proteja o ambiente proteja o ambiente

Transcrição

proteja o ambiente proteja o ambiente
cardio-dúvidas:
www.facebook.com/saudenoticias
DEZEMBRO2012 | N.º 03 | ANO I | MENSAL
+ Este jornal é gratuito, pelo que não pode ser comercializado +
Conheça a doença aterosclerótica e os fatores
de risco, entre os quais se
destacam o tabagismo e
o excesso de colesterol.
Veja na página 11
diretora-geral: Ana Santos
proteja o ambiente
faça
faça a
a reciclagem
reciclagem das
das suas
suas
embalagens
embalagens de
de medicamentos
medicamentos
Junte-se
Junte-se a
a nós
nós numa
numa campanha
campanha
de
de responsabilidade
responsabilidade social
social
ee ambiental
ambiental
Dificuldades no acesso
a medicamentos inovadores
Há doentes com doenças inflamatórias autoimunes
que só podem tomar determinados medicamentos,
entregues na farmácia hospitalar. Sem aquele
fármaco não conseguem ter qualidade de vida e a
sua situação clínica tende a deteriorar-se dia após
dia. Conheça o testemunho de uma doente a quem
foi negado o tratamento. Saiba mais na página 04
Saúde infantil no inverno
Com a chegada do frio intenso, aumentam as
probabilidades de o seu filho vir a ter uma infeção
respiratória. Umas das mais prevalentes é a
amigdalite aguda, mas pode haver outras. Saiba
quais são os sintomas e os tratamentos com os
conselhos de Inês Soares da Cunha, do Serviço
de Otorrinolaringologia (ORL) do Hospital Dona
Estefânia. Veja na página 12
breves
Figuras públicas assinalam
Dia Mundial da Prematuridade
editorial
VALORMED - Medicamentos
com final feliz
A responsabilidade social e ambiental do setor farmacêutico está em destaque nesta edição do “Saúde Notícias”.
Em nome da saúde, mas também do ambiente, os medicamentos fora de uso (porque já não precisamos deles
ou porque estão fora de prazo) e até mesmo as embalagens vazias, devem ser entregues nas farmácias, a partir
de onde serão encaminhados para um destino seguro.
Sem riscos para as pessoas e para a natureza.
Todos nós temos uma farmácia doméstica, com medicamentos que guardámos ou porque os sintomas passaram
ou porque não cumprimos à risca as indicações terapêuticas dadas pelo médico (o que no caso dos antibióticos
nunca deveria acontecer). Muitos desses fármacos já estarão desprovidos das suas embalagens originais ou já
perderam a bula informativa, aquele folheto fundamental
para se conhecer melhor o medicamento. É igualmente
provável que alguns desses medicamentos fiquem esquecidos para além do prazo de validade, tornando-se
assim potencialmente perigosos para a saúde.
A VALORMED – Sociedade Gestora de Resíduos de
Embalagens e Medicamentos, é uma entidade criada pelas
associações representativas da indústria farmacêutica, das
farmácias e dos distribuidores de medicamentos e tem o
objetivo de recolher, transportar e eliminar as embalagens e
medicamentos fora de uso, com toda a segurança.
Entregar as embalagens e medicamentos fora de uso
nas farmácias é um procedimento ao alcance de todos,
sobretudo quando já nos habituámos a separar o lixo doméstico de acordo com o tipo de material e a depositá-lo
nos ecopontos, para posterior reciclagem. Os medicamentos é que nunca devem ser deitados no lixo; entregue-os
na farmácia, contribuindo para reduzir os riscos inerentes
à sua manipulação acidental ou indevida e para reduzir
os riscos de contaminação ambiental. Os resíduos entregues nas farmácias são reencaminhados para um Centro
de Triagem para separação de material objeto de reciclagem, com notórios ganhos ambientais quando comparada
com a eliminação destes resíduos em aterros sanitários.
Os bebés prematuros do Hospital D. Estefânia receberam
a visita da apresentadora da RTP, Diamantina Rodrigues,
e da animadora da RFM, Carla Rocha, no Dia Mundial da
Prematuridade, que decorreu a 17 de novembro.
Os pais dos recém-nascidos que se encontram internados
na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do hospital
tiveram um dia diferente com esta iniciativa que contou com
a colaboração da NUK, uma marca de produtos de puericultura.
O objetivo era promover a partilha de experiências e dar a
conhecer o dia a dia deste serviço, onde as crianças enfretam, todos os dias, problemas de saúde.
No final também tiveram direito a presentes da NUK.
Portugueses demasiado
expostos ao ruído
A diabetes continua a ser
uma preocupação
Portugal tem apenas 68 municípios com mapa de ruído ambiente, destes todos registam valores acima do permitido e
nenhum entregou os planos de redução do ruído exigidos
pela União Europeia, alerta a Quercus.
Portugal é o país da União Europeia (UE) com maior prevalência de diabetes, de acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE). No total dos estados-membros da União Europeia,
analisados em 2011, a média da diabetes é de 6,4 por cento,
enquanto Portugal atinge 9,8 por cento.
O vice-presidente da Quercus, Francisco Ferreira, explicou
à Lusa que o excesso de ruído pode ter consequências negativas, que vão além do simples incómodo. Stress, dores
de cabeça, perturbações do sono e até aumento das doenças cardiovasculares podem ser consequência do excesso
de ruído.
Apesar de existir legislação, o responsável admite que as
medidas exigidas são complicadas do ponto de vista técnico
e por vezes político e podem implicar mudar pavimentos,
reduzir velocidades ou retirar tráfego, o que dificulta a praticabilidade das medidas exigidas.
Após terem analisado, em 2011, a população adulta, entre
os 20 e os 79 anos, foi verificado que Chipre e Polónia
tinham também uma prevalência da doença acima dos 9
por cento.
Os países com menor número de casos de doença foram a
Suécia, Luxemburgo e a Bélgica, todos com uma prevalência inferiores a 5 por cento, segundo o mesmo relatório.
Em Portugal, a diabetes foi inclusive a principal causa de
morte de cerca de 100 mil pessoas nesse ano.
Juntos no combate
às doenças respiratórias
As farmácias comunitárias e os profissionais de saúde que
nelas trabalham constituem elos essenciais nesta mensagem ambiental a transmitir às populações, pelo que a
VALORMED presta anualmente homenagem às farmácias
que mais se evidenciaram na recolha de resíduos de embalagens e medicamentos fora de uso.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) estabeleceu um protocolo com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia. O objetivo é prevenir e combater as doenças
respiratórias através do projeto “Saúde Mais Próxima” da
SCML.
Para que a nossa relação com os medicamentos tenha
um final feliz, há que respeitar um conjunto de procedimentos. Em nome da Saúde, mas também do Ambiente:
A assinatura do protocolo acontece após as duas instituições terem colaborado, entre maio e junho, em ações de
rastreio das doenças respiratórias, como alergias, asma, tabagismo, tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crónica
(DPOC).
aUtilize os medicamentos seguindo as instruções do
seu médico e do seu farmacêutico;
aGuarde os medicamentos em local seguro e apropriado, mantendo-os dentro das embalagens;
Esta política de saúde de proximidade com a sociedade
teve início no bairro da Mouraria, a 17 de maio, passando
posteriormente por mais zonas de Lisboa como Charneca,
Ameixoeira, Alcântara, Rossio, Graça, Bairro Padre Cruz,
Quinta das Laranjeiras, Bairro da Liberdade, Anjos, entre
outras.
aVerifique sempre o prazo de validade antes de tomar
qualquer medicamento;
aLembre-se de que um medicamento adequado para
uma pessoa pode não ser adequado para outra;
aNão guarde medicamentos que já não são necessários;
aNão deite medicamentos no lixo doméstico;
Diamantina Rodrigues, apresentadora da RTP; Madalena
Legídio, da NUK; Micaela Serelha, diretora da Unidade Cuidados
Intensivos Neonatais do Hospital D. Estefânia; e Carla Rocha,
animadora da RFM.
FICHA TÉCNICA | Esta edição é de distribuição gratuita, pelo que não pode ser vendida
aEntregue as embalagens vazias e os medicamentos
fora de uso na sua farmácia.
Ana Santos
[email protected]
Subscreva o Saúde Notícias e envie-nos as suas
sugestões para: [email protected]
Siga-nos também no Facebook
www.facebook.com/saudenoticias
02
dezembro 2012
Ano I – 2012
Propriedade
Guess What Comunicação, Lda
Rua Francisco Sanches, nº55
2ºEsq 1000 Lisboa
Sede da Redação
Rua Ramalho Ortigão, nº8
3ºEsq 1070-230 Lisboa
Tel.: 21 386 15 82
Email: [email protected]
Diretora
Ana Santos
[email protected]
DESIGN E PAGINAÇÃO
Tânia Espinheira
Tiragem
25 mil exemplares
Periodicidade
Mensal
Depósito Legal - ERC
125983
Nº Contribuinte
508521211
Impressão
Funchalense - Empresa
Gráfica, SA
Rua da Capela da Nossa
Senhora da Conceição, nº50
Morelena 2715-028 Pêro Pinheiro
Colaboradores
Maria João Ramires
Carla Fonseca
Mário Tomé
Sónia Morais
As opiniões, notas e comentários
são da exclusiva responsabilidade
dos autores ou das entidades que
produziram os dados. Nos termos
da Lei, está proibida a reprodução
total ou parcial dos conteúdos.
PUB
reportagem
Medicamentos inovadores
Dificuldades no acesso podem
agravar doença
Maria João Ramires
Imagine que tem uma doença inflamatória autoimune, que só é controlada com um
único medicamento, que lhe é negado no hospital. Esta situação aconteceu com
alguns doentes em hospitais portugueses e o Saúde Notícias foi tentar saber o que
se passa com o acesso a este tipo de medicamentos, nomeadamente os chamados
biológicos.
“Não lhe podemos dar
nada, porque nos próximos
15 dias, os medicamentos biológicos [inovadores]
só estão disponíveis para
doentes internos. Tem de se
dirigir a outro hospital, como
por exemplo ao de Santa
Maria”. Maria da Graça Brás
Loupas, doente com artrite
reumatóide, não queria
acreditar no que estava a
ouvir. As palavras da auxiliar do Centro Hospitalar do
Barreiro-Montijo caíram que
nem “balde de água fria”.
“Sempre tive direito a este
tratamento. Só ia levantar o
medicamento que tinha sido
encomendado para mim”,
afirma.
A artrite reumatóide, uma
doença inflamatória autoimune crónica, já lhe tinha
tirado a qualidade de vida
há alguns anos. “As dores
são horríveis! As mãos
costumam inchar muito e
não consigo levantar nada,
incham os pés… Afeta-me
muito a nível pessoal e
profissional”, salienta. Experimentou vários tratamentos, mas a sua situação clínica não melhorava.
04
A única terapêutica que a
ajudou “a 100 por cento” foi
aquela que lhe foi negada
no hospital. “É um pack de
injeções para administrar
todas as semanas e que só
podem ser adquiridas em
unidades hospitalares.”
Se a situação já não era
positiva, piorou ainda mais
quando soube que o hospital deixaria mesmo de
disponibilizar medicamentos
inovadores a doentes externos, tal como acontecera
até aí. Para conseguir ter
acesso ao fármaco teve de
voltar à sua médica assistente e dirigir-se ao Hospital
de Santa Maria, em Lisboa.
“Com isto tudo, acabei por
ficar cerca de 15 dias sem
medicação, acabando por
piorar”, refere.
Após ter feito queixa junto
da ANDAR, a associação
que representa os doentes
com artrite reumatóide, e
no livro de reclamações do
hospital, recebeu um telefonema do centro hospitalar a informá-la que poderia
voltar a ir buscar o seu medicamento.
dezembro 2012
O hospital referiu ao Saúde
Notícias que na base desta
questão esteve o facto de,
“por razões conjunturais,
ter havido interrupção, por
um curto período de tempo,
no fornecimento de medicamentos biológicos a doentes cuja prescrição vinha do
setor privado”. A administração “lamenta o sucedido” e
garante que se preocupou
com a situação dos doentes,
tendo dado condições para
que, ”em articulação com
o médico prescritor, fosse
procurada a melhor e mais
atempada resposta junto de
outros serviços farmacêuticos do Serviço Nacional de
Saúde, numa perspetiva de
salvaguardar o direito dos
doentes”.
Fármacos
únicos para
doenças
graves
A situação de Maria da
Graça Brás Loupas não é
única. Nos últimos tempos,
desde que a palavra crise
se tornou obrigatória no dia
a dia dos portugueses, há
relatos de vários casos de
utentes a quem lhes é negado o acesso a medicamentos, nomeadamente aos
inovadores, como é o caso
dos biológicos. Trata-se de
terapêuticas que só podem
ser disponibilizadas nos
hospitais a determinados
doentes, que já experimentaram vários tratamentos
e que não obtiveram resultados positivos. Por outras
palavras, estes fármacos
são o único tratamento disponível para aquele paciente, caso contrário a sua
qualidade de vida deteriora-se, ficando impossibilitado,
muitas vezes, de trabalhar
e de fazer as tarefas diárias
mais básicas.
O presidente do Infarmed,
Eurico Castro Alves, disse,
em declarações ao Público,
que já incumbiu “um grupo
de trabalho interno” que define um “sistema de prioridades” para a aprovação de
medicamentos inovadores.
Maria da Graça Brás Loupas,
doente de artrite reumatóide
Há relatos de vários
casos de utentes a quem
lhes é negado o acesso
a medicamentos
reportagem
Estes são ordenados com
base em dois critérios: o
benefício que representam
para os doentes e o baixo
custo. Mas garante que ”se
aparecer um medicamento
que cura” é aprovado, independentemente do seu
custo.
No caso dos hospitais, enquanto não houver uma
avaliação farmacoeconómica e um acordo prévios
com as farmacêuticas para
se acordar o preço final, os
médicos podem pedir uma
autorização especial de
utilização, tendo em conta
cada caso.
Cortar, mas
não a torto
e a direito
Apesar da legislação europeia e nacional consagrar
o direito ao acesso a estes
medicamentos, a verdade é
que nos últimos tempos têm
surgido casos em que este
não é facilitado.
Nesse sentido, foi criada a
Plataforma Mais Saúde,
que envolve a ANDAR – Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide,
ANEA – Associação Nacional
da Espondilite Anquilosante,
APDI – Associação Portuguesa de Doença Inflamatória
do Intestino e PSOPortugal
– Associação Portuguesa da
Psoríase. O objetivo é reunir
esforços na defesa do diagnóstico e tratamento precoces, bem como o acesso
à inovação terapêutica, para
os cerca de 400 mil doentes
que sofrem de patologias inflamatórias autoimunes, segundo a plataforma.
O Saúde Notícias falou com
as quatro associações que
fazem parte desta plataforma
e todas são unânimes: os medicamentos inovadores são
essenciais e contribuem para
a melhoria da qualidade de
vida dos doentes, além de
diminuírem os custos com
tratamentos, baixas médicas
prolongadas e reformas antecipadas. Problemas, que
“muitos recursos custam ao
Estado”, ainda de acordo com
a Plataforma.
Um estudo do Academic
Medical Center, de Amesterdão, apresentado no encontro anual do Colégio Americano de Reumatologia, em
novembro, vem confirmar a
denúncia da Plataforma
Mais Saúde e o testemunho
de vários doentes. Portugal
é um dos países da Europa
com pior acesso a terapêuticas biológicas, consideradas inovadoras.
A comparação entre 46
países da Europa alerta
para a existência de vários
obstáculos, como o preço
da medicação, as barreiras
à prescrição e a existência
de reembolso.
Os cortes na saúde, o controlo da despesa e a recente Lei dos Compromissos
obriga os administradores
e gestores hospitalares a
controlarem de forma mais
restrita os gastos. Exemplo disso é o corte de quase
500 milhões de euros nas
despesas dos hospitais em
2013. Desta quantia, 333
milhões de euros serão poupados através da chamada
“racionali-zação da política
de medicamentos”, segundo
o Governo. De acordo com
o recente parecer do Con
selho de Ética para as
Ciências da Vida, o que se
pretende com as novas medidas é escolher “os mais
baratos dos me-lhores” medicamentos.
No caso da Lei dos Compromissos, aprovada em
fevereiro, obriga-se os organismos públicos a contenção máxima nas despesas,
logo os administradores hospitalares não podemgastar
dinheiro em produtos e
serviços se não tiverem capacidade de os pagar em 90
dias.
Restrições que, no entender
da deputada Maria Antónia
Almeida Santos, não justificam a não disponibilização
de terapêuticas inovadoras
a doentes, que só podem
receber aquele tratamento.
“A despesa em saúde não
pode ser tratada como
noutros setores. Estes doentes só têm este tratamento,
por isso não lhes pode ser
negado”, refere a deputada
do PS. No seu entender,
deve haver “ponderação e
bom senso”. Diz compreender o dilema dos admi-nistradores hospitalares, mas
“é preciso cortar em recursos menos fundamentais,
para se evitar casos em que
se nega terapêuticas inovadoras”.
Portugal,
dos piores
no acesso a
terapêuticas
biológicas
E acrescenta: “Apostar em
saúde é um investimento,
porque estamos a evitar o
absentismo laboral, as baixas médicas permanentes,
as reformas por invalidez e o
gasto em recursos de saúde
Plataforma Mais Saúde,
www.maisaude.com
que podiam ser evitados se
se prevenisse as situações
agudas”.
João Semedo, deputado
do BE, também considera
que não se pode poupar nos
medicamentos inovadores,
face aos seus benefícios,
“mesmo sendo bastante
caros”. Face às dificuldades
que os administradores hospitalares e os doentes estão
a enfrentar, o BE apresentou uma proposta – ainda
a aguardar debate no fecho
desta edição, segundo a
qual se deve criar um fundo
especial de financiamento
de medicamentos inovadores e outros que representam um custo elevado.
“Seria uma almofada financeira, gerida pelo Ministério
da Saúde, que deveria ser
administrada por um conselho, constituído por representantes do Infarmed,
Direção Geral de Saúde,
Autoridade Central de Serviços de Saúde, pela central
de serviços partilhados e por
associações de doentes”.
As farmacêuticas devem reduzir o preço e deve haver
um grande rigor na aplicação
dos medicamentos inovadores, além de ser nePlataforma Mais Saúde,
cessário acabar com
envolve a ANDAR – Associação
o fornecimento que
se faz a grupos
Nacional de Doentes com Artrite
hospitalares priReumatóide, ANEA – Associação Nacional
vados”.
da
Espondilite Anquilosante, APDI – Associação
Com a mediaPortuguesa de Doença Inflamatória do Intestino e
tização deste
problema de PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase.
acesso a medicamentos
inovadores,
Com o objetivo de reunir esforços na defesa do
a Plataforma
diagnóstico e tratamento precoces, bem como
Mais Saúde espera que cao acesso à inovação terapêutica, para os
sos como o de
cerca de 400 mil doentes que sofrem de
Maria da Graça
Brás Loupas e de
patologias inflamatórias autoimunes,
outros doentes não
segundo a plataforma.
se venha a repetir.
Afinal, o acesso à saúde é
um direito constitucional.
Para o deputado do PCP,
Bernardino Soares, é preciso trabalhar para garantir a
acessibilidade a estes medicamentos. “Estas situações
são uma consequência das
políticas restritivas que se
tem aplicado na saúde, pondo em causa a continuidade
de um tratamento essencial
para a saúde da pessoa”.
No seu entender, “os hospitais não têm de resolver
o problema, mas sim o Estado. As unidades hospitalares já têm muitos cortes.”
Quanto à solução defende
“o reforço orçamental dos
hospitais, cortando-se apenas no que é superficial –
seja na saúde ou noutros
setores, mas sobretudo nos
interesses privados.
dezembro 2012
05
saúde e ambiente
Maria João Ramires
Embalagens fora de uso
Não deite no lixo,
entregue na farmácia
O saco de entrega de embalagens fora de uso nas farmácias já é do conhecimento
da maioria da população. A campanha de saúde ambiental começou em 1999,
com a criação da Valormed, que não para de sensibilizar os farmacêuticos e a
população para a importância da reciclagem. Como forma de motivar a recolha
de embalagens fora de uso, todos os anos entrega prémios às farmácias que mais
contribuíram para a campanha.
Já deu uma vista de olhos
pelas embalagens de medicamentos que tem em
casa? Muitas delas estão,
com certeza, fora de uso.
Uma forma de as reciclar
e de proteger o ambiente é
entregá-las na farmácia.
A iniciativa não é nova e já
tem 12 anos, mas ainda há
muito trabalho a fazer. “O
resultado tem sido positivo
e a população está alerta
para a reciclagem das embalagens, mas, como em
06
qualquer projeto ambiental,
é necessário continuar a
lançar o desafio: entregue
as embalagens fora de uso
na farmácia mais próxima”,
refere o diretor-geral da
Valormed, José Carapeto.
dam, inevitavelmente, de
mãos dadas e as embalagens fora de uso também
têm um local apropriado
para serem recicladas, a fim
de se evitar mais uma fonte
de poluição.
Reduzir, reutilizar, reciclar,
respeitar e responsabilizar
dão os cinco R da campanha da Valormed, que conta
com a adesão da maioria
das farmácias portuguesas.
No sistema Valormed, o
material recolhido é objeto
de um processo de triagem,
sendo reencaminhado para
sistemas de reciclagem
e tratamento adequados
para valorização energética. Através do sistema de
A saúde e o ambiente an-
dezembro 2012
incineração, os resíduos
contribuem para a produção
de energia, “não sendo um
simples sistema de eliminação dos mesmos”, como
descreve a Valormed.
Em 12 anos, José Carapeto
acredita que esta entidade
assumiu um papel importante junto da comunidade
farmacêutica e da população, “muito graças ao empenho de muitos farmacêuticos que sensibilizam os
seus clientes para a im-
portância da devolução das
embalagens”.
Para valorizar e reconhecer
o trabalho desenvolvido um
pouco por todo o país,
foram entregues, mais uma
vez, os Prémios Valormed,
no dia 23 de novembro, no
Museu das Comunicações
(Lisboa), a 46 farmácias
que aderiram a esta campanha de reciclagem e que
apresentaram resultados
muito positivos. “Com esta
cerimónia pretendemos
também incentivar todos os
profissionais do setor farmacêutico a continuarem a
apostar na reciclagem das
embalagens, porque o sucesso da campanha passa,
sobretudo, pela sua palavra
junto dos doentes”.
Saúde
e ambiente
andam de
mãos dadas
saúde e ambiente
José Carapeto, diretor-geral da Valormed, na cerimónia de entrega de prémios a 46 farmácias
Projeto
com balanço
positivo
O ambiente “não costuma ser,
por hábito, uma preocupação
prioritária”, segundo José
Carapeto, mas “a população
está, sem dúvida, sensível a
esta temática, tendo em conta
o crescimento sustentado das
embalagens fora de uso entregues nas várias farmácias
portuguesas”.
Rui Loureiro, da Ordem dos
Farmacêuticos, também
concorda com o presidente
da Valormed, quando este
fala da importância do farmacêutico na sensibilização
da população: “A campanha
tem tido resultados positivos ao longo destes anos,
porque há uma grande motivação das farmácias em estarem inseridas na comunidade”. O mesmo pensa Luís
Matias, da Associação Nacional de Farmácias (ANF).
“O envolvimento do setor
farmacêutico é essencial,
porque, dentro do sistema
de saúde, é a rede que se
encontra mais próxima da
população”.
Q u a n t o a o f u t u r o da
Valormed, José Carapeto,
que está quase a passar o
testemunho, considera que
vai ser de sucesso, “apesar de ainda haver muito
trabalho pela frente, já que
nestas questões ambientais
nunca se pode dizer que já
se alcançou a meta”.
O apoio de
cada um de
nós
Se aos farmacêuticos faz
parte “do seu código gené-
tico”, como afirma Rui Loureiro, participar nesta campanha, a população também
se deve sentir motivada para
reciclar as embalagens fora
de uso.
Para isso é preciso continuar a informar, como referiram os vários intervenientes
na cerimónia de entrega de
prémios e evitar “alguma
preguiça”, como aponta Pedro Carteiro, do Centro de
Informação de Resíduos da
Quercus. “Dou o meu exemplo, apesar de ser uma
pessoa sempre atenta às
questões ambientais. Levo
muito tempo a juntar as embalagens, que podem não
estar todas no mesmo sítio.
Umas estão num lado, as
outras noutro”. E continua:
“As pessoas devem ser motivadas, de forma frequente,
porque facilmente juntamos
muitas caixas que, facilmente, acabam por ir para o
lixo doméstico”.
Rui Loureiro,
da Ordem dos
Farmacêuticos
Luis Matias,
da Associação
Nacional de Farmácias
Pedro Carteiro,
do Centro de Informação de
Resíduos da Quercus
“A campanha
“O
“Dou o meu
tem tido
resultados
positivos ao
longo destes
anos, porque
há uma grande
motivação das
famácias em
estarem
inseridas na
comunidade”
envolvimento
do setor
farmacêutico
é essencial,
porque, dentro
do sistema de
saúde, é a rede
que se encontra
mais próxima
da população”
exemplo.
As pessoas
devem ser
motivadas (...)
porque
facilmente
juntamos
muitas
caixas que,
facilmente,
acabam por ir
para o lixo
doméstico”
Não guarde
medicamentos
que já
não são
necessários;
Não deite
medicamentos
no lixo
doméstico;
Entregue as
embalagens
fora de uso
na farmácia.
dezembro 2012
07
saúde e ambiente
O
O exemplo
exemplo
da
da Farmácia
Farmácia de
de Águeda
Águeda
7 mil contentores de embalagens fora de uso foi o contributo da farmácia Simões
Roque, vencedora dos Prémios Valormed, desde a primeira edição.
O Saúde Notícias entrevistou a responsável, Maria Júlia Simões Roque, para saber
qual é o segredo para conseguir uma adesão tão grande por parte da população.
A farmacêutica Maria Júlia
Simões Roque não para.
Apaixonada pela saúde, especificamente pelo mundo
da Farmácia, dedica-se de
corpo e alma ao projeto da
Valormed. E, como tem acontecido todos os anos, a sua
farmácia, Simões Roque,
de Águeda, foi a vencedora dos Prémios Valormed.
«Ao todo entreguei cerca
de 7 mil contentores, o que
equivale a cerca de 2600
toneladas de embalagens
fora de uso”, disse ao Saúde
Notícias. Números mais
elevados dos que dos outros
anos. Cada ano que passa
tem representado um crescimento na entrega destes
materiais para reciclagem.
“Com a crise há menos
consumo de medicamentos,
mas, mesmo assim, consegui aumentar as quantidades”, refere com orgulho.
O segredo está, no seu entender, na paixão pela sua
08
profissão e pela vontade de
sensibilizar a população,
através de campanhas, mas,
sobretudo, falando com as
pessoas que se dirigem ao
balcão. “Como farmacêutica
sinto que devo alertar as pessoas para as várias questões
da saúde e uma das temáticas é a recolha das embalagens. Reciclar é importante,
porque a saúde também
depende do ambiente”, frisa.
Apesar de toda a sensibilização feita diariamente no balcão da sua Farmácia, Maria
Júlia Roque já se deslocou
a várias escolas do concelho. Nas suas deslocações explica esta ação às
crianças, qual é o papel de
um farmacêutico, como se
faz um medicamento, mas
também o que se deve fazer
às embalagens fora de uso.
“Através das crianças conseguimos chegar aos mais
velhos, pais e avós, e levá-los a estar atentos a esta
dezembro 2012
questão ambiental”, especifica a farmacêutica.
Muito trabalho e dedicação
são dois dos fatores chave
para que esta farmácia de
Águeda vença todos os
anos os Prémios Valormed,
mas também é preciso
imaginação e sentido de
oportunidade. “Já cheguei
a fazer uma campanha de
sensibilização e informação
sobre a gripe e, pelo meio,
arranjei um espacinho para
falar da recolha das embalagens e de como é prejudicial
deitá-las no lixo doméstico”.
E deixa uma mensagem
para os seus colegas farmacêuticos: “Não se esqueçam do vosso papel
junto da população. Somos
aqueles que estamos mais
próximos. É muito importante falar com quem vem
ter connosco sobre as mais
diversas questões, como
esta”. Para a população
em geral deixa o seguinte
pedido: “Recolha todas as
embalagens fora de uso, vazias ou não, e entregue-as
na farmácia mais próxima.
Se tiver alguma dúvida, fale
com o seu farmacêutico.
Pode confiar em nós.”
De futuro, garante que vai
continuar a investir nesta
campanha, “que conta sempre com um apoio muito
grande da Valormed”. Se para
o ano que vem vai ser novamente a vencedora destes
prémios, só o futuro o dirá.
Reciclar é
importante,
porque
a saúde
também
depende do
ambiente
saúde e ambiente
Saúde e ambiente
e o alerta está lançado: é
preciso pensar mais no ambiente, para que a saúde
da população não seja tão
afetada pela poluição.
Pequenos
gestos fazem
mesmo a
diferença
Nas últimas décadas, em
resultado da atividade humana, a quantidade de
dióxido de carbono existente na atmosfera aumentou
25%.
Embora o mundo tenha cada
vez menos recursos hídricos, nos países desenvolvidos cada pessoa consome
800 m3 de água por ano.
O dobro de há quatro décadas.
Os dados são da Quercus
Uma forma de evitar poluir
os solos, as águas, o ar é
a reciclagem. Há muitos
anos que se houve falar da
importância deste gesto,
mas ainda há quem não
o ponha em prática. Para
Pedro Carteiro, do Centro
de Informação de Resíduos
da Quercus, é necessário
continuar a apostar na informação, “pois pode haver
ainda quem não saiba bem
o que pode fazer”, mas também motivar a população a
passar da palavra ao ato.
“Por exemplo, na recolha
de embalagens fora de uso,
ainda há muito trabalho a
fazer. Dou o meu exemplo,
apesar de ser uma pessoa
sempre atenta às questões
ambientais. Levo muito tem-
po a juntar as embalagens,
que podem não estar todas
no mesmo sítio. Umas estão
num lado, as outras noutro”.
E continua: “As pessoas
devem ser motivadas, de
forma frequente, porque
facilmente juntamos muitas caixas que, facilmente,
acabam por ir para o lixo
doméstico”.
Das palavras à ação pode
haver uma grande distância, por isso nunca é demais (re)lembrar pequenos
gestos diários que podem
me-lhorar o ambiente e, por
conseguinte, a nossa saúde
e a das gerações futuras.
Entre no
mundo da
reciclagem!
Quais as Vantagens da
Reciclagem?
4Aumento do tempo de vida
e maximização do valor extraído das matérias-primas;
4Poupanças energéticas;
Conservação dos recursos
naturais;
4Desviam-se os resíduos
dos aterros ou outras instalações de tratamento mais
poluidoras;
4Participação ativa dos
consumidores, o que implica uma maior consciência
ambiental;
4Redução da poluição
atmosférica e da poluição
dos recursos hídricos;
4Criação de novos negócios
e mercados para os produtos reciclados.
O que são RSU?
RSU é a abreviatura de
Resíduos Sólidos Urbanos,
que, na prática, significa o lixo
doméstico resultante do nosso dia a dia, enquanto consumidores. Utiliza-se cada
vez mais este termo, em
detrimento de “lixo”, por ser
mais específico, uma vez
que indica apenas o material inútil descarregado no
meio ambiente, de caráter
urbano, não reciclável ou
reaproveitável, enquanto o
termo “lixo” se refere a tudo
o que consideramos supérfluo e passível de eliminar.
O que é um ecocentro?
É um equipamento público,
de acesso controlado, composto por células de deposição multimaterial de resíduos, destinado a dar suporte a ações de deposição seletiva por transporte voluntário. Habitualmente, estas
estruturas permitem depositar
resíduos de categorias não
contempladas no ecoponto
(monstros, eletrodomésticos,
madeira, pneus, entre outros).
Quais as vantagens em
reciclar resíduos?
Ao contribuir para a reciclagem vai ajudar não só
a reduzir a quantidade de
lixo que tem de ser enviada
para aterros sanitários, mas
também a poupar água e
energia, diminuir a poluição e preservar os recursos naturais. Para além de
benefícios imediatos sobre
o meio ambiente, dota o seu
município de um maior orçamento para a construção de
infraestruturas de melhoria
das condições de vida das
populações, em vez de o utilizar na recolha, transporte e
tratamento de resíduos.
Qual o significado dos 5 R?
Os 5 R são uma mnemónica
para a prática da Cidadania
Ativa.
Reduzir: usar menos recursos naturais ;
Reutilizar: voltar a usar;
Reciclar: o velho em novo
transformar;
Respeitar: a atitude certa
tomar;
Responsabilizar: a cidadania praticar.
Fonte: Quercus
Aqui ficam algumas dicas da Quercus:
É preciso pensar mais no ambiente,
para que a saúde da população não seja tão
afetada pela poluição.
Quer ser ecológica e ainda fazer exercício?
Quando a distância for pequena, use a
escada em vez do elevador.
Ensine o seu filho
a não desperdiçar
papel, usando sempre os dois lados da
folha.
Desligue os aparelhos da tomada. Mesmo
em stand-by, eles consomem energia. Da
mesma forma, feche a torneira sempre que
estiver a escovar os dentes. Isto ajudará a
economizar 19 litros de água por dia.
Ao fazer compras,
não escolha sacos de
plástico. Leve da sua
própria casa, sacos
de pano.
Pense duas vezes antes de imprimir
alguma coisa. Assim, você economiza
tinta, energia e papel. Ensine os seus
filhos a fazer o mesmo.
Conserte torneiras
em mau estado. De
gota em gota, muita
água é desperdiçada.
Ao substituir uma lâmpada incandescente
de 60w por uma lâmpada economizadora
de 15w que esteja ligada 4 horas por dia,
poupará anualmente entre 8 a 9,5 €.
Os oceanos ocupam mais de 70 por
cento da superfície do nosso planeta.
É muito importante a preservação da
biodiversidade que aí habita.
Este ano foram galardoadas 46 farmácias. A entrega dos Prémios
Valormed teve lugar, no passado dia 23 de novembro, no Museu
das Comunicações, em Lisboa. Segue-se a lista de quem mais se
destacou na recolha das embalagens fora de uso:
Farmácia Simões Roque | Águeda
Farmácia Nuno Barros | Braga
Farmácia Santo André | Vila Nova de Poiares
Farmácia Atlântico | Bragança
Farmácia Parreira | Barreiro
Farmácia Bem Saúde | Bragança
Farmácia do Fogueteiro | Seixal
Farmácia Diamantino | Fundão
Farmácia Reis Oliveira | Lisboa
Farmácia Paços | Évora
Farmácia Silva Domingos | Vila de Rei
Farmácia Ribeiro | Vendas Novas
Farmácia Sacoor | Oeiras
Farmácia Amparo | Portimão
Farmácia Veritas | Oeiras
Farmácia Ilda | Portimão
Farmácia Central | Sabugal
Farmácia do Caniço | Santa Cruz
Farmácia Borges de Figueiredo
Farmácia Santo António | Funchal
Ribeira de Pena
Farmácia Associação de Socorros Mútuos
Farmácia Paula de Campos | Loures
Ponta Delgada
Farmácia Alcoitão | Cascais
Farmácia Costa | Ponta Delgada
Farmácia Galvão | Arganil
Farmácia Magalhães | Alcobaça
Farmácia Verdemilho | Aveiro
Farmácia Cunha Miranda | Portalegre
Farmácia Fonseca | Lousã
Farmácia Elvas | Portalegre
Farmácia Sanches | Leiria
Farmácia da Liga das Associações de
Farmácia Central de Carnaxide | Oeiras
Socorros Mútuos | Vila Nova de Gaia
Farmácia Patricio | Gouveia
Farmácia Portela | Vila Nova de Gaia
Farmácia Carlos Pereira Lucas
Farmácia Oliveira | Vila Nova da Barquinha
Entroncamento
Farmácia do Jardim | Valença
Farmácia Uruguai | Lisboa
Farmácia Abelheira | Viana do Castelo
Farmácia Fonseca | Beja
Farmácia Chaves Ferreira | Vila Real
Farmácia Central | Serpa
Farmácia S. José | Viseu
Farmácia De Joane | Vila Nova de Famalicão
Farmácia da Lajeosa | Tondela
dezembro 2012
09
medicinas doces
A comichão leva-nos a querer rasgar
a mesma pele que nos protege
e que nos causa angústia
Alexandra Martins, Terapeuta de Medicina Chinesa
www.terapiasdoces.net | [email protected]
Psoríase
o mal estar à flor da pele
A pele é a nossa montra
para o mundo. Para além de
ser o maior órgão do corpo
humano é também aquele
que nos confere proteção e
o nosso cartão de visita.
e, mesmo que esteja num
sítio que possa ser tapado,
a preocupação, a vergonha,
levam a que esteja sempre
presente.
bém fatores que agravam ou
desencadeiam uma crise.
Muitos pacientes referem
que a altura da Primavera
ou o Outono são as mais
críticas.
Por muito que escondamos há sempre algo de
nós que é visto e notado.
Por isso os problemas de
pele afetam tanto o nosso
estado de espírito, por mais
que tentemos esconder há
sempre a possibilidade de
ser visto e notado e, para
além disso é desconfortável.
Os doentes
de psoríase
podem
beneficiar
muito com
as terapias
complementares
Em termos de terapias complementares os doentes de
psoríase têm muito por onde
beneficiar, e não só em termos de controle do stress.
A psoríase é uma doença
autoimune que se manifesta
na pele e por vezes noutros
órgãos do corpo, é crónica
e bastante desconfortável,
quer a nível físico como a
nível psicológico.
Não é contagiosa, mas
capta os olhares dos outros
Como em todas as doenças autoimunes o stress
é um fator a ter em causa.
Para além disso o vento, o
frio, a humidade são tam-
Em termos de Medicina
Chinesa existe uma resposta por parte da acupunctura
e da fitoterapia.
A acunpuctura pode ajudar
a regular o desequilíbrio
base e em caso de crises
ajudar com bastante eficácia,
quer se trate de uma psoríase
que esteja visível na pele, ou,
como quando se manifesta
a nível das articulações.
O tratamento laser pode ser
Fitoterapia
A fitoterapia é a toma de ervas e plantas com o fim de suplementar algo que nos falta.
A diferença entre a fitoterapia ocidental e chinesa está, basicamente, no número de
plantas que compõem o suplemento e também na origem destas.
Qualquer uma delas pode ajudar na psoríase uma vez que há suplementos que ajudam
a controlar o desequilíbrio que o organismo apresenta.
10
dezembro2012
uma boa opção, até combinado com a acupuntura.
A fitoterapia também pode
ajudar de uma forma constante, pois existem fórmulas
que podem ser tomadas
nestes casos e que, a pouco
e pouco, vão ajudando o
corpo a reagir e a ficar cada
vez mais forte e preparado.
Da mesma forma, por vezes
uma alteração da dieta pode
conduzir a bons resultados.
Se por vezes pode existir o
receio de mostrar ou de que
o terapeuta não consiga
fazer a massagem, existem
sempre alternativas dependendo da área do corpo afetada.
E porque apanhar sol e ar
é fundamental não se esqueça de andar e conviver.
E uma das alterativas é a
automassagem ou um
exercício como o Yoga ou
o Tai Chi.
O isolamento é um inimigo
tão grande quanto a própria
psoríase, e é uma arma que
não lhe podemos dar.
É uma ótima forma de exercício e ajuda a quebrar o
ciclo do stress.
Automassagem
A pele
é a nossa
montra para
o mundo
Para além disso, e como
referimos anteriormente, a
autoestima e o fator psicológico são bastante importantes, e como sabemos
stress cria mais stress. É
pois importante tratar também este aspeto.
As massagens podem ser
também bastante benéficas,
quer em termos de relaxamento, quer também em termos de terapia.
A automassagem é uma excelente forma de obter
alguns dos benefícios de uma massagem e de, por
alguns momentos, relaxar e meditar.
Relaxar é a coisa mais difícil do mundo.
Aprendemos de pequenos que devemos estar sempre
em alerta e o ritmo do dia a dia não nos dá tréguas.
Por isso, não desista logo se for difícil encontrar a
calma.
O bom da automassagem é que pode ser feito ao ritmo e
de acordo com a disponibilidade de cada um e pode ser
adaptada para servir os propósitos de cada pessoa.
No caso dos pacientes com psoríase, uma massagem
para o stress e, também, com alguns pontos específicos
para a própria patologia podem servir de alívio e também
de medida de prevenção.
Um bom terapeuta poderá ajudar a indicar alguns
exercícios e pontos específicos para cada caso.
cardio-dúvidas
Prevenção
cardiovascular
Dr.ª Vítor M. Gil,
Cardiologista do Hospital dos
Lusíadas, é o responsável
pela rubrica cardio-dúvidas
do Saúde Notícias
A doença aterosclerótica, essencialmente caracterizada
pela progressiva deposição
de colesterol na parede das
artérias, provocando a sua
obstrução progressiva, muitas vezes complicada pela
oclusão aguda devido à formação de trombos intravasculares, está na origem da
causa principal de mortalidade nos países desenvolvidos: a doença cardio
e cérebro-vascular.
É de todos conhecido, sobretudo a partir da análise de
grandes estudos epidemiológicos como o de Framingham,
que um conjunto de factores
contribuem para o risco de
doença aterosclerótica. Podem fazê-lo individualmente,
quando a sua gravidade seja
particularmente acentuada
ou associando-se a outros
factores de risco, mesmo que
cada um por si só tenha uma
gravidade apenas moderada.
Este conceito de risco cruzado e da associação de
factores de risco tem sido
objecto de grande atenção
e recentemente um conjunto organizações científicas
europeias desenvolveram
um sistema – o SCORE
system - capaz de calcular
o risco individual em função
das características de cada
doente e no contexto da
região geográfica a que pertence, já que existem assimetrias regionais quanto ao risco
de doença cardiovascular
a nível da Europa.
Inúmeros estudos epidemiológicos e ensaios clínicos,
permitiram estabelecer com
alguma precisão o “peso”
relativo dos vários factores
de risco, bem como os alvos
a atingir para lograr uma
melhoria da saúde cardiovascular.
Muitas vezes classificam-se os factores de risco nos
que são corrigíveis e nos
que não o são, ou apenas
o são em parte. Comecemos pelos primeiros:
Tabagismo – O tabaco
aumenta o risco coronário
duas a três vezes e potencia
outros factores de risco. Os
fumadores passivos também
estão em risco ( mais 30%)
e não há evidência de que
os filtros ou outras modificações dos cigarros reduzam
o risco.
Deixar de fumar, processo
para o qual muitas técnicas
têm sido propostas mas que
assenta sobretudo na força
de vontade, vale a pena:
após deixar de fumar, o
risco reduz-se para valores
quase normais em menos
de um ano. Um homem de
35 anos que deixe de fumar
tem a probabilidade de viver
mais três a cinco anos, em
média.
Após enfarte do miocárdio,
a cessação do tabaco reduz
em 50% o risco de recorrência do enfarte.
A agressão vascular provocada pelo tabaco é multifactorial e compreende:
- risco aterogénico: aumenta os níveis de produtos
oxidados incluindo as LDL
(lipoproteínas de baixa densidade que tendem a depositar colesterol nas artérias:
“mau colesterol”; diminui os
efeitos cardioprotectores das
HDL, lipoproteínas de alta
densidade que tendem a
remover colesterol das artérias (“bom colesterol”)
teína B (significado semelhante ao LDL-C) e à relação
Apo B/Apo A1.
- aumenta a reactividade
vascular: agressão endotelial (revestimento interno
das artérias) por efeito da
nicotina e do monóxido de
carbono.
Previamente consideradas
como factores de risco ape-
- risco trombogénico: aumenta os níveis de fibrinogénio e aumenta a agregabilidade das plaquetas sanguíneas, criando condições
favoráveis à formação de
trombos (coágulos) dentro
das artérias.
Colesterol - A elevação
das gorduras no sangue,
colesterol e trigliceridos,
constitui um importante
risco para a progressão
da arteriosclerose (doença
obstrutiva das artérias),
encontrando-se fortemente
associado à doença das
coronárias (angina de peito
e enfarte). As lipoproteínas
(fracções do colesterol) são
também importantes, uma
vez que o “bom” (HDL) colesterol e o “mau” (LDL) colesterol são isoladamente
factores de risco se estiverem respectivamente baixo
e elevado.
Actualmente dá-se grande
importância a outros marcadores como a Apolipopro-
Existem numerosos estudos
que comprovam a eficácia
da medicação na redução
do colesterol e o respectivo
impacto na redução da mortalidade cardíaca.
nas parcialmente corrigíveis, uma vez que a modificação de estilos de vida,
incluindo prática de exercício físico e uma alimentação mais saudável apenas permite um controlo
limitado em muitas situações, com a adição de
terapêutica farmacológica,
destacando os novos fármacos actualmente à nossa
disposição, podemos dizer
que a hiperlipidémia é corrigível na imensa maioria
dos casos.
Embora o valor-alvo de colesterol varie conforme se
trate de um indivíduo sem
ou com antecedentes de
doença vascular, o valor
geral recomendado é de
190 mg/dl, admitindo-se
que no futuro este valor
venha ainda a baixar.
Respostas às questões da edição anterior:
Qual a quantidade de cigarros que podemos inalar durante o dia sem nos causar
grande “stress” oxidativo?
O problema do tabaco não é só o “stress oxidativo” mas também efeitos pró-trombóticos
e pró-inflamatórios, vasoconstritores, pró-arrítmicos que em conjunto aumentam a
vulnerabilidade para instabilização de placas ateroscleróticas podendo contribuir em agudo
para tromboses arteriais e em crónico para o crescimento das placas ateroscleróticas.
É claro que há alguma proporcionalidade entre o grau de consumo e o grau de risco,
por exemplo, no estudo INTERHEART efectuado em doentes que sofreram enfarte,
quem fumava mais de quarenta cigarros por dia tinha um risco oito vezes superior mas
que fumava apenas 1 a 5 cigarros por dia não ficava isento de risco, sendo o mesmo
multiplicado nesses casos por 1,5. Como em todos os fenómenos biológicos, há uma
susceptibilidade individual que de momento não conseguimos determinar e é por isso
que todos conhecemos pessoas que fumam e morrem de doenças não relacionadas em
idades avançadas e outras que com pequenos consumos têm complicações. Por tudo
isto, porque os dados de grandes populações são inequívocos quanto aos malefícios do
tabaco, é melhor não jogar na “sorte” e seguir o conselho não de reduzir mas de parar
mesmo de fumar.
Deveria existir uma coima para quem fuma dentro de carros com crianças?
Pessoalmente não sou a favor de medidas punitivas que interfiram na esfera individual,
privada, das pessoas. A censura pública e acima de tudo a consciência da agressão a
outros que é fumar em espaços fechados deverão ser suficientes para que dentro dum
carro não se fume perto de crianças ou perto de qualquer outra pessoa (mesmo que
fumadora) pois ninguém tem o direito de agredir outros. Talvez mais importante devesse
ser a obrigatoriedade de respeito da lei em espaços públicos como em esplanadas
fechadas em que se fuma sem qualquer punição dos responsáveis.
dezembro 2012
11
saúde infantil
Amigdalite aguda:
como
como tratar?
tratar?
O inverno
está aí, e com
ele a época
das infeções
respiratórias,
altas (nariz,
faringe
e laringe)
e baixas
(brônquios
e pulmões)
A amigdalite ou faringoamigdalite, também conhecida
como “Anginas”, faz parte do
grupo das infecções respiratórias altas, sendo provocada por vírus, bactérias ou
ambos. É mais frequente no
inverno mas pode ocorrer
ao longo de todo o ano.
As amígdalas palatinas,
onde esta infecção ocorre,
são constituídas por tecido
linfóide envolvido por uma
cápsula, e localizam-se nas
paredes laterais da orofaringe.
As vegetações adenóides,
também conhecidas como
“adenóides”, são constituídas
pelo mesmo tipo de tecido
mas localizam-se na rinofaringe, atrás das fossas nasais.
12
O tecido linfóide da faringe
funciona como local de
reconhecimento de microrganismos invasores, que
inalamos ou deglutimos e
contra os quais desenvolvemos, a partir daí, defesas (anticorpos) específicas, construindo-se através deste
contacto, ao longo da infância, defesas cada vez mais
robustas.
Percebe-se assim que a
primeira infância seja um
período de maior susceptibilidade à infecção.
A amigdalite aguda pode
ocorrer isolada, ou em contexto de constipação ou síndrome gripal.
A amigdalite aguda isolada
caracteriza-se pela rápida instalação de dor de garganta
intensa, febre elevada e mal
estar geral, identificando-se na observação da orofaringe pontos brancos ou
placas de exsudado purulento sobre a superfície das
amígdalas, cujo volume está
geralmente aumentado. Na
palpação do pescoço identificam-se frequentemente
nódulos dolorosos (gânglios
linfáticos inflamados). Este
tipo de amigdalite é na
maior parte dos casos provocada por bactérias, das
quais a mais frequente é o
Estreptococo beta-hemolítico
dezembro 2012
do grupo A (micróbio implicado no desenvolvimento
da Febre Reumática) e é
mais comum em doentes
com idade superior a 2 anos
(criança ou adulto).
A faringo-amigdalite que
ocorre no contexto de um
síndrome gripal manifesta-se geralmente por quadro
de constipação, com obstrução nasal, secrecção nasal (inicialmente aquosa que
se torna progressivamente
mais espessa e amarelada),
tosse e dor de garganta,
com ou sem febre. Na observação da faringe pode
observar-se apenas uma
inflamação difusa (garganta
vermelha) ou identificar-se
também pús sobre as
amígdalas e parede posterior da garganta. Este tipo de
amigdalite, sobretudo quando ocorre na criança menor
de 2 anos, é caracteristicamente de causa viral.
As características de cada
quadro clínico, ao fornecerem orientação quanto à causa da amigdalite
( viral ou bacteriana) determinam o seu tratamento.
Em todos os casos deve ser
recomendada dieta liquida e fria, e tratamento sintomático da dor, febre e inflamação administrando, de
acordo com idade e peso
da criança ou adulto, Paracetamol e/ ou Ibuprofeno,
por um período previsível
de 72horas.
Nos casos em que a causa
viral é a mais provável não
deverá ser iniciado antibiótico e o doente deverá ser
reavaliado 48 a 72 horas depois, se o quadro clinico não
sofrer qualquer melhoria.
Nos casos em que a causa bacteriana é a mais
provável, ou naqueles em
que, por existir dúvida se
realizou uma análise ao
pús presente na faringe
(exame de detecção rápida
de antigénios de Estrepococos beta-hemolíticos
ou Phadirect) cujo resultado foi positivo, deve
avançar-se de imediato
para tratamento com antibiótico, no sentido de resolver o quadro clínico presente e prevenir a ocorrência de Febre Reumática.
A Penicilina Benzatínica
administrada em injecção intramuscular única (em dose
de acordo com peso do
doente) é a primeira opção.
Como alternativa poderá ser
administrada Amoxicilina ou
associação de Amoxicilina e
Ácido clavulânico, em suspensão oral ou comprimidos, por um período de 7 a
10 dias. Nos doentes alérgicos à Penicilina poder-se-á
optar pela Claritromicina ou
Cefalosporinas.
Nos casos submetidos a
tratamento antibiótico em
que não haja melhoria
clínica 48 a 72 horas após
o inicio do tratamento deve
ser contemplada a etiologia
viral, nomeadamente a infeção por vírus Epstein- Barr
ou outros vírus do grupo
Herpes. Nestes casos, para
além de cuidada avaliação
clinica, está recomendada a
avaliação laboratorial, com
realização de hemograma,
determinação de transaminases e reacção de PaulBunnell .
Dr.ª Inês Soares da Cunha,
Médica Otorrinolaringologista
do Serviço de ORL do Centro
Hospitalar de Lisboa tral EPE
– Hospital Dona Estefânia
PUB
saúde animal
Pulgas
transmitem
doenças graves
A palavra “pulga” costuma
ser assustadora, principalmente para quem tem cães
e gatos. Saiba mais sobre
estes pequenos parasitas,
que podem saltar até 1.000
vezes a sua altura, e como
levam a doenças graves nos
animais, como o parasita
intestinal Dipylidium caninum
e a bartonelose.
Quem tem um cão ou um gato
pode enfrentar-se várias vezes com o problema das pulgas, que se não se tornar grave,
é, no mínimo, aborrecido.
As irritações são os principais problemas que afetam
o cão e o gato, mas há outros, como a dermatite alérgica provocada pela picada
da pulga, a transmissão
da ténia, infeções bacterianas, anemia e infestação
do habitat.
Duas outras complicações,
desconhecidas de muitos
donos, é o parasita intestinal Dipylidium caninum
e a bartonelose.
No primeiro caso,
a fonte de infeção ocorre
quando o cão ou o gato
se coçam com a
boca e ingerem
alguma pulga
infetada com
o quisto do
parasita.
Este vai libertar-se no intestino e os sinais visíveis são
a saída de restos em forma
de grãos de arroz nos excrementos do animal.
Os sintomas podem ser
perdas nutricionais, diarreia,
mal estar geral e, nos casos
mais graves, anemia.
A bartonelose, por sua vez,
provoca anemia, febre, prostração e perda de peso.
Animais imunodeprimidos,
bebés e mais velhos parecem ser mais susceptíveis
ao agente, apresentando
quadros mais graves da
doença.
O ideal é prevenir, utilizando antiparasitários
nos animais.
Estes produtos devem ser
utilizados de modo frequente, já que evitam as
doenças e uma infestação
do lar, que se pode tornar
numa situação bastante
complicada e delicada.
Como uma pulga pode levar
24 horas a morrer, é normal
que possa ver algumas entre 6 a 24 horas depois de
colocar o antiparasitário.
Nada de alarmante se se
tiver em conta que os produtos existentes no mercado já
permitem matar a pulga antes de esta picar o animal ou
de depositar ovos na casa.
Com a prevenção evitam-se
os problemas e os aborrecimentos destes pequenos
parasitas.
Mas, afinal,
quem são
estes
«moradores”
que de vez
em quando
se tornam
um
incómodo?
A pulga é um pequeno inseto, sem asas, que tem uma
capacidade de saltar até
1.000 vezes a sua altura.
Quando chega ao estado
adulto pode permanecer,
de forma permanente, nos
pelos dos animais
domésticos, como é o caso
do cão, gato, entre outros.
Sendo um parasita, infeta o
animal e alimenta-se do seu
sangue, picando, em média,
dez vezes por dia.
A pulga pode, inclusive, ingerir até 15 vezes o seu
próprio peso. O cão ou o
gato fica infetado quando
passa por um local de
eclosão, como referem os
veterinários, isto é, locais de
infestação onde se encontram pulgas jovens.
Não se pense que é necessário haver um contato
direto entre animais. Basta
uma passagem por zonas
onde esteve anteriormente
um animal infetado, o que
pode acontecer facilmente
quando se passeia, por
exemplo, o cão na rua.
Como
decorre
o ciclo de
desenvolvimento das
pulgas?
Os estadios larvares e os
casulos ou pupas fazem
parte deste ciclo, que não
se desenvolve no animal
mas no ambiente, não sendo visível a olho nu. Nestes
locais de eclosão aparecem
pulgas jovens que podem
saltar para o animal e encontrar, assim, um hospedeiro,
caso as condições ambientais sejam favoráveis.
Este ciclo de desenvolvimento é muito rápido, já que
as fêmeas adultas podem
por até 20 ovos por dia durante quatro meses.
A partir daí, estes ovos vão
infestar o ambiente, podendo encontrar-se larvas, que
saem dos ovos, debaixo de
tapetes e rodapés, entre
outros locais da casa.
Como este ciclo não para,
se não for efetuada uma boa
desinfestação numa casa,
as pulgas podem sobreviver
nesse local vários meses,
no interior de casulos. Por
isso, se se detetar pulgas
num cão ou num gato, o
mais certo é haver outras
escondidas na habitação.
Caso se tenha mais que
um animal, o tratamento
deve ser feito a todos e ao
mesmo tempo. Por exemplo, os gatos são fonte de
contaminação para os cães.
O problema
das pulgas
é sobretudo
aborrecido,
mas pode se
tornar muito
grave
RCM
Nome do medicamento veterinário Advantage 40 solução para unção punctiforme para Gatos. Número de autorização: 449/01/12NFVPT. Data da autorização 20 de Março de 2012. Indicações terapêuticas Prevenção
e tratamento de infestações por pulgas (Ctenocephalides felis, Ctenocephalides canis) em gatos com menos de 4 kg de peso. Para gatos com 4 kg de peso e mais, aplicar o Advantage 80 para Gatos. Um tratamento previne
infestações futuras por pulgas durante 3 a 4 semanas. O medicamento veterinário pode ser utilizado como parte de uma estratégia de tratamento da dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP). Precauções especiais para
utilização em animais Este medicamento veterinário é para uso externo e não deve ser administrado oralmente.Devem ser tomadas precauções para evitar que o conteúdo da pipeta entre em contacto com os olhos ou a
boca do animal tratado. Não permitir que os animais recentemente tratados se lambam mutuamente. Precauções especiais que devem ser tomadas pela pessoa que administra o medicamento aos animais Lavar bem
as mãos após a aplicação. Em caso de derrame acidental sobre a pele, lavar imediatamente com água e sabão. Pessoas com antecedentes de sensibilidade cutânea poderão ser particularmente sensíveis a este medicamento
veterinário. Evitar o contacto do medicamento veterinário com os olhos ou a boca. Em caso de contacto acidental do medicamento veterinário com os olhos, lavar bem com água. Se a irritação cutânea ou ocular persistir, ou se
o medicamento veterinário for ingerido acidentalmente, dirija-se imediatamente a um médico e mostre-lhe o folheto informativo. Não comer, beber ou fumar durante a aplicação. O solvente deste medicamento veterinário poderá
manchar alguns materiais incluindo peles, tecidos, plásticos e superfícies polidas. Deixar secar o local de aplicação antes de permitir o contacto com esses materiais. Medicamento não sujeito a receita médico-veterinária.
Leia cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o médico veterinário.
14
dezembro 2012
PUB
PUB