v. 1 - Colégio Energia Rio do Sul

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v. 1 - Colégio Energia Rio do Sul
Filosofia – 1a série – Ensino Médio – v. 1
Exercícios
01)B
02)As explicações míticas apresentavam respostas às inquietações ocasionadas pelos fenômenos
naturais. Porém, tais explicações vinham carregadas de magias e superstições. Com o desenvolvimento da civilização, as pessoas começaram buscar fontes mais confiáveis para explicar aquilo
que ocorria ao seu redor.
03)Resposta pessoal. Sugestão:
04)C
05)D
06)Os mitos foram a primeira forma encontrada pelo homem para explicar a realidade que o cercava.
Durante muito tempo as respostas mitológicas mantiveram credibilidade em suas explicações,
mas foi através do confronto entre as várias explicações mitológicas já existentes que surgiu a necessidade de encontrar uma resposta que pudesse transcender tais limitações. A filosofia emergiu
a partir da decadência da mitologia.
Sugestão de Filme
Título do filme: A Odisseia (The Odyssey, EUA, 1997)
Direção: Andrei Konchalovsky
Elenco: Isabella Rosselini, Armand Assante, Eric Roberts, Greta Scacchi, Geraldine Chaplin,
Christopher Lee, Irene Papas. 150 min, Alpha Filmes.
Resumo
Francis Ford Coppola comandou essa megaprodução de 40 milhões de dólares, com efeitos
especiais grandiosos, retratando a aventura excitante de Ulisses, herói grego, após a Guerra de
Troia. Uma adaptação do poema clássico Odisseia, atribuído a Homero, no qual Odisseu (Ulisses)
enfrenta a fúria dos deuses, perigosos inimigos e monstros mitológicos, demonstrando bravura e
resistência para retornar aos braços de sua amada Penélope.
Contexto histórico
A evolução histórica da
Grécia Antiga conhece quatro
períodos (Pré-Homérico, Homérico, Arcaico e Clássico).
Nos dois primeiros, o mito ainda
era preponderante na interpretação dos fatos históricos,
sendo que no período Homérico
ocorre a dissolução dos genos
e a consequente formação
das cidades-estado. Esta fase
obscura da história da Grécia
FILOSOFIA
Antiga, que se estende do século XII ao VIII a.C., é chamada
de Período Homérico porque
seu conhecimento é baseado
na interpretação de lendas
contidas em dois poemas épicos atribuídos a um suposto
rapsodo cego da Ásia Menor
chamado Homero.
No primeiro poema, chamado Ilíada, Homero conta a
Guerra de Troia, mostrando
sua tomada pelos gregos. O
poema concentra-se na figura do herói Aquiles, que se
negou a combater os troianos
devido a sua cólera contra
Agamenon, que lhe roubou
a escrava Briseida. Somente
com a morte do amigo Patroclo, Aquiles volta ao combate.
Outro momento importante
da obra descreve a tomada da
cidade pelos gregos, que sem
a liderança de Aquiles usaram
da astúcia, e por conselho de
Odisseu (Ulisses) construíram
um grande cavalo de madeira
e esconderam em seu interior
os soldados mais valentes,
que durante a noite saíram do
cavalo e abriram as portas da
cidade para seus companheiros
destruírem Troia.
Odisseia descreve o retorno
do guerreiro Odisseu (Ulisses)
ao seu reino na ilha grega de Ítaca. Essa obra pode ser dividida
em três temas fundamentais: a
viagem de Telêmaco; as viagens
de Ulisses; e o massacre dos pretendentes da esposa de Ulisses,
Penélope.
Assim como a Ilíada, a Odisseia é composta de 24 cantos,
porém, se a Ilíada descreve
um estágio mais primitivo da
sociedade, a Odisseia descreve um momento mais estável
e pacífico repleto de sucessos
legendários. No entanto, uma
análise mais criteriosa mostra
que a Odisseia mais parece
uma compilação de trechos
de diversas obras. Apesar de
posterior, a Odisseia não faz
nenhuma referência à Ilíada.
Deve-se também levar em
conta que esses poemas foram
transmitidos oralmente ao longo de séculos, tomando forma
escrita somente em meados do
século VI a.C. em Atenas durante a tirania de Psistrato.
Por fim, sobre a própria
figura de Homero ainda existem grandes interrogações:
se realmente existiu, qual
sua cidade natal, sua época
de nascimento e morte ou se
Homero corresponde apenas
à sigla de alguma associação
de rapsodos, os cantores ambulantes de rapsódias (cantos
épicos) na Grécia Antiga.
(Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=212>. Acesso
em: 08 nov. 2009.)
07)A contribuição da Filosofia
ocorreu em diferentes esferas:
na ciência, na matemática,
na política, na estética, entre
outras. Por ser uma disciplina
crítica, possibilitou a reformulação de suas teorias, estimulou
o debate e a revisão destas,
permitindo um progresso.
08)Vivemos em uma sociedade extremamente narcisista, na
qual há um endeusamento da beleza individual. Inúmeras
pessoas atualmente sofrem muito, pois não são socialmente aceitas por causa de suas aparências físicas. Há uma
poderosa indústria de cosméticos que estimula o culto ao
próprio corpo. Há vários teóricos que defendem que essa
tendência narcisista – que aumenta o individualismo e a
competição entre as pessoas – é típica da sociedade capitalista.
Para discutir
Existe alguém mais narcisista do que eu?
Psicólogos americanos confirmam: celebridades se amam mais que as pessoas comuns. Mas
esse culto da própria imagem também é um mal social
O cantor sertanejo Zezé Di
Camargo acredita que o mundo seria um lugar melhor sob
seu comando. Em matéria de
FILOSOFIA
imodéstia, Susana Vieira não
fica muito atrás. A atriz acha
que tem um talento natural para
influenciar as pessoas. Zezé e
Susana são artistas consagrados. Mas mesmo gente cujo
currículo não vai além da
participação no último Big
Brother cultiva noções grandiosas da própria importância. Essa constatação confirma
o senso comum: celebridades
são vaidosas, convencidas.
São narcisistas, enfim – e a
imagem da socialite americana Paris Hilton mirando-se no
espelho [...] remete à origem
da palavra: o mito de Narciso,
que se apaixonou pela própria
imagem. Dois livros recémlançados nos Estados Unidos
debruçam-se sobre essa cultura da autoabsorção, que se
revela no comportamento das
celebridades, mas também é
vista como um mal generalizado – uma doença moderna.
Em The narcissism epidemic
(A epidemia do narcisismo),
os psicólogos Jean M. Twenge
e W. Keith Campbell sustentam
que uma compulsão narcisística permeia toda a cultura
americana atual. As celebridades seriam as disseminadoras
desse vírus. The mirror effect
(O efeito do espelho) é fruto
de uma empreitada curiosa:
o psicólogo Drew Pinsky (com
auxílio do cientista social S.
Mark Young) submeteu 200
celebridades a uma sondagem
psicológica. Concluiu que
elas são 17% mais narcisistas
que a média dos americanos
(VEJA aplicou o mesmo teste
em cinco brasileiros, inclusive
Zezé Di Camargo e Susana
Vieira, mas num espírito de
brincadeira, sem os protocolos
clínicos seguidos por Pinsky).
A noção psicológica de
narcisismo surgiu no século
XIX, com base no personagem
da mitologia grega. Na versão
de sua história narrada pelo
poeta romano Ovídio, Narciso
é um jovem belo condenado a
admirar seu reflexo nas águas de
um lago para sempre. Na teoria
psicanalítica desenvolvida por
Sigmund Freud, o narcisismo
caracteriza uma etapa primitiva
no desenvolvimento da criança
– o período em que descobre seu
corpo e suas vontades. Também
se refere a certos traços que
todo ser humano apresenta,
em maior ou menor grau, na
vida adulta. Mais recentemente, psicólogos americanos que
não se vinculam à psicanálise
freudiana definiram o narcisismo pela conjugação de sete
características.
Esses traços não se apresentam de forma necessariamente
negativa. Artistas, políticos e
esportistas têm o narcisismo em
seu DNA. A tese de Pinsky é que
não se trata de um subproduto
da fama, mas da força primária
que leva as pessoas a ansiar
pelo reconhecimento público.
"Celebridades não se tornam
narcisistas. Narcisistas é que
se tornam celebridades", diz.
Os mesmos mecanismos psicológicos que levam um famoso
a se julgar o ser mais notável
do universo, porém, também
podem derrubá-lo. Quando
atinge níveis intoxicantes, o
narcisismo torna-se uma doença. Pessoas com o transtorno de
personalidade narcisística – doença reconhecida pelo CID-10,
catálogo de doenças e distúrbios
psicológicos – têm dificuldade
em manter relacionamentos e
são autodestrutivas. Ao contrário do que frequentemente se
imagina, o narcisista não tem
um ego hipertrofiado. Ele sofre
de inseguranças profundas e
precisa do aplauso constante
dos que o cercam. Age como
um vampiro, que suga a energia
alheia. "O sujeito fica dependente e estabelece uma relação
parasitária com aqueles que o
rodeiam", diz o psicanalista
Renato Mezan. O narcisista
extremado é incapaz de empatia. "Os outros não existem.
Só servem de espelho para
ele", diz a psicóloga Denise
Gimenez Ramos.
Os autores de The narcissism epidemic identificam
sinais do transtorno em virtualmente todos os aspectos da
vida americana, até mesmo
na economia. Os déficits elevados do governo e as dívidas
dos cidadãos com a compra
de bens muito além de suas
posses constituiriam sintomas de delírio de grandeza.
A escalada narcísica seria
visível, ainda, na explosão no
número de cirurgias plásticas.
"Há mais narcisistas do que
nunca. E os não narcisistas
são seduzidos pela ênfase na
riqueza material, aparência
física, culto às celebridades e
carência de atenção", diz o livro. Para cada Britney Spears
que alcança o sucesso, ficam
pelo caminho centenas de
cantoras dispostas a se exibir
tanto quanto (ou mais que) a
original – ainda que não consigam despertar a atenção dos
paparazzi. A fama tornou-se
um valor em si. A exposição
da intimidade em blogs e sites
da internet se tornou imperativa, especialmente para os
adolescentes. Ao valorizar o
empreendedorismo e a afirmação do indivíduo, a cultura
americana produziu conquistas extraordinárias. Mas seu
componente narcisista pode
ter chegado ao paroxismo. Os
autores propõem uma espécie
FILOSOFIA
de quarentena ao narcisismo,
que incluiria a redução do
consumo de revistas e programas de fofocas.
O diagnóstico de The mirror
effect não é menos sombrio. As
celebridades se comportam de
forma patológica – e o público retroalimenta esse círculo
dando-lhes atenção. O exibicionismo, porém, torna-se perigoso, como mostram tantos
escândalos de celebridades.
Há, ainda, a vaidade mórbida,
comumente expressa na obsessão com o peso. O vício em
remédios transformou Lindsay
Lohan, a ex-estrela adolescente do cinema hoje mais conhecida pelos escândalos, num
fiapo. E Michael Jackson, não
satisfeito em se deformar com
as plásticas, agora também
exibe uma magreza somali
(para fazer sua nova turnê na
Inglaterra, a recomendação
médica é que ele engorde ao
menos 10 quilos – mas o cantor
insiste em se alimentar como
um passarinho).
Pinsky trabalha desde 1991
numa das principais clínicas
de reabilitação da Califórnia,
comanda um reality show e
um programa de aconselhamento amoroso numa rádio.
Foi nessas empreitadas que teve
acesso às celebridades que se
submeteram ao Inventário de
Personalidade Narcisística, teste criado no fim dos anos 70 por
psicólogos da Universidade da
Califórnia em Berkeley. Numa
escala que vai de zero a 40, os
famosos americanos atingiram
uma média de 17,8 pontos, contra 15,3 registrados num estudo
com a população americana em
2003. Entre as celebridades, os
índices mais altos foram alcançados por ex-participantes de
reality shows. Pinsky aventa as
razões para isso: "Os produtores
buscam pessoas controladoras e
antissociais para dar mais dramaticidade a esses programas.
E quem se dispõe a participar o
faz por um desejo incontrolável
de se exibir".
A comparação com o desempenho das celebridades brasileiras – ainda que se trate de
uma amostra apenas simbólica
– revela nuances curiosas. Dois
modos de encarar o narcisismo
convivem. Tanto Diego Alemão,
vencedor do Big Brother Brasil 7,
quanto o humorista Hubert, do
Casseta & Planeta, marcaram
só 9 pontos – metade da média
das celebridades americanas.
O filósofo Roberto Romano
lembra que as diferentes heranças religiosas dos dois países podem estar na raiz disso.
"Na nossa tradição católica,
ser exibido é pecado – o sujeito tende a se adaptar à moral
vigente e se resignar", diz (o
fato de tantos "coitadinhos"
vencerem o Big Brother corrobora a tese). “Numa sociedade
de formação protestante, o orgulho individual é tolerado.”
Por outro lado, o narcisismo
exacerbado também grassa
por aqui. Ele está na política,
do presidente Luiz Inácio
"nunca antes neste país" Lula
da Silva ao ex-governador
mineiro Newton Cardoso, que
recentemente reclamou que
seu patrimônio suspeito foi
subestimado no seu rumoroso
processo de divórcio. Também aqui há estrelas que se
envolvem em barracos, como
Luana Piovani. E aquelas que
bradam sua paixão desmedida por si mesmas, como Zezé
Di Camargo: "Sou narcisista
pacas".
(Disponível em: <veja.abril.com.br/130509/p_124.shtml>. Acesso em: 08 nov. 2009.)
09)Resposta mitológica: os deuses impedem que objetos lançados pelos humanos possam feri-los.
Por esse motivo, os objetos que são jogados para cima tendem a cair.
Resposta científica: os objetos caem porque são atraídos por uma força gravitacional que age sobre
todos os corpos físicos.
Resposta religiosa: graças a Deus esse objeto não caiu sobre a minha cabeça. Para agradecer, será
acesa uma vela.
10)B
FILOSOFIA
11)Os pensadores pré-socráticos compartilhavam da cosmologia existente no seu período,
pois para o povo grego a natureza era um
todo ordenado e segue um ciclo sem grandes
saltos. Por exemplo, o dia era seguido necessariamente da noite, o jovem ia envelhecendo
gradativamente, as estações do ano seguiam
uma regularidade. Em outras palavras, não
havia profundas mudanças nos ciclos vitais
da natureza.
12)O principal argumento de Heráclito consiste
na mobilidade que as coisas exteriores ao
homem e o próprio homem experimentam. É
comum observar pessoas dizendo que "tudo
muda tão depressa", "as coisas não são mais
as mesmas". Tal argumento é persuasivo
principalmente em uma sociedade contemporânea marcada por um constante avanço
científico e tecnológico. Em contrapartida,
o ponto central da teoria de Parmênides é
que as mudanças não afetam a essência do
ser. Em outras palavras, tanto nós quanto os
objetos físicos e as matérias podemos sofrer
alterações, mas não perderemos a nossa
identidade.
13)É importante que sejam investigadas as diferentes abordagens dadas sobre o assunto
por autores como Isaac Newton, John Dalton,
Thompson, Heisenberg, Bohr e Einstein.
Sugestão: pelo tema da pesquisa, esta pode
ser feita de forma interdisciplinar.
14)As principais falhas do regime democrático
grego estão associadas à presença dos sofistas, que através de seus discursos falaciosos
persuadiam as pessoas, levando vantagens
sobre elas. Atualmente, a sociedade deparase com políticos corruptos, que são eleitos
pelo voto popular mas se isolam em seus
gabinetes, distanciando-se dos inúmeros
problemas sociais.
Sugestão de atividade: realizar uma pesquisa das notícias divulgadas pelos meios de
comunicação social (jornais, revistas, sites,
folhetos, boletins) sobre os desvios de condutas de nossos representantes.
15)Nunca foi tão necessário cultivar a arte da
persuasão e do convencimento como na
atualidade. Saber falar em público e ter boa
dicção, bons argumentos, boa comunicação
praticamente se tornaram condições indispensáveis em qualquer entrevista de emprego. Claro, há profissionais que necessitam
de uma destreza maior, como é o caso dos
advogados, dos políticos, dos professores,
dos religiosos, dos vendedores.
Sugestão de debate: dividir a turma em
pequenos grupos (com não mais de quatro
membros) para efetuarem a defesa de argumentos favoráveis e contrários a temas
polêmicos, como legalização do aborto,
implantação da pena de morte, o sistema de
cotas etc. A ideia é fazer com que os grupos
defendam oralmente seus argumentos, buscando convencer os demais colegas.
16)Seria interessante que os políticos que são
nossos representantes fossem pessoas qualificadas e preparadas para ocupar um cargo
tão importante. Mas poderíamos problematizar: quem iria julgar quem são as pessoas
mais sábias ou mais preparadas para ocupar
tais postos? Inúmeras pessoas iriam rejeitar
tal proposta, pois ela tiraria a liberdade das
pessoas. Ainda que muitas delas não participem ativamente da vida política, elas têm a
sensação de que estão com o poder em suas
mãos. Um governo aristocrático retiraria essa
condição.
Atividade extra: realizar uma pesquisa de
campo para ver o nível de satisfação da
população em relação aos nossos representantes políticos. Será preciso perguntar se os
cidadãos os consideram pessoas capacitadas
(qualificadas) para tal exercício e se o rendimento deles é compatível com sua formação
e com a atividade que exercem.
17)Aspectos positivos: participação efetiva nos
rumos da cidade; possibilidade de interferir
nas medidas e nos resultados.
Aspectos negativos: alienação política; prejuízo financeiro causado por medidas tomadas
pelos governantes.
18)B
19)Resposta pessoal.
20)27
FILOSOFIA

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