O EnvELhEcImEntO Preservar a MeMória

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O EnvELhEcImEntO Preservar a MeMória
boletim bimestral
nº 54 | Maio | Junho | 2011
Preservar a Memória
O Envelhecimento
O envelhecimento da população mundial é um fenómeno com fortes
implicações sociais, económicas e políticas. Por isso, tem sido alvo de muitos
estudos e discussões. Na verdade, com o passar do tempo, o organismo passa
por uma deterioração fisiológica que resulta num aumento da vulnerabilidade
ao stress e num aumento da probabilidade da morte (Cristofalo & Volker,
1999). Este fenómeno é referenciado como envelhecimento.
A
s principais doenças que causam demência
têm sua prevalência e incidência aumentadas
nos pacientes idosos, tornando essa síndrome
particularmente importante na população
com uma faixa etária mais elevada. Infelizmente ainda
não podemos contar com um tratamento eficaz nos
casos de demência, devendo-se investir na prevenção da
doença. De fato, têm sido publicados artigos que referem
a importância de alguns “nutrientes inteligentes” (smart
nutrients) que podem influenciar de forma decisiva a
saúde mental do indivíduo, prevenindo e até tratando
algumas doenças mentais, além de beneficiarem a
performance intelectual. Para além disto, sugere-se a
adopção de um estilo de vida mais saudável, com boa
alimentação, distracção, realização de exercícios físicos,
estímulo da atenção e exercício mental, controlo das
dislipidémias, da hipertensão arterial e do tabagismo. A
utilização de suplementos que combatam a acção dos
radicais livres parece conseguir retardar a instalação da
demência.
Hoje em dia sabe-se que o envelhecimento resulta da interacção de múltiplos
factores exógenos e endógenos. A variabilidade desses factores, aliada com
a componente genética de cada indivíduo, condiciona de forma decisiva o
envelhecimento. Assim, pode-se considerar que o envelhecimento resulta de
um equilíbrio dinâmico entre factores de ordem física, psíquica e social.
O envelhecimento saudável depende do equilíbrio entre o declínio natural das
diversas capacidades individuais, mentais e físicas e a obtenção dos objectivos
que se desejam. A satisfação pessoal está relacionada com a aptidão para
seleccionar objectivos apropriados à realidade circundante e à sua possibilidade
de concretização. A pessoa idosa precisa fazer a adequação entre o que deseja
e o que devido aos recursos individuais e colectivos acessíveis e disponíveis é
possível alcançar e querer.
A Organização Mundial da Saúde considera de grande importância todas
as medidas, políticas e práticas, que contribuam para um envelhecimento
saudável. Com este objectivo, vários aspectos são valorizados:
•
A autonomia é uma vertente central do envelhecimento saudável.
Promover a autonomia pessoas idosas, o direito à sua autodeterminação,
mantendo a sua dignidade, integridade e liberdade de escolha;
•
A aprendizagem ao longo da vida é um outro aspecto que muito
contribui para se envelhecer saudavelmente, porque contribui para que se
conservem as capacidades cognitivas;
•
Manutenção da actividade, mesmo após a reforma é uma das formas
que mais concorre para a manutenção da saúde da pessoa idosa nas suas
diversas componentes, física, psicológica e social.
A natureza inspira-nos...
Tema desta Edição: Dr. Ricardo Leite
A natureza inspira-nos...
Memória
nos idosos
Diferentes perdas de
Memória entre Idosos
A memória é uma das faculdades mentais de que pessoas
mais frequentemente se queixam ao longo da vida. Na
infância e na juventude as queixas sobre a memória não
costumam ser demasiado valorizadas, mas o mesmo já
não acontece a partir da meia-idade e sobretudo entre os
idosos. Para muitos idosos a memória já não é o que era. É
mais lenta, mais incerta e mais vulnerável. Os idosos podem
ser mais sábios e experientes do que os jovens, mas em
questões de memória, o desempenho dos idosos é em geral
significativamente pior.
A perda de memória nos idosos tem sido objecto de diversas explicações e estudos,
não sendo o objectivo deste Boletim aflorá-los de forma profunda. Existe Bibliografia
disponível que descreve bem esse tema (p.e., Light, 1996; Smith, 1996; Craik,
Anderson, Kerr, e Li, 1995). Assim, destacam-se os seguintes modelos explicativos:
Quando os idosos se queixam do funcionamento da
memória, normalmente referem dificuldades que têm a ver
com a recordação de nomes, palavras e assuntos no âmbito
de um encontro ou de uma conversa, moradas e telefones
de amigos, datas de aniversários, local onde deixaram
previamente um objecto que se revela difícil de encontrar,
de comprar um de entre vários artigos que tinham intenção
de adquirir, do local onde inicialmente conheceram uma
pessoa cujo rosto lhes parece familiar quando a encontram
inesperadamente na rua, do enredo de uma história, teatro
ou filme. Estas e outras dificuldades são ressaltadas em
questionários de memória que tentam avaliar os problemas
de recordação e a frequência de esquecimentos em situações
do dia-a-dia.
Preservar a Memória
•
Modelo estrutural de memória, postula que o declínio de memória será
maior na memória episódica do que na memória semântica e nesta maior do
que na memória procedimental.
•
Modelo contextual ou de suporte ambiental, defende que as diferenças
de memória nos idosos se devem principalmente a dificuldades em integrar
o contexto da codificação ou aprendizagem com a informação que tentam
recordar. O contexto é necessário para fornecer pistas de recuperação
adequadas na recordação futura. Assim quando este tipo de informação é
fornecido de forma evidente as diferenças de memória são substancialmente
reduzidas nos idosos.
•
Modelo neurológico, O declínio de memória nos idosos é atribuído a
mudanças neurológicas, fisiológicas e endocrinológicas no cérebro. Assim após
os 60-70 anos teria lugar uma diminuição da massa cerebral; perda de células
neuronais; diminuição da irrigação sanguínea cerebral e do metabolismo a
nível proteico; menos neurotransmissores e receptores, como os receptores de
aceticolina e dopamina, considerados importantes para o funcionamento da
memória operatória.
•
Modelo de lentidão cognitiva, Um dos estereótipos mais comuns dos idosos
é a referência ao modo lento como agem e pensam. Este lentidão reflecte-se
ao nível da busca de palavras, na recordação de nomes, no reconhecimento de
pessoas, vozes e até mesmo objectos. Na sua esmagadora maioria, as provas
experimentais apoiam a hipótese da lentidão cognitiva nos idosos a ponto de
actualmente não se discutir tanto a veracidade desta hipótese, mas antes a
questão de saber se há um factor de lentidão geral ou se tal factor é específico
de certas tarefas.
•
Modelo de memória operatória, o declínio de desempenho nos idosos é
sempre maior nas tarefas mais complexas. Assim quanto mais complexa for
uma tarefa, maior é o número de passos de processamento que é preciso dar.
Como estes passos de processamento são executados no âmbito da memória
operatória, se um passo for esquecido é preciso voltar ao início. Por isso os
declínios de desempenho dos idosos são sempre maiores nas tarefas mais
complexas. A perda de informação na memória operatória que está na base
da lentidão cognitiva.
Saúde Mental
no Idoso
Soluções Naturais
Tal como já foi referido, à medida que se envelhece, as alterações no cérebro causam
uma certa perda de memória, especialmente a de factos recentes, e uma deterioração
na capacidade de aprendizagem. Estas alterações não afectam as funções normais.
A falta de memória nas pessoas mais velhas denomina-se perda de memória senil
benigna e não é necessariamente um sinal de demência ou um sintoma precoce da
doença de Alzheimer. A demência é uma deterioração muito mais grave da capacidade
mental e piora com o tempo. Enquanto as pessoas que envelhecem normalmente
podem chegar a esquecer pormenores, as pessoas que sofrem de demência podem
chegar a esquecer por completo os acontecimentos recentes.
A causa mais frequente de demência é a doença de Alzheimer. As causas da doença
de Alzheimer são desconhecidas, mas os factores genéticos têm a sua importância.
Na doença de Alzheimer, partes do cérebro degeneram, as células destroem-se e,
nas que subsistem, reduz-se a capacidade de reacção face a muitas das substâncias
químicas que transmitem os sinais no cérebro.
A segunda causa mais frequente da demência são os ictos repetidos. Cada um
destes acidentes vasculares cerebrais é pouco importante, não dá lugar a debilidade
imediata ou muito pouca e raras vezes ocasiona o tipo de paralisia que os ictos
maiores causam. Estes pequenos ictos destroem paulatinamente o tecido cerebral; as
zonas destruídas por falta de irrigação sanguínea chamam-se enfartes. Em geral, estas
pessoas sofrem de pressão arterial alta ou diabetes, processos que podem lesionar
os vasos sanguíneos no cérebro. A demência pode também ser causada por uma
lesão cerebral ou por uma paragem cardíaca. Outras causas de demência são pouco
frequentes (SIDA, doença de Creutzfeldt-Jakob, doença de Parkinson, entre outras).
Como a demência começa
habitualmente de forma lenta
e se agrava com o tempo, nem
sempre se pode identificar
a perturbação logo desde o
início. Diminui a memória e a
capacidade da noção do tempo
e de reconhecer as pessoas,
os lugares e os objectos. As
pessoas com demência têm
dificuldades para encontrar a
palavra apropriada e pensar
em abstracto (como trabalhar
com números). As alterações
de personalidade são também
frequentes e muitas vezes
exagera-se um traço particular
da personalidade.
A prevenção das doenças, atrasando o seu aparecimento ou
diminuindo a sua gravidade é uma componente fundamental
do envelhecimento saudável. Para além disso, a promoção
do envelhecimento saudável tem como uma das suas
principais vertentes a prevenção do isolamento social e da
solidão das pessoas idosas. A qualidade de vida, o bem-estar,
a manutenção das qualidades mentais estão directamente
relacionadas com a actividade social, o convívio, o sentirse útil a familiares e/ou à comunidade. Por isso, observe os
seguintes conselhos:
•
Promova uma actividade física regular e adequada à
idade e ao estado de saúde da pessoa idosa;
•
Dê atenção à alimentação, evitando o consumo excessivo
de sal, de gorduras, açúcar e aumentando a ingestão de
frutas e vegetais;
•
Tente diminuir o excesso de peso;
•
Diminuia ou cesse os hábitos tabágicos;
•
Faça o controlo médico da tensão arterial, dos níveis de
glicose e colesterol do sangue;
•
As pessoas idosas devem participar em actividades de
grupo, de preferência intergeracionais, actividades de
aprendizagem e de conhecimento de novos lugares;
•
Devem participar em grupos de suporte para pessoas
isoladas, viúvas/os, pessoas idosas com deficiência,
motora, cognitiva ou outra e, em certos casos, procurar
o aconselhamento por profissionais de saúde mental,
serviço social ou terapeutas ocupacionais;
•
Conviver, é fundamental para a prevenção de diversos
problemas das pessoas idosas.
A Demência acomete 5% das pessoas entre 65 e 80 anos, e 15%-20% com mais
de 80 anos. Infelizmente, ainda não tem um tratamento de referência, por isso
sugere-se uma vida mais saudável, com boa alimentação, distracção, realização
de exercícios físicos, estímulo da atenção e estudo, controlo das dislipidemias,
da hipertensão arterial e do tabagismo. Parece que os anti-oxidantes (para
combater os radicais livres) podem retardar a instalação da demência, além de
outros suplementos alimentares.
A natureza inspira-nos...
Preservar a Memória
Sempre que necessário deve recorrer a toma de Suplementos Alimentares para garantir um aporte nutricional satisfatório.
Dentro da DietMed destacam-se os seguintes:
Memorium® 50+ ampolas
Para maior energia mental. Ajuda a activar a
circulação, em especial a cerebral.
Composição: Extracto Concentrado de Óleo de
Peixe Ómega 3 750 mg (contendo 90 mg de
DHA e 135 mg de EPA), Aspartato de
Arginina 250 mg, Geleia Real 250 mg,
Fosfatidilserina 20% 100 mg, Ginkgo
Biloba 60 mg (contendo pelo menos 24%
de heterósidos flavónicos e 6% de lactonas
terpénicas), Resveratrol 20 mg, Vitamina
B1 1,1 mg (100% DDR*), Vitamina B2 1,4
mg (100% DDR*), Vitamina B6 1,4 mg (100%
DDR*), Vitamina B12 2,5 µg (100% DDR*), Ácido
Fólico 200 μg (100% DDR*), Ácido Pantoténico
6 mg (100% DDR*), Biotina 50 μg (100% DDR*),
Nicotinamida 16 mg (100% DDR*), Vitamina C 80 mg
(100% DDR*) e Excipiente q.b.p. 1 ampola.
* Dose Diária Recomendada.
Modo de Usar: 1 ampola ao dia, de preferência antes do pequenoalmoço. Se necessário, poderá tomar até 2 ampolas ao dia. Pode ser
diluída em água ou sumo de frutas. Não deverá exceder a posologia
recomendada.
Apresentação: Caixa com 14 ampolas bebíveis.
Ginkgobil® Complex´
solução oral
Ajuda a activar a circulação, em especial
a cerebral. Bom para as vertigens.
Melhora a memória.
Composição: Ginkgo Biloba 1500 mg
(contendo pelo menos 3% de glucósidos
flavónicos), Huperzia 10 mg (eq. a 100 μg
de huperzine A), Vitamina B6 2 mg (143%
DDR*), Vitamina B12 1 μg (40% DDR*),
excipiente q.b.p. 1 ampola.
* Dose Diária Recomendada.
Modo de Usar: 1 ampola de manhã e outra
ao deitar. Pode ser diluída em água ou sumo de
frutas. Não deverá exceder a posologia recomendada.
Apresentação: Caixa com 20 ampolas bebíveis.
Geleia Real 2000 mg ampolas forte
Fortificante, energético, reforça as defesas do
organismo.
Composição: Geleia Real 2000 mg e
excipiente q.b.p. 1 ampola de 15 ml.
Modo de Usar: 1 ampola ao dia, de preferência
depois do pequeno-almoço. Pode ser diluída em
água ou sumo de frutas. Não deverá exceder a
posologia recomendada.
Apresentação: Caixa com 20 ampolas bebíveis de 15 ml.
Dr. Reckeweg® V-C 15 forte neo
Medicamento Homeopático
(n.º de registo no Infarmed 0199621)
Ampolas Bebíveis – Solução
Composição: Por 100 g: Acidum phosphoricum D4
4,0 g, Cocculus D5 4,0 g, Helonias dioica D5 4,0
g, Ignatia D5 4,0 g, Panax ginseng D4 1,0 g,
Sepia D6 1,0 g, Zincum metallicum D6 0,1 g,
Vinum liquorosum 52,0 g, Aqua purificata 29,9
g. Preparado segundo as normas da Farmacopeia
Homeopática Alemã.
Contém 18% Álcool.
Dosagem e Administração: Salvo outra indicação,
a dose para adultos é de uma ou duas ampolas
diariamente. Como profilaxia tomar uma ampola por dia.
N. B. Só está prevista a utilização deste produto em adultos.
Indicações de Bom Uso: Baseiam-se nas utilizações
tradicionais de cada um dos componentes homeopáticos. Entre elas incluem-se:
esgotamento; exaustão nervosa; estados depressivos; efeitos do stress quotidiano;
remineralizante; anemia; anorexia; estados de convalescença, especialmente após
sindromas febris ou pós-operatório; revigorante geral (aumenta a capacidade de
trabalho e concentração); alterações da libido e/ou impotência.
Apresentação: Caixa de 24 ampolas bebíveis de 10 ml.
Note que os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de um regime alimentar variado, assim como as indicações de bom uso
referidas baseiam-se na utilização tradicional dos seus constituintes, bem como nas suas acções fisiológicas. Os Medicamentos Homeopáticos não possuem
indicações terapêuticas aprovadas.
BIBLIOGRAFIA
MARK H. BEERS. The Merck Manual of Medical Information: Home Edition. Merck & Company. April 2003. 2nd Ed. ISBN0911910352.
WALTER OSWALD, SERAFIM GUIMARÃES. Terapêutica Medicamentosa e suas Bases Farmacológicas. Porto Editora. 4.ª Ed. ISBN-972-0-06030-1.
ROD R. SEELEY, TRENT D. STEPHENS, PHILIP TATE. Anatomia & Fisiologia. Lusodidacta. Lisboa.1997. 1ª Ed. ISBN972-96610-5-7.
Enciclopédia de Medicina. Mirandela Artes Gráficas. Lisboa. 1ª Ed.1992. ISBN 972-609-053-9.
Preservar a Memória
Edifício Verde Queimadas - Sernada 3505-330 Viseu - Portugal
[email protected] www.dietmed.pt

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