De Samael Aun Weor

Transcrição

De Samael Aun Weor
Retiro Carnaval 2016 - de 05 a 09 de fevereiro
II CRE - IGA
Araucária - PR
2
INSTITUTO GNÓSTICO
DE ANTROPOLOGIA
IGA—BRASIL
www.igabrasil.org.br
É impressionante a FRATERNIDADE
compartilhada por todos os participantes
nos eventos promovidos pelo IGA BRASIL.
As poucas fotos que fazem parte do registro fotográfico, nos versos da capa e nas
páginas 22 e 23, não conseguem expressar
tudo o que foi vivido, sentido e plasmado
em cada um desses eventos. Com certeza,
o fortalecimento da Fraternidade é um
dos grande resultados dessas reuniões.
Em abril, no CRE I, teremos pela primeira vez o I Retiro Gnóstico de Missionários do IGA Brasil. Os assuntos e as discussões propostas promoverão um importante encontro para a Gnose.
Como nas edições anteriores, registramos
os eventos não apenas com fotos, mas
também com as conferências. Assim, não
deixem de ler os RESUMOS dos temas
que os missionários do Rio de Janeiro
apresentaram no IV Encontro Regional
Gnóstico Rio-Minas, ocorrido na cidade
de Rio das Ostras. Com certeza, ele elevou o ânimo dos participantes para a VII
Convenção Nacional, de 12 a 15/11/16, em
Salvador.
Maitreya
Revista elaborada pelo Instituto Gnóstico
de Antropologia (IGA Brasil) para a
divulgação dos Ensinamentos Gnósticos
Ano VI - Nº 031
Trimestral - 600 exemplares
55º Ano da Era de Aquário
Presidentes de Honra:
V.M. Samael Aun Weor, V.M. Litelantes e
Sr.
(fundadores e Diretores das Instituições
Gnósticas)
Editor: R icar do Nair o de Sou za
Direção de Arte: Alber to Paula de
Souza, Édson Collo e Ricardo Nairo
Redação: Alber to Souza, An a Reis,
Antônio Luiz D. Tavares, Jussara
Teodoro, Leandro Bellio, Ricardo
Amâncio, Ricardo Nairo, Rubens Ribeiro
Rodrigues, Tereza Félix.
Apoio Geral: Alice Can ella, P au la
Novelino e Selene de Jesus.
Colaboradores: In str uto r es e
Estudantes Gnósticos do IGA BRASIL
Capa: “Templo de Atena – As Cariátides
Erechtheion”, por Beraldo e Edson Collo.
SUMÁRIO
03 Editorial: Fraternidade, sempre!
29 Pilares do Conhecimento - Filosofia:
04 Ensinamentos de Samael
Gnosis, o Único Caminho
36 Ensinamentos de Samael II
Mensagem à Juventude Gnóstica
11 Perfil Missionárias do IGA Brasil:
37 Sala de Estudos Gnósticos:
12 Samael Responde:
39 VII Convenção Nacional Gnóstica:
13 Sem Entropia e “O Eremita”:
42 Calendário de Atividades
14 IV Encontro Regional Rio-Minas:
Resumo das Conferências
43 IV Encontro Regional Gnóstico RioMinas: registro fotogr áfico (+pág.22-23)
Maria Alice Canella - Campinas/SP
A Escola Baal e outros Assuntos
Serenidade e Paciência
Sobre a Gnosis e seu Centro de Gravidade
Tema e Simbolismos
25 Pilares do Conhecimento - Mística: Um 44 Cartaz da VII Convenção Nacional
Gnóstica: de 12 a 15/11/16 - Salvador
Encontro com o Mistério
3
por Samael Aun Weor
A hora atual é, realmente,
crítica e terrível. Há alguns
anos,
o
“Rei
do
Mundo”
(Melquisedeque)
que, como já sabemos, mora
em Agarta, fez, no Tibete,
algumas profecias que se
estão cumprindo. Disse que:
“a meia lua (referindo-se aos
povos
árabes)
seria
destruída e que as tribos
árabes
terminariam
guerreando-se umas contra
as outras...”
Estamos começando a ver
tudo isto, a exemplo dos
revolucionários árabes, os
palestinos e jordanianos que
já travaram batalhas.
Estamos vendo, agora, todos
os povos árabes se lançarem
contra Israel, armados até os
dentes
e,
desafortunadamente, sendo
derrotados novamente. A
divisão
árabe
inquieta
atualmente o mundo, devido
aos interesses criados. As
ricas jazidas de petróleo são
atualmente disputadas entre
os Estados Unidos e a União
Soviética. A questão é que as
jazidas petrolíferas estão se
esgotando em todo o planeta.
Portanto, meus caros irmãos,
os árabes possuem as mais
ricas jazidas de petróleo,
constituindo-se no motivo da
disputa entre as Grandes
Potências nestes instantes.
Assegurou Melquisedeque,
“Rei de Salem e do Mundo,”
tal como dissera Paulo de
Tarso: “Haverá uma guerra
mundial terrível; guerrearão
na Terra, de norte a sul, de
leste a oeste, em todas as
partes, sob os mares, no
espaço, até a destruição da
Raça humana”. Profetizou
também que: “ocorrerão
delitos que até agora não
estão catalogadas nas leis
humanas; que um verão
terrível assolará o mundo,
haverá pestes, enfermidades,
misérias
e
grandes
cataclismos”. Falou ainda
que: “de cada dez mil
pessoas, quando muito, uma
poderá ser salva da morte.
Não obstante, as poucas
pessoas que conseguirem ser
salvas, destruir-se-ão umas
às outras e os raros
sobreviventes serão tão
incapazes de levantar uma
choça, como de buscar
alimento...
terminarão
protestando contra Deus,
contra
a
Divindade”.
Assegurou claramente o “Rei
do Mundo” que, no momento
final, enviará um povo
totalmente desconhecido das
pessoas que será chamado
para iniciar uma Nova
Ordem sobre a face da Terra.
Se estudarmos Nostradamus
evidenciaremos que, de igual
forma, ele fez profecias que
se estão cumprindo e que se
seguirão
cumprindo.
Profetizou a Primeira e a
Segunda Guerras Mundiais e
“por uma letra”, não deu o
nome completo de Hitler.
Tudo o que aconteceu na
Segunda Grande Guerra foi
predito por esse grande
sábio.
Nostradamus
também
assegurou que no ano de
1999, no sétimo mês, um
gigantesco
mundo
se
acercará da Terra. Seu brilho
será tão intenso que parecerá
um segundo Sol. Isso dá a
entender, ainda segundo
Nostradamus que a Terra
passará por uma revolução
dos seus eixos, fazendo com
que fique mais afastada, no
vazio, como se estivesse
caindo, fora de órbita,
provocando
catástrofes
terríveis.
Também é certo que
Nostradamus enviou cartas a
um determinado parente,
antes de morrer, dizendo que
não podia escrever tudo o
que sabia a respeito do “Fim
dos Tempos” (que vivemos
atualmente), nem acerca da
Religião (tal como as pessoas
conheceram
na
Idade
Média), nem também sobre
as Nações e Estados. Tudo
isso porque os fatos seriam
tão distintos e estranhos para
aquela época que, se houvera
falado ou exposto tudo, tanto
os Chefes da Igreja como os
Chefes de Estado não
ficariam contentes. Por isto,
enfatizava que se via na
necessidade
de
guardar
silêncio. No entanto, deixaria
uma obra escrita relatando
tudo o que haveria de se
suceder nos “Tempos do
4
Fim”. Esse livro ele deixaria
escondido
sob
um
monumento e no dia
previsto, uma criança o
descobriria, guardado em
uma caixa; após abri-la a
criança seria ferida e
morreria. Mas que o livro
contém, em si mesmo, tudo o
que haverá de ocorrer, de
forma
detalhada,
nos
“Tempos do Fim”.
Tudo isto confirma que
Michel de Nostradamus não
ignorava nada do que
atualmente está ocorrendo,
nem muito menos os
acontecimentos que estão por
vir. Nestes instantes, estamos
diante do dilema de Ser e de
Não-Ser da Filosofia: ou
resolvemos
chegar
à
autorrealização, ou não.
Ao chegarmos neste ponto,
muitos perguntariam: qual é
o Caminho? Por onde é o Caminho? Meus queridos irmãos, é necessário compreendermos a Senda, de forma
judiciosa. Há Escolas Esotéricas que enfatizam a ideia de
que
existem
doze
“Caminhos”, que estão correlacionados com as doze
Constelações
Zodiacais.
Existem instituições que supõem que existem “Sete Caminhos”. Necessitamos analisar para sabermos qual é o
Caminho... sobretudo, os aspirantes a instrutores gnósticos. Os irmãos devem ter
consciência acerca do Caminho e compreendê-lo porque
não seria possível que nos
tornássemos conscientes de
algo que não compreendêssemos. Para isto, é necessário
análise, reflexão, pois só assim poderemos compreendêlo. Seriamente, quero que
ajuizemos esta questão.
Jesus, o Cristo, que foi o
maior instrutor dos últimos
tempos, nunca disse que
existem vários Caminhos.
Nós que temos estudado profundamente tanto os Quatro
Evangelhos, como também
os chamados “Evangelhos
Apócrifos”,
que
de
“apócrifos” (na denotação de
falsos) não têm nada, não
mencionam a existência de
vários Caminhos.
Quando investigamos acerca
de Gurdjieff e de seus discípulos Ouspensky, Collins,
Nicoll, verdadeiros exegetas
do “Quarto Caminho”, fica
evidenciado que, realmente,
eles só aceitam um Caminho.
Gurdjieff disse que existem
Quatro Caminhos, não obstante, quando os analisamos,
ficam reduzidos a um Único
Caminho.
O primeiro, seria o Caminho
do Faquir, que segundo Gurdjieff, para exemplificar, relata que conheceu um faquir
que permaneceu por trinta
anos à porta de um templo,
sustentado apenas sobre a
ponta dos pés e dos dedos
das mãos: permaneceu durante trinta anos nessa posição. Para tomar banho, seus
discípulos o amarravam e o
levavam ao rio, davam comida e voltavam a colocá-lo diante da porta do templo. Os
faquires fazem esforços tremendos, sobre-humanos. Na
Índia existem faquires que
permanecem de pé durante
toda a vida, em meio aos
vendavais e sob o calor do
Sol. Suas pernas se atrofiam
a ponto de não mais poderem
caminhar. Outros, deitam-se
sobre uma pedra ou carriços,
ou levantam um braço e não
voltam a baixá-lo nunca mais
em toda a vida; alguns, sentam-se sobre um formigueiro, até que as formigas os
despedacem. No entanto, o
que buscam esses faquires?
Uma única coisa: criar o
“corpo da vontade consciente”. Os faquires poderiam
criar o “corpo da vontade
consciente”, denominado de
“corpo causal”, através dessa
classe de exercícios físicos?
Aqueles que alcançaram verdadeiramente o Adeptado,
sabem muito bem que, qualquer corpo, seja físico ou suprassensível, só pode ser criado através da sábia transmutação do hidrogênio sexual
SI-12. A única coisa que os
faquires conseguem é desenvolver o poder da vontade e
nada mais, porém não criam
o “corpo da vontade consciente”, que é completamente
distinto e diferente.
Mais além do Caminho do
Faquir temos o Caminho do
Monge. Se uma pessoa em
alguma existência, tiver se
dedicado ao faquirismo, com
anelo de seguir o Caminho,
seguramente, em sua próxima existência, poderá desenvolver o aspecto emocional
de seu Ser, tornando-se monge. É claro que um monge
desenvolve a emoção superi5
A Gnosis, o Único Caminho
or, mas isto não quer dizer
que consiga criar o “corpo
astral” nem algo pelo estilo.
Isto é distinto porque, como
já disse a vocês, cada corpo é
criado, unicamente, mediante
a transmutação dos hidrogênios. Nisto se incluem os
quatro “corpos gloriosos” denominados de: nirvanakaya,
adikaya, sambogakaya e
dharmakaya. De tal modo,
não é possível se criar nenhum “veículo” quando se
exclui o hidrogênio sexual Si
-12. Podemos dizer que o
monge desenvolve a parte
emocional? É certo, mas isso
não é tudo. Em novas existências, os que foram monges
retornam como iogues, sabendo-se que existem muitas
classes de Iogas, a exemplo
da Hatha-Ioga, que está desqualificada pela Venerável
Loja Branca. Por outro lado,
existe outro tipo de HathaIoga, denominada de Ioga
Tântrica, que não está desqualificada, ao contrário.
Existe a Bakti-Ioga, ou seja,
a Ioga da Devoção que desenvolve a parte mística de
forma extraordinária. A devoção elevada nos pode levar
à Iluminação, porém, tampouco nos pode levar à autorrealização íntima do Ser.
Existe a Gnana-Ioga, ou seja,
a Ioga Mental que almeja o
conhecimento de si mesmo e
que está relacionada com as
distintas disciplinas da mente; embora proporcione o samadhi, não conduz à autorrealização. Também temos a
Raja-Ioga que objetiva o desenvolvimento dos chacras e
dos poderes ocultos. Este ti-
por Samael Aun Weor
po de Ioga consegue certo
desenvolvimento, não há dúvida, entretanto não nos conduz à autorrealização. Quanto à Kundalini-Ioga, também
chamada de Agni-Ioga, essa
Ioga do Fogo nos leva às
portas do Quarto Caminho.
Em si mesma, a KundaliniIoga está muito mais além
dos Caminhos do Faquir, do
Monge e da Ioga. Sem embargo, o Quarto Caminho
tem aspectos dos Caminhos
do Faquir, da Ioga e do Monge sem que tenha, especificamente, a ver com nenhum
deles.
O Quarto Caminho é a Gnosis de Hermes Trismegisto, a
Gnosis dos essênios, dos peratas ou peraticenos. É a
Gnosis dos gregos, de Jâmblico, de Pitágoras, dos grandes alquimistas medievais
como Raimundo Lulio, Nicolas Flamel, Bernardo Trevisano, dentre outros. É a Gnosis de Jesus de Nazaré, de
Paulo de Tarso, dos Mistérios
de Mitra, de Tróia, de Roma,
de Cartago, do Egito, dos
maias, dos druidas, dos nahuas... Gnosis significa: sapiência, conhecimento.
Disse com justa razão Gurdjieff: “Existe uma chave, a
da Arca da Ciência e nós a
temos. Como chegou a nós?
Não importa como. Pode ser
que alguém a tenha roubado
ou que nos tenha sido presenteada. Não importa, o
certo é que a temos!” Porém,
qual é a Chave da Arca da
Ciência? Inquestionavelmente, o Grande Arcano, o Sahaja Maithuna, o Tantrismo,
tanto oriental como ocidental. Por essa razão, irmãos, os
Quatro Caminhos pertencem
a um Único Caminho, apertado, estreito e difícil, que está
representado pelas quatro
pontas da cruz, pelos Quatro
Vedas, pelos Quatro Evangelhos.
Francamente, preferimos ir
direto à Gnosis, como dissera
em uma de suas obras, Dom
Mário Roso de Luna, insigne
escritor espanhol: “à Gnosis!”. (Dom Mário Roso de
Luna foi teósofo, porém no
fim da vida tornou-se gnóstico. Ele era conhecido como o
famoso Mago de Lofrosant).
Agora não existe mais tempo
a se perder passando anos no
faquirismo; encontramo-nos
em um momento crítico e difícil. Já estamos vivendo nos
“Tempos do Fim” e haverá
muitas catástrofes até culminar com a Grande Catástrofe
que selará todo o Apocalipse.
Agora já não mais podemos
passar dezenas de existências
fazendo papel de faquires,
monges e iogues, temos pressa. No atual momento em
que nos encontramos se nos
exige que, de uma vez, tomemos o Quarto Caminho, a
Gnosis, a Quarta Via, que é o
mais prático.
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Continuando com esta análise, meus caros irmãos, evidenciamos no terreno da vida
prática que, certamente, nem
todos os seres humanos estão
preparados para a autorrealização, aqui e agora. Tenha-se
em conta que as pessoas desta Idade de Kaliyuga são
completamente débeis e degeneradas; não são capazes
de poder, verdadeiramente,
seguir a Quarta Via. Elas terão que começar por regenerar o cérebro, e isto somente
é possível, mediante a transmutação do esperma em
energia. Todavia, como estão
degeneradas em sua maioria,
não têm, nem ao menos, a
força de vontade nem a continuidade de propósitos que
se requer para regenerarem o
cérebro. Por isto, estamos diante uma situação embaraçosa...
Os astecas não ignoravam
nada disto. Claramente, nos
dizem os nahuas que: “mais
além de tudo o que existe, há
quatro Céus ou Regiões” que
denomino de “Mundos Atômicos”. Eles nos falam, por
exemplo, do Reino de Tláloc
e do Reino de Quetzalcóatl.
Dizem que “muitos guerreiros” (referindo-se não de forma denotativa aos guerreiros
de tribos no aspecto físico ou
no sentido vulgar da palavra,
senão no sentido interior do
conceito): “que muitos guerreiros que se propõem a se
libertar depois da morte física, para viverem em qualquer desses Paraísos, terão
que passar por terríveis provas”. Dizem que: “eles se
transformam, ou seja, desintegram os elementos inumanos até que, finalmente, a Al-
ma ou Essência pura dos
guerreiros se eleva e penetra
mais além do “Terceiro
Céu”, ou seja, submerge-se
no Espírito Universal de Vida. Essa classe de seres se
propõem, por meio desse sistema, a emancipar-se, libertar-se por um tempo, enquanto finaliza esta nossa
Idade do Quinto Sol ou Idade
de Kaliyuga”. Posteriormente, afirmam que: “muitos dos
que se libertaram, renascerão na futura Sexta Grande
Raça ou como dizem os nahuas, no futuro Sexto Sol”.
Conheci uma dessas pessoas
que havia conseguido um
bom nível de despertar da
Consciência e que após a desencarnação,
defrontou-se
com os “terrores da morte”.
Essa pessoa pôde reviver toda a sua existência em forma
retrospectiva: desde a hora
da morte, o período da velhice, do nascimento. Concluída
a revisão, foi julgada pelos
Senhores da Lei, sentiu o
“Furacão ou Vento do Carma”, não obstante, permaneceu serena. Infinitas aparições espectrais intentaram
fazê-la regressar ao interior
de alguma “matriz” (ou corpo), mas permaneceu impassível. Tinha somente um anelo: emancipar-se! Finalmente, entrou numa Região Inefável, numa dessas “Regiões
Atômicas” controladas por
determinadas Deidades Cósmicas, dando-lhe permissão
de escolher. Teve um renascimento, não físico, mas sobrehumano ou sobrenatural, naquelas regiões inefáveis.
Com a ajuda de sua DivinaMãe-Kundalini
continuou
trabalhando, eliminando os
“elementos inumanos” que
levava dentro, até que a Essência ficou completamente
pura, isenta de toda classe de
“dejetos”.
Do mundo físico também lhe
ofereceram ajuda e quando
intentava regressar ao plano
físico, escutava a voz dos
Iniciados que lhe diziam:
“Afasta-te, afasta-te, afastate!”. Finalmente, quando pôde desintegrar a última “larva
do eu”, quando a Essência
ficou cristalina, diamantina,
então, submergiu-se entre o
seio da Grande Realidade,
como um Buda-Elemental.
Entretanto, antes de passar ao
seio da Grande Realidade,
teve que atravessar quatro
fases distintas: a primeira,
relacionada com os nirmanakayas; a segunda, correspondente aos adikayas; a terceira, relacionada com os sambogakayas e, finalmente, a
que classificamos como
dharmakayas. Estes são os
quatro “Estados de Esplendor
e de Vazio Iluminador” pelos
quais se deve passar.
Dessa maneira, quando conseguiu submergir-se, definitivamente, no seio da Grande
Realidade, converteu-se em
um belo menino, cheio de
formosura. Antes de alcançar
esse estado, assumiu distintos e extraordinários aspectos
psicológicos. Agora, vive
nessa Região da Luz, entre o
Grande Oceano, não como
um Mahatma ou como um
Anjo - porque não é nem um
nem outro -, senão como um
Buda-Elemental. É claro que
para ele, não estão encerradas as oportunidades, porque
7
A Gnosis, o Único Caminho
a todos se nos outorgam três
mil ciclos de vida. O Iniciado
terá que aproveitar as oportunidades com as quais se deparará na futura Sexta Raça,
na Idade de Ouro, depois do
Grande Cataclismo que se
aproxima. O que fez foi retardar sua autorrealização para a futura Sexta Raça-Raiz.
Reflexionou sobre o que faria vivendo nesta “cloaca do
Samsara”, sofrendo, expondo-se à Involução, uma e outra vez, dentro do “Mundo
Submerso” e por isso, sentindo-se incapaz, retardou seu
processo para regressar na
futura Idade de Ouro.
Assim, estamos ante o dilema do Ser e do Não-Ser. Ou
andamos pela “Quarta Via”,
que nos leva à autorrealização, ou resulta melhor, neste
caso, prorrogar. Porque triste
seria seguirmos nesta “cloaca
do Samsara”, horroroso termos que descer aos Mundos
Infernais, para recomeçar a
jornada. Precisamos nos auto
-examinar: ou servimos ou
não servimos; ou nos sentimos capazes de trilhar a Senda, ou não. No caso de, honradamente, não nos sentirmos capazes, é melhor que
dissolvamos o ego e despertemos a Consciência, para
depois, submergirmo-nos no
seio da Grande Realidade.
Na futura Sexta Raça-Raiz,
através da qual surgirá uma
nova Idade de Ouro, as condições serão favoráveis. Não
há mais tempo, repito: temos
que nos auto-examinar, judiciosamente,
Existe no Tibete, a “Escola
dos Bons” que merece uma
por Samael Aun Weor
reflexão muito séria. Blavatsky enfatiza a ideia de que
eles são Magos Negros de
“capacete vermelho” e assegura
também que
os
“Dugpas” são tenebrosos. No
entanto, é necessário examinar este ponto. Sobre os
“Dugpas”, francamente, é indubitável que eles são
“Magos Negros”, que praticam o Tantrismo Negro com
a ejaculação do ens seminis,
e se convertem em Tântricos
tenebrosos, disso não se tem
dúvida. Quanto aos “Bons”
temos que analisar e retificar.
A “Iniciação Bon” é terrível.
Se um indivíduo, por exemplo, quer seguir a Senda, é
submetido a rigorosas provas: o sacerdote soa uma
trombeta, formada com ossos
de mortos e adverte ao neófito sobre todos os perigos; invocam-se os eus psicológicos, o conglomerado de
“elementos inumanos” que
ele carrega dentro de si, torna
-os visíveis e tangíveis no
mundo físico e ordena a esses agregados animalescos
que devorem e traguem o
neófito. Quando o neófito
permanece sereno, nada
acontece, caso contrário, pode morrer devorado pelos
seus próprios “agregados psíquicos”, materializados fisicamente. É dessa forma que
o neófito fica sabendo acerca
de seus eus, de seu ego.
Quando permanece sereno,
compreende a necessidade
que tem de dissolver os
“elementos inumanos” que
carrega. (Os próprios eus do
neófito são materializados
para que ele possa vê-los).
Então, ele fica sabendo qual
é o procedimento: desintegrar seus defeitos!
A “Iniciação Tantra dos
Bons” é formidável e logo
após, começa a prática do
Tantrismo: inicia-se o trabalho com a transmutação do
esperma em energia juntamente com sua “esposasacerdotisa”. Os sacerdotes o
ensinam a desenvolver todas
as faculdades e poderes, até
chegar à autorrealização íntima do Ser. Todavia, se o neófito não quiser regressar, por
não se sentir capaz de se autorrealizar, pode prorrogar o
processo para a futura Sexta
Raça-Raiz. Neste caso, são
ensinados mantras para que
ele vocalize e seu corpo seja
fulminado, instantaneamente.
Logo após, já fora de seu
“veículo físico”, começa a
ser instruído pelos “Bons”
que o fazem passar, por todos
os “terrores” que existem.
Finalmente, dissolvido o ego,
o neófito pode emancipar-se
e submergir-se, como um
Buda-Elemental, no seio da
Grande Realidade, aguardando aí, até que passe esta Idade de Kaliyuga.
Sim, é terrível a presença de
um sacerdote “Bon”, quando
este se apresenta com seu
avental, formado por crânios
e ossos de mortos, com sua
mitra vermelha e o seu punhal na mão direita; tudo isso
assombra e horroriza. É por
causa disso que Blavatsky
qualificou-os de “Magos Negros”, mas analisando esta
questão, judiciosamente, evidenciamos que não são
“Magos Negros”, pois não
8
praticam o “Tantrismo Negro”. Para ser “Mago Negro”
tem
que
se
praticar
“Tantrismo Negro” e os
“Bons” não o praticam. A
Iniciação que eles promovem, quando alguém quer se
meter pela Senda do Fio da
Navalha, é a do “Tantrismo
Branco”. Ensina-se ao Iniciado a transmutação do esperma em energia, entrega-selhe os mantras para se ativar
os chacras conduzindo-os pela Quarta Via. Portanto, os
“Bons” não são “Magos Negros”. eles são é radicais,
“violentos”, ninguém os entendem, nem Blavatsky que
os julgou equivocadamente.
Dos “Dugpas” não duvido
muito porque estes ensinam
o “Tantrismo Negro”. Portanto, no que diz respeito aos
“Bons”, toca-nos retificar.
Estamos diante do dilema do
Ser e do Não-Ser da Filosofia. Por outro lado, existem
alguns que querem trabalhar
na Quarta Via, que querem
chegar à Quinta Iniciação do
Fogo, quer dizer, buscam tornar-se Adeptos para ingressarem na Fraternidade Oculta.
Quem chega à Quinta Iniciação se encontra diante de
Dois Caminhos, porém somente quando se chega à
Quinta Iniciação. Um é o
“Caminho Direto”, que o leva até o Sagrado Sol Absoluto, e mais ainda, até o Absoluto Imanifestado Shakti. O
outro, é o “Caminho Espiralóide”, a “Via dos Nirvanis”,
daqueles que se submergem
em meio à felicidade do Nirvana. Os primeiros, os da
“Via Direta”, renunciam ao
Nirvana por amor à humanidade. os outros, não renunci-
am ao Nirvana e se submergem em si mesmos, só tomam corpo em raríssimas
ocasiões, vivendo em um estado de felicidade inconcebível, mais além do bem e do
mal. Quando tomam corpo,
dão um passo mais adiante e
voltam a submergir-se no
Nirvana, para sempre. Por
isso, é maior sua felicidade e
pouca a sua dor. Finalmente,
podem chegar ao Absoluto
em algum futuro Mahamvantara. Sem embargo, para poderem chegar ao Absoluto
terão que passar por muitíssimos Mahamvantaras, talvez
por milhões de Mahamvantaras, porque aí vivem felizes e
não têm o afã de chegar ao
Absoluto. Eles são felizes e
isso é tudo.
Na Alquimia as duas Vias
possuem as seguintes denominações: A “Via Direta”
que é chamada de “Via Seca”; e a “Via Espiralóide”
que é chamada de “Via Úmida”. Afirmam os alquimistas
que, para se realizar o trabalho na “Via Direta”, na “Via
Seca”, são gastos “oito dias”.
Dizem os mesmos alquimistas, os grandes Mestres da
Arte Hermética que, para realizar o Grande Trabalho, a
Magna Obra, na “Via Úmida” são gastos “dezoito meses”. Naturalmente, estamos
falando de números simbólicos. Esses “oito dias”, são
realmente “oito anos” para
que o indivíduo realize a
Grande Obra. Qualquer alquimista medieval, depois de
haver preparado seus fogos
durante muitos anos de sacrifício e esforço, finalmente,
consegue ingressar na Gran-
de Obra, à qual, repito, se realiza em “oito anos”. Depois,
advém a autorrealização e a
ressurreição, quando o Rei
(Hiram Abiff) sai do “maisalém”, levanta-se de seu sepulcro de cristal, chega aqui
no mundo físico e penetra
dentro de um corpo humano
para fazer um grandioso trabalho.
Quanto aos outros, diz-se que
realizam a Grande Obra em
“dezoito meses”. Quando
examinamos cabalisticamente a soma dos dígitos, observamos o número nove duas
vezes (9+9). Isto significa
que eles sempre estarão em
contato, uma e outra vez (em
intervalos) com a “Nona Esfera” durante milhões de
anos, ou seja, através de sucessivos Mahamvantaras. Esta é a linguagem alquimista e
cabalística.
Estamos diante do dilema do
Ser e do Não-Ser da Filosofia. Temos mostrado o Caminho que existe para a emancipação dos que não querem
se autorrealizar por agora,
que querem adiar (e muitos
adiam) o processo. Dissemos
que os que entram no Caminho, ao chegarem à Quinta
Iniciação do Fogo se defrontam com duas opções: a “Via
Espiralóide” e a “Via Direta”. Na terminologia alquímica são: a “Via Úmida” e a
“Via Seca”. Ao examinarmos
cuidadosamente a autorrealização, verificamos que é necessário se trabalhar com a
energia criadora do Terceiro
Logos, com essa força maravilhosa que nos trouxe à
existência. De modo algum,
seria possível criar os corpos
9
A Gnosis, o Único Caminho
existenciais superiores do Ser
à base de puras teorias, preconceitos, eruditismo ou
através dos exercícios físicos
praticados pelos faquires e
hatha-iogues.
Contrariamente, trata-se de
criar e, para tanto, necessitamos apelar para essa mesma
força com a qual o Logos
cria. De igual forma como no
Universo tudo tem um
“Caos” de onde brotou ou foi
gerada a Criação, assim também
o
“microcosmohomem” tem o seu “Caos”
que é o seu esperma sagrado.
Esse “Caos Metálico” onde
estão todos os elementos em
desordem é um “Caos” muito
similar ao que existe no espaço, antes de surgir um mundo
ou um Sistema Solar. Igualmente, como o Logos Arquiteto gerou no “Caos” ordenando onde havia desordem
através da separação das
“águas superiores das águas
inferiores”, assim também,
temos que fazer com esse
“Caos” que existe no nosso
microcosmo, consoante ao
axioma que diz: “Tal como é
em cima, é embaixo”.
Devemos repetir, em miniatura, o que o Criador fez no
macrocosmo: trabalhar com
as mesmas forças do Criador,
as forças naturais. É claro
que o superior e o inferior se
encontram correlacionados.
São dois Logos: o Uno, no
macrocosmo com seu “Caos”
e o outro, no “microcosmohomem” também com o seu
“Caos” específico.
Como trabalhou o Demiurgo
Arquiteto? Como manejou as
Leis que criaram o Universo?
por Samael Aun Weor
Da mesma forma, se queremos criar o “universo interior” dentro de nós mesmos,
temos que utilizar a mesma
técnica criadora. Só assim
vamos saber de que maneira
o Criador gerou o Universo.
Ao trabalharmos em nós
mesmos, manejaremos as
mesmas Leis que o Criador
manejou, quando criou o macrocosmo. Imaginemos, por
um momento, o espaço infinito e o Logos criando... Ao
criarmos dentro de nós, em
nosso “Caos Metálico”, o
que fazemos é ampliar a Criação do Logos. Toca-nos
uma parcela do espaço, falando figurativamente, para
projetarmos nela uma criação. Noutras palavras, faremos no âmbito do microcosmo, o que o Logos fez em
todo o imenso espaço macrocósmico. Projetamos e ampliamos assim, a Criação do
Logos, aprofundamos sua
Criação e vimos a criar em
nós mesmos, dando vida ao
nosso “universo interior”, o
microcosmo. Completaremos
a Obra do Criador em nós
mesmos,
convertendo-nos
em Deuses, ou seja, o non
plus ultra da Criação do Logos. Finalmente, poderemos
ver o resultado da Sua obra
por nós mesmos. É dessa maneira que temos que “imitar”
o Criador.
Há alguns anos, instruíramme sobre este ponto de forma
tremenda.
Vi-me
no
“Amanhecer do Mahamvantara” e revivi algo que se havia passado comigo durante a
“Aurora do Mahamvantara”... Vi-me com a minha
Walkiria, não com uma
“sacerdotisa-terrena”,
mas
com minha Walkiria ou com
minha “Mulher-Salamandra”. E
qual é essa “MulherSalamandra?” Pois a AlmaEspírito de si mesmo, a
“esposa-espiritual”, a Sulamita do sábio Salomão,
aquela para a qual ele entoou
o seu maravilhoso “Cantar
dos Cantares”. É a “esposa
interior” que cada um leva
dentro. Vi-me na “Aurora da
Criação” como um Cosmocrator que fez parte do
“Exército da Palavra”. Foi
assim que trabalhei com minha Walkiria e servimos como Cosmocratores. Ela me
fez subir, por assim dizer, em
seu Ser, na “água superior”,
separando-a da “água inferior
caótica”; enquanto Ela colocava a água eu colocava o
fogo.
Então,
a
água
“carregada com o fogo” foi
fecundada e tornou a cair no
“Caos” formando algo extraordinário: um novo tipo de
“Caos” de onde brotou a
“sementeira da vida”.
Igualmente como procedi,
procederam todos os Cosmocratores fazendo surgir o
Universo no “Amanhecer”,
depois da “Noite Profunda”,
depois do Grande Pralaya...
BIBLIOGRAFIA:
“Fundamentos da Gnose”, de
Samael Aun Weor. Editora
IGA Fênix. 2016.
10
A Missionária Alice com sua mãe, Dna Lica, que colabora e apoia o trabalho da Alice.
Nome Completo: Maria Alice Canella
Estado Civil: Solteir a
Missionária-Colaboradora do IGA Nova Europa (Campinas /SP)
Quando conheceu a Gnosis: 1990
Como teve contato com este ensinamento?
Recebi um convite de Ricardo Nairo, que
estava iniciando a missão em Campinas.
Faço parte dos estudantes do primeiro curso
de Campinas em 1990.
Em que ano realizou o Curso de Missionário Gnóstico? Em 2008, no México.
Atividades realizadas no IGA Brasil:
Colaboradora do IGA/Campinas; Coordenadora de Vendas e Distribuição de Livros da
Editora IGA/Fenix; Colaboradora da Revista
Maitreya (Cadastro e Distribuição da Revista);
Desde 94 tenho participado de quase todos
os Congressos e Convenções Nacionais e
ajudado na organização.
Os Retiros Espirituais também fazem parte
da minha agenda.
O que causou impacto em você neste caminho? A objetividade da Doutr ina
Gnóstica. Desde a infância tinha muitas inquietações e demorei muitos anos para encontrar o caminho. Mas desde o primeiro
contato com o ensinamento gnóstico tive a
certeza de que havia encontrado a chave
que iria transformar minha vida.
Agradeço aos Mestres pela misericórdia de
me manterem no caminho.
Mensagem para o povo gnóstico:
Não se deixem abater pelas dificuldades
que a vida comum e corrente nos presenteia. Tudo passa.
Confiem em nossos Gurus, trabalhem intensamente e com seriedade, não nos enganemos.
Pratiquem a Doutrina do Coração.
Não estamos sós.
11
Samael responde!
1 – O Que são Escolas de BAAL?
SAW - As escolas de Baal são todas essas
escolas pseudoespiritualistas que existem
atualmente no mundo.
Todas essas escolas externas são do abismo, e
se o homem quiser sair do abismo, terá de
libertar sua mente de todas essas jaulas.
Quando entramos nos mundos internos, vemos
todos os estudantes dessas escolas de Baal
submersos em profundas trevas e magia negra.
Todos esses pobres seres andam buscando fora
o que temos dentro.
Bibliografia: “Rosa Ignea”, Editora Gnose,
Samael Aun Weor.
trezentas
consoantes,
mas
com
o
desenvolvimento do “eu” dentro de nós
mesmos, a capacidade de falar foi se
degenerando, e hoje apenas logramos articular
as vogais e consoantes de nosso alfabeto.
3 – É obrigatório não comer carne durante a
quaresma?
SAW – Nisso não há nada que seja obrigarório,
tudo deve ser voluntário. Se alguém quer
guardar a Quaresma (40 dias) e não comer
durante a quaresma, abusolutamente nada de
carne, pode fazê-lo; mas não é que isso seja
uma obrigação, com isso a pessoa não vai tão
pouco conseguir se purificar, porque comendo
2 – Porque se diz que nossa capacidade de ou não comendo carne, a pessoa não vai se
converter em um autorrealizado.
falar está se degenerando?
SAW – Na Lemúria, qualquer ser humano Bibliografia das respostas 2 e 3: “Cristianismo
podia articular cinquenta e uma vogais e Esotérico Gnóstico”, 3ª e 5ª conferências;
Coleção Verbo de Ouro Samael Aun Weor.
12
Sem Entropia
1) A definição do Hotel Sede da VII Convenção Nacional Gnóstica é um
toque para quê? Fazermos nossa reserva o quanto antes! Não seja pego de
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2) RETIROS para os Estudantes de PRIMEIRA CÂMARA: a Sede Nacional
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Brasil com a possibilidade de participação dos Estudantes de Primeira Câmara
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I CRE - Cabo de Santo Agostinho/PE (Recife): 14 a 16.10.2016
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3) A Revista Maitreya continua sendo distribuída gratuitamente para
quem queira receber. Participe desta obra e ajude com os custos de
produção e envio. Faça sua doação trimestralmente para uma das contas
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Banco do Brasil - Ag.2417-1 – C. Poupança: 65.180-X Variação
51 - Maria Alice Canella e/ou Ricardo Nairo
Banco Santander - Ag.4376 - Cc.: 13001172-1
IGA FENIX EDITORA - CNPJ 19.351.538/0001-79
CEF - Ag.0860 – Conta Poupança: 6590-9 Op.013
Ricardo Nairo de Souza
CPF 596.095.677-20
Não deixe de informar sua doação para:
Qualquer dúvida, comentário ou sugestão é só nos escrever:
[email protected]
13
VISÃO GNÓSTICA
A OSTRA E A PÉROLA
Alberto de Souza
O grupo gnóstico de Macaé/Rio das Ostras
teve a honra de sediar o IV Encontro Regional Gnóstico Rio-Minas, neste último dia 17
de março de 2016. O Encontro proporcionou
momentos valiosos de partilha e reflexão sobre ensinamentos edificantes e decisivamente relevantes para nossa essência, direcionados ao que mais vale à pena em nossa efêmera existência: a nossa autossuperação e
autorrealização íntima. Ensinamentos preciosos entregues ao longo de toda uma vida,
pelos Veneráveis Mestres Samael Aun Weor
e Litelantes; ensinamentos que nos brindam
com a chave para a Grande Obra, que consiste em Nascer de Novo, como ser renovado, sob as cinzas da personalidade passional.
O símbolo do evento, a ostra e a pérola, ilus-
tram bem o que somos e o que devemos realizar neste caminho que consiste no autoconhecimento proposto pela filosofia gnóstica.
Na crença de que o mar seja a origem geradora da vida, e tendo a deusa do amor
(Vênus – tal como retratada pelo célebre artista Boticelli), tão carnal como espiritual,
saído de uma concha, esta passou a representar a fecundidade. A concha é então relacionada ao seio materno, ao útero, ao lugar
de nascença. Portanto, a concha está intima-
mente ligada à iniciação interna, à gestação,
tanto material como espiritual, e à senda, ao
caminho que temos que trilhar para lograr a
nossa autorrealização durante a nossa vida.
Para isso, tal como indica o V.M. Samel Aun
Weor, devemos deixar de tomar a vida como
um fim em si mesma e encará-la como um
ginásio psicológico. As pérolas possuem virtudes sagradas, valores religiosos e cosmológicos, representam também a realidade absoluta - o Cristo-Rei - e simbolizam, também,
o amor e o casamento. A pérola, portanto,
representa o resultado da sublimação e a
conquista da transcendência, tendo por base
a compreensão e eliminação dos defeitos
psicológicos, sem os quais não há a autoexpressão de nosso verdadeiro Ser.
COMO UM PESCADOR DE PÉROLAS
Escondida, lá no fundo,
Jaz a pérola preciosa.
Como um pescador de pérolas, Mergulha,
Mergulha fundo!
Como um pescador de pérolas,
Sem esmorecer,
Teima, teima mais uma vez
E procura!
Os que ignoram o teu segredo
Zombarão de ti
E ficarás triste.
Mas não desanimes,
Pescador de pérolas!
A pérola mais valiosa lá está,
Escondida bem no fundo.
A tua fé te guiará
14
Até o tesouro
E fará com que seja, enfim, revelado
O que estava escondido.
Mergulha fundo,
Mergulha mais fundo ainda,
Como um pescador de pérolas
E procura,
Procura sem te cansar!
Swâmi Paramananda, Índia, sec.XIX
AS OSTRAS
Uma ostra disse para uma outra ostra, sua vizinha:
- Sinto uma grande dor dentro de mim. É profunda, redonda e me lastima.
E a outra ostra replicou, com arrogante complacência:
Louvados sejam os céus e as águas do mar,
porque eu não sinto dor dentro de mim! Sinto
-me bem intacta por dentro e por fora.
Nesse momento, um velho caranguejo que por
ali passava escutou a conversa e se dirigiu à
ostra que dizia estar bem por dentro e por fora:
- Se te sentes bem e intacta, é porque estás
vazia; mas a dor que tua vizinha suporta é
uma pérola de inigualável beleza.
Gibran Khalil Gibran
VISÃO GNÓSTICA
OS Três Raios: A Essência Gnóstica
Ricardo Amâncio
Congressos, Convenções, Retiros Espirituais, Jornadas Esotéricas e Encontros Regionais. Ele é Avatara da Era de Aquário, o 5º
Anjo do Apocalipse, Nosso Noé bíblico.
No coração de toda vida existe um hálito interno, e todos os hálitos de vida formam o
Grande Alento, emanado do absoluto na Aurora do Mahavantara (Dia Cósmico). Todos
os alentos são Dragões resplandecentes da
Sabedoria. O Grande alento é o Crísto Cósmico, é o Exército da Voz. “Eu, Aun Weor,
recebi meu resplandecente Dragão da Sabedoria chamado Samael, Logos do Planeta
Os Veneráveis Mestres Samael e Litelantes Marte”.
expandiram a Gnosis em quase todos os países; escreveram mais de 70 livros; criaram
15
Os Três Raios/ Fogos/ Forças
Kether – Primeiro Logos – Ancião dos Dias
- O SER, o Pai em nós, a Sabedoria- Santo
Afirmar (+)
Chocmah – Segundo Logos - O Filho - O
Cristo Cósmico em nós, o Amor - Santo Negar ( - )
Binah - O Terceiro - O Espirito Santo e a
Mãe em nós, a Inteligência - Santo Conciliar
(+/-)
“O Pai muito amado, o Filho muito adorado
e o Espirito Santo sábio, vivem entre as profundidades de nossa consciência superlativa,
aguardando o instante supremo de nossa realização.”
Livro: Tarot e Kabala, pag.244
Trimurti/ Trindade
Osiris, Isis, Horus, vós três, dai-nos um sinal
e vinde até nós.
Pai, mãe e filho, divina trimurti, inefável e
terrivelmente divina, três aspectos do nosso
Autêntico Ser.
Na aurora de cada Mahavantara, o filho, o
menino Horus, o espírito Divino de cada um
de nós, deve enviar a este vale de lágrimas o
melhor de si mesmo, sua essência, com o
propósito de se autorrealizar.
A batalha é terrível. Horus, o Íntimo, o Espírito particular de cada qual, deve vencer aos
diabos vermelhos (eu pluralizado), se é que,
de verdade, quer ter alma de diamante.
Quando Horus sai vitorioso das batalhas
contra os diabos vermelhos (Seth), a Tríada
imortal provista de alma-diamante submerge
para sempre entre a dita inefável do espaço
abstrato absoluto.
Livro: Meu Regresso ao Tibet, cap. 13
A Árvore da Vida – Triângulo Logoico
O Primeiro, antes de todos, é Kether, o Ancião dos Séculos, a Verdade das Verdades, o
Oculto dos Ocultos, a Misericórdia das Misericórdias, o nosso verdadeiro Pai que está
em segredo. Kether se desdobra em Chokmah, que na Cabala Hebraica é o Cristo Cósmico, o Christus, Xhristus, o Vishnu dos Indostânicos. Kether é o Pai (o Brahma dos
Indostânicos). Por sua vez, Chokmah, o filho, o Crestos, se desdobra em Binah, que é
o Espírito Santo, o Terceiro Logos (o Senhor
Shiva dos Indostânicos).
Existe uma marcada tendência no mundo
ocidental de se antropomorfizar os três aspectos do Logos, e isso não é possível. O
Pai, o primeiro Logos, é, em si mesmo, múltiplo; isso significa que há tantos “Pais no
Céu” quantos homens na Terra. O Segundo
Logos, o Cristo Cósmico, é uma “Força Universal” que se expressa por meio de qualquer pessoa que esteja devidamente preparada. Quanto ao Terceiro Logos, o Espírito
Santo, ele se manifesta como potência sexual em tudo o que é, foi e será. O primeiro
Logos, em si mesmo, é o Ancião dos Dias, a
sabedoria. O segundo Logos, Chokmah, é o
Amor, o Fogo que arde em toda a Criação, o
Agnus Dei, o cordeiro Imolado desde o princípio do mundo para nossa salvação, o fogo
existente no fundo de toda matéria orgânica
e inorgânica.
Quanto ao Terceiro Logos, o Espírito Santo,
é a Força Sexual que vemos entre os estigmas e pistilos das flores, esta força que se
expressa nos órgãos criadores de todas as
espécies vivas, esta maravilhosa força sem a
qual o Universo não existiria.
O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Logos,
no fundo, constituem um Logos indivisível:
ainda que Triuno, é o Pai. Contido no Pai estão o Filho e o Espirito Santo, da mesma forma como dentro do homem real estão o cor16
po físico, a alma e o espirito... Assim, o Pai
que está em segredo tem sua esposa que é a
Divina Mãe Kundalini. A esposa de Osíris é
sempre Isis. Da união perfeita dos dois, do
divino esposo, com a divina esposa, nasce o
filho Horus, que a Mãe Divina leva em seus
braços...
No princípio, posso lhes dizer que quase não
se percebe a presença do “Menino” dentro
de si mesmo. Ele nasce, digamos, entre os
animais de estábulo, que não são outra coisa
senão os animais dos desejos, nossas paixões e os diversos “elementos inumanos”
que constituem o “eu pluralizado”. O
“Menino” tem que sofrer muito, nascer em
um estábulo. Ele não nasce em um grande
palácio, mas em um estábulo. É claro que
vai crescendo, pouco a pouco, ao longo do
tempo. O trabalho que ele precisa realizar é
muito duro, posto que é o Cristo quem nasce
no estábulo para nos salvar. Sendo assim, o
Cristo tem que eliminar, em si mesmo, todos
os animais do estábulo. Quanto às tentações
que o ser humano passa como pessoa de carne e osso, são as mesmas tentações pelas
quais o Cristo precisa passar, tornando-as
suas tentações. O mesmo corpo de carne e
osso vem a se transformar no corpo de carne
e osso do Cristo. É assim que o “Filho do
Homem” vem ao mundo e se converte em
um “Homem de carne e osso”. Nisso consiste o mérito dos esforços e sacrifícios feitos
pelo Cristo.
Livro: Fundamentos da Gnose, cap 12
O Cristo Íntimo:
O Cristo íntimo é nosso Salvador. Por conseguinte, declaro formalmente, diante de vocês
nesta confraternização, que o Cristo Íntimo é
o nosso Salvador...
O Cristo Íntimo vem a nós quando trabalhamos sinceramente na Grande Obra do Pai e
quando lutamos, verdadeiramente, para eliminar nossos defeitos psicológicos. O Cristo
Íntimo vem a nós quando estamos trabalhando verdadeiramente pela nossa própria libertação. O Cristo Íntimo sofre do fundo de
nossa Alma e vem para assumir nossas emoções, pensamentos e desejos.
O Prana é o Cristo vital ou Grande Alento,
que se modifica em Akasha, dentro do qual
se oculta o Filho primogênito, o Purusha de
cada homem. Akasha modifica-se em éter, e
o éter transforma-se em tatwas. Os tatwas
dão origem ao fogo, ao ar, à água e à terra.
Assim, tudo o que existe, tudo o que foi e
tudo que será, provém do Grande Alento, o
Cristo Cósmico, o Exército da Voz, cujo chefe supremo é Jesus Cristo.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus. Todas as coisas por Ele foram feitas, e sem Ele nada seria feito. Nele
estava a vida, e a vida era a Luz dos homens, e a Luz resplandece nas trevas, mas
as Trevas nãos a compreenderam”. (João
I, 1-5)
Livro: Mistérios do Fogo, cap. II, IV e V
ORFEU
“Dobra-te sobre ti mesmo para te elevares
ao Princípio das cousas, à grande Tríade, que
flameja no Éter imaculado...”
O Cristo Íntimo eliminará todos os elementos indesejáveis que em nosso interior carregamos. Os múltiplos agregados psíquicos
gritam, em nossas profundidades psicológicas, pedindo a crucificação para o Senhor
Interior.
O mais importante de tudo isto é que o Cristo Secreto é sempre triunfador; alguém que
vence constantemente as trevas, alguém que
elimina as trevas dentro do “Mim mesmo”
aqui e agora. O Cristo Secreto é o Senhor da
Grande rebelião, rechaçado pelos sacerdotes,
pelos anciãos e pelos escribas do templo.
O Cristo Íntimo, dentro de nós mesmos, trabalha intensamente, eliminando, à base de
17
Os Três Raios: a Essência Gnóstica
trabalhos conscientes e padecimentos voluntários, todas essas causas secretas de nossos
erros.
“O Filho ingrato não progride no trabalho
esotérico sobre si mesmo”.
“O Filho ingrato é todo aquele que despreza
Isis, a nossa divina Mãe Cósmica, particular,
individual”.
Isis é uma das partes autônomas de nosso
próprio Ser, porém derivada. A Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes, a Kundalini
(fim do órgão Kundatiguador).
Ostensivamente, só Isis tem o poder absoluto para desintegrar qualquer Eu, e isto é irrefutável, irrebatível, incontrovertível.
A Essência, em si mesma, é muito formosa,
veio das estrelas e, infelizmente, está metida
dentro de todos esses eus que levamos dentro. Por oposição, a Essência pode retroceder no caminho, regressar ao ponto de partida original, voltar às estrelas, mas primeiro
deve se libertar dos seus maus acompanhantes, que a mantêm metida nos subúrbios da
perdição.
Antes de tudo, é necessário, urgente e inadiável que o centro magnético que, em uma
forma anormal temos estabelecido na falsa
personalidade, seja transferido à Essência.
Assim o homem completo poderá iniciar sua
vigem de volta às estrelas, ascendendo de
forma didática, progressiva, de grau em
grau, pela montanha do Ser.
Livro: A Grande Rebelião, XVIII
A Mente
“A Mente, como está, é o pior inimigo do
homem” Livro: “Destellos de Luz”
“A mente do humanoide intelectual está degenerada, deteriorada, em franco estado de
involução.”
A Mente Interior é fundamental para a experiência direta da verdade. Sem dúvida, a
Mente Interior elabora seus conceitos de
conteúdo com os dados fornecidos pela
Consciência Superlativa do Ser.
V. Mestre Samael: “Meus pensamentos brotam do meu SER, não brotam de nenhum
‘eu’, porque não os tenho mais”.
Ricardo Amâncio e Jussara Teodoro
Cada vez que permitimos que brotem pensamentos dos ‘eus’ estamos reforçando o subconsciente/inconsciente.
“A forma mais elevada de pensar é não
pensar”. Quanto mais pensamos, mais reforçamos o subconsciente.
O ‘eu’ nos escraviza por meio da mente/
pensamentos, de onde nos manipula e nos
ataca.
“Devemos retirar todo o lixo da mente”.
(Filme: O Poder Além da Vida).
Obviamente, a eliminação dos elementos indesejáveis que carregamos em nossa psique
origina a abertura da Mente interior.
O Ser é, está, faz, não tem dúvidas, luta de
opostos, medos, etc.
A Bíblia diz que seremos julgados por nossas obras, pelo fazer, porque de boas intenções o inferno está cheio.
Precisamos aprender a concentrar a mente
em uma só coisa, ter plenitude/presença.
Livro: A Grande Rebelião, cap 12
Conclusão:
A autêntica felicidade do Ser não pode ser
egoísta; ela é alcançada, unicamente, por
meio do sacrifício por nossos semelhantes.
Por exemplo, aqueles que atingiram estados
elevados de Ser, os que ingressaram nos
“mundos paranirvânicos, mahaparanirvânicos,
monádico ou ádico”, aqueles que, afinal,
conseguirem se unir com o Eterno-PaiCósmico-Comum, de alguma forma, se sacrificaram por seus semelhantes neste mundo, ganhando méritos suficientes para chegar a essa felicidade que não tem princípio
nem fim.
Precisamos todos amar os nossos semelhantes; contudo, repito, isso implica um
trabalho interno. Não podemos amar enquanto existirem os elementos de ódio em
nosso interior. Se quisermos amar, devemos, sinceramente, nos autoexplorar e nos
investigar para descobrirmos os elementos que nos incapacitam de amar.
Consequentemente, trilhando esse caminho,
adquiriremos constância no que se chama
Amor. Necessitamos nos estabelecer no reino do amor, contudo, enquanto não formos
donos dos nossos próprios processos psico18
lógicos, não poderemos fazer isso. Enquanto
os outros forem capazes de nos encher de
desejos de vingança, obviamente, não seremos donos de nós mesmos. Nessas condições, nunca nos estabeleceremos no reino do
Amor. Estaremos sob domínio do ódio, da
discórdia, do egoísmo, da violência, porém
nunca no reino disto que se chama amor.
Trabalhando a favor de nossos semelhantes
cancelamos antigos carmas, porque quem
serve ao próximo serve a si mesmo... “Ao
Leão da Lei se combate com a balança”. Eis
a chave para vencermos o carma. Como dizem os Senhores da Lei: “Faze boas obras
para poder pagar tuas dívidas”.
Temos que saber compreender os demais,
aprendendo a ver o ponto de vista alheio, se
é que queremos aprender a amar. Se cada
pessoa se colocasse no lugar da outra, sob o
seu ponto de vista, aprenderia a perdoar.
Quando se perdoa, aprende-se a amar.
Livro: Fundamentos da Gnosis, cap 8
“Com paciência, possuireis vossas Almas”.
Jesus.
Os Evangelhos dizem: “De que serve ganhares o mundo se vieres a perder a tua
Alma?” Jesus disse a Nicodemos que era
preciso nascer da Água e do Espírito para
aproveitar os atributos ou virtudes que correspondem à Alma de verdade. É impossível
criarmos Alma se não passarmos pela morte
mística. O capital de matéria psíquica acumula-se quando o “ego” morre, e uma vez
que o gastador de energia é eliminado, se estabelece em nós um centro permanente de
Consciência. Este centro maravilhoso é a Alma.
Obrigado pela oportunidade de contribuirmos em mais um Evento da Loja Branca no
Mundo Físico!
Rio de Janeiro, 12 de Março de 2016.
Ricardo Amancio e Jussara Theodoro.
VISÃO GNÓSTICA
O Tesouro da Alma
Gustavo Saad Terra
A PARÁBOLA DO TESOURO
O adorável Salvador do Mundo, Jeshua Ben
Pandira, nos contou a Parábola do Tesouro:
"O reino dos céus é semelhante a um tesouro
escondido no campo, que um homem, ao
descobri-lo, esconde; então, movido de
gozo, vai, vende tudo quanto tem, e compra
aquele campo.
Outrossim, o reino dos céus é semelhante a
um negociante que buscava boas pérolas; e
encontrando uma pérola de grande valor, foi,
vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.
Igualmente, o reino dos céus é semelhante a
uma rede lançada ao mar, e que apanhou
toda espécie de peixes. E, quando cheia,
puxaram-na para a praia; e, sentando-se,
puseram os bons em cestos; os ruins, porém,
lançaram fora.
Assim será no fim do mundo: sairão os
anjos, e separarão os maus dentre os justos,
e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali
haverá choro e ranger de dentes.
Entendestes todas estas coisas? Disseramlhe eles: Entendemos."
Esta parábola esta relacionada com o
encontro do anelante à Luz, com a Gnosis.
Na conferência “As Trevas”, de Primeira
Câmara, o V. M. Samael nos explica que o
aspirante tem de encontrar este tesouro
escondido da Gnosis em meio a muitas
escolas teóricas; cada teoria é um pouco de
trevas e transtorna em amarga a vida do Ser
humano.
Esta parábola é semelhante a outra história,
"O hino da Pérola", atribuído a Bardesanes,
influente poeta do Gnosticismo Cristão do
segundo século. Ela apresenta um
comovente relato da peregrinação da alma,
culminando
com
a
sua
salvação,
representada pela aquisição da pérola (a
Gnosis) e o consequente retorno ao Pai; há
19
um estreito paralelo entre a Parábola do
Filho Pródigo e a Parábola do Tesouro, que
relata a história de um jovem que fez um
pacto com seu Pai, de sair de casa em
direção ao Oriente, para pegar uma pérola
valiosa que se encontrava envolta pela
serpente voraz.
Ele tem dois guias e um amigo, o guru, o
orienta a ser prudente e não adquirir os maus
costumes das pessoas daquela região.
Encantado, porém, com as artimanhas do
povo pagão de lá, como suas imundícies, ele
se esquece da missão (a queda da alma) e
sofre o indizível. Depois de um certo tempo
e processo, porém, recebe uma mensagem
de seu Pai. O Guru nos traz uma mensagem
de nosso Deus Interno: para se levantar,
despertar e cumprir sua missão. Despertar de
seu sono, cumprir a missão e voltar a seu lar
com a pérola; ao chegar, recebe sua veste
gloriosa, a qual havia deixado para traz
quando caiu. Retorna para a casa do seu PaiRei.
Este hino, a Parábola do Filho Pródigo, a
Parábola do Tesouro e a Parábola do
Publicano e do Fariseu têm uma correlação e
similitude.
Vemos nesta parábola do Tesouro a
necessidade de vender tudo o que temos
para adquirir o Tesouro, isto significa que
devemos morrer para nossos interesses
egoístas, eliminar nosso querido Ego e nos
apequenarmos para que possamos, com a
aniquilação budista, encarnar nossa alma e
retornar à casa de nosso Pai que nos espera.
No Hino da Pérola, o Guru adverte que
devemos ser fiéis e obedientes para cumprir
nossa missão assumida ainda no paraíso,
antes da queda, e podermos voltar ao Éden
perdido.
É importante o aspirante perceber que, sem
a aniquilação budista, jamais conseguirá o
Tesouro; ele pode-se até descobri-lo, mas ele
não será adquirido. Para adquirir o Tesouro,
precisamos vender tudo o que temos. Ou
seja, largar o nosso egoísmo e nossa
costumeira má vontade e parar de adorar
nosso querido Ego, eliminando-o.
A parábola do Publicano e do Fariseu nos
mostra a necessidade de eliminar a soberba,
a superioridade, o orgulho e a vaidade,
defeitos que crescem em nós quando
estudamos este belo ensinamento. O Ego o
interpreta, fazendo acreditar que somos
superiores ao nosso próximo e mais sábios e
transcendidos que aquelas pessoas que não
conhecem o Tesouro, a Gnosis.
O nosso Diretor do Maitreya, Ricardo Nairo,
deu uma bela conferência sobre o orgulho, a
superioridade, o amor-próprio e a soberba,
no Congresso, se não me engano, do Egito,
corrija se estiver errado.
Valeria, para todos nós, uma reedição e
meditação sobre esta importante conferência
para nos ajudar a identificar estes poderosos
Egos que nos impedem de comprar este
Tesouro. Nós já o descobrimos, mas ainda
não vendemos tudo para poder adquiri-lo.
Estes egos - a soberba, a superioridade, o
orgulho místico, a vaidade, o amor-próprio são plenamente estudados também nos
primeiros quatro volumes dos livros
Cátedras, em que o V. M. Samael nos
adverte: se não eliminarmos estes defeitos
perigosíssimos junto com o nosso principal
defeito do Rasgo Psicológico, não
avançaremos
neste
conhecimento
e
acabaremos por não comprar este Tesouro.
Não basta descobrir, saber que o Tesouro
existe: é necessário vender tudo o que
temos; precisamos amar o Trabalho, fazer
uma revalorização Íntima do Trabalho
costumeiramente, dar uma oitava superior ao
Trabalho, e isto só pode acontecer por meio
da Meditação e da Eliminação dos defeitos.
Sem meditação e sem a aniquilação budista,
o conhecimento do Tesouro fica apenas
como mais um Saber, um prazer Intelectual
e nada vai adiante. Portanto, meditemos
profundamente
e
diariamente,
nos
autoexploremos, supliquemos à nossa Mãe
Divina para que nos mostre nossos defeitos,
supliquemos ao Nosso Guru para que nos
ajude, nos voltemos para nosso Pai,
diariamente e, cada vez, com mais
Intensidade. Meditar, analisar, descobrir,
compreender, capturar o significado oculto
do defeito e, por último, suplicar à Stela
Maris, nossa adorável Mãezinha Interior,
para eliminar de nossa psique cada um dos
defeitos levados à meditação; depois, na
20
forja dos Ciclopes, roguemos junto ao nosso
cônjuge a completa eliminação deste defeito
anteriormente levado à compreensão e à
meditação.
Lembrem-se, nossos amados irmãos, que a
nossa divisa é Thelema.
Espero que nós consigamos vender tudo o
que temos para, enfim, adquirirmos este
Tesouro maravilhoso que é a Auto Gnosis.
Paz Inverencial!
VISÃO GNÓSTICA
A Saúde do Corpo Físico: veículo da Alma
Ricardo Nairo de Souza
A base do tema que abordaremos é uma
conferência sobre os exercícios esotéricos
para preparar o corpo físico para o exercício
das faculdades superiores, dada pelo V.M.
Samael, em sua casa, em 30/12/1973.
O Mestre Samael nos alerta para a
importância de aproveitarmos bem a vida,
pois ela passa muito rápido. Em um piscar
de olhos, vamos da infância à adolescência,
da juventude à maturidade e à velhice;
tornamo-nos anciões, mas não nos
apercebemos disto.
Assim, temos que fazer a nossa vida valer a
pena e, para isso, temos que cuidar do nosso
Corpo Físico, o veículo da nossa Alma.
Samael nos esclarece que os exercícios
esotéricos, que serão aqui ensinados, têm
três finalidades: 1) Curar o corpo físico; 2)
Rejuvenescer o Corpo Físico e; 3) Nos
preparar para exercer as Faculdades
Superiores.
Ao citarmos o REJUVENESCIMENTO, de
imediato vem à nossa mente a questão do
TEMPO, pois, com o passar do tempo, o
envelhecimento é líquido e certo.
O Mestre Samael, porém, elucida que esta
questão do tempo é uma ilusão da mente,
pois o que existe na realidade são processos
contínuos da natureza. O envelhecimento do
corpo ocorre porque há a morte de células e
não há o nascimento de novas células.
Assim dizemos: “Tenho 80 anos, sou um
ancião!”
Se o processo de troca de células continuar,
há a REGENERAÇÃO do corpo. Se houver
o fim das trocas celulares, haverá a
DEGENERAÇÃO do corpo físico. Isto é um
fato e um processo da natureza. É uma
questão de MECÂNICA CELULAR.
“Estes dois fenômenos – o sair o Sol e o Sol
se ocultar - são fenômenos que ocorrem
dentro de um instante eterno” – SAW.
O REJUVENESCIMENTO
O processo de rejuvenescimento se dá com a
criação de RITMOS PERFEITOS, de
CÉLULAS NOVAS e de fazer girar os
nossos Vórtices de Energia, conhecidos
como CHACRAS.
Há 07 chacras fundamentais para a
vitalidade do organismo humano:
1) OCCIPTAL (Coronário)
2) FRONTAL
3) LARÍNGEO*
4) HEPÁTICO (Plexo solar)
5) PROSTÁTICO (Uterino)
6-7) JOELHOS (um em cada joelho)
Os Chacras recebem as energias e vibrações
que vêm do espaço infinito por meio dos
TATWAS, que são a parte anímica dos
(Continua na página 24)
21
Os conferencistas do ENCONTRO: Alberto
Souza; Ricardo Amâncio; Gustavo Terra e
Ricardo Nairo.
O IV Encontro Regional Gnóstico Rio-Minas
ocorreu em um clima de fraternidade e descontração, no dia 12/03/2016, com uma recepção impecável dos membros do IGA Rio
das Ostras + Macaé.
Todos os participantes aproveitaram cada minuto, trocando ideias, se conhecendo e aproveitando a venda de livros da Editora IGA
FÊNIX, pentagramas e a entrega gratuita da
Revista Maitreya.
Agora é aguardar a definição do próximo encontro em 2017.
Alberto: distribuiu Ostras, para colher PÉROLAS
22
IV Encontro Regional Gnóstico
Rio - Minas: 12/03/16
Rio das Ostras - RJ
Pôr do sol em Rio das Ostras, visto do
Pier, depois de um bom mergulho...
(Foto por Carazza)
Mais fotos na contracapa.
Os Anfitriões: Alberto e Lucimara
23
(Continuação da página 21)
elementos físicos da natureza (Fogo, Água,
Ar, Terra e Éter).
Tais chacras estão diretamente relacionados
com as nossas glândulas de secreção
internas, que são as responsáveis pela
produção dos HORMÔNIOS. Estas
substâncias, que têm origem na palavra
grega “hormona”, que significa “ânsia de
viver” ou “força de Ser”, são as
responsáveis por diversos processos
regulatórios do nosso Corpo Físico.
Assim, a energia recebida é direcionada para
a regulação do Corpo Físico.
Como um dos principais hormônios é o
sexual, torna-se possível, trabalhando com
essas energias, a geração de novas células e
a cura de células “doentes”.
TRÊS EXERCÍCIOS FUNDAMENTAIS
O mestre Samael nos indica, em sua
conferência, os seguintes exercícios:
1) VAJROLI MUDRA
Exercício de transmutação sexual para
casados ou solteiros.
Os casados, que já praticam o Sahaja
Maithuna, devem fazer o exercício curto. Já
os solteiros, devem fazer o longo.
Obs.: Tais exercícios estão descritos no livro
“Exercícios de Lamasaria”, de Samael Aun
Weor.
2) VIPARITHA –KARANI MUDRA
Este exercício também pode ser praticado de
forma LONGA ou CURTA.
A curta é feita como nos exercícios de
Lamasaria. A longa é feita na hora de
dormir, devendo permanecer com as pernas
para o alto por três horas.
O Mestre Samael nos orienta a começar com
cinco minutos e ir aumentando, pouco a
pouco, a cada dia ou semana.
Este exercício está relacionado diretamente
com a Penitência da Era de Aquário. Há que
se trabalhar conscientemente e com
padecimentos voluntários, como nos diz
nosso Mestre Avatara de Aquário.
3) MAYURASANA
Este exercício atua diretamente em toda
queima de gordura excessiva, tanto do
abdômen quanto das gorduras entre os
órgãos.
Também ajuda no equilíbrio total do
funcionamento do organismo.
Ele consiste em dois movimentos e, como
todos os demais exercícios, deve ser
realizado com muita súplica à Nossa Divina
Mãe Kundalini, para que ela interceda por
nós diante do Sagrado Espírito Santo, seu
Divino Esposo.
Neste exercício, ocorre uma transformação
psíquica, com a troca da “lua”, que trazemos
em nosso cérebro, com o “sol”, que temos
em nosso plexo. Além disso, os átomos
carregados de energia transmutada são
levados para o cérebro com o sangue que Bibliografia de Samael Aun Weor: “Las
flui para a cabeça.
Facultades Superiores del Hombre”, conf.8;
“Exercícios de Lamasaria”, cap.8.
24
por Ana Reis
“Estamos
numa
época
em
que,
afortunadamente, podemos falar sobre
assuntos esotéricos publicamente, à luz do
dia ou nas trevas da noite. Mas nem sempre
foi assim. Pensemos, por exemplo, na Idade
Média, com sua famosa Inquisição...”
Samael Aun Weor.
pescadores e agricultores da região e, desde
cedo, criou admiração pela cultura e por
aquelas pessoas de origem açoriana.
A chegada de açorianos no Brasil deu-se na
época da Colônia. Portugal tinha urgência
em ocupar o território brasileiro, uma vez
que os franceses já dirigiam seus olhares
para cá; por esse motivo, D. João VI
incentivou a imigração para o Brasil,
garantindo terras e, consequentemente, a
posse de Portugal naquelas regiões
despovoadas. Os dois estados brasileiros
com influência açoriana mais marcante são o
Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pois
foram os primeiros a receber imigrantes.
Entretanto,
há
colônias
açorianas
distribuídas entre os estados da Bahia, Minas
Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Amazonas, Pará e Paraíba.
Em Porto Alegre, capital dos gaúchos, existe
um Monumento aos Açorianos, construído
em homenagem à chegada dos primeiros
sessenta casais que povoaram a cidade, em
1752. A obra possui 17 metros de altura por
24 de comprimento e foi feita em aço pelo
escultor Carlos Tenius. Ela lembra uma
caravela, composta de corpos humanos
entrelaçados, tendo à frente uma figura alada
que lembra o mitológico Ícaro.
Tendo em conta, porém, o contexto mundial
atual (autoritarismo político, cultural,
execuções, etc.), precisamos de um esforço
que deve ser também mundial para não
retroceder, devemos continuar a falar sobre a
gnosis sem o receio da perseguição. O
assunto que abordaremos aqui irá tratar
sobre o importante trabalho de um artista
catarinense que documentou diversos relatos
sobre bruxas, boitatás e lobisomens, e que
ajudou a manter vivas as histórias do povo.
As lendas contam sobre dois tipos de
bruxas: a terráquea, bruxa por opção
própria, e a espiritual – predestinada, devido
ao fato de ser a primeira ou a sétima filha de
um casal sem varões. De acordo com a
tradição, para se evitar essa maldição, a irmã
mais velha deve batizar a mais nova. (relato
de um ilhéu)
Franklin Cascaes tornou-se artista por
“opção própria”, porque sentia um imenso
carinho, penso que amor mesmo, pela Ilha
de Santa Catarina, antigamente conhecida
por Nossa Senhora do Desterro, a atual
Florianópolis.
Os pescadores das comunidades que ele
visitava, no interior da ilha, chamavam-no
“Seu Francolino”, e daquelas conversas
entre amigos recolheu uma boa quantidade
relatos
sobrenaturais
sobre
boitatás, lobisomens, sereias,
vampiros, bruxas e feiticeiras.
Cascaes nasceu no ano de 1908, Na Ilha de Santa Catarina junto com a
em
Itaguaçu,
na
época culinária, festas, a história e o linguajar do
município de São José (SC); povo da ilha (em certos casos, com sotaque
sempre
esteve
entre
os
25
bem carregado) vieram também as lendas
sobre seres misteriosos – boitatás, vampiros,
lobisomens, sereias... e lugares encantados.
Dizem que a Ilha mesmo é um desses
lugares mágicos e misteriosos. Algumas
dessas histórias falam sobre reuniões de
bruxas, ou de bruxas que atacam pescadores,
que roubam barcos, que bailam dentro de
tarrafas de pescaria e de vassouras
bruxólicas.
Desde a infância, Franklin Cascaes aprendeu
a fazer objetos de uso cotidiano como
balaios, cordas de cipó, louças de barro e
tarrafas, e, mais tarde, aprendeu também a
lidar com a pesca, a trabalhar no engenho de
farinha e na agricultura. Adulto, tornou-se
professor de desenho na Escola Técnica de
Santa Catarina e, a partir daí, começou a
cristalizar sua obra, hoje intitulada “Coleção
Elizabeth Pavan Cascaes”, em homenagem à
esposa,
sua
colaboradora
e
uma
incentivadora do trabalho artístico e
sociocultural. Seus desenhos em grafite
(lápis) ou bico de pena (nanquim), bem
como
as
esculturas,
representam
artisticamente os “causos” dos ilhéus e as
paisagens daquele pedaço de Santa Catarina
onde, segundo os moradores, acontece muita
coisa “sem explicação”.
Em um dos relatos coletados - nos quais
Cascaes registrava fielmente a fonética e o
jeito de falar, sem correção de português –
está a diferença entre bruxas e feiticeiras: as
bruxas são “muhié malina que nascero á
sina, somente, prá podê fazê o máli” e as
feiticeiras, diz o compadre, Nicolau são “as
muhié que só pricuro fazê o bem prôs sôs
próximo”. Nessa categoria entram as
curandeiras e benzedeiras como sinhá
Marculina do Joronço. Ao examinar
Zeferino, que “não tugia nem mugia”,
“desmaiado e sem fala, que nem um boneco
de cera virgem”, ela diagnosticou o caso
como
“empresamento
por
vingança
bruxólica cipoadamente balanceira”.
As bruxas existem, mas quem são elas?
Como atuam? Como devemos nos proteger?
Como combater?
O V.M. Samael Aun Weor aborda essas
questões em diferentes obras, uma delas é
“Fundamentos da Gnose”, logo no primeiro
capítulo, de onde tiramos o trecho que inicia
o parágrafo. Outro livro é o “Mistério do
Áureo Florescer”, no capítulo intitulado “O
Eu da Bruxaria”, que começa com uma
citação de um sábio chamado Barnett. Ele
conta o caso de uma velha, considerada
bruxa pelos habitantes do condado de
Sommerset, que tinha o corpo encurvado
pela idade e usava muletas, mas tinha um
magnetismo no olhar que a todos espantava.
Aconteceu, então, de um jovem de 21 anos
começar a ter pesadelos repetidos e
enfraquecer tanto que já estava à beira da
morte. Como já desconfiavam da bruxa, ele
mesmo decidiu aguardar a visita tenebrosa.
De fato, naquela noite, às 23h:30min, ela
chegou, e quando estava bem perto, ele a
agarrou pelos cabelos e os dois lutaram.
Segundo o relato, ela possuía uma força
fantástica, não tinha nada de frágil nem de
velha, e, depois da surra, desapareceu como
um relâmpago do quarto, sem nunca mais
voltar.
De acordo com o Mestre Samael, o que
aconteceu foi que a velha bruxa vampirizava
a vitalidade do jovem, através da dimensão
astral: “É incontestável que o ideoplástico
químico, impregnado pela vitalidade do
moço, pode reconstruir o organismo enfermo
daquela anciã. Enquanto a vida do jovem se
esgotava de forma espantosa, a velha fatal,
de sinistros conciliábulos, recobrava sua
antiga juventude”.
Continuando, o Mestre diz o seguinte:
“Quando algumas dessas bruxas são
agarradas, levam uma surra, pelo fato de as
pobres pessoas ainda não saberem devolver
o bem pelo mal. É necessário ser
compreensivo e, em vez de atolar-se no lodo
da infâmia, deve-se sobrepujar tais bruxas
por meio do amor, advogar com valor o
problema e admoestar com sabedoria”.
Agindo assim cumpriremos com o
ensinamento do Cristo: “Não julgueis para
não serdes julgados”.
Todo combate precisa começar dento de
nós... vejamos o porquê: “Embora pareça
incrível, é bom saber que muitas pessoas
honoráveis e até religiosas carregam dentro
de si o EU DA BRUXARIA. Em outras
26
palavras: pessoas honradas e sinceras que,
em sua presente existência, nada sabem de
ocultismo, esoterismo, etc., trazem dentro de
si o EU DA BRUXARIA. É óbvio que tal
Eu costuma viajar através do tempo e da
distância para causar dano a outros.
Qualquer fugaz interesse pela bruxaria em
alguma vida anterior pode ter criado tal Eu.
Isto significa que no mundo existem muitas
pessoas que, sem saber, praticam
inconscientemente a bruxaria”.
Daí a importância da autoanálise e da
autocrítica. Cada qual deve se observar com
muita atenção e sinceridade, julgar aos
outros não adianta.
Outra preocupação palpitante do artista, isso
ainda no ano de 1946, era a aceleração do
crescimento urbano, que ele chamava de
“desmonte” da cidade de Nossa Senhora do
Desterro. Ele assistiu, com pesar, o
aterramento dos manguezais com o objetivo
de aumentar o espaço para a construção dos
edifícios; viu também a transformação na
Costa da Lagoa, uma das regiões mais
isoladas, atingindo a população que foi
obrigada a buscar trabalho na cidade: as
mulheres como domésticas ou no comércio
varejista, e os homens na construção civil.
Essa realidade a que muitos de nós também
assistimos em diversas cidades brasileiras
acelerou a urgência em registrar o que já
virara passado, os assuntos e o modo de vida
dos quais ele sentia “saudades”.
Retiramos um trecho de uma poesia de
Cascaes sobre a demolição da capelinha de
N.S. da Conceição da Praça Getúlio Vargas
de Florianópolis - Ilha de Santa Catarina, do
catálogo da exposição “Universo Bruxólico
de Franklin Cascaes”:
Ilha de Santa Catarina
Conversa ao meu coração
É o homem que assim planeja
Manter tal situação
De demolir todo dia
Tua linda tradição.
Eu não consigo entender
Toda essa demolição
Que vergasteia-te, ó minha ilha
Na tua bela tradição:
Por espíritos tosquiados
Deste vesgo mundo cão.
O homem continua sendo
A velha cópia de Adão
Espumando caridade
Andando com os dois no chão
Pobre, expulso do paraíso
Por falta à obrigação.
Voltando ao assunto central, sobre o
universo mágico na produção artística,
transcrevemos a seguir outro trecho, mas
desta vez sobre a viagem de Cascaes ao
arquipélago dos Açores, narrado pelo
museólogo Gelci José Coelho (Peninha):
“Em 1979, Cascaes foi até as Ilhas dos
Açores. Lá entrevistava as pessoas,
buscando as origens da cultura do litoral
catarinense. Entretanto, por mais que
insistisse, nunca obtinha relatos acerca de
bruxas. Quando já pensava ser esta uma
tradição que não tinha suas origens naquelas
ilhas, a questão foi esclarecida: o assunto era
evitado pelo fato de que as pessoas temiam
falar a respeito. Evitavam sequer pensar
nelas, pois acreditavam que atraem aspectos
fatídicos e causam muitos azares. Para
darem-lhe uma ideia, contaram-lhe sobre a
mais famosa bruxa da Ilha da Madeira, que
não pertence as Açores. Assim podemos
observar que na obra “BRUXA FERA DA
ILHA DA MADEIRA”, confeccionada em
grafite sobre
papel
e
colagem,
a
bruxa
é
representada
preparando o
‘unto em sal’,
um unguento
com o qual
elas ganham
poderes
inexplicáveis,
sendo
um
deles
a
possibilidade de passarem através de
qualquer fresta ou, preferencialmente, por
buracos de fechadura.”
Desenhista, escultor, artesão, ceramista,
escritor, folclorista e ex-professor da antiga
Escola de Aprendizes Artífices, em 1981,
27
antes de falecer, doou todo o seu acervo ao
Museu Universitário da UFSC, onde estão
guardados 925 desenhos, 1250 esculturas e
acessórios cenográficos, além de 286
cadernos com anotações de campo, de onde
saíram, por exemplo, as estórias de “O
fantástico da Ilha de Santa Catarina”,
incluído na Coleção Repertório, criada pela
editora universitária para a difusão de
clássicos da arte e do pensamento.
Existe algo sobre o que devemos refletir
quando nos deparamos com a imaginação e
a linguagem tão peculiar desse artista e a
documentação criada por ele, tanto visual
como literária, e é o que hoje chamamos de
resgate cultural. Quando alguém se
preocupa com a cultura local autêntica, entra
em um terreno muito mais vasto, que é um
lugar universal. Quando o particular e o
universal estão integrados, aí está um
trabalho verdadeiro e, por isso, importante.
As explicações, ou casos de mistério, não
são coincidências ao acaso, mas parte da
sabedoria popular universal. Na herança
portuguesa, assim como na indígena, na
africana, como na de todos os demais povos
que se reúnem (pacificamente ou em
condições trágicas) atualmente no Brasil e
no mundo, estão presentes, em tradições e
conversas, muitos seres de um mundo
invisível para os cinco sentidos.
Para os eruditos intelectuais, é apenas
fantasia ou um jogo do subconsciente, mas
para a arte não há motivos para a censura,
nem para o riso, nem para o preconceito
cultural; a arte é uma forma de registrar o
conhecimento, a arte é conhecimento.
Cascaes deixou em seus desenhos, objetos
utilitários e poesias, no final do século XX,
uma expressão não materialista da arte, e
nisto reside sua importância: algo que nos
toca como indivíduos e como partes de uma
humanidade inteira, ainda ignorante, mas
ansiosa pelo saber, por uma gnosis
(conhecimento) autêntica.
Não poderia deixar de transcrever uma
fórmula para proteção contra os ataques das
bruxas: “Se colocarmos sobre o solo umas
tesouras de aço (sem plástico) abertas em
forma de cruz e se espargirmos mostarda
negra ao redor desses instrumentos
metálicos, qualquer bruxa pode ser
capturada”. Quando a bruxa cair, deve-se
ter coragem, valor e admoestá-la sem
violência, para que deixe suas atividades
sinistras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: “Um Encontro com o Mistério”
WEOR, Samael, Aun.
A Revolução da Dialética. Portugal : Edições Gnósticas, 1993.
Fundamentos da Gnose. Morro do Chapéu : IGA Fênix, 2005.
O Mistério do Áureo Florescer. Campos : IGA, 1994.
SESC\UFSC. Museu Universitário. O Universo Bruxólico de Franklin Cascaes – catálogo
de exposição. Florianópolis : Tempo editorial.
http://noticias.ufsc.br/2012/10/museologo-peninha-anima-o-relancamento-de-o-fantasticona-ilha-de-santa-catarina/
http://museuvictormeirelles.museus.gov.br/exposicoes/temporarias/arquivo/1995-2/franklincascaes-as-bruxas/
http://www2.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro
http://www.infoescola.com/historia/imigracao-acoriana-no-brasil/
http://www.guiafloripa.com.br/cultura/folclore/franklin-cascaes
28
por Antonio Luiz Dantas Tavares
“É ostensível que nós, os Irmãos do
Templo dos Duas Vezes Nascidos,
havíamos eliminado da nossa mente
variados elementos subjetivos, infrahumanos. Entretanto, depois de
haver passado pelas oito Iniciações,
anelávamos, com todas as forças da
alma, ingressar nos esotéricos
trabalhos mágicos da Montanha da
Ressurreição.
Havia sido dito no Templo que
devíamos aguardar com infinita
paciência o Abade do Monastério,
mas é evidente que as horas
transcorriam
longas
e
aborrecedoras, com uma monotonia
insuportável.
Certamente
o
Venerável não parecia ter pressa
alguma.
Alguns desses veteranos da Primeira
Montanha se moviam por toda
parte, aqui, ali e por lá, protestando
impacientes pela singular demora do
Superior.
Há casos que surpreendem na vida,
e um destes foi a assombrosa
entrada do Abade no templo. Todos
os Irmãos da Ordem Sagrada
ficamos estupefatos, pois alguns dos
nossos já haviam perdido a
esperança de ver o Mestre.
Frente à sacra confraria falou o
29
Venerável, dizendo: ‘Aos senhores,
irmãos, fazem falta duas virtudes
que este irmão tem’ – disse, ao
mesmo tempo em que me apontava
com
o
dedo
indicador.
Posteriormente, de forma doce e
imperativa
ao
mesmo
tempo,
ordenou-me assim: ‘Diga-lhes o
senhor, irmão, quais são essas duas
virtudes.’
Os Nove Graus da Maestria
ou Os Nove Dos Doze Trabalhos
de Hércules
“A grande obra individual é realizada
no domínio zodiacal das potências
titânicas. Os Doze Trabalhos de
Hércules - protótipo do Homem
autêntico – indicam e assinalam a
Via Secreta que nos há de conduzir
‘Temos que saber ser pacientes! até os graus de Mestre Perfeito e
Temos que saber ser serenos!’- Grande Eleito.” Samael Aun Weor –
As Três Montanhas
exclamei com voz pausada e clara.
‘Ouviram?
Convenceram-se?’
- Doze são as façanhas que Hércules,
herói
solar,
realiza.
prorrompeu o Abade com grande o
elas
guardam
solenidade. Todos os Adeptos, Cosmicamente,
espantados e maravilhados ao correspondência com o Zodíaco e,
mesmo tempo, optaram por guardar esotericamente, com as doze partes
respeitoso
silêncio. do Ser. O que devemos compreender
Claro que todos os membros da de tudo isso, porém, é que nossa
congregação, com exceção de mim, consciência subjaz prisioneira em
tiveram então que ser afastados do doze níveis infraconscientes ou de
templo, pois só minha insignificante vibração inferior e que como Dante,
pessoa que nada vale, saiu vitoriosa em sua Divina Comédia, a alma
deverá descer a cada uma destas
na difícil prova.”
regiões para se liberar. Nove destes
Segunda Montanha
trabalhos correspondem à Segunda
Montanha. E três pertencem a
A RESSURREIÇÃO
Terceira Montanha.
“O número nove é o princípio da Luz
Divina, Criadora, que ilumina todo
pensamento, todo desejo e toda
obra; exprime externamente a obra
de Deus que mora em cada homem,
para descansar depois de concluir
sua Obra.” Dr. Jorge Adoum – As
Chaves do Reino Interno
Primeiro Trabalho – Céu e
Inferno da Lua
Captura
Neméia
e
Morte
do
Leão
de
Corpos: Físico, Vital e Astral
Em primeiro lugar, vem a captura e
30
Serenidade e Paciência
por Antonio Luiz Dantas Tavares
morte do leão de Neméia, que
simboliza a força dos instintos e das
paixões incontroladas que devasta e
devora tudo.
subconsciente
humano
se
escondesse o esquerdo e tenebroso
Mara do evangelho budista, o
famoso Dragão das Trevas, citado
“Compreendi que para ter direito de pelo Apocalipse de São João, e pai
subir
ao
Céu
Lunar
(Astral dos três traidores.
Superior), primeiro deveria baixar Gigantesco monstro abismal de sete
aos
infernos
selenitas
(astral cabeças
infra-humanas,
inferior) e valorosamente enfrentar personificando sempre os sete
as Três Fúrias.” Samael Aun Weor
pecados
capitais:
ira,
cobiça,
As três fúrias são conhecidas no luxúria, inveja, orgulho, preguiça e
cristianismo como Judas, Pilatos e gula. E rugiu a grande besta
Caifás, o Demônio do Desejo, o espantosamente, como quando ruge
Demônio da Mente e o Demônio da um leão, e estremeceram de horror
Má Vontade. No início, o discípulo as potências das trevas.
havia enfrentado esses princípios Já havendo caído os principais eustenebrosos da Lua, mas agora eles demônios - vis personificações de
devem ser confrontados nos infernos meus
horríveis
defeitos
infraatômicos e o discípulo deve vencê- humanos
–
concluíram-se
los com o poder de Devi Kundalini epicamente meus trabalhos lunares,
Shakti. Somente assim conseguirá a dando morte, com a santa haste a
união da Alma Humana (Tiphereth) muitas outras bestas infernais...”
com a Alma Divina (Geburah), as Samael Aun Weor
Bodas Alquímicas.
Segundo Trabalho – Céu e
“Inquestionavelmente, na Quinta
Inferno de Mercúrio
Iniciação do Fogo havia encarnado a
minha humana alma (o Manas A Destruição da Hidra de Lerna
Superior da Teosofia).
Corpo Mental
Mas agora, ó Deuses! Com este
desponsório alquimista e cabalista,
encarnava também a minha alma
espiritual (o Buddhi).
“Escrito está com caracteres de fogo
no livro da vida: ‘Quem quer subir
primeiro deve descer; a cada
exaltação precede sempre uma
Ostensivelmente,
dentro
deste terrível humilhação’.
último, arde sempre, de forma Inquestionavelmente, eu de verdade
inalterável, a chama de Prajna (o anelava, com todas as forças da
Íntimo).
minha alma, subir, ascender ao Céu
Eu pensava que, depois das bodas de Mercúrio, o Devachan dos
alquímicas
com
minha
alma hindus, o mundo mental superior, a
espiritual, entraria de cheio numa morada dos Arcanjos. Entretanto,
paradisíaca
lua-de-mel.
Nem antes me foi indispensável baixar,
remotamente suspeitava que entre descer aos infernos da mente, para
as
guaridas
submersas
do ali destruir a Hidra de Lerna.
31
Aqueles defeitos psicológicos de
polifacética estrutura, que nos
infernos lunares havia reduzido à
poeira
cósmica,
continuavam
existindo em forma das abomináveis
cabeças da hidra fatal, nas diversas
pregas da mente.
Antes que a chama de ouro possa
arder com luz serena, a lâmpada
deve estar bem cuidada e em lugar
livre
de ventos. Os pensamentos terrenos
devem cair mortos às portas do
templo.
A mente, que é escrava dos sentidos,
faz a alma tão inválida quanto o
bote que o vento extravia sobre as
águas”. Samael Aun Weor
Terceiro Trabalho – Céu e
Inferno de Vênus
A Corça de Cerínia e o Javali de
Erimanto
O Corpo Causal
“Não é demais asseverar, nestes
instantes, que eu anelava, muito
sinceramente e com todas as forças
da minha alma, entrar no Céu de
Vênus - o Mundo Causal, a morada
dos Principados...
Descer é necessário antes de subir;
a toda exaltação precede sempre
uma
humilhação.
Descer
aos
Infernos Venustos foi indispensável,
urgente, inadiável para depois
subir...
Inferno do Sol
Limpeza dos Estábulos de Augias
Corpo da Consciência e/ou Búdico
“O Quarto Trabalho de Hércules, o
Herói Solar, é a limpeza maravilhosa
dos estábulos de Augias, rei da
Élida, cuja filha, conhecedora das
virtudes das plantas, compunha
com elas mágicas beberagens.
Nesses
estábulos
(viva
representação simbólica de nossos
próprios
fundos
subconscientes
submersos) viviam os rebanhos do
rei
Augias
(esses
múltiplos
agregados psíquicos bestiais que
constituem o ego), dentre os
quais
doze
cândidos
touros,
alegorizando o Karma Zodiacal.
Claro
que
ali
então
estava
acumulada a sujeira de várias
gerações. Em nome da verdade
tenho que confessar francamente e
sem rodeios que o quarto trabalho
para mim foi tremendamente fácil.
Entretanto,
tive
que
passar
previamente por uma delicada
prova.” Samael Aun Weor
Quinto Trabalho – Céu e
Inferno de Marte
Caça e a
Antropófagas
Morte
das
Aves
Corpo do Íntimo
“Aniquilar dentro de mim mesmo
esses
elementos
inumanos,
bruxescos, essas aves de mau
Momentos antes de abandonar agouro, certamente foi minha tarefa
definitivamente a morada de Plutão, no tenebroso Tártaro.
vi algo espantoso, terrível, como se Ainda que pareça incrível, pelo
um descomunal monstro gigantesco inusitado da notícia, é urgente saber
quisesse devorar a humanidade que todos os seres humanos, sem
inteira. Ai! Ai! Ai!” Samael Aun Weor exceção alguma, levam em seus
fundos
inconscientes
variados
Quarto Trabalho – Céu e
32
Serenidade e Paciência
por Antonio Luiz Dantas Tavares
elementos feiticeiros.
A Captura das Éguas de Diomedes
Inquestionavelmente, até os próprios
santos de todas as religiões sofrem o
indizível quando se autodescobrem.
Então podem verificar, por eles
mesmos, o cru realismo desses
elementos
inumanos
que
são
obrigados a eliminar de sua mente.”
Samael Aun Weor
Paranirvana
Sexto Trabalho – Céu e
Inferno de Júpiter
A Captura do Touro de Creta
“Nos infernos saturninos tive que
capturar e destruir as éguas de
Diomedes
infra-humanos
elementos
passionários
profundamente submersos em meus
próprios abismos inconscientes;
simbólicas bestas, [que moravam]
junto às ‘águas espermáticas do
primeiro instante’, dispostas sempre
a devorar os fracassados.
“Encadear o simbólico Touro de
Creta foi realmente a tarefa a seguir,
e esta, em si mesma, pareceu-me
horripilante. Naquela época da
minha atual existência, muitas
tentações sexuais me assediavam
inclementes do tenebroso Tártaro...
Finalizando o saturnino trabalho na
morada de Plutão, fui então
transportado no eidolon à Terra
Solar dos hiperbóreos. Essa é a ilha
de Avalon, a mágica região jinas
onde habitam os Deuses Santos;
sublime ilha de Apolo, terra firme no
meio do ‘Oceano da grande vida livre
em seu movimento’.
Autoexplorando-me
psicologicamente,
descobri
nos
fundos mais profundos da minha
própria mente o famoso Touro de
Creta. Eu o vi, sim, Negro,
descomunal, gigantesco, ameaçante
e provido de agudos cornos.
Ah! Eu havia estado ali antes e no
mesmo lugar santo ante os tronos
veneráveis há muitos milhões de
anos, na época do continente Mu ou
Lemúria.
E
agora
regressava
vitorioso, depois de ter sofrido
muito. Ai! Ai! Ai!” Samael Aun Weor
Obviamente se expressava na minha
mente com fortes impulsos sexuais,
passionais, irreflexivos...
Oitavo Trabalho – Céu e
Inferno de Urano
Nirvana
Os Dois Ladrões Caco e Ágato
Foi urgente encadear a tenebrosa
besta;
tornou-se
indispensável Mahaparanirvana
desintegrá-la, reduzi-la à poeira “Ágato e Caco crucificados no monte
cósmica.
das Caveiras à direita e à esquerda
Grande
Kabir
alegorizam,
É claro que fui assistido pela minha do
Divina Mãe Kundalini, a Serpente enfaticamente, o tantrismo branco e
Ígnea de Nossos Mágicos Poderes.” o tantrismo negro, a boa e a má
magia do sexo.
Samael Aun Weor
Nos abismos de Urano tive que
Sétimo Trabalho – Céu e
reduzir à poeira cósmica o mau
Inferno de Saturno
ladrão, o tenebroso Caco, aquele que
33
antes saqueava o centro sexual da 9. Netuno
minha máquina orgânica para a vil
Podemos e até devemos emitir o
satisfação de animalescas paixões.”
seguinte
enunciado:
Somente
Samael Aun Weor
mediante estas romarias íntimas de
Nono Trabalho – Céu e Inferno esfera em esfera estaremos em
condições de vivificar e fazer
de Netuno
ressurgir dentro de cada um de nós
A Conquista do Cinto de Hipólita, A
o Mestre Secreto, Hiram, Shiva, o
Rainha das Amazonas.
esposo de nossa Divina Mãe
O Espírito Santo, o Terceiro Logos, Kundalini, o Arquimago, a Mônada
Esposo Sublime de Nossa Mãe particular, individual, nosso Ser
Divina Kundalini.
Real...
“Inquestionavelmente
torna-se Uma coisa é ser Mestre e outra, por
muito complexo o Nono Trabalho de certo muito diferente, é alcançar a
Hércules - o herói solar: a conquista perfeição na maestria.” Samael Aun
do Cinto de Hipólita, a Rainha das Weor
Amazonas, o aspecto psíquico
A Ressurreição –
feminino da nossa própria na
natureza interior. (...)
As Provas de Jó
Esse cinto maravilhoso, análogo ao
de
Vênus,
e
emblema
da
feminilidade, perde todo significado
e valor ao ser separado de sua
legítima possuidora. O amor, e não a
violência,
faz,
portanto,
sua
conquista realmente significativa e
valiosa.” Samael Aun Weor
Pagamentos
Netuno
1. Lua
Obviamente, a cada uma das oito
Iniciações corresponde um ano.
Como corolário, resultam oito anos
para as oito Iniciações...
do
Dízimo
de
“Antes da ressurreição autêntica,
cada uma das oito Iniciações deve
ser qualificada. Isto se processa em
oito anos, durante os quais temos
que experimentar o livro do
“Esta é a peregrinação individual patriarca Jó em todo o seu cru
que todo iniciado tem que efetuar na realismo.
Segunda Montanha, passando por Enfatizamos solenemente o seguinte
nove etapas ou graus sucessivos, enunciado: ‘Jamais seria possível
totalmente enumerados e definidos qualificar as oito Iniciações em
nas nove esferas:
tempo menor que oito anos...’ .
2. Mercúrio
3. Vênus
4. Sol
5. Marte
6. Júpiter
7. Saturno
8. Urano
Esclareço:
Mencionado
tempo
corresponde
exclusivamente
ao
epílogo de toda uma série mística de
profundos
trabalhos
esotéricos,
realizados em todos e cada um dos
nove
planetas
anteriormente
34
Serenidade e Paciência
citados.
Indubitavelmente, tais trabalhos
processam-se em tempos diferentes
e costumam, na verdade, ser
demasiado
delicados.
É ostensível que todo aquele que
ingressa na Segunda Montanha não
recebe, por tal motivo, mais graus
nem iniciações. A perfeição na
maestria somente advém com a
ressurreição esotérica transcendental...
por Antonio Luiz Dantas Tavares
Décimo Primeiro Trabalho de
Hércules – Colheita das Maçãs de
Ouro do Jardim das Hespérides.
Liberação de Prometeu – Lúcifer.
O Primeiro Logos: o Pai, Vulcano.
Encarnação do Primeiro Logos. O
Ancião dos Dias, Kether.
Décimo Segundo Trabalho de
Hércules – Sacar dos Infernos
Atômicos o Cão Tríplice Cérbero.
O Protótipo Divinal. O Sagrado Sol
A plena manifestação da Mônada Absoluto. Perséfone. O Ain Soph
dentro do Mestre Ressurreto confere Aur.
-lhe
extraordinários
poderes
Nesta fase, encarna-se o Ser do Ser,
mágicos...” Samael Aun Weor
o Protótipo Divinal no Espaço
O Mestre ainda não havia passado a Abstrato Absoluto, Jeu, o Pai de
Ressureição
Esotérica
quando Meu Pai... Ain Soph... Pleroma
chegou ao término do Nono
O Décimo Terceiro Aeon. Somente
Trabalho de Hércules, sendo assim
entrando no Imanifestado “SAT”,
apelou à memória dos Registros
O Espaço Abstrato Absoluto, a
Akáshicos da Natureza do que havia
Existência Negativa, desaparece
vivido anteriormente e, assim,
todo o perigo de caída...
completar o resto do mapa do
O
Espaço
Abstrato
Absoluto.
Caminho da Liberação Final.
Morada de Barbelo. Clarion.
Terceira Montanha – A
Montanha da Ascensão
Bibliografia:
De Samael Aun Weor:
“As Três Montanhas” - Editora IGA
FÊNIX. 2016 (próxima edição)
“Tarôt e Cabala e Curso Esotérico de
Cabala” - Editora IGA FÊNIX. 2007
“Pistis Sophia”; Edições Gnóstica.
Portugal. 1995.
“Para os Poucos” - Editora Sol
Décimo Trabalho de Hércules – A Nascente.
Morte e a Conquista do Rebanho De Dante Alighieri:
de Gerião. O Segundo Logos: O A Divina Comédia
Filho. Plutão.
De Horus Gomes Garro:
Encarnação do Segundo Logos.
El Proceso de Samael Aun Weor
Chokmah. O Cristo Cósmico.
35
Sala de Estudos Gnósticos
Sobre a Gnosis e seu Centro de Gravidade: O CRISTO
30ª Aula de Primeira Câmara do IGA
Gnosis
significa
Conhecimento.
“Protognosis é a Gnosis em estado de ação,
impulso e dinamismo. “Pré-Gnosis” é algo
que ainda não é Gnosis. “Autognosis” é o
próprio conhecimento gnóstico em si mesmo”, a autoconsciência. Devemos nos familiarizar com todos estes aspectos da Gnosis.
O termo “gnostizante”, por exemplo, designa o trabalho que promove o Ensinamento
Gnóstico. O termo “Gnosticismo” indica o
estudo de Gnosis.
A Gnosis tem quatro colunas: Ciência, Filosofia, Arte e Religião. Quando falamos de
ciência, falamos de ciência Pura, não dessas
teorias universais podres de hoje que estão
em toda parte; Ciência Pura como a da
Grande Obra e dos alquimistas medievais,
Ciência Pura como a de Paracelso e de Paulo de Tarso.
No aspecto místico, estudamos a religiosidade de uma forma muito profunda. A Gnosis
estuda a Ciência das Religiões, posto que a
verdadeira religião é encontrada em toda a
natureza. A Gnosis estuda a religião com
profundidade, promovendo o religare, a religação da Alma com Deus. Isto implica em
trabalhos intensos, sendo necessária a eliminação do Eu Psicológico, do mim mesmo,
para que se estabeleça o religare sobre o
qual os antigos tanto falaram. A religiosidade que nós estudamos é completamente científica, altamente filosófica e profundamente artística. Buscamos a Seidade, o Divino em nosso interior, nunca fora de nós mesmos. Sabemos que quem não encontra Deus
dentro de si mesmo não o encontrará em lugar nenhum. Ocupamo-nos com o autoconhecimento, com a autognosis, que conduz
ao conhecimento de nós mesmos, de nosso
próprio Ser interior. Todo esse processo vem
a constituir, precisamente, a autognosis.
Pergunta: Mestre, no sábado passado, foi falado em uma palestra cabalística muito im-
por: Ricardo Amâncio
portante de terceira câmara, sobre Jesus
Cristo, o Salvador, e sua relação com o Centro de Gravidade do Movimento Gnóstico,
que se relaciona precisamente com a iniciação de Tipheret, eixo do nosso Movimento
Gnóstico; gostaria muito, pois considero isto
interessantíssimo, impressionante e arrebatador, que o senhor pudesse acrescentar algo
mais, qualquer coisa, por gentileza...
Resposta: Primeiro temos que distinguir claramente entre o que é Jesus, o Cristo, como
Grande Kabir, ou seja, o “Homem” que pregou a doutrina do Cristo Íntimo de cada um
de nós, e o que é o Jesus Cristo Íntimo e particular de cada um de nós. De forma que Jesus Cristo, como Kabir, o Grande instrutor
que viveu na Terra Santa há mil novecentos
e setenta e quatro anos, ensinou a Doutrina
de Nosso Jesus Cristo particular, íntimo, e
isso merece uma explicação.
Primeiro, temos que pensar nos dez Sephiroth da Cabala Hebraica para podermos entender. Para isso, temos que nos orientar por
meio da Árvore da Vida, porque só assim se
faz compreensível esse tipo de conhecimento. Se olharmos atentamente para a Árvore
da Vida, descobriremos os Dez Sephiroth da
Cabala Hebraica.
O Primeiro, antes de todos, é Kether, o Ancião dos Séculos, a Verdade das Verdades, o
Oculto dos Ocultos, a Misericórdia das Misericórdias, o nosso verdadeiro Pai que está
em segredo. Kether se desdobra em Chokmah, que na Cabala Hebraica é o Cristo
Cósmico, o Christus, Xhristus, o Vishnu dos
Indostânicos. Kether é o Pai (o Brahma dos
Indostânicos). Por sua vez, Chokmah, o filho, o Crestos, se desdobra em Binah, que é
o Espírito Santo, o Terceiro Logos (o Senhor
Shiva dos Indostânicos).
Existe uma marcada tendência no mundo
ocidental de antropomorfizar os três aspec36
tos do Logos, e isso não é possível. O Pai, o
primeiro Logos, é, em si mesmo, múltiplo;
isso significa que há tantos “Pais no Céu”
quantos homens na Terra. O Segundo Logos,
o Cristo Cósmico, é uma “Força Universal”
que se expressa por meio de qualquer pessoa
que esteja devidamente preparada. Quanto
ao Terceiro Logos, o Espírito Santo, manifesta-se como potência sexual em tudo o que
é, foi e será. O primeiro Logos, em si mesmo, é o Ancião dos Dias, a sabedoria. O segundo Logos, Chokmah, é o Amor, o Fogo
que arde em toda a Criação, Agnus Dei, o
cordeiro Imolado desde o princípio do mundo para nossa salvação, o fogo existente no
fundo de toda matéria orgânica e inorgânica.
Quanto ao Terceiro Logos, o Espírito Santo,
é a Força Sexual que vemos entre os estigmas e pistilos das flores, esta força que se
expressa nos órgãos criadores de todas as
espécies vivas, esta maravilhosa força sem a
qual o Universo não existiria.
Por conseguinte, temos três centros de gravidade básicos na Árvore da Vida: o primeiro
é o Ancião dos Séculos, como centro de gravidade e fundamento do Primeiro Triângulo.
No segundo triângulo, Ético, manifesta-se o
segundo aspecto do Logos, o Crestos, em
Thiphereth, que é o centro de gravidade do
Cristo. No terceiro Triângulo, Yesod transforma-se no centro de gravidade do Espírito
Santo, quer dizer, da força sexual. Mediante
essa força é que surgem a vida, o corpo físico e todos os organismos vivos. Malchut,
por sua vez, é o mundo físico; não obstante,
Malchut, o corpo físico, não existiria sem o
sexo, porque somos filhos de um homem e
de uma mulher. Por isso, Yesod é o fundamento do Terceiro Logos, o centro onde gira
a força sexual do Terceiro Logos.
O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Logos,
no fundo, constituem um Logos indivisível:
ainda que Triuno é o Pai, contido no Pai estão o Filho e o Espírito Santo, da mesma
forma como dentro do homem real estão o
corpo físico, a alma e o espírito... Assim, o
Pai que está em segredo tem sua esposa, que
é a Divina Mãe Kundalini. A esposa de Osíris é sempre Isis. Da união perfeita dos dois,
do divino esposo com a divina esposa, nasce
o filho Horus, que a Mãe Divina leva em
seus braços....
(...)
No princípio, posso lhes dizer que quase não
se percebe a presença do “Menino” dentro
de si mesmo. Ele nasce, digamos, entre os
animais de estábulo, que não são outra coisa
senão os animais dos desejos, nossas paixões e os diversos “elementos inumanos”
que constituem o “eu pluralizado”. O
“Menino” tem que sofrer muito, nascer em
um estábulo. Ele não nasce em um grande
palácio, mas em um estábulo. É claro que
vai crescendo, pouco a pouco, ao longo do
tempo. O trabalho que ele precisa realizar é
muito duro, posto que é o Cristo, que nasce
no estábulo para nos salvar. Sendo assim, o
Cristo tem que eliminar, em si mesmo, todos
os animais do estábulo. Quanto às tentações
que o ser humano passa como pessoa de carne e osso, são as mesmas tentações pelas
quais o Cristo precisa passar, tornando-as
suas tentações. O mesmo corpo de carne e
osso vem a se transformar no corpo de carne
e osso do Cristo. É assim como o “Filho do
Homem” vem ao mundo e se converte em
um “Homem de carne e osso”. Nisso consiste o mérito dos esforços e sacrifícios feitos
pelo Cristo.
Bibliografia: Fundamentos da Gnose, cap.
XII – Autor: V.M Samael Aun Weor.
37
Ensinamentos de Samael II
Mensagem à Juventude Gnóstica
Discurso proferido na abertura do Congresso
Juvenil de Guadalajara, México, em 1976.
(Conferência totalmente revisada da gravação
original)
Jovens gnósticos, dirijo-me a vocês! Com infinita alegria vejo aqui uma enorme representação da juventude gnóstica revolucionária panamericana.
Há muito tempo venho trabalhando com o propósito de agigantar todos estes grupos juvenis,
das distintas repúblicas irmãs da América e de
todo o mundo. Inquestionavelmente, o Gnosticismo Universal se estende por toda a face da
Terra. Os jovens gnósticos, com a “tocha da
sabedoria” na mão, lançaram-se a uma luta
sem limites; são estes jovens os porta-vozes da
“Palavra Logóica” que ressoa em todos os âmbitos do Universo, maravilhosamente. O verbo
gnóstico juvenil arde intensivamente em todos
os rincões do mundo. A juventude, valorosa
como sempre, abre os caminhos para uma nova Nova Civilização e uma nova cultura. Colocamos na juventude todos os nossos anelos e
toda a nossa inspiração.
Obviamente, o verbo gnóstico juvenil há de
“incendiar” a velha Europa; há de resplandecer
nas terras asiáticas e também brilhar uma vez
mais nas pirâmides do Egito. O verbo gnóstico
está sendo chamado para transformar, por
meio da juventude, a todos os seres humanos
sem distinção de raça, sexo, ou casta ou cor. O
verbo gnóstico corre como um rio de ouro sob
a espessa selva do Sol. A juventude sempre
tem iniciado novos ciclos históricos, produzido
transformações que em sua época, realmente,
chegam a espantar aos velhos.
A juventude gnóstica resplandece entre as colunas gregas, entre os mistérios do Egito, nas
pirâmides do México e também nos templos
austeros dos antigos tempos... O verbo gnóstico juvenil, em uníssono com a harmonia cósmica, vibra em tudo o que é, em tudo o que há
sido e em tudo o que será...
A vitalidade ardente da juventude gnóstica revolucionária pan-americana está neste momento, empenhada em uma luta de morte contra
tudo que é degenerado, contra tudo isso que já
entrou em franco estado de decadência...
Na juventude gnóstica estão representados os
valores transcendentais do Ser. Na juventude
gnóstica brilha e palpita a força guerreira de
Marte, a sabedoria de Mercúrio e o resplendor
do Sol. São os jovens gnósticos, precisamente,
aqueles que desembainham a espada contra todos os preconceitos da época; eles levantam a
taça vitoriosa para brindar por uma Nova Civilização e uma Nova Cultura...
A juventude gnóstica, neste momento, encontra-se entre o dilema do Ser e do Não-Ser da
Filosofia... um passo atrás e estaríamos perdidos. Os esquadrões resplandecentes do exército
juvenil gnóstico se movimentam fazendo estremecer a Terra, através dos distintos países centro-americanos, sul-americanos e norteamericanos. Neste momento, os jovens gnósticos são os heróis da Nova Civilização, os paladinos da Grande Causa e os colossos que se
lançam contra as trevas da ignorância...
Com alegria estamos inaugurando este Congresso Gnóstico Juvenil para estabelecermos as
premissas da batalha. Aqui há de resplandecer
o pensamento juvenil através dos provérbios
brilhantes e luminosos dos jovens que desconcertarão os traidores desta época, ante o veredito solene da consciência pública...
A juventude gnóstica revolucionária panamericana, brilhante, resplandecente, colossal
e imponente, deve, aqui, definir posições, aclarar conceitos, traçar planos para a “batalha”. A
juventude tem em sua palavra o verbo que confunde os tiranos e a espada da vitória.
Jovens gnósticos revolucionários, em nome do
Bem, da Verdade e da Justiça, declaro com alegria, aberto este Congresso Gnóstico Juvenil!
Com o diretor de debates terão outro jovem
para ajudar-lhes. Quero referir-me enfaticamente, ao nosso irmão J.R. que estará aqui para representar aos Mestres do Movimento
Gnóstico Cristão Universal. Não seremos nós,
os velhos, que estaremos à frente deste debate.
Queremos que os jovens, por si mesmos,
aprendam a marchar com passo firme e decidido até o triunfo universal...
Jovens, desta tribuna da eloquência, dou minhas imensas felicitações. Que a Paz do Espírito resplandeça em seus corações!
Livro: Fundamentos da Gnose. Conf. 11ª.
38
Estimados Missionários, Estudantes e
Simpatizantes Gnósticos
Saudações fraternais!
Nesta oportunidade, gostaríamos de comentar algo a respeito dos fundamentos
gnósticos que serviram de inspiração
para a criação da logomarca e cartaz da
VII Convenção Nacional, Salvador
2016.
A escolha dos elementos gráficos a serem exibidos na arte teve como objetivo
expressar o lema do evento, "A Luz Interior", com base nos fundamentos
da Doutrina Gnóstica, ensinada pelos
Veneráveis Mestres Samael e Litelantes
e, ao mesmo tempo, conservar alguma
referência à cidade sede.
Iniciando os comentários pela região
central do cartaz, observa-se uma pomba branca pairando acima de um farol,
instalado sobre uma fortaleza no meio
do mar. Desta imagem central, desdo-
brou-se o logo da
Convenção,
uma
pomba em voo e, ao
fundo, a vista de um
farol estilizado, irradiando luz na forma de
três raios e recordando a Trindade e os
Três Fatores da Revolução da Consciência.
Curiosamente, a bandeira da cidade de
Salvador tem como símbolo a pomba
branca, que representa o Espírito Santo. Na bandeira, ela aparece voando,
levando um ramo de oliveira no bico,
sendo que, embaixo dela, observa-se a
inscrição em latim:
“Sic illa ad arcam reversa est”, que
quer dizer: “Assim ela retornou à arca”
39
Segundo historiadores, a bandeira de
Salvador foi idealizada pelo fundador da
cidade e primeiro governador geral do
Brasil, Tomé de Souza. A inscrição latina "Sic illa ad arcam reversa est" se refere ao retorno da pomba à Arca de Noé
depois de seu voo sobre a terra inundada pelo dilúvio, trazendo um ramo de
oliveira no bico e demonstrando que a
terra estava ressurgindo das águas.
Conforme algumas versões, tal simbologia representa o encontro de uma terra
onde os portugueses poderiam firmar
uma base, em analogia ao relato bíblico. Outras dizem que o símbolo pode
ter sido adotado em razão da fundação
da cidade de Salvador ter trazido paz e
reconciliação à, então, província da Bahia, que se encontrava em conflitos
constantes decorrentes da gradual ocupação da área pelo donatário Francisco
Pereira Coutinho.
Em todo caso, para o Conhecimento
Gnóstico, esta passagem bíblica tem
um significado mais profundo, que remete aos fundamentos do trabalho interior em busca da Autorrealização Íntima
do Ser. A Arca de Noé é um emblema
do Grande Arcano, a ciência que permite ao ser humano trabalhar com a
energia criadora, o poder do Espírito
Santo. Na Arca estão depositadas todas as sementes da criação, as possibilidades de renovação da vida e a
regeneração.
O Mestre Samael ensina, em seu livro
intitulado “O Livro Amarelo”, que a ciência da transmutação tem o poder de sublimar a energia seminal, provendo o
sistema nervoso de riquíssimo prana, o
qual fica depositado no cérebro como
vinho de luz, como energia crística maravilhosa. No misterioso poder da Pomba se encontra a força necessária para
acender a Luz Interior…
Aquele que anela
a iniciação precisa
de luz para se orientar, precisa de
luz para enxergar
o caminho. Essa é
exatamente a função de um farol. A
luz do farol guia os
navegantes durante a noite, quando
as trevas predominam. O trabalho
de transformação
e desenvolvimento espiritual do ser humano, no cristianismo esotérico, é comparado a uma grande navegação no
mar da vida, tendo como padroeira Nossa Senhora dos Navegantes, a Virgem
do Mar, Stella Maris. Graças à providência de Nossa Senhora, a luz do farol se
acende e os viajantes encontram o rumo para o Porto Seguro, o Ser.
Assim, aparece no cartaz, o Farol da
Barra, outro ícone da cidade sede, encimando o Forte de Santo Antônio da Barra, construído na ponta do Padrão (atual
Largo do Farol da Barra). Nesse local,
40
Gonçalo Coelho, comandante da primeira expedição exploratória do Brasil,
aportou, fazendo erguer um padrão de
posse para a Coroa Portuguesa, a 1 de
novembro de 1501. Conforme o calendário católico, então adotado, era o dia
de Todos-os-Santos. A ponta do Padrão
encontra-se na entrada da Baía de Todos-os-Santos, que, segundo se relata,
recebeu esse nome devido à aludida
data.
A fortaleza, posteriormente construída,
tinha como tarefa proteger a entrada da
baía contra os invasores. Analogamente, na Luz Interior que provem do Ser,
encontra-se o verdadeiro refúgio e a
proteção que precisamos para nos
defender dos perigos do caminho e
de nossos invasores internos.
a continuidade da Criação e o estado de
constante transformação da Natureza.
Acompanhando a Pomba do Espírito
Santo, um feixe de luz desce do céu,
delineando um triângulo, símbolo das
Três Forças Primárias, sem as quais seria impossível a Criação; também é uma
lembrança dos Três Fatores da Revolução da Consciência, Nascer, Morrer
e Sacrifício pela Humanidade, indispensáveis para que a Luz Divina, um
dia, possa fazer seu ninho em nossos
corações.
Por fim, é importante que reflitamos sobre o fato evidente de que nem o conhecimento superior e, menos ainda, a
compreensão dos mistérios da criação e
do caminho que conduz à autorrealização íntima do Ser estariam acessíveis
ao ser humano sem o supremo sacrifício daqueles que já percorreram a senda e que, por amor à humanidade, decidem se dedicar ao ensino da sabedoria
oculta, trazendo a luz para os que se
encontram perdidos nas trevas. Exemplos como este encontramos em nossos
Gurus Samael e Litelantes, fundadores
do Movimento Gnóstico e iniciadores da
nova Era de Aquário, a quem devemos
esta Sagrada Doutrina tão didática e
O pôr do sol apresentado no cartaz é claramente ensinada.
um belíssimo espetáculo da Natureza a Que a Luz dos Gurus ilumine os nossos
que se tem o costume de assistir no fi- caminhos!
nal das tardes ensolaradas, a partir da
vista privilegiada do Farol da Barra.
Paz Inverencial!
O ocaso é, sem dúvida, um convite para
a meditação, pois conforme ensina a
Doutrina Gnóstica, só através da morte Organização da VII Convenção
Nacional Gnóstica
interior nascerá o novo, a luz, dentro
do ser humano. O Cristo Sol, todos
os dias, se põe para renascer mais tarde, com brilho renovado, demonstrando
41
Calendário de Atividades do IGA
Abril a Julho de 2016
MÊS
DIA
DATA ESPECIAL
EVENTO / LOCAL
ABRIL
20
21 a 24
De 01 a 30/04/13
Início do Signo de Touro
Prática: Mantra AUM / Runa LAF
I Retiro de Missionários do
IGA Brasil
I Centro de Retiro Espiritual: Cabo de Santo
Agostinho - PE
Prática da Runa MAN às 23:45h (V.M.
Huiracocha)
Prática da Runa LAF (V.M. Samael)
26
Preparação para o dia 27
27
Advento de Samael
MAIO
1
20
26 a 29
27
De 01 a 31/05/13
Dia do Trabalhador
Início do Signo de Gêmeos
Retiro de Corpus Christis
Advento de Samael
FERIADO —> Praticar a Meditação
Prática: Saída em Astral
Araucária/PR: II CRE
Prática da Runa LAF (V.M. Samael)
JUNHO
De 01 a 30/06/13
17 a 19 Retiro de São João
21
Início do Signo de Câncer
26
27
Cabo de Santo Agostinho/PE: I CRE
Prática da Runa GIBUR
Preparação para o dia 27
Advento de Samael
Prática da Runa MAN às 23:45h (V.M.
Huiracocha)
Prática da Runa LAF (V.M. Samael)
JULHO
De 01 a 31/07/2013
22 a 24 Retiro das Férias Escolares
23
Início do Signo de Leão
26
Preparação para o dia 27
27
31
Araucária/PR: II CRE
Prática da Runa AR; Vocalizar Mantra O
Prática da Runa MAN às 23:45h
Advento de Samael
Prática da Runa LAF (V.M. Samael)
Falta pouco mais de 100 dias
Salvador/BA - A Luz Interior
para a VII Convenção
De 12 a 15/11/2016
Nacional Gnóstica
Contatos com a Direção do IGA ou com os Editores da Revista MAITREY A
INSTITUTO GNÓSTICO DE ANTROPOLOGIA
IGA—BRASIL
www.igabrasil.org.br
[email protected]
Redação da Revista MAITREYA: Ricardo Nairo de Souza ([email protected])
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IV Encontro Regional Gnóstico
Rio - Minas: 12/03/16
Rio das Ostras - RJ
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