Relatorio de desempenho
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Relatorio de desempenho
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DIRECÇÃO NACIONAL DE TERRAS E FLORESTAS Estudo do impacto do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades. Relatório Preliminar Maputo, Fevereiro de 2012 1 Equipa técnica Coordenação e Redacção • Catarina Chidiamassamba Recolha e compilação da informação de campo, imagens e elaboração dos relatórios provinciais • Catarina Chidiamassamba, • Esmeralda Lúcia Francisco, • Célia Enosse e • Alberto Chidiamassamba Estatística • José Bonifácio Análise legal • Abílio Diole Organização e facilitação das entrevistas • Altino Januário – SPFFB/Cabo Delgado • Carlos Langa- SPFFB/Niassa • João Machel- SPFFB/ Zambézia • Aly Awasse-SPFFB/Nampula • Alferes Simbi- SPFFB/Tete • José Almeida-SPFFB/Manica • Silvestre Santos-SPFFB/Sofala • Morgado Mussengue- SPFFB/Inhambane • Arsénio Chilengo- SPFFB/Gaza • António Bope- SDAE/ Matutuine/ Maputo Colaboradores: Teresa Nube, Osvaldo Manso, Eugénio Manhiça / DNTF. 2 Índice Agradecimento ........................................................................................................................... 5 Lista de Acronómios .................................................................................................................. 7 Sumário executivo ...................................................................................................................... 9 1. Introdução ............................................................................................................................. 14 2. 1.1. Objectivos do estudo.................................................................................................. 15 1.2. Metodologia de trabalho ............................................................................................ 16 1.2.1. Revisão bibliográfica ............................................................................................. 17 1.2.2. Planificação do trabalho de campo ........................................................................ 19 1.2.4. Trabalho de campo ................................................................................................. 20 1.2.5. Alguns constrangimentos durante o trabalho de campo ........................................ 22 1.2.6. Mapa ilustrativo dos distritos visitados .................................................................. 22 A génese do Diploma Ministerial 93/2005 de 4 de Maio................................................. 24 2.1. Conteúdo do Diploma Ministerial 93/2005 de 4 de Maio ................................................. 26 3. Apresentação das constatações ............................................................................................. 29 3.1. Estágio actual do processo de canalização e entrega de 20% das taxas de exploração florestal e faunística; ............................................................................................................ 29 3.1.1. Conhecimento e a percepções dos diferentes actores sobre o Diploma Ministerial 93/2005 de 4 Maio ......................................................................................... 29 3.1.2. Papel dos diferentes intervenientes na aplicação do Diploma Ministerial 93/2005. ............................................................................................................................ 33 3.1.3. Valores transferidos e comunidades beneficiárias ................................................. 39 3.1.4. Comunicação sobre a transferência dos 20% aos beneficiários ............................. 47 3.1.5. Documentação e arquivos comprovativos do processo de canalização dos 20% ................................................................................................................................50 3.2. A planificação e utilização dos 20%, assim como a implementação de projectos financiados pelos referidos fundos ........................................................................................... 53 3.3. A participação e o papel da mulher nas comunidades em todo o processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística............................................................59 3.4. Impactos ............................................................................................................................ 62 3.4.1. Os impactos sociais nas comunidades beneficiárias dos 20%.......................................77 3.4.2. Os impactos sociais nas comunidades beneficiárias dos 20%.......................................778 3 3.4.3.Os impactos ambientais nas comunidades beneficiárias dos 20%.. ................................ 79 4. Os desafios, constrangimentos e oportunidades encontrados ao longo do processo de implementação do Diploma Ministerial 93/2005 de 4 de Maio ............................................... 80 5. Proposta com acções concretas para a DNTF com vista a melhorar o processo de canalização e uso dos 20% das taxas de exploração dos recursos naturais .............................. 88 6. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 98 7. Anexos. Anexo 1. Amostra do estudo ................................................................................ 101 Anexo 2. Lista de participantes nas entrevistas ...................................................................... 103 Anexo3. Província de Niassa. Ponto de situação dos projectos visitados .............................. 145 Anexo 4. Província de Cabo Delgado. Ponto de situação dos projectos visitados................. 146 Anexo.5. Província de Nampula. Ponto de situação dos projectos visitados ......................... 152 Anexo 6. Província da Zambézia. Ponto de situação dos projectos visitados ........................ 155 Anexo 7. Província de Tete. Ponto de situação dos projectos visitados ................................ 158 Anexo 8. Província de Sofala. Ponto de situação dos projectos visitados ............................. 159 Anexo 9. Província de Manica. Ponto de situação dos projectos visitados............................ 160 Anexo 10. Província de Inhambane. Ponto de situação dos projectos visitados .................... 162 Anexo 11. Província de Gaza. Ponto de situação dos projectos visitados ............................. 164 Anexo 12. Província de Maputo. Ponto de situação dos projectos visitados ......................... 165 Anexo. 13. Fotos de alguns projectos visitados durante o estudo...........................................175 4 Agradecimento Este trabalho não seria possível sem a paciência e a especial atenção que as comunidades locais das províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala, Manica, Tete, Inhambane, Gaza e Maputo, reservaram à equipa de consultores nas suas missões de campo. Aos homens, mulheres, jovens e adultos, destas comunidades, alguns deles citados ao longo do presente relatório mas muitos deles anónimos, vão as nossas primeiras e sinceras palavras de agradecimento. Os nossos agradecimentos especiais vão para o pessoal da Direcção Nacional de Terras e Florestas, Chefes, técnicos e motoristas dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia das dez províncias visitadas e do Programa de Apoio ao Sector Florestal em Moçambique que dedicaram igualmente uma atenção especial a este estudo desde o momento da concepção e preparação, da sua implementação e da condução das entrevistas no terreno e discussão dos resultados. A todos os nossos interlocutores junto dos serviços do Estado ligados à administração e gestão dos recursos florestais e faunísticos no país em especial aos Senhores Administradores Distritais, aos Senhores Directores dos Serviços Distritais das Actividades Económicas, aos Senhores Chefes dos Postos Administrativos e das Localidades, aos Senhores Directores Provinciais de Turismo com que tivemos a oportunidade de discutir o processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística, vão os nossos sinceros agradecimentos pelo apoio e disponibilidade de informação relevante para a realização com sucesso do presente trabalho. Também vão os nossos agradecimentos a todas as Organizações Não Governamentais, Agências de Cooperação e Associações, pela oportunidade que deram a equipa de consultores de conhecer o esforço que está sendo empreendido na implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades, objecto do presente estudo, com vista a atingir os impactos sociais, econômicos e ambientais efectivos a nível das comunidades locais e famílias rurais de Moçambique. 5 Dedicatória Os consultores dedicam este trabalho a mulheres e homens, raparigas e rapazes, crianças e velhos deste imenso país que têm nos recursos naturais a fonte principal da sua sobrevivência e a base da sua realização como indivíduos e como grupos sociais. É importante destacar que os consultores estão cientes das expectativas e esperanças que este trabalho criou tanto junto das comunidades locais visitadas assim como das várias instituições ligadas à questão de canalização dos 20% das taxas de exploração em Moçambique e esperase que o presente relatório irá servir de um instrumento de base para uma reflexão sobre uma nova abordagem do processo passados 5 anos após a aprovação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio acima referido. Entretanto, a equipa de consultores reconhece a complexidade do presente trabalho e espera a compreensão e o benefício da dúvida pelos erros e omissões que eventualmente possam ser encontrados ao longo do presente relatório em face das expectativas criadas. Os Consultores Alberto Chidiamassamba Abílio Diole Catarina Chidiamassamba Célia Enosse Esmeralda Francisco José Bonifácio 6 Lista de Acronimos ADEL Agência para o Desenvolvimento Local de Sofala ACODEMAZA Associação Comununitária para o Desenvolvimento da Zambézia APRONAF Apoio ao Sector Florestal de Moçambique CAMPFIRE Community Areas Management Programme for Indigenous Resources, do Zimbabwe CGRN Comité de Gestão dos Recursos Naturais COGEP Conselhos de Gestão Participativa dos Recursos Naturais CONCERN Organização não Governamental para o Desenvolvimento Local COCIM Constituindo Cidadania em Moçambique DNAC Direcção Nacional das Áreas de Conservação DNTF Direcção Nacional de Terras e Floresta do Ministério da Agricultura DPA Direcção Provincial de Agricultura DPCAA Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental DPT Direcção Provincial de Turismo DM Diploma Ministerial DUAT Direito de Uso e Aproveitamento de Terra ESTAMOS Organização não Governamental para o Desenvolvimento Local FAEF-UEM Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal- Universidade Eduardo Mondlande FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FORASC Fórum das Organizações da Sociedade Civil de Cuamba FT Fórum Terra iTC Iniciativa para Terras Comunitárias LFFB Lei das Florestas e Fauna Bravia KSM Kwaedza Simukai Manica KPMG Empresa de Consultoria e Auditoria KULIMA Organização não Governamental para o Desenvolvimento Local GCRN Gestão Comunitária dos Recursos Naturais MAGARIRO Organização não Governamental para o Desenvolvimento Local MCA Milénium Challenge Account MCRN Maneio Comunitário dos Recursos Naturais 7 MINAG Ministério da Agricultura MITUR Ministério do Turismo Mt Meticais OCB Organização Comunitária de Base ONG Organização Não Governamental ORAM Associação de Ajuda Mutua Rural RADEZA Rede de Organizações para Ambiente e Desenvolvimento Comunitária Sustentável da Zambézia ROADS Rede de Organizações para Ambiente e Desenvolvimento Sustentável RN Recursos Naturais SDAE Serviços Distritais das Actividades Económicas SPFFB Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia UCA União dos Camponeses e Associações de Niassa UCASM União de Camponeses e Associações do Sul de Niassa UICN União Internacional de Conservação da Natureza UNAC União Nacional de Camponeses UPMC Unidade Provincial de Maneio Comunitário dos Recursos Naturais UPCN União Provincial dos Camponeses de Niassa SCDS Norconsult Group – Empresa de Consultoria WWF Fundo Mundial para a Natureza 8 Sumário executivo Moçambique ocupa uma área de cerca de 799.380 Km2 (cerca de 79,9 Milhões de hectares), com uma fronteira terrestre de 4.330 km e uma extensão da costa de 2.400 km. Cerca de 78% da superfície do país é ocupada por florestas 1. A área coberta de floresta potencialmente produtiva, contendo espécies de valor comercial, é de cerca de 20 milhões de hectares. Esta área corresponde cerca de 24% da superfície total do país. O volume comercial existente nesta área é de cerca de 22 milhões de metros cúbicos de árvores em pé com um DAP 2 acima de 40 cm e possui cerca de 9 milhões de hectares de parques nacionais e áreas de reservas de fauna bravia. Estes recursos naturais representam um grande capital para a sobrevivência da população rural em Moçambique. Assim, a aprovação de um quadro legal sobre a gestão dos recursos naturais particularmente a Política e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia, a Lei de Florestas e Fauna Bravia e o respectivo regulamento e a Política do Turismo e estratégia da sua Implementação veio enaltecer os princípios e normas básicas sobre a protecção, conservação e utilização sustentável dos recursos florestais e faunísticos e desenvolvimento local. A aprovação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades, veio reforçar a salvaguarda do direito das comunidades locais sobre os recursos naturais e assegurar a implementação de iniciativas locais para o melhoramento da vida das comunidades locais e apoiar e incentivar o desenvolvimento local. O presente estudo enquadra-se nas actividades do Programa de Apoio ao Sector Florestal de Moçambique - APRONAF da Direcção Nacional de Terras e Florestas - DNTF, a ser implementado particularmente nas Províncias de Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Nampula com vista a uma capacitação instituicional através da aplicação efetiva da legislação florestal e faunística. 1 2 Saket, 1994. DAP: diâmetro à altura do peito. 9 Assim, o Estudo do impacto do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades vem responder a necessidade do acompanhamento da aplicação dos dispositivos legais na administração e gestão dos recursos florestais e faunísticos em Moçambique. Contudo, o estudo tem como abjectivo principal avaliar os impactos sociais, econômicos e ambientais da implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. O estudo teve um horizonte temporal de 2005 à 2011 e foi realizado em todas as províncias do país com excepção da Cidade de Maputo, cobrindo no total 26 distritos e 116 comunidades, das quais 88 entrevistadas em encontros realizados com a participação dos membros das comunidades, CGRN, líderes comunitários e 28 entrevistadas através dos seus representantes (membros dos CGRN e Conselhos de GRN). O trabalho de campo decorreu durante 56 dias tendo sido percorridos cerca de 14.650 kilometros. Neste contexto foi feita uma revisão exaustiva da bibliografia existente no país referente ao processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística, incluindo relatórios, Leis e outros dispositivos legais ligados a gestão e administração dos recursos naturais e processos de descentralização em Moçambique. Para uma melhor triangulação da informação foram feitas, para além da revisão bibliográfica, as entrevistas aos principais actores no processo, destacando os sectores ligados a gestão e administração dos recursos naturais em Moçambique a nível central, provincial, distrital, Posto Administrativo, Localidade e comunitário, entre organizações governamentais e não governamentais, organizações de base e sector privado. Foram entrevistados homens, mulheres, jovens, grupos vulneráveis das comunidades locais e Comitês de Gestão dos Recursos Naturais-CGRN. As entrevistas foram feitas com base em duas fichas sendo uma para as comunidades locais e outra para as instituições. Assim o estudo constatou que: O conhecimento e percepção sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio ainda são muito diferenciados em todos os níveis de intervenção, ocorrendo menor domínio sobre o processo ao nível local (Postos Administrativos e comunidades). Esta situação é consequência da falta e/ou fraca divulgação do instrumento por parte das entidades responsáveis pelo 10 licenciamento da utilização dos recursos florestais e faunísticos, criando assim dificuldades de ordem operacional na implementação do referido diploma. Os SPFFB, DPT, Administrações distritais, ONGs, CGRN, instituições bancárias e operadores são os principais intervenientes na implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Esses participam no licenciamento, na facilitação da criação dos CGNR, no registo das comunidades locais beneficiárias, na abertura das contas bancárias, na transmissão da informação sobre as transferências dos fundos, na movimentação bancária, etc. As ONGs, jogam também um papel muito importante na capacitação dos CGRN para a gestão dos recursos naturais e as respectivas receitas provenientes dos 20%. Entretanto, existem poucas ONGs a trabalhar especificamente na canalização dos 20%, sendo as províncias de Maputo e Inhambane e Tete as que não possui actualmente alguma ONGs a intervir no processo. Até 2011 foram canalizados 103.908.364,00 Mt (cento e três milhões, novecentos e oito mil, trezentos sessenta e quatro meticais) para 861 comunidades beneficiárias em todo o país, desde a aprovação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Foram identificadas 1089 comunidades com direito de se beneficiar do fundo dos 20%. As províncias de Cabo Delgado, Nampula, Tete e Sofala são as que mais fundos transferiram para as comunidades, enquanto que as província de Gaza e Niassa são as que tranferiram menos. No entanto há ainda valores elevados a serem entregues às comunidades com destaque para Sofala e Tete. O processo de transferência é efectuado quer através das contas bancárias das Administrações dos Distritos e SDAE quer através das contas das comunidades locais directa e indirectamente. Apesar, do nº 2, do artigo 4 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio referir-se da necessidade de dar informações sobre a transferência e origem das referidas receitas às próprias comunidades e a Administração do Distrito, ainda o sistema de comunicação às comunidades é deficiente conforme foi claramente constatado na maioria das comunidades visitadas onde a informação sobre os 20% está focalizada para os líderes comunitários e membros dos CGRN. Esta situação tem consequências negativas na planificação dos projectos comunitários e respectiva gestão de fundos. 11 Existe pouca documentação e arquivos a nível do distrito e das comunidades locais devido a falta de prática, conhecimento e exigência sobre prestação de contas, de gestão transparente de gestão dos bens públicos e a falta de monitoria na implementação do processo de canalização dos 20%. Esta situação cria muitas vezes desconfiança nas comunidades locais em relação aos gestores de fundos e até origina conflitos entre os intervenientes. A planificação dos projectos é realizada fundamentalmente pelos membros dos CGRN e líderes comunitários, sendo fraco o envolvimento dos membros das comunidades locais beneficiárias. As mulheres são o grupo social que menos participam no processo de planificação devido a sua fraca presença nos CGRN e nos cargos de decisão. O maior volume dos fundos recebidos é utilizado para a construção de infra-estruturas sociais tais como escolas, postos de socorro, casa mãe espera fontes de água. Uma parte significativa dos fundos é utilizada para a implementação de projectos de geração de rendimento e sendo muito poucos os valores utilizados para projectos de conservação ambiental. Ademais, existe também o uso dos fundos dos 20% para benefícios próprios por parte de alguns membros dos CGRN, líderes comunitários e representantes locais do Estado. Isto ocorre por falta da assistência e fraca capacitação às comunidades beneficiárias na planificação e gestão dos fundos. A exiguidade de recursos financeiros, materiais e humanos é apontada como a principal limitante por parte do sector de maneio comunitário dos recursos naturais nas províncias. Apesar de terem sido canalizados 103.908.364,00 meticais, ainda existe o sentimento generalizado nas comunidades locais segundo o qual os projectos implementados não tiveram grandes efeitos sobre a vida das famílias e da comunidade em geral. Entretanto, são apontados os projectos sociais como os únicos que de facto contribuíram até ao momento para a mudança da vida social nas comunidades, contribuindo na melhoria das condições de ensino e aprendizagem das crianças e de acomodação dos professores, na melhoria das condições sanitárias, maior acesso e facilidade aos cuidados e assistência materno infantil, melhoria do acesso à água para consumo e higiene e facilidade de processamento de cereais nas famílias, dando maior oportunidade as mulheres para outras tarefas e para o repouso. Embora com pouca relevância existe uma dinâmica de pequenos negócios envolvendo mais homens que mulheres resultado da facilidade de micro-crédito com os fundos dos 20%, permitindo assim o acesso a produtos básicos em zonas onde antes não existiam. Em relação ao impacto ambiental ainda são insignificantes as acções que concorrem para a preservação do 12 meio ambiente, particularmente em relação a reposição dos recursos florestais como resultado da utilização dos fundos dos 20%. Esta situação é devido a falta de conhecimento, a falta de assistência e capacitação às comunidades, ausência de monitoria dos projectos e até a predominância dos interesses políticos a nível das comunidades. Assim o presente estudo recomenda a DNTF que faça uma reflexão urgente e profunda para tomar medidas que permitem a operacionalização do processo de canalização dos 20% segundo as acções concretas inseridas no presente relatório, tendo como o enfoque os seguintes aspectos: (i) Reforço institucional, (ii) Estabelecimento da base de dados; (iii) Coordenação institucional e parcerias com outras instituições; (iv) Estabelecimento de mecanismos de descentralização, capacitação, sensibilização e educação pública; (v) Desenvolvimento de modelos de canalização dos fundos incluindo a revisão das taxas de exploração para as comunidades e (vi) Estabelecimento de mecanismo de monitoria do processo. 13 1. Introdução O presente estudo do impacto do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades enquadra-se nas actividades do Projecto de Apoio ao Sector Florestal de Moçambique – APRONAF da Direcção Nacional de Terras e Florestas - DNTF. O APRONAF, faz parte dos esforços do governo de Moçambique com vista a assegurar a utilização sustentável dos recursos naturais, particularmente os recursos florestais e faunísticos e a melhoria da vida das comunidades rurais. Os objectivos principais da APRONAF são: (i) Promover o maneio florestal sustentável; (ii) Capacitar a Direcção Nacional de Terras e Florestas e os Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia- SPFFB para melhor gerir os recursos florestais e fauníscicos; (iii) Apoiar a indústria florestal com finalidade de produzir produtos de qualidade e melhor gestão das concessões; (iv) Capacitar instituições de pesquisa e formação para melhor implementarem estudos relacionados com florestas e mudanças climáticas e (v) Promover a efectivação de negócios e parcerias relacionados com florestas e fauna em benefício das comunidades. O APRONAF está ser implementado particularmente nas Províncias de Niassa, Cabo Delgado, Zambézia e Nampula. Devido a dimensão e importância do presente estudo, o Ministério da Agricultura representada pela DNTF recomendou a realização do estudo em todo território Moçambicano com vista a uma melhor análise sobre os impactos sócio- econômicos e ambientais dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos nas comunidades beneficiárias. Entretanto, paradoxalmente a gestão dos recursos florestais e faunísticos em Moçambique estão também sob a responsabilidade, para além do Ministério da Agricultura- MINAG, do Ministério de Turismo que também faz a canalização dos 20% das taxas de exploração referentes às áreas de conservação sob a tutela daquela instituição. 14 Contudo, apesar do presente trabalho ter sido recomendado pelo MINAG-DNTF, também foi feita uma análise do processo de canalização do 20% nas áreas sob a responsabilidade do Ministério do Turismo. Estruturalmente, o presente relatório apresenta três partes fundamentais: (i) A parte analítica caracterizada por um conjunto de informação consistente desde o início do processo incluindo os seus antecedentes até ao momento da realização do estudo; (ii) A parte da avaliação caracterizada pelas constatações apresentadas duma maneira exaustiva baseada em evidências encontradas em cada área visitada e (iii) A parte das considerações finais e recomendações caracterizada pela apresentação dos constrangimentos, os pontos fortes, fracos, as oportunidades e ameaças do processo. 1.1. Objectivos do estudo O objectivo fundamental do estudo é de avaliar o impacto econômico, social e ambiental da utilização dos 20% provenientes das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos, consignados às comunidades. Especificamente, a DNTF pretende ter um documento de referência e de base sobre: • O estágio actual do processo de canalização e entrega de 20% das taxas de exploração florestal e faunística; • A planificação e utilização dos 20%, assim como a implementação de projectos geridos pelos referidos fundos; • Os impactos econômicos, sociais e ambientais nas comunidades beneficiárias dos 20%; • A participação e o papel da mulher nas comunidades em todo o processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística; • Os desafios, constrangimentos e oportunidades encontrados ao longo do processo de implementação do Diploma dos 20%; • Proposta com acções concretas para a DNTF com vista a melhorar o processo de canalização e uso dos 20% das taxas de exploração dos recursos naturais. 15 1.2. Metodologia de trabalho A metodologia de trabalho para o presente estudo foi caracterizada pelas seguintes fases: (i) Revisão bibliográfica; (ii) Planificação do trabalho de campo; (iii) Realização do trabalho de campo; (iv) Compilação e elaboração do relatório preliminar; (v) Realização do seminário e (vi) Produção do relatório final. Todas essas fases estão detalhadamente ilustradas no diagrama a seguir: Diagrama 1. Fases ilustrativas da metodologia usada para o presente estudo. 16 1.2.1. Revisão bibliográfica A revisão bibliográfica foi caracterizada pela leitura cuidadosa dos documentos relevantes sobre a gestão dos recursos naturais e o processo de canalização dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos, tais como: • A Política e Estratégia de Florestas e Fauna Bravia; • Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei nº 10/99, de 7 de Julho); • Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto nº 12/2002, de 6 de Junho; • Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades; • Relatórios de Balanço Anual da DNTF; • Relatórios de actividades do APRONAF; • Relatórios dos SPFFB e Maneio Comunitário dos Recursos Naturais; • Relatórios de estudos sobre a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades elaborados por diferentes actores. Alguns estudos sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades foram realizados, destacando-se os seguintes: • Alternativas de canalização e gestão dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos. Estudo de caso de Cheringoma, realizado em 2008, pela UICN. Este estudo aponta dentre outras questões a utilização dos 20% para projetos sociais, a fraca capacidade local de gestão dos fundos, a fraca aplicação dos fundos para projetos de conservação dos recursos naturais e as dificuldades na abertura das contas bancárias aliados a falta de documentos de identificação por parte dos membros das comunidades, etc. • Moçambique. Perfil sobre MCRN. O estudo foi realizado em 2010 pela SCDSNorconsult. O documento faz referência da falta de informação sistemática sobre os 20%, a falta de recursos financeiros e humanos para o sector de MCRN e as dificuldades constatadas pelo sector de Florestas e Fauna Bravia na implementação do Diploma Ministerial 93/2005, de 4 de Maio e da componente de MCRN em geral. 17 • Avaliação da implementação dos 20% destinados às comunidades locais pela exploração florestal e faunística em Moçambique. O estudo de Tese de Mestrado realizado em 2010 pela FAEF-UEM. Este estudo, realça os constrangimentos, verificados na abertura das contas bancárias das comunidades aliados a falta de Bilhetes de Identidade. e morosidade do processo. Também refere-se a fraca coordenação das instituições envolvidas a nível provincial e distrital e local incluindo a fraca participação dos SDAE no processo. E por último enaltece a importância da participação das ONGs e das autoridades administrativas do distrito, posto administrativo e localidade na planificação e utilização dos fundos. • Sistematização da experiência de maneio comunitário dos recursos naturais na província de Manica, realizado em 2008, pela FAO. O documento referencia os constrangimentos encontrados no processo da implementação dos 20% das taxas de exploração, destacando os seguintes: O fraco conhecimento do Diploma Ministerial 93/2005, de 4 de Maio, aliado a fraca divulgação do instrumento ao nível provincial, distrital, posto administrativo, localidade e comunitário, as dificuldades encontradas na abertura de contas bancárias devido a falta de pessoas com documentos de identificação (B.I) na comunidade e em particular nos CGRN, a fraca transparência na gestão dos fundos e sua utilização em projectos sociais. O estudo ilustra também as vantagens do estabelecimento de parcerias entre comunidades e operadores florestais e faunísticos e em particular nas áreas de conservação. • Análise do mecanismo de canalização dos 20% das taxas de licenciamento da exploração de recursos florestais e faunísticas às comunidades locais na província de Manica. Este estudo foi realizado em 2009, pelo Fórum Terra Manica. O estudo constatou que para além de haver constrangimentos operacionais dos CGRN, seu registro e respectiva abertura de contas bancárias há também uma fraca preparação social dos mesmos e das comunidades para participarem ativamente no processo de planificação dos fundos. • Os documentos das experiências sobre a canalização dos 20% e seu impacto nas comunidades, apresentados na IV conferência de Maneio Comunitário de Recursos Naturais, realizada em 2010, que, para além de apresentar dados detalhados sobre o 18 licenciamento e dedução dos 20%, faz uma análise dos impactos nas comunidades quer nas áreas de exploração florestal quer nas áreas de fauna e turismo. • O Estudo sobre Governação Florestal na Província do Niassa o caso de Muembe, Sanga, Lago e Cuamba, realizado pela ORAM em 2009, o Estudo de Avaliação Estratégica da Província do Niassa” realizado pela MCA/KPMG/Iniciativa de Terras Comunitárias (iTC), de Janeiro de 2011, ambos com algumas estáticas sobre a evolução temporal da canalização nas áreas de exploração florestal. Conforme se pode verificar são poucos estudos realizados sobre a implementação do Diploma Ministerial 93/2005, de 4 de Maio. A coordenação entre as instituições envolvidas em particular a DNTF, SPFFB, SDAE em coordenação com outras instituições governamentais e não governamentais, destacando-se a DNAC, direções provinciais de turismo e de meio ambiente, ONGs, é reportado como um grande desafio nos estudos acima referidos. Neste sentido, o presente estudo apresenta reflexões e propostas concretas sobre procedimentos operacionais para a implementação do Diploma Ministerial 93/2005, de 4 de Maio, com vista a tornar o processo de canalização dos 20% das taxas, mais célere, efetivamente participativo, transparente, inclusiva, dinâmico para melhorar a vida das famílias das comunidades beneficiárias e promoção do desenvolvimento local. 1.2.2. Planificação do trabalho de campo A planificação do trabalho de campo foi caracterizada pela preparação da equipa dos entrevistadores e das fichas de inquérito para as comunidades e seus representantes e para as instituições públicas e privadas envolvidas no processo (DNTF, SPFFB, ONGs, Sector privado). Também nesta fase foi cuidadosamente preparado o material e equipamento para o campo, incluindo o envio às províncias do cronograma das actividades. 19 Com base na informação colhida durante a revisão bibliográfica foi preparada a amostra para cada província do estudo e harmonizada a metodologia de campo a nível dos inquiridores. 1.2.3. A Amostra de estudo Critérios de selecção da amostra Tendo em conta os dados e informação disponibilizados, de um universo de 835 comunidades a nível de todo país foram seleccionadas 100 comunidades que constituiu a amostra para o estudo. A amostra teve uma margem de erro tolerável de 9% (d =9%) e um nível de confiança de 95% (ou seja, com α = 5% ). Da amostra total, a selecção da amostra para cada província e para cada distrito foi proporcional ao número de comunidades existentes nessa província e nesse distrito, isto é, a província e o distrito com maior número de comunidades que receberam os 20% foram lhes atribuídos maior peso na selecção das comunidades. Por outro lado, na selecção das comunidades considerou-se um outro critério que foi, o de garantir que 80% das comunidades seleccionadas sejam aquelas que de facto receberam os 20% e os restantes 20% comunidades as que não receberam os 20% ou então receberam poucos valores. (Ver a tabela 8 em anexo 1). Também foi tomado em consideração na selecção da amostra a facilidade de acesso às comunidades tendo em conta os recursos financeiros disponíveis para o estudo e recursos logísticos das províncias. 1.2.4. Trabalho de campo O trabalho de campo foi caracterizado pela realização das entrevistas semi-estruturadas, `as instituições públicas e privadas e às comunidades e seus representantes. (Ver a tabela 8.1 em anexo 2). Responderam aos inquéritos a nível das comunidades, os membros das comunidades locais e dos Comitê de Gestão dos Recursos Naturais (CGRN), membros e representantes das autoridades comunitárias entre régulos, chefes das aldeias e de povoação, homens, mulheres e grupos vulneráveis. 20 A nível das instituições públicas responderam aos inquéritos os chefes dos sectores a nível central da DNTF, chefes dos SPFFB e/ou seus representantes, os directores de SDAE, os Senhores. Administradores e chefes dos Postos Administrativos e das Localidade. A nível das instituições privadas responderam aos inquéritos os representantes das ONGs, dos operadores florestais e faunísticos, dos serviços bancários. Também durante o trabalho de campo, foram feitas visitas e observações de infraestruturas, serviços e bens resultantes da utilização dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos. Para uma melhor triangulação da informação, foram também tiradas fotografias e recolhidos os documentos relevantes do processo em cada comunidade visitada. As imagens a seguir ilustram alguns momentos das entrevistas realizadas a nível das comunidades. Exceptuando os SPFFB da província de Maputo, as visitas de campo foram acompanhadas pelos técnicos dos SPFFB ligado ao sector de MCRN de cada província visitada Fotos 1 e 2: As fotos ilustram as entrevistas realizadas a nível das comunidades. A esquerda é a comunidade de Buchane, distritos de Inhassoro, província de Inhambane. A direita ilustra a comunidade de Mecunica, distrito de Metarica, província de Niassa. 21 1.2.5. Alguns constrangimentos durante o trabalho de campo A realização do trabalho de campo numa época chuvosa dificultou bastante as visitas à algumas comunidades locais previamente seleccionadas, tendo sido imediatamente substituídas por outras. O fraco domínio da situação local sobre as comunidades beneficiárias dos 20%, aliado a fraca comunicação entre os SPFFB, SDAE, autoridades administrativas locais e as comunidades, em quase todas as províncias, fez com que o trabalho de campo levasse mais tempo do que o planificado exigindo assim, mais recursos financeiros. Por exemplo, as equipas de consultores de Cabo Delgado, Nampula, Sofala, Gaza, Zambézia, Tete, Gaza e Maputo não puderam visitar certas comunidades previamente seleccionadas mesmo depois de percorrer mais de 80 km de distância. 1.2.6. Mapa ilustrativo dos distritos visitados Foram visitadas todas as províncias do país com excepção da Cidade de Maputo, cobrindo no total 26 distritos e 116 comunidades, das quais 88 entrevistadas em encontros realizados coma participação dos membros das comunidades, CGRN, líderes comunitários e 28 entrevistadas através dos seus representantes (membros dos CGRN e Conselhos de GRN). Participaram nas entrevistas aproximadamente 1.000 pessoas, (homens, mulheres, jovens, idosos, grupos vulneráveis, etc.), dos quais 25% foram mulheres. (Ver os distritos visitados no mapa 1 e a lista de pessoas entrevistadas na tabela 8.1, em anexo 2.). O trabalho de campo decorreu durante 56 dias tendo sido percorridos cerca de 14.650 kilometros. 22 Legenda: Em amarelo os distritos visitadios 23 2. A génese do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio Logo após a independência de Moçambique em 1975, a gestão dos recursos naturais foi caracterizada por uma política centralizada. As decisões sobre a gestão dos recursos naturais eram focalizadas numa estrutura governamental e de fiscalização institucional centralizadas. (Matakala e Moshove, 2001). A introdução do Programa de Reforma Económica (PRE) nos anos 1987 marcou uma nova página de reforma no sector agrário e na economia do país e consequentemente no sector de gestão dos recursos naturais, que culminou com a aprovação da Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas e Fauna Bravia em 1997. Os princípios fundamentais da Política e Estratégia de Desenvolvimento de florestas e Fauna Bravia assentam (i) Na Geração de benefícios económicos e sociais para a presente e futuras gerações; (ii) no envolvimento de pessoas dependentes dos recursos florestais na planificação e seu aproveitamento sustentável e (iv) na conservação dos recursos de base incluindo a diversidade biológica. É neste contexto que o objectivo social da Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas e Fauna Bravia, 1997, visa aumentar a participação da população rural e comunidades, como agentes directos no maneio integrado, protecção contra queimadas, uso e conservação dos recursos florestais e faunísticos. No quadro da reforma legal do sector de florestas e fauna bravia a Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas e Fauna Bravia de 1997, marca o início duma da abordagem de Maneio Comunitário dos Recursos Naturais em Moçambique – MCRN. Assim a Lei de Florestas e Fauna Bravia aprovada em 1999, através do seu artigo 35, o Estado introduz taxas pelo acesso e utilização dos recursos florestais e faunísticos, bem como pelo exercício do turismo contemplativo nos parques e reservas nacionais. Mais adiante, a Lei de Florestas e Fauna Bravia (10/99, de 7 de Julho), através do seu nᵒ 5 do artig o nᵒ 35, refere-se que por diploma específico, são fixadas as percentagens dos valores provenientes das taxas de exploração florestal e faunística, destinadas ao benefício das comunidades locais residentes nas respectivas zonas de exploração. O regulamento da referida lei, aprovado pelo Decreto nº.12/2002, de 6 de Junho, fixou, no nº.1 do artigo 102, a consignação de vinte por cento do valor das taxas a favor das 24 comunidades locais. Assim, consolida-se a abordagem da participação das comunidades locais na gestão dos recursos florestais e faunísticos. As experiências sobre MCRN, na região muito particularmente a República do Zimbabwe contribuíram bastante para introdução na Lei e no regulamento da necessidade da partilha 20% das taxas de exploração florestal e faunístico. Foi neste sentido e baseado na experiência de CAMPFIRE-Community Areas Management Programme for Indigenous Resources, do Zimbabwe que o governo de Moçambique iniciou em 1994/1995 na província de Tete a implementação do Programa Tchuma –Tchato 3 sob a responsabilidade da então Direcção Nacional de Florestas e Fauna Bravia através dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia de Tete . (Catarina Chidiamassamba, 2011). Para a operacionalização do programa Tchuma Tchato foi aprovado o Diploma Ministerial 92/95 de 12 de Julho que traduz o acordo formal e legal através do qual o Governo de Moçambique (Ministérios da Agricultura, Justiça e Plano e Finanças) canaliza uma parte das taxas resultantes da utilização da fauna bravia para as comunidades locais. De acordo com o Diploma acima referido, a distribuição das receitas provenientes da utilização da caça na área de Tchuma Tchato era feita da seguinte forma: (i) Fazenda do Estado, 35%; (ii) Governos Distritais de Mágoe e Zumbo, 33% e (iii) Comunidades locais, 32%. De facto, o Programa Tchuma Tchato serviu de aprendizagem e inspiração da reforma legal e consolidação dos mecanismos de partilha dos benefícios provenientes da exploração dos recursos florestais e faunísticos entre o Estado e as comunidades locais previsto no artigo 102 do Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia. Segundo este artigo, vinte por cento de qualquer taxa de exploração florestal ou faunística, destina-se ao benefício das comunidades da área onde foram extraídos os recursos, nos termos do nº 5 do artigo 35 da Lei nº 10/99 de 7 de Julho. 3 “Tchuma Tchato” significa na língua Nyungwe “A Nossa Riqueza”. 25 2.1. Conteúdo do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio Com vista a um entendimento comum ao nível dos leitores do presente relatório, em seguida é apresentado a transcrição na íntegra do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio: “Tornando-se necessário adoptar os mecanismos de canalização e utilização destes fundos, e ao abrigo da competência conferida pelo nº.2 do artigo 102 do citado Regulamento, os Ministros de Agricultura, do turismo e das Finanças determinam: Artigo 1 (objecto) O presente diploma ministerial tem por objecto a definição dos mecanismos de canalização e utilização dos vinte por cento do valor das taxas, consignadas a favor das comunidades locais, cobradas ao abrigo da legislação florestal e faunística, nomeadamente: - Lei nº. 10/99, de 7 de Julho e o respectivo Regulamento, aprovado pelo Decreto nº.12/2002, de 6 de Junho; - Decreto nº.27/2003, de 17 de Junho; - Diplomas Ministeriais nº.92/95 e nr.63/2003, de 12 de Junho e 18 de Junho, respectivamente; - Diploma Legislativo nº.2629, de 7 de Agosto de 1965, que aprova o Regulamento de Coutadas; e - Demais legislação aplicável. Artigo 2 (Organização e representação das comunidades locais beneficiárias) 1. Compete à entidade licenciadora promover a criação dos comités de gestão e o registo dos seus membros, em coordenação com a administração do distrito ou posto administrativo, as associações e organizações não governamentais, e os operadores ou requerentes, a partir do início do processo de identificação da área e dos recursos naturais, e da consulta, auscultação ou negociação com as comunidades locais. 2. Para os efeitos do presente diploma ministerial, cada comunidade local beneficiária dos vinte por cento será representada por um comité de gestão, constituído por um número não 26 inferior a dez membros, homens e mulheres, que deverão registar, junto da administração do distrito ou posto administrativo, os seus nomes, idade, número e tipo de documento de identificação e respectivo cargo. Artigo 3 (Registo das comunidades locais beneficiárias) A entidade licenciadora deverá proceder ao registo das comunidades locais beneficiárias num livro específico. Artigo 4 (Requisição e canalização das receitas) 1. A entidade licenciadora procederá à requisição das receitas consignadas a favor das comunidades locais, as quais serão depositadas numa conta bancária aberta para o efeito, com designação “Fundo Comunitário”, acompanhadas das especificações referentes às comunidades beneficiárias, a qual será movimentada pela referida entidade licenciadora. 2. A entidade licenciadora deverá proceder à transferência trimestral das receitas consignadas para as contas das comunidades beneficiárias acompanhadas das informações sobre a origem das referidas receitas, informando do facto as próprias comunidades e a administração do distrito. Artigo 5 (Distribuição dos fundos) 1. Os fundos serão distribuídos às comunidades residentes nas áreas onde se localizam os recursos naturais objecto do licenciamento, através da divisão do valor pelo número de comunidades beneficiárias. 2. Os comités de gestão deverão proceder à abertura duma conta bancária em nome da respectiva comunidade local, para depósito e movimento de fundos, cujo número e banco serão comunicados à entidade licenciadora. 3. As comunidades locais deverão proceder à abertura das contas bancárias no prazo de três meses a partir da data de entrada em vigor do presente diploma ministerial, apresentando para o efeito a declaração que confirme o registo feito nos termos do nº.2 do artigo 2 do presente diploma ministerial, sendo este requisito condição para o acesso aos fundos. 27 Artigo 6 (Movimentação das contas bancárias) 1. As contas bancárias referidas no artigo anterior serão movimentadas por pelo menos 3 assinantes, membros do comité de gestão. 2. A movimentação das contas bancárias sujeita os seus assinantes e os restantes membros do comité de gestão às normas de auditoria e relatórios de contas vigentes sobre a matéria. 3. O comité de gestão deverá apresentar publicamente à respectiva comunidade local, o relatório anual sobre as actividades realizadas, as operações de aquisição de bens ou serviços e os respectivos justificativos. Maputo, 31 de Março de 2005, - O Ministro da Agricultura, Tomás Frederico Mandlate, - O Ministro do Turismo, Fernando Sumbana Júnior, - O Ministro das Finanças, Manuel Chang. 28 4. Apresentação das constatações 3.1. Estágio actual do processo de canalização e entrega de 20% das taxas de exploração florestal e faunística; 3.1.1. Conhecimento e as percepções dos diferentes actores sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio O conhecimento e percepções sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio são diferenciados ao nível dos intervenientes no processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística. Esta situação contribui também para as dificuldades que as comunidades enfrentam para receberem os fundos que têm direito incluindo a planificação e utilização dos mesmos. Assim, foi notado que existe um maior domínio e conhecimento sobre o diploma e mecanismo de funcionamento particularmente ao nível da DNTF, SPFFB, DPT, comparativamente às instituições do nível distrital, sobretudo ao nível de base, nos Postos Administrativos, Localidades e povoados. O presente relatório faz em seguida a apresentação de várias afirmações recolhidas durante a realização do presente trabalho, que reflectem as percepções e domínio do processo sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e canalização dos 20% das taxas as comunidades: “Sou novo aqui e quando cheguei ouvi falar que receberam os tais 20% mas nada me foi comunicado e não tive mais detalhes”(homem, Presidente da Localidade de Muicuna em Cuamba, província de Niassa, 2011). “Sou nova aqui, ainda não ouvi falar sobre o Diploma e gostaria de tê-lo disponível. Este e o meu primeiro ano e desde que cheguei aqui não foi ainda disponibilizado algum valor dos 20% às comunidades”. (Chefe do Posto Administrativo de Mucobela, na Maganja da Costa, província da Zambézia, 2011). “Não tenho o Diploma Ministerial, mas que gostaria de tê-lo”... (homem, Director do SDAE de Maganja da Costa, província da Zambézia). 29 “ Sou novo como chefe aqui em Moatize, ouvi falar sobre o Diploma Ministerail mas não tenho o documento e gostaria de tê-lo disponível. Como estou de férias, amanha vou procurar junto dos meus técnicos do sector de finanças para saber o tipo de documentação que existe sobre o assunto e depois digo. ” (homem, Director de SDAE de Moatize durante a entrevista, 2012). “Eu conheço o conteúdo do Diploma Ministerial, entanto que mandatário e representante do Sr. Administrador neste assunto,...nós, nos concelhos consultivos costumamos tratar deste assunto para a aprovação das propostas de projectos das comunidades para o uso dos valores recebidos.” (Homem, Director do SDAE de Nhamatanda, 2012). No entanto, mais de 87% das comunidades inquiridas neste estudo, os comités de gestão e autoridades comunitárias (régulos, presidentes de localidade, secretários de bairro, chefes da aldeia), tem mais conhecimento sobre os 20%, como benefício resultante da presença de operadores florestais e sua comparticipação na conservação “ guardar/ controlar “ o recurso. Segundo os membros dos CGRN a informação lhes foi passada no início do processo aquando da divulgação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e na mesma altura foi lhes dita a necessidade de se organizarem e abrirem contas bancárias para beneficiarem do mesmo. Afirmaram ainda que durante o processo de organização dos CGRN não ficou claro o valor a receber e regularidade de recepção. Esta situação é agravada nas comunidades onde a criação dos CGRN foi duma forma “had-doc” porque os SPFB se sentiam pressionados para transferir os fundos referentes aos 20%, tal como afirmaram algumas pessoas entrevistadas durante o presente trabalho: “ Chegaram aqui os técnicos da Agricultura e falaram com régulo para indicar pessoas para ir levantar o dinheiro na administração”(homem, Nacaca, distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado). No encontro realizado em Mecuinica distrito de Metarica, província de Niassa, dos cerca de 60 participantes ao encontro, mais de 90% levantaram o braço afirmando nunca ter ouvido falar dos 20% e não tinham conhecimento sobre a sua comunidade ter se beneficiado deste valor. No que concerne as comunidades no geral, o conhecimento sobre os 20% é ainda muito fraco e as vezes ausente. 30 Outro exemplo é referente a comunidade de Nicocué, no distrito de Montepuez, província de Cabo - Delgado, onde mais de 89% dos 28 participantes no encontro com os consultores mostraram não ter conhecimento sobre os 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos, e nem sequer sabiam que a sua comunidade tinha recebido os fundos. Os que conheciam o processo eram membros do CGNR e líderes comunitários. Na província da Zambézia alguns lideres locais e membros das comunidades, incluindo os comités e/ou concelhos comunitários tem conhecimento que recebem os 20% por causa dos operadores que estão explorar recursos florestais nas suas zonas tendo afirmado o seguinte: “O nosso comité chama-se comité de gestão dos 20%”....(Presidente do CGRN de InribaNamagoa no Distrito de Mocuba, 2011). “Até eu que sou chefe da aldeia não sei de nada o que aconteceu com os 20%. Ninguém me disse nada...tudo ficou com os 3 assinantes e o régulo...mesmo o povo não sabe o que aconteceu com o dinheiro...”.(homem, comunidade de Nacaca, Posto Administrativo de Mesa, Distrito de Ancuabe, Província de Cabo Delgado, 2011). “É uma forma que o Estado encontrou para nos dar também comer o dinheiro da nossa madeira” ( homem, membro da comunidade em Monga- Moatize, província de Tete, 2012). “ O Estado reconhece que estes recursos são também nossos por isso esta a dar também o dinheiro da nossa floresta” (homem, membro da comunidade em Mutocoma- Gondola, província de Manica, 2011). “Chegaram aqui os da Agricultura do Distrito e disseram que queriam pessoas para abrir conta no banco, passaram pelas nossas casas e assinamos uns documentos e ate agora não sabemos mais nada e nunca recebemos dinheiro” mulher, membro do comité em ChilumbeleB – Manjacaze, província de Gaza Para os operadores florestais inquiridos, prevalece a percepção de que os 20% são mais uma “taxa” que estes pagam ao governo para benefício às comunidades e que o governo exige ainda que tenham acordos de responsabilidade social com as comunidades, encarecendo assim os custos para os operadores. Esta percepção prevalece também em algumas Organizações da 31 Sociedade Civil, onde também tem sido comum afirmarem que as empresas/ investidores florestais (incluindo das florestas exóticas, plantações florestais) devem canalizar as comunidades os 20%. Este posicionamento tem sido verificado em vários seminários provinciais, particularmente nas províncias da Zambézia, Nampula, Sofala e Niassa e encontros de advocacia nas comunidades onde ocorrem estes tipos de investimentos o que tem contribuído para desinformação e expectativas nas comunidades sobre este benefício. “A canalização dos 20% é da responsabilidade íntegra do Governo e não do operador, pois, o valor é subtraído no valor total da taxa paga por um operador florestal” (mulher, coordenadora do Forum Terra, província de Nampula, 2012). As dinâmicas locais, as constantes movimentações e mudanças das lideranças, associadas a falta de cultura de transferência de conhecimentos e de arquivos justificam esta situação do fraco conhecimento sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e a canalização dos 20% ao nível das comunidades. O conhecimento e percepção sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio ainda são muitodiferenciados em todos os níveis de intervenção, ocorrendo menor domínio sobre o processo a nível local (Postos Administrativos e comunidades). Esta situação é consequência da falta e ou fraca divulgação do instrumento por parte das entidades responsáveis pelo licenciamento da utilização dos recursos florestais e faunísticos criando dificuldades de ordem operacional na implementação do referido diploma. 32 3.1.2. Papel dos diferentes intervenientes na aplicação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio Segundo o artigo 2 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio, compete à entidade licenciadora promover a criação dos comités de gestão e o registo dos seus membros, em coordenação com a Administração do Distrito ou Posto Administrativo, as associações e Organizações Não Governamentais e os operadores ou requerentes, a partir do início do processo de identificação da área e dos recursos naturais e da consulta, auscultação ou negociação com as comunidades locais. Ainda, o artigo 5 do mesmo diploma diz que os comités de gestão deverão proceder à abertura duma conta bancária em nome da respectiva comunidade local, para depósito e movimento de fundos, cujo número e banco serão comunicados à entidade licenciadora. Estes dois artigos ilustram claramente os principais intervenientes no processo da implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Assim, DNTF-MINAG, a DNAC-MITUR são as principais entidades licenciadoras da exploração dos recursos naturais ao abrigo do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Por exemplo, a DNTF em coordenação com instituições do Governo, Universidade, ONGs, doadores organizou a Conferência de MCRN, onde o tema sobre os 20% foi o epicentro das discussões. A repartição de MCRN da DNTF e o departamento/ Unidade de MCRN a nível dos SPFFB lidam directamente com os assuntos ligados com os 20%, dando alguma assistência técnica esporádica às comunidades. Os SPFFB participam na facilitação do processo de organização das comunidades locais e abertura de cantas bancárias, transmissão da informação sobre a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística. Nas províncias de Manica e Tete os SPFFB, e as Direções Provinciais de Turismo têm participado também na facilitação de estabelecimento de parcerias entre comunidades e operadores das coutadas através de desenvolvimento de outros modelos de partilha de benefícios provenientes da exploração dos recursos faunísticos com são os casos das coutadas 9 e 13 nos distritos de Macossa, Tambara, Guro em Manica e o Programa Tchuma Tchato em Tete. 33 As Administrações Distritais, Postos Administrativos e Localidade desempenham um papel importante no registo dos CGRN segundo o artigo 3 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Os SDAE para além de desempenhar o papel de interlocutor entre os SPFFB e Administração do Distrito em alguns casos são chamados a intervir na resolução de conflitos, tal com aconteceu no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado. Ficou observado durante as entrevistas efectuadas que no processo de canalização, o papel do distrito, sobretudo dos SDAEs se circunscreve apenas no acompanhamento da recepção dos valores e na avaliação e aprovação dos projectos nos concelhos consultivos. Por exemplo foi reportado pelos membros dos CGRN e líderes comunitários em Canda que, cabia aos SDAEs a aprovação das propostas de projectos das comunidades para a utilização dos fundos dos 20%: “Já submetemos os nossos projectos ao governo do distrito já há muito tempo e estamos esperando pela resposta que não está a vir..., temos mesmo que esperar muito tempo?” (homem e mulheres, membros do CGRN de Canda, distrito de Gorongosa, província de Sofala, 2012). As organizações de sociedade civil a nível das províncias, distritos e comunidades jogam um papel crucial na capacitação das comunidades. Apesar de terem sido constatadas várias ONGs a intervir na área de terras e recursos naturais poucas são as Organizações directamente envolvidas no processo de canalização dos 20%. A tabela 1, indica as principais organizações que trabalham na canalização dos 20% no âmbito da implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio em cada província e destacam-se a ORAM, Fórum Terra, UCA – União das Cooperativas e Associações, iTC. WWF, MAGARIRO, ADEL, Kuaedza Simukai – Manica. Entretanto, segundo a mesma tabela, as províncias de Inhambane, Maputo e Tete não possuem, actualmente, organizações da sociedade civil que estejam a trabalhar junto as comunidades na implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Na província de Niassa várias são as organizações de sociedade civil que intervêm na área de terras e recursos naturais como por exemplo a ROADS, a UCA, UPCN, WWF, CONCERN, ESTAMOS entre outras que vão surgindo, como a ORAM devido ao contexto actual de desenvolvimento da Província. Entretanto, poucas são as Organizações da Província directamente envolvidas no processo de canalização dos 20%, destacando-se a União das 34 Cooperativas e Associações de Lichinga, como a organização da sociedade civil que desde 2007 tem apoiado na criação e capacitação de comités de gestão para se beneficiarem dos 20%, com fundos da FAO. A UCA apoiou na formação de 11 comités de gestão na zona sul da província distritos de Cuamba, Metarica, Mandimba, Maua e Marrupa, capacitou ainda alguns comités em Cuamba sobre associativismo e como aplicar o fundo. Também esta organização, está no âmbito do Programa APRONAF, a trabalhar desde Dezembro de 2010 na formação e revitalização de comités de gestão de recursos naturais, tendo apoiado na criação de cerca de 10 comités e abertura de novas contas bancárias nos distritos de Marupa, Maua, Metarica, Lichinga e Nipepe para permitir a transferência `as comunidades dos valores acumulados de 2009 `a 2011. Documentos e relatórios de seminários analisados, incluindo algumas entrevistas com SDAE e técnicos dos SPFFB, indicam entretanto que outras Organizações como a WWF, FORASC e UCASM em Cuamba estiveram envolvidas no processo de canalização na fase inicial (2007/2008), sobretudo de divulgação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e apoio a organização comunitária. A WWF, para além do apoio a comunidade do Programa Chipange Chetu coordenou a realização de vários encontros de ONGs para se integrarem no Processo entre 2007/2009. A IBIS, uma ONG Dinamarquesa a operar na área de boa governação, em oito distritos da Província e no Município de Cuamba e elaborou, no âmbito do Programa Construindo Cidadania em Moçambique, (COCIM), uma proposta de pesquisa sobre acesso e uso dos fundos dos 20% da taxa de exploração florestal mas não foi possível obter informação actualizada sobre o processo o referido estudo. De facto o papel das ONGs é fundamental no processo de canalização dos 20%. Foi neste sentido que um dos nossos entrevistados afirmou: “ Eu estou aqui na província há mais de 3 anos e os meus técnicos fizeram 26 visitas de monitoria e assistência aos CGRN com fundos da ONGs que trabalha em parceria com o nosso sector,...entretanto não consigo mandá-los com fundos do Estado”...(homem, DPT, Província de Niassa). Na província da Zambézia a RADEZA, ORAM, PRODEA, FONGZA e ACODEMAZA tem feito a divulgação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio, participando na identificação das comunidades que podem se beneficiar dos valores dos 20%, apoiar as comunidades na constituição ou criacão? dos CGRN, treinar os respectivos membros em aspectos de liderança e gestão participativa, apoiar os comités na abertura das contas e na 35 monitoria dos projectos implementados. Também, participam na realização de seminários sobre a divulgação dos 20%. Na província de Sofala, a ORAM, a Kulima, a ADEL e WWF têm estado envolvidos na delimitação das terras comunitárias, apoiar as comunidades na criacão dos CGRN e Associações, treinar os comités e Associações em aspectos de liderança e gestão participativa e também a divulgação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. O mesmo papel desempenha a Fórum Terra Manica. Nas províncias de Inhambane e Nampula os SDAEs, têm sido envolvidos na entrega dos cheques ou mesmo valores monetárias dos 20%, às comunidades que não possuem contas bancárias. Na província de Nampula a Fórum-Terra e a ORAM intervêm na capacitação das comunidades e membros dos CGRN, Administradores, chefes dos Postos Administrativos e de Localidades, líderes locais e trabalham directamente no processo de canalização dos 20%. Apoiam as comunidades locais na criação e capacitação dos CGRN, na planificação e implementação de projectos de geração de renda com vista a empodera-las em relação a canalização dos 20%. Outras organizações que desempenham também um papel relevante no processo de canalização dos 20% são as instituições bancárias, através das aberturas de contas solidárias de membros da comunidade no âmbito do nº 2 do artigo 5 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. As províncias de Inhambane, Maputo e Tete não possuem ONGs actualmente a intervir no processo de canalização dos 20%. 36 Os SPFFB, DPT, Administrações distritais, ONGs, CGRN, instituições bancárias e operadores são os principais intervenientes na implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Esses participam no licenciamento, na facilitação da criação dos CGNR, no registo das comunidades locais beneficiárias, na abertura das contas bancárias, na transmissão da informação sobre as transferências dos fundos, na movimentação bancária, etc. As ONGs, jogam também um papel muito importante na capacitação dos CGRN para a gestão dos recursos naturais e as respectivas receitas provenientes dos 20%. Entretanto, existem poucas ONGs a trabalhar especificamente na canalização dos 20%, sendo as províncias de Maputo e Inhambane e Tete as que não possuem actualmente nenhuma ONGs a intervir no processo. 37 Tabela 1. Intervenientes no processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunístico em cada província: Intervenientes Nível Central Maputo Gaza Inhambane Sofala Manica Tete Zambézia Nampula Niassa Cabo Delgado DNTF/RMC DNAC SPFFB APRONAF SDAE iTC UCA ORAM Fórum Terra IBIS FAO ADEL WWF MAGARIRO Kwaedza Simukai-Manica KULIMA RADEZA PRODEA FONGZA ACODEMAZA 38 3.1.3. Valores Transferidos e Comunidades Beneficiarias O Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sobre os mecanismos que regulam a canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística às comunidades está sendo implementado em todo território de Moçambique. Desde a sua aprovação em 2005 até o momento da realização do presente estudo em 2011 tinham sido transferidos 103.908.364,00 meticais (Cento e três milhões, novecentos e oito mil, trezentos, sessenta e quatro meticais), beneficiando a 861 comunidades organizadas em comitês de gestão dos recursos naturais, correspondendo 79% das comunidades locais beneficiárias dos 20%. (DNTF, 2011). (Ver a tabela 2). No entanto foram identificadas, em todo o País, 1.089 (mil e oitenta e nove) comunidades beneficiárias deste a aprovação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio até 2011 dos quais já foram organizadas 896 comunidades em comités de gestão de recursos naturais e tendo já sido beneficiadas dos 20%. (DNTF 2012). As províncias da Zambézia, Sofala Tete e Cabo Delgado são as que mais canalizaram fundos às comunidades, refletindo também o volume de exploração dos recursos florestais e faunísticos nestas províncias, tendo a província da Zambézia transferido 28.088.052,00 meticais, a província de Sofala transferido 20.729.662,00 meticais a província de Cabo Delgado transferido 17.319.145,00 meticais e a província de Tete transferido 15.877.115,00 meticais. Entretanto, Sofala e Tete têm muito fundo ainda por entregar às comunidades. (Ver a tabela 3). As províncias de Gaza e Niassa são as que transferiram menos dinheiro às comunidades tendo a província de Gaza transferido 159.000,00 meticais e Niassa transferido 745.865 meticais. A província da Zambézia é tida como a que menos fundo das comunidades tem nos seus cofres, tendo transferido quase todos os fundos das comunidades beneficiárias. Na província de Gaza, o processo de canalização dos valores dos 20% está parado desde princípios de 2009 embora a emissão das licenças e a exploração dos recursos florestais 39 estejam a ocorrer nas comunidades. Practicamente nos últimos três anos não efectuou canalização dos 20%. Tabela 2. Ponto de situação da canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e 2005-2011 Valor entregue (Mt), 2011 Valor entregue (Mt), receberam, 2011 Nº Comunidades que receberam 2005-2011 Nº Comunidades que organizadas, 2011 Nº Comunidades organizadas, 2005-2011 Comunidades Nº beneficiárias N.º Comunidades Província faunística (MCRN), 2005 – 2011 Maputo 43 41 0 28 28 1.074.121 1.074.121 Gaza 97 59 12 47 0 0 159.000 Inhambane 132 88 20 55 38 613662 4.655.527 Sofala 92 22 0 43 SI SI 20.729.662 Manica 98 75 13 75 20 808.859 7.289.686 Tete 55 69 0 69 39 4.635.438 15.877.115 Zambézia 118 125 0 127 0 411.239 28.088.052 Nampula 168 321 0 321 47 874.623 7.970.191 C. Delgado 215 72 0 72 0 4.361.927 17.319.145 Niassa 71 24 0 24 0 0 745.865 Total 1.089 896 45 861 172 12.779.869 103.908.364 Fonte: DNTF, 2012. Legenda: SI- Sem informação Há comunidades com direito a receber os 20% das taxas de exploração que ainda não receberam os seus valores correspondentes. Esta situação está aliada a factores organizacionais, ligados a falta dos CGRN, a não abertura das contas bancárias, falta de assinantes, falta de motivação dos beneficiários devido aos valores inferiores, etc. 40 Tabela: 3. Valor total transferido e não transferido às comunidades em cada província 35.000.000,00 30.000.000,00 25.000.000,00 Valor total dos 20% 20.000.000,00 15.000.000,00 Valor dos 20% entrgue ás comunidades 10.000.000,00 5.000.000,00 Niassa Nampula C. Delgad Tete Zambézia Sofala Manica Inhambane Maputo Gaza - Fonte: DNTF - 2010 Segundo o nº 2 do artigo 2, do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio, cada comunidade local beneficiária dos vinte por cento será representada por um comité de gestão, constituído por um número não inferior a dez membros entre homens e mulheres, que deverão registar, junto da administração do distrito ou posto administrativo, os seus nomes, idade, número e tipo de documento de identificação e respectivo cargo. Da análise feita da documentação disponível e das informações obtidas durante as entrevistas, é de notar que há três formatos de organização das comunidades para a canalização dos fundos nomeadamente: (i) Comités de Gestão dos Recursos Naturais; (ii) Conselhos de Gestão dos Recursos Naturais e (iii) Comités ou grupo de Gestão dos 20% da exploração florestal. Por exemplo nas províncias da Zambézia e Cabo Delgado os valores dos 20%, para às comunidades beneficiárias são transferidos para às contas dos CGRN e Conselho de Gestão dos Recursos Naturais sendo estes muitos casos intermediários para comités sem contas bancárias e comunidades sem comités criados, como é o caso do Comité de Gestão de Recursos Naturais de Namajavira, em Mocuda, província da Zambézia que, recebeu em 2009, na sua conta bancária do BIM, 229.988,00 meticais para fazer chegar a mais 5 comunidades que não têm CGRN criados ou não têm contas bancárias ou não reúne ambos requisitos. 41 Na província de Cabo Delgado a comunidade de Katapua recebeu na sua conta bancárias um valor de 1.064.620,00 meticais, para distribuir a 21 comunidades beneficiárias dos distritos de Chiúre e de Ancabe conforme se pode observar na foto 1 e 2. Foi constatado durante a visita que esta situação criou muitos e sérios problemas `as comunidades de Namania, Micolene e Milapane as que até ao momento da realização do presente estudo não tinham recebido os fundos dos 20% apesar de estarem na lista da nota da DPA/SPFFB do dia 24 de Fevereiro de 2009, indicando que os fundos já foram transferidos para a conta do CGRN de Katapua. Os membros dessas 3 comunidades referiram-se durante as entrevistas para o presente trabalho que o caso já foi apresentado aos Senhores Governador da província, Administrador e Director de SDAE do distrito de Chiúre durante as suas visitas de trabalho aquelas comunidades mas ainda nada foi feito. Entretanto acreditam que o dinheiro deles foi usado indevidamente por pessoas ligadas a administração do Estado conforme afirmaram alguns membros: “ Depositaram o dinheiro das comunidades na mesma conta e chamaram alguns membros do CGRN para ir a Sede do distrito levantar numa cerimónia pública. O nosso dinheiro foi levantado pelo Chefe do Posto de Chiúre Velho que foi transferido e quando chegou aqui não nos disse nada....e só no momento da sua transferência do Posto ele entregou- me este documento e disse: este é o documento sobre o vosso dinheiro...” (homem, chefe da Localidade de Micolene, distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, 2011). “Nós ainda não recebemos,...mas fomos informados pelo chefe do posto de Chiúre Velho transferido que tínhamos dinheiro dos 20% por levantar. Estamos a espera desde 2010..”. Homem, Líder comunitário de Milapane, disstrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, 2011) “Nós ainda não recebemos e até a administração de Chiúre sabe disso...e a população daqui de Namania está a reclamar muito,...fomos consultar ao SDAE de Chiúre e até chegamos ao Chefe do Posto de Chiúre Sede e nos disse para elaborarmos propostas de projectos para serem financiados...” (Homens, Líderes comunitários de Namina, distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, 2011). 42 Fotos 3 e 4, . A direita e a esquerda ilustram a carta e a respectiva lista das comunidades beneficiárias cujo fundo foi transferido para a conta bancária do CGRN de Katapua, distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado. Na província da Zambézia, Nampula, nos primeiros anos do processo da implementação do Diploma Ministerial, alguns valores dos 20% foram transferidos para as contas das Administrações Distritais como via para chegarem as comunidades beneficiárias. Esta situação criou sérios problemas sendo alguns por resolver com vista a repor os fundos utilizados por pessoas fora da comunidade. No entanto este procedimento ainda continua actualmente como se pode confirmar pela foto 3. 43 Foto 5:. Nota de transferência dos fundos para as contas das Administrações dos distritos e SDAE em 2011. É de salientar que a transferência de fundos para as comunidades ocorre também através de contas das outras comunidades. O Comité de Gestão de Recursos Naturais de Chipembere em Changara e de Cachenga no distrito de Moatize, província de Tete, vão receber nas suas contas bancárias 117.750,00 e 261.250,00 meticais respectivamente para fazer chegar a mais 3 comunidades que não têm contas bancárias. (fonte: Proposta de distribuição dos fundos de 20% para as comunidades referentes ao ano 2010 – DPA/SPFFB -Tete) 44 Na província de Sofala as comunidades estão organizadas em Comités de Gestão dos Recursos Naturais e Associações através dos quais os valores dos 20% são transferidos via contas bancárias. Na província de Manica os dados da Direcção Provincial de Turismo indicam que das áreas de conservação, entre 2006 e 2009, 9 comunidades receberam 928.365,62 meticais nos distritos de Guro, Machaze, Macossa e Tambara. Entretanto, devido aos baixos valores envolvidos e irregularidade de operadores no regime de exploração em licenças simples a abordagem dos SPFFB tem sido de acumulação dos valores por dois ou três anos para por um lado assegurar o valor mínimo necessário para abertura de contas bancárias e por outro assegurar a transferência de valores que permitam a realização de acções de impacto nas comunidades. Contundo, a transferência dos fundos dos 20% não obedece o estabelecido no nº 2 do artigo 4 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Normalmente a transferência ocorre anualmente. Neste contexto, em quase todos os locais visitados os comunidades locais e seus representantes manifestaram o seu sentimento de apreensão em relação às·transferências em atraso dos 20%, tal como foi referido pelos nossos entrevistados: “Nós estamos a preparar os processos para transferirmos fundos referentes aos anos, 2009, 2010 e 2011”. (homem, técnicos dos SPFFB, Nampula). “A província de Manica está em tramitação o processo para a transferência de valores referentes ao ano 2010 e 2011”. (mulher, chefe dos SPFFB, 2012). “Na província de Gaza a ultima canalização foi nos princípios de 2009 e até este momento não está ainda a ser efectuada a canalização dos 20% as comunidades, o assunto está sendo tratado” (homem, tecnico dos SPFFB – Gaza) “Sim, nós recebemos o dinheiro dos 20% aqui na povoação de Banga” (homem, membro da comunidade de Banga – Massingir – Gaza) A exploração em regime de concessão e corte de madeira são as que contribuem com maior valores dos 20%, como é o caso das províncias de Sofala, Zambézia, Cabo Delgado e 45 Nampula. Enquanto, que a exploração dos recursos em regime simples, particularmente para o corte e produção de estacas, carvão, lenha, etc., contribuem com valores menores para as comunidades. O diagrama a abaixo indicado ilustra as áreas de utilização dos recursos consagradas para a canalização dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos: Comunidades com direito dos 20% Comunidades dentro das áreas de exploracao comercial Comunidades dentros das áreas protegidas Concessões Florestais Parques Nacionais Licenças simples Reservas Nacionais Zonas de MCRN Coutadas oficiais Zonas de eco-turismo Reservas florestais Fazendas do Bravio Fonte : DNTF, 2011. Até 2011 foram canalizados 103.908.364 meticais para 861 comunidades beneficiárias em todo o país desde a aprovação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Foram identificadas 1089 comunidades com direito de se beneficiar dos 20%. As províncias de Cabo Delgado, Nampula, Tete e Sofala são as que mais fundos transferiram para as comunidades, enquanto que as províncias de Gaza e Niassa são as que transferiram menos. No entanto há ainda valores elevados a serem entregues às comunidades com destaque para Sofala e Tete. O processo de transferência é efectuado quer através das contas bancárias das Administrações dos distritos, SDAE quer através das contas das comunidades locais directa e indirectamente. 46 3.1.4. Comunicação sobre a Transferência dos 20% aos beneficiários O número dois do artigo 4 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio diz que a entidade licenciadora deverá proceder à transferência trimestral das receitas consignadas para as contas das comunidades beneficiárias acompanhadas das informações sobre a origem das referidas receitas, informando do facto as próprias comunidades e a administração do distrito. Nas províncias de Gaza, Inhambane, Niassa, Tete, Manica, Maputo e Sofala a comunicação sobre a transferência às comunidades é feita da seguinte forma: A DPA/SPFFB comunica por escrito aos Governos Distritais e SDAE, através de uma nota de transferencia dos fundos dos 20%. Nestas províncias, mais de 94% das comunidades visitadas os líderes locais e membros dos comités disseram ter havido reuniões lideradas pelos Administradores Distritais ou dos seus representantes, SDAEs, DPAs/SPFFB com a participação dos membros das comunidades beneficiárias nas primeiras comunicações de transferência dos fundos acompanhadas de cerimónias públicas de entrega. A seguir é apresentado um exemplo da nota de comunicação sobre a transferência de fundos na província de Sofala à Associação Mucani Canda: Foto 6 Nota de comunicação sobre a transferência. Fonte: SPFFB, Sofala, 2012. Na Zambézia, para dar a conhecer as comunidades beneficiárias, a DPA/SPFFB comunica por escrito aos Governos Distritais, através de uma nota de termo de entrega ao CGRN ou Conselho de Gestão dos Recurso Naturais, cabendo aos Órgãos Locais do Estado fazer chegar esta informação aos comités e/ou conselho. Também, em 80% das comunidades visitadas os 47 líderes dos comités e Chefes das Localidades confirmaram ter havido reuniões publicas para dar a conhecer a recepção dos 20%.. No entanto, em todas as entrevistas onde houve presença dos membros das comunidades que não fazem parte dos CGRN, estas disseram não terem conhecimento dos valores recebidos. É prática corrente a maioria dos assinantes com ou sem informação da transferência dos valores, se deslocarem aos bancos e pedirem saldos como forma de verificar se na conta bancária teria sido depositado algum valor dos 20%. Por exemplo, os membros do CGRN e assinantes da conta da comunidade de Nanhupu no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, viajaram mais de três vezes à sede do Distrito para verificar se tinham dinheiro na conta ou não. Entretanto estão em divida com os pequenos comerciantes locais porque tiveram que pedir empréstimo dinheiro para custear as despesas das deslocações, esperando que iriam devolver logo que tivessem o dinheiro dos 20% depositados na sua conta bancária, mas infelizmente ainda não aconteceu, só receberam os fundos dos 20% uma vez em 2008. Eles manifestaram a sua preocupação da seguinte maneira: “Nós temos dívidas aqui na comunidade, porque pedimos emprestado dinheiro e não sabemos como vamos pagar se a agricultura não depositar o nosso dinheiro...já abrimos a conta há bastante tempo e corremos risco de fecharem” (homem, membro do CGRN, comunidade de Nanhupu, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, 2011). Na comunidade de Kwachy no distrito de Matutuine, província de Maputo foram canalizados cerca de 19,838.00, mas a comunidade nunca foi levantar o valor. Um dos entrevistados afirmou da seguinte maneira: “sabemos que temos 11.120.00 meticais, recebemos o papel com o homem do SDAE e fomos saber o saldo no banco em 2008 a gora vamos ver”. (homem, CGRN-Kwachy, distrito de Matutuine, província de Maputo). Na província de Nampula, quando os SPFFB efectuam as transferências para as contas das comunidades, estes primeiro enviam às ONGs que assistem as comunidades a lista contendo o nome da comunidade, o valor canalizado e em seguida enviam uma carta para os SDAE a comunicar sobre a transferência. Entretanto no início do processo a entrega do valor dos 20% era feita por via de cheques bancários do SDAE, passado em nome de um dos membros da comunidade para proceder o levantamento, em outras comunidades o valor foi entregue em numerário as comunidades por vezes sem nenhuma declaração para as comunidades assinarem o que criou alguma desconfiança por parte das comunidades sobre o real valor 48 recebido. Por exemplo um dos nossos entrevistados disse: “o Administrador do distrito trouxe o dinheiro aqui com os homens da agricultura mas não sabemos se o nosso valor era de facto ou não 26.000,00 meticais porque não nos deram a cópia do cheque ou nenhum papel para assinarmos ” (Presidente do GCRN, comunidade de Namede, distrito de Muecate, província de Nampula 2012). Entretanto, há comunidades que receberam os seus justificativos, conforme um dos membros da comunidade de Nacamo disse: “Em 2007, recebemos o nosso dinheiro via transferência bancária e respectivo comprovativo de depósito, no ano de 2008 recebemos um cheque passado pelo SDAE e em 2009 recebemos via transferência bancária e sempre tivemos um justificativo em que assinávamos os três assinantes de conta”. (homem, Presidente do CGRN, comunidade de Nacamo, distrito de Meconta, província de Nampula, 2012). O processo de canalização dos 20% implementado na província de Nampula no ano de 2008 não era viável pois não beneficiava as comunidades “nessa altura nos não tínhamos nenhum envolvimento no processo e as comunidades não receberam aquele valor, porque este modelo não permitia que as comunidades fossem prioritárias no processo” (Homem, Oficial de Programa, ORAM-Nampula). Apesar, do nº 2, do artigo 4 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio referir-se da necessidade de dar informações sobre a transferência e origem das referidas receitas às próprias comunidades e a administração do distrito, ainda o sistema de comunicação às comunidades é deficiente conforme foi claramente constatado na maioria das comunidades visitadas onde a informação sobre os 20% está focalizada para os líderes comunitários e membros dos CGRN. Esta situação tem consequências negativas na planificação dos projectos comunitários e respectiva gestão de fundos. 49 3.1.5. Documentação & Arquivos Comprovativos do Processo de Canalização dos 20% Em geral, em todas as províncias visitadas existe a documentação comprovativa sobre o processo de canalização dos 20% de acordo com o estipulado no artigo 4 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Particularmente, os SPFFB possuem um arquivo (pastas) contendo informação sobre a dedução dos 20%, cartas de transferência, comités formados, conta bancária entre outros, assim como informação digitalizada que pode ser consultada junto aos técnicos de MCRN. Alguns SDAE contactados possuem informação sobre licenciamento proveniente dos SPFFB e algumas cartas de comunicação de transferência para as comunidades do distrito que já beneficiaram. A maioria desta informação não está disponível para consulta. Mais de 87% das comunidades inquiridas não possuem os documentos sobre os 20%, por isso muitos membros presentes nos encontros não sabiam o valor recebido, saldo e o seu ponto de situação. Nestas comunidades, os inquiridos afirmaram não ter alguma documentação, ou afirmaram terem as listas dos membros dos comités e outra documentação mas que não se encontravam na sua posse. Outros membros afirmaram o seguinte: “ficou com o técnico da agricultura...” (homem, membro da comunidade homem, província de Niassa). A ausência de documentação comprovativa da transferência ou outro tipo de arquivo sobre a utilização dos fundos e o ponto de situação da implementação dos projectos a nível dos CGRN, das autoridades comunitárias e responsáveis pela gestão dos fundos cria uma desconfiança a nível das comunidades locais sobre a utilização dos fundos e muitas vezes resulta em conflitos e mau relacionamento entre as partes envolvidas. Por exemplo a comunidade de Nacaca, distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado o régulo não se comunica com os membros do CGRN, tal como afirmou um dos membros do CGRN durante o encontro com os consultores do presente trabalho: “Não podemos falar mais com o régulo porque temos recebido ameaças..., ele é que levou o dinheiro para fazer a represa da comunidade que não chegou a funcionar...a comunidade está exigir contas mas nem ele e nem os antigos membros do CGRN apresentam justificativos...”. (homem, líder comunitário, comunidade de Nacaca, distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, 2011). 50 “ Nos não temos nada de papéis aqui connosco, todos os documentos que assinamos foram com os técnicos da Agricultura do distrito que nos ajudaram a formar o Concelho de Desenvolvimento Florestal de Lenha” (mulher, membro do comité de Banze, distrito de Manjacaze, província de Gaza) Contudo, há CGRN que tem todo o registo sobre os 20% tal como foi constatado nalgumas comunidades das províncias visitadas. A foto 7. Ilustra o registo do CGRN, reportando todos os detalhes sobre a utilização dos 20%, (descrição das despesas e valores gastos incluindo as respectivas datas). Foto 7 : Notas de registo dos 20% da comunidade de Nanhupu, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado. Outro exemplo refere-se às comunidades de Mepuera no distrito de Metarica e comunidade de Muiterere no distrito de Cuamba ambas na província de Niassa, que possuem documentação dos SPFFB sobre comunicação (prova por escrito) da transferência dos 20% e do Banco (talões e números de conta bancárias. Particularmente a comunidade de Muitetere possui também um caderno de registo da aplicação dos 20% (moageira, créditos,) e sobre capacitação efectuada pela UCA/ SPFFB sobre associativismo e planificação. Também as comunidade de Nicaro e Meco ambas do distrito de Meconta, província de Nampula, Pindanyanga, Muda Sul, Mucorozi e Mutocoma no distrito de Gondola, província de Manica e comunidades de Zulo e Massingir, província de Gaza, possuem registos da aplicação dos 51 20%, desde o pagamento de deslocações dos membros a província até a aplicação final do dinheiro nos projectos escolhidos. Fotos 8 e 9 -: A esquerda e direita ilustram os arquivos dos CGRN de Miutetee e de Mepuera, no distrito de Cuamba e Metarica na província de Niassa, respectivamente. Foto 10 : Lista dos beneficiário de micro-credito, comunidade de Mutocoma, distrito de Gondola, província de Manica, 2012. Existe pouca documentação e arquivos a nível do distrito e das comunidades locais devido a falta de prática, conhecimento e exigência sobre prestação de contas, de gestão transparente de gestão dos bens públicos, e a falta de monitoria na implementação do processo de canalização dos 20%. Esta situação cria muitas vezes desconfiança nas comunidades locais em relação aos gestores de fundos e até origina conflitos entre os intervenientes. 52 3.2. A planificação e utilização dos 20%, assim como a implementação de projectos financiados pelos referidos fundos Em mais de 97% das comunidades visitadas, a planificação da utilização de fundos dos 20% é feita pelos membros dos CGRN, em colaboração com os líderes locais. Normalmente participam nos encontros de planificação mais homens que mulheres. Este grupo social faz uma lista das necessidades que acha importante para a comunidade e depois a lista é anunciada numa reunião pública com a comunidade. A comunidade apenas faz a priorização das necessidades alistadas tendo em conta o montante do dinheiro recebido e a esperança de vir a receber mais num futuro próximo. Estas situações foram sistematicamente confirmadas ao longo das entrevistas nas comunidades tendo alguns entrevistados afirmado o seguinte: “ouvi que receberam oito mil meticais mas não avisaram o que fizeram, quando perguntamos dizem que existe 3 mil meticais guardados no tesoureiro e 5 mil organizaram visita da governadora, desde 2008 até hoje não sabemos de nada”. (mulher, membro da comunidade Hindane, distrito de Matutuine, província de Maputo) “Nós membros do CGRN vamos receber o dinheiro na Sede do distrito, numa cerimónia liderada pelo Sr. Administrador e viemos aqui, sentamos entre nós e decidimos dividir o dinheiro para os membros do CGRN fazerem negócios de geração de rendimento, por exemplo abrir barracas. Mas, quando fomos apresentar a nossa proposta a comunidade não aceitou e tivemos que recolher o dinheiro que havíamos entregue aos membros do comité...(homens, comunidade Meculane, distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado). Na, comunidade de Mecuinica na província de Niassa, o CGRN, reuniu apenas as lideranças e membros dos comités e repartiram o valor por igual, posto isto, cada comité retomou a sua aldeia onde reuniu-se e planificou a aplicação do fundo. Em Inriba-Namagoa, no distrito de Mocuba, província da Zambézia a moageira da comunidade foi instalada na casa da Rainha e a sua gestão está sob responsabilidade do marido conforme ilustra a foto 8. 53 Foto 11 :. Moageira comprada com os 20%, instalada na casa da Rainha – Inriba-Mocuba, província da Zambézia. Em mais de 97% das comunidades visitadas os planos sobre a utilização dos 20% são feitos de forma “Ad- Hoc”, sem nenhuma base fundamentada. Em alguns casos os planos são feitos depois do valor chegar na comunidade e noutros casos, o plano é apresentado ao Chefe do Posto ou Localidade para a sua validação como um dos requisitos para o levantamento do valor. Muitas vezes os planos não condizem com o que realmente é aplicado nas comunidades, notando-se com frequência o desvio de aplicação dos fundos da comunidade. Na maioria dos casos esta situação deve-se a influência das autoridades locais e tradicionais e alguns membros dos CGRN na tomada decisão sobre o uso do valor e a falta de formação sobre a planificação e contabilidade. Entretanto, existem comunidades onde o processo de entrega dos 20% já tem uma recomendação por parte do governo para ser aplicado na construção de salas de aulas, ou cobertura das mesmas. A planificação e utilização de fundos para os projectos sociais é justificada pelas comunidades visitadas como sendo a forma de resposta comunitária face as dificuldades que governo apresenta em relação à satisfação das necessidades da população local tendo os entrevistados afirmado: 54 “nós estamos cansados de assistirmos os nossos filhos a estudar em condições precárias de ensino e aprendizagem,.. (homem, comunidade de Maputo Familiar, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado). “...Em todos os anos nós temos que cobrir as escolas com capim para os nossos filhos estudarem, o governo não faz nada, por isso quando recebemos o nosso dinheiro pensamos em beneficiar toda a comunidade através da escola para os nossos filhos” (homem, comunidade de Nicarro, província de Nampula. Em Inhambane, um dos entrevistados disse: “Passou ciclone aqui que destruiu as salas de aula na escola local e as crianças estudavam ao relento esperamos o governo não veio arranjar, dai que quando chegou o valor preferimos cobrir a escola,...(homem, membro do CGRN da comunidade de Cubimo, distrito de Guvuro, província de Inhamabane, 2011). Na província de Manica, nas comunidades visitadas, os CGRN afirmaram ter realizado encontros principalmente com participação dos dos chefes das localidades e líderes comunitários dos 1º, 2º e 3º escalões e secretários dos bairro, com presença de alguns membros das comunidades para a planificação. Nestes encontros foram discutidas e decidias as prioridades, sobretudo na área de infra-estruturas sociais e econômicas, actividades de geração de rendimentos muitas vezes sem ter em consideração o custo real da actividade a realizar. Embora alguns CGRN tenham tido algum tipo de formação, sobre obre associativismo, liderança e sobre planificação da aplicação dos fundos recebidos ou a receber, na pratica notase uma aplicação financeira desorganizada e despesas repetidas em dois ou três ano para mesma actividade. Por exemplo em Mutocoma e Mucorozi os fundos recebidos foram usados para créditos para pequenos negócios, aquisição de bicicletas, telefones celulares, lanternas dentre outros bens para presidente do CGRN e para o Chefe da Localidade. Um dos membros do CGRN presente no encontro com os consultores afirmou: “Compramos bicicletas e telefones para os membros do comitês e chefe da Localidade”... (homem, Presidente do CGRN de Mutocoma, distrito de Gondola, província de Manica, 2012). 55 Foto 12 : Caderno de anotações indicando o uso indevido para fins pessoais na comunidade de Mutocoma, distrito de Gondola, província de Manica, 2012. No último parágrafo diz que o Sr. Chicopa recebeu o valor e comeu sozinho. Existe o uso indevido dos fundos dos 20% segundo foi afirmado pelos entrevistados durante o presente trabalho: “Os CGRN de Chiedera, Nhampoca e Mucombezi compraram motas para os régulos com os valores dos 20%”. (homem, SDAE de Nhamatanda, província de Sofala, 2012). “Agora estamos a mudar os membros do Comité/Associação em Juchenge, distrito de Gorongosa, província de Sofala, que comeram dinheiro, pois comer deve ser vez-vez” (homem, líder do 3º escalão, da comunidade de Juchenge, distrito de Gorongosa, província de Sofala, 2012). “O régulo da comunidade de Maneto no distrito de Marinhue, veio a cidade da Beira com mais três pessoas levantaram dinheiro e compraram roupa e outros bens...” (mulher, ORAM, província de Sofala, 2012) 56 Foto 13 : Escola construída com parte dos 20% - Comunidade de Nhambita, distrito de Gorongosa, província de Sofala (comparticipação da comunidade), 2012. Mais de 72% dos projectos planificados nas comunidades visitadas não tiveram sucesso. Foi apontada como causa principal desta situação a má planificação aliada a falta de capacidades na implementação dos projetos particularmente sociais e econômicos. Também em algumas comunidades visitadas os membros entrevistados lamentaram pelo fato do dinheiro recebido não ser suficiente para os projectos planificados, tendo afirmado o seguinte: “Queremos 3 furos de água o dinheiro não chega em vez do dinheiro ficar parado fizemos empréstimos aos comerciantes locais que pagam juros mensais...” (homem, membro do CGRN de Corane, na província de Nampula, 2012). Um dos membros da comunidade de Nicarro afirmou: “Abrimos uma machamba associativa para o plantio de gergelim mas a chuva não caiu e perdemos tudo...” (homem, membro do CGRN de Nicarro, distrito de Meconta, província de Nampula, 2012). Os anexos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 ilustram os projetos visitados em cada província e o seu respectivo ponto de situação. Entretanto, em algumas comunidades visitadas existe a percepção segundo a qual os membros dos CGRN em colaboração com os líderes locais, chefes das aldeias, localidade estão se aproveitar do fraco conhecimento da comunidade sobre a canalização dos 20% das taxas para benefícios próprios. Isto é: usam duas ou mais fontes financeiras para justificar a implementação dos mesmos projectos. Essa situação foi referida nos encontros com as 57 comunidades tendo manifestado a sua insatisfação da seguinte forma: “...o povo não tem conhecimento destes 20%. A verdade é que nós o povo fizemos a contribuição para abertura duma fonte de água,... agora estão a dizer que abriram o furo de água com dinheiro dos 20%. Então onde está o nosso dinheiro que contribuímos?...”(homem, membro da comunidade de Naquali, distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado). “O régulo não informou o que foi feito com o dinheiro recebido, nós não sabemos nada e queremos aproveitar hoje nesta reunião para pedir esclarecimento do nosso dinheiro” (homem, membro da comunidade de Banga, distrito de Massingir, província de Gaza). “Nós não sabemos o dinheiro que chegou no banco mas fomos levantar 50.000,00 meticais para comparar chapas para escolas e para construção da sala de reuniões da comunidade” (homem, membro do comité da comunidade de Zulo, distrito de Massingir, província de Gaza). A planificação dos projetos é realizada fundamentalmente pelos membros dos CGRN e líderes comunitários. Sendo fraco o envolvimento dos membros das comunidades locais beneficiárias. As mulheres são o grupo social que menos participam no processo de planificação devido a sua fraca presença nos CGRN e nos cargos de decisão. O maior volume dos fundos recebidos é utilizado para a construção de infra-estruturas sociais tais como escolas, postos de socorro, casa-mãe-espera e fontes de água. Uma parte significativa dos fundos é utilizada para a implementação de projetos de geração de rendimento e sendo muito poucos os valores utilizados para projectos de conservação ambiental. Ademais, existe também o uso dos fundos dos 20% para benefícios próprios por parte de alguns membros dos CGRN, líderes comunitários e representantes locais do Estado. Isto ocorre por falta da assistência e fraca capacitação às comunidades beneficiárias na planificação e gestão dos fundos. 58 3.3. A participação e o papel da mulher nas comunidades em todo o processo de canalização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística A participação das mulheres, na canalização dos 20% das taxas de exploração é extremamente reduzida comparativamente com a participação dos homens. De facto é evidente a relação desigual de género nos CGRN e projectos implementados no âmbito da implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Em todos os comités de gestão de recursos naturais das comunidades visitados nas 10 províncias, 93% dos homens exercem funções de presidente, vice-presidente, secretário, fiscal e tesoureiro. As mulheres são na sua maioria membros e participantes passivos no processo de canalização dos 20%. Na província de Inhambane das nove comunidades visitadas, nenhum CGRN tem as mulheres no cargo de liderança. Todas as são simplesmente membros ou conselheiras. Na província de Niassa, as duas mulheres membros do comité de Muicuna no distrito de Cuamba presentes no encontro, afirmaram não trem sido envolvidas em nenhum encontro após a formação do comité, nem terem participado no processo de tomada de decisão sobre os projectos a realizar. Em Gaza embora a tesoureira seja uma mulher em Chilumbele B, quando o presidente do CGRN foi ao SDAE na sede do Distrito para procurar saber da conta bancária e respectivos valores, não a levou para lá e nem sequer foi comunicada sobre este trabalho. Na província de Nampula, dos 17 CGRN entrevistados, nenhum possui mulher como presidente. Apenas em dois CGRN de Nicarro no distrito de Meconta e Mahula no distrito de Mogovolas tem as mulheres na posição de tesoureira. Mas durante as entrevistas os membros presentes no encontro afirmaram o seguinte: “Estas mulheres são familiares dos líderes locais (régulo), o que faz com que as suas decisões sejam discutidas pelos homens do regulado...” (homem, membro do CGRN, comunidade de Nicarro, distrito de Meconta, província de Nampula, 2012). 59 Outro membro da comunidade de Nicarro, presente do encontro continuou afirmando o seguinte: “Mesmo a mulher sendo tesoureira o dinheiro não fica na posse dela,...pois fica na posse dos homens”. (homem, membro do CGRN, comunidade de Nicarro, distrito de Meconta, província de Nampula, 2012). No encontro realizado em Meicuinica no distrito de Metarica, as mulheres presentes no encontro revelaram não serem activas nas actividades florestais (controle de operadores e furtivos nas comunidades, participação em reuniões sobre controle de madeira, etc.) por serem de carácter dominante ou da responsabilidade dos homens. Esta situação está aliada a vários factores tais como: (i) Carga horária. De facto as mulheres rurais estão extremamente ocupadas com tarefas domésticas e de rendimento (agricultura, cuidar dos filhos e da família, procura de lenha, cozinhar, lavar, pilar), etc. (ii) A fraca utilização dos métodos participativos e instrumento de género e diversidade no processo de canalização dos 20% e no MCRN em geral; (iii) O nível de analfabetismo nas mulheres também foi apontado como um dos factores da fraca participação e exclusão das mulheres no processo de canalização dos 20% e, (iv) Os aspectos sócios culturais. De facto foi constatado ao longo do presente estudo que os mitos, as percepções e os estereótipos de género representam um obstáculo muito sério em relação a participação das mulheres nas actividades de canalização dos 20% e de MCRN em geral. Este factor contribui bastante na exclusão das mulheres nos cargos de direcção dos CGRN e de tomada de decisão no processo de acesso e controlo dos recursos naturais e em particular na canalização dos 20%. No geral, pelas características e papel que socialmente é atribuído às mulheres, estas não são consideradas aptas para desempenhar algumas tarefas nas actividades de desenvolvimento local, incluindo as tarefas de direcção dos grupos comunitários segundo foi referido por um dos membros de comité na província de Cabo Delgado: “Aqui, quando uma mulher é vista no CGRN é logo conotada como mulher de má vida....e são as próprias mulheres que dizem isso...” ( homem, comunidade de Nacololo, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado. 60 Outra afirmação foi referida na província de Nampula da seguinte forma: “As nossa mulheres não estudaram, não sabem escrever, nem ler, como vão ser chefes dos CGRN ?”. (homem, distrito de Meconta, província de Nampula, 2012). “Foram escolhidas mulheres para tesoureiras talvez porque elas sabem guardar dinheiro e tem medo de usar dinheiro de donos de qualquer maneira”. (Membros das comunidades de Banze e ChilumbeleB no distrito de Manjacaze - Gaza Na província de Maputo, nenhum dos 3 CGRN entrevistados tem a mulher como presidente. Apenas o CGRN de Pochane existe uma mulher como tesoureira e mesmo assim ela não é confiada a posse dos fundos. O presidente (homem) do GGRN é que de facto executa a função de gestão dos fundos dos 20%. Conforme se pode observar, os factores acima referidos contribuem bastante na exclusão das mulheres em participar nas reuniões sobre a utilização dos 20% e do MCRN em geral, nas negociações e debates durante as consultas públicas e consequentemente as decisões finais sobre o processo de desenvolvimento local podem não reflectir os seus interesses. Perante esta situação, foi por várias vezes realçada durante as entrevistas, particularmente pelas ONGs e instituições públicas e privadas a necessidade de revitalização dos CGRN pelo menos de 3 em 3 anos e dando sempre a oportunidade às mulheres serem necessariamente componentes dos comités e ocupando cargos de liderança. A participação das mulheres no processo de canalização dos 20% é extremamente reduzida. Apenas 7% dos 116 CGRN entrevistados possuem mulheres nos cargos de direcção. Na maioria dos CGRN as mulheres tem o papel de simples membro. Esta situação é devido aos fatores sócio-culturais (mitos, esteroritipos), a carga horária, nível de analfabetismo. Mesmo nos casos em que elas assumem função de responsabilidade nos CGRN são na sua maioria os homens que tomam a lideraça da função. 61 3.4. Impactos Segundo Adriana Werneck Regina (2010), define o impacto como sendo o efeito ou a alteração no meio social, econômico e ambiental devido a uma determinada acção ou actividade. Essas alterações podem ser grandes ou pequenas, negativas ou positivas. Neste sentido o objectivo do presente estudo é estudar os impactos sociais, econômicos e ambientais que significa avaliar os da utilização dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística pelas comunidades locais para uma melhor orientação e prevenção na aplicação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Assim, o sentimento geral de mais de 77% das comunidades entrevistadas é que os 20% ainda não deram o impacto efectivo na vida social e econômica das populações e no desenvolvimento local adequado e muito menos no lado ambiental. O mesmo sentimento também existe nos membros do CGRN, representantes das ONGs, das instituições públicas e operadores contactados durante o presente trabalho. Contudo, acredita-se que a canalização dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos teve alguns efeitos na organização comunitária e contribuiu para a motivação e consciencialização das comunidades locais de que são parte integrante da gestão sustentável dos recursos nos seus territórios. Pois, algumas comunidades visitadas afirmaram ser elas as donas dos recursos e sentem a obrigação de estarem ao lado do governo, desde das consultas comunitárias, planificação da utilização dos recursos naturais através dos CGRN, controlo de queimadas e até a sua participação na fiscalização dos utilizadores/opradores ilegais. Assim, antes da apresentação dos impactos, sociais, económicos e ambientais é importante que os leitores do presente relatório tenham o conhecimento de tipos de projectos e actividades que estão a ser implementados com os fundos dos 20% das taxas de exploração. A taleba a seguir faz o resumo dos projectos sociais, económicos e ambientais implementados em cada comunidade visitada durante o estudo. 62 Tabela 4. Resumo dos projectos implementados nas comunidades entrevistadas em cada província Província Distrito Comunida de Com. entrevi stadas Projectos Sociais Escola Metarica Niassa Cumba Montepue z Cabo Delgado Mepuera Mecuinica Muitetere Muicuna Nacololo 1. 2. 3. 4. 5. Ntele Nanhumpu Natulo Namoro Nicocué Maputo Familiar Nacoja 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Po st So cor ro Cas a Mà e esp era e Ido sa Esp era Font e de água Mesq Despor uita to: Campo futebol e equipa mento Projectos económicos Autori dades locais 4 CGR 5 N Moa geira Constr ução de merca dos Crédit o para negóci os de geraçã o de rendim ento Prod ução agríc ola Proje ctos ambie ntais Observa ção Fom ento pecu ário 4 São benefícios para os chefes das localidades, postos administrativos que inclui: compra de motorizadas, bicicletas, construção de casas, compra de cadeiras, mesas, etc. São benefícios para os membros do GGRN, que inclui, capacitação, construção de alpendres para as reuniões do CGRN, subsídios para os membros dos CGRN , deslocação para o banco e cerimónias para agradecer aos espíritos a recepção dos 20% . 5 63 Ancuabe Chiúre Nacaca Nanumi Naquali Juravo Milapani 13. 14. 15. 16. 17. Micolene 18. Matiquiti Katapua Meculane + Nanvinchi Namania 19. 20. 21. Namede 23. Gracio Napai Marcelino Coropa Massela Maiolela Quonela Mahula Mbuva Ussene 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. Não recebeu os fundos mas foi transferido para a conta do Conselho do GRN do distrito. Exite notificação da transferência pelos SPFFB. Não recebeu os fundos mas foi transferido para a conta do Conselho do GRN do distrito. Exite notificação da transferência pelos SPFFB. 22. Não recebeu os fundos mas foi transferido para a conta do Conselho do GRN do distrito. Existe notificação a transferência pelos SPFFB. Muecate Nampula Mogovola s Fundos ainda na posse do Chefe do Posto 64 Meconta Maganja da Costa Ile Zambézia Mocuba 6 Natite Japire Nicaro Meco Natira Nacoma Muedebo Ginama + Mulati+Ca nana+ Muitucula MocubelaSede Mucarrua Maneia Mucuna Namigonh a-Sede Morrua Mipiode +Muaquina –Patela+ Muria+ Namaquita +NigulaVelho+ Mersa 6 Minhote MugebaSede 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. Houve exploração madeireira. Actualmente existe exploração de carvão, mas nunca recebeu os 20% das taxas 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. Concessão florestal comunitária. Existe exploração florestal mas ainda não receberam os 20%. Representa as comunidades da Concessão Comunitária de Mocuba 65 Mopeia Moatize Tete Changara Mocuba Sede+ + Mucharo + Julião + Mpuanha + Tonduê Inriba Namagoa Namanjavi ra + Alto Benfica + Mucamura CampoSede + Zuze +Mungom a+ Chiramua + Mugurumb a CampoSede / Campo Raposo Monga Khokhwe Madamba Nhamajane la Chipember 51. 7 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. O Presidente do CGRN e o respectivo tesoureiro receberam dinheiro dos 20% e mudaram de residência para Cidade de Tete 7 O + significa que as comunidades foram representadas membros dos Comités e Conselhos de Gestão dos Recursos Naturais no momento da entrevista com os consultores 66 Gondola Manica Nhamatan da Sofala Gorongos a Marringue Inhassoro Guvuro Inhamban e Vilanculo s e Ntemagau + Canhomba + Chimoio + Doca Pindanyan ga Muda - Sul Mpumbuto -Mucorozi Mutocoma + Chissito + Madore +Mueziwa gara + Ingomai + Maparanha nga Mocombez i Nhambita Juchenge Canda Maneto Buchane Rumbatsat sa Cubimo Chigamane Querquer B Docolo Macumene 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. Ainda não foi usado. Os fundos estão guardados pelo tesoureiro 74. 75. 76. 77. 78. 67 Gaza Guija Manjacaz e Massingir Maputo Matutuine Ainda não tem conta bancária. Ainda não recebeu os 20%. O dinheiro ainda está nos cofres Estado na privíncia Muabsa MurureSede Mpelane Banze Chilumbel eB Zulo Banga Kwachy 79. 80. Ndane 87 Compra de produtos para a visita da Governadora Pochane 88 81 82 Nunca recebram os 20% 83 Nunca receberam os 20% 8 84 85 86 Dinheiro não foi levantado por achar pouco % 46 6 3 28 3 % 72% corresponde a projectos sociais 1 4 10 15 10 25 9 10 4 21% corresponde a 7% projectos correspond económicos ea projectos ambientais 8 Trabalho de campo condicionado a transitabilidade aos distritos de Matutuine, Magude, Massingir, Chicualacuala e Mabalane segundo planificado no documento sobre a metodologia do estudo. 8 68 3.4.1. Os impactos sociais nas comunidades beneficiárias dos 20% Segundo a tabela nº 4, mais de 72% dos fundos dos 20% das taxas nas comunidades visitadas são utilizados para projetos sociais. Dos projectos sociais apertados na tabela 46% são referente a construção de salas de aulas nas escolas locais, 28% são referente a fontes de água, 15% são referente a moageira e 10% são referente ao CGRN, 6% referente a construção de posto de socorro, 4% referente às autoridades administrativas locais, 3% referente a construção de mesquitas e casa mãe espera e idosa espera e 1% para atividades desportivas. Questionados sobre a razão da utilização dos 20%, para mais projectos sociais e em particular para a construção de infra-estruturas como por exemplo escola e fontes de água, quase 100% dos intervistados neste trabalho afirmaram que estão cansados de esperar que o governo construa e também não querem continuar a assistir o sofrimento dos seus filhos a estudar em baixo das árvores e as vezes sem ter aulas devido a chuva, sol, vento, etc. Foi neste sentido que alguns intrevistados afirmaram o seguinte: “Os nossos filhos estudavam em baixo do cajueiro e não havia uma boa concentração às aulas e afectava o aproveitamento pedagógico das crianças...” (homem, comunidade de Nacololo, província de Cabo Delgado). Outros entrevistados afirmaram: “Construímos escola, porque no dia que recebemos o dinheiro fomos informados que devíamos cada comunidade devia construir escola para o seu futuro,..” (homem, comunidade Maputo Familir, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado). Também, os fundos dos 20% são utilizados para tratar questões ligadas a movimentação da conta bancária, cerimómias da comunidade para agradecer os espíritos, compra de material para o registo da informação, construção de casas para chefes das Localidades, chefes das aldeias e alpendres para as reuniões e respectiva mobília para os encontros dos CGRN e comunidade em geral. As imagens a seguir ilustram alguns exemplos de projetos sociais implementados com os fundos dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos. 69 Fotos 14 e 15: A esquerda o furo de água na comunidade de Naquali, no distrito de Ancuabe, e a direita construção de 3 salas de aulas na escola EPC de Nacololo no distrito de Montepuez ambos projetos na província de Cabo Delgado. Nas comunidades agora com moageiras, as mulheres passaram ter mais tempo para outras actividades domesticas e ate para o devido descanso por terem unidades moageiras nas suas aldeias/povoacoes. “Aqui nós as mulheres somos deixadas pelos nossos maridos por ter passado dois dias fora de casa a procuarar moagem”. (Mulher, membro do comite em Nhambita, distrito de Gorongosa, Sofala) 70 Tabela 5. Impacto social Resultado da Impacto social positivo Impacto social negativo aplicação dos fundos dos 20%. • Criação dos CGRN As comunidades beneficiárias, ganharam uma nova forma de Conflitos entre os CGRN e autoridades comunitárias. oganização social para a gestão de um bem comum; • As comunidades ganharam uma nova forma de comunicação sobre a comunidade, olhando para a figura de CGRN entre o Estado e população local na gestão dos RN. • Particularmente os Régulos temem perder o poder como uma ameaça. Em alguns casos aumentou o relacionamento entre o CGRN e as autoridades locais administrativas e comunitárias. Particularmente os régulos sãos membros conselheiros dos CGRN. • Aumento do conhecimento sobre a gestão sustentável dos recursos naturais. Divulgação da • Maior prestígio social dos membros dos CGRN. • Maior conhecimento sobre a gestão sustentável dos recursos legislação florestal e naturais. fauníca incluindo o • Maior apropriação sobre os RN. DM 93/20005 • Maior controlo na utilização dos recursos naturais incluindo o surgimento dos fiscais comunitários em algumas comunidades beneficiárias. • As comunidades começam a exigir os seus direitos em relação a 71 partilha dos benefícios provenientes da exploração dos recursos naturais. Entrega de fundos dos • 20% às comunidades gestão dos recursos naturais para receber mais fundos para gestão dos fundos. implementar projectos para melhorar o estado da sua vida. • • de família duma zona para outra devido ao As comunidades começam a despertar atenção de participar na As comunidades participam na planificação de projectos imediatos e estratégicos para melhoramento da vida das famílias e para • Surgimento de conflitos devido a má Mudança de residência de membros seu envolvimento na má gestão dos fundos. o desenvolvimento local. • Surgimento expontâneo de capacidades locais para democratização e boa governação no processo de utilização do bem comum. Construção de salas de • salas de aulas e casas crianças. para os professores ou • aquisicao material de para uma melhor preparação das aulas e melhor transmissão da as criancas e professores construcao. informação no processo de ensino e aprendizagem. • Melhoria das condições de ensino e aprendizagem para as Dinheiro gasto para infraestruturas adequadas e douradoras. Algumas salas de aulas destroem-se em Melhoria das condições de acomodação para os professores menos de 2 – 3 anos ou nao garantem seguranca para Redução da carga de trabalho dos pais e encarregados de educação através da construção de infraestruturas mais sólidas e duradouras. • Aumento do prestígio social da população local por ter construído a sua propria escola e por ter dado melhores condições de 72 ensino e aprendizagem aos seus filhos. Fontes de água • Melhoria da qualidade da água para consumo para as famílias. • Melhoria das condições de higiene. • As mulheres particularmente ja nao percorrem longas distâncias à procura de água e tem mais tempo para cuidar dos filhos, da família e para outras actividades. Moageira processamento para de cere-iais • Melhoria das condições de processamento de cereais, rapidez e • Surgimento de conflitos pela má melhor higiene. gestão de fundos da moageira. • • As mulheres, particularmente têm mais tempo para cuidar dos Mais de 85% das moagens visitadas filhos e realizar outras actividades domésticas, porque as moageiras estão inoperacionais. estão nas suas aldeias ou próximas. • • Maior prestígio social da comunidade pela colocação da responsável pela gestão das moageiras para moageira com dinheiro deles (20%) e ter reduzido o sofrimento que as encontrar peças para a manutenção das famílias, particularmente às mulheres) tinham no processamento moagens. Aumento de preocupação do pessoal manual dos cereiais e também porque outras comunidades vizinhas utilizam as moageiras. Construção de Posto • de Socorro comunidade. responsável em relação à disponibilização do • pessoal Melhoria das condições de assistência sanitária a nível da Aumento do prestígio social. Até comunidades vizinhas são assistidas em alguns postos de socorro construídos. Construção casa mãe • • Aumento da preocupação do pessoal treinado para assistência medicamentos para primeiro socorro. Mulheres a realizam partos nas Unidades Sanitárias, 73 e espera • Melhoria da assistência pré natal às mulheres. • Redução de risco de mortalidade da mãe e filhos (as) durante o parto. Construção da casa • Aumento de prestígio social. • Melhor higiene e saúde para às idosas. • Maior relação e conhecimento com as instituições bancárias. • • Maior conhecimento das grandes cidades. serviços para a movimentação bancária. • Aumento de prestígio social. • • Pessoas da comunidade a prestar serviços para a movimentação falta de devolucao dos valores dados por idosa espera Abertura de contas bancárias bancária às comunidades. Surgimento de pessoas que prestam Endividamento local e conflitos por emprestimo. • Criar mau habito de pedir sem devolver, nao honrar os comprimissos Abertura de campo de • Jovens praticam desporto num espaço adequado. futebol e respectivo • Jovens com conhecimento sobre a modalidade. material • Maior prestígio social disponibilizado 74 3.4.2. Os impactos económicos nas comunidades beneficiárias dos 20% A tabela 4, ilustra que apenas 21% dos projectos implementados com fundos dos 20% das taxas de exploração florestal e faunística são referentes a actividades econômicas, nomeadamente: projectos de crédito para pequenos negócios, produção agrícola, e fomento pecuário. Os projectos de créditos para pequenos negócios, são caracterizados por, construção de pequenas banca/cantinas comerciais habilitados para vender diversos tipos de mercadorias e bens de utilidade local como por exemplo: insumos agrícolas, produtos alimentares, roupa, fabrico e venda de tijolos, moageiras 9 e outros. Os projectos de produção agrícola são caracterizados por abertura de machambas, na sua maioria colectivas e geridas pelos membros dos CGRN, compra de insumos agrícolas e respectiva comercialização. Os projectos de fomento pecuário são caracterizados por compra e venda ou distribuição de animais, na sua maioria caprinos, aos membros da comunidade beneficiária. As famílias beneficiárias entregam o mesmo número de animais que recebeu a outras famílias logo que há multiplicação dos mesmos. Em nenhum projecto de crédito visitado os beneficiários haviam devolvido o crédito, embora alguns tenham iniciado a devolução. Muitos beneficiários dos créditos receberam os fundos há mais de dois anos. Essa situação é agravada pelo facto dos membros dos CGRN não terem estabelecido previamente as normas de devolução. Mas também existe poucos casos de registo sobre o processo dificultando o seu acompanhamento. Para alguns entrevistados comparam o crédito dos 20% a do fundos das iniciativas locais (vulgo sete milhões). Outros acreditam que os 20% contribuíram para o melhoramento da vida das famílias como afirmou um dos entrevistados: “Os 20% estão a mudar a vida das famílias,... veja em 2007 antes de recebermos os fundos tínhamos aqui no Posto Administrativo de Katápua apenas 7 motorizadas, 3 geradores de energia elétrica e até para comprar sal, açúcar, sabão as pessoas tinham que viajar para Chiúre Sede. Mas agora já temos 300 motorizadas e 50 9 Estas moageiras são normalmente geridas por indivíduos que que beneficiaram do crédito. 75 geradores e cantinas (barracas locais). Estou muito satisfeito com os 20%. O nosso desafio hoje é trabalhar para que os beneficiários de crédito devolvam para dar oportunidades de negócio a outras pessoas na comunidade”. (homem, chefe do Posto Administrativo de Katápua, distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado). As imagens a seguir ilustram cantinas locais e comercialização de roupa no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado. Fotos 16 e 17: A esquerda o beneficiário em plena actividade de venda de roupa da segunda mão e a direita o beneficiário na sua cantina vendendo vários artigos e bens de uso local ambos da comunidade de Matiquiti, distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado. 76 Tabela 6. Impacto Económico Resultado da aplicação Impacto económico positivo Impacto econômico negativo dos fundos dos 20% Projectos de crédito para • Membros da comunidade com maior renda familiar. • pequenos negócios • Aumentou o prestígio social dos homens porque compram mais e beneficiários de crédito, porque não devolvem o valor Conflitos entre os membros do CGRN e os melhores capulanas para as suas esposas incluindo capulanas (de Tanzânia). recebido . • • Maior poder de compra nas famílias rurais (mais bicicletas, Surgimento de mau (mão) relacionamento motorizadas, cantinas comerciais, construção de melhores casas de entre membros do CGRN e comunidade porque há habitação). desconfiança que os membros da CGRN estão a • Melhoria da vida familiar. partilhar os fundos dos 20% pela posição passiva que • Maior prestígio social dentro das famílias e comunidades. apresentam na cobrança do crédito Projectos de produção • Membros da comunidade com maior renda familiar. agrícolas • Aumento de prestígio social. • Melhoria da dieta alimentar e menos gastos com a assistência medica Projectos de fomento • Aumento de prestígio social • pecuário • Particularmente a compra de gado bovino para tracção animal e beneficiários de crédito, porque não devolvem o Conflitos entre os membros do CGRN e os burros para o apoio no transporte dos produtos agrícolas melhorou a crédito e os animais de fomento. produção das comunidades e aumentou o excedente agrícola. • • Melhorou a renda familiar. membros do CGRN e comunidade porque há • Transporte dos membros das comunidades doentes para postos de desconfiança que os membros da CGRN estão a socorro ou de saúde usando tracção animal resultante do fomento. Surgimento de mão relacionamento entre partilhar os fundos dos 20% pela posição passiva que apresentam na cobrança do crédito. 77 3.4.3. Os impactos ambientais nas comunidades beneficiárias dos 20% Segundo a tabela 4, apenas 7% dos projectos implementados com fundos dos 20%, referem-se aos projectos ambientais. Estes são na sua maioria caracterizados por estabelecimento de viveiros e compra de mudas para o reflorestamento no âmbito da iniciativa presidencial: “Um Líder. Uma Floresta”. Esta situação resulta do fraco conhecimento sobre a implementação do diploma e na percepção de que o reflorestamento é a actividade fundamental para a conservação ambiental. Contudo existe também uma percepção generalizada de que a aplicação efectiva do artigo 101 do Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia referente ao repovoamento florestal e faunístico poderá contribuir para aumentar os impactos ambientais nas áreas de exploração. Nestas comunidades os entrevistados disseram que houve a redução da caça furtiva, redução das queimadas descontroladas, do abate ilegal de árvores, redução dos conflitos entre operadores e comunidades, apesar de não ter sido verificadas evidências no terreno. Existe maior prestígio social porque as comunidades responderam positivamente a solicitação da presidência. Entretanto, 30% das comunidades entrevistadas compraram bicicletas para os membros das comunidades, chefes dos postos administrativos, localidades, régulos, mas apenas de 7% de disseram comprar bicicletas, botas, lanternas e outro tipo de material para o trabalho dos fiscais comunitários. Foto 18 : viveiro de plantas nativas para reposição – Comunidades Muda-Sul, Distrito de Gondola, província de Manica 78 Apesar de terem sido canalizados 103.908.364,00 meticais, ainda existe o sentimento generalizado nas comunidades locais que os projectos implementados não tiveram grandes efeitos sobre a vida das famílias e da comunidade em geral. Entretanto, são apontados os projectos sociais como os únicos que de facto contribuíram até ao momento para a mudança da vida social nas comunidades, contribuindo na melhoria das condições de ensino e aprendizagem das crianças e de acomodação dos professores, na melhoria das condições sanitárias, maior acesso e facilidade a assistência materno infantil, melhoria do acesso à água para consumo e higiene e facilidade de processamento de cereais nas famílias, dando maior oportunidade as mulheres para outras tarefas e para o repouso. Embora com pouca relevância existe uma dinâmica de pequenos negócios envolvendo mais homens que mulheres resultado da facilidade de micro-crédito com os fundos dos 20%, permitindo assim o acesso a produtos básicos em zonas onde antes não existiam. Em relação ao impacto ambiental ainda são insignificantes as acções que concorrem para a preservação do meio ambiente, particularmente em relação a reposição dos recursos florestais como resultado da utilização dos fundos dos 20%. Esta situação é devido a falta de conhecimento, a falta de assistência e capacitação às comunidades, ausência de monitoria dos projectos e até a predominância dos interesses políticos a nível das comunidades. 79 4. Os constrangimentos, oportunidades encontrados ao longo do processo de implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e desafios Ao nível da DNTF e dos SPFFB Em relação a priorização do plano das actividades do sector de MCRN • O sector de MCRN é o que menos recursos humanos têm. Em quase todos os SPFFB visitados, as UPMCRN recebem menos recursos financeiros e materiais tornando o sector fragilizado. Apenas nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula e Zambézia, o sector tem um reforço institucional através do projecto APRONAF, referido na parte introdutória do presente relatório. • Todos os SPFFB, visitados manifestaram a sua preocupação em relação, a falta de fundos para o sector de MCRN agravado com a falta de priorização de alocação de fundos, tal como se pode constatar nas afirmações dos técnicos do sector: “Nós planificamos todos os anos actividades para a assistir os CGRN e para o MCNR, mas os fundos não são desembolsados...sempre dizem que não há dinheiro para essas actividades. Por exemplo este ano de 2011, nós só visitamos 3 comunidades em toda a província”. (homem, SPFF, Niassa). “Nos não temos visitado as comunidades com a devida regularidade por falta de recursos então não sabemos o que está acontecendo nas comunidades beneficiárias” (homens e mulheres, técnicos SPFFB) Em relação aos procedimentos para a operacionalização do Diploma Ministerial • Um constrangimento verificado na canalização dos 20%, e sistematicamente referido pelos actores envolvidos no processo durante o presente estudo foi a ausência de procedimentos orientadores para a implementação do Diploma n° 93/2005 de 4 de Maio. Pois, afirmam que o Diploma não é suficiente para operacionalizar o processo. 80 • Um outro factor considerado constrangimento foi a questão do conceito e definição de comunidades beneficiárias em relação as áreas de corte que tem resultado numa distribuição não equitativa do beneficio às comunidades de povoados vizinhos aos que receberam os 20% e que participaram nos encontros de consulta. Estas comunidades afirmaram ter sido excluídas do processo apesar de haver nas suas áreas corte de madeira. Por exemplo, a comunidade de Nicocué e Maputo Familiar, no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, diz estar a partilhar os 20% com mais 3 comunidades que na sua opinião aquelas comunidades não fazem parte da área de corte, Assim afirmou um dos nossos entrevistados: As comunidades de Cuanana, Tivira e Xipembe Sede, estão a receber os 20%, mas isso não devia acontecer..., a área de corte é só de duas comunidade e a consulta comunitária foi feita na nossa área... queremos que agricultura resolva essa questão.” (homem, distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado). Ao nível das Comunidades locais Em relação a organização, registro e abertura de contas bancárias • Devido ao carácter de comités formados (para responder a necessidades imediatas – transferência dos 20%) e do longo período sem actividades uma vez não existindo os 20%,) muitos dos comités formados não se encontram a funcionar, na maior parte dos casos apenas o corpo directivo tem se reunido por solicitação de uma instituição ou para atender visitantes interessados (equipa de consultores para o presente estudo, equipa de trabalho dos SPFFB ou da APRONAF nas 4 província de Norte como foi constatado. “Os comités estão a funcionar informalmente aqui no distrito, não existe um registo aqui na Administração”,(Homem, membro do Governo Distrital em Guija – Gaza -2012) • A questão de legitimidade e representação das comunidades locais constitui um obstáculo, pois muitas vezes os comités formados e régulos eximem-se do seu papel de representantes das comunidades locais, promovendo actos de “exclusão social, egoísmo, oportunismo, elitismo e monopólios nas comunidades”. Há uma tendência de alguns líderes comunitários, sobretudo régulos e alguns membros dos comités que ocupam os cargos de direcção, “ assumirem a liderança “ de todo o processo, 81 incluindo a tomada de decisão sobre a aplicação do fundo sem consultar as comunidades o que tem resultado em questionamentos e conflitos de interesse nas comunidades. • Existência de pessoas sem alguma documentação de identificação para a abertura de contas bancárias (BI e outros). Cerca de 90% das comunidades visitadas apresentaram a questão do BI e outro tipo de documentação como um constrangimento. Alguns casos, como por exemplo na comunidade de N´tele no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado teve que negociar com as comunidades vizinhas de Natulo e Chissano para ter pessoas com BI e que sabem escrever para assinar a sua conta bancária. Como, consequência desta negociação a comunidade de N’tele paga 750,00MTN para cada assinante da conta por cada vez que faz a movimentação. Esta situação está a criar mão relacionamento entre membros do CGNR e comunidade. Pois a comunidade local diz estar a perder muito dinheiro com o pagamento dos assinantes da conta. Um dos entrevistados afirmou o seguinte: “A comunidade já começou a murmurar, acha que nós os membros do CGNR estamos a comer dinheiro da comunidade com os assinantes da conta bancária”.(homem, comunidade de N’tele, Distrito de Montepuez, Província de Cabo Delgado). • Prevalece ainda a dificuldade de abertura de contas bancárias em nome das comunidades por não estarem formalmente legalizadas. Essa situação contribui para que muitas comunidades recebam o seu dinheiro através das contas bancárias dos Conselhos de Gestão dos Recursos Naturais criados a nível do distrito. • Em caso de morte ou mudança de residência de alguns assinantes sem nenhuma comunicação prévia as comunidades encontram dificuldades de ter informação sobre o número, localização de suas contas, saldos e se estas continuam funcionais. • Ausência ou fraca prestação de contas às comunidades e circulação da informação sobre o processo criando desconfiança entre os intervenientes. • Ausência de uma planificação integrada no contexto de desenvolvimento da comunidade/ posto/ distrito constitui uma das grandes fraquezas do processo e um dos 82 factores que contribui para o desvio da aplicação do valor “ distribuição pelos régulos, pagamento de deslocações e refeições dos assinantes de contas entre outros sem consulta e consenso dos outros membros dos comitês e das comunidades no geral. Em relação ao conhecimento sobre a implementação do Diploma Ministerial, n° 93/2005 de 4 de Maio • Ausência ou fraco conhecimento sobre o processo, incluindo procedimentos de canalização dos 20% das taxas de exploração dos recursos florestais e faunísticos. O fraco conhecimento está aliado a falta de transmissão da informação e divulgação efectiva do Diploma Ministerial em áreas com potencial de exploração florestal e faunístico. • Uso dos 20% das taxas de exploração para fins sociais imediatas e muito pouco para fins de conservação dos recursos naturais e projectos sustentáveis que garantem a multiplicação a longo prazo. Em relação a documentação e arquivos • Ausência de registro sobre as despesas feitas na utilização dos 20% das taxas de exploração a nível dos comitês. Em relação a utilização ilegal dos recursos florestais e faunísticos • A exploração não licenciada “ ilegal” de recursos florestais e faunísticos, (lenha e carvão, caca furtiva) constituem também um factor de conflito e desafio a nível das comunidades e para os SPFFB. Muitas vezes cria conflitos pois, as comunidades em alguns momentos não distinguem operadores legais dos não legais, reduzindo assim as oportunidades das comunidades a volta das áreas onde são explorados estes recursos, de se beneficiarem dos 20%. • Esta situação é agravada pela existência de membros da comunidade que colaboram com furtivos, exploradores ilegais, que em troca recebem dinheiro e ou bens em benefício de um grupo pequeno de indivíduos. 83 Em relação a exploração por licenças simples • Há prevalência do regime de exploração com licenças simples em detrimento de conceções florestais, com poucos volumes. Os operadores entrevistados afirmaram que no geral tem sido concedidos entre 150-300m3/ano o que leva a que os valores a deduzir das taxas de exploração, para as comunidades locais, sejam exíguos. Assim, há comunidades que receberam apenas uma vez os 20% das taxas de exploração florestal e faunística e até a altura da realização do presente estudo ainda não tinham recebido mais. Este factor poderá a longo prazo ser uma ameaça para a sustentabilidade e a comparticipação deste fundo no processo de desenvolvimento local. • Por outro lado, a redução ou ausência de operadores nas comunidades com potencial de recurso naturais devido a limitação do mercado e capacidade técnica dos mesmos poderá determinar a sustentabilidade e a comparticipação do fundo no processo de desenvolvimento local a longo prazo Em relação ao acompanhamento da implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio • Existe uma fraca monitoria do processo de canalização dos 20% havendo um reconhecimento geral por parte dos SPFFB, SDAEs e ONGs que a assistência às comunidades é limitada apenas às fases de criação de comités e aberturas de contas bancárias. Muito pouco se tem feito para apoiar as comunidades na capacitação, gestão e prestação de contas sobre a aplicação dos fundos e muito menos no acompanhamento durante a implementação dos projectos. 84 Tabela 7. Resumo dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. PONTOS FORTES PONTOS FRACOS • Existência do potencial florestal e faunístico; • Lentidão na transferência dos fundos às comunidades; • Surgimento de operadores em regime de concessões florestais que • Prevalência de exploração em regime de licenças simples com valores poderão assegurar a sustentabilidade do processo no país; exíguos; • Existência do valor no fundo comunitário; • Fraco domínio do diploma; • Existência de necessidades nas comunidades; • Falta de fluxo de informação sobre a canalização dos 20% a nível dos intervenientes; • Má aplicação e desvio dos fundos por parte das lideranças e responsáveis dos CGRN; • CGRN orientados apenas para os 20% e com fraca capacidade de gestão dos fundos; • Falta de fundos nas instituições (SPFFB, SDAEs e ONGs) para dar seguimento ao processo dos 20%; OPORTUNIDADES • • • Poucas ONG na província directamente envolvidas no processo dos 20%; • Fraca coordenação entre as instituições envolvidas no processo; • Deficiente acompanhamento junto às comunidades AMEAÇAS Elevada sensibilidade dos diversos sectores sobre os 20% e a • A“elitização do processo” pelas autoridades locais e tradicionais; necessidade de fortalecimento dos CGRN; • O enfoque do MCRN centralizado nos 20%; Existência de operadores dispostos a se envolver e apoiar as • Uso dos recursos florestais e faunísticos em grande escala por pessoas 85 comunidades e interessados nas espécies florestais nativas; • Uso das OCBs, Conselhos Consultivos nos distritos e postos residentes nas aldeias sem nenhuma licença; • naturais; administrativos para apoiar na gestão dos 20% e RN; • • Existência de ONG que poderão apoiar na mobilização de recursos • Floresta nativa pouco produtiva, com madeira com baixo valor comercial; necessários para formação, capacitação dos CGRN; • Perda de ecossistema habitual com a introdução de plantas exóticas em Existência de outras iniciativas tais como: O Fundo para iniciativas forma locais (os sete milhões) que podem ser usados para complementar as descontroladas e outras; necessidades das comunidades; • A colaboração dos membros do CGNR, na exploração ilegal dos recursos • mosaico florestal, agricultura itinerante, queimadas Elevados custos envolvidos para organização das comunidades e abertura de contas; Existência da APRONAF, particularmente nas províncias de Niassa, Nampula, Cabo Delgado e Zambézia. de • Conflitos nas comunidades resultantes da má gestão dos 20%; • Fraca participação das comunidades na gestão e conservação de recursos naturais; • Desmotivação das comunidades sobre o processo; • Ausência de mecanismos de registo controlo e licenciamento dos operadores de combustível lenhoso; • Fraca capacidade para realizar inventários florestais para determinar o real potencial para consulta comunitária, licenciamento e exploração dos recursos. 86 Foto 19 : A foto ilustra parte do cenário encontrado ao longo da estrada Pemba- Montepuez e Metorro Chiúre. Residentes fazem a produção e venda de carvão em grandes quantidades sem licença de exploração. 87 5. Considerações finais e proposta de acções concretas para a DNTF com vista a melhorar o processo de canalização e uso dos 20% das taxas de exploração dos recursos naturais Tendo em conta os constrangimentos acima referidos urge a necessidade de recomendar acções concretas e procedimento para uma maior operacionalização do processo de canalização dos 20% a médio e longo prazos. Ao nível da DNTF e dos SPFFB Reforço institucional O Ministério de Agricultura em particular a DNTF precisa de reforçar o sector de MCRN a nível central, provincial com recursos humanos, financeiros e materiais. Isto significa dar prioridade ao sector de MCRN na planificação institucional e disponibilizar de meios para assistir às comunidades locais na canalização dos 20% e no MCRN em geral. Estabelecimento de banco de dados Estabelecer um banco de dados que visa a uma organização sistemática e consistente de informação existente em cada província tendo em conta os seguintes aspectos: (i) Distritos, Postos Administrativos, Localidades abrangidos pelo processo de implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio; (ii) Empresas e tipo de licença de exploração dos recursos; (iii) Comunidades beneficiárias; (iv) Nome do CGRN e seus constituintes, incluindo a desagregação de dados por sexo; (v) Data da sua criação e registo a nível das autoridades locais segundo o art. 2 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio; (vi) Data da abertura da conta bancária e seu respectivo número segundo o art. 5 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e nomes dos assinantes da conta; (vii) Valor consignado para cada comunidade; (viii) Valor recebido de facto por cada comunidade; (ix) A forma como a comunidade utilizou os fundos; 88 (x) A organização que está facilitar a comunidade na implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio; Este banco de dados deve estar disponível para todos os intervenientes e permitir que a DNTF e outros actores façam o devido acompanhamento do processo e implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Também vai permitir aos SPFFB, conhecer de facto as comunidades, seus projectos e até as necessidades de assistência de cada CGRN e para uma melhor capacitação local e divulgação da informação sobre o processo a população. Reforço na coordenação institucional A DNTF e SPFFB devem realizar encontros sistemáticos de coordenação entre as instituições envolvidas no processo a nível nacional, provinciais e distritais para uma troca de experiências e apresentações de relatórios, e lições apreendidas com vista a melhorar a canalização dos 20% das taxas. Reforço nos mecanismos de descentralização e capacitação Reforçar os mecanismos de descentralização do processo de canalização dos 20% das taxas para o nível distrital através da capacitação de recursos humanos e disponibilização de recursos materiais e financeiros. A descentralização vai permitir que os SDAE estejam a acompanhar de perto o processo de canalização dos 20% e que estejam habilitados para resolver eventuais problemas que surgir no processo localmente e em tempo adequado. Realizar cursos de capacitação e participação e facilitação comunitária para a canalização dos 20% das taxas incluindo o MCRN como a estratégia para a sustentabilidade dos fundos recebidos pelas comunidades provenientes da exploração dos recursos naturais. Esta acção vai permitir que os técnicos do sector dos SPFFB e de MCRN tenham um entendimento comum sobre a implementação do diploma. Também vai permitir que os procedimentos sobre a implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio sejam adequadamente observados e interpretados duma forma harmonizada. 89 Reforço na sensibilização, divulgação e educação pública Fazer uma divulgação, sensibilização e educação contínua do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio aos diferentes actores em todos os níveis (central, provincial, distrital e local). Esta acção irá permitir uma harmonização de conceitos e procedimentos sobre a implementação do processo de canalização das taxas de exploração; uma consciencialização dos actores envolvidos particularmente as autoridades governamentais sobre o seu papel no processo. A divulgação, sensibilização e educação pode ser feita através de seminários de capacitação aos senhores. administradores distritais, chefes dos postos administrativos, chefes das localidades, técnicos dos SDAEs, fiscais de florestas e fauna Bravia, extensionistas, Organizações da sociedade civil. Deverá ser transmitida a informação correcta e adequada sobre o diploma e mecanismos de funcionamento às comunidades, seu papel no processo de canalização incluindo na planificação e utilização dos fundos e respectiva monitoria. Também deverá ser transmitida a informação sobre as autoridades locais podem assistir as comunidades beneficiárias a forma como podem usar outras oportunidades de desenvolvimento para melhor capitalizar os fundos dos 20% das taxas. Associada a divulgação, sensibilização e educação pública a DNTF, SPFFB, devem sistematizar os casos de estudo sobre o processo de canalização dos 20% para uma melhor aprendizagem e atualização dos procedimentos em cada momento e contexto de desenvolvimento. “Aqui no distrito precisamos urgentemente de capacitações para os membros do governo locais, dos lideres comunitários e até dos operadores e também reuniões periódicas de avaliação do processo”( mulher, Chefe do Posto Administrativo – Manjacaze, Gaza 2012). Testagem e desenvolvimento de modelos sobre a canalização dos 20% e MCRN em geral Capitalizar as iniciativas locais de participação comunitária tais como às Consultas Comunitárias como ponto de partida para a exploração florestal na linha do estabelecido no Regulamento e Anexo técnico da Lei de Terras e no Decreto 43/2010 de 20 de Outubro que reforça o papel do “ Administrador Distrital, ou seu representante, os Serviços de Cadastro, os membros dos Conselho Consultivo da Povoação e Localidade, os membros da comunidade 90 local, os ocupantes dos terrenos limítrofes, e o requerente ou seu representante “. Neste sentido é importante a participação do técnico de MCRN dos SPFFB no processo de reconhecimento das comunidades beneficiárias. Isto irá permitir que se reduza os conflitos existente de comunidades que não estão a receber os 20% mas que nas suas áreas encontramse operadores a explorar o recurso. Abrir espaços para testar modelos que sejam adequados para os diferentes contextos e especificidade: O Diploma Ministerial foi elaborado no contexto de uma visão “inclusiva” – responsabilização das comunidades para gestão sustentável do recurso com benefícios mútuos, entretanto, o seu conteúdo não prevê algumas especificidades e contextos, urge a necessidade de simplificação dos procedimentos de canalização sobretudo para as áreas/ distritos de exploração em regime de licenças simples cujos valores das comunidades são relativamente baixos. Assim, os SPFFB devem avaliar junto a DPA alternativas de entrega dos fundos dos 20% para as comunidades com valores muito reduzidos, como por exemplo igual ou abaixo 10.000,00 meticais. A experiência em curso implementada pelo sector de Turismo pode ser uma alternativa através de entrega de Cheques bancários às comunidades beneficiárias em detrimento de aberturas de contas. Este processo deve ser cuidadosamente analisado e levar a discussão com a DNTF como experiências modelos conducentes a adaptação do diploma as diferentes realidades. A entrega de Cheques bancários a essas comunidades deve ser condicionada apresentação de um plano de utilização a projectos devidamente aprovados pela comunidade e conhecidos pelas autoridades administrativas locais. Os projectos aprovados devem contribuir para o impacto social, econômico e ambiental das famílias e comunidades em geral. Esta alternativa é para permitir que todas as comunidades beneficiárias dos 20% recebam os seus fundos independentemente do valor, protegendo assim os direitos de todos os beneficiários no âmbito da implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. A DNTF, SPFFB, sector de turismo e parceiros precisam de iniciar urgentemente reflexões sobre a revisão das taxas das receitas a beneficiar as comunidades, sector de MCRN a nível 91 provincial e distrital-SDAE. As experiências de Tchuma Tchato, e outros países da região podem servir de base para a reflexão e capitalizar as boas práticas. Estabelecer parceria com as instituições bancárias e Direcção de Identificação Civil para promover campanhas de registo e pedido de bilhetes de identificação massificado nas comunidades com direito dos 20%. Existem experiências com algumas instituições bancárias e recomenda-se a sua capitalização para a emissão de BI para as populações a nível dos distritos, incluindo a criação de brigada móveis de registro. Ao nível Distrital – SDAE Dever ser indicado e capacitado um técnico em cada SDAE para responder e assistir as comunidades beneficiárias na implementação do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e incluindo o MCRN em geral. Em caso de disponibilidade de recursos é recomendado a indicação de dois técnicos, sendo um de sexo feminino e outro de sexo masculino. Este técnico servirá de ponte entre o distrito e a província dando informações básicas e actualizadas sobre o que está acontecer em cada comunidade, possíveis conflitos, parceiros existentes, operadores, projectos implementados, CGRN e respectivos membros, conta bancária e seus assinantes, etc. Neste sentido o SDAE, deverá ter o seu arquivo da informação sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio para melhor acompanhamento do processo. O técnico a nível do distrito deverá visitar as comunidades beneficiárias sempre que for necessário para a devida assistência em coordenação com o sector de MCRN a nível dos SPFFB segundo o fluxograma de canalização dos 20% apresentado na página 98 deste relatório. 92 Ao nível Comunitário Reforçar os mecanismos de organização e representação das comunidades locais Criação dos CGRN A criação dos CGRN deve obedecer os procedimentos participativos, segundo descrito no fluxograma sobre a canalização dos 20%, apresentado na página 98 deste relatório. A fundamentação do fluxograma é para assegurar que sejam criados CGRN efectivos, legitimados pela comunidade local, segundo o artigo 2 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. Cada CGRN deve abrir a conta bancária em nome da respectiva comunidade segundo o nº 2 do artigo 5 do Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio. A conta bancária deve ser movimentada por pelo menos 3 assinantes, membros do CGRN, sendo constituídos por pelo menos uma mulher. Reforçar os mecanismos de documentação e partilha de informação: Cada comunidade deve ter uma pasta de arquivo dos documentos organizados sobre a canalização dos 20%, tais como: notas de transferências enviadas pelos SPFFB, notas do Banco, incluindo as movimentações, declarações e justificativos sobre a utilização dos fundos. Também é importante a documentação dos encontros com parceiros, instituições destacando os objectivos do encontro e as datas e os acordos celebrados. Esta acção vai permitir que as autoridades da administração distrital e dos SDAEs, posto administrativo, localidade, tenham o conhecimento do que está acontecer em cada uma comunidade para uma melhor assistência e maior defesa e protecção dos direitos das comunidades locais. A partilha de informação deve ser incluir também a divulgação dos relatórios de trabalho dos CGRN, apresentação pública do relatório sobre as contas bancárias e implementação de projectos. Particularmente, para a prestação de contas recomenda-se a capitalização do modelo de Caderno Comunitário introduzido nos anos 2000 pela DNTF no âmbito da implementação das iniciativas de MCRN em Moçambique. O Caderno Comunitário vai permitir que 93 sistematicamente cada comunidade faça o registo de qualquer negócio incluindo a contabilidade básica para o efeito e melhor acompanhamento da execução dos projectos. Por outro lado vai permitir que especificamente para os projectos de crédito para o negócio os membros do CGRN possam fazer o acompanhamento necessário sobre os reembolsos do crédito comunitário. Tornar os fundos dos 20% como parte integrante do processo de desenvolvimento rural. A utilização dos 20% deve ser orientada para os projetos e iniciativas com o impacto social, econômico e ambiental. A construção de infra-estruturas sociais, como escola, fontes de água, postos de saúde, etc, deve ser só depois de esgotadas outras formas de financiamento a nível do governo do local. Parte do valor recebido, deve ser utilizado para projectos e iniciativas com impacto ambiental, tais como: (i) Estabelecimento de viveiros florestais com plantas nativas; (i) Realização de encontros de capacitação da comunidade e membros dos CGRN, fiscais comunitários; (iii) visitas de troca de experiência; (iv) Compra de meios de trabalho para os fiscais comunitários, por exemplo, bicicletas, lanternas, ou mesmo para o controlo dos animais problemáticos, etc; (v) Realização de campanhas de reposição florestal; (vi) Realização de campanhas de sensibilização e educação pública, etc. Para isso acontecer é importante que as autoridades técnicas de planificação local assistam as comunidades locais a utilizarem duma forma adequada os fundos trazendo mais-valia para ambas. Particularmente para os projectos sociais é importante que os sectores disponibilizem modelos de escolas, postos de socorro, mercados locais e planos de utilização de território para uma implantação ordenada das infra-estruturas socais. Também há uma necessidade dos intervenientes sobretudo as Organizações da Sociedade Civil que trabalham na área de desenvolvimento rural e a extensão incorporarem os 20% nas suas agendas como estabelecer ligações com a questão de desmatamento, queimadas descontroladas, incluindo os programas de reflorestamento local, etc. 94 Reforçar a capacitação contínua a nível das comunidades e respectivos CGRN. A capacitação pode ser feita em sessões de encontro de meio a um dia ou mais, focalizando os seguintes aspectos: • Maneio Comunitário dos Recursos Naturais; • Lei e Regulamento de Florestas e Fauna Bravia; • Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio; • Planificação integrada e participativa; • Mecanismos simplificados de registo sobre a aplicação dos fundos e elaboração de relatórios que permitem que os CGRN prestem as contas às comunidades locais duma forma adequada; • Normas sobre crédito e respectiva devolução; • Introdução ao Caderno Comunitário. • Associativismo e liderança Os cinco últimos temas devem ser orientados para os membros dos CGRN, enquanto os primeiros são para a comunidade em geral. Em todas as capacitações deverão ser divulgadas as boas práticas para uma melhor aprendizagem do processo. A massificação da informação sobre o Diploma Ministerial n° 93/2005 de 4 de Maio e do processo de canalização dos 20%, vai permitir mais transparência na gestão dos fundos e maior responsabilização dos intervenientes. Reforçar os mecanismos de monitoria dos projectos A monitoria da implementação dos projectos e iniciativas com fundos dos 20% é muito importante e deve partir da base. Os membros dos CGRN devem ter no seu Caderno Comunitário a lista de todos os projectos, sua localização, nome do beneficiário, montante e ponto de situação em cada período de monitoria. Este processo de monitoria vai permitir que, em caso de problemas, os membros do CGRN e os respectivos beneficiários tomem as devidas medidas de correcção e podendo também receber a assistência técnica necessária no momento adequado. 95 A informação contida no Caderno Comunitário sobre a monitoria dos projectos também deve ser divulgada nas reuniões de prestação de contas à comunidade. Isso vai permitir uma transparência na gestão de fundos da comunidade. Assim, a canalização dos 20% das taxas de exploração deverá seguir o fluxograma apresentado na página 98: 96 97 Referências Bibliográficas Catarina Chidiamassamba (2008). Sistematização de experiências de Maneio Comunitário dos Recursos Naturais na província de Manica. Moçambique. (FAO); Catarina Chidiamassamba (2001). Estágio actual de funcionamento do Programa Tchuma Tchato. KSM, AMBERO e ATCF. Cecília Muianga Vilanculos. (2010). Avaliação da implementação dos 20% destinados às comunidades locais pela exploração florestal em Moçambique. FAEF-UEM. Experiência de aplicação dos 20% na Província do Niassa: Documento apresentado na IV Conferencia de MCRN) Governo da Província do Niassa (2007): Plano Estratégico Provincial, Niassa 2017, Rural Consult, Ltd, Maputo, Dezembro 2007 Ministério da Agricultura. Diploma Ministerial 93/95: Mecanismos de Canalização e utilização dos vinte por cento do valor das taxas, consignadas a favor das comunidades locais, Maio de 2005 Ministério da Agricultura. Lei de Terras (Lei n.º. 19/97, de 1 de Outubro); Ministério da Agricultura. Lei de Florestas e Fauna Bravia (Lei n.º. 10/99, de 7 de Julho); Ministério da Administração Estatal. Lei dos Órgãos Locais do Estado (Lei n.º. 8/ 2003, de 16 de Maio); Ministério da Agricultura. Política e Estratégia de Desenvolvimento de Florestas e Fauna Bravia (1999). DNFFB. Maputo. 98 Patrick Mushove e Patrick Matakala, (2001). Arranjos Institucionais para o Maneio Comunitário dos Recursos Naturais (MCRN) Perfil e Análise de 42 Iniciativas de MCRN em Moçambique. Perfil sobre MCRN (2010). Moçambique. SCDS Ministério da Agricultura. Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto n.º. 12/2002, de 6 de Junho); Ministério da Agricultura.Relatório Estatístico anula. (2005). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Ministério da Agricultura. Relatório de Balanço (2006). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Ministério da Agricultura. Relatório de Balanço (2007). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Ministério da Agricultura. Relatório de Balanço (2008). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Ministério da Agricultura. Relatório de Balanço (2009). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Ministério da Agricultura. Relatório de Balanços (2010). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Ministério da Agricultura. Relatório de Balanço (2011). Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo Marcelino Foloma, Maria Juleita e Teresa Nube. (2008). Alternativa de canalização e Gestão dos 20% da taxa de exploração florestal e faunística. Estudo de caso de Cheringoma. IUCN. 99 Millennium Challenge Account Moçambique: Avaliação Estratégica da Província do Niassa, MCA/ KPMG, Janeiro 2011 Ministério da Agricultura (2007): “Estudo De Zoneamento e Identificação de Áreas Para Investimento no Sector Agrário e Análise Sócio -Económico da Província do Niassa”, Rural Consult, Ltd & Indufor, Maputo, 2007 Sitoe, Almeida: Governação Florestal em Niassa: O Caso de Muembe, Sanga, Lago e Cuamba, ORAM, 2009 100 Anexo1. Amostra do estudo Tabela 8. Distribuição das comunidades por província Província Maputo Número de comunidades que recebeu os 20% (20052010) 28 Amostra (Comunidades) Distritos a visitar Comunidades a entrevistar 5 Matutuine 1.Pochane 2.Ncassane 1.Mahel 2.Matsanzane 3.Mundjingi Magude Massingir Gaza 40 7 Chicualacuala Mabalane Govuro Inhambane 63 9 Inhassoro Vilanculo Cheringoma Sofala 42 7 Gorongosa Nhamatanda Manica 32 6 Gondola Sussundenga Tete 35 6 Moatize Changara Mocuba 1.Banga 2.Decada da Vitoria 1.Chic. Rio 2.Gadice 3.ChicualaculaB 1.Combomune 2.Tindzawene 1.Cubimo 2.Chigamane 1.Rumbatsatsa 2.Buchane 1.Queuqer B 2.Docolo 3.Macumene 4.Muabsa 5.Murere-sede 1.Ass.Pistswa Pia Matondo 2.Ass. Nfuma Irintaka Mwa Tsotse 1.Ass. Mucani Canda 2.Ass. Tiphedzene Timale Ucherengue Muadjchenge 1.CGRN de Mucombezi 2.Ass. Kubassira de Cheadeia 3.Ass. Sakamakaliro Bebedo 1.Muda Sul 2.Pindanyanga 1.Chibui 2.Machamba 3.Nhambiriri 4.Coua 1.Calambo 2.Madamba 1.Nhamajanela 2.Chipembere 3.Nhanzigogodzo 4.Birira 1.Minhote 2.Mugeba-sede 3.Mutucua 4.Alto Benfica 101 Zambezia 109 19 Maganja Costa Ile Mogovolas Nampula 116 20 Monapo Muecate Montepuez Cabo Delgado 107 19 Chiure Ancuabe Niassa 11 2 Cuamba 5.Muca 6.Namagi 7.Chimbua 8.Machemba 9.Mutilima 10.Albino 11.Naciaia 12.Morruo 1.Mocubela 2.Muedebo 3.Maneia 4.Missale 1.Mucata 2.Gunguro 3.Morroa 1.Mahula 2.Natite 3.Maioela 4.Chapala/Ussene 5.Mahula 6.Muva Maquiqueza 7.Maioela 1.Muezia 2.Tamela 3.Sanhote,Niviria 1.Massela 2.Damasio 3.Inxiquixe 4.Coropa 5.Namahia/Gracio 6.Macela 7.Napai 8.Navurune 9.Marcelino 10Kuvula 1.Nacololo 2.Natulo 3.Ngoronge e Hassane 4.Ntele 5.Ncororo e Merenge 6.Ncunama 7.Familiar 1.Nanvichi 2.Namania 3.Namingano 4.Nampula e Napila 5.Milacue 6.Mepupeni 7.Mahanrassi 8.Muripa e Nacaria 1.Nacoja 2.Nacaca 3.Nacuali 4.Nauquini 1.Mitetere 2.Muicuna Metarica 102 Anexo 2. Lista de participantes nas entrevistas Tabela 8.1. LISTA DOS PARTICIPANTES NAS ENTREVISTAS No Nome do Entrevistado Instituição Função Sexo Província de Niassa 1. Júlio Cauchama Povoado de Mutara Secretario H 2. Raite Namuio Povoado de Namoro Cabo H 3. Luís Nuara Povoado de Ntoro Cabo H 4. Armando Alama Povoado de Mecunica Cabo H 5. Bissueque Muchiha Povoado de Mutara Chefe H 6. Tomás Namarocolo Povoado de Murruma Chefe H 7. Eusébio Assamo Macua Povoado de Macua Chefe H 8. Alahuma Chicote Povoado de Nsala Chefe H 9. Zozinho Jemossane Povoado de Amido Chefe H 10. Leonardo Laimone Povoado de Marruro Chefe H 11. Armando Muemela Povoado de Robate Chefe H 12. Lourenço Corasse Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 13. Rosário Corasse Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 14. Equibal Cornel Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 15. Cantido Carlos Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 16. Biniasse Uatiue Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 17. Zozinho Ernesto Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 18. Jone Mopeliua Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 19. Alves Bissene Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 20. Martinho Jamissone Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 103 21. Orlando Delfim Povoado de Mutara Adjunto do Povoado H 22. Raimundo Chobra Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 23. Mário Uaeva Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 24. José Mepita Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 25. Felesmino Lancuane Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 26. Arlindo Francisco Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 27. Manuel António Povoade de Mutara Membro da Comunidade H 28. Agostinho Afonso Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 29. André Monsse Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 30. Alfredo Diaz Bissueque Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 31. Sumair Lifa Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 32. Manuel Xavier Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 33. Pinto Cheremba Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 34. Simão Munaita Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 35. António Witimane Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 36. Alberto Mepita Povoado de Maruro Membro da Comunidade H 37. Ernesto Victorino Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 38. Jaime Luís Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 39. Felesmino Adriano Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 40. Rosalina loja Povoado de Mutara Membro da Comunidade M 41. Juliana Yohane Povoado de Mutara Membro da Comunidade M 42. Luisa Mancopo Povoado de Mutara Membro da Comunidade M 43. Lúcia Diesse Povoado de Maruro Membro da Comunidade M 44. Amélia Zeta Povoado de Maruro Membro da Comunidade M 45. Elisa Juma Povoado de Maruro Membro da Comunidade M 104 46. Faustino Racheliua Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 47. Marcelino Gimo Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 48. Gonsalves Saimone Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 49. Constantino Salvador Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 50. Ibraimo Bruhaia Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 51. Diolinda Jaquissone Povoado de Maruro Membro da Comunidade M 52. Elisa António Povoado de Mutara Membro da Comunidade M 53. Fátima Pedro Povoado de Mutara Membro da Comunidade M 54. Lino Rabissone Povoado de Namoro Membro da Comunidade H 55. Amir Sumair Povoado de Mutara Membro da Comunidade H 56. Calevete Sauaia Povoado de Muhua Elapo Chefe H 57. Robia Juriasse Povoado de Mulipa Cabo M 58. Juliasse Mpuhua Povoado de Mulipa Chefe H 59. Fátima Namuana Povoado de Mutara Membro da Comunidade M 60. Issufo Jervácio Povoado de Mutara Membro da Comunidade H Província de Cabo Delgado 61. Raul Messo DPA-SPFFB Chefe dos Serviços H 62. Altino Januário DPA-SPFFB Técnico da UPMC H 63. Alves Amaral DPA-SPFFB Chefe da UPMC H 64. Angelo Levi iTC-Inicitivas para Terras Gestor Provincial H Comunitárias 65. Constantino Augusto Fórum Terra Oficial de programa H 66. André Zacarias Anune Nacololo- Distrito de Montepuez Chefe da Localidade H 67. Artur Afonso Pelembe SDAE-Montepuez Director distrital H 68. Mateus Roda BIM- Montepuez Gerente H 105 69. Lázaro Quissoale Posto Administrativo de Mesa Chefe H 70. Afane Momade SDAE- Chiúre Director distrital H 71. Abudo Arune Saíde Localidade de Micolene Chefe da Localidade H 72. Mário Alide Posto Administrativo de Katapua Chefe do posto H Distrito de Montepuez – Comunidade de Nacololo 73. Romano Almeida Raclide Comunidade de Nocololo Chefe da Localidade H 74. Zacarias Pedro Comunidade de Nocololo Presidente do CGRN H 75. Domingo Mariano Comunidade de Nocololo Membro do CGRN H 76. Egas Selemane Muatuca Comunidade de Nocololo Assinante da conta do H CGRN 77. Acácio Adamo Comunidade de Nocololo Membro do CGRN H 78. Saide Amur Comunidade de Nocololo Membro do CGRN H Distrito de Montepuez – Comunidade de Ntele 79. Gonçalves Bacor Comunidade de Ntele Líder da Aldeia H 80. Júlio Furao Manlava Comunidade de Ntele Membro e chefe dos H assinantes da Conta da Comunidade 81. João Paulo Amede Comunidade de Ntele Presidente do CGRN H Distrito de Montepuez – Comunidade de Nanhupu 82. Dinis Atimo Comunidade de Nanhupu Presidente do Conselho H do CGRN 83. Castelo Celemane Comunidade de Nanhupu Assinante da Conta do H CGRN 84. António Manuel Comunidade de Nanhupu Membro da Comunidade H 85. Joaquim Sumail Comunidade de Nanhupu Membro da Comunidade H 86. Elias Jamota Comunidade de Nanhupu Membro da Comunidade H 87. Canelvo Manuel Comunidade de Nanhupu Membro da Comunidade H Distrito de Montepuez – Comunidade de Natulo 106 88. Patricio Cuitaje Comunidade de Natulo Presidente e Assinante H do CGRN 89. Francisco Amimo Comunidade de Natulo Presidente Adjunto e H Assinante do CGRN 90. Janeno Issa Comunidade de Natulo Membro do CGRN H 91. Benjamim Alves Comunidade de Natulo Membro do CGRN H 92. Cristovão de Almeida Comunidade de Natulo Líder e Conselheiro H CGRN Distrito de Montepuez – Comunidade de Namoro 93. Frederico da Costa Comunidade de Namoro Juiz da Aldeia H Comunidade de Namoro Líder Comunitário e da H Eugafalana 94. Joaquim Cassenhe Nanjeca 95. Xavier Amade Comunidade de Namoro Juiz Presidente H Comunitário Distrito de Montepuez – Comunidade de Nicocué 96. João Dias Bacor Comunidade de Nicocué H grau 97. Ernesto Mário Comunidade de Nicocué Régulo e Conselheiro H 98. Ussene Imando Comunidade de Nicocué Membro da Comunidade H 99. José Rachde Comunidade de Nicocué Muené Micocó H 100. Danceli Issa Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 101. Jacinto Assimica Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 102. Bernerdo Benedito Neina Comunidade de Nicocué Chefe da Aldeia e H Membro do CGRN 103. Rofino Saide Comunidade de Nicocué Juiz do Tribunal da H Aldeia 104. Balina Mitulo Comunidade de Nicocué Muené Nicocué M 105. Mussa Bacor Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 106. António Almasse Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 107. João Henrique Salimo Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 107 108. Arlindo Amade Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 109. Abdul Ali Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 110. Abdul Armando Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 111. Dando Haimo Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 112. Constantino Dimo Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 113. João Suete Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 114. Patrício Muamade Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 115. Omar Francisco Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 116. Juma Rachide Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 117. Augusto Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 118. Ragalo Valente Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 119. Luis Rapé Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H 120. Bacar Manuel Comunidade de Nicocué Membro do CGRN H Distrito de Montepuez – Comunidade Maputo Familiar 121. Raclide Saide Comunidade Maputo Familiar Membro do CGRN H 122. Francisco Luís Comunidade Maputo Familiar Chefe da Comunidade H Distrito de Ancuabe – Comunidade de Nacoja 123. Jolita Wassiri Comunidade de Nacoja Membro do CGRN M 124. Francisco Adriano Comunidade de Nacoja Membro do CGRN H 125. Macário Bernardo Wassiri Comunidade de Nacoja Membro da Comunidade H e do partido Frelimo e Chefe do Bairro 126. Salvador Wassiri Comunidade de Nacoja Presidente do CGRN H 127. Alberto Lourenço Comunidade de Nacoja Membro do CGRN e H sobrinho do Presidente do CGRN 128. Santos Toniqui Comunidade de Nacoja Assinante da conta H 108 129. Silvino da Silva Comunidade de Nacoja Tesoureiro H Distrito de Ancuabe – Comunidade de Nacaca 130. Cornélio Victor Comunidade de Nacaca Chefe da aldeia e H conselheiro do GCRN 131. Nazario Adolfo Comunidade de Nacaca Secretário do CGRN H 132. Julião António Comunidade de Nacaca Tesoureiro H 133. Rabson Damião Comunidade de Nacaca 1ᵒSecretário do círculo H do partido Frelimo 134. Feliciana Lucas Comunidade de Nacaca Membro do CGRN M 135. Alberto Feliciano Comunidade de Nacaca Membro da comunidade H e Ex-membro do CGRN destituido Distrito de Ancuabe – Comunidade de Campine 136. Estefánia Amisse Comunidade de Campine Líder comunitária M 137. Amido Arufu Rempo Comunidade de Campine Membro do CGRN H 138. Calisto Faustino Comunidade de Campine Membro do CGRN H 139. Maradona Simão Comunidade de Campine Membro do CGRN e H chefe da produção Distrito de Ancuabe – Comunidade de Naquali 140. Naite Namia Comunidade de Naquaili Humo da Aldeia H 141. Saíde Guerra Comunidade de Naquaili Régulo da Aldeia H 142. Damião Omar Comunidade de Naquaili Secretário da Aldeia H 143. Cane Lourenço Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 144. Raquina Soalé Comunidade de Naquaili Secretária da OMM H 145. Atanga Amade Comunidade de Naquaili Membro da comunidade 146. Fernando Satina Comunidade de Naquaili Secretário do Grupo H dinamizador, conselheiro para o desenvolvimento comunitário 147. Nuro Crejú Comunidade de Naquaili Membro da comunidade 109 H 148. Saraiva Paissa Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 149. Jermite Raimundo Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 150. Sevene Abel Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 151. Belate Penur Comunidade de Naquaili Conselheiro do Tribunal H Comunitário 152. Alfaiba Anetunha Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 153. Remos Amijia Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 154. Amada Seri Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 155. Armar Jona Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 156. Juma Bacar Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 157. Maito Vasco Comunidade de Naquaili Membro da comunidade H 158. Maria Tresu Nojia Comunidade de Naquaili Rainha da Aldeia M 159. Florindo Abdala Comunidade de Naquaili Membro do GCRN H 160. Zacarias Penuri Comunidade de Naquaili Ex-Membro do CGRN H 161. Hilário Lusaca Comunidade de Naquaili H H Distrito de Chiúre – Comunidade de Juravo 162. Manuel José Pintane Comunidade de Juravo Vice – Presidente do H CGRN 163. Luís Minezes Comunidade de Juravo Presidente do tribunal H 164. Jorge Assetane Comunidade de Juravo Membro do CGRN H 165. Alberto Napira Comunidade de Juravo Membro do CGRMN H Distrito de Chiúre – Comunidade de Milapane 166. Maximina Selemane Comunidade de Milapane Chefe da Aldeia H 167. Martinho Saúde Comunidade de Milapane Juíz do Tribunal H Comunitário 168. Canstantino João Comunidade de Milapane Líder comunitáriao H 169. Mário Naquila Comunidade de Milapane Secretário do Partido H Frelimo 110 170. Casimiro Nalate Comunidade de Milapane Membro do partido H Frelimo 171. Fernão Cesar Comunidade de Milapane Membro da Associação 7 H de Abril Distrito de Chiúre – Comunidade de Micolene 172. Abudo Arune Comunidade de Micolene Chefe da Localidade de H Micolene 173. Fernando Boinia Comunidade de Micolene Secretário da Aldeia H 174. Portugal Liquia Comunidade de Micolene Régulo da Aldeia H 175. Samuel Prato Comunidade de Micolene Adjunto do Chefe da H Aldeia 176. Artensa Mualaneque Comunidade de Micolene Secretária da OMM H 177. Paulino Cipriano Comunidade de Micolene Chefe do Bairro H 178. Raimundo Valério Comunidade de Micolene Chefe do Quarteirão H 179. Baptista Saulé Comunidade de Micolene Socorista da Aldeia H 180. António Mitona Comunidade de Micolene Membro do Tribunal H Comunitário 181. Agostino Mero Comunidade de Micolene Chefe do Bairro H 182. Xavier Namji Comunidade de Micolene Adjunto Chefe do Bairro H 183. Francisco Pedro Comunidade de Micolene Polícia Comunitária H (Comandante) 184. Raimundo José Comunidade de Micolene Escrivão da OJM H Distrito de Chiúre – Comunidade de Matiquiti 185. Féliz Pariela Comunidade de Matiquiti Chefe da Aldeia H 186. Augustinho Tica Comunidade de Matiquiti Membro da Comunidade H 187. Austo Tumpela Comunidade de Matiquiti Membro da comunidade- H Beneficiário de crédido 188. Feliciano Leite Comunidade de Matiquiti Membro da H ComunidadeBeneficiário de Crédito 189. Mauridi Aly Comunidade de Matiquiti Membro da H Comunidade- 111 Beneficiário de Crédito 190. Raimundo Buanawasse Comunidade de Matiquiti Membro da H ComunidadeBeneficiário de Crédito 191. Falehara Nipeto Comunidade de Matiquiti Membro da H ComunidadeBeneficiário de Crédito 192. Branco Jassur Comunidade de Matiquiti Membro da H ComunidadeBeneficiário de Crédito 193. Calisto Timano Comunidade de Matiquiti Membro da H ComunidadeBeneficiário de Crédito 194. Santos Pedro Comunidade de Matiquiti Membro da Comunidade H Distrito de Chiúre – Comunidade de Katapua 195. Afonso Alberto Comunidade de Katapua Membro do CGRN H 196. Mahadre Sigali Comunidade de Katapua Membro do CGRN H 197. Feliciano Justino Comunidade de Katapua Membro do CGRN H 198. Cipriano Adamo Cassino Comunidade de Katapua Membro do CGRN H Distrito de Chiúre – Comunidade de Meculane 199. Maria Mário Bacina Comunidade de Meculane Chefe da Localidade de M Meculane 200. Carvalho Rato Comunidade de Meculane Presidente do CGRN H 201. Januário Thoto Comunidade de Meculane 1ᵒ Secretário do Circulo H e membro do CGRN 202. Ramadani Candido Comunidade de Meculane Membro da Polícia da H Comunidade Distrito de Chiúre – Comunidade de Namania 203. Mariamo Pedro Comunidade de Namania Escrivão do Tribunal H Comunitário 204. Mateus Namalaca Comunidade de Namania Chefe do Bairro H 205. Maurício Wahossa Comunidade de Namania 1ᵒ Secretário do Circulo H do partido da Frelimo 112 206. Carlitos Namije Yowa Comunidade de Namania Chefe da Aldeia H 207. Levira Pinto Comunidade de Namania Vice – Presidente da H Ligação da Escola/Comunidade 208. Amisse Alide Comunidade de Namania Membro do Partido H Frelimo e Conselheiro executivo da CGNR Província de Inhambane 209. Alberto Cadete Forquilha SPFFB Chefe dos Serviços H 210. José Maduela SPFFB Chefe da UMC H 211. Morgado Mussengue SPFFB Chefe da Fiscalização H 212. Silvério Samuel Matavel Empresa privada - Guvuro Operador florestal H 213. Joao Meque Empresa privada - Inhassoro Operador florestal H 214. Jose Massangue Empresa privada -Inhassoro Operador florestal H 215. Jose Nhane Empresa privada- Vilanculos Operador florestal H 216. Ricardo Chongola BIM Gerente H 217. Lucas Vilanculos SDAE-Inhassoro Chefe dos SDAE H 218. Sebastião Tique Administração Chefe do Posto- H Mapinhane 219. Horacio Langa Administração Técnico agro-pecuário- H Guvuro 220. Manuel Bernardo SDAE-Inhassoro Tecnico do SDAE H 221. Olga Mapukulani ONG- MAHLAHLE Coordenadora M 222. Pascoal Mapilele ONG- MAHLAHLE Oficial de programas H Distrito de Inhassoro- Comunidade de Buchane 223. Alfredo Banze Comunidade de Buchane Chefe do Posto H 224. Marcos Chambe Comunidade de Buchane Secretario do CGRN H 225. Francisco Nhanzane Comunidade de Buchane Membro do CGRN H 113 226. Gabriel Manhique Comunidade de Buchane Membro do CGRN H 227. Filipe Silica Comunidade de Buchane Membro da Comunidade H 228. Aurneta Jose Comunidade de Buchane Membro do CGRN M 229. Feliciano Milane Comunidade de Buchane Secretário do CGRN H 230. Lucas fionse Comunidade de Buchane Membro da comunidade H 231. Assane Fabião Comunidade de Buchane Secretário do CGRN H 232. Americo Xpanel Comunidade de Buchane Tesoureiro do CGRN H 233. Elias lucase Comunidade de Buchane Membro da Comunidade H Distrito de Inhassoro- Comunidade de Rumbatsatsa 234. Janane Chacatani Comunidade de Rumbatsatsa Líder comunitário e H presidente do CGRN 235. Arrosi Faife Comunidade de Rumbatsatsa Vice-presidente do H CGRN 236. Alberto Mendes Comunidade de Rumbatsatsa Membro do CGRN H 237. Antonio Chaulani Comunidade de Rumbatsatsa Fiscal comunitario H 238. Orlando Alfiado Comunidade de Rumbatsatsa Membro da Comunidade H 239. Antonio Falani Comunidade de Rumbatsatsa Fiscal do CGRN H 240. Juliao Hoze Comunidade de Rumbatsatsa Secretario do CGRN H 241. Filimone Gove Comunidade de Rumbatsatsa Fiscal do CGRN H 242. Juliana Zandamela Comunidade de Rumbatsatsa Membro do CGRN H 243. Jaime Machiane Comunidade de Rumbatsatsa Membro do CGRN H Distrito de Govuro - Comunidade de Cubimo 244. José Penda Comunidade de Cubimo Secretario do CGRN H 245. Boaventura Suze Comunidade de Cubimo Tesoureiro do CGRN H 246. Maria Rito Comunidade de Cubimo Membro da Comunidade M Distrito de Guvuro - Comunidade de Chigamane 114 247. Armando Luis Changue Comunidade de Chigamane Tesoureiro do CGRN H 248. Ernesto Solumane Comunidade de Chigamane Presidente do CGRN H 249. Joao Jutasse Comunidade de Chigamane Adjunto do president H CGRN 250. Pascoal Armando Comunidade de Chigamane Tesoureiro do CGRN H 251. Amelia Jussai Comunidade de Chigamane Membro da Comunidade M 252. Teresa Simiao Comunidade de Chigamane Membro da Comunidade M 253. Artur Luis Comunidade de Chigamane Membro da Comunidade H 254. Samusson Langa Comunidade de Chigamane Membro da Comunidade H Distrito de Vilanculos - Comunidade de Quequer B 255. Gonçalves Jossamo Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 256. José Silica Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 257. Alfredo Buquele Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 258. Jeremias Arume Comunidade de Quequer B Membro do CGRN H 259. Dinis Gimo Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 260. Eugenio Amavel Comunidade de Quequer B Membro do CGRN H 261. Ricardo Alexandre Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 262. Titos Fenias Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 263. Arnaldo Wanifa Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 264. Jose Alfiado Comunidade de Quequer B Membro do CGRN H 265. Luis Rafael Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 266. Pedro Jose Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 267. Antonio Sinae Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 268. Jose Armando Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 269. Pedro Juliao Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade H 115 270. Isabel Alfeu Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 271. Marta Samseque Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 272. Elisa Samseque Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 273. Luisa Zacarias Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 274. Enia Jose Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 275. Aclena laisse Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 276. Elisa Facela Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 277. Joana Zacarias Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 278. Regina Juliao Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 279. Gilda Zacarias Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 280. Deolinda Araujo Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 281. Lord Armando Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M 282. Gilda Abreu Comunidade de Quequer B Membro da Comunidade M Distrito de Vilanculos -Comunidade de Docole 283. Manuel Vilanculos Comunidade de Docole Membro da Comunidade H 284. Elias Chiamba Comunidade de Docole Membro da Comunidade H 285. Januario Macome Comunidade de Docole Membro da Comunidade H 286. Teresa Punguse Comunidade de Docole Membro da Comunidade M 287. Teresa Nivoloe Comunidade de Docole Membro da Comunidade M 288. Teresa Langa Comunidade de Docole Membro da Comunidade M 289. Sofia Maculuve Comunidade de Docole Membro da Comunidade M 290. Catigo Vilanculos Comunidade de Docole Líder Comunitário H Distrito de Vilaculos - Comunidade de Macumene 291. Andre Cavila Anantha Comunidade de Macumene Líder comunitário H 292. Fernando Chicuna Comunidade de Macumene Presidente do CGRN H 116 293. Reginaldo Kidlimuka Comunidade de Macumene Membro do CGRN H 294. Simeão Semel Comunidade de Macumene Membro do CGRN H 295. Florinda Mabanga Comunidade de Macumene Membro do CGRN M 296. Isaura Alexandre Comunidade de Macumene Membro da Comunidade M 297. André Avatha Comunidade de Macumene Fiscal H 298. Alexandre Siquice Comunidade de Macumene Tesoureiro do CGRN H Distrito de Vilaculos- Comunidade Muabsa 299. Orlando Luís Comunidade Muabsa Líder Religioso H 300. Armando Landeni Comunidade Muabsa Tesoureiro do CGRN H 301. Rafael Matsinhe Comunidade Muabsa Membro da Comunidade H 302. Cândida Larusse Comunidade Muabsa Membro do CGRN M Distrito de Vilanculos- Comunidade de Murure-Sede 303. Custodio Fudel Comunidade de Murure Presidente do CGRN H 304. Alfredo Manhica Comunidade de Murure Tesoureiro do CGRN H 305. Sandra Sebastião Comunidade de Murure Membro da Comunidade M 306. Tomas Langa Comunidade de Murure Membro do CGRN H 307. Teresa Simeão Comunidade de Murure Membro da Comunidade M 308. Constância Martins Comunidade de Murure Membro do CGRN M 309. Aurélia Azarias Comunidade de Murure Membro da Comunidade M Província de Nampula - Distrito de Mogovolas 310. Antonio Pedro Alvez Comunidade de Quonela Regulo Nzeze H 311. Anastacio Tome Comunidade de Quonela Membro da comunidade H 312. Alberto Vagareio Comunidade de Quonela Membro do CGRN H 313. Almeida Januário Comunidade de Quonela Presidente do CGRN H 314. Fonseca Antonio Comunidade de Quonela Fiscal do CGRN H 117 315. Francisco Lopez Comunidade de Quonela Membro do CGRN H 316. Rabia Artur Comunidade de Quonela Membro do CGRN M 317. Albino Sande Comunidade de Quonela Membro do CGRN H 318. Raja Amido Comunidade de Quonela Membro da comunidade H 319. Antonio Agy Comunidade de Quonela Membro da comunidade H 320. Eusebio Mono Comunidade de Quonela Membro da comunidade H 321. Armando Touela Comunidade de Moiolela Regolo Moiolela H 322. Alberto Moiolela Comunidade de Moiolela Presidente do comite H 323. Bernardo Valentim Comunidade de Moiolela Tesoureiro H 324. Carlos Nunes Comunidade de Moiolela Membro da comunidade H 325. Armando Assane Comunidade de Mbuva Regulo Mahula H 326. Ernesto Ibraimo Comunidade de Mbuva Membro do comité H 327. Francisco Luanse Comunidade Ussene Regulo Ussene H 328. Fabiao Moela Comunidade Ussene Chefe de Povoaocao H 329. Armando cherane Comunidade Ussene Chefe da Localidade de H Rieque 330. Manuel Relogio Comunidade de Natite Presidente do CGRN H 331. Alberto Eduardo povoacao de Natite Tesoureiro H 332. Januário Jereque povoacao de Natite Secretario H 333. Zacarias Abacar povoacao de Natite Rei e chefe da povoacao H 334. Arnaldo Ibraimo povoacao de Natite Membro da comunidade H 335. Damasio Alberto povoacao de Natite Membro da comunidade H 336. Francisco Joao povoacao de Natite Membro da comunidade H 337. Manuel Gabriel povoacao de Natite Membro de comunidade H 338. Marciano Diolo povoacao de Natite Membro da comunidade H 118 339. Alfredo Albano povoacao de Natite Membro da comunidade H 340. Francisco Armando povoacao de Natite Membro do CGRN H 341. Amisse Joaquim povoacao de Natite Membro do CGRN H 342. Francisco Real P.administrativo Nantira Extensionista H Cidade de Nampula 343. Cantiflas Jeronimo ORAM Oficial de Programas H 344. Aly Awasse SPFFB Chefe da UMRN H 345. Rafael Tome Operador Florestal H 346. Jose Jacinto Operador Florestal H 347. Luiza Hoffman Fórum Terra Directora M 348. Wally Manuel Fórum Terra Oficial de programas H 349. Eusébio Assamo Macua Fórum Terra Oficial de programas H Distrito de Muecate 350. Antonio Joaquim Povoado de Marcelino Chefe H 351. Marciana Daniel Povoado de Marcelino Chefe H 352. Daniel Manuel Povoado de Marcelino Chefe H 353. Delfina Dereca Povoado de Marcelino Membro da Comunidade H 354. Constâncio Fulica Povoado de Marcelino Secretario do CGRN H 355. Samuel Sansao Povoado de Marcelino Tesoureiro do CGRN H 356. Manuel Agostinho Povoado de Napai Membro da Comunidade H 357. Baptista Luciano Povoado de Napai President do CGRN H 358. Manuel Muambo Povoado de Napai Membro da Comunidade H 359. Jose Manuel Povoado de Napai Membro da Comunidade H 360. Manuel Sitoe Povoado de Napai Tesoureiro do CGRN H 361. Joaquim Malule Povoado de Gracio Presidente do CGRN- H 119 Massela 362. Ernesto Sumbane Povoado de Gracio Secretario H 363. Julio Caetano Povoado de Gracio Membro da Comunidade H 364. Bernardo Faztudo Povoado de Gracio Chefe da Povoacao H 365. Amelia Fernando Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 366. Luisa Manuel Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 367. Estrela Bonifecio Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 368. Julieta Carlos Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 369. Amelia horacio Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 370. Amelia Siveleque Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 371. Maria Moquinda Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 372. Julieta Caetano Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 373. Antonio Joaquim Povoado de Marcelino Chefe H 374. Marciana Daniel Povoado de Marcelino Chefe M 375. Daniel Manuel Povoado de Marcelino Chefe H 376. Delfina Dereca Povoado de Marcelino Membro da Comunidade M 377. Constâncio Fulica Povoado de Marcelino Secretario do CGRN H 378. Samuel Sansao Povoado de Marcelino Tesoureiro do CGRN H 379. Manuel Agostinho Povoado de Napai Membro da Comunidade H 380. Baptista Luciano Povoado de Napai President do CGRN H 381. Manuel Muambo Povoado de Napai Membro da Comunidade H 382. José Manuel Povoado de Napai Membro da Comunidade H 383. Manuel Sitoe Povoado de Napai Tesoureiro do CGRN H 384. Joaquim Malule Povoado de Gracio Presidente do CGRN- H Massela 385. Ernesto Sumbane Povoado de Gracio Secretario H 120 386. Julio Caetano Povoado de Gracio Membro da Comunidade H 387. Bernardo Faztudo Povoado de Gracio Chefe da Povoacao H 388. Amelia Fernando Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 389. Luisa Manuel Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 390. Estrela Bonifecio Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 391. Julieta Carlos Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 392. João Noventa Povoado de Gracio Membro da Comunidade H 393. Marta Joaquim Povoado de Gracio Membro da Comunidade M 394. Stefane Afonso Povoado de Namede Presidente do H CGRN_Namede 395. Francisco Armando Povoado de Namede Secretario H 396. Muacigarro Cumaque Povoado de Namede Regulo H 397. Clarinha Agusto Povoado de Namede Tesoureira M 398. Acácio Napuere Povoado de Namede Membro da Comunidade H 399. Lourenço Marques Povoado de Namede Membro da Comunidade H 400. Angelina Eugenio Povoado de Namede Membro da Comunidade M 401. Cristina Acacio Povoado de Namede Membro da Comunidade M 402. António Julio Povoado de Namede Membro da Comunidade H 403. Benedito Eduardo Povoado de Namede Membro da Comunidade H Distrito de Meconta 404. Adriano Augusto Povoado de Nicarro Regulo-Nicarro H 405. Francisco Antonio Povoado de Nicarro Membro da Comunidade H 406. Avelino Augusto Povoado de Nicarro Membro da Comunidade H 407. Icelina Arlindo Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 408. Helena Sapatinha Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 121 409. Matilde Antonio Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 410. Elias Neves Povoado de Nicarro Presidente do CGRN H 411. Celia Augusto Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 412. Feliciano Crisanto Povoado de Nicarro Membro da Comunidade H 413. Tingana Luis Povoado de Nicarro Membro da Comunidade H 414. Otilia Manuel Povoado de Nicarro Chefe H 415. António Inácio Povoado de Nicarro Cabo H 416. Francisco Silverio Povoado de Nicarro Chefe H 417. Eusébio Armando Povoado de Nicarro Membro da Comunidade H 418. Joana Antonio Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 419. Felizmina Augusto Povoado de Nicarro Gestor Provincial M 420. Manuel Rodriguez Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 421. Maria Bente Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 422. Dina marcelino Povoado de Nicarro Membro da Comunidade M 423. Irondina Sapatinha Povoado de Nicarro Chefe da Localidade M 424. João Miguel Povoado de Nicarro Membro da Comunidade H 425. Abilio Nila Povoado de Nicarro Secretario do CGRN H 426. Feliciano Josseque Comunidade de Meco-Naquile Presidente do CGRN- H Lider comunitario 427. Silverio Assane Comunidade de Meco-Naquile Vice-presidente do H CGRN 428. Jacinto Pedro Comunidade de Meco-Naquile Secretario do CGRN H 429. Alfredo Martiz Comunidade de Meco-Naquile Tesoureiro H 430. Basilio Linha Comunidade de Meco-Naquile Vogal H 431. Catarina Josseque Comunidade de Meco-Naquile Presidente do CGRN M 432. Paula Amisse Comunidade de Meco-Naquile Presidente do Conselho M do CGRN 122 433. Amina Cassimo Comunidade de Meco-Naquile Assinante da Conta do M CGRN 434. Diamantino Raile Comunidade de Meco-Naquile Membro da Comunidade H 435. Marieta Linha Comunidade de Meco-Naquile Membro da Comunidade M 436. Alzira Ernesto Comunidade de Meco-Naquile Membro da Comunidade M 437. Teresa Araujo Comunidade de Meco-Naquile Membro da Comunidade M 438. Felizberto Zacarias Comunidade de Meco-Naquile Presidente e Assinante H do CGRN 439. João Evaristo Comunidade de Japire Presidente Adjunto e H Assinante do CGRN 440. António Sanjala Comunidade de Japire Secretario H 441. Aurélio celesino Comunidade de Japire Membro do CGRN H 442. Agostinho Muassupaio Comunidade de Japire Func. administração H 443. Geraldo Macheca Comunidade de Japire R. Agricultura H 444. António Mário Comunidade de Japire Rep. Ag. Extencionista H 445. Raul Estevão Comunidade de Japire Fiscal Florestal H 446. Casimiro cardoso Comunidade de Nacoma-sede Presidente do CGRN H 447. António Muacove Comunidade de Nacoma-sede Secretário do CGRN H 448. Margarida Chissico Comunidade de Nacoma-sede Vogal M 449. Vicenta Puaposseco Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M 450. Vanessa antonio Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M 451. Terlecia calieque Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M 452. António Gaita Comunidade de Nacoma-sede Regulo Nacoma H 453. Deolinda Lino Comunidade de Nacoma-sede Tesoureira M 454. Amina Muagoveia Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M 455. Rodrigues Tocaneque Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade H 456. Olívia Joaquim Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M 123 457. Jaime Adriano Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade H 458. Maria Xavier Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M 459. Rosa João Comunidade de Nacoma-sede Membro da comunidade M Província de Sofala – Comunidade de Matanga 460. Horácio Fibione Comunidade de Matanga Presidente do CGRN H 461. Marcelo Alfieba Comunidade de Matanga Membro do CGRN H 462. Baptista Jofrasse Comunidade de Matanga Chefe da H 463. Victorino Fajanda Jassinsn Comunidade de Matanga Membro do CGRN H 464. Ajusto Cravina Comunidade de Matanga Agente Comunitário Fiscal H 465. Mariano Luís Gimo Comunidade de Matanga Membro do CGRN H 466. Ajéria Jorge Joaquim Comunidade de Matanga Membro do CGRN M 467. Zélia Francisco Almeida Comunidade de Matanga Membro do CGRN M 468. Ramir Esmail Comunidade de Matanga Secretário do CGRN H 469. Lucas Araújo Comunidade de Matanga Vice-presidente do CGRN H 470. Borracha Comunidade de Matanga Agente Comunitário Fiscal H Comunidade de Matanga Chefe do Grupo da Povoação H 471. António Jaime Mafue Província de Sofala – Comunidade de Nhambita 472. Verónica Cadeado Comunidade de Nhambita Membro do CGRN M 473. Cristina Saimone Comunidade de Nhambita Membro do CGRN M 474. Farida Fernando Comunidade de Nhambita Membro do CGRN M 475. Francisco Samajo Comunidade de Nhambita Presidente do CGRN H 476. Saidique Araújo Comunidade de Nhambita Chefe do grupo ... da Carpintaria H 477. Gonçalves Pedro Comunidade de Nhambita Membro do Comitéformador H 478. Manica Luís Chicale Comunidade de Nhambita Líder do 1º EscalãoRégulo H Província de Sofala – Comunidade de Jachenge 124 479. Tembo Arnaldo Tomo Comunidade de Jachenge Régulo Jachenge H 480. Leucastro Minez Comunidade de Jachenge Líder do 3º escalão – Nfumo H 481. Agustinho DomingoTenasse Comunidade de Jachenge Líder do 3º escalão H 482. Uerdiano Fazenda Chambo Comunidade de Jachenge Líder do 3º escalão H 483. Samuel Bulaqui Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 484. Jardim Parapno Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 485. Elis Bulaqui Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 486. Tomé Bulaqui Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 487. Henrique Bulaqui Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 488. Mateus Laus Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 489. José Cabral Andissene Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 490. Zacarias Capitolo Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 491. Bechane Elias Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 492. Techa Luís Sande Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 493. Jariri Cabularu Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 494. Nsicugacucu da Chigamba Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 495. Bulaqui Xavier Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 496. Adelino Migairio Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 497. José Carlos Fazenda Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 498. Tomé Vasco Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 499. Domingo Daero Magaço Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade H 500. Sarita Armado Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 501. Taguissa Maina Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 502. Custava Manuel Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 503. Maria Bengala Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 125 504. Zita Zacarias Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 505. Fazminha Araújo Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 506. Fazminha Peusa Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 507. Aruanesse Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 508. Loçalinha Sabe Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M 509. Rita Daimana Comunidade de Jachenge Membro da Comunidade M Província de Sofala – Comunidade de Maneto 510. Luís Capesse Comunidade de Maneto Activista do CGRN H 511. João Vasco Zuze Comunidade de Maneto Presidente da Assembleia do CGRN H 512. Fernando José Comunidade de Maneto Formador H Província de Sofala – Comunidade de Canda 513. Matias Panissa Miquichone Comunidade de Canda Presidente do CGRN H 514. Fátima Vulande Comunidade de Canda Vice-Presidente do CGRN M 515. Rosalina Chico Comunidade de Canda M 516. Rosinha Manuel Comunidade de Canda M 517. Albertino Micrisse Comunidade de Canda Fiscal H 518. Modáncio Jaime Comunidade de Canda Fiscal H 519. Costuecio Johane Comunidade de Canda Fiscal H 520. Eugénio Almeida Comunidade de Canda Régulo – Líder do 1º escalão, Conselheiro H 521. Isabel António Comunidade de Canda 522. Donita Sicardo Comunidade de Canda Membro da Comunidade M 523. Simão Bernardo Comunidade de Canda Membro da Comunidade H 524. Domingos Tomás Comunidade de Canda Membro da Comunidade H 525. Simor Paulino Comunidade de Canda Membro da Comunidade H 526. Choti Tomás Comunidade de Canda Membro da Comunidade H M 126 Província de Tete – Comunidade de Monga 527. Arlindo Manuel Teimoso Comunidade de Monga Secretário do CGRNFB de Monga H 528. Maurício Gimo Manuel Comunidade de Monga Líder do 3º escalão H 529. Rosário Simone Casaca Comunidade de Monga Membro da Comunidade H 530. João Andicene Cuabuza Comunidade de Monga Membro do Comité H 531. Ortêncio Mitoni Comunidade de Monga Membro da Comunidade H 532. Manuel José Jemusse Comunidade de Monga Membro da Comunidade H 533. Simbe Mitone Lobho Comunidade de Monga Membro da Comunidade H 534. Luisa Almeida Comunidade de Monga Membro da Comunidade M 535. Regina Joaquim Guenti Comunidade de Monga Adjunto do líder da comunidade Escola M 536. Lídia Sainet Classafuca Comunidade de Monga Membro da Comunidade M 537. Emília Basílio Comunidade de Monga Membro da Comunidade M Província de Tete – Comunidade de Cokwe 538. Alberto Américo Bero Comunidade de Cokwe Membro do CGRN de Cokwe H 539. Américo Bero Vaulo Comunidade de Cokwe Membro simples do Comité H 540. Evaristo Proveir Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 541. Simão Fife Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 542. Domingos Miquitaio Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 543. Ramiro Raimundo Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 544. Kris Armando Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 545. Sérgio Jonasse Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 546. Tembo Guidisne Colher Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 547. Lucas Guidisne Colher Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 548. Carlos Jauluta Gueme Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 549. Manuel Carlos Manuel Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 127 550. Jorge Arnaldo Damias Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 551. André Armando Arrumação Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 552. Joana António Maira Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M 553. Rita Guidisne Colher Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M 554. Anoris Chakala Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 555. Laura Bonje Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M 556. Afelia Venanaio Chaola Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M 557. Sara Jone Tobias Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M 558. João Evaristo Porueira Ngunga Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 559. Contazão Américo Bero Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 560. Miguel Frauque Paguite Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 561. Domingos Américo Bero Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 562. Sérgio Virgílio Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 563. António Theko Gola Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 564. Chalosse Uastene Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 565. Zeca Evaristo Porueira Ngunga Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade H 566. Josina Eusébio Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M 567. Lúcia Sandulane Comunidade de Cokwe Membro da Comunidade M Província de Tete – Comunidade de Madamba 568. Damásio Agusto Comunidade de Madamba Membro do CGRN H 569. Francisco Mesa Comunidade de Madamba Membro do CGRN H 570. David Paidjone Comunidade de Madamba Membro do CGRN H 571. Johane Championi Gimo Comunidade de Madamba Líder do 2º escalão de Madamba M 572. Laura Armando Comunidade de Madamba Membro da Comunidade M 573. Ana Maria Tomás Chatima Comunidade de Madamba Membro da Comunidade M 128 574. Ernesto Championi Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 575. Stefano Coutinho Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 576. António Dimingo Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 577. Paulo Charle Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 578. Nelson Jaunario Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 579. Monis Luís Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 580. Morizave João Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 581. Bhola Moio Comunidade de Madamba Membro da Comunidade M 582. Patrela Castomo Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 583. Marcelino Bauqueiro Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 584. José Assane Saúde Comunidade de Madamba Fiscal de Fauna Bravia H 585. Abílio Sozinho Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H 586. Mereci Mulatinho Comunidade de Madamba Membro da Comunidade H Província de Tete – Comunidade de Nhamaganela 587. Araújo Comunidade de Nhamaganela Membro do CGRN H 588. Lúcio Nguleta Comunidade de Nhamaganela Líder do 3º escalão – Conselheiro do Comité H 589. Xivena Ngunani Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 590. Odália Teimoso Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 591. Felisberta Manuel Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 592. Constrúcia Araújo Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 593. Teresinha Sangulani Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 594. Armindo Vinte Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 595. Vanda Vergílio Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 596. Rubizasi Domingos Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 597. Letícia Padechi Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 129 598. Charai Basílio Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 599. Lamina Gouveia Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 600. Regina Focoloni Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 601. Florinda Focoloni Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 602. Francisca Teimoso Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 603. Maria Rosa Artur Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 604. Mineia Aljero Chicuama Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 605. Zeca Chapani Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 606. António Cesário Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 607. Bernardino Bachani Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 608. Maurício Freujazani Taziazivo Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade H 609. Orácia Conde Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 610. Saozinha Francisco Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 611. Marcelina Mário Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 612. Junia Vinho Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 613. Sarita Horácio Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 614. Felícia Mbiriakale Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M 615. Rosina Primeiro Comunidade de Nhamaganela Membro da Comunidade M Província de Tete – Comunidade de Chipembere 616. António Domingos Maudio Comunidade de Chipembere Assinante da Conta Do CGRN H 617. Carlos Jorge Sore Comunidade de Chipembere Secretário DO CGRN H 618. Armando Jorge Sore Comunidade de Chipembere Líder do 1º Escalão H 619. José Marijacão Comunidade de Chipembere Presidente do CGRN H 620. Mijuel Culazar Mbuuzi Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 621. Maria Fulede Cambamula Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 130 622. Pinto Fulede Cambamula Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 623. Alberto Luís Chiria Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 624. Pedrito Faindane Sabão Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 625. Francisco Adrigo Sardinha Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 626. Pedro Joaquim Inácio Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 627. Felipe Elias Sapruene Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade H 628. Anabela Fureda Cambamula Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 629. Tina Francisco Chachoca Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 630. Judite José Mauquezi Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 631. Isilda Óscar Jone Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 632. Celina Kaugachepe Kamueza Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 633. Quinerista Arguineiro raposo Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 634. Elene David Cerveja Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 635. Maria Fato Jone Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 636. Minista Jento Estevão Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 637. Cinéria Arginelo Cabajar Mbuzi Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 638. Inácia Levasse Jequissene Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 639. Meresta Jorge Mtepe Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 640. Berida Taibo Escova Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 641. Isabel Ndindo cofi Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 642. Ernita Jone Jogue Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 643. Fernanda dos Santos Jamo Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M 644. Júlia dos Santos Jamo Comunidade de Chipembere Membro da Comunidade M Província de Tete – Comunidade de Cuverana 645. Domingos Cubonera Cachave Comunidade de Cuverana Presidente do CGRN H 131 646. Elija Kepne Bande Comunidade de Cuverana Vice-Presidente do CGRN M 647. Alfredo Johave Salari Comunidade de Cuverana Tesoureiro H 648. Rosário Viera Taulo Comunidade de Cuverana Assinante da Conta H 649. Miguel Chacanibuino Comunidade de Cuverana Líder do 1º escalão H 650. Quitane Bande Comunidade de Cuverana Líder do 1º escalão H 651. Pita Jone Tembo Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 652. Alguiar Sousa Comunidade de Cuverana Secretário do Bairro H 653. João Chombe António Comunidade de Cuverana Director de Escola H 654. Niquissene Rondani Thaundi Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 655. Bonaparte António Thaundi Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 656. Eusébio Augusto Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 657. José Pengamani Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 658. Tomé José Gabriel Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 659. Celestino Raimundo Cacheve Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 660. Elisa Paisone Dzimba Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade M 661. Maria Bernardo Changanani Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade M 662. Tito Kerue Bande Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 663. Domingo Kerue Bande Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 664. Abílio Nhancalizi Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 665. Mário Muampezani Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 666. Canísio Tienda Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 667. Butalo Samisane Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 668. Masdo Zerulane Shpanela Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 669. Mateus Augusto Laitone Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 670. Virgílio Tomás Foloma Comunidade de Cuverana Membro da Comunidade H 132 671. Bernardino Júlio SDAE - Distrito de Moatize Director de SDAE H 672. Zacarias Nordine Cadre DPA/SPFFB- Tete Chefe do SPFFB H 673. Alferes Tomás Simbi DPA/SPFFB/UPMC-Tete Chefe da UPMC H Província de Manica – Chimoio 674. Ângelo Bande Departamento de Turismo de Manica H 675. Ana Quiraque Departamento de Turismo de Manica M 676. Manuel Passar Fórum-Terra 677. Carmen Luísa DPA/SPFFB M 678. José Mário Almeida DPA/SPFFB H 679. Estrela Mboa ORAM/MANICA Delegada da ORAM M 680. Odete Ocube BIM Gerente do BIMChimoio M 681. Giantuiju Bertuzzi AIMAIA-Associação Secretário Geral da Associação H Secretário Executivo do Fórum Terra-Manica H Província de Manica – Localidade de Chiongo 682. José Luís Maki Localidade de Chiongo Chefe da Localidade de Chiungo H 683. Isabel Jamisso SDAE - Distrito de Gondola Directora do SDAE M 684. José Mandevo Uchato SDAE - Distrito de Gondola Chefe do Licenciamento e Fiscalização H Província de Manica – Comunidade de Pyndanyanga 685. Zacarias Bengano Comunidade de Pyndanyanga Presidente do CGRN H 686. Manuel Pita Comunidade de Pyndanyanga Vice-Presidente do CGRN H 687. Marazinho Sozinho Comunidade de Pyndanyanga Membro simples H 688. Isabel Fajenda Comunidade de Pyndanyanga Membro simples M 689. Félix Manuel Sementá Comunidade de Pyndanyanga Líder do 2º escalão e conselheiro H 690. Banibay Raul Andicene Comunidade de Pyndanyanga Chefe do grupo da povoação H 691. Raul Manuel Félix Sementá Comunidade de Pyndanyanga Membro da Comunidade H 692. António Manensa Jacubo Comunidade de Pyndanyanga Agente Polivalente Elementar da Saúde H 133 693. Manuel Alberto Comunidade de Pyndanyanga Membro da Comunidade H 694. Rogério Fajenda Comunidade de Pyndanyanga Vice-chefe de Fiscalização H 695. Aida Jorge Comunidade de Pyndanyanga Membro da Comunidade M 696. Francisco Manuel Nhempoca Comunidade de Pyndanyanga Fiscal H 697. Zano Fortuna Comunidade de Pyndanyanga Membro do CGRN e Secretário de fiscais H 698. Manuel José Maujema Comunidade de Pyndanyanga Chefe da fiscalização e membro do CGRN H 699. Isafenil Baira Madeu Comunidade de Pyndanyanga Fiscal e Membro do CGRN M 700. Felisberto André Charama Comunidade de Pyndanyanga Tesoureiro do CGRN H 701. Salimo Armando José Comunidade de Pyndanyanga Secretário do CGRN H Província de Manica – Comunidades de Muda Sul 702. Carlitos Alberto Chimoio Comunidade de Muda Sul Vice-presidente do CGRN H 703. Calisto Lucas Maparaze Comunidade de Muda Sul Secretário do CGRN H 704. Jerlião Longani Tivane Comunidade de Muda Sul Tesoureiro do CGRN H 705. Fernando Museca Mabejane Comunidade de Muda Sul Membro do CGRN H 706. Agusto Fajenda Comunidade de Muda Sul Líder do 2º escalão e conselheiro do comité H 707. Joaquim Mavaisse Comunidade de Muda Sul Membro do Comité e chefe da Fiscalização H 708. Celina Caudeiro Comunidade de Muda Sul Adjunto do Tesoureiro M 709. Alexandre Fabião Comunidade de Muda Sul Membro do Comité H 710. Cesaltina Luís Damião Comunidade de Muda Sul Membro do Comité M 711. Biatriz Noé Comunidade de Muda Sul Membro do Comité M 712. Vasco Muliuane Comunidade de Muda Sul Membro H 713. José Queingondua Comunidade de Muda Sul Líder do 3º escalão H 714. Armando João Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 715. Armando Chicocha Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 716. Fernando Raisse Nbunga Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 134 717. Filipe Bila Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 718. Matias André Mataisse Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 719. Domingos dos Santos Oliveira Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 720. Filipe Siventeen Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 721. Jossias Chicocha Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 722. Noé Mulijo Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 723. Nelito José Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 724. Moisés Massue Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 725. Tomás Almeida Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 726. Paulo Jossias Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 727. Tomás Jossias Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H 728. Luisa Merceta Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade M 729. Raquel Penete Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade M 730. Elisa Famiasse Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade M 731. Maria Armando Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade M 732. Marta Penete Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade M 733. Rosário João Comunidade de Muda Sul Membro da Comunidade H Província de Manica – Comunidade de Mucorozi 734. Fortunato Bizeque Bande Comunidade de Mucorozi Presidente do Comité H 735. Ernesto Francisco Comunidade de Mucorozi Secretário do Comité H 736. Joaquim Lino QUembo Comunidade de Mucorozi Fiscal e membro do Comité H 737. António Américo Comunidade de Mucorozi Fiscal e membro do Comité H 738. João Bernardo Tembo Comunidade de Mucorozi Fiscal e membro do Comité H 739. Vasco Nhamitauibo Comunidade de Mucorozi Membro do Comité H 740. Fernando Vinho Comunidade de Mucorozi Membro da Comunidade H 135 741. Quissimisse Gumundai Comunidade de Mucorozi Membro da Comunidade H 742. Jorge Ndomesa Comunidade de Mucorozi Membro da Comunidade H 743. Joaquim Felipe Comunidade de Mucorozi Membro da Comunidade H Província de Manica – Comunidade de Mutocoma 744. Manuel Joquim Comunidade de Mutocoma Presidente do Comité H 745. Fazenda Pedro Fazenda Comunidade de Mutocoma Tesoureiro do Comité H 746. Manuel chaves Comunidade de Mutocoma Secretário do Comité H 747. Eneassi Ibraimo Comunidade de Mutocoma Membro simples e Assinante da Conta H 748. Vinho Zacarias Comunidade de Mutocoma Membro simples e Assinante da Conta H 749. João Augusto Comunidade de Mutocoma Líder do 3º escalão H 750. Fernando Henriques Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H 751. Toni Bitoni Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H 752. Milton Alberto Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H 753. Armando Sebastião Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H 754. Armando Bernardo Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H 755. Joaquim Sementa Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H 756. Francisco Alberto Comunidade de Mutocoma Membro da Comunidade H Província da Zambézia – Comunidade de Muidebo 757. Cristovão Mário Bilate Mepala Comunidade de Muidebo Presidente da Localidade H 758. Azevedo Sebastião Chefe Comunidade de Muidebo Secretário do povoado H 759. Isac Muamaliua Kolongo Comunidade de Muidebo Tesoureiro do CGRN H Província da Zambézia – Comunidade de Ginama: Mulati, Canaua, Muitucula 760. Pedro João Bilange Comunidade de Ginama Presidente do CGRN H 761. Domingos Migano Comunidade de Ginama Tesoureiro H 762. Emília Alberto Comunidade de Ginama Tesoureira M Mutevule 136 763. Pinto Nhalinha Comunidade de Ginama Régulo de Ginaua H 764. Bernardo Mauia Zeca Comunidade de Ginama Presidente da Localidade de Maneia H Província da Zambézia – Comunidade de Mocubela-sede 765. Bonifácio Armando Nicolela Comunidade de Mocubela Presidente do Comité H 766. Jaime Joaquim Nafora Comunidade de Mocubela Secretário do Comité e Régulo do 1º escalão H 767. Abibo Pedro Cassamo Comunidade de Mocubela Tesoureiro e Secretário do Povoado H 768. Cássimo Sacur Comunidade de Mocubela Membro H Província da Zambézia – Comunidade de Mucarrua 769. João Muabene Comunidade de Mucarrua Presidente do Comité H 770. António Sacassina Dogoro Comunidade de Mucarrua Secretário do Comité e do Povoado H 771. Armando Ferreira Comunidade de Mucarrua Tesoureiro do Comité e Régulo do 1º escalão H 772. Gimo Muidera Comunidade de Mucarrua Membro da Comunidade de Mucarrua H Província da Zambézia – Comunidade de Maneia 773. Mendes António Comunidade de Maneia Vice-presidente do Comité H 774. Pinto Mucopeia Comunidade de Maneia Membro H 775. Lúcia João Comunidade de Maneia Secretária do Comité M 776. Carlitos Correcto Comunidade de Maneia Régulo do 1ºescalão H 777. Samuel Caetano Comunidade de Maneia Tesoureiro H 778. Maria de Lurdes Francisco Américo Posto Administrativo de Mucabela Chefe do Posto M Província da Zambézia – Comunidade de Namigonha-sede 779. Pedro Damião Iusaua Comunidade de Namigonha-sede Presidente do Comité H 780. Gonçalves Nipauge Comunidade de Namigonha-sede Secretário do Comité H 781. Jorgina Santos Paiva Comunidade de Namigonha-sede Tesoureiro M Província da Zambézia – Comunidade de Morrua 782. Gabriel Lucas Comunidade de Morrua Presidente do Comité H 137 783. Isabel Miguel Moronha Comunidade de Morrua Tesoureiro M 784. Jerónimo Francisco Malavo Comunidade de Morrua Líder comunitário do 2º escalão H Província da Zambézia – Comunidade de Minhota 785. Rosário Cristóvão Comunidade de Minhota Presidente do Conselho H 786. Fátima Victor Comunidade de Minhota Tesoureiro do Conselho M 787. Mário António Raul Comunidade de Minhota Conselheiro – Régulo 1º H 788. Júlio Nacuatiana Comunidade de Minhota Conselheiro e Régulo do 1º escalão H 789. Francisco Simplício Comunidade de Minhota Conselheiro H 790. Jacinto Alfredo João Comunidade de Minhota Secretário do 2º escalão H 791. Júlio Motega Comunidade de Minhota Membro do Conselho H 792. Júlios António Comunidade de Minhota Membro do Conselho H 793. Gonçalves Félix Comunidade de Minhota Membro do Conselho H 794. Ranete Fadiga Comunidade de Minhota Membro do Conselho M Província da Zambézia – Comunidade de Mipiode-Mocuba: Muaquina, Maria, Namaquila, Nigula Velho 795. Marcos Victor Mualama Comunidade de Mipiode Presidente do Comité H 796. Aurélio Raul Lourenço Comunidade de Mipiode Secretário do Comité H 797. Agostinho Jaime Comunidade de Mipiode Membro Fiscal H 798. Mário Amisse Comunidade de Mipiode Secretário Fiscal H Província da Zambézia – Comunidade de Mugeba-sede 799. Fernando Nunes Manuel Comunidade de Mugeba Presidente do Comité H 800. Ismael Inácio Sumeila Comunidade de Mugeba Secretário do Comité H 801. Maria Elisa Emílio Comunidade de Mugeba Tesoureiro do comité, M Régulo Mujema do 1º escalão, Líder Local Província da Zambézia – Conselho Comunitário de Gestão de Recursos Naturais do Posto Administrativo de Mocuba-sede 138 802. Jorge Alfacate Manae Mocuba-sede Presidente do Conselho Comunitário H 803. Carlos Fernando Ginove Mocuba-sede Tesoureiro H Província da Zambézia – Comunidade de Inriba-Namagoa 804. Lázaro Jaunário Mussemelo Comunidade de Inriba-Namagoa Presidente do Comité H 805. Verónica Aguachanco Comunidade de Inriba-Namagoa Régulo do 2º escalão M 806. Adolfo Sozinho Niburura Comunidade de Inriba-Namagoa Secretário da Povoação H Província da Zambézia – Comunidade de Namanjavira 807. João Segredo Mareço Comunidade de Namanjavira Presidente do Comité H 808. Paulo Fernando Cachena Comunidade de Namanjavira Tesoureiro H Província da Zambézia – Posto Administrativo de Campo 809. Zacarias Otela Campicula Posto Administrativo de Campo Presidente do Comité H 810. Moisés Gimo Massica Posto Administrativo de Campo Secretário do Comité H 811. António Samuel Messia Posto Administrativo de Campo Tesoureiro H Província da Zambézia – Conselho de Gestão de Floresta e Fauna Bravia de Campo-Sede 812. Carlos Martins Guta Campo-sede Presidente do Comité H 813. Zito Tomás Martins Campo-sede Secretário do Comité H Província da Zambézia – Distrito de Quelimane 814. Tomás Bastique DPA/SPFFB Chefe dos Serviços Interino H 815. Madalena Ernesto Uache DPA/APRONAF Técnica da APRONAF M 816. João Machel DPA/SPFFB/UMC Chefe da Unidade de MCRN H 817. Natalino Fernando Moisés SDAE-Agricultura Técnico Superior Agropecuário H Província da Zambézia – Comunidade de Mucuna 818. Amade José Nacumua Comunidade de Mucuna 2º Presidente do Comité H 819. Campos Napiajano Comunidade de Mucuna Tesoureiro H 820. Jorge Muhaniua Comunidade de Mucuna Líder do 3º escalão H 139 821. Alfredo José Victorino Posto Administrativo de Mulevala Chefe do Posto Administrativo de Mulevala Província da Zambézia – Distrito de Mocuba H 822. Esmael Ibraimo SDAE-Mocuba Director H 823. Estevão José Neves PRODEA Coordenador H 824. Daniel Pecelira Maula RADEZA Director Executivo H Província de Gaza – Comunidade de Zulo 826 Olímpio Salomão Ngruene Comunidade de Zulo Membro e Tesoureiro H 827 Luís Penicela Ngovene Comunidade de Zulo H 828 Abílio Vasco Mate Comunidade de Zulo 829 Quina Jossia Valoi Comunidade de Zulo Régulo e Líder do 1º escalão Chefe da Localidade Sede- Zulo Membro da Comunidade 830 Zaltina Zamissa Valoi Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 831 Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 832 Liliana Francisco Macovela Penina Fabião Ngovene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 833 Maria Salomão Ngovene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 834 Requina Fauvel Ngulele Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 835 Arazonha Adriano Nauna Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 836 Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 837 Marta Guejane Machavane Nelson Salomão Ngovene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 838 Lourenço João Ngovene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 839 Alfredo Salomão Mate Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 840 Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 843 Elmone Mabensene Ngovene Duna Alemão Arone Ngovene Gonçalves Fernando Nalovo Nelson Júlio Guacube Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 844 Cheks Julião Ngruene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 845 Jonar Naftal Ngovene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 846 Alberto Mestel Cubaú Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 847 Mijuel Felissau Mate Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 848 Nelasco João pereche Comunidade de Zulo Membro da Comunidade H 849 Alfina Naftal Ngovene Comunidade de Zulo Membro da Comunidade M 841 842 H M Província de Gaza – Comunidade de Banga 850 Ernesto Elias Machaule Comunidade de Banga Chefe do Bairro H 851 Simão Abua Malunjave Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 140 852 Jaime Laite Josefa Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 853 Amosse Julião Baloi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 854 Jacinto Jaime Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 855 Sérgio Jaime Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 856 Alcídio Jaime Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 857 Alex Fazmel Zita Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 858 Rui Jaime Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 859 Vativa Carlos Comunidade de Banga Membro da Comunidade M 860 Sauleta Chiuguizave Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade M 861 Cecília Sacidros ngoveni Comunidade de Banga Membro da Comunidade M 861 Jorge Jaime Ngoveni Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 862 Alzira Jossias Nhati Comunidade de Banga Membro da Comunidade M 863 Romina Mefue Manthosse Comunidade de Banga Membro da Comunidade M 864 Elves Patson Ngoveni Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 865 Fagmar Juliasse Zita Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 866 Alfredo Munjuambe Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 867 Jamião Ernesto Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 868 David Alemão Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 869 Given Alção Valoi Comunidade de Banga Membro da Comunidade H 870 Eduardo Malbaia Mativela Comunidade de Banga Membro da Comunidade H Província de Gaza – Comunidade de Mpelane 871 Vicente Massuauganhe Comunidade de Mpelane Presidente do Comité H 872 Simião Ernesto Homo Comunidade de Mpelane Chefe da Localidade H 873 José Massuauganhe Comunidade de Mpelane H 874 Américo Fernando Sitoe Comunidade de Mpelane Régulo e Líder do 1º escalão Assinante da Conta 875 Berta Chongo Comunidade de Mpelane Assinante M 876 João mbenhane Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 877 Lourenço Licula Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 878 Fernando Bila Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 879 Paulo Valente Ngovene Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 880 Sebastião Cossa Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 881 Armando Ngovene Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 882 Armando Maguinga Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 883 Daniel Macamo Comunidade de Mpelane Membro da Comunidade H 884 Francisco Chaúque Comunidade de Mpelane Membro do Comité H 885 Saquina Muiaculo Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 886 Maria muiocha Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 887 Celesta Mucarre Comunidade de Mpelane Membro do Comité M H 141 888 Paulina Cossa Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 889 Salmina Cuna Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 890 Amélia machauane Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 891 Leonor Sambo Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 892 Elisa Simango Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 893 Lurdes Ngovene Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 894 Marta Cuna Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 895 Alice Sitoe Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 896 Celesta Cutana Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 897 Generosa Boca Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 898 Joana Sitoe Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 899 Norte Salomão Comunidade de Mpelane Membro do Comité H 900 Gilda Macamo Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 901 Maria Macacula Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 902 Savita Chaúque Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 903 Helena Tivane Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 904 Amélia Faustino Comunidade de Mpelane Membro do Comité M 905 Roda Maclaila Comunidade de Mpelane Membro do Comité M Província de Gaza – Comunidade de Banze 906 António Mbavene Comunidade de Banze Presidente do Conselho H 907 Alice Moisés Matenzua Comunidade de Banze Tesoureiro M 908 Ricardo Júlio Chicolo Comunidade de Banze Líder do 1º escalão H 909 Américo Mecer Banza Comunidade de Banze Líder do 3º escalão H 910 José Fabião Langa Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 911 Lazara Jaime Manhique Comunidade de Banze Chefe da Povoação M 912 André Enoque Muhate Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 913 Tomás Simião Tandamela Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 914 António Salomão Bacejo Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 915 Abílio João Nhatuve Comunidade de Banze Secretário da localidade H 916 Enatera Albino Nhampule Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 917 Lúcia Aurélio Valoi Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 918 Escolastião Júlio Munhoso Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 919 Felimene Estevão Simbine Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 920 Ana Salomão Langa Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 921 Regina Lucas Massanga Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 922 Lúcia Antónia Massango Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 923 Joana Anibal Bauze Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 924 Rosita Viante Sambo Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 142 925 Gilda Alberto Nhantumbo Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 926 Enatro Jaime Maubefere Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 927 Celesta Noa Mazivila Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 928 Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 929 Laurinda Joaquim Munguembe Rosa Ernesto Manjate Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 930 Elivia Simião Banze Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 931 Analécia Bento Midime Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 932 Helena José Banze Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 933 Celesta Alfabeto Banja Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 934 Conatrécio Gabriel Banja Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 935 Olária Bazílio Nhancale Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 936 Gimilaria Gabriel Langa Comunidade de Banze Membro da Comunidade M 937 António Fernando Ngovene Salomão Enoque Cossa Comunidade de Banze Membro da Comunidade H Comunidade de Banze Membro da Comunidade H 938 Província de Gaza – Comunidade de Chilumbele 939 Aurélio Simbana Comunidade de Chilumbele Presidente do Comité H 940 Joaquim Manjate Comunidade de Chilumbele Secretário H 941 Rosa Lúcio Simbene Comunidade de Chilumbele Tesoureiro M 942 Samuel Alezandre Langa Comunidade de Chilumbele Líder do 2º escalão H 943 Delfina Ernesto Langa Comunidade de Chilumbele Membro do Comité M 944 Benta Monaze Comunidade de Chilumbele Membro da Comunidade M 945 Rogério Alberto langa Comunidade de Chilumbele Membro da Comunidade H 946 Cristina Manjate Comunidade de Chilumbele Membro da Comunidade M 947 Fanisa Conjo Comunidade de Chilumbele Membro da Comunidade M 948 Fátima Augusto Muchaufa Comunidade de Chilumbele Membro da Comunidade M 949 Laura António Langa Comunidade de Chilumbele Membro da Comunidade M 950 Pedro Jemusse Capinga Posto Administrativo de Zulo H 951 952 Sr. Geral do Francisco Chaúque Zacarias Aroni Sonto SDAE/Sector F.F.B- Distrito de Massingir Administração de Guija Chefe do Posto Administrativo de Zulo Técnico do FFFB Administrador H 953 António Vasco Novele Operador Florestal H 954 Samuel José da Conceição Chitambo Chefe do Posto Administrativo H 955 Constantino Muianga Serração E Carpintaria de Distrito de Mangacaze Posto Administrativo de Mazucane de Distrito de Mangacaze ITC – Gaza, Xai -Xai Oficial de Campo do ITC H 956 Mário Jerónimo Boane ITC – Gaza H 957 Arsénio Chalengo SPFFB- Gaza Associação para o Desenvolvimento para as Comunidades RuraisADCR Chefe da UMPC 143 H H 958 Beatriz Essina António Joaquina Luís Posto Administrativo de Nguzene Chefe dp Posto M M PROVINCIA DE MAPUTO 959 Sandra Mucavele SPFFB 960 António Bope SDAE Tecnica Reparticao de Maneio Tecnico-Agropecuario 961 Wilson Tembe Comunidade de Pochane Regulo H 962 Luis Jorge Pele Comunidade de Pochane Secretario da Povoacao H 963 Julião Ngove Comunidade de Pochane Presidente-CGRN H 964 Lucy Ngove Comunidade de Pochane Vive-presidente CGRN M 965 Elisa Timane Comunidade de Pochane Tesoureira M 966 Noa Machava Comunidade de Pochane Membro da Comunidade M 967 Laison Tembe Comunidade de Ndane Membro da Comunidade H 968 Antonio Mabica Comunidade de Ndane Membro da Comunidade H 969 Noa Jacob Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 970 Argentina Tembe Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 971 Julieta Tome Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 972 Amélia Nhondo Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 973 Estevão Cornelio Comunidade de Ndane Membro da Comunidade H 974 José Ndlate Comunidade de Ndane Membro da Comunidade H 975 Filipe tembe Comunidade de Ndane Membro da Comunidade H 976 Linde Nambula Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 977 Paz Ramos Comunidade de Ndane Membro da Comunidade H 976 Laura Antonio Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 976 Priscila Tembe Comunidade de Ndane Membro da Comunidade M 977 Mário Cualo Comunidade de Kwachy President do CGRN H 978 Simão Nhabimbe Comunidade de Kwachy Secretario-CGRN H 979 Francisco Njhate Comunidade de Kwachy Membro da Comunidade H 980 Sebastião Nuvunga Comunidade de Kwachy Membro do CGRN H 981 Matilde Mundlovo Comunidade de Kwachy Membro do CGRN M 982 Lizeta Tembe Comunidade de Kwachy Membro do CGRN M 983 Patrício DNTF H 984 Hilário Akissa DNTF-Departamento de Florestas Chefe do Departamento de Normacão e Controlo Técnico H H Ndyambawana 985 Darlindo Pechiço DNTF-Departamento de Florestas Técnico H 986 Reiner Mikaela DNTF-APRONAF Coordenador da APRONAF H Legenda: H- homem, M-mulher 144 Anexo3. Província de Niassa Tabela 8: Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor Projecto Situação Actual Indústria moageira (compra e Não funcional/ avariada após 04 instalação) – 69.000,00mt meses de funcionamento. recebido (meticais) Cuamba Muitetere 85.000,00 Comité em revitalização Micro-crédito de 300 `a 500.00, a 8 Não houve desembolso famílias locais,- 16.000,00 devolução após 05 anos após empréstimo Muicuna Mecunica 35.000,00 80.000,00 Metarica Mepuera 46.000,00 Distribuição pelo régulo, adjunto, Comité desfeito. Necessidade de secretario e assinante da conta revitalização Produção de gergelim em 4 Devido a chuvas intensas não comunidades, (machambas de 2ha houve produtividade, campos cada) perdidos Comparticipação na abertura de 04 03 funcionais, existe um furos de agua sistema gestão das fontes Subsídio de deslocação dos Comité já não funciona assinantes ao Banco, Lichinga Distribuição pelos régulos locais e Chefe de localidade 145 Anexo 4. Província de Cabo Delgado Tabela 9: Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor recebido Projecto implementado Situação Actual Construção de 3 salas de aulas. Está a funcionar (mt) Montepuez Nacololo 125.500,00 Compra de carteiras para as salas de aulas Construção de Mesquita Construção de um Está a funcionar mercado Está a funcionar público Comparticipação na abertura de 5 3 a funcionar 2 avariados furos de água Compra de 4 redes para afugentar Encontram-se estragados. Os os macacos das machambas ratos roeram e a acção do sol contribuiu para a destruição das redes Construção da casa para o Chefe Está a funcionar da Localidade Compra e distribuição de um casal Nenhuma família devolveu os de cabritos à 40 famílias cabritos a outras famílias há mais de 2 anos. Ntele 150.000,00 Construção de uma mesquita Está a funcionar Construção de um Posto de Saúde Não está a funcionar, porque o agente de saúde afecto no local perdeu a vida. O edifício está se degradar há mais de um ano. Comparticipação de 2 furos de Um está a funcionar. O água segundo ainda não foi aberto, mas o Chefe do Posto que foi transferido para Quissanga, disse ter pago à empresa para abrir o segundo furo há mais de 2 anos. 146 Compra de 26 bicicletas Está a funcionar distribuídas para os 14 clãs, chefe da aldeias e secretários do bairro, Construção de um campo de Está a funcionar futebol Compra de material de futebol Compra de 28 sacos de sal Consumidos distribuídos pelas famílias na comunidade Compra de uma moageira para Sem informação processamento de cereais 10 Nanhumpu 11 68.000,00 Construção de 3 salas de aulas e Está a funcionar duas casas para os professores. Natulo 12 114.000,00 13 Construção de mercado público A funcionar, mas os vendedores no mercado não querem pagar a taxas do mercado alegando que os fundos da mercado construção do são para a comunidade e não há motivos para uma outra contribuição. Compra de duas mesas e 12 A ser usados pelos membros cadeiras Compra do GCRN de 6 redes para Distribuídos pelos membros afugentamento de macacos das da comunidade machambas Namoro 14 45.000,00 15 Construção de 3 salas de aulas e Está a funcionar 10 Esta moageira foi entregue a comunidade de Nairotho. Os membros do CGRN e a comunidade local não receberam informação sobre a transferência de fundos dos 20% na conta bancária da outra comunidade. Assim, a comunidade de Ntele levantou e usou todo o dinheiro que havia na sua conta bancária. 11 Os membros do CGRN entrevistados durante o presente trabalho manifestaram a sua preocupação em relação ao processo de canalização dos 20%. Pois, apesar de haver a exploração florestal não estão a receber os fundos há mais de 2 anos. Esta situação está inquietar a população em geral que pensa que os membros do CGRN estão a usar individamente os seus fundos. 12 Apesar de haver exploração dos recursos não recebem os 20% há mais de 2 anos. Isto está criar desconfiça na população local, pensado que os membros do CGRN estão a usar o dinheiro para fins pessoais. 13 Dinheiro dividido por duas povoações (Natulo Sede e Manine) 14 A população diz ter recebido os 20% só em 2007, e até a altura da realização deste presente estudo ainda não tinam recebido mais, apesar de estarem operadores florestais a explorar o recurso. 15 Dividido para duas aldeias (Namoro Sede e Gornja) 147 um escritório pedagógico Nicocué 16 14.700,00 Nenhum projecto Dinheiro ainda não usado desde 2009. Os membros do CGRN dizem que está guardado por um cidadão e não se pode dizer o seu nome por razões de segurança. Maputo 14.700,00 Construção de 2 salas de aulas 90.500,00 Compra Está a funcionar Familiar Ancuabe Nacoja de processamento moageira de para Avariada há mais de 2 meses cereais e combustível Construção de um alpendre para a A moageira está guardada no moageira e manutenção da alpendre moageira Nacaca 110.000,00 Construção duma represa para Nunca funcionou. Não se conservar água para o uso da sabe ao certo o paradeiro dos Nanuni 40.000,00 população no tempo de seca antigos membros do CGRN. Construção de 2 salas de aulas Ainda não foi utilizada. Espera-se que seja utilizada no início de 2012. Naquali 10.000,00 Comparticipação para abertura do Está furo de água. a funcionar. A população consome água da fonte Compra de bambús para a Não se sabe ao certo o que construção das salas de aulas na aconteceu escola local Compra de 4 cadeiras para o partido Frelimo Juravo Chiúre 49.100,00 Limpeza duma área de 2,5ha para Ainda a produção agrícola não deu nenhum resultado Distribuição para cada membro do Não há nenhuma previsão da CGRN devolução 17 16 A comunidade já tinha planificado o uso dos 20% para a comparticipação na abertura de dois furos de água e represa para conservar água para o uso no tempo seco pela população local. Também a comunidade acha que está partilhar o dinheiro dos 20% com comunidades que não estão na área de corte indicados durante a consulta comunitária. 148 Micro-credito que varia de Nenhum beneficiário devolve 500,00MTN à 700,00MTN por o micro- crédito cada beneficiário Milapane 0 Não recebeu os fundos dos 20% apesar de constar na lista da DPA-Cabo Delgado que o dinheiro foi transferido para comunidade um valor de 15.000,00MTN. (Ver a foto,,,) Micolene 0 Não recebeu os fundos dos 20% apesar de constar na lista da DPA-Cabo Delgado que o dinheiro foi transferido para comunidade um valor de 55.000,00MTN dividido por duas comunidades (Ver a foto...) Matiquiti 100.000,00MTN Micro – crédito, que varia de Nenhum beneficiário 5.000,00 a 10.000,00 por cada devolveu beneficiário o dinheiro emprestado apesar de existir procedimento. Cada beneficiário deve entregar o empréstimo com uma taxa de juro de 500,00MTN. Não há previsão da devolução. Todos que receberam presentes no afirmaram não créditos encontro ter bons sucessos apesar de terem comprado bicicletas, motorizadas, construção de casas, construção e abertura de cantinas locais (barracas) para a venda de diversos 17 Cada membro do CGRN recebeu 700,00MTN, para uso individual. 149 produtos e bens de uso local. Katapua 100.000,00MTN Micro – crédito, que varia de Nenhum beneficiário 10.000,00 à 25.000,00 por cada devolveu beneficiário o dinheiro emprestado apesar de existir procedimento. Cada beneficiário deve entregar o empréstimo com uma taxa de juro de 500,00. Não há previsão da devolução. Todos que receberam presentes no afirmaram não créditos encontro ter bons sucessos apesar de terem comprado motorizadas, bicicletas, construção de casas, construção e abertura de cantinas locais (barracas) para a venda de diversos produtos e bens de uso local. Meculane 100.000,00 Micro – crédito, que varia de Nenhum devolveu o crédito 10.000,00 à 15.000,00 por cada apesar beneficiário de existir procedimentos. 5.000.00 alguns Para cada emprestado o beneficiário deverá entregar uma taxa de juro de 500,00 em cada fim do ano. Construção da casa da Chefe da Em construção, ainda não foi Localidade coberto. A espera do outro dinheiro para terminar a cobertura. Construção da Sede do CGRN Tramitação dos documentos para Em processo, com apoio da a legalização do CGRN em Fórum Terra de Associação Delgado. Entrega à 2 régulos Para o uso individual Cabo Estabelecimento de um viveiro Ainda não sabem onde vão 150 florestal com 150 plantas nativas plantar. 151 Anexo.5. Província de Nampula Tabela 10: Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor Projecto Situação Actual Chapas de zinco e barrotes A escola está em funcionamento recebido (mt) Meconta Nicarro 56,237.00 para a cobertura das salas de aulas Nacoma 134.000,00 Abertura de uma machamba A falta de chuva causou a perda associativa de 4ha total da plantação Micro-crédito para gerar Bom nível de desembolso lucros (juros para a compra da previsão para compra da moageira) moageira em junho de 2012 Construção de uma cantina Não está em funcionamento- para a venda de produtos alimentares Cobertura de um posto de Posto funcional com cobertura socorro local de chapas de zinco Abertura de furos de água Furo de água não existente, dinheiro na posse do tesoureiro, que não existe por pagamento de viagens `a Nampula para saber do dinheiro de 2010. Japire 17.000,00 Abertura de um furo de água. Está a funcionar Compra de castanha para Obtiveram lucro de 12. 000,00 revender Mt que tencionam construir o Compra de gergelim dos furo de água. moradores da comunidade Meco 28.007,00 Cobertura para sala de aula Sala de aula funcional Empréstimos rotativos Não houve nenhum reembolso Dinheiro gasto com viagens a cidade para saber se houve ou não outro depósito dos 20%. Natira Dinheiro gasto com viagens a cidade para saber se houve ou não outro depósito dos 20%. 152 O régulo local ficou com de parte do valor sem o consentimento da população. Muecate Namede 26.000.50 Reabilitação de 3 furos de Furos em funcionamento agua estragados Compra de 20 bancos para a Bancos operacionais. As escola. crianças utilizam os bancos para o processo de ensino e aprendizagem Gracio 20.392.500 ,00 Chapas de zinco para a Escola existente e sem coberta cobertura de salas de aula de chapas de zinco por falta de dinheiro para o pagamento do carpinteiro Napai 34.904.50 Construção de 2 furos de água Furos de agua em funcionamento Marcelino 13.377.00 Construção de 2 furos de água Furos de água em funcionamento Mogovolas Quonela 38.500.00 Construção de salas de aula 3 salas de aulas funcionais com cobertura de chapas de zinco Mahula 6.000.00 Furos de água 2 furos de água operacionais. A população consome a água. Ntite/ Mutolene 3,500.00 Furo de água O dinheiro não foi suficiente e ficou com o presidente do CGRN 153 Mbuva 17.000.00 Construção de furos de água Não foi construído. O chefe do Posto Administrativo ficou com o dinheiro e foi transferido Ussene 51.000.00 Construção de uma sala de Sala de aula em funcionamento aula Natite 21.000.00 Construção de um furo de Ainda em processo de água negociação para a sua execução Construção de salas de aulas 3 salas de aulas funcionais e um convencionais com blocos de bloco administrativo funcional cimento Moiolela 180.000.00 Cobertura de 4 salas de aula e As quatro salas e o gabinete da um gabinete do director direcção da escola estão em funcionamento 154 Anexo 6. Província da Zambézia Tabela 11. Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor recebido Projecto Situação Actual Construção de uma escola A construção está por (mt) Ile Morrua 563.100,00 (Total 20072009) concluir Abertura de 4 fontes de água (poços) Dois furos estão a funcionar e dois não têm água Aquisição de enxadas Distribuídas gratuitamente as pessoas da comunidade Namigonha- 612.622,00 Em 2006 receberam cabritos da sede Ninguém sabe onde estão e foram ditos que eram os 20% os cabritos distribuídos Fomento pecuário - 217cabritos Não se sabe da evolução sede dos animais. Inturo Gunguro Morrua Compra e distribuição de Distribuição gratuita instrumentos agrícolas Maneia 52.000,00 Construção de duas salas de aulas Não foi possível ver Construção de uma cantina Não foi possível ver Construção da casa mãe espera Está a funcionar embora ainda não totalmente Maganja da Costa concluída (Ver a foto:...) Ginama 327.720,00 Fomento pecuário-cabritos para as 4 Não se sabe sobre a Mulati (Total 2006- comunidades evolução da multiplicação Canana 2009) dos cabritos entregues aos Muitucula beneficiários Construção de cantina (banca) em Construção concluída mas Ginama não está a funcionar. A população leva os produtos a crédito e não 155 paga. Micro-crédito para compra de Sem informação. A mercadoria para a cantina (banca) cantina estava fechada no momento da visita ao local sem nenhuma pessoa para dar informação. Muidebo Não tem registo Construção de uma escola Está concluída e a funcionar Banca Está fechada e sem mercadoria Mocubela sede 839.509,00 Fontes de água (poços) Estão sem água agora Compra de 2 moageiras Uma não está a funcionar e não foi possível ver outra Pagamento de fabrico de blocos e Não foi possível ver o compra de barrotes para Posto de posto de socorro socorro Outros valores foram usados para as necessidades do Posto Administrativo e uma parte entregue a rainha para guardar na sua casa Mucarrrua 30.000,00 Construção de uma sala anexa a EP1 Ainda não está concluída e não está sendo usada Mocuba Minhote 20.000,00 Fabrico de tijolo e material de Está concluída construção para uma escola com 3 salas de aulas Mugeba sede 74.000,00 Fomento pecuário – cabritos Não há registo da evolução do fomento pecuário Abertura de uma machamba colectiva Não está a produzir nada Abertura de uma carpintaria A informação sobre o estado actual da carpintaria não é consistente 156 Concelho de Os informantes Abertura de fontes de água (poços) Mocuba sede não tinham poços e os informantes Inriba informação dos não sabiam dizer sobre o Micharo valores recebidos estado dos projectos Julião Não foi possível ver os implementados Mpuanha Tondue Mude Bive Aquisição de material de construção Não foi possível ver as para 3 escolas escolas Compra de caprinos para fomento Não há ainda a pecuário multiplicação dos animais Aquisição de 2 moageiras Não sabem dizer se estão a funcionar, Namanjavira- 229.320,00 em sede 2008 e não sabem Alto Benfica dizer os valores Mucamura dos outros anos Aquisição de 2 moageiras Não estão a funcionar Compra de material de construção Está a funcionar para escola Mopeia Campo-sede 942.052,00 Abertura de fontes de água (poços) Não estão a funcionar Compra de 1 motorizada para o Não foi possível ver a comité de gestão motorizada Compra de material de construção Em Mopeia, não foi para salas de aulas (escola) possível ir ver os projectos implementados Construção de Posto de socorro Abertura de fontes de água Raposo 229.900,00 Compra de caprinos para fomento Não se sabe sobre a pecuário evolução dos animais Abertura de fontes de água (poços Não estão concluídas com bomba manual) Aquisição de material de construção Não está concluída para escola 157 Anexo 7. Província de Tete Tabela 12. Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor recebido (mt) Projecto Situação Actual Changara Nhamajanela Não se lembram Aquisição e montagem de uma Está a funcionar Moageira Compra de Chapas para a Está a ser usada pelas cobertura da escola feita com crianças material local Compra de cabritos para Nenhum dos beneficiários fomento multiplicou os cabritos recebidos Chipembere Micro-credito para negócio e o Os negócios estão a Nhacandenga valor recebido em 2011 está no funcionar mas não há Cangolo banco guardado. devolução dos valores. Micro-credito (xitique) Não há negócio visível e Ntemangau 381.770,00 5.500,00 Cahomba não estão a devolver os Chimoio valores recebidos. Doca Moatize Monga Os membros da Construção de um Posto de Está concluído e a ser comunidades e Socorro usado pela comunidade. docomité presentes No momento da visita o não souberam dizer os socorrista estava ausente valores recebidos Khokhue 62.500,00 Construção de uma escola com Está por concluir embora material convencional junto de a ser já usada. As crianças uma antiga escola de construção já usam as salas para o com material local já degradado processo de ensino e aprendizagem Madamba 251.000,00 Não foi usado na comunidade O presidente e o tesoureiro mudaram de residência para cidade de Tete e não se sabe do paradeiro do valor recebido 158 Anexo 8. Província de Sofala Tabela 13. Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor Projecto Situação Actual recebido (mt) Gorongosa Canda 286.665,97 (Total Aquisição e instalação de uma Está 2007- moageira 2009) Aquisição concluída e a funcionar bem de chapas para a Salas danificadas agora cobertura da escola a pedido do cobertas Posto Administrativo Aquisição de enxadas Distribuídas gratuitamente as pessoas da comunidade Juchenge 500.000,00 Aquisição e instalação de 3 A moageira e a carrinha moageiras estao Compra de uma carrinha escola a funcionar e a esta coberta segundo informacao dos Compra de chapas de zinco para a entrevistados. cobertura de salas de aulas Nhambita 88.623,95 Contribuição para a construção de Está a funcionar uma escola Maringue Maneto - Aquisição de moageiras Sem informação. Não foi possível visitar as moageiras. Micro-crédito Não há negócio visível nem devolução dos valores recebidos Nhamatanda Mucombezi 120.000,00 Pagar licenças exploração florestal e guias de Continuam a madeira e carvão. 159 explorar Anexo 9. Província de Manica Tabela 14. Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor recebido Projecto Situação Actual (mt) Gondola Pyndanyanga 563.100,00 (Total Compra de chapas para a cobertura Chapas 2007- da casa dos professores 2009) ainda em bom o negócio estado. Compra de chapas para a cobertura da sede da Localidade Pagamento de guias e licenças de Continua exploração de recursos florestais do CGRN e da comunidade mas com gestão deficiente Micro-credito Não são resultados visíveis dos os negócios individuais. Muda-Sul 257.000,00 Abertura de poço com bomba Está a funcionar Aquisição de uma moageira Está a funcionar Micro-credito Sem informação manual Festa, viagem de troca de Fiscais fardados experiências, cursos de capacitação e fardamento para fiscais comunitários Mucorozi 71.000,00 (Total Micro-credito para abertura duma Não houve devolução dos 2006- machamba valores concedidos e não 2009) houve produção Compra de telefones, bicicletas, Estão com os membros do lanternas, pilhas e candeeiros CGRN em casa para uso individual Participação em seminários e curso Os membros da comunidade de capacitação Mutocoma 149.415,20 e CGRN capacitados Micro-credito para o estabelecimento Há de cantinas comercialização diversos (bancas) de para algumas bancas a a funcionarem mas não houve produtos ainda devolução dos valores concedidos aos beneficiários Compra de telefones para presidente Os bens comprados estão do comité e chefe da Localidade e operacionais e 160 usados bicicletas individualmente pelos beneficiários Realização da cerimónia agradecimento aos espíritos de Realizada e comunidade satisfeita Pagamento de mudas de eucaliptos As mudas ainda não foram para o reflorestamento recebidas na comunidade Pagamento das despesas para a Os membros da comunidade realização de um seminário capacitados 161 Anexo 10. Província de Inhambane Tabela 15. Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor Projecto Situação Actual recebido (mt) Govuro Cubimo 315.000,00 Compra de chapas de zinco e A escola está a funcionar barrotes para a cobertura das salas de aulas Abertura de um furo de agua Chigamane 60.000,00 Micro-crédito aos comerciantes Os comerciantes ainda estão a locais operar mas nenhum devolveu o valor concedido Construção da casa mãe idosa. Está a funcionar. O alpendre está em boas condições Inhassoro Rumbatsatsa Buchane 75.000,00 95.000,00 Abertura e manutenção de bombas 12 furos de água assistidos e a de água. funcionar Compra de uma Moageira a Diesel Moageira existente e a funcionar. Nenhum O dinheiro não foi usado está na posse do tesoureiro Vilanculos Muabsa 46.350,00 Cobertura de sala de aula Sala de aula em funcionamento Construção de casa e cozinha para Casa e cozinha do chefe do posto o chefe do Posto Administrativo habitável Abertura de furo de água Furo de água em construção Construção de sala de aula na Quequer B 59.000,00 escola A sala de aula existente e funcional Construção da sede do círculo Circulo existente onde realizam as reuniões 162 Compra de peças para a manutenção de furos de água Furos de água em funcionamento Construções de uma barraca no mercado para os vendedores guardarem os seus materiais. Macumene 230.000,00 Barraca em funcionamento no mercado local Um valor 63.000.00Mt redistribuído por 3 comunidades Um valor de 78.000.00 Mt entregue a comunidade de Mbovane; Um valor de 21.000 Mt entregue a cada comunidade: Macumene, Chicomo, Mbuva Um valor de 110.000,00 meticais, Salas de aula e gabinete do utilizado na construção de 3 salas director funcionais de aula, um Gabinete do director da escola e a casa do director da O director reside na casa escola. Docolo 8.000,00 Manutenção de 2 furos de água Furos de água em funcionamento Murure-sede Nunca se beneficiaram do valor por falta de conta bancária, mas existe um valor 162.004,00 Meticais que pertence a comunidade segundo informação dos SPFFB de Inhambane. 163 Anexo 11. Província de Gaza Tabela 16: Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor recebido Projecto Situação Actual (mt) Massingir Zulo Não sabe mas Construção de uma sala de Esta por concluir por falta de levantou reuniões da comunidade mais fundos 50.000,00 Banga 55.000,00 Aquisição de uma motobomba e Não se sabe onde esta a tubagem de rega para machamba motobombas e a tubagem. e pomar Não há nem machamba nem pomar. Guija Mpelane 29.028,00 Compraram chapas para Tudo está concluído e a ser cobertura de uma sala de aula, utilizado. casa do director da escola e um alpendre para reuniões para a comunidade Manjacaze Banze ChilumbeleB Nunca Nada feito estão esperando pelo receberam valor dos 20% prometido. Nunca Nada feito, estão esperando pelo receberam valor dos 20% prometido. 164 Anexo 12. Província de Maputo Tabela 17: Projectos implementados nas comunidades visitadas Distrito Comunidade Valor recebido Projecto Situação Actual Nenhum Desde 2008, que tomaram o (mt) Matutuine Kwachy Nunca foram levantar mas tem conhecimento na conta 19.838,00 11,120.00 de que tinham meticais. Não levantaram o dinheiro porque acharam que é pouco não da para os projectos planificados Ndane Valor transferido 5.000,00 compra de na conta 41.282,00 produtos para a visita da Levantaram apenas governadora em 8.000,00 2008 3.000,00 estão guardados pelo tesoureiro desde 2008 Pochane Valor transferido 13.000,00 compra Desistiram de fazer os viveiros 60.063,00 de vasos e mudas para fazer o reflorestamento; para o Levantaram reflorestamento 13.000,00 em 2008 17.220,00 em 2009 A máquina de fazer bloco existe, 17.220,00 está ser usada pela comunidade. compraram máquina para fazer bloco 165 Anexo. 12. Alguns projectos visitados durante o estudo Fotos 20 e 21 : Um dos furos de água de Mepuera e a moageira de Muitetere já avariada Foto 22. Beneficiários de micro-crédito. A motorizada comprada com o dinheiro resultante do negócio da cantina. Fotos 23 e 24 . Cobertura das salas de aula na comunidade de Nicarro e salas de aulas convencional na comunidade de Quonela-Mogovolas 166 Fotos 25 e 26 . Uma moageira avariada na comunidade de Mocubela-Sede e uma banca fechada na comunidade de Muedebo, negocio parado, na província da Zambézia. Fotos 27 e 28 . Moageira na comunidade de Nhamajanela, distrito de Changara. e uma escola melhorada que está sendo construída com os 20% em Khokhue- Moatize, província de Tete. Foto 29: Escola construída com parte dos 20% - Nhambita–Gorongosa-Sofala 167 Foto 30. Chapa para casa dos professores compradas com os 20% - Pyndanyanga –GondolaManica Fotos 31 e 32. Cobertura das salas de aula na comunidade de Cubimo e um dos furos de água na comunidade de cubimo Fotos 33, 34 e 35 . Escola reabilitada, furo em construção e uma cozinha da casa do Chefe do Posto Administartivo. 168 Foto 36. Projecto da comunidade de Zulo, distrito de Massingir, província de Gaza, uma sala de reuniões comunitária não concluída. 169