Osciloscopio_2205

Transcrição

Osciloscopio_2205
OSCILOSCÓPIO TEKTRONIX 2205
Tradução e adaptação: Fabiano P. L. Goulart
Prof. orientador: Kazuo Nakashima
ORGANIZAÇÃO DO PAINEL FRONTAL
O painel frontal do 2205 é organizado de forma a facilitar a visualização dos sinais e fazer
medidas. Observando a ilustração, ou mesmo o próprio osciloscópio, nota-se que o painel
frontal é dividido em 4 seções de controles – Display, Vertical, Horizontal e Trigger.
Figura 1- Osciloscópio 2205
Logo à direita da tela do tubo de raios catódicos (TRC) estão os controles de DISPLAY. Estes
controles modificam a aparência, mas não a forma de onda. Atuam no brilho e foco do traço,
alinham o traço com o quadriculado da tela, e ajudam a achar rapidamente os sinais fora da
tela.
Como qualquer osciloscópio, o 2205 desenha um gráfico da tensão em função do tempo. A
seção VERTICAL, contornada por linhas cinzas claras, contem os controles que definem o eixo
da tensão (ou vertical) da tela. Também fazem parte desta seção dois conectores BNC, através
dos quais são aplicados os sinais que se deseja observar.
Os controles da seção HORIZONTAL estão à direita da seção VERTICAL. São usados para
ajustar e mover o eixo do tempo (ou varredura horizontal).
À extrema direita do painel, contornados por linhas cinzas escuras, encontram-se os controles
da seção TRIGGER. Estes controles definem o sinal e as condições necessárias para iniciar,
ou “disparar”, cada varredura através do eixo do tempo. Esta varredura horizontal
“sincronizada” com o sinal observado é responsável em manter a onda observada parada na
tela do osciloscópio. Um LED indicador (TRIG’D) acende quando a varredura é acionada. Um
conector BNC na parte de baixo desta seção permite a aplicação de um sinal externo de
trigger.
UNIFEI IEE/DON
Osciloscópio Tektonix 2205
1
DISPLAY
No
1
Título
INTENSITY
Função
Ajusta o brilho do traço
2
BEAM FIND
3
FOCUS
4
TRACE
ROTATION
POWER
Comprime o display nos limites do
CRT
Ajuste para melhor espessura do
traço.
Ajusta o paralelismo do traço em
relação à linha de centro.
Liga e desliga o aparelho.
POWER
INDICATION
Acende quando o aparelho está
ligado.
5
6
VERTICAL (Y - CH1 & CH2 – V/DIV)
7,8 VERTICAL
Move o traço para cima e para
POSITION
baixo na tela
9
CH1-BOTH-CH2
10
NORM-INVERT
11
ADD-ALT-CHOP
12
VOLTS/DIV
13
Variable (CAL)
14
AC-GND-DC
15
CH1 OU X
CH2 OU Y
UNIFEI IEE/DON
Seleciona a entrada que será
mostrada.
Inverte o canal 2
ADD mostra a soma algébrica dos
sinais dos canais 1 e 2.
ALT mostra cada canal
alternadamente.
CHOP (de chopper - recortador)
alterna entre os canais 1 e 2
durante a varredura numa taxa de
500kHz.
Seleciona a sensibilidade vertical
Permite ajuste contínuo da
sensibilidade vertical entre as
escalas. Reduz o ganho de até
2,5:1
No modo AC, a componente dc é
bloqueada. No modo GND tem-se
um ponto de referência e permite
uma pré carga do capacitor de
entrada. No modo DC todas as
componentes do sinal passam.
Provê entrada para os sinais
(deflexão vertical). CH1 fornece a
deflexão horizontal quando
SEC/DIV está na posição X-Y.
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Utilização
Compensação para ambientes
escuros, velocidade do traço e
freqüência do trigger.
Localização do traço quando este
se encontra fora da tela.
Otimização da definição do display.
Compensação para o campo
magnético da terra.
Controle da alimentação do
aparelho.
Determina a condição de
alimentação do aparelho.
Posicionamento do traço
verticalmente e compensação para
componente dc do sinal.
Ver cada canal independentemente
ou ambos ao mesmo tempo.
Permite ver os sinais somados ou
subtraídos, quando ADD é
selecionado.
Mostrar os sinais individualmente
ou somados.
Ajuste do sinal vertical para
tamanho adequado.
Acertar o sinal para leitura em
modo comum. Ajustar a altura do
pulso para cálculo do tempo de
subida (rise time)
Selecionar o método de
acoplamento do sinal no sistema de
deflexão vertical.
Aplicar os sinais ao sistema de
deflexão vertical.
2
HORIZONTAL (X - SEC/DIV)
16 HORIZONTAL
Move os traços horizontalmente.
POSITION
17 MAG (X1-X10)
Seleciona o grau de magnitude
horizontal.
18
SEC/DIV
19
Variable (CAL)
20
PROBE ADJUST
21
TERRA
Seleciona a velocidade da base de
tempo.
Provê ajuste contínuo da
velocidade de varredura em no
mínimo 2,5 vezes o tempo
calibrado.
Fornece uma onda quadrada de
aproximadamente 0,5V , 1kHz .
Permite o usuário ajustar a
compensação de 10X da ponta de
prova. Esta fonte de sinal deve ser
usada para verificar o
funcionamento dos circuitos vertical
e horizontal, mas não para checar
sua precisão.
Fornece um terra seguro e conexão Conexão de terra do chassis.
direta para a fonte de sinal.
Pino redondo do cabo de força.
TRIGGER (SINCRONISMO)
22 SLOPE
Seleciona a inclinação do sinal que
faz o trigger da varredura.
23 LEVEL
Seleciona o nível do sinal que
aciona o trigger.
24 TRIG’D READY
Acende quando a varredura é
disparada . No modo de varredura
simples, indica quando o trigger
está armado.
25 MODE
P-P AUTO/TV LINE é usado para
amostrar ondas e sinais de
televisão com taxas de no mínimo
20Hz. A varredura é disparada
automaticamente mesmo sem a
presença de sinal
NORM: a varredura é disparada
apenas na presença de sinal.
TV FIELD: usado em medições de
sinais de televisão.
26
RESET
UNIFEI IEE/DON
Controlar a posição do traço na
direção horizontal.
Examinar pequenos sinais em
detalhe. Estender a velocidade de
varredura para 10 ns/div.
Selecionar a velocidade horizontal
adequadamente.
Estender a menor varredura em até
1,25 s/div.
Permitir o uso do trigger na subida
ou na descida do sinal.
Selecionar o ponto de trigger.
Indicar o estado do trigger.
Selecionar o modo de trigger.
Sinais complexos, onde sinais altas
freqüências estão misturados com
sinais de baixas freqüências, são
difíceis de serem sincronizados.
SGL-SWP é indicado para observar
ou fotografar sinais não repetitivos,
sinais de baixíssima freqüência,
sinais instáveis.
SGL-SWP: (Single Sweep Varredura Única), faz um única
varredura, quando armado pelo
botão RESET.
Arma o circuito de trigger para SGL
SWP.
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3
27
SOURCE
CH1, CH2, LINE e EXT, os sinais
de trigger são selecionados
diretamente.
No modo VERT MODE o
sincronismo depende do seletor
VERTICAL MODE:
CH1: o sincronismo é feito pelo
sinal proveniente do canal CH1.
CH2: o sincronismo é feito pelo
sinal proveniente do canal CH2.
BOTH-ADD e BOTH-CHOP: o
sincronismo é feito com a soma
algébrica dos sinais de CH1 e CH2.
BOTH-ALT: o sincronismo é feito
alternadamente entre os sinais de
CH1 e CH2
28
EXT INPUT
Conexão para aplicar um sinal
externo de trigger.
Conexão para aplicar um sinal
externo para modulação da
intensidade. Para isto deve-se usar
o TRIGGER SOURCE em EXT=Z.
UNIFEI IEE/DON
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Selecionar o sinal que irá
sincronizar a varredura.
VERT MODE pode ser utilizado
quando se observa dois sinais com
freqüências diferentes ou para
sobrepor dois sinais de mesma
freqüência. Este modo de
sincronismo pode mascarar a
defasagem existente entre dois
sinais.
Aplicar um sinal de trigger diferente
do vertical. Usado também para o
modo single-shot.
Prover modulação de intensidade
através de um sinal externo.
4
APRENDENDO OS CONTROLES
Após ligar o osciloscópio, deixe-o aquecer por alguns minutos antes de iniciar seu uso.
1. Ajuste os controles do instrumento como abaixo:
Display
INTENSITY
FOCUS
No meio
Ajuste para um traço claro e definido
Vertical (ambos os canais)
POSITION
MODE
VOLTS/DIV
VOLTS/DIV Variável
Acoplamento de entrada
No meio
CH1
CH2: NORM
CHOP
0.5V
CAL (até o final no sentido horário)
DC (AC-GND-DC)
Horizontal
POSITION
MODE
SEC/DIV
SEC/DIV Variável
No meio
X1
0.5ms
CAL (até o final no sentido horário)
Trigger
SLOPE
LEVEL
MODE
SOURCE
↑
No meio
P-P AUTO
CH1
2. Conecte o cabo ao conector BNC do canal 1. Conecte a ponta de prova no terminal
PROBE ADJUST. Se necessário ajuste o TRIGGER LEVEL para controlar a estabilidade
do sinal.
Enquanto a forma de onda estiver se movendo na tela do osciloscópio, significa que a
verredura horizontal não está sincronizada com o sinal observado. Fazer a forma de onda ficar
parada na tela do osciloscópio é a função do TRIGGER.
3. Mude o acoplamento do canal 1 para GND e use o controle POSITION para colocar o
traço exatamente no centro da tela reticulada. Isto posiciona a referência ZERO.
4. Retorne o acoplamento do canal 1 para DC. Note que a onda quadrada é unipolar e tem
uma amplitude de 0.5V pico a pico e uma freqüência de aproximadamente 1kHz.
5. Agora mude para AC e observe o que a onda quadrada está centrada verticalmente na
tela. O zero de referencia é mantido no centro do reticulado horizontal. O sinal ~ indica
acoplamento AC.
6. Use os controles citados abaixo e observe o efeito de cada um na forma de onda.
Observe com atenção as indicações dos ajustes em cada oscilograma.
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5
HORIZONTAL MODE
HORIZONTAL MAG
TRIGGER SLOPE
POSITION
CH1 VOLTS/DIV
CH1 VOLTS/DIV variável (CAL)
SEC/DIV variável (CAL)
acoplamento AC
0V→
0V→
CH1:0.5V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.5mSEC/DIV
CH1:0.5V~/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.5mSEC/DIV
CH1:0.5V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
CH1:0.2V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
SLOPE ↓
CH1:0.2V/DIV
CH2:0.5V/DIV
SLOPE ↑
H:0.2mSEC/DIV
CH1:0.2V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
Figura 2- Oscilogramas do “PROBE ADJUST”
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7. Neste ponto conecte o segundo cabo ao conector CH2. Mude o VERTICAL MODE para
CH2 e o TRIGGER SOURCE para CH2, e siga os passos acima de 2 a 5 novamente,
usando os controle do canal 2.
8. Agora mude o VERTICAL MODE para BOTH-NORM-ALT e retorne os dois VOLTS/DIV
para 0.2V (1X). Gire todos os controles variáveis (CAL) para o sentido horário, até o
click. Coloque o TRIGGER SOURCE em CH1. Use o controle VERTICAL para localizar
de forma conveniente os dois traços na tela.
9. Enquanto observa a forma de onda do canal 2 ajuste o VERTICAL MODE para CH2
INVERT e observe o ocorrido. O sinal foi invertido.
CONTROLES DE DISPLAY
Ajuste o controle INTENSITY para uma visão confortável, mas não mais claro que o
necessário. Use um ajuste de alta intensidade para observar sinais de baixa freqüência, pulsos
estreitos em intervalos longos, ou ocasionais variações em sinais rápidos.
CONTROLES VERTICAIS
Quando estiver fazendo medições de tensão, gire o controle VOLTS/DIV CAL totalmente no
sentido horário, até o clique. Uma melhor precisão é conseguida quando o sinal é mostrado na
forma maior possível, ou seja, no menor V/DIV possível.
Quando um cabo (ponta de prova) é usado para amostrar um sinal, o número na área 1X do
painel indica a sensibilidade. Quando usamos uma ponta de prova atenuadora 10X a área 10X
no painel indica a sensibilidade. Por exemplo, um ajuste de 1 V/DIV com um cabo de 10X
corresponderá a uma leitura de 10V/DIV.
Observação: Toda vez que uma ponta de prova atenuadora for utilizada é obrigatório verificar a
compensação e proceder os ajustes necessários.
compensado
super compensado
sub compensado
CH1:
V/DIV
CH2:
V/DIV
H:
SEC/DIV
Figura 3- Ajuste da ponta de prova atenuadora.
Acoplamento de entrada
Para a maioria das aplicações use o acoplamento DC. Este modo mostra sinais lógicos e
níveis DC para sinais estáticos.
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Use GND para determinar onde o nível de zero-volt será localizado quando o acoplamento for
mudado para AC.
Use o acoplamento AC para casos especiais quando quiser ver pequenos sinais em grandes
níveis DC.
A mudança da chave da posição DC para posição AC permite verificar se o sinal observado
contém componente contínua. Se a onda deslocar para baixo significa que o sinal tem
componente contínua positiva.
ADD e INVERT
Selecione o modo ADD para mostrar a soma algébrica dos sinais de CH1 e CH2. Neste modo o
controle VOLTS/DIV de ambos os canais devem estar exatamente iguais.
Selecionando CH2 INVERT, a polaridade do sinal de CH2 é invertida. Isto permite ver a
diferença entre os sinais.
Com o VETICAL MODE em BOTH, CH2-INVERT e ADD, V/DIV dos dois canais exatamente
iguais, estaremos observando apenas um sinal na tela do osciloscópio (CH1-CH2) no modo de
“medição diferencial”.
A “medição diferencial” permite observar e medir com segurança tensão em elementos de
circuitos não aterrados. Lembre-se que toda carcaça (chassis - GND) do aparelho e a parte
externa do conector BNC estão aterradas através do cabo de força de três pinos.
ATENÇÃO: Antes de ligar o GND do osciloscópio no circuito ou equipamento a ser medido,
verifique o sistema de aterramento destes equipamentos.
CHOP ou ALT?
Quando os dois canais estão selecionados, o display é compartilhado no domínio do tempo. O
modo CHOP mostra cada canal por um curto espaço de tempo e faz a multiplexação durante a
varredura para dar a aparência dos dois canais ao mesmo tempo. Este modo (CHOP) funciona
melhor que ALT para uma velocidade de varredura mais lenta do que 1ms por divisão e para
sinais de repetição lenta, que fazem o display piscar (acima de 2us/divisão).
O modo ALT mostra uma varredura completa de cada canal alternadamente. Isto dá um traço
mais limpo que o CHOP e é normalmente preferível para velocidade de varredura mais alta.
Certas condições de trigger, incluindo a seleção composta, pode causar uma imagem que
implica em combinação de fase entre os sinais, ou até sincronização entre as formas de onda.
Na dúvida deve-se experimentar qual modo de trigger apresenta melhor imagem.
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CONTROLES HORIZONTAIS
Seleção da velocidade de varredura
Melhor precisão é conseguida selecionando o controle SEC/DIV para a maior velocidade de
varredura que irá mostrar o intervalo de interesse. O controle variável deverá estar calibrado
(CAL).
Observando detalhes da forma de onda
O modo X10 MAG expande o traço que se deseja observar. O traço aumentado é útil para se
observar porções específicas da forma de onda quando se está fazendo medições precisas de
tempo.
CONTROLE DE TRIGGER
Para a maioria dos sinais, os controles de trigger devem ser deixados na seguinte forma:
MODE
SOURCE
P-P AUTO
CH1 ou CH2
Qual modo usar
P-P AUTO/TV LINE – Neste modo a escala do controle LEVEL é restrita aos valores entre os
picos do sinal de trigger. Por exemplo, selecionando P-P AUTO e girando o controle LEVEL até
o centro, o ponto de trigger estará no meio entre os dois picos do sinal de trigger.
Neste modo, a ausência de sinal de trigger causa uma varredura automática (free run). Com
sinais abaixo de 20Hz, o circuito P-P AUTO pode não encontrar o nível adequado.
Toda vez que o controle TRIGGER SOURCE estiver em VERT MODE , o sinal de trigger é
fornecido pelo canal que está sendo usado ou conforme indicado na Tabela.
P-P AUTO é eficaz para monitorar sinais lógicos e linhas de televisão que tenham uma taxa de
pelo menos 20Hz. Selecionando P-P AUTO, no painel frontal o modo de trigger TV LINE ta
será selecionando.
NORM – Este modo produz uma varredura somente quando o sinal de trigger alcança um nível
suficiente, determinado pelos controles LEVEL e SLOPE. Com o modo NORM selecionado, o
nível necessário para ocorrer o disparo é no mínimo aquele suficiente para ser mostrado na
tela. Na ausência de sinal de trigger, a varredura não ocorre.
Use este modo para observar sinais não freqüentes e sinais erráticos.
SGL SWP (Single Sweep) Com este modo selecionado, a varredura é disparada uma vez
somente. Pressione o botão RESET uma vez para armar o circuito e iluminar o indicador
READY. Quando um sinal é detectado, a varredura ocorre até que o led de READY se apague.
Use este modo para observar sinais não repetitivos ou instáveis.
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TV FIELD – Este modo dispara a varredura no início de um TV Field . Para mudar o TV Field
que será observado, deve-se interromper o sinal de trigger mudando momentaneamente o
acoplamento para o modo GND e retornando para o acoplamento DC ou AC.
Source
Use um dos canais como fonte de trigger para mostrar corretamente as relações de tempo ou
fase entre dois canais. Use o canal com a menor freqüência para evitar imagens ambíguas.
Com TRIGGER SOURCE ajustado para VERT MODE e o controle VERTICAL MODE ajustado
em ADD ou CHOP, o sinal de trigger será a soma algébrica dos sinais dos canais 1 e 2.
Use um trigger composto para observar sinais assíncronos simultaneamente. Para isto
selecione TRIGGER SOURCE: VERT MODE e VERTICAL MODE: BOTH-ALT.
No EXT-LINE a fonte de trigger é a tensão de alimentação do osciloscópio. Utilize este modo
para analisar circuitos retificadores e para detetar interferência eletromagnética provocada pela
rede de alimentação ac.
Slope
Use este controle par determinar se o disparo do trigger será na subida ou na descida do sinal.
Level
Este controle dá completa liberdade para escolher o ponto de tensão para iniciar o trigger,
exceto quando se está usando o modo P-P-AUTO.
TRIGGER VERT MODE
1. Observe o sinal PROBE ADJUST através de CH1 (0.5V/DIV, DC, CAL). TRIGGER
SOURCE:CH1. Ajuste TRIGGER LEVEL até sincronizar a onda quadrada (a onda
quadrada fica parada na tela do osciloscópio).
2. Observe através de CH2 (0.5V/DIV, DC, CAL) o sinal senoidal de 1V de pico (2V pico a
pico) e 750Hz proveniente de um gerador de funções.
ATENÇÃO: ligar GND com GND, ou seja, GND do osciloscópio com o GND do gerador de
funções. Esta ligação provavelmente já está feita através do terceiro pino do cabo de
alimentação AC (cabo de força de três pinos, dois chatos e um redondo).
Observe que a onda senoidal não fica parada na tela do osciloscópio. Estes dois sinais são
assíncronos.
3. Mude o TRIGGER SOURCE para CH2. Observe que a onda senoidal está parada na tela
enquanto que a onda quadrada não está mais parada. Faça os ajustes no gerador de
funções.
4. Mude o TRIGGER SOURCE: VERT MODE e VERTICAL MODE: BOTH-ALT e observe que
as duas ondas estão paradas na tela do osciloscópio.
Este artifício deve ser utilizado apenas quando se deseja observar dois sinais assíncronos
simultaneamente. Ela não retrata exatamente a relação entre estes dois sinais.
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TRIGGER SOURCE: VERT MODE
LEVEL -
SIN:750 Hz
SQR:1kHz
!
0V!
CH1:0.5V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.5mSEC/DIV
Figura 4- TRIGGER SOURCE VERT MODE
EXEMPLO
1. Monte o circuito apresentado na Figura abaixo. Trata-se de um filtro passa baixa com
freqüência de corte fc em aproximadamente 1kHz. fc=1/2πRC
CH1
CH2
R=15kΩ
seno
10Vp
1kHz
C=10nF
GND
Figura 5- Circuito Filtro Passa Baixa.
Nesta freqüência, o sinal de saída, observada através de CH2, tem a mesma freqüência que o
sinal de entrada, observada através de CH1, porém atenuada 3dB e defasada 45o. O
oscilograma apresentado na Figura 6(a) mostra a relação de fase correta existente entre estes
dois sinais. Observe que o sinal de sincronismo é o sinal proveniente de CH1, TRIGGER
SOURCE: CH1.
2. Ajuste o TRIGGER: LEVEL para que o cruzamento de zero (zero crossing) da onda
senoidal ocorra exatamente no traço central da tela.
Para medir o ângulo de fase em uma onda senoidal é necessário que as duas ondas estejam
centradas na tela do osciloscópio. Se existir uma componente contínua (Off Set) devemos
utilizar o acoplamento AC, lembrando que o acoplamento ac pode deslocar a fase para sinais
de baixa freqüência. O ângulo de fase é calculado da seguinte forma
 X1 
o
φ =
 *180 =
 X2
Obtemos a seguinte leitura (0,6DIV/2,4DIV)x180o=45o.
UNIFEI IEE/DON
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Se o sincronismo for feito no modo VERT MODE, como mostra o oscilograma da Figura 6(b),
esta relação de fase seria mascarada.
a)
TRIGGER SOURCE: CH1
SLOPE: ↑
b)
SIN:1kHz
TRIGGER SOURCE: VERT MODE
SLOPE: ↑
SIN:1kHz
0V!
0V!
X1
X2
CH1:5V/DIV
CH2:5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
CH1:5V/DIV
CH2:5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
Figura 6- Oscilograma do Filtro passa baixa.
3. Outra forma de medir este ângulo de fase é utilizar o osciloscópio no modo XY.
comando está no seletor HORIZONTAL SEC/DIV.
Este
Para uma medição correta é necessário que a forma de onda esteja centrada na tela do
osciloscópio, verticalmente e horizontalmente. Na Figura 7 temos arcsen(2,8/4)=44,4o.
A
CH1>2V/DIV
CH2>2V/DIV
B
H: X-Y
 A
φ = arcsen  
B
Figura 7- Figura de Lissajous
4. Volte o comando horizontal do osciloscópio para 0.2mSEC/DIV e aumente a freqüência do
gerador de sinais. Observe que a amplitude do sinal de saída (CH2) diminui e a defasagem
aumenta. Esta é a característica deste circuito. Para freqüência menor que a freqüência de
corte, o sinal de saída é igual ao sinal de entrada, e para freqüência maior que a freqüência
de corte, o sinal de saída diminui com o aumento da freqüência.
fc=1/2πRC
Este tipo de análise é denominado “análise no domínio da freqüência”.
UNIFEI IEE/DON
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5. Este circuito pode ser analisado no “domínio do tempo” utilizando onda retangular (ou
quadrada).
Ajustando a freqüência de forma que a tensão atinja o valor final, medimos a intervalo de
tempo correspondente à variação entre 0 e 63%. No oscilograma apresentado na Figura 8 a
amplitude foi ajustada em 8 divisões. O intervalo de tempo correspondente à 63%, ou seja, 5
divisões para este ajuste, é denominado “constante de tempo” τ = RC . 150µs no circuito
analisado.
SQR:500Hz
CH2
SQR:500Hz
100%
90%
100%
90%
10%
0%
10%
0%
CH1:0.5V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
CH2
τ
63%
CH1:0.5V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.1mSEC/DIV
Figura 8- Constante de tempo
6. Rise Time (Tempo de Subida)
SQR:500Hz
100%
90%
CH1-CH2
Rise
Time
fc =
0,35
Rise Time
10%
0%
CH1:0.5V/DIV
CH2:0.5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
Figura 9- Rise Time
7. Medição Diferencial.
Se quisermos observar a forma de onda de tensão na resistência, devemos utilizar o
osciloscópio no modo de medição “diferencial”.
VERTICAL MODE: BOTH, CH2 INV, ADD
Neste modo de medição podemos observar apenas uma forma de onda e é necessário que os
dois canais tenham o mesmo ajuste. Para calibração mude CH2 e CH1 para Vi. Ajuste
VOLT/DIV VAR de um dos canais até obter uma reta contínua. Volte CH2 para Vo.
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SQR:1kHz
SQR:1kHz
OV !
CH1-CH2
OV !
CH1:5V/DIV
CH2:5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
CH1:5V/DIV
CH2:5V/DIV
H:0.2mSEC/DIV
Figura 10- Medição diferencial
8. Aterramento
Um erro cometido freqüentemente é deslocar o GND do osciloscópio para o ponto entre o
resistor e o capacitor, num ponto “vivo” ou “energizado” do circuito. Estaremos provocando um
curto-circuito como mostra a Figura 11. Num circuito de alta potência o resultado seria
desastroso. Este curto-circuito é provocado via terceiro pino do cabo de força do osciloscópio e
do gerador de funções.
Com muito cuidado e critério podemos utilizar esta configuração, no intuito de observar
simultaneamente a forma de onda no resistor e no capacitor, ISOLANDO o GND do
osciloscópio. Neste procedimento INSEGURO, o chassis do osciloscópio ficará energizado,
com grande risco de choque elétrico.
CH1
CH1
15kΩ
seno
10Vp
1kHz
15kΩ
GND/OSC
10nF
seno
10Vp
1kHz
GND/GF
10nF
GND/GF GND/OSC
CH1
15kΩ
seno
10Vp
1kHz
GND/OSC ENERGIZADO
ISOLADO
7Vp
10nF
GND/GF
CH2
UNIFEI IEE/DON
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Figura 11- Aterramento
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