos casos legais ou por deliberação da Assembleia Geral, pelo voto concorde de pelo menos 3/4 (três quartos) dos associados em pleno gozo de seus direitos sociais, nomeando-se, neste mesmo momento, o liquidante, que deverá funcionar durante o período de liquidação. Parágrafo único - Em caso de dissolução da Academia Catarinense de Ciências Contábeis, o Patrimônio Líquido remanescente depois da cobertura das obrigações, será destinado - distribuído a outras pessoas jurídicas catarinenses, de fins não econômicos, que tenham, preferencialmente, o mesmo objeto social desta e que se situem e atendam diferentes áreas geográficas do estado. CAPÍTULO VI Disposições Gerais e Transitórias Art. 42 - Poderá ser fixada, em Assembleia Geral, contribuição dos associados para a manutenção das atividades administrativas da Academia Catarinense de Ciências Contábeis. Art. 43 - Os indícios fundados de malversação de bens ou recursos de origem pública serão levados ao conhecimento do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina e ao Ministério Publico, sob pena de responsabilidade solidária dos Administradores. Art. 44 - Os casos omissos no presente Estatuto serão resolvidos pela Assembleia Geral da Academia. Art. 45 - No que couber, a administração da Academia Catarinense de Ciências Contábeis baixará resoluções específicas para dar correta, justa e imediata aplicação às disposições deste Estatuto, bem como, articular-se-á com outros órgãos para a finalidade e objetivo propostos. Art. 46 - Os membros da primeira Diretoria e o Primeiro Conselho Fiscal serão eleitos e empossados na mesma Reunião da Assembleia Geral que deliberar sobre este estatuto. Parágrafo único - Compete à primeira Diretoria eleita dar os encaminhamentos necessários e competentes aos registros oficiais e a apresentação da Academia à comunidade em geral. Florianópolis, SC, 19 de dezembro de 2003. Presidente da Assembleia 89 90 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S REGIMENTO INTERNO Regimento interno CAPÍTULO I Da Organização e Finalidade Art. 1º - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis tem sede e foro na cidade de Florianópolis no Estado de Santa Catarina, é uma associação civil, fundada por Assembleia Geral em 22 de setembro de 2003 e organizada para fins não econômicos, como pessoa jurídica de direito privado. O período de duração da Academia é por tempo indeterminado e possui Estatuto Social aprovado na Assembleia Geral realizada no dia 19 de dezembro de 2003. Art. 2º - A Academia tem como objetivos e finalidades a instituição de caráter científico e cultural, consistindo em: I – congregar pessoas de saber reconhecido no meio contábil – acadêmico; II – promover o desenvolvimento científico e cultural das Ciências Contábeis; III – estimular o aperfeiçoamento técnico-científico e cultural dos profissionais das Ciências Contábeis; IV – estimular a integração do conhecimento contábil e de pessoas do meio contábil com outras áreas de conhecimento e pessoas de outros meios profissionais; V – fomentar a difusão científica do conhecimento contábil; e, VI – contribuir para a educação e o bem-estar social do País. Parágrafo 1º. No desenvolvimento de suas atividades a Academia observará os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência e as práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório. Parágrafo 2º. A Academia não fará qualquer discriminação de raça, cor, gênero ou religião, sendo vedado à Academia imiscuir-se em assuntos de natureza política ou religiosa. CAPÍTULO II Da Composição da Academia Art. 3º - A Academia Catarinense de Ciências Contábeis é constituída de pessoas físicas, distinguidos entre “Titulares Fundadores” e “Titulares”, totalizando cinquenta (50) membros. Parágrafo 1º. Cada Acadêmico ocupará uma cadeira no quadro de acadêmicos, da qual é patrono. Parágrafo 2º. São acadêmicos “Titulares Fundadores” os membros que participaram da Assembleia de sua fundação. Parágrafo 3º. Poderão ser acadêmicos “Titulares” aqueles que atendam cumulativamente os seguintes requisitos: a)Possuir formação acadêmica superior com titulação de Bacharel em Ciências Contábeis; b)Registro no Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina, categoria Contador; c)Ser pessoa que possua conduta ilibada, aderida aos bons costumes, à moral e à ética; d)Não possuir gravame de interdição ou impedimento civil ou criminal; e)Declarar conhecer e acolher como próprios os objetivos e finalidades da Academia listados no Artigo segundo deste Regimento Interno. Parágrafo 4º. Para ser considerado de saber reconhecido nos meios contábeis, conforme disposto no item I do Artigo segundo, o candidato deverá ter alcançado, alternativamente, a seguinte posição: a)ter publicado pelo menos um livro, cujo conteúdo esteja relacionado diretamente com a profissão e/ou atividade contábil; b)ter apresentado trabalhos em eventos da categoria contábil, devendo ser escritos, na condição de palestrante, painelista, debatedor em Congressos, Seminários ou afins, em nível nacional ou internacional; O S D E Z A NO S D A A C A D E M I A C ATA R I N E N S E D E C I Ê N C I A S C ON TÁ B E I S REGIMENTO INTERNO c)Ter lecionado em cursos de graduação e de pós-graduação da área contábil em Universidades do Estado de Santa Catarina ou de outros Estados do Brasil. d)Ter idade superior a quarenta (40) anos. Parágrafo 5º. Apenas a morte ou a renúncia tácita ou expressa dos membros determinará a vacância de cadeiras ocupadas. CAPÍTULO III Do Preenchimento de Cadeira Vaga Art. 4º - O Candidato à vaga de cadeira na Academia deverá ser apresentado por Acadêmico, ocupante de cadeira na condição de “Titular Fundador”, oferecendo desde logo, os seus dados cadastrados, em formulário próprio, devidamente assinado pelo candidato e pelo Acadêmico proponente declarando que aceita a indicação e tem pleno conhecimento dos Estatutos e deste Regimento Interno. Parágrafo 1º. O candidato deve estar enquadrado nas condições estabelecidas nos parágrafos terceiro e quarto do Artigo terceiro deste Regimento Interno. Parágrafo 2º. Se eleito, o novo acadêmico deverá apresentar trabalho inédito, em solenidade específica, assinando, nesta oportunidade, o respectivo termo de posse. CAPÍTULO IV Do Processo Eleitoral Art. 5º - O voto será secreto e direto, cabendo um voto a cada Acadêmico, seja ele “Titular Fundador” ou “Titular”, não sendo permitido o voto por procuração. Parágrafo Único. O diploma será conferido aos eleitos com base na ata devidamente autenticada pela mesa eleitoral e pelo Presidente da Academia. Art. 6º - Os componentes da mesa eleitoral serão designados pelo Presidente da Academia com antecedência mínima de dez dias da data fixada para a eleição em qualquer dos casos previstos no presente regimento interno. Art. 7º - Para fins eleitorais, o Edital convocativo de Assembleia Geral será dirigido a cada um dos membros e com declaração de recebimento também expressa, enquadrando-se nestas condições o meio eletrônico, como por exemplo, o e-mail, e/ou por meio de publicação em jornais de circulação nas áreas que compreendem e/ou se localizam as sedes dos associados, tudo com antecedência mínima de sete dias, e poderão fazer parte de outras matérias especificadas na ordem do dia. CAPÍTULO V Da Organização Administrativa Art. 8º - Ao Diretor Presidente compete representar a ACADEMIA, ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, para todos os casos lícitos e inerentes ao cumprimento e alcance dos fins e objetivos da Academia, e ainda: a)cumprir e fazer cumprir este Estatuto e o Regimento Interno; b)presidir a Assembleia Geral; c)convocar e presidir as reuniões da Diretoria; d)Assinar conjuntamente com o Tesoureiro documentos que resultem em direitos e obrigações da Academia; e)Participar de eventos considerados de interesse dos acadêmicos, bem como de órgãos que congreguem a classe contábil, podendo delegar aos diretores, de acordo com os interesses de cada evento. Art. 9º - Ao Diretor Tesoureiro compete arrecadar as contribuições dos associados, rendas, auxílios e donativos, e ainda: a)movimentar, conjuntamente com o Diretor Presidente, os recursos financeiros depositados em contas bancárias; b)pagar as contas autorizadas pelo Diretor Presidente e relacionadas às operações da ACADEMIA; c)apresentar relatórios de direitos e obrigações, receitas e despesas, sempre que solicitados; d)apresentar ao Conselho Fiscal da ACADEMIA, os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas e demonstrações contábeis; 91 92 M U I TO M A I S D O Q U E N Ú M E R O S REGIMENTO INTERNO e)conservar, sob a sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos à contabilidade; f)manter todo o numerário em instituição financeira habilitada no País, exceto “fundo fixo” pré-limitado; Art. 10 - Ao Diretor Secretário compete secretariar as reuniões da Diretoria e da Assembleia Geral, redigir as atas e ainda: a)substituir o Diretor Presidente em seus impedimentos ou ausências temporários; b)publicar todas as notícias das atividades da Academia; c)administrar os serviços da secretaria; d)administrar os serviços de pessoal. Art. 11 - Ao Diretor de Patrimônio compete à identificação, registro, guarda e controle dos bens da Academia, e ainda: a)assinar com o Presidente todos os documentos que resultem em registros de bens, direitos e obrigações e fatos modificativos do patrimônio. b)providenciar no sentido de obter a colaboração de livreiros e de profissionais da contabilidade na formação da Biblioteca, através de donativos; c)promover a organização de Biblioteca de modo que possibilite aos acadêmicos e à classe dos contabilistas a consulta interna; d)apresentar, anualmente, à presidência, a relação de livros adquiridos, doados e consultados para efeitos do relatório; e)elaborar e apreciar propostas de investimentos da Academia e submetê-los a apreciação da Diretoria. Art. 12 - Ao Diretor de Relações com a Comunidade Contábil compete representar a Academia, em conjunto com o Diretor Presidente, ou individualmente, por delegação do Diretor Presidente, em órgãos representativos ou de interesse da classe contábil, ou em eventos por eles realizados, e ainda: a)Organizar e coordenar eventos que congreguem os acadêmicos, demais profissionais da área contábil; b)Promover lançamentos de obras culturais dos acadêmicos; c)Preparar eventos comemorativos da Academia, bem como de confraternização, desde que congreguem os acadêmicos. CAPÍTULO VI Disposições Gerais Art. 13 - Este Regimento Interno, a partir de sua aprovação, terá validade legal consoante o disposto no Artigo sétimo, do Estatuto Social. Art. 14 - Os casos omissos do presente Regimento Interno poderão ser resolvidos “ad referendum” de Assembleia Geral. Regimento Interno aprovado na AGO do dia 06 de junho de 2014. Ficha técnica: Edição e concepção gráfica: Officio (officio.com.br) | Textos dos perfis: jornalistas Márcia Quartiero (coordenação) e Ana Cláudia Menezes